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ABCZ - A REVISTA BRASILEIRA DO ZEBU E SEUS CRUZAMENTOS • nº 53 • novembro - dezembro/2009




Pecuária no Brasil

Por: José Olavo Borges Mendes • presidente da ABCZ

foto: Maurício Farias

Ano de defesa dos direitos do produtor rural

E

m um ano de ajustes econômicos como 2009, quando muitos esperavam uma queda significativa na produção de carne e leite, as maiores barreiras à produção pecuária ficaram no âmbito da legislação. Durante todo o ano, o produtor rural acompanhou com extrema preocupação os debates acalorados sobre as mudanças no Código Florestal. Em defesa do direito do pecuarista, a ABCZ estreitou o diálogo com parlamentares da Bancada Ruralista e outras entidades de classe, como, por exemplo, a CNA. Participamos de inúmeras reuniões em Brasília, quando defendemos a necessidade de mudanças na legislação ambiental que sejam capazes de garantir ao setor continuar produzindo, mas sem injustas punições. Também lutamos contra a atualização dos índices de produtividade agropecuária para fins de reforma agrária, medida que o governo federal pode tomar a qualquer momento. Infelizmente, neste final de ano recebemos um presente de Natal às avessas. O Governo Federal revogou o parágrafo quarto da Medida Provisória 447, que garantia a isenção do imposto sobre operações entre pessoas físicas que tratasse de cria, recria e engorda de gado. Esta decisão caminha na contramão de todas as ações do governo para proteger a economia brasileira dos reflexos da crise econômica mundial. Vários setores da economia foram beneficiados com a redução do IPI e a pecuária, justamente agora que sofre com o preço do boi em baixa, passa a ser onerada com uma cobrança que nunca existiu. Não vamos aceitar passivamente mais uma pedrada no agronegócio. Estamos solicitando uma reunião com o pre-

sidente Lula para discutirmos o assunto. Também iniciaremos uma ação institucional, juntamente com outras entidades do setor, para garantirmos a isenção deste imposto novamente. Certamente 2009 teve também boas notícias. Cada vez mais o Parque Fernando Costa, que é a casa da ABCZ, vem se consolidando como palco principal de grandes feiras. Também inauguramos uma nova sede da entidade no estado de Rondônia, em Ji-Paraná, e estamos em obras no Mato Grosso do Sul para construção de um novo escritório na capital do estado. Durante as viagens a exposições e eventos em todo o Brasil, foi possível constatar a qualidade cada vez mais crescente de nosso rebanho. Ou seja, mesmo com as dificuldades enfrentadas no ano, o pecuarista não deixou de lado o investimento em genética. Esse certamente é o caminho para continuarmos aumentando a produção sem precisarmos abrir novas áreas, o que está dentro do conceito de pecuária sustentável. Nosso desejo é de que todos os esforços que vêm sendo feitos para defender os direitos do produtor resultem em bons frutos em 2010. Um Natal de paz para todos e um 2010 de vitórias.

“Nosso desejo é de que todos os esforços que vêm sendo feitos para defender os direitos do produtor resultem em bons frutos em 2010”

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Revista ABCZ



Editorial

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ada melhor que encerrar o ano com boas e importantes realizações. Quando 2009 começou, trazendo consigo uma onda gigante chamada crise econômica, muitos achavam que a pecuária brasileira seria bastante afetada. Os meses foram passando e alguns números mostraram que o setor ainda tinha fôlego. A ExpoZebu, por exemplo, manteve média alta nos leilões, que fecharam com liquidez. Esses últimos meses também foram um período de buscar novos caminhos para a pecuária nacional e de se adequar à atual realidade da seleção de zebu. Um exemplo claro da necessidade de acompanhamento da evolução causada pelas biotecnologias é o clone bovino. O mercado comercializa animais clonados há alguns anos, porém a falta de legislação específica impedia os donos desses bovinos de solicitarem o registro junto à ABCZ. Em maio deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou oficialmente a homologação da inscrição de zebuínos oriundos de transferência nuclear (clones) no Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas da ABCZ. Todo esse processo acaba de ser colocado em prática com o registro de um clone zebuíno, que entra para a história da pecuária nacional como o primeiro animal clonado a fazer parte do banco de dados do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas da ABCZ. Um fato que inaugura, certamente, um novo período da seleção animal, pois é a prova concreta do alto grau de tecnologia que a pecuária brasileira já alcançou. Por tudo isso, é que elegemos esse assunto como destaque desta edição da revista ABCZ. Técnicos e criadores falam sobre o assunto e sobre o que a clonagem poderá agregar ao setor. Nesta edição, você também vai conferir matérias especiais sobre tributação na cadeia produtiva da carne, perspectivas para 2010 e uma entrevista com o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Alberto Duque Portugal, sobre os investimentos do Governo de Minas na consolidação do Polo de Excelência em Genética Bovina. Para quem gosta de viajar, nossa sugestão é uma viagem pela pecuária do Espírito Santo. Basta ler a reportagem e conferir as belas fotos do Estado. Encerramos com um especial sobre a raça tabapuã, cujos assuntos principais são abate técnico e temperamento. Quer mais? Então acesse diariamente nosso twitter (http://twitter.com/ABCZBrasil), blog (http://midiaabcz.blogspot.com/), site (www.abcz.org.br), a comunidade da ABCZ no Orkut ou assista ao programa ABCZ TV, veiculado de segunda à sexta-feira no Canal do Boi (7h20), Terra Viva (18h55) e Canal Rural (19h55). Boa leitura, bom Natal e um 2010 próspero. Larissa Vieira Editora 06

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Órgão oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu Conselho Editorial

Frederico Diamantino, Gabriel Prata Rezende, José Olavo Borges Mendes, Leila Borges de Araújo, Luiz Cláudio Paranhos, Marco Túlio Barbosa, Mário de Almeida Franco Júnior, Randolfo Borges Filho, Luiz Antonio Josahkian, Agrimedes Albino Onório e João Gilberto Bento. Editor e Jornalista responsável: Larissa Vieira. Repórteres: Laura Pimenta e Renata Thomazini. Fotos (exceto as especificadas nos créditos): Maurício Farias. Colaboradores: Patrícia Peixoto Bayão e Patrícia Vallim. Redação: (34) 3319 3826 • larissarvieira@netsite.com.br Revisão: Sandra Regina Rosa dos Santos. Departamento Comercial: Miriam Borges (34) 9972-0808 - miriamabcz@mundorural.org Jasminor Neto (34) 9108-1217 - revista.abcz@mundorural.org Walkíria Souza (34) 9135-6360- walkiriaas@mundorural.org Assinaturas: (34) 3319-3984 • assinatura@abcz.org.br Projeto gráfico: Dgraus Design • contato@dgraus.com.br Diagramação: Cassiano Tosta, Gil Mendes e Issao Ogassawara Jr. Produção gráfica: Rodrigo Koury. Impressão - CTP: Gráfica Bandeirantes. Tiragem: 14.000 exemplares. Capa: Nativa Propaganda (foto da capa: Maurício Farias)

Diretoria da ABCZ (2007-2010) Presidente: José Olavo Borges Mendes 1º Vice-pres.: Jonas Barcellos Corrêa Filho. 2º Vice-pres.: Eduardo Biagi. 3º Vice-pres.: Gabriel Donato de Andrade

Diretores

Ângelo Mário de Souza Prata Tibery, Antonio Pitangui de Salvo, Celso de Barros Correia Filho, Eduardo Biagi, Frederico Diamantino Bonfim e Silva, Gabriel Donato de Andrade, Gabriel Prata Rezende, Jonas Barcellos Corrêa Filho, José Rubens de Carvalho, Jovelino Carvalho Mineiro Filho, Leila Borges de Araú­jo, Luiz Cláudio de Souza Paranhos Ferreira, Marco Túlio An­drade Barbosa, Marcos Antonio Gracia, Mário de Almeida Franco Júnior e Paulo Ferolla da Silva.

Assessorias Jurídica: Gilberto Martins Vasconcelos. Relações Públicas: Keite Adriana da Silva Conselheiros Consultivos: Acre: Adálio Cordeiro Araújo, Nilo Lemos Baptista da Costa, Roque Reis Barreiros Júnior; Alagoas: Álvaro José do Monte Vasconcelos, Celso Pontes de Miranda Filho, Emílio Elizeu Maya de Omena; Bahia: Aroldo Cedraz de Oliveira, Jaime Fernandes Filho, John Hamilton Vieira Dias; Ceará: Francisco Roberto Pinto Leite, Francisco Feitosa de Albuquerque Lima, Gerardo Majela Fontelles; Distrito Federal: Antônio Carlos Gonçalves de Oliveira, Gil Pereira, Pedro dos Santos Álvares Navarro; Espírito Santo: Cláudio Antônio Coser, Eraldo Missagia Serrão, Paulo N. Lindenberg Von Schilgen; Goiás: Carlos Alberto Oliveira Guimarães, Eurípedes Barsanulfo da Fonseca, Ricardo Yano; Maranhão: Cláudio Donisete Azevedo, Nelson José Nagem Frota, Ruy Dias de Souza; Mato Grosso: Francisco Olavo Pugliesi Castro, Luiz Antônio Felippe, Olímpio Risso de Brito; Mato Grosso do Sul: Aluízio Lessa Coelho, Cícero Antônio de Souza, Francisco José de Carvalho Neto; Minas Gerais: Arthur Souto Maior Filizzola, Fábio Alves Costa, Rivaldo Machado Borges Júnior; Pará: Benedito Mutran Filho, Carlos Gonçalves, Djalma Bezerra; Paraíba: Churchill Cavalcanti César, Pompeu Gouveia Borba, Waldevan Alves de Oliveira; Paraná: Oswaldo Pitol, Waldemar Neme, Wilson Pulzatto; Pernambuco: Carlos Fernando Falcão Pontual, José Nivaldo Barbosa de Souza, Marcelo Alvarez de Lucas Simon; Piauí: Helio Fonseca Nogueira Paranaguá, José de Ribamar Monteiro Silva, Lourival Sales Parente; Rio de Janeiro: Aldo Silva Valente Júnior, Jorge Sayed Picciani, Rosana Guitti Gamba; Rio Grande do Norte: Francisco de Assis

da Câmara Ferreira Melo, Geraldo José da Câmara Ferreira Melo Filho, Kleber de Carvalho Bezerra; Rio Grande do Sul: Hélio Figueiredo Neves, Luiz Gonzaga Xavier Marafiga, Pedro Monteiro Lopes; Rondônia: Admírcio Santiago, Alaor José de Carvalho, Marco Túlio Costa Teodoro; São Paulo: Antônio Paulo Abate, José Amauri Dimárzio, Vilemondes Garcia Andrade Filho; Sergipe: João Carvalho Pinto, José Prudente dos Anjos, Max Soares Santana; Tocantins: Aloísio Borges Júnior, Andrea Noleto de Souza Stival, Antônio Machado Fernandes.

Conselheiros Fiscais:

Antônio Alberto de Barros, Antônio Augusto Moura Guido, Delcides Barbosa Borges, Euclides Prata dos Santos, Fábio Melo Borges, Flávio Miguel Hueb, Luiz Henrique Borges Fernandes, Marcelo Machado Borges, Edgard Prata Vidal Leite Ribeiro e Randolfo Borges Filho.

Superintendências Geral: Agrimedes Albino Onório. Adm-financeira: José Valtoírio Mio. Marketing: João Gilberto Bento. Técnica: Luiz Antonio Josahkian. Informática: Eduardo Luiz Milani. Téc­ni­ ca-adjunta de Melho­ra­men­to Genético: Carlos Hen­rique Cavallari Machado. Técnicaadjunta de Genea­lo­gia: Carlos Hum­ber­to Lucas. Coordenador do Departamento de Jurados das Raças Zebuínas: Mário Márcio de Souza da Costa Moura. Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ

Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 • Bloco 1 • Cx. Postal 6001 • CEP.: 38022-330 Uberaba (MG) • Tel.: (34) 3319 3900 • Fax: (34) 3319 3838

www.abcz.org.br



Índice

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Pecuária no Brasil

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Especial Raças Zebuínas: Tabapuã

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Editorial

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Abate

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Entrevista: Alberto Duque Portugal

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Temperamento manso e alto

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2010: Recuperação e investimento

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Isenção de PIS/Cofins é comemorada pelo setor

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Do sebo ao combustível biodegradável

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Pecuária: uma bênção para o Espirito Santo

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Alterações Técnicas

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Tourinhos da esperança

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Comunicado Técnico

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Crédito mais fácil

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Calendário de recessos

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ABCZ faz primeiro registro de clone

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Tabelas PMGZ

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Zebu bate recorde na Feileite 2009

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Registro

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VI Expobrahman

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Além da Fronteira

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Femig definitivamente no calendário de feiras

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Campeões 2009

do Parque Fernando Costa

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Minha Receita

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Revista ABCZ

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Desafios e perspectivas para a

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genética bovina leiteira

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Expoinel Minas em nova data

Matéria de capa

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rendimento combinam bem

pág.

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Especial Raças Zebuínas

pág.

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Alibus Entrevista aut et

Produtores

de excelência

U

ma potência que começa a conhecer sua força. Assim é o Brasil. Um país que passou por diversas crises mundiais com o vigor de uma nação jovem, determinada e talentosa. Agora, o desafio é transformar esse talento em desenvolvimento sustentável, fazendo do país uma potência alicerçada e detentora de tecnologia em diversos setores produtivos, principalmente no agronegócio. Para o Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Alberto Duque Portugal, o Brasil precisa se concentrar na adequação de infraestrutura e logística, mas é preciso também aglutinar conhecimento e canalizá-lo adequadamente para que o país avance. Nesta entrevista, Alberto Portugal fala de agronegócio e dos polos de excelência criados no estado, destacando o Polo de Genética Bovina, instalado em Uberaba, em parceria com a ABCZ.

foto: divulgação

Revista ABCZ: O Brasil é um país com realidades bem distintas. Qual o principal gargalo, em sua opinião, que tem impedido o maior avanço brasileiro no agronegócio? Alberto Duque Portugal: O país ainda apresenta vários desafios a serem vencidos para uma inserção mais efetiva no mercado internacional. Entretanto, alguns muito presentes estão na infraestrutura, na logística, na malha ferroviária, no transporte fluvial, nos portos. Eles encarecem a produção pósporteira da fazenda, um problema conhecido de muitos anos, mas que ainda não foi resolvido. Eu destacaria também, neste momento, a taxa de câmbio, que prejudica a exportação dos produtos brasileiros e cria uma dificuldade grande para se agregar valor às cadeias produtivas, já que boa

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Revista ABCZ


Por: Renata Thomazini

parte dos custos para isso ocorre em real, que hoje é uma moeda forte. Portanto, cria-se um obstáculo grande para que possamos exportar produtos com maior valor agregado. Especificamente na pecuária, é preciso destacar a questão da sanidade e da rastreabilidade, que são desafios a serem mais bem trabalhados na pecuária brasileira, principalmente porque estão fortemente associadas a barreiras não tarifárias ou técnicas e que têm sido usadas por muitos exportadores. Revista ABCZ: Minas criou os polos para auxiliar no desenvolvimento das regiões. Seria esse um mecanismo ideal para canalizar as principais riquezas regionais e ampliar mercado? Portugal: Os polos são uma experiência que Minas vem fazendo, mas que têm antecedentes em outras regiões do mundo, especialmente na França, país que temos tido contatos muito próximos. Lá têm sido desenvolvidos os polos de competitividade na mesma linha que estamos fazendo. Há uma convicção de que nas regiões onde existe uma competência instalada com recursos humanos bem qualificados, lideranças, instituições bem estruturadas, o polo seja uma alternativa para consolidar o chamado capital intangível, que é formado por recursos humanos, recursos sociais e recursos institucionais. A ideia é consolidar essa competência na perspectiva da economia do conhecimento, com capacidade de aglutinação social por instituições fortes. Revista ABCZ: Quais os principais polos que já estão mostrando eficiência em Minas? Portugal: Os polos de excelência

estão em diferentes estágios de desenvolvimento. Alguns estão mais maduros, dos quais eu destacaria o Mineral e Metalúrgico com uma sólida competência de universidades, de empresas privadas, de laboratórios que já vêm trabalhando integrados de alguma forma. Esse polo rapidamente ampliou as suas atividades e já causa impacto significativo no segmento, com uma inserção internacional muito importante. É preciso destacar também os do agronegócio, como é caso dos polos de café e do leite — ancorados por instituições sólidas de pesquisas — que estão prestando serviços importantes e começando a causar impactos positivos nas regiões onde se encontram instalados. Temos o polo de eletroeletrônicos, criado a partir do APL (Arranjo Produtivo Local) de Santa Rita do Sapucaí, que já maduro, oferece boas condições de atuação. Existem outros polos que estão na fase embrionária, se estruturando, mas que temos expectativas muito fortes em relação a todos eles. Revista ABCZ: Como o governo vê o polo de genética bovina? Pode ser esse um diferencial para o Brasil? Portugal: Eu não tenho dúvida de que o Polo de Excelência em Genética Bovina é um dos que tem vantagens competitivas extremamente importantes, pois tem lideranças consolidadas, a começar pela ABCZ e outras instituições, algumas muito fortes e tradicionais na pesquisa, na extensão e na prestação de serviços, como é o caso da Fazu – Faculdades Associadas de Uberaba. Existe uma tradição de tecnologia aplicada, de inovação tecnológica no campo da genética, tem uma imagem e uma


participação extremamente expressivas no mercado, muitas vezes difícil de conseguir em alguns polos. Estamos convictos de que: se o polo conseguir trabalhar na consolidação de uma competência técnico-científica, especialmente em biotecnologia, software embarcado e outras áreas de ponta, que vislumbram como portadoras de futuro, esse polo de genética bovina será a principal referência de desenvolvimento científicotecnológico e de inovação na pecuária tropical do mundo. Revista ABCZ: Qual a meta para que o polo esteja em funcionamento? Portugal: Na realidade, a região de Uberaba constituise um polo de genética em funcionamento, visto sua importância na atração e efetivação de negócios que envolvem a genética bovina, sobretudo a zebuína, ressaltando que hoje aproximadamente 70% de nossos rebanhos são de zebuínos e seus mestiços. A instalação do polo se deu em março deste ano, na sede da ABCZ, como uma iniciativa da Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior que visa a favorecer um ambiente que fortaleça ainda mais o potencial da região, reunindo e formando massa crítica, aliando-se à iniciativa privada e aos centros de ensino e pesquisa para a geração de produtos inovadores, negócios, atratividade para novas empresas e fortalecimento das existentes. O polo está finalizando seu Plano de Negócios, que norteia suas ações. Revista ABCZ: Já existe uma ideia de quais as principais demandas e dificuldades encontradas para a atuação (instalação) do polo? Portugal: O principal é investir em pós-graduação a partir das universidades existentes em parceria com Embrapa, Epamig e empresas privadas para adensar a competência técnico-científica. É importante também: ampliar o acesso ao material genético de qualidade superior, como os produtos da biotecnologia reprodutiva (embriões e sêmen) a um número maior de usuários. Atrair e favorecer a inserção do pesquisador nas empresas privadas para a promoção industrial; divulgação e incorporação do polo de genética no parque tecnológico de Uberaba; atração de novas empresas e novos negócios para a região; articulação dos diversos elos da cadeia da genética bovina visando a um maior entrosamento e resolução de entraves que dificultam o avanço dessa cadeia, além de ampliar a comercialização de material genético bovino brasileiro e de produ12

Revista ABCZ

tos da biotecnologia no exterior. Revista ABCZ: O Brasil carece principalmente de investimentos em pesquisas. A área de genética lida diretamente com elas. Como o senhor vê a questão da educação e do suporte às pesquisas? Portugal: A formação de massa critica na área da genética bovina, melhoramento genético e biotecnologia reprodutiva, constituem-se em um dos caminhos para o desenvolvimento do setor. A educação continuada de pesquisadores e profissionais também é fundamental no processo, dando a eles também formação empreendedora. O fomento estatal para a pesquisa tem aumentado nos últimos anos, favorecendo a condução da investigação científica, bem como o estímulo para a obtenção de patentes. A Fapemig vem recebendo nos últimos anos os recursos integrais a que tem direito conforme determina a Constituição mineira, ou seja, 1% da receita corrente líquida do Estado. É cada vez mais frequente as parcerias da iniciativa privada com instituições de pesquisa e universidades. Ambos os lados estão estimulados para a promoção de produtos inovadores voltados para o mercado. Revista ABCZ: Qual seria o caminho, a seu ver, para que seja possível dar aos pequenos maior acesso a essa genética de qualidade? Portugal: O caminho para os pequenos produtores terem acesso à genética superior envolve a compreensão dos benefícios para seus rebanhos, a capacidade de interpretar informações referentes ao melhoramento genético, como avaliação de sumários de touros e a disponibilidade de recursos para aquisição de animais superiores. Também se faz necessário o acesso às biotecnologias.



Economia

fotos: Maurício Farias

2010

Recuperação e investimento

A

s expectativas iniciais para o ano de 2009 não se confirmaram em sua maior parte. Na realidade, as previsões forem feitas em um momento em que se vivia todo o impacto da crise econômica mundial e o panorama que se avistava era extremamente sombrio, avalia o diretor-técnico da Agra FNP, José Vicente Ferraz. “De um modo geral, o ano de 2009 transcorreu de uma forma muito melhor do que se previa, especialmente no Brasil. Houve, é fato, quedas de demanda, exportações e de muitos preços, além de dificuldades creditícias, mas em proporção muito menor que a inicialmente prevista”, analisa Ferraz. Na pecuária de corte, ocorreram quedas nos volumes e nos preços das exportações brasileiras e redução da rentabilidade dos pecuaristas em relação ao que inicialmente era esperado, mas ainda mantendo uma evolução favorável em relação a 2005 e 2006. “As quedas verificadas nas 14

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exportações brasileiras de carne foram influenciadas também pela apreciação cambial, que nada tem a ver com a crise, e sim com a recuperação da mesma”, ressalta Ferraz. Na avaliação do diretor-técnico, até o momento não aconteceu nenhum recuo significativo da demanda interna. Levantamento da Scot Consultoria indica que, na cadeia produtiva, o pecuarista foi quem mais perdeu renda em 2009. “O varejo ‘dançou’ com os preços, sendo que o consumidor pôde até ter pagado mais pela carne ao longo do ano, dependendo da composição das compras. Os frigoríficos, analisando apenas o mercado doméstico, tiveram recomposição de margens


Por: Patrícia Peixoto Bayão

nos últimos meses”, afirmam os consultores. No caso do varejo, de acordo com a consultoria, alguns cortes perderam valor ao longo do ano e outros perderam valor a partir de junho, mas as médias das variações dos principais cortes bovinos, no varejo, foram positivas, ao contrário do que foi registrado para o boi gordo e para a carne bovina no atacado em 2009. Ainda segundo dados da Scot Consultoria, desde o início da crise mundial, entre setembro e outubro de 2008, a cotação do boi gordo em São Paulo recuou 16%. Segundo Ferraz, a continuidade dos ganhos de produtividade – como redução da idade média de abate e aumento da taxa média de ocupação das pastagens, por exemplo – e, em alguns aspectos, a consolidação da indústria frigorífica –, profissionalização, investimento em tecnologia, redução dos riscos dos fornecedores e aumento da força da indústria nacional na competição no mercado externo – são eventos com destaque positivo para o setor em 2009.

