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Sumário Ano. 21 - novembro/ 2014 - Nº 240
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O lançamento nacional dos primeiros modelos do sistema da AED, nova empresa dirigida pelo engenheiro João Américo, apresentou um novo conceito de caixas acústicas, com características e design diferentes. O primeiro protótipo, com o desenvolvimento de um guia de ondas próprio, foi lançado em Salvador com a presença de técnicos e empresários do mercado de sonorização.
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De volta ao peso dos anos 80
Com um ideal de som na cabeça, o baterista Fábio Brasil (Jason e Detonautas), montou o estúdio Mobília Space, no Rio de Janeiro, que tem como diferencial o gosto pela ambiência e direcionamento do som nas produções realizadas por lá.
NESTA EDIÇÃO 16
32 Vitrine O recente lançamento da Harman, o DriveRackPA2, com configuração mais rápida e mais fácil. Outro destaque é a linha de guitarras T250S, da Strinberg.
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Rápidas e Rasteiras A ECAD faz um levantamento da obra de Zé Ramalho e contabiliza mais de 400 fonogramas cadastrados no banco de dados.
26 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.
28 Play Rec Mauro Senise lança seu mais novo trabalho, Danças, e Victor Biglione apresenta novo álbum reunindo a nata do instrumental brasileiro.
Gigplace O produtor técnico Tobé Lombello é o entrevistado deste mês e fala sobre as atribuições de sua profissão.
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Tudo em um só lugar Duas caixas leves e um mixer amplificado destacável. Com essas características, os novos modelos STAGEPAS, da Yamaha, prometem ser a solução completa para sistemas de PA do tipo “tudo em 1”.
74 O equilibrio da mixagem Este mês, o colunista Ricardo Mendes fala da importância de sua mixagem soar bem em mono, mesmo que sua intenção seja reproduzi-la em 5.1 ou em estéreo.
96 Vida de Artista Dando continuidade à série sobre a história dos discos de sua carreira, Luiz Carlos Sá chega ao Outra vez na Estrada, trabalho que reuniu o trio Sá, Rodrix e Guarabyra e trouxe de volta antigos sucessos da banda.
Sistema MTX Criados para atender a diversos tipos de locais e eventos, os modelos de line array e subwoofers da MTX, foram apresentados no Rio de Janeiro, durante workshop que reuniu técnicos de PA de todo o Brasil.
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CADERNO TECNOLOGIA 54 Tecnologia O conceito da mixagem in the box pode ser uma saída para as mixagens de shows ao vivo e fazer surgir equipamentos financeiramente mais acessíveis.
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62 Cubase Durante o trabalho com as workstations, as coisas vão se tornando mais complexas a cada dia. Confira as dicas para sistematizar seus estudos e construir conhecimentos sólidos.
66 Pro Tools
Logic Pro Automação no Logic Pro. Por meio dela é possível fazer mudanças em material já gravado para criar alterações dinâmicas de volume, pan, balanço, entre outros recursos.
O processo de mixagem envolve muitas comparações entre o antes e o depois e vai além do simples by pass em um plug-in.
70 Ableton O Ableton Live traz na sua configuração de fábrica um verdadeiro arsenal para o usuário produzir seus próprios beats, ou ritmos.
CADERNO ILUMINAÇÃO 80
Vitrine A Avolites apresenta a Pearl Expert Pro, com mais submasters e botões de flash, a Elation traz o LED Satura Spot CMY
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Rápidas e rasteiras Lux A Osram lança uma nova linha de lâmpadas HMI, de 6000K, e a Wireless Lighting decidiu apostar em aluguel de kits de emergência pela internet.
86 Iluminação cênica Para acompanhar um show de composições complexas, o Dream Theater, que se apresentou no Brasil em outubro, utilizou um misto de recursos extravagantes e peculiares, conferindo efeitos visuais impactantes.
Expediente Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de redação Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Heloisa Brum Tradução Fernando Castro Colunistas Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes e Vera Medina Edição de Arte / Diagramação Leandro J. Nazário arte@backstage.com.br Projeto Gráfico / Capa Leandro J. Nazário Foto: Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 publicidade@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Distribuída pela DINAP Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações, Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 Cep. 06045-390 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3789-1628 CNPJ. 03.555.225/0001-00 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.
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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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O mercado
sobrevive de bons créditos
A
crise mundial, que começou em 2008 e ainda assombra alguns países em 2014, somada às mudanças nos âmbitos social e mercadológico causadas pela internet, vem produzindo uma nova forma de comportamento humano. Paralelamente, o advento e a disseminação das mídias sociais no século 21 criou uma série de novos caminhos e soluções nunca antes imaginada como meio de propaganda. Dessa forma, acompanhar o surgimento de recentes percepções mercadológicas e movimentos sociais são o novo desafio para as empresas ao longo dessa era. Um exemplo claro desses novos tempos se reclina no papel da imprensa nessa nova sociedade e no lugar em que habita a notícia. Percebemos uma enxurrada de novas formas e meios de informação, ao mesmo tempo que ainda carecemos de poucos modos de entrega de conhecimento, com chancela da credibilidade do grupo que o produz. Nessa profusão de informação pós-web o que se percebe são “teorias empíricas” que deixam a desejar e colocam em xeque o verdadeiro papel da informação. Jaz aí o momento e a oportunidade de, com o perdão do lugar-comum, “separar o joio do trigo”. Assim como os meios de comunicação, empresas de outros setores passam por mudanças e precisam rever novos e antigos conceitos a fim de eleger exatamente o que cabe na roda da relevância. E não obstante, é fácil identificar um adjetivo comum a todos: confiança. Até porque em tempos de mudança, é mais seguro pender e escolher o lado que se conhece e ao qual se dá crédito. Para as empresas que aspiram a sobrevivência, é hora de dar foco às estratégias e perceber como seus diferenciais encaixam-se nessas mudanças irreversíveis . Melhorar a qualidade, entender as necessidades do mercado, buscar melhor produtividade e preço, e fazer prevalecer, aos olhos do cliente, os seus diferenciais, são algumas das vertentes. É preciso lembrar que quanto mais confiável o produto final de uma empresa, maior será sua chance de concorrer e permanecer no negócio. Boa Leitura. Danielli Marinho
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E-12 HAMMER 6.5K SPOT 12 NEO www.taigar.com.br Os monitores de palco Spot 12 Neo possuem falantes de 1x12" 600 WRMS + drive de 1" 60 W RMS da B&C, um monitor com resposta de frequência plana e alta pressão sonora. Com potência de 680W - 8 Ohms, tem resposta de frequência de 54Hz - 20kHZ (+- 10dB), sensibilidade média de 103 dB 1W/1m e máximo SPL (peak) 133dB, calculado @ 1m. O seu peso é de 19Kg e os conectores são Speakon NL4.
STRINBERG T-250S www.sonotec.com.br Um instrumento para quem toca com personalidade. A linha T250S da Strinberg apresenta guitarras com sonoridade limpa e sofisticada durante a sua execução. As guitarras T250S ganham destaque com seus médios e agudos altamente definidos. São fabricadas em basswood, com design moderno e excelente acabamento nas cores Black, Sunburst e Ivory.
www.eros.com.br Desenvolvido para suportar grandes potências, principalmente nos graves devido a sua alta resistência mecânica, o Hammer 6.5K incorpora triplo anel de alumínio para obter melhor resposta das frequências médio-alto e melhor dissipação de calor da bobina. O equipamento possui tecnologia HYBRID MAGNET e utiliza ferrites em Bário e Neodymium, proporcionando alto rendimento e permitindo ultrapassar 96 dB Free-Air (fora da caixa). Com resposta natural compreendida entre 60 até 4000Hz, é indicado para trabalhar em regime prolongado com alta potência e menor perda de rendimento (compressão dinâmica do som).
DRIVERACK PA2 www.harman.com A Harman traz ao mercado nacional o DriveRack PA2, gerenciador que oferece todo o processamento necessário entre o mixer e amplificadores para otimizar o desempenho de alto-falantes. Com um wizard inteiramente novo, a configuração está mais rápida e mais fácil. Os novos AutoEQTM e AFSTM oferecem uma equalização de ambiente e controle de feedback ainda mais precisos e o detalhe é que tudo pode ser controlado em tempo real a partir de dispositivos móveis, utilizando controle por Ethernet via Android, iOS, Mac ou Windows. O aplicativo permite manipular diretamente as configurações do compressor, EQ gráfico, EQ paramétrico e de crossover, e os presets de caixas acústicas. O DriveRack PA2 oferece excelente sonoridade de maneira eficaz e econômica, mantendo o alto padrão dos processadores de sistemas dbx.
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www.yamaha.com.br Em busca da melhor sonorização, a Yamaha acaba de lançar as caixas acústicas amplificadas da linha DBR. As novas caixas acústicas conseguem dissipar um som poderoso e de alta-qualidade economizando no transporte e tempo de montagem. O produto vem com amplificador, DSP e tecnologia igual às tradicionais linhas DXR e DSR. Dessa maneira, o som de alta qualidade em qualquer nível sonoro é garantido. As caixas DBR possuem modelos de 10”, 12” e 15”. Cada caixa foi desenvolvida para ser durável e leve, otimizada para uso como PA, monitor de palco e instalações fixas. Uma boa pedida para banda ou DJ que deseja elevar seu desempenho sonoro.
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SERIE DBR
M-633D MIXER STEREO DIGITAL http://toacorp.com.br A TOA lança o modelo M-633D, um mixer stereo equipado com 12 entradas (6 monaural e 3 stereo) e 6 saídas (2 monaural, 1 stereo e 1 stereo recording). O equipamento possui 2 buses monaural e 1 bus stereo, permitindo que cada sinal de entrada seja endereçado a cada linha de bus, individualmente. Oferece funções de processamento digital, como: Automatic Resonance Control Function (ARC), Feedback Suppressor Function (FBS), Automatic Clipguard Function (ACG) e Automatic Mute Function (AUTO MUTE). Este mixer faz compensação acústica avançada, através de processamento automático, sem ter necessidade de utilizar outro equipamento para medição. Pode ser montado em um rack EIA (1U). Entre as características técnicas se destacam: resposta de frequência: 20 Hz – 20 kHz e banda dinâmica 90 dB ou mais (IHF-A weighted).
VOKAL VLR-502 www.sonotec.com.br Referência até mesmo para a concorrência. Esse é o discurso que envolve o VLR-502, lançamento da linha de áudio profissional Vokal. A novidade utiliza-se de tecnologia sustentável com o seu sistema de bateria de Lithium recarregável, exclusividade para o mercado nacional e, ainda, pode-se utilizar pilhas AA. É um produto sofisticado, repleto de vantagens tecnológicas, que proporciona alto desempenho e uma performance única durante a sua execução. Integram o VLR-502, dois microfones de mão sem fio, duas baterias de Lithium recarregáveis, dois adaptadores para uso de pilhas AA, uma base receptora UHF onde, também, é possível recarregar as baterias de Lithium, uma fonte AC de alimentação e um case de proteção e transporte.
CAIXA ATIVA LEXSEN www.proshows.com.br A Proshows lança este mês no mercado profissional de áudio mais um modelo de caixas ativas da série LPX da Lexsen, que têm a mesma qualidade de som das já tradicionais séries LPX e PX. O novo modelo LPX-2015A possui dois falantes de 15”, tecnologia das séries antecessoras, bom desempenho, maior potência, versatilidade e fácil operação. Algumas características do equipamento são: caixa ativa de 2 vias; dois falantes de 15”; 500WRMS; MP3 player; display em LCD; bluetooth; equalizador de 2 bandas; limiter e driver titânio.
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CLEVERSON SILVA É O NOVO ENDORSEE DA YAMAHA A Yamaha Musical do Brasil acaba de ganhar mais um integrante em sua família de endorsees. Trata-se de Cleverson Silva, baterista referência no meio musical, que utilizará baterias acústicas e eletrônicas em seus projetos. O músico toca bateria desde os sete anos de idade e aos 12 iniciou sua carreira profissional. Influenciado por no-
mes como Dave Weckl, Dennis Chambers, Steve Gadd, Cuca Teixeira, Tedd Campbell, Will Kennedy, dentre outros bateristas já tocou com diversos artistas nacionais e internacionais. Atualmente faz parte da banda do The Voice Brasil, na Rede Globo, e integra o grupo Brás Adoração, da Assembleia de Deus Brás.
FALAMANSA NO GRAMMY LATINO O Grupo Falamansa está entre um dos cinco indicados ao 15º Latin Grammy pelo álbum Amigo Velho, na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras. A cerimônia de premiação acontece no dia 20 de novembro, no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas (EUA).
VÍDEO CLIPE COM OUTROS OLHOS Músicos e fãs deverão ter novas experiências ao assistirem videoclipes. É que a Mirriad, empresa de tecnologias para vídeo, Universal Music e Havas fecharam uma parceria para inserção de publicidade in-video. A tecnologia Mirriad permite às agências como a Havas executar campanhas nos videoclipes da Universal Mu-
sic em plataformas de TV, online e de dispositivos móveis. A ideia é que artistas da Universal Music possam usar novas oportunidades para gerar receita a partir de seus videoclipes. A tecnologia Mirriad insere produtos, painéis publicitários, vídeo e outras formas de ativos de marca em conteúdos de vídeos já produzidos.
ECAD DIVULGA LEVANTAMENTO INÉDITO SOBRE A OBRA DE ZÉ RAMALHO EM COMEMORAÇÃO AOS 65 ANOS DO ARTISTA Na sexta-feira, dia 3 de outubro, o cantor e compositor Zé Ramalho completou 65 anos de idade. Para lembrar a data, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) preparou levantamento inédito sobre a obra do artista. No total, o artista paraibano tem 207 canções e 465 fonogramas cadastrados nos bancos de dados da empresa. No topo da lista das suas obras mais executadas nos últimos cinco anos estão Chão de giz, Frevo mulher e
Garoto de aluguel. Já no ranking das canções mais regravadas por outros artistas entre os anos de 2010 e 2014 estão Frevo mulher, Garoto de aluguel e Admirável gado novo. A maior parte dos direitos autorais recebidos pelo artista nesse período é oriunda da execução pública de suas canções no segmento “música ao vivo”.
EFEITOS ESPECIAIS A banda mineira Onze:20 acaba de colocar no ar o clipe de Sem Medo de Amar, primeiro single do novo álbum Vida Loka. Para a gravação de algumas cenas, o diretor e editor Paul Domingos utilizou uma câmera especial, Slow FS700, a mesma usada pelo Foo Fighters no clipe da música “These Days”. O clipe reúne imagens feitas em vários shows da banda pelo país, cenas de bastidores e trechos da turnê pelo Japão. Confira o video: http://www.youtube.com/user/onze20
NOVA ÁREA PARA NEGÓCIOS NA MUSIKMESSE Pela primeira vez na história a Musikmesse Frankfurt, que será de 15 a 18 de abril, terá uma área exclusiva para negócios: o B2B Area. Localizado no Hall 4.1, o espaço será destinado a fabricantes, distribuidores e representantes de marcas que estiverem registrados e terá como objetivo oferecer um local confortável e propício aos negócios, em uma atmosfera profissional. Os interessados podem reservar um espaço no B2B Area, independente de já terem reservado um estande na feira.
TEMPLO DE SALOMÃO Inaugurado em julho de 2014, o Templo de Salomão, em São Paulo, ganhou o sistema de sonorização K-array, empresa italiana representada pela Gobos do Brasil. A equipe técnica teve um grande desafio para sonorizar uma área de grandes proporções com um som invisível e leve. A ideia era minimizar ao máximo a grande reverberação do local e reflexões acústicas. Outra exigência foi atender ao desenho do templo original de Salomão de forma que as caixas de som não ficassem aparentes. Toda distribuição de sinal e tráfego de áudio é digital, via fibra ótica, através do protocolo Dante. Sub KO70 - Instalado no teto da Igreja.
“SISTEMA PRINCIPAL”. A caixa KP102 foi instalada nas colunas ao lado do altar, na posição horizontal como monitor do altar. A caixa KH4 foi instalada no teto da igreja como Sistema Principal e como Side-Fill do altar. A caixa KK52 foi instalada na área interativa do Cenáculo, o sub KMT18 foi instalado no altar e a caixa KRM33 foi instalada
como sistema do auditório do 2° andar. Já a caixa KV50 foi instalada como monitor no púlpito. Uma matriz de áudio da Yamaha permite controlar individualmente cada caixa de som, bem como o controle de diversos setores. O console de controle é um CL5, também da Yamaha, que pode ser operado à distância via iPad.
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IPIABAS JAZZ & BLUES Uma boa pedida para novembro é o Festival de jazz e blues que acontece na cidade de Ipiabas, distrito de Barra do Piraí, no sul fluminense. Nomes como Marcos Valle, Guto Goffi, George Israel, Taryn Szpilman, além dos americanos Mark Lambert, Lazy Lester e Jai Mailano , e o guitarrista de blues Igor Prado sobem ao palco entre os dias 20 e 23 de novembro, para apresentações gratuitas. Além dos shows que acontecem à noite, durante o dia dá para participar de workshops com os músicos Guto Goffi, do Barão Vermelho e Cláudio Infante, que acompanha Taryn Szpilman.
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O FESTIVAL O IV Ipiabas Jazz & Blues Festival vai apresentar nesta edição um mix entre o jazz e o blues, unindo a nova e a velha geração e talentos nacionais e internacionais em uma das localidades mais charmosas do Vale do Café (RJ). O festival acontece sob o esplendor da natureza local, ou seja, em
meio a montanhas, muito verde e santuários naturais do distrito de Ipiabas. A programação em horários definidos e a infraestrutura do evento, com palco e restaurantes ao ar livre de onde é possível assistir aos shows, prometem um fim de semana inesquecível, regado a muito jazz e blues. O principal objetivo do Festival é fortalecer ainda mais a cidade de Barra do Piraí como um dos principais pólos culturais e turísticos
dessa região do Vale do Café e torná-la referência para quem procura história, natureza e paz, aliados a muita boa música. A ideia também é oferecer às pessoas a possibilidade de conhecer, ouvir música de alta qualidade, tocada por músicos nacionais e internacionais acostumados aos melhores festivais de jazz e blues do mundo, mostrando que estes gêneros podem ser apreciados por todas as idades.
Fotos: Internet / Divulgação
DAVID BOWIE E OS ANOS 70 O livro David Bowie e os anos 70 é um relato intenso sobre como a música do artista refletia e influenciava o mundo que o cercava. Ou mais do que isto: como o mundo que o cercava influenciava no seu processo de criação como artista. Foi durante a década de 1970 que David Bowie se tornou a lenda que é hoje, após uma série de discos incríveis, acompanhados de grandes revoluções no modo de se vestir e de incorporar diferentes personagens nos palcos – e fora deles – o que o levou a ser conhecido como o ‘camaleão do rock’.
