Revista 4patas digital - 22

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revista4patas.com.br Simplesmente diferente

Março

Exclusiva para computador, tablet e celular

A MALDADE HUMANA Por que o ser humano é MAU? POR QUE TANTA CRUELDADE CONTRA ANIMAIS?

Sinais de que seu gato TE AMA

O veterinário mais

SEXY da rede

Não é um Yorkie

Raça

A diferença é sua coloração branca mas tome muito cuidado com a doença genética chamada de “Desvio de Shunt” Revista 4 patas Digital

ENTENDA SEU CÃO

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Biewer Terrier Edição 22 - Março/Abril- 2016


Reprodução Facebook

EDITORIAL

EXPEDIENTE

Por que o ser humano é mau?

Este é um mistério mais intrigante desde os primórdios da humanidade. O mal existe documentado desde séculos antes de Cristo. A ciência tenta explicar da genética à psicologia motivos para que o mal exista. Religiões apresentam teorias baseadas na Bíblia e outras em entidades de sua crença. Nosso artigo sobre a maldade humana contra os animais tenta cercar alguns pontos mais relevantes com o auxílio de especialistas, estudiosos e artigos publicados em diversas mídias. Também temos a fofura de uma raça ainda nova mas que já encanta quem convive com ela: o Biewer Terrier. Mas só compre um filhote de criadores responsáveis. Esta edição está repleta de assuntos interessantes, novidades, soluções, humor e entretenimento. Aguarde muito mais novidades a partir deste mês de aniversário de 5 anos da Revista 4 patas acompanhando nossa fan page do Facebook. Boa Leitura. Fernando Gomes

editor executivo

ÍNDICE 3- Dicas rápidas: Golden Retriever 4- Cães ou gatos: Quem ama mais seus donos 6- Cão é mesmo o amigo do homem? 7- Jimmy, a celebridade do bem 8- Livro de uma garota de 11 anos 9 - Entenda seu cão 12- ‘Agressão’ fofa 13 - O veterinário mais sexy do Instagram 14 - Acessórios criativos 15- ‘Geladeira do bem’ em Uchoa-SP 16 - Novidades caninas 17- Fotografia do bem 18- Biewer Terrier 25- Humor 26- Como os gatos demonstram amor e afeto

27- Homens também amam gatos 29- Empresa cria ambientes felinos interativos 30- A gata que ri em novo lar adotivo 31- Por que os gatos não atendem chamados? 32- Humor felino 33- Facebook´s felinos 34- Emprego dos sonhos 35- Por que o ser humano é mau? 47- Espaço Vegano 48- Na mídia 49- Faça em casa: caminha pet 50- Solução para renda extra 51- Projeto solidário 52- Olha quem está pensando

/editora4patas /revista4patas AGRADECIMENTOS ESPECIAIS CAROL MATTOS - jornalista e assessora técnica sobre raças MELIKA NICOLAU - veterinária DANIELE GRAZIANI - terapeuta canina SILVANA LANCE ANAYA - psicanalista CRISTIANO BORDAT - sociólogo BEATRIZ BREVES - psicóloga/psicanalista TAISE OLIVEIRA - colaboradora e consultora da raça Biewer Terrier MONALISA ALVES -colaboradora Biewer COMERCIAL (19) 3033-9776 / 98122-3050 E-mail: contato@revista4patas.com.br As matérias assinadas por colaboradores são de inteira responsabilidade técnica dos profissionais e entidades identificados, deixando a Revista 4 patas isenta de opiniões e comentários. As matérias e artigos publicados na Internet recebem os créditos e têm o direito de uso cedido por seus autores em troca de divulgação. As fotos são cedidas por colaboradores, adquiridas em banco de imagens ou reproduzidas de sites com liberação para divulgação. Preservamos todos os créditos de reprodução.

Comuniquese com seu público alvo da forma mais agradável e criativa: com humor. Divulgação no Facebook da Revista 4 patas com um público a cada dia mais crescente.

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Saiba mais em www.goldenretriever.vet.br

DICAS RÁPIDAS

Nenhum animal merece ser maltratado Recentemente, foi divulgado pela mídia um caso estarrecedor de um canil especializado na raça border collie, em Campinas-SP, investigada por maus-tratos a 87 animais. Este caso é apenas a ponta de um iceberg nacional e internacional conhecido como “fábrica de filhotes” (puppy factory) onde pessoas inescrupulosas enganam compradores e maltratam animais

apenas pelo lucro do segmento. A Revista 4 patas pediu a colaboração da Golden Pet Store, especializada na raça Golden Retriever, para esclarecer alguns pontos importantes que devem ser observados antes da compra de um cão de raça para evitar ser enganado pela máfia do comércio de animais de estimação.

O QUE DEVE SER OBSERVADO ANTES DA COMPRA DE UM CÃO DE RAÇA? É muito comum Petshops revenderem filhotes em seus estabelecimentos que - em sua grande maioria - o faz sem conferir a procedência de criação, laudos de saúde animal (concedidos por um veterinário ou clinica), local de criação e por fim uma proximidade maior com o criador. Os estabelecimentos ofertam os documentos dos pais somente sob demanda do cliente interessado em obter um animal de raça o que na maioria das vezes essa conferência não acontece, tornando um ciclo negativo para a criação e o bem-estar do animal. A Golden PetStore tem um modelo diferente de trabalho, oferecemos produtos e serviços específicos para uma raça (Golden Retriever), o controle de criação é rígido e é realizado pelos próprios proprietários da Golden PetStore em uma seleção exclusiva e com pouquíssimas ninhadas ao ano, dando um prazo de descanso para as fêmeas de 16 a 24 meses. Fazemos um trabalho de seleção e retenção dos melhores filhotes a fim de obter a melhoria da raça, sendo a seleção por laudos de displasia e outros exigidos pela sócia proprietária Marisa Bitante.

QUAL O ÓRGÃO DE REGISTRO DOS FILHOTES? No Brasil existem 2 grandes clubes de registro animal como a SOBRACI e CBKC. Optamos pela CBKC pois tem um ramificação global para “naturalização” de cães exportados, como é o nosso caso que trouxemos cães da Argentina, Chile, Colombia e estamos em negociação com México e EUA em busca de cães com certificado de reconhecimento mundial como o OFA (Orthopedic Foundation for Animals).

/goldenpet

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QUAIS OS PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE SAÚDE E BEM ESTAR SÃO REALIZADOS? O exame de displasia é requisito básico para aquisição do animal tanto pelo criador quanto para o comprador de um filhote da raça, ainda mais como a raça Golden Retriever que já leva em seu DNA o risco de displasia coxofemoral e de ombro/cotovelo. O criador da raça tem o dever de fazer a seleção para acasalar suas matrizes afim de minimizar os riscos eminentes de ter Divulgação/Golden Pet um animal displásico, ainda assim o risco não é eliminado por completo apenas abaixam-se a incidência da doença no futuro filhote. Tomamos medidas rigorosas como obter somente matrizes e padreadores com exames de fundo de olho, boca e exames de displasia além de títulos adquirido no exterior para justificar os valores de venda do filhote no Brasil.

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ESTUDO

Por Natasha Romanzoti

Cães ou gatos: quem ama mais seus donos?

Reprodução

Um novo estudo realizado pelo neuroeconomista Dr. Paul Zak parece resolver o debate de quem ama mais seus donos: cães ou gatos. De acordo com a pesquisa, feita como parte de uma nova série da BBC intitulada “Cats v Dogs” (em tradução livre, “Gatos versus Cães”), cães produzem mais oxitocina, o “hormônio do amor”, depois de brincar com seus proprietários do que os gatos. Obviamente, a conclusão do estudo não é tão simples quanto dizer que cães gostam mais de nós do que gatos. Mas é um ponto de vista a ser considerado – e faz sentido evolutivamente falando.

O MÉTODO A oxitocina é um produto químico liberado pelo cérebro que tem sido fortemente implicado na formação de laços sociais. Como os gatos são geralmente mais independentes do que os cães, Zak queria descobrir se os níveis deste hormônio diferiram nestes animais após interações com os seres humanos. O experimento envolveu 20 pares de humanos com seus animais de estimação, sendo dez cães e dez gatos. Zak tomou amostras de saliva de todos os companheiros peludos, pouco antes e depois deles interagirem com os seus donos, a fim de medir seus níveis de oxitocina. Enquanto estudos anteriores já haviam mostrado que cães e seus proprietários liberam oxitocina ao olhar nos olhos um do outro, provavelmente fortalecendo a conexão entre ambos, poucas pesquisas tinham analisado essa ligação com gatos. RESULTADOS Em média, os cães produziram quase cinco vezes mais oxitocina do que os gatos após brincar com seus companheiros humanos, com os níveis de saliva aumentando 57,2% e 12% em relação aos níveis iniciais, respectivamente. Além disso, apenas metade dos gatos realmente exibiu níveis elevados de oxitocina. Enquanto isso não significa que os cães nos amam cinco vezes mais, Zak diz que é algo parece fazer sentido, evolucionariamente. Em geral, gatos são mais solitários do que cães – os ancestrais caninos, os lobos, são animais altamente sociais que vivem e caçam em bandos, enquanto muitos felinos vivem sozinhos. Revista 4 patas Digital

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Fotos: Reprodução

E gatos não costumam formar ligações fortes com seus proprietários, enquanto os cães normalmente dependem de seres humanos para comida e segurança. LIMITAÇÕES DA PESQUISA Como já apontamos acima, existem limitações óbvias tanto para o estudo quanto para as conclusões. Por exemplo, o Dr. Zak apontou para o jornal Huffington Post que o estudo foi conduzido em um ambiente de laboratório. Gatos são conhecidos por serem altamente territoriais. Como eles adoram ficar em casa, é possível que estar em um ambiente desconhecido os tenha estressado. (Embora a oxitocina também já tenha sido associada com a regulação do estresse, pelo menos em roedores). Por fim, o excesso de simplificação é um problema grande. Não é possível dizer exatamente se um animal ama mais seu dono do que outro, porque o amor é complicado e a oxitocina também. A oxitocina tem muitos apelidos, como hormônio da felicidade e molécula do amor, mas nenhum reflete a complexidade desta substância. Envolvida em uma abundância de comportamentos e processos fisiológicos, de formação de laços de confiança a lactação, reduzi-la a um sentimento – o amor – não é nada científico. [IFLS]

Qual a diferença entre pessoas que gostam mais de cachorros ou de gatos? Já as pessoas que curtem mais os cães tendem a ser mais extrovertidas e simpáticas. Os pesquisadores acham que esses traços combinam exatamente com a personalidade dos animais que os entrevistados marcaram como de sua preferência. Cachorros são extrovertidos e brincalhões enquanto gatos podem ser mais neuróticos, mas têm facilidade de se adaptar a novas situações. A descoberta pode ser útil para identificar qual é o melhor animal para cada pessoa e para avanços na terapia de humanos com o uso de animais. No entanto, os cientistas ainda não sabem se as pessoas escolhem animais que são parecidos com elas ou se são os próprios animais que transmitem os traços de sua personalidade para os donos. Além disso, os cientistas consideram que pessoas que gostam mais de cachorros podem ter um gato ou vice-versa, já que há outras questões que influenciam a escolha de um mascote – espaço disponível, por exemplo. [CNN]

Você simpatiza mais com cachorros ou com gatos? Sabia que essa preferência pode ser um indicador de sua personalidade? Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Texas fez um estudo com 4500 pessoas. Os participantes deveriam responder a algumas perguntas que mediam suas personalidades em cinco áreas: simpatia, extroversão, facilidade de adaptação, consciência e neurose. Essas áreas foram indicadas em pesquisas anteriores como componentes da maior parte dos traços da personalidade de um indivíduo. Na pesquisa, os entrevistados também deveriam indicar se gostam mais de gatos, de cachorros, de ambos, ou de nenhum – lembrando que elas não precisavam, necessariamente, possuir o animal de sua preferência. O resultado mostrou que as pessoas que gostam mais de gatos são mais neuróticas, mas possuem uma maior facilidade de adaptação – são vanguardistas e aceitam idéias novas de forma mais rápida. Revista 4 patas Digital