E em 2010... De acordo com o diretor-técnico da Agra FNP, as projeções para a pecuária de corte em 2010 são de manutenção dos volumes e valores das exportações, rentabilidade positiva para os pecuaristas – mas ainda bem inferior a que se estimava antes da crise – e consumo interno praticamente estagnado. “É importante ressaltar que esta estimativa para as exportações só é válida se o câmbio não retirar ainda mais a competitividade da carne bovina brasileira nos mercados internacionais”, explica. Para Ferraz, mesmo com rentabilidade mais apertada que a esperada, os pecuaristas continuarão investindo no ganho de produtividade, uma vez que este tipo de investimento “tornou-se uma questão de sobrevivên-

cia”. O mercado de animais para abate será levemente mais ofertado que em 2009, mas ainda abaixo do que seria normal, consequência do processo de recomposição do rebanho que se iniciou em 2007. “No entanto, não devem ocorrer aumentos expressivos nos preços da arroba do boi gordo, uma vez que as exportações estarão em nível mais baixo do que o atingido em 2007/2008. O consumo interno deve registrar um aumento, em termos de volume total”, opina.

Pecuária leiteira No final de 2008, o preço do leite ao produtor veio de um período forte de baixa. Com a crise mundial, a demanda por produtos lácteos diminuiu em todo o mundo. No mercado interno não foi diferente. “O consumo de lácteos é bastante elástico, ou seja, o aumento da demanda está associado a um incremento da renda, principalmente quando pensamos nos produtos de maior valor agregado, como queijos e iogurtes, por exemplo. Em períodos de crise, o consumidor faz cortes no orçamento e, geralmente, esses produtos têm o consumo diminuído. Foi o que ocorreu em 2009”, analisa o zootecnista e consultor da Scot Consultoria Rafael Ribeiro. No mercado externo, os preços dos principais produtos lácteos caíram consideravelmente, diante da menor demanda. Para o produtor, também tivemos queda. O litro de leite pago ao produtor chegou a ser cotado em R$0,58 em janeiro de 2009 e só encontrou sustentação na entressafra, quando a oferta do produto para as indústrias diminui consideravelmente. “A alta de preço dos lácteos no atacado e varejo também colaborou para a evolução dos preços”, explica Ribeiro, lembrando ainda que, em 2009, alguns produtos, em especial os leites


foto: Jorge Campos

Conquistas na revisão do Código Florestal Nos últimos meses de 2009, a polêmica em torno do Código Florestal tem ocupado as mesas de debates em Brasília, causado discussões calorosas entre ruralistas e ambientalistas, mobilizado as entidades classistas e ONGs, e, principalmente, tirado o sono dos produtores rurais. Os pontos polêmicos vão desde o adiamento do decreto presidencial que determina o início das sanções aos produtores rurais que estiverem em desconformidade com o Código Florestal vigente a partir de 11 de dezembro, passando pelo tamanho das reservas legais dos biomas, a inclusão das áreas de preservação permanente no tamanho da reserva legal, a revisão das áreas de preservação ambiental que podem ou não ser anexadas ao texto como produtivas, a descentralização da legislação ambiental e a anistia para quem já desmatou. Segundo o deputado federal Marcos Montes (DEM-MG), a ala ruralista conseguiu o compromisso do governo em adiar para daqui a 18 meses o decreto presidencial que autoriza a punição aos produtores rurais que não cumpriram os limites de preservação de suas florestas dentro das propriedades. Ou seja, o início das punições passou para 11 de julho de 2011. Após esse prazo, o agricultor autuado ainda terá 120 dias para formalizar uma proposta de recuperação da área. Até o fechamento desta edição, se aguardava a publicação do decreto presidencial. Para o diretor-técnico da Agra FNP, José Vicente Ferraz, um eventual início das punições dos produtores que estiverem em desacordo com o Código Florestal poderia causar um grande problema para o setor, com possibilidades de desestabilização, em alguns casos, e interrupção do crescimento do agronegócio. Ainda segundo Ferraz, algumas adaptações no uso do solo, que são realmente justificáveis, demandam tempo e financiamento adequado, fatores que se não forem disponibilizados tornarão a tentativa da imposição pura e simples do Código Florestal em um o foco de um desastroso conflito. O deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG) acredita que, até o final do primeiro semestre de 2010, a Comissão Especial para Avaliação do Código Ambiental Brasileiro deve apresentar para votação a proposta final. Segundo ele, será uma mudança no Código Florestal que atenderá a todos. “Estamos trabalhando com base em dados técnicos passados pela Embrapa e não em ideologia ou interesses externos. Uma das propostas é deixar de lado o conceito de reserva legal e implantar o de reserva ambiental”, declara Piau. 16

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fluidos, atingiram os maiores valores da história. O pico de preço para o produtor este ano foi R$0,75/litro (pagamento de agosto), 2,3% acima do maior preço verificado em 2008. De lá para cá, o mercado entrou em um movimento de baixa, ocasionado principalmente pelo aumento da oferta de leite com a chegada da safra. “A partir de agora, a produção tende a aumentar nas principais bacias leiteiras do país, em função de fatores climáticos favoráveis, que têm reflexo direto sobre a qualidade e disponibilidade de capim. Este aumento da produção é mais significativo nos sistemas de produção de leite a pasto”, explica o consultor. Desde agosto, a média nacional caiu 15%. Passou de R$0,75/litro para R$0,64/litro (pagamento de novembro). Ribeiro explica que além do aumento da captação, o mercado de lácteos está morno. As vendas em baixa começam a refletir na formação de estoque de produtos lácteos, e os preços, tanto no atacado como no varejo, estão em queda. Essa baixa já está sendo repassada ao produtor.

E em 2010... Para Ribeiro, as expectativas são boas para a pecuária leiteira em 2010. “Passado o pior depois da crise, a demanda por lácteos deve aumentar tanto no mercado interno como no mercado externo. Do lado das exportações, boa alternativa para o escoamento da produção, as empresas acreditam em uma recuperação dos embarques já para o primeiro semestre de 2010. Os preços dos lácteos no mercado internacional estão se recuperando, e isto é um bom sinal para o exportador. Por outro lado, o dólar desvalorizado torna as exportações menos atraentes”, analisa. Em relação ao mercado interno, o consultor acredita que o principal impasse é a irregularidade na produção de leite no país. Isto faz com que os preços oscilem bastante ao longo do ano. O consumo interno também é muito baixo.



foto: Maurício Farias

Economia

é comemorada pelo setor Medida, em vigor desde novembro, cria isonomia tributária entre os frigoríficos exportadores e os voltados para o mercado interno

O

fim da cobrança das contribuições PIS e Cofins na cadeia produtiva da carne bovina, obtido com a Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009, atende a uma antiga reivindicação dos frigoríficos que atuam no mercado interno. O benefício já era concedido pela Lei Kandir aos frigoríficos exportadores, enquanto os de atuação interna eram sujeitos a uma alíquota de 9,25%, com crédito presumido de 60%, que resultava numa carga tributária de 4,5% sobre o faturamento da empresa. “A cobrança do PIS/Cofins gerava uma distorção entre os frigoríficos exportadores e os pequenos e médios voltados para o mercado interno. Essa distorção acabou de ser corrigida, depois de uma luta de quatro anos e oito meses da Abrafrigo [Associação Brasileira de Frigoríficos]”, avalia o presidente da associação, Péricles Salazar. Segundo

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Revista ABCZ

estimativas da entidade, o setor recolhia cerca de R$ 140 milhões por ano com o pagamento do tributo, em todo o país.

Clandestinidade A desoneração das vendas dos frigoríficos voltados para o mercado interno traz um grande alívio para o setor e repercute em toda a cadeia produtiva, além de reduzir o número de abates clandestinos no País. “Muitos frigoríficos não são inspecionados, não pagavam impostos, porque não tinham capacidade contributiva para isso, o que criava uma distorção entre os que não pagavam e os que pagavam. A clandestinidade atrapalhava todos aqueles que estavam no campo legal.


Por: Patrícia Peixoto Bayão

A queda do PIS/Cofins faz com que os frigoríficos que estavam irregulares voltem a se adequar, a trabalhar legalmente, o que é bom para toda a cadeia produtiva e principalmente para a saúde pública. Agora, não há mais motivos para ficarem na clandestinidade”, observa Salazar. Para o presidente da Abrafrigo, a clandestinidade tende a diminuir ao longo do tempo. “Aos poucos, os frigoríficos médios e pequenos vão se ajustando. Este é o grande benefício, além de fazer com que a empresa se capitalize e ofereça um produto de melhor qualidade”, explica. De acordo com a nova Lei, fica suspenso o pagamento da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre a receita bruta da venda, no mercado interno, de animais vivos, quando efetuada por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, vendidos para pessoas jurídicas. A Lei diz também que a suspensão não alcança a receita bruta auferida nas vendas ao consumidor final, restringindo a isenção somente aos frigoríficos.

Saúde pública Segundo o presidente da Abrafrigo, apesar de a medida não exercer nenhum efeito sobre os preços ao consumidor, já que a desoneração ocorre apenas na fase industrial, com a maior formalização da atividade, o consumidor será beneficiado com um produto de melhor qualidade. A clandestinidade cria um grande problema de saúde pública, afinal, se o frigorífico está irregular, não passa pelos rigores da inspeção, afirma Salazar. “Com isto,

muitas vezes a população, em sua maioria do interior do Brasil, consumia produtos que não tinham a menor condição higiênico-sanitária”, completa. Segundo o presidente da Abrafrigo, estimativas indicam que 37,5% do abate nacional é irregular, ou seja, das 40 milhões de cabeças de gado abatidas anualmente, 15 milhões de cabeças saem de frigoríficos sem qualquer tipo de fiscalização.

Concorrência e Livre Mercado Para o presidente da Abrafrigo, os pequenos e médios frigoríficos de atuação interna não tinham competitividade para concorrer com os exportadores na disputa pelo boi e na venda pela carne. “O percentual de 4,5% inviabilizava essa disputa. Por isto, durante todo esse tempo, lutamos para desonerar o mercado interno também”, avalia. “A desoneração trouxe Salazar acredita que as efetivamente um benefício empresas médias e pequenas terão um grande impacto muito grande para o setor. com a nova Lei. “A desoneraJá que muitos não pagavam ção trouxe efetivamente um os tributos por falta de benefício muito grande para o setor. Já que muitos não capacidade contributiva, pagavam os tributos por falessa medida representa ta de capacidade contributia possibilidade de se va, essa medida representa a possibilidade de se enquaenquadrar na legislação” drar na legislação”, analisa. Na avaliação de Salazar, o setor dos frigoríficos que atuam no mercado interno se caracterizava por ser de um alto grau de sonegação. “As grandes empresas que pagavam impostos não teriam como competir com aquelas que não pagavam, ou seja, não havia uma competição em igualdade de condições”, explica. Para o presidente da Abrafrigo, com a desoneração, esse mercado passa a ter um grande potencial de crescimento e “é provável que as grandes cooperativas e empresas brasileiras procurem entrar nesse segmento, o que vai fazer com que haja uma maior capacidade de disputa”. Salazar explica ainda que após a isenção, todos os entraves tributários foram removidos. “Nos Estados, o ICMS já não é mais problema. O mercado é autônomo e livre. Aqueles que puderem concorrer com sistemas de gestão e competência, vão ficar. Os que são ineficientes e continuarem assim mesmo após a desoneração vão sair do mercado. A Abrafrigo defende o livre mercado, entra quem quer e que vença quem for o mais competente, o mais hábil”, finaliza.

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foto: Maurício Farias

Cadeia Produtiva

Do sebo ao combustível biodegradável

Devidamente separado nos frigoríficos, o sebo do boi ganha status de valiosa matéria-prima para a produção de um combustível que não degrada o meio ambiente: o biodiesel.

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uando o caminhoneiro abastece seu caminhão com óleo diesel, pronto para dar prosseguimento a mais uma viagem, mal pode imaginar o quão grandioso é o processo pelo qual aquele combustível passou para chegar até ali. Geralmente, ele desconhece também os componentes presentes naquele líquido imprescindível para sua viagem e por isso não imagina que até ali o pecuarista deu a sua contribuição. Há cerca de quatro anos, o Governo Federal determinou que fosse adicionado obrigatoriamente ao óleo diesel um percentual mínimo de biodiesel, combustível ecologicamente correto, feito a partir de óleos vegetais e animais, como o sebo proveniente dos bovinos. Desde então, esta quantidade passou a ser aumentada aos poucos e, a partir de julho deste ano, todo óleo diesel comercializado no país passou a conter 4% de biodiesel e, a partir de janeiro de 2010, esse percentual aumentará para 5%. Essa obrigatoriedade fez com que o Brasil passasse a ocupar um lugar de destaque dentre os maiores países produtores e consumidores de biodiesel do mundo, e fez com que o sebo do boi passasse a ser aproveitado em um novo e importante produto, tanto para o desenvolvimento nacional, como também para a preservação do meio ambiente. A utilização do sebo bovino na produção do biodiesel

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Revista ABCZ

é só mais uma prova de que a sustentabilidade faz parte da cadeia produtiva bovina. Além de servir como base para produtos como velas e sabão, o sebo bovino já é reconhecido como a segunda matéria-prima mais utilizada para a produção de biodiesel no Brasil (correspondendo a aproximadamente 15% da produção), perdendo apenas para o óleo de soja, segundo dados do Boletim Mensal de Biodiesel. “O biodiesel produzido com o sebo bovino apresenta inúmeras vantagens se comparado com o produzido a partir do óleo de soja, como o número de cetana, a estabilidade e o ponto de fulgor. Apesar da produção brasileira de sebo crescer lentamente, pois depende diretamente do número de abates no país e este do aumento do consumo interno e/ou das exportações, o Brasil tem um grande potencial de desenvolvimento, pois abriga grandes produtores de proteína animal”, explica o diretor industrial da Brasbiodiesel, César Abreu.

Modo de fazer Quem observa de perto o setor do frigorífico conhecido como “graxaria”, não


Por: Laura Pimenta

“O biodiesel produzido com o sebo bovino apresenta inúmeras vantagens se comparado com o produzido a partir do óleo de soja”

imagina que, de toda matéria extraída do boi e não aproveitada para fins comestíveis, é possível produzir alguns subprodutos importantes para a indústria brasileira, dentre eles, o sebo. Mas antes de virar uma pasta branca, o sebo precisa passar por um processo próprio de produção. Na graxaria, a primeira fase para a produção do sebo acontece em um imenso equipamento chamado digestor para carne e osso, onde tudo aquilo que não é comestível e aproveitado do boi pelos demais setores da indústria frigorífica, como glândulas, gordura, ossos, etc., passa por uma espécie de cozimento. Em seguida, este material passa por um processo de esterilização e na sequência por um triturador e pela prensa da graxaria, onde o material sólido é separado do material líquido. Este líquido, depois de passar por tanques de decantação e clarificação, é que vem a se tornar o conhecido sebo bovino. Logo após o processo feito na graxaria, o sebo produzido é reservado em tanques. Para ser transformado em biodiesel, o sebo bovino é transportado em caminhões tanques do frigorífico até a indústria produtora do combustível. Lá, ele é recebido bruto e passa por um tratamento para ficar livre de impurezas e de umidade. Após este processo, é transportado até a usina por meio de imensos tubos suspensos. Já na usina, o sebo em estado líquido é bombeado e levado para os tanques de sebo bruto, onde é armazenado sob aquecimento. A próxima fase é a do refino físico, quando o sebo é bombeado para

torres de refino onde passa pela remoção de acidez, umidade e outros voláteis. A produção do biodiesel tem início na fase seguinte, conhecida como transesterificação, onde por meio de reações químicas entre o sebo neutro e o metanol, na presença de um catalisador são geradas moléculas de glicerina e de éster metílico que virá a ser o biodiesel. Logo após passar pela transesterificação, o éster metílico passa pela etapa chamada de lavagem, que visa garantir baixos níveis de contaminantes do produto. Na sequência, o éster metílico é purificado e encaminhado para secagem, onde os teores de água e metanol que ainda restam no produto são eliminados por meio da secagem a vácuo. Na Brasbiodiesel, empresa do grupo Bertin, localizada em Lins/SP, logo após passar pela secagem, amostras do biodiesel produzido a partir do sebo bovino passam por uma série de testes de qualidade no laboratório da própria usina. A Brasbiodiesel é a empresa que conta com a maior planta com capacidade para produzir biodiesel a partir do sebo bovino. Sua usina está apta a produzir 125 milhões de litros de biodiesel por ano, mas já há solicitação da empresa para o aumento desta capacidade para 201,6 milhões de litros por ano. No laboratório são feitas várias análises, dentre elas, as de aspecto do produto, teor de água, contaminação total, índice de acidez, dentre outras. Após as devidas análises e certificações, o biodiesel feito do sebo está pronto para servir o Brasil.


Pecuária:

fotos: Jadir Bison

uma bênção para o Espírito Santo

Pecuária capixaba desponta como uma grande alternativa de renda para a população rural. Preocupação constante dos criadores com a qualidade do rebanho tem garantido o crescimento do setor.

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Espírito Santo é um estado onde a pecuária está presente em todos os seus 78 municípios. A participação do segmento no PIB agrícola capixaba é de 21%. Ao todo são 2,15 milhões de cabeças divididas entre bovinos e bubalinos, em mais de 28 mil propriedades, envolvendo uma área de 1,31 milhão de hectare. Os maiores rebanhos estão nos municípios de Ecoporanga, no Noroeste do estado (215 mil cabeças), Linhares, no Norte, (152 mil), Montanha, no Norte (108 mil), Nova Venécia, no Noroeste, (96 mil) e São Mateus, no Norte, (92 mil). As raças que mais chamam atenção no Espírito Santo são nelore, tabapuã, gir e guzerá. Cerca de 80% das propriedades rurais pecuaristas são de base familiar. Aproximadamente 17 mil propriedades rurais trabalham com pecuária de leite e são produzidos 480 milhões de litros por ano, 74% dos produtores de leite entregam até 100 litros leite/dia, caracterizando a agricultura familiar. As outras 11 mil propriedades são destinadas à pecuária de corte. O Espírito Santo tem características de produção leitei-

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Revista ABCZ

ra, pela topografia e pelo tamanho. Por conta disso, historicamente, o estado era voltado para a produção de leite. Ao longo do tempo, com a inserção do gado de corte no Brasil, o Espírito Santo mudou seu perfil pecuário e, hoje, rebanhos de leite e de corte estão quase equilibrados em número de propriedades. Em quantidade de animais, porém, o número de bovinos da raça nelore já passou as raças leiteiras ou mesmo de dupla aptidão. Os dados são da Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimentos, Aquicultura e Pesca (SEAG). Mas o que parece pequeno em números, se comparados com outros estados como Mato Grosso ou Minas Gerais, ganha proporção quando o assunto é qualidade. Para se ter uma ideia inicial da preocupação dos criadores com seus animais, na última campanha de vacinação contra a febre aftosa, quase 98% de todo o rebanho foi vacinado. E essa porcentagem, já há treze anos, fez do Espírito Santo área livre de febre aftosa


Por: Patrícia Vallim Rebanho leiteiro predomina no Espírito Santo

com vacinação. E já está no caminho do status de livre da doença sem vacinação. A atenção e os cuidados com a sanidade dos animais, o que influencia diretamente na qualidade da produção de carne ou leite, parte de campanhas conjuntas entre o governo do estado, federação de agricultura sindicatos rurais, associações, cooperativas e empresas que, em trabalho conjunto, influenciam os criadores capixabas quanto à qualidade e à busca por melhores preços. Sanidade, melhoramento genético e cooperação são os pontos principais da atividade pecuária no Espírito Santo. As-

sim como em outras atividades, tanto carne como leite, com a adoção de tecnologias, aumentaram significativamente a produção por unidade de área. Como o Governo Federal já declarou que irá anunciar novos índices de produtividade para o agronegócio, esse crescimento é um passo importante para que o produtor rural capixaba mantenha suas terras. “Em Minas, o índice de lotação por hectare de pastagem é de 0,46 unidade animal, enquanto no Espírito Santo é de uma unidade animal na mesma área. Isso significa que no Espírito Santo as propriedades têm mais chances de serem desapropriadas”, alerta Júlio Rocha, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Espírito Santo, FAES. A atividade primária, como um todo, é o único segmento produtivo onde se é exigido o Índice de Produtividade.


foto: Lara Vieira

Por: Patrícia Vallim

Pelo Pai-Cooperativismo, pelo Filho-Associativismo, pelo Espírito Santo Como a maior parte das propriedades rurais capixabas é de base familiar, o associativismo e o cooperativismo impulsionam boa parte da movimentação financeira da atividade.

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o cooperativismo, a pecuária capixaba se destaca mais na produção leiteira. De acordo com Martha Marques Teixeira, analista técnica do ramo agropecuário da OCB/ES-SESCOOP/ES, são sete cooperativas leiteiras ao todo, seis no Sul: a Cooperativa de Laticínios Selita, em Cachoeiro de Itapemirim, a Colagua, em Guaçuí, a Colamisul, de Mimoso do Sul, a Clac, em Alfredo Chaves, a Cavil, em Bom Jesus do Norte, e a Cacal, em Castelo. No Norte do Espírito Santo está a Veneza, em Nova Venécia. Para o presidente da FAES, Júlio Rocha, “com dados da empresa de pesquisa Futura, a pecuária de leite surpreendeu e emprega um número mais significativo do que se imaginava, são cerca de 70 mil pessoas que vivem da produção leiteira. Quando a Instrução Normativa n°51 deu prazo para que a coleta de leite deixasse de ser feita em latões individualizados e passasse a ser feita por tanque de expansão, permitiu a melhora considerável de qualidade, beneficiando, principalmente, os consumidores pelo acréscimo de qualidade ao produto. O medo era de que os pequenos produtores se retirassem da atividade devido ao alto custo do equipamento. E aconteceu exatamente o contrário, um fortalecimento dos pequenos, que se uniram e passaram a fazer uso dos tanques de forma coletiva.

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Revista ABCZ

O fato ensejou uma obrigação de avançar na adoção de tecnologia principalmente aquelas que garantam melhor qualidade via sanidade do leite.” A Cooperativa de Laticínios Selita, em Cachoeiro de Itapemirim, é a maior do Espírito Santo e só este ano já cresceu quase 60%, sem contar com a inauguração da nova fábrica de leite em pó. São 1,75 mil cooperados ativos diretos e quase mil indiretos ligados a outras associações e cooperativas sócias da Selita. O presidente da cooperativa Walber Heckert explica que com a “inauguração da unidade de leite em pó, a capacidade aumentou 200 mil litros, saímos de 300 mil para 500 mil litros e hoje operamos com o recebimento de 350 mil litros de leite/dia.” Heckert destaca que o cooperativismo é a melhor solução para a produção leiteira porque dá condição ao pequeno de participar. “Hoje, 80% dos nossos cooperados fornecem até 100 litros de leite/dia, que é pouco para as indústrias particulares. Então, esse é o trabalho social da Selita, é uma forma de amparar os pequenos criadores”, completa Heckert. A Selita hoje gera 417 empregos dire-



Queijo parmesão produzido pela Selita

tos e quase mil indiretos. Os produtos são destinados aos mercados capixaba, carioca, baiano, mineiro e paulista. Com a fábrica de leite em pó, a cooperativa fecha um ciclo de produção com 109 embalagens para 70 produtos diferentes. Para o final de 2010 e início de 2011, será lançado o leite condensado. “A Selita paga o valor mais alto pelo litro de leite para seus cooperados. Nosso cooperado é a razão de ser da nossa cooperativa, ele é o dono. E isso tudo já implantado dá uma tranquilidade para a família do produtor”, orgulha-se Heckert. O presidente da cooperativa Colagua, Antônio Aloísio de Souza, o Toninho Viana, diz que “a criação evoluiu demais e vários números comprovam isso. A produção de leite no estado neste fim de ano aumentou. Sempre será preciso observar o melhoramento genético para melhores resultados”. A Colagua tem 700 produtores ativos e recolhe aproximadamente 50 mil litros de leite/dia. Segundo Viana, a meta é manter os atuais produtores e aumentar a produção deles.

