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Sumário Ano. 25 - outubro / 2018 - Nº 287
Produção de épicos se firma no Brasil
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Na sua 14ª produção musical de trilha para novelas, o produtor Daniel Figueiredo foi responsável pela mais nova superprodução na dramaturgia brasileira, ‘Jesus’, que estreou na Rede Record no segundo semestre de 2018.
NESTA EDIÇÃO
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A equipe do musical “O Fantasma da Ópera” garante a excelência técnica internacional do maior espetáculo teatral da história. Entre os profissionais que atuam no mercado de espetáculos, pode-se dizer que o objetivo definitivo é poder fazer parte de um musical da Broadway. Seja pela enorme exigência técnica, ou pela generosidade dos orçamentos e público, “Musical da Broadway” tornou-se sinônimo de grandiosidade e alta qualidade.
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Vitrine Oferecendo som quente e suave de um microfone de fita clássico, o Microfone de Fita AT4080 da AudioTechnica oferece uma estrutura robusta para desempenho duradouro e confiável e maior saída para compatibilidade máxima com pré-amplificadores de microfone.
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Rápidas e Rasteiras A Messe Frankfurt e a German Music Therapy Society (DmtG) sediarão a competição New Therapy Instruments durante a edição 2019 da Musikmesse Frankfurt. Luthiers, artistas e terapeutas musicais estão convidados a desenvolver e implementar ideias para novos instrumentos e sons musicais.
20 Gustavo Victorino Confira as notícias mais quentes dos bastidores do mercado.
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Play Rec Em setembro, o francês Jean-Michel Jarre, também conhecido como “The Godfather of Electronic Music”, lançou um extenso álbum em celebração aos seus 50 anos de música. Intitulado Planet Jarre, o novo trabalho inclui 41 faixas de seu catálogo.
52 Palestras sob medida A cidade de Apucarana foi sede mais uma vez do maior seminário de áudio no Brasil, em número de participantes. A Oneal preparou três dias de intensas palestras sobre os conceitos básicos do áudio e instalações de sistemas de reforço sonoro.
64 Eu e a música “Todos sabemos que a segurança tende a nos abandonar quando mais precisamos dela, numa espécie de radicalização cruel da malsinada Lei de Murphy. Mas justamente agora, quando estou começando a escrever sobre isso, descubro que sou um privilegiado: posso contá-las nos dedos”.
Expediente
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Rio Music Market
A Associação Brasileira de Música Independente (ABMI) realizou sua 6ª conferência anual entre os dias 11 e 13 de setembro, reunindo artistas e executivos da indústria musical brasileira e internacional. O encontro no Rio de Janeiro teve como proposta discutir o futuro da música no Brasil.
TECNOLOGIA 42 Pro Tools Se todo mundo já tem uma pré-programação inicial em mente, por que não manter armazenadas algumas delas para acesso rápido nos próximos trabalhos? Confira como fazer com o Track Preset.
46 Ableton O Vienna Unsemble Pro vem sendo nos últimos 10 anos uma revolução em termos de produção musical. Nem tanto para Djs (mas também!!) e muito mais para estúdios de produção de games, Cinema, eventos teatrais e tudo que envolva grandes orquestras em termos de Sample Plugins e FXs.
50 Áudio Fundamental Este mês falaremos um pouco sobre o mercado de trabalho no áudio. Valores pessoais como integridade, caráter, maturidade, diligência, entre outros, serão postos à prova em todo tempo durante nossa carreira profissional e sobre esses valores é que nossa carreira será construída.
CADERNO ILUMINAÇÃO 56 Vitrine iluminação A nova série de consoles ChamSys QuickQ foi projetada para colocar um controle de iluminação mais potente nas mãos de estudantes, voluntários do teatro / culto e programadores, independentemente do nível de experiência ou orçamento.
58 Iluminação cênica Novas tecnologias surgem todos os dias e a atualização dos profissionais nem sempre acompanha as tendências e inovações na mesma velocidade. Ao mesmo tempo, políticas e estratégias para as melhores práticas têm sido alvo de debates e regulamentações, que poderão impactar decisivamente no futuro da Iluminação Cênica.
Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenadora de conteúdo Danielli Marinho redacao@backstage.com.br Revisão Danielli Marinho Colunistas: Cezar Galhart, Cristiano Moura, Gustavo Victorino, Lika Meinberg, Luiz Carlos Sá, Pedro Duboc e Ricardo Mendes. Colaboraram nesta edição: Flavio Bonanome e Gustavo Zuccherato Ed. Arte / Diagramação / Redes Sociais Leonardo C. Costa arte@backstage.com.br Capa Arte: Leonardo C. Costa Foto: Divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.
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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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Entre duas extremidades, há o meio
A
previsão negativa de crescimento do Brasil para 2018 (1,2%) por parte da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), veio ao encontro de um cenário obscuro, tanto na economia quanto na política, e que muitos já esperavam. Com a atual conjuntura econômica e cenário político incerto, é de se esperar que o freio que assola o mercado de maneira geral também respingue no setor de entretenimento. É claro e notório que os shows e eventos continuam acontecendo, embora alguns deles não atinjam mais os padrões de qualidade de antes (a palavra qualidade utilizada aqui no sentido amplo da palavra, que inclui também a baixa remuneração dos profissionais). Aqueles que hoje ousam fazer eventos de grande porte inovadores já contavam com um background e parcerias estabelecidas de outrora. Para o bem de todos, são esses que tratam de manter esse barco do mercado no rumo em meio à tempestade, até que chegue o tempo de águas mais calmas. No entanto, enquanto esse novo amanhã não chega, os extremos ficam demasiadamente tensionados e os meios confusos. Como água que desvia o seu curso quando encontra um obstáculo, esse tipo de cenário pode ser propício para criar um distanciamento ou retorno a práticas mercantis obsoletas, em nome do meio de sobrevivência. Já presenciamos realidades no mercado do Brasil há 20 anos que hoje seriam incompatíveis com as boas práticas comerciais. Uma população sem crédito na praça, por exemplo, e que tenha uma demanda reprimida, é um terreno fértil para fraudes e falsificações. Enquanto o furacão político não parar de rodar, é necessário muita vigilância para que o mercado não dê marcha a ré e volte a habitar uma região de penumbra incompatível com o mercado mundial. Essa cautela pode e deve ser estimulada ou lembrada àqueles que um dia viveram esses tempos nebulosos e perturbadores, e deve ser apresentada à nova geração que não sabe o significado de hiperinflação ou desvalorização da moeda a cada hora. Lembremos que para construir e manter hábitos saudáveis é necessário muito esforço, no entanto, um pequeno desvio no caminho pode arruinar toda uma história de boa reputação. Boa leitura!
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GABINETE DE RACK R4000 M6 https://www.pennelcomonline.com A série Black da PennElcom traz o gabinete de rack R4000 M6 Server, que inclui um Rack de servidor 22U 600 mm / 23,62 pol. X 600 mm / 23,62 pol. A profundidade de montagem em trilho de rack é de 150mm – 500mm. O R4006 traz uma nova geração de gabinetes para rack de servidor. Ele tem uma infinidade de recursos adicionais, incluindo barras integradas de gerenciamento de cabos e trilhos com rosca ajustáveis. Seus parafusos de montagem ocultos e bordas laminadas dão ao gabinete um acabamento elegante e minimalista. Este produto também está disponível em tamanhos e cores personalizados. As características incluem: Bayable; Pode ser construído como aberto, apenas lados ou fechado; Trilhos de cremalheira ajustáveis; Portas podem ser giradas; Painéis laterais removíveis; Fechaduras de portas laterais opcionais; recuos magnéticos de portas seguras; Tops e fundos personalizáveis; Várias opções de montagem para rodízios e pés; Gerenciamento integral de cabos; Parafusos de montagem ocultos; Disponível em vidro, aço liso ou portas de aço ventiladas; Disponível na versão de 1032 parafusos.
AT4080 http://eu.audio-technica.com Com o inovador AT4080, a Audio-Technica alcança o cobiçado som de microfone de fita enquanto resolve os problemas de fragilidade e baixo rendimento que historicamente contaminaram os microfones de fita. Oferecendo som quente e suave de um microfone de fita clássico, o Microfone de Fita AT4080 da Audio-Technica oferece uma estrutura robusta para desempenho duradouro e confiável e maior saída para compatibilidade máxima com pré-amplificadores de microfone. Igualmente em casa, nos estúdios de gravação e nas configurações de som ao vivo, o microfone apresenta a inovadora impressão de fita MicroLinear™ da Audio-Technica, que protege as fitas duplas da flexão lateral e distorção. Utilizando seis novas patentes, o inovador transdutor de fita da AudioTechnica avança na evolução em design de microfone de fita. Experimente a diferença.
SISTEMA AED 435C-12MA http://audioetdesign.com.br O modelo AED 435C é uma coluna de alumínio estruturado com 4 alto-falantes de 3,5” full range, pequena e leve. Passiva, fácil de transportar, indicada para músicos, palestrantes e profissionais que se apresentam em pequenos espaços. Projetada para uso indoor, junto com o subwoofer 12MA e uma haste em alumínio formam o sistema AED 435C-12MA. O modelo 12MA é um sobwoofer ativo, equipado com DSP e um amplificador de 2 canais com 350W RMS em cada canal. Desenvolvido para fazer par com a caixa 435C, formam um sistema compacto com áudio natural e sem colorações. A resposta de frequência é de 40 – 17 kHz, SPL máximo de 123dB, cobertura vertical de 70º, amplificador com impedância de 10k balanceado.
SOUNDKING DM-20 www.cibanez.com.br O console tem a proposta de oferecer inúmeras possibilidades e facilidades. O DM-20 é uma soma do conceito de modo de operação analógica à excelente e moderna tecnologia digital desenvolvida e projetada para proporcionar uma experiência de mixagem profissional, com todos os recursos desejados e uma ótima relação custo-benefício. Estão disponíveis 20 Inputs/16 BUS/8 OUT/AES/ EBU/SPDiF/2 USB 2.0. A interface é intuitiva e moderna, com todos os recursos de equalizadores, efeitos DSP, compressor e gate. Esse console digital oferece praticidade de operar em uma tela sensível ao toque ou via wireless, por meio de qualquer dispositivo Android, podendo até mesmo dispensar o uso de roteador externo, pois trabalha com um sistema interno de conectividade próprio. A partir de uma de suas duas portas USB 2.0, é possível registrar suas mixagens, gravando-as em um pendrive com total qualidade e ótimo resultado final.
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IE 80 S
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https://pt-br.sennheiser.com/fones-de-ouvido-naorelha-ie-80-s Combinando o melhor de ambos os mundos - qualidade de som pura e inspiradora e design elegante e funcional de um componente de áudio altamente profissional - o IE 80 S incorpora o esforço contínuo para soluções pioneiras que transformam o som em uma experiência cada vez mais poderosa e imersiva. Com base no aclamado IE 80, os fones de ouvido intra-auriculares IE 80 S levam à combinação impressionante de design estético e funcionalidade profissional para um novo nível. Refinado em quase todos os sentidos, o IE 80 S oferece um som autêntico brilhante com excelente precisão e clareza sonora. Revestido em um design premium, ele compartilha a nova estética visual da nossa gama de alta qualidade sonora. O seu desempenho acústico aprimorado e características de personalização incluem espumas de memória da Comply™, bem como a opção de usar cabos diferentes.
320D COMPELLOR http://www.aphex.com/ products/320d-compellor O 320D pode atuar como dois processadores mono independentes ou um processador estéreo vinculado, que pode ser selecionado no painel frontal. Quando a entrada analógica é usada, a saída digital contém o processamento da 320D. Quando a entrada digital é usada, a saída analógica contém o processamento da 320D, devidamente nivelada. As tecnologias patenteadas no 320D são totalmente exclusivas. Ao ir além das ideias convencionais de design, a 320D oferece processamento de áudio com transparência sonora sem precedentes, mas é extremamente eficaz no controle de níveis. Nenhum outro produto pode igualar o desempenho do 320D. Algoritmos como o "FDL", "DVG" e "DRC" ainda não encontraram nenhum rival. A seção Nivelador Discriminado de Frequência da 320D, com o Dynamic Verification Gate e o Silence Gate, ajusta lentamente o nível de volume de um fluxo de áudio com algoritmos muito complexos que ocultam seu trabalho. Ele funciona de maneira diferente em diferentes frequências e para o processamento quando o som para, e retoma instantaneamente quando o som reaparece, portanto não há aumentos distrativos no ruído de fundo do programa. Quando você ouve, sabe que os níveis se tornam mais uniformes, mas não percebe que os níveis estão mudando. Aplicações: transmissão de pré-processamento; codificação e reprodução de MP3; gravação; som instalado e móvel; entrada DAW; duplicação de fita; TV a cabo, entre outros.
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Foto: Guto Costa
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Erasmo Carlos recebe homenagem da UBC
Se chorei, Ou se sorri, O importante, É que emoções eu vivi. Os versos imortais de Erasmo Carlos, em parceria com Roberto, darão o tom de uma merecida homenagem a Erasmo. A União Brasileira dos Compositores (UBC) realiza a segunda edição do Prêmio UBC, em uma cerimonia repleta de surpresas ao cantor. Autor de mais de 800 canções, o Tremendão receberá o Prêmio do Compositor Brasileiro na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A União Brasileira de Compositores, maior sociedade de
gestão coletiva de direitos autorais do país, criou o Prêmio UBC em 2017. Na estreia, o homenageado foi Gilberto Gil. Marcelo Castello Branco, diretor executivo da entidade, detalha como foi feita a escolha. “Erasmo Carlos forma, junto com Roberto, nossa dupla Lennon e MacCartney. E no seu trabalho solo, Erasmo também se consolidou como compositor incisivo, particular, generoso. Seu nome foi acolhido com unanimidade pelo Conselho Diretor da UBC para o Prêmio Compositor brasileiro 2018”.