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CONTRA HOSTILIDADE

Dr. Marcos Fernandes

O cão é mesmo amigo do homem ? Animal rejeita quem é hostil com seu dono

No dia 13/1, a Folha de São Paulo divulgou um estudo realizado pela Universidade de Kyoto, que mostra o comportamento repulsivo dos cães diante de uma pessoa que não trata bem o seu dono. O trabalho concluiu que o animal possui habilidade social, já que é capaz de compreender gestos humanos. O Dr. Marcos Fernandes encontra-se à disposição para aprofundar o assunto, esclarecendo estes e/ou outros questionamentos relacionados ao compor. Reprodução

Um estudo recente, realizado na Universidade de Kyoto, revelou que os cães não gostam de pessoas que são hostis com seus donos. Isso reforça a tese de que eles são realmente inteligentes, e mais, que possuem habilidade social. De acordo com a pesquisa, diante de duas opções, os animais rejeitaram a comida dada pela pessoa que se negou a ajudar o seu dono, o que conclui que se eles agissem apenas por interesse, não teriam feito diferenciação entre quem oferecia comida. Segundo o médico veterinário e homeopata Marcos Fernandes, a inteligência social permite interpretar gestos humanos. A leitura de sinais que os cães realizam é semelhante à leitura que as crianças pequenas fazem. Assim como os bebês, os cachorros são sensíveis aos sinais de comunicação dos humanos, sejam eles emitidos através de vozes, gestos ou olhares. Fernandes conta que certa vez um casal recebeu uma prima com seu novo namorado e que ninguém da casa gostava muito dele. Não houve episódio explícito de hostilidade, mas bastou o sujeito se aproximar do cão para que o animal reagisse de forma agressiva. “Era um beagle, uma raça conhecida por sua docilidade. De repente ele começou a latir e a avançar, então fecharam a porta de vidro. Mesmo assim o animal continuou a latir desesperadamente e babava de raiva quanto mais o cara tentava brincar com ele”, conta o médico. As habilidades sociais dos cães podem ser resultado de sua domesticação. Seja como for, o fato é que eles entendem a linguagem corporal humana, conseguem se comunicar com as pessoas, valorizam as amizades, sentem empatia e são capazes de experimentar certas emoções.

Sobre autor Dr. Marcos Fernandes, veterinário homeopata, mestre em saúde pública pela USP e psicanalista. Apresentador do Programa Saúde Animal da Rádio Mundial (95,7 FM). Revista 4 patas Digital

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INSTAGRAM

Conheça a história de Jimmy

um cachorro celebridade que lançou campanha para ajudar outros cães de abrigo

Hit de Instagram, bullterrier Jimmy faz apelo a marcas de ração Fotos: Instagram

Jimmy Choo é o cachorro brasileiro mais famoso do Instagram, com mais de 440 mil seguidores no perfil de seu dono @rafaelmantesso. Suas imagens já ganharam o mundo, já foram repostadas por celebridades como o ator Ashton Kutcher e recentemente viraram livro, que já está na lista dos mais vendidos no NY Times. Mas Jimmy não quer ser mais do que um cão celebridade. Ele tem o sonho de usar sua notoriedade para fazer o bem a todos da sua espécie. Por isso está lançando a campanha #TodosPorMenos1. A ideia é simples. Menos1 é um saco de ração que vem com 1kg a menos pra quem está comprando. Este kg que ficou fora do saco será doado para os cães de abrigos. A campanha é um apelo do Jimmy pra que uma marca de ração apadrinhe essa ideia e lance esse produto. A ação que teve início essa semana conta com posts em que o próprio Jimmy apresenta a embalagem. Nos textos, Jimmy expressa o desejo de ver alguma marca abraçar seu sonho. E pede apoio de todos que, assim como ele, acreditam que esse sonho pode virar realidade. Para saber mais da ação, acesse: www.todospormenos1.dog Acompanhe Jimmy no Instagram: www.instagram.com/rafaelmantesso *Via The São Paulo Times Website: www.saopaulotimes.r7.com

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SOLIDARIEDADE

“TOB, o cachorro campeão”

Livro tem o intuito de mudar a vida das crianças

Divulgação

Crer é o primeiro passo para que os sonhos sejam realizados. Beatriz Peres de Oliveira, de apenas 11 anos, natural de São Francisco dos Sul, nunca deixou de acreditar em seu sonho: ser escritora. Mesmo na luta constante pela vida, Bia, como é carinhosamente chamada por todos, foi diagnosticada em 19 de março de 2013 com tumor cerebral maligno, de grau 4 - meduloblastoma. De lá para cá, foram cerca de 10 cirurgias na cabeça, dois meses sem conseguir falar e comer (alimentação era apenas por sonda), sessões de radioterapia e quimioterapia, três internações em UTI – Unidade de Terapia Intensiva (a última ocorreu entre abril e maio deste ano, devido a uma infecção generalizada). Foi exatamente, na véspera de uma internação para a realização de quimioterapia, ainda em 2013, que Bia resolveu resgatar uma história que escreveu quando tinha apenas 6 anos. “Aos 5 anos de idade, a Bia já estava alfabetizada. O seu sonho sempre foi publicar um livro para ajudar os animais de rua e, aos 6 anos, ela deu vida ao Tob, o personagem de seu livro. Um cachorrinho de rua que encontrou um lar com muito amor para morar”, relata a mãe, Fabiane Peres. A intenção da Bia foi levar o livro para que a professora Fabiana Goldmann, responsável pela pedagogia do Hospital de Santo Antônio, instituição hospitalar em que seu tratamento foi realizado, pois seria a pessoa certa para ajudar a realizar seu sonho. E foi assim, com o apoio da professora em conjunto com Secretaria de Educação de Blumenau e muitos outros parceiros que o livro tomou forma e foi lançando durante o Encontro de Pedagogia Hospitalar, em 25 de setembro de 2014. COMO COMPRAR: www.facebook.com/BeatrizPeresEscritora No lançamento Oficial Mas Bia pediu para ir além. Afinal, seu anseio agora é que o livro possa ser um exemplo para todas as crianças. “Desejo que meu livro mude a vida das crianças, que minha história possa servir de motivação para que nenhuma criança desista, por mais difícil que seja a caminhada”, comenta Bia. Por isso, no dia 17 de novembro, às 19h30, o lançamento do livro “TOB, o cachorro campeão” foi realizado em sua terra natal, São Francisco do Sul, no Cine Teatro X de Novembro, na rua Hercílio Luz, 50. O exemplar pode ser adquirido ao valor de R$ 15,00 e o kit, com livro e o TOB de pelúcia, por R$ 40,00. A renda obtida com as vendas será destinada para a realização de tratamento alternativo de reabilitação da Bia, obtenção de fundos para a edição de outros livros (sim, a Bia já tem outro livro escrito e muitas outras histórias para contar) e para ajudar os animais de rua, seu principal sonho. Revista 4 patas Digital

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ENTENDA SEU CÃO Pense na seguinte situação:

Por Daniele Graziani terapeuta canina

Imagine que um belo dia você acorda em um outro planeta, com seres estranhos, eles andam com uma perna só, são grandes, altos, emitem sons estranhos e se comunicam com uma língua que você não compreende. Você esta com fome e apurado para usar o banheiro. Você está em um lugar fechado por paredes, com objetos estranhos, mas não encontra nada parecido com um banheiro. Em sua busca encontra algo muito parecido com um vaso sanitário e o usa, ufa, que alivio! De repente surge um dos seres estranhos, agarra você, esfrega seu rosto nas suas excretas, grita sons que você não entende e o leva pra um quarto diferente. Sem entender nada, chateado e com medo, depois de um tempo você sai daquele local devagarinho e observa se encontra alguém… ninguém… ótimo! Você sai do local e começa a explorar o ambiente e encontra um objeto interessante, parece um plástico bolha! Perfeito ajuda a aliviar o stress! Você estoura uma bolhinha, outra bolhinha, nossa isso é fantástico vou estourar todas essas bolhinhas… você já se sente mais aliviado depois daquela brutalidade sofrida. Ai o ser surge novamente, te dá um tapa, pega o plástico bolha e diz varias palavras que você não entende. O medo aumenta, esses seres são mesmo imprevisíveis! Você se encolhe em um canto e acaba caindo no sono. Mais tarde o ser surge com algo na mão, hum, cheira bem! Parece comida! Você estava mesmo com fome! Esse ser esta falando aquelas palavras que você não entende, mas agora o tom parece mais amigável. Você fica desconfiado, mas a fome está grande! O ser lhe entrega o prato de comida, passa a mão na sua cabeça e fica ali te observando. Você pensa um pouco, mas decide comer. O ser esta falando coisas e você continua comendo, pronto acabou, estava ótimo! Você se sente renovado, talvez esse ET tenha um lado bom, mas é pra lá de instável! Você dá uma circulada e procura uma forma de fugir dali! Talvez você tenha mais chances lá fora! Anda por tudo e não encontra saída, começa a gritar por socorro, vai que alguém te ajuda! O ser surge e põe um negocio no seu pescoço e vai embora. Estranho! Você volta a gritar: socorro!!! E sente um choque no pescoço! Credo! Que isso? – Socorro! Outro choque! Então você percebe que trata-se de um colar de choque, você tenta tirar, mas não consegue. Então você tem duas opções continuar pedindo ajuda e levando choque ou parar de gritar e desistir. Revista 4 patas Digital

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Talvez não pareça, mas é exatamente esse drama que muitos cães vivem nas casas das pessoas! Os cães são seres de outra espécie que acolhemos em nossa casa e estranhamente esperamos que eles entendam as regras humanas, que eles saibam sozinhos aonde devem ou não mexer, o que é ou não brinquedo, onde podem ou não dormir e onde devem ou não fazer xixi. Quando eles não atendem a essa expectativa insana ficamos zangados, brigamos, batemos e usamos choque sem nunca ter mostrado o que esperávamos deles. Disciplina é importante e é uma forma de amor, somente com ela é possível que tanto os humanos quanto os cães vivam em sociedade. Mas antes de esperarmos determinados comportamentos precisamos ensiná-los. Quando levamos um cãozinho a nossa casa temos que ter consciência de que ele não conhece as regras da casa, nós precisamos ensiná-los com paciência e amor as palavras e atitudes que consideramos aceitáveis em nosso lar. Agora pense: que tipo de ET você tem sido para seu cão?

Já te falei mil vezes para não fazer xixi na sala. Você não me entende?

Sobre a autora DANIELE GRAZIANI Comportamentalista de cães e gatos com 5 anos de experiência, realiza atendimentos a domicílio e em clínica, com website de alcance nacional, autora de artigos e com participações na televisão e jornal. www.terapeutacanina.com.br danigraziani@gmail.com

Não!

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OBSERVAÇÃO FÍSICA

Como você pode identificar se o seu cão está doente? Já que eles não falam, estar atento a sinais de mudanças físicas e de comportamento no seu bichinho é fundamental. Observe, toque, cheire. Notando qualquer coisa que achar estranho, procure um veterinário. ORELHAS: Olhe em toda a sua extensão externa e interna e tente localizar algum tipo de mancha e/ou falha. Cheire para detectar possível inflamação. OLHOS: Procure por secreções ou se existe mudança na coloração. BOCA: Levante os lábios e note a coloração da gengiva. Aproveite e avalie os dentes se possuem muito tártaro, cárie ou algo que considere estranho. A língua tem que ter cor rósea. Azul só na raça chow chow. FOCINHO: Deve estar frio e úmido. Quente e seco é caso de febre e deve ser tratado por veterinário. PELAGEM: Passe a mão e tente identificar falhas, feridas, verrugas e nódulos. Vá ao veterinário.

ÓRGÃOS GENITAIS: Verifique se existe algum tipo secreção abundante. Nas fêmeas veja se as mamas estão sem nódulo e/ou secreção. PELE: Procure por feridas ou irritações que podem atrair bicheiras e berne. PATAS: Procure parasitas, feridas, unhas lascadas ou grande demais. ANDAR: Note se ele está andando de forma diferente ou com dificuldade. CAUDA: Procure por parasitas, falhas, feridas. Se ao tocar ele sentir dor procure um veterinário para diagnosticar. BARRIGA: Internamente veja se está vomitando ou com diarreia. Dilatada pode ser sinal de vermes ou outros problemas. GULA: Para cães de grande porte pode ser sintoma de torção gástrica entre outros. Procure um veterinário.

CURIOSIDADE

Por que os cães lambem seus donos?

