Saúde & Nutrição: Conheça tudo sobre a Nutrição Ortomolecular
Conteúdo que acompanha o seu ritmo
Volvo
Ano 6 | Número 32 | 2014 ISSN 2238-7943
Preço sugerido: R$15,00
Ocean Race o campeonato de vela que atravessa cinco continentes
na academia:
Academias começam a aderir softwares para otimizar seus serviços
Golf olímpico Esporte ficou fora do evento por mais de um século
futebol americano
tiago splitter “Se divirta dentro da quadra e use o esporte para se tornar uma pessoa do bem, com o intuito de melhorar a sua personalidade”
Aprenda tudo sobre o esporte que está crescendo no Brasil
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Começo de primavera agitado para a Revista Endorfina!
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stamos nos aproximando da estação mais esperada do ano, o verão. Sabemos que muita gente começa a primavera estabelecendo metas para ter o corpo mais em forma no final do ano. Esperamos que o pique fitness e bem-estar da revista agitem os ânimos dos leitores, incentivando-os a praticarem exercícios e assim adquirir um estilo de vida saudável. Entretanto, também ressaltamos a importância do acompanhamento de um especialista em qualquer atividade física para proporcionar resultados benéficos, mas de forma equilibrada e moderada, sem prejudicar a saúde. Há seis anos presente no mercado wellness, a Endorfina chega a 32ª edição com um conteúdo amplo na acepção da palavra. Na capa, o personagem da vez é Tiago Splitter, atleta da seleção brasileira de basquete e jogador do Santo Antonio Spurs, time do Texas, dos Estados Unidos. Splitter foi o primeiro brasileiro a conquistar um título da NBA e fez parte do grupo da seleção brasileira de basquete que conseguiu quebrar um tabu que se perpetuava desde 1990: o time brasileiro ficou entre os seis primeiros no mundial deste ano, realizado na Espanha. Explicaremos tudo sobre a Nutrição Ortomolecular, método que ajuda a melhorar a alimentação, e sobre a Glutamina, suple-
mento excelente para otimizar o desempenho físico e o sistema imunológico. Para os viciados em adrenalina e velocidade, conversamos com os participantes do Rally dos Sertões, uma aventura radical pelo interior do país. O maior torneio de vela do planeta, o Volvo Ocean Race, começou e o leitor da Endorfina não perde nenhum detalhe dos nove meses de duração do campeonato. O panorama atual do Mountain Bike, modalidade do Ciclismo, também será abordado. Fique por dentro de tudo que aconteceu na 15ª IHRSA Fitness Brasil e no ENAF BH, eventos em que a revista esteve presente. O Futebol Americano está em ascensão no Brasil e mostraremos tudo sobre as regras desse esporte, entre outras peculiaridades. Antes de encararem qualquer torneio, os lutadores de MMA precisam se preparar fisicamente; mostraremos como é o processo de treino e quais os ganhos que o mesmo propicia ao atleta de combate. Ainda serão apresentadas matérias sobre a história do CrossFit, o Levantamento Terra, modalidade do Arnold Classic, e sobre os softwares nas academias, cada vez mais adotados pelos estabelecimentos do setor, entre outros tópicos abordados na revista. Equipe Endorfina
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expediente Ano 6 | Número 32 | 2014 - Tiago Splitter
Saúde & Nutrição: CoNheça tudo Sobre a Nutrição ortomoleCular
EXPEDIENTE Diretor Executivo e Publisher: Michel Kaminski Diretora Administrativa: Caroline C. Kaminski Gestor Comercial: Luis Nascimento Coordenador Executivo: Felipe Corso
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VolVo
EDITORIAL Jornalistas responsáveis pela Redação: Caio Alves e Laís Rodrigues Colaboradores: Alexandre Machado, Julia Müller, Juliana Salles, Rosangela Andrade, Vanessa Barcellini, Vanessa Dini, Felipe Araujo e Weinny Eirado
ARTE E FOTOGRAFIA Projeto Gráfico e Diagramação: Vitor Gomes www.estudiolia.com.br
CAPA Tiago Splitter Foto: NBA/Getty Images
CONSELHO EDITORIAL Walter Feldman, Diogo Patroni, Alexandre Machado, Cláudio Pavanelli, Éder dos Santos Brito, Hugo Comparotto e Rodolfo Peres
ENDORFINA Rua Dos Lírios, 83 – Mirandópolis São Paulo – SP – CEP: 04047-040 Tel: 3227-9555 ou 3228-8696 www.revistaendorfina.com.br
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oCeaN raCe o cAmpeonAto de velA que AtrAvessA cinco continentes
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AcAdemiAs começAm A Aderir softwAres pArA otimizAr seus serviços
Golf olímpiCo esporte ficou forA do evento por mAis de um século
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“se divirtA dentro dA quAdrA e use o esporte pArA se tornAr umA pessoA do bem, com o intuito de melhorAr A suA personAlidAde”
AGRADECEMOS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO FÍSICA QUE NOS AJUDARAM NESTA EDIÇÃO: A equipe de jornalismo da Revista Endorfina agradece a todos os profissionais das diversas áreas de conhecimento que nos ajudam a construir o conteúdo desta publicação. Enfatizamos que as declarações emitidas por entrevistados e os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Revista.
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A Revista Endorfina é uma publicação especial e bimestral da Kaminski Editora e Publicidade. Distribuição e comercialização em academias, clínicas de nutrição e fisiologia, clínicas de fisioterapia e de pilates, clubes esportivos, hotéis e spas, condomínios e flats com academias, universidades, escolas, cursos técnicos, associações e eventos esportivos, estabelecimentos comerciais direcionados ao segmento esportivo, lojas de suplementos e de produtos naturais, lojas de equipamentos, roupas e acessórios fitness, federações e confederações esportivas, principais construtoras e administradoras do setor imobiliário. Praça: Nacional. A redação da Endorfina não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo este último de inteira responsabilidade dos anunciantes.
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índice
nutrição
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Veja quais são os benefícios da Nutrição Ortomolecular
suplementos
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A Glutamina e seus ganhos
capa Tiago Splitter, primeiro brasileiro a conquistar um título da NBA, fala tudo sobre sua carreira e vida particular
Entrevista: Conheça a história e os projetos sociais da exvoleibolista Ana Moser
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Brasil Olímpico:
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Depois de 112 anos sem participar de uma Olimpíada, o Golfe Olímpico promete em 2016.
Duas Rodas Modalidade do Ciclismo, o Mountain Bike ganha cada vez mais destaque no cenário esportivo.
bola da vez
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A ascensão do Futebol Americano no Brasil
aquáticos Volvo Ocean Race, maior competição de vela do mundo já começou
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nocaute
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Por que o treino é um processo fundamental para o sucesso dos lutadores de MMA
Pilates & Funcional:
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Board fitness e a evolução dos aparelhos de ginástica
Curtas 16 | espelho fit 26 | acontece fitness 42 | Espaço treino 46 | espaço saúde 48 | abrapef 50 | brasnutri 52 ases da corrida 54 | equipamentos e acessórios 58 | crossfit 64 | adrenalina 106 | nocaute 114 | arnold 122 | na academia 126 treino 132 | endorfinados 138 | fitness shop 140 | comportamento 142 www.revistaendorfina.com.br
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Curtas
CURTAS Guga promove evento para incentivar a prática do tênis Pelo sexto ano consecutivo, Gustavo Kuerten recepcionou convidados para o lançamento em Florianópolis da Semana Guga Kuerten 2014, realizada de 9 a 19 de outubro, na Grande Florianópolis. O evento, que aconteceu pela primeira vez um ano após a despedida do tricampeão de Roland Garros do circuito profissional do tênis, em 2009, atraiu cerca de 900 atletas que disputaram diversas modalidades de competição. A iniciativa também foi pontuada por palestras e clínicas de tênis com Larri Passos. Outra novidade da Semana Guga Kuerten foi a interação das crianças com o tenista brasileiro eternizado no Hall da Fama do Tênis Internacional.
Vôlei feminino brasileiro faz história e fatura o décimo Grand Prix A seleção brasileira feminina de vôlei conquistou o Grand Prix pela décima vez. O Brasil venceu o Japão por 3 sets a 0 (25/15, 25/18 e 27/25), em 1h28 de jogo, no Ariake Collesium, em Tóquio, no Japão. Nem mesmo uma barulhenta torcida nipônica foi capaz de parar o time verde e amarelo. As atuais campeãs olímpicas disputaram 14 jogos e perderam apenas um para ganharem o inédito décimo triunfo. As japonesas ficaram em segundo lugar e a Rússia na terceira posição. Com o título, o time verde e amarelo dobrou o número de conquistas em relação à segunda seleção com mais títulos. Enquanto as brasileiras venceram pela décima vez (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013 e 2014), os Estados Unidos, segunda seleção com mais troféus, têm cinco conquistas.
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Croata Marin Cilic conquista o US Open
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Marin Cilic é novo campeão do US Open. O croata venceu o japonês Kei Nishikori de forma inapelável por triplo 6-3, para conquistar o primeiro Grand Slam da carreira. O tenista de 25 anos precisou de menos de duas horas para conseguir a vitória ao quebrar o serviço do adversário no início de cada set. Cilic e Nishikori surpreenderam a todos no torneio, quando derrotaram nas semifinais os grandes favoritos ao título, o sérvio Novak Djokovic, primeiro cabeça de chave, e o suíço Roger Federer, número dois. O título chega como uma redenção para o croata de 25 anos, que foi suspenso por quatro meses no ano passado por ter sido flagrado num exame antidoping. Ele é o segundo tenista da Croácia a vencer um Grand Slam, depois de Goran Ivanisevic, seu técnico, que foi campeão de Wimbledon em 2001.
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Título da Volta da Espanha fica com anfitrião O espanhol Alberto Contador ganhou pela terceira vez a Volta da Espanha. Campeão em 2008 e 2012, o espanhol da equipe Tinkoff Saxo chegou apenas na 101ª na última etapa, um contrarrelógio de 9,7 quilômetros em Santiago de Compostela, porém o resultado foi suficiente para o espanhol garantir o título da 69ª edição da prova. O vencedor da fase derradeira foi o italiano Adriano Malori (Movistar Team), em 11m12s. O ciclista de 31 anos, nascido em Madri, somou um tempo geral de 81h25m05s. Contador ficou 1m10s de vantagem sobre o segundo colocado, o britânico Chris Froome (Team Sky). Alejandro Valverde, compatriota do campeão, completou o pódio da Volta da Espanha.
Brasil fecha participação no Campeonato Pan-Pacífico de natação com quatro medalhas Os atletas brasileiros fecharam o Campeonato Pan-pacífico de Natação, em Gold Coast, na Austrália, com quatro medalhas. O destaque do time verde e amarelo foi Bruno Fratus, campeão nos 50m livre com direito a novo recorde da competição (21s44). As outras medalhas do país foram a prata de Leonardo de Deus nos 200 borboleta, a prata de Felipe França nos 100m peito e o bronze no revezamento 4x100m livre, com João de Lucca, Marcelo Chierighini, Bruno Fratus e Nicolas Oliveira. O ouro de Bruno Fratus nos 50m livre foi conquistado último dia de competição. Com 21s44, o brasileiro ganhou a prova, estabeleceu o novo recorde do campeonato e manteve-se na segunda colocação da prova, atrás apenas dos 21s39 de Cesar Cielo, alcançado no Maria Lenk, em abril. A prata ficou com o americano Anthony Ervin (21s73) e o bronze com seu compatriota Nathan Adrian (21s80).
Livro traz dicas de como conseguir qualidade de vida de forma equilibrada Brasil consegue quatro pódios individuais no Mundial de judô O Brasil terminou sua participação no campeonato mundial de Judô com quatro medalhas. Além do ouro inédito da gaúcha Mayra Aguiar na categoria até 78kg, título obtido contra a francesa Audrey Tcheumeo, a judoca Maria Suelen Altheman faturou a prata na categoria acima de 78 kg. Os bronzes vieram de Rafael Silva, o ‘Baby’, vice-campeão mundial no ano passado na categoria acima de 100 kg, e Érika Miranda, na categoria até 52 kg. Vice-campeão mundial no ano passado, no Rio de Janeiro, Baby conquistou a medalha ao vencer o holandês Roy Meyer. Na semifinal, ‘Baby’ perdeu para o francês Teddy Riner, que sagrou-se heptacampeão mundial ao superar o japonês Ryu Shichinohe na decisão.
No dia 29 de agosto, na 23ª Bienal Internacional de São Paulo, a autora do best-seller Tudo Posso, mas nem tudo me convém, a Dra. Gisela Savioli, autografou seu novo livro “Alimente bem suas emoções”, no estande de Edições Loyola (I / 600). A obra relata aos leitores que bem-estar e qualidade de vida são obtidos por meio de uma alimentação saudável, não apenas com foco no emagrecimento, sobretudo no equilíbrio dos nutrientes e minerais, para assegurar o bom funcionamento do organismo, inclusive em relação às emoções. Gisela é nutricionista adepta da gastronomia funcional e da reeducação alimentar anti-inflamatória e desintoxicante. Ela já ajudou muitos homens e mulheres a conseguirem perder peso, desinchar, retirar toxinas do organismo e recuperar o ânimo.