GRUPO RCF ANUNCIA AQUISIÇÃO DA EAW O Grupo RCF, um dos que mais crescem no mercado Pro Audio, anunciou a aquisição da Eastern Acoustics Works (EAW), uma empresa icônica da história da Install and Touring, sediada em Whitinsville, MA, pela LOUD Audio LLC, um portfólio do Grupo Transom Capital. O RCF Group, com sedes em Reggio Emilia e Bolonha e subsidiárias nos EUA e na Europa, opera sob as empresas RCF e AEB Industriale (dB Technologies) e agora adiciona a empresa EAW para se tornar um líder internacional em design, produção e venda de produtos e sistemas para instalações profissionais de áudio.
TURNÊ DE SEMINÁRIOS POWERSOFT NO BRASIL, URUGUAI E ARGENTINA Profissionais dos três países continuam obtendo conhecimento sobre o hardware e software da empresa italiana por meio de recentes workshops e seminários, incluindo a primeira atividade educativa no Uruguai. Junto com os distribuidores locais, a Powersoft realizou uma série de apresentações e seminários nas cidades de Salvador, Recife e São Paulo (Brasil), Montevidéu (Uruguai) e Buenos Aires (Argentina). No Brasil, os encontros foram realizados junto com a River Music Pro, distribuidora da Powersoft no país. O primeiro foi na cidade de Salvador, Bahia, dentro do evento chamado “Super Semana do Áudio”, que reuniu diferentes conferências para os profissionais do setor. Durante o encontro foi apresentada uma visão geral da empresa e suas linhas de produtos, além de uma prévia da nova versão de software que a empresa lançará no final deste mês. O seminário foi realizado por Gilberto Morejón, gerente de vendas para a região da Powersoft, Luca Stefani, engenheiro consultor para a Powersoft, e o especialista de produto para o Brasil, Gera Vieira. O segundo foi em Recife, Pernambuco, onde foi oferecido um detalhado seminário do Armonía Pro Audio Suite, a cargo do novo engenheiro de aplicações da Powersoft, Thiago Terra, junto com Gera Vieira. A última data brasileira foi em São Paulo, onde Thiago e Gera realizaram um seminário mais focado na linha de instalações que aconteceu no Instituto Técnico Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), onde teve início um curso de técnico de instalações audiovisuais.
MADE IN USA A banda de heavy metal Noturnall gravou uma série de vídeos nos EUA e vem praticamente lançando um por dia. O primeiro divulgado por eles foi na Pedra das Guias da Geórgia, que é 100% ao vivo e acústico. O segundo foi gravado no Sun Studio, no Memphis, famoso estúdio que apresentou Elvis Presley, Jonny Cash e Jerry Lee ao mundo. O terceiro vídeo já divulgado pela banda foi gravado dentro da destilaria Jack Daniel’s, no Tennessee, sendo a primeira vez que uma banda de metal foi autorizada a gravar por lá. O som também é totalmente ao vivo, sem overdubs, sem autotunes. Assista o terceiro e quarto vídeo da Noturnall na página do Facebook da banda: facebook.com/noturnallband
EXPOMUSIC RIO Nos dias 9 e 10 de novembro acontece a edição regional da Expomusic no Rio de Janeiro. O encontro será no Hotel Windsor Guanabara e reunirá expositores e profissionais ligados ao setor de áudio e iluminação. Mais informações em expomusic.com.br
Foto: Divulgação
Capital Inicial lança o bundle “Sonora 1”
Com as canções Seja o Céu e Tempestade, - duas músicas fazem parte do novo projeto de inéditas da banda, que já apresentou ao público os singles Não Me Olhe Assim e Tudo Vai Mudar - o Capital Inicial lança Sonora 1. Compostas por Dinho Ouro Preto, Alvin L. e Thiago Castanho, as faixas já estão disponíveis nas plataformas digitais de áudio (SMB.lnk.to/Sonora1). A primeira estreia com
clipe gravado em estúdio (https://youtu.be/ kOgyZxKjUVE) e a segunda, com um lyric vídeo (https://youtu.be/ YiE3bZ7s_qA). O projeto Sonora contará com 12 canções inéditas e vem três anos após o lançamento do último trabalho do grupo, Acústico NYC, gravado ao vivo em Nova York (EUA). O single de estreia, Não Me Olhe Assim, também fruto da parceria entre Dinho Ouro Preto e Alvin L., ganhou clipe com direção do premiado J.Brivilati, que já passa de 1.4 milhões de visualizações no YouTube. A produção é uma metáfora sobre os diversos julgamentos impostos ao outro numa sociedade cheia de tabus e ideias morais. O Capital Inicial segue em turnê pelo país e passará, até o fim de 2018, por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Bahia e Rio de Janeiro.
FAIXAS DO CATÁLOGO DE PRINCE A Legacy Recordings - uma divisão da Sony Music Entertainment - e The Prince Estate lançam as primeiras faixas do catálogo de Prince. São 23 títulos, incluindo performances raras e gravações esgotadas, além do álbum Anthology, uma compilação com 37 faixas recém-curadas que percorrem a trajetória musical do artista de 1995 a 2010, uma época crucial na história do cantor. Os 23 títulos do catálogo são altamente colecionáveis (muitos deles esgotados ou difíceis de encontrar). Muitos desses álbuns, procurados por fãs e colecionadores, estão disponíveis pela primeira vez para streaming e download, adicionando mais de 300 músicas ao catálogo online do artista. Montado e curado sob os auspícios do Prince Estate, Prince Anthology: 1995-2010 reúne as 37 gravações mais importantes da época. Abrindo com a faixa-título de Emancipation e fechando com o hino We March (The Gold Experience, de 1995), esta nova compilação fornece uma coerente crônica musical da evolução artística e espiritual do artista durante o final do último século e começo do atual, em canções que continuam a ressoar na cultura. Acesse https://SMB.lnk.to/AnthologyPrince
COMPETIÇÃO ENTRE INSTRUMENTOS PARA TERAPIA
A Messe Frankfurt e a German Music Therapy Society (DmtG) sediarão a competição New Therapy Instruments durante a edição 2019 da Musikmesse Frankfurt. Luthiers, artistas e terapeutas musicais estão convidados a desenvolver e implementar ideias para novos instrumentos e sons musicais. O prêmio é de 2 mil euros. A competição vão abraçar não apenas instrumentos feitos manualmente como também novas aplicações digitais como aplicativos para músicas. A condição para participar é que os produtos sejam para uso e ajuda em uma ou mais áreas de terapia musical. Podem ser desenvolvimentos fáceis de empregar, que tenham uma natureza simuladora especial, que desencadeiem experiências ao usuário ou que ofereçam acesso mais fácil à música para pessoas com deficiências. Um júri experiente formado por musicoterapeutas e fabricantes de instrumentos selecionarão os trabalhos mais bem sucedidos. Os critérios decisivos para os jurados serão originalidade, design, facilidade e potencial de uso e uso terapêutico. A data final para o recebimento dos protótipos é 31 de janeiro de 2019. Todos os detalhes em www.musiktherapie.de/verband/instrumentenwettbewerb . A Musikmesse Frankfurt acontece entre os dias 2 e 5 de abril de 2019. Outras informações em www.musikmesse.com
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PRÊMIO MIMO INSTRUMENTAL DIVULGA FINALISTAS Fotos: Marcello Nicolatto e Beto Figueiroa
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DOCUMENTÁRIO MUSICAL GANHA PRÊMIO
O documentário independente brasileiro Sinfonia Caipira recebeu dois prêmios no Jukebox International Film Festival, realizado em Carson City, nos Estados Unidos. A mostra apresenta filmes que celebram a música e integra a programação do Jazz and Beyond: Carson City Music Festival, que aconteceu durante todo o mês de agosto na cidade. Sinfonia Caipira é de Denis Nielsen, e foi produzido de forma totalmente independente. O filme retrata a viagem da banda paulista Santa Jam Vó Alberta para a cidade de Ibitipoca (MG), onde os integrantes tomam as ruas da cidade em uma catártica procissão com sua fusão original de folk, baião, blues, valsas, violadas, música cigana e jazz tradicional. O documentário musical de 65 minutos faz uma crônica bem-humorada da viagem, mesclando cenas dos músicos nas ruas da pequena cidade, ao mesmo tempo em que conta a história de escalada de sucesso inesperado da banda até chegar ali – com o foco sempre na entrega de sua maior paixão: unir as pessoas através da música sem palcos ou fronteiras. A banda também se apresentou no festival e participou de um bate papo com o público junto com o diretor.
ZÉ CANUTO FAZ HOMENAGEM A ROBERTO CARLOS São dez canções que compreendem um período extenso do repertório da dupla Roberto & Erasmo executadas no CD Dom. Num formato instrumental, onde o saxofone de Zé Canuto assume o papel principal, lá estão Lady Laura e Café da Manhã, de 1978, Rotina, de 1973, Todos Estão Surdos, de 1994, entre outros sucessos. Conhecedor profundo da música de Roberto e Erasmo Carlos, Canuto optou pelo repertório que atualmente é menos executado. Zé Canuto que tocou sax alto, soprano e flauta, convocou um grupo de músicos de primeiríssima para acompanhá-lo neste projeto. Entre eles estão os pianistas Ricardo Leão e Cristovão Bastos, o baterista Cláudio Infante, os baixistas André Neiva e Ney Conceição, os guitarristas João Gaspar e Paulinho Guitarra, o violonista João Lyra e o tecladista Tutuca Borba. Os arranjos do álbum levam a assinatura do próprio Zé Canuto e a mixagem é de Ricardo Feghali, integrante do Grupo Roupa Nova.
Vencedores do Prêmio Mimo Instrumental 2017, André Siqueira (acima) e e Salomão Soares (embaixo)
O Prêmio MIMO Instrumental divulgou os oito finalistas para a edição 2018, que serão escolhidos por voto popular, e é apresentado pelo Bradesco e Ministério da Cultura. A comissão de curadoria do Prêmio MIMO Instrumental – formada por Thiago Cury, produtor e idealizador do Festival Música Estranha, Leonardo Lichote, jornalista do Segundo Caderno do Jornal O Globo, e Lu Araújo, diretora geral e artística do MIMO Festival – avaliou músicos de todo o Brasil para selecionar os finalistas: Bruno Sanches (São Paulo), Carol Panesi & Grupo (São Paulo), Gabriel Selvage (Rio Grande do Sul), Henrique Albino Trio (Pernambuco), Jean Charnaux (Rio de Janeiro), Laís de Assis (Pernambuco), Luísa Mitre Quinteto (Minas Gerais) e Pandeiro Repique Duo (Rio de Janeiro). A premiação contempla anualmente novos talentos da música instrumental, que dividem os palcos do MIMO Festival com grandes atrações nacionais e internacionais. Os principais critérios de avaliação dos candidatos são a originalidade, o apuro técnico e a inovação estética. No Brasil, o MIMO Festival 2018 acontece em quatro cidades: Paraty, de 28 a 30 de setembro, Rio de Janeiro, de 15 a 17 de novembro, São Paulo, 19 e 20 de novembro, e Olinda, de 23 a 25 de novembro. Realizado por Lu Araújo Produções, o MIMO Festival conta com o apoio da Estácio e Azul Linhas Aéreas.
NOVO SISTEMA DE CONTROLE A Elation anunciou um novo capítulo na sua evolução com o lançamento do Obsidian Control Systems, uma linha acessível de produtos de controle de iluminação avançados, porém intuitivos. Os produtos da Obsidian são executados na ONYX, uma plataforma de controle de iluminação inovadora, porém descomplicada, compatível com todos os produtos de controle de iluminação da série M. A Obsidian, e oferece uma ampla gama de controladores de iluminação, incluindo opções de entrada, que são distribuídas exclusivamente pela Elation Professional em todo o mundo.
LUIS SALGUEIRO, DA AUDIO-TECHNICA, MINISTRA WORKSHOP NO IATEC O engenheiro de aplicações da AudioTechnica para a América Latina, Luis Salgueiro, ministrou um workshop no Instituto de Artes e Tecnicas em Comunicação (Iatec), no Rio de Janeiro, na tarde do dia 10 de setembro. No evento, Luis abordou os procedimentos que devem ser colocados em prática para que não haja problemas com a transmissão da rádio frequência (RF) durante um evento. Os tópicos abordados foram o espectro RF; a transmissão FM (Frequência Modulada); intermodulação; ganho de áudio; antenas, propagação RF (perda de energia, difração, refração, reflexão), cabo e tecnologias usadas na resolução de interferências. Durante o treinamento, Luis passou os principais conceitos sobre a transmissão do RF para que os participantes entendessem, na prática, o que é intermodulação, quando ocorre e como evitá-la. A intenção do workshop era que o profissional se tornasse capaz de analisar o problema ocorrido para poder soluciona-lo o mais rapidamente possível, além de aprender a evitar o ocorrido em uma próxima vez. Entre os fatores enumerados por Luis Salgueiro para otimizar um sistema sem fio estão relação sinal/ruído, ganho do áudio, antenas, propagação do RF e cabos. Elemntos que, segundo Salgueiro, se bem entendidos, farão com que não sejam cometidos erros básicos de dimensionamento ou uso do microfone sem fio. Luis Salgueiro ainda apresentou algumas novas tecnologias aplicadas na transmissão sem fio.