Fotos: Reprodução

A maioria dos tutores acha que os cães estão só demonstrando carinho, mas nem sempre é essa a verdade. Lamber seu dono é uma forma dos cachorros demonstrarem seu amor, com um pouco de interesse. A pele humana tem um sabor levemente salgado, sabor apreciado pelos cães. Esse comportamento tem origem quando o cachorro ainda é filhotinho e remota aos seus antepassados lobos cujo comportamento de lamber é uma forma de reconhecer quem é da sua matilha. Cachorros podem aprender algumas coisas que muitas vezes passam despercebidas pelos tutores. Por exemplo, o “sorriso canino”, que é quando os cães mostram os dentes para os tutores demonstrando que estão muito felizes. Mostrar os dentes na linguagem canina é claramente um sinal de agressão e hostilidade, mas eles entendem que entre humanos é uma coisa boa. O mesmo acontece com as lambidas. Lamber é um comportamento instintivo com que filhotes recém-nascidos já têm contato. As mães lambem seus filhotes por diversas razões: quando elas fazem isso, estão colocando seu “cheiro” na ninhada. Com isso, um filhote sabe reconhecer quem é o seu irmão através do cheiro em comum. Cachorros podem usar as lambidas como uma forma de chamar a atenção. Se toda vez que seu cãozinho dá umas lambidas você retribui com atenção, ele irá usar sempre essa forma de ser notado. Revista 4 patas Digital

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Fotos: Reprodução

‘AGRESSÃO’ FOFA

FOFURA: uma questão de sobrevivência Mas parece que o nosso caso de amor com coisinhas peludas do tamanho de uma caneca pode ser uma questão de sobrevivência. Segundo a rede CNN, cientistas descobriram que os seres humanos são atraídos instintivamente a qualquer coisa que tem características semelhantes às de um bebê. Olhos grandes, bochechas redondas, testas grandes e características geralmente arredondadas nos atraem. “Essas características são tão arraigadas em nós que respondemos a elas”, afirmou Oriana Aragon, psicóloga da Universidade de Yale, em entrevista à CNN. Muitos cientistas acreditam que nós desenvolvemos esta atração a fim de sobreviver. “Nossa sobrevivência depende de nós cuidarmos dos mais novos. É parte de nossa espécie humana responder a estas características”, explicou a pesquisadora. E assim, quando vemos estas propriedades em animais – olhos e cabeças grandes em corpos pequenos – nós reagimos da mesma forma que fazemos quando as vemos em bebês. Na verdade, empresários e designers têm aplicado esses tipos de características em carros para chamar nossa atenção. É só pensar no New Beetle ou no Mini Cooper.

Emoções vs. expressões

Alguma vez você já se pegou querendo apertar um filhote de cachorro ou morder o rosto de um bebê de tão fofos que eles são? Se você pensar sobre a sobrevivência, isso na verdade parece o contrário de cuidar de uma criança. Por que alguém iria querer comer seu bebê, afinal? Porém, como seres humanos, temos toda uma série de expressões em nossos rostos que não correspondem de maneira alguma às nossas emoções no interior. Exemplos são lágrimas de alegria, gritar de emoção ao assistir um show da sua banda favorita ou querer beliscar as bochechas de um bebê. Essas expressões que parecem contrárias às nossas emoções são chamadas de “expressões dimorfas”, e os cientistas acreditam que este pode ser um mecanismo de autorregulação que nos permite manter nossas emoções sob controle. Está se sentido muito feliz? Vamos equilibrar isso com algumas lágrimas. Ou já se sentiu tão frustrado com uma situação que acaba rindo, simplesmente porque você não sabe mais o que fazer? Mais uma vez, pode ser um mecanismo para ajudar a lidar com o fato de ficar sobrecarregado com a situação. “Este feedback facial envia informações de volta para o cérebro e ajuda a disputar com a emoção primária”, diz a professora. Ou seja, quando estamos sobrecarregados com alguma emoção, é isso que nos ajuda a recuperar o equilíbrio. Mas nós não ficamos estupidamente cegados por animais fofos. Na verdade, estudos descobriram que os centros de prazer do nosso cérebro acendem quando vemos algo fofo porque há um disparo de dopamina no cérebro. É uma resposta semelhante a quando comemos açúcar ou de temos relações sexuais. “É uma espécie de vício. Queremos a nossa dose de fofura”, afirma Aragon. “É algo que nos dá prazer e nos faz voltar”. Assim como comer alimentos de alto teor calórico ricos foram essenciais para nossa sobrevivência no passado, ver e cuidar de algo bonitinho age de uma forma semelhante em nosso cérebro; vemos um bebê fofo e instintivamente tentamos abraçá-lo, o nosso cérebro recebe um impulso de dopamina para nos recompensar e BUM – estamos felizes! Um estudo semelhante no Japão descobriu que os participantes tiveram melhor desempenho em tarefas de alta concentração quando tinham visto imagens de animais fofos quando comparados com imagens de comidas ou outras fotos não bonitas. Então, da próxima vez que você for pego assistindo vídeos de animais fofos no trabalho, você pode dizer ao seu chefe que não está procrastinando: você está aumentando a sua produtividade. [CNN] Revista 4 patas Digital

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SUSPIROS NO INSTAGRAM

/dr.evanantin

Um veterinário que chama mais atenção do que um cão fofinho Evan Antin, 31, está sendo chamado de “o veterinário mais sexy “ na mídia social. O médico especialista em animais exóticos de Conejo Valley Veterinary Hospital da Califórnia recentemente ganhou 90.000 seguidores para seus selfies adoráveis​​ com gatos, cães, tartarugas, lagartos e outros. O veterinário ajuda os animais toda a sua vida e disse que está desfrutando de sua recém-descoberta fama. Ele foi nomeado o “fera mais sexy” em ensaio na Revista People em 2015. “Eu tenho trabalhado com os animais durante anos. Tenho feito aparições em programas de televisão para a manipulação de animais silvestres.“ disse Evan à ABC News. Milhares de pessoas curtem freneticamente seus posts no Instagram, que mostram ele aconchegando-se a gatos, posando com cachorros e até mesmo segurando lagartos monitores e tartarugas gigantes. Evan é também um viajante do mundo. Ele tem visitado seis continentes para ajudar os animais e promove a conservação animal em seu canal no YouTube. Também ajudou elefantes, orangotangos e dragões em lugares como Austrália e na Tanzânia. Vale lembrar que ele é um ex-modelo e personal trainer antes da carreira em medicina veterinária. Mas, meninas, guardem seus suspiros pois o doutor galã tem uma noiva.

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Fotos: Instagram

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CRIATIVIDADE

Em loja de Caxias do Sul-RS, cão pode ir às compras Raquel Pegorini / Divulgação

Em tempos de mercado competitivo e dinheiro escasso, as lojas precisam ser criativas para seduzir o consumidor. Em Caxias, a Cassol Centerlar surpreende ao aceitar que o cliente leve às compras seu “melhor amigo”. O empreendimento oferece ainda um carrinho confortável para pet. Na foto, Frederico Luiz passeia tranquilamente pelos corredores acompanhado de sua dona, Rejane Prado. Baita sacada. Fonte: Clic RBS Uma ideia que se fosse praticada no país todo, acabaria com os casos de cães presos em carro nos estacionamentos evitando sofrimento e morte.

Coleira e guia que ensinam seu cão parar de puxar

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Fazer o cão parar de puxar instantaneamente?! A coleira Sporn Halter® foi inventada por Joseph Sporn em 1992. Usando apenas materiais de alta qualidade, este acessório é garantido para treinar seu cão parar de puxar. O Sporn Halter® é composta de cordão e correias de nylon de qualidade trançada com parafusos de aço termoplásticas e niqueladas. Os apoios são presos através do tecido para máximo conforto do seu cão. Disponível em 4 tamanhos e é facilmente transformada em uma coleira padrão. Custa US$ 21.95 no site http://sporn.com/training/yup-original-sporn-halter Não maltrata o cão ansioso como as coleiras tradicionais devido ao “freio” dorsal que absorve o tranco. Revista 4 patas Digital

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SOLIDARIEDADE EM UCHOA-SP

“Geladeira do bem” oferece comida e água tratada para animais de rua

alimento. Quem abastece a Geladeira do Bem é a própria população local. O veterinário cuida da aplicação de larvicidas e remédios contra carrapatos e vermes, e uma pequena boia mantém a água em movimento. Como a Geladeira fica ao lado de uma banca de revistas da própria Lilian, o local é vigiado e mantido limpo o dia todo. A limpeza e a qualidade são prioridades na manutenção da geladeira, e o projeto tem dado tão certo que ganhou o aval da prefeitura, além de duas novas carcaças para a criação de novas geladeiras. Segundo Renan, a ideia é mesmo expandir o projeto – e moradores de outras cidades já lhes pediram orientação para instalar suas próprias geladeiras do bem.

Foi de um vídeo na internet que Lilian Luisa Pissolati teve a ideia de criar um reservatório refrigerado para alimentar e matar a sede de gatos e cachorros em praça pública, principalmente os que vivem nas ruas. Dona de um pet shop na cidade de Uchoa, no estado de São Paulo, Lilian convidou o veterinário Mário Sérgio Ornelas e o estudante de engenharia Renan de Lourenci para a ajudarem na empreitada. Instalada na praça central da cidade, a “Geladeira do bem”, como o trio batizou sua criação, foi realizada a partir de uma carcaça cedida por um comerciante de móveis usados, e preparada com dois recipientes: um armazenando 20 litros de água, e o outro, 50 quilos de ração, com dutos para que os animais recebem o

Fonte e Fotos: hypeness.com.br

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HORAS TRANQUILAS

CleverPet Hub

O primeiro console de videogame para cachorro Apresentado na feira CES 2016, a proposta é fazer com que os cães apertem os botões na sequência correta, de forma a liberar um pouco de comida. Cada acerto “desbloqueia” uma parte do almoço. A ideia é consolidar 30 anos de estudos científicos em uma máquina que, de acordo com o criador Daniel Knudsen, reduz o estado de ansiedade do animal. “Muitos cães ficam em casa sem nada para fazer”, justifica. De acordo com o vídeo promocional do “console”, os pets parecem curtir a ideia. Difícil vai ser convencer os donos: o CleverPet Hub chega em abril custando US$ 299, o equivalente a um Wii U da Nintendo. Para quem comprar na pré-venda, o preço será reduzido: US$ 269. Mas, na atual cotação do real, continua salgado – acima de R$ 1 mil. Outro detalhe interessante é que o CleverPet possui um aplicativo para smartphone que permite ao dono acompanhar o progresso do cachorro nas modalidades de “games” do dispositivo. No “pegue o esquilo”, o cão precisa tocar nos botões luminosos, que vão acendendo e apagando a um ritmo cada vez mais rápido. Há, também, uma espécie de jogo da memória que lembra o clássico Simon.

Fotos: Divulgação

Fonte: bit.blog.br Fotos: Divulgação

CAMINHA CRIATIVA Barkswagon Plush Pet Bed

........................................... Isto sim é luxo! Não é apenas uma cama macia confortável para o seu pequeno príncipe ou princesa, mas também para deliciar a todos que a vêem. Seu peludinho será a inveja de todos os cães da vizinhança! Vem com uma margarida de brinquedo no painel (removível) para aumentar a diversão. Possui velcro para facilitar a limpeza. O preço também é de príncipe: US$ 199.00 e pode ser comprada no site http://www.petfavors. com/hdd-barkswagon-pet-bed.html

Fotos: Divulgação

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FOTOGRAFIA

“Os animais são soberanos, inteligentes, amorosos e meu exercício de vida é buscar sempre aprender com eles.”

