Edição 285 - Agosto 2018 - Revista Backstage

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Sumário Ano. 25 - agosto / 2018 - Nº 285

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O “selfie” de Jair Oliveira

Em seu trabalho mais pessoal, Jair Oliveira faz sua primeira coprodução com Rogério Leão. A mistura de influências aconteceu no Flux Studio, em Nova York, incrementada por alguns dos melhores músicos do mundo.

NESTA EDIÇÃO

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Ao completar 35 anos de atividade, a locadora de Cuiabá sonoriza o mega show da dupla Jorge & Mateus utilizando o novíssimo sistema Slinpec 214Y, da LS Audio. O sistema de apenas 2 vias, apresentou um som claro, nítido e com muita potência e definição, concorrendo com os PAs importados. Um sistema que veio para atender os grandes festivais e espaços para 20 ou 80 mil pessoas.

08 Vitrine O SEQ12 é um dispositivo eletrônico inovador da Mode Machines. Este equipamento MIDI é um sequenciador que de fato pode criar e fazer arranjos de base musicais como se fosse uma performance ao vivo.

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Rápidas e Rasteiras Com uma programação extensa e ampla, a edição da AES Uruguai dará continuidade ao desenvolvimento de estratégias para dar suporte e encorajar comunidades de colaboradores e profissionais da indústria do áudio.

16 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.

18 Play Rec O grupo Florence and The Machine lança o seu quarto álbum de estúdio, composto por 10 faixas, todas escritas por Florence Welch.

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Expansão DA Series A Harman anunciou novos membros para a série de sucesso de amplificadores Crown DriveCore Install DA Series. Estes novos membros sob a bandeira Crown de amplificadores instalados dão suporte para as redes de áudio Dante e AES67.

64 Eu e a música “Como nada sugerisse que o show estivesse para começar, resolvi voltar para dentro de casa, não sem antes perguntar a Macalé quem tocaria. Para minha surpresa ele respondeu: “Sá & Guarabyra”. Mais surpreso ainda fiquei ao notar que nem ele nem Charles me haviam reconhecido. Não conheço sequer um músico que possa se dizer livre de ter sonhado, ou vir a sonhar, com um show mal sucedido”.


Expediente

Alta potência em poucas dimensões

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Potência sonora aliada a um timbre poderoso e dimensões que cabem em qualquer projeto. O sistema VOA8 foi o escolhido para viajar com a turnê do Paralamas do Sucesso. O modelo permite encarar os maiores desafios de uma ‘gig’ em apresentações ao ar livre.

TECNOLOGIA 40 Áudio Fundamental Nesta edição o tema é sobre mix de monitor, uma arte pouco falada, mas que está presente em cada show. E ninguém melhor do que Markinho Maluf, técnico de monitor do Titãs para falar um pouco sobre essa arte.

44 Ricardo Mendes

48 Ableton O Wavetable é o novo sintetizador incorporado ao Ableton Live 10. Esse novo plugin sintetizador da Ableton é capaz de produzir sons do tipo: Angelical, Monster Pads, efeitos Sci-fi, e texturas de toda ordem.

52 Pro Tools Aquele toque de canela em um cappucino, aquela tomada no shopping quando estamos com 1% de bateria. Nesta edição descubra as pérolas escondidas do Pro Tools - pequenas funções que têm muito valor.

Hoje a maioria dos produtores masteriza as próprias músicas que mixa. Para que a masterização ocorra sem maiores problemas, é fundamental que alguns cuidados sejam tomados na mixagem.

CADERNO ILUMINAÇÃO 56 Vitrine iluminação O K-EYE S10 HCR, da Claypaky, é um LEDwash estático que permite total controle sobre a qualidade de todas as formas de branco e luzes coloridas. A nova tecnologia HCR usada no K-EYE é uma plataforma eletrônica exclusiva desenvolvida pela empresa em conjunto com a Osram.

58 Iluminação cênica Além das novas tecnologias de iluminação, as estruturas de iluminação cênica começaram a incorporar outros elementos, como recursos de vídeo, tubos de luz, fibra ótica e iluminação de indução que podem oferecer perspectivas promissoras.

Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de conteúdo Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Colunistas: Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Pedro Duboc, Ricardo Mendes e Vera Medina Colaborou nesta edição: Fernanda Fernandes Ed. Arte / Diagramação / Redes Sociais Leonardo C. Costa arte@backstage.com.br Capa Arte: Leonardo C. Costa Foto: Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.


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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

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Davi

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Golias

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xiste uma história bíblica que até hoje fascina adultos e crianças, a de Davi e Golias. Essa incrível história do pastor franzino que enfrentou o gigante tirano usando as poucas armas que dispunha - a fé, uma estratégia e algumas pedras – encontra ainda mais espaço quando comparada a momentos de dificuldade, seja ela financeira, pessoal ou de outra natureza. A narrativa ensina justamente a jogar com as armas que dispomos e não com as do adversário. O franzino pastor derrotou o gigante opressor quando percebeu que a sua volta havia os três recursos que o gigante não havia percebido. Diversas vezes já nos vimos em situações parecidas como a de Davi. Seguramente, algumas soubemos sair, mas em outras sucumbimos por não enxergar as “armas”, ou recursos que pudessem nos arrebatar de tal situação. Quantas vezes só conseguimos enxergar o caminho depois de muito tempo, embora o cenário ainda fosse o mesmo? Essa cegueira parece atingir hoje em dia a formação profissional dos jovens do país. A impressão é que cada jovem profissional enfrenta um Golias, e continua obedecendo à sua ordem, permanecendo submetido às regras do gigante. É fato que o acesso à educação formal é custoso, não apenas em relação ao dinheiro, mas também à disponibilidade de tempo. No entanto, há uma gama de recursos disponíveis que fogem à forma tradicional de se obter informação e formar conhecimento. É só olhar em volta. Lutar contra Golias da mesma forma que a geração de 20 anos atrás o enfrentou é um equívoco. É preciso valorizar e enxergar novas perspectivas, como o acesso gratuito à educação e à informação oferecidos amplamente, e ter ânimo, ou fé, para criar caminhos, usando outras estratégias e escolhendo as “armas” que estão disponíveis. Somente com essa tomada de consciência é que se poderá sair desse obscurantismo educacional – no sentido amplo da palavra - que os jovens no país vêm entrando. Jovens sem ânimo, jovens sensores, jovens idosos tristemente fazem parte de uma parcela significativa da população, deixando para trás o essencial da juventude: enxergar o mundo de outro ângulo e aportar qualidade à sociedade em que vive. Boa leitura

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IKON IK42 https://martin-audio.com O iKON iK42 é um amplificador de potência avançada de 4 canais que combina densidade muito alta de potênica com performance de áudio proeminente, DSP estado da arte e controle de rede. Além de um controlador dedicado para os line arrays Martion Audio Wavefront Precision e XE Series, de monitores de palco, o iK42 também pode proporcionar amplifiação multicanal através do alcance do falante Martin Audio. Entre as características, se destacam 4 canais de amplificação Classe D, mais de 20 mil watts de potência total de saída, dependendo da impedância, alta performance DSP de 96kHz para todas as entradas e saídas (48kHz quando usado filtros FIR), interface amigável e intuitiva, opera de 85V a 240V, rede Ethernet para operação de sistema, controle e monitoramento via software Martin Audio VU-NET™.

SEQ12 ANALOG E MIDI SEQUENCER www.modemachines.com O SEQ12 é um dispositivo eletrônico inovador da Mode Machines. Este equipamento MIDI é um sequenciador que, de fato, pode criar e fazer arranjos de base musicais como se fosse uma performance ao vivo, atuando como uma ferramenta que esteja trabalhando sozinha ou junto com uma DAW para incrementar possibilidades de produção. Dotado de 12 Track Matrix Sequencer, o SEQ12 possui 12 tracks arranjadas numericamente abaixo de cada matriz, o que significa que é possível endereçar livremente um dos 3 canais MIDI de saída para assegurar um timing perfeito e três tipos de trilhas: MONO, POLI e DRUM. Assista o vídeo em https://youtu.be/ lKxNBnHhOkI


AT4021 E AT4022 www.audio-technica.com Microfone condensador cardióide e microfone condensador omnidirecional. O AT4021 é ideal para aplicações críticas em estúdio e ao vivo. De perfil baixo, oferece resposta em frequência plana e ampla, níveis máximos de SPL e ampla margem dinâmica. Seu baixo ruído é perfeitamente adequado para o mais sofisticado equipamento de gravação. Seu diafragma de baixa massa melhora a resposta a transientes, aumenta a faixa de resposta e reduz a transferência de ruídos mecânicos e de manuseio. O microfone oferece reprodução excelente de sons de baixa frequência. O modelo AT4022 é um microfone condensador omnidirecional de baixo perfil para gravação excelente para piano, violão e outros instrumentos acústicos. Com resposta em frequência plana e ampla e extensa margem dinâmica, ideais para aplicações críticas em estúdio e ao vivo, o AT4022 lida com altos níveis de SPL com facilidade. O padrão polar omnidirecional do microfone preserva o "som" do local de gravação, proporciona resposta plana e liberdade de efeito de proximidade. Seu diafragma de baixa massa melhora a resposta a transientes e reduz a transferência de ruídos mecânicos e de manuseio.

AURORA NET http://www.dbtechnologies.com A versão NET version 0.0.1 Beta 6 da Aurora Net já está disponível para download no site da dBTechnologies. A versão atual permite um controle remoto em tempo real para o novo sistema de line array de escala ativa, o VIO L212 e para os novos subs ativos VIO S218, bem como a completa linha VIO X de falantes de processador digital AC 26N. O time de desenvolvimento da Aurora Net também adicionou novos recursos que permitem um fluxo de trabalho mais suave: ambiente de tela cheia, LED laranja no visualizador de limiter (quando o valor do compressor é de 0 a -3dB) habilidade para carregar um projeto com controles conectatos, novo roteamento ID na barra de ferramentas de visualização. A última versão do Aurora Net também é capaz de gerar um alerta se o usuário estiver usando diferentes versões de firmware ou mesmo tipo de falante. Para fazer o dowload da nova versão, acesse o site da empresa.

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Foto: Divulgação

capa do novo álbum

MÚSICA INSTRUMENTAL AJUDA CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE RISCO Você sabe o que é crossover? O termo significa mistura. O "Selah Ensemble", grupo formado por músicos de estúdio e de orquestras conceituadas no cenário brasileiro, produziu o repertório dentro desse conceito, unindo os gêneros erudito e popular. Além de levar música de qualidade a todos os públicos, a renda dos concertos do grupo Selah Ensemble será totalmente revertida para ações sociais. As apresentações serão em teatros de médio porte. Após o primeiro concerto, devidamente registrado em áudio e vídeo serão feitas divulgações online e novas apresentações em outros teatros e outros estados.

CONSTRUÇÃO DAS SONORIDADES NA MÚSICA POP

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Skank apresenta a

O pontapé da turnê de lançamento do CD/DVD Os Três Primeiros será dia 01 de setembro, no Credicard Hall, em São Paulo, mas a banda Skank já divulgou a capa do projeto que foi gravado no Circo Voador, no Rio, em novembro de 2017. A imagem, inspirada nos antigos pôsteres de circo, é

uma ilustração do artista Emerson Camaleão, responsável por capas de revistas como MAD e Mundo Estranho. O projeto gráfico ficou a cargo de Marcus Barão. O lançamento do álbum, nas lojas e plataformas digitais, pela Sony Music, está marcado também para o segundo semestre deste ano.

GAME XP A organização da Game XP, formada pelos mesmos criadores e produtores do Rock in Rio e da CCXP, divulgou as novidades da segunda edição do maior evento gamer da América Latina e primeiro Game Park do mundo. Os aficionados por jogos e novas tecnologias terão um verdadeiro parque temático montado nas Arenas Olímpicas (RJ) durante os dias 06, 07, 08 e 09 de setembro. Luis Justo, CEO do Rock in Rio, ressaltou o su-

cesso da estreia da Game XP, em 2017, e seu caráter inovador. “Nosso objetivo é sempre ir além das fronteiras da música e oferecer ao público um conteúdo inesperado, inédito e com qualidade impecável. A inovação faz parte do nosso negócio”, afirmou. Para Pierre Mantovani, CEO da CCXP, o Brasil está em posição de destaque no mundo gamer e a Game XP proporciona um novo nível de entretenimento para este público.

Sergio Molina lança Musica de Montagem - A Composição de Música Popular no Pós 1967. Na obra, o autor trata sobre a construção das sonoridades na música pop desde os Beatles. Partindo do princípio de que o pop é trilha sonora de momentos importantes em todo o mundo (por causa dele as barreiras culturais se abriram para novas experiências desde Beatles, Michael Jackson e os novos sucessos ao redor do planeta), o desafio do autor é fazer entender como ocorre a construção de sonoridades da música popular. Com uma linguagem objetiva e direta, a obra possibilita ao leitor, seja ele especialista ou leigo no tema, uma verdadeira viagem pelo mundo das sonoridades. O autor também aborda a gravação de importantes músicas que marcaram época, desde o samba amaxixado Pelo Telefone, no Brasil, e do jazz Livery Stable Blues, nos EUA, de 1917, até sucessos mais recentes de Gilberto Gil, Sting e Björk.

SENSIBILIZAÇÃO MUSICAL Sensibilizar famílias para a música é a proposta do projeto de extensão “Iniciação musical ao longo da vida”, coordenado pela professora Renata Franco Severo Fantini, do Departamento de Artes e Comunicação (DAC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A iniciativa oferece atividades de iniciação à música para bebês, crianças e seus familiares. As inscrições para o próximo semestre devem abrir em agosto e podem ser feitas pelo e-mail musicalizaufscar@gmail.com


Foto: Divulgação

2018 AES LATIN AMERICAN CONFERENCE edição 2018 de concorrência de gravação latino-americana estudantil onde sua instância final terá lugar no marco da conferência, expondo os estudantes de áudio de toda América Latina a um entorno profissional de hierarquia e facilitando o intercâmbio e camaradagem entre profissionais e estudantes das nações latino-americanas. A conferência tem caráter de interesse turístico e cultural de seus respectivos ministérios. Os patrocinadores confirmados são: Intendencia de Montevidéu, Meyer Sound, Genelec, Audio Technica, WSDG, Palacio de la Música e outros a confirmar.