MUNDO BITA É INDICADO AO GRAMMY LATINO
O álbum Bita e a Natureza, produzido pela Mr. Plot - idealizadora do Mundo Bita- em parceria com a Sony Music, é finalista do Grammy Latino como melhor álbum infantil e a única indicação brasileira. A produção, lançada em 2017, abrange, de forma lúdica e educativa, assuntos relacionados à natureza. As letras ficam por conta de Chaps Melo, idealizador do Mundo Bita e um dos sócios da Mr. Plot, que também dá voz aos singles.
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Entre os dias 13 a 16 de setembro, foi realizado a primeira Music Show Experience, um evento que reuniu importadores, fabricantes de instrumentos musicais e pró audio no pavilhão de exposição São Paulo Expo.
Estande da CSR
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MUSIC SHOW EXPERIENCE
Estande da TSI
Estande da Harman
Estande da B&C
Estande da C.Ibañez
Estande da Spectrus
Estande da D.A.S.
Estande da SparKing
Estande do Grupo Renaer
Estande da Mancini
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novo perfil a compradores e vendedores. Criamos o lojista turista e o grande fornecedor agente de viagens. Os pequenos importadores e fabricantes nacionais ficaram comprimidos contra uma parede voltada ao processo de persuasão baseado no conceito do toma lá, dá cá. O que antes era desconto ou condição especial de pagamento, virou turismo. Perde o consumidor que vê esse novo perfil, logicamente sobrecarregado no custo, chegar ao seu bolso com um inevitável repasse ao preço final do produto.
PRÁTICA COMUM
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BRAZIL
A inevitável incerteza que emerge da eleição brasileira traz reflexos perversos para o mercado. As vendas de final de ano se vinculam aos pedidos e disponibilidades de comerciantes, importadores e fabricantes. A pergunta é: como projetar essas vendas e comprar com segurança diante de um futuro incerto, com dólar volátil e consumidor inquieto e descapitalizado?
A competência da indústria nacional e o dólar alto, aos poucos, vão criando um campo fértil para o segmento de acessórios para instrumentos musicais e áudio profissional no nosso país. A nossa tributação e legislação jurássica são os entraves que hoje impedem a indústria brasileira de dominar completamente o segmento. Nosso produto é bom e aos poucos vai ficando também barato.
NUVENS ESCURAS Independentemente do resultado das eleições, o Brasil está rachado socialmente. A política perversa praticada no país ao longo das últimas décadas deixou um rastro de intolerância como consequência dos desmandos e das quadrilhas que ao longo do tempo se instalaram em Brasília. A economia foi a primeira atingida e o reflexo disso é o endividamento no país. A falta de crédito e o risco na inadimplência são hoje uma espada sobre a cabeça do empreendedor brasileiro. Se ninguém compra, ninguém vende e ninguém produz ou importa. O mercado vive hoje esse teorema econômico cruel e verdadeiro.
Antes que alguém critique os métodos acima, saibam que a indústria automobilística já faz isso há décadas, oferecendo mordomias a jornalistas que se rasgam em elogios a verdadeiras porcarias sobre 4 rodas em troca de manter a boquinha sempre recheada de turismo e pequenos mimos. Até fabricantes de veículos de alta tecnologia e qualidade como a Toyota e a Kia se veem forçados a entrar nessa ciranda, mesmo tendo alguns dos carros mais vendidos e respeitados do mundo.
VÁ ACREDITAR Os limites para as mentiras na internet parecem estar fora de controle. Há gente dizendo que tem quase 300 milhões de visualizações em seus vídeos. Outros se atribuem 50 milhões de seguidores. As bobagens já ultrapassaram o limite do razoável na busca de patrocínios e popularidade e a coisa começa a virar piada. Por curiosidade, fui assistir a um “show” de um youtuber que se autoproclamava detentor de mais de 10 milhões de seguidores. O público tinha pouco mais de uma centena de menininhas entre 13 e 16 anos gritando histericamente a cada sorriso do rapaz. Na música, a coisa é ainda pior e, salvo raríssimas exceções, a mentira combina com a qualidade da música que tentam nos vender como “sucesso nas redes”.
PULVERIZOU Os eventos e as feiras voltadas ao mercado musical sofreram um processo de pulverização nos últimos anos que trouxe um
INTERMINÁVEL Fugindo de qualquer comparação musical, a cantora Cher parece o Paul McCartney
GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR de saias. Em termos de fôlego, a moça não sossega. Aos 72 anos ela lança novo disco e recria a clássica SOS, música do grupo ABBA que parece ter um repertório cult para todos os gostos. Não bastasse isso, a deusa do pop anuncia também uma tournée de lançamento do trabalho. E, acreditem, continua linda e exuberante no domínio de palco e interação com os músicos, confirmando a fama de maior diva musical da era moderna. Não bastasse isso, ainda sabe cantar...
CONSERVADOR I Questionado por um leitor, fui bisbilhotar porque algumas guitarras vanguardistas e inovadoras em suas propostas nunca decolaram e foram sepultadas pela falta de empatia com o público consumidor. Mesmo oferecendo qualidade, alguns fabricantes viram seus projetos futuristas soçobrar nas lojas por vários motivos, mas talvez o principal deles, o conservadorismo. Até marcas icônicas como Fender e Gibson tiveram seus ‘micos’ e confesso que foram produtos tratados injustamente. A Fender Strato com captador hexafônico, desenvolvida em parceria com a Roland, foi um deles. A Gibson Les Paul com autotune e tração mecânica automática nas tarraxas foi outro. Poderia descrever aqui pelo menos uma dúzia desses produtos que, mesmo com qualidade e vanguardismo, afundaram nas vendas. Vá entender...
entidade nunca foi muito atuante, mas desde que foi derrubada a obrigatoriedade do registro profissional para exercer a atividade, a instituição sumiu de vez. Órgão que deveria representar a classe em nosso país simplesmente desapareceu do cenário artístico e pouco ou quase nada se sabe sobre suas atividades, fontes de renda e gestão.
CARA DE PAU Comerciante que tem boleto abaixo de 5 mil reais protestado e executado e anda rodando com carro de mais de 200 mil é muito ‘cara de pau’. E não são poucos...
CRISE A fase ruim da economia brasileira atingiu em cheio dois segmentos importantes do mercado de áudio. Embora não oficiais, os números dão conta de que mais de um terço dos estúdios de ensaio ou gravação localizados na capital paulista fecharam as suas portas. Como esse mercado tem um índice muito grande de informalidade, acreditase que o volume seja ainda maior. No segmento de locação, as empresas começam a sentir os efeitos da inadimplência. Não bastasse isso, a pressão sobre os preços também influenciam diretamente os cachês pagos aos técnicos temporários que prestam serviço a essas empresas. Tem gente saindo de casa por 50 pratas.
CONSERVADOR II
MORTE I
De outro lado, verdadeiros cacos velhos recuperados são valorizados artificialmente baseados no conceito vintage, o que, para mim, nunca passou de uma enganação saudosista que enche os bolsos de muita gente vendendo tralhas.
Os metrônomos e os afinadores portáteis de instrumentos de corda morreram. Os assassinos são os aplicativos para celulares disponibilizados gratuitamente em dezenas de versões pela internet. Em breve, o mesmo destino espera os processadores de sinais (DSPs) que, embora já existam nesse formato, ainda são de má qualidade.
OMB Alguém pode me dar alguma notícia da Ordem dos Músicos do Brasil? A
MORTE II O CD e o DVD seguem o mesmo caminho para o cemitério da história tecnológica. O Bluray ainda sobrevive algum tempo pela capacidade de armazenagem e o consequente tamanho dos arquivos que carrega. Mas logo será sepultado também.
FESTA NACIONAL DA MÚSICA 2018 O icônico evento que acontece esse mês em Bento Gonçalves, na romântica e etílica serra gaúcha, terá encontros em mais duas cidades. Porto Alegre recepcionará por uma semana eventos públicos diários para dezenas de milhares de pessoas, e a cidade de Guaíba, do outro lado do rio que leva o mesmo nome e que a separa da capital, terá um show de aniversário da cidade com a participação de artistas regionais e nacionais. Segundo Fernando Vieira, diretor do evento, “a Festa cresceu tanto que está cada vez mais difícil fazer numa cidade só...”.
VENTO EM POPA A venda de produtos falsificados vai de vento em popa na internet. O mais surpreendente é a inocência dos incautos que não percebem verdadeiras barbaridades em preços que não combinam minimamente com a credibilidade em relação ao produto que estão comprando. Os espertos estão vendendo violões Taylor e Martin a mil reais e, acreditem, guitarras Gibson Les Paul por R$ 1.500, e tem gente que compra. É hora da Polícia Federal entrar em campo, ou melhor, subir no palco.
FIM DO BEIÇO Com a proibição dos showmícios, o calote que sempre se seguia ao fim das campanhas políticas acabou. A sacanagem eleitoral agora sobrou apenas para as gráficas.
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PLAY REC | www.backstage.com.br
DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
MOLECULES Sophie Hunger
JAMES HORNER - THE CLASSICS Vários artistas clássicos
A cantora e compositora suíça Sophie Hunger apresenta seu novo álbum de estúdio, Molecules (ouça e baixe aqui: https:/ /umusicbrazil.lnk.to/Molecules). O trabalho é o primeiro registro em inglês da cantora e apresenta não apenas suas influências musicais, mas também uma ampla diversidade cultural. Hunger classificou o novo projeto como “folk eletrônico minimalista”. O repertório é composto de 11 faixas e o primeiro single, She Makes President, já está disponível (https://umusicbrazil.lnk.to/SheMakesPresident). A canção foi escrita antes da eleição presidencial dos EUA, quando a cantora estava ouvindo um programa de rádio que declarou que as mulheres tinham peso no dia da eleição devido ao seu maior número. “Escrevi essa música tentando retratar a futura identidade feminina e, em seguida, Trump foi eleito”, diz ela. Sophie segue apresentando suas experimentações musicais e seu estilo inteligente e com toques de sintetizadores.
A Sony Classical anuncia o novo álbum que homenageia um dos maiores talentos musicais do mundo, o icônico compositor James Horner (19532015), que celebraria seu 65º aniversário em agosto deste ano. “James Horner The Classics” reúne trilhas de Titanic, Avatar, HomemAranha e outros. Realizado por músicos renomados, James Horner – The Classics chegou às plataformas digitais de áudio no dia 10 de agosto e destaca o legado único do americano ao apresentar trilhas sonoras de grandes filmes. James Horner é reinterpretado por artistas clássicos contemporâneos, como The Piano Guys, 2Cellos, Tina Guo, Craig Ogden, Amy Dickson, Lavinia Meijer, Lindsey Stirling e Alexis Ffrench. O aguardado álbum que homenageia o compositor, que morreu em um acidente de avião em 2015, destaca a versatilidade musical de Horner e o domínio absoluto do gênero, apresentando suas criações em novos arranjos.
Em setembro, o francês Jean-Michel Jarre, também conhecido como “The Godfather of Electronic Music”, lançou um extenso álbum em celebração aos seus 50 anos de música. Intitulado Planet Jarre, o novo trabalho inclui 41 faixas de seu catálogo, que foram escolhidas a dedo pelo próprio artista e remasterizadas para dar refresh ao som. O Vinyl Book e o Ultimate Box Set vêm com um download card para entrar no mundo de Jean-Michel Jarre em 5.1. Sempre fascinado por tecnologia, Jarre masterizou algumas faixas em 5.1 para ter uma experiência auditiva única. Composto por quatro partes, Soundscapes, Themes, Sequences, Explorations & Early Works, o álbum destaca o foco criativo de Jarre. Soundscapes se encaixa no esteticismo acústico, com sonoras que referenciam sua formação em música clássica. As longas faixas Oxygene 1, Equinoxe 2 e Chronology 1 acompanham perfeitamente novas peças como a faixa-título de Electronica The Heart of Noise. As noves faixas de Sequences são baseadas nas sequências repetitivas e hipnóticas que somente os instrumentos eletrônicos podem criar. Com Arpeggiator e Revolutions, Jarre moldou o futuro do Techno e do EDM. A seleção também apresenta trabalhos mais recentes, como Stardust, além de duas novas faixas, chamadas Coachella Opening e Herbalizer.
Foto: Mark Tso / Divulgação
PLANET JARRE Jean-Michel Jarre
DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
OS TRÊS PRIMEIROS Skank O primeiro EP que sai da coleção do Skank, Os Três Primeiros quase esbarra em uma gravação de inéditas. Por alguns motivos. No registro dos três primeiros álbuns do grupo mineiro ao vivo no carioca Circo Voador, as faixas do disco de estreia, homônimo, trazem um frescor que soam como se tivessem sido compostas ontem, e amansam de certo modo o que o vocalista Samuel Rosa chama de “urgência e filosofia quase rock’n’roll do trabalho”. Estão lá os elementos que viriam a marcar o sucesso de quase três décadas do grupo: da influência do dancehall jamaicano à mescla com sonoridade brasileira e textos sempre inteligentes, sejam focados em cunho social, romantismo ou simplesmente em diversão. Dá para dividir o primeiro dos três EPs de Os Três Primeiros em três vieses. Há as músicas que poderiam ter virado single de tão boas, mas que de certa forma foram encobertas pelos hits arrasa-quarteirão dos anos seguintes, como O Réu e o Rei e O Homem que Sabia Demais. Há as canções igualmente fortes e que possuíam cunho social, como Baixada News (de Zilda e seus cinco filhos na Baixada Fluminense) e Indignação. E há uma terceira vertente que é o que divertia o quarteto mineiro, que são as versões do dancehall para standarts de soul music, mas no caso do Skank eram de Bob Dylan, Tanto (de I Want You), e Let me Try Again, de Paul Anka, eternizada por Frank Sinatra. Na época, o Skank até tocava versões de Partido Alto, de Chico Buarque, e Raça, de Milton Nascimento. Tudo é como se a cena de Shabba Ranks, Pato Banton, Yellowman e cia passasse a falar português e compor no Brasil, com a bagagem original de um nativo. O responsável pela remixagem foi Paulo Junqueiro, que é presidente da major hoje. Um disco tão bom que, mesmo sem um hit single que o catapultasse, escalou até virar disco de ouro.