Debora Kaz, nascida em São Paulo, capital, é artista plástica formada pela FAAP e faz da fotografia de Pet’s sua principal arte. Apaixonada por animais desde criança, buscou espaço e momento certo para se dedicar totalmente a eles. Em sua casa, Debora cuida de 9 cães e um gato e, através de cada um deles, conta histórias de muito amor. Arte e animais sempre foram suas paixões e a fotografia e o vídeo os uniu. Para realizar seu trabalho, possui um espaço grande, com muito verde e árvores, além de um studio fotográfico montado para fotos still. Ao fotografar o Pet, busca uma maneira de captar sua alma por meio de um olhar especial e uma cumplicidade criada em uma seção de fotos cheia de brincadeiras e carinhos. Debora está trabalhando atualmente em vários projetos para pets, todos com o plus de também ajudar nos resgates e doações para animais carentes e necessitados. Um deles é a campanha Clic Pet, onde em um final de semana por mês, ela se coloca à disposição para fotografar os animais em espaços públicos predefinidos, por um preço acessível. Tudo o que é arrecadado irá para doações de alimentos, vacinas e/ou ações de resgates. Veja seu site e aprecie suas fotos na galeria e conheça seus projetos. www.pethomekaz.com

Fotos: Divulgação

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Biewer Terrier “Biewer Yorkshire a la Pom Pon”

Reprodução

História Características Comportamento depoimentos de tutoras a triste história de sophie Revista 4 patas Digital

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Resumo histórico

Fonte: http://www.cbkc.org/padroes Fotos: Reprodução

A raça teve sua origem na Alemanha, quando no início de 1984, nasceu em uma ninhada de Yorkshire Terrier, um filhote com características distintas dos demais. Os criadores, Sr. Werner Biewer e Sra. Gertrude Biewer, até então criadores e expositores de cães da raça Yorkshire Terrier, ficaram surpresos ao verem um filhote tricolor (azul aço, dourado e branco). Este filhote, chamado “Schneeflocken von Friedheck”, era filho do casal “Darling Freidheck” e “Fru-fru Freidheck”. A partir deste filhote, o Sr. e Sra. Biewer iniciaram um programa de criação que visava fixar estas características distintas e após alguns anos de criação seletiva, foi estabelecido o primeiro padrão oficial para a raça, inicialmente denominada “Biewer Yorkshire a la Pom Pon”. Logo, a raça despertou interesse e ganhou popularidade e novos criadores surgiram em todo o mundo, com o objetivo único de torná-la reconhecida pela maioria das entidades cinófilas. Atualmente já existem diversos clubes especializados e a raça esta amplamente difundida. O Biewer foi introduzido nos Estados Unidos da América em 2003 e o “Biewer Terrier Club of America” (BTCA), juntamente com o “Biewer Terrier Registry of America” (BTRA) estão realizando um trabalho sério, onde somente são aceitos para registro os cães com exames de DNA. Este procedimento visa proteger a diversidade genética da raça, evitando que criadores não éticos e inescrupulosos realizem acasalamentos do Biewer Terrier com outras raças.

Aparência geral

O Biewer tem a aparência de um elegante Terrier, de pelagem tricolor e longa. A pelagem cai reta para ambos os lados, repartida por uma linha que se estende da trufa até a base da cauda. O dorso é plano, com a altura dos ombros igual à altura da garupa. Embora de aparência quadrada, o comprimento do corpo pode ser ligeiramente maior do que a altura na cernelha. A cauda é portada alta, com a ponta direcionada para o dorso e coberta por uma pelagem longa. Revista 4 patas Digital

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PELAGEM: Longa e solta, fina com textura suave e sedosa. O pelo é perfeitamente reto, sem subpelo, não devendo ser lanoso ou ondulado. Cor: Branco, azul aço escuro e dourado ou branco, preto e dourado. • Na cabeça, a cor pode ser branco, azul aço escuro e dourado; branco, preto e dourado; azul aço escuro/preto e dourado ou até mesmo branco e dourado. O branco na cabeça pode ser encontrado na região do queixo, na ponta do focinho, cana nasal ou até mesmo se estendendo por uma faixa mais ou menos larga, passando por entre os olhos (sulco frontal). O ideal é a distribuição das cores em boa simetria. • A coloração da pelagem no corpo deve ser azul aço escuro e branco ou preto e branco. A quantidade de cada cor é de preferência pessoal, sem padrões dominantes. Na pelagem do corpo não poderá haver qualquer mescla de pelos dourados ou castanhos. • Peito, barriga, pernas e ponta da cauda, deve ser absolutamente branca. O branco do peito deve vir até o pescoço, cobrindo o queixo. PESO: Até 3,600 quilos

Reprodução

Faltas: Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão. • Coloração dourada ou castanha em qualquer parte do corpo, pernas ou cauda; trufa pálida ou despigmentada; orelhas de abano ou dobradas; qualquer evidência de reparo cirúrgico; peso acima de 3.6 Kg. • Desclassificantes somente as gerais para todas as raças em termos de morfologia. • Cães medrosos devem ser desclassificados. Notas: • Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal. • Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado Para efeitos de registro genealógico, deve-se apresentar o exame de DNA dos pais e dos respectivos filhotes, sendo estas informações de inteira responsabilidade do criador, com o objetivo de se evitar cruzamentos aleatórios e inespecíficos. Exige-se também a apresentação do Certificado de Microchipagem de cada exemplar. • Este padrão foi adaptado e traduzido a partir do único padrão da raça que foi revisado, reconhecido e assinado pela Sra. Gertrud Biewer e Sra. Gayle Pruett (Presidente do the BTCA, Inc.), em 26 de Setembro de 2009.

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REGIÃO CRANIANA Cabeça / Crânio: Pequena e plana, com stop moderado. Crânio não muito proeminente ou arredondado. Focinho não muito longo e em proporção com o crânio. Trufa deve ser preta. Olhos: De tamanho médio, escuros, com expressão inteligente e de inserção frontal. Podem ser redondos ou amendoados. Não proeminentes e as bordas palpebrais devem ser escuras. Orelhas: Pequenas a médias, em forma de V, portadas verticalmente, eretas, sem serem demasiadamente afastadas, revestidas de pelagem e as pontas devem ser raspadas. Maxilares / Dentes: Os dentes são bem alinhados, com maxilares de igual comprimento. Mordedura em tesoura ou torquês. TRONCO De ossatura fina ou média, com boa linha de dorso. A altura nos ombros é a mesma altura da garupa. O comprimento do corpo pode ser ligeiramente maior que a altura do cão. O peito deve ser largo e visto de frente, amplo. Visto de perfil, alcançando os cotovelos. A caixa torácica é moderadamente arqueada, com a linha inferior ligeiramente esgalgada e o lombo curto, mas forte. MEMBROS Anteriores: Ombros bem colocados, pernas retas e bem revistadas de pelagem. Posteriores: Vistos por trás, os membros posteriores são retos. Vistos de perfil, o joelho é moderadamente angulado. Patas: Redondas; unhas pretas ou brancas. Cauda: Íntegra e deve ser portada alta, em curva ou em semicírculo, com a ponta direcionada para o lombo. Quando em alerta, ou mesmo muito feliz, a cauda pode ser portada bastante alta e alegremente e neste caso, sempre com a ponta apontada para o lombo. Deve ser coberta por uma pelagem longa, sedosa e solta. Movimentação: Fluente e com boa propulsão. Os anteriores e posteriores trabalham corretamente direcionados para frente, o que mantém a linha superior nivelada. Reprodução

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Comportamento Temperamento

O Biewer Terrier tem um temperamento muito alegre e divertido. Embora, às vezes, travesso, é muito obediente e companheiro leal. Estável e sociável tanto com os humanos e com outros cães, adaptando-se perfeitamente a todos os estilos de vida.

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Convivendo com um Biewer Opinião de tutoras que falam sobre a escolha e cotidiano da raça.

Sophie

Fotos: Arquivo pessoal

Escolhi a raça por ser de pequeno porte e por ser de uma beleza encantadora aos olhos e ao coração; de pelagem longa e sedosa, os cuidados são diários porém fáceis que vai da escovação a colocação de lacinhos para tirar os pelos dos olhos. São de personalidade tranquila, companheiros e gostam de crianças. São muito dóceis e de fácil socialização. A Sophie chegou para completar a família, queria uma ‘irmãzinha’ para a Mel, uma Yorkshire de 2 meses e meio na época, para não ficar sozinha quando tenho que trabalhar. Foi a melhor escolha que fiz e não podia ter escolhido raça melhor. Ela com seu jeitinho doce e meigo, tão delicada, pequena mas ao mesmo tempo forte, é apegada a todos da casa especialmente com as crianças, me fez ter a certeza que minha família não seria completa sem a sua presença.

Monalisa Alves - Araraquara-SP

Lara, Johnnie e Sophie

Fotos: Arquivo pessoal

Sempre sonhei em ter uma biewer e hoje tenho duas fofuras, a Lara (2 anos) e a Sophie (1 ano). Apesar de todo o sofrimento que passaTaís com Johnnie mos com a Sophie, a raça é um encanto! A Sophie é a mais animada da turma, ela e a Lara brincam o dia inteiro, adoram crianças e não dão sossego para irmãozinho Johnnie (9 anos). Elas são super carinhosas e quase obedientes! Não troco por nada, sou suspeita, mas amo demais essa turminha!

Taise Oliveira

Laranjeiras do Sul PR

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A triste história de Sophie Esta linda cachorrinha teve a missão de servir de exemplo para criadores e compradores que desconhecem os problemas genéticos de muitas raças caninas. Acompanhe sua página especial no Facebook para complemento deste artigo

De Taise Oliveira

Laranjeiras do Sul - PR

facebook.com.br/unidosporsophie Sophie foi adquirida de uma “iniciante a criação” sem os devidos conhecimentos da raça. Sua história completa é longa e difícil que poderá ser lida na íntegra na página do Facebook indicada na foto. Sua tutora, Taise Oliveira narra todas as dificuldades que ela e seus familiares passaram - e passam - buscando uma cura para sua doença que falaremos um pouco mais nesta página: Shunt: desvio portossistêmico (problema no fígado) - comum na raça Yorkshire .

O tratamento definitivo é cirúrgico, por meio da correção da anomalia vascular por meio de ligadura ou implante de anel metálico. Se a cirurgia não for realizada, o tratamento clínico a longo prazo pode ser eficiente por até dois anos.” (Fonte: SANTOS, R.O. et al. Shunt portossistêmico em

pequenos animais. PUBVET, Londrina, V. 8, N. 18, Ed. 267, Art. 1781, Setembro, 2014.)

SINTOMAS Os sintomas do Shunt podem variar de animal para animal. Saiba quais são eles: Anorexia, aumento da urina, vômito, diarreia, tremores, febre, falta de coordenação motora, salivação, desorientação após as refeições, letargia, atraso no crescimento, convulsão e coma. A pequena Sophie não apresenta todos os sintomas da doença mas sofre com convulsões, letargia após comer e falta de apetite. Taise narra em seu texto todas as fases difíceis com os sintomas e busca do tratamento com especialistas. Finalizando, exija do criador desta raça e até do Yorkshire Terrier o exame de negatividade para esta doença.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS “O desvio portossistêmico (DPS) ou shunt portossistêmico é a anomalia circulatória hepática mais comum em cães. Esta patologia é uma conexão anormal entre a circulação portal e sistêmica que desvia o fluxo sanguíneo do fígado em variados graus. Deste modo, substâncias tóxicas e hepatotróficas importantes oriundas do pâncreas e dos intestinos são absorvidas e enviadas diretamente para circulação, sem passar pelo fígado. Esse decréscimo do fluxo sanguíneo vai resultar em atrofia e subsequente disfunção do fígado, diminuindo cada vez mais o metabolismo hepático das toxinas intestinais que se acumulam no sangue. Revista 4 patas Digital

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HUMOR


Por Melika Nicolau Médica Veterinária www.gatilmelicats.com.br Instagram @gatilmelicats