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O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) distribuiu para 4.795 titulares de música (compositores, intérpretes, músicos, editores, produtores fonográficos) e associações o total de R$ 4.245.261,84 como retribuição autoral pelas obras executadas durante os eventos da Copa do Mundo de 2014. Do total de titulares beneficiados, 3.263 são nacionais, enquanto 1.532 são estrangeiros. A distribuição dos direitos autorais das músicas executadas nos shows foi feita de forma direta e a dos espaços com sonorização ambiental foi feita de forma indireta, através de sistema amostral. No topo das canções mais executadas estão o badalado hit baiano Lepo Lepo (em 1º lugar) e os sucessos internacionais Girl on fire, Feel so close, Billie Jean e Waves. Já os cinco primeiros da lista de autores mais executados estão Otavio de Moraes (1º lugar), Ary Barroso, Jorge Ben Jor, Lourenço e Anderson Cunha.
SESC PR DIVULGA MÚSICAS PARA O FEJACAN Selecionadas para a edição 2014 O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e a Prefeitura de Jacarezinho divulgaram as 36 músicas selecionadas para compor a edição 2014 do Fejacan – Festival Jacarezinhense da Canção. Este ano, mais de 400 canções foram inscritas no festival – dessas, 36 foram selecionadas e serão apresentadas entre os dias 20 e 22 de novembro, no Cine Teatro Iguaçu, em Jacarezinho (PR). De acordo com o gerente executivo do Sesc Jacarezinho, Sergio Tiburcio, após minuciosa análise da Comissão Organizadora, as 36 músicas, provenientes de 12 estados e 18 cidades, foram classificadas. Além de representantes paranaenses, esta edição contará com músicos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Pará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. O Fejacan promove o intercâmbio cultural, cria meios de difusão da produção musical e contribui para a formação de pla-
teia. “O festival tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da produção musical do Paraná e de diversas regiões do país, especialmente aquelas que resultam de processos de pesquisa e que estão relacionadas ao aprofundamento do uso da linguagem musical”, enfatiza Sergio Tiburcio. Uma das novidades desta edição é a inserção de mais um dia de Foto: Jivago França / Divulgação
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LEPO-LEPO DOMINOU A COPA
apresentações do Fejacan que, a partir deste ano, será realizado de quinta-feira a sábado. Além das 36 canções selecionadas para o festival, o cantor e compositor Ivan Lins encerra a última noite do evento, no dia 22 de novembro.
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RESCALDO
Definidas as eleições, o mercado se prepara para adaptar estratégias e projetar o futuro. Ciente de que qualquer governo sofre as oscilações obscuras do dólar, importadores, fabricantes, distribuidores e comerciantes adotam a estratégia da cautela monitorando o comportamento do mercado consumidor para balizar novos projetos e investimentos. Afinal cautela e canja de galinha...
NOVO FORMATO Como previsto por essa coluna, o estrondoso sucesso do Rio das Ostras Jazz & Blues desse ano provocou um verdadeiro rebuliço na região do litoral norte fluminense por conta da expansão de negócios e movimentação turística excepcional nos dois finais de semana do evento. Assim sendo, a prefeitura de Rio das Ostras e a Azul Produções acataram o clamor da cidade e decidiram que em 2014 o evento será nesse novo formato, ou seja, em dois finais de semana. Anote na agenda: as datas já definidas para o próximo ano são 14, 15, 16, 21, 22 e 23 de agosto. É o sucesso cobrando seu preço...
ATRAPALHADO O poder público brasileiro e os gestores da educação de nosso país continuam atrapalhados na implantação do ensino musical nas escolas. Sem regras claras e iniciativas objetivas, a conquista de músicos e de resto, de todos os amantes da cultura que lutaram pela reinserção do ensino musical nas escolas, não vai andar para a frente. Deve ser por coisas assim que o Brasil ocupa o último lugar em educação nas Américas, ao lado do Suriname.
Embora menor, a Expomusic 2014 teve interessantes momentos de bastidores. Alguns impublicáveis por conta de sigilo comercial. Mas do que foi tornado público, restou evidente que mesmo diante de uma crise econômica, teve gente investindo e colhendo frutos. A fórmula mágica para identificar isso é ligar para alguns importadores ou fabricantes e pedir determinados produtos de suas linhas. Alguns não tem mais estoque para pronta entrega. A conclusão óbvia é de que a coisa não está tão ruim assim. Tem mais choro do que lenço.
AUSÊNCIA Convocado para o meeting mundial da Roland em Londres, o executivo e boa praça Takao Shirahata foi ausência sentida na Festa Nacional da Música em Canela. Querido por todos e pequeno para tantos abraços, o presidente da Roland do Brasil deu azar no cruzamento das datas e não conseguiu conciliar os dois eventos na agenda. Mas certamente está trazendo boas novidades do encontro na Europa.
SERIEDADE E PREJUÍZO Tanto critico a falta de peças de reposição para os equipamentos vendidos no Brasil que preciso reconhecer a seriedade de algumas empresas ao assumir prejuízos canibalizando equipamentos em estoque para cumprir compromissos com o consumidor. E em alguns casos esse prejuízo não é pequeno. Tudo em nome da seriedade e credibilidade.
SUCESSO O show de Paul McCartney marcado para o dia 25 de novembro no novo estádio do Palmeiras, em São Paulo, teve seus ingressos esgotados em me-
GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR
nos de 3 horas. Todos os 45 mil tickets foram vendidos com uma velocidade que impressionou os produtores que inclusive já programaram um show extra. Segundo especialistas, se o sistema fosse mais rápido e sem congestionamentos, as vendas não passariam de 15 minutos.
QUEDA GERAL As vendas de cópias físicas de música caíram vertiginosamente no maior mercado consumidor do mundo. Apesar da retomada econômica, os EUA registraram uma significativa perda no mercado de CDs e DVDs musicais. Com exceção da trilha sonora de Frozen que vendeu 3,2 milhões de cópias, ninguém conseguiu sequer chegar perto do disco de platina, ou seja, um milhão de cópias. Grandes vendedores de discos como Adele, Lady Gaga, Katy Perry, Bruno Mars, Beyoncé, Justin Tymberlake e Jack White, nem passaram perto de atingir a honraria. Segundo a revista Forbes, as vendas de músicas on line estagnaram nos últimos dois anos, fazendo com que os artistas apertem empresários para agendar shows para pagar as continhas.
DUDA EM AÇÃO A executiva Duda Lopes está fazendo um estrago no mercado de tecladistas estelares no Brasil. Seu time de endorses cresce e se qualifica a olhos vistos. Com a camisa da Casio, a irrequieta executiva de marketing usa a diversidade de modelos da tradicional marca japonesa de teclados para dar uma
consistência mercadológica interna que apesar de forte lá fora, internamente a Casio nunca teve. Ponto para a competência.
(marca de corda não aparece), a relação custo-benefício está cada vez mais pesando na hora de decidir a compra. Já a durabilidade...
MÚSICA E ELEIÇÃO
EM TERRA
Antes que me perguntem, musicalmente falando, foi a pior campanha eleitoral que já presenciei em mais de meio século de existência. Jingles ruins, paródias bobocas, falta de humor e talento, tudo isso contribuiu para uma eleição a ser esquecida por quem gosta de descobrir curiosidades musicais no trabalho dos marqueteiros.
Apesar do emprenho da ministra Martha Suplicy, o vale-cultura não decolou. Bem intencionada, mas mal divulgada e regulamentada, a proposta escorreu pelo ralo da mesmice inerte dos corredores públicos brasileiros.
PERIGO O formato MP4, comum em arquivos para smartphones e tablets virou um perigo para usuários desatentos. Pilantras cibernéticos conseguiram inserir um script malicioso no arquivo sem que o incauto infectado perceba. Sua música e seu vídeo tocam normalmente, mas você está devidamente raqueado, e não sabe. Especialistas em teoria da conspiração dizem que a sacanagem foi criada por empresas responsáveis pela venda de músicas on line. Assustar quem baixa música ilegal seria a intenção, mas sinceramente, acho essas suspeitas uma viagem. Mas...!
PREÇOS Tenho que concordar. A diferença de timbre entre cordas de guitarra vendidas por 20 reais e as vendidas por 100 reais tá cada vez menor. Os puristas e conservadores discordam, mas sem o adicional de grife no preço e a natural invisibilidade
ESTRANHA CONSTATAÇÃO Apesar de possuir a única fábrica de chips de alta complexidade da América Latina, o Brasil não consegue tornar o CEITEC, em Porto Alegre, uma referência em tecnologia para a indústria nacional. Desinformação, carga tributária e burocracia fazem com que um chip produzido na China custe quase a metade de um desenvolvido e fabricado no Brasil. E como o valor agregado é insignificante, nada impede que a gente permaneça na idade da pedra em termos de tecnologia digital avançada. Enquanto isso, empilham imposto na gasolina, na cerveja e até no pão.
FALANDO NISSO Com qualquer governo teremos tarifaço no ano que vem. O showbusiness inevitavelmente vai acusar o golpe. É aguardar 2015 para ver.
FESTA DA MÚSICA 2014 Mês que vem eu conto tudo o que rolou nos bastidores da Festa Nacional da Música em Canela, no RS: a homenagem à Revista Backstage e muito babado forte.
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DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
DANÇAS Mauro Senise Os novos trabalhos do flautista e saxofonista, em CD e DVD, contam com as participações de Cristovão Bastos, Gilson Peranzzetta, Antônio Adolfo, entre outros músicos. O DVD, que foi dirigido por Walter Carvalho, traz também a participação especial de Deborah Colker, que criou a coreografia para este projeto de Mauro Senise e Ana Luisa Marinho. Em seu vigésimo trabalho autoral, Senise lança mão de um jazzgafieira, mais acordeão, misturado ao som de flautas, pianos e outros instrumentos, dando um clima de grande baile ao álbum.
ACORDE Jairo Carvvalho Chega ao mercado nacional o CD Acorde, do mineiro radicado em Curitiba, Jairo Carvvalho. Um trabalho realizado de forma independente que apresenta 14 faixas compostas com diversos parceiros e, com participação de músicos virtuoses do cenário nacional. Gravado no Estúdio Click em Curitiba-PR, entre 2002 e 2007, o CD foi mixado por Paulo Bueno, Jairo Carvalho e Jeff Sabbag, e masterizado por Chris Gheringer no Sterling Sound em Nova York-E.U.A. A faixa Acorde ganhou o prêmio de melhor música Latina do mês. Acorde é um daqueles trabalhos onde cada canção requer um tipo de tratamento sonoro, ou seja, a escolha de instrumentos e arranjos, pois cada faixa tem vida própria sem deixar de formar uma bela harmonia no trabalho como um todo.
DUDU KING 1 Dudu King Produzido em parceria com o multi-instrumentista Nilton Gappo, o guitarrista Dudu King lança trabalho autoral, no qual explora sua veia criativa e fiel ao vintage. Nas 12 faixas, sendo que 11 são instrumentais, o músico se mantém fiel também ao blues, mas também experimenta uma mistura de timbres crus de guitarras crus com teclados e pianos atuais e misturas musicais que vão desde músicas latinas e caribenhas, ao rock, passando pelo funk e jazz. As músicas são de autoria do guitarrista, bem como Maldito Blues, feita em parceria com Sergio Dias, que na verdade estava perdida desde 1996.
O TEMPO E O BRANCO Consuelo de Paula Com seu novo trabalho, O Tempo E O Branco, Consuelo de Paula conclui mais uma fase de sua obra autoral. Este é seu sexto registro fonográfico, mas pode ser considerado outro momento de uma única obra, uma obra que conversa entre si e com o mundo. Aqui a poesia se revela ainda mais generosa e ousada, inaugura outros ares, propõe um novo baile. Provocada pelo universo poético de Cecília Meireles – que aqui entra como inspiração livre –, Consuelo constrói canções que mais uma vez surpreendem o ouvinte pela leveza quase insondável de seu lirismo; coloca sua sensibilidade própria, livre, a serviço da arte, o que acaba por lhe exigir rigoroso apuro interno para descobrir as palavras certas no momento de articular sentimentos, ritmos, tons, o claro e o escuro, a ave e o vento, a pedra e o rio, o espaço e o tempo.
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PIANO David Feldman Em seu novo trabalho solo, o músico mostra suas várias faces musicais explorando não somente o romantismo melódico, mas também sua sensibilidade. Na primeira faixa do CD, Primavera, é possível constatar a sutileza e elegância musical, uma interpretação romântica, sem excessos, onde em certo momento o pianista passeia pelo universo de clássicos como Debussy. E essa elegância pode ser ainda apreciada em faixas como Tetê, Sabiá e Chobim - sua primeira composição autoral revelada no disco, em que homenageia dois grandes marcos da música: Chopin e Jobim. O álbum foi produzido pelo próprio David e faz o instrumento reinar absoluto, destacando seu lado de compositor, com temas originais e de grande lirismo.
COSTA DO MARFIM Cachorro Grande Três anos depois do lançamento de seu último álbum, Baixo Augusta, a banda Cachorro Grande está de volta com o Costa do Marfim, homônimo ao país situado no coração do continente africano. Com a experiência de quem acumula 15 anos de estrada e sete álbuns de estúdio, o grupo portoalegrense formado por Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Pedro Pelotas (teclados) e Gabriel Azambuja (bateria) traz nesse novo disco uma mistura revolucionária de psicodelia sessentista aliada aos encantos do som inglês dos anos 90, importado de Manchester. Os gaúchos se reinventam com muita criatividade, fazendo a conexão Rio Grande do Sul - São Paulo - Inglaterra Costa do Marfim num piscar de olhos. Produzido pelo lendário Edu K - líder da banda De Falla - Costa do Marfim traz a Cachorro Grande fazendo o que faz de melhor: rock’n’roll inventivo, ousado e plural, sem tirar os pés das suas raízes.
ANIMAL NACIONAL Vespas Mandarinas Há pouco mais de um ano as Vespas Mandarinas lançaram seu primeiro álbum, Animal Nacional (Deck – 2014). Desde então eles rodam o Brasil conquistando uma legião de novos fãs e desfrutam do sucesso de crítica e de público com shows lotados e uma indicação ao Grammy Latino. Esse mês lançam pela Polysom a versão em vinil desse disco. Formado por Chuck Hipolitho (voz e guitarra), Thadeu Meneghini (voz e guitarra), André Dea (bateria) e Flávio Guarnieri (baixo), o quarteto se destaca por trazer um rock/pop urbano, poético e venenoso como não se ouve há tempos.
VIOLÃO DE AÇO BRASIL Victor Biglione Neste novo trabalho, Victor Biglione convidou a nata do instrumental brasileiro como Arthur Maia, Jorge Helder, Sergio Barrozo, David Feldman, Marcos Ariel, Zé Lourenço, Jurim Moreira, Victor Bertrami, Andre Tandeta, Carlos Malta, Marcos Suzano, Caludio Infante, Hugo Pilger, Lui Coimbra e Villarejo.... Parece que um CD só não dá conta da constelação reunida. Já que os “escolhidos” dispensam apresentações, vamos à concepção do projeto: neste novo álbum Biglione faz uma espécie de homenagem ao instrumento com cordas de aço, que depois do estouro da bossa-nova, acabou sendo relegado aos acompanhamentos de baladas pop. O guitarrista, que há algum tempo vinha fazendo duos de grande importância com este instrumento, decidiu trazê-lo novamente para o primeiro plano. Destaques para Tostão, de Milton Nascimento para o filme Tostão, a fera de ouro, em que Victor realiza novo arranjo explorando o lado andino e flamenco, e para As rosas não falam, de Cartola, que ganha um lirismo impressionante no violão solo.
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Profissões do
‘backstage’ T O B É
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Em mais uma entrevista da série sobre os bastidores dos shows e das produções em que existem profissionais do áudio ou de iluminação trabalhando, ou mesmo outras funções ligadas ao dia a dia do entretenimento, abordaremos a profissão de Produtor Técnico, e o entrevistado é Tobé Lombello.