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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br 24
Na sua 14ª produção musical de trilha para novelas, o produtor Daniel Figueiredo foi responsável pela mais nova superprodução na dramaturgia brasileira, ‘Jesus’, que estreou na Rede Record no segundo semestre de 2018.
redacao@backstage.com.br Fotos: Ernani Matos
COM ‘JESUS’, PRODUÇÃO MUSICAL DE ÉPICOS
SE CONSOLIDA NO PAÍS
N
a sua quinta produção épica para a teledramaturgia, Daniel Figueiredo atualmente vem se concentrando mais no início da produção, como criação ou concepção do tema, e na finalização, na aprovação dos arranjos. Foi o caso de Jesus, exibida desde o final de julho na TV aberta brasileira. Para construir o conceito que imprime à trilha sonora, Daniel levou em conta um
diferencial que permeia a vida do Messias, o emocional. “A história de Jesus é baseada mais em eventos emocionantes do que em lutas, batalhas, catástrofes etc, e este diferencial foi o que me deu o primeiro tom da trilha. Quando me disseram como queriam a trilha, fiquei feliz em saber que, mais uma vez, a encomenda estava totalmente em sintonia com o caminho que eu gostaria de seguir”, fala.
“Esta é minha 14º novela e a quinta com tema bíblico. Além das minisséries A história de Ester e José do Egito, fiz todas as novelas bíblicas até o momento: Os Dez Mandamentos, incluindo segunda temporada, A Terra prometida, O Rico e Lázaro, Apocalipse e agora Jesus, em todas elas tentei dar um diferencial máximo possível e permitido pelo estilo, Jesus é a que enfoca mais o lado ‘emotivo’, ‘suave’”, explica Daniel. Desta vez com mais tempo para pensar no desenvolvimento da trilha e no conceito, Daniel ressalta que esse prazo maior foi importante para fazer experimentos e aprofundar a pesquisa acerca do tema. “Acho que foi a novela que mais tive tempo para produzir antecipadamente, apesar de na época eu não ter ainda a sinopse nem os capítulos. O tempo a mais sempre colabora muito para pesquisa e experimentos e “polimento” das músicas. Este tempo a mais também foi muito importante para “compensar” o fato de eu estar fazendo outra novela, Apocalipse”, aponta. Ao contrário da novela Os Dez Mandamentos, em que fez quase tudo sozinho, dessa vez Daniel resolveu deixar uma parte dos arranjos para outros desenvolverem. A
Desafio é utilizar os instrumentos para fazer música étnica sem fazer muito uso da licença poética
para outras pessoas fazerem os arranjos, entre eles o Julio Cesar, que sempre colaborou de alguma maneira para os meus trabalhos, e agora temos o apoio da nossa empresa MusicSolution, além dos colaboradores externos como Rannieri Oliveira, Léo Brandão, Ronaldo Lobo e Igor Ledermann”, diz. Quando é música étnica, na grande maioria das vezes Daniel recorre à experiência dos irmãos (William e Sami) Bordokan, que trabalham com ele desde a primei-
Continuo compondo os temas e fazendo alguns arranjos que acho que seria difícil para alguém entender o que quero.
ideia do produtor era evitar ao máximo que a trilha de Jesus ficasse parecida com outra. “Continuo compondo os temas e fazendo alguns arranjos que acho que seria difícil para alguém entender o que quero. Da novela A Terra Prometida pra cá, tenho enviado os temas
ra minissérie bíblica que foi produzida pela Record: A História de Ester. “Agora meu trabalho se concentra mais no início (criação e, às vezes, concepção do tema) e no final, na aprovação dos arranjos. Algumas vezes também faço complementos, mixagem, etc, assim como tudo na
arte, não existe uma regra, faço o que eu achar que for melhor para o produto”. Além das músicas que cria, Daniel recebe encomendas do diretor geral, Edgard Miranda, ou da direção da Record, e dos sonoplastas que ficam mais conectados com ele no dia a dia.
DESAFIOS E PARCERIAS Encontrar uma sonoridade e elementos sonoros distintos de novelas anteriores, fazer temas cômicos com sonoridade étnica e criar novos tipos de músicas étnicas para determinadas cenas podem ser descritos como os principais desafios na produção de Jesus, segundo Daniel. “Fazer novos tipos de músicas étnicas para festas onde tem músicos tocando, já que na época existia uma limitação de instrumentos, estilos, pois tenho receio de usar muita licença poética, ainda acho que é um problema insolúvel, mas continuarei tentando “à espera de um milagre” (risos). Fazer temas cômicos com sonoridade étnica, que eu chamo de “desértica”, isto tam-
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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br 26 Apesar de aparecer pouco, o piano é onde Daniel Figueiredo compõe a maioria dos temas
bém sempre é um problema, porque tudo nesse estilo geralmente soa como triste, tenso ou suspense, e no cômico sempre existe uma linha tênue entre o sutil e o caricato”, aponta. Na opinião de Daniel, fazer uma
Mandamentos, que fiz quase tudo sozinho, nem sei como “sobrevivi” (risos). Uma parceria importantíssima é a que tenho com os sonoplastas, João Brasil e Marco Hofer. Como eles colocam as músicas na cena para o diretor apro-
A ajuda das pessoas que citei se torna muito importante e me dá mais tempo para eu focar no que é mais importante. novela bíblica é algo 10 vezes mais difícil que uma trilha para uma novela comum. Por isso, as parcerias são tão ou até mais importantes neste tipo de produção. “A ajuda das pessoas que citei se torna muito importante e me dá mais tempo para eu focar no que é mais importante. Em Os Dez
var, o resultado do trabalho deles depende muito do meu trabalho e viceversa. Este sincronismo, respeito, companheirismo do produtor musical com os sonoplastas, além da qualidade técnica e artística, é essencial para a qualidade de uma novela”, observa. Para colocar em prática tudo que é
pensado em termos de criação é necessário ter como aliado tecnologias, aliada a equipamentos que deem condições específicas para chegar a um resultado final idealizado. Para Jesus, Daniel comenta que o uso da DAW (Digital Audio Station) Studio One, da Pre Sonus, foi importante para dar agilidade e segurança, e não tinha isso com o ProTools. “Outro item que é muito usado é o “sampler player” Kontakt, tanto eu quanto a maioria dos arranjadores utilizamos para executar as livrarias de sampler. O piano, que apesar de não aparecer quase nada nos arranjos, é onde componho a grande maioria dos temas, hoje em dia. Acho importante também ressaltar o Duduk, um instrumento de sopro que tem um som muito “desértico” e que usamos nesta novela o instrumento real mesmo, executado
Uso de instrumentos que remetam à época é um dos diferenciais na composição das trilhas épicas
pelo chileno Randall Ledermann, irmão do Igor” enumera. No estúdio, há ainda o uso dos cabos da WireConex, setup de guitarras da PRS, cordas La Bella, baixos Olinto, e livraria de sampler UVI.
PRODUÇÃO DE TRILHAS SONORAS Um mercado em expansão. A produção de trilhas musicais para TV no Brasil vem crescendo, em conjunto com a produção de trilhas
musicais. Segundo Daniel, outra percepção com relação a este mer-
percebido também que existe agora uma vontade maior de investir na qualidade e da trilha e também de que a parte administrativa também esteja toda correta: cadastros, planilhas, contratos etc”. Paralelamente, o produtor também tem percebido mais qualidade na formação dos profissionais desse segmento. “No geral, tenho percebido aumento na qualidade dos profissionais de trilha sonora. Não sei se é o acesso a cursos, melhores equipamentos/sistemas livrarias de sampler, vídeos (youtube) competição ou cobrança do mercado. Infelizmente, para estilo épico, que tenho trabalhado mais nos últimos anos, é mais difícil encontrar arranjadores. E não acho que isso seja uma característica do Brasil,
Infelizmente, para estilo épico, que tenho trabalhado mais nos últimos anos, é mais difícil encontrar arranjadores. cado é a preocupação na qualidade. “Com a minha empresa de trilhas originais, a MusicSolution, temos
Colocar em prática o projeto de criação de uma trilha é necessário ter como aliado tecnologias
pois o épico é um estilo realmente muito específico. Muitos arranjadores, excelentes em outros estilos, não acham viável investirem tanto tempo para tentar trabalhar com um estilo que se produz pouco. Portanto, geralmente se tem o talento natural ou o profissional prefere não trabalhar com épico”, comenta, acrescentando que foram muitos os parceiros e profissionais que tiveram papel fundamental na produção de Jesus. “Luiz Helenio, Julio Cesar, MusicSolution, Rannieri Oliveira, Leo Brandão, Camila Soares, Claudio Damatta, Igor Ledermann, William Bordokan e Sami Bordokan, João Brasil, Marco Hofer, UP-RIGHTS, Abramus, MJC Music, PreSonus, WireConex, PRS/ Habro, La Bella/Olinto e UVI, só para citar alguns”, conclui.
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Como a equipe do musical O Fantasma da Ópera garante a excelência técnica internacional do maior espetáculo teatral da história. Flávio Bonanome e Gustavo Zuccherato Fotos: Marcos Mesquita Revisão e edição: Miguel Sá
OS DESAFIOS DO PADRÃO BROADWAY D
entre os profissionais que atuam no mercado de espetáculos, pode-se dizer que o objetivo definitivo é poder fazer parte de um musical da broadway. Seja pela enorme exigência técnica, pela generosidade dos orçamentos e público ou pela enorme popularidade que os espetáculos atingiram, “Musical da Broadway” tornou-se sinonimo de grandiosidade e alta qualidade de som, luz, atuação, música... em suma, a experiência mais incrível para qualquer plateia. E poucas peças representam isso tão bem quanto O Fantasma da Ópera. Cri-
ado em 1986 para estrear em West End, em Londres, e estreando dois anos depois na Broadway, em Nova York, o musical inspirado no livro homônimo de Gaston Leroux foi visto por mais de 130 milhões de pessoas em 145 cidades de 24 países. A peça já arrecadou mais de 5 bilhões de dólares em bilheteria. Em 2018 o espetáculo faz sua segunda passagem em terras brasileiras. Ele estreou no Teatro Renault, em São Paulo, no dia 1 deAgosto e segue na casa até 23 de Dezembro. Sob tutela da Time 4 Fun, a produção coloca mais uma vez o desafio de reproduzir o sucesso mundial nas
Mesa Grande MA 2 permite o controle em tempo real das mais de 340 cenas de iluminação do espetáculo
mãos dos profissionais brasileiros. O principal desafio em trazer um espetáculo como este para fora do ambiente da Broadway é a exigência da manutenção do padrão original. Não interessa onde o musical esteja no mundo, o nível da produção, projeto de luz e som e
pectos visuais foram trazidos de fora do Brasil, garantindo a conformidade entre os diferentes locais onde o espetáculo é encenado. Estes detalhes, e o nível de exigência que um espetáculo deste orçamento busca, proporcionou aos profissionais brasileiros um gran-
Com a opção por Moving Lights foi possível substituir 600 elipsoidais por 160 cabeças móveis que, somadas à outras 200 unidades de lâmpadas par e fresneis somam as 360 unidades do espetáculo. operação precisam ser iguais, o que exige um enorme tempo de montagem, programação e ensaio acompanhado de perto pela equipe técnica original. Para a estreia do espetáculo no Teatro Renault, foram quase dois meses de preparação e mais 50 membros da equipe internacional do musical garantindo a troca de experiências com os profissionais locais. Além disso, toda a parte cenográfica, figurinos e demais as-
de desafio, mas também a chance de mostrar a qualidade da indústria do espetáculo nacional. E para garantir que tudo sairia como o planejando, a T4F contou com duas empresas líderes do setor: A Gabisom para a sonorização e a RP Lighting para a iluminação.
LUZ E SOMBRA Com mais de 20 anos de experiência como referência na iluminação de shows, festivais e eventos cor-
porativos, esta foi a primeira vez que a RP Lighting encarou um espetáculo desta magnitude. Apesar disso, havia alguma familiaridade com relação à metodologia de trabalho do Light Designer do Fantasma da Ópera. “O Michael Odam é muito conhecido no segmento, já veio ao Brasil várias vezes, e tive a oportunidade de trabalhar com ele em outras produções”, explica Michel Pinheiro, responsável da RP Lighting no trabalho. “Foi um relacionamento bacana, porque como ele já conhecia nossa empresa, já conhecia o teatro e já conhecia o nosso trabalho, ficou bem mais fácil de se lidar, de resolver os problemas, atender os pedidos.... já sabíamos o jeito que ele gosta de trabalhar”. Uma das principais novidades empregadas pela produção para esta edição do Fantasma da Ópera foi a modernização dos sistemas de luz com o uso de Moving Lights. Com esta opção foi possível substituir 600 elipsoidais por 160 cabeças móveis que, somadas à outras 200 unidades de lâmpadas PAR e Fresneis,
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totalizam as 360 unidades usadas para iluminar o espetáculo. “A grande vantagem desta troca é que os movings são automatizados, controlados pelo console, com pan e tilt, movimento, troca de gobo, cores e facas. É possível substituir 20 elipsoidais com um moving light porque ele desempenha várias funções”, explica Pinheiro. A escolha de cada um dos equipamentos precisa estar em acordo com a equipe técnica original do espetáculo. Por isso a RP Lighting acabou optando pela aquisição dos sistemas diretamente com a Martin. “Sugerimos esta fabricante para o Michael Odam, que aprovou a ideia, afinal os sistemas da Martin são hoje o que tem de melhor no mercado. São sistemas que tem
Moving lights permitiram diminuir a quantidade total de equipamentos utilizados
recorte”, explica Pinheiro. Junto com os Moving Lights, houve um pedido do Light Designer
Para garantir que tudo sairia como o planejando, a T4F contou com duas empresas líderes do setor: A Gabisom para a sonorização e a RP Lighting para a iluminação. efeitos de ‘faca’, então você consegue recortar a luz e criar vários efeitos. Isso ajuda muito na programação, porque teatro exige aquela coisa que vem da luz elipsoidal, de
para o uso de Gobos específicos para a produção. “Tivemos que mandar fazer 380 Gobos para moving light para poder imprimir os efeitos desejados pela produção na peça.