Neste ano, a Conferência Latino Americana da AES, sera realizado em Montevidéu no Uruguai. O AES LAC é o maior e o mais importante Congresso da AES na America Latina. Os membros da seção América Latina e entusiastas de áudio de todos os países desta vasta região vão compartilhar seus conhecimentos e experiências, bem como aumentar seu network entre os vários profissionais de áudio de toda a AL. Com uma programação extensa e ampla, esta edição da conferência dará continuidade ao desenvolvimento de estratégias que vão dar suporte e encorajar a indústria e os profissionais da indústria do áudio, educadores, estudantes e audiófilos de todos os paíse da America do Sul, Central, Caribe e Mexico entre os dia 24 e 26 de setembro, no Centro de Conferências de la intendencia de Montevideo, no Uruguai. O tema norteador desta conferência será o Loudness e sua regulamentação; assim como na Europa, as normas de EBU e nos Estados Unidos as de ATSC regulam os níveis de sonoridade dos canais abertos e a cabo; a normatização para as rádios que está em curso e os níveis de som ao vivo que estão cada vez mais levados em conta para a saúde auditiva e, por último, todos os serviços de streaming de áudio por internet (entre eles, YouTube, iTunes, Spotify, Tidal, etc) implementaram recentemente sistemas de normatização de nível. Neste congresso, vamos propor gerar um marco para convocar autoridades governamentais (URSEC,

MEC, SIME), políticos, broadcasters (canais, andebu, asoprod, etc), médicos, acadêmicos, produtores, engenheiros, formadores, técnicos, estudantes e experts internacionais da região e da Europa que sejam responsáveis pela elaboração de normas com um ponto em comum dos diferentes pontos de vista. Este marco se materializará através de seminários, documentos, oficinas e painéis de discussão que serão programados durante os 4 dias de conferência (24 a 27 de setembro). Fiel à tradição desta conferência, a programação incluirá uma grande gama de eventos de divulgação de técnicas de produção musical, sonorização de espetáculos, pós-produção de áudio para audiovisual que atualizaram e enriqueceram a prática da comunidade do áudio nacional e da região. O ambicioso programa convoca 26 oradores internacionais, com ênfase em suas representatividades regional, oferecendo 51 eventos (palestras, masterclasses e oficinas) refletindo 7 áreas temáticas e totalizando 90 horas de experiência disponíveis aos participantes. Por último, uma menção especial para a

Palestrantes confirmados: • Bob McCarthy (USA) • Thomas Lund (FIN) • Frank Filipetti (USA) • Mario Faucher (CA) • Ian Corbett (USA) • Nik Valentin (USA) • Alejandro Bidondo (ARG) • Sergio Molho (ARG) • Ivan Markovic (ARG) • Jorge Asama (PER) • Rodrigo Meirelles (BRA) • Andrés Mayo (ARG) • Pamela Cuenca (UY) • Salvador Tercero (MEX) • Cristian Becerra (CHI) • Mauricio Gargel (BRA) • Joel Brito (BRA) • Darío Peñaloza (VEN) • Miguel Dominguez (ES) • Daniel orejuela (ECU) • César Lamschtein (UY) A programação inclui: • Seminário • Tutoriais • Workshop • Tours técnicos • Competição de gravação entre estudantes • Paineis • Artigos e posters científicos • Exposições

Mais informações: www.aesuruguay.org/lac2018 aeslacuruguay2018@gmail.com

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Allen Stone, cantautor norte-americano de R&B e soul, divulgou o novo single Warriors. A música chega acompanhada de um lyric video. O single, produzido por Jamie Lidell, aparecerá no próximo disco de Stone, que está sendo finalizado.

NOVO CLIPE

contou com a produção técnica da Equipos Apolo. Os equipamentos Elation foram escolhidos pela sua potência e variação de cores equanto um IP65 multiambiental foi importante para as luminárias alocadas ao longo da arena. Unidades SixPAR 200 IP com chips de LED des seis cores, incluindo UV, foram colocados em volta do centro do local da apresentação e usadas para iluminar em cores vibrantes as vestes tradicionais - a vestimenta masculina Charro e o vestido de montaria feminino Adelita. O IP65 dos SixPar não apenas protegeram o equipamento contra água ou chuva, mas também contra a poeira pesada levantada pelos animais enquanto se apresentavam.

STEVIE B LANÇA CLIPE GRAVADO EM SÃO PAULO O projeto valoriza o funk brasileiro e foi gravado no Eastside Sound Studio, indicado sete vezes ao Grammy awards e que reúne artistas como Beyonce, System of a Down, Twisted Sister, Mariah Carey e Slash. Aos 60 anos, o cantor americano entrou para lista de convidados do conterrâneo Chubby Chub (atual DJ do 50Cent) para o projeto inédito We Love Baile. Chubby Chub é DJ, produtor e dono do álbum We Love Baile Funk, responsável por reunir culturas e gêneros através de suas mixagens. A produção executiva é de Kikolatino & Pablo Ribeiro, produção musical da MAP Styles Video, direção de Rodrigo Giannetto Real Filmes and Cinecam Productions, mixagem e masterização de @Medusomusic @Carlmartinmusic @djcia.

MÚSICA INÉDITA Gavin James lança EP Always, com música inédita, além de duas versões do sucesso Always, o lançamento apresenta The Middle.

PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRA Foto: Divulgação

No final de maio, Pepe Aguilar apresentou o show Jaripeo acompanhado de 40 Elation Platinum FLX™ hybrid moving heads e 22 unidades de Elation SixPar 200 IP™ color-changing Par lights with Antari F-7 Smaze™ usados para efeito ambiente e para produzir uma fina camada de névoa. O Jaripeo é um show mexicano equestre que inclui montaria em cavalos e corridas de touros, costumes tradicionais mexicanos, e música regional como Mariachi ou Banda - e foi modernizado usando efeitos de video mapping e efeitos dinâmicos de iluminação. O responsável pelo design de luz foi Ricardo Ortiz, que

Macaco lançou o primeiro single de seu novo disco, acompanhado de clipe, protagonizado pelo ator Alberto Ammann. Produzido pelo próprio artista, Macaco nos lembra, com esse energético novo trabalho, que precisamos de um mundo com mais gente valente. Assista ao clipe – https://youtu.be/MimZ-QaNSCQ

NA TRILHA

NOVO SINGLE E LYRIC VIDEO

BACKSTAGE

de iluminação mais modernos Foto: Divulgação

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Show com cavalos tem efeitos

A cerimônia em homenagem a Luiz Melodia (1951-2017) acontece em 15 de agosto, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e marca parceria com a Petrobras, nova patrocinadora do evento. Chico Buarque e Mario Adnet têm quatro indicações cada. A premiação teve recorde de inscrições, com 1327 álbuns, 132 DVDs recebidos e 144 videoclipes. A cerimônia será conduzida pelas atrizes Debora Bloch e Camila Pitanga, foi idealizada e dirigida por José Maurício Machline. Esta edição conta com roteiro de Zelia Duncan, cenografia de Gringo Cardia e direção musical de João Carlos Coutinho. O canal de youtube do Prêmio da Música Brasileira e o Canal Brasil transmitirão o prêmio ao vivo, na íntegra.


AUDIO-TECHNICA PATROCINA O PLAYING FOR CHANGE

Foto: (ao fundo, da esquerda para a direita) Greg Johnson (Diretor de desenvolvimento de negócios da PFC); Jason Tamba, Robin Moxey, Tula (membros da banda PFC); Mark Johnson (Cofundador da PFC) e Chantz Powell (membro da banda PFC). (à frente, da esquerda para a direita) Mateo Aupitre, Keiko Komaki, Titi Tsira (membros da banda PFC); Roxanne Ricks (especialista em eventos e gerente de relacionamento com artistas da AudioTechnica U.S., Inc.); Mermans Mosengo, Pablo Correa (membros da banda PFC); e Raan Williams (produtor da PFC), no Festival GoPro Mountains of Music de 2018 em Vail, Colorado, EUA. Fotógrafo: Taylor Jenson.

A Audio-Technica anuncia o patrocínio global do Playing For Change (PFC), um movimento global criado para inspirar e conectar o mundo através da música, que nasceu a partir da crença comum de que a música tem o poder de quebrar barreiras e superar distâncias entre as pessoas. O principal foco do Playing For Change é gravar e filmar músicos se apresentando em seus ambientes naturais e combinar seus talentos e poder cultural em vídeos inovadores conhecidos como Músicas ao Redor do Mundo. Além disso, o patrocínio da Audio-Technica também se estende para a Banda Playing For Change e a Fundação Playing For Change — uma organização global sem fins lucrativos separada e dedicada à criação de mudanças positivas por meio da educação musical e artística. A fundação desenvolve e apoia programas musicais escolares em comunidades carentes ao redor do mundo, oferecendo aulas gratuitas de música, dança e idiomas, que combinam tradições culturais com tecnologia. Como patrocinadora exclusiva de microfones e fones de ouvido do Playing For Change, a Audio-Technica fornecerá suporte global e equipamentos para o PFC e a Banda PFC, além de atuar como porta-voz do PFC em eventos durante o ano. A empresa também doará microfones e fones de ouvido à Fundação PFC como parte de seu esforço para ajudar comunidades carentes. Para mais informações, acesse www.audio-technica.com

CURSO DE SOM PARA CINEMA POR ENSINO A DISTÂNCIA

Foto: Divulgação

A Academia Internacional de Cinema (AIC) lança a primeira Escola de Cinema Online no Brasil, com cursos em diversas áreas do cinema. A proposta é levar formação especializada também para quem está em localidades fora de São Paulo e Rio de Janeiro. “Somos a primeira escola com foco exclusivo em produção audiovisual no Brasil e agora também oferecemos uma formação online, voltada principalmente para quem está distante das

escolas físicas em São Paulo e Rio de Janeiro”, explica Flávia Rocha diretora de comunicação e mantenedora da AIC (https://goo.gl/uB8h8N). A primeira bateria de cursos cobre as áreas roteiro, som para cinema e TV, edição e produção. Para o lançamento, a AIC preparou uma promoção especial: pessoas cadastradas recebem descontos exclusivos. As primeiras turmas têm previsão de início em agosto. As aulas ocorrerão semanal-

mente, com progressão de complexidade. Haverá conteúdo ao vivo, material de apoio, exercícios de auto resposta e exercícios práticos com feedback individual. Todos os professores são especialistas por área e atuantes no mercado audiovisual. Os cursos online oferecem a praticidade para o aluno estudar quando e onde quiser, com a mesma qualidade e certificação dos cursos presenciais da AIC.

RETORNO À AMÉRICA

NOVAS DO ROUPA

A banda Sublime With Rome retorna à América Latina e ao Rio de Janeiro depois de três anos para uma apresentação histórica no HUB RJ (Santo Cristo), no dia 15 de setembro (sábado). O grupo chega com um novo álbum de 2018 e também apresenta os hits de seus dois primeiros lançamentos, Sirens, de 2015 e Yours Truly, de 2011. Nessa turnê, a banda celebrará os grandes sucessos da era #Sublime, que tem mais de 20 anos de existência. O Sublime with Rome é a união da célula que criou o Sublime com a voz emblemática do cantor Rome Ramirez.

Roupa Nova, a banda com maior longevidade no cenário musical, não se cansa de inovar e lançou em todas as plataformas digitais, 3 faixas do projeto Novas do Roupa, que conta com 12 músicas inéditas e será lançado por completo ao longo dos meses. Surpreendendo mais uma vez o público, o álbum Novas do Roupa ainda traz participações especiais como a da mexicana Maite Perroni em Destino ou Casualidade e do cantor Luan Santana no reggae Amor Sob Medida.

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Foto: Nelson Cardoso

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SEGUNDA INSTRUMENTAL

RC NA VEIA

As músicas do Rei Roberto Carlos são tão clássicas, levam tamanha parte tanto do consciente quanto do inconsciente dos brasileiros, que todos têm certeza que as conhecem de cabo a rabo. O DVD “RC na Veia” mostra justamente que o alcance dessas canções eternas é ainda maior. A tacada de mestre de Dudu Braga, filho de Roberto e baterista da banda, veio nos arranjos do repertório e na relação de convidados para a apresentação e gravação, na Casa Natura, em São Paulo. A ideia do RC na Veia nasceu organicamente. Dudu é baterista com extensa carreira em grupos de classic rock e também produtor musical. Na estrada, conheceu o vocalista Alex Capela, que agregou o guitarrista e arranjador Fernando Miyata. A conta fechou com o baixista Juninho Chrispim.

CAPITAL INICIAL LANÇA CLIPE DE NÃO ME OLHE ASSIM O Capital Inicial lança o clipe da faixa Não Me Olhe Assim, single de estreia do novo projeto de inéditas da banda, que contará com 12 faixas. Com direção do premiado J.Brivilati, o clipe é uma metáfora sobre os diversos julgamentos impostos ao outro numa sociedade cheia de tabus e ideias morais. Confira: https://www.youtube.com/ watch?v=IHRLSV56Aas

Para comemorar os 30 anos de sucesso, a Igreja Cristã Nova Vida da Freguesia, no Rio de Janeiro, promoveu no dia 9 de julho, uma Segunda Instrumental especial, apresentando como atração principal o pianista Luiz Otávio, revelação descoberta pelo baixista Arthur Maia. No evento, o músico lançou o seu mais recente trabalho Casa de Amigo, um CD autoral e totalmente instrumental. Há trinta anos que a Igreja Cristã Nova Vida na Freguesia (Jacarepaguá – RJ) vem promovendo a Segunda Instrumental. Uma reunião dos melhores músicos evangélicos e não evangélicos para tocar e aprender

música de qualidade. Nestes 30 anos, já passaram pelo evento músicos de primeira grandeza da MPB. A banda de abertura foi composta pelos seguintes músicos: Baterista: Thiago Araújo, acompanhado por Baixista: Felipe Lydia; Guitarristas: Vítor Barbosa e Pedro Bezzoco; Tecladista: William Nogueira. A banda principal foi composta por Pianista: Luiz Otávio, acompanhado por Baixista: Ricardo Cordeiro; Baterista: Elthon Dias; Saxofonista: Marcelo Martins e Trompetista: José Arimatéa. A próxima Segunda Instrumental será no dia 10 de setembro de 2018, às 19 h. Mais informações: www.facebook.com/ segundainstrumental

ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL O XI Encontro Regional Sudeste da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem) este ano acontecerá no campus sede da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com o tema “Educação Musical em tempos de crise: percepções, impactos e enfrentamento”, o evento apresentará trabalhos de pesquisadores, professores, profissionais e estudantes da área de Educação Musical o tema, frutos de pesquisa ou de relatos de experiência. Os Grupos de Trabalhos (GTs) do evento estão estruturados em quatro eixos temáticos: dimensões investigativas, epistemológicas e históricas da Educação Musical; Educação Musical em contextos formais de ensino; espaços diversos e temáticas emergentes em Educação Musical; e formação do educador musical. As normas para estruturação dos textos, bem como demais informações sobre a submissão, estão disponíveis no site do Encontro (https://bit.ly/2lSvEkA). O XI Encontro Regional Sudeste da Abem acontecerá de 18 a 20 de outubro e a programação completa, as inscrições e mais informações serão disponibilizadas pelo site (https://bit.ly/2lSvEkA) e em sua página no Facebook (https://bit.ly/2tR8Nu3).


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GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br

coitadismo com quem deveria ter a responsabilidade de fazer a cabeça de jovens que enxergam seu ídolo como rumo ou proposta de vida.

SEMELHANÇA

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RETROCESSO O clima eleitoral e a paralisação completa do governo já em clima de fim de festa deve colocar à prova uma das máximas da economia nacional que é pragmática e direta. Ou seja, se o governo não atrapalhar, o mercado brasileiro se regula e anda sozinho. Embora cético, torço para que essa teoria esteja certa.

Apesar da luta de entidades, educadores e profissionais, o ensino musical parece ter sido sufocado pela mediocridade na gestão nacional da educação. Com cargos e ministérios distribuídos politicamente a amigos e militantes políticos, o governo brasileiro jogou a educação do nosso país para o último lugar nas Américas ao lado do Suriname, segundo o ranking da OEA. Depois de anos de empenho nos bastidores e no antro da política brasiliense, educadores e associações civis não escondem o desencanto com os rumos tomados pelo ensino musical que acabou também arrastado pela falta de gestão e incompetência na condução da educação no Brasil.

EXEMPLO?!? Todos estão solidários com a jovem cantora Demi Lovato, afinal a menina precisa de ajuda nessa hora complicada, mas os exageros precisam ser contidos. Ninguém é drogadito por acidente ou patologia, senão pela própria vontade. Confesso que me preocupo muito mais com os milhões de fãs da cantora que espalhados pelo mundo recebem essa mensagem na forma de um exemplo bastante triste e perturbador. Sou sincericida e não me alinho à política do

Pouca gente sabe, mas o megassucesso Despacito dos porto-riquenhos Luis Fonsi e Daddy Yankee tem velada inspiração num clássico de Martinho da Vila. A música Devagar, Devagarinho, do mestre do samba, serviu de inspiração para os latinos adaptarem uma salsa claramente inspirada na música brasileira. Até o nome original (Despacito, Despacito = Devagar, Devagarinho) revelou a semelhança que mais tarde foi sublimada quando compactada apenas em Despacito. A música disparou uma febre pelos ritmos latinos entre os americanos que sempre foram céticos e resistentes aos estilos caribenhos e antes consumidos apenas por imigrantes ou descendentes de hispanos.