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obé, sempre começamos as entrevistas dessa coluna pedindo ao entrevistado que conte um pouco da sua história. Quais os caminhos e eventos que te levaram ao mundo do áudio e dos shows? Desde criança adorava mexer no som, vivia com os headphones do meu pai na orelha, acho que daí surgiu minha vontade de tocar e estar envolvido com isto. Em 1996 eu tocava com meus amigos, pois tínhamos uma banda chamada Orbitais com a qual fazíamos shows em bares de São Paulo e também tínhamos um estúdio particular que chamávamos de “Porão”. Lá existia uma mesinha digital 01v, o primei-
ro modelo que saiu. Não sei como, mas eu conseguia operar aquele “brinquedinho” e fazer um som bacana no nosso ensaio. Às vezes eu chamava o Macarrão (hoje técnico dos Raimundos) para me ajudar; ele foi um dos meus professores. Daí para frente eu chegava mais cedo, afinava o instrumento de todos, enfim, virei roadie e técnico da minha própria banda, sem saber nada. Depois disso eu virei roadie da banda Tihuana que estava em ascensão na mesma época que Charlie Brown, Planet Hemp etc. Acabei fazendo uma tour com muitos shows, não parava em casa e aí sim me apaixonei pela estrada. Além de muitos shows éramos uma espécie de família, sou muito grato a eles. Fiquei até mais ou menos 2004 no Tihuana, fazendo outros artistas simultaneamente. Nesta época eu já quase não trabalhava mais como roadie, só como técnico de monitor. Na próxima gig voltei a ser roadie, mas era da Rita Lee. Fui roadie da Rita, Beto e Dadi Carvalho durante a tour Do Balacobaco e aprendi muito. Após isso voltei para o Tihuana e simultaneamente fazia a banda de reggae Maskavo. Os caras faziam muitos shows, não saíamos da estrada. Fui começando a fazer todas as prés técnicas das bandas
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produção do Nando Reis e Os Infernais. O Nando é um artista que gosta muito de fazer show e não paramos de rodar um minuto por este Brasil. Tenho um time redondinho lá, e a gig está muito legal, cenário, luz, um show bem bonito, além do show dele ser demais, um hit atrás do outro, isso é certeza do público sempre feliz. Para explicar melhor, o que faz um produtor técnico, quais as suas atribuições? O produtor técnico cuida de toda a parte técnica necessária para o acontecimento de um show ou evento. Vou dar alguns exemplos de itens técnicos: som, luz, palco, geradores etc. Não sei muito bem como explicar as atribuições para pessoas leigas no as-
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nas quais eu trabalhava e estava começando a fazer freela em eventos com artistas internacionais. Enfim, comecei a me apaixonar pela parte de produção que eu indiretamente fazia com os artistas que trabalhava. Trabalhei como técnico de monitor de algumas bandas nacionais: Tihuana, Maskavo, Strike, Nação Zumbi, Paula Lima, entre muitos outros que sempre acabamos trabalhando, fazemos subs para amigos. Fiz alguns trabalhos de shows internacionais, em 2006, como stage manager assistant e daí pra frente não consegui mais me desligar deste mercado. Fui stage manager dos palcos principais de alguns festivais importantes no Brasil como os dois SWU‘s que
O produtor técnico cuida de toda a parte técnica necessária para o acontecimento de um show ou evento: (...) som, luz, palco, geradores etc.
aconteceram em 2010 e 2011 e trabalho até hoje como stage manager do palco Mundo de todos os Rock in Rio, no Brasil e no exterior. Desde 2010 até hoje em dia, além dos festivais e shows internacionais, sou diretor técnico do Seu Jorge – que por sinal é um artista maravilhoso de se trabalhar. Ele me dá condições de colocar em prática o que aprendo com os shows internacionais. O Seu Jorge é um cara que se preocupa com coisas que para muitos são insignificantes. Lá tenho minha equipe, que executa com brilhantismo os shows em que não posso estar por ter outros trabalhos simultâneos. Agradeço aos amigos da Freak House que, além de parceiros, são excelentes profissionais. Também sou hoje em dia gerente de
sunto, mas digo que temos de ficar atentos, prevenir na pré-produção e, principalmente, fazer com que as normas contidas no rider técnico do artista + normas de segurança + necessidades do contratante estejam sempre andando juntas e sejam entregue conforme o esperado. Sua trajetória inclui a seguinte sequência: músico, roadie, técnico de monitor, produtor técnico, stage manager. Essas mudanças que foram ocorrendo são uma sequência natural na vida de um profissional do backstage? Isso foi acontecendo naturalmente como descrevi na primeira pergunta da entrevista, mas nem sempre esta ordem é o que acontece. Tenho vários amigos que nunca foram músicos, ou-
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O fato de ser stage manager é que gosto muito desta adrenalina de trabalhar com várias bandas ao mesmo tempo, fazer com que os horários sejam cumpridos, entregar o melhor para as produções dos artistas, para a empresa que nos contrata e principalmente para o público
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Rock in Rio Lisboa
tros nunca técnicos e sempre roadies, outros nunca foram roadies, outros não seriam produtores de forma alguma. Enfim, acho que não tem regra. O fato de ser stage manager é que gosto muito desta adrenalina de trabalhar com várias bandas ao mesmo tempo, fazer com que os horários sejam cumpridos, entregar o melhor para as produções dos artistas, para a empresa que nos contrata e principalmente para o público. Nossa vida na estrada é sempre marcada por duas coisas, principalmente: as pessoas que nos deram oportunidades e os eventos que marcaram a nossa carreira. Fale um pouco sobre cada um deles. Sou abençoado por sempre ter tido pessoas do bem em tudo que fiz na minha vida, sendo no meio profissional ou não. Tive a oportunidade dada pelos meus amigos do Tihuana de sair para a estrada mesmo sem nenhuma experiência, fui conhecendo pessoas do bem no meio das equipes e aprendendo muito com todos eles. Vou citar alguns dos amigos que me ensinaram a trabalhar com áudio e depois meus mestres de produção:
No áudio: Macarrão, Cinzeiro, Fernandão, Saieg, Alexandre Rabaço, Ronaldo Lima, Fujimori (R.I.P Saudades), Milton Santos, entre muitos outros. Na produção: Cesar Favaro, Maurice Hughes, Nico Gomes, Cesar Takaoca, Rinaldo Marx, Roger, Ricardo Tenente, Falcão, Flavio Goulart, Flavio Borges, Luiz Porto, Macgyver, entre outros. Os eventos e os show que mais marcaram: Biohazard, Jason Mraz, Mc Fly, Slayer, Slash, Guns And Roses, Hellowen, Gamaray, Evanescense, The Mars Volta, Queens Of The Stone Age, Dave Matheus Band Kings Off Leon, Sublime With Home, Joss Stone, Linking Park, Red Hot Chili Peppers, Tiesto, David Gueta, Pixies, Incubus, Sepultura, Cavalera Conspiracy, Kenny West, Damian Marley, Ziggy Marley, Shakira, Fat Boy Slim, Soja, Peter Gabriel, Alice In Chains, Avenged Sevenfold, Cris Cornel, Stone Temple Pilots, Megadeth, Down, Kate Perry, Elton Jonh, Metallica, Slipknot, Motorhead, Jamiroquai, Janete Monae, Lenny Kravitz, Mana, Marron 5, Cold Play, System of a Down, Smashing Pumpkins, Limp Bizkit, Brian Adams, Bruce Springsteen, entre outros.
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por agências de grande porte, extremamente acostumadas com este tipo de trabalho, como Plan Music, T4F etc. O que eu quis dizer com isso? Que essas agências entregam aquilo que o rider e o contrato dos “gringos” pedem, eles são o oposto do que eu disse na resposta anterior, eles realmente sabem o que estão contratando, leem o rider completamente, aí facilita e muito o nosso trabalho. Com sua experiência em festivais como SWU e Rock in Rio, quais as dicas para os técnicos e mesmos produtores que vão levar seus shows para festivais de grande porte aqui no Brasil e, principalmente, no exterior? Por experiência em trabalhos com artistas internacionais, eu acho que o ideal é fazer um rider bastante comple-
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Você trabalha com alguns artistas de grande destaque no mercado nacional: Seu Jorge e Nando Reis. Como produtor técnico, quais são as maiores dificuldades para por um show do porte destes artistas na estrada aqui no Brasil? A maior dificuldade em minha opinião é que a maioria dos contratantes não lê o que compra. Quando nós produtores começamos a checar as nossas necessidades enviadas em rider/contrato, rola um susto e começam as dificuldades. Quando o problema é estético, ok. O problema é conseguir explicar às pessoas que são importantes, sim, o palco estar devidamente aterrado, que o palco tem que ter extintores de incêndio, que além das fontes de energia principais deve ter uma fonte de energia back-
O problema é conseguir explicar às pessoas que são importantes, sim, o palco estar devidamente aterrado, que o palco tem que ter extintores de incêndio
up etc. Todos acham que um show é baseado somente em cima de som e luz e sabemos que isto não é a verdade. Sou tachado de chato, mas graças a Deus não tenho acidentes no meu currículo. Quando tomamos todos os cuidados ainda assim corremos risco, imagine deixar rolar. Você disse que também faz pré-produção e apoio para bandas e turnês internacionais. Quais são as reclamações e dificuldades dos gringos para rodar com um show ou mesmo uma tour em nosso País? Na verdade normalmente estas tours são muito bem faladas por eles. O que acontece é que estas tours são feitas
to, especificando literalmente tudo o que você necessita. Eles são bastante metódicos e vão entregar o que estiver escrito, não venha pedir depois para dar o “jeitinho brasileiro” que não rola. Aqui no Brasil, e fora também, acho que a pré-produção de shows tradicionais ou festivais é o segredo do sucesso, aquele famoso ditado de que “o combinado não sai caro”, sabe? Ainda falando em shows internacionais: com o aumento da demanda dos shows internacionais, a necessidade de mão de obra especializada tem crescido. Para você, qual seria o perfil profissional necessário para se trabalhar nas produções vindas do exterior?
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Acho que não tem regra, qualquer pessoa que tenha um pouco de conhecimento técnico e fale um pouco de inglês pode trabalhar. Se vai se dar bem é outra história, mas a oportunidade está aí para todos
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Acho que não tem regra, qualquer pessoa que tenha um pouco de conhecimento técnico e fale um pouco de inglês pode trabalhar. Se vai se dar bem é outra história, mas a oportunidade está aí para todos. Como você mesmo disse, esta demanda tem crescido bastante. A única diferença é que você vai se deparar com uma metodologia que não está acostumado aqui; na minha opinião este é o ponto forte destas produções. Equipamentos de última geração com grana podemos trazer, mas a forma de trabalho e empenho de todos da hora em que chega ao local do show até a hora em que vai embora é o que vai fazer a diferença.
trões estão nadando em dinheiro. Acho que devemos nos valorizar mais, cobrar o que merecemos, não aceitar trabalhar sem o devido cachê e condição.
No seu ponto de vista como está o mercado de entretenimento nacional com relação a serviço e mão de obra? E o que precisa ser feito para melhorar a situação atual? Acho que são poucos os artistas que pagam bem seus funcionários. Isso não pode continuar assim, tem gente que trabalha todo dia, o mês todo e não consegue pagar as contas, enquanto seus pa-
O que ainda falta para que você se torne um profissional ainda melhor? Falta muita coisa, estou sempre aprendendo. Considero-me um bom produtor, mas quero ser ótimo.
Qual o conselho que você daria para aqueles profissionais que se interessam a seguir carreira como produtor técnico? Se preparar para morar na frente do computador e ter o celular o tempo todo tocando (risos). Agora falando sério, o conselho que dou é se informar e ter real conhecimento técnico do que está fazendo, mas, principalmente, olhar as pessoas que têm mais experiência e aprender com elas. Eu estou o tempo todo fazendo isso.
Quais os seus planos para o futuro, quais suas metas, onde pretende estar daqui a 10 anos, nos planos profissional e pessoal? De verdade, daqui a 10 anos pretendo estar mais tranquilo de viagens. Hoje estou com um filho de 7 meses e sinto muito a falta dele em viagens curtas, imaginem quando faço viagens mais longas! Penso, sim, em continuar com o trabalho que eu tanto amo, mas quero poder ter condição de curtir minha família também. Este espaço é de responsabilidade da Comunidade Gigplace. Envie críticas ou sugestões para contato@gigplace.com.br ou redacao@backstage.com.br. E visite o site: http://gigplace.com.br.
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 38 Duas caixas acústicas leves, de sonoridade macia, e um mixer amplificado destacável. Os novos STAGEPAS 400i e 600i são soluções completas de áudio para sistemas de PA do tipo “tudo em 1”. Extremamente portáteis, fáceis de montar e configurar, permitem adicionar alta qualidade de reforço sonoro para praticamente qualquer ambiente.
O“SISTEMA DE PA TUDO EM 1” redacao@backstage.com.br Fotos: Reprodução/Divulgação
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ucessores dos renomados STAGEPAS 300 e 500, que eram aclamados mundialmente por serem um sistema de PA portátil compacto e de alta potência e qualidade sonora excepcional, os novos STAGEPAS 400i e 600i entregam agora 400 e 680 watts de potência, respectivamente, conferindo uma melhoria gigantesca em desempenho para atingir as demandas de variadas situações. Outra novidade é o mixer flexível de alta funcionalidade. Equipados com 10 ou 8 canais, os STAGEPAS 600i e 400i oferecem conectividade versátil, funções em cada canal de fácil compreensão e expansões sem emendas que atendem à demanda crescente de diversas aplicações e ambientes.
Fácil e rápido de montar, o conceito do equipamento é de que seja um PA para qualquer ocasião. Os desenvolvedores apostaram em um design simples e intuitivo e por isso o sistema pode ser montado facilmente e fica pronto para usar em minutos.
NOVAS FUNÇÕES DO MIXER Os novos modelos foram construídos pensando no som de alta qualidade, de uma forma simples e ágil, seja em uma palestra ou em uma apresentação. Para isso, os dois modelos vêm equipados com novas funções inteligentes que oferecem controle de parâmetros otimizados simples e intuitivos. A função Channel EQ Assign, por exemplo, de-
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cais e instrumentos acústicos. Simplesmente gire o knob para mudar o tipo de reverb e o seu tempo de duração, assim o usuário estará pronto para aplicar a medida certa de efeito em alta resolução em cada canal. Outro recurso adotado no projeto de ambos os modelos é o EQ Master de 1-Knob. Esta nova função oferece uma masterização instantânea da mixagem, permitindo casar o som com a aplicação e ambiente. Simplesmente gire o knob para aperfeiçoar a equalização para palestras, performances musicais, ou simplesmente ganhar um pouco mais de “punch” de graves.
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talha as configurações de equalização em cada canal para um gerenciamento preciso do som desejado. O equalizador de 2 bandas nos STAGEPAS 400i e equalizador de 3 bandas no 600i deixam a configuração mais fácil e precisa, principalmente nas apresentações do tipo “voz e violão”, que se beneficiarão do novo controle de equalização dos médios no modelo 600i. A chave Hi-Z (alta impedância) conecta violões, guitarras e contrabaixos com alta qualidade sonora e baixíssima distorção. Instrumentos de captação passiva podem ser conectados sem a necessidade de um direct
O equalizador de 2 bandas nos STAGEPAS 400i e equalizador de 3 bandas no 600i deixam a configuração mais fácil e precisa
box. Já a alimentação via Phantom Power permite a conexão de microfones condensadores diretamente ao STAGEPAS para oferecer a melhor qualidade sonora possível. A saída “monitor” expande o sistema de PA ou permite a montagem de um sistema de monitoração amplificado juntamente com as STAGEPAS, como a linha DXR da Yamaha, por exemplo. A saída de subwoofer permite que o sistema tenha graves mais profundos ao adicionar um subwoofer amplificado, como a série DXS da Yamaha. Ao realizar a conexão na saída sub woofer, as STAGEPAS sofrerão um corte de graves automaticamente, evitando a má-distribuição de graves no ambiente. Um knob permite acesso a quatro opções de reverb perfeitos para vo-
DSP INTELIGENTE As STAGEPAS utilizam processamento de sinal digital (DSP) para oferecer alta qualidade sonora sem distorção em qualquer nível de volume, seja numa apresentação de negócios ou fazendo o som de um clube. O DSP inteligente da Yamaha incorpora o uso de limiters avançados para proteger componentes vitais da STAGEPAS, garantindo tirar o máximo do equipamento durante anos. Por combinar amplificadores de alta eficiência, alto-falantes redesenhados e um DSP de alto desempenho, as novas STAGEPAS também oferecem uma pressão sonora elevada, com melhorias consideráveis em qualidade sonora e durabilidade. O novo design da corneta entrega alta qualidade sonora com distribuição homogênea numa área maior.
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PREVIEW| www.backstage.com.br 40
Show do Metallica Shangai com um público de 18 mil pessoas
FAMÍLIA A série LEO, da Meyer Sound, sistema de caixas acústicas que a MAXI traz para o mercado brasileiro, possui ótima cobertura sonora, excelente SPL e é indicada para todas as aplicações que precisem de reforço sonoro. Novo desenho do gabinete, novos altofalantes e novos amplificadores são as apostas da Meyer Sound para causar uma excelente primeira impressão.
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família de caixas acústicas Leo veio para atender àqueles que estão em busca de “som altamente linear”. A missão é entregar exatamente o que as audiências querem ouvir, da maneira que os engenheiros de som querem que elas ouçam. Essa definição também está ligada à missão da MAXI, que busca
LEO-M Array
proporcionar ao público sensações únicas em sintonia com os objetivos e expectativas dos clientes, aliada à visão de ir além, superar novos e maiores desafios, oferecer sempre algo novo, que eleve os padrões existentes. Olhando mais detalhadamente para essa família, logo de cara já é possível
50 anos VOITH - com um público de 13 mil pessoas
LEO destacar algumas características do modelo Leo -M, que é uma caixa acústica de 02 alto-falantes de 15'’ para as baixas fre quências e 02 Drives de 4" para as médias-altas frequências. Os novos drivers, por exemplo, são projetados para trabalhar com potência máxima mantendo sempre a mesma fidelidade. As baixas frequências incluem dissipadores de calor especiais para garantir que trabalhem sempre frios. Os amplificadores do sistema Leo-M também possuem dissipadores de calor e ventiladores para manter a máxima eficiência e produzem praticamente o dobro da potência da linha HP da Meyer
18º Cultura Inglesa Festival
Sound. Em conjunto com o Leo-M, para as baixas frequências, é indicado usar as caixas acústicas 1100LFC e para downfill podem ser usadas as Meyer Sound Mica ou Meyer Sound Lyon. Já no Subwoofer Meyer Sound LFC-100 a novidade fica por conta do desenho do gabinete, além dos novos alto-falantes e novos amplificadores. Outra novidade é o novo Galileo Callisto, uma nova versão do Galileo 616, que vem com novos filtros para Equalização como o U-Shapping, que é baseado no filtro TruShaping patenteado pela Meyer Sound. Com ele é permitido equalizações de
extrema dificuldade técnica, e foram desenvolvidos especialmente para o alinhamento dos componentes do line array, particularmente para os Sistemas Leo-M. Em versão especial para os proprietários do sistema LeoM, o Maap Online Pro é a principal ferramenta usada para o desenho de todos os componentes desse sistema. Usando o Leo-M e por conta dos excelentes ajustes, potência e processamentos, as distâncias entre as primeiras torres de Delay podem ser aumentadas. E, dependendo do projeto, podem até ser eliminadas reduzindo custos e quantidades de equipamentos.