Michel Pinheiro, responsável por produções internacionais da RP Lighting
Quando os Gobos chegaram, tivemos que trocar todos dentro dos equipamentos de luz”, conta o profissional. A fabricação do equipamento para o atendimento desta exigência ficou por conta da Gobos do Brasil. Para o controle das luzes, a escolha ficou por conta das consoles Grande MA 2 da MA Light. São dois sistemas: um Full Size utilizado como console principal e uma versão Light para backup. Ao todo, as mesas estão programadas com 340 cenas, controladas em tempo real pelo operador, garantindo a continuidade e interação exigida pela história. “No teatro tem que gravar cena por cena, foco por foco. Por isso precisamos de cerca de 1 mês de montagem e 20 dias de ensaios para garantir que tudo estaria funcionando exatamente como deveria”, explica o profissional. Outra curiosidade do espetáculo é a questão do controle DMX das luzes. Com as limitações impostas pelo cenário pré-fabricado, houve a necessidade de fazer a conexão dos universos todos utilizando sistemas sem-fio. Para isso, a equipe contou com as soluções da City Theatrical, empresa especializada em atender este tipo de espetáculo, que garante uma conectividade
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Clássicas, algumas elipsoidais ainda compõem o conjunto de iluminação
sem conflitos com outros usos de sistemas RF, como na transmissão de microfones dos atores, redes de
para ele. Então, precisamos encomendar uma lâmpada com um senhor na Itália que é o único que
dade em mãos, foi possível trocar o uso de um elipsoidal júnior pelos Pane Spots, o que agradou muito o Light Designer da produção. Para garantir a operação do espetáculo foram 16 pessoas trabalhando na montagem e 13 na operação diária, sendo um responsável pela ligação dos racks de equipamento, oito operadores de canhão, os operadores de mesa, os light designers da RP Lighting e ainda um “Swing”, que conhece todas as etapas da produção e pode ser usado como um substituto para qualquer um dos profissionais caso haja alguma ocorrência. “Foi o primeiro espetáculo teatral destas proporções que nós da RP Lighting atendemos, e ficamos muito satisfeitos com o grau de excelência que entregamos. Foi desafiador e cumprido com sucesso”, conclui Pinheiro.
SOM E FÚRIA Para garantir a operação do espetáculo foram 16 pessoas trabalhando na montagem e 13 na operação diária. uso doméstico e segurança. Por fim, foram utilizados 8 canhões seguidores, sendo 4 montados na plateia e 4 no palco. “Tratase de uma operação muito específica, pois é preciso que os operadores dos canhões sigam perfeitamente o roteiro, sabendo para onde guiar a luz e as porcentagens corretas de entradas de cada cena. São 20 dias de treinamento junto à equipe estrangeira para atingir este grau”. explica Pinheiro. Uma curiosidade dos canhões foi a escolha por dois operadores usando sistemas seguidores de mão Pane Spot, que é um equipamento bastante antigo e que representava um desafio para a equipe técnica. “Apesar de termos o equipamento, não tínhamos lâmpada reserva
ainda fabrica este tipo de equipamento e que chegou bem à tempo”, explica Pinheiro. Com esta facili-
A exemplo da iluminação, toda a estrutura de sonorização do Fantasma da Ópera segue o projeto estipulado pelo Sound Designer Mick Potter. “O conceito sonoro do show já é pré-estabelecido pelo sound designer e ele me ensina esses conceitos e essas dinâmicas que o show tem que ter e qual é o jeito que te-
Lucas Lorenzato, chefe do departamento de som da T4F na preparação
Uma DIGICo SD7t com módulo de controle adicional possui funcionalidades específicas para teatro
mos que operar o show, o qual eu sou responsável”, explica Lucas Lorenzato, chefe do departamento de som da T4F. Durante o espetáculo, Lorenzato desempenha o papel de operação da console em um sistema chamado Line-by-Line. Específico do teatro, esta metodologia de trabalho
exige que o técnico mantenha aberto somente os microfones dos atores no momento em que estão de fato falando alguma coisa. “Além disso, eu preciso cuidar da qualidade sonora concebida pelo Mick, certificar que haverá pressão sonora na hora que precisa ter, como na música tema, e que os momen-
tos de diálogo sejam algo mais íntimo”, explica. Além de Lorenzato, a equipe da T4F conta com dois microfonistas no palco garantindo posicionamento dos microfones nos atores durante as inúmeras trocas de figurino, perucas e máscaras que acontecem no espetáculo. Por fim, há um “swing”, um profissional coringa ciente de todas as funções para poder substituir qualquer um dos técnicos que tenham alguma ocorrência. Ao todo, são 120 sinais de entrada, sendo 39 microfones DPA com sistemas de transmissão Sennheiser para o elenco, 24 canais de teclados, 50 canais da orquestra e mais uma porção de efeitos enviados por computador. Toda esta lista de entradas é controlada por uma console DiGiCo SD7t com um módulo de controle de expansão. “Uma das coisas que gosto desta console é este módulo ‘t’, que vem de Theatre. Trata-se de uma versão do software da mesa que traz funcionalidades
Set de iluminação em frente ao palco, onde também fica o maestro
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 34 Espetáculo está há mais de 30 anos em cartaz, já passando por 24 países
específicas para este tipo de espetáculo”, explica Lorenzato. Um exemplo do tipo de peculiaridade garantido pela SD7T é a troca de elenco. É comum em espetáculos teatrais que haja mais de um ator preparado para desempenhar
para cada uma das substituições de elenco. Uma das curiosidades sobre a operação da console, é que toda a cadeia de plug-ins, efeitos, equalizações, etc é pré-definida pelo Sound Designer do espetáculo.
Uma das curiosidades sobre a operação da console, é que toda a cadeia de plug-ins, efeitos, equalizações, etc é pré-definida pelo Sound Designer do espetáculo. algum papel no caso de substituição ou conflito de agenda. Graças à este módulo, a SD7T permite ter cadeias de efeitos diferentes no mesmo canal, apenas precisando selecionar quem será o ator responsável, sem a necessidade de criar um outro canal específico
“O Mick Potter escolhe tudo que eu tenho que usar no show. Eu não posso colocar algo diferente a menos que eu consiga defender pra ele que se trata de algo justificado e obtenha a autorização dele.”, afirma Lorenzato. Para o PA do espetáculo foram es-
colhidos sistemas da Meyer Sound como reforço sonoro principal, e sistemas JBL para a composição do Surround da sala. Já para a monitoração, são 16 unidades Meyer Sound montadas no palco, mas também há sonorização para as coxias. “Todo o backstage do show está sonorizado porque todos os camareiros, maquinistas e demais profissionais precisam ouvir o que está acontecendo no palco, então sonorizamos tudo, dos camarins ao subterrâneo”, conta o responsável. Todo o áudio do espetáculo é realizado em 96 kHz e cada uma das apresentações é gravada para que a produtora tenha um registro dos espetáculos, mas também para posterior avaliação de quaisquer ajustes que precisem ser feitos para as próximas apresentações.
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A Associação Brasileira de Música Independente (ABMI) realizou sua 6ª conferência anual entre os dias 11 e 13 de setembro, reunindo artistas e executivos da indústria musical brasileira e internacional.
redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação / Rogério von Kruger / Reprocudção Facebook
INDÚSTRIA DEBATE FUTURO DA MÚSICA NO RIO
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epois de cinco edições bem-sucedidas a Rio Music Market (RMK), um dos mais importantes encontros do mercado de música brasileiro, abriu as portas mais uma vez para artistas, produtores, executivos e entusiastas do mercado fonográfico. Da retomada dos vinis até os novíssimos serviços de streaming, a cidade do Rio de Janeiro foi mais uma vez o centro das atenções de temas importantes que ainda desafiam a indústria da música. Nos dias 10, 11, 12 e 13, o RMK reuniu importantes profissionais da indústria nacional e internacional para debater essas constantes transformações da indústria
fonográfica. O encontro foi no CRAB Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro - e contou com apoio do Sebrae/RJ. Além de trazer à discussão assuntos atuais como streaming, “value gap”, sincronização, playlists e biografias musicais, a sexta edição do evento contou ainda com um coquetel e show de abertura no Theatro Net Rio, com os artistas Jaques Morelenbaum, Carlos Malta e Duo Gisbranco, no dia 10 de setembro. No primeiro dia de conferência, a programação teve início com o tema debate Os Desafios dos Independentes. O encontro teve a participação de Kees
van Weijen (Impala | NL), Justin West (Secret City Records CA); Darius Van Arman (Secretly Group/ A2IM | US); Wilson Souto Jr (Atração Fonográfica/ABMI | BR) e como mediador Carlos Mills (Mills Records/ABMI | BR). Durante uma hora e meia os convidados debateram sobre os produtores independentes, suas experiências, desafios e oportunidades diante das constantes mudanças no cenário da música. Um dos temas abordados por Darius Van Arman foi a questão da tecnologia como um dos principais desafios atualmente para os independentes. Para o produtor, existe hoje um grande paradoxo, porque as grandes empresas são importantes, por conta da maior diversidade de plataformas digitais para divulgação, por exemplo, mas também acabam também se revelando como um problema, porque maximizam a competição, neutralizando a oportunidade do artista. Outra dificuldade apontada pelos palestrantes foi a dificuldade de se competir na área comercial por conta da fragmentação trazida pelas plataformas digitais. “Mas tam-
Chales Gavin e a volta do vinil
bém, por outro lado, há mais controle direto nos negócios”, compara Darius.
UMA NOVA FORMA DE OUVIR MÚSICA Justin West, da Secret City Records CA, trouxe à discussão outro componente tecnológico que já é moda na Europa e EUA: os smartspeakers, que vem mudando a forma de ouvir música, por meio de mais interatividade, e que talvez substitua as rá-
Músicos consagrados como Fernanda Abreu discutem sobre os desafios da música no Brasil e exterior
dios da forma como as conhecemos hoje. Segundos dados apresentados durante o debate, mais de 90% da música consumida hoje em dia é por meio de streaming. Só em 2017, o mercado brasileiro cresceu mais de 18% de consumo de música por streaming e o mundial aumentou em mais de 8%. Diante dessa mudança é preciso enfrentar outro desafio, a tendência de concentração do mercado, que vem se manifestando sob várias formas, configurando uma ameaça ao setor independente. Um dos exemplos de concentração de mercado é o Value Gap – ou Abismo de valores – entre pequenos e grandes da indústria. De acordo com Mills, esse cenário deve sofrer mudança a partir de uma aprovação legislativa, no parlamento europeu, que previne esse tipo de abismo e deve influenciar os demais países, incluindo o Brasil, que ainda detém uma legislação confusa no que diz respeito ao digital. Outro tema de grande repercussão no primeiro dia de programação foi o debate A volta do Vinil (Back to Vinyl) onde foram discutidos os principais pontos de contato
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 38 Três dias de paineis e debates a respeito dos rumos da indústria da música
do mercado frente ao ressurgimento do vinil no mercado brasileiro e mundial. O debate contou com a presença de Charles Gavin, Bem Gil e Michel Nath (Vinil Brasil) e teve como mediadora a jornalista Chris Fuscaldo (Jornalista).
ARTISTAS, PRODUTORES E EXECUTIVOS DA INDÚSTRIA A programação contemplou cerca de 20 painéis e debates, totalizando quase 30 horas de atividades com referências da indústria musical do Brasil e exterior. As discussões sobre os desafios do mercado tiveram participação desde artistas consagrados até os executivos Marcello Castelo Branco – presidente da União Brasileira de Compositores – e Alison
Wenham – CEO da Worldwide Independent Network. A gama de temas em debate na RMK abrangeu desde as particularidades do mercado nacional, co-
Musicais, com os autores Chris Fuscaldo, Paulo César de Araújo, Sérgio Farias, Rodrigo Faour. “Sinto que cada vez mais é o momento de sermos gregários e pensar
Sinto que cada vez mais é o momento de sermos gregários e pensar sobre as questões que dizem respeito ao mercado da música mo no painel A Força do Rádio do Brasil, reunindo executivos das principais rádios do país, até temas de abrangência global, através do debate Como Internacionalizar seu Selo, com representantes das indústrias americana e britânica, discutindo como trabalhar o sucesso de um artista local no mercado internacional. Outro ponto alto do RMK foi o painel Biografias
sobre as questões que dizem respeito ao mercado da música em conjunto e não isoladamente”, ressaltou Carlos Mills, presidente da Associação Brasileira da Música Independente (ABMI).