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saúde e nutrição
Dieta [ Ano6 | Número32 ] 2014
Ortomolecular
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Saiba mais sobre essa prática que pode melhorar seu desempenho físico e bem-estar Por Laís Rodrigues
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dieta ortomolecular foi desenvolvida para estudar mais profundamente os efeitos terapêuticos dos nutrientes. O objetivo dessa dieta é restaurar o equilíbrio do organismo através da ingestão de alimentos corretos para cada indivíduo. Antes de iniciá-la, é preciso fazer um mineralograma capilar, que é um exame feito nos fios de cabelo, e um exame de sangue para constatar quais vitaminas e minerais estão em falta. A partir dos resultados e do objetivo desejado pelo paciente, o nutricionista vai receitar fórmulas manipuladas para que seja reestabelecido o equilíbrio do corpo. Por ser baseada nas características genéticas de cada um, o tratamento é feito de forma personalizada. Segundo Marcela Sansone, especialista em Nutrição Ortomolecular e Esportiva e membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional, “a nutrição ortomolecular irá inicialmente identificar através de uma análise clínica e possi-
velmente de um exame ortomolecular a eventual falta de vitaminas e minerais. Por exemplo, na análise clínica conseguimos diagnosticar a deficiência de magnésio ou zinco ao investigar o perfil capilar do paciente. Se os fios estão fracos, quebradiço e com falhas, provavelmente há a deficiência de minerais”. Cada pessoa é única e possui seu próprio padrão orgânico. Essa individualidade precisa ser levada em consideração no momento de se prescrever uma orientação nutricional ou a suplementação de nutrientes, e esse é um grande benefício da medicina ortomolecular. Acabar com os sintomas da tpm, ganhar energia, emagrecer, evitar o envelhecimento ou mesmo promover um maior anabolismo (crescimento muscular) e evitar o catabolismo (diminuição da massa magra) podem ser alcançados mais facilmente quando leva-se em consideração as características de cada um. O diferencial dessa dieta é corrigir carências e excessos de vitaminas e mi-
A nutrição ortomolecular e o esporte Segundo Marcela, a dieta ortomolecular é principalmente procurada por pessoas que já possuem um bom desempenho físico e mental, mas querem melhorar seus objetivos, metas e desempenho. Ou até mesmo por pessoas que não fazem nenhum tipo de exercício físico e desejam iniciar a prática esportiva de forma equilibrada com o corpo, vitaminas, minerais e eletrólitos. Por isso, a reposição de vitaminas e minerais se apresenta como uma grande aliada para os atletas e praticantes de esporte. “Esta deficiência afeta o atleta ou praticante de atividade física, pois os minerais e vitaminas são fundamentais para manter o equilíbrio do corpo e de suas funções básicas, como contração muscular, manutenção da massa magra, transporte de carboidratos, proteínas e lipídios. Portanto a nutrição ortomolecular e funcional é benéfica e serve como um complemento ao ganho da massa magra”, revela Marcela. Além disso, esta dieta promove a manutenção das funções vitais, o transporte de vitaminas, minerais e eletrólitos nos tecidos, músculo e pele, ocasionando consequentemente uma melhora do desempenho e do rendimento físico do esportista.
nerais no organismo para neutralizar os radicais livres, o que acaba freando o envelhecimento. Vários fatores externos, como estresse, poluição, cigarro, álcool e alimentação errada, colaboram para a produção exagerada dessas moléculas instáveis que acabam com as células sadias. A dieta ortomolecular visa atingir o equilíbrio do corpo, combatendo os radicais livres, desintoxicando dos metais pesados, através da utilização de substâncias antioxidantes de maneira adequada. A dieta direciona a pessoa a deixar de fazer refeições rápidas e maneirar nos alimentos industrializados, pobres no que os ortomoleculares chamam de nutrientes vivos e essenciais. O cardápio deve ter muito espaço para alimentos integrais, frescos e funcionais, pois além de nutrir, eles oferecem substâncias que fortalecem o sistema imunológico, combatem os radicais livres e aceleram o metabolismo. E, se possível, escolha os alimentos orgânicos.
Por que procurar essa dieta? Cátia Mazulo revela que procurou a dieta ortomolecular há dois anos para emagrecer, mas acabou se beneficiando para além dessa meta inicial. “Meu principal objetivo era emagrecer, mas como o início da dieta veio associado com a paixão pela corrida, emagrecer se tornou uma consequência, e o principal foco passou a querer ter uma melhor qualidade de sono e recuperação pra poder correr bem e emagrecer com qualidade, sem pressa. Perdi dez quilos em dez meses, e passei a dormir e correr melhor”. Além disso, a característica de ser um método individualizado também ganhou destaque entre seus praticantes. “Acredito que cada pessoa tem seu metabolismo e diferentes dificuldades com emagrecimento e alimentação Na dieta ortomolecular a ideia é adaptar os alimentos para você, pra melhorar a sua pele, a sua digestão. Numa dieta ‘convencional’ basta a salada e o filé de frango. Mas nem todo mundo consegue emagrecer e se manter saudável assim”, acrescenta Cátia. Luciana Dantas também aponta diversos benefícios. “Com a dieta ortomolecular eu adquiri uma maior conscientização do meu corpo, conhecendo melhor quais alimentos me
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saúde e nutrição
Conheça as substâncias mais utilizadas na dieta molecular e seus benefícios Cromo - ajuda na perda de peso, pois potencializa a ação da insulina e ajuda a fazer com que o carboidrato seja metabolizado mais lentamente. Desta forma, não há picos de açúcar no sangue, nem acúmulo de gordura na região abdominal. Ele é conhecido por segurar a vontade de comer doce. Magnésio - ajuda no fluxo sanguíneo, portanto reduz acúmulo de líquidos e ainda ajuda no fortalecimento das unhas e cabelo. Glutamina - é um aminoácido que promove crescimento das células, inclusive das células do intestino, portanto ajuda a melhorar o processo digestivo. 5htp - age como o triptofano, responsável pela formação da serotonina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e prazer no corpo, portanto deixa a pessoa mais feliz e motivada pra se manter na alimentação saudável. Triptofano - assim como o 5htp, ajuda na formação da serotonina. Silício - mineral que reduz a celulite, melhora fortalecimento da pele e tecidos em geral, como o do coração, por ajudar na síntese das fibras do colágeno. Manganês - ajuda na formação do tecido ósseo, na proteção dos neurônios, na produção do sistema de reprodução. Ainda ajuda na metabolização dos carboidratos e colesterol, portanto diminui o risco de doenças do coração.
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fazem bem e como eles contribuem para o bom funcionamento da minha saúde; ela atua no equilíbrio dos nutrientes do meu corpo, visando a melhoria da minha saúde e não em simplesmente contar calorias, pontos, dias”. O bem-estar que essa prática proporciona trouxe ganhos que não eram nem imaginados por Luciana. Ela sofria de uma dermatite no braço que não tinha sido solucionada por nenhum dermatologista. “Após passar por consulta com a nutricionista ortomolecular e fazer exames, foi constatado que eu tinha deficiência de vitamina A. Passei a tomar uma suplementação específica aliada a dieta e, dentro de algumas semanas, a dermatite simplesmente desapareceu. Além disso, depois de algum tempo notei também que o leite não me fazia bem e me deixava muito inchada. Enfim, são vários benefícios que nutrição ortomolecular pode proporcionar”.
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suplementos
Glutamina lutamin Por Laís Rodrigues
Conheça os benefícios dessa substância que tem importante papel no sistema imunológico para quem pega pesado no treino
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glutamina é um dos aminoácidos que compõem as proteínas, principais constituintes das fibras musculares e é sintetizada a partir das necessidades corporais. Mesmo assim, apresenta uma importante função anabólica, promovendo o crescimento muscular. Este efeito pode estar associado à sua capacidade de captar água para o meio intracelular, o que estimula a síntese proteica. A substância também realiza funções vitais para o bom funcionamento de diversos órgãos como pulmões, coração, rim, fígado e intestino. Além disso, tem importante papel no controle ácido/básico do PH sanguíneo. Esta substância é um suplemento es-
sencial na dieta de qualquer atleta de ponta, mesmo em outros esportes em que a suplementação não costuma ser associada, como o futebol ou a natação. Isso porque ela tem um papel fundamental no sistema imunológico do corpo, além de sua função anabólica. Ou seja, apesar da glutamina ser produzida pelo corpo e ser o aminoácido livre mais abundante no tecido muscular, ainda há a necessidade de seu consumo através da suplementação, já que a demanda desse aminoácido nos músculos é muito maior do que o corpo é capaz de produzir nos casos desses atletas. “Justamente por ser o aminoácido livre mais abundante no tecido muscular, sua utilização metabólica é bem importante
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no crescimento e manutenção de diferentes tipos de células e tecidos, principalmente em situações de estresse tanto fisiológico quanto patológico”, revela Vivian Ragasso, nutricionista esportiva do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte. A falta desse aminoácido pode, além de causar o catabolismo (o processo em que o organismo utiliza as fibras musculares para a obtenção de energia, causando a perda de massa muscular), acarretar o enfraquecimento da imunidade, pois se o organismo não tiver energia suficiente para realizar a atividade física, passa a usar aminoácidos dos músculos para suprir a demanda. Isso chama a atenção para uma das importantes funções dessa substância, mas que não tem muita divulgação: sua atuação no sistema imunológico. Isso acaba fazendo com que a glutamina seja indicada não só para os praticantes de esporte e atletas, mas por pessoas
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“com o objetivo de aumento da imunidade, ou recuperação e reequilíbrio da microbiota intestinal, além de recuperação pós-cirúrgica de lesão”, como ressalta Vivian. Para atletas de atividades físicas de alta intensidade e praticantes de musculação, a Glutamina também tem auxiliado muito na recuperação pós-treinos, evitando não só o catabolismo, mas também o overtraining - quando o atleta faz mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar. Para aqueles que frequentam a academia diariamente e combinam o treino com outros exercícios físicos, como a natação, corridas e as lutas marciais, exige-se muito do organismo, e por isso a necessidade de complementar a nutrição com os suplementos, como o Whey Protein, a Albumina, a Creatina, o BCAA e claro a Glutamina. “O uso da glutamina não impede que o atleta associe também outros suplementos importantes para o desempenho e boa saúde”, acrescenta Vivian.
Segundo a nutricionista, “para o público esportivo (atletas e praticantes de atividade física), indico a glutamina para quem tem como objetivo o ganho de músculo associado ao tempo longo de treinamento diário, assim como ganho de performance e recuperação de lesão”. A glutamina surge então como um suplemento extremamente benéfico para praticantes de esportes, para quem procura melhora no rendimento esportivo, na recuperação de lesões e em situações clínicas. “Já temos estudos comprovando a eficácia dessa substância em diversas patologias ou prevenção das mesmas. Seja para fortalecimento do sistema imunológico e redução das perdas proteicas, infecções, pós-cirúrgico, trauma, queimaduras e patologias intestinais”, complementa a nutricionista Dayana Araujo. Thiago Monteiro pratica musculação desde os 16 anos de idade e é formado em Educação Física. É personal trainer, pratica Jiu Jitsu e trabalha também com
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venda de suplementos alimentares e faz uso contínuo da glutamina aproximadamente há 14 anos, combinada com outros suplementos, como Whey Protein, Mix Proteíco, Caseína, Creatina, BCAA, Leucina, Multivitaminico, Vitamina C, Vitamina E, Waxy Maize e Cafeína. Começou o uso dessa substância por estética, “pois tinha a noção que quanto mais intenso meu treino se tornava e mais restrita minha dieta ficava, mais isso debilitaria meu organismo, necessitando assim de algo que ajudasse a melhor minha imunidade”. Ele revela que observou ótimos resultados após o uso desse suplemento para além da questão do ganho de massa muscular. “Tinha constantemente problemas alérgicos relacionados ao trato respiratório (faringite, laringite, renite) e, após um tempo suplementando minha alimentação com a glutamina, percebi que esses quadros alérgicos eram cada vez menos frequentes e menos agressivos”, acrescenta.
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suplementos
O mercado
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tos tem crescido muito. A cada ano surgem novas linhas, novos fabricantes e novas marcas importadas. Mas ainda esbarramos na falta de informação, não só dos consumidores como de alguns profissionais da área, para que este crescimento seja maior. O consumidor precisa de informações mais fidedignas, que sejam passadas e orientadas pelos especialistas que o acompanham”, acrescenta Dayana.
Cada vez mais as pessoas estão se informando sobre a suplementação, adquirindo um maior conhecimento e consultando especialistas, como os nutricionistas esportivos
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Segundo Alexandre Nasser, responsável pelo marketing da New Millen, o consumo da glutamina ainda não é tão disseminado no mercado pela falta de informação dos consumidores. Produtos como o Whey Protein e o BCAA ainda são mais conhecidos, mas, segundo Nasser, “novos produtos estão ganhando o mercado, e quem pesquisa mais vai em busca deles”. Cada vez mais as pessoas estão se informando sobre a suplementação, adquirindo um maior conhecimento e consultando especialistas, como os nutricionistas esportivos. “Quanto maior a informação, a pessoa vai adquirindo novos produtos, por isso o consumo da glutamina está aumentando. O consumidor precisa ser melhor informado”, acrescenta Nasser. Segundo Dayana, “o consumidor hoje
é muito mais informado e tem buscado o auxilio profissional para ajustar sua alimentação e suplementação. Seja pelo melhor desempenho em seu esporte ou simplesmente buscando uma vida mais saudável. Há ainda os que buscam auxilio para tratamento de diversas patologias, associadas ou não ao esporte”. Mesmo assim, a falta de informação ainda representa uma complicação para a área. “O mercado de suplemen-
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om qual roupa eu irei para a academia hoje?” - a evolução da moda fitness ampliou o leque de possibilidades para responder a essa pergunta. Das tradicionais leggings ao Beach Print, os looks para treinar são montados a partir de tendências da temporada, bem-estar e construção da aparência tão sonhada. Algumas peças nunca saem de moda na primavera-verão. “O short-saia é a peça mais pedida por nossas clientes, porque é fresquinho e fica muito char-
moso. Muitas clientes utilizam o short-saia na academia e seguem com ele nas tarefas do dia-a-dia também”, ressalta Taís Liberato, colaboradora do setor de televendas da marca Loira e Morena. Para praticar exercícios físicos, não basta vestir a roupa mais bonita. “Eu prefiro roupas confortáveis, que me deixem à vontade. Geralmente uso calça legging e camisetão”, conta a estudante Mariana Almeida, que treina pelo menos quatro vezes por semana. A opinião também é compartilhada pela aposentada Neide Rodrigues: “priorizo a roupa
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“Eu prefiro roupas confortáveis, que me deixem à vontade. Geralmente uso calça legging e camisetão”
MODA ENTRE BARRAS Por Juliana Salles
Conheça as tendências de vestuário que mais agradam as apaixonadas por academia que me trará maior praticidade e conforto na hora de fazer os exercícios”, afirma Neide, que já frequenta academias há quatro anos. Hadassah Zucoloto fica de olho nas roupas confortáveis, mas também procura seguir as tendências de cada temporada. “Os shorts-saia são muito legais, pois te deixam à vontade e ainda são agradáveis esteticamente. Blusas que têm tops também são maravilhosas”, opina a estudante. Levar os valores da yoga para cada roupa e acessório produzido. Com esse lema, a Yogini produz peças sob medida para a prática dessa modalidade. “A frase Eu Acredito no Poder do Yoga é inspiração constante para o nosso trabalho”, explica a designer de moda Luiza Zimmermann, responsável pela coleção para prática e fitness da Yogini. Nas novas peças da marca, prevalecem os tons pasteis, tie-dye, mescla de cinza, chumbo, rosa e off white.
Evolução fit A preocupação com os looks para treinar não vem de hoje. Com as transformações do esporte no século 20, as roupas para a prática de atividades fí-
sicas perderam o caráter meramente funcional e ganharam cores e adereços. A moda fitness deu seus primeiros sinais no tênis e na natação, com maiôs que modelavam o corpo e uniformes mais modernos. Com o objetivo de oferecer roupas adequadas para a prática recreativa, as primeiras marcas do vestuário esportivo apareceram na década de 1920. O segundo boom de criação de criação de marcas aconteceu nos anos 1970, com a popularização das corridas e academias. A atriz Jane Fonda foi considerada a grande inspiração com suas meias grossas, collant e cintos com fivelas chamativas. A febre da aeróbica tomou conta dos anos 1980. Para acompanhar essa tendência, as roupas ganharam tons mais cítricos, cortes mais marcados e traços de extravagância. As peças também destacavam ombros e cintura. A partir dessa época, os tecidos também ficaram mais tecnológicos. Hoje em dia, existem tecidos que melhoram a performance, a temperatura corporal e a mobilidade do atleta.