Indústria da carne Em relação ao gado de corte, o presidente da FAES, Júlio Rocha, afirma que o governo do estado fez um trabalho muito bom no combate ao abate clandestino. “Hoje, o que falta é viabilizar abatedouros e frigoríficos municipais, regionalizados, para os pequenos criadores, para

continuar esse combate e garantir que o consumidor vai comprar um produto de qualidade, evitando riscos à saúde e a evasão de receita”, diz Rocha. O presidente da Associação Capixaba de Criadores de Nelore (ACCN), Nabih Amin El Aouar, lembra que no país, entre 2003 e 2008, houve uma queda no preço da carne bovina, então os insumos se elevaram muito mais do que o preço da carne e, com isso, houve um prejuízo para a pecuária brasileira. Nesse período, houve uma redução de criadores/ selecionadores da raça nelore, os que criam gado puro de origem, chamados PO, voltado para melhoramento genético. “Aqui no Espírito Santo, mesmo com a queda no número de selecionadores, os que continuaram no ramo se estruturaram e qualificaram ainda mais seus rebanhos. A preocupação hoje é trabalhar a qualificação, porque os capixabas nunca poderão se comparar, em termos de quantidade de animais, com os estados de maior dimensão, mas em qualidade nós podemos ganhar num futuro bem próximo”, destaca Aouar.

fotos: Lara Vieira

Presidente da Selita, Walber Heckert, gerente Geraldo Eustáquio, prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione, e o governador do Estado, Paulo Hartung, em visita as dependências da recém inaugurada Fábrica de Leite e Soro em Pó.

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Benditas exportações Na exportação, o Espírito Santo representa um percentual pequeno, apenas 0,8% em nível de Brasil. Só que de agosto/08 até agosto/09 o estado teve 130% em aumento, ou seja, foi o estado que mais cresceu em exportação de carne, e isso mostra a qualidade do produto. E a tendência é crescer ainda mais com maior valorização de preço. Os dados são confirmados pela Frisa, Frigorífico Rio Doce, a única exportadora de carne do estado que atende a Europa, Oriente Médio, Chile e Venezuela. De acordo com Nilton Maciel de Oliveira, gerente de Compra de Gado da Frisa, a empresa trabalha com a compra, abate e venda de carne e também produz embutidos e enlatados, gerando, no Espírito Santo, 1,3 mil empregos diretos e mais de 3 mil indiretos. O presidente da ACCN, Nabih Aouar afirma que “até este ano o Espírito Santo não era nem citado em consultorias sobre pecuária. Em outubro, a Scot Consultoria constatou que o nosso estado tem o mesmo número de animais do Rio de Janeiro, Pernambuco, Acre e Ceará. O capixaba tem o benefício de estar na região Sudeste, dentro do maior centro econômico e consumidor do país, situação privilegiada principalmente se abordarmos o pólo portuário que temos aqui. Isso tudo contribui para a valorização da carne capixaba que já é uma das mais caras para exportações.” Quanto ao leite, o presidente da Selita, Walber Heckert, afirmou que ainda em 2009, a cooperativa vai exportar produtos para outros continentes. “Já existem negociações avançadas com a Rússia para a exportação de manteiga e leite em pó. E também estudos e conversas com alguns países da África, disse Heckert.” O Secretário Estadual de Agricultura, Enio Bergoli, declara que a exportação da carne capixaba ainda é muito tímida, mas que tem chance de crescer. “Quando, em 2006, outros estados ficaram impedidos de exportar carne, o Espírito Santo ocupou esse espaço. Antes do problema com a febre aftosa, o estado, entre 2003 e 2005, exportava entre US$ 7 mi e US$ 8 mi. Em 2006, esse número saltou para US$ 22 mi. Em 2007 e 2008, ficamos entre US$ 12 mi e US$ 13 mi. Ou seja, hoje estamos com 50% a mais do que em 2003.” Para o secretário, o estado tem demonstrado uma evolução nos padrões genéticos dos últimos anos. Quanto ao leite, Enio Bergoli coloca que a inauguração da fábrica de leite em pó da Selita é um marco na história dos últimos 30, 40 anos para a pecuária leiteira do estado. “Fugimos da sazonalidade de preço. Com o leite em pó, as cooperativas podem armazenar melhor o produto, ganhar na entressafra e, inclusive, comercializar para grandes distâncias. Essa fábrica abriu uma perspectiva para o mercado brasileiro e internacional que só recebe leite em pó”, completa Enio Bergoli.


foto: divulgação

As provas da qualidade

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o Espírito Santo, a prova zootécnica que mais atrai os criadores é a Prova de Ganho em Peso (PGP) a Pasto. O motivo é o baixo custo da modalidade já que os animais permanecem no sistema normal de manejo, similar ao da fazenda de origem, possibilitando a identificação dos melhores reprodutores. A PGP faz a avaliação de um grupo contemporâneo, dentro de uma faixa de peso e idade pré-determinados, que ficam no mesmo ambiente a pasto para que se possa identificar o animal geneticamente superior e o potencial de desempenho do lote na prova. No Espírito Santo as provas acontecem com nelore e tabapuã. Humberto Luiz Wernersbach Filho, supervisor de pesquisas do Centro de Manejo e Adubação em Pastagem da Heringer, conta que “com o nelore, as provas deste ano estão sendo feitas no sistema intensivo de produção, o que significa que foram feitas adubações de pastagem para que se possa concentrar um rebanho de 51 cabeças em uma área de 10 hectares, a fim de saber também a produção por área. Os resultados desse trabalho serão 28

Revista ABCZ

conhecidos em junho de 2010.” As provas com nelore são realizadas pela ABCZ em parceira com a Fertilizantes Heringer, Tortuga e os criadores do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. O criador Egydio Coser empresta a fazenda para a PGP com o tabapuã. “As provas acontecem no Sul da Bahia e inclui a participação de capixabas, baianos e mineiros. Todos os animais recebem o mesmo tratamento. O objetivo é fazer a avaliação de tipo com intuito de identificar animais com bom padrão racial e boa conformação frigorífica”. Com o tabapuã, as provas são realizadas pela ABCZ e o Núcleo Tabapuã 3 Fronteiras, com parceira da ABCT, Alta Genetics, Fertilizantes Heringer, Ouro Fino, Sopec Nutrição Animal e os criadores do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.


Por: Patrícia Vallim

foto: divulgação

Provas de Ganho em Peso no Espírito Santo tem atraído vários criadores

mans, sobrinho do Haroldo, garante que a produção de leite com o guzerá é de baixo custo se comparada a outras. “Você consegue produzir a baixo custo porque esses animais têm alta resistência ao carrapato, o que dispensa o uso de produtos químicos, e também têm baixa exigência alimentar”, diz Carlos Fernando. Hoje são mil cabeças de guzerá na propriedade e o objetivo é aprimorar cada vez mais a raça. Para isso, foi feita uma parceria com a Universidade de Uberaba para o melhoramento genético. São 34 vacas em coleta de embrião, para multiplicação com fecundação in vitro. E também participam do PMGZ, no Controle de Desenvolvimento Ponderal. Haroldo Fontenelle é um dos mais antigos criadores do Espírito Santo

foto: Acervo da Família

Paralelamente a esse trabalho, existem criadores que fazem provas particulares como o Grupo Custódio Forzza Agrícola e Pecuária que realiza as provas com o mesmo objetivo do trabalho da ABCZ, identificar animais melhoradores. De acordo com Bruno Forzza, responsável pelo grupo, “usamos os melhores animais para o próprio grupo, que precisa renovar 25% do plantel anualmente. Só começamos a vender os animais há dois anos.” Forzza ainda completa, que “há oito anos entramos no PMGZ e tivemos resultados super satisfatórios. Hoje temos um dos maiores criatórios do país com animais ‘cepados’, aqueles com o Certificado Especial de Produção (CEP), que avalia superioridade dos animais participantes do PMGZ.” Haroldo Fontenelle é um dos mais antigos criadores de gado no Espírito Santo. Em 1928 já criava guzerá, gir e nelore. Optou pelo guzerá como gado leiteiro ainda na década de 30 quando percebeu resultados favoráveis para essa raça. Carlos Fernando Fontenelle Du-

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ABCZ: a onipresente Se a ABCZ está em todo o Brasil, no Espírito Santo ela tem uma abrangência maior do que se imagina. Além de trabalhar com os criadores capixabas, a associação atende também os criadores de parte de Minas Gerais e Bahia. O principal objetivo é aumentar e facilitar o entendimento e a procura dos criadores, principalmente os de menor porte, ao melhoramento genético. De acordo com Lauro Fraga, responsável técnico pelo Escritório Técnico Regional (ETR) da ABCZ no Espírito Santo, “a instituição tenta fazer um trabalho diferenciado buscando o uso de touros melhoradores, de acordo com o Programa de Melhoramento Genético de Zebuíno, PMGZ”. O conselheiro da ABCZ no ES Cláudio Coser afirma que a associação “tem trabalhado na busca desses animais de origem zebuína, com genética superior, e no apoio que venha facilitar a vida do pecuarista. Um dos pontos fortes é o relacionamento entre os criadores e os programas específicos junto a eles”. Segundo Coser, esse

apoio inclui “acordos que venham facilitar as condições de aquisição desses animais com genética superior junto a governos e instituições financeiras e as exposições que a ABCZ realiza têm lado social e corporativo”. Segundo outro conselheiro da ABCZ no ES, Eraldo Serrão, o PMGZ hoje é de fundamental importância para todos os criadores do país. Cerca de 60% dos animais do Espírito Santo já foram avaliados pela ABCZ e pela Embrapa e fazem parte do Sumário de Touros ABCZ/Embrapa. Quanto à capacitação, Eraldo Serrão afirma que a ABCZ realiza cursos de formação de jurados, doma, entre outros, e dá suporte para os criadores de gado de todas as raças zebuínas.

Animais conhecidos em todo Brasil A qualidade dos animais capixabas pode ser comprovada nas exposições dentro e fora do Espírito Santo. O estado tem cinco exposições ranqueadas entre municipais, estadual e internacional. De acordo com o presidente da ACCN, Nabih Aouar, “nosso ranking começa com a exposição municipal de Aracruz em julho, depois acontece a GranExpoES, em agosto, seguida da exposição no município de Colatina, em setembro. A quarta exposição também é em setembro em Baixo Guandu. Essas com animais de todas as raças. A quinta e última exposição é a Expoinel, com realização da ACCN, em março do ano seguinte, em Aracruz, só com gado nelore. Para o presidente, as exposições no Espírito Santo começam a se profissionalizar. Outros organizadores já buscam qualificação para que todos possam competir de igual para igual com o mercado nacional. Victor Miranda, um dos maiores investidores da raça nelore no estado atualmente, afirma que “as duas grandes exposições capixabas, GranExpoES e Expoinel, contam sempre com expositores de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. A Expoinel do ano que vem terá em torno de 300 animais dos quatro estados em julgamento e será a melhor exposição já realizada no Espírito Santo porque vai receber grandes criadores desses estados com animais que disputam campeonato de Uberaba e Mato Grosso, que são as etapas mais concorridas no Brasil.”

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Revista ABCZ

O rebanho capixaba também vem se destacando em relação à qualidade genética devido ao grande número de animais participantes de programas de melhoramento genético. De acordo com Anselmo Laranja, coordenador da Associação do Núcleo PAINT do Espírito Santo, o trabalho de seleção realizado no estado pelos criadores de zebu procura integrar os objetivos produtivos com o trabalho de registro genealógico realizado pela ABCZ. “Trata-se de uma importante ferramenta para a certificação dos padrões raciais almejados por todos os integrantes da família nelorista. Prova disso é a participação de pecuaristas filiados à associação capixaba na ExpoGenética, em suas duas edições. Eles levaram animais para serem apresentados ao público durante apresentação do Programa PAINT na Expogenética. Segundo Anselmo Laranja, uma das principais preocupações da entidade é encontrar também matrizes mais precoces sexualmente, que entram em atividade reprodutiva entre 15 e 18 meses, possibilitando a identificação de indivíduos e famílias precoces.











Genética

Tourinhos

foto: Maurício Farias

da esperança

“N

a minha região, os criadores não usam genética. Por isso, temos “gadim” miudinho, curtinho, sem genética nenhuma. Dá até tristeza na gente”. Foi com essa simplicidade peculiar que o produtor de Ecoporanga/ES, Jorge Pereira Baia, de 58 anos, resumiu sua experiência com a criação de bovinos no interior do estado do Espírito Santo, bem próximo à divisa de Minas Gerais e Bahia. Apesar do município de seu Jorge possuir o maior rebanho bovino e ser o de maior produção leiteira do estado, está localizado em uma das regiões do país onde a tecnologia e o melhoramento genético ainda não adentraram as porteiras das pequenas e médias propriedades, como a de seu Jorge, que possui 372 hectares. O criador conta que o local é muito bom para criação, mas a tecnologia realmente não é utilizada pela maioria dos pequenos e médios produtores, que são a esmagadora maioria no estado, 90% do total. Porém, durante o mês de outubro, o Espírito Santo deu um importante passo para a democratização da genética zebuína em suas terras. Através do programa Pró-Genética, os pequenos e médios criadores puderam adquirir tourinhos registrados das raças zebuínas, para finalmente começarem a mudar a realidade produtiva de suas propriedades.

Primeira feira do Pró-Genética realizada no Espírito Santo é comemorada por vendedores e um compradores

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Revista ABCZ

As compras foram feitas durante a 1ª Feira de Touros do Pró-Genética de Ecoporanga, em 16 de outubro, organizada através de parceria entre as equipes do Escritório Técnico Regional da ABCZ em Vitória, do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) e IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo). Segundo o responsável técnico da ABCZ no Espírito Santo, Lauro Fraga de Almeida, antes da feira haviam 230 intenções de compra de animais das raças zebuínas, holandês e girolando. “Conseguimos colocar à venda 90 touros zebuínos de 14 criadores do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Ao todo, foram vendidos 80% dos animais colocados à venda das raças guzerá, gir, tabapuã e nelore. Os touros foram direcionados para propriedades de Ecoporanga, Vila Pavão, Colatina, Barra de São Francisco e Ataléia/MG”, informa Lauro. A maioria dos compradores comprou apenas um touro durante o evento. Porém, também houve situação em que os compradores levaram mais de um animal. Esse foi o caso de seu Jorge. Ele embarcou


Por: Laura Pimenta

febre aftosa em 2008, o estado possui 900 mil matrizes em idade reprodutiva. Com isso, o estado conta com uma demanda anual de aproximadamente 3 mil touros com genealogia.

Norte de Minas

para a fazenda três touros guzerá, com idade entre 28 e 32 meses. Para os vendedores, a feira também foi considerada positiva. O criador de guzerá, Emerson Soares Júnior, é um exemplo disso. Todos os dezesseis touros ofertados por ele foram comercializados. “Nós não tínhamos noção do quanto o pecuarista estava carente de reprodutores. Acredito que a oferta de touros aliada à oferta de crédito é o que impulsionou as vendas. Sem dúvida, a feira superou minhas expectativas. Quero participar das próximas feiras e oferecer animais ainda melhores”, garantiu Emerson. Outras feiras do Pró-Genética devem acontecer no Estado do Espírito Santo em breve. Segundo o IDAF, de acordo com dados da última vacinação contra

Já na região norte do estado de Minas Gerais, a feira de touros do Pró-Genética, foi realizada pela terceira vez na cidade de Janaúba, no dia 21 de novembro. A região tem na pecuária sua principal atividade agrária e o perfil da região acompanha o restante do estado de Minas Gerais, onde cada vez mais o número de animais por criador tende a diminuir com a irreversível mudança do extrato agrário, que aumenta o número de criadores com áreas menores. “Diante deste cenário, é necessária a ampliação do Pró-Genética não mais somente como democratização da genética ou algo de caráter social, mas sim como estratégia dos produtores de genética que terão nesta atual realidade o seu mercado e com ele todo o seu desafio”, avalia Marcos Miguel Mendes, responsável técnico da ABCZ em Montes Claros/MG. Durante a feira em Janaúba, cerca de 30 zebuínos registrados foram comercializados, correspondendo a 70% do total de animais ofertados. Para a grande maioria dos compradores, a feira foi a oportunidade que faltava para a primeira aquisição de um touro registrado, visando a melhoria dos rebanhos de corte e leite. O sucesso na realização da feira em Janaúba fez com que uma nova feira do Pró-Genética fosse agendada para março de 2010.


Genética

Pró-Genética passa a fazer parte de programas especiais operados pelo Banco do Brasil

foto: Maurício Farias

A

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pesar de estar ainda distante da agricultura no quesito utilização de crédito bancário para investimentos, a pecuária - que corresponde a 29,5% do PIB do agronegócio, segundo dados do IBGE - vem dando mostras de que pode ser uma promissora aposta para os próximos anos, se levado em conta o interesse das instituições bancárias, cada vez mais atentas à sua expansão. Principal agente financiador do agronegócio nacional, o Banco do Brasil deu um passo à frente na oferta de cré-

Revista ABCZ

dito aos pecuaristas durante o mês de outubro, quando lançou um programa de crédito específico do Pró-Genética (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino), projeto lançado pela ABCZ e pelo Governo de Minas em 2006 e que a partir deste ano começou a ser implantado em outros estados, como o Espírito Santo.


Por: Laura Pimenta

A partir de agora, criadores de todo o país poderão investir na melhoria genética de seus rebanhos, através de crédito específico do programa, como explica o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz. “Com a inclusão do Pró-Genética entre os programas especiais operados pelo Banco do Brasil, é possível disponibilizar aos produtores rurais condições de crédito mais favoráveis e adequadas para que tenham acesso à alta tecnologia genética”, informa.

Como funcionará? Nas operações de investimento podem ser financiados: animais para criação – recriação - recriação e engorda; bovinos - sêmen de reprodutores - embriões, congelados ou não e aquisição de animais para serviço. De acordo com o diretor do banco, no âmbito da agricultura familiar, para a atividade leiteira, o financiamento será realizado por meio da linha do Pronaf Investimento, para pagamento no prazo de até dez anos, incluindo carência de no máximo cinco anos e taxa de juros de até 5% ao ano. Para a bovinocultura de corte, os agricultores familiares poderão utilizar a linha do Programa Mais Alimentos, podendo ser financiado até R$ 100 mil por beneficiário, com taxa de 2% ao ano, prazo de até oito anos, com até três anos de carência. Para acesso às linhas de crédito, o agricultor familiar deverá apresentar a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Para os médios e grandes produtores, o banco possui o Proger Rural Investimento – destinado a produtores rurais, não enquadrados no Pronaf, com renda bruta anual de até R$ 500 mil. Nessa linha, o prazo de pagamento é de até oito anos, incluindo a carência de no máximo três anos, com taxa de juros de 6,25% ao ano e até

R$ 250 mil por beneficiário em cada safra/ano agrícola. Nas operações de investimento agropecuário, acolhidas exclusivamente em feiras agropecuárias, o prazo de pagamento é de até 2 anos para pecuária de corte e até 3 anos para a pecuária leiteira, com taxa de juros de 6,75% ao ano, podendo ser financiado até R$ 200 mil por beneficiário, por ano agrícola. Já para as operações de custeio pecuário, podem ser financiados: a compra de medicamentos e vacinas, sais minerais, ração; limpeza e reforma de pastagens, fenação, silagem e formação de forrageira periódica, de ciclo não superior a 02 anos, para consumo de animais próprios; aquisição de milho em grãos e espigas (com palha), sorgo e farelo de soja destinados ao arraçoamento dos animais.

Mais recursos Para incrementar ainda mais a aquisição de touros zebuínos registrados em Minas Gerais, estado pioneiro do Pró-Genética, foi assinado um convênio no dia 20 de novembro para aplicação de R$30 milhões nos financiamentos através do programa. A solenidade foi realizada durante a abertura oficial da Femig (Feira da Agroindústria Familiar e Empreendedorismo Rural de Minas Gerais). O convênio, que terá duração de um ano, foi assinado pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, Banco do Brasil, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Emater-MG. Com a liberação desse recurso, a expectativa é de elevar a qualidade genética do rebanho mineiro e a produtividade nas fazendas onde são criados animais para produção de carne e leite, pois somente reprodutores Puros de Origem poderão ser financiados.


ABCZ

ABCZ realiza primeiro registro de clone zebuíno

A

fêmea Divisa Mata Velha TN 1 só tem três meses de vida, mas já pode ser considerada um marco do avanço da ciência e da tecnologia na pecuária zebuína nacional. Ela acaba de entrar para o banco de dados do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ) como o primeiro clone registrado pela ABCZ. Os critérios para a concessão do registro foram definidos em 2007 por uma comissão técnica formada por pesquisadores de várias universidades e centros de estudo. De acordo com o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, a

Divisa, doadora, e Divisa Mata Velha TN 1, primeiro clone zebuíno a receber registro genealógico no Brasil

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Revista ABCZ

associação dá um importante passo para garantir a formalização desses animais. “É uma grande conquista, porque, apesar do melhoramento genético ser nossa principal meta, sempre existirão aqueles animais de mérito genético singular, que podem contribuir para resgatarmos qualidades e funcionalidades de interesse do mercado. A clonagem também possibilita a preservação dessa genética”, destaca o presidente. Ele alerta, porém, que a tec-


Por: Larissa Vieira

Da Vitória à Divisa O primeiro clone bovino brasileiro e da América Latina nasceu há oito anos. Batizada de Vitória, a fêmea nasceu graças aos avanços com a biotécnica alcançados pe-

los pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen). A história de Divisa Mata Velha TN 1, animal que pertence à Fazenda Mata Velha, também passa pelos laboratórios da Embrapa, que tem um convênio com a empresa Geneal desde 2006 para produção de clones. Para produzir o clone Divisa Mata Velha TN 1, foi coletado em abril de 2007 uma biópsia de pele de 1 cm x 1 cm da prega da cauda da doadora Divisa (Grande campeã da ExpoZebu 1995; mãe da grande campeã da Expoinel 1999, Mansão; mãe da grande campeã da ExpoZebu 2003, Página Mata Velha; mãe de Meteorito da Mata Velha). O material foi levado para Brasília, onde está localizada a Embrapa Cenargen, para realização dos procedimentos de isolamento, cultivo e congelamento das células. A manipulação resultou em 18 embriões transferidos para 14 receptoras e cinco gestações confirmadas. A única que chegou ao fim (com 292 dias de gestação) foi a de Divisa Mata Velha TN 1. A fêmea nelore nasceu no dia 1º de setembro de 2009, com 39 quilos. “O registro deste clone é uma vitória e faz do Brasil uma referência na área de biotecnologia. O país já é responsável por 50% dos animais que nascem de Fecundação in Vitro no mundo e agora avança na clonagem”, diz o superintendente da Geneal, José Olavo Júnior. Para o pesquisador da Embrapa Cenargen, Rodolfo Rumpf, o registro de clones representa, a curto prazo, a possibilidade de utilização efetiva dos clones nos programas de melhoramento genético animal. “Já a médio e a longo prazo, a eficiência da técnica, que hoje é ainda muito baixa, é que vai definir o maior ou menor impacto da clonagem na pecuária. A pesquisa, no entanto, trabalha com a meta da clonagem chegar aos rebanhos comerciais”, esclarece.

foto: Maurício Farias

nologia deve ser utilizada com ética e em prol do crescimento da pecuária. Para assegurar a rastreabilidade de todos os clones bovinos já existentes no Brasil, até mesmo aqueles nascidos antes da homologação terão direito ao registro. “O fato de o MAPA ter considerado a possibilidade de retroagir os benefícios de concessão de registro a produtos clonados e obtidos antes da aprovação das regras, não significa que todo e qualquer animal clonado poderá ser registrado. Os casos serão analisados individualmente, cabendo ao interessado organizar e documentar todo o processo, atendendo a todas as exigências do regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas. Essa documentação será encaminhada à coordenadoria competente do MAPA para análise e deliberações pontuais”, afirma o superintendente Técnico ABCZ, Luiz Antonio Josahkian. O fiscal federal do MAPA, Fábio Coelho Corrêa de Araújo, destaca que o registro dos clones vai permitir a rastreabilidade dos clones e também o acompanhamento de toda a genealogia dos mesmos. “O registro é extremamente importante do ponto de vista mercadológico”, diz Araújo. O FDA (Agência dos Estados Unidos para os Medicamentos e Alimentos) já liberou o consumo de produtos e subprodutos oriundos de clones e seus descendentes. “Não foi possível identificar mudanças quanto ao valor nutricional ou ainda a produção, por parte dos clones, de alguma nova molécula que pudesse produzir efeitos colaterais no ser humano”, atesta Rodolfo Rumpf, coordenador do projeto de clonagem que a Embrapa desenvolve em parceria com o laboratório privado Geneal.