UNIVERSO FELINO

Como os gatos demonstram amor e afeto? Todo mundo já ouviu falar que gatos são “traiçoeiros” que não se apegam aos donos, que são animais independentes e tudo mais. Porém o que muitos não sabem, ou não sabem identificar; é que os gatos expressam de várias maneiras quando estão felizes, alegres, e que gostam sim dos seus donos e são capazes até de dizer “eu te amo” a eles. Algumas atitudes e comportamentos dos felinos expressam qual o sentimento deles naquele momento. Dar cabeçadinhas no dono, significa que seu gatinho tem muita segurança e confiança em você, ao fazer esse gesto eles depositam ferormônios que representam esses sentimentos. Ronronar mais forte, também é um sinal de que seu gatinho gosta MUITO de você, os gatos ronronam bastante, mas quando fazem isso com mais vontade é um ótimo sinal. Mordidinhas de amor também podem ser uma prova de que seu gato te acha uma pessoa DEMAIS! É fácil diferenciar uma mordida carinhosa de uma mordida agressiva, com carinho vai te fazer cócegas, a outra te machuca e muito . Barriguinhas ao ar: esse ato os felinos só fazem voluntariamente se eles se sentirem extremamente seguros , se o seu gatinho faz isso , ele se sente muito seguro e amado. Lamber seus cabelos as orelhas: esse é o sinal mais visível da mais sincera amizade , pois nem todos os seres humanos são dignos de tal ato. Hora de dormir: gatos adoram dormir confortáveis e protegidos, se ele faz isso ao seu lado ou no seu colo é o maior sinal de cumplicidade que ele pode lhe dar. Presentes: não há como negar que aqueles “presentinhos” são um pouco nojentos (como uma barata, um passarinho morto, etc.) mas, apesar de domesticados os gatos tem extinto de caçadores , e se ele dividiu a recompensa dele com você, ah acredite ele te adora! E por último, a maior das maiores declarações de amor, o EU TE AMO, os gatos fazem isso olhando bem pra você e piscando os olhinhos bem devagar, em um gesto bem sutil . Como são animais muito preocupados com segurança, fechar os olhinhos na presença de qualquer outra pessoa ou humano é uma demonstração profunda de amor. Quem desvendou esse sinal foi a comportamentalista americana Anitra Frazier, e ela disse mais: se piscarmos eu te amo para nossos gatos, eles podem piscar um “eu te amo” de volta. Eles são incríveis não?! Revista 4 patas Digital

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Fotos: Arquivo pessoal

Apesar da fama de que só mulher ama gatos, sabemos que o time de homens que estão curtindo muito mais os felinos está crescendo por alguns motivos simples. Eles são independentes e ficam longas horas sozinhos numa boa, são limpos, são silenciosos e apesar do estigma de “indiferentes” e até “traiçoeiros” sabem dar amor como nenhum outro bicho. Cachorros são incríveis também, mas os gatos são inspiradores. Se você é um cara criativo, observar o comportamento de um felino rende muito material, digamos assim. Gatos são caçadores, são desastrados, são altamente sensíveis. Alex Luiz da Silva é fotógrafo, de Juiz de Fora-MG e aceitou nosso convite para dizer porque gosta de gatos: “Minha esposa queria um gato, e imagine só, eu fui contra, porque desde a infância tive cães, geralmente de porte grande e achava muito arriscado. Então, um belo dia, ela adotou um gatinho, o Logan e só fiquei sabendo quando cheguei do trabalho e ele já estava em casa. Foi meio que um choque, afinal, nunca tinha me interessado por gatos, Aí o tempo foi passando, e com a convivência e com as mil gatisses hilárias que ele fazia todos os dias, foi conquistando seu espaço na casa e meu respeito a ponto de nos referirmos a ele como “nosso filho” (rs). Um belo dia, veio o Bruce que ‘caiu de paraquedas’ aqui em casa quando uma gata o abandonou na laje da casa com cerca de 5 dias. Então foi aquela correria de leite pra gatos e mamadeira pra lá e pra cá. Até o Logan levou um tempinho pra se acostumar com o novo membro da família, assim como meus cães - Apolo, o Dogue Alemão (falecido) e o Barão, Pastor Alemão - também levaram um tempo pra se acostumar com o Logan, mas agora está tudo em paz, Bruce, Logan e o Barão. Antes de conviver com os gatos eu não imaginava que eles pudessem ser tão afetuosos, mas estava enganado.”

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Bruce

Logan Alex

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DESMISTIFICANDO

Uma comunidade no Facebook para eles

Se você achava que estava sozinho, engana-se. Existe uma comunidade com mais de 20mil participantes que amam gatos. Formada por uma equipe de homens e mulheres que buscaram a inspiração para criar a página baseada no padrão imposto por preconceitos. Batemos um papo rápido com uma das responsáveis pela página que preferiu o anonimato rodeado de mistério muito comum na personalidade dos felinos. Em seu depoimento, ela conta um pouco de como surgiu a ideia de criarem a página e o sucesso dessa ideia é o resultado revelado em suas estatísticas. “Basicamente a página ‘Homens que amam Gatos’ foi criada porque sempre gostei de gatos e queria ter uma página de Facebook para falar sobre eles. Mas eu precisava de um tema novo, algo que fosse diferente de outras páginas. Foi quando me lembrei que gatos são sempre associados a figura feminina. Pensei nos comerciais de ração na televisão que mostram o gato como companheiro de uma mulher solitária enquanto que os cães eram retratados em comerciais com companheiros homens ou em famílias completas. Principalmente no Brasil onde é um pais machista com tanto estereótipos, ver um homem abraçado a um gato já o poderia considerá-lo gay sendo que não deveria existir esse tipo de generalização. Aos poucos essa imagem está se quebrando, está mais comum vermos homens e seus gatos. A página ‘Homens que amam gatos’ tem a intenção de fazer esses homens serem reconhecidos, pedindo aos fãs que mandem suas fotos com seu companheiro gato e também algo muito importante é mostrar que o gato também é um fiel companheiro. Queremos que a imagem desses homens cresçam e consiga abrir mais espaço na mídia para mostrar essa relação entre homem e gato, não apenas homem e cachorro quando é bem mais comum. Os gatos por si só já sofrem preconceito pela sociedade e quase nunca ouvimos histórias entre homens e seus gatos, a página quer mostrar esses homens que assumem seu amor pelos gatos e quebrar barreiras. O gato tem seu jeito particular de ser, discreto, mas traz alegria e companheirismo e é fiel ao dono.” finaliza. Algumas imagens disponíveis na fan page revelam o carinho de homens com gatos

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ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA...

Empresa se especializa em criar ambientes felinos interativos www.catastrophicreations.com

A empresa Catastropic Creations fica no Michigan (USA) e possui uma linha de acessórios formando variados ambientes exclusivos para gatos indoor. Suas linhas despertam o instinto felino de escalar, explorar, entrar em buracos e caixas mantendo até o mais excitado gatinho feliz. Veja algumas criações e acesse o site oficial para conhecer mais.

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NO INSTAGRAM

A gata que ri Quando pequena Rey foi adotada do abrigo em que morava, ela não parou de sorrir desde que ela encontrou um lar! “Eu não estava à procura de um gatinho por qualquer meio (já temos dois!), mas só tinha um palpite para parar pelo abrigo no meu caminho para casa do trabalho e encontrei esta pequena dama e fiquei imediatamente apaixonada por ela!”, disse a “nova mãe” de Rey. “Então, eu a trouxe para casa e tem sido perfeito desde então. Ela é tão fofa e brincalhona e seu ‘irmão mais velho e irmã’ se deram bem com ela e estão constantemente brincando com juntos.” finaliza. ........................................................ Mais informações: Instagram (h / t: lovemeow)

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COMPORTAMENTO

Fonte/Foto: http://blog.farmina.com.br

Por que os gatos não respondem quando chamamos?

Que os gatos são mais independentes que os cães isso todos já sabem. Parte dessa fama está relacionada ao fato de muitos deles não responderem quando são chamados pelo nome. Ao contrário dos cães, uma das curiosidades sobre gatos é que eles não gostam de perder tempo, principalmente se for interromper a soneca deles. Apesar de serem mestres na arte de fingir que não ouvem, eles escutam super bem e sabem sim os próprios nomes, mas antes de gastarem energia desnecessária, eles avaliam o chamado. Se você chama seu gato para dar remédio, levá-lo ao veterinário ou dar broncas, ele associa a experiência a algo negativo e, se tem algo em que os gatos são bons, é guardar experiências na memória. Por isso, se quer que seu felino estabeleça uma ligação mais forte com você e te atenda quando chamá-lo, temos algumas dicas para você entender a linguagem dos gatos: 1. Nunca fale o nome do gato no meio de uma bronca! Utilizar o nome do seu gato quando estiver irritado ou bravo com ele, não é uma boa saída. Quando isso ocorrer, ele tentará escapar da situação, ao invés de se aproximar de você. O correto é utilizar outra palavra que não seja o nome do felino para mostrar que ele fez algo errado. 2. Sempre que chamar o gato, recompense-o! Todas as vezes que chamar o seu gato pelo nome e ele olhar ou se aproximar de você, dê carinho e mostre que você ficou feliz pelo retorno. Sempre tente usar o nome dele para fazer algo positivo, assim ele irá associar a momentos e surpresas legais. 3. Tente dizer o nome do seu gato no mesmo tom de voz Gatos têm um senso muito agudo da audição e respondem a variação no tom de voz. Para eles, o tom que você usa e a quantidade de sílabas que produz fazem diferença na interpretação do que você está dizendo. Falar a mesma palavra com um tom brincalhão ou bravo tem dois significados diferentes para o seu felino. Por isso, muito cuidado e entenda seu gato! Lembre-se ainda que apelidos podem confundi-lo. Evite! Revista 4 patas Digital

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HUMOR

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ROTEIRO VIRTUAL * o número de inscritos pode ser alterado até a leitura de material

Páginas e sites felinos recomendados Gatos estão cada vez mais sendo adorados pelas pessoas e a repercussão desta paixão se reflete nas comunidades do Facebook. Separamos algumas com um número elevado de cat lovers.

GATOS INCRÍVEIS

Comunidade do Facebook com 73mil inscritos

BALAIO DE GATOS

Comunidade do Facebook com 2milhões de inscritos

BORGES O GATO

Comunidade do Facebook com 72mil inscritos

GATO NO FACE

Comunidade do Facebook com 560mil de inscritos

CANAL FELINO

Comunidade do Facebook com 82mil inscritos

GATOS NO FACE

Comunidade do Facebook com 170mil de inscritos

GATINHOS FOFINHOS

Comunidade do Facebook com 12mil de inscritos

Arranhador da Cozy Gatos Atelie (http://cozygatos.com.br) Revista 4 patas Digital

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Fonte: correiobraziliense.com.br

EMPREGO DOS SONHOS

Café britânico oferece salário de R$ 10 mil para a vaga de babá de gatos Fotos: Divulgação

Se você ama gatos, está à procura de um emprego e tem disponibilidade para morar na Inglaterra, um café da cidade de Manchester tem uma excelente oportunidade para você. Com inauguração prevista para junho, o Cat Cafe Manchester procura um candidato qualificado para ocupar a vaga de babá de gatos. Os interessados devem enviar currículo para o email hello@catcafe. co.uk, até 29 de abril. Entre as atribuições do empregado, estão alimentar e brincar com os felinos. Ainda não está convencido de que esta é a vaga certa para você? Espere até ouvir o salário: 8 libras, ou o equivalente a mais de R$ 43 por hora (o que daria algo em torno de R$ 10,3 mil para uma jornada de oito horas diárias).

Os interessados devem enviar currículo para o email hello@catcafe. co.uk, até 29 de abril.

Será o primeiro Cat Cafe de Manchester. Este tipo de estabelecimento temático tem como característica o fato de os clientes compartilharem o espaço com gatos pertencentes ao local. Além do cargo de babá dos felinos, o café também oferece vagas para gerente, assistente de gerência, atendente e barista. Mais informações estão disponíveis no site www.catcafe.co.uk.