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 42
MOBÍLIA O canto de trabalho e produção do baterista Fábio Brasil, no Rio de Janeiro Ricardo Schott redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
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om experiência em bandas como Jason e Detonautas (onde está desde antes do lançamento do primeiro CD, em 2002), o baterista Fábio Brasil tem um ideal de som na cabeça - o LP Creatures of the night (1982), do Kiss. “Era um som muito pesado, no auge do analógico, aquelas máquinas de 48 canais. Discos do The Police, como Ghost in the machine e Syncronicity, têm também esse som, que é fantástico. Costumo dizer até que é um som meio ‘borrado’. Esse peso dos anos 80 é o que eu gosto!”, conta ele, tentando sempre alcançar esse vigor, cheio de ambiência e dire-
cionamento, nas produções que realiza em seu estúdio Mobília Space, no Itanhangá, Rio de Janeiro, e que costumeiramente é chamado por aí de “estúdio dos Detonautas”, embora nem seja isso. “É, as pessoas falam isso, mas nada a ver. É basicamente meu local de trabalho, é minha praia”, diz Fábio, que está trabalhando atualmente por lá no novo disco da banda carioca Stellabella. Ele confessa que, se pudesse, tudo no Mobilia Space seria gravado em fita. Não dá, claro. “Para fazer isso, precisaria ter um montante de produção em analógico. E o custo de fita é caro. Com o Pro Tools
YouTube em que as bandas tocam ao vivo, para mostrar o que fazemos aqui”, ressalta. Como se não bastasse, a Mata Atlântica está ali pertinho. “Não tem muita pressão, nem cara de estúdio. Quem vem, já tem vontade de botar chinelos. Dá para ouvir o som da natureza. E ainda tem o Elvis,
que é o gato do estúdio e já tá ficando famoso!”, conta. Depois de ter passado pela verdadeira escola que foram as gravações no Toca do Bandido com Tom Capone, o que Fábio mais precisava era de um bom clima entre quatro paredes. “Tem estúdio que mesmo sendo bom e equipado não tem ambiente produtivo. O do Tom tem um pé direito alto e inclinado. Você tocava a bateria e sentia o solavanco do som que batia na parede e voltava pra você! Nunca vi
ateria vando b rasil gra Fábio B
você faz tudo, mas esquentar o som na mesa é maravilhoso”, ressalta. O Mobília nasceu inspirado pelo crédito dado ao estúdio móvel dos Rolling Stones em discos clássicos como Exile on Main Street, dos próprios Stones (1973), e Physical graffiti, do Led Zeppelin (1975). “Na época era só ‘Mobília’. Pus esse nome porque o estúdio era na minha casa. Comecei há uns 20 anos num apartamentinho em Quintino (subúrbio da cidade do RJ). Era só um porta studio, mas comecei a comprar microfones, um Pro-Tools”, conta. As idas e vindas para o estúdio Toca do Bandido, onde os Detonautas gravaram os dois primeiros álbuns, o inspiraram a se instalar numa casa no Itanhangá. “Consegui fazer uma sala de gravação espetacular, um pé direito com mais de 6 metros. Não mexi em quase nada”. O uso de sensíveis microfones de fita pela sala dão “uma peculiaridade maravilhosa de captação, tanto para overdubs quanto para gravar ao vivo. Até criei o Mobília Session, canal no
Prés
Lista de equipamentos Microfones: Royer (2), Sennheiser 421 (4), Sterling Valve, Shure SM57 (4), Shure SM58 (2), Cascade Ribbon (2), Sennheiser E604 (4), Shure SM91, Shure SM52, SKG d112, Shure SM7, Audio Tecnica 3031 (2), Audio Tecnica 4041, AKG C 3000 (2), Subkick Yamaha, Shure SM57 Beta (2), MXL 601 (2), SKG C 414 Pré-amplificadores: Neve 5012, UA 2-610, SSL Alpha VTU, SSL Alpha 4 Chanel, Joe Meek Twin Q, Aphex Tubessence, entre outros. Compressores: dbx 4 Canais 166 Mesa 2408 Yamaha ano 1982, DM 1000 Digital
Sistema Pro Tools HD Reverbs 5 Spx 900, 1 Spx 2000 Amps: Marshall JCM 800 5OW, Fender Blues Deville, Hatke System Bass Baterias: Yamaha Maple Custom Absolite, Yamaha Recording Custom, Yamaha Beech Custom e Tama Artstar2. Guitarras: Gibson Les Paul Raw Power, Fender Stratocaster 40 Anos, Fender Telecaster e Telecaster Custom. Baixo: Fender Jazz Bass, Jazz Bass De Luxe e Precision Piano: Yamaha Clavinova, D50 Roland.
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Um dos momentos mais plenos de emoção que aconteceram recentemente no Mobília foi a gravação do último CD do guitarrista e cantor Celso Blues Boy, Por um monte de cerveja. “Ele tinha o disco pronto na cabeça há uns dez anos. Ele já meio que sabia do caminho que ele teria depois disso, você vê as letras, as músicas...” (Fábio Brasil)
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Sala da técnica
Mobília Sessions - Tributo a Kurt Cobain
Celso Blues Boy
isso. Resolvi, lá por 2001, 2002, que se eu tivesse um lugar meu, que fosse assim”, alegra-se, saudoso do mestre, morto em 2013 num acidente de motocicleta. “Tom chamava a gente para gravar diversas coisas numa época em que a
gente não tinha grana, precisava pegar carro emprestado. A filosofia dele era dar liberdade para o artista, pegar o que ele tinha de melhor”. A gravação de bateria, claro, é uma especialidade do Mobília Space. “Tenho qua-
Celso Blues Boy e Tico Santa Cruz
tro baterias Yamaha e uma Tama, todas feitas com diferentes tipos de madeira. Isso já faz uma diferença absurda. Tenho vários tambores, bumbos... A pessoa pode escolher um mais macio, um mais duro. Dá para tirar sons diferentes de guitarra também. Se o cara quiser tirar um som mais anos 80 tenho o (pedal) Chorus, e vai por aí”, completa.
ANALÓGICO E DIGITAL COM CELSO Um dos momentos mais plenos de emoção que aconteceram recentemente no Mobília foi a gravação do último CD do guitarrista e cantor Celso Blues Boy, Por um monte de cerveja. Os preparos do disco aconteceram quando ele já estava bem doente - o bluesman morreu em 2012. “Ele tinha o disco pronto na cabeça há uns dez anos. Ele já meio que sabia do caminho que ele teria depois disso, você vê as letras, as músicas...”, conta, di-
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Misturamos analógico e digital na mesa de gravação, e ficou ótimo. Depois o Celso disse que queria montar um trio...
zendo que a galera dos Detonautas (todos participaram do disco) entrou no clima envelhecido do álbum. “Na época, eu queria que o estúdio fosse um celeiro. Ficou um clima de fazenda, a barba cresceu, ficou todo mundo maltrapilho... Depois ele ficou feliz, disse que a gente tocava que nem maestro. Acho que ele falou isso mais pela alegria do momento, mas foi legal!”, brinca. “Misturamos analógico e digital na mesa de gravação, e ficou ótimo. Depois o Celso disse que queria montar um trio comigo, com o Roberto Lly (baixista e produtor do álbum, ex-integrante da banda Herva Doce) e com o Renato Rocha (guitarrista dos Detonautas). Infelizmente não deu tempo”. O álbum acaba de ser lançado em formato digital pelo Mobília Music.
DETONAUTAS NO MOBÍLIA A saga continua, disco duplo dos Detonautas, foi gravado no Mobília. A banda vinha alternando quatro, cinco dias na estrada com gravações - e teve bastante tempo para fazer todo o álbum, ao contrário de lançamentos anteriores em que precisavam cumprir todo o cronograma em duas semanas. “Tivemos um dia, um dia e meio para cada música. Nem editamos muito, nem gosto de editar nada. Chegamos no estúdio já querendo tocar de maneira perfeita. Tem músico que reclama que o negócio ‘não parece perfeito’, mas a perfeição tem que estar no ‘sangue’ da música”, revela.
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METAMORFOSE O V O N O N O D N A APOST
Nova marca, novos projetos, novos horizontes. O engenheiro João Américo é daqueles que não param quietos. Depois de vender a sua empresa, a JAS, em 2013, decidiu encarar mais um desafio, criando uma nova marca, a Arte et Design (AED), e dando prosseguimento a um antigo projeto: o de produzir caixas acústicas, só que com características bastante diferentes. Nesta conversa com a Backstage, João fala sobre essa nova fase da vida e avalia o mercado de áudio no Brasil.
Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
B
ackstage - Onde e quando foi o lançamento desse novo equipamento? Fizemos no dia 29 de setembro aqui em Salvador um lançamento nacional dentro de uma programação organizada por técnicos de som da cidade, chamada Segundas Técnicas. Contamos com a presença de muitos técnicos e donos de empresas de som. Estavam presentes alguns fornecedores, entre eles a Quanta, que é minha sócia neste novo empreendimento e é quem vai comercializar os nossos produtos.
Backstage - Quais os modelos lançados e quais as características desses novos equipamentos? Para lançar nacionalmente a nossa nova marca que se chama Audio Et Design, ou abreviando AED, apresentamos quatro modelos de caixas: uma caixa para um sistema indoor de Line Array, modelo AED 206, um subwoofer modelo AED 115S para completar este sistema, uma caixa de monitor de palco AED 112SM e uma coluna bem pequena, a AED 205. As caracterís-
A&D 205
A&D 112 SM
A&D 206 A&D 115S
ticas de todas as caixas são sua ótima qualidade de áudio e uma ótima eficiência, além de um design diferente de tudo que existe no mercado, até para justificar a palavra DESIGN. Até a cor é diferente. Um azul bem escuro. Viemos para somar com os bons fabricantes de equipamentos de áudio do Brasil e dessa maneira tentar incutir na cabeça das pessoas que nem tudo que é importado é bom e nem tudo que é nacional é ruim.
Backstage - O que o levou a desenvolver esse novo sistema? Ainda quando estava na empresa João Américo Sonorização tínhamos um histórico de desenvolver nossos próprios sistemas, contando com a amizade e o conhecimento de uma das pessoas que para mim é a que mais entende de caixas de som no nosso país. Eu me refiro é claro, a Carlos Correia. Assim sendo, nós já tínhamos um histórico na fabricação de caixas.
Quando estava procurando comprador para minha empresa de locação, ainda não sabia direito o que fazer da vida. Ao mesmo tempo não queria me afastar do mundo do áudio, até porque não sei fazer outra coisa na vida. Reconheço que tenho facilidades para desenvolver certas coisas de mecânica e também desenhos das cornetas das caixas. Mas ainda não tinha me decidido por fabricar caixas.
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Aos poucos fui criando e sedimentando uma ideia que foi parar num guia de ondas que no centro tem um miolo que chamo de Plugue de Correção de Tempo, ou TCP do inglês Time Correction Plug. Daí foi achar uma pessoa para desenhar a minha ideia em avançados programas de computação que desenham peças mecânicas.
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Backstage - E quando tomou essa decisão? O start veio com o convite para visitar a fábrica de caixas de som da Clair Brothers, na Pennsylvania, nos Estados Unidos. Fiquei tão encantado com tudo que vi lá que, a partir daquele dia, coloquei na minha cabeça que era aquilo que queria para o resto da minha vida. Após a visita, fui para Nova Iorque e permaneci mais uma semana e ainda lá já comecei a desenhar algumas ideias de modelos de caixas. A opção foi por um novo sistema - na verdade novos, porque ainda virão muitos outros por aí, minha cabeça não para de pensar em novas soluções em caixas acústicas. Não gosto de repetir o que já foi feito. Sempre se pode fazer diferente; e foi assim que fiz. A minha primeira caixa de Line Array, por exemplo, está saindo com três pedidos de patente. O que me levou a esse projeto foi o conhecimento adquirido na convivência com o Carlos Correia, sempre observando mundo afora outros bons sistemas e estudando soluções de diversos problemas nos mais diversos tipos de equipamentos. Não sou um teórico, eu sou um empírico por essência. Gosto de meter a mão em tudo. Então, juntando tudo isso eu queria realmente fazer um sistema diferente e que os meus futuros usuários e clientes sentissem orgulho de usar um com a marca AUDIO ET DESIGN. Eu tenho convicção de que o mercado vai sentir que está chegando um equipamento que é diferente e com uma sonoridade muito agradável. Posso dizer que tenho orgulho do produto que criamos. Backstage - Você conta com parceria ou colaboração de alguém para esse projeto? Quando pensei em fazer caixas, logo me veio à cabeça o nome do Carlos Correia, parceiro de muitos anos. Mas havia um problema: naquele momento, ele trabalhava numa grande multinacional. Isto não me fez desistir da ideia. Continuei tocando a empresa João Américo Sonorização, pois ainda não tinha vendido, e ao mesmo tempo tocando os meus projetos das caixas. O meu principal objetivo era fazer um sistema de Line Array - o que na realidade é o mais difícil. Para fazer um
line você esbarra automaticamente num guia de ondas. Não queria usar um guia já presente do mercado, não queria copiar um existente. Aí foram algumas noites acordado na cama, que é quando consigo encontrar quase todas as minhas soluções para os mais variados problemas, desde as ferragens de içamento ao guia de ondas. Backstage - E conseguiu? Aos poucos fui criando e sedimentando uma ideia que foi parar num guia de ondas que no centro tem um miolo que chamo de Plugue de Correção de Tempo, ou TCP do inglês Time Correction Plug. Daí foi achar uma pessoa para desenhar a minha ideia em avançados programas de computação que desenham peças mecânicas. Feita a primeira peça protótipa numa CNC, após testar foi só “correr para o abraço”. Tudo aconteceu como eu queria. Para compor a minha equipe, trouxe lá da minha antiga empresa o José Carlos que de dentro da sua sutileza tem muita sabedoria e tem sido um grande parceiro nos projetos. A parte eletrônica, alinhamento e processamentos está em ótimas mãos. Também junto com o José Carlos tem o Ubiratan Palmeira (Bira) que é o nosso assistente de luxo. Para que tudo ficasse melhor do que o esperado, agora na reta final, o Carlos Correia passou a fazer parte da nossa equipe. A marcenaria fica em Lauro de Freitas, município da região metropolitana, e a nossa sede fica bem no centro de Salvador. Backstage - Já era um projeto antigo? Tudo começou no início de 2011, após minha volta dos Estados Unidos. Foi quando comecei a trabalhar no desenvolvimento do Guia de Ondas. Após eu ter em mãos o Guia de Ondas cheguei à conclusão que poderíamos fazer um sonho se transformar em realidade. Vieram os primeiros protótipos. Fazia um protótipo de caixa, fazia um teste, mesmo em caráter superficial, mas era o suficiente para ter a certeza que estava no caminho certo. No último dia de 2012 para o primeiro dia de 2013 passei a empresa para Valmir Elpidio que é o atual proprietário da companhia que leva o meu nome. A essa altura eu já estava terminando a reforma do imóvel que lo-
que gostam de bons produtos importados. Tenho certeza que vão comprar e não vão se arrepender de investir em nossos equipamentos. O nosso empenho ao desenvolver os nossos sistemas é para que o nosso cliente sinta o mesmo
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chamou e perguntou se eu podia assinar um documento. Era uma petição direcionada à AES internacional, pedindo autorização para que fosse criada a seção brasileira dessa importante ONG. Foram cerca de dez assinaturas, entre
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quei para funcionar a Arte et Design. A partir daí era necessário tempo integral e eu tinha que aprimorar os projetos que estavam no caminho certo, mas não finalizados. Na nova sede temos uma sala de audição, pois precisamos ouvir muito. Backstage - Quanto tempo levou para desenvolver esses novos equipamentos? Foram quase três anos para lançar a primeira caixa. Foram muitos testes e muitas alterações. Não gosto de resolver problemas acústicos de caixas com processamento eletrônico. O processamento eletrônico é um remédio. Não é muito melhor não adoecer? Nada vem de graça. Se a caixa está com uma deficiência numa determinada faixa na sua resposta de frequências e uso o processamento eletrônico para corrigir, o que estou fazendo? Estou empurrando potência em cima de um determinado alto-falante e, como consequência, eu diminuo o headroom do meu sistema. Por isso, eu tento resolver estes problemas na construção da caixa. Isso me levou a passar meses só numa seção da caixa. A minha caixa de Line Array, apesar de pequena, tem três vias. Gastei meses experimentando, testando a corneta que melhor se adequava ao Guia de Ondas. Não foi diferente no médio grave e na seção de graves. Backstage - E quais são as principais características desses modelos? Eu diria que as principais características são a fidelidade na reprodução sonora, a eficiência do sistema de Line Array, que é todo cornetado, e a beleza do sistema. Backstage - Dentro do mercado de áudio, esses novos equipamentos vão atender a algum nicho, isto é, esse novo projeto vem a atender a um mercado particular? Dentro do mercado de áudio brasileiro queremos fornecer equipamentos para as boas empresas de áudio. Ou seja, aquelas empresas
Foram muitos testes e muitas alterações. Não gosto de resolver problemas acústicos de caixas com processamento eletrônico.
orgulho que sentimos ao ouvir o resultado sonoro das nossas caixas e ao mesmo tempo ver um sistema que tem um design diferenciado. E por que não dizer bonito? Backstage - Por falar em mercado, qual a sua impressão desse segmento e da indústria de áudio no Brasil atualmente? Eu venho de uma época em que o Regime Militar criou uma lei muito burra, que se chamava Lei de Reserva de Mercado. Esta lei proibia importar qualquer coisa com o pretexto de se forçar a indústria brasileira a fabricar tudo aqui. Isto criou um abismo tecnológico absurdo. O Brasil ficou muitos anos tecnologicamente defasado. Não se conseguia produzir produtos de alta tecnologia, porque dependíamos de componentes que só eram feitos lá fora, e como era proibido importar, não era possível fabricar aqui. Backstage - Mas hoje o cenário é outro? O mercado brasileiro agora é outro. Há mais de quinze anos estava numa Convenção da AES em Nova Iorque, quando o Sólon do Valle (tenho muita saudade dessa grande figura que nos deixou e faz muita falta ao áudio brasileiro) me
as quais a minha, com muito orgulho, num pedaço de papel. Nunca imaginei que aquele ato teria uma importância tão grande para o áudio brasileiro. Para quem não se lembra, a única feira de áudio e música existente no Brasil acontecia junto com uma feira de brinquedos, onde acontece a Bienal de Artes Plásticas, no Ibirapuera. O áudio não era mesmo levado a sério. Backstage - Podemos dizer que a AES foi o divisor de águas? O áudio no Brasil tem duas etapas: uma antes e a outra depois da AES. Com a AES vieram a convenções de áudio, as palestras e a partir daí a difusão do conhecimento do áudio. Vieram as revistas, primeiro a Música e Tecnologia e depois a Backstage e ainda mais recentemente veio a revista Sound on Sound. Hoje o cenário é outro, muita gente com muito conhecimento apareceu no mercado brasileiro. Na levada do conhecimento começaram a aparecer boas empresas fabricando bons produtos, o mercado está crescendo e a indústria do entretenimento hoje é uma realidade. O mercado brasileiro está ficando grande e tem espaço para todo mundo. Isto é maravilhoso.
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CDC eight-16 (esq.) CDC eight-16 (dir.)
O conceito de modularidade vem há algum tempo figurando como uma das opções de técnicos de som que atendem a diversos formatos de eventos ao vivo, em especial em locais de instalação fixa, como nos cultos. Para atender a esse mercado, os fabricantes lançam mão desse conceito, que permite tornar os consoles expansíveis a gosto do cliente. A Cadac, com seu mais novo CDC Eight, traduz perfeitamente esse conceito, alinhando nova tecnologia e precisão técnica.