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Conheça um pouco mais sobre as tendências para o verão TECIDOS Loira e Morena
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Estamos trabalhando com o Siré Estampado, principalmente com as estampas Animal Print (estampas de animais). Utilizamos esse tecido para produzir Legging, Body e Top. Outro tecido que está super em alta e que começamos a trabalhar é a Estampa Digital. Essa é uma tecnologia em que a estampa é “impressa” é um tecido branco, possibilitando criar uma variedade muito maior de estampas. O nome original deste tipo de tecido é o Polieste Print ou Beach Print. Uma novidade também para a nova coleção é o tecido Goufré. Este tecido parece uma lycra, que imita alguns desenhos como escamas de cobra, num tom de cor único. Utilizamos esse tecido nos recortes de algumas leggings, como a legging montaria, que é um clássico. O Jacquard é outro tecido que nossos clientes adoraram. Ele tem uma textura que disfarça as marcas de celulite, além de dar um efeito incrível no corpo.
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Uma novidade também para a nova coleção é o tecido Goufré. Este tecido parece uma lycra, que imita alguns desenhos como escamas de cobra
Yogini O cotton-lycra, moletinho, berlin e ciel possibilitam que a prática da yoga seja relaxante e confortável.
MODELOS As leggings continuam em alta. A Loira e Morena aposta em modelos diferen-
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tes, combinando com tule, para dar o efeito de transparência, zíper de strass e frisos coloridos, que combinam com as cores do tecido. Nas blusas, apostamos em modelos com o recorte nadador nas costas e cores bem cítricas para o verão. Os tops de bojo são muito pedidos por nossas clientes, pois eles modelam, sustentam e turbinam o seio, deixando a mulher com a auto-estima lá em cima.
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O Body tem sido um sucesso. Vendemos o body manga longa muito bem no inverno, por isso, estamos apostando no Body manga curta de Siré estampado para o verão.
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a infância. E uma das pessoas que sempre acreditou no potencial de Tiago no esporte é seu pai, que também chegou a praticar basquete na juventude. “Sempre fui ligado ao basquete. Nasci com uma bola de basquete porque meu pai jogou muito e, por conta disso, me incentivava desde que eu me lembre como pessoa”, conta Splitter. A inserção de Splitter ao basquete foi precoce. O atleta começou a carreira no Ipiranga, time tradicional de Blumenau, e logo em seguida, com apenas 15 anos, se transferiu para o Basquetebol da Espanha, onde defendeu o Araba Gorago, Bilbao Basket, e Caja Laboral/Baskonia. Mais do que um desafio profissional, mudar para outro país tão cedo e sozinho não foi nada fácil. Splitter foi obrigado a ficar longe de seus familiares, tarefa árdua para o então adolescente na época. “A maior dificuldade foi largar minha família
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com 15 anos e ir morar sozinho na Espanha. Talvez tenha sido o momento que precisou de muita paciência”, explica.
Da Espanha aos EUA Tiago Splitter atuou por nove anos Basquetebol da Espanha e fez muito sucesso no país ibérico. Em 2008, por meio de uma pesquisa realizada pelo site da NBA, que contou com a participação dos gerentes de todas as equipes do torneio, o brasileiro foi eleito o terceiro melhor do mundo, entre os atletas que não jogavam a liga norte-americano. Em junho de 2010, Splitter recebeu o prêmio de melhor jogador do ano regular da Liga Espanhola, e também foi eleito o MVP das finais, onde seu time se sagrou campeão. Com esses dois feitos, brasileiro tornou-se o segundo atleta a receber ambos os prêmios na mesma temporada em toda história da ACB. Hoje, aos 29 anos, Splitter está no auge da carreira. Desde 2010 defende o San Antonio Spurs e, na maioria dos jogos, começa jogando entre os titulares. O pivô ressalta que não teve tantas dificuldades na adaptação ao estilo de jogo da liga norte-americana. “Acho que foi muito tranquila. Apenas no início não tive muitos minutos em quadra na rotação da equipe, mas acho que de um modo geral, foi muito boa”, destaca. A satisfação de jogar na maior competição de basquete do mundo é imensa e para Splite não é diferente. “Para mim sempre foi um sonho jogar na NBA, e depois em uma grande equipe como é o San Antonio Spurs. Hoje é meu trabalho e tendo fazer da melhor maneira possível. Espero que esse momento continue por um bom tempo”, afirma.
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NBA é considerada a principal liga de basquete do mundo, não à toa os melhores atletas do planeta exibem todo o talento nas quadras norte-americanas, com jogadas geniais, capazes de encherem os olhos de qualquer amante do basquete. Se para os fãs do esporte, assistir o campeonato é um privilegio, para qualquer esportista disputar a competição certamente significa atingir o ápice profissional. E hoje um dos jogadores brasileiros que atua na NBA é Tiago Splitter. Natural de Blumenau, Santa Catarina, o pivô fez história na última temporada ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o título da liga profissional de basquete dos EUA, jogando pelo San Antonio Spurs. Filho de Beth Cássio e Splitter, o catarinense de 2,11m já demonstrava um vínculo afetivo com a bola laranja desde
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Na temporada 2012/2013 da NBA o Miami Heat derrotou o San Antonio Spurs e levantou o troféu. Mas o vice-campeonato não abalou Splitter e seu time, já que no ano seguinte (2013/2014) os Spurs deram
o troco e venceram na decisão o mesmo rival. Para o catarinense o título foi histórico e teve um ‘gosto’ especial. “Fiquei feliz de ter conquistado, possuir um anel da NBA não é fácil, e ser o primeiro brasileiro a conquistar ainda dá uma felicidade ainda melhor”. “Acho que o título
San Antonio Spurs - Campeão NBA
capa da NBA com o San Antonio e também defender o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres foram certamente os momentos mais marcantes e especiais na minha carreira”, conta Splitter.
Seleção Brasileira e o basquete contemporâneo
ter e companhia derrotaram a Argentina e quebraram um tabu de 12 anos sem vencer os rivais. Na classificação geral, o Brasil terminou a competição em 6º lugar, melhor posição desde 1990.
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Como não poderia ser diferente, a seleção também chegou cedo à carreira de Splitter. Logo aos 14 de idade, mais precisamente em 1999, surgiu a primeira convocação para a Seleção Brasileira Cadete, que jogaria o Sul-Americano no Chile. A partir desse torneio o garoto de Blumenau nunca mais deixou de ser chamado para defender o selecionado brasileiro. Pela equipe brasileira profissional, o atleta atua desde 2002, onde estreou no Campeonato Mundial de Basquete, em Indiana, nos EUA. Em 2003, Splitter ganhou com a seleção a medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingos. Além disso, Splitter também conquistou duas medalhas de Ouro na Copa América de Basquetebol, em Santo Domingo (2005) e San Juan (2009), respectivamente. Recentemente, o atleta disputou o Mundial de Basquete na Espanha e ajudou a levar o Brasil até as quartas de final, onde acabou caindo para a Sérvia. Mas nas oitavas final Split-
“A maior dificuldade foi largar minha família com 15 anos e ir morar sozinho na Espanha. Talvez tenha sido o momento que precisou de muita paciência”
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Jogar pela seleção nacional é uma grande satisfação profissional para qualquer jogador. E para Splitter não é diferente. “Vestir a camisa da seleção é uma sensação muito boa. Faço isso desde meus 14 anos de idade e sempre tenho um prazer enorme em representar meu país em competições internacionais”, ressalta. Em 2010, o argentino Rúben Magnano assumiu o posto de treinador do Brasil e comanda a equipe até hoje. Na opinião de Splitter, o fato do comandante ser estrangeiro não influencia em nada no rendimento do time, mas sim a sua capacidade como técnico. “Acho que não tem nada demais o profissional ser um argentino ou de qualquer outra nacionalidade. O importante é a sua qualidade como treinador, e ele vem nos ajudando muito com sua experiência” opina o jogador. Atualmente, a seleção brasileira masculina ocupa a 9ª no Ranking da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA). A última vez em que o Brasil ganhou o Mundial de Basquete foi de forma consecutiva, em 1959 e 1963. O selecionado brasileiro não conquista um título desde 2009, quando a taça da Copa América de Basquetebol Masculino foi levantada. Porém, para muitos a atual geração é talentosa, não à toa quatro brasileiros jogam hoje na NBA. Além de Splitter, Nenê Hilário (Washington Wizards), Leandrinho (Phoenix Suns) e Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers) atuam na liga. “O basquete brasileiro está em uma ascensão muito boa. Já esteve bem, caiu durante alguns anos, mas agora está em alta, não só a Seleção Brasileira, como em seu desenvolvimento ao todo” afirma o pivô dos Spurs.
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Para os jovens que sonham um dia em se tornarem profissionais do basquete, o atual campeão da NBA os aconselha a não pensarem apenas na questão financeira e, acima de tudo, aproveitarem o esporte a fim de usufruírem fatores que vão além da relação profissional. “Se divirta dentro da quadra e use o esporte para se tornar uma pessoa do bem, para melhorar a personalidade. Ame o esporte que está praticando porque o resto vem bem mais fácil”, salienta.
Vida particular
Campeão da 2ª divisão do Campeonato Espanhol com o Bilbo Basket (2002). Campeão da Copa Del Rey com o Caja Laboral/Baskonia (2004 e 2006) Vice-Campeão da Euroliga com o Caja Laboral/Baskonia (2005) Vice-Campeão da Liga Espanhola de Basquete (ACB) com o Caja Laboral/ Baskonia na temporada 2005/2006. Campeão da Liga Espanhola de Basquete (ACB) com o Caja Laboral/Baskonia na temporada de 2007/2008 e na temporada de 2009/2010. Vice-Campeão da NBA com o San Antonio Spurs na temporada 2012/2013 Campeão da NBA com o San Antonio Spurs na temporada 2013/2014
Seleção Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos em Santo Domingo [2003] Medalha de ouro na Copa América de Basquetebol em Santo Domingo [2005] Medalha de ouro na Copa América de Basquetebol em San Juan [2009] Medalha de prata na Copa América de Basquetebol em Neuquén [2001] Medalha de Prata Copa América de Basquetebol em Mar Del Plata [2011]
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Em 2010, o jogador casou-se com a espanhola Amaia Amescua. Dois anos mais tarde, em 2012, o casal teve o primeiro filho, o menino Benjamin. O pai e esposo Splitter procura aproveitar a família o máximo possível. “Meu relacionamento com a minha família é muito bom. Eu curto muito meu filho” finaliza.
Destaques na Carreira
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Acontece fitness
Negócios e conhecimentos
em alta! Saiba como foram dois dos grandes acontecimentos do setor fitness do país: o 11º ENAF em Belo Horizonte e a 15ª IHRSA Fitness Brasil em São Paulo Por Laís Rodrigues
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Revista Endorfina participa ativamente como o principal veículo de comunicação de esporte e fitness pelos eventos desse setor no Brasil. Trazemos aqui um balanço, que apresenta resultados muito positivos, de tudo o que aconteceu nessas duas grandes feiras que movimentam o mercado de negócios e geram conhecimento para os profissionais da área.
11º ENAF BH
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A 11ª Edição do Encontro Nacional de Atividade Física (ENAF) aconteceu entre os dias 15, 16 e 17 de agosto em Belo Horizonte, superando expectativas e mobilizou profissionais de Educação Física e Saúde. Maior convenção in-
ternacional de Sport & Fitness e Saúde da América Latina, movimentou a capital de Minas Gerais com atividades, uma feira e cursos variados. Mais de três mil congressistas participaram do Encontro em três dias de evento, onde foram ministrados mais de 30 cursos, palestras e workshops e, aproximadamente cinco mil visitantes passaram diariamente pela EXPO ENAF. A feira é especializada em artigos esportivos, produtos e serviços para Sport & Fitness e Saúde, com lançamentos e ofertas para profissionais e adeptos do estilo de vida saudável. Só este ano, a EXPO ENAF mobilizou quatro milhões de reais em negócios gerados sob produtos e serviços. Um dos maiores destaques desta 11ª edição foi o Cam-
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peonato Estreante Aberto Nacional de Bodybuilding (ou Fisiculturismo) 2014. Os candidatos se dividiram em 11 categorias e foram julgados por sua coreografia, tônus muscular e plasticidade. O curso de Treinamento Multifuncional, do professor Mauro Guiselini, foi um dos mais procurados pelos participantes que participaram do ENAF aprender um pouco mais sobre habilidades motoras, treinamento, mobilidade e flexibilidade. Duas grandes atrações internacionais movimentaram o evento. O professor PHD, Jeffrey Michael Willardson (EUA), visitou o Brasil pela primeira vez. Ele é referência mundial em pesquisa sobre os efeitos da oclusão vascular sobre a hipertrofia e a resposta hormonal, bem como os efeitos do intervalo de descanso durante o treinamento de força. Jeffrey Michael lecionou para plateias com mais de 400 ouvintes sobre ‘Hipertrofia Muscular e Emagrecimento’ e ‘Bases Metodológicas e Biomecânicas’, com tradução dos professores Jonato Prestes e Denis Foschini, também especialistas no tema. Diretamente de Portugal, o professor Ricardo Maia apresentou aos participantes todas as novidades na área de Aqua Fitness e Hidro Workout Internacional.
Ricardo Mais é instrutor AEA; Hydrorider; Presenter Nacional e Internacional (Portugal, Espanha, França, Itália, Japão, EUA, Brasil, Estónia, Lituânia, Holanda, Rússia, Ucrânia, Finlândia); formador de atividades aquáticas desde 2005 e co-autor dos livros: “Hidroginástica – Ferramentas práticas para o Instrutor” e “Hidroginástica – Mitos e verdades”. Na visão do diretor do evento, Sebastião Paulino, o 11° ENAF superou todas as expectativas em relação ao público, número de visitantes e expositores na EXPO ENAF e também em número de congressistas, cursos e profissionais da área. “Trouxemos professores renomados, além de vários estados do país com as principais novidades no mercado. Quanto à EXPO ENAF BH, ela movimenta não só profissionais e apaixonados por esporte e saúde, mas também a economia mineira. A feira cresce a cada ano em número de expositores, em volume de negócios, na abertura de empregos temporários e em número de vendas”, ressalta Paulino.