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Artigo especial

A MALDADE HUMANA uma pequena análise

• Somos produtos do mal? • Para filósofo inglês, sim • O homem nasce bom? • Crueldade contra animais • FBI considera ‘crime contra a sociedade’ • Pela Vida: veganismo vs. indústria da carne Por que a raça humana pratica o mal há séculos de uma forma irracional sendo que o homem é considerado o único animal racional? Este material não tem a intenção de apresentar uma teoria única e muito menos buscar uma solução definitiva mas sim, direcionar o foco para que cada um busque seu bem interior. Revista 4 patas Digital

“Supreendentemente, existem cerca de 70% de pessoas com pensamentos positivos e apenas 30% de negativos. Tudo está na nossa mente, nós temos o controle da situação.” 35

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A MALDADE HUMANA

Considerações importantes Por Fernando Gomes - editor executivo

Antes de mais nada, é preciso considerar a seriedade e complexidade deste tema. O mal pode ser analisado em diversas esferas da cultura humana como teologia, ciência, psicologia, filosofia, direito, etc. A complexidade da natureza humana é objeto de estudo há séculos e até os dias de hoje não existe um consenso definitivo sobre o tema. É certo de que a cultura abre muitos caminhos e com ela, qualquer pessoa pode mudar seu jeito de ser à medida que conhece todas as facetas do mundo que a cerca. Entender o certo e errado por si só é uma forma de viver em paz consigo mesmo e com a sociedade a que pertence. Em pesquisa, listo abaixo apenas algumas óticas relacionadas à maldade humana. Elas servem de parâmetro para uma reflexão pessoal. (Fonte parcial: Artigo “A maldade humana e o sujeito criminoso” - por Wagner Francesco (perfil abaixo) http://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos) TEOLOGIA Para a Bíblia, o ser humano foi criado bom (Gênesis 1:31), mas foi corrompido pelo mal (Gênesis 3:13). Assim, este não é inerente ao ser humano, mas algo externo. A serpente traz o mal ao mundo: o mal é o outro, vem de fora. PSICOLOGIA Para Freud a natureza humana é má e egoísta e por isto é que surge a sociedade. Esta, então, advém da necessidade que o ser humano tem, a fim de que não elimine o outro, de se organizar em civilização para manter viva a espécie. Mais ou menos como pensa os teóricos do Contrato Social: somos todos egoístas, pensamos em nós primeiro e queremos realizar nossos desejos. Todos somos assim. Então surge a necessidade de um contrato onde abrimos mão de nossos desejos pessoais e priorizamos os desejos coletivos. SOCIOLOGIA E DIREITO Quando compreendemos que a nossa natureza é má e que as circunstâncias podem aflorar estes atos, se formos honestos conosco e com o outro, começaríamos, juntamente com o Direito Penal, a abandonar o nosso ranço de vingador, a nossa ânsia por punir com crueldade aqueles que agem com crueldade - como se a crueldade com os cruéis justificasse os fins. Muitos não levam a sério quando um “garantista”, defensor dos Direitos Humanos, argumenta que para além de um criminoso há, diante de nós, uma vítima da sociedade desorganizada. Para alguns, o bandido bom é o bandido morto…; mas é esta frase que retira a máscara da bondade de quem diz… As pessoas são, sim, responsáveis por seus atos e por eles devem responder. Ninguém, em sã consciência, defende o fim das prisões e das punições - a forma como elas existem, sim! Mas se Freud estiver certo e se a sociedade foi constituída para controlar os impulsos egoístas do ser humano individual, então pare, pense e se pergunte: a culpa pela criminalidade tão alta é só do indivíduo que comete ou a sociedade, que eu faço parte, tem culpa também? REFLITA “Por fim, queremos de toda forma acabar com o mal do mundo e com o outro que pratica, mas ficaríamos enojados de nós próprios se pudéssemos ver no espelho o que somos capazes de fazer.” - Wagner Francesco Wagner Francesco Theologian, Paralegal and Ghost Writer • Salvador (BA) Nascido no interior da Bahia, Conceição do Coité, Teólogo e Acadêmico de Direito. Pesquiso nas áreas do Direito Penal e Processo Penal. facebook.com/wagnerfrancesco

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Somos produtos do mal? Imagens: Reprodução

A sociedade harmoniza os nossos instintos agressivos A sociedade é formada por todos nós. É uma máquina que segue um padrão de conduta para que tudo funcione corretamente. Dependemos do vizinho ao lado, queremos que ele “se comporte bem” e não nos incomode à noite com música alta para que não haja discussões. Meu colega de trabalho espera que eu responda ao seu “bom dia” para que isso não afete o seu humor, caso sua saudação não seja respondida. Algo tão simples pode aumentar sua testosterona, é provável que me insulte, comente com os colegas e isso se transforme numa corrente negativa. A serotonina acalma os piores instintos humanos, enquanto a testosterona leva muitos homens a cometer os piores crimes. Basta uma faísca. Não sejamos nós essa faísca.

E se para salvar a vida de um ente querido tivesse que aceitar o transplante de coração de um assassino em série? Antes de responder, reflita: um assassino em série “tem coração”? Você aceitaria? Do ponto de vista médico e científico, isso não tem nada a ver. As doações são anônimas, você não sabe quem foi o doador e a família do falecido não sabe quem é o receptor. O que realmente queremos saber é o que leva uma pessoa a prejudicar os outros, sem nenhum motivo aparente.

A luta contra a besta interior Não podemos esquecer que temos sangue nas veias e às vezes agimos sem pensar. Um insulto, um ataque contra a nossa integridade física, uma discussão, podem nos levar a perder a paciência em algum momento da nossa vida. Pode ser que nós mesmos, querendo ou não, façamos algo considerado inadequado para uma vida em sociedade.

Somos produtos do mal? O Catarismo foi um movimento religioso que surgiu no século XII, se espalhou pelo sul da França e se baseava em antigas crenças pagãs. Tinha o bem e o mal como doutrina principal e o homem como um produto do mal. Eles estavam tão convencidos disso que condenavam a procriação, porque entendiam que ter filhos era trazer mais maldade para o mundo. Você pode achar que é loucura dizer que somos produto do mal, mas basta olhar o mundo lá fora, ler o jornal ou ouvir o rádio para comprovar a maldade humana. A humanidade é propensa ao mal e se nos deixarmos guiar pelos nossos instintos, as consequências serão desastrosas. Revista 4 patas Digital

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Somos produtos do mal? Reprodução

Um estudo recente da universidade chinesa de Beihang, descobriu que a raiva é a emoção que recebe mais apoio nas redes sociais, enquanto que os textos que relatam alegria e felicidade passam despercebidos. Por isso devemos ser um exemplo para nossos vizinhos e nunca esquecer que somos guiados pelo nosso maior inimigo, que somos nós mesmos. Pode ser terrível a besta que alguns carregam dentro de si. Vencer nosso inimigo interior é uma luta diária. Existem momentos em que nos sentimos derrotados: sentimos raiva, falamos mal dos outros, olhamos com maldade e nos deixamos levar pelos nossos instintos. Isso prejudica a nossa relação com os outros, o nosso desejo de felicidade e a vontade de viver. Portanto, aqueles que carregam uma besta dentro de si devem ser mais cautelosos, cuidadosos, pacientes, doces e às vezes condescendentes, para não entrar em conflito com as pessoas que encontrarem pela frente.

Seria ótimo se ninguém tivesse uma besta interior. Temos que tomar consciência de quem somos, das nossas limitações e defeitos, e tudo de positivo que temos para compartilhar. Ernest Hemingway disse que “todo mal sempre começa com algo inocente”. Martin Luther King Jr. nos lembrou que “o homem deve encontrar uma solução para qualquer conflito humano, rejeitando a vingança, a agressão e a retaliação; a base dessa solução é o amor”

Para o filósofo inglês Hobbes, o homem é essencialmente mau

O motorista que estaciona o carro em local proibido, que tranca o cruzamento e atrapalha o trânsito é uma pessoa má? Levando em consideração a teoria do filósofo inglês Thomas Hobbes, a resposta é sim. “Hobbes se encontra no período entre os séculos 16 e 17. A natureza humana para Hobbes é má. O homem é mau, não presta. Essa tese se encontra na obra “O Leviatã”, inspirada em uma figura mitológica, que é uma serpente que fez um acordo com os homens. Na medida em que os homens não cumprem o acordo, a serpente vem e os devora”, comentou Foto: Reprodução / TV Globo o professor de filosofia Fábio Medeiros. Segundo a teoria de Hobbes, se o homem já nasce mau, ele não sabe viver em sociedade e precisa de um estado autoritário, que dite as regras, as normas de convivência. “Essa tese vai fundamentar sua visão de estado absoluto. A visão é de que homem não tem pretensão de ser social. Ele é mau, o que causa insociabilidade. Para se tornar social, é preciso formar um novo pacto, um novo acordo entre homens, para que eles possam renunciar à coisa mais importante num estado de selvageria, que é a liberdade”, relatou o Professor. “Principalmente quando são atitudes não condizentes com o exercício da cidadania, como cuidado da cidade, do outro, consigo mesmo. A gente tem que continuar fazendo a discussão e redefinir nossos papéis como cidadão, como pessoa, ser humanizado. Acreditar na tese de Hobbes é acreditar que não temos oportunidade de nos mostrar diferentes da maldade”, disse Fábio. Texto parcial de reportagem do Projeto educação da Rede Gloro e publicado no portal G1 em 1/11/2013

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Artigo

O homem nasce bom e a sociedade o corrompe ou o contrário? Uma discussão bem antiga, mas que sempre “vem à tona” é aquela que discute se “o homem nasce bom e a sociedade que o corrompe” ou se “o homem nasce mau e a sociedade que o torna bom”. Dentre os estudiosos que levantaram tal questão estão Rousseau e Hobbes; ambos defendo uma perspectiva distinta. Grosso modo, Rousseau defendia que os homens nascem bons, mas em contato com a sociedade que é má, tornam-se igualmente maus. Essa perspectiva dialoga bem com a visão cristã, onde as crianças seriam tidas como puras e tornam-se pecadoras à medida que começam a perceber os males do mundo, os quais as envolvem. Por outro lado, Hobbes defendeu que o homem nasce mau, com instintos de sobrevivência, e que devido a tais instintos é capaz de fazer qualquer coisa. Para Hobbes, a sociedade tem o papel de educá-lo, de humanizá-lo, de torná-lo sociável. A essa altura você, leitor, já deve ter pensado em concordar com uma das duas perspectivas, assim como deve estar esperando um posicionamento do autor desse texto em relação a um dos dois lados, o que não vai acontecer; isso por eu ter uma terceira perspectiva a respeito dessa problemática, a qual quero compartilhar com você. Antes um trecho de uma música que já diz muita coisa:

folha, permanecerá nela marcas, umas mais profundas, outras menos. Assim são nossas experiências sociais; a “vida” nos marca e são essas marcas que ficam registradas em nosso consciente e subconsciente, as quais nos propiciam predisposições para nossas ações. O fato é que, a folha inicialmente é lisa e só depois de amassada possuirá marcas, sejam elas feias ou bonitas; isso quem vai julgar é o “medidor” social que varia de sociedade para sociedade, assim como de tempo em tempo. Desta forma, acredito que a classificação bom ou mau não está ligado ao homem, mas a ideia de mau e bom que cada sociedade possui.

“Quem foi que disse que amar é sofrer?
Quem foi que disse que Deus é brasileiro,
Que existe ordem e progresso,
Enquanto a zona corre solta no congresso?
Quem foi que disse que a justiça tarda mas não falha?
Que se eu não for um bom menino, Deus vai castigar!” (Zé Ninguém, de BIQUINI CAVADÃO).

E você, o que pensa a esse respeito?

Sobre o autor

O homem não nasce nem bom, nem mau. Nascemos em uma sociedade marcada por regras historicamente construídas, inclusive definidora do que é bom ou ruim. Quando nascemos somos moldados de acordo com tais regras. A metáfora da “folha em branco” nos ajudará a pensar essa perspectiva. Segue: Nascemos como “uma folha em branco”. Não temos história, apenas nossos instintos. Ao longo da vida vamos passando por experiências sociais, como se fossemos amassados. Isso seria as nossas experiências sociais. Por mais que buscamos desamassar uma Revista 4 patas Digital

Cristiano das Neves Bodart é doutorando em Sociologia pela Universidade de São Paulo/USP e professor da Faculdade Novo Milênio/FNM. www.cafecomsociologia.com Contato: cristianobodart@hotmail.com

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Na mídia

A mídia escrita, televisionada e virtual apresenta regularmente casos de maus-tratos e crimes contra animais no Brasil e no mundo todo. Principalmente nas redes sociais, vemos os dois lados da maldade: o crime em si e a revolta de internautas que postam suas indignações nos comentários. Desejos de vingança, juras de morte e uma infinidade de energia negativa contra os criminosos. Mas o mal paga-se com o mal? É certo fazer justiça com as próprias mãos? Houve um caso bem característico no exterior de um rapaz que postou um vídeo no Facebook maltratando um cãozinho porque ele destruiu algo seu. Um grupo de rapazes invadiu sua casa e o espancou postando o vídeo da “justiça”. Este caso realizou o desejo de muita gente que acompanhou a história virando hit na Internet. Mas também houve outro caso de uma calúnia que fez uma vítima inocente que sofreu espancamento e humilhação sem ninguém comprovar a veracidade da notícia. E assim caminha o mal. Muitas vezes por fúrias momentâneas e outras por seguir o instinto da maldade adormecido e que vem à tona por falta de agir com a razão.

www.olharanimal.org

www.anda.jor.br

www.facebook.com/Em-Defesa-dos-Cavalos www.portaldodog.com.br

http:// estadao.com.br

www.g1.globo.com

http://noticias.r7.com Revista 4 patas Digital

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E-book

“Gata cega e idosa é quase morta a pontapés em Copacabana”