MIXAGEM EXPANSÍVEL redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
O
CDC Eight é o que se pode chamar de carro chefe dos consoles digitais da Cadac. Projetado para atender as realidades e exigências tanto dos shows ao vivo quanto de locais de instalações fixas como igrejas de médio porte, a marca procurou inovar adotando uma abordagem de interface diferente para os usuários. Em vez dos controles físicos tradicionais encontrados nas mesas analógicas e digitais, a novidade nesse console é a interface altamente intuitiva por telas de 24 polegadas de alta definição 16:10, sensíveis ao toque, e rodeados por codificadores digitais. Isso significa que o CDC Eight foi projetado para ser muito
CDC eight-16 rear
menos dependente de menus, garantindo um fluxo de trabalho rápido e lógico. Isso é possível, segundo o fabricante, graças aos lendários prés de microfone Cadac, além do DSP e da tecnologia de processamento FPGA, usado em combinação com a tecnologia Sharc.
SISTEMA EXPANSÍVEL Um sistema compacto CDC Eight pode começar com a seguinte configuração: um CDC Eight-16 e um par de CDC I/O 3216 stageboxes; o que dá ao usuário 64 inputs e 32 outputs, que podem ser expansíveis para um sistema de 128 x 48 apenas adicionando hardware posterior-
mente. Com a adição de um CDC MC Router, uma rede completa de áudio pode ser aumentada para possíveis 3.072 inputs. Olhando mais de perto as especificações da mesa, o CDC Eight oferece 128 canais de input, 40 deles configuráveis como busses, mais LCR, mais dois busses de monitores estéreo, 16 grupos VCA, 16 processadores FX estéreos, ¹/³ de
oitavas GEQ nos busses de saída e menos de 0,4 milissegundos de latência. Além disso, o console comporta amostras sincronizadas de somas de fases de sinais de áudio, dual mode simultâneo (modo de entrada e modo de mixagem), redundância externa dual nas fontes de alimentação e múltiplas opções remotas de stagebox. As caracterís-
ticas da mesa ainda incluem 64 entradas e saídas, bem como suporte multi-idiomas, rede de integração com o MegaCOMMS, um protocolo de interconexão que proporciona uma latência extremamente baixa, correção de erros e avançado sistema de clock, e integração opcional com o plug-in Waves. Mas não são apenas essas características citadas acima que impressionam. Os fabricantes apostam em outro trunfo: a modularidade do equipamento, que vai beneficiar principalmente àqueles que precisam do equipamento para uso em locais de culto. O benefício que a CDC Eight oferece a essas situações é justamente a possibilidade de ter um sistema de som ao vivo flexível, que compreende três opções de consoles de mixagens e múltiplas escolhas de dispositivos I/O, incluindo stagebox remotas e opção de I/O
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CDC Eight touch screen
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O processamento de dinâmica no CDC Eight foi projetado para fornecer uma ampla gama de possibilidades para maximizar o potencial criativo. A dinâmica de entrada consiste em um compressor gate e dual-mode com filtragem de cadeia lateral, com modos de operação clássico ou vintage
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configurável pelo usuário. As opções de consoles são os modelos CDC Eight-16, uma tela simples com 16 faders de superfície de controle; o CDC Eight-32, com tela dupla com 32 faders de superfície de controle; e o CDC Eight Sidecar, com uma tela única de 16 faders expansíveis, que trabalha tanto com os consoles CDC-16 quanto com o CDC-32.
ser contornado com um bypass mestre. As bandas do EQ LF e HF apresentam uma opção Bell/prateleira, e o EQ pode ser configurado para emular a resposta e o comportamento dos clássicos filtros analógicos J-Type, ou para proporcionar um funcionamento totalmente paramétrico de 4 bandas em um per-base do canal.
DINÂMICAS COERÊNCIA DE FASE Como todo o processamento digital leva certo tempo para verificar o áudio e a maioria dos consoles digitais, ao combinar sinais com diferentes percursos, deixa os sinais parcialmente fora de fase, quando faz essa soma dos múltiplos, os consoles digitais da Cadac possuem um extenso sistema de gerenciamento de latência automática, que gerencia todos os roteamentos internos e a latência de processamento associado, o que significa que todas as amostras de áudio são sincronizados antes de soma, resultando em coerência absoluta de fase em todas as saídas. O desempenho de áudio ainda mantém uma ampla faixa dinâmica e baixo ruído de fundo através de uma combinação de algoritmos analógicos emulando exclusivas 24-bit / 96 kHz.
EQ A seção EQ possui 6 bandas, que compreende uma seção paramétrica de quatro bandas e filtros de baixa e alta passagem. Todas as seis bandas podem ser ligadas de forma independente ou todo o EQ pode
O processamento de dinâmica no CDC Eight foi projetado para fornecer uma ampla gama de possibilidades para maximizar o potencial criativo. A dinâmica de entrada consiste em um compressor gate e dualmode com filtragem de cadeia lateral, com modos de operação clássico ou vintage. O processamento de dinâmica de saída possui compressão e limitação. O controle de ambos é atingido por um simples toque que irá preencher a tela. Os sub menus ou pequenos gráficos encontrados em outros consoles digitais foram substituídos por ícones grandes com toque amigável, aumentando a velocidade geral de operação e facilitando o fluxo de trabalho. A nova onda de soluções modulares significa que é necessário confiança na manutenção da qualidade e compatibilidade do sistema, quando se trata de expansão de sistemas. Este tipo de tecnologia, que pode ser encontrada nos sistemas de áudio, vídeo e iluminação, mostra que o console CDC Eight da Cadac é apenas um exemplo do que está sendo colocado em uso no mercado.
Hardware: • Dois tamanhos de quadro: tela dupla, 32 fader ou tela única, 16 fader | • Tela de 24" com toque anti-reflexo de alta definição | • interface de usuário gráfica intuitiva | • plataforma DSP | • processadores SHARC de ponto flutuante 32/40 bits | • Tela de toque LCD de 6" para controle do sistema Recursos: • Clássico Cadac mic-pres |• Sublatência 0,4 milissegundo | •Biblioteca de vários idiomas | • 128 canais de entrada | •4 bandas EQ paramétrico |•64 barramentos de saída | • Busses atribuíveis | • 16 grupos VCA | • 8 grupos de Mute | • Equalizador gráfico de 31 bandas em todas as saídas |•Limitador de Compressor em todas as saídas | • Delay de saída |• Automação Snapshot
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MIXAGEM “IN THE BOX” Você já se pegou pensando como algumas rotinas profissionais do nosso cotidiano pareceram estranhas, ou até mesmo absurdas, quando tivemos o primeiro contato com elas?
NAS APLICAÇÕES “AO VIVO”: os primeiros passos de um caminho inevitável
U
ma das que sempre me vêm à lembrança é o conceito de mixagem “In The Box”. Imaginar que há 20 anos seria possível mixar um disco com a qualidade de um estúdio comercial usando somente os recursos disponíveis nos programas de áudio para computador parecia uma utopia. Hoje, ouvimos cada vez mais excelentes produções que se beneficiam desse método construtivo. Inegável afirmar que os constantes avanços trazidos pela informática tornaram o sonho cada vez mais real, mas parece-me que o homem também teve uma tendência natural a se tornar “dependente” do computador, seja qual fosse o seu segmento de trabalho ou formato de produto escolhido.
Luciano Freitas é técnico de áudio da Pro Studio americana com formação em ‘full mastering’
Essa escolha, muito mais que uma provável evolução, foi certamente a “mola propulsora” que definiu o formato das interfaces de áudio tal qual vemos hoje na maioria dos estúdios. Será também essa a escolha que trará o conceito “In The Box” para as mixagens dos shows “ao vivo”, fazendo surgir equipamentos financeiramente mais acessíveis e mais portáteis que os atuais? Vejamos o que o espírito visionário de alguns fabricantes está semeando neste
próspero mercado, de modo a concretizar essa inevitável tendência: TOA Corporation – M-864D: presente no Brasil há mais de dez anos, porém pouco conhecida por aqui, esta tradicional fabricante japonesa de áudio profissional, comunicação e equipamentos de proteção patrimonial oferece ao mercado brasileiro uma linha de produtos que tem tudo para agradar nossos profissionais mais exigentes. Nesse equipamento, montado em um gabinete de 4 unidades do padrão rack 19”, a empresa TOA oferece um mixer digital com oito entradas balanceadas mono (mic/line, com phantom power +24 Volts individual por canal e pad para atenuação do sinal) e duas entradas estéreo, tendo cada uma destas três pares de conectores P10, com todas as entradas direcionáveis para suas quatro saídas individuais (possui também uma saída dedicada para gravação que utiliza conectores RCA). Cada canal de entrada oferece como processamento um equalizador de três bandas (graves e agudos com frequências fixas e médios paramétricos, além de um Low Cut Filter) e um algoritmo eficaz para suprimir a realimentação acústica (microfonia) do sinal. Outros dois recursos que lhe agregam valor são a função Automatic Resonance Control – ARC, que realiza um diagnóstico acústico no local onde está instalado o sistema de alto-falantes, promovendo os ajustes necessários no espectro de frequências e no tempo de projeção para otimizar a inteligibilidade do
som em ambientes altamente reverberantes (disponível em todas as suas saídas, que também possuem equalizadores paramétricos de cinco bandas), e a função Automatic Mute Setting, que atenua automaticamente o sinal das entradas estéreo quando detecta sinal nas suas entradas mono (perfeita para locuções com fundo mu-
podem ser rapidamente recuperadas com o toque de dois botões. Há também portas de contato seco para controle remoto externo que também possibilitam a integração com outros sistemas, sendo as conexões mais fáceis graças aos conectores tipo terminal block com pequenos parafusos, dispensando o uso de solda. Behringer – X32 Rack: seja nas aplicações “ao vivo” ou mesmo no estúdio, o X32 Rack é prova do sucesso alcançado pelo Music Group, um consórcio que reúne atualmente marcas como Midas, Klark Tek-
sical). O equipamento pode ser operado pelos controladores físicos existentes no seu painel fron-
nik, TurboSound e Bugera, além é claro da Behringer, estabelecendo uma parceria para desenvolver no-
tal (entre eles, 14 potenciômetros deslizantes de 60 mm), porém ganha mais versatilidade quando comandado pelo software disponível para plataforma PC (conexão com o computador pela porta Ethernet). Realizados todos os ajustes, o usuário poderá salvá-los nas 16 memórias do equipamento, as quais
vos produtos, compartilhando tecnologias. Capaz de gerenciar simultaneamente 40 canais de entrada (cada qual com equalizadores de seis bandas, processadores de dinâmica, controle do tempo de delay entre outros processadores de sinal), o equipamento conta com 16 pré-amplificadores desenvolvi-
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TECNOLOGIA |SINTETIZADOR| www.backstage.com.br 56
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Além do processamento nativo presente nos canais, o X32 Rack oferece oito processadores de efeitos dedicados (consegue gerenciar quatro reverbs estéreo e oito canais de equalizadores gráficos simultaneamente)
dos pela Midas (digitalmente programáveis) e oito entradas auxiliares com conectores P10, as quais podem ser expandidas com o uso dos módulos Digital Snake S16 (até três unidades S16 podem ser conectadas em cada uma das suas portas AES50) para atingir incríveis 152 canais de entradas (120 analógicas + 32 digitais). Além do processamento nativo presente nos canais, o X32 Rack oferece oito processadores de efeitos dedicados (consegue gerenciar quatro reverbs estéreo e oito canais de equalizadores gráficos simultaneamente), nos quais é possível carregar simulações baseadas em alguns equipamentos lendários, entre eles os compressores Teletronix LA2A, Urei 1176 e Fairchild 670. A conexão entre o equipamento e os seus módulos de expansão (S16) se dá por meio de um único cabo CAT5 com conectores etherCON (obedecendo ao protocolo SuperMAC da Klark Teknik), o qual pode atingir distâncias de
até 100 metros. Outro dispositivo que usufrui da praticidade dos cabos CAT5 é a porta Ultranet, a qual permite interligar até 48 unidades do Powerplay 16M (sistema de monitoração pessoal da Behringer) ou até 16 caixas acústicas da linha iQ da TurboSound (tecnologia Acoustic Integration). Embora possua um visor TFT de 5” (800 x 480 pixels), pelo qual é possível visualizar grande parte dos seus parâmetros de edição, o fabricante disponibiliza os aplicativos XControl (para plataformas Mac e PC), XiControl (para iPad) e XiQ (para iPhone e iPod Touch) que possibilitam controlar remotamente o equipamento de qualquer ponto da sala de audiência (acompanha o produto o software de gravação multipistas Tracktion 4). Olhando para um futuro próximo, o equipamento está preparado para expandir suas conexões de áudio multicanal para os formatos ADAT, MADI e DANTE (vem de fábrica com uma conexão USB, com fluxo
Presonus – StudioLive RM: disponível em dois diferentes modelos (RM32AI, com 32 canais de entradas e 16 de saídas; e RM16AI, com 16 canais de entradas e 8 de saídas, todas com conectores XLR), o equipamento conta com pré-amplificadores que contemplam a tecnologia XMAXTM (topologia Classe A, com phantom power +48 Volts), conhecida por oferecer, por um preço atrativo, alto nível de headroom e baixo ruído de fundo, aliados à precisão sonora proporcionada pelo sistema de sincroniza-
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zada no seu painel frontal), possibilitando acesso ao software UC Control, um aplicativo baseado no conceito de tela única (disponível para plataformas Mac, PC e iOS) que recria virtualmente o ambiente gráfico de um console de mixagem, colocando todos os principais parâmetros de edição na ponta dos dedos do técnico (quando usado com monitores sensíveis ao toque). Além do UC Control, o usuário terá à disposição uma suíte de softwares (pacote Active Integration) que oferece dois gravadores multipistas (Capture, para aplicações “ao vivo”, e
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de 32 canais de entradas e 32 canais de saídas simultâneas).
Olhando para um futuro próximo, o equipamento está preparado para expandir suas conexões de áudio multicanal para os formatos ADAT, MADI e DANTE
ção JetPLL®. Cada um dos seus canais (inclusive os 25 auxiliares) possui um equalizador paramétrico de quatro bandas, filtro de passagem de altas frequências (HPF), um compressor, um limiter, um gate/expander, além de outras ferramentas como inversor de polaridade e controle panorâmico. Já na sua seção de efeitos, o equipamento conta com dois processadores digitais de reverb e dois de delay (operando em 32 Bits), os quais atuam simultaneamente com quinze equalizadores gráficos de 31 bandas (disponíveis nos doze primeiros canais auxiliares e nas saídas LCR) sem sobrecarregar o sistema. Para se conectar com computadores e com roteadores wireless, a StudioLive RM oferece uma porta Ethernet (para conexão cabeada) e um adaptador de rede sem fios (usado na porta USB locali-
Studio One Artist, otimizado para uso no estúdio) e o aplicativo QMix-Ai, um app que permite aos músicos ajustarem (mixarem) o sinal que a eles é enviado para monitoração (até 16 dispositivos iOS podem atuar simultaneamente, cada qual com diferentes níveis de privilégio para a edição). O produto oferece ainda conexões Firewire S800 (envia 52 canais e recebe 34 simultaneamente, em amostragens de 96kHz/24Bits), uma saída para fones de ouvido, uma saída de áudio digital no formato S/PDIF e conectores DB25 que copiam (espelham) o áudio enviado para as saídas existentes no seu painel frontal.
Para saber online luciuspro@ig.com.br
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AUTOMAÇÃO PARA MELHOR APROVEITAMENTO NO De acordo com o guia do usuário do Logic Pro X, a automação é a gravação, edição e reprodução dos movimentos dos botões, controles deslizantes e rotativos. Através da automação é possível fazer mudanças em material já gravado visando criar alterações dinâmicas de volume, pan, balanço, entre outros, em todos os tipos de trilhas (MIDI, áudio, software instrument, drummer).
X
LOGIC PRO Vera Medina é produtora, cantora, compositora e professora de canto e produção de áudio
A
lém disso, um dos principais usos atualmente é a automação de plugins de efeitos. Então mãos à obra!
A AUTOMAÇÃO ENVOLVE 4 ETAPAS: •visualizar a área de automação; •definir e escolher qual o melhor modo de automação para uma determinada situação;
1) Visualizando a área de automação: O primeiro passo para iniciar a automação é visualizar a área de inserção desta. Existem algumas formas que com o tempo passam a ser automáticas no seu fluxo de trabalho: a) Conforme a Figura 1, com alguma trilha ativa e com conteúdo, clique sobre a figura apontada. Além da figura ficar agora numa cor amarronzada, você per-
Figura 1
•adicionar a automação propriamente dita, através da inserção de pontos de controle; •reproduzir a automação e ajustes necessários.
ceberá que o conteúdo da trilha ficará esmaecido e com uma linha sobreposta. Esta linha é conhecida como curva de automação e é onde são inseridos os pontos de controle da automação.
Figura 2
Figura 3
b) a segunda opção para visualizar a área de automação é clicar no atalho tecla A; c) a terceira opção é abrir o menu Mix > Show Automation, conforme a figura 2. Note que um botão para ativar e desativar a visualização da automação pode ser encontrado em cada trilha, conforme a Figura 3. É importante ressaltar que a automação fica escondida apenas, não é deletada. 2. Definindo e escolhendo o modo de automação: Os modos de automação definem como se dará o comportamento
Figura 4
destas trilhas. Temos as seguintes opções que podem ser escolhidas no menu apresentado na Figura 4: • Off: esconde as automações existentes nas trilhas, sem deletá-las; • Read: reproduz toda a automação existente na trilha. Por exemplo, se existir uma automação de volume ou pan, o fader ou botão correspondente se moverá durante a reprodução. No modo Read, não há possibilidade de mudar o valor do parâmetro automatizado ao mover faders, botões ou outros controles. •Touch: Reproduz a automação da mesma forma que no modo Read. A diferença é que é possível mo-
dificá-la movendo o controle do parâmetro. Assim que o controle é liberado, a automação existente passa a valer, dando continuidade à reprodução. •Latch: funciona de forma semelhante ao modo Touch, mas assim que o controle é liberado, o novo valor de parâmetro substitui a automação existente daquele ponto em diante. •Write: apaga toda a automação existente na trilha assim que o cursor de reprodução passa sobre a parte desta trilha. Grava novos movimentos dos controles ou deleta a informação existente, caso nada seja movido. Para escolher um mesmo modo de automação para várias trilhas simultaneamente, podem ser seguidos um dos seguintes passos: •Aperte a tecla Shift e a mantenha pressionada enquanto clica sobre os números constantes na frente das trilhas escolhidas (conhecidos como track headers). Perceba que as trilhas selecionadas ficam num tom acizentado. Vá ao menu de qualquer umas das trilhas selecionadas e escolha o modo de sua preferência. Não é necessário manter a tecla Shift pressionada durante esta escolha. Vide Figura 5. Você não precisa escolher as trilhas em sequência necessariamente, podem ser espaçadas. •Outra forma é abrir o Mixer, selecionar os canais desejados mantendo a tecla Shift pressionada e clicando sobre o nome dos canais e, em seguida, escolher o modo de automação desejado no menu. Vide Figura 6. Para escolher canais em sequência, é possível clicar sobre o nome do primeiro (sem manter a tecla Shift pressionada) e arrastar o mouse até o último canal a ser selecionado. Vale a pena ressaltar que existem vários atalhos que podem ser uti-
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Vale a pena ressaltar que existem vários atalhos que podem ser utilizados para escolhas de modos de automação, mas não são o foco desta matéria, podemos abordar numa outra oportunidade.