A 15ª IHRSA Fitness Brasil Mais de 18 mil pessoas passaram pelo Expo Transamérica, em São Paulo, durante os três dias da IHRSA Fitness
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Brasil Latin America Conference & Trade Show, entre 28 e 30 de agosto. Os 2.000 conferencistas inscritos nos programas visitaram os 133 estandes da maior feira de fitness e bem estar da América Latina, e movimentou R$100 milhões em negócios. Este ano o evento, que é o principal encontro de gestores de bem-estar da América Latina e terceiro maior evento deste segmento no mundo, contou com 133 expositores que ocuparam um espaço de 20 mil m² - 20% mais amplo em relação à edição anterior. A feira movimentou mais de R$ 100 milhões em negócios e o evento superou todas as expectativas e bateu todos os recordes em relação a 2013. No total, 18 mil pessoas visitaram os estandes do trade show para conferir os lançamentos ao longo dos três dias de evento. Com apoio do Sebrae e destinada aos profissionais do setor fitness, como os de educação física, personal trainers, nutricionistas, empresários, fabricantes de produtos e equipamentos e coordenadores de academias, SPAs, clubes, condomínios e hotéis, a 15th IHRSA Fitness Brasil também contou com uma conferência voltada à formação e especialização dos profissionais
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Acontece fitness
mentos, academias e os profissionais de educação física representam uma importante ferramenta, no que se refere a saúde e bem estar de todos e para deixarmos de lado preocupação somente do culto ao corpo. Atividade física é o melhor remédio e prevenção da saúde”, conclui.
Setor de ginástica tem pleito atendido Com o objetivo de impulsionar e fortalecer o setor de ginástica nacional, representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) anunciaram que, a partir de 28 de agosto deste ano, equipamentos de musculação podem se cadastrar no FINAME PSI para não estáticos, durante reunião com
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premium e gestores da área. Dados da IHRSA (International Health, Racquet & Sportsclub Association) Global Report 2014 (entidade internacional do fitness) divulgado em julho, mostram que, no Brasil, há um total de 30.767 academias, sendo que no ano passado esse número era de 23.400. A quantidade de alunos também cresceu, alcançando 7.691.750 brasileiros, numa média de 250 alunos por academia, contra 7,3 milhões de alunos em 2013. A taxa de penetração do setor é de 3,83% com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. Atualmente, a indústria global de academias gera cerca de 78 Bilhões em receita anual, com mais de 163 Mil estabelecimentos. Cerca de 139 milhões de pessoas são usuárias de uma academia de ginástica em todo o mundo. Para Waldyr Soares, presidente da Fitness Brasil, o mercado brasileiro de fitness continua em ascensão e os números do mercado apenas confirmam a força e o potencial deste setor no cenário econômico atual. “O Brasil é o segundo maior mercado de academias do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O México, que é o segundo maior mercado da América Latina, tem menos de oito mil academias, uma marca muito inferior à nossa, que já ultrapassa a 30 mil”, acrescentando que “temos a responsabilidade de passar para a sociedade que o setor da indústria de equipa-
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fabricantes nacionais de equipamentos de ginástica, na 15º Edição da Feira IHRSA Fitness Brasil, em São Paulo. Esse pleito é uma conquista da Câmara Setorial de Equipamentos para Ginástica (CSGIN) da ABIMAQ, que lutou durante dois anos para conquistar esse benefício. A expectativa é que, no futuro, o setor possa cadastrar outros equipamentos de diferentes linhas. O encontro contou com a participação de Rodrigo Vides Cunha, Carlos Henrique Cabral Duarte e Gustavo Athayde Gonçalves, representantes do BNDES, que explicaram que o banco está aprimorando seus serviços e que, hoje, possui um portal muito mais prático para esclarecer dúvidas e auxiliar no cadastro de equipamentos.
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Espaço treino
A corrida e a alimentação em sincronia com o
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prática de uma atividade aeróbica, como a corrida, associada a uma adequação na alimentação têm sido um dos principais objetivos quando o assunto é mudar seu estilo e melhorar a qualidade de vida. No entanto, o que muitos destes corredores não sabem é que apenas a somatória da boa alimentação com a corrida podem não ser suficientes para alcançar estes objetivos de forma segura. Nós, seres vivos, temos um mecanismo que regula todas as atividades do organismo dentro das 24 horas. Este mecanismo, chamado de relógio biológico, ritmo biológico ou ciclos circadianos, são controlados por uma região específica dentro de cérebro, que regula e controla tanto a produção hormonal como tudo aquilo que fazemos em um dia. A luz é um dos principais ativadores do relógio biológico, preparando assim nosso organismo para estar desperto durante o dia, em repouso a noite. Portanto, para chegarmos à boa saúde e melhorar a qualidade de vida, o nosso relógio biológico tem que estar sincronizado, ou seja, existem períodos para a prática de exercícios, para o descanso, como também para a alimentação correta. Pesquisa recente realizada na Universidade Stanford nos EUA comprovou que correr desacelera o nosso relógio biológico e consequentemente os efeitos negativos do processo natural de
“relógio biológico”
Nós, seres vivos, temos um mecanismo que regula todas as atividades do organismo dentro das 24 horas. Este mecanismo, chamado de relógio biológico
envelhecimento. Esta pesquisa avaliou 500 atletas acima de 50 anos de idade por mais de duas décadas. Os mais idosos apresentaram menos comorbidades, uma expectativa de vida maior e 50% menos chance de falecer de morte súbita do que não corredores.
No Japão, outro importante estudo comprovou a estreita relação entre a alimentação balanceada, através da ingestão diária dos componentes essenciais como carboidratos, proteínas e gorduras, para o bom funcionamento dos relógios biológicos, e que associado á prática de atividades aeróbicas, como a corrida, reduz o risco de doenças, como o diabetes, problemas cardiovasculares, diversos tipos de câncer, distúrbios do sono, dentre outra doenças. Além disso, fica claro a sensível melhora da performance e do menor risco de lesões nestes corredores, como também uma maior disposição para as tarefas do dia a dia, e uma redução da fadiga e do cansaço. Logicamente que cada organismo tem suas particularidades, algumas diferenças no ritmo biológico e no metabolismo, e que individualmente devem ser analisados caso a caso visando a busca do melhor equilíbrio em benefício da saúde e do melhor condicionamento físico.
Dr. Moisés Cohen Professor Titular chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, Presidente da Sociedade Mundial de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Trauma Desportivo (ISAKOS) e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte Instituto Cohen Tel.: (11) 3093-9000 | www.institutocohen.com.br
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Espaço saúde
ENGANOS causados pela
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muito comum a preocupação com a perda de peso trazer uma verdadeira ansiedade no sentido de aferir o resultado de dietas e exercícios através da subida à balança. Tal prática muitas vezes pode levar a conclusões induzidas por erros até grosseiros. Talvez o erro mais comum seja confundir perda de líquidos com perda de peso. Este erro conceitual básico é a razão para indivíduos mal orientados fazerem exercícios físicos com agasalhos pesados, imaginando que suar em abundância significa perder peso. Este engano pode ter conseqüências perigosas, na medida em que a perda de suor em excesso sem a devida reposição hídrica pode levar à tão temida desidratação com sérias conseqüências para a integridade física. Outro engano comum nesta mesma linha de raciocínio é a pesagem antes e após uma sessão de exercícios geralmente aferida na balança do vestiário da academia. A pesagem antes e após de uma aula de academia pode levar à uma imagem enganosa sobre efeito de exercícios na perda de peso. Vamos imaginar que uma pessoa faça um controle de peso corporal antes e após a aula e constate que seu peso diminuiu em 1 Kg. Será que podemos dizer que ela emagreceu 1 Kg? Infelizmente não! Para caracterizar a figura verdadeira e até “injusta” do efeito do exercício na perda de peso, precisamos resgatar os conceitos da fisiologia do exercício. Uma hora de atividade fí-
A pesagem antes e após de uma aula de academia pode levar à uma imagem enganosa sobre efeito de exercícios na perda de peso
sica, por exemplo, representa um gasto de energia que em média para um aluno de academia representa alguma coisa em torno de 400 calorias. Este é o resultado médio de 1 hora de esteira ou bicicleta. Para produzir 400 calorias, os músculos solicitados queimam gordura e carboi-
dratos. Cada 1 grama de gordura e carboidratos queimados produzem em torno de 5 calorias. Como o gasto calórico total foi de 400 calorias naquela 1 hora, a matemática simples proporciona a talvez “desanimadora” conclusão de que a redução de peso foi de 80 gramas! A pergunta óbvia então é a de como o peso diminuiu em 1 Kg? A resposta é que neste exemplo a pessoa perdeu e não repôs 920 gramas de água. Este “peso” ele vai repor nas próximas horas ingerindo líquidos e diminuindo a diurese. Portanto, o melhor seria ter reposto durante a atividade o líquido perdido com uma estratégia de hidratação programada. Quando existe a preocupação de reidratação durante a atividade estaremos evitando inclusive a perda de rendimento durante o exercício e assegurando melhor bem estar. O conselho neste caso é investir na qualidade do treino para obter resultados a médio prazo e não esperar efeitos milagrosos de um imediatismo irreal que a balança possa apontar.
Turibio Leite de Barros Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício pela EPM -UNIFESP. Dietor do PHYSIO INSTITUTE Professor e orientador de pós graduação da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Fisiologista do São Paulo FC 1985-2010 Fisiologista da CBF 1991-1994 Membro do conselho cientifico do MIDWAY labs
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ATIVIDADES AQUÁTICAS PARA
TERCEIRA IDADE A
tualmente, qual é o público que mais cresce? Você já parou para pensar e analisar sobre isso? E qual aluno, que mesmo naquele dia mais frio e chuvoso, não deixa de fazer atividade física? Para maioria, a resposta é o público da Terceira Idade, ou melhor dizendo da “Melhor Idade”.
Eles realmente são fiéis, não faltam e acabam interagindo com todos, ao ponto da Academia ser sua segunda família. Geralmente, são orientados pelos médicos a realizarem atividades aquáticas, principalmente Hidroginástica, por se tratar de um exercício de baixo impacto. Devemos atentar para os seguintes cuidados nas aulas com esse público:
Motores e articulares – respeitar a individualidade, a amplitude e restrição nos movimentos em relação à limitação física do idoso;
Muitas vezes ocorre desses alunos enviarem estímulos mais intensos ao corpo, achando que vão conseguir realizar, mas na hora H o corpo não acompanha, não obedece ao comando com precisão e um simples atravessar a rua, pode acabar em um acidente. Os exercícios vão colaborar para a melhoria da qualidade dos movimentos do cotidiano. Invistam no público da Terceira Idade!! Pois vocês terão alunos fiéis e assíduos, e que com certeza tornarão as aulas muito mais interessantes e gratificantes. Acreditem!!!
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Freqüência cardíaca (FC) – variável que auxilia na determinação da intensidade dos exercícios realizados. Caso não haja condições de um monitoramento mais direto (frequencímetro), ou dificuldade na aferição manual, é aconselhável partir para a observação subjetiva de sinais apresentados durante a execução, tais como, respiração, cor da pele e eficiência motora;
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Coordenação dos movimentos – muitos idosos apresentam dificuldades de coordenar os movimentos, pela falta de experiências motoras favoráveis à formação de um repertório motor que facilite a compreensão e a execução de certos gestos. Há também alterações nos músculos esqueléticos, explicadas pela diminuição do número e do tamanho das fibras musculares, bem como uma redução gradativa da força muscular e do desempenho neuromotor; Utilização de materiais – a utilização de materiais aumenta a intensidade e a resistência ao movimento, por causa da força do empuxo que a água exerce, tornando-se importante o uso adequado do material.
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Prof.ª Lucillene Martins Diretora Operacional Abrapefe Associação Brasileira de Profissionais de Educação Física e Esportes, organização sem fins lucrativos de direto privado com o objetivo de fazer com que os profissionais de educação física sejam reconhecidos e valorizados e que nossa profissão seja uma categoria forte e com representatividade no Brasil.
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surpreendente inovação na fabricação e o lançamento de novos produtos que atendem as exigências e vários perfis de consumidores, mantém a expectativa de crescimento do setor que a cada ano investe em pesquisas e na capacidade produtiva. Com um crescimento acelerado nos últimos quatro anos, a indústria nacional alcançou um faturamento de 1 bilhão de reais no ano passado, com um aumento em torno de 21% nas vendas, em relação ao período anterior. De acordo com o presidente da Brasnutri, Synésio Costa, o setor registrou um crescimento de 7% no primeiro semestre do ano e espera manter o ritmo de expansão com um crescimento em torno de 10% para 2014. “Destacamos vários fatores que impulsionam o crescimento da categoria, como o investimento das empresas na criação de produtos com características inovadoras e alta tecnologia e os profissionais especializados que atuam no setor. Outro fator importante é a mudança de hábito do consumidor que hoje busca novas tendências devido a sua preocupação e cuidado com a sua saúde e bem-estar, fato este que se deve provavelmente ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros, pois as pessoas querem viver mais, porém com qualidade”, avalia. “As empresas também estão focadas no estímulo aos investimentos, qualidade, disponibilidade e inovação no que diz respeito ao seu mix de produtos e serviços, as expectativas são boas com rela-
ção ao aumento das vendas nos próximos seis meses.” Synésio traça um panorama otimista para o segmento, conforme pesquisa realizada pela entidade, o consumo de suplementos nutricionais em todo o país
o consumo de suplementos nutricionais em todo o país cresceu 6% nos primeiros seis meses deste ano em relação ao mesmo período de 2013 cresceu 6% nos primeiros seis meses deste ano em relação ao mesmo período de 2013, abrangendo diversas categorias de produtos. O setor credita que a tendência é que estes números cresçam cada vez mais. “A indústria está preparada para atender o aumento da demanda e há muito espaço para a expansão dos suplementos no Brasil, um dos caminhos tem sido a oferta de produtos diferenciados. Os itens com características inovadoras impulsionam o mercado e isso mostra o enorme potencial da nossa indústria e como o consumo tende a crescer entre os brasileiros”, revela o presidente. Para atrair os consumidores, as indús-
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trias nacionais apostam na aceitação e nos diversos benefícios que o uso da suplementação proporciona para a longevidade, com o lançamento de produtos exclusivos para homens e mulheres, de itens que atendem as necessidades específicas de cuidados com a saúde e no auxílio de melhores resultados e performance de sua prática esportiva. A regulamentação dos produtos no país e as adequações logísticas na cadeia de distribuição e de revenda permite atualmente maior segurança no transporte e armazenamento dos produtos, evitando as contaminações, com isso se abriu espaço para maior produção e comercialização dos suplementos alimentares e nutricionais, que hoje são podem ser adquiridos em lojas especializadas, farmácias, drogarias e lojas de produtos naturais.