Mais informações www.riomusicmarket.com www.abmi.org.br www.ubc.org.br
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
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TECNOLOGIA|PRO TOOLS| www.backstage.com.br 42
PRO TOOLS TRACK PRESETS
Certamente você tem sua cadeia de efeitos de preferência para diversos tipos de cenários. Mais que isso, além dos plugins de preferência, você também tem ajustes de preferência para cada plugin. Se todo mundo já tem uma pré-programação inicial em mente, por que não manter armazenadas algumas delas para acesso rápido nos próximos trabalhos?
Produtividade - flexibilidade e velocidade na sua produção
Parte 1
Cristiano Moura é produtor, engenheiro de som e ministra cursos na ProClass-RJ
E
ste é o conceito básico da função “Track Presets”, incluída no Pro Tools 2018. Salvar pré-configurações de tudo referente ao track, como inserts, sends, fader, pan e até áudio ou MIDI que estiver na playlist.
OPÇÕES PARA QUEM NÃO TEM O PRO TOOLS 2018 Vale ressaltar antes de tudo que, apesar de não tão completa, nem tão simples, sempre existiram maneiras de salvar
configurações e reaplicar em outras tracks, para, assim, chegar ao mesmo resultado. Uma delas é através da função File > Import > Import Session Data. É a maneira do Pro Tools importar dados vindos de outra sessão. Então, o que muitas pessoas faziam (incluindo eu), é criar uma sessão vazia com nome de “meus presets”, por exemplo, e criar vários tipos de tracks e suas configurações principais. Depois disso, é só usar a função Import
Figura 1 - Import Session Data
Session Data, para escolher a track de origem e destino, com a função “Do Not Import”, em “Main Playlist Options” (Fig. 1). Outra opção mais complexa é alterar algumas pastas de sistema do Pro Tools. É uma função escondida que nem foi documentada oficialmente. Fiz um vídeo explicativo de todo o procedimento em 2012, que é acessível direto no YouTube simplesmente pesquisando por “ProClass track preset” ou pelo link direto: https://www.youtube.com/ watch?v=F2w_mFw–0IM
Figura 2 - Save Track Preset
mar qualquer track da sua sessão em um Track Preset. Uma das mais intuitivas é selecionando o Track e acessando o Menu Track > Save Track Preset (Fig. 2). Repare que existe o atalho Option + Shift + P (Mac) / Alt + Shift + P (Win) que, sem dúvida, é uma boa se acostumar a usar. Também é possível acessar a mesma função clicando no nome da track com o botão direito. Na caixa de diálogo que se abre, basta nomear e pressionar OK. Temos muitas opções nesta caixa de diálo-
Figura 3 - Criando Tracks com Presets
MÉTODOS DE CRIAR E CARREGAR UM TRACK PRESET Existem várias formas de transfor-
go, que falaremos mais a frente. Agora para carregar um Track Preset: se você ainda vai criar a track, é possível acessar seus Track Presets pela caixa de diálogo “New Track”, por onde criamos tracks regularmente. A diferença é que na área onde normalmente escolhemos o tipo de track, repare que a última opção é o que estamos procurando (Fig. 3). Agora, imagine que uma track já tenha sido criada e que inclusive já foram feitas algumas gravações. Neste caso, onde o usuário quer aplicar as pré-configurações em uma Track existente, é preciso acessar seus Track Presets pela função Window > Workspace (Fig. 4). Note que há um campo à esquerda referente à função e, assim, basta localizar a configuração desejada e arrastar para a pista em questão.
Figura 4 - Track Preset via Workspace
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GERENCIAMENTO, ORGANIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE TRACK PRESETS Eu, como guitarrista, poderia rapidamente criar inúmeros track presets como “guitarra rock”, “base pop”, “solo com muito delay”, “guitarra funk”, “dedilhado com chorus” e assim por diante. Se pensar em voz, também posso pensar em, pelo menos, umas cinco formas que costumo iniciar minhas mixes, de acordo com o estilo e tessitura vocal do cantor/cantora. Então imagine a bagunça para salvar e, principalmente, para encontrar o Track Preset, correto? Portanto, agora vamos explorar melhor as opções da caixa de diálogo (Fig. 5) da criação destas pré-configurações. O primeiro campo é o de categoria, e acredito que termos como “música” e “pós-produção” seja abrangente demais. Recomendo criar categorias mais específicas como vocais, synth, guitarra e baixo, por exemplo. Outra parte importante são as tags (etiquetas), onde é possível categorizar bem melhor e, assim, também pesquisar bem mais fácil no futuro.
Figura 6 - Tags visíveis via Workspace
Figura 5 - Configurações do Track Preset
Pense nas tags como se fossem outras formas de nomear e identificar
seus arquivos. Vale identificar por estilo, por sensação, por objetivo, efeitos colocados, etc. Então, supondo que salvando um track preset de voz de uma cantora de bossa-nova, o nome poderia ser “voz suave” e boas tags seriam: bossa nova, clean, natural, feminino, reverb longo e assim por diante. A opção “auto-populate tags from track data” pode até parecer boa na teoria, pois cria automaticamente tags com os nomes dos plugins, tracks, mas eu sou do tipo que gosta de criar tags bem específicas e, certamente, não quero software nenhum criando tags extras que não serão usadas. Na figura 6, é possível ver como funciona bem o sistema de tags. O usuário pode clicar em cada uma das tags para ir filtrando sua escolha e chegar mais rápido no Track
Figura 7 - Auto-preenchimento de nomes
Preset em questão. Agora vamos falar sobre atualização dos dados. Mais comum do que se imagina, conforme vamos evoluindo nossos processos, certamente vamos acabar remexendo os parâmetros ou até substituindo um plugin de um Track Preset já criado. Para isso, basta carregá-lo em algum track livre e, na hora de salvar, lembrar de preencher com o mesmo nome. Assim, será possível
Figura 8 - Expandindo as pré-configurações armazenadas
substituir a versão antiga. Para facilitar este processo, a Avid criou um sistema de autopreenchi-
mento. Ou seja, o usuário não precisa preencher tudo exatamente igual. Basta preencher a primeira letra que o Pro Tools já vai começar a sugerir opções (Fig. 7). Também é possível usar a seta no final do campo de nome (Fig. 8), para acessar a listagem completa com todas as opções já salvas. No próximo artigo, vamos ir mais longe e falar sobre sugestões de uso, tanto para música quanto para pós-produção. Muito mais do que “carregar pré-configurações”, este novo recurso abre um leque de possibilidades para todo o fluxo de trabalho e, inclusive, pode até virar um novo serviço a ser oferecido. Abraços e até a próxima!
Para saber online cmoura@proclass.com.br
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TECNOLOGIA|ABLETON LIVE| www.backstage.com.br 46
VEP Map Network
“ABLETON LIVE / *VEP NETWORK” Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor, sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee College of Music, em Boston.
*Vienna Unsemble Pro vem sendo nos últimos 10 anos uma revolução em termos de produção musical. Nem tanto para DJs (mas também) e muito mais para estúdios de produção de games, cinema, eventos teatrais e tudo que envolva grandes orquestras em termos de Sample Plugins e FXs.
A
capacidade de conectar vários computadores para dividir as funções pesadas é o que transforma Vianna Ensemble Pro em uma ferramenta muito atrativa hoje em dia. Você pode aproveitar o seu velho PC só para efeitos e usar um outro PC para os
Figura 01 - VEP PRO
seus plugins prediletos (e pesados para o seu laptop), e comandar tudo sem esforço por um laptop e seu controlador favorito! Muito legal! Aqui vamos fazer um tutorial simples com dois computadores em ligação direta sem Hub. (acredito que a maioria sabe fazer uma Home Network via cabo hoje em dia!). Muito bem, primeiro vamos configurar nosso PC servidor (o escravo). Usarei uma versão 5 do Vienna Unsanble Pro instalado em um PC dedicado com 16 Megas de RAM. Suponhamos que você tenha o VEP instalado no seu PC escravo (slave). Abra a versão Vienna Ensemble Pro Server 64- Bit (uma das
Figura 02 - Add Instance
quatro versões que vem no pacote original). Então, essa janela do servidor se abre e você vai criar (Add embaixo na direita), vai adicionar uma instância e nomear Reverber
Channel: Na marca vermelha, com o mouse, clique com o botão esquerdo e assinale In 3 e In 4 (isso é o sinal de áudio que vem do outro computador).
Figura 03 - Add Buss VEP
e ok! Dando ok, a interface principal abrirá e você vai adicionar algumas coisas. Clicando na interface com o botão direito, esse submenu aparece e você vai adicionar primeiro um canal auxiliar (Bus): Bus1… (Ctrl + B também funciona). Vamos agora adicional um Input no mesmo moody (clique para Add Input ou Ctrl + i). Dados esses passos, clique em cima do primeiro canal da esquerda para selecionar (Master Bus) e aperte a tecla DEL do teclado no computador; não vamos usar esse canal para esse tutorial. Configuremos primeiro o Input 1
Figura 04 - Input CH VEP
Agora, na marca verde, habilite. O Output para o Bus1. No outro canal (canal de nome Bus1), na marca laranja, selecione o Output
(mandada) para out 1/out 2. Essa seta azul está indicando onde vamos adicionar o nosso plugin de Reverber. Clique ali com o mouse, que é onde os efeitos podem ser selecionados (FX). Até aqui tudo certo!!! Vamos ao outro Computador PC no Ableton Live. Com o Ableton Live já aberto, no browser, vá em Plugins > VEP > Vienna Ensemble Pro X64… e arraste o plugin como indica a seta vermelha. O VEP abre e o Status indica que não está conectado (retângulo laranja), clique com o mouse onde mostra a marca verde para conectar! Feito isso, o computador servidor aparece na lista das instâncias disponíveis (Available Instances), clique em “Reverber” (veja que tem todos os dados do meu PC) e clique com o mouse em Connect… essa outra janela aparece mostrando o Status como Connected (conectado) Configure nessa marca verde “Latency – None” (retângulo vermelho). Agora vamos configurar a mandada de áudio que vai ser por um canal auxiliar que criaremos digitando Ctrl + Alt + T (C Return - marca verde). Essa mandada vai sair deste canal auxiliar e vai entrar no outro PC Servidor com o Vienna Ensemble Pro pelos canais in3/ in4. (Pode criar o canal auxiliar clicando aqui com o botão di-
Figura 05 - Set Outpus e Reverb
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reito, sub menu abre). Para isso acontecer precisamos adicionar outro plugin do VEP
desse canal auxiliar criado (C Return). Então o Plugin abre e vamos configurar os canais de áudio
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ABLETON LIVE| www.backstage.com.br
Figura 06 - LiveVEP Plugin
Figura 07 - Connect VEP
chamado AUDIO INPUT. Arraste o AUDIO INPUT Plugin como mostra a seta verde em cima
Figura 08 - Return Track
da mandada para in3 e in4 (retângulo vermelho) e assinalamos com o mouse (marca verde).
Com a mesma rotina anterior, selecionamos a instância do Reverber (marca laranja) e assinalamos com o mouse (marca verde). Agora vou deletar esse canal de “2 MIDI” e um canal de “4 Audio” que não vamos usar! Vai sobrar ainda um canal de Audio que vou colocar um Loop em um Slot como fonte sonora para a Mandada (output). Arraste o loop (um qualquer) para esse canal de Audio como mostra a imagem a seguir. Então aperte a barra de espaço para tocar o Loop e gire o botão do Send C (marca azul) para adicionar sinal no canal auxiliar. Nada?! Calma, escute e veja que o efeito está vindo, mas por uma questão de script (Bug mesmo!) o sinal de áudio da mandada não aparece nos fader do Ableton Live (?). Mas se você for na interface do Vienna Ensemble Pro, você se certificará de que ins e outs estão com sinal ok! Eu recomendo fazer ajustes finos aqui nesses faders e deixar no Ableton Live um volume médio básico! Com esse princípio, você pode adicionar vários canais de efeitos ou mesmo outras instâncias independentes sem comprometer o rendimento da CPU do seu computador principal. Em breve, darei outro tutorial em como usar o Vienna Ensemble Pro com Plugins Multi-
Figura 11 - Fader no VEP
Figura 09 - Audio Input 3-4
timbral e Ableton Live. Por hoje ĂŠ isso, amigos! Espero que tenham bom proveito. Boa sorte a todos!
Para saber online
Figura 10 - Working
Facebook - Lika Meinberg
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ÁUDIO FUNDAMENTAL| www.backstage.com.br 50
MERCADO DE TRABALHO Este mês falaremos um pouco sobre o mercado de trabalho no áudio. Durante minha carreira, tive a oportunidade de transitar por uma diversidade muito grande de trabalhos, desde TV e cinema, teatro até shows, eventos corporativos, igrejas etc. Isso me deu uma visão clara sobre o mercado de trabalho e me fez pensar algumas coisas que trago aqui hoje. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
Pedro Duboc é Técnico de Áudio e membro da Sobrac (Sociedade Brasileira de Acústica), ABPAudio (Associação Brasileira de Profissionais de Áudio), ASA (Acoustical Society of America) e AES (American Engineering Society).