Equipe da ABCZ e da Geneal durante registro do clone

novembro - dezembro • 2009

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Critérios para o Registro Genealógico de clones Para solicitar o registro de um clone, o criador precisa atender a todas as exigências do Regulamento do Registro Genealógico das Raças Zebuínas para animais oriundos de Transferência Nuclear. Veja abaixo:

CAPITULO XVI DA TRANSFERÊNCIA NUCLEAR – TN (CLONAGEM) Art. 114 - Os produtos clones resultantes de transferência nuclear (TN) poderão ser inscritos no SRGRZ desde que atendidas todas as normas determinadas pelo MAPA e que estejam em conformidade com a legislação em vigor e com as determinações contidas neste regulamento. Art. 115 - Os produtos de transferência nuclear (TN) poderão ser resultantes de núcleos de células doadoras provenientes de embriões ou de células somáticas, sendo que estas serão colhidas de animais adultos, com autorização prévia do proprietário do animal doador por escrito e com firma reconhecida, cultivadas em laboratório e criopreservadas em nitrogênio líquido. Parágrafo Primeiro: o doador nuclear, quando o material biológico a ser clonado for oriundo de células somáticas, deverá, obrigatoriamente, ser portador de registro genealógico de nascimento ou definitivo, de acordo com as exigências do SRGRZ compatíveis com sua idade. Parágrafo Segundo: quando o material biológico a ser clonado for oriundo de células embrionárias, o doador (embrião) deverá ser, oportuna e obrigatoriamente, inscrito no SRGRZ de acordo com as normas contidas neste regulamento. Parágrafo Terceiro: outras origens de material biológico a ser clonado poderão ser autorizadas, desde que referendadas pela comunidade científica e pelo MAPA, bem como do proprietário do animal doador do material biológico. Art. 116 - Para que os produtos resultantes de TN possam ser inscritos no SRGRZ é obrigatória a apresentação de uma autorização formal do proprietário das células doadoras de núcleos, com firma reconhecida em cartório. Art. 117-A doadora do ovócito enucleado deve ser uma matriz portadora de registro genealógico da mesma raça do indivíduo clonado. Art. 118 - Os produtos resultantes da TN, para receberem o RGN, terão que ter, além das exigências anteriores, obrigatoriamente: a) análise do DNA da linhagem celular (núcleo doador); b) análise do DNA da doadora do ovócito enucleado; c) análise do DNA do produto resultante de TN; d) laudo laboratorial, comprovando a absoluta igualdade genética entre as análises dos itens “a” e “c” e, ainda, expressando de forma clara, os procedimentos técnicos de análise molecular que confirmam o produto resultante da TN. 46

Revista ABCZ

Art. 119 - Os produtos resultantes da TN, portadores de RGN, somente poderão receber RGD se, para os machos for apresentado exame andrológico que o qualifique como apto à reprodução e, para as fêmeas, laudo qualificando-a como doadora de ovócitos. Art. 120 - Somente poderão ser inscritos no SRGRZ, os produtos resultantes de TN produzidos em laboratórios devidamente credenciados no órgão competente do MAPA e nos quais os doadores nucleares tenham sido registrados para TN. Art. 121 - Os produtos resultantes de TN, que atenderem aos requisitos para inscrição no SRGRZ, terão como padrão na composição de seu certificado de registro genealógico: a) O nome do doador nuclear acrescido das iniciais TN e uma série numérica crescente que será definida pelo SRGRZ, iniciando-se no número 1 (um), que se referirá ao número do clone de acordo com sua ordem cronológica de nascimento. b) O número de registro genealógico do doador nuclear, acrescido das iniciais “TN” e da série numérica crescente, conforme definida no item “a” acima. c) O número de registro genealógico da doadora do ovócito enucleado. d) O nome do proprietário das células doadoras de núcleos. e) O nome do proprietário do animal doador resultante de transferência nuclear. Art. 122 - Os produtos resultantes de TN deverão ser identificados: a) Ao nascimento, por tatuagem indelével na orelha esquerda com o registro genealógico do doador nuclear, acrescido das letras “TN” e da série numérica correspondente à sua obtenção. b) Também ao nascimento, por tatuagem indelével na orelha direita, com o registro genealógico da doadora do ovócito enucleado. c) Até a desmama, por marca a fogo na perna direita, com o registro genealógico do doador nuclear, acrescido das letras “TN” e da série numérica correspondente à sua obtenção. d) Pela aposição de marca a fogo (“caranguejo”) na perna direita, acima da identificação do animal, somente por técnico habilitado pelo SRGRZ e depois de atendidas todas as determinações deste regulamento. Art. 123 - Os produtos resultantes de TN, desde que nascidos e viáveis e que tenham atendido o que determina este regulamento e, em especial, o que determina o Art. 6º deste regulamento, passam, automaticamente, a ter as mesmas condições e tratamentos que o seu doador nuclear frente ao SRGRZ.


Exposições

foto: Jadir Bison

Zebu bate recorde

na Feileite 2009

A

s principais raças leiteiras do país mostraram suas potencialidades na pista da Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite 2009). Realizada de 3 a 7 de novembro na capital paulista, a exposição teve quebra de recorde entre as raças zebuínas. A estreante em Torneio Leiteiro, a vaca Carioca de Brasília, é a mais nova recordista de produção da raça gir leiteiro, com a produção de 50,200 kg de leite em um período de 24 horas. O animal, que pertence ao criador Flávio Peres, da Fazenda Brasília, bateu o recorde anterior da raça, que era de 47,292 kg de leite, produzidos durante a ExpoZebu 2007 por outra fêmea da Fazenda Brasília. Além de se tornar recordista da raça em torneios leiteiros, Carioca de Brasília conquistou o título de Grande campeã da categoria Vaca Adulta, com média de 42,787 kg de leite. Na categoria Fêmea Jovem, Zuma FIV Alto Estiva, de propriedade de Sílvio Queiroz Pinheiro, conquistou o primeiro lugar, com a média de 32,718 kg de leite/dia. Na categoria Vaca Jovem, venceu Espoleta, de Maria Tereza Lemos Costa Calil, com uma média de 35,167 kg de leite.

Sediando a 2ª Exposição Internacional do Gir Leiteiro, a Feileite teve ainda julgamento da raça. O título de Grande Campeã da feira foi para Queimada dos Poções, do expositor Kenyti Okano. Entre os machos, a vitória foi de Escol da Silvânia, de Eduardo Falcão de Carvalho. Os prêmios de Melhor Expositor e Melhor Criador foram para a Fazenda Mutum, de Léo Machado Ferreira. A raça guzerá também participou da Feileite 2009. Na disputa do Concurso Leiteiro, a categoria Vaca Jovem teve como campeã Doceira, cuja média foi de 21,024 kg/leite. Jacarina venceu na categoria Vaca Adulta, com média de 30,252 kg/leite. Já o Concurso Leiteiro do guzolando foi vencido, na categoria Vaca Jovem, pela fêmea Borradura, cuja média chegou a 38,321kg/leite. Na Vaca Adulta, Dirah venceu com a média de 20,340 kg/leite. Na pista, a vitória foi de Tainha Taboquinha na categoria Vaca Jovem. Ela também venceu como Melhor Úbere. A categoria Vaca Adulta teve Otica Taboquinha como campeã, e Italiana como Melhor Úbere. Outro evento que contou com a presença do zebu foi o Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos com Aptidão Leiteira. As aulas foram ministradas pelo superintendente Técnico-adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado, e pelos jurados Roberto Vilhena Vieira e André Rabelo Fernandes. O presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, também visitou a Feileite 2009. novembro - dezembro • 2009

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foto: Maurício Farias

Exposições

Por: Texto Assessoria

ExpoBrahman traz novidades para 2010

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VI ExpoBrahman reuniu, entre os dias 12 e 18 de outubro, em Uberaba (MG), cerca de 600 animais, representando a melhor genética da raça brahman no país, oriundos de nove estados brasileiros. A programação do evento foi composta, além das atividades em pista, por quatro leilões que obtiveram faturamento total de R$ 2,5 milhões. No grande campeonato da raça, que definiu também a final do ranking nacional instituído pela Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), os três jurados – Fábio Miziara, Ricardo Gomes de Lima e o norteamericano Mark Forgason – elegeram como melhor fêmea o animal MISS J4 HARMONIA 201, da J4 Agropecuária e Empreendimentos, e o touro MISTER SANTA FÉ FIV 114, da Casa Branca Agropastoril, como melhor macho. O bicampeonato veio endossar o currículo da matriz a J4 que, além da edição anterior da ExpoBrahman, venceu por duas vezes a ExpoZebu. Os resultados em pista definiram ainda os criadores Paulo Marques de Castro e César Tomé Garetti, como

Feira foi palco da eleição da nova diretoria da ACBB e do lançamento do projeto de construção da Casa do Brahman

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Revista ABCZ

melhor expositor e criador, respectivamente. Na pontuação geral do ranking 2008/2009 da ACBB, Garetti também ficou com o título de melhor expositor do ano e Luiz Carlos Monteiro como melhor criador do ranking. O evento propiciou uma apresentação aos brahmistas dos projetos e planejamentos para o XV Congresso Mundial da Raça Brahman que em 2010 será realizado em Uberaba entre os dias 17 e 24 de outubro. Foi realizada também durante a ExpoBrahman a eleição da nova diretoria da entidade, sendo reeleito como presidente, para o biênio 2010/2011, José Amauri Dimarzio. Entre as iniciativas para a próxima gestão, está prevista a construção da Casa do Brahman, um estande fixo da entidade no Parque Fernando Costa. A sede da ACBB também será transferida para a Casa do Brahman. A intenção é de que a obra seja concluída e inaugurada na ExpoZebu 2010.



fotos: Maurício Farias

Exposições

Femig

definitivamente no calendário de feiras do Parque Fernando Costa

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realização da 6ª Feira da Agroindústria Familiar e Empreendedorismo Rural de Minas Gerais (Femig), que aconteceu em Uberaba(MG) de 20 a 22 de novembro, demonstrou a força da parceria entre ABCZ, Emater e o Governo de Minas Gerais. Várias caravanas de cidades mineiras e paulistas trouxeram ao Parque Fernando Costa pequenos e médios produtores. Ao todo, participaram da feira 160 caravanas de Minas Gerais e 15 de São Paulo. Durante a cerimônia de abertura, autoridades federais, estaduais e municipais presenciaram o hasteamento das bandeiras. Mas, antes, puderam contemplar a performance do berrante, ao toque de Carlos Batista Martins, da Associação das Comitivas de Uberaba e Região. A comitiva da ACUR também homenageou a feira, em desfile dentro do Parque. O anúncio de que a Femig será realizada definitivamente em Uberaba aconteceu durante palestras proferidas aos jovens rurais do projeto Transformar, da Emater e do Governo de Minas. Um documento foi formalizado 50

Revista ABCZ

com assinaturas dos presidentes da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, e da EmaterMG, José Silva Soares, tendo como testemunhas o superintendente de Marketing e Comercial da ABCZ, João Gilberto Bento, o superintendente Geral, Agrimedes Albino Onório, e o gerente da Emater Regional, Gustavo Laterza de Deus. Ao se pronunciar na abertura oficial da feira, o presidente José Olavo manifestou sua satisfação em contar com a parceria do Governo de Minas e da Emater, que abraçaram o projeto Pró-Genética que hoje é responsável pelo acesso de pequenos e médios produtores a tourinhos de qualidade, tudo em prol da melhoria dos rebanhos. “O empenho do José Silva, que considero um amigo particular, tem sido fundamental para o sucesso do Pró-Gené-


Por: Renata Thomazini

tica. Temos aqui uma parceria consolidada e que, tenho certeza, será duradoura. Ele e eu deixaremos as entidades que comandamos, mas a sustentabilidade que implantamos é o que nos dignifica. Porque sabemos que esse trabalho está edificado em um forte alicerce”, afirmou. José Silva, da Emater, chamou atenção, em seu pronunciamento, para a abertura que a ABCZ possibilitou aos pequenos produtores, prova de que a entidade está voltada ao produtor rural com um todo. Palavras endossadas pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do estado, Gilman Viana, que arrematou: “não me surpreendo com a iniciativa do José Olavo em trazer para a casa do zebu pequenos e médios produtores. Ele, assim como toda a ABCZ, quer o melhor para nossa agropecuária e os pequenos e médios produtores são parte importante. A ABCZ demonstra que está lado a lado com o produtor”, finalizou. Ainda durante a abertura da feira, o superintendente do Banco do Brasil em Minas Gerais, Tércio Pascoal, formalizou repasse de R$ 30 milhões que foram canalizados pelo Governo Federal, especificamente para o Pró-Genética.

Movimentação em torno de R$14,5 milhões O total de negócios finalizados durante a 6ª Femig girou em torno de R$14,5 milhões, o que superou em muito as expectativas iniciais, que eram de que o evento vendesse R$ 2 milhões. “Estamos convictos de que a feira deste ano foi a melhor edição da Femig”, afirmou o presidente da Emater-MG, José Silva Soares. As caravanas vindas de diversas cidades mineiras e paulistas desembarcaram pequenos produtores que encontraram dentro da estrutura, lotada de estandes, um verdadeiro shopping de utilidades e facilidades para incremento de suas propriedades. Além de máquinas e equipamentos (desde tratores a tanques de resfriamento de leite) os produtores tiveram acesso a animais de alta qualidade para melhoramento do rebanho. Os tourinhos reprodutores ficaram expostos nos pavilhões ao lado da feira. “Lembro de meu avô contar como eram os animais importados da Índia. Muito bons, mas nem se comparam aos touros de hoje. Dá pra ver que é muito trabalho de seleção envolvido. Para nós, o acesso a esses animais, que estão com preços que cabem no nosso bolso, é maravilhoso. Podemos aumentar muito nosso lucro”, afirma o pequeno produtor de Passos (MG), João Dimas Pereira. O produtor de Uberaba, Fábio Morlim, apressou-se em perguntar sobre como saber qual tipo de animal pode usar em seu rebanho. “Muitas vezes nós não fazemos idéia de como escolher um animal bom pra cruzamento no rebanho”, explica. O criador deve solicitar em uma Emater em sua região a visita de um técnico. Ele dará toda orientação sobre como escolher um bom animal e como participar do Pró-Genética, inclusive, esclarecendo dúvidas sobre os financiamentos.


Exposições

Por: Larissa Vieira

Expoinel Minas

foto: Maurício Farias

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ppecuária zebuína vai iniciar mais cedo seu calendário de exposições em 2010. Tradicionalmente realizada em julho, a Expoinel Minas será realizada em nova data: de 29 de janeiro a 7 de fevereiro. Os animais da raça nelore entrarão na pista do Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), de 1º a 7 de fevereiro. A Associação Mineira dos Criadores de Nelore (AMCN) vai disponibilizar 1.500 argolas. As inscrições continuam abertas. Segundo o gestor executivo da entidade, Loy Rocha, após o dia 23 de dezembro haverá aumento do valor da argola. A edição deste ano da feira teve 881 animais inscritos. Os jurados que terão a responsabilidade de escolher os campeões da Expoinel Minas serão definidos em breve pela associação e divulgados no site www.neloreminas.org.br. A programação da Expoinel Minas terá ainda cinco leilões, dois a mais que a última edição. O “Leilão Rima – Doadoras” vai abrir a série de pregões. O evento está marcado para o dia 3 de fevereiro. No dia 4, ocorre o “Leilão

em nova data Baby Modelo”. Já em 5 de fevereiro a batida do martelo fica por conta do “Leilão Minas de Ouro – Prenhezes”. Dia 6 haverá o “Leilão Cedro/AgroZ – Animais”. Encerrando os remates, o “Leilão Água Doce – Doadoras” ao meio dia. Até o fechamento desta edição, os locais onde os leilões serão realizados ainda não tinha sido definidos.

Agende-se Expoinel Minas 2010 (29/01 a 07/02) Local: Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG) Entrada dos animais 29 a 31 de janeiro Data-Base, Pesagem e 31 de janeiro Diagnóstico de Gestação Julgamento 1º a 7 de fevereiro Saída dos animais 8 de fevereiro

Inscrições Os interessados em participar da Expoinel Minas 2010 podem fazer inscrição dos animais na ABCZ ou na AMCN. ABCZ (34) 3319-3938 / E-mail: suportecoe@abcz.org.br • AMCN (31) 3286 5347/ E-mail: nelore@neloreminas.org.br

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Revista ABCZ


Especial Raças Zebuínas

TABAPUÃ Abate técnico

Temperamento foto: Jadir Bison

Característica é avaliada nas PGPs

Pesquisa

Biometria pode auxiliar na seleção da raça novembro - dezembro • 2009

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Tabapuã

foto: Jadir Bison

Biometria a favor da seleção

Pesquisa conclui que mensuração corporal pode ser ferramenta auxiliar importante para identificação de animais superiores para a produção de carne

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pesar de já fazerem parte dos atributos relacionados para a escolha de um grande campeão e reprodutor, algumas medidas corporais, como profundidade torácica, perímetro torácico e altura subesternal, ainda precisam ser mais consideradas na prática, juntamente com outros índices zootécnicos, pelos selecionadores de bovinos com aptidão para corte, no momento de elencar os indivíduos melhoradores do rebanho.

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Revista ABCZ

Essa foi a conclusão a que chegou um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), orientado pelo professor Tarcisio Moraes Gonçalves, durante a realização de uma pesquisa científica que procurou relacionar o rendimento de cortes cárneos de bovinos com aptidão de corte a suas mensurações biométricas.


Por: Laura Pimenta

O professor explica que a medição do tamanho corporal por meio da biometria, é uma forma de se avaliar o crescimento do animal não somente através do peso vivo. Segundo Tarcisio, os estudos das correlações entre as biometrias e rendimentos de cortes cárneos dos bovinos podem gerar mais subsídios aos programas de seleção e também aos juízes de provas de gado elite, contribuindo nas decisões sobre quais características fenotípicas seriam mais importantes nesses julgamentos. Algumas medidas biométricas dos animais vivos auxiliam de forma indireta na avaliação do desempenho dos animais, e são essenciais à avaliação do crescimento e do desenvolvimento dos mesmos. É razoável pensar que uma medida isoladamente não possa definir as características de carcaça, mas suas combinações podem ser usadas para estabelecer índices que permitam ajustar os dados obtidos e, assim, comparar melhor as carcaças e o desempenho animal, informa. O mais recente abate técnico, realizado com exemplares da raça tabapuã, completou um ano no último mês de outubro e seus resultados trouxeram à tona informações relevantes que poderão auxiliar ainda mais os criadores, visando a produção de carcaças que apresentem

maior quantidade de músculos, um mínimo de ossos e gordura adequada conforme as exigências de cada mercado consumidor. Dezoito bovinos PO não castrados da raça tabapuã foram avaliados no experimento. Inicialmente, os exemplares passaram por uma Prova de Ganho em Peso em sistema de confinamento no campus da UFLA, em Lavras/MG. O período experimental foi de 112 dias, com um período inicial de adaptação de 28 dias, onde ao final do experimento foram realizadas pesagens após um período de jejum alimentar e hídrico de 16 horas e feitas as medidas biométricas dos animais. A dieta foi balanceada de acordo com o NRC (2000) objetivando-se um ganho de peso médio diário de 1, 3 kg/ dia. O volumoso utilizado foi a silagem de milho, sendo mantida uma relação volumoso: concentrado de 40:60. A ração em forma de dieta completa foi fornecida ad libitum aos animais às 8h e 15h, e as sobras coletadas na manhã seguinte. A quantidade fornecida foi ajustada para permitir sobras de 5%. Entre os 24 e 30 meses, os animais foram abatidos. A partir de então, a equipe de pesquisadores da UFLA iniciou um amplo trabalho de estudo dos pesos e rendimentos de carcaça, quartos da carcaça, cortes cárneos.

Resultados e correlações O peso vivo médio foi de 469,78 kg, enquanto o rendimento de carcaça (55,57 %) se manteve bem próximo do rendimento observado na literatura recente das raças zebuínas de corte, que é próximo de 54%. Já o rendimen-


foto: Jadir Bison

to de traseiro especial e soma do dianteiro e ponta-deagulha representaram 47,47 % e 52,53 %. Os pesquisadores observaram através dos resultados obtidos uma série de correlações entre as medidas corporais e o rendimento cárneo. A primeira correlação dos animais da raça tabapuã diz respeito à altura de anterior, com o rendimento de filé mignon. Quanto à altura do posterior, houve correlação com o peso ao abate, peso de carcaça quente, peso de carcaça fria, peso do quarto traseiro, peso do quarto dianteiro e peso de dianteiro e ponta de agulha somados. Também foi verificada correlação entre profundidade torácica e pesos: ao abate, de carcaça quente, de carcaça fria, do quarto traseiro, do quarto dianteiro, de ponta de agulha, de dianteiro e ponta de agulha somados, espessura de gordura mensurada por ultrassonografia, rendimento de patinho, rendimento de fraldinha e rendimento de músculo dianteiro. Já a característica perímetro torácico foi correlacionada com peso ao abate, peso de carcaça quente, peso de carcaça fria, peso do quarto traseiro, peso do quarto dianteiro, peso de ponta de agulha, soma de peso de dianteiro e ponta de agulha, rendimento de traseiro especial, rendimento dianteiro e ponta de agulha somados, rendimento de patinho. Quanto ao comprimento do corpo na raça tabapuã foram observadas correlações com peso ao abate, espessura

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Revista ABCZ

de gordura mensurada pelo paquímetro, peso de carcaça fria, peso do quarto traseiro e peso de carcaça quente. A característica comprimento de garupa não apresentou correlação com nenhuma das características mensuradas na carcaça, cortes cárneos e com peso ao abate. Observou-se que a característica largura de ísquios, na raça tabapuã, apresenta correlações com peso do quarto traseiro, rendimento de filé mignon e rendimento de contra-filé. Para perímetro escrotal foi observada correlação com peso ao abate, peso de carcaça quente, peso de carcaça fria, peso do quarto traseiro, peso do quarto dianteiro, peso de dianteiro e ponta de agulha somados, rendimento de coxão mole e rendimento de acém. As correlações observadas com a altura subesternal foram peso de carcaça fria, peso do quarto traseiro, peso de ponta de agulha, espessura de gordura mensurada por ultrassonografia, rendimento de patinho e rendimento de peito nos animais da raça tabapuã.


Por: Walsiara Estanislau Maffei

Tabapuã

Ph.D., Zootecnista e Diretora Executiva da Wairam wmaffei@wairam.com

Temperamento manso e alto desempenho combinam muito bem

T

udo começou com a iniciativa dos criadores de tabapuã do Núcleo Três Fronteiras, criadores de tabapuã da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Estes criadores, atendendo a demanda do mercado por animais mais mansos, decidiram oficializar a avaliação de temperamento em suas provas de ganho de peso, estabelecendo uma parceria de pesquisa a empresa Wairam, empresa que realiza a quantificação de temperamento. Com o sucesso das primeiras pesquisas e com vontade de promover ainda mais as qualidades da raça tabapuã, foi que a Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã (ABCT) decidiu aderir à pesquisa, disponibilizando para seu associado mais uma ferramenta de seleção de grande impacto econômico. Para o responsável técnico das provas de ganho de peso do Núcleo Três Fronteiras, o gerente técnico da ABCZ no Espírito Santo, Lauro Fraga Almeida, a raça tabapuã é mansa, entretanto os animais têm que ser certificados como tal para que possamos comercializá-los com maior credibilidade.