” Figura 7
Figura 5
Figura 6
lizados para escolhas de modos de automação, mas não são o foco desta matéria, podemos abordar numa outra oportunidade. 3. Adicionando automação às trilhas: Primeiramente, escolha qual parâmetro deseja automatizar do menu que consta na trilha (ex: volume, pan etc.). Para iniciar a automação numa curva vazia, clique sobre o espaço fora da curva (Figura 7). Veja no exemplo que a curva fica amarela e também que aparecerá um ponto no início da curva de
acordo com o valor apresentado no controle (fader, botão, etc). Em seguida clique com o cursor do mouse sobre a curva e você verá um ponto de controle marcado. Caso queira mover para cima ou para baixo, basta manter o mouse sobre o ponto marcado e arrastar para a posição desejada (para cima, para baixo, para esquerda, para direita). 4. Ajustando a automação: Teste da seguinte forma os seus conhecimentos. Siga as etapas 1 a 3 utilizando uma trilha de áudio existente. Na etapa 3, escolha o parâmetro Volume a ser automatizado e marque vários pontos de automação. Agora reproduza a trilha e teste cada um dos modos, tente ajustar os pontos em cada caso e veja o que acontece. Na próxima edição vamos abordar aspectos intermediários e avançados da automação. Esteja preparado!
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vera.medina@uol.com.br www.veramedina.com.br
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CUBASE7.5 Olá amigos De tempos em tempos eu escrevo artigos que seguem mais a linha de reflexões do que tutoriais. São importantes porque nascem da vivência e observação diárias com meus alunos e clientes em suas mais diversas atividades e demandas.
AS WORKSTATIONS E O 7X1 Marcello Dalla é engenheiro, produtor musical e instrutor
D
o home studio ao broadcasting, da gravação mais simples à produção musical de um álbum, do equilíbrio de voz e música de um spot de rádio à mixagem surround de um filme, da edição de um único canal de voz ao desenho de som com 200 canais, do uso básico do MIDI às trilhas com orquestração virtual junto com elementos acústicos, acontece de tudo. Por mais diversas que sejam estas demandas, existe um senso comum que é a necessidade da informação organizada no uso do Cubase ou de outras workstations. Chamo de informação organizada o conhecimento teórico e prático pronto para ser utilizado. Saber utilizar cada ferramenta com precisão, consciência e velocidade. É aí que o bicho pega. Um fato que observo é que culturalmente não temos uma tradição de conhecimento sistematizado para a maior
parte do que realizamos profissionalmente e isso faz muita falta. Temos muita afeição pelas “dicas” sobre todos os assuntos. Tudo bem, dicas são pílulas de informação muito eficientes, objetivas e necessárias. Mas são acessórias. Não substituem o conhecimento sólido, organizado e fundamentado. No fatídico Brasil x Alemanha da Copa, já prematuramente depois do primeiro gol dos gringos, a expressão dos nossos representantes em campo era de “alguém me dá uma dica do que fazer aqui?”. Não existe “apagão”. Existe “inconsistência”. O que aconteceu em campo é a metáfora do que nos acontece frequentemente no dia a dia com uma série de situações que dizem respeito a conhecimento e pensamento organizados. Em nosso trabalho com as workstations as coisas vão se tornando mais completas e mais complexas a cada dia. Mais
ferramentas, mais informações e a necessidade imperiosa de mais estudo. Quem é dinossauro como eu se lembra bem do menu enxuto de funções do antigo Cubase VST (figura 1). Tínhamos coisas essenciais e funcionais, mas dentro do que era possível tecnologicamente na época. Com menos de 1 ano de uso e estudo do software já se chegava a um nível “power user” tranquilamente. Aí veio o SX (figura 2) com uma revolução de ferramentas e nossa zona de conforto se desfez com a inquietação de estudar todo o novo arsenal. A coisa ficou séria no volume de informações e na sequência disso, a família Cubase 4 (figura 3) tirou de vez a paz de quem achava que sabia qua-
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“
Figura 1 - Cubase VST
se tudo. Do Cubase 5 em diante estamos aqui na Backstage sistematicamente buscando acompanhar esta escalada de recursos mais do que bem-vinda. Onde eu quero chegar com todo essa filosofada? Simples: TEMOS que estar estudando sempre. Organizadamente. Obsessivamente e sem paranóia, com prazer de estudar. Se queremos produzir algo consistente musicalmente e com bom som, não há outro caminho. Dicas são necessárias, sim, ajudam muito, mas não são suficientes para fugir de um placar de 7x1. Não dão a consistência e as soluções rápidas e conscientes de problemas ou de demandas do estúdio de hoje. Não há outro caminho. Não existe almoço grátis nesta história. Quando você toma o primeiro gol numa situação de estúdio, tem que saber pelo menos, que pode vir o segundo, o terceiro... e aí já viu. Os alemães não jogam melhor que a gente de um ponto de vista de arte do futebol. Mas eles estudaram a gente. Se prepararam até para o clima que eles não estão habituados. Estudaram em que lado do gol cada
Mas o que move de fato nosso aprendizado é o desejo de aprender. Não só com os professores, mas com outros profissionais, com colegas...
Figura 2 - Cubase SX
jogador brasileiro cobra mais frequentemente o pênalti, para a eventualidade de uma decisão. Estudaram como se comportam os jogadores brasileiros quando existe um elemento surpresa. Leram o “manual de operação” dos brasileiros exaustivamente. Foram a melhor seleção da Copa? Eu acho que sim por vários motivos, mas principalmente por esse lado “chato” e sistemático dos alemães de buscar o detalhe e organizar o conhecimento. Nós temos nosso famoso “jogo de cintura”, a capacidade de improvisar. Show! Mas não se vive só disso. Muitas vezes isso vira uma espécie de “tiro no pé”, como aconteceu. Todo mundo, incluindo o Felipão, com aquela cara de “alguém me dá uma dica prá sair dessa?”. Estou falando de futebol ? Não diretamente. Estou falando da nossa situação diária de abrir um menu de funções do nosso Cubase, ou de qualquer outra workstation, e ver intermináveis menus, submenus,
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TEMOS que estar estudando sempre. Organizadamente. Obsessivamente e sem paranóia, com prazer de estudar. Se queremos produzir algo consistente musicalmente e com bom som, não há outro caminho.
”
Figura 3 - Cubase 4
opções, funções, ferramentas, plugins e não saber exatamente o que fazer conscientemente com isso tudo. Não só na operação do software, mas nos conhecimentos fundamentais de áudio analógico e digital, nos conhecimentos fundamentais de música, nos conhecimentos fundamentais de MIDI, e por aí vai. O buraco é muito mais embaixo do que sobreviver de dicas. A iniciativa de buscar conhecimento deve ser íntima de cada um. Consciente. É difícil? É!, dependendo do quanto você gosta do que faz. Quanto mais você gostar, mais prazeroso será, mesmo sendo difícil. É preciso um mediador para tanta informação (mais conhecido como professor)!. Ajuda imensamente, com tanta informação nunca foi tão necessário alguém para catalisar isso e organizar o conhecimento. Mas o que move de fato nosso aprendizado é o desejo de aprender. Não só com os professores, mas com outros profissionais, com colegas, com os iniciantes, com os ultra-super-prós, com a internet, com os erros (nossos e dos outros) e também com as dicas. Não importa, sempre há algo novo a se aprender. Agradeço muito a meus alunos que se empenham e que amplificam o próprio desejo de aprender questionando e buscando detalhes. Agradeço por me “metralharem” de perguntas em todos os ní-
veis, pois me estimulam a pesquisar, a organizar a informação e, por estes motivos, me estimulam a aprender. No artigo que vem seguiremos neste assunto com ótimas notícias para todos que têm o desejo de informação de qualidade e de referências sólidas. Tive a honra de ser convidado como palestrante do CONAPROM: Congresso Nacional de Profissionais de Música. Um congresso virtual disponível em plataforma digital com profissionais dos mais diversos segmentos da música. Falarei sobre todos os detalhes do CONAPROM, mas desde já fiquem ligados. Vamos reverter todo e qualquer possível placar desfavorável a nós com consciência, boa informação, muito estudo e também com boas dicas pra completar. Não percam a próxima edição. Forte abraço a todos.
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ATALHOS NOVOS
DO PRO TOOLS COMANDOS DE TECLADO PARA MIXAGEM O processo de mixagem envolve muita comparação do “antes e depois”, e que vai muito além de simplesmente fazer um bypass num plug-in.
Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cursos na ProClass-RJ
O
Pro Tools 11 trouxe inúmeras opções para facilitar este processo e não é exagero dizer que tais opções melhoraram inclusive nossa qualidade de vida. Vamos dar uma olhada em cada um deles neste artigo.
CASO VOCÊ NÃO CONHEÇA... Usuários de todas as versões do Pro Tools têm à sua disposição duas opções. Ao clicar num plug-in com o Command (Mac)/ CTRL (Win) pressionado, ele entra em bypass. Se ao invés disso o usuário pressio-
Fig. 1 - Tabela de atalhos de mixagem do Pro Tools 11
nar Command+CTRL(mac) / CTRL + Start Key (win), o plug-in se torna inativo. Já é um bom começo. Para melhorar um pouco mais, estes comandos podem ser expandidos com o uso do botão Alt/ Option, que faz com que o mesmo comando seja expandido para todos os tracks.
EXPANDINDO A FUNÇÃO BYPASS Talvez o leitor esteja se perguntando: mas qual é o problema dos recursos acima mencionados?
Geralmente, uma pista é processada com mais de um efeito. Por exemplo, um canal de voz é processado por um compressor + equalizador + de-esser e não há nenhuma maneira de fazer um bypass nos três efeitos de uma única vez. Ou seja, o usuário não tem como fazer uma comparação A/B com precisão entre o sinal contendo todos os processamentos e o sinal original. E não é só isso. Às vezes, o usuário quer manter os compressores, mas quer fazer uma comparação entre o sinal flat e o sinal equalizado. Esta necessidade se aplica também aos reverberadores, moduladores etc. Então, a partir da versão 11, o usuário tem diversas novas possibilidades. Observe na figura 1, o resumo de todas as opções acerca do bypass nos inserts. Alguns pontos importantes para ressaltar: estes comandos funcionam apenas nas pistas selecionadas e vale lembrar que uma ótima maneira de selecionar diversas pistas é pela Track List (fig. 2). Outro ponto a ser observado é que todos os atalhos são reversíveis com o mesmo comando. Ou seja, pressione Shift+A para colocar todos os inserts em Bypass e use o mesmo atalho Shift+A para acionálos novamente. Por último, veja que o comando Shift + V é um bypass de reverb e há de se ter cuidado com ele. Vamos explicar melhor mais abaixo.
COMPARAÇÃO ENTRE DUAS CADEIAS DE EFEITOS A comparação entre plug-ins sempre foi um assunto de interesse geral em
Fig. 2 - Track List Fig. 3A resultado ao pressionar Shift-2
Fig. 3B resultado ao pressionar Shift-3
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interface. A Waves também possui o Audio Track, SSL e muitos outros. Nestes casos, ao pressionar o comando Shift + E, por exemplo, (bypass EQs), o usuário vai notar a cor roxa ao invés do azul (fig. 4). Isso serve para caracterizar que apenas uma parte do plug-in foi desativada.
BYPASS DE SENDS
“
O Pro Tools vem com o plug-in Channel Strip e combina um equalizador + um processador de dinâmica numa única interface. A Waves também possui o Audio Track, SSL e muitos outros.
”
Fig. 5 - Reverb em Mute mas Send Ativo
redes sociais, fóruns e afins. Mais que isso, muitos se interessam Fig. 4 - Apenas uma parte do pela comparação de Channel Strip uma cadeia mais comem Bypass plexa de sinal. Exemplo: compressor + EQ da SSL (Waves) ou compressor + EQ da McDSP? Para estes casos, pense nos bancos dos inserts A-E e F-J como um “A e B”. Com o Shift + 2 e Shift + 3, a diversão está garantida! (fig. 3A e 3B).
Perceba na figura 5 que ao fazer um bypass de um reverberador (Shift + V), o send permanece ativo. Ou seja, o sinal continua sendo enviado ao auxiliar e continua soando, porém sem processamento. Há controvérsias se esta é a melhor maneira de se comparar um sinal com/ sem reverberação. Muitos preferem fazer esta comparação desativando os sends do canal em questão, mas infelizmente não há esta opção. Para quem prefere este método, temos algumas opções. A primeira é usar o mesmo atalho Command(mac) / CTRL (win) + Click no send em questão para colocar em Bypass (na realidade ele entra em Mute já que é apenas um roteamento). A segunda opção é simplesmente colocar o Aux Track em Mute. Neste mês vamos ficando por aqui, mas não deixem de escrever sugerindo um assunto ou deixando um feedback sobre as colunas, pois nos ajuda a melhorar este espaço e adequá-lo ao interesse de todos. Abraços e até a próxima!
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NO CASO DE PLUG-INS COM SESSÕES DE EQ + COMP O Pro Tools vem com o plug-in Channel Strip e combina um equalizador + um processador de dinâmica numa única
cmoura@proclass.com.br http://cristianomoura.com
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ABLETON LIVE Nesses dias de loop, sons prontos, copy/ paste e afins, cada vez menos jovens iniciantes se interessam em produzir seus próprios beats e acabam negligenciando, desprezando mesmo, esse fundamento da criação musical. O que muitos provavelmente não sabem é que os “grandes”, todos, sem exceção à regra “produzem seus sons, produzem seus beats”. Sem mais delongas, ao trabalho!
DRUMS OU SUPER DRUMS? PARTE 1
Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor, sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee College of Music em Boston.
O
Ableton Live traz na sua configuração de fábrica um verdadeiro arsenal para vocês produzirem seus beats ou ritmos se assim preferirem. Abra o seu Ableton Live, Browser/ Categories/Drums/Drum Rack… (se o browser não estiver aberto, clique no ícone cinza em forma de triângulo no canto superior direito). Agora arraste para uma MIDI Track o Drum Rack (vide imagem abaixo). Você pode selecionar uma MIDI track e dar um duplo clique no Drum Rack se preferir. Feito! O Drum Rack se abre como mostra a imagem a seguir. Fiz alguns destaques em cores para ajudar a explanar com mais clareza.
Repare, como indica essa seta verde, o Drum Rack apresenta como um conjunto de 16 pads onde você deve arrastar os seus samples (que já estão no mesmo diretório, basta expandir o “Drum Hits”). Na verdade, o Drum Rack tem oito grupos de 16 pads que você pode carregar com seus loops! Veja a seta ver-
Drums Rack
Arraste Drums
melha, esse é o set de 16 que estamos usando no exemplo. Outros são mostrados com destaque em cor laranja. Todos esses pads podem ser alocados, basta clicar com o mouse em cima do grupo de pads. Já estão mapeados pelo seu respectivo MIDI #Number (Número MIDI).
Expandindo o Rack
Você pode arrastar os samples para esses pads (esses quadrados com D1, D#1 etc. - asteriscos amarelos) em qualquer um dos 96 pads possíveis. Ou ao lado, como mostra o destaque em verde (drop an instrument or sample here). Caso queira, pode usar um Kit-core pronto que vem com o pacote do Ableton Live. O incrível é que você pode arrastar, para esses pads, instrumentos e plug-ins também. Aí o bicho pega! Vamos carregar alguns samples desse diretório (ou de qualquer lugar, basta arrastar e soltar de qualquer diretório, direto nos pads). Veja na imagem que assim que carregamos os pads com um sample, o nome do sample aparece no pad mapeado. Repare que o sample E-Kick – 4, destacado em vermelho, por exemplo (primeiro pad em baixo à esquerda), aparece agora na lista “Chain” ao centro, indicado pela seta em verde, e à direita mostram os parâmetros ajustáveis do sample em questão. Muito versátil, aliás. Dê uma navegada para ver. Cada pad tem um Sampler Player independente com efeitos e outputs. Ainda em baixo à esquerda tem um pequeno ícone “R”, destacado por um círculo azul, que habilita essa pequena janela (Check Mark em amarelo), onde você pode arrastar um efeito (plug-in) específico para esse pad selecionado. Veja (Drum Rack Track) que cada sample pad tem seu track independente (seta grande em azul), tracks agrupados
Remapear os Pads
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Drums Rack montado
Rack em funcionamento
Se você habilitar esse outro ícone I/O (círculo vermelho à esquerda abaixo) você pode fazer os reendereçamentos, remapeamento MIDI, por exemplo, tornando qualquer teclado ou MIDI device controlador compatível ou configurável com os pads do Drum Rack (seta verde).
(group tracks), e você pode expandi-la ou escondê-la clicando no ícone pequeno (círculo verde - em cima à esquerda). Se você habilitar esse outro ícone I/O (círculo vermelho à esquerda abaixo) você pode fazer os reendereçamentos, remapeamento MIDI, por exemplo, tornando qualquer teclado ou MIDI device controlador compatível ou configuravel com os pads do Drum Rack (seta verde). A seguir, um exemplo do Rack montado com algumas notas MIDI adicionadas. Na esquerda abaixo, um MIDI Clip foi criado no primeiro Clip Spot do track (retângulo em azul destacado) indicado pela seta verde. Dê um duplo clique nesse spot para o Sampler Display/Note Editor aparecer. Repare que o ícone Fold (círculo lilás indicado pela seta em verde) está habilitado (laranja), caso contrário o Note Ruler (destacado em
verde), com os nomes dos Samples ou devices alocados, não vai aparecer indicando o mapeamento. Essa grande seta azul mostra as notas inseridas e um pouco abaixo os controles de Velocite (intensidade das notas velocidade). Esse é o típico visual de um Drum Rack configurado. Você pode endereçar seus efeitos Send/Return, tem todos os canais individuais, parâmetros MIDI, quantização, groove. Bem, eu poderia ficar falando das qualidades do Drum Rack do Ableton Live – e de fato ele é extremamente eficiente e profissional –, mas a arte de fazer música não é uma coisa estática. Tudo se movimenta muito rapidamente, e tempo (disponível) se tornou um luxo para poucos. Isso me levou a pesquisar a fundo com o pessoal da Ableton Live, a fim de tentar melhorar e aperfeiçoar algumas coisas que sempre me aborreceram em programas e/ ou hardwares. Por exemplo, diretórios com listas intermináveis. Você está produzindo no maior pique, inspirado mesmo... Precisa de uma caixa (bateria) diferente, entra em um diretório e tem zilhões de snares. Toinnnn! Saca? Então fui a fundo e preparei minhas Super Drums, procurando utilizar o que eu considero o melhor do Ableton Live para minha situação, e espero que este seja um caminho para você criar o seu Personal Drum Rack. Assunto para a segunda parte desse tutorial. Boa sorte a todos.