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ASES DA CORRIDA
MEIAS DE
COMPRESSÃO Saiba os benefícios do uso desse assessório na corrida
Por: Alexandre Machado
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oje é muito comum ver alguém correndo com meias de compressão, porém nem toda meia é uma meia de compressão, pois, as meias com esta função devem ter um força de compressão de baixo para cima de forma gradual. As meias de compressão ajudam a diminuir a sensação de cansaço e de peso nas panturrilhas, favorecendo o desempenho e diminuindo o risco de lesões, principalmente daqueles que percorrem grandes distâncias. São diversas marcas no mercado, porém as minhas preferidas e que eu indico são a CEP e a SIGVARIS. Existem inúmeras marcas de meias e eu não corri com todas é claro, mas gosto de indicar aquelas que eu experimentei e me conquistaram com sua qualidade e funcionabilidade. Os dez anos dentro de um labora-
tório de pesquisa me deixaram muito cético quanto a qualquer equipamento ou semelhante que diz melhorar a performance do atleta ou aluno no desempenho esportivo. Já faz algum tempo que eu venho observando o uso crescente das meias de compressão por corredores e este assunto me chamou muito a atenção, pois, para todos que eu conhecia, perguntava sobre o que eles sentiam quando corriam com a meia, todos eram unânimes em falar que se sentiam melhor com o uso da meia durante os treinos mas, não sabiam dizer o por que. As meias foram desenvolvidas para ajudar a reduzir a sensação de cansaço após provas ou treinos longos, diminuin-
do o risco de lesões. A função de barreira elástica das meias otimiza o retorno venoso da região da panturrilha, a pressão é graduada e vai do tornozelo até a outra extremidade da tíbia, bem abaixo do joelho. Mas o que isto pode ajudar efetivamente durante o treino ? Foi somente depois que comecei a treinar o M. K; nosso aluno na assessoria, que eu realmente comecei a ficar interessado, pois ele sempre corria com uma meia de compressão, então eu dei uma pesquisada em artigos científicos sobre o assunto e depois fui fazendo algumas perguntas chaves para ele após os treinos, onde pude levantar algumas hipóteses dos benefícios durante o treino com as meias. Após esta fase, fui
As meias foram desenvolvidas para ajudar a reduzir a sensação de cansaço após provas ou treinos longos, diminuindo o risco de lesões
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pesquisar no portfólio das meias o que elas prometem fazer, para cruzar com as informações preliminares que eu já tinha. Pronto, achei a que se encaixava com o que eu estava observando. Eu procurava algo sobre a performance durante o exercício não somente pelo efeito hemodinâmico causado pela compressão da meia. Uma meia que pudesse ajudar na hemodinâmica durante os treinos em provas longas e outros benefícios nas provas curtas ou nos treinos de ritmo que tem uma característica de mais intensidade. Foi justamente nesta meia de compressão que achei este benefício especifico. Então fui para a parte experimental da pesquisa, de posse de um par de meias, fui colocar minhas hipóteses em teste, fazendo o que chamamos de estudo de caso. Rodei 15 dias com a meia de compressão, entre treinos longos e curtos, e pude constatar na prática que:
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ASES DA CORRIDA
Sua construção tem uma característica peculiar que ajuda na resposta do complexo pé-tornozelo durante a corrida, o que proporciona diretamente em aumento da velocidade. Com isso, nos treinos de ritmo eu consegui ter uma velocidade significativamente maior, com menos 4 segundos no passe o que corresponde a um aumento de 3% na minha performance;
Nos treinos longos não senti diferença durante os treinos, mas sim após. O uso das meias durante a sessão me possibilitou uma recuperação mais rápida da musculatura. Com tudo isso para melhorar minha performance acabei achando mais um parceiro inseparável nos meus treinos diários, meu par de meias de compressão.
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* Alexandre Machado - mestre em ciência da motricidade e líder da VO2PRO capacitação em treinamento de corrida
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Equipamentos e acessórios
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IHRSA Fitness
A Revista Endorfina conferiu a presença de grandes marcas do mercado de equipamentos e acessórios e também algumas novidades muito interessantes. Confira! Laís Rodrigues Fotos – Divulgação
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IHRSA representa um fôlego, já que é um evento mundial (o maior da América Latina), recebe alta concentração de donos de academia, investidores e profissionais da indústria. “A ansiedade e a expectativa para o evento era grande, pois os últimos 2, 3 meses foram preocupantes, por conta da Copa do Mundo. A perspectiva é que o mercado retorne ao seu normal e que supere a IHRSA do ano passado” revela o gerente de marketing e porta-voz da Movement, Alexandre Caraccio. Assim, a IRHSA agita o mercado no fim do inverno, e “serve como um parâmetro para o próximo ano, onde os fabricantes
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onversamos com as marcas que participaram da 15ª edição do IHRSA, entre elas as gigantes do mercado em equipamentos, como a Movement, Supertech, TRG Fitness, Vitally, Portico, Lion Fitness, Righetto, Pro-Phisical e Proteus. Também batemos um papo com a Slade Fitness, Ziva, TRX, Acte e Craw Fitness, que reforçaram a alta tendência do mercado de acessórios para exercícios funcionais. Quase em unanimidade, os grandes executivos dessas marcas revelaram que o mercado enfrentou certa dificuldade nos meses de julho e agosto. Por isso, a
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apresentam seus lançamentos e é o momento de mostrarem seus diferenciais e saber, perante a concorrência, como está, qual é o rumo a ser tomado, como um desfile de moda de tendências”, acrescenta André Vier, diretor da TRG Fitness.
As grandes produtoras de equipamentos para academias Segundo a maioria dos expositores, o evento atendeu as expectativas, foi bem divulgado e frequentado, já que tem foco total no segmento fitness e qualidade de seus frequentadores. Confira as impressões de algumas delas: A Portico é uma das primeiras fabricantes de equipamentos de musculação, na ativa desde 1972, segue até hoje utilizando material e mão de obra brasileiras e é muito respeitada no mercado. Após 4 anos sem participar do evento, estavam comemorando seu retorna na feira em 2014 “com uma ótima demanda, até maior do que o esperado”, segundo José Correia, fundador da empresa. Estavam apresentando a linha de cardiovasculares, que não eram fabricados pela Portico anteriormanete, e também a linha Fusion (de equipamentos tubulares). Mostraram algumas opções de aparelhos com mais de uma função agregada em
um único aparelho, como solução para pequenos espaços. A Lion Fitness, que exibiu uma nova logomarca, está presente há 15 anos na IHRSA. Entre as novidades apresentou um equipamento crossover angular com agachamento atrás, que facilita a utilização do usuário com bateria de peso totalmente feita em ferro. Também presentes desde a primeira edição da feira e fundada na década de 1970, a Righetto estava com a Linha R-fit. As características dos equipamentos são: torres com 1,45m e que preserva recursos biomecânicos e de ergonomia tradicionais da linha, acabamento em policarbonato, suporte de água e porta objetos. Segundo Marcelo da Silva Felizardo, diretor comercial da empresa, tiveram “metas batidas, volume grande de clientes e de visitação e oportunidade de novos contatos”. A Supertech, há 8 anos participando do evento, lançou uma esteira com um software desenvolvido para os usuários interagirem de onde quer que estejam via “Comunidade Supertech”, disponível para os sistemas operacionais IOS e Android. Os alunos e/ou professores conseguem escolher provas, fazer desafios e competições, tudo registrado em ranking na nuvem. As competições podem ser feitas dentro da própria academia ou entre pessoas que estejam em lugares diferentes. Podem montar o treinamento também através do bluetoth. A Movement apresentou o novo design da linha RT Black, a linha de musculação Edge e a linha LX, carro chefe da marca, com uma das esteiras mais vendidas do Brasil. Anunciaram também a parceria com a equipe Core360 de acessórios e equipamento funcionais. A Pro-Phisical estava lançando duas linhas, a HL9 e a Economic 9; A Proteus, marca chinesa de equipamentos fitness, apresentou, entre outras novidades, dois modelos de remo com sistema de ar e sistema magnético e a Stereo Sprint, uma mistura de elíptico e bicicleta ergométrica. A TRG Fitness estava expondo uma nova linha de musculação, a Evoque, apresentado pela Revista Endorfina com exclusividade na edição anterior.
Treinamento funcional, a sensação do momento Sobre constatações importantes do evento, notamos que os acessórios para treinamento funcional se mostrou como uma grande tendência do mercado. Seja pela facilidade e versatilidade, os acessórios podem ser utilizados em casa ou na academia e proporcionam uma gama diversa de exercícios. Veja a seguir algumas opções interessantes que encontramos na feira.
Quase em unanimidade, os grandes executivos dessas marcas revelaram que o mercado enfrentou certa dificuldade nos meses de julho e agosto. A Craw Fitness, em sua 1ª participação na feira, trouxe o palmar emborrachado feito com matéria prima importada como principal novidade. Estão no mercado há 7 anos e trabalham com um design moderno e colorido. A Acte apresentou uma gama diversa de produtos para exercícios funcionais, mas uma de suas novidades era a linha cor-de-rosa Cal Saad. O objetivo foi produzir acessórios em que a(o) aluna(o) pudesse ter uma academia em casa com um treino funcional completo. São 13 itens na linha,
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com valor médio de baixo custo, e a intenção é que com pouco investimento seja possível fazer uma grande variedade de exercícios em casa. Em seu 5º ano de participação, a Ziva apresentou 3 lançamentos especiais na feira: A gaiola funcional, em que se é possível fazer vários exercícios, como o treinamento funcional e o CrossFit. “É inteligente, pois não precisa de várias maquinas nem de um espaço grande, perfeito para estúdios. Destaque também para o design arrojado”, afirma Bernardo Grein, diretor financeiro da empresa. Também estavam laçando uma nova linha de bancos para academia e a revenda de pisos esportivos da NeoFlex, uma marca holandesa de “alta qualidade e preço competitivo”, finaliza Grein. Serão também os fornecedores oficiais do comitê olímpico brasileiro em 2016. O V8LT, apresentado na IHRSA de 2013, é um circuito de apenas 24 minutos, que acrescenta o funcional com o remo. O equipamento que simula o remo, importado e revendido pela empresa, não utiliza tomadas, apenas a água que fica em um compartimento. É um treino baseado no Método de Intensidade Total (MIT). “Para pessoas que não vão à academia por falta de tempo mas buscam resultados. Além disso, foi criado um site interativo onde o aluno, o professor e a academia podem compartilhar conteúdos e treinos em uma rede social do V8LT. Os resultados viram disputa em um ranking nacional, gerando motivação para os alunos”, revela Julia Gabas, do marketing da empresa.
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Equipamentos e acessórios
“A Zumba está presente em mais de 150 países e quer conquistar o Brasil. Por isso estamos aqui, é um perfeito encaixe”
com a Ka Sports. É um equipamento de equilíbrio, força e resistência. Praticantes de diversos esportes utilizam o aparelho, como lutas, surfe, e CorssFit. Além de ser utilizado em clinicas de fisioterapia para recuperação de lesões. É interessante por não ser convencional e ajuda a sair da rotina. Fenômeno mundial, a Zumba participa do evento há 3 anos e estavam lançando oficialmente o Zumba Step. “A Zumba está presente em mais de 150 países e quer conquistar o Brasil. Por isso estamos aqui,
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Simulador de ski, o Pro Ski Simulator, é fabricado na Eslovênia e foi incialmente produzido para trabalho específico com esquiadores, mas hoje é vendido como uma modalidade para salas de academias. Há poucos meses no Brasil, Rafael Saraiva, chefe executivo da empresa, acredita que o feedback estava bastante positivo. “O gasto calórico é alto, traz equilíbrio, resistência, e reabilitação de lesões; é usado por times de futebol como o Manchester United”, afirma Saraiva. A Vibe Board estava na feira em parceria
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é um perfeito encaixe”, afirma Desirée Herbster, responsável do estande da modalidade no evento. A TRX® Suspension Training® é uma metodologia de exercícios feitos com o peso do corpo que desenvolve força, equilíbrio, flexibilidade e estabilidade do core, simultaneamente. São centenas de exercícios funcionais, seguros e adaptáveis a todos os níveis de condicionamento físico. Os equipamentos são diferentes e ótimos para quem não curte a rotina das academias.
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DA WEB
Por Juliana Salles
PARA O MUNDO
sfit
Saiba mais sobre a história do CrossFit, um dos principais fenômenos fitness da atualidade
“A
nossa especialidade é não nos especializarmos”. Com esse lema, o CrossFit vem conquistando fãs no Brasil e no mundo. Depois de três décadas de descobertas, conquistas e trabalhos, o programa de treinamentos que une exercícios de atletismo, ginástica e levantamento de peso soma 25 mil crossfiteiros no país. Criado pelos ex-ginastas Greg Glassman e Lauren Jenai, o CrossFit popularizou-se pelo mundo por meio da internet no início dos anos 2000. A divulgação não foi intencional: na época, o grupo composto por militares, lutadores de jiu-jitsu e outros crossfiteiros solicitaram que os Workouts Of Day (WODs - treinamentos do dia) fossem publicados na rede mundial de computadores. O objetivo era que os clientes pudessem assistir aos treinos durante períodos de viagem. A iniciativa resultou no aumento expressivo de praticantes do CrossFit. “De toda a história do CrossFit, o que mais me fascina é o fato de a internet ter sido um divisor de águas, o principal marco histórico para a
modalidade”, enfatiza Joel Fridman, precursor da modalidade no Brasil. Filho de um cientista de foguetes, Glassman apaixonou-se por ginástica, halterofilismo e ciclismo ainda na adolescência. “Glassman é uma pessoa acessível, engraçada e que acredita no Brasil”, relata Joel Fridman, técnico responsável por trazer o CrossFit para o Brasil. O criador da modalidade teve o primeiro contato profissional com o esporte em academias locais, atuando como personal trainer. Glassman foi expulso de vários centros de treinamento fitness por criar métodos malucos de condicionamento físico. A fama dos treinos que fugiam do convencional interessou o Departamento de Polícia de Santa Cruz, na Califórnia (EUA). Em 1995, Greg foi convidado para cuidar do condicionamento físico daqueles profissionais. Assim que aceitou o desafio, Glassman estabeleceu-se em um centro de saúde conhecido como Fitness Spa e abriu as portas aos militares e aos demais interessados na nova forma de praticar exercícios físicos. Criatividade e ousadia sempre acom-
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panharam a trajetória profissional de Greg Glassman. Depois da inauguração do primeiro box de CrossFit, o treinador estudou todos os conteúdos disponíveis sobre fitness na época. Para cumprir a tarefa, Glassman contou com o auxílio de um amigo, que levava conteúdos retirados da internet sobre o tema. O caminho para os workout of days (WODs) já estava traçado. Toques de realidade desenharam a atual estrutura do CrossFit: em uma hora diária, exercícios aparentemente aleatórios que se assemelhavam aos desafios que os seres humanos enfrentaram nos primórdios da história.