O temperamento O temperamento foi definido por mim, em minha tese de doutorado, como a reação do animal às ações realizadas pelo homem nos diferentes sistemas de produção, que produz resposta comportamental benéfica ou maléfica. O temperamento é uma característica de alta herdabilidade, 0,40, e tem sido identificado como uma característica de grande impacto econômico, sobretudo em sistemas

de produção que utilizam animais de raças zebuínas, que são cientificamente conhecidas como raças mais bravas quando comparadas com raças taurinas. Descrevo em minha tese que animais de temperamento agressivo, ganham menos peso, produzem menos leite, produzem carne de pior qualidade, são mais suscetível às doenças e têm baixo desempenho reprodutivo. Estes animais também aumentam os custos de produção com o aumento dos gastos com mão-de-obra e manutenção de benfeitorias, o tempo de realização das ações de manejo e os acidentes de trabalho. Além de produzir couro de pior qualidade.

A quantificação do temperamento O temperamento dos animais da raça tabapuã está sendo quantificado pelo mais novo método de medição de temperamento, o REATEST®, cientificamente conhecido como teste de reatividade animal em ambiente de contenção móvel. Este teste consiste em quantificar o temperamento do animal por meio da quantificação da reatividade, que é uma característica indicativa do temperamento bovino. O REATEST® quantifica a reatividade utilizando um dispositivo eletrônico acoplado à balança individual ou coletiva ou brete com balança, e este dispositivo é dotado de um mecanismo capaz de captar a frequência, a intensidade e a variação temporal dos movimentos que o animal gera na balança e enviar para um software específico que processa estas informações determinando a reatividade do animal numa escala contínua de pontos de reatividade. O REATEST® baseia-se na associação entre a movimentação do animal quando contido na balança e o seu temperamento. Assim, animais com pontuações elevadas são mais reativos de temperamento agressivo, porque provocam mais movimentos, enquanto animais com pontuações baixas são menos reativos, de temperamento dócil, porque provocam menos movimentos. O REATEST® é realizado no momento da pesagem dos animais e tem duração de 20 segundos, com início assim que o animal entra na balança e o portão é fechado. A renovembro - dezembro • 2009

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atividade permite uma seleção para temperamento mais eficiente porque é uma característica objetiva e não tem como fonte de variação a subjetividade dos avaliadores, como no caso da avaliação por escores de temperamento. A quantificação da reatividade é rápida, precisa e segura, não expondo o avaliador ao perigo, além de não alterar a rotina de pesagem dos animais e nem aumentar o número de práticas de manejo na fazenda. As únicas instruções passadas para os vaqueiros são as de que eles não podem tocar no animal na balança, nem passar na frente dos animais durante a realização do teste. Esta metodologia foi desenvolvida e patenteada na Universidade Federal de Minas Gerais por mim em parceria com o Departamento de Mecânica desta universidade. Ela é genuinamente brasileira e vem sendo utilizada nas principais raças zebuínas deste país (nelore, guzerá, brahman e gir) e em outros países como nos Estados Unidos da América, na Texas A&M University.

A pesquisa Pesquisas científicas têm demonstrado que animais bravos têm menor capacidade adaptativa aos sistemas de produção porque se estressam com maior facilidade. E a melhor forma de combater o estresse é a seleção para animais de maior capacidade adaptativa, é a seleção para animais mansos. Esta seleção é certa, permanente e traz benefícios tangíveis e intangíveis para o criador. O estresse quando em baixo nível é até benéfico, pois permite que o organismo do animal reaja contra os fatores estressantes. Entretanto, quando o nível se eleva os problemas aparecem e eles são causados principalmente pelo aumento de cortisol na corrente sanguínea. Este hormônio tem a capacidade de inibir a atividade do hipotálamo e da hipófise, provocando: a) queda na produção e secreção de prolactina que vai causar a queda da produção de leite; b) queda na produção e secreção da somatotropina (hormônio do crescimento) que vai causar o retardamento do desenvolvimento corporal; c) queda na produção e secreção do hormônio estimulante da tiroide que vai causar o desequilíbrio das atividades vitais do organismo, retardando o crescimento; e d) queda na produção e secreção dos hormônios luteinizante e folículo estimulante (hormônios sexuais), que vai causar a queda no desempenho reprodutivo. O aumento de cortisol na corrente sanguínea também inibe a produção de anticorpos, neste caso ele atua como efeito modulador das defesas do organismo, inibindo as respostas imunes não específicas ou naturais (por meio de neutrófilos e reações inflamatórias) e específicas (humoral, 58

Revista ABCZ

mediada por anticorpos e imunidade mediada por células) que vão causar a queda na imunidade do animal, diminuindo sua capacidade adaptativa, deixando o animal mais susceptível às doenças. É relevante mencionar que em matrizes gestantes o aumento do cortisol também pode ter origem fetal e, neste caso, ele reduz a síntese placentária de progesterona e aumenta a de estradiol, o que promove a síntese e liberação de prostaglandina, sensibilizando o útero à ocitocina, podendo provocar a luteólise e levar ao aborto. Trabalhos realizados por mim em parceria com a T&M University mostraram que quanto mais reativo (mais bravo) for o animal, maior será sua concentração plasmática de cortisol. Os resultados indicaram que para cada aumento de 280 pontos de reatividade ocorreu um aumento de 0,07 ng/ml de cortisol na corrente sanguínea. Na prática, alguns destes efeitos já foram observados. Trabalhando com animais da raça nelore estimei os coeficientes de correlação genética entre reatividade, peso, ganho de peso, perímetro escrotal e desenvolvimento do perímetro escrotal em diferentes idades e encontrei valores negativos que variaram de moderado a alto (Tab.1). Estes valores apresentaram sinergismo genético e comprovam que a seleção para animais menos reativos (animais mansos) promoverá aumento médio indireto no peso, no ganho de peso, perímetro escrotal e no desenvolvimento do perímetro das progênies, filhas dos animais selecionados. Estes resultados podem implicar na aceleração do desenvolvimento produtivo e reprodutivo dos animais, contribuindo para o aumento da precocidade de acabamento e da precocidade sexual. Devido ao alto valor da correlação genética entre reatividade e desenvolvimento do perímetro escrotal é possível que animais mais reativos tenham a produção de espermatozóides inadequada o que


pode causar a queda na qualidade do ejaculado deste animal. É evidente que a seleção para animais de baixa reatividade pode ser uma boa estratégia para aumentar o retorno econômico da sua atividade pecuária.

Conteúdo programático A ABCT quer avaliar para o próximo ano mais de 1.000 animais e reunir o máximo de criadores neste projeto, pois ela tem conhecimento da importância da seleção para temperamento e dos benefícios que esta seleção pode trazer para uma raça que quer se consolidar no mercado mundial. Para mais informações consultar a ABCT.

Tabela 1 Valores dos coeficientes de correlação genética entre reatividade, peso, ganho de peso diário, perímetro escrotal e desenvolvimento do perímetro escrotal estimados por análises bicaracterística Variáveis Peso desmama Ganho de peso nascimento-desmama Peso desmama Peso ano Peso sobreano Ganho de peso desmama-ano Perímetro escrotal ano Perímetro escrotal sobreano Desenvolvimento do perímetro escrotal ano-sobreano Peso Sobreano Perímetro escrotal sobreano Desenvolvimento do perímetro escrotal ano-sobreano

Correlações Genéticas Reatividade à Desmama -0,28±0,24 -0,28±0,25 Reatividade ao Ano -0,23±0,04 -0,33±0,19 -0,38±0,08 -0,49±0,04 -0,12±0,06 -0,12±0,04 -0,25±0,07 Reatividade ao Sobreano -0,36±0,06 -0,58±0,04 -0,41±0,07
















Por: Beatriz C. Lopes Coordenadora do Polo de Excelência em Genética Bovina

foto: Maurício Farias

Genética

Desafios e perspectivas para a genética bovina leiteira

N

os dias 27 e 28 de outubro foi realizado no salão nobre da ABCZ o workshop “Programa Nacional de Melhoramento de Bovinos de Leite: perspectivas e desafios”, promovido pela ABCZ, EMBRAPA Gado de Leite, EPAMIG, e organizado pelo Polo de Excelência em Genética Bovina da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais, com o apoio do SEBRAE. O evento reuniu as instituições públicas e privadas de ensino e pesquisa responsáveis pelos programas de melhoramento genético nacional de bovinos de leite, as associações de criadores, as centrais de inseminação artificial e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foram destaques na abertura do evento a presença do presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, do reitor da Universidade de Uberaba, Marcelo Palmério, diretor Financeiro da Fundagri, Fábio Melo Borges, chefe do Centro de Pesquisa da Unidade Regional Triângulo e Alto Paranaíba da EPAMIG, Marcelo de Abreu Lanza, e os presidentes das associações de criadores Antonio Vilela Candal (ABCBRH), Sílvio Queiroz Pinheiro (ABCGIL), José Donato Dias Filho (ABCG), Rogéria Maria Alves Rubia, representando Paulo Roberto de Miranda Leite (ABCSINDI), José Sab Neto (ASSOGIR) e Rosimar Silva (GIRGOIÁS). O workshop teve o objetivo de promover uma maior interação entre os representantes dos diversos segmentos representantes da cadeia da genética bovina para o leite, com o intuito de discutir o cenário atual, prospectar cenários futuros para adequações, continuidade e sustentabilidade dos programas de melhoramento de bovinos leiteiros em Minas Gerais e no Brasil. Os trabalhos realizados foram iniciados com as apresentações dos programas de melhoramento genético de bovinos de raças leiteiras, que abordaram as metodologias, os principais avanços e as restrições dos programas. O Programa Nacional de Melhoramento Genético do Gir Leiteiro (PNMGL) foi apresentado pelos pesquisadores Rui da Silva

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Revista ABCZ

Verneque (EMBRAPA Gado de Leite), Aníbal Eugênio Vercesi Filho (APTA). Em seguida, a pesquisadora da APTA, Lenira El Faro, efetuou a apresentação do Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ), e o diretor técnico da ASSOGIR, Ivan Luz Ledic, apresentou o Programa de Melhoramento Genético para Leite da raça Gir do Estado de Goiás. Na sequência, houve a apresentação do Programa Nacional de Melhoramento Genético do Guzerá Leiteiro pelas pesquisadoras Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto, da EMBRAPA Gado de Leite, e Vânia Maldini Penna, professora aposentada da UFMG e pesquisadora do CBMG. O pesquisador da EMBRAPA Gado de Leite, Marcos Vinícius Barbosa da Silva, efetuou a apresentação do Programa Nacional de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) e do Programa Nacional de Melhoramento Genético da raça Holandesa. No desenrolar dos trabalhos ocorreram as apresentações das centrais de inseminação artificial e das metodologias utilizadas para o controle leiteiro pelas instituições encarregadas. Os representantes das centrais apresentaram os benefícios e dificuldades da utilização dos programas existentes, abordaram a repercussão e importância comercial nacional e internacional dos sumários. Eles também fizeram sugestões sobre maneiras mais efetivas de participação ativa como colaboradores dos programas com envolvimento de toda a cadeia de melhoramento bovino na sustentabilidade das ações, com destaque para a importância


do repasse de percentagem do sêmen comercializado pelas centrais para os programas e o envolvimento dos recursos das associações de criadores. A explanação proferida sobre o controle leiteiro foi efetuada pelo superintendente técnico adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado, que falou sobre o controle leiteiro das raças zebuínas. O zootecnista André Rabelo Fernandes, técnico da ABCGIL, apresentou a gestão operacional do PNMGL e, em seguida, o zootecnista Leandro Carvalho Paiva, técnico da Girolando, apresentou as metodologias do controle leiteiro da raça girolando. Para a discussão do cenário, foram formados três grupos mistos de trabalho, coordenados pelos pesquisadores Maria Raquel S. Carvalho, Lenira El Faro e Aníbal Vercesi Filho, para apresentação de propostas para os seguintes assuntos: bases de dados, escrituração zootécnica, análise econômica e avaliação genética (controle leiteiro, etc); integração e unificação dos programas, alternativas financeiras para a sustentabilidade dos programas e ampliação da participação de todos os segmentos da cadeia. A criação de um sumário unificado para as raças leiteiras neste workshop foi bastante discutida, sendo considerado que houve avanços na criação de grupos e comissões para elaborar propostas neste objetivo, visto que a complexidade do assunto necessita da continuidade dos debates em reuniões futuras. O evento foi de fundamental importância para indicar a necessidade de alguns ajustes na coleta e análise de dados, e ressaltou a necessidade da união do grupo para buscar recursos sólidos que garantam a continuidade dos trabalhos, com ênfase na modernização das metodologias de coleta, armazenamento e análise de dados, além da contratação de mão-de-obra

especializada em todos os níveis e treinamento específico. A importância de formação de pessoal qualificado para atuar na cadeia ligada ao melhoramento de bovinos e a utilização de ferramentas modernas de T.I. e de bioinformática foram demandas levantadas pelo grupo, que poderão ser trabalhadas via apoio das instituições participantes e de articulação efetuada pelo Polo de Excelência em Genética Bovina, junto aos segmentos desta cadeia. O pesquisador Rui Verneque, coordenador do evento, após a apresentação dos grupos de trabalho, fez um apanhado geral do workshop, indicando principais assuntos discutidos e sumarizados pelos participantes a serem trabalhados com prioridade: com destaque para a necessidade de melhor alimentação da programação dos bancos de dados da EMBRAPA e para adequações no controle leiteiro conforme discussões e sugestões apresentadas. Foi ressaltada a necessidade de intervenção para a consolidação da participação governamental efetiva, através de destinação orçamentária anual para garantir recursos para a execução dos programas e do controle leiteiro nacional. Foi destacada ainda a necessidade da união do grupo para possibilitar trabalhos mais efetivos e representatividade para a busca coletiva de recursos junto ao MAPA e outras fontes oficiais de recursos. Há necessidade da coesão do grupo. O Polo poderia articular entre seus parceiros a prospecção de projetos para a captação de recursos e de qualificação de pessoas para este fim, ficando instituído que o Polo de Excelência em Genética Bovina será o catalisador e promotor das próximas reuniões do grupo e do direcionamento das ações, contando mais uma vez com a participação da ABCZ, EMBRAPA Gado de Leite, EPAMIG e o apoio das instituições presentes.


foto: Maurício Farias

ABCZ

Alterações técnicas Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas decide mudanças importantes relacionadas ao registro das raças

O

utubro foi marcado pela realização de uma das mais importantes reuniões na sede da ABCZ, a reunião do Conselho Deliberativo Técnico das Raças Zebuínas. Decisões de peso e que alteram as regras de registro dos animais foram tomadas depois de diversas discussões entre os membros das comissões das raças. A reunião acontece pelo menos uma vez a cada nova gestão de diretoria da ABCZ e contribui para com o debate sobre assuntos discutidos entre criadores e as associações promocionais das raças zebuínas. As propostas aprovadas já foram homologadas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para o superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, as reuniões do CDT têm uma importância fundamental para a seleção das raças zebuínas, a partir do momento em que compete ao conselho deliberar sobre os novos rumos que as raças zebuínas irão trilhar, além de buscarem o alinhamento da seleção zebuína às mais modernas 76

Revista ABCZ

tecnologias, aos avanços da ciência e aos anseios do mercado. Josahkian destaca, entre as decisões do CDT (embora considere todas de igual importância) a eliminação do controle de estoque de sêmen. Destaca que esta medida precisa ser entendida em toda sua extensão pelos criadores e que, ao contrário de sugerir um relaxamento das regras, foi, na verdade, substituída pela exigência de exame de DNA em pelo menos 5% dos animais nascidos da biotécnica de IA. Ressalta ainda que a ABCZ continuará seguindo as determinações legais vigentes e que somente touros com sêmen industrializado em centrais credenciadas e devidamente liberadas pelo Mapa para comercialização é que poderão ser utilizados.


Por: Renata Thomazini

Raça Brahman

• Passa a ser considerado permissível a presença de apêndices suplementares (dupla orelha); • Alterações no padrão racial, onde se acrescenta como permissível cor chitada de vermelho e vermelha chitada (com grande maioria de pelos vermelhos); • Passa a ser permissível orelhas pesadas e compridas. Nos animais de pelagem vermelha e suas nuances elas poderão ser um pouco maiores e com estrangulamento na porção final após a reentrância. Presença de apêndices suplementares (dupla orelha); • A bainha poderá ser reduzida, bem direcionada e com abertura dirigida para a frente, proporcional ao desenvolvimento do animal.

Raça Gir e Gir Mocha

• Foi incluído no padrão da raça como sendo desclassificante a pelagem cinza;

• O padrão racial será definido conforme funcionalidade; • A redação para Constituição, Ossatura, Musculatura, na coluna “Ideais” passa a ter a seguinte redação: Constituição robusta. Ossatura forte. Musculatura compacta e bem distribuída por todo o corpo. Para os animais de aptidão leiteira: Constituição leve. Ossatura forte. Musculatura limpa, firme e bem distribuída pelo corpo, sem excessos. Pescoço, na coluna “Ideais” passa a ter a seguinte redação: “Médio. Linha superior ligeiramente oblíqua. Bem musculoso e com implantação harmoniosa ao tronco. Delicado nas fêmeas. Para os animais de aptidão leiteira: pescoço descarnado e harmonioso.” E na coluna “Que desclassificam”, passa a ter a seguinte redação: “Excessivamente curto e grosso. Excessivamente longo e fino. Débil.” • Peito, na coluna “Ideais” passa a ter a seguinte redação: “Largo e com boa cobertura muscular. Para os animais de aptidão leiteira: largo e limpo. Tórax, Costelas, Flancos e Ventre, na coluna “Ideais” passa a ter a seguinte redação: “Tórax amplo, largo e profundo. Costelas compridas, proporcionais ao comprimento dos membros e largas, bem arqueadas, com espaços intercostais bem revestidos de músculos e sem depressão atrás das espáduas. Para os animais de aptidão leiteira: costelas limpas e com musculatura menos pronunciada. Flancos com ligeira concavidade e ausência de gordura.” • Membros Posteriores, na coluna “Ideais” passa a ter a seguinte redação: “De comprimento médio. Com ossatura forte. Coxas e pernas largas, com boa cobertura muscular, descendo até os jarretes,com culotes bem pronunciados. Pernas bem aprumadas e afastadas. Para os animais de aptidão leiteira: Coxas e pernas com cobertura muscular adequada para acondicionamento de bom úbere nas fêmeas, sem acúmulo de gordura. Nos machos culotes menos evidenciados.” • Úberes e Tetas, na coluna “Ideais” passa a ter a seguinte redação: “Úbere de volume médio, coberto por pele fina e sedosa. Tetas simétricas, de pequenas a médias e bem distribuídas. Para os animais de aptidão leiteira: o úbere deve ser amplo, comprido, largo e profundo, apresentando grande capacidade de armazenagem de leite, volume compatível com a idade e estágio da lactação, fazendo pregas quando vazio. A consistência deve ser macia e elástica (glanduloso). Seu piso deve ser nivelado e novembro - dezembro • 2009

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não ultrapassar a linha do jarrete. Deve apresentar ainda proporcionalidade entre a parte anterior e posterior. Os quartos anteriores devem se apresentar avançados para frente e aderidos ao ventre e os quartos posteriores bem projetados para trás e para cima. As tetas devem se apresentar íntegras e simétricas, de tamanho e calibre médios, espaçadas entre si, centradas no quarto, verticais e paralelas, perpendiculares ao solo. O Úbere quando visto por trás, evidencia-se o sulco do ligamento suspensor central. Os ligamentos devem ser fortes e bem evidentes, apresentando-se bem aderidos á região inguinal e abdominal.” Na coluna “Permíssiveis” ficou a seguinte redação: “Tetas suplementares. Piso ultrapassando ligeiramente os jarretes.” E na coluna “Que desclassificam” a seguinte redação: “Úbere penduloso. Úbere fibroso. Ligamentos distendidos ou rompidos. Tetas grossas e longas.”

cas positivas chanceladas pela ABCZ ou produção superior à média específica da raça e não uma referência genérica para todas elas. A proposta foi discutida e estendida para todas as raças, para tanto, ficando a cargo da ABCZ, elaborar e manter atualizada uma tabela contendo as médias e desviopadrão específicos para cada uma das raças, por categoria de idade e regime alimentar.

Raça Indubrasil

• O CDT ratificou a importância de se aumentar a credibilidade para as provas zootécnicas (CDP e CL), assim como seguir rigorosamente o padrão da raça; • Somente as pesagens de leite feitas por técnicos habilitados pela ABCZ serão consideradas oficiais para efeito de acesso á pistas de julgamento e avaliações genéticas organizadas pela ABCZ;

• Aprovado estudo sobre o método de um só julgamento para a raça Gir nos próximos 5 (cinco) anos.

• Permitir registro de fêmeas na categoria LA oriundas da categoria CCG – Controle de Genealogia. Os dados dos ascendentes utilizados nos cruzamentos entre duas ou mais raças zebuínas constarão dos certificados mas não contarão como geração para passagem para PO.

Raça Guzerá

Raça Nelore

• Serão utilizadas como referência na classificação de aptidão leiteira das matrizes as avaliações genéti-

• Alterações no padrão racial com a seguinte redação: “Que desclassificam”

• Foi alterada a metodologia do Controle Leiteiro, passando os controles mensais a serem feitos sem prévio aviso aos criadores, sendo a esgota obrigatoriamente realizada e pesada por técnico credenciado, sendo eliminada a maior produção registrada naquele controle;

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Revista ABCZ


Raça Sindi fica com a seguinte redação “Constituição fraca ou grosseira. Conformação leonina (paleta bem mais desenvolvida que o posterior). Má distribuição muscular ou excesso de gordura na carcaça.” • No caso de chifres, na coluna “Ideais” será incluída a expressão “ou médios” após “curtos”; e na coluna “Permíssiveis” e retirada “rajados de branco”; • No caso Membros Posteriores, a coluna “Ideais” passa a ter a seguinte redação: “De comprimento médio. Com ossatura forte. Coxas e pernas largas, com boa cobertura muscular, descendo até os jarretes que devem ter uma leve curvatura; com culotes bem pronunciados. Pernas bem aprumadas e afastadas”;

• Alteração no padrão racial da raça quanto à cor, que fica com a seguinte redação: Ideais: “Vermelha e suas tonalidades. Poderão ter manchas brancas em extensão reduzida no ventre e nuances claras em outras partes do corpo. Tonalidade mais clara ao redor do focinho, das quartelas e nas áreas sombreadas. Os machos são mais escuros, principalmente nas espáduas, no cupim e coxas, chegando quase ao preto.” Permissíveis: nada consta. Que desclassificam: “Branca. Malhada. Gargantilha. Amarela clara. Acinzentada ou barrosa.”