PRECONCEITO Por que a sexualidade dos artistas é tão atacada e motivo de polêmica? No Brasil, diferentemente do que acontece no resto do mundo, a postura de alguns artistas que se assumiram homossexuais parece atrair críticas veladas que transcendem a música e despejam apenas um preconceito inaceitável em pleno século XXI. Como crítico, sempre olhei a música e de resto é com o seu nariz (?!?) que cada um deve se entender. Artistas nacionais geniais como Cauby Peixoto, Ney Matogrosso, Cazuza, Renato Russo e agora Lulu Santos merecem respeito por carreiras impecáveis e obras imortais. E mesmo fazendo música ruim, nem @ Pablo Vittar deveria ser atacado por suas opções pessoais. Quem o faz é um imbecil.

COBRANÇA Algumas das principais marcas mundiais de instrumentos e áudio começam a cobrar de suas filiais brasileiras um desempenho mais forte no enfrentamento da crise que persiste no setor. Essas


GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR empresas não têm muita paciência com economias fracas e cuidam exclusivamente dos seus resultados. Sem disposição para prejuízos, as multinacionais sabem que o foco é cuidar do macro, sem individualizar crises ou problemas localizados de gestão em cada região do planeta. Se a coisa não melhorar, algumas delas podem até sair do Brasil deixando apenas um escritório ou representante por aqui.

CRAQUE Uma hora de conversa com o Vladimir de Souza, da ProShows, e você entende como a empresa com pouco mais de 15 anos de vida assumiu o protagonismo no segmento de iluminação, áudio e instrumentos na América Latina. Exportando para dezenas de países com marcas próprias e um arrojo incomum, o executivo dá uma verdadeira aula quando se fala em empreendedorismo e inovação. A experiência de quem tornou o mundo pequeno para os seus negócios serve como um semestre de qualquer faculdade voltada à gestão empresarial. O cara é craque.

FESTA NACIONAL DA MÚSICA 2018 O maior encontro da música brasileira que esse ano acontece no coração do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, pode ter muito mais do que a nata da nossa música e alguns dos melhores espumantes e vinhos do mundo. A presença já confirmada do Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, pode vir acompanhada de um anúncio que mais uma vez mostra a força do evento. Anseio da classe musical, uma alteração na Lei Rouanet beneficiaria diretamente a música brasileira com a supressão do artigo 26 do mesmo diploma legal que restringe o financiamento e o patrocínio de eventos

musicais. Em 2017 o ministro recebeu o pedido dos artistas durante a Festa Nacional da Música e prometeu empenho no que pode ser mais uma conquista política do evento. É aguardar e torcer.

dentes e forçadas (quando não desafinadas) me desanimaram no quesito qualidade musical. Que sejam felizes... longe de mim.

BABAQUICE

Alguns produtos com mais de 10 anos de fabricação se tornaram verdadeiras bombas ambulantes nas mãos de usuários que, em caso de peças de reposição, vão sofrer um calvário para recuperar o seu equipamento. E isso quando possível. As alterações na engenharia dos equipamentos e as constantes mudanças de fornecedores, coisa comum na China onde a maioria é fabricada, deixa um gigantesco ponto de interrogação na hora de investir em equipamentos mais caros e sofisticados.

Na noite da morte do cantor Prince, em Minneapolis (EUA), os fãs se reuniram para homenagear o artista e cantaram a música Purple Rain, o maior sucesso do artista. Ficou tão bonito que um vídeo amador do encontro foi postado na internet. Inacreditavelmente a gravadora Universal Music, detentora dos direitos da obra do artista morto intimou o jornalista Aaron Lavinsky, repórter do “Star Tribune”, que fez a postagem, para que retirasse imediatamente o vídeo sob pena de responder a um processo por violação dos direitos autorais. Vá entender...

FUTURO

SURPRESA

A banda Metallica parece estar sempre pensando na frente para se inserir cada vez mais no mundo digital. O metaleiros acabam de fazer uma parceria com a Spotify para receber planilhas com as músicas mais ouvidas pelos fãs nos locais onde irão se apresentar. Com isso, fazem um set list literalmente ao gosto do público. A ideia é ótima e logo deverá ser copiada por meio mundo. Claro que para isso é preciso ter repertório consistente e com alternativas para um bom show.

A caminho de se tornar oitentão, Paul McCartney parece ter tirado a vida agora para se divertir. Na semana passada anunciou que apareceria “a qualquer momento...” no Cavern Club, o lendário bar onde os Beatles começaram a 57 anos atrás. Com um inacreditável público de pouco mais de 200 pessoas que superlotavam a casa, o canhoto de ouro cantou sucessos, conversou com o público e até usou o banheiro da casa para um salutar pipi depois do espetáculo.

REPOSIÇÃO

EXPLICADO TENTEI Juro que tentei de tudo para encontrar algo audível no funk e no sertanejo feminino que me trouxesse um mínimo de afinidade musical com essas meninas que fazem enorme sucesso e lotam lugares por onde se apresentam. Não consegui. Letras ruins, arranjos primários e vozes estri-

Em resposta a uma nota que publiquei nessa coluna a alguns meses atrás sobre o uso exagerado dos graves pelos operadores, um leitor bem-humorado de Belo Horizonte (Moacir Souza), via email, rebateu na lata... “Você queria o que com a música que tocam hoje para o grande público?”. Ponto para ele...

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MUSIC FROM MAN OF LA MANCHA Eliane Elias

HIGH AS HOPE Florence And The Machine

Chega às principais lojas do país o CD Music From Man Of La Mancha, da pianista, ganhadora do GRAMMY®Eliane Elias. A trilha sonora é inspirada no musical de 1964, de Dale Wasserman, com música de Mitch Leigh e letras de Joe Darion, baseado em D. Quixote, de Cervantes. Eliane gravou as faixas a pedido do compositor original, Mitch Leigh, juntamente com talentosos artistas que trouxeram mais peso à sua tradicional levada jazz: Marc Johnson (baixo), Satoshi Takeshi (bateria), Manolo Badrena (percussão), Eddie Gomez (baixo) Jack DeJohnette (bateria). A produção original da Broadway teve 2.329 apresentações e ganhou cinco Tony Awards, incluindo Melhor Musical. Montado quatro vezes na Broadway, o musical foi tornando-se um dos espetáculos mais vistos do gênero. A música tema, The Impossible Dream, tornou-se um clássico, e a artista realiza uma interpretação inédita. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/TheImpossibleDream ou https://umusicbrazil.lnk.to/MFMOLM

O grupo lança hoje o seu quarto álbum de estúdio. Composto por 10 faixas, todas escritas por Florence Welch, o álbum conta com a colaboração de Kamasi Washington, Sampha, Tobias Jesso Jr, Kelsey Lu e Jamie xx, e produção de Florence Welch, Emile Haynie, Thomas Bartlett, Doveman, Brett Shaw, Tobias Jesso Jr. O álbum chega acompanhado de uma mistura de sentimentos, com a alegria vencendo no final das contas, segundo a cantora. A banda acaba de lançar a faixa Big God (https:// umusicbrazil.lnk.to/BigGod). A faixa também ganhou um videoclipe, que conta com a direção de Autumn De Wilde e foi coreografado por Adam Khan e Florence Welch. No clipe, a cantora é acompanhada por dançarinas, que fazem uma dança de cores (assista aqui:https://youtu.be/_kIrRooQwuk). Outra faixa do disco, Hunger também já teve seu videoclipe divulgado (https://umusicbrazil.lnk.to/hunger). O vídeo foi dirigido por AG Rojas e encontra a cantora dançando em um corredor, pessoas admirando uma estátua e um caleidoscópio de cores (assista aqui: https://youtu.be/5GHXEGz3PJg). Ouça e baixe o álbum:https://umusicbrazil.lnk.to/HighAsHope

MIXED UP The Cure Foto: Divulgação

O álbum de remixes dos maiores sucessos da banda The Cure, Mixed Up, de 1990, chegas às principais lojas do país. Contando com 12 faixas, o álbum traz em seu repertório sucessos como Lullaby e Hot Hot Hot!!! Robert Smith, o líder da banda, destacou no novo remix a faixa Pictures of You, feito por Brian ‘Chuck’ New. Segundo ele, esta música é o destaque do álbum. “Esse remix mexeu com a música completamente, mas ao mesmo tempo deixou o coração da canção intacto. Assim que ouvi, eu mudei todo o plano do Mixed Up. Minha ambição era compilar um álbum que fosse contemporâneo, mas sem parecer datado, sem ser imediatamente óbvio, inspirador, ritmicamente animador e sonoramente ótimo”, disse. A banda britânica de rock foi formada em 1976, em Crawley, Inglaterra. Robert Smith é o único elemento constante desde a sua formação, sendo o principal responsável pela sua direção musical, assumindo o papel de cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/MixedUp


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APPETITE FOR DESTRUCTION Guns N' Roses

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Foto: Leo Costa

A banda Guns N’ Roses acaba de divulgar uma nova edição remasterizada do seu álbum de estreia, Appetite for Destruction, de 1987. Disponível nas principais lojas do país (nas versões CD e CD Deluxe duplo) e em todas as plataformas digitais, o álbum duplo traz sete faixas inéditas, incluindo o single Shadow of your Love. O novo disco inclui alguns dos maiores sucessos do grupo, como os hits Sweet Child O’ Mine, Welcome To The Jungle, Nightrain e Paradise City. Depois da formação do grupo de 1985, o Guns N’ Roses seguiu com suas atitudes descontroladas que tomaram conta da cena de rock de Los Angeles. Eles seguiram cativando novos fãs em todo o mundo com o lançamento de Appetite For Destruction, em 21 de julho de 1987, que se mantém até hoje como a melhor estreia de um álbum nos Estados Unidos, com mais de 30 milhões de cópias vendidas ao redor do planeta. Além de It’s So Easy (https:// youtu.be/FMbl1ntpIXQ), a Geffen/UMe também lançará oficialmente 14 videoclipes que devem cobrir toda a carreira da banda, todos em uma nova tecnologia 1080p HD. Welcome To The Jungle, Paradise City, Patience e duas versões de Sweet Child O’ Mine também serão lançadas em versões remasterizadas. Ouça e baixe aqui: https:// umusicbrazil.lnk.to/AppetateForDestruction


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Novos membros da bandeira Crown DriveCore Instal Series traz baixa potência Dante e AES67 como opções.

redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

HARMAN EXPANDE BENEFÍCIOS

PARA DA SERIES A

Harman anunciou novos membros para a série de sucesso de amplificadores Crown DriveCore Install DA Series. Estes novos membros sob a bandeira Crown de amplificadores instalados dão suporte às redes de áudio Dante e AES67 com valores reduzidos de potência, jamais vistos em uma série DA de amplificadores. Para aplicações que requerem redes de

áudio Dante ou AES67, a serie Crown DCi Series proporciona uma combinação balanceada de saída de potência, contagem de canais e flexibilidade no carregamento dos falantes com uma tecnologia própria DriveCore para ótima eficiência e uma qualidade de áudio exemplar. Isto traz o potente e lendário Crown para um número maior de aplicações bem como aplicações que já tenham


sido padronizadas na rede Dante em transporte de áudio. Estes novos membros da Crown Dci DA Series traz as opões de 300W e 600W, oferecendo a mesma robustez e capacidades do DriveCore Install DA Series da Crown em menor voltagem. Além de ser

for a do canal sem a necessidade de um transformador externo.

Series traz as opções de 300W e 600W,

Iain Gregory, diretor para grandes locais e marketing da Harman Professional Solutions. “Com o suporte para Dante e AES67 combinados, mais a capacidade avançada da Crown DriveCore Install Services, esses novos amplificadores trazem habilidade para distribuição em qualquer local sem necessidade de aparatos e dispositivos adicionais e cabeamento complexo”, completou.

oferecendo a mesma robustez

Mais informação:

OS NOVOS MODELOS SÃO: Crown DCi 8|300DA – 8 canais amplificados com 300W por canal; Crown DCi 4|300DA – 4 canais amplificados com 300W por canal;

Esses novos membros da Crown Dci DA

capaz de enviar e receber redes de áudio em Dante e AES67, o DCi DA Series inclui um DSP altamente potente com falantes JBL, rede de controle/monitoramento, design altamente eficiente e habilidade para drive de 2/4/8/16 ohm, 70V e 100V falantes carregáveis

Crown DCi 4|600DA – 4 canais amplificados com 600W por canal; “Estes novos membros, de baixa voltagem da Crown DCi DA Series demonstra nosso comprometimento em prover robustez e capacidade de soluções de amplificadores para qualquer aplicação”, diz

https://www.crownaudio.com/enUS/product_families/drivecoreinstall-da-series

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 24 Em seu trabalho mais pessoal, Jair Oliveira faz sua primeira coprodução com Rogério Leão. A mistura de influências aconteceu no Flux Studio, em Nova York, incrementada por alguns dos melhores músicos do mundo e ‘regada’ a instrumentos e equipamentos vintage. Reportagem: Miguel Sá redacao@backstage.com.br Fotos: Rogério Leão/Divulgação

O “SELFIE” DE JAIR OLIVEIRA À

s vezes os encontros ficam mais fáceis longe da terra natal. Foi o que aconteceu com Jair Oliveira e Rogério Leão. O segundo já acompanhava de perto o trabalho do primeiro desde os tempos dos Artistas Reunidos, com os álbuns lançados pela então recém-iniciada gravadora Trama, no fim dos anos 1990. De lá pra cá, Jair lançou Disritmia, 3.2 e o DVD comemorativo de 30 anos de carreira, completados em 2014, Jair Oliveira 30, mas desde criança já cantava tanto com o pai, Jair Rodrigues, como na

banda infantil dos anos 1980 Balão Mágico, entre outros trabalhos. No último ano, Jair Oliveira decidiu se mudar e passar um período fora do Brasil. Mais precisamente em Nova York. A ideia era provocar um pouco o acaso, quebrando a rotina de caminhos já percorridos. O produtor e guitarrista Rogério Leão, que já foi colunista da Revista Backstage, vinha há muitos anos trabalhando como produtor de trilhas de cinema, publicidade, teatro e videogames, o que continuou a fazer em Nova York,


Início dos trabalhos já foi no Flux. Um estúdio tocado por engenheiro de som e produtores em Manhattan com ampla oferta de equipamentos

onde já mora há alguns anos. E foi Rogério quem viu Jair Oliveira caminhando pela Times Square, relembrando a admiração que já tinha pelo trabalho do produtor. Não demorou para que marcassem um encontro para ‘trocar ideias’. Encontro que logo ganhou ‘liga’ e se tornou uma parceria para o novo álbum de Jair: o Selfie.