Verde e Amarelo A partir de 2009, o Brasil entrou definitivamente para o mapa do CrossFit. Responsável por trazer a modalidade para o país, Joel Fridman apaixonou-se pela modalidade no Canadá: “O que mais me chamou a atenção na modalidade foi ver pessoas normais treinando como atletas e se divertindo. Não conseguia me ver trabalhando mais em outra coisa que não fosse isso”. Com a abertura do box CrossFit Brasil, em São Paulo (SP),
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crossfit foi iniciada a caminhada para o crescimento da modalidade no país. Quem treina no primeiro box do Brasil tem como lema “cada dia, um treino. Cada treino, um desafio”. Propaganda e marketing nunca foram alvo de preocupação de Fridman. O professor afirma que a divulgação do CrossFit no Brasil é feita por meio do “boca-a-boca”. Em Brasília, a situação não foi muito diferente. Pioneiro na modalidade em Brasília, o box Crossfit 2026 foi aberto em 2012. Em dois anos, o sucesso dos treinamentos na capital provocaram o surgimento de 14 boxes afiliados na cidade. “Conhecemos o CrossFit enquanto morávamos na Austrália. Ao vermos pessoas comuns fazendo exercícios que as levavam à exaustão, que desafiavam
elas mesmas, ficamos bastante interessados”, relata Mariane Cidade, uma das proprietárias do CrossFit 2026. “Esse esporte vicia. As pessoas começam um pouco tímidas, mas depois não falam em outra coisa a não ser melhorar a cada dia”, completa Mariane. Para Joel Fridman, o CrossFit ainda passará por uma grande explosão, mas terá o crescimento estabilizado a partir de 2016. Ele afirma ainda que a taxa de retenção dos praticantes de CrossFit no país é de 60%. Na musculação, a taxa de retenção é de 40%. O fenômeno também já atinge os famosos. Bruna Marquezine, Giovanna Antonelli, Reynaldo Gianecchini, Jesus Luz, Nicole Bahls e Bruno Gagliasso são algumas das celebridades praticam o CrossFit.
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Brasileirão do CrossFit
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Pelo quinto ano consecutivo, o Torneio CrossFit Brasil reuniu os melhores atletas do país. Na edição 2014, os dois campeões são professores de Educação Física. Francisco Javier, o Chiquinho, conquistou o tricampeonato. Antonelli Nicole ficou em primeiro lugar com menos de dois anos de prática da modalidade. Confira abaixo a entrevista exclusiva de Chiquinho para a Revista Endorfina: O que mais te chamou a atenção no CrossFit quando você conheceu a modalidade? Sou movido a desafios!!! E quando iniciei meus treinos era algo totalmen-
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te diferente, movimentos que eu nunca havia feito, seqüências de exercícios que eu nunca pensaria fazer um dia, nunca pensei em levantar mais de 210kg e hoje levanto, nunca pensei em fazer levantamento de peso olímpico e hoje sou apaixonado pela modalidade. Esse desafio diário realmente fez eu ficar na modalidade. Quais são os segredos do sucesso do CrossFit no Brasil e no mundo, em sua opinião? Eliminar a cada dia uma deficiência. No CrossFit, as regras são claras: “Você precisar ter as dez capacidades fí-
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crossfit competição era sediada em um rancho, com provas que eram sorteadas aleatoriamente. Hoje em dia, o CrossFit Games é um mega evento, extremamente organizado, com provas que realmente provam que o grande campeão tem o melhor condicionamento físico do mundo.
sicas em equilíbrio”. Esse é sucesso em competições de CrossFit! Pode-se dizer que, de modo geral, o CrossFit é mais eficiente do que a musculação? Por quê? Depende. CrossFit e musculação são modalidades totalmente diferentes e iguais ao mesmo tempo. Podemos utilizar ambas para melhora da qualidade de vida das pessoas. Se um fisiculturista quer competir no Arnold Classic, ele terá que treinar musculação, mas pode usar o CrossFit como modalidade auxiliar. Nesse caso, a musculação é mais eficiente. Se for pra buscar um condicionamento físico geral, o CrossFit seria o mais indicado.
O que mais te chama a atenção na história do CrossFit? Por quê? A evolução do CrossFit ano a ano. A
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Quais foram suas principais dificuldades na modalidade? Colocar na minha cabeça que não posso treinar todos os dias (risos). Nossa evolução é um acúmulo de treino diário.
É fácil pensar “quanto mais melhor”, mas isso pode nos levar a uma lesão. Quando iniciei meus treinos eu treinava todos os dias, como a Crossfit Jundiaí não abria aos domingo, eu corria. Ao invés de evoluir, meu rendimento começou a cair. O descanso faz parte do treino! Hoje isso já não é uma dificuldade: dia de descanso é zero de atividade física pra mim.
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Para quais pessoas e por quais motivos você recomenda a prática do crossfit? Atividade física é recomendada a todos!!! E com CrossFit não é diferente, qualquer pessoa pode praticar, mas a escolha do local de treino deve ser muito bem analisada. Crossfit não é uma aula de academia tradicional. Crossfit é um novo estilo de vida onde as pessoas irão aprender a conviver em comunidade melhorando sua qualidade de vida dia a dia, então deixo a dica: CrossFit apenas com quem treina e estuda diariamente a modalidade, caso contrário as pessoas podem se machucar.
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Entrevista
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Um saque para
o
sucesso
Conheça a história e os projetos educativos de Ana Moser, a primeira medalhista olímpica do voleibol feminino brasileiro Por Vanessa Carrozza Barcellini
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x-voleibolista brasileira indoor e considerada uma das maiores atacantes brasileiras da história do esporte, Ana Beatriz Moser, nasceu em Blumenau no dia 14 de agosto de 1968. Integrante da Seleção Brasileiras, se destaca por ter feito parte da geração que trouxe a primeira medalha olímpica para o voleibol feminino. Medalhista em jogos Pan-Americanos, Copa do Mundo, Copa dos Campeões,
campeonato Mundial e Grand Prix, foi capitão da seleção e obteve diversos títulos. Ainda pequena, se destacou pela dedicação ao esporte e, ao longo de sua carreira, sofreu quatro intervenções cirúrgicas submetendo-se a tratamentos fisioterápicos até conseguir retornar para seus compromissos profissionais. Em 1999, fundou o Instituto Esporte e Educação, projeto de formação de atletas, baseado no ensino do voleibol em escolas públicas e privadas do Brasil. Já em 2014, foi convidada para participar do reality show O Aprendiz, em uma
temporada exclusiva com celebridades. A esportista foi vencedora da disputa. Revista Endorfina: Como iniciou sua carreira? Ana Beatriz Moser: Sou de uma família de esportistas e comecei a seguir por esse caminho regularmente desde muito cedo. Na minha educação, esporte fazia parte da nossa formação e, como eu tinha muita predisposição, fui participando cada vez mais no clube e na escola. Revista Endorfina: O que mais te incentivou? Ana Beatriz Moser: Minha família.
Sou de uma família de esportistas e comecei a seguir por esse caminho regularmente desde muito cedo
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Revista Endorfina: Quais os seus principais desafios atualmente? Ana Beatriz Moser: Como esportista, achar tempo para treinar e ficar mais em forma. Desafio de boa parte das pessoas. Revista Endorfina: Qual foi a sensação de ganhar a medalha de bronze em Atlanta? Ana Beatriz Moser: Foi a maior conquista pessoal e o maior feito daquela geração. Na década de 90 nossa
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Entrevista
protocolo de recuperação é de oito meses e acabei me recuperando em quatro meses. Cheguei em forma para conquistar a medalha de bronze junto com a seleção. Revista Endorfina: Ainda na categoria infanto-juvenil você foi convocada para a seleção, o que sentiu? Ana Beatriz Moser: O que me causou maior impacto foi poder vestir a camisa da seleção pela primeira vez, defender o Brasil. Ainda morava em Blumenau, só mudei para São Paulo dois anos depois, então foi um grande acontecimento na minha vida participar da seleção naquela época. Revista Endorfina: Com 19 anos, muito nova, você já era titular. Qual foi o seu sentimento quando entrou na quadra? Ana Beatriz Moser: Tive muitas e diversas experiências, como titular e como reserva. Para mim a responsabilidade de desempenhar bem, a alegria ou decepção na vitória e na derrota são as mesmas. Esses sentimentos estão sempre presentes, em amor ou menor grau.
geração subiu no pódio dos primeiros torneios internacionais pela primeira vez, abriu o caminho para a geração seguinte que já é bicampeã olímpica.
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Revista Endorfina: O que sentiu quando ganhou o título do Grand Prix? Ana Beatriz Moser: Venci dois Grand Prix e fui vice em outro. É um torneio forte que acontece a cada ano. São conquistas importantes, mas menos importantes que Olimpíada e Mundial
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Revista Endorfina: Para você, qual é sua maior superação na sua carreira? Ana Beatriz Moser: Disputar a Olimpíada de Atlanta seis meses depois de ter torcido o joelho e ter feito uma cirurgia de reconstrução do ligamento. O
O Instituto Esporte & Educação foi criado em 2001, já atendeu 2,5 milhões de crianças e jovens em todo o Brasil e contribuiu para a formação de mais de 30 mil professores
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Revista Endorfina: Você se despediu das quadras com 31 anos, em 1999, e fundou o Instituto Esporte e Educação. Pode me contar um pouco sobre como funciona? Ana Beatriz Moser: O Instituto Esporte & Educação foi criado em 2001, já atendeu 2,5 milhões de crianças e jovens em todo o Brasil e contribuiu para a formação de mais de 30 mil professores. A instituição atua no atendimento direto a crianças e adolescentes em atividades esportivas e socioeducativas, na formação de professores e estagiários e no desenvolvimento de uma metodologia de esporte educacional. O IEE coordena diretamente 20 núcleos e 40 outros, indiretamente, em regiões e comunidades que apresentam baixo nível socioeconômico, alto índice de vulnerabilidade e falta de estrutura, em parceria com cerca de 40 entidades privadas, públicas e sociais.
Entrevista Revista Endorfina: Qual foi o seu objetivo na hora de criar o Instituto? Ana Beatriz Moser: Contribuir para que, a exemplo da experiência que eu tive acesso, que mais crianças e jovens tivessem acesso a prática de esporte e que pudessem se beneficiar disso. Sempre me considerei privilegiada por ter crescido num ambiente esportivo e sempre tive consciência dos benefícios. Dar a oportunidade de acesso ao esporte e criar Cultura de Prática Esportiva são os grandes objetivos do IEE.
que precisávamos levantar recursos junto a pessoas conhecidas e não conhecidas. O programa também foi bom para eu usar mais a criatividade, arriscar nas estratégias e usar minha força de pessoa pública, além de assumir mais a importância e reverter para benefício dos meus objetivos e causas. A organização está entrando em
Revista Endorfina: Quais são seus planos para o futuro? Ana Beatriz Moser: O prêmio do programa para o IEE vai nos ajudar a desenhar e implementar um novo momento para a instituição. Vamos continuar a executar os projetos atuais, mas também investir no desenvolvimento de novos produtos para outros públicos e contextos. Revista Endorfina: O que mais marcou sua carreira profissional, tanto no esporte como a partir do momento que você se tornou empreendedora do terceiro setor? Ana Beatriz Moser: Na minha carreira esportiva o que mais marcou foi a medalha na Olimpíada de Atlanta. Na minha vida de empreendedor esse momento mais marcante ainda está por vir.
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Revista Endorfina: Você foi a vencedora do programa “O Aprendiz”, certo? O que achou do programa? Ana Beatriz Moser: No programa, aprendi questões importantes para a gestão empresarial, como lidar com recursos limitados, como tempo e dinheiro. Aprendi também sobre uma nova postura para captação de recursos para o IEE porque tivemos muitas provas em
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um novo momento, buscando caminhos mais estratégicos e sustentáveis.
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Foto – Arquivo pessoal Adilson da Silva
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Por Vanessa Dini
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a reestreia depois de 112 anos Esporte volta à Olimpíada em 2016, no Rio de Janeiro; brasileiros buscam vagas na competição
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golfe estará presente na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, depois de mais de cem anos afastado dos Jogos. A última participação da modalidade no evento foi em 1904, no estado americano do Missouri, apenas com a presença de atletas dos Estados Unidos e Canadá. Com o passar do século, o esporte se popularizou e agora será representado por 60 homens e 60 mulheres de mais de 30 países.
As vagas serão preenchidas pelos 15 primeiros colocados nos rankings mundiais masculino e feminino, juntamente aos melhores colocados nos rankings nacionais. Há um limite de dois jogadores por país, que apenas poderá ser excedido pelas nações com mais de dois atletas entre os 15 primeiros do mundo. O Brasil terá representantes na competição caso eles consigam pontuar no ranking mundial, em uma exceção por se tratar do País sede.
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O circuito olímpico será formado por 72 buracos (18 a cada dia de disputa), no formato stroke play, e leva o ouro o atleta que terminar com o placar mais baixo. Caso haja empate, o vencedor será definido após um playoff de três buracos. Os favoritos ao ouro no golfe são os atletas dos Estados Unidos, Irlanda, Inglaterra e Austrália e os super campeões Rory Mcllroy e Tiger Woods já demonstraram interesse em participar da disputa.
Brasileiros do Golfe O diretor técnico da Confederação Brasileira de Golfe, Nico Barcellos, acredita no potencial dos atletas brasileiros para pontuar no ranking mundial e ter a chance de competir na Olimpíada do Rio. “Para participar, o atleta tem que estar na categoria profissional. Entre nossos competidores os destaques são Adilson da Silva, Fernando Mechereffe e
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brasil olímpico
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Foto – CBG-Divulgação
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Alexandre Rocha, trio que atua na África do Sul (Adilson) e nos Estados Unidos. Além deles, André Tourinho, que ainda é amador, mas se tornará profissional em 2015, tem chances, pois está entre os 250 melhores atletas amadores do mundo”. Adilson está focado em sua preparação para os Jogos e acredita que estará apto a competir. “Estou treinando bastante, ainda mais agora com a chance de disputar a Olimpíada e representar o Brasil. Acho que é possível sim estar lá, serão vários torneios até 2016, para fazer pontos no ranking mundial, e sinto que estou batendo na bola muito bem. Em breve vou competir no Japão e em Taiwan”, ele conta. André Tourinho também intensificou os treinamentos. “Eu moro nos Estados Unidos (em Tulsa, Oklahoma), maior potência mundial no golfe, e acho que esta é a melhor região para me desenvolver. Eu treino praticamente todos os dias, vi-
“Estou treinando bastante, ainda mais agora com a chance de disputar a Olimpíada e representar o Brasil. Acho que é possível sim estar lá...” sando melhorar minha técnica e o nível do meu jogo, pois cada mínimo detalhe faz uma grande diferença a longo prazo. Tenho que trabalhar e melhorar bastante para competir entre os melhores do mundo. Eu gostaria muito de representar meu país em 2016, mas se não der certo
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eu tenho certeza, talento e a plena consciência que terei outras oportunidades em Olimpíadas”, ele comenta. Já na modalidade feminina, o Brasil possui apenas uma candidata à vaga nos Jogos. “Mirian Nagl tem dupla nacionalidade. Nasceu no Paraná, mas joga pela Alemanha. A atleta viu nossa dificuldade para contar com uma representante nos Jogos e decidiu competir pelo Brasil”, Nico explica. Os circuitos mundiais, onde os atletas têm chances de pontuar no ranking, acontecem até julho de 2016, com competições importantes como a European Tour, o PGA Tour e o Web.com Tour, que terá etapas no Brasil. Os brasileiros treinam com suas respectivas equipes multidisciplinares, com técnico, preparador físico, nutricionista etc., e a supervisão do national coach da CBG, Shaun Case, que acompanha resultados, visita os centros de treinamento,
brasil olímpico
confere de perto os torneios e a forma como os trabalhos se desenvolvem.