Para todas as raças • Será modificado o Certificado de Registro Genealógico acrescentando-se, em destaque, a informação de que o rebanho é participante do PMGZ, para corte ou leite ou para os dois. • Será obrigatório para as raças brahman, cangaian, indubrasil, nelore e sindi, a partir de 2014, o uso de receptoras com genética zebuína nos processos de TE e FIV, podendo ser usadas as seguintes categorias: - Fêmeas PO c/ RGN de qualquer raça zebuína - Fêmeas LA com RGD de fundação ou com RGN LA de qualquer raça zebuína. - Fêmeas CCG, que tenham 100% de genética zebuína. Esta mudança não é válida para as raças gir, guzerá e tabapuã. • Serão aproveitadas as genealogias dos animais oriundos da categoria CCG (controle de cruzamentos) quando os animais forem registrados na categoria LA, sem alterar, no entanto, o número de acasalamentos exigido para passar a categoria PO; • Em animais LA de fundação (cara-limpas), sendo de interesse do proprietário, quando somente um dos ascendentes for conhecido através de qualificação por DNA, poderá constar do certificado de registro, sem contudo contar como geração oficial; • Foi retirada a obrigatoriedade de se fazer a marcação a fogo do “LA” na paleta direita conforme Parágrafo Único do Art. 58 do regulamento do SRGRZ para os produtos que já foram marcados a fogo o “LA” na paleta esquerda na ocasião do recebimento do RGN – Registro Genealógico de Nascimento; • Reajuste no valor das lactações de todas as raças zebuínas, de acordo com os dados disponíveis em cada uma delas; • Que possam ser submetidas ao Mapa solicitações de autorização de concessão de registro a animais oriundos da técnica de Transferência Nuclear (clonagem) que foram produzidos em data anterior à aprovação deste procedimento;

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Revista ABCZ

• Foi incluída no relatório individual de lactação (RIL) a legenda dos tipos de regimes alimentares; • Será divulgado via website todas as informações de todos os animais participantes do controle leiteiro oficial da ABCZ, com prévia autorização do criador; • Será estabelecida regra no Controle Leiteiro Oficial da ABCZ de que, sempre que for observado que produção de leite de uma ou mais matrizes de um rebanho ultrapassaram em sua produção média diária a 2,0 desvios-padrão da média do próprio rebanho, que seja realizada auditoria dentro de um prazo máximo de 15 dias; • Foi retirada a obrigatoriedade da ABCZ em manter com exclusividade o uso de afixos nos nomes dos produtos conforme o art. 49 do regulamento do SRGRZ. A justificativa foi a de que a ABCZ não tem competência legal para proteger direitos sobre o uso de nomes e marcas. Isso tem gerado graves problemas quando criadores apresentam pedidos de cassação de afixos, respaldados por registros no órgão oficial. A proposta foi complementada no plenário, ficando determinado que a ABCZ continue mantendo essa prestação de serviços, mas observando que é a título precário, ficando o Art. 49 do Regulamento do SRGRZ com a seguinte redação: Art. 49 - O criador que desejar usar afixo - prefixo e/ou sufixo - para os animais de sua criação, deverá submetê-lo à apreciação da ABCZ, tendo o direito de utilizálo somente depois de aprovado.


§ 1º - A ABCZ manterá, a título precário, um arquivo de afixos ou designativos já usados, ou que vierem a ser solicitados, estabelecendo prioridade de acordo com a ordem cronológica de entrada dos pedidos. § 2º - O afixo ou designativo usado por um criador, não poderá ser utilizado por outro, conforme prioridade estabelecida no parágrafo anterior. • Tornar obrigatória a marcação do número do registro da receptora na orelha direita dos produtos oriundos da tecnologia de TE e FIV, face ao grande número de produtos nascidos destas tecnologias facilitando a identificação dos mesmos quando da vistoria dos técnicos para registro genealógico de nascimento e definitivo. • Será obrigatória a marcação a fogo na perna ou tatuagem na orelha, a identificação da receptora, evitando a possibilidade de troca de receptoras e ou perda de brincos, • Foi retirada a possibilidade de uso de qualificação por TS (tipagem sanguínea) deixando somente por DNA nos produtos de comunicação por RM (reprodutores múltiplos) para recuperação de paterni-

dade conhecida; • Será permitido que produtos oriundos de acasalamentos de pais portadores de chifres (admitido como um caráter recessivo) e que apresentem o fenótipo mocho (admitido como um caráter dominante) possam receber registro genealógico. Para tanto, seria exigido para os produtos em questão qualificação de parentesco com pai e mãe, com amostra biológica colhida por técnico credenciado pelo SRGRZ; • Solicitação do MAPA referente à Projeto de Lei que revisa a Lei nº 6446 de 05 de outubro de 1977, de manifesto favorável a manutenção de exigência de parâmetros zoogenéticos para que reprodutores possam ingressar em centrais e multiplicação de material genético; • Nos casos do uso de doses de sêmen fracionado, a exigência de exame de DNA passa a ser somente com o pai do produto, excluindo-se a exigência anterior de comprovação de maternidade; • O atual controle de estoque de sêmen nos processos dos criadores, foi extinto, sendo substituído por realização de testes de DNA em amostras aleatórias, por criador, em no mínimo 5% (cinco por cento) dos animais nascidos pelo uso desta biotecnologia. É importante ressaltar que permanecem em vigor a exigência de que o reprodutor utilizado tenha liberação para uso comercial pelo MAPA; • Aprovada e validação das medidas deliberadas pela Superintendência do SRGRZ, a partir das inspeções realizadas pela PwC nos rebanhos de seleção;


Comunicado

Regulamento para homologação de leilões e shopping de animais pelo PMGZ

O

objetivo do presente documento é a regulamentação da prestação de serviços por parte da ABCZ, através do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos – PMGZ, aos seus Associados ou a quem tiver interesse na homologação de leilões e shopping de animais.

I - Para que seja firmado este serviço, a promotora ou responsável pelo evento comercial, deverá assinar o termo de ciência deste regulamento e protocolá-lo na ABCZ/ SEDE (modelo anexo). II - Todos os animais a serem comercializados no dia do evento JÁ DEVEM estar registrados na ABCZ (RGN ou RGD a partir de 18 meses) e devem também:

Raças com aptidão para corte Machos 1 Todos os machos acima de 24 meses de idade devem apresentar exame andrológico positivo; 2 Devem se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo: • Elite e/ou superior de acordo com o IPC-GC nas idades-padrão do CDP; • Elite ou superior em qualquer uma das modalidades da PGP; • Ter IQG no mínimo TOP 50 na população (% POP); • Ter recebido CEP.

Fêmeas 1 Todos as fêmeas acima de 30 meses devem estar prenhas e acima de 40 meses apresentar atestado de parto anterior; 2 Devem também ter IEP – intervalo entre partos de 82

Revista ABCZ

no mínimo 16 meses ou comprovar estar ou ter estado em coleta de embrião nos último 120 dias; 3 Devem ainda se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo: • Elite e/ou superior de acordo com o IPC-GC nas idades-padrão do CDP; • Ter IQG no mínimo TOP 50 na população (% POP); • Ter IPT no mínimo de 100,0 • Ter recebido CEP.

Raças de aptidão leiteira Machos 1 Todos os machos acima de 24 meses de idade devem apresentar exame andrológico positivo; 2 Devem ainda se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo, em ordem de importância e prevalência: • Ter avaliação genética para produção de leite própria positiva; • Ter a média das avaliações genéticas dos pais positiva; • Ter mãe com produção leiteira no PMGZ superior a 3.000 kg aos 305 dias


de lactação, com ou sem ajuste a idade adulta.

Fêmeas • Todas as fêmeas acima de 36 meses devem estar prenhas e acima de 46 meses apresentar atestado de parto anterior; • Devem também apresentar IEP – intervalo entre partos de no mínimo 16 meses ou comprovar estar ou ter estado em coleta de embrião nos últimos 120 dias; • Devem ainda se enquadrar em pelo menos uma das classificações abaixo, em ordem de importância e prevalência: • Ter avaliação genética para produção de leite própria positiva; • Ter a média das avaliações genéticas dos pais positiva; • Ter mãe com produção leiteira no PMGZ superior a 2.500 kg aos 305 dias de lactação, com ou sem ajuste à idade adulta. III – A ABCZ cobrará, pela homologação do evento, o valor correspondente a 2 (dois) salários mínimos por evento, de-

01 a 19

IV - Todo e qualquer técnico da ABCZ poderá participar como comentarista técnico nos eventos homologados pelo PMGZ. Os comentários deverão seguir normas estipuladas pela SMG como: • Poderá ser citada e destacada a genealogia do animal, desde que seus ancestrais tenham informações de desempenho ou avaliação genética certificadas no PMGZ. • Características como aprumos, padrão racial, características reprodutivas e de conformação poderão ser comentadas, desde que com argumentação técnica e responsabilidade. V - A promotora do evento deverá pagar ao técnico da ABCZ o valor de 02 salários mínimos pelo dia de trabalho, que consistirá exclusivamente de comentários, se solicitados, durante a ocorrência do evento.

+ na Net O Termo de Solicitação para Homologação de Eventos pelo PMGZ está disponível no site da ABCZ (http://www. abcz.org.br/conteudos/tecnica/regulamento_leilao_homologado.pdf)

Feriados e Recessos de 2010 Junho

Janeiro Fevereiro

vendo ser pago antes da realização do mesmo. COM O INTUITO DE INCENTIVAR A UTILIZAÇÃO DESTE SERVIÇO, DURANTE O ANO DE 2009, A ABCZ ABRE MÃO DESTA TAXA.

Férias Coletivas

03 (quinta)

Agosto

Corpus Christi

15 (segunda) Recesso Carnaval (Dia do Comerciário) 16 (terça) Carnaval 17 (quarta) Cinzas (recesso até 12h00)

15 (domingo) Nª. Sra. da Abadia (só em Uberaba) 07 (terça)

Independência do Brasil

02 (terça)

Aniversário de Uberaba (só em Uberaba)

12 (terça)

Nª. Sra. Aparecida

01 (quinta) 02 (sexta) 21 (quarta)

Quinta-feira Santa (Recesso) Paixão de Cristo Tiradentes

02 (terça) Finados 15 (segunda) Proclamação da República 20 (sábado) Dia da Consciência Negra (*)

01 (sábado)

Dia do Trabalho

17 (sexta)

Março Abril

Maio

Setembro Outubro

Novembro

Dezembro

Encerramento das atividades (férias coletivas)

(*) Somente em algumas cidades. ATENÇÃO! As comunicações de Cobertura e de Nascimento (CDC e CDN) do mês de novembro de 2009 poderão ser entregues juntamente com as do mês de dezembro até o final de janeiro de 2010, sem multas.

novembro - dezembro • 2009

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Informe Técnico

Novos integrantes

do PMGZ Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos da ABCZ CRIADOR Alfredo Ricardo Nogueira Liborio Antonio Carlos Alves Antonio Gomes Lemos Edimar Braz de Queiroz Eliane Carvalho Freitas Sigilião Fazenda Calf Ltda. Francisco José Araujo Lutterbad Francisco Rafael Eleuterio Genetica Aditiva Agropec.Ltda. Geraldo Antonio de O Marques Guy Francisco B Cavalcante Helio Oscar Machado Isomerio Ferreira dos Reis Jayme Toledo de Resende Jaymilton Gusmao Cunha Filho João Domingos Gomes dos Santos Joao Eduardo Alvim Freitas Jorge Nunes Ribeiro Filho Jose Alves Neto José Antonio da Silveira Jose Donizete Caetano Jose e Ana Rita T de Melo Cond. Jose Lucio Rezende Lucio Mendes Vale Luiz Eutalio Rodrigues Almeida Marcio Palma Leal Marcus Vinicius Candido dos Reis Mauro Caixeta Junior Minoro Helio Mauricio Yamamoto Misael Artur Ferreira Varella Nelson Claret Soares Osorio Adriano Filho Paulo Roberto Miranda Leite Pedro Avedis Seferian Rafael Oliveira Osorio Ricardo Cordeiro de Toledo Salvador Nunes da Silva Tiago Rollemberg Santin Valentim Piccolotto Neto Valeria Ribas Camargo Welington Gontijo de Vasconcelos Zootecnica Tropical Ltda. 84

Revista ABCZ

FAZENDA Engenho Novo Sta Inez Alcantara Indaia Chacara das Flores Calf Ltda. São Luiz Estreito Canaa Bom Retiro Santa Luzia Barriguda JJC Santa Augusta Santa Helena São Domingos Imperio do Bom Jesus da Lapa

Chacara Sta. Helena Três Americas Esplanada Olhos D’Água Nossa Senhora Aparecida Sto Antonio do Bugre Da Lugo Sta Luzia São José Nossa Senhora Aparecida Sitio São Francisco Cachoeira Eldorado Pé da Serra Mundango Brito Dampris Bonanza Barreiro Branco Indiana Chacara Teimosa Sitio Veneza Est. Guatambu JK Sítio Beija Flor

MUNICÍPIO/UF Pedrão - BA Aparecida do Taboado - MS Governador Valadares - MG Luziania - GO Barão de Monte Alto - MG Rio de Janeiro - RJ Carmo - RJ Bom Despacho - MG Terenos - MS São Sebastiao do Rio - MG Piracanjuba - GO Burutis - MG Passos - MG Guape - MG Vitoria da Conquista - BA Luziania - GO Feira de Santana - BA Jacareí - SP Uberaba - MG Uberlandia - MG Fazenda Nova - GO Gurinhem - PB Araputanga - MT Juíz de Fora - MG Cachoeiras de Macacu - RJ Trajano de Moraes - RJ Uberaba - MG Patos de Minas - MG Uberaba - MG Muriae - MG Governador Valadares - MG Alexânia - GO Queimadas - PB Avaré - SP Cachoeira - BA Abaete - MG Patrocínio - MG Gama - DF Campinas - SP Atibaia - SP Unaí - MG Uberaba - MG

RAÇA PROVA ZOOTÉCNICA Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-Po CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-La CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Gir-PO CL - Controle Leiteiro Guz-PO CL - Controle Leiteiro


CRIADOR Agropec. São Miguel C. SMC Ltda. Altair de Padua Mello André Moura Andrade Antônio Adimilson C. Almeida Antônio Salim Neto Carolina Nascimento Pedreira Célio João Vieira Cid Vieira Machado Daniel José Alberti Domingo Marcolino Braile Eduardo Pinheiro Campos Elmo Oliveira Campos Francisco da Cunha Bastos Neto Henio Luiz Faitta Jaburu Agropec. Const. Ltda Jonny Heycler da Cunha Souza José Eduardo Senise José Fernandes Vieira Josemar França Loreni Luiz Comparim Lucas Pezzine Leiva Luis Fernando F. Rocha/Outro-Cond. Luiz Carlos de Oliveira Maurilio Comparin Mauro de Souza Osvaldo Benelli Junior Paulo Cesar Montebello Gaya Pedro Rodrigues Vieira Raul Ivo Ferreira Filho Rigivelto Riva Roberto Rodrigues Junqueira

FAZENDA S. Miguel da Catequese Cacheado Chaparral Estância Sinal Verde Cacheira Passargada Vitória Sertão Estância Tibagi Santa Maria São João Grande Granja Berimbau Corrego da Anta Nelore Barra Grande Araguaia Pantano Santo Antônio Fernandópolis Santa Cruz Agropec. J Lem Figueira Conquista Nossa Sra. Aparecida Dois de Ouro Ribeirão do Vaz São José do Rio Claro Sitio Dara Santa Izabel Fazenda e Haras Luar Marauense Esperança

MUNICÍPIO/UF RAÇA PROVA ZOOTÉCNICA Nova Andradina - MS Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Aquidauna - MS Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Estrela D’oeste - SP Brahman CDP - Controle Des. Ponderal Duerê - TO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Caratinga - MG Brahman CDP - Controle Des. Ponderal Camacan - BA Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Campinorte - GO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Muqui - ES Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Cotriguaçu - MT Nelore Mocha CDP - Controle Des. Ponderal Monções - SP Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Presidente Olegário - MG Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Conceição do Jacuipe - BA Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Nova Crixás - GO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Nova Canaã - MT Nelore CDP - Controle Des. Ponderal São Miguel do Araguaia - GO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Camapuã - MS Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Gurupi - TO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Espigão do Oeste - RO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal João Câmara - RN Guzerá CDP - Controle Des. Ponderal Luis Eduardo Magalhães - BA Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Bela Vista - MS Brahman CDP - Controle Des. Ponderal Nova Monte Verde - MT Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Porto Velho - RO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Barreiras - BA Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Divinópolis - MG Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Jussara - GO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Cláudia - MT Nelore CDP - Controle Des. Ponderal São Felix do Xingu - PA Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Abadia de Goiás - GO Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Sorriso - MT Nelore CDP - Controle Des. Ponderal Colider - MT Nelore CDP - Controle Des. Ponderal

Prova de ganho em peso Por sua fácil execução e eficiência técnica, seja ela realizada a pasto ou confinada, a PGP - Prova de Ganho em Peso, é uma das provas zootécnicas que mais cresce dentro do PMGZ. Conheça as PGP’s que encerraram e as que iniciaram em 2008/2009:

Provas de Ganho em Peso - Confinamento 719ª 720ª 721ª 722ª 723ª 730ª

PGP 2ª Agropecuária Palma 3ª Faz. Genipapo 48ª Água Milagrosa 2ª Faz. Vera Cruz 3ª Faz. Vera Cruz 26ª Terra Roxa

Nº de criadores Local Luziânia - GO 1 Várzea da Palma - MG 1 Tabapuã - SP 1 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Prado Ferreira - PR 1

Nº de animais

15 87 32 10 12 38

Provas encerradas Raça NEL PO NEL PO TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO

Entrada 24/03/09 24/03/09 01/05/09 15/05/09 15/05/09 04/05/09

Final 08/09/09 08/09/09 16/10/09 30/10/09 30/10/09 19/10/09

novembro - dezembro • 2009

85


Provas de Ganho em Peso - Confinamento 724ª 725ª 726ª 727ª 728ª 729ª 731ª 732ª 733ª 734ª 735ª 736ª 737ª 738ª 739ª 740ª 741ª 742ª 743ª 744ª 745ª 746ª 747ª 748ª 749ª 750ª 751ª 752ª 753ª 754ª 755ª 756ª 757ª 758ª 759ª 760ª 762ª

PGP 1ª Faz. Olaria 1ª Faz. Ribeirão Grande 33ª Morada da Prata 1ª Faz Dourados 4ª Faz. Genipapo 9ª Faz. Paturi 44ª Córrego Santa Cecilia 45ª Córrego Santa Cecilia 46ª Córrego Santa Cecilia 47ª Córrego Santa Cecilia 2ª Faz. Porto Seguro 10ª Coletiva AGCZ 11ª Coletiva AGCZ 12ª Coletiva AGCZ 2ª Santa Maria - Angico 1ª AMCZ 2ª AMCZ 4ª Faz. Vera Cruz 4ª Faz. São Luiz 5ª Faz. São Luiz 6ª Faz. São Luiz 7ª Faz. São Luiz 8ª Faz. São Luiz 1ª Faz São Judas Tadeu 10ª Faz. Paturi 3ª Faz. Espinhaço 32ª Arrossensal 33ª Arrossensal 4ª Faz. Braunas 5ª Faz. Genipapo 1ª Faz. Boticão 5ª Kangayan 6ª Kangayan 11ª Faz. Poty 5ª Faz. Braunas 6ª Faz. Genipapo 1ª Faz. Santa Elina

Nº de criadores Local Orlândia - SP 1 Itaja - GO 1 Batatais - SP 1 Abadia de Goias - GO 1 Várzea da Palma - MG 1 Uchôa - SP 1 Uchôa - SP 1 Uchôa - SP 1 Uchôa - SP 1 Uchôa - SP 1 Nova Granada - SP 1 Goiania - GO 21 Goiania - GO 7 Goiania - GO 5 Redenção - PA 1 Curvelo - MG 6 Curvelo - MG 8 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Porto Feliz - SP 1 Uchôa - SP 1 Barra do Garças - MT 1 Nortelândia - MT 1 Nortelândia - MT 1 Funilândia - MG 1 Várzea da Palma - MG 1 Barretos - SP 1 Cuiabá - MT 1 Cuiabá - MT 1 Uberaba - MG 1 Funilândia - MG 1 Várzea da Palma - MG 1 Rosario D’Oeste - MT 3

Nº de animais

12 43 42 13 66 22 25 25 25 26 23 57 16 15 8 9 15 34 33 47 59 27 55 16 21 80 55 65 15 63 12 38 39 41 14 77 35

Provas de Ganho em Peso - Confinamento 761ª 86

PGP 2ª Faz São Judas Tadeu

Revista ABCZ

Local Porto Feliz - SP

Nº de criadores

Nº de animais

1

18

Provas em andamento Raça GIR PO NEL PO TAB PO TAB PO NEL PO TAB PO TAB PO TAB PO TAB PO TAB PO NEL PO NEL PO TAB PO GUZ PO NEL PO NEL PO GUZ PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO GUZ PO TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO BRA PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO BRA PO NEL PO NEL PO

Entrada 20/05/09 21/05/09 02/06/09 24/05/09 19/05/09 01/06/09 17/06/09 17/06/09 17/06/09 17/06/09 08/06/09 09/06/09 09/06/09 09/06/09 17/06/09 16/06/09 16/06/09 10/07/09 10/06/09 10/06/09 10/06/09 10/06/09 28/06/09 31/07/09 03/08/09 30/07/09 06/07/09 27/07/09 05/08/09 14/07/09 17/06/09 30/07/09 30/07/09 30/09/09 30/09/09 08/09/09 26/09/09

Final 04/11/09 05/11/09 17/11/09 08/11/09 03/11/09 16/11/09 02/12/09 02/12/09 02/12/09 02/12/09 23/11/09 24/11/09 24/11/09 24/11/09 02/12/09 01/12/09 01/12/09 25/12/09 25/11/09 25/11/09 25/11/09 25/11/09 13/12/09 15/01/10 18/01/10 14/01/10 21/12/09 11/01/10 20/01/10 29/12/09 02/12/09 14/01/10 14/01/10 17/03/10 17/03/10 23/02/10 13/03/10

Provas iniciadas Raça Entrada Final GUZ PO 22/10/09 08/04/10


Provas de Ganho em Peso - Pasto 505ª 507ª 508ª 510ª 511ª 513ª 514ª 515ª

PGP 3ª Faz. Continental 8ª Faz. Querença 1ª Faz. Arco Verde 3ª Tabapuã da Sorte 1ª Estrela de Fogo 5ª Faz. Madras 6ª Faz. Madras 38ª Kangayan

Local Colombia - SP Inhauma - MG Presidente Venceslau - SP Mozarlândia - GO Juara-MT Ariquemes - RO Ariquemes - RO Cuiabá - MT

Nº de criadores

Nº de animais

1 1 1 1 1 1 1 1

16 26 29 28 60 37 57 42

Provas de Ganho em Peso - Pasto 516ª 517ª 518ª 519ª 520ª 521ª 522ª 523ª 524ª 525ª 526ª 527ª 528ª 529ª 530ª 531ª 532ª 533ª 534ª 535ª 536ª 537ª 538ª 539ª 541ª 542ª 543ª 544ª 545ª 546ª 547ª 548ª 549ª 550ª

Nº de criadores Local PGP 4ª Faz. Continental Colombia - SP 1 9ª Faz. Querença Inhauma - MG 1 14ª Faz Santa Lidia S. Antonio Aracangua - SP 1 4ª Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1 13ª Cabo Verde St. Lúcia Curinópolis - PA 1 14ª Cabo Verde St. Lúcia Curinópolis - PA 1 15ª Cabo Verde St. Lúcia Curinópolis - PA 1 16ª Cabo Verde St. Lúcia Curinópolis - PA 1 1ª Faz. Dourados Abadia de Goias 1 3ª Faz. Vera Cruz Barra do Garças - MT 1 14ª Faz. Angico (UNF) Campina Verde - MG 1 1ª São João da Providencia e Conv. Bernardo Sayão - TO 11 3ª Faz. Boa Vista Anhembi - SP 1 16ª Faz. Copacabana Xambre - PR 1 1ª Nelore JL Ariquemes - RO 1 2ª Nelore JL Ariquemes - RO 1 3ª Nelore PF Cacoal - RO 1 5ª Faz. Continental Colombia - SP 1 39ª Kangayan Cuiabá - MT 1 40ª Kangayan Cuiabá - MT 1 1ª Rancho Rochael e Conv. ArÁguana - TO 22 2ª Rancho Rochael e Conv. ArÁguana - TO 1 15ª Faz Santa Lidia S. Antonio Aracangua - SP 1 2ª Faz. Natal Caiua - SP 8 51ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 52ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 53ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 54ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 4ª Faz. Api Catu - BA 11 2ª Estrela de Fogo Juara-MT 1 3ª Asa Agropecuária Marabá - PA 1 4ª Asa Agropecuária Marabá - PA 1 9ª Asa Agropec. e Convid. Marabá - PA 6 6ª NSG do Xingu São Felix do Xingu - PA 1