OS PRODUTORES Jair conta que já tinha a ideia de produzir um trabalho nesse período fora do Brasil; “só não esperava que fosse tão rapidamente”, fala surpreso. “Começamos a trocar uma ideia. Primeiro eu tinha sugerido de gravar uma música. Aí fomos acertando e acabamos fazendo o disco todo”, fala o músico. Rogério relembra que Jair queria algo diferente do que vinha fazendo. “Aí nos demos um bom tempo na pré-produção. Começamos as gravações, efetivamente, em junho. Ainda que pré-produção já seja gravação, na verdade”, enfatiza. “Uma das que eu e Rogério começamos a trabalhar é uma chamada Seres Incríveis, pensando nes-

se ser cotidiano. Todas as músicas são ligadas ao meu pessoal, apesar de ser o primeiro trabalho que não produzo sozinho”, diz Jair. Além dos dois álbuns próprios, Jair produziu também trabalhos de outras pessoas, como Tom Zé, MPB4, Pedro Mariano, Simoninha, o pai Jair Rodrigues e outros. Desde o

o próprio Jair, seu trabalho mais pessoal, Selfie é o primeiro álbum no qual trabalha em coprodução. “Nos meus outros discos, eu mesmo produzi. Não estava acostumado a ter outra pessoa trabalhando comigo nas minhas músicas. O Rogério tem menos essa ligação com o samba. Em compensação

Nos meus discos, eu mesmo produzi. Não estava acostumado a ter outra pessoa trabalhando comigo nas minhas músicas (Jair) início dos anos 2010 que Jair Oliveira não lançava um álbum com músicas inéditas, ainda que colocasse uma ou outra composição nova em redes sociais. Havia bastante material para escolher, mas o compositor não deixou de aproveitar a nova fase na vida para fazer mais canções. “Já tinham algumas coisas que eu ia gravar mesmo. Outras fui decidindo na medida em que fazia”, comenta o músico. Por uma dessas coincidências da vida, apesar de ser, de acordo com

tem uma ligação forte com as guitarras elétricas. Então tem alguns elementos de rock colocados no meu estilo de samba e jazz. Ele também contribuiu muito nas baladas”, acrescenta.

ESTÚDIO E EQUIPAMENTOS O início dos trabalhos já foi no Flux. Um estúdio tocado por engenheiro de som e produtores em Manhattan, com ampla oferta de equipamentos tanto virtuais como

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 26

O ENCONTRO DOS MÚSICOS

Rogério Leão (à esquerda) e Jair Rodrigues escolheram músicos de peso para ajudar a compor o CD

vintage originais, além de instrumentos musicais. São cinco salas, algumas delas ocupadas pelos profissionais – entre eles Rogério Leão – e uma delas dedicada à gravação, com uma mesa Neve 53 de 36 canais dos anos 1970, onde foram gravados violões, vozes e outros instrumentos acústicos. O estúdio tem ainda vários instrumentos à disposição. Entre eles foram usados no disco um Guild GAD50E e teclados, pianos e órgãos Korg, Hammond, Wurlitzer ou Fender Rodhes. Rogério expõe que o disco foi concebido mesmo a partir de uma sonoridade acústica. “O Jair tocou todos os violões de náilon, além de alguns de aço. Eu toquei violão de aço, guitarra elétrica, sempre de sete cordas, baixo e teclado”, fala. Jair comenta que houve músicas onde nada eletrônico foi usado, “mas em outras acabei programando alguma coisa. O Rogério também fez algumas texturas mais eletrônicas, mas o disco segue basicamente o meu estilo, mas com outro tempero. Só pelo fato de ser um disco em coprodução e de ser um disco gravado em outra cidade já

tem outro clima, mas com muito do meu estilo já estabelecido”, aponta. “O Flux tem essa sala enorme, maravilhosa, e o acústico funcionou bem. Era a melhor forma de aproveitar o que a gente tinha”, acrescenta Rogério Leão. E nessa captação acústica, o microfone mais usado foi o Sanken CU-55 e o microfone de fita Coles 4038. No Sanken, foram gravados vozes, violões de náilon, aço e cavaquinho. O processamento do sinal foi feito em compressores Neve 33609. Para a mixagem, Rogério e Jair também têm à disposição diversos equipamentos tanto virtuais como reais. São plugins da Avid e Universal Audio, além de equipamentos vintage originais como o reverb EMT 140 Muth Mod. Stereo plate com drivers Neve ou o reverb de fita Roland RE-201 Space Echo. “O estúdio também tem uma relação próxima com a Universal Audio. Já testamos diversos plugins deles, mas temos a maior parte dos equipamentos deles de verdade. Temos equipamentos da Eventide, Universal Audio, como o LA/3A e muitos outros”, define Rogério Leão.

Não adianta falar sobre equipamentos e deixar os músicos em segundo plano. Ainda mais em um trabalho onde eles têm um papel tão importante. Diversos instrumentistas foram convidados, sempre no espírito do encontro e com liberdade para que deixassem sua marca, fossem músicos mais conhecidos do grande público, como o violonista e guitarrista Romero Lubambo, ou músicos de estúdio. “Nova York é uma cidade muito interessante para quem trabalha com arte, porque tem artistas do mundo inteiro. Por exemplo, o Marcelo Wolosky, que é percussionista do SnarkyPuppy e participa do disco. Eu estava fazendo um show no Symphony Space e ele veio falar comigo depois do show. Foi quando o conheci”, recorda. Além do percussionista Marcelo Wolosky, também tocaram o baixista Guto Wirtti, o baterista Lucio Vieira, que mora em Los Angeles e foi convidado para gravar em NY, o tecladista Ivo Senra, que tocou cavaquinho e violão, o saxofonista Zé Luis e Wesley Amorim. “Ele é um violonista super bom de São Paulo que eu não conhecia. Conheci aqui”, diz Jair, que ainda chamou, no Brasil, o baixista Robinho Tavares e JR. “A produção deu espaço para que eles tocassem como quisessem mesmo. Nenhum deles tocou só como músico de estúdio. Eles foram chamados para dar mesmo uma contribuição”, enfatiza Rogério. “Estou fazendo essa conexão São PauloNY que é minha também”, finaliza Jair Oliveira.

Para saber online http://jairoliveira.com.br/ www.fluxstudios.net www.7cs.nyc


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NOVO SISTEMA DE SOM

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br

LADE SOM INAUGURA

Ao completar 35 anos de atividade, a locadora de Cuiabá sonoriza o mega show Jorge e Mateus utilizando o novíssimo sistema Slinpec 214Y. Apuração: Fernanda Fernandes Edição: Redação da Backstage Fotos: Lade Som / Divulgação

O

show da dupla Jorge & Mateus, que movimentou Cuiabá na noite do dia 7 de julho, atraiu um público de aproximadamente 15 mil pessoas ao centro universitário Univag, na região metropolitana da capital matogrossense. Quem resolveu sair de casa para assistir os seus ídolos, pode também testemunhar um show de qualidade e de tecnologia. Além do desfile de hits de sucessos do vasto repertório dos cantores, o grande destaque ficou por conta do novo sistema de som fabricado pela empresa gaúcha LS Audio.

SISTEMA DE SOM Para comemorar os 35 anos e ampliar a sua gama de oferta de sistemas, a Lade Som adquiriu o novo sistema da LS Audio por dois motivos. O primeiro é que a empresa ainda não tinha nenhum sistema nacional na empresa e o segun-

do pelo bom trabalho que a empresa gaúcha vem desenvolvendo com grande aceitação pelos produtores e técnicos nos shows no Brasil. “Por isso, a parceria que fiz para o lançamento do sistema Slinpec 214Y, um sistema com inovações em termos de som. Cada caixa tem 2 falantes de 14 polegadas da B&C mais dois drives de quatro polegadas com amplificação Powersoft modelo X4 e com os sub de 2 falantes de 18 polegadas amplificação Powersoft K20 gerando 1.600WRMS por falante”, explica Lade. O Slinpec 214Y é um sistema de apenas 2 vias, mas que apresenta um som claro, nítido e com muita potência e definição, concorrendo com os PAs importados de altíssimo nível. Um sistema que veio para atender os grandes festivais e espaços para 20 e 80 mil pessoas com as características de timbre e pressão so-


nora que o povo brasileiro gosta. O PA foi composto por 48 caixas Slinpec 214Y com amplificação Powersoft X4 mais 24 Slinpec 288Y (sub) com amplificação Powersoft K20. Na house mix, dois consoles (um para backup) mix rack (Digidesign) e duas (uma para backup) GranMA Light para a iluminação. Havia também duas consoles de mixagem (uma também para backup) PMD-RH (Yamaha) para atender à monitoração dos artistas. Não houve necessidade de torres de delay.

PARCERIAS Todo o sistema de som foi alinhado pelos técnicos Samuel e Lucas (LS Audio) com os ouvidos atentos de Lade, Luís Paulo e Erick (da Lade Som) através do software Ease Focus, um recurso muito importante para que o público presente pudesse ouvir o som de forma uniforme e efetiva. Partindo desse princípio, Lucas Sallet, que desenvolveu o produto da LS Audio, ressalta que a ideia era criar um sistema rápido, robusto e com resultado de uma caixa grande. “Acredito que ficou um produto muito diferenciado, se comparado a uma caixa normal de três vias, que utiliza falante de 15”. Esta é bem menor, bem mais rápida de montar. Se compararmos com o que a gente tem atualmente no mercado, ela está muito bacana”, afirmou.

Jonathan Almeida (técnico de luz)

Coluna do line array - LS Audio - modelo Slinpec 214Y

Outro parceiro no projeto foi a B&C Speakers, que fornece diversos componentes, como um drive

mais resistente e alto-falantes de excelente qualidade que reproduzem tanto o som grave quanto o

Rack de amplificadores (Powersoft)

Marcelo Felix (técnico de áudio)

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Samuel e Lucas (LS Audio), Lademir Sette (Lade Som) e Gustavo Bohn (B&C Speaker)

médio. “Musicalmente, você consegue escutar melhor a música com a voz mais legível, os instrumentos mais definidos; então não vai ter instrumento que ora aparece, ora some, conforme entra na faixa de cruzamento das vias.

ção a muitos importados”, afirmou Gustavo Bohn, gerente de vendas para América do Sul da B&C.

IMPRESSÕES Marcelo Félix, técnico de PA da dupla Jorge & Mateus, durante a passagem de som, horas antes das atrações subirem ao palco, também enalteceu a qualidade do sistema. “O Lucas desenvolveu esse novo sistema com os agudos bem

Ricardo Cintra

Então isso acaba permitindo que a caixa, para o mercado brasileiro e especialmente o segmento sertanejo, seja um ponto forte em rela-

Console de mixagem PM5D - RH

mais apurados do que todos outros sistemas nacionais. Então, as altas estão bem mais definidas. É um sistema mais encorpado, ficou perfeito, show de bola”, comemora, acrescentando que o conjunto de todo o sistema oferecido foi fundamental no momento em que precisou fazer as equalizações dos microfones dos dois cantores, que têm características e posturas vocais diferentes. “Pude verificar, durante o show, a felicidade dos técnicos na qualidade do som com um público que já vinha exigindo um som de melhor definição. Hoje não basta ter um bom artista no palco e um som que não atende as expectativas dos fãs”, comenta Lademir Sette, proprietário da Lade Som. “A Lade Som sempre entendeu que um artista não pode apresentar todo o seu potencial e performance sem uma excelente qualidade sonora. Tenho percebido que os grandes shows transmitem as emoções da música para as pessoas com todas as nuances que a música exige. Alias, nós sempre tivemos a preocupação de apresentar uma boa qualidade sonora para emocionar e encantar as pessoas. Este novo


Iluminação foi uma parceria entre Lade Som e Back and Light

sistema veio com estas características, de um som cristalino com uma grande pressão sonora”, completa Lademir.

gunda cidade, depois de Fortaleza, a receber o show Único da dupla sertaneja Jorge & Mateus. Uma apresentação com uma hora e meia

de duração, que incluiu os principais sucessos do álbum Terra sem CEP, do início da carreira, até canções do mais recente trabalho.

ILUMINAÇÃO De acordo com as especificações do rider técnico apresentado pela dupla, a Lade Som Locadora, em parceria com a empresa Back and Light, montou todo o projeto de designer e iluminação. A concepção do projeto de iluminação do show foi do técnico Jonathan Almeida. Segundo ele, a inspiração veio de alguns modelos dos “gringos”, com adaptações para o estilo diverso dos dois cantores. O conjunto de iluminação teve como destaques a interação do palco com os telões de LED e com o público.

O ESPETÁCULO A capital de Mato Grosso foi a se-

Teste do projeto de luz

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Ney Quiñonero

Lucas Salette

Gustavo Bohn

A programação teve ainda a participação do cantor Jeferson Moraes e da dupla Israel e Rodolfo. A exemplo das superproduções que lotam os espaços, é fato que o mercado de shows do gênero sertanejo é o que menos enfrenta crise do setor de showbusiness. O diretor musical de Jorge & Mateus, Ney Quiñonero, que também toca na banda, faz uma avaliação do que se torna mais rentável hoje para o artista. “Na verdade, o mercado de vendas de discos mudou muito nos últimos anos. Acho que de 15,

20 anos para cá, a venda de discos é só para fomentar mesmo a atividade de shows, que é o carro-chefe”, ponderou.

E, claro, parcerias como a que foi firmada com a locadora Lade Som, que sempre traz tranquilidade e segurança para os realizadores do evento, como afirma Elson Ramos, da Ditado Produções. “É indiscutível não procurar o Lade. O que me chama atenção é que eles têm os melhores equipamentos, sem dúvida. Você fecha o negócio com ele e a partir daquele momento você não se preocupa mais com som e luz. A prestação de serviço dele é muito boa”, reiterou. Ricardo Cintra, outro promotor do evento que trabalha com o mercado de show business há 20 anos, produz, por ano, em todo o estado de Mato Grosso, 12 apresentações com a mesma configuração do show de J&M em Cuiabá. Para evitar dor de cabeça também prefere fazer parcerias bem-sucedidas, como a que fez com a Lade. “A partir do momento que você fecha um contrato com a Lade, pode virar as costas e deixá-los trabalhar, porque a gente sabe que o material vai ser bem entregue, com qualidade e que a gente não vai ter problemas em shows desse porte. É bom você ter uma empresa nesse patamar, com know how,

Elson Ramos

PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO Pensar, organizar e executar eventos de grande porte, principalmente shows em ambientes abertos, requer, pelo menos, cinco meses de planejamento. Escolher a data, definir o local, desenvolver ações de mídia para promover o show nas redes sociais, em rádios, panfletagens, outdoors.

Caixas de sub (modelo Slinpec 288Y)


com a responsabilidade que a Lade tem”, considerou.

DNA da Lade Som

A ESTRUTURA Todo suporte e armação do show em questão contou com dois camarotes no chão (hoje em dia os suspensos já não são mais tão usados para que acidentes sejam evitados) e uma área VIP. Segundo os promotores, deixar tudo pronto e funcionando perfeitamente não sai por menos de R$ 600 mil reais (fora o cachê dos artistas). A estrutura envolveu também a atuação de cerca de 600 profissionais, distribuídos em setores como segurança, produção de palco, buffet, bares, caixa, etc. Fazer um planejamento estratégico, trabalhar com antecedência, seriedade e respeito ao público certamente faz toda a diferença para se conseguir entregar de fato tudo que foi vendido. “Como resultado, o público sente um mix de sensações e emoções, volta para casa satisfeito, em êxtase, com ótimas recordações. Mas é fato também que investir em produtos de alta tecnologia, com alto rendimento e de preferência econômicos, como o que vimos, contribui de forma decisiva para um resultado bom. É mais do que tendência, é isso que o mercado fonográfico brasileiro pede atualmente”, sintetizou Lade.