Incentivo ao esporte
Futuro Olímpico O golfe está garantido nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e na edição de 2020, em Tóquio, no Japão. Depois disso, haverá uma análise do desempenho da modalidade e uma votação para saber se ela continuará ou não na competição, o que gera pressão para que nenhum erro seja cometido. “Não podemos errar para não comprometer o esporte. É uma pressão grande, mas acredito que não tenhamos problemas, pelo auxílio da Federação Internacional e a experiência que estamos adquirindo como sede de grandes eventos”, Nico Barcellos finaliza.
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A presença em uma Olimpíada, após tantos anos, já trouxe benefícios para a modalidade no País. “A divulgação na mídia aumentou, assim como a verba para novos projetos, ganhamos um suporte maior do Comitê Olímpico Brasileiro e do Ministério do Esporte e conseguimos trazer competições internacionais para o Brasil, em parceria com a Federação Internacional de Golfe”, conta o diretor técnico. “Se não estivéssemos na Olimpíada seria mais difícil, essa é a chance de sermos vistos por todos”, ele complementa. Entre os novos projetos está o Golfe Para a Vida, em parceria com a Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, que oferece cursos para
professores de educação física e introduz a modalidade nas escolas. Mais de 20 mil crianças de Centros Esportivos e CEUs terão o primeiro contato com o esporte.
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a bola da vez
INVASÃo AMERICANA O futebol americano cai cada vez mais no gosto dos brasileiros, mostrando que o nosso futebol não é mais o único popular por aqui Por Weinny Eirado
Fotos – Divulgação e Weinny Eirado
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brasileiro tem descoberto que o futebol não é um esporte jogado apenas com os pés. A bola nem sempre é redonda: as vezes ela é oval e os atletas ainda podem lança-la. Os jogadores de defesa podem abusar do contato físico, assim como os de ataque. Marcar um gol geralmente é frustrante, e vale menos do que correr com a bola até a linha de fundo. O brasileiro também já sabia que os Estados Unidos são os melhores na modalidade. Não estamos loucos, e sim, falando de um outro tipo de futebol: o americano. O esporte mais popular da terra do Tio Sam tem ganhado cada vez mais popularidade no Brasil. Segundo dados divulgados pela coluna “Na Telinha” do Portal Uol, o futebol americano teve crescimento de 132% na sua audiência entre 2012 e 2013. A maior parte desse aumento de fãs está diretamente ligado aos jovens. Para se ter uma ideia, em dezembro do ano passado, quando não havia mais jogos do Campeonato Brasileiro, a ESPN Brasil, que detém os diretos de transmissão no Brasil, ocupou a liderança entre os homens de 18 a 24 anos na TV a cabo. Durante o Super Bowl, que é a grande final do torneio, o canal também
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manteve a liderança no mesmo segmento. Segundo o comentarista Antony Curti, da ESPN Brasil, o brasileiro tem se aproximado da modalidade por curiosidade. “O contato físico entre os jogadores, com voos e derrubadas, acabam sendo bastante atraentes para a maioria do público que começa a conhecer o esporte”, conta o comentarista. Outro fator segundo Curti, que também é editor do portal “The Concusion”, é a inteligência do jogo. “As pessoas gostam de um desafio e o futebol americano proporciona isso. Ninguém gosta de nada que é fácil”. Com o número de espectadores crescendo por aqui, o número de praticantes também começou a aumentar. Já é comum ver bolas ovais sendo arremessadas em parques e campos antes utilizados para a pratica do futebol da bola redonda. A procura para entrar em times da modalidade também cresceu. “Com aumento fãs de NFL na TV, bastante gente tem vindo nos procurar”, comenta o técnico Danilo Miller, do São Paulo Storm. O fenômeno que explodiu como paixão para muitos jovens da atualidade não ocorreu do dia para a noite. O processo de familiarização do Brasil com o futebol da América do Norte na verdade foi um processo longo, que começou a quase 50 anos atrás.
História do futebol americano no Brasil O futebol americano chegou pela primeira vez aos olhos dos brasileiros no final da década de 60. Com transmissões “importadas” em videoteipe da CBS, a TV Tupi exibiu jogos com a narração de Walter Silva, o primeiro profissional ligado ao esporte a apostar do futebol da bola oval. O fato curioso é que na primeira transmissão, Walter Silva, assim como todo brasileiro, desconhecia as regras da modalidade. Sem entender bem o que se passava em campo, o narrador conhecido como “Pica-Pau” pediu ajuda aos te-
Já é comum ver bolas ovais sendo arremessadas em parques e campos antes utilizados para a pratica do futebol da bola redonda
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lespectadores para que colaborassem com o entendimento do estranho esporte. Foi aí que Thomas Noonan, um americano funcionário do Citi Bank que trabalhava no Brasil, entrou em contato com a TV Tupi e passou a comentar os jogos ao lado de Silva. O projeto durou cerca de um ano. Contudo, foi apenas entre o final da década de 80 e o começo da década de 90 que o futebol americano conseguiu arrancar a curiosidade dos brasileiros. Liderado por Luciano do Vale e Silvio Lancelotti, a Rede Bandeirantes começou a exibir partidas de College Football (futebol americano universitário) e da NFL (National Football League), a maior liga da modalidade. Nos dias de hoje, a ESPN e o canal Esporte Interativo são as emissoras que possuem os direitos de transmissão da NFL no Brasil. Por intermédio delas é que o futebol tem ganhado cada vez mais espectadores, sobretudo pelo canal por assinatura, que transmite a mais tempo os esportes americanos. Através das narrações didáticas e bem humoradas de Everaldo Marques, Romulo Mendonça e Ari Aguiar, além dos comentários afiados de Paulo Antunes, Antony Curti, Raiam dos Santos e Paulo Mancha, o canal tem cada vez mais apostado na modalidade.
Atualmente o público tem acesso a mais de 7 transmissões semanais. A faixa do domingo do canal por assinatura é exclusivamente dedicada ao esporte, com quase dez horas de exibições de jogos. Há também jogos transmitidos ao vivo nas segundas e quintas, além de jogos de futebol americano universitário que costumam acontecer nas quintas e sábados. A ESPN também exibe jogos de CFL, o futebol americano canadense, que apesar de parecido com as regras da NFL, possui diferenças.
Brasileiros na terra do Futebol Americano O brasileiro é conhecido no mundo inteiro pelo talento com a bola nos pés. E no futebol americano não poderia ser diferente. Contudo, não pense que chutar a bola oval é igual chutar uma redonda. Apesar de o gol ser bem grande, a técnica é bem diferente e a dificuldade é enorme. Raiam dos Santos foi um dos primeiros brasileiros a ganhar notoriedade na modalidade. O carioca, que saiu do Brasil com 15 anos para estudar nos Estados Unidos, acabou entrando no esporte por um acaso. “Quando cheguei na Califórnia, fui convidado por um professor para fazer um teste no time de ‘football’. Por pura ino-
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cência e falta de conhecimento do inglês, eu pensei que ele estivesse se referindo ao nosso futebol e levei chuteira, caneleira e uma camisa do Ronaldinho para o estádio” lembra Raiam. No primeiro treino, o brasileiro se assustou com o que viu. “Dei de cara com um bando de marmanjo se agarrando e tentei sair de fininho. O técnico me prendeu lá e me pediu para chutar um field goal de 40 jardas. Dei uns cinco passos para trás, converti ”, conta o kicker. Dois dias depois, Raiam estava jogando pelo time da escola, mesmo sem saber muito bem o que acontecia em campo. Dos Santos chamou atenção e ganhou bolsa para Universidade da Pennsylvania, equipe que disputa a Ivy League, uma liga da primeira divisão da NCAA, mas que não tem tanta notoriedade quanto as mais tradicionais, não sendo elegível para disputar bowls e títulos universitários. Após 4 anos na universidade, Raiam atualmente é economista e kicker do Flamengo FA, além de comentarista de jogos na ESPN. Maikon Bonani, outro kicker brasileiro que se aventurou nos Estados Unidos, jogou pela Universidade do Sul da Flórida, que disputa uma conferência mais forte e tradicional. Após três anos jogando
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a bola da vez pelos UCS Bulls, Bonani quase atuou na NFL. O chutador natural de Matão, no interior de São Paulo, assinou com o Tennessee Titans em 2013 e em 2014, mas foi dispensado durante a pré-temporada. Hoje, Cairo Santos é primeiro e o único brasileiro na liga. O paulista fez um caminho semelhante ao de Dos Santos e Bonani, contudo, em um nível mais competitivo e com maior sucesso. Jogando em Tulane, Cairo recebeu o prêmio Lou Grooza em 2012, que é a mais importante premiação para chutadores do futebol americano universitário. Depois de 4 anos na universidade do estado da Louisiana, Cairo foi contratado este ano pelo Kansas City Chiefs para disputar a posição com o experiente kicker Ryan Succop. Cairo venceu o embate na pré-temporada e passou a ser o primeiro brasileiro a atuar na liga.
A bola oval no Brasil Longe do que acontece nos Estados
Unidos, no Brasil atualmente existem duas ligas nacionais: o campeonato Brasileiro da CBFA e o Torneio Touchdown. As competições contam com equipes que possuem tradição no futebol tradicional, como Corinthians, Vasco, Flamengo, Portuguesa, Juventude e outros. Engatinhando ainda por aqui, as ligas contam com a paixão dos praticantes para continuar em expansão. Muitos sonham com a profissionalização, como o linebacker Spy, do São Paulo Storm. “São muitos atletas praticando o esporte no Brasil. Em algum momento alguém vai investir nisso”, lembra o jogador. Empresário, Spy também vê um prazo para isso acontecer. “Nos próximos dez anos com certeza vamos ter a profissionalização da modalidade. Cada vez aparecem mais empresas interessadas em vincular sua marca com o esporte”, completa. Contudo, Raiam dos Santos não é tão otimista em relação ao assunto. “Os custos
são muito altos, principalmente quando se trata de equipamentos e logística das equipes. Vivemos num país de dimensões continentais onde o preço das passagens aéreas domésticas são altos e as restrições para a importação de equipamentos esportivos são absurdas”, comenta. Mesmo assim, Dos Santos não descarta a profissionalização. “Uma vantagem que temos no Brasil é que os atletas são realmente apaixonados pelo esporte e fazem enormes sacrifícios para praticá-lo”, elogia Raiam. Para quem não pode investir tão alto ou tem não tem familiaridade com as pancadas, existe o flag-football, que é uma espécie de futebol americano sem contato físico. Em vez do tackle, o adversário deve retirar uma fita do equipamento do jogador para interromper o avanço. O esporte não tem a necessidade de altos investimentos para a prática, já que não é necessário o uso de equipamentos de segurança semelhantes aos dos americanos.
Regras básicas O objetivo é muito simples: chegar ao outro lado do campo. Se você é leigo no assunto, vá com calma, pois o jogo não é nem um pouco auto didático. Um campo de futebol americano possui 100 jardas. Ao final de cada ofensivo lado existe uma área chamada endzone. Essa zona final do campo tem 10 jardas de distância. Ao final da endzone existe um poste em formato de “Y” chamado de field goal.
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O jogo começa sempre com um chute inicial, que ocorre na linha de 30 jardas do campo de defesa. Basicamente, o time tem 4 tentativas (chamadas de downs ou descidas) para avançar 10 jardas do ponto que a bola saiu no primeiro down. Conseguido o avanço, ocorre um novo ciclo, até chegar na linha final do campo. Para realizar o avanço, o time pode optar por lançar a bola ou correr com ela nas mãos. Importa lembrar que só é permitido dar um passe para frente e que toda jogada acaba quando o atleta que está com a bola é derrubado, quando sai do campo, ou quando a tentativa de passe não é bem sucedida.
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Caso o time não consiga realizar o avanço em 3 downs, é comum realizar um chute na 4º descida. Se o time estiver bem posicionado no campo de ataque, tenta-se marcar um field goal. Caso esteja no campo de defesa, o time parte para o punt, que consiste em isolar a bola ao mais longe possível, para que o adversário tenha mais trabalho para atravessar o campo.
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duas rodas
O ESPORTE DOS
OBSTÁCULOS
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Mountain Bike, modalidade do ciclismo, vem crescendo no Brasil e ganha cada vez mais importância no cenário esportivo
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uando alguns jovens ciclistas resolveram pegar suas bikes na década de 1970 para frequentar as trilhas das montanhas e estradas de terra da Califórnia (EUA) certamente eles buscavam, além de um novo estilo do ciclismo, uma atividade com a bicicleta que proporcionasse mais adrenalina e emoção. Considerado umas das quatro modalidades do Ciclismo, o Mountain Bike se difundiu no
mundo todo e conta atualmente com diversos campeonatos. O intuito básico do esporte é fazer percursos em territórios irregulares e com vários obstáculos, por isso normalmente é praticado em estradas de terras e trilhas de montanhas, entre outros lugares que possuem características semelhantes. O MTB exige de seu praticante concentração mental, resistência física e explosão nos percursos. No Brasil, o Mountain Bike vem ga-
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Por Caio Alves
nhando cada vez mais adeptos, não à toa muitas competições amadoras e profissionais acontecem pelo país, seja no cenário estadual ou nacional, com atletas demonstrando sempre um bom nível técnico. Outra questão importante é em relação aos investimentos que as empresas estão fazendo no esporte e em atletas. “O MTB brasileiro vem crescendo a cada ano, vemos um número cada vez maior de participantes em competições
amadoras e do ranking UCI”. “Hoje temos grandes patrocinadores como a Caixa Econômica Federal que está injetando um bom dinheiro no esporte, marcas de bicicletas e acessórios formando equipes de atletas”, afirma Carlos Eduardo Polazzo, técnico da Confederação Brasileira de Mountain Bike. “A CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) tem trabalhado de forma intensiva para desenvolver o ciclismo para os jogos
olímpicos de 2016, além de outras ações para o desenvolvimento da modalidade em longo prazo”, completa. Polazzo treina os principais nomes do MTB e tem a missão de melhorar esses esportistas na pilotagem, determinar as dificuldades do trajeto, escolher as estratégias da prova de acordo com o circuito, além de fazer um trabalho motivacional. O treinador também é fisiologista do exercício, e isso contribui para a avaliação
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das necessidades físicas de cada pista, pois o permite fazer ajustes necessários na preparação dos atletas. Cadu, como é popularmente conhecido, sente até na prática as dificuldades enfrentadas pelos atletas durante as competições, e isso faz parte da metodologia de treino aplicado pelo técnico. “No dia do reconhecimento do percurso, pedalo junto com eles, estudamos os locais mais difíceis e todos participam para escolher os
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duas rodas
melhores caminhos e a melhor forma de transpor os obstáculos”, explica.