E
m primeiro lugar, acredito que o mais importante não é o mercado em si, mas estar preparado para o mercado. Valores pessoais como integridade, caráter, maturidade, diligência, entre outros, serão postos à prova em todo tempo durante nossa carreira profissional e sobre esses valores é que nossa carreira será construída. Esta semana um amigo me ligou perguntando se conhecia uma determinada pessoa, pois estava concorrendo a
uma vaga de trabalho em uma empresa de nome no mercado e se apresentou com um currículo de primeira, diversos trabalhos realizados, diversos cursos etc. Porém, no dia a dia de trabalho durante a ambientação do candidato, seu comportamento deixava a desejar. Sumia na hora da desmontagem de equipamentos, uma postura um tanto relaxada. Resumindo, perdeu a vaga! Nossa postura, educação, caráter, integridade, diligência serão as bases para nosso
convívio e nos ajudarão a criar o mais importante, nossa Network! A Network é a nossa rede de relacionamentos, as pessoas que compõem nosso círculo de relacionamentos profissionais. A vida nos trará pessoas-chaves em nosso destino profissional, e outras vezes nós seremos importantes para elas, isso torna a Netwok funcional; ajudar e ser ajudado. Conhecimento é fundamental e hoje a tecnologia tem avançado a passos largos, é preciso ter conhecimento consolidado não só das bases do áudio como sobre os equipamentos disponíveis no mercado de trabalho. Para começar, precisamos saber, pelo menos, o
pel excelente na função desejada. O outro lado da moeda, somente a prática nos dará. Não tem segredo, a receita do sucesso é simples: integridade, diligência, caráter, conhecimento e trabalho duro, aliados ao tempo, nos trarão uma sólida carreira de sucesso. Disciplina é extremamente importante durante o processo de crescimento profissional, e é através da disciplina que se dará o crescimento. O sucesso profissional é a combinação de um número enorme de fatores, alguns já vistos acima e outros ligados diretamente à disciplina como, por exemplo, uma alimentação saudável que nos dará mais ânimo
Acredito que é importante definirmos em que segmento queremos entrar e, a partir daí, buscarmos todo conhecimento e informação possíveis...
básico sobre física, ouvido humano, matemática, eletrônica e elétrica, acústica e música, entre outras coisas, afinal, esse conhecimento aliado ao ouvido serão nossas principais ferramentas de trabalho em nossa carreira. Hoje temos um leque amplo de opções de trabalho no mundo do áudio como, por exemplo, TV, cinema, teatro, igrejas, shows e eventos, estúdios, eventos corporativos, entre outros, e, em cada um desses segmentos, temos uma infinidade de funções. Por exemplo, em TV temos o operador de captação de som, o sonoplasta de PGM, de Monitor e de PA, temos em pós-produção os sonoplastas de efeito, finalização, foley e por aí vai. Ou seja, um mundo de possibilidades. Acredito que é importante definirmos em que segmento queremos entrar e, a partir daí, buscarmos todo conhecimento e informação possíveis para construção das bases necessárias para desempenharmos um pa-
para as tarefas do dia a dia, refletindo diretamente em nosso trabalho, um sono restaurador - entre 6-8 horas de sono por noite - e prática de exercícios físicos constantes. Enfim, estamos vendo que o sucesso profissional tem um preço que deve ser pago, o preço do esforço e da disciplina, tudo isso sujeito ao tempo, que é exatamente quem mostrará ao “mercado de trabalho” quem somos e para o que viemos! Boa sorte!
Para saber online
Matérias das edições anteriores https://goo.gl/FyJkHq
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br 52
SEMINÁRIO ONEAL REÚNE PROFISSIONAIS DO ÁUDIO A cidade de Apucarana foi sede mais uma vez do maior seminário de áudio no Brasil, em número de participantes. redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação / Sérgio Tibi
A
exemplo dos anos anteriores, o fabricante paranaense Oneal realizou a edição 2018 de seu Seminário entre os dias 15 e 17 de agosto. Foram três dias de intensas palestras sobre os conceitos básicos do áudio e instalações de sistemas de reforço sonoro, com ênfase em igrejas e ginásios. Foram mais de 200 inscritos vindos de diversos estados do país. No evento ainda foi lançado o novo sistema de line array com vários aperfeiçoamentos na qualidade sonora. Fernando Gabriel, instrutor do seminário, concedeu uma entrevista à Backstage sobre a programação do seminário.
Backstage - Em sua opinião, quais são as maiores dificuldades que os participantes deste evento têm nas suas atividades profissionais? Fernando - De acordo com o questionário respondido na própria inscrição para o seminário, a maioria não tinha domínio sobre os softwares da Oneal. A empresa tem vários canais de divulgação, desde o marketing, reportagens, como esta da revista Backstage, até material gráfico e em vídeo para ajudar nossos clientes nas mais diversas dúvidas que venham a ter. Com relação a maior dificuldade que os instaladores têm é quanto à com-
Com relação a maior dificuldade que os instaladores têm é quanto à compreensão do dimensionamento e instalação da parte elétrica e, em especial, o aterramento.
Demonstração e audição do novo sistema Line Array
preensão do dimensionamento e instalação da parte elétrica e, em especial, aterramento, tanto que para eles serem credenciados como instaladores estamos exigindo NR10 e NR35. Na sequência, vem o domínio das ferramentas que disponibilizamos, hoje é preciso de domínio da parte de informática, as predições, assim como a própria montagem de um projeto exige conhecimentos básicos de word, excel, AutoCad etc. Técnicas de vendas seria uma grande oportunidade para eles se especializarem ou melhorarem a condição de negociação, mas como o Seminário é técnico fica difícil aplicar palestras neste sentido, porque nesta última edição pude aplicar conceitos fundamentais de matemática, física e processamento, o que é fundamental para
desenho e instalação de sistemas. O lançamento do software de predição em 3 Dimensões foi outro assunto muito importante no Seminário. Com esta ferramenta poderemos fazer predições mais eficazes e isto possibilita que nossa margem de eficiência seja compatível com os fabricantes mundiais.
Backstage - Descreva o novo sistema de line lançado no Seminário, tais como características, publico alvo, etc. Fernando – A Oneal vem se consolidando na venda de sistema de pequeno porte, principalmente para igrejas e auditórios. O comercial da empresa é muito forte e nossos produtos são encontrados em lojas do ramo de instrumentos musicais. Temos treinado vendedores constantemente e mostrado na prática como funciona desde a elaboração de projetos, tal como o pósvenda, mas ganhamos a confiança do cliente no suporte, trabalhamos
Fernando Gabriel, instrutor do seminário
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Participantes da palestra
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Audição dos vários sistemas de line e caixas acústicas
muito com indicações de clientes satisfeitos com o resultado. Nesta edição apresentamos uma série de atualizações, dentre elas os novos sistemas bi amplificados, em que o rendimento é superior e há facilidade em melhorar a resposta de fase, curva de resposta, equalização interna, assim como a entrega de uma res-
posta sonora sem distorções. A diferença do sistema antigo para a nova linha é, em média, 6 a 9 dB SPL; as pessoas ficaram impressionadas com os lançamentos. Outro lançamento importante foram as caixas de subwoofer de 2000W RMS, um modelo com 2 alto-falantes de 15" e outro modelo com 2x18".
André Alves (à esquerda), um dos participantes do seminário
Backstage - Como a Oneal seleciona os participantes? Fernando - A Oneal não divulga o seminário para o público comum. Nesta edição, tivemos que ampliar a capacidade de público para atender a demanda, deixamos uma fila de espera de fora, porque eram clientes consumidores, ou lojistas que não têm perfil de instalação. As vagas são selecionadas e também é uma estratégia da empresa proporcionar treinamento técnico para que os seminaristas tenham condições de fechar o ciclo da venda que é prospecção, venda, instalação, entrega técnica e pós-venda. Os representantes da empresa passaram por
Sistemas de subs do novo line array
Programação do Seminário • Quarta-feira – 15 de agosto: Credenciamento, abertura do seminário, apresentação da história da Oneal e visita à fábrica. • Quinta-feira – 16 de agosto: Início do seminário técnico; Loudness, RTA, Fase, FFT em 2 canais, Introdução ao desenho de sistemas, configuração de sistemas (array e subwoofers).
Show da banda U2 Cover (Curitiba) no Espaço Garagem
um treinamento especial que focou na apresentação dos produtos, aplicação, elaboração de projetos, aspectos básicos de acústica, elétrica, afi-
nal são eles que têm contato direto com os lojistas, e saber o que a Oneal oferece aos seus parceiros é fundamental para gerar resultado.
• Sexta-feira – 17 de agosto: Arquitetura Acústica, Introdução à montagem de projeto técnico, Dimensionamento de energia elétrica para sistemas de som e aterramento, Prática de montagem de PA ao ar livre, Entrega dos Certificados e visita técnica ao Santuário São José; encerramento do seminário com jantar e show de música (Garage).
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VITRINE ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
CADERNO ILUMINAÇÃO
ARTISTE PICASSO www.elationlighting.com A Elation continua a expandir sua premiada série de moving lights Artiste, criativas e repletas de recursos. Lançado durante a PLASA, o modelo a Artiste Picasso™ é uma luminária inspiradora de nível teatral que conecta a arte à engenharia. Um dos mais brilhantes perfil de luminárias LED ricos em recursos no mercado hoje, com alta potência (22.000 lumens), característica-embalada (zoom, enquadramento, CMY, CTO, rodas de gobos, animação, prismas, frost etc) e luz de perfil compacta com um novo motor LED Cool White de 600W de alta potência.
SÉRIE QUICKQ www.chamsys.co.uk A nova série de consoles ChamSys QuickQ foi projetada para colocar um controle de iluminação mais potente nas mãos de estudantes, voluntários do teatro / culto e programadores, independentemente do nível de experiência ou orçamento. Mesmo profissionais estabelecidos acharão o console rápido e fácil uma ferramenta valiosa para a execução de programas de menor escala. Disponível em três modelos, os consoles QuickQ apresentam uma interface intuitiva semelhante a um smartphone e uma tela sensível ao toque de 9,7 polegadas. Os prompts e vídeos úteis aceleram o processo de aprendizado, facilitando até mesmo para usuários inexperientes configurar, programar e operar o console. Entre os recursos de fácil utilização do console estão botões e faders fáceis de entender, menu de seleção de cores simples, ferramentas de controle de intensidade facilmente acessíveis e zoom e rolagem controlados por um dedo. Os versáteis consoles QuickQ mantêm os usuários conectados, com recursos Wi-Fi integrados que permitem que sejam controlados a partir de um tablet ou telefone, e ambos também podem servir como um segundo monitor externo. Além disso, o console vem com software de programação QuickQ offline para download gratuito para Mac e Windows, incluindo um visualizador MagicVis totalmente renderizado. Os usuários do QuickQ também podem programar seus projetos em um computador, salvá-los em uma unidade flash e carregá-los no console. Os arquivos do show podem ser salvos no console e reproduzidos pelo sistema simples de cue / chase dos consoles para reprodução. Todos os modelos de console QuickQ usam a extensa e continuamente atualizada biblioteca de personalidade da ChamSys com mais de 22.000 fixtures. Os consoles suportam RDM, permitindo detectar, corrigir e configurar dispositivos compatíveis com RDM, como o CHAUVET Professional Ovation, COLORado e COLORdash, sem a necessidade de endereçar e definir o modo manualmente para cada equipamento. Os consoles QuickQ usam o novo software QuickQ e seus arquivos de exibição são compatíveis com os arquivos de apresentação mais avançados do MagicQ, que permitem aos usuários progredir livremente por toda a linha ChamSys. Os três modelos da série QuickQ são: QuickQ 10, QuickQ 20 e QuickQ 30.
SMARTY HYBRID ™ www.elationlighting.com A Elation estará apresentando o Smarty Hybrid™, um equipamento Spot, Beam e Wash completo e o mais compacto híbrido de mistura de cores CMY que a Elation lançou até hoje. No centro do dispositivo há uma lâmpada Platinum usando a tecnologia “flex inteligente”, lâmpada de descarga / pacote de lastro (6000 horas de vida da lâmpada) em alta de saída (14.000 lumens) de desempenho a um preço eficiente e acessível. A lâmpada é regulável e a energia da lâmpada é reduzida quando não está em uso. Os recursos incluem zoom motorizado, mistura de cores CMY completa, CTO linear, 13 cores dicróicas, duas rodas de gobo, sobreposição de prisma e muito mais. A Elation introduziu um novo programa de garantia final para o Smarty híbrido, que abrange os dois primeiros anos de funcionamento ou 6.000 horas de uso, o que ocorrer primeiro, e inclui a lâmpada altamente eficiente Philips Platinum FLEX 200.
HYPERVSN https://hypervsn.com/ Original; Inovativo; Funcional. A britânica Kino-mo redefiniu o conceito de publicidade visual com a inovadora tecnologia HYPERVSN. O HYPERVSN permite projetar recursos visuais 3D refinados com um efeito holográfico impressionante projetado para engajar e cativar o público, combinando sofisticação, simplicidade, padrões de fabricação de ponta e tecnologia de ponta em uma solução holográfica única para criar experiências imersivas. O HYPERVSN consiste no projetor de vídeo holográfico original, com 567 mm de imagem máxima e apenas 65W de consumo, além de uma plataforma própria inteligente que fornece uma extensa biblioteca de vídeos 3D e ferramentas inteligentes de criação de conteúdo. Rápida configuração e simples de usar, a plataforma HYPERVSN permite gerenciar todos os dispositivos remotamente, criar e programar campanhas de mídia e coletar análises para avaliar a eficácia de seus esforços de marketing. O projetores de vídeo HYPERVSN são discretos e de alta tecnologia, exibem visuais 3D de alta resolução com um efeito holográfico realista para ajudá-lo a converter efetivamente o público-alvo passivo em compradores reais.
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ILUMINAÇÃO | www.backstage.com.br
CADERNO ILUMINAÇÃO
Iluminação Cênica e utilização maciça de luminárias com LEDs como estratégia de eficiência energética. Fonte: LEDinside
Novas tecnologias surgem todos os dias e a atualização dos profissionais nem sempre acompanha as tendências e inovações na mesma velocidade. Ao mesmo tempo, políticas e estratégias para as melhores práticas têm sido alvo de debates e regulamentações, que poderão impactar decisivamente no futuro da Iluminação Cênica.
EFICIÊNCIA X PROFICIÊNCIA NA ILUMINAÇÃO CÊNICA Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de eventos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.