Equipamentos / Palco Palco 8 monitores LS Audio (Power Rack) Side Fill 04 caixas Slinpec 288Y mais 08 caixas Aero 20A da D.A.S. Audio Front Fill 04 caixas Aero 20A da D.A.S. Audio Amplificação 08 Powersoft X4 e 06 Powersoft K20

Marli Deon Sette e Lademir Sette

A empresa Lade Som é a maior locadora de som e iluminação do Estado de Mato Grosso e está entre as 10 maiores locadoras do Brasil. Este status não existe por acaso. Na verdade, desde a sua origem a empresa sempre teve como meta fazer o melhor. Por isso, a empresa cria o seu mercado sempre com suporte e muito investimento em know how. "Comecei a minha atividade no Rio Grande do Sul, na cidade de Liberato Salzano, em 1983, com uma loja que vendia discos (vinil) e fazia gravações nas fitas K7. Entendi que esse mercado me proporcionava visibilidade para trabalhar com sistema de som e foi o que eu fiz. No início atendia apenas a minha cidade e as cidades no entorno, mas senti que poderia ter um mercado maior e, por isso, resolvi mudar para Sorriso (MT) que naquela época (1988) estava despontando a todo vapor. Graças a Deus que as coisas evoluíram bastante e percebi que deveria me instalar numa capital para abarcar melhor os eventos do Estado. A mudança ocorreu em 1997 e desde então a empresa vem crescendo em estrutura e em respeitabilidade" afirma Lade. A afirmação do empresário Lade pode ser facilmente consta-

tada, basta um passeiozinho nas mídias sociais e no próprio site da empresa (www.ladesom.com.br) para se perceber que os grandes eventos que ocorrem na região - regionais, nacionais e internacionais - são sonorizados pela empresa Lade Som. O empresário Lade explica que "o segredo do sucesso de uma empresa de sonorização é fazer tudo com muita responsabilidade e humildade: investir bem, no sentido de atender às demandas técnicas e tratar todos os clientes, técnicos, produtores e todos os que estão envolvidos nos eventos com o mesmo cuidado e respeito. Nesse meio é preciso ter cuidado para não investir em sonhos, em desejos pessoais, mas, sim, comprar equipamentos de boa aceitação por parte dos técnicos e produtores", afirma. Esta filosofia, somadas a uma gestão que prioriza o treinamento dos funcionários e equipe técnica, uma frota de transporte e instalações próprias e investimentos constantes nas melhores práticas administrativas e em produtos de ponta, tornou a Lade Som e Luz uma empresa identificada pelas palavras Qualidade e Profissionalismo e uma referência para lançar novos produtos no mercado da sonorização.

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 34 O sistema Soundscape foi apresentado durante performance da Opera of the Future, no coração do Philadelphia Voices, no Verizon Hall, no Kimmel Center. O objetivo era encontrar uma solução que contemplasse mais de 300 vozes e orquestra. redacao@backstage.com.br Fotos: Jessica Griffin / Divulgação

O DESAFIO EM CINCO DIMENSÕES P

ara Ben Bloomberg, colaborador técnico e artístico da Machover, a meta era melhorar a música como arte performática e desenvolver seu poder de transformação como contraponto cotidiano do local. “Temos tantos sons gravados e o desafio foi encontrar a resolução espacial para colocar cada elemento sem que ele pareça lotado. Tod queria que seu público pudesse ampliar cada som individualmente, seja voz, instrumento ou gravação, como faria em um concerto

natural e sem amplificação. A d&b Soundscape forneceu o espaço para tornar isso possível”, declarou. De acordo com ele, a performance era uma apresentação ao vivo em uma sala de concertos reverberante com orquestra completa, 350 vozes e os sons coletados da cidade, que incluiu a Orquestra de Filadélfia. “A Verizon Hall acomoda 2.500 pessoas, portanto, não é um auditório profundo, mas bastante alto”, especificou Bloomberg. “O sistema que instalamos era pequeno para


um ambiente daquele tamanho, principalmente alto-falantes da série Y da d&b com alguns E6 para preenchimentos frontais e VSUBs para suporte low-end, todos alimentados com amplificadores D20. Então, usamos d&b DS10 e o DS100 no meio. O DS100 é a plataforma de processamento de matriz e sinal do sistema Soundscape da d&b”, explicou. Ainda segundo Bloomberg, para a apresentação, foi possível fazer uma renderização de 180 graus do Soundscape, apenas cinco line arrays, todos de Y8. Interessante destacar que não havia sistema surround e que a orquestra não era microfonada, o coro, sim, com mi-

crofones e todas as gravações da cidade (foi criado um aplicativo de telefone que permitiu que todos da cidade contribuíssem, gravando algumas coisas). Em um vídeo on-line, Machover descreve a gravação de um ícone da Filadélfia - o sanduíche de queijo Philly - sendo cozido no King’s Steaks de Pat. “Eles me deixaram colocar meu microfone quase na frigideira quando o cheesesteak estava fervendo”, conta. “As gravações foram posicionadas virtualmente no espaço ao redor da orquestra; o microfone do coro posicionado de acordo com sua localização real no palco”, completa. “Muitas das gravações de campo

eram em estéreo, então pudemos colocar o público dentro das experiências que Tod capturou. Para o cheesesteak, você experimentaria a voz do cozinheiro no centro; o barulho de cozinhar ao fundo se movia quando as coisas eram sacudidas ou raspadas na chapa. O cozinheiro se moveu na frente da comida e isso mudou a maneira de como se ouviam os ruídos. No auditório, a experiência era exatamente essa, como se você estivesse no lugar de Tod quando ele fez a gravação”, descreve. Para o coro, o que se via e ouvia era também com a orquestra. Ambos pareciam totalmente naturais. “Isso não foi fácil. Nós colocamos muito cuidado na montagem e colocação dos três elementos (orquestra, coral e gravações) na mixagem, para garantir que sempre haja algo para focar. Nesse sentido, o Soundscape foi fantástico em permitir que o público se envolvesse de maneira íntima com a performance”, avaliou Bloomberg. “É isso que separa o Soundscape de produtos similares no mercado. Eu trabalhei com muitos desses sistemas ao longo dos anos; muitas vezes você tem um bom Matrix Delay ou um bom balance, mas não os dois juntos. Com o Soundscape você faz isso, e ele é integrado a um modelo 3D da sala da d&b ArrayCalc, por isso é o melhor do mundo”, afirma o técnico. “O equilíbrio do Delay e panning (balance) é especialmente difícil em uma sala de concertos que não é voltada para música amplificada. Para uma parte da peça, Tod precisava que o público fosse capaz de encontrar e ouvir uma única voz no coral - era possível vê-la no meio da multidão de 350 cantores, porque seus ouvidos lhe diziam onde procurar. O Soundscape faz isso muito bem”, concluiu Bloomberg.

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 36 Potência sonora aliada a um timbre poderoso e dimensões que cabem em qualquer projeto. O sistema VOA8 foi o escolhido para viajar com a turnê do Paralamas do Sucesso. A estreia no Rio foi durante o show da banda, no Boulevard Olímpico (RJ), após uma partida do Brasil na Copa 2018. redacao@backstage.com.br Fotos: Ernani Matos / Divulgação

NOVO SISTEMA DE “SIDE FILL” ACOMPANHA

TURNÊ DO PARALAMAS T

rabalhar com um sistema que se destaque pela sua potência, robustez, portabilidade, bom timbre e valor agregado é o sonho de qualquer profissional de áudio, principalmente aqueles que estão quase permanentemente em turnês pelo Brasil. Com característica que permitem encarar os maiores desafios de uma ‘gig’ em apresentações ao ar livre, o sistema da IDEA, o VOA8 é isso e mais um pouco. “Na verdade a gente tinha uma necessidade de ter uma constância na sonori-

dade, principalmente no palco, que é onde estão os músicos. Nós viajamos com os microfones próprios, e os instrumentos são sempre os mesmos. Só que em cada local tinha um timbre, uma diferença, um problema, um lado falando diferente do outro”, expõe o técnico. A solução apareceu durante uma feira, no estande da Decomac. “Se não me engano em 2014, estive no estande da Decomac e vi um sistema pequeno que me lembrou um equipamento que existiu durante um tempo;


Monitor de palco

era um equipamento pequeno muito eficiente e eu gostei muito do timbre”, conta. “(Na época) o Salomón (Soli), que é parceiro meu, estava trabalhando na Decomac. Perguntei a respeito do sistema, ele falou que estavam em negociação

Leo Garrido (PA)

com a IDEA. Durante alguns meses seguidos que a gente se encontrou, eu perguntava a respeito do sistema, até o dia em que o Soli me confirmou o fechamento deles com a marca. Então eu pedi uma oportunidade de ter o equipamen-

to, porque me chamou muito a atenção pela praticidade e pelo tamanho. Se o equipamento correspondesse realmente à expectativa que eu tinha seria muito bom.

EXPERIMENTANDO O SOM Depois do sistema todo acertado, finalmente Soli enviou algumas caixas para testes. “O sistema VOA 8 tem um alto-falante de 8” e um drive de uma polegada com um timbre fenomenal; depois soube pelo fabricante do porquê daquele timbre, principalmente na alta frequência, e aquilo me surpreendeu, porque é muito pequeno, leve e prático. Nós que estamos acostumados com aqueles side fills velhos distorcendo, batendo tela, etc, quando botamos e eu comecei a escutar e a mexer no processamento e tal, pensei: chegamos num ponto ideal de nitidez, de potência e tudo

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REPORTAGEM| www.backstage.com.br

SEGREDO DA ALTA FREQUÊNCIA

Monitoração de palco

que eu queria. Mas como fazer para ter o sistema funcionando para você no dia a dia? A tática de Leo Garrido foi convencer a IDEA de deixar o sistema rodar com a turnê do Paralamas. “Perguntei ao Soli se seria possível a gente viajar com o sistema. Vendi a ideia que o Paralamas é uma boa vitrine, porque a gente vai pra dentro das empresas. E é o que tem acontecido com frequência: surpresa com o tamanho do equipamento, potência e eficiência que ele tem”, comemora. “Ficou muito prático viajar com o sistema, muito mais fácil, porque a sonoridade do palco é sempre a mesma, a pressão sonora, e tudo isso foi uma surpresa”. Leo também destaca que todas essas qualidades também são percebidas pelas empresas que têm contato com o VOA8. “Várias empresas vêem

nele praticidade, facilidade em montar e desmontar, e já vão pedindo informações à Decomac.

Framklim Garrido, Adriano Melquiades e Leo Garrido

Para o show que foi apresentado logo após a partida do Brasil contra a Sérvia, no dia 27 de junho, no palco montado no Boulevard Olímpico, no RJ, Leo e Adriano Melquiades usaram um sistema VOA8, com um sub de uma caixa com 2x18, além de 4 caixas VOA8 em stack. “São 4 caixas de line, é uma caixinha muito pequena, e isso fica como se fosse uma coisa só. É um sub com cerca de 1,80m, por 60cm de lado. Um módulo extremamente compacto, tudo passivo, processamento, amplificadores por fora no rack. O sistema, na verdade, não está no original como os dois amplificadores na época que estavam fazendo acertos da fábrica. Daí o processador AudioLab, que foi o que a gente tinha na hora para fazer a audição, acabou virando um kit que a gente chama de ‘kit sidefill’, que é um absurdo, para o tamanho do sistema. O próprio fabricante ficou surpreso quando o chamamos para ver”, comenta. De acordo com Leo Garrido, o segredo do diferencial na alta frequência


Bi Ribeiro

está no material do drive. “O drive é feito com uma membrana de polímero que não produz um som metálico, ele tem um som muito agradável, lembra o tuíter de papel, não tem arranhado, não tem nada elétrico. Ele tem um som muito suave,

muito musical, e isso foi uma das coisas que me chamou muito atenção naquele estande lá em 2014, quando eu ouvi e fiquei impressionado”, relembra. A membrana foi desenvolvida justamente para dar mais suavidade e

“tirar” o som metálico no drive. “O Santiago, que é um dos sócios, comentou que foi uma membrana desenvolvida pela Beyma justamente com o intuito de não ter essa agressividade metálica no drive. Quer dizer, é um sistema que está mais do que aprovado, estamos viajando direto com ele e torcendo para ter outro equipamento desses, porque o Paralamas tem dois sistemas viajando na estrada”, comenta. Além do VOA8, outro equipamento integrou o setup da apresentação, um par de monitores, EXO e SM16. “São dois falantes de 8’’ e um drive que é um absurdo de eficiente. Chegaram hoje e é o primeiro show que estamos fazendo com eles”, completou.

Para saber mais http://www.ideaproaudio.com/ product-detail/voa8/

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ÁUDIO FUNDAMENTAL| www.backstage.com.br 40

MIX DE MONITOR Pedro Duboc é Técnico de Áudio e membro da Sobrac (Sociedade Brasileira de Acústica), ABPAudio (Associação Brasileira de Profissionais de Áudio), ASA (Acoustical Society of America) e AES (American Engineering Society).

Amigos do áudio, nesta edição falaremos sobre mix de monitor, uma arte pouco falada, mas que está presente em cada show. E ninguém melhor do que Markinho Maluf, técnico de monitor do Titãs, para nos falar um pouco sobre essa arte. Com a palavra, Markinho Maluf. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação

A

s coisas mais importantes que aprendi até hoje como técnico de monitor, e garanto que fará sua vida de técnico melhorar pelo menos 50%: 1 - Muita calma, paciência e respeito, sempre! Afinal não se consegue nada no grito. 2 - Quando o músico trouxer um problema, não o devolva de bate pronto. Mostre que você está ali para resolver, mesmo que não seja um problema causado por você. 3 - Se errar, assuma! Isso só fará com que você ganhe mais confiança das pessoas. Primeiramente, acho importante explicar como cheguei a essa forma de mixar monitor que uso atualmente e deixar bem claro que é a minha opinião baseado em minhas experiências. Não existe certo ou errado.