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Facebook - Lika Meinberg www.myspace.com/lmeinberg
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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br 74
CONCEITOS No mês passado comecei a escrever um artigo sobre a importância de se mixar em mono mesmo que o destino final seja um arquivo em estéreo. Na semana passada fui a casa de um amigo, e lá estava tocando na televisão um DVD de um show.
EQUILIBRANDO UMA MIXAGEM PARTE 5 Ricardo Mendes é produtor, professor e autor de ‘Guitarra: harmonia, técnica e improvisação’
C
omo nós seres do áudio nunca conseguimos simplesmente ouvir música sem ficar analisando um monte de coisas, me deparei com a seguinte situação da qual eu fiz questão de tirar uma foto (figura 1). Sim! Isto é um sistema 5.1 – O sub não aparece na foto, mas ele está na prateleira exatamente embaixo onde podemos ver um relógio digital entre duas caixas de som. Vejam uma foto mais aproximada (figura 2). O sofá de onde tirei a foto fica aproximadamente a um metro e meio de distância. Ou seja, as seis caixas estão colocadas praticamente na mesma posição, o que nos dá um som... mono! Aquela mixagem 5.1 que você fez e que não considerou muito como ela soaria em mono, por que seria escutada em Surround 5.1, aí está: vai tocar em mono e você não terá o menor controle sobre isso. Se houver algum problema de fase, que não é perceptível no estéreo, e muito menos no 5.1, ele vai aparecer quando
tocar um em sistema 5.1 com as caixas dispostas desta maneira. E isso é muito mais comum do que se imagina. A maio-
Figura 1
ria dos consumidores, quando compra um “home theater 5.1”, entende que as 6 caixas são uma “parede de som”, e não uma “cerca de som”. E não há nada que você possa fazer para mudar isso. Por este motivo é tão importante confirmar se a sua mixagem está soando bem em mono. A verdade é que você nunca irá saber em que sistema ela irá tocar, e nem se este sistema estará montado corretamente. Para a mixagem 5.1, eu a separo em 3 estágios: mono, estéreo e surround. Primeiramente eu mixo toda a música em mono. É claro que durante a mixagem em mono você pode até colocar algum instrumento para o lado para apenas planejar como será o seu estéreo em um estágio posterior. Caso você faça isso, assim que fizer essa verificação em estéreo, retorne para o mono centralizando os panorâmicos. Uma vez que você já tiver passado por todas as etapas de compressão, equalização, efeitos etc. e a sua mixagem em mono estiver soando bem, é que você pode começar a abrir os panorâmicos para o estéreo. Caso você faça ajustes posteriores ao ouvir em estéreo, não deixe de retornar para mono e ouvir como soam estes novos ajustes em mono. Se ao retornar para mono e sentir que algo piorou, continue a fazer ajustes alternando entre mono e estéreo até você achar o ponto de equilíbrio onde soe bem das duas maneiras. Uma dica que eu uso frequentemente
para melhorar a compatibilidade mono- estéreo: a criação de um subgrupo mono a partir de um subgrupo estéreo. Um exemplo bem clássico: não importa quantos canais de guitarra existem em uma música, eu sempre direciono todos eles para um subgrupo estéreo. Em uma mixagem de uma banda de rock típica, é muito comum a seguinte configuração: bateria em estéreo, baixo e voz em mono e dois canais de guitarra um totalmente aberto para a direita e outro para a esquerda.
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Figura 2
raco” quando ouvimos em estéreo, ao ouvirmos em mono haverá uma diminuição do volume das guitarras na mixagem devido ao cancelamento parcial de fase. Essa dica é a solução que eu encontrei para resolver este problema: do subgrupo estéreo das guitarras eu crio uma mandada (send) mono para um outro subgrupo. Deixo o fader desse subgrupo mono de guitarras no menos infinito e vou levantando o fader até sentir que o “buraco” no estéreo foi preenchido. Repito a mesma operação escutando em mono até sentir (e observar no medidor de correlação de fase) que não há mais cancelamento, até achar o ponto de equilíbrio entre a audição em mono e estéreo. Normalmente o ponto ideal é ao trocar repentinamente de estéreo para mono não percebermos uma alteração no volume das guitarras. Uma vez checada a mixagem em
Um exemplo bem clássico: não importa quantos canais de guitarra existem em uma música, eu sempre direciono todos eles para um subgrupo estéreo. Esta é a maneira mais fácil de fazer as guitarras soarem “grandes” e deixar o centro liberado para voz. Porém essa configuração tem uma desvantagem: ela cria um “buraco” no centro, especialmente nas regiões média-altas. E também outro fenômeno ocorre: quando temos duas fontes de som parecidas (como uma dobra de guitarra ou de violão) pode haver, sim. um cancelamento de fase quando colocado em mono. O resultado é que, além da percepção desse “bu-
mono, checada em estéreo, checada a correlação mono-estéreo, é que podemos partir para a separação dos canais no 5.1 Surround. Lembre-se, a mixagem 5.1 deve soar bem mesmo que as caixas traseiras, central e sub sejam retiradas. Uma vez que você tenha atingido estes objetivos (o que já não é nem um pouco fácil), parabéns. Agora você pode fazer o que quiser na sua mixagem 5.1
Para saber mais redacao@backstage.com.br
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br 76 No dia 08 de outubro, a MTX AudioPro reuniu pazeiros no Rio de Janeiro para apresentar três modelos de caixas acústicas line array e dois modelos de subgraves. O evento contou com a participação de técnicos de som como André Calazans, Mário Jorge e Metal, entre outros que aproveitaram a oportunidade para testar os equipamentos produzidos pela empresa.
SISTEMA MTX AGRADA AOS TÉCNICOS NO RIO DE JANEIRO redacao@backstage.com.br Fotos: Ernani Matos / Divulgação
O
evento reuniu cerca de 40 PAzeiros que puderam conferir de perto os modelos de caixa line array MTX 108, 210 e 1242 e subwoofers SB-218 e SW218. Os equipamentos foram desenhados para atender a diversos tipos de locais e eventos, desde os de pequenos até os de grande porte. Durante a apresentação, Rafael Lins, engenheiro projetista das caixas, explicou que o modelo 108 é composto de um falante de 8" e um driver, o que o torna mais indicado para pequenos
eventos e locais pequenos, “por ter um tiro curto e, dependendo do tamanho do local, podem ser utilizado até 12 elementos”. O segundo modelo, o 210, possui dois falantes de 10" e dois drivers de 1"e dois de 1,1/4. Esse pode ser usado para pequenos, para médios e, dependendo do local, se não for aberto, também para grandes espaços, utilizando até 12 elementos por coluna. Já o modelo 1242, sistema usado para grandes eventos, pode ser arranjado em até 12 elementos por coluna, dando cobertura
Três modelos de lines e dois de subs
a um evento de 40 mil pessoas “sem deixar a desejar”. Nessa caixa, são dois falantes de 12", quatro falantes de 6" e dois drivers. “Também temos os dois subs que é o SB-218, que atende em uma frequência de 40Hz, e o SW-218, que é maior e atende em uma faixa acima de 30Hz”, completa
Leandro Alves, sócio de Rafael na MTX. “Nós fizemos essa apresentação na Expomusic, que foi nossa primeira amostra pública, para que as pessoas passassem a nos conhecer. E como não tem com emprestar um PA desse para o técnico ouvir, o objetivo do workshop é de o técnico ver, ouvir e conhecer, tendo em vista que é uma marca nova, embora já venha sendo desenvolvida há quase cinco anos. Nenhum projeto nosso é cópia. Quem abrir a caixa vai ver que não aproveitamos nenhum projeto de ninguém, nem guia de onda, nem plugue de fase de ninguém. Tudo é desenvolvido pela MTX”, completa Leandro. Além das caixas, os participantes também puderam conhecer os amplificadores digitais Powertec, que são representados no Brasil pela MTX AudioPro. Foram utilizados três modelos: o 6.4, com quatro canais de 1500Wrms; o 16.4, que são quatro canais de 4000Wrms; e o 12.0, com dois
canais de 6000Wrms. “São amplificadores superleves, pesando cerca de 8 quilos, e são amplificadores com fonte chaveada, bem modernos”, ressalta Leandro. Rafael, que há cinco anos produzia subs em Pernambuco, equipamentos atualmente espalhados pelos mercados do Norte e Nordeste, afirma que a ideia não é apenas vender os produtos, mas dar assistência, principalmente no pós-venda. “Por exemplo, sub dá muito problema. Mas o que dá problema? Então na primeira vez que o cliente vai usar o equipamento, eu vou lá e faço o evento junto com ele. Para alinhar eu uso o que 99% dos técnicos usam, que é o Smaart. Eu dou uma dica básica para os técnicos e faço a demonstração para que eles passem a usar de forma correta nos eventos. Acredito que 80% usam errado. Mas não é para você usar o software e corrigir o equipamento. Tem que ver quem é o fabricante, porque o software ajuda no ambiente e na área”, coloca. A MTX existe há seis meses. Rafael, em Recife, fabricava algumas coisas, mas com uma estrutura um pouco menor. “Aqui no Rio, montamos uma área de fabricação, com maquinário novo, todo o nosso maquinário possui corte eletrônico em router CNC, com laboratório de pintura etc.”, enfatiza.
MERCADO NO BRASIL Para Rafael, o mercado brasileiro vem passando por uma boa fase de evolução. “Aqui nós evoluímos muito. Sempre gosto de colocar no Facebook temas para discussões, e quan-
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LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br
porque sabe que o sistema está todo padronizado, vai entregar exatamente aquilo que o fabricante imaginou e colocou para ir para a estrada. Estão de parabéns pelo sistema e espero poder escutálo na estrada e poder usá-lo”, avalia. Para Metal, PA de Israel Novaes, o diferencial do sistema MTX é a qualidade,
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Rafael Lins (à esquerda) e Leandro Alves
“
Então na primeira vez que o cliente vai usar o equipamento, eu vou lá e faço o evento junto com ele. Para alinhar eu uso o que 99% dos técnicos usam, que é o Smaart. Eu dou uma dica básica para os técnicos e faço a demonstração para que eles passem a usar de forma correta nos eventos.
to às cópias, por exemplo, sempre falo que você nunca sabe o que o projetista fez ali dentro, qual ideia ele usou para fazer o alinhamento e você acha que copiando (o equipamento), vai falar. Hoje temos seis modelos de produtos de line, porque cada line é uma situação, porque clientes são de “n” perfis. E não são só as caixas. Tem os amplificadores, e tudo acaba sendo uma essência para um produto final. Então, conversamos com o cliente, vemos a necessidade e damos a solução. A ideia é prestar um bom serviço”, afirma.
DEPOIMENTOS: Para André Calazans, PA da cantora Marina Elali, o diferencial do sistema é que, apesar de ser nacional, veio para brigar com o importado. “É um sistema nacional e vem acompanhando o sistema importado que a gente tem no mercado. E esse é um sistema que está entregue hoje aqui fazendo um som no estado bruto, sem finalizar a equalização, o alinhamento. Então, salvo algumas diferenças por conta disso, é muito linear, muito fiel e interessante, porque é nacional. Existe a possibilidade de ser um plug and play, com já tudo pronto, caixa, amplificador, processamento, cabeamento, e isso para o técnico é legal, porque facilita. O técnico já olha para a empresa diferente,
Sistema de processamento usado durante o workshop
Processador com capa de acrílico transparente para demonstração: componente à mostra
eficiência e o SPL. “Isso é o que vai dar o que falar. Aqui no Brasil a nossa cultura em termos de SPL com qualidade está bem na frente”, afirmou. Já para Mario Jorge Andrade - operador de áudio de Elba Ramalho e da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, o diferencial é o projeto e o atendimento, tendo em vista que o próprio Rafael vai ao local fazer o alinhamento. “Conheço o Rafael há 30 anos e sempre o achei estudioso e pesquisador e eu já conhecia os produtos dele, acho todos excelentes e, na faixa de preço que ele oferece não tem nada parecido em termos de qualidade, porque é tudo feito aqui com componentes importados, tudo de primeira linha”, completa Mario Jorge, em uma referência também aos componentes B&C usados na fabricação das caixas.
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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
CADERNO ILUMINAÇÃO
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X4 BAR 20 E X4 BAR 10 www.germanlightproducts.com A GLP escolheu a Plasa London para apresentar novidades que incorporam o sistema ótico X4 da marca. Com LEDs RGBW de alta potência, o X4 Bar 20 possui 20 fontes de mais de um metro de comprimento, enquanto o Bar X4 10 tem 10 fontes com comprimento de 50 centímetros. Esses equipamentos possuem um alcance de zoom de largura de 7 a 50 graus, o que permite fazer diversos washes e estreitos efeitos de cortina de luz. O zoom é reforçado por uma função tilt motorizada, permitindo o reposicionamento rápido do dispositivo, para varreduras dinâmicas de cor e cada LED pode ser controlado para a cor e intensidade individualmente.
PEARL EXPERT PRO www.proshows.com.br O Pearl Expert Pro é de alta performance com a facilidade de utilização do console mais popular do mercado. Mais submasters, mais botões de flash, mais poder de controle. Garante a espontaneidade em colocar ao vivo a criatividade nas mãos do iluminador, com uma resposta rápida. Possui um controle onde é possível acessar a vasta gama de paletts, shapes e pixel mapping. São 80 playbacks não motorizados, interface rápida e intuitiva TITAN V.7.4, Wing com 15,4" touch screen para programação rápida, 5 encoders óticos rápidos, suporte MIDI e MIDI Timecode. O equipamento possui ainda 4 saídas DMX físicas, expansível até 16 via artnet, dupla porta Ethernet, controle de Cue dedicado, suporte para monitor externo e 10 botões programáveis.
LED- SATURA SPOT CMY www.elationlighting.com No rastro do sucesso do Satura Spot LED Pro, a Elation Professional apresenta o mais novo membro da série Satura: o LED-based Satura Spot CMY, com uma luminária spot LED de alta potência com zoom, CMY color mixing e rodas de gobos duplas. São 11,700 lúmens de potência para uma saída de todas as cores equivalente a 575W. O equipamento é capaz de projetar um campo de luz linear com beams bem definidos. Para ajustes flexíveis do angulo beam, o Satura Spot CMY permite uma abertura de 14-36 graus de zoom com um campo uniforme de luz que é mantido mesmo com a mudança de angulação do zoom. Um sistema de mixagem de cores CMY mais sete cores dicroicas customizadas, incluindo correção CTO, proporciona uma variedade ilimintada de sombras. As projeções Beam também podem ser atenuadas usando filtros frost. O equipamento também oferece 100% de dimming eletrônico e uma variada seleção de curvas, proporcionando ajustes fáceis. O controle é feito via DMX, em 22, 24 ou 33 canais.
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SGM NA PLASA A SGM vai apresentar na PLASA os novos Iluminadores de LED P-2 e Q2, unidades extremamente compactas que proporcionam uma configuração fácil e rápida, e ao mesmo tempo mantêm a classificação IP65, que é uma das características do portfólio da SGM. Contendo 18 LEDs de alta potência de 10W RGBW, a P-2 tem uma saída de luz de 9.500 lumens - 2.262 lumens por quilo - e uma eficácia de 58 lm/ W, oferecendo uma variação de ângulos beam, com 15°, 21° e 43° de lentes intercambiáveis.
CHAUVET EM LAS VEGAS O novo espaço chamado Sayers Club, em Las Vegas, recebeu uma série de equipamentos Chauvet. Foram rigs de iluminação com 12 ÉPIX Strip 2.0 e sete ÉPIX Bar 2.0. O rig também incluiu dois Rogue R1 Beam e dois Rogue R1 Spot moving bem como três COLORdash Par-Hex 12 RGBAW plus UV LED par-style.
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RÁPIDAS & RASTEIRAS| www.backstage.com.br
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LUMINÁRIAS WHITE LIGHT LED... ...na Saint Wandrille Não é sempre que uma instituição de mais de 13 séculos recebe um upgrade na iluminação como a Abbey de Saint Wandrille, na Normandia, França. O monastério benetidino fundado no ano de 648 teve instalado o TVL 3000 II da Elation na igreja. Como não poderia haver barulho, os aparelhos tinham que ser completamente silenciosos. Após testar diversos equipamentos, que não foram silencio-
sos o suficiente, a equipe chegou à conclusão de que os TVL 3000 eram a escolha certa, que também foram escolhidos devido à luminosidade e qualidade de variação de luz branca. Os 35 aparelhos TVL 3000 foram montados em uma serie de beams de carvalho ao longo da nave da igreja. Cada equipamento produz 72W de potência, usando uma tecnologia de coolings silenciosos para eliminar o barulho da ventoinha.
MILOS GROUP TEM NOVO ENGENHEIRO A Milos Group, uma das maiores fabricantes de trussing e estruturas de suporte no mundo, dá boas vindas ao engenheiro James Thomas, que é um nome expressivo na América do Norte no setor de fabricação de trussing, rigging e suportes de chão de alumínio. Como mem-
bro do Milos Group, o engenheiro tem planos de continuar a produzir com a mesma qualidade “Made in USA” que por mais de 35 anos a indústria profissional está habituada a encontrar. Inovação por meio de design e excelência em engenharia continuará a ser o mantra de Thomas.
ESTUDANTES FAZEM PROJETO PARA O TEATRO NACIONAL LONDRINO Cinco alunos de Produção de Arte da City College Norwich iluminaram o exterior do prestigiado Teatro Nacional de Londres durante o 50° aniversário do local. Os alunos foram os vencedores da competição de iluminação Junior Ready Steady da escola de drama britânica Rose Bruford College.