Divulgação

Com este título foi postado no Facebook que eu teria pisoteado uma gata que estava sendo aninhada no colo de uma senhora idosa dentro de uma caixa de papelão. Ao final, a gata quase convulsionou e a senhora, mãe de quem escrevia, precisou ser medicada. Foram mais de mil postagens de xingamento, propondo desde o linchamento até a minha morte. Sem falar da visita da comissão de proteção aos animais da OAB e de um jornal de grande circulação tentando saber o acontecido. Nada foi adiante, já que tudo se comprovava uma história inventada. Na justiça (JECRIM) foi proposta ao inventor da história uma transação penal, na qual deveria ser pago R$ 1.000,00 a uma instituição animal, o que ele aceitou. A partir dessa experiência, escrevi um livro com Virginia Sampaio sobre a maldade humana e de como as redes sociais podem ser utilizadas para a sua proliferação. Ficou nítida a técnica do jogo da trollagem, que usa a internet com o objetivo de desestabilizar uma vítima e possui vários níveis, desde os mais simples, como uma brincadeira de mau gosto, até aos mais sofisticados, como tramas de esfera industrial, política, etc.; e a adesão de haters, pessoas que vão para a internet só para odiar. No entanto, esse tipo de gente só atinge o objetivo porque consegue a adesão de pessoas que, sem saber, entram na brincadeira, julgando e condenando à margem da justiça, a exemplo do meu caso, da mulher que foi morta em maio de 2014 por linchamento no Guarujá e de tantos outros. Não compreendendo a maldade como uma patologia,

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mas como algo inerente ao ser humano, cuja ação resulta do livre arbítrio, recorre-se à psicanálise ao propor o ser humano como possuidor de três sofrimentos básicos, que seriam: 1) lidar com o poder superior da natureza; 2) lidar com a fragilidade do próprio corpo; 3) acatar, a fim de possibilitar a vida em sociedade, as normas impostas pela civilização, o que lhe garantiria, mesmo se sentindo aprisionado, a sobrevivência diante de sua fragilidade. Segundo Freud, o ser humano é capaz de tolerar os dois primeiros, mas não o terceiro, precisando a civilização ser defendida das tendências destrutivas – antissocial e anticultural - presentes em todos os seres humanos. E seria em consequência destas tendências que a rede social, pelo grau de alcance e possibilidade de anonimato, pode se tornar um veículo para a maldade. Através das redes sociais é possível burlar as regras civilizatórias, sustentando, mesmo que inconscientemente, a ilusão de liberdade, já que mantém o agressor protegido. Assim, as redes sociais passam a funcionar como uma versão do Coliseu no séc. XXI: “hoje, um impreciso número de milhares de pessoas se reúne nas redes sociais para se divertir diante do espetáculo da crueldade: o jogo dos trolls, haters odiando, cyberbullying denegrindo, matança de adolescentes, etc.” (Breves, B. e Sampaio, V.. A Maldade Humana - como detonar uma pessoa no Facebook, Ed. Mauad. 2014). Outra característica que pode favorecer a rede social como veículo da maldade é que diferentemente do mundo real, no virtual não há confronto com a realidade objetiva, pois toda comunicação se faz por

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computadores ou similares. Assim, é possível interagir diretamente com a realidade psíquica do outro, sendo relativamente fácil confundir a percepção alheia com invenção de personagens, mensagens disparadas por programas, etc. viabilizando a criação de um cenário para se desenvolver uma espécie de delírio coletivo. No entanto, se no inicio da internet as pessoas iam do real para o virtual com alguma nitidez da fronteira entre as duas realidades, agora, cada vez mais o real torna-se virtual e o virtual torna-se real, lugares onde fica fácil para o indivíduo perder-se em si mesmo e vislumbrar o outro como sua extensão. Isto fica visível através de algumas práticas de selfie. Cada vez mais se observa um tipo de pessoa que, se sentindo forte e poderosa com o prazer de uma falsa liberdade, iludida pelo número de curtidas e compartilhamentos, vivencia a expansão exacerbada de exibição narcísica que, associada à fantasia de grandiosidade,

DESCASO Não prover alimentação, água e cuidados básicos.

TRADIÇÃO Romaria, datas comemorativas, festa local, herança medieval.

IGNORÂNCIA Tratar animais com a mesma lógica humana.

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coloca o outro no lugar de insignificância ou, ainda, ao desdém. Em sua maioria, são pessoas covardes e fracas que se utilizam de seres indefesos para se afirmarem fortes e, neste sentido, os animais se tornam presas fáceis. O resultado é a maldade se proliferando dia-a-dia nas redes sociais e contribuindo para um mundo cada vez mais sem ética. Beatriz Breves - psicóloga, psicanalista e cientista do ‘Sentir’ www.beatriz.breves.net.br Sobre o livro Editora Mauad Como comprar Formato impresso: mauad.com.br Formato digital em PDF saraiva.com.br Idioma: Português

Crueldade em células

Animais domésticos, domesticados, silvestres e selvagens.

AGRESSÃO Física provocando ferimentos mutilação e paralisia permanente.

SEXO Zoofilia, prostituição animal.

EGOÍSMO Selfie, humanização, exibição, privação de liberdade.

PRIVAÇÃO Zoológico, circo, aquário, enjaulamento ou uso de correntes (cães).

CRENÇA Sacrifício, superstição, evento de padroeiro local.

PODER Infrigir dor a seres indefesos com requintes de crueldade.

TRABALHO Uso como tração, pedido de esmola, exposição, atração.

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Mamíferos, aves, répteis, peixes.

ESPORTE Rinhas, rodeio, tourada, apostas, caça, competição.

GANÂNCIA Comércio, tráfico, cruzamentos de raças.

CIÊNCIA Vivissecção em nome de estudo, saúde ou artigos de beleza.

STATUS Moda, beleza, objetos decorativos, troféus, taxidermia.

GASTRONOMIA Comidas típicas, desinformação alimentar.

DESRESPEITO Presentear e tratar animais como objetos descartáveis.

Estas células podem ser mais extensas de forem analisados grupos de animais e atividades que surgem com o tempo. Edição 22 - Março/Abril- 2016


PSICOLOGIA HUMANA

Artigo

Por Silvana Lance Anaya

A crueldade para com os animais “Se os humanos fossem um pouquinho mais animais eles seriam mais gente”. (Silvana Lance)

Arquivo pessoal

de alerta, pois comportamento cruel com Apesar da afetividade que une homens e animais envolvendo necessidade animais, os maus-tratos a eles compulsiva de controle e incapacitambém, acompanham a história dade de reconhecer o sofrimento da humanidade. destes são indícios de transtorno É natural a dominância do ser psicológico. humano quanto à natureza e os Estudos revelam em perfis de asanimais, mas a maldade também sassinos, antecedência de mauscaminha junto e com mais facilitratos a animais e estreito laço dade direcionada ao mais vulnecom a violência na sociedade. rável, incluindo animais indefesos Em meio a tantos casos de abusos, que vivenciam diariamente abannegligência e violência contra anidono, abusos e exploração. mais, levanta-se também a indigInfelizmente, casos de crueldanação de muitos numa voz estride se tornam cada vez mais evi- SILVANA LANCE Psicanalista Clínica, Psicoterapeudente em favor destes inocentes dentes, deixando aqueles que os ta Especialista em Psicodrama, amam e respeitam estarrecidos Pós-Graduada em Teoria Psicana- que resignados, apenas exprimem lítica, Bacharel em Administração, o sofrimento num som de lamendiante de tamanha falta de pieda- Jornalista Mtb 75200/SP to, na expressão de dor ou ainda de acrescida da impunidade. Contatos: visivelmente impresso na péssima Histórias de crueldade contra ani- |11| 3412-5528 / 98848-8911 www.clinicapsicabc.com.br condição física. mais podem ter início ainda na facebook.com/clinicapsicabc Mas, é importante salientar taminfância com indícios de evidente bém que, diante de uma denúncia e da comoperversidade ou atos cruéis que podem pasção popular rapidamente disseminada pelos sar despercebidos pela falta de supervisão, meios de comunicação em favor desta nobre ou ainda serem fruto da violência doméstica causa, devemos também ficar atentos, pois há e maus exemplos, o que favorece um ciclo casos em que a crueldade contra um animal é inininterrupto onde o mais fraco leva a pior. contestável, porém, esta também pode ser subjePortanto, é preciso acompanhamento e tamtiva pois com o sentimento inflamado de se fazer bém discernimento dos cuidadores para não justiça excessos e injustiças podem também ser nomear de travessura o que na verdade se cometidas, portanto cada caso deve ser verificaconstitui um ato de tortura contra um animal. do e avaliado com cautela e discernimento. Tais atitudes devem servir como um sinal

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proximidade com a evolução de uma sociedade, devemos estar atentos às necessidades destes, deixando de lado o ser social primitivo, reconhecendo que eles (todas as espécies) também devem ser compreendidos como sujeitos de direito. A natureza nos privilegiou com os animais, e os que estão mais próximos a nós, os “animais de estimação” como o próprio termo diz, devem ser estimados e não subjugados. De alguma forma eles chegam até nós como presentes divinos, trazendo-nos a chance de vivenciarmos uma relação mais próxima com a natureza e a oportunidade de experimentarmos um afeto que, diferente das relações humanas, contém uma pureza real e um amor incondicional que nos emociona, se tornando um privilégio a ser retribuído com um mínimo de cuidado. Eles são criaturas que nos cativam pela graciosidade, companheirismo e são muito mais do que boas companhias. Eles dividem conosco o privilégio de existir!

É preciso alardear a responsabilidade que vem junto com a adoção para evitar engrossar a triste estatística do abandono e maustratos, pois estes graciosos bichinhos não podem ser tratados como brinquedos, eles precisam de condições básicas para a sobrevivência e bem estar. Animais também são manifestação da vida e pertencem a mesma biosfera que nós, portanto, merecem respeito, dignidade e integridade física. É um alívio observar que enquanto muitos abandonam e maltratam, existem também muitos outros que acolhem e tratam voluntariamente se tornando uma importante resistência do bem. Somos zeladores da natureza que nos complementa e não carrascos ou manipuladores sem ética agindo contra ou a favor de acordo com nossa própria conveniência ou vaidade; portanto, não podemos negligenciar o peso da nossa responsabilidade. E se, a compaixão para com os animais tem

Representação do conflito humano na arte expressionista Fonte e Foto: Wikipedia

O Grito (no original Skrik) é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. A fonte de inspiração de O Grito pode ser encontrada na vida pessoal do próprio Munch, um homem educado por um pai controlador, que assistiu quando criança à morte da mãe e de uma irmã. Decidido a lutar pelo sonho de se dedicar à pintura, Munch cortou relações com o pai e integrou a cena artística de Oslo. A escolha não lhe trouxe a paz desejada, bem pelo contrário. Munch acabou por se envolver com uma mulher casada que só lhe trouxe mágoa e desespero e no início da década de 1890, Laura a sua irmã favorita, foi diagnosticada com doença bipolar e internada num asilo psiquiátrico. O seu estado de espírito está bem patente nas linhas que escreveu no seu diário: “Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fiord e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza.”

Sugestão de leitura: “Covardia sem punição: chocantes episódios de violência contra animais” http://vejasp.abril.com.br/materia/maus-tratos-animais Revista 4 patas Digital

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CRIMINALIDADE

“Quando punimos crimes contra animais, estamos protegendo um humano no futuro”

Lilian Rockenbach, coordenadora do movimento “Crueldade nunca mais”

Crueldade animal será considerada “crime contra a sociedade” pelo FBI Fonte: http://anda.jusbrasil.com.br

A partir de 2016, as pessoas que cometerem atos de maus-tratos contra os animais serão agrupadas na mesma categoria dos assassinos nos Estados Unidos. O FBI anunciou (em janeiro) que o abuso de animais receberá uma nova categorização, sendo tipificado como “crime contra a sociedade”. Essa nova categorização provavelmente ajudará as leis a favor dos animais e será uma melhor forma de rastrear os crimes de crueldade animal, já que atualmente eles são colocados na categoria “outros”, dificultando o rastreamento. Estudos mostram que crianças que torturam ou matam animais podem repetir essa violência contra as pessoas quando crescerem. Sendo assim, enquadrar os crimes contra animais no mesmo nível de assassinatos é uma forma de agir com mais rigor contra quem maltrata animais e, indiretamente, impedir que essa pessoa aja com violência contra algum ser humano. O diretor de aplicação da lei para o Monmouth County SPCA, Victor “Buddy” Amato, afirmou que o FBI está caminhando para um próximo nível e que as pessoas estão levando o combate à crueldade animal mais a sério. “Um crime violento, e se não for controlado, leva a coisas maiores”, disse.

tempo, os matou fazendo uso de injeção letal, até que, em 2012, foi pega em flagrante, tentando se desfazer dos corpos de 37 cães e gatos. De acordo com a jornalista Fátima Chuecco, os alvos prediletos dos psicopatas são “criaturas frágeis, ingênuas, indefesas, fáceis de enganar, capturar e manter sob seu domínio – e os animais se enquadram em todos os itens, assim como as crianças, mulheres e idosos que, numa segunda etapa da vida de um psicopata, podem se tornar seus alvos”.