Comecei a me dedicar ao monitor exclusivamente por volta de 2010 onde mixava uma dupla sertaneja com uma Yamaha 01v; todos os músicos de fone, todos os canais Pré Fader em todas as vias; apenas efeitos em Pós Fader, afinal, até hoje, essa é a primeira lição para quem vai mixar monitores! A passagem de som era sempre aquela lâmpada… Bumbo!… Agora Bumbo para o batera… bumbo para o baixista… bumbo para o guitarrista… e assim por diante. Na hora de ‘passar uma geral’ tinha que remixar tudo! Não estava satisfeito com o resultado, porque depois dessa volta toda na passagem de som os músicos desistiam e, em alguns casos, praticamente só queriam ouvir ‘click’ e a si mesmos. O resultado drástico disso aparecia quando o cantor


empolgado “puxava” uma música que não tinha programação. Resultado: cada um para um lado… Sempre usei o LR da console como minha via, onde fazia uma mix no meu gosto e ouvindo tudo, assim, se algum problema ocorresse, eu ouviria. Gostava de ficar pilotando os solos das música. E uma solução que encontrei para que isso acontecesse em todas as vias ao mesmo tempo afinal também queria que os músicos ouvissem isso - foi passar os canais de solo (nesse caso sanfona, violões e guitarra) para Pós Fader nas vias (menos na via do dono do instrumento para não o atrapalhar com a variação de volume). Outro problema: todas as vias eram mono. Usei por um tempo a seguinte solução: mantinha o AUX mono de cada músico onde enviava apenas o instrumento dele, porém, via Grupo, mixava um LR que alimentava a entrada máster do Powerplay. Então fazia a mix entre o músico e a Mix Máster (estéreo) no Balanço de cada canal do Powerplay (Aux / Master). Porém, tinha suas limitações e a soma dos sinais não funcionavam muito bem.

referência espacial do local, e a função do técnico é recriar isso. E é obvio que não tem só voz e click no ambiente! Nesse momento, comecei a entender mais a função de técnico de monitor. Não basta você saber mixar, você tem que saber lidar com as pessoas e passar confiança suficiente para que o músico entenda o processo e você consiga entregar um trabalho (mix) de qualidade. Claro que quanto mais

Passamos a usar o Plano X quando começamos a trabalhar juntos no EPAH, fazendo o planejamento e estruturação do PGM Música Boa Quando conheci o Paulo Farat mixando o RPM e ele me deu um in ear em Mix Mode para acompanhar a mix de cada músico durante o show fiquei mais ‘p.’ ainda, porque ele conseguia fazer um som de Disco em cada via, com todos ouvindo todos, efeitos, etc! A minha ideia sempre foi essa, afinal quando o músico usa o fone de forma correta, ele perde a

rápido você conseguir fazer isso, mais você será reconhecido! Aí tive a grande sorte de conhecer o Renato Carneiro, que, além da amizade e tudo que me ensina até hoje, me ensinou um processo chamado Plano X, que ele usa há um bom tempo e que funcionou perfeitamente para mim. Passamos a usar o Plano X quando começamos a trabalhar juntos

no EPAH, fazendo o planejamento e estruturação do PGM Música Boa, onde na época se mixava no monitor 108 inputs por até 48 outputs, divididos entre 3 bandas ao mesmo tempo. Nos quatro anos seguintes Renato, Eduardo (Pinter) e eu, fomos nos aprimorando e cada um adaptando detalhes e conceitos para determinadas situações. Até hoje discutimos bastante a respeito, compartilhando informações e experiências acerca de mix de monitor e configurações de sistemas. Graças a essa experiência, hoje se tornou fácil para eu mixar qualquer situação no monitor. Pode ser fone, caixa, muitos ins/outs, etc. Agora que já deve ter entendido como cheguei até aqui, vou explicar o conceito e a forma de executar. Lembrando que não fui eu que inventei e não é o único jeito de fazer, muito menos certo ou errado! Algumas observações importantes: 1. A ideia é sempre fazer com que o músico ouça uma mix cheia, entregue de forma rápida e confortável para que, antes de ele pedir algo individual, já tenha uma referên-

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ÁUDIO FUNDAMENTAL| www.backstage.com.br 42

cia geral da mix. 2. Independente de usarmos fone ou caixa, a ideia é a mesma. Porém, quando se usa caixa, devemos considerar a maior influência do ‘som ambiente’, já que o ouvido do músico não está tão isolado. 3. Em caso de caixas, costumo ajustar os tempos (delay) entre as que têm relação. Eu, particularmente, sempre mixo com meu fone, nunca com caixa. Se tiver usando caixas no palco, alinho previamente e depois monitoro tudo pelo meu fone. 4. Comunicação é muito importante para que não haja desencontros nem desespero em cima do palco; e agiliza demais a solução de possíveis problemas. * Começo sempre checando todo o sistema de monitoração (possíveis defeitos, ruídos, estrutura de ganho entre os equipamentos, alinhamento, RF, etc). * Falando sobre a mix, parto sempre com todos os canais musicais em -10dB pós Fader para todas as vias, canais internos (click, comu-

nicação e coisas do tipo) -10dB Off pré Fader (só ligo para os músicos que solicitarem antes da passada geral), e os canais que pertencem ao dono da Via, inicio em 0dB pré Fader (o mesmo vale para o efeito relacionado ao seu instrumento,

cessários e, quando ligo o canal de voz, a única pessoa que ouvirá será o próprio cantor, afinal essa voz é pré Fader apenas na via dele. Não levanto ainda o Fader no Master (minha via). Caso o cantor peça mais ou menos volume, o

Comunicação é muito importante para que não haja desencontros nem desespero em cima do palco; e agiliza demais a solução de possíveis problemas mesmo nível, porém pós Fader). * Todos os PANs já previamente feitos em todas as vias estéreos, considerando apenas o dono da via ao centro da imagem estéreo. Em alguns casos, o músico prefere que seu instrumento siga a imagem estéreo da mix. * O soundcheck pode começar por qualquer músico, e explico o porquê. Por exemplo: Vamos começar com o cantor. Solo o canal em PFL, faço os processamentos ne-

ajuste não será na mandada do AUX e, sim, no seu bodypack, afinal a voz está em 0dB na mandada de AUX e modulando em um nível bom na base do sistema, então é obvio que o único atenuador/ excitador no meio do caminho que não afetará o equilíbrio do sistema é o volume do seu bodypack. Obs.:1 - Em caso de caixas, não costumo iniciar com o Master da VIA em 0dB. Normalmente -10dB para que eu tenha uma margem de mixagem. Obs.:2 - Em caso de músicos que tenham mais de um canal, comece sempre pelo canal que ele ouve mais alto! * Terminando os canais musicais, tenho certeza que cada músico está se ouvindo (apenas a si mesmo, por enquanto) em um nível satisfatório. Pergunto sobre os canais internos para cada um deles, ligo a mandada e ajusto quando necessário. * Ok, estamos prontos para a banda tocar uma música! Nesse ponto é que rolam problemas psicológicos sérios, onde você terá que controlar. As frases: “Como vou tocar se não tô ouvindo a bateria!” “A música começa com ProTools!” serão normais (risos). O ideal seria a banda fazer um groove bem à vontade. * Agora sim, você irá fazer a SUA mix! Quando você “levantar” sua mix, automaticamente estará


levantando a mix completa para todos, mantendo uma margem de 10dB entre a mix e o próprio instrumento de cada músico em sua VIA. E aqui está a grande vantagem em relação ao grupo que eu mandava no máster do Powerplay: tenho todos canais abertos em cada via, podendo, assim, reequilibrar a mix a gosto de cada músico. Uma coisa eu garanto: a passagem de som será mais rápida, a qualidade das mixes será bem maior e, com certeza, haverá muito menos pedidos de ajustes! * Dica importante: Como agora a mix do show está nas suas mãos, sempre a cada pedido feito analise a sua mix (master) antes de aumentar determinado canal apenas na via do músico que pediu. Às vezes, você pode ter deixado passar um solo ou algum detalhe importante daquela música e ele sentiu falta e, com certeza, se esse ajuste for na sua MIX e não na dele, beneficiaria a todos os músicos. * Como canais internos estão em pré Fader, você pode ajustá-los da maneira mais confortável na sua mix. * Algumas ferramentas facilitam bastante a “manutenção” das mixes durante o show, como por exemplo, consoles onde você consegue controlar VCA (CG) dentro das vias. Dessa forma, você ajusta diversos canais dentro de uma mix sem perder o equilíbrio. Exemplo: o cantor quer ouvir + bateria. Você aumenta através do VCA a bateria toda dentro da via dele, sem perder tempo e sem desequilibrar a mix. Em situações extremas como o pgm Música Boa, onde tínhamos 3 bandas tocando ao mesmo tempo, conse-guíamos através de VCA aumentar ou abaixar rapidamente bandas completas na via de cada músico com apenas 1 fader. — Comunicações: Como disse acima, comunicação é muito importante e eu, particularmente, gosto de ter tudo dentro da minha mix para que eu não precise

ficar tirando o fone para falar com alguém. Independente do projeto, sempre tenho o meu Talkback e mais vários para roadies, produtores, músicos, etc. A grande questão é como ouvi-los sempre! Mesmo quando estiver solando algo. Na DiGiCo, por exemplo, tenho a função Auto Solo, onde determino quais canais quero solar automaticamente caso eu ative o solo em qualquer coisa (input, output…). Obs.: Claro que todos devem usar com responsabilidade a comunicação e não esquecer de desligar os microfones para que você não fique mixando com vazamento indesejado. Para esses casos, a DiGiCo tem um On/Off da função com fácil acesso! Mas dá para fazer só em DiGiCo? Não! Como faço em outras consoles: Vou explicar analogicamente, mesmo sabendo que em algumas consoles dá para fazer esse roteamento digitalmente, porque dessa forma já serve para qualquer console. 1- Via cabo, conecto os Outs (LR) do meu Monitor (CUE) em 2 canais de input livres na console. 2- Direciono esses canais (LR) em 0dB pré Fader para uma via (AUX) livre na console, exemplo 15/16. 3- Mando todos os canais de comunicação em 0dB pré Fader para o mesmo AUX (15/16). Resumindo, meu CUE passa ser a via 15/ 16 onde tenho as comunicações + CUE! Vias de roadies costumo fazer usando Matrix, onde roteio a via do músico que ele representa + comunicações. Normalmente tenho uma via usada para equipe onde também tenho a MIX completa -10dB somada às comunicações em 0dB. Para finalizar, a minha ideia é que a pessoa envolvida tecnicamente ou musicalmente no show tenha uma referência completa do que está acontecendo. Mas tenho que fazer isso da forma mais rápida e clara possível. É assim que trabalho atualmente e, a cada show, aprendo uma coisa nova!

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S M E T S M E Ricardo Mendes é produtor,

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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br

MASTERIZAÇÃO professor e autor de ‘Guitarra: harmonia, técnica e improvisação’

A masterização durante um bom tempo foi considerada um segredo trancado a sete chaves e somente alguns iniciados de uma sombria seita secreta teriam acesso a ele... Hoje já não é mais assim, com uma maior livre circulação de informações entre a comunidade do áudio.

M

uitas pessoas já masterizam em suas próprias casas em seus laptops. Algumas pessoas fazem pior, outras melhor, mas o fato é que até alguns anos atrás muitas pessoas nem sabiam que era necessário masterizar uma música. Mas a vida é uma roda cheia de surpresas

a vida toda? Chego a sentir calafrios de tédio só de pensar nessa possibilidade. Na época em que eu masterizava somente em estéreo sempre voltava à minha sessão de mixagem e fazia algum ajuste, pois o processo de masterização acaba alterando um pouco a percepção no equilíbrio da mixagem. Quando era uma

Para que a masterização ocorra sem maiores problemas, é fundamental que alguns cuidados sejam tomados na mixagem

e mal o conceito de masterização começou a ficar mais conhecido e compreendido por um número maior de pessoas, apareceu uma nova maneira de se masterizar para a gente ter que aprender tudo de novo. Ainda bem! Já pensou ter que fazer a mesma coisa do mesmo jeito

masterização de uma música que eu mesmo havia mixado, não era um grande problema, pois era somente retornar à sessão de mixagem, fazer os ajustes e voltar para a sessão de masterização com a nova mixagem. Mas quando era a masterização de uma música mixada em


outro estúdio, eu não tinha como manipular os tracks individuais e às vezes gastava muito tempo para resolver um problema que seria resolvido em questão de segundos apenas abaixando um dos tracks na sessão de mixagem. Quando eu não conseguia resolver de jeito nenhum, tinha que pedir para quem mixou que fizesse os ajuste e me enviasse a nova versão da mixagem. Bem, eu já me sentia incomodado com algumas situações como essas, mas felizmente a humanidade tem gênios que descobrem o óbvio. Alguém pensou: por que eu sou obrigado a masterizar com todos os tracks reduzidos a um track estéreo? Por que não subdividir a mixagem em grupos, como, por exemplo, bateria & percussão, baixos, guitarras & teclados, vozes & back vocals e masterizar cada um desses grupos individualmente?

Figura 2

Assim não haveria uma caixa disparando um compressor que afetasse o baixo. Assim seria possível adicionar agudo no back vocals sem tornar o hi-hat da batera agudo demais... Quem teve essa ideia resolveu chamar esse processo de masterização por Stems. Mas antes de começar a masterização propriamente dita, vamos nos atentar a estes detalhes, que servem tanto para a masterização em Stems quanto para a masterização tradicional em estéreo: Hoje a maioria dos produtores masteriza as próprias músicas que mixa. Para que a masterização ocorra sem maiores problemas, é fundamental que alguns cuidados sejam tomados na mixagem: 1 – Tome cuidado com o headroom. Não deixe o nível da sua mixagem ir a zero dB ou mesmo próximo disso. O ideal é que os picos (momentos mais altos da música) estejam batendo em -6 dB. Dessa maneira evita-se o clipping (distorção) e ainda deixa espaço para fazer alterações de equalizador (figura 1).

Figura 1

2 – Não use limiter no mix bus de jeito nenhum. Ele irá arruinar o “punch” da sua música. No caso de uma mixagem estéreo, se for usar compressor no mix bus, use com

uma taxa de compressão (ratio) baixa, ataque lento e threshold alto. Não deixe o compressor tirar mais do que 3 dBs do sinal de saída. Se não tiver certeza do que está fazendo ao colocar um compressor no mix bus, melhor não fazer. No caso de uma mixagem em Stems, não use compressor algum nos grupos que serão exportados (figura 2). 3 – Não confie 100% nos seus ouvidos sem uma referência. Coloque na mesma sessão uma música do mesmo gênero e compare as duas, alternando entre uma e outra. Tome o cuidado de colocar as duas com o mesmo volume, pois se uma estiver mais alta do que a outra, o ouvido poder ser facilmente enganado, preferindo a música que estiver mais alta. 4 – Ouça a sua mixagem em mais de um sistema e ambiente diferente. Escute no carro, no telefone, no laptop, no headfone, em outros estúdios, etc. Quanto mais, melhor. Agora é hora de preparar os grupos para fazer os Stems. Evite colocar no mesmo grupo instrumentos muito diferentes em termos de frequência. Por exemplo, evite colocar no mesmo track um baixo e uma flauta piccolo. Ou uma alfaia de maracatu com um shaker. Um

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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br 46

os efeitos, como reverb e delay, que foram utilizados para os vocais devem ir juntos neste grupo.

SUGESTÃO DE DIVISÃO DE GRUPOS:

Figura 3

exemplo de um bom grupo seria colocar juntos um shaker e uma pandeirola. Ou surdo (surdão de samba) e tan tan. Lembre-se tam-

bém, ao fazer o bounce de cada grupo, de incluir seus respectivos efeitos. Ao fazer, por exemplo, o bounce do grupo de vocais, todos

1 - Graves => bumbo, tambores graves, bumbo eletrônico e similares 2 - Bateria e Percussão => caixa, hi-hat, pratos, tons, percussão não grave e similares 3 - Baixo => baixo, violoncelos, baixo eletrônico e similares 4 - Harmonia => guitarra, violões, teclados e similares 5 - Vozes => voz principal, voz secundária e backing vocals Neste ponto irão se exportar (fazer o bounce) os Stems para a masterização.

FAÇA OS SEGUINTES PASSOS: 1 – Sole todos os tracks de um Stem, incluindo os canais de efeitos associados e ele, e faça o bounce em estéreo. Repita essa operação para cada Stem. Não se esqueça de “dessolar” os canais do Stem anterior (figura 3). 2 – Certifique-se de que está exportando em 24 bits e na mesma resolução (44.1, 48. 88.2, 96 kHz, etc) da sua sessão de mixagem (figura 4). 3 – Não use dither, não normalize e nem coloque nenhum tipo de limiter ou compressor na saída do mix bus. Em uma mixagem que vai ser enviada em Stems para a masterização não faz sentido usar compressor no mix bus. Ficamos por aqui. No próximo mês, continuaremos a masterização em Stems.

Para saber mais Figura 4

redacao@backstage.com.br


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W AV E TA B L E

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TECNOLOGIA|ABLETON LIVE| www.backstage.com.br

N O T E L B A Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor, sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee College of Music, em Boston.

O Wavetable é o novo sintetizador incorporado ao Ableton Live 10. Esse novo plugin sintetizador da Ableton é capaz de produzir sons estonteantes do tipo: Angelical, Monster Pads , efeitos Sci-fi, e texturas de toda ordem.