LÂMPADAS PARA FILMAGENS A OSRAM apresenta ao mercado brasileiro a nova linha de lâmpadas HMI, extremamente brilhantes, com temperatura de cor de 6.000K em toda a linha, proteção UVS, capaz de reduzir a emissão de raios UV em mais de 99,9%, ideal para auxiliar filmagens externas durante o dia com uma luz extremamente brilhante. Outra característica marcante é a eficiência energética, razão pela qual o produto é bastante econômico em comparação aos similares. O alto desempenho da HMI é aliado à sua resistência, graças ao revestimento de quartzo no bulbo, que prolonga a vida útil dos componentes e ainda permite reacender a lâmpada enquanto está quente.
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
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KIT DE ILUMINAÇÃO PARA SHOWS O Reino Unido acaba de ganhar uma empresa que aluga kits de iluminação pela internet. A Wireless Lighting, um portal dedicado ao aluguel de baterias e tecnologias de iluminação sem fio, surgiu como alternativa para acabar com a bagunça causada pelos cabos a partir do uso de equipamentos de iluminação sem fio. Segundo o fundador da empresa, Justin Hammond, o mercado já vem fazendo uso de equipamentos de iluminação sem fio há dois anos. O empresário direcionou a empresa em três principais segmentos: eventos provedores de tecnologia e empresas de locação, os organizadores de eventos, e Emma Perrin e Justin Hammond, da Wireless Lighting empresas menores como restaurantes, hotéis e locais que promovem seus próprios eventos. Inicialmente, a Wireless Lighting vai operar dentro e em torno da região central da grande Londres.
PR LIGHTING PRESENTE NOS JOGOS ASIÁTICOS 2014 Os moving heads da PR Lighting estiveram em diversos projetos espalhados por todo o evento esportivo, levando um dos mais avançados produtos da linha PR, o PR 5000 Spot e Beam. Os Jogos Asiáticos são organizados pelo Conselho Olímpicos da Ásia (OCA) com supervisão
do Comitê Olímpico Internacional (COI) e reuniu esportes presentes no programa dos Jogos Olímpicos e outras modalidades tradicionais dos países asiáticos. Os Jogos Asiáticos 2014 foram realizados em Incheon, Coreia do Sul, entre 19 de setembro a 4 de outubro.
OS DOMES LD-5 LED Para ter um decorativo e super iluminado teto na boate, o clube City Light Slovakia elegeu os LD-5, da SGM. Para controlar o grande número de equipamentos fixados foi usado o software de controle Sunlite First Class juntamente com ArtNet e protocolo DMX.
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Complexas composições, com diversas mudanças de compassos e alterações de humores... Essa é apenas uma breve descrição de alguns dos elementos a serem considerados na elaboração do projeto de iluminação cênica de uma das mais aclamadas bandas dos últimos 25 anos. Em mais uma turnê em alguns palcos brasileiros, o Dream Theater apresentou um repertório empolgante, virtuoso e impressionante, correspondido à altura com recursos ora extravagantes, ora meramente peculiares, de forma a transformar uma apresentação em uma apoteose sonora e visualmente impactante.
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CÊNICA Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisador em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.
SOB O BRILHO DAS ESTRELAS...
O
intitulado Rock Progressivo – estilo musical com origem na Inglaterra no fim da década de 1960 e que combina estruturas harmônicas complexas, com elementos de Jazz e da música clássica, além, naturalmente, do rock’n’roll – teve seu auge na década de 1970, pelas magistrais composições de bandas como Yes, Genesis, Pink Floyd, Rush, King Crimson, Emerson Lake & Palmer, Renaissance, Premiata Forneria Marconi, Can, Neu!, Gentle Giant, Focus, Van der Graaf Generator, entre outras dezenas de nomes que aqui poderiam ser citados, e aqui no Brasil, com brilhantes discos dos Mutantes, Secos & Molhados, O Terço, Casa das Máquinas, A Barca do Sol, Som Imaginário, Terreno Baldio e Som Nosso de Cada Dia – entre outras bandas e artistas espetaculares. É inegável a contribuição desse estilo musical para a formação e inspiração de
gerações de músicos desde então e, fundamentalmente, foi nesse mesmo período – na década de 1970 - que surgiram algumas das mais significativas contribuições para a iluminação cênica. Michael Tait (lighting designer do Yes) e Alan Owen (lighting designer do Genesis), só para citar dois nomes essenciais, desenvolveram técnicas, instrumentos de iluminação e estruturas, e contribuíram decisivamente para a evolução dos conceitos e das tecnologias do setor. Mas, se o Rock Progressivo ainda ecoa como uma referência distante no tempo, esqueceram de avisar isso ao Dream Theater (e a outras bandas contemporâneas e sensacionais). Formada na metade da década de 1980, nos estúdios de ensaios da Berklee College of Music (Boston, Massachusetts, EUA), o DT (como é chamada pelos fãs) figura entre umas das mais respeitadas bandas, por públicos di-
Fonte: Clovis Roman / 91 Rock / Divulgação
Figura 1: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no Curitiba Master Hall em 2 de outubro de 2014. Na imagem, uma cena da canção de abertura.
do referências diretas – e muitas indiretas também – relacionadas aos doze discos de estúdio (ainda possuem oito registros com gravações “ao vivo” em discos, das turnês anteriores).
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mente por tons em violeta e ciano. Steve Baird não economiza em efeitos e combinações diversas (e isso também se aplica ao seu trabalho com outros artistas, como, por exemplo, com Norah Jones na The
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versos, pelas qualidades técnicas dos excelentes músicos que a integram e pela excelente discografia. E se a qualidade técnica dos músicos e das composições se torna inquestionável, as apresentações se mantêm em patamares similares de excelência. Na posição de diretor de iluminação cênica, o lighting designer Steve Baird tem uma desafiadora responsabilidade de proporcionar atmosferas e cenários compatíveis com a complexidade das harmonias e composições desse quinteto genial. Na atual turnê – Along For the Ride Tour -, com shows de aproximadamente três horas e meia de duração, a carreira da banda é revisitada, nas canções integrantes de seis dos doze álbuns da banda, e na iluminação cênica (com as projeções e efeitos, naturalmente, que também remetem aos principais aspectos da identidade do grupo). Referências diretas a alguns elementos ou temas do repertório, ou mesmo ao melhor estilo “old school” produziram um grandioso espetáculo musical e cênico, como percebido em Curitiba, no dia 2 de outubro de 2014. Cada integrante (ou seja, o guitarrista John Petrucci, John Myung no baixo, James LaBrie nos vocais, o “mago” Jordan Rudess nos teclados e o baterista Mike Mangini) é identificado pelos fãs – e músicos, em todo o mundo – como estrelas que formam uma constelação – de fato, uma Plêiade. E com essa premissa, os minutos que antecediam o início do show criavam uma atmosfera (ou além disso), com a projeção de galáxias, nebulosas, astros e corpos celestes diversos, em total blecaute. Repentinamente, a logomarca da banda interrompeu essa viagem intergaláctica, com a canção False Awakening Suite, e uma retrospectiva da carreira da banda em imagens, e sons, trazen-
Predominância de azuis em tonalidades mais escuras emolduravam o cenário principal, revelado frontalmente por tons em violeta e ciano. Steve Baird não economiza em efeitos Com a canção de abertura, The Enemy Inside (do álbum DT, de 2013), a cortina que protegia (e escondia) o palco cedeu para uma sucessão de cenas e ícones, protagonizados por moving spots e gobos, que determinavam a dinâmica e as sensações – conflitos internos - que essa canção deseja transmitir. Predominância de azuis em tonalidades mais escuras emolduravam o cenário principal, revelado frontal-
Fall Tour, em 2010). Uma massa luminosa difusa – proporcionada por dezenas de moving heads direcionados para o palco com fachos abertos e texturas monocromáticas – contrastavam com outros fachos marcantes, em luzes brancas, e produzidos com angulações simétricas nos trechos mais relaxantes das canções, e outros fachos assimétricos e mais intensos, nos diversos momentos aos quais as ten-
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Outras combinações de feixes aleatórios, com fachos intensos e saturados, insinuavam as múltiplas contribuições e linguagens musicais da banda, metaforicamente – como vigas ilusórias que apoiam e suportam uma estrutura, nesse contexto, musical
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Fonte: Cezar Galhart / Divulgação
Fonte: Marcos Anubis / CWB Live / Divulgação
Figura 2: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no Curitiba Master Hall em 2 de outubro de 2014. Fachos intensos e marcantes em momentos decisivos do show.
Figura 3: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no Curitiba Master Hall em 2 de outubro de 2014. Combinações análogas.
sões e perturbações conduziam o clima das canções. Steve Baird trabalha com diversas marcas para os refletores, moving heads e outros instrumentos de iluminação. Como mesa controladora, um console grandMA2 Full-Size da indústria alemã MA Lighting (Gmbh). Intenções dramáticas foram percebidas principalmente nas paletas de cores. Padrões de composição com cores menos saturadas, do verde-azulado (Medium Blue Green – padrão Rosco) e padrões análogos (Medium Blue, Deep
Lavender - padrão Rosco) nos quais os matizes azuis, verdes e violetas se combinavam, para a criação de cenas relativas aos temas mais obscuros. Como resultado, passagens mais introspectivas e relaxantes, aos olhos dos observadores e à condução das canções. Outras combinações de feixes aleatórios, com fachos intensos e saturados, insinuavam as múltiplas contribuições e linguagens musicais da banda, metaforicamente – como vigas ilusórias que apoiam e suportam uma estrutura, nesse contexto, Fonte: Cezar Galhart / Divulgação
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Figura 4: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no Curitiba Master Hall em 2 de outubro de 2014. Distribuição assimétrica.
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Fonte: Clovis Roman / 91 Rock / Divulgação
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Figura 5: Apresentação da banda estadunidense Dream Theater – Along For the Ride Tour – no Curitiba Master Hall em 2 de outubro de 2014. Distribuição simétrica.
musical. Essas, davam ênfase em refrãos e trechos mais destacados das canções. De fato, nessas intervenções, ficavam também claras as referências à ficção científica, que estavam presentes em todos os momentos. Mais um tema integrado a todas as mensagens e reflexões transmitidas pelas letras e pelas canções do DT. Nas composições de iluminação simétricas, alinhamentos e delimitações visuais, criou-se um conforto ótico e adequado às inserções de outros fachos, modeladores e reveladores dos músicos, que se revezavam de posições e posturas, ora estáticas e moderadas, ora dinâmicas e protagonistas de solos ou passagens marcantes. Outro elemento cênico de destaque foi a integração de vídeos com a iluminação. Esta emoldurava o telão que, em muitos momentos, funcionava como um único instrumento de iluminação cênica, capaz de fornecer um pacote de luz que permitia uma visualização distorcida e surreal da banda, que se misturava às imagens, de personagens e cenários, percorridos e acompanhados por um táxi amarelo (referência ao Submarino Amarelo?).
No todo, uma apresentação irretocável. As interações entre as melodias, as divisões rítmicas e o projeto de iluminação cênica conferem ao Dream Theater um outro nível na oferta de espetáculos musicais na atualidade. Naquela noite de quinta-feira (de fato, o show terminou na madrugada de sexta-feira), fãs, admiradores e apreciadores saíram satisfeitos, ainda mais com o repertório, que contemplou suítes e sequências impressionantes (principalmente, o disco 2 - executado por inteiro - do LP duplo Awake, de 1994 (observação: no Brasil, este disco se popularizou no formato de CD, mas a versão em vinil foi lançada como disco duplo). O que dizer além disso tudo? O Dream Theater é, realmente, uma “constelação de estrelas”, com brilho e energia únicos, emanados em composições radiantes, envolvidos em um Espaço reluzente – irradiado com luminosidade brilhantemente conduzida. Abraços e até a próxima conversa!!!
Para saber mais redacao@backstage.com.br
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Os discos da minha vida... “OUTRA VEZ NA ESTRADA” Como os leitores habituais da coluna já sabem, venho contando em sequência a história dos discos da minha carreira. Depois de dois discos de Sá, Rodrix & Guarabyra e mais treze de Sá & Guarabyra – número místico! – chegamos ao século XXI. E aí a história se refez... SÁ, RODRIX & GUARABYRA - OUTRA VEZ NA ESTRADA
A
o começar esta crônica o que me vem à cabeça? O eterno título do nunca escrito livro de Snoopy nos quadrinhos de Charlie Brown: “era uma noite escura e silenciosa...”. Mas era mesmo uma noite escura e silenciosa daquele último ano do século XX – ou primeiro do XXI, como queiram – quando meu telefone tocou. Do outro lado, Marisinha Menezes, produtora do Rock’n’Rio, que como de hábito foi direta ao assunto: - Sá, neste Rock’n’Rio queremos fazer uma homenagem ao Rock Rural. Vocês topam? Confesso que a princípio pensei em fazer aquele sebinho de artista, tipo: “Quando? Onde? Quanto?”. Mas o Rock’n’Rio era – e ainda é – uma janela poderosa para qualquer um, de Foo Fighters da vida a Mané Qualquer Coisa. Então tudo o que eu consegui falar foi um “ok” que tentava ser menos en-
tusiasmado do que realmente era, já que no meu íntimo eu vibrava pensando nas possibilidades que aquele convite nos abria. Por exemplo, eu e Guarabyra – superado o receio de se abrirem antigas feridas e ressuscitarem velhos ressentimentos já vínhamos há algum tempo “namorando” seriamente a volta de Zé Rodrix e a retomada da trajetória do Sá, Rodrix & Guarabyra. Então, a primeira coisa que passou por nossa cabeça foi chamar o Zé. Isso, aliás, com toda a justiça, pois o chamado “rock rural” nascera da conjuminação de nossas três cabeças. Ligamos então pra ele, que triplicou nosso entusiasmo e publicou seu “estou dentro” nas áreas aleatórias dos então inexistentes i-clouds. Voei pra Sampa direto pra casa-no-campo-na-cidade do Zé, uma bela mansão Pacaembística com direito a piscina, passarinhos matinais e coisa e
LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM
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mos a nos arrumar no palco. A princípio aquilo tudo me pareceu meio improvisado, mas à medida em que íamos nos ajustando ao espaço, as coisas começaram a fazer sentido. De repente eu me vi diante do Sennheiser que eu havia pedido e à esquerda do Roland acústico que me era necessário. Perceber o profissionalismo do setup me tranquilizou. Zé contou um, dois, três, e de repente eu já
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tal. Lá começamos nós três a bolar a ressurreição do rock rural: de onde viemos? Pra onde iríamos? O que faríamos? Repetir o já feito era tão necessário quanto útil, mas queríamos algo mais, alguma coisa que mostrasse que continuávamos atuantes como trio. Resolvemos então reconstruir nossa trajetória com um mix de já feitos e inéditos. Resolvido isso, passamos à prática e nos reunimos diariamente por uns quinze dias na casa do Zé, compondo, tocando e cantando. No fim selecionamos cinco inéditas para juntar aos hits que obrigatóriamente cantaríamos no show do Rock’n’Rio: Outra Vez na Estrada, No Tempo dos Nossos Sonhos, Aqui se Faz, Aqui se Paga, Jesus Numa Moto e Criador e Criatura. Para a gig, partilhamos músicos que já viajavam conosco com outros que eram da confiança do Zé. Isso resultou numa brilhante formação: Webster Santos (guitarra), Pedrão Baldanza (baixo), Pepa D’Elia (bateria), Thiago Costa (teclados), Eduardo Gomes e Cassio Poletto (violinos MIDI), Tostão Cunha (percussão), Jairzinho Teixeira (saxes e flauta), Lucimar Peres (trombone), Rubinho Antunes (trumpete/ flugelhorn). Para uma nova fase musical, nada melhor que um novo instrumento e lá fui eu Teodoro Sampaio (a rua da música em Sampa) afora atrás de um outro violão. Depois de experimentar uma boa dúzia de violões, apaixonei-me por um Gibson Montana Blues King. A cor não me agradou muito, uma madeira clara country demais pro meu gosto, mas a pegada dele era incomparável. Apesar de perfeito, era visível que já tinha sido usado, mas não liguei nem um pouco pra isso: ele parecia ter sido feito pra mim. Enfim, chegou o Dia D, 13 de janeiro de 2000. Depois de três curtos dias de ensaios com a leitura dos arranjos do Zé, rumamos pro Rio, pra Barra, pro Rock’n’Rio - ele mesmo. Apesar do curto cro nograma de ensaios, nos sentíamos bastante seguros: sabíamos o que queríamos, do que precisávamos e até onde podíamos ir. Melhor que tudo, estávamos absolutamente seguros do nosso potencial. Embora estivéssemos na Tenda Brasil, na lateral do palco principal, podíamos descortinar dali todo o terreno. Era um mar de gente à nossa esquerda, esperando pelas atrações internacionais. Começa-
Para uma nova fase musical, nada melhor que um novo instrumento e lá fui eu Teodoro Sampaio (a rua da música em Sampa) afora atrás de um outro violão. começava a cantar: apesar das minhas roupas rasgadas/ eu acredito que vá conseguir/ uma carona que me leve pelo menos à cidade mais próxima...”. Não se passaram duas estrofes antes de eu perceber que havia um mar de gente migrando do palco principal – onde nada estava acontecendo – para a frente da nossa comparativamente modesta Tenda Brasil. E aí fizemos um show para não sei quantas milhares de pessoas, que – para meu espanto – cantaram junto com a gente a maioria das músicas que tocamos. Saímos daquele palco em estado de graça. De volta ao nosso camarim – container, encontramos com a cúpula da Som Livre e ali mesmo combinamos a assinatura do contrato para um CD/DVD baseado naquele show. Em junho de 2001 subimos ao palco do Teatro Mars, em São Paulo, e gravamos o DVD com a mesma formação e o mesmo repertório que haviam sido apresentados no Rock’n’Rio. Dali partimos pros Canecões e que tais da vida, felizes de novo em trio. O Zé então era só sorrisos, caindo na estrada depois de uns bons vinte anos de engessamento publicitário. Não havia uma só entrevista em que ele não dissesse em alto e bom som que se arrependia de ter saído em 1973, depois da gravação do Terra para seguir uma carreira solo, na qual aliás alcançou grande sucesso popular, mas - segundo ele mesmo - pouca satisfação musical. E lá estávamos nós enfim Outra Vez na Estrada com o CD/ DVD que traria de volta, depois de 26 anos de separação, o trio Sá, Rodrix & Guarabyra. Era o nosso sonho revivido.
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