Estudos comprovam Segundo estudos do FBI cerca de 80% dos psicopatas começam seus crimes cometendo abusos contra os animais. Como já foi mostrado pela jornalista colaboradora da ANDA Fátima Chuecco na série “Matadores de Animais”, que aborda o universo dos serial killers, são inúmeros os exemplos, dentre eles o conhecido Caso Dalva, no Brasil, e casos como o dos assassinos Edmund Kemper e Edward Leonski, dos Estados Unidos. Dalva Lima da Silva viveu 10 anos de sua vida se passando por protetora de animais, durante esse Revista 4 patas Digital

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CULTURA

Pela vida

Juntamente com ativistas, protetores e pessoas preocupadas com o futuro do planeta, é cada vez mais comum celebridades da mídia e pessoas influentes se declarando vegetarianos não apenas pela saúde própria mas por uma mudança cultural livre de maus-tratos e destruição de florestas. Mas a luta está apenas começando.

Um lado

Outro lado

Infográfico mostra o crescimento do veganismo nos EUA

Crescimento do veganismo não preocupa setor

Fonte: www.veggietal.com.br

Por Thais Ito - Fonte: Revista Nacional da Carne (http://nacionaldacarne.com.br)

Um interessante infográfico sobre o crescimento do veganismo nos Estados Unidos, apresentado pelo site TopRNtoBNS.com mostra que dos 1 milhão de veganos no país, 79% deles são mulheres – uma maioria bastante significativa. Quando se trata de vegetarianos, a diferença é bem menor: 59 por cento são mulheres e 41 por cento são homens.

Uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo, que foi realizada na cidade alemã de Colônia, entre 10 a 14 de outubro/2015, a Anuga destacou que uma das principais tendências do mercado é a de produtos veganos, ou seja, livres de alimentos de origem animal. Embora a tendência possa ter impacto negativo na indústria da carne, Katharina C. Hamma, CEO da Koelnmesse, organizadora do evento, é categórica: “Vegan é uma tendência, sim, mas também notamos outras – em carnes, particularmente, a carne de alta qualidade é uma grande tendência.” Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), tem opinião semelhante: um possível aumento da tendência vegana não configura qualquer ameaça ao setor cárneo. “Pode ser uma tendência na Alemanha, mas o país vai continuar sendo um nicho de mercado”, atesta o diretor da Abiec, garantindo que o setor é dinâmico e sabe adaptar-se. “Nossa indústria tem noção de que temos que trabalhar com produtos diferentes, seja de alta qualidade ou aliada a outros critérios de sustentabilidade, como o de bem-estar animal”, conclui.

Outros dados do infográfico: – O veganismo cresceu para 2,5 por cento da população dos EUA – o número mais do que duplicou em três anos; – (com base na escala relativa de 0-100) As buscas por “Vegan” no google subiram de 38/100 antes de 2004, para 88 / 100 no final de 2013; – 69,16 por cento se tornou vegan em nome dos animais; – 42 por cento das pessoas tornaram-se veganas depois de assistir a um vídeo sobre o tema – filme ou vídeo educativo. Filmes Influentes: Food, Inc – Forks Over Knives – Supersize Me – Vegucated – Terráqueos – Food Matters www.toprntobsn.com

Reprodução

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Veja mais receitas no site http://nacasadama.blogspot.com.br

ESPAÇO VEGANO

Maionese vegana

Fotos: Divulgação

Mais sabor Ingredientes ¼ xícara de aquafaba gelada (água do cozi-

Tempero Multiuso

mento do grão de bico bem concentrada - bem gelatinosa)

1 pitada de cremor tártaro (opcional) ¼ xícara de azeite ½ xícara de óleo de girassol ½ colher (chá) de mostarda em pó 1 colher (chá) de vinagre de maçã 1 alho pequeno ralado 1 colher (café) de sal

Modo de fazer Bata, com um mixer, a aquafaba com uma pitada de cremor tártaro e uma pitada de sal até ficar espumante. Depois, vá acrescentando o azeite e o óleo, em fio e vagarosamente, até ficar cremosa. Por último junte o vinagre, a mostarda, o alho ralado e o sal, dando uma rápida misturada. Leve a geladeira. A maionese depois de gelada fica mais espessa. Dica: Se quiser uma maionese mais amarelinha acrescente uma pitada de cúrcuma.

Dica: Esse tempero pode ser usado em arroz, temperar batata cozida, abobrinha cozida no vapor, proteína vegetal de soja, etc.

Ingredientes 6 dentes de alho 2 cebolas 1 maço de salsa 1 colher (sopa rasa) de sal 1/3 xícara de vinagre branco (se quiser pode aumentar para 1/2 x) ¾ xícara de azeite ( ou metade de óleo de girassol) pimenta opcional Modo de fazer Picar todos os ingredientes e bater no liquidificador. Guardar em pote de vidro (bem limpo) na geladeira. Duração: em pote esterilizado dura até 10 dias na geladeira. Revista 4 patas Digital

Receita original: peanut butter and vegan Fonte e fotos: Blog Na Casa da Dama

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NA MÍDIA

Cães de trabalho

Primeiro ‘cão fiscal’ de alimentos é treinado no Aeroporto de Brasília Labrador é treinado para farejar malas em busca de produtos contaminados. Ministério da Agricultura pretende ‘empregar’ mais 13 cachorros em 2 anos. Divulgação

g1.globo.com: O Ministério da Agricultura iniciou o treinamento do primeiro cão fiscal de alimentos do país. O labrador Romeu terá a missão de farejar malas em voos internacionais do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, em busca de possíveis produtos contaminados que venham do exterior. A preparação do animal deve ser concluída em março, quando ele começa a atuar efetivamente. Segundo o treinador dele, o fiscal agropecuário Marcos Micheletti, o cão está sendo ensinado a identificar 15 odores diferentes. Para isso, os servidores do ministério vão usar brinquedos. “Consiste basicamente em você associar um brinquedo ou alguma atividade de que esse cachorro gosta muito com o odor que a gente quer que ele ache depois”, diz Micheletti. Cães farejadores podem identificar até 60 tipos de cheiro, segundo o treinador. “Se ele sentar na frente de uma mala, a gente vai entrevistar a pessoa, perguntar se realmente está trazendo alguma coisa”, afirma o fiscal. No Brasil, há 17 aeroportos internacionais. No ano passado, foram apreendidas 100 toneladas de alimentos e plantas contaminados. Em oito anos de pesquisa, já foram detectados 23 agentes infecciosos, inclusive os que provocam tuberculose e brucelose. De acordo com o fiscal federal agropecuário Fabio Schwingel, a maior parte das apreensões é de origem animal. “[Existe] uma parcela grande de apreensão de laticínios, queijo, doce de leite. A gente tem muita apreensão de embutidos, carnes, salames, salsichas e patês de fígado; e a gente tem também uma parcela grande de apreensão de pescados.” A expectativa é de que em dois anos outros 13 labradores façam parte da fiscalização em terminais de todo o país. A previsão é de que todos os cães sejam treinados pelo Ministério da Agricultura, no Aeroporto de Brasília.

Divulgação

CÃO POLICIAL VAI A LEILÃO COMO UM OBJETO QUALQUER Embora os K-9 (como são conhecidos os cães policiais) são treinados para trabalhar com os seus parceiros da polícia humanos vivendo com as suas famílias, os cães não são necessariamente “propriedade” de seus manipuladores. O policial Matt Hickey de Marietta, Ohio (USA) se sentiu surpreendido quando soube que depois que se aposentasse, o K-9 Ajax com que viveu e trabalhou por três anos, foi para ser leiloado como um par de castiçais de estanho. O cão tem idade para trabalhar por mais meia dúzia de anos e por isso vale cerca de US$ 3,500.00, mas optaram pelo leilão. De acordo com a lei de Ohio, só os mais velhos K-9 ou os feridos no cumprimento do dever podem ser comprados por seus parceiros humanos. (Fonte: IheartDogs) Revista 4 patas Digital

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FAÇA EM CASA

Caminha para cão ou gato

Fotos: Divulgação

É um acessório fundamental para animais resgatados que passam por tratamentos. O custo normalmente é alto mas pode ser resolvido com essa dica de uma protetora do Chile. Revista 4 patas Digital

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SERVIÇO

Em tempos de crise, startup do ramo animal oferece solução para renda extra Você sabia que os cachorros precisam de ao menos 1 hora de passeio diário para que sua saúde esteja sempre 100%? Pensando nisso Startup brasileira do ramo de animais cria plataforma para quem quer trabalhar como Dog Walker Reprodução

Muitas pessoas possuem animais de estimação no país, sendo sua grande maioria cachorros, os tão queridos “melhores amigos do homem”. Mas, os donos nem sempre, devido a correria do dia a dia, atentam-se a algumas necessidades básicas do animal, como por exemplo: Passear ao menos 1 hora todos os dias. Segundo especialistas, a necessidade do animal circular fora de casa não é apenas física, o cão precisa de estímulos sensoriais que o tornem psicologicamente estável, mantendo-o sociável e com nível de energia controlado de modo a conseguir respeitar limites. Os cães que não saem com frequência sentem-se ameaçados quando precisam sair, o que pode gerar um comportamento tenso ou agressivo. Quando estão em casa, podem expressar distúrbios comportamentais, sendo hiperativos, destruidores de objetos, recebendo mal as visitas ou vivendo em depressão contínua, complementam. Diante disto, a ANIMAL COMPANY enxergou uma oportunidade para muitas pessoas que estão desempregadas: A divulgação de sua disponibilidade para trabalhar como Dog Walker. “A situação do país não anda lá das mais favoráveis para o crescimento” OK! Até aí nenhuma novidade, mas o que é possível fazer para mudar esse quadro? A empresa criou uma plataforma para as pessoas divulgarem seu trabalho e também serem facilmente encontrados por quem necessita deste serviço para seu amado pet. Tudo estará disponível a partir de dezembro, mas já é possível fazer seu pré cadastro pelo site da empresa. Além disso a Animal Company pretende através de uma série de serviços “mudar o mundo” tanto animal quanto humano e a ideia, pelo visto, vem sendo muito bem vista, a prova desta grande aceitação do público está nas redes sociais em que nos primeiros 3 meses já somaram milhares de curtidas em sua fanpage oficial. Quem tiver interesse em divulgar-se como Dog Walker ou outro serviço, basta acessar www.animalcompany.com.br e fazer seu pré cadastro. Simples, rápido e gratuito.

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Fotógrafa divide seu talento com campanha solidária A fotógrafa Carolina Rodrigues nasceu em São Paulo, mudou-se para Europa com 7 anos e foi onde aprendeu a gostar de fotografia. Retornando ao Brasil 13 anos depois, dedica-se a fotografar familias, animais, ensaios temáticos e produtos em geral. “Eu sempre fui apaixonada por cachorros e como nem sempre posso ajudar com doações eu decidi doar meu tempo e trabalho. Eu tive cachorros de raça porque tinha tabu de que cachorros de canil seriam sempre grandes ou agressivos, mas isso mudou quando adotei a Bella (a cachorrinha da foto do parque). Vi que eles são tão amorosos quanto qualquer filhotinho e com o tempo estão preparados para te aceitar com todo coração. Quis, então, mostrar para as pessoas que todos podem adotar sem medo”. comenta.

Carolina Rodrigues

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HUMOR

Olha quem estรก pensando

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