A

bra via > Browser > Instruments > Wavetable. Um aviso: é pesado!! Usa muito processamento da sua CPU! Na verdade, o

Figura 01 - Wavetable

conceito de wave synthesis, que é a base tecnológica do Wavetable, não é uma real novidade. Essa tecnologia surgiu nos anos 80 e foi usada no PPG Wave e


Figura 02 - PPG Wave

logo depois pela Sequencial Circuits no Prophet VS. Eram sintetizadores muito complexos já àquela altura.

melhar muito a isto: Evidentemente, hoje a tarefa de usar um Palete (array) de synthesis facilitou a vida e possibilita a cria-

Figura 03 - Prophet Vs

PPG WAVE2.2 Sequencial Circuits Prophet VS Com a evolução dos CPUs e softwares tudo evoluiu para esse maravilhoso mundo dos plugins que usamos hoje em dia! Mas chega de história e vamos aos fatos! A grande diferença entre os sintetizadores tradicionais com um, três ou até seis osciladores que geram a forma de onda (Wave), está na maneira com que construímos o som final, passando essa onda (Wave) por vários módulos até conseguirmos o resultado final (Synthesis). Visto por um osciloscópio 3D, após todo processo, o som final pode se asse-

ção de sons realmente intrigantes. Veja o exemplo na imagem seguinte:

som no Wavetable e não simplesmente com um ou até seis sons ou tipos de formas de onda (mas pode também!). Pode-se atuar em cada faixa de frequência! Como você pode notar na imagem acima, o processo criativo fica muito mais visual (e complexo, logicamente). Esse processo chama- se Re Synthesis! Como é possível perceber na imagem a seguir! Mas o Wavetable também opera com frequências simples como senóide, triangular, quadrada, serrote, etc, e modula ou se mistura com frequências complexas. Na imagem a seguir vemos o programa operando com formas de onda mais simples: Uma onda modulada (senoide X Quadrada) no Osc 1 (seta vermelho) e uma onda senoidal pura do Osc 2 (seta verde). Movendo esse controle (setas rosa e verde claro), no centro,você incrementa a modulação e interação. Clicando nesse sub-menu indicado pela marca e retêngulo vermelho temos o Wavetable Palete (formas de onda), Osc 1 & Osc 2. No centro, à esquerda, temos nas marcas verde, lilás e azul os 3 (três) envelopes ADSR. Do lado direito, nas marcas laranja e rosa, temos os 2 (dois) LFOs (osciladores de modulação em baixa frequência).

Figura 04 - Piano Wavetable

Isso é um Piano Waveshape. Partindo dessa complexidade sonora é que você começa a desenhar o

Voltando a falar do Palete de formas de onda – Wavetable... Além do Palete de formas básicas

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ABLETON LIVE| www.backstage.com.br

Quando o plugin não está expandido (que, aliás, é acionado ao clicar nesse pequeno triângulo à esquerda indicado pela marca vermelha), você pode operar os parâmetros no Matrix, que é o

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setor laureado pelo retângulo roxo.

Figura 06 - Modul 2 osc 2

Figura 07 - Expanation

Figura 08 - Basic Shapes

Figura 05 - Resinhesis

tem um outro Palete de formas de onda específicas (Basic Shapes) que permite reproduzir sons com um, digamos, “DNA” (piano, guitar, trombone, sitar, etc). Seta e marca rosa.

Clique nesse pequeno ícones à esqueda para modificar a visualização da forma de onda. Seta e quadrados verdes (a seguir). Observe esses parâmetros embaixo, à direita, ainda na imagem anterior, indicadas pelas marcas em vermenho. Ali você pode modificar o formato das ondas de modulação, alcançando modelos híbridos muito interessantes e criativos para sua Syntheses! Quando o plugin não está expandido (que, aliás, é acionado ao clicar nesse pequeno triângulo à esquerda indicado pela marca vermelha), você pode operar os parâmetro no Matrix, que é esse setor laureado pelo retângulo roxo. Esses parâmetros corespondem aos envelopes ADSR do plugin e você pode operá-los por aí também, ou por outros parâmetros (MIDI e Mod Sources), selecionando a devida “Aba”. Ao centro, os filtros que dispensam explicações. À esquerda (retângulo verde) temos o Sub Osc e à direita o Unison (retângulo amarelo), que permite multiplicar o número de vozes sobrepostas (para fazer uns uníssonos Gordões). Você pode fazer 6 tipos de uníssonos, mas, infelizmente, com um número limitado a oito


Figura 09 - Visual

vozes (dobras). Finalizando, eu diria que o Wavetable é uma máquina de produzir sons de respeito! Se a sua máquina não suporta um Xfer Serum,

Figura 10 - Matrix

não se lamente, você com certeza estará muito bem servido com o Wavetable da Ableton. Um grande sintetizador! Boa sorte a todos.

Figura 11 - Unison

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

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TECNOLOGIA|PRO TOOLS| www.backstage.com.br

PÉROLAS ESCONDIDAS DO PRO TOOLS Pequenas funções - mas com muito valor Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cur-

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sos na ProClass-RJ

Sabe aquele toque de canela em um capuccino, aquela tomada no shopping quando você está com 1% de bateria, aquela visita supresa de alguém querido em um dia difícil? Pois é exatamente como este artigo foi viabilizado para a sua leitura.

G

raças a uma providencial tomada, a carona de uma visita pra lá de espetacular e o sossego mental que só uma xícara de café pode trazer, consegui reunir todas as dicas e gerar as imagens em tempo recorde para sua apreciação. Este é o tipo de função de Pro Tools que vamos falar neste artigo. Por trás das “grandes e revolucionárias melhorias” que cada nova versão apresenta (as chamadas “key features”), existe um microcosmos de pequenas funções, que estão longe da atenção do departamento de Marketing da Avid, mas que podem fazer toda a diferença no nosso dia a dia no Pro Tools.

RECURSOS DE NAVEGAÇÃO Em uma sessão grande, o usuário vai se encontrar rolando com o mouse para cima e para baixo centenas de vezes em busca do track correto. Algo extremamente desconfortável depois de algumas horas. Ao invés disso, vamos conhecer a função “Scroll into View”. É acessível pela Track List com o botão direito (Fig. 1) e faz exatamente o que o nome diz: rola a

Figura 1 - Scroll Into View

tela direto para a track selecionada. Para facilitar mais ainda, você pode usar o atalho Control + Shift + Click (mac) ou Start Key + Shift + Click (win). Resolvida a navegação de tracks, vamos para a navegação de tempo na sessão. Certamente você já quis navegar direto para um momento específico no tempo, certo? Como, por exemplo, o “compasso 10” ou para o tempo “10:12:01”. Para estas situações, utilizamos o contador central, que se chama “Main Counter”


Figura 5 - Memory Locations Window

Figura 2 - Main Counter

(Fig. 2). Basta um click e digitar o valor apropriado, mas a função fica bem mais confortável de usar se, ao

caso, primeiro você precisa mapear as partes da sua música com ajuda dos “markers” (Fig. 4). Uma vez que a sessão esteja mapeada, você pode acessar a janela de Memory Location, que guarda uma lista de markers. Ela fica lo-

cadores é um caminho válido, mas estamos aqui para falar do “algo a mais”, e, neste caso, é a possibilidade de navegar usando apenas o teclado. Isto é feito digitando sempre no teclado numérico a sequência: ponto (.) + Número do Marker +

Uma vez que a sessão esteja mapeada, você pode Fig. 3 - Habilitando o Main Counter via teclado numerico

acessar a janela de Memory Location, que guarda

invés do mouse, você acionar o Main Counter com o teclado. Isso é feito com o asterisco do teclado numérico (Fig. 3). Mas como navegar diretamente para o refrão da música, onde você não sabe o compasso exato? Neste

uma lista de markers.

calizada no menu Window > Memory Locations. Clicar para navegar entre os mar-

Ponto (.) novamente. O número do Marker é definido pelo valor à esquerda do nome do marker na janela de Memory Locations (Fig. 5).

PREFERÊNCIAS DO PRO TOOLS

Figura 4 - Exemplo de markers

São muitas as preferências que vêm desligadas por padrão, mas que merecem sua atenção. Vamos a elas: Na Aba “Display”, temos a opção “Organize Plug-in Menus by”. A opção padrão é “Category” (Fig. 6), mas muito mais efetivo, na minha

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Fig. 7 - Lista de plug-ins por categoria e fabricante

Figura 6 - Lista de plugins apenas por categoria

opinião, é a opção “Category and Manufacturer” (Fig. 7) onde os itens da Avid ficam separados dos itens da Waves, por exemplo. Na Aba “Editing”, temos a opção de alterar o tipo de Crossfade que é criado por padrão quando usamos a função Smart Tool. Sabemos que o padrão é o Crossfade “Equal Gain”, mas a cada 100 pessoas que eu converso, 99 preferem o Crossfade “Equal Power”. Então se este também é seu caso, basta clicar no botão “Crossfade” e ajustar de acordo com sua preferência. Na Aba “Mixing”, temos logo a primeira opção à esquerda, vemos que, por padrão, ao criar um send,

ele vem configurado para “-INF”, ou seja, sem sinal. A ideia é até boa, pois evita uma realimentação no caso de um roteamento incorreto, mas o lado negativo é que muitos iniciantes esquecem de levantar o fader do send e ficam meio perdidos, achando que tem algo errado com a configuração do efeito ou roteamento. Então, de forma geral, prefiro desligar a opção, e assim que eu crio um send já posso ouvir o efeito em contexto. Outra função sub-utilizada fica logo abaixo, chamada de “Default EQ” e “Default Dynamics”, ou seja “Eq padrão” e “Processador

de Dinâmica padrão”. Por serem os processadores mais utilizados, é possível deixá-los separados da lista de outros plugins para acesso rápido. Veja na Figura 8 como fica mais fácil. E como ficaria se eu quisesse também eleger meu “Reverb Padrão” ou meu “Delay Padrão”? Pois saiba que é possível separar da lista qualquer plugin. Vamos ao truque: acesse a lista e encontre o plugin que você gostaria de separar da lista para facilitar o acesso. Ao encontrar, clique com Command (mac) / CTRL (win) pressionado e pronto! Veja o resultado na Figura 9. E quer saber mais? Também funciona no menu Audiosuite. Experimente fazer o mesmo processo, e aprecie o resultado (Fig. 10).

EDITANDO COM PRECISÃO E CONFORTO MÁXIMO Se estamos falando de editar com precisão, estamos falando da função “Nudge”. Caso você não conheça, ela está sempre ativa e permite que o usuário, ao selecionar um clip, o mova para a esquerda e

Figura 8 - EQ e Compressor favorito logo no início da lista

Fig. 9 - Outros plug-ins também podem ser separados da lista


Figura 10 - Normalize destacado da lista de plugins Audiosuite

direita com as teclas “+” e “-” do teclado numérico por incrementos prédeterminados pela janela de configu-

botão shift na combinação de teclas. Ou seja, para refinar o início da seleção, use Alt + Shift + Teclas do Nudge.

Figura 11 - Configuração do Nudge

ração de Nudge (Fig. 11). Mas podemos chegar bem mais longe do que meramente mover para esquerda e direita, e é disso que vamos falar agora. Você pode usar o Nudge para aparar as bordas do seu clip, como se estivesse usando a função “Trim Tool”. É simples: para aparar o início do clip, pressione o botão Alt ao usar a tecla de “+ e -”. Para o final, use o Command (mac) / CTRL (win). Outra opção é usar o Nudge para refinar uma seleção. Para isso, acrescentamos o

Por último, podemos manter o clip onde está e alterar apenas a posição do conteúdo deste clip. Para isso, usamos a tecla modificadora Control (mac) / Start Key (win). E com essa visão expandida da utilização do Nudge eu vou ficando por aqui. Espero que tenha gostado das dicas, e nos falamos de novo no próximo mês! Abraços!

Para saber online cmoura@proclass.com.br

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RUNIT WTX™ www.robe.cz Esta caixa de ferramentas multifuncional, com conexão sem fio DMX + RDM é uma versão ampliada da Robe Universal Interface. A unidade se comunica com PC ou Laptop via USB e ainda proporciona possibilidades sem fio para controle, monitoramento e gerenciamento DMX e RDM bi-direcional. A partir de agora, o software pode ser carregado por meio de um link cabeado. A comunicação sem fio é com base em uma tecnologia robusta CRMX que inclui um avançado recurso, como coexistencia cognitiva automatizada, fidelidade DMX, baixa latência, encriptação robusta, entre outras. Suporta sistemas operacionais Windows 7, 98, ME, 2000, XP, Vista, Servidores 2003, Linux, OS X.

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K-EYE S10 HCR https://www.claypaky.it O K-EYE S10 HCR, da Claypaky, é um LEDwash estático que permite total controle sobre a qualidade de todas as formas de branco e luzes coloridas. A nova tecnologia HCR usada no K-EYE é uma plataforma eletrônica exclusiva desenvolvida pela Claypaky em conjunto com a Osram para ir ao encontro das necessidades dos lighting designers de todo o mundo que não estavam totalmente satisfeitos com a performance dos dispositivos LED em comparação com as lâmpadas tradicionais, particularmente por causa do alcance incompleto de cores, pobreza no renderizamento das cores e falta de consistência. Todas essas limitações têm sido superadas no K-EYE HCR e agora é possível finalmente produzir todas as cores, cada nuance e cada sombreamento com qualidade satisfatória. O coração do K-EYE HCR é uma fonte de luz LED que consiste de um módulo de 6 cores: além das 3 clássicas (RGB), a Claypaky adicionou Âmbar, Cyan e Lime. Este dispositivo exclusivo Claypaky proporciona uma ampla gama de cores com cobertura de cor espectral excelente. Outro destaque é para o corpo do equipamento, em estrutura de alumínio com cobertura plástica, molduras opcionais para gelatinas externas e filtros frost e uma cobertura opcional com ajuste no movimento do zoom.


CUEPIX 16 IP™ www.elationlighting.com Cada vez mais, projetos e shows são concebidos em espaços ao ar livre, por isso, a Elation decidiu expandir novamente na sua linha líder de produtos adaptados ao meio ambiente. O Cuepix 16 IP é um LED blinder poderoso e potente com matriz 4 x 4 com a tecnologia de proteção IP65. Uma versão atualizada do Cuepix Panel, o popular 5 x 5 LED que tem feito sucesso desde que foi lançado há 5 anos. O modelo 16 IP supre a necessidade para mais opções de efeitos. As luzes são montadas em um truss rebaixado, geralmente como nos demais modelos parecidos, mas no IP16 os designers podem adicionar uma cor de alto impacto ou luz branca, eye candy ou efeitos de pixel mapped, para produzir todos os tipos de efeitos sem preocupar-se com o tempo ou custo e a inconveniência de coberturas de proteção. O IP 16 possui LEDs de 30W RGBA de longa duração e uma melhor distribuição luminosa para alcançar uma performance superior.

ECAST LIGHTING CONTROLS www.elationlighting.com/4cast-dmx-bridge O e-Cast é um aplicativo capaz de controlar a iluminação de palco desenvolvido para ser usado em locais de tamanho pequeno ou médio, como casas noturnas, auditórios ou eventos móveis. O eCast App está disponível nas App Store e requer um Elation 4Cast DMX Bridge como interface entre os equipamentos de iluminação e um dispositivo iOS. Fácil de programar, o eCast App pode controlar até 576 luminárias e até 12 universos DMX (6144 canais de luzes). O app inclui efeito gerador de movimento, cor e efeito rápido e permite que o usuário controle canais individualmente de luzes ‘mais inteligentes’ para criação de cenas, efeitos especiais e shows. O eCast pode trabalhar com qualquer Art-Net ou nós ACN, mas precisa primeiro ser conectado a pelo menos um 4Cast DMX Bridge para destravar as saídas. Também estão incluídos Audio trigger e suporte MIDI.

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“Divide World Tour”, do cantor inglês Ed Sheeran (Amsterdam, 13/04/2017). FonteRalph Larmann

São notórias e notáveis as transformações ocorridas desde a entrada dos LEDs na indústria do entretenimento. Além das novas tecnologias de iluminação, as estruturas de iluminação cênica começaram a incorporar outros elementos, além dos recursos de vídeo, novas formas e formatos, tais como tubos de luz, e novos caminhos, com iluminação de fibra ótica e iluminação de indução que podem oferecer perspectivas promissoras, com mais eficiente otimização e logística reversa eficaz.