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esta conversa, a relação entre a proficiência – compreendida como demonstração plena de conhecimento, competência e capacidade – e a eficiência energética, como sendo dois temas cada vez mais relevantes no dia a dia da
Iluminação Cênica, são analisadas pela perspectiva da convergência de ações e resultados, práticos e eficazes. Feiras e exposições de iluminação têm sido abastecidas de múltiplas novidades pela essência que caracteriza esses tipos
Proficiência na Iluminação Cênica: conhecimento, competência e capacidade. Fonte: Olden Lighting
de eventos. Não seria diferente no segmento específico da Iluminação Cênica, com a apresentação de produtos que diversificam as opções de compra, atualização e projeção para novos cenários, produtivos e econômicos. As indústrias que fornecem estruturas, equipamentos e demais soluções para os mercados de entretenimento e eventos cada vez se consolidam mais em inovações e novos conceitos para a produção de espetáculos e para o atendimento de novas demandas da Iluminação Cênica, nos mais diversificados espaços e palcos. Tendências induzidas pelos mercados nem sempre oferecem produtos que agradam a todos, mas apontam caminhos alternativos em um campo repleto de opções, mais alinhadas
às novas tecnologias, ou complacentes com modelos e modos tradicionais como também conservadores. Neste contexto, o mais efetivo acompanhamento de todas as novidades no setor de iluminação torna-se praticamente impossível. Ao mesmo tempo em que novas
cas e distribuição de produtos no mercado mundial, a diversidade de novas iniciativas empreendedoras amplifica as possibilidades reais de produção, e o distanciamento para o conhecimento pleno das ofertas disponíveis. Assim, a proficiência na ilumina-
... a diversidade de novas iniciativas empreendedoras amplifica as possibilidades reais de produção, e o distanciamento para o conhecimento pleno das ofertas disponíveis. tecnologias e novas luminárias surgem, a renovação almejada se restringe a poucos consumidores – Lighting Designers, produtoras, fornecedores. Mesmo com potenciais e efetivas parcerias, para mar-
ção cênica se configura mais em especialização para conhecimentos, marcas e seus produtos específicos, restringindo-se também as possibilidades de pesquisa aplicada para a maioria dos profissionais
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CADERNO ILUMINAÇÃO
Eficiência energética – substituição de luminárias convencionais por luminárias LEDs. Fonte: Sydney Opera House
que se inserem nesse contexto. Nessa circunstância, torna-se melhor buscar a afirmação com o que é familiar e controlável, do que buscar experimentações em áreas ou meios superficiais. Por outro lado, a ‘lei da substituição’ também se torna um componente exógeno na proficiência pela qual todos os profissionais devem se atualizar, uma vez que se comportam como fatores externos às próprias escolhas,
utilização racional de energia, para qual resumidamente é referida a eficiência energética, consiste na prática no uso de modo eficiente da energia para se obter um determinado resultado. A partir disso, pela própria definição atribuída a esse termo técnico, a eficiência energética consiste na relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade (produção de shows, por exemplo) e
Assim, a utilização racional de energia, para qual resumidamente é referida a eficiência energética, consiste na prática no uso de modo eficiente da energia para se obter um determinado resulado sendo assim incontroláveis. Nessa situação se incluem as novas regras, leis e normas dos setores envolvidos, mais especificamente relacionadas à eficiência energética. Esse tema tem sido debatido há décadas – e relacionado a todas as formas de geração de energias; no entanto, mais efetivamente após o aperfeiçoamento das tecnologias na geração de energias renováveis e na busca de melhores soluções construtivas nas indústrias eletrônicas e elétricas. Assim, a
aquela disponibilizada para sua realização (o que para esses eventos pode ser substancialmente significativa). Desta maneira, de um lado, a dependência direta com os meios de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica condiciona esse uso eficiente; do outro, a busca de novas tecnologias que busquem mais eficácia no consumo e diminuição das perdas e dos impactos ambientais – tais como a emissão de carbono. Novas legislações e regulamentações para
Proficiência com Eficiência energética – especialização por projetos exclusivamente com luminárias LEDs. Fonte: Elation Professional
o setor interferem decisivamente de diversas maneiras. Como exemplo, a Portaria Interministerial nº 1.007, de 31 de dezembro de 2010, que no Anexo I definia a regulamentação específica para os níveis mínimos de eficiência energética de lâmpadas incandescentes aplicados no Brasil. Como consequência, a restrição na produção e importação de lâmpadas incandescentes convencionais, em alinhamento com a Agência Internacional de Energia (AIE). Também por determinação dos líderes dos países que formam a União Europeia, novas regulamentações sobre a venda de luminárias que entra-
nárias que não atendessem a um determinado padrão definido de eficiência energética (estipulado em 85lm/W). A homologação dessa regulação específica faz parte de um esforço comum entre os países integrantes para que apliquem normativas com fins ecológicos, fomentando a redução das emissões de carbono, com vigência para 1.º de setembro de 2020. No entanto, de maneira global, a maior parte da iluminação cênica atualmente instalada e em uso não atende a esses novos regulamentos. Seja pela manutenção das instalações e das estruturas associadas a espaços tradicionais, históricos ou mesmo contem-
O regulamento intitulado Ecodesign Working Plan (...) proibiu a venda de luminárias que não atendessem a um determinado padrão definido de eficiência energética (estipulado em 85lm/W) rão em vigor a partir de 2020 também impõe restrições para aqueles mercados produtores e consumidores. O regulamento intitulado Ecodesign Working Plan 2016-2019, que envolveu governantes, profissionais e passou por consulta pública, proibiu a venda de lumi-
porâneos, ou pela equiparação de tecnologias e resultados, que ainda não correspondem a todas as necessidades e requisitos dos parâmetros obtidos com instrumentos de iluminação cênica que utilizam lâmpadas de filamentos.
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CADERNO ILUMINAÇÃO
Proficiência com eficiência energética – especialização por projetos exclusivamente com luminárias LEDs. Fonte: The Lighting Resource/Eaton
Mesmo que os mais otimistas esforços, localmente ou mundialmente, tenham sido estrategicamente estimados para restrições e proibições para fontes de luz de tungstênio, sendo esse um dos objetivos mais evidentes dessas medidas, evidencia- se que as novas regulamentações terão consequências mais amplas, de maneira geral. A Iluminação Cênica, se alinhada a essas premissas e patamares atribuídos a toda a indústria de lâmpadas, não impactará apenas com a substituição das fontes de luz, mas também e significativamente na produção e substituição de luminárias. De maneira prática, mesmo com as potenciais trocas de lâmpadas de filamento por ou-
tras de LED ainda assim não é garantida, nas condições atuais, a redução da eficiência energética necessária de acordo com as normativas citadas anteriormente. Em contrapartida, evidenciam-se esforços do setor de entretenimento para potenciais exceções e isenções – incluindo nesse contexto os espaços de eventos (com destaque para casas de espetáculos e teatros), estúdios de TV e Cinema, além de outros utilizados para celebrações e apresentações ao vivo. Com as recomendações expressas para a utilização eficiente e proficiente desses recursos, outros avanços serão esperados pela indústria, com o comprometimento dessa como participante na busca de soluções
e no atendimento das demandas, tanto pelas instâncias governamentais, como dos profissionais - fabricantes, distribuidores, locadoras, instaladores e usuários de iluminação. Novidades, técnicas e regulatórias são esperadas ainda para este ano. Acredita-se que até dezembro de 2018, um novo marco para a Iluminação Cênica será redigido e homologado, em consonância com as estratégias energéticas e sustentáveis e também aos anseios dos profissionais do setor, na busca de melhores e mais efetivas soluções, com eficiência e proficiência. Abraços e até a próxima conversa!
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LUIZ CARLOS SÁ | www.backstage.com.br 64 Foto: George's Studio
EU E A MÚSICA
TREMER É PRECISO
N
a minha vida profissional não foram poucas as vezes – nem as pessoas – que me viram tremer e temer. Todos sabemos que a segurança tende a nos abandonar quando mais precisamos dela, numa espécie de radicalização cruel da malsinada Lei de Murphy. Mas justamente agora, quando estou começando a escrever sobre isso, descubro que sou um privilegiado: posso contá-las nos dedos. E em conversas com meus colegas de profissão descobri que longe de ser um dos únicos a tremer, nenhum deles e nem eu conhecemos o hipotético super-artista que jamais tenha metido os pés pelas mãos pelo menos uma vez, traído pela ansiedade, pela inexperiência ou por um súbito não-se-sabe-bem-o-quê que nos deixa ali no palco como um animal prestes a ser sacrificado por espíritos malignos. Então, num assomo de coragem que, com certeza, será reconhecido por meus generosos leitores, vou relembrar aqui – aproveitando tam-
bém para poupar assim umas boas sessões de análise – as vezes em que me senti uma espécie de micróbio incompetente e inútil diante da deusa Música, esperando, submisso, ser por ela ritualisticamente esborrachado como se fora um inseto afônico. Cena um: 1965, estúdio da antiga Odeon, na avenida Rio Branco, Rio de Janeiro. Lá estou eu, só naquela sala imensa, com o meu Di Giorgio 34 nas mãos, olhando o distante aquário (assim chamamos a Técnica) onde nadavam Milton Miranda - diretor artístico da gravadora - e Nivaldo Duarte, operador de áudio. Milton aperta o comunicador e comanda: - Pronto, Luiz, vamos começar? Senti-me como que olhando para dentro da própria cabeça e não vendo nada ali. De repente, o filme passou, mas um filme já visto, com o amigo Mário Pires, admirador das minhas primeiras composições, me falando: - Meu pai já agendou uma audição tua lá na Odeon.
LUIZCARLOSSA@UOL.COM.BR | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM - Que é isso... Tá louco, Mário? O dr. Mário Cardoso Pires, pai, num tempo em que inexistiam planos de saúde e as empresas tinham médicos conveniados, era o clínico geral da Odeon. Mariozinho gravara minhas músicas num gravador de rolo Akai e convencera o pai – sem que eu soubesse – a conseguir uma audição com Milton Miranda. Quando percebi que era verdade, tentei escapar, mas respeitava muito o dr. Mário para deixá-lo numa situação de pedir favores inconsequentes. Então, ali estava eu. Acordei subitamente do “filme” com a voz do Nivaldo: - Tá rodando! Olhei o violão e só vi mistérios perdidos entre cordas e trastes. Pra que servia aquilo tudo? Minhas mãos tremiam. Não sei quanto tempo se passou até que Nivaldo parasse a máquina: - Dando um tempo... Milton Miranda – que infelizmente já partiu faz tempo, deixando nosso meio musical bem mais pobre – era
dizer muitos, porque os melhores cantores da época correram atrás da oportunidade de cantar minha Inaiá no festival – perdera para minha teimosia em interpretá-la eu mesmo. Na noite de classificação, uma então inédita segurança de palco me tomou de assalto e cantei como nunca. No primeiro refrão, já era aplaudido pelas quase vinte mil pessoas que lotavam o ginásio. Agora, na noite das vencedoras, era a hora da verdade. A música era arranjada e regida por uma das principais figuras do meu início de carreira, o maestro Lindolfo Gaya. Na contramão de Milton Miranda, que me avisara que era muita areia pro meu caminhãozinho e fizera de tudo para que eu entregasse a defesa da música para Pery Ribeiro, Gaya me dera força para que eu encarasse a imensa plateia do festival. Mas tremi. Baixou aquele “não- se- sabe-bem-oquê” que falei lá no princípio. Me senti a pessoa errada num lugar estranho. Cantei um arroz com feijão
Na noite da classificação, uma então inédita segurança de palco me tomou de assalto e cantei como nunca. No primeiro refrão, já era aplaudido pelas quase vinte mil pessoas que lotavam o ginásio. Agora, na noite das vencedoras, era a hora da verdade. A música era arranjada e regida por uma das principais figuras do meu início de carreira, o maestro Lindolfo Gaya.
uma dessas raras pessoas em cargo de chefia que têm imediata compreensão do que aflige os outros pobres mortais. Saiu da técnica, veio até mim e sorriu: - Você está me devendo pelo menos duas músicas. Olhou displicentemente o relógio: - Mas hoje é sexta. Temos muito tempo ainda e você decide por qual delas começa. Sorriu de novo e voltou para a técnica. Livre do surto pela inteligente e carinhosa intervenção de Milton, gravei três naquela tarde: Capoeira de Oxalá, Giramundo e Escadas do Bonfim. Ele me considerou ainda “verde” para um disco, mas acabou por me dar três sucessos de execução nas rádios, uma com Rosa Marya, então uma adolescente em início de carreira – Capoeira de Oxalá – e as outras duas num EP duplo com Pery Ribeiro. Cena dois: 1º Festival Internacional da Canção, Maracanãzinho, 1966. Classificado para a finalíssima, minha notória incapacidade de dizer “não”– e tive que
qualquer e não convenci os jurados, ficando em nono lugar na classificação final. Ao sair do palco, um produtor – não lembro quem – olhou para mim com um misto de pena e perplexidade e falou: - Mas por que você não cantou como ontem!? Seis anos mais tarde, já surfando no sucesso do primeiro disco do trio Sá, Rodrix & Guarabyra, encontrei Pery numa casa noturna onde ele estava se apresentando e contei-lhe do arrependimento de não tê-lo deixado interpretar Inaiá. Pery riu: - Mas o que interessa é que você está aqui onde está, hoje! E me abraçou: - Perder faz parte! Eu respondi: - Claro, faz parte. Mas humildade também! E voltamos filosoficamente aos nossos uísques. Deu pra mim. Algum dia, recuperado dessas lembranças, prometo que conto as outras tremidas.
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