Nº de animais

18 20 25 19 126 30 27 35 25 22 41 42 21 53 29 75 20 33 22 36 48 9 49 55 50 50 49 49 46 39 19 26 20 21

Provas encerradas

Raça BRA PO BRA PO NEL PO TAB PO NEL LA NEL PO NEL LA NEL PO

Entrada 20/11/08 12/11/08 03/12/08 27/12/08 10/01/09 25/11/08 25/11/08 06/01/09

Final 10/09/09 02/09/09 23/09/09 17/10/09 31/10/09 15/09/09 15/09/09 27/10/09

Provas em andamento Raça BRA PO BRA PO NEL PO TAB PO TAB PO TAB LA NEL PO NEL LA TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO TAB PO NEL PO NEL LA NEL PO BRA PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA NEL PO NEL LA NEL PO NEL PO

Entrada 11/03/09 21/02/09 20/03/09 26/02/09 28/02/09 28/02/09 28/02/09 28/02/09 15/03/09 15/05/09 25/05/09 14/05/09 14/04/09 08/03/09 13/05/09 13/05/09 24/04/09 05/06/09 10/04/09 10/04/09 23/05/09 23/05/09 12/06/09 11/06/09 02/06/09 02/06/09 02/06/09 02/06/09 29/05/09 03/05/09 14/06/09 14/06/09 14/06/09 15/06/09

Final 30/12/09 12/12/09 08/01/10 17/12/09 19/12/09 19/12/09 19/12/09 19/12/09 03/01/10 05/03/10 15/03/10 04/03/10 02/02/10 27/12/09 03/03/10 03/03/10 12/02/10 26/03/10 29/01/10 29/01/10 13/03/10 13/03/10 02/04/10 01/04/10 23/03/10 23/03/10 23/03/10 23/03/10 19/03/10 21/02/10 04/04/10 04/04/10 04/04/10 05/04/10

novembro - dezembro • 2009

87


Provas de Ganho em Peso - Pasto 551ª 552ª 553ª 554ª 555ª 556ª 557ª 558ª 559ª 560ª 561ª 562ª 563ª 564ª 565ª 566ª 567ª 568ª 569ª 570ª 571ª 572ª 573ª 574ª 575ª 576ª 577ª 578ª 579ª 580ª 581ª 582ª 583ª 584ª 585ª 586ª 587ª 588ª 589ª 590ª 591ª 592ª 593ª 594ª 595ª 596ª 88

PGP 7ª NSG do Xingu 5ª NSG do Xingu e Conv. 12ª Embrapa/AGCZ 11ª Raama - Serv. Assessoria 3ª Santa Maria - Angico 10ª Faz. Querença 1ª AMCZ 2ª Faz. Di Genio 1ª Coletiva Faz. São João 4ª Faz. Vera Cruz 27ª Faz. Roncador 28ª Faz. Roncador 15ª Faz. Angico (UNF) 2ª Cia. Melh. Norte Paraná 6ª Faz. Da Hora 2ª Faz. São Leopoldo Mandic 24ª Nossa Senhora das Graças 1ª Faz Buriti II 2ª Faz Buriti II 1ª Faz Jacamim 2ª Faz Jacamim 2ª Faz. Dourados 5ª Tabapuã da Sorte 4ª Faz. Boa Vista 4ª Faz. Andorinha 5ª Faz. Andorinha 8ª Norte de Minas 6ª Nucleo Três Fronteiras 1ª Heringer e Convidados 9ª Faz. Kaylua 14ª Faz. Primavera 6ª Faz. Continental 3ª Morada da Prata 3ª Faz. Natal 1ª Faz. Frari e Convidados 5ª SK Agropec. e Convidados 6ª SK Agropec. e Convidados 55ª Mundo Novo 56ª Mundo Novo 57ª Mundo Novo 58ª Mundo Novo 7ª Faz. Continental 7ª Faz. Da Hora 2ª Faz. Flor de Minas 11ª Faz. Querença 41ª Kangayan

Revista ABCZ

Nº de criadores Local São Felix do Xingu - PA 1 São Felix do Xingu - PA 9 - 26 Caseara - TO 2 Redenção - PA 1 Inhauma - MG 1 - 17 Juti - MS 2 Arealva - SP 7 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Barra do Garças - MT 1 Campina Verde - MG 1 Tapejara - PR 1 Nova Fatima - PR 1 Descalvado - SP 1 Linhares - ES 1 Uberaba - MG 1 Uberaba - MG 1 Nova Mutum - MT 1 Nova Mutum - MT 1 Abadia de Goias - GO 1 Mozarlândia - GO 1 Anhembi - SP 1 Avare - SP 2 Avare - SP 1 Varzelandia - MG 12 Nanuque - MG 12 Vila Velha - ES 10 Lajedão - BA 1 Caarapo - MS 4 Colombia - SP 1 Batatais - SP 1 Caiua - SP 1 Porto Velho - RO 2 Porto Velho - RO 3 Porto Velho - RO 1 Uberaba - MG 1 Uberaba - MG 1 Uberaba - MG 1 Uberaba - MG 1 Colombia - SP 1 Nova Fatima - PR 1 Malacacheta - MG 1 Inhauma - MG 1 Cuiabá - MT 1

Provas andamento

Nº de animais

43 29 93 44 20 32 45 54 31 47 87 201 48 54 32 22 23 29 27 48 81 20 21 26 81 52 52 52 51 38 80 37 43 79 32 23 17 35 36 34 35 35 42 31 45 31

Raça NEL LA NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO BRA PO GUZ PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA NEL PO NEL PO NEL PO BRA PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA TAB PO TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO TAB PO NEL PO TAB PO NEL PO BRA PO TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO BRA PO NEL PO TAB PO BRA PO NEL PO

Entrada 15/06/09 15/06/09 10/06/09 23/06/09 17/06/09 17/06/09 27/06/09 24/06/09 01/07/09 10/07/09 09/07/09 09/07/09 24/07/09 19/05/09 08/06/09 23/07/09 16/06/09 13/07/09 13/07/09 14/07/09 14/07/09 26/07/09 08/07/09 25/07/09 04/07/09 04/07/09 06/08/09 07/08/09 12/08/09 06/08/09 27/07/09 14/08/09 17/08/09 20/08/09 09/08/09 31/05/09 31/05/09 01/09/09 01/09/09 01/09/09 01/09/09 10/09/09 17/08/09 25/08/09 16/09/09 05/06/09

Final 05/04/10 05/04/10 31/03/10 13/04/10 07/04/10 07/04/10 17/04/10 14/04/10 21/04/10 30/04/10 29/04/10 29/04/10 14/05/10 09/03/10 29/03/10 13/05/10 06/04/10 03/05/10 03/05/10 04/05/10 04/05/10 16/05/10 28/04/10 15/05/10 24/04/10 24/04/10 27/05/10 28/05/10 02/06/10 27/05/10 17/05/10 04/06/10 07/06/10 10/06/10 30/05/10 21/03/10 21/03/10 22/06/10 22/06/10 22/06/10 22/06/10 01/07/10 07/06/10 15/06/10 07/07/10 26/03/10


Provas de Ganho em Peso - Pasto 597ª 598ª 599ª 600ª 601ª 602ª 603ª 606ª 607ª 608ª 610ª 611ª 614ª 615ª 618ª 619ª

PGP 17ª Cabo Verde St. Lúcia 18ª Cabo Verde St. Lúcia 19ª Cabo Verde St. Lúcia 20ª Cabo Verde St. Lúcia 17ª Faz. Copacabana 1ª Faz. Santa Clara 1ª Faz. Ouro Branco e Convidados 3ª Cia. Melh. Norte Paraná 1ª Agropastoril do Araguaia 2ª Agropastoril do Araguaia 9ª Oeste da Bahia 10ª Oeste da Bahia 3ª São José do Pau D’Alho 1ª Faz. Castanhal 1ª Brahman Vitoria 12ª Raama - Serv. Assessoria

Nº de criadores Local Curinópolis - PA 1 Curinópolis - PA 1 Curinópolis - PA 1 Curinópolis - PA 1 Xambre - PR 1 Selviria - MS 1 Gurupi - TO 17 Tapejara - PR 1 Santana do Araguaia - PA 1 Santana do Araguaia - PA 1 Barreiras - BA 4 Barreiras - BA 1 Ji-Paraná - RO 1 Rondolândia - MT 1 Araçatuba - SP 1 Caseara - TO 4

Nº de animais

117 11 30 25 71 20 69 84 19 19 88 22 28 75 23 77

Provas em andamento Raça TAB PO TAB LA NEL PO NEL LA TAB PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL PO NEL LA NEL PO GUZ PO NEL PO NEL PO BRA PO NEL PO

Provas de Ganho em Peso - Pasto 604ª 605ª 609ª 612ª 613ª 616ª 617ª

PGP 1ª Estância São José 2ª Estância São José 5ª Faz. Boa Vista 4ª Faz. Natal 1ª Coletiva UberBrahman 6ª Tabapuã da Sorte 7ª Tabapuã da Sorte

Local Jataí - GO Jataí - GO Anhembi - SP Caiua - SP Uberlândia - MG Mozarlândia - GO Mozarlândia - GO

Nº de criadores

Entrada 12/08/09 12/08/09 12/08/09 12/08/09 25/06/09 03/08/09 05/09/09 28/07/09 21/09/09 21/09/09 09/09/09 09/09/09 04/07/09 19/06/09 20/09/09 19/08/09

Final 02/06/10 02/06/10 02/06/10 02/06/10 15/04/10 24/05/10 26/06/10 18/05/10 12/07/10 12/07/10 30/06/10 30/06/10 24/04/10 09/04/10 11/07/10 09/06/10

Provas iniciadas

Nº de animais

1 1 1 1 11 1 1

54 18 31 55 51 25 25

Raça NEL PO NEL LA NEL PO NEL PO BRA PO TAB PO TAB PO

Entrada 01/10/09 01/10/09 24/10/09 29/10/09 27/10/09 03/10/09 03/10/09

Final 22/07/10 22/07/10 14/08/10 19/08/10 17/08/10 24/07/10 24/07/10

CEP – CERTIFICADO ESPECIAL DE PRODUÇÃO É um dos mais importantes produtos disponibilizado pelo PMGZ, este certificado alia a superioridade genética do animal ao seu biotipo.O Certificado Especial de Produção é baseado nas avaliações genéticas de todos os animais participantes do PMGZ. A cada safra são verificados nos arquivos gerais da ABCZ os zebuínos (machos e fêmeas) que apresentam os melhores IQG (Índice de Qualificação Genética). Além de apresentar uma superioridade genética, eles devem apresentar um tipo adequado à produção já que o intuito do CEP é identificar e disponibilizar reprodutores com DEP´s elevadas. Para o CEP categoria nacional há 4 selos: • CEP PLATINA: animais que estão entre os 1% melhores IQG • CEP OURO: animais estão entre os 1% a 2% melhores IQG • CEP PRATA: animais que estão entre os 2% a 5% melhores IQG • CEP BRONZE: animais que estão entre os 5% a 8% melhores IQG

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados

Raça NELORE

número de cep’s recebidos Criador

Etr

Fazenda

platina ouro prata bronze total

Agropec. Fazenda Brasil Ltda. SEDE Rancho 60 ­– Agropec. João Nunes da Silva Ltda. SEDE Mundo Novo –

– –

1 1

– –

1 1

Técnico avaliador Divino H. Guimarães Marcos Cunha Resende

novembro - dezembro • 2009

89


CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados

Raça NELORE

número de cep’s recebidos Criador

Etr

Agropec. Nova Vida Ltda. JPR Agropec. Varzelandia S/A BHZ Alcyr Mendonça Junior GYN Aluízio Lessa Coelho CGR Antero Paes de Barros Neto CGB Antonio C. S. Rezende/Outro- Cond. CGB Arnaldo Manuel S. Machado Borges SEDE Arrossensal Agropec. E Indl. S/A CGB Baluarte Agropec. Ltda. BHZ Carlos Novaes Guimarães CGR Carlos Olyntho Junqueira Franco SEDE PMW Catarina Noemi Kliemann Celso José Dalben e Outros/ Cond. PMW Claudio Fernando Garcia de Souza TLG CGB Dalmar Tadeu Pires Rolim BAU Dario F. Guaritá Filho e Outra CGB Domingos Teixeira Rodrigues JPR Donizetti José JPR Edgar Hatiro Fujita AUX Edvaldo Araújo Ferreira CGB Enio Daltaro Amaral Rolim SEDE Fabiano França Mendonça Silva Faculdade Medicina Vet. Zootécnia BAU BAU Faz. Morro Vermelho Ltda. TLG Flamboyant Agro Pastoril Ltda. Fortaleza S. Teresinha E. Par. Ltda. BHZ Frederico Cunha Mendes SEDE Gerson Rodrigues de Lima PMW Herica Cristina Ferreira Diniz RIO Ingra Agro Florestal S/A. PMW SEDE Integral Pecuária Ltda. GYN Ipameri Agropec. Ltda. MOC Jayme Rebelo Neto TLG João Carlos Di Genio CGB João Guedes de Medeiros CGB João Silva Arruda BAU José Alberto Artigas Giorgi SEDE José Antônio Figueiredo JPR José Vidal Hilgert CGB Justino de Faria GYN Lage Agrícola e Pecuária Ltda GYN Marco Aurélio de O. Fernandes CGB Mario Roberto C. de Figueiredo SEDE Nelstar Criadores Ltda. TLG Pascoal Luiz Secco 90

Revista ABCZ

Fazenda

platina ouro prata bronze total

Nova Vida Novo Horizonte Mata do Café Santa Mônica Rancho Fundo S. Antonio Três Marias Ipe Ouro Camargo Baluarte Lontra Agropecuária Mandy Santo Angelo Dalben Três Lagoas Agropecuária Missões Guarita Rancho Santa Tereza Isabella São Lourenço Santa Apolônia Agropecuária Missões Alodia São Manuel Morro Vermelho Parque Florestal Erva VIII Fortaleza Santa Teresinha Primavera Zebulon Alambari Barreiro Branco Santa Rosa Santa Helena Bela Vista Aimore Nova América Chácara Taurim Raízes de Garça São José Paraíso Faria Agropecuária Lage Sonho Meu Estância do Capão de Angico Terras do Portal São Joaquim

– – 1 – – 5 – – – – – – 1 – – – – 1 1 1 – – – – – – – – 1 – – – 1 – 1 – – – – – – – 1 – –

– – – – – 5 1 1 – – – – 1 – 1 2 – 1 – – 1 1 – 1 1 – – – – – – – 2 – – – 1 – 1 – – – 2 1 –

1 – – – – 7 – – 1 – 1 – – 1 – 3 1 1 – – 1 – 1 – – 1 – 2 – 1 2 1 2 – – 1 – 1 – 1 1 2 8 – –

– 1 1 1 2 5 – 1 1 1 – 1 2 – – 1 – 1 – – 1 – – 1 – 1 1 2 – – 3 – 2 1 – – – – – – 1 1 7 – 3

1 1 2 1 2 22 1 2 2 1 1 1 4 1 1 6 1 4 1 1 3 1 1 2 1 2 1 4 1 1 5 1 7 1 1 1 1 1 1 1 2 3 18 1 3

Técnico avaliador Leonardo Cruvinel Borges João Eudes Lafeta Queiroz Russel Rocha Paiva Horácio Alves Ferreira Neto Antonio Emílio G. Junior Leonardo R. de Queiroz Virgílio B. de A. Camargos Fábio Eduardo Ferreira Jair de Oliveira Rates Adriano Garcia Leonardo Machado Borges José Ribeiro Martins Neto Luiz F. de Paula Salim Claudio Signorelli Faria Antonio Emílio G. Junior Claudionor Aguiar Teixeira Divino H. Guimarães Leonardo Cruvinel Borges Leonardo Cruvinel Borges João Batista R. de Almeida Antonio Emílio G. Junior Marcos Cunha Resende Eric Luis Marques da Costa Fábio Eduardo Ferreira Claudio Signorelli Faria Jair de Oliveira Rates Rodrigo Bonilha Botelho João B. Correa Gonçalves Marcelo Costa Leite João B. Correa Gonçalves Carlos Eduardo Nassif Marcelo Monteiro Garcia Marcos Miguel Mendes Claudio Signorelli Faria André Luis L. Borges Cristovan B. de Oliveira Alisson Andrade de Oliveira Virgílio B. de A. Camargos Leonardo Cruvinel Borges Bruno José M. Mazzaro Leonardo Figueiredo Neto Russel Rocha Paiva Cristovan B. de Oliveira Luis Renato Tiveron Claudio Signorelli Faria


CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados

Raça NELORE

número de cep’s recebidos Criador

Paulo Curi Neto Rafael Cunha Mendes Renato Sebastião Ingracia Reunidas BH Agropecuária Ltda. Ricardo Cezar do Espírito Santo Serafim Meneghel Sete Estrelas Embriões Ltda. Tereza Cristina P. C. Amorim Valdofredo Gonçalves de Paula Vicente Humberto Lobo Cruz Viviane Vila Jabour Walter de Castro Cunha

Etr

Fazenda

JPR SEDE JPR SSA GYN SRPR CGR CGR PMW SEDE CGR SEDE

São José Primavera Madras Belo Horizonte Bom Sucesso Estância 3M Sete Estrelas Santa Cristina Carolina Harmonia Santa Cruz Santa Marta

platina ouro prata bronze total

– – – 1 – – – 1 1 1 – –

1 1 – 1 – – – – – – – 2

– – 3 – – 1 1 2 5 – – –

– – 2 1 1 – – 1 4 – 1 2

1 1 5 3 1 1 1 4 10 1 1 4

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados

Técnico avaliador Leonardo Cruvinel Borges Rodrigo Bonilha Botelho Leonardo Cruvinel Borges José Márcio de Carvalho Russel Rocha Paiva Célio Arantes Heim Walfredo B. de Oliveira José de Melo João B. Correa Gonçalves Alexandre Essinger Toledo Claudio R. F. Madruga Jr. Marcos Cunha Resende Raça NELORE MOCHA

número de cep’s recebidos Criador

Amauri Gouveia Antero Paes de Barros Neto Paulo Curi Neto

Etr

Fazenda

BAU Vo Thomaz CGB Rancho Fundo JPR São José

platina ouro prata bronze total

– – –

– – –

– – 1

2 1 –

2 1 1

Técnico avaliador Gustavo Pádua Q. Miziara Antonio Emílio G. Junior Leonardo Cruvinel Borges

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados

Raça BRAHMAN

número de cep’s recebidos Criador

Antonio Renato Prata

Etr

Fazenda

BAU Dois Irmãos

platina ouro prata bronze total

1

1

Técnico avaliador Gustavo Pádua Q. Miziara

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados

Raça GUZERÁ

número de cep’s recebidos Criador

Faz. Reun. Antonio Balbino Ltda. Sérgio Castelani Silvely Maria Janota Antunes Sinval Martins de Melo

Etr

Fazenda

ACZP BAU TLG BHZ

São Geraldo Urtigão Três Irmãos Taboquinha

platina ouro prata bronze total

1 – 1 –

– – – 1

– 1 – –

– – – –

1 1 1 1

Técnico avaliador Mariana Alencar Pereira Alisson Andrade de Oliveira Walfredo B. de Oliveira Francisco Carlos Velasco

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados

Raça TABAPUÃ

número de cep’s recebidos Criador

Etr

Agildo de Medeiros Bastos VIX Francis Ruys SEDE Gercino Coser Agropec. S/A VIX Giorgio L. Giuseppe A. Arnaldi GYN Maria Lucila Assumpção Ortenblad SEDE Nilo Caiado Fraga SSA Paulo C. R. Ortenblad e Irmã - Cond. SEDE

Fazenda

Tabapuã Girfran Kaylua Buona Sorte Córrego da Santa Cecília Rancho Alvorada Paturi

platina ouro prata bronze total

– – – – – 3 –

– – 1 1 – – –

– – – 1 1 2 2

1 1 – – – 2 1

1 1 1 2 1 7 3

Técnico avaliador Roberto Winkler Carlos Eduardo Nassif Lauro Fraga Almeida Marcelo Monteiro Garcia Thinouco F. Sobrinho José Márcio de Carvalho Carlos Eduardo Nassif

novembro - dezembro • 2009

91


Registro Nononononon

foto: divulgação

Luto Faleceu na madrugada do dia 13 de novembro, em Goiânia (GO), o técnico da ABCZ, Florentino Nico. Ele tinha 68 anos e estava internado no Hospital São Salvador devido a complicações causadas por um câncer de fígado. Nico trabalhou cerca de 40 anos como técnico de registro. Na Associação Goiana de Criadores de Zebu, ele atuou até o ano 2000. Depois, passou a trabalhar no Escritório Técnico Regional da ABCZ em Goiânia, executando registros de animais no estado.

Ouvidoria no MS A pecuária zebuína no Mato Grosso do Sul foi o tema do encontro entre pecuaristas do estado e integrantes da diretoria de Ouvidoria da ABCZ, no dia 12 de novembro em Campo Grande, durante a Expoinel MS 2009. O presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, fez a abertura do encontro apresentando as ações desenvolvidas pela associação para garantir o melhoramento genético do rebanho brasileiro e para promover um cons-

tante aprimoramento dos serviços prestados aos associados. Na oportunidade, os associados puderam sugerir modificações e reivindicar melhorias nos serviços prestados pela ABCZ. Esta foi a segunda vez que a Ouvidoria realizou uma reunião no estado.

Aproximação Produtores rurais e ambientalistas poderão, em breve, desenvolver em conjunto projetos de pecuária sustentável, como, por exemplo, a re-

cuperação de áreas de pastagem degradadas para redução das emissões de carbono. A possibilidade de uma parceria foi discutida no dia 25 de novembro pela e pelo Ministério do Meio Ambiente. O assessor Especial do Ministério, Flávio Montiel, visitou a sede da ABCZ para discutir o assunto e conhecer os projetos da entidade na área ambiental, além do trabalho de melhoramento genético e registro de animais. O ministro Carlos Minc também deve conhecer a ABCZ. A visita deve ocorrer no próximo mês. A iniciativa de visitar a associação partiu do próprio Ministério.

foto: divulgação

Natureza em sinfonia

Sindi com novo endereço Inaugurada na noite de 21 de novembro, a sede nacional da ABCSindi, localizada no interior do Parque de Exposição Henrique Vieira de Melo, em João Pessoa/PB. A construção da sede foi possível graças a doação feita pelo criador Eugênio Holanda. A obra foi iniciada em fevereiro de 2009 e concluída em novembro. Na solenidade de inauguração, a ABCSindi prestou homenagem aos sócios fundadores, bem como concedeu a Comenda Mérito Honorífico a alguns pecuaristas como reconhecimento pelo trabalho em prol da raça. 92

Revista ABCZ

A ABCZ está colaborando com a divulgação do DVD “Natureza em Sinfonia”, que terá 90% da renda de comercialização revertida para o Hospital Dr. Hélio Angotti, referência em prevenção e combate ao câncer, localizado no município de Uberaba. O DVD foi gravado na fazenda Agronelli com a participação de 43 músicos, com repertório formado por clássicos internacionais e músicas genuinamente brasileiras. As empresas e pessoas interessadas podem ser parceiras, adquirindo o DVD para presentear clientes, fornecedores, amigos e colaboradores. Mais informações pelo telefone (34) 3314-3070 ou pelo site www.naturezaemsinfonia.com.br.