RUMO À MORFOLOGIA NOVOS CAMINHOS PARA

A ILUMINAÇÃO CÊNICA? Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.

N

esta conversa, esses novos estudos e novidades serão abordados, sob a perspectiva da morfologia, ou estudo das formas, como também sensações e sentidos, provocações e estímulos visuais. O panorama atual da iluminação cênica para espetáculos e shows não oferece mais surpresas, se analisado este cenário pela incorporação dos avanços tecnológicos das últimas décadas. Em compensação, também possibilitou a ex-

pansão e amplificação das produções desses eventos, pelo mais intenso e amplo acesso ao LED - Light Emitting Diode como principal componente utilizado em luminárias e paineis para video wall. Nesse sentido, a indústria também não se restringe mais a poucos e gigantescos fabricantes; do contrário, cada vez mais, surgem novas e mais especializadas empresas, de portes também diversificados, na construção de instrumentos de iluminação cênica com particularida-


Banda americana Bon Jovi na “This House In Not For Sale Tour 2018”. Fonte: ACT Lighting.

des singulares e diferenciais que não prezam mais pela competividade, mas pela personalização e relativa exclusividade, em função de resultados únicos. Tal constatação pode ser percebida nos eventos do setor – como a LIGHTFAIR International, realizada anualmente nos Estados Unidos da América e que possui uma seção sobre iluminação cênica (ou teatral) com a exposição de fabricantes nesse segmento (em 2018, foi realizada na cidade de Chicago, Illinois, no início de maio). Se essa mais significativa oferta de equipamentos poderia ainda sugerir suspeitas e dúvidas sobre a qualidade dos produtos disponíveis, isso realmente não tem ocorrido. O que de fato ocorre é uma mais ampla acessibilidade a esses artefa-

tos e uma disponibilidade de luminárias de LED cada vez mais brilhantes e marcantes, propiciando duas possibilidades com mais economia (de consumo e aquisição): configurações mais expressivas e

indústria do consumidor, aqui identificado como os públicos que consomem shows, festivais, eventos e ações promocionais diversas. Como tem sido abordado em diversos momentos das conversas

... os públicos já não são mais meros espectadores; cada vez são inseridos como protagonistas, pelas diversas interações produzidas e realizadas. profusas, em detrimento de outras, mais otimizadas e simplificadas. Contudo, novos caminhos têm surgido, e com eles expectativas de acontecimentos ainda projetados com concepções utópicas ou imaginativas. As pesquisas com percepção visual têm aproximado a

que são sugeridas neste espaço da Revista Backstage, os públicos já não são mais meros espectadores; cada vez são inseridos como protagonistas, pelas diversas interações produzidas e realizadas. Somam-se a isso as pesquisas com a morfologia da iluminação. Se a

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Banda inglesa Radiohead na “In Rainbows Tour” (2007). Fonte: The New York Times Online

iluminação cênica tem sido objeto de estudos sob diversos aspectos - concepção, instrumentos, efeitos e resultados, entre outros -, a morfologia se associa aos princípios de composição dos projetos, que também propiciam contextualização visual, conforto e sensações únicas ou coletivas. Como destaque, o aprimoramento de luminárias lineares flexíveis. Criadas há mais de dez anos, essas luminárias,

am o traçado das linhas para a geração de figuras, formas ou sequências de pontos (pixels). A partir do desenvolvimento das tecnologias de LEDs, essas luminárias evoluíram para outras, que produzem os efeitos das lâmpadas neon, mas com uma solução eletroluminescente contínua e brilhante, em substituição àquelas fitas de LEDs (que, por serem arranjos de células, provocam des-

Se um dos princípios da iluminação cênica é emoldurar objetos, essas luminárias lineares possibilitam configurações regulares e abstratas. aplicadas nas produções de espetáculos, inevitavelmente se associavam inicialmente a outros recursos estruturais, de maneira a serem fixadas e dispostas em planos, formando linhas horizontais e verticais, cujos principais objetivos estiveram relacionados ao preenchimento cênico pelos elementos geométricos mais básicos, ou ainda pela criação de texturas, com a utilização de superfícies difusoras e variações de intensidade e cores. Isoladamente, arranjos de células interligadas (como fitas de LEDs) permiti-

continuidade luminosa perceptível). Se um dos princípios da iluminação cênica é emoldurar objetos, essas luminárias lineares possibilitam configurações regulares ou abstratas, elementos geométricos isolados ou repetidos, orientações em todos os planos, ou mesmo letreiros ‘retrô’, com associação direta aos efeitos produzidos pelas lâmpadas Neon utilizadas para esta finalidade. Se essas luminárias propiciam resultados visuais impressionantes, também estão alinhadas a outra inova-


Luminárias lineares flexíveis na produção do palco do programa American Idol. Fonte: LED Neon Flex

ção que cada vez se expande mais, relacionada ao controle de iluminação. Nesse âmbito, a personalização produzida com a possiblidade de isolamento das células (ou pixels) naquelas luminárias, ou em outras com a segmentação ou redução de dispositivos em áreas ou seções, desenvolve-se na mesma velocidade que surgem e evoluem os aplicativos concebidos para tal finalidade. Além des-

convergências de soluções, diferenciação conceitual e tipificação de oportunidades. Nessa mesma linha, o interesse de Lighting Designers que buscam nesses elementos estéticos e funcionais soluções diversas para projetos, que prezam pela renovação, pelo formato, ou ainda por outro aspecto, tal como a eficiência luminosa, ou ainda, pela versatilidade ou simplificação das formas.

Os espaços cênicos são, em sua essência, estruturas morfológicas pois, na leitura visual, podem ser associados a figuras geométricas conhecidas ou formas irregulares sas funcionalidades, a otimização e simplificação dos processos ainda se torna outro significativo avanço, pois as possibilidades de criação e rápida resposta para cenas e formas visuais reproduzidas com essas luminárias já permite a composição e organização de cenários com intensificação, além das expansões de sistemas para smartphones, e integração com consoles e demais equipamentos. Além disso, a morfologia também se aplica a outras inovações, dinâmicas e atrativas, que oferecem também

Os espaços cênicos são, em sua essência, estruturas morfológicas pois, na leitura visual, podem ser associados a figuras geométricas conhecidas ou formas irregulares. No entanto, cada vez se destacam as produções que potencializam essa premissa de projeto, seja pela utilização de elementos cênicos com formas regulares em proporções significativas, ou pelas estruturas aparentes de iluminação cênica, dispostas simetricamente (para proporcionar sensação de igualdade e uniformidade aos públicos que assis-

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“Reputation World Tour” da cantora americana Taylor Swift. Fonte: Isabel Infantes/PA Images

tem aos eventos em condições iguais de visualização) e em formatos únicos e imponentes. Algumas das mais bem-sucedidas turnês realizadas nos últimos dois anos têm na morfologia do espaço o conceito de inspiração e configuração dos recursos cêni-

nesse mesmo contexto, justificam-se também pela realização de shows em estádios e arenas, o que requer a amplificação de recursos visuais para o atendimento dos públicos em todos os setores de lugares comercializados. Sobretudo, a morfologia estética

Sobretudo, a morfologia estética também conecta as pessoas com elementos familiares, conhecidos e assim confortáveis... cos e visuais. Naturalmente, o desenvolvimento de estruturas exuberantes também se alinha às expectativas dessas apresentações, pelos expressivos resultados em vendas e downloads de canções nos aplicativos para smartphones, ou direitos de imagem e merchandising. Ainda

também conecta as pessoas com elementos familiares, conhecidos e assim confortáveis, proporcionando sensações mais agradáveis e visivelmente estimuladoras para sensações aprazíveis e atrativas. Mesmo nas formas irregulares ou abstratas, padrões de linhas retas ou sinuosas se fazem presentes no

imaginário, que conecta as informações e produz referências visuais, muitas delas marcantes e congruentes a fatos diversos, recuperados de memórias recentes ou emocionalmente registradas no subconsciente. Com tudo isso, a morfologia visual e estética ainda é um campo a ser explorado, pelas diversas possibilidades, pelas múltiplas aplicações, ou pelos resultados inusitados ou lúdicos. Cabe ao Lighting Designer a busca de parâmetros sensoriais e padrões atrativos aos olhos dos públicos, estimulando percepções e sensações variadas, fo mentando conexões e interações, produzindo cenários singulares e inesquecíveis. Abraços e até a próxima conversa!

Para saber mais redacao@backstage.com.br


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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br 64 Foto: George's Studio

EU E A MÚSICA

INTERMEZZO PARA REFLEXÃO NUMA NOITE DE INVERNO...

E

stava em São Paulo, em frente a duas lindas casas art-nouveau quase geminadas, uma pouco mais imponente que a outra. Elas seriam a nova sede do ressuscitado Lei Seca, bar dos amigos Paulo Ribeiro e Markus Kleissl que frequentei quase diariamente quando morei em São Paulo, entre as décadas de 70 e 90. Estava impossível entrar, era o dia da reinauguração do Lei e uma multidão bloqueava a porta. Quando olhei lá pro final da bela escadaria de madeira trabalhada que dava acesso à única porta, vi minha amiga Arlete Borba (que conheci no Lei Seca original) fazendo sinal para que eu entrasse pela outra casa e desse a volta. Só então entendi que havia alguma comunicação entre as duas. Fiz o que ela pediu e subi pela escadaria da casa menor, semelhante à principal, no topo da qual encontrei minha amiga Sandra Marcarian, vestida e maquiada au

grand complet. Perguntei a ela se havia visto minha mulher, Verlaine, que ficara de me encontrar por ali. Sandra me lembrou de que não conhecia Verlaine pessoalmente, mas que certamente saberia se a tivesse visto, amigas de Facebook que eram. Entrei então para dentro do que me pareceu uma habitação coletiva de luxo, com dezenas de quartos ocupados por gente de todos os gêneros, cores e idades, todos correndo de lá pra cá, ocupadíssimos com os preparativos da estreia. Dei de cara com minha sobrinha Elaine, que me olhando de cima abaixo e falando alguma coisa sobre eu “não estar vestido de acordo”, entrou num quarto e saiu de lá com um elegantíssimo blazer. Peguei o blazer e fui procurar um banheiro pra me vestir. Abri uma das portas assinalada pela figura tipo-anão-dejardim de um tirolês fazendo xixi e me vi num banheiro enorme, onde depois de descer uma pequena


LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM escada de mármore, quase tropecei na mureta de um laguinho cheio de carpas, como esses de lanchonete de beira de estrada, que contrastava flagrantemente com a parede coberta de centenários azulejos portugueses, interrompidos por um vasto espelho bisotado onde fui me olhar, só pra descobrir que Elaine estava com a razão e eu vestia uma velha camiseta, minha bermuda preferida e um par de sandálias havaianas brancas, estas já bem usadas e encardidas. Nossa. Depois de várias tentativas consegui vestir o blazer, que a princípio parecia ser de um tamanho menor que o meu, mas que acabou por servir. Saí do banheiro súbita e completamente bem vestido, calça jeans, sapatos e tudo o mais. Fui passando por várias salas decoradas com extremo bom gosto onde continuava aquela balbúrdia organizada, agora com menos gente. Numa das salas, dezenas de cachorros se espreguiçavam entre almofadas indianas; noutra, senhores de terno - mas sem gravata - discutiam política aos gritos (esta sala cheirava fortemente a uísque e charutos); e finalmente, na que me pareceu mais agradável, jovens casais hippies vestidos a caráter, sentados à beira de um balcão, degustavam drinques coloridos em longas taças. Quem os atendia era o mesmo barman que me servira as melhores margaritas que jamais tomei na vida, quando eu tinha meu estúdio Vice Versa, na rua Alves Guimarães, bem ao lado do restaurante Don Curro, ô delícia... Fui lá pedir uma. Mas o barman, de olhos nos meus olhos, recusava-se com um indelével sorriso a deixar que a margarita chegasse às minhas mãos enquanto eu não o chamasse pelo nome. “Chiquinho!” - lembrei-me, triunfante. Uma enorme e enfeitada taça veio afinal escorregando pelo balcão até onde eu estava. Saí dali de margarita em punho e fui desembocar numa espécie de auditório ao ar livre, com dezenas de fileiras de cadeiras de armar, lotadas por um público animado e diverso. Procurei um lugar vago e acabei por descobrir o que me pareceu ser a única cadeira vazia, onde me sentei entre Macalé e Charles Gavin, que depois de me cumprimentarem, continuaram – mesmo comigo no meio – uma complicadíssima e incompreensível conversa sobre sistemas de aquecimento de ambientes. Só aí percebi que estava com frio. Tirei o celular do bolso para ligar para minha mulher e tentar encontrá-la, mas não havia sinal. Fiquei ali encolhido. Como nada sugerisse que o show estivesse para começar, resolvi voltar para dentro de casa, não sem antes perguntar a Macalé quem tocaria. Para minha surpresa ele respondeu: “Sá & Guarabyra”. Mais surpreso ainda fiquei ao notar que nem ele nem Charles

me haviam reconhecido. Levantei-me rápido e saí procurando alguém que pudesse me esclarecer aquela confusão, mas quando olhei o palco, vi que a banda já estava a postos, afinando os instrumentos e dando uma rápida passada no som. Corri até a escada de acesso, mas fui barrado por um segurança que me exigia o devido crachá. Eu não me lembrava de ter recebido nenhum, mas ao meter a mão no bolso interno do blazer achei o tal crachá, com minha foto e tudo. Aliviado, subi e procurei pela estante que teria meus violões. Não estava lá. Então notei que a banda era composta por gente que eu não conhecia. Um roadie de longos cabelos pintados de verde puxou-me para o canto e colocou-me uma paleta na mão, dizendo que o espetáculo ia começar e que a apresentadora já nos chamaria. Perguntei pelo setlist, por meus violões, pela nossa banda original, mas ele sumiu por dentro de uma coxia confusa, cheia de panos pendurados e cases de instrumentos largados pelo chão. De repente, Arlete surgiu no palco e nos anunciou. O roadie voltou e pendurou-me uma Fender Strato no ombro, surdo aos meus protestos e pedidos pelos violões. Fui entrando palco adentro, mas notei que não havia ninguém no microfone do Guarabyra. O baixista, um louro muito alto e magro, parecido com o Eduardo Dussek, franzia a testa e apontava para meus pés. Os sapatos haviam sumido e as surradas havaianas brancas estavam de volta. Cheguei à conclusão de que teria que cantar de qualquer jeito, mas a banda atacou uma música que eu jamais tinha ouvido. Insisti e saí improvisando, tudo parecia ir dando certo, mas depois de poucos minutos, os músicos pararam de tocar. O baixista acendeu um cigarro e sentou-se no case, conversando com a tecladista, uma senhora com cara de professora de piano e os braços cobertos de tatuagens. Parei de tocar também, perplexo ao notar que o público continuava atento como se o show estivesse seguindo normalmente, marcando inclusive o ritmo com os pés. Olhei para trás. O batera me olhou de volta e atirou as baquetas para o alto, com um sorriso amarelo no rosto. Foi a conta. Joguei a Strato para o roadie à la Claudio Venturini e fui saindo do palco, mas não reparei que haviam retirado a escadinha: tropecei, desequilibrei-me e enquanto ouvia um “ohhh!” consternado do público, fui caindo, caindo, caindo... e acordei. Não conheço sequer um músico que possa se dizer livre de ter sonhado – ou vir a sonhar - com um show mal sucedido. Pelo sim, pelo não, nunca mais como feijoada no jantar. Que, aliás, estava ótimo.

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SOM NAS IGREJAS

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