Além da Fronteira

Presença na América Latina

garam seus produtos durante a exposição. Já em Girardot, na Colômbia, a atração ficou por conta das raças zebuínas com aptidão leiteira. A 62ª Feria Nacional Cebú 2009 finalizou o calendário de participações internacionais do Brazilian Cattle em 2009. Participaram também da exposição as empresas associadas do consórcio, Coimma, Cenatte e ABS Pecplan.

foto: Maurício Farias

No segundo semestre de 2010, a genética zebuína brasileira foi destaque em várias feiras na América Latina. A começar pela ExpoCruz 2009, realizada em setembro na Bolívia, quando várias empresas brasileiras expuseram seus produtos no Pavilhão Oficial do Brasil, patrocinado pela APEX. A equipe da ABCZ também

marcou presença na 64ª Expoferia Ganadera 2009, realizada em outubro no Equador. No local, os criadores equatorianos foram convidados a participar da ExpoZebu 2010 e também do Congresso Mundial de Brahman, que será realizado em Uberaba, entre os dias 14 e 23 de outubro. As empresas Ourofino, ABS Pecplan, CRV Lagoa e Alta Genetics também divul-

foto: Maurício Farias

Melhoramento no Egito

Embaixadores pelo zebu Embaixadores e representantes diplomáticos de quase 30 países estiveram em Uberaba/ MG, no dia 29 de outubro, para conhecer as raças zebuínas leiteiras e o girolando. O grupo acompanhou na parte da manhã palestras sobre a pecuária leiteira, suas potencialidades e as características de cada raça. O encontro foi aberto pelo presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, que destacou a importância dos avanços genéticos do rebanho nacional para o aumento da produção de carne e leite. A comitiva estava acompanhada do secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, e do assessor especial do ministério Newton Ribas. O gerente de Relações Internacionais da ABCZ, Gerson Simão, apresentou aos diplomatas as raças zebuínas existentes no Brasil. Na sequência, o diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Maurício Coelho, abordou como a raça surgiu e qual tem sido a contribuição do rebanho girolando para a pecuária nacional. A série de palestras foi encerrada pelo pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Silva, que mostrou como são feitos os testes de progênie do girolando e do gir leiteiro. À tarde, a comitiva visitou a central de inseminação Alta Genetics e a fazenda Terras de Kubera, onde conheceram animais das raças girolando e gir. Participaram do encontro diplomatas dos países: África do Sul, Arábia Saudita, Catar, Coréia do Sul, Costa Rica, Egito, Filipinas, Guatemala, Honduras, Índia, Indonésia, Líbano, México, Namíbia, Nicarágua, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Quênia, República Dominicana, Rússia, Senegal, Sudão, Uruguai e Vietnã. Após a visita, o próximo passo será a abertura da negociação com os países que demonstrarem interesse em importar a genética zebuína.

O Egito começa a colher os primeiros resultados positivos com o uso de genética zebuína em seu rebanho da raça baladi. Após as doações de animais e material genético feitas por empresas e associações que compõem o consórcio Brazilian Cattle em 2007, os egípcios já começaram a perceber o aumento da produtividade a partir de estudo desenvolvido pela Universidade de Alexandria, que revelou aumento no peso ao nascer e no ganho de peso durante as primeiras semanas em animais baladi x zebu. Em outubro, representantes da ABCZ e da empresa Agroexport estiveram no Egito para dar continuidade ao trabalho de promoção da genética zebuína. No país, eles se reuniram com autoridades, representantes da Universidade de Alexandria, criadores e importadores, além de visitar os animais frutos dos primeiros cruzamentos com zebu. O próximo passo será o intercâmbio de estudos em que a Universidade de Alexandria enviará três representantes ao Brasil para fazer o curso de transferência de embrião dando continuidade ao projeto e utilizando embriões das raças zebuínas no Egito. novembro - dezembro • 2009

93


Exposições

Grandes campeões 2009

(1º e 2º semestre)

Exposição

Cidade (UF)

Brahman Show Rio 2009 44ª Emapa 71ª Expogrande

Rio de Janeiro - RJ Avaré - SP Campo Grande - MS

34ª Feira Nacional do Zebu Valera-Trujillo-Venezuela-EX XVI EXPOAGRO DE BRASÍLIA Brasília - DF Expobahia 2009 Salvador - BA VI Expoleilão Paranamirim - RN 51ª Fenamilho Patos de Minas - MG 64ª Expoagro de Goiás Goiania - GO Expo Carpina 2009 Carpina - PE 28ª Expo Janauba Janauba - MG 33ª Expo Agrop São Luiz de Montes Belos São Luis Montes Belos - GO 54ª Expoana Anápolis - GO 49ª Exposição Estadual Belo Horizonte - MG Exposul 2009 Chapadão do Sul - MS 35ª Expo Morrinhos Morrinhos - GO XXI Expo Agropecuária de Araguaína Araguaína - TO 43ª FAPI Ourinhos - SP XVII Expocap Capinópolis - MG 16 Expo Pólo Carajá Redenção - PA 25ª Exponop Sinop - MT 41ª Expomara Maracaju - MS 19ª Exposição Agropec. Com. Ind. Nanuque Nanuque - MG Expo Santa Lúcia Santa Lúcia - SP XXI Exposição Agropec. de Bela Vista de Goiás Bela Vista de Goiás - GO XIV Expobrasil Tocantins Paraiso do Tocantins - TO Expomarcos 2009 São J. dos 4 Marcos - MT 15ª Expoagro Santa Helena de Goiás - GO 32ª Expo Agropecuária de Três Lagoas Três Lagoas - MS 32ª Expotres 2009 Três Lagoas - MS 15ª Feicorte São Paulo - SP 94

Revista ABCZ

Período 04/02/09 27/02/09 23/03/09 25/03/09 25/03/09 10/04/09 15/04/09 30/04/09 30/04/09 13/05/09 15/05/09 27/05/09 29/05/09 30/05/09 30/05/09 01/06/09 02/06/09 02/06/09 03/06/09 03/06/09 03/06/09 03/06/09 04/06/09 04/06/09 04/06/09 04/06/09 06/06/09 06/06/09 06/06/09 07/06/09 08/06/09 09/06/09 10/06/09 10/06/09 11/06/09 11/06/09 12/06/09 12/06/09 12/06/09 15/06/09 15/06/09

Raça

Grande Campeão

08/02/09 BRA Mr Br 77 Onassis 97 FIV 15/03/09 GUZ Anjo S 05/04/09 GUZ Guincho da Suacui 29/03/09 BRA bco. Se Karu Todo Terreno 29/03/09 BRA verm. Msf Chorro 30/7 20/04/09 NEM Kirseh FIV ER da Fsn 19/04/09 NEL Lek FIV Agc 02/05/09 NEL Zafar da Torreão 02/05/09 GUZ Zizinho K 24/05/09 GIL Andaka da F.E 31/05/09 GUZ Gala FIV da Morumbi 31/05/09 NEL Zafar da Torreão 07/06/09 NEL Frevo FIV Col 07/06/09 NEL Arpoador FIV Divisa 07/06/09 TAB Bullok FIV da Goly 07/06/09 NEL Comanche Af Vishnu 08/06/09 GUZ Anjo S 08/06/09 BRA Mr Querença 3000 07/06/09 NEL Delator FIV da Frco 14/06/09 NEL Fox Colog FIV 14/06/09 BRA Mr Champ 17 14/06/09 GIL Taliiban R2 14/06/09 NEL Maome FIV 14/06/09 TAB Viso 14/06/09 NEL Lituano I TE do Jal 14/06/09 NEM Granduque da Car 15/06/09 GIL Redentor TE 14/06/09 NEL Nadane FIV RVM 14/06/09 NEL Laron TE Ib 14/06/09 NEL Magnata FIV Gc da Sl 15/06/09 TAB Rock Mb da Flor 14/06/09 BRA Mr Galileu Lince 232 14/06/09 GIL Cabul Dsil 14/06/09 GIR Reporter Zs 21/06/09 NEL Colombo Brilhant 14/06/09 NEL Ipoemo da Cometa 21/06/09 NEL Dubai TE BA da MA 21/06/09 NEL Kandpur Yc 21/06/09 GUZ Dodge FIV Tir 20/06/09 GUZ E. Codigo do Rg 20/06/09 NEL Maksoud da Guadalupe


Conheça os animais das raças zebuínas que consquistaram o título de grandes campeões das exposições homologadas pela ABCZ no primeiro semestre de 2009. Dados referentes às feiras realizadas até julho.

RG (campeão) Grande Campeã

RG (campeã)

Jurados

AMRO97 Miss Faz Montreal 114 Jads114 David Husfeld Cns-7222 Hitita EB da Ipê Abl-217 William Koury Filho Fmn-299 Genciana da Suaçui Fmn-336 Ricardo Gomes de Lima, Murilo M. Sivieri, Fabiano R. C Araújo 505 G E J 005/6 219199 Lauro Fraga Almeida 150471 Catira C242/6 220885 Lauro Fraga Almeida Elf926 Loca TE ER da Fsn Elf1170 Marcelo Ricardo de Toledo, Murilo Miranda Melo, Russel Rocha Paiva Agc1464 Vacina Iii da REC Eci1380 Rubenildo Cláudio Rodrigues Tor1227 Bianca FIV do BLF Blal17 Marcelo Miranda Almeida Ferreira Kcb-2073 Entrevista FIV Geo Eo-504 Rodrigo Coutinho Madruga Felg 17 Dina TE Bom Pastor Abp 545 Euclides P. Santos Neto Ldcv-2748 GUZ Barra Harmonica Nesz-597 Russel Rocha Paiva Tor1227 Espora I FIV da EGR Epd800 Fernando Meirelles Cola6346 Vacina III da Recreio Eci1380 José Delsique D. Borges, Fabiano R. da Cunha Araújo, Gilmar Siqueira de Miranda Divi3 Gorda XII ST Frc6473 Antônio Louza do Nascimento Goly 70 Eutropia TE V. Mutum Vmut 149 Antônio Louza do Nascimento Vish649 Fauna FIV Jl Tgl100 Russel Rocha Paiva Cns7222 Inteira da Suaçuí Fmn511 Carlos Alberto Celestino, Celio Arantes Heim, Marcelo M. S. C. Moura Qerj 3000 MS Harmonia J4 201 Quat 201 Fábio Miziara Frco614 Cubana FIV Cass Cass136 Davi Castro Borges Fzmt57 Brazlandia I TE Pravoce Prvc31 Carlos Alberto de S. Celestino, Russel Rocha Paiva, Rodrigo R. Lopes Cancado Scr117 MS Star Oxo TE 888 Oxox 888 Wilson José Brandão Júnior Hrm 150 Grasiosa Jwlj 1 Jesus Lopes Júnior Rvm5859 Juriti TE Fazenda FC Fcfc355 Murilo Miranda de Melo Cccc 3098 Xigarra CC Cccc 3859 Murilo Miranda de Melo Jax1556 Hematita III HRO Hroz175 Gilmar Siqueira de Miranda, Walter Domingues da Silva, Conrado Silveira Giraldi Sjd367 Divisora FIV da Mapa Mapa149 Valdecir Marin Júnior Jjjr 33 Inayara da Favela GAL 2098 José Jacinto Júnior Rvm6638 Nataly RIV RVM Rvm6641 Fabiano Rod. da Cunha Araújo Mrl2074 Realeza FIV Gren Gren3343 André L. L. Borges, Marcelo Ricardo de Toledo, Pedro A. Oliveira Ribeiro Sobrinho Gsc1468 Gazania IV Agro JB Mfc1500 José Delsique de Macedo Borges Mbf 2656 Garca FIV da Kaylua Gck 1053 Marcelo Miranda Almeida Ferreira Linc 232 Miss Lince Jade 474 Linc 474 Ricardo Gomes de Lima Dsil 64 Bilara Dsil Dsil 24 José Jacinto Júnior Zeid 7843 Valéria da GAL da Favela José Jacinto Júnior Sano44 Delhi FIV Brilhant Sano67 Jordan Meneses Alves Flpo1192 Jael FIV de Raízes Zrg1308 Fabio Eduardo Ferreira Brun1923 Estrela FIV Imp Lgji1886 José Henrique Ferreira de Oliveira York786 Liaka da RS I Rsbp190 Marcelo M. S. C. Moura, Otavio B. Villas Boas, Fabiano Rodrigues da C. Araújo Tir-209 Calandra FIV Tir-106 David de Castro Borges Eft85 Hitita EB Ipê Abl217 Russel Rocha Paiva Fgp2511 Elegance 9 da Pguacu Rbel555 Gilmar Siqueira de Miranda, Horácio Alves Neto, Carlos H. V. Bailoni novembro - dezembro • 2009

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Exposição

Cidade (UF)

Período

15/06/09 15/06/09 15ª Feicorte São Paulo - SP 15/06/09 15/06/09 8ª Festa Agropecuária de Poconé Poconé - MT 16/06/09 37ª Expo Agropecuária de Goianésia Goianésia - GO 19/06/09 24/06/09 Agrishow Jaru 2009 Jaru - RO 24/06/09 XIV Expoagro Pires do Rio - GO 26/06/09 21ª Exp. Agrop. S.M. Araguaia São Miguel Araguaia - GO 26/06/09 XXX Expomineiros Mineiros - GO 27/06/09 29/06/09 Mega Leite 2009 Uberaba - MG 29/06/09 29/06/09 19ª Exposição Agrop de Campo Mourão Campo Mourão - PR 30/06/09 30/06/09 47ª Expopar Paranaíba - MS 30/06/09 01/07/09 45ª Expoagro Cuiabá - MT 01/07/09 41ª Exposição Agropecuária de Imperatriz Imperatriz - MA 01/07/09 01/07/09 35ª Expomontes Montes Claros - MG 01/07/09 02/07/09 53ª Expoagro Ipameri - GO 02/07/09 50ª Exposição Agrop. e Indust. do Norte Fluminense Campos dos Goytacazes - RJ 03/07/09 04/07/09 50ª Expo Aracatuba Araçatuba - SP 04/07/09 04/07/09 8ª Expac Caiaponia - GO 04/07/09 40ª Expoagro de Governador Valadares Governador Valadares - MG 04/07/09 04/07/09 41ª Exposição Agropecuária de Imperatriz Imperatriz - MA 04/07/09 XXIII Expo Agrop de Marabá Marabá - PA 04/07/09 27ª Exposição Agropecuária de Barreiras Barreiras - BA 05/07/09 41ª Fapidra Dracena - SP 08/07/09 18ª Expovale Água Boa - MT 08/07/09 Exposição Agropecuária Aracruz 2009 Aracruz - ES 09/07/09 09/07/09 Expogaspar 2009 Gaspar - SC 09/07/09 27ª FAPIJA Jacareí - SP 09/07/09 51ª Expo Rio Verde Rio Verde - GO 10/07/09 Expolider 2009 Colíder - MT 11/07/09 XVI Ranqueada do Nelore de João Pinheiro João Pinheiro - MG 11/07/09 13/07/09 25ª Expoagro Cidade de Goiás Goiás - GO 13/07/09 13/07/09 XVIII Expo Quissamã Quissamã - RJ 13/07/09 96

Revista ABCZ

Raça

Grande Campeão

20/06/09 NEM Granduque da Car 20/06/09 Sindi Leal da Estiva 20/06/09 TAB Dust FIV da Goly 20/06/09 BRA Mr Querença 3000 21/06/09 NEL Farao V FIV da Mv 28/06/09 NEL Iso FIV Jacurutu 28/06/09 GIR Gande FIV F. Mutum 28/06/09 NEL Castanheiro 05/07/09 NEL Donk 05/07/09 NEL Diforte FIV Brilhant 05/07/09 NEL Gamado 05/07/09 GIL Escol Silvania 05/07/09 GIM Taro FIV JMMA 05/07/09 Sindi Dourados FIV do ACS 05/07/09 NEL Donoto 7 do Kalunga 12/07/09 NEL Enamu TE Velani 12/07/09 NEM Pajero do Pingado 12/07/09 BRA Três Barras POI 62 12/07/09 NEL Hummer do Colorado 13/07/09 TAB Ermin TE Vale Mutum 12/07/09 NEL Niber Agropeva 12/07/09 GUZ Bacarat Guzerati 12/07/09 BRA Mister Oxo FIV 894 12/07/09 NEL Bratman da Poesia 12/07/09 BRA Mister Pampa POI 110 18/09/09 BRA Mister Querença 3000 18/09/09 NEL Lituano I TE do Jal 18/09/09 TAB Devin FIV da Goly 12/07/09 NEL Comanche Af Vishnu 12/07/09 GIL Umen Cal 12/07/09 GUZ Governador Capital 12/07/09 NEL Bono da Ebam 12/07/09 NEL Maome FIV RVM 12/07/09 NEL Lek FIV Agc 12/07/09 NEL Hirino TE J. Garcia 12/07/09 NEL Ebano 12/07/09 NEL Heringer Caneco 12/07/09 NEL Galhardo da Fabifer 12/07/09 NEM Não Houve N 19/07/09 GUZ E. Codigo do Rg 20/07/09 NEL Henoc FIV Água Doce 19/07/09 NEL Xarif Im 19/07/09 NEL Lux Neogrego 25/07/09 NEL Arpoador FIV Divisa 25/07/09 GIL Ciclone FIV da Ubre 20/07/09 NEL Enigma FIV W.F.Diz 20/07/09 TAB Dilema Paixão


RG (campeão) Grande Campeã

Sjd367 Divisora FIV da Mapa Ajca 814 Jangada da Estiva Goly 166 Darby FIV da Goly Qerj 3000 Miss Querença 2970 Gcmv3991 Panny FIV da Carpa Rmmn123 Etiva da Estância Jr Mut 830 Balanca de Bras Jlw 38 Madrid da Vick Jbms378 Parada da PO Sano74 Delhi FIV Brilhant Rusa80 Riatana FIV da SJ Efc 714 Fase TE F. Mutum JMMA 508 Ucrania JMMA Iasr 311 Abreulandia do ACS Klga843 Fada FIV HJR Evev430 Gazania IV Agro JB Pinn50 Umbauba BMT Mich62 Miss Ima POI FIV 249 Orm2486 Realeza FIV Gren Vmut 213 Halana da FSA Cpro7324 Seth 76 FIV da Java Gti-2422 Galaxia da Suaçui Oxox 894 She Ra Imperial Vhl 43 Filara Ii FIV Feg-110 Miss 13 TE Monte Verde Qerj-3000 Miss J4 Harmonia 201 Jax1556 Parla FIV AJJ Goly 87 Darby FIV da Goly Vish649 Riatana FIV da SJ Cal 6788 Dalila TE Cptl 105 Imperatriz J. Natal Ebam24 Reberba TE da Igap Rvm5859 Melindrosa FIV Agc Agc1464 Hera Rak Luar Joga1908 Kanci Ii TE do Jal Robe35 Hevita FIV Água Doce Fhgn385 Fanny FIV da Eco Affg 135 Esmeralda da Fibifer Não Houve Granada da Ho Eft-85 C. Angola Iacob Aap1678 Londra V FIV Imp Dowm1091 Eduarda da Vmg Lux3559 Lux Obra de Arte FIV Divi3 Carisma Vii FIV RFA Ubre 78 Birmania TE Dsil Diz157 Bilara 63 FIV JWW Pcsp 173 Conquista da Dorn

RG (campeã)

Jurados

Mapa149 Gilmar Siqueira de Miranda, Horácio Alves Neto, Carlos H. V. Bailoni Ajca 790 Célio Arantes Heim Goly 147 Lourenço de Almeida Botelho Qerj 2970 Célio Arantes Heim Ebob1377 André L. Lourenco Borges Eder125 Antonio L. do Nascimento Rrp 5201 Leonardo Cruvinel Borges Vick 19 Leonardo Cruvinel Borges Mdl1505 Antonio L. do Nascimento Sano67 José Henrique F. de Oliveira Aqms1888 Guilherme Queiroz Fabri Mut 735 Marcelo Miranda A .Ferreira, Fábio Miziara, André Rabelo Fernandes JMMA 629 Tatiane Almeida D. T. Nanzeri Iasr 56 Enilice C. C. Garbellini Hjr241 Celio Arantes Heim, Horácio Alves F. Neto, João Augusto Faria Mfc1500 Gilmar Siqueira de Miranda Bmt1609 Gilmar Siqueira de Miranda Ima249 Ricardo Gomes de Lima Gren3343 José Ferreira Pankowski, Celio Arantes Heim, William Koury Filho Nnt 513 Carlos Eduardo Nassif Java3920 Marcelo Ricardo de Toledo Fmn-240 Marcelo Ricardo de Toledo Impe 742 Francisco José Amorim, Gilberto Elias D. Jr, Gustavo Morales Brito Ddc 290 Francisco José Amorim, Gilberto Elias D. Jr, Gustavo Morales Brito Ispb-13 Fábio Miziara Quat-201 João Augusto de Faria Ajj3396 Irineu Goncalves Filho, Ricardo Gomes de Lima, Gilmar Siqueira de Miranda Goly 147 Ricardo Gomes de Lima Aqms1888 Rodrigo R. Lopes Cancado Hmq 29 Marcelo Miranda A .Ferreira Jon 198 Lourenço de Almeida Botelho, Murilo Miranda de Melo, Márcio Diniz Júnior Igap727 Carlos Eduardo Nassif Agc1554 Luiz Fernando Coltro Rak41 Rubenildo C. B. Rodrigues Jax1426 Claudio Signorelli Faria Aap1541 Luiz Gustavo K. Wenzel Eco1205 Clester Andrade Fontes Affg107 Luciana Terna Gomes Fho 68 Luciana Terna Gomes Afyg-1706 Daniel Pupin Costa Lgji1836 Marcelo M. S. C. Moura, Carlos Alberto de S. Celestino, João Marcos C. Machado Vmg645 José Ferreira Pankowski Lux3907 Rubenildo Batista Rodrigues Rfa1237 José Henrique Ferreira de Oliveira Dsil 38 José Jacinto Júnior Unit1203 Murilo Miranda de Melo Dorn 367 Murilo Miranda de Melo novembro - dezembro • 2009

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Minha receita

Receita enviada pelo Serviço de Informação da Carne (SIC)

T-bone

à fiorentina SERVE • 4 porções

INGREDIENTES • 1 1/2 kgs de T-bone, cortado em bifes grossos • 1 colher (sopa) de alecrim fresco • 1 colher (sopa) de sálvia • 1 colher (sopa) de tomilho fresco • 2 colheres (chá) de pimenta do reino • 2 colheres (sopa) de sal grosso • 1 xícara mais 2 colheres (sopa) de azeite extra virgem de boa qualidade • 6 dentes de alho esmagados • 2 kgs de folhas de espinafre lavadas • suco de 1 limão • sal e pimenta do reino.

MODO DE FAZER

fotos: Serviço de Informação da Carne

Prepare a grelha, aquecendo-a bem. Seque os bifes. Numa tigela, misture o alecrim, sálvia, tomilho, pimenta e sal grosso. Envolva todos os bifes com os temperos, pincele com as 2 colheres (sopa) de azeite. Coloque na grelha, e deixe ficar bem cozido, cerca de 12 minutos o primeiro lado e 9 minutos para o segundo lado. Deixe descansar por 5 minutos. enquanto isso, aqueça 1/4 xícara do azeite e doure o alho nele. Adicione o espinafre e refogue até que tenha murchado. Retire do fogo, junte o suco de limão e tempere com sal e pimenta. Reserve. Desosse a carne e corte-a em tiras. Divida-a em quatro porções, assim como o espinafre e sirva com azeite adicional.

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Revista ABCZ




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