Futuro promissor
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Dentro do Mountain Bike existem algumas modalidades específicas tais como cross country maratona (XCM), cross country em linha (XCP), cross country sobre circuito curto (XCC), cross country contra o relógio (XCT), cross country revezamentos por equipes (XCR) e o cross country Olímpico (XCO), que é a única categoria presente nas Olimpíadas, desde 1996 quando o evento foi realizado em Atlanta (EUA). Na opinião de Polazzo, os atletas brasileiros de Mountain Bike são talentosos e têm um grande potencial, porém, se o Brasil pretende competir de igual para igual com os ciclistas internacionais, precisa de tempo e de paciência. “Essa é uma geração promissora, temos atletas jovens com possibilidade de melhora de performance, muito motivados e com nível de competição mundial. Hoje nossa meta realista é ficar entre os 20 e 25 melhores do mundo e em um segundo momento tentar um top entre 15 e 20. É uma progressão gradual que depende de um trabalho em longo prazo”, salienta Cadu. Uma das principais promessas do MTB é Bruno Lemes. O jovem atleta, de 17 anos, desponta como umas das grandes revelações do esporte e vem conquistando resultados expressivos, tanto que o garoto já está se destacando em provas profissionais de alto nível, onde os principais bikers estão presentes. Prova disso foi o MTB 12 horas, principal cam-
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peonato de resistência do Brasil, em que o garoto fez parte do quarteto que também tinha Leandro Mandarano, Marcelo Manoel e Jose Andre Sousa. A equipe de Lemes ganhou o título da categoria Quarteto Junior e terminou em segundo lugar na classificação geral. O mineiro é especialista em provas de maratona (XCM) e em cross country (XCO). Entre as principais conquistas de Lemes estão o MTB 12 Horas (2014) a Copa Internacional de MTB, etapa de Congonhas (2014) e Big Biker Cup (2014). Na categoria Junior, o jovem praticamente ganhou tudo até momento, não à toa
O intuito básico do esporte é fazer percursos em territórios irregulares e com vários obstáculos, por isso normalmente é praticado em estradas de terras e trilhas de montanhas, entre outros lugares que possuem características semelhantes
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das nove provas disputadas por Lemes até agora, ele subiu no pódio em todas, sendo que por oito vezes no lugar mais alto. O mineiro revela o segredo do sucesso e qual é a sensação de dominar a sua categoria “Estou muito feliz, de conseguir todos esses resultados. Quando vou treinar penso comigo: tenho que treinar bem, porque têm atletas atrás de mim querendo me passar e também nas corridas eu tento manter a calma para fazer uma boa corrida”, ressalta o jovem. Para os garotos que têm o objetivo de um dia ingressarem ao Mountain Bike, Lemes destaca que é importante sempre ter perseverança e foco. “Nunca desista de seus sonhos. O MTB é um esporte que exige muito calma e é bem caro, mas tenha força de vontade e vá em frente e se divirta o máximo possível”, explica.
Lenda internacional Se para Bruno Lemes a carreira está apenas no início, para o norte-ame-
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duas rodas
“O MTB brasileiro vem crescendo a cada ano, vemos um número cada vez maior de participantes em competições amadoras e de ranking UCI” de ciclista velho e revela o segredo que o ainda faz disputar títulos. “Eu não penso na minha idade, não penso sobre ter 53 anos. Se eu começar a pensar nisso todos os dias será um problema,
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ricano Tinker Juarez essa etapa já passou há algum tempo. Aos 53 anos, o ciclista é uma referência do MTB, mais especificamente no cross country Olímpico (XCO), e já conquistou diversos títulos como a Medalha de Ouro no Pan 1995, realizado em Mar del Plata (Argentina) e quatro vezes o Endurance 24h ( 2001, 2002, 2003 e 2004). O californiano também entrou para a história ao se tornar o primeiro atleta de seu país a disputar a prova que marcou a estreia do Mountain Bike cross country nas Olimpíadas de Atlanta 1996. No dia 9 de agosto deste ano, o atleta veio ao Brasil para disputar o MTB 12 horas, competição na qual tinha três conquistas (2003, 2005, 2008). O experiente ciclista confirmou seu favoritismo e levou a melhor na categoria solo, conquistando seu quarto título. Mesmo com 53 anos, Juarez dispensa o rótulo
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eu irei começar a me sentir com um senhor. Eu foco em treinar forte e buscar os melhores resultados possíveis, assim eu consigo estar sempre me sentindo bem e disposto a competir em alto nível”, explica o norte-americano. Em relação ao MTB no Brasil, Juarez ressalta a ascensão do esporte no país nos últimos anos e enxerga com bons olhos o futuro dos ciclistas brasileiros. “Nas primeiras vezes que vim ao Brasil, os ciclistas não eram tão bons, porém os equipamentos também não eram os melhores disponíveis. Hoje vocês usam bicicletas melhores e o nível dos atletas está cada dia mais alto. Vejo um ótimo crescimento no rendimento dos brasileiros, que hoje estão mais confiantes e sabem o que querem e aonde eles podem chegar ao Mountain Bike”, destaca o experiente esportista.
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Alicante - ESP
Abu Dhabi - UAE Senya - CHN
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A CORRIDA DOS MARES FURIOSOS Volvo Ocean Race, o mais longo campeonato de vela do mundo, chega a sua 12ª edição. www.revistaendorfina.com.br
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Guthenburg - SWE
Newport - USA Lorient - FRA Lisbon - POR
Itajai - BRA
Auckland - NZL
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erigosos mares, condições climáticas extremas, ventos fortes e dificuldades a bordo. Obstáculos não faltam para os velejadores desafiantes da Volvo Ocean Race. O mais antigo e maior evento de vela do mundo reúne times de diversos países que precisam ter, acima de tudo, muita paciência, resistência física e psicológica, para encarar os nove meses de duração do evento. A VOR abrange uma regata que atravessa cinco continentes e quatro oceanos. Essa aventura de tirar o fôlego começou em 1973-74, quando a volta ao mundo ainda era chamada de Whitbread Round the World Race. O evento é disputado a cada três anos e este ano o campeonato náutico chega a sua 12ª edição. “A Volvo Ocean Race está entre os maiores eventos do planeta. Na modalidade vela faz parte do Grand Slam
O Brasil faz parte dessa história desde a primeira volta e, das onze Volvo Ocean Race que tiveram até hoje, o país participou como cidade-sede
ao lado de Olimpíada e America´s Cup. A edição de 2014-15 será especial, pois, pela primeira vez, os barcos são rigorosamente iguais. Um consórcio de estaleiros construiu sete modelos de 65 pés com segurança, velocidade e tecnologia a
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bordo, afirma Knut Frostad”, CEO da Volvo Ocean Race e que já velejou em outras edições da regata, como em 2005-06. O Brasil faz parte dessa história desde a primeira volta e, das onze Volvo Ocean Race que tiveram até hoje, o país participou como cidade-sede em sete: Rio de Janeiro (cinco vezes), São Sebastião, São Paulo (uma vez) e Itajaí, Santa Catarina (uma vez), esta última cidade brasileira demonstrou uma boa capacidade de organização e foi selecionada novamente para receber a próxima edição da competição. Tom Touber, chefe de operações da Volvo Ocean Race, acredita que o município de Santa Catarina pode tornar-se uma referência na vela. “Queremos deixar um legado da Volvo Ocean Race em Itajaí. A cidade tem uma nova marina e a indústria náutica está cada vez mais crescendo. Notamos que, depois de 2012, mais regatas foram
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18/10/2014 Programação Científica Dr. Rafael Felix | BA Modelamento corporal. Suplementação e ciência.
Dr. Felipe Donatto | SP Câncer, exercícios e nutrição/suplementação.
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realizadas na cidade. Quem sabe um dia, Itajaí e Santa Catarina se tornem uma espécie de Holanda, que tem tradição e investe no setor náutico. Ou seja, podemos esperar que Itajaí seja ainda mais um destino náutico, um local para só se pensar em vela e esportes náuticos”, ressalta Touber. Nesta temporada a VOR teve início no dia 4 de outubro de 2014, com a In-Port Race, que é uma regata curta de apresentação das equipes. A primeira parada foi em Alicante, na Espanha. A regata terá nada mais nada menos do que 38.739 milhas náuticas de distância. Da Espanha, os barcos descem à Cidade do Cabo (África do Sul) e depois seguem a Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), Itajaí (Brasil), Newport, Rhode Island (Estados Unidos), Lisboa (Portugal) e Lorient (França). O torneio terá uma pausa de 24 horas em Haia (Holanda), que está programada entre a França e a Suécia, este último considerado a casa da Volvo e re-
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ceberá a última regata do porto, prevista para o dia 27 de junho de 2015, na cidade de Gotemburgo.
Equipes da VOR- 2014-15 e os brasileiros em ação Sete equipes estão disputando a edição de 2014-15. O primeiro time a garantir a presença foi o Team SCA, que traz uma tripulação apenas de mulheres. E o treinador do time feminino é o brasileiro Joca Signorini, que foi campeão da VOR em 2008-09 junto com Torben Grael. A última vez que uma equipe 100% feminina havia participada do torneio foi na edição 2001-02. “Já são 12 anos sem uma tripulação 100% feminina na regata e toda a experiência vai fazer muita falta ao nosso time. Na vela, assim como em outras modalidades, o peso é um fator muito importante. Dependendo do barco e da intensidade do vento, o peso pode ajudar ou atrapalhar na velocidade. As mulheres são geralmente mais leves do que os homens e ter 11 mu-
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lheres contra tripulações de 8 homens é uma maneira de tentar equalizar o peso das tripulações”, explica Signorini. O segundo barco que entrou na VOR foi o do Abu Dhabi Ocean Racing, que é comandado pelo medalhista olímpico Ian Walker. O time é apontado como um dos favoritos, pelo fato de ter participado da edição passada da volta. A China volta a ter um time na regata com o Dongfeng Race Team, bancado pela montadora Dongfeng Commercial Vehicle em parceria com OC Sport, companhia de marketing esportivo. Os chineses terão como comandante o francês Charles Caudrelier e contarão com quatro asiáticos no time, uma novidade para a competição. O Team Brunel, da Holanda, foi o quarto confirmado. Bouwe Bekking terá uma tripulação experiente para mostrar que os laranjas têm tradição na modalidade. Além de contar com alguns tripulantes holandeses, o belga Louis Balcaen e espanhol Pablo Arrarte integram o elenco da equipe. O Team Alvimedica, com as bandeiras de Turquia e EUA, tem um destaque especial. O barco é formado por velejadores de até 30 anos. A regra da regata obriga colocar pelo menos dois, mais o Alvimedica apostou na experiência e está com o time todo. O Team Vestas, time da Dinamarca entrou nos momentos finais e conta com velejadores como o argentino Maciel Cicchetti, o australiano Chris Nicholson, Peter Wibroe (dinamarquês), Wouter Verbraak (holandês), entre outros atletas. Sede da Volvo Ocean Race, a Espanha não poderia ficar de fora da regata. O barco do Team España conta com os campeões olímpicos Iker Martinez e Xabi Fernández na tripulação. Mas o time ganhou um reforço de última hora: o brasileiro André Fonseca. O velejador está encarando sua terceira
VOR. Na edição 2005-06, o atleta de 36 anos velejou no Brasil 1, primeiro e até agora único barco do país na regata e, na edição seguinte, a de 2008-09, o velejador integrou o elenco do Delta Lloyd.” Estou muito contente com esse convite. Foi de última hora. Não estava esperando” afirma o brasileiro. “É uma felicidade enorme poder chegar ao meu estado a bordo da Volvo Ocean Race. Itajaí fica perto da minha cidade, que é Florianópolis. Tenho certeza que vou me emocionar bastante, espero conseguir um bom resultado quando chegar
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em Itajaí e alegrar o povo catarinense e brasileiro”, completa Fonseca, que será chefe de turno do Team España durante as provas. Outra grande novidade desta edição da Volvo Ocean Race são os barcos em alto desempenho. Os novos modelos, chamados de Volvo Ocean 65, possuem uma tecnologia via satélite. As imagens em vídeo estão sendo transmitidas por um repórter que viajou com os competidores, o chamado tripulante de mídia, que faz parte do campeonato desde a edição 2008-09.
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rally dos Sertões
Muito mais que velocidade, a corrida que levanta poeira pelo Brasil afora é pura emoção e adrenalina Por Felipe Araujo
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nualmente os motores de carros, motos, caminhões, UVTs e até quadriciclos roncam alto em algum canto do Brasil durante dez dias, levantando poeira por onde passam. Mais do que velocidade, emoção e muita adrenalina, o Rally dos Sertões também exige suor. “Mal termina um rali e já estamos pensando no próximo. É um trabalho de um ano. Fazemos o levantamento aéreo inicialmente, depois por terra e, um mês antes, uma nova conferência final por
terra. Ainda tem todo o trabalho da equipe de produção, visitando as cidades, fechando parcerias com órgãos públicos, hotéis, etc.”, explica Roque Mendes, diretor comercial da Dunas Race, organizadora do evento. Com o passar dos anos, a competição se tornou um sucesso, não só pelo esporte em si, mas também pelo que traz desde sua essência. “A história do Rally dos Sertões começou quando o arquiteto Chico Morais organizou o Rally São Francisco, em 1991, apenas com a disputa de motos, saindo de
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Ribeirão Preto, no interior paulista, e chegando a Maceió, em Alagoas. No ano seguinte, o rali não voltou a ser disputado e, em 1993, nasceu o Rally dos Sertões. A ideia era a mesma: um rali que passasse pelo sertão brasileiro, explorando novas trilhas e desvendando novas paisagens”, conta Mendes. Para Guido Savini, piloto da Mobil Delvac Salvini Racing, o prazer dentro da competição é “acelerar e vencer os obstáculos off-road, que são muitos”. E para superar as diversas dificuldades, além de “controlar a adrenalina e a an-
siedade”, o trabalho em equipe é de suma importância. “É o principal desafio pra se tornar um vencedor. Temos que ter o mesmo objetivo, com pessoas comprometidas com o resultado no final. A rotina durante o rali é bastante puxada, então, temos que estar todos unidos”, ressalta Savini. Há 4 anos disputando o Rally dos Sertões com a formação atual, ao lado do copiloto Fernando Ventania, com quem trabalha há 13 anos, o responsável por conduzir o caminhão conta que seu pai, Carlos, foi quem fundou a equipe em 2000, época em que era navegador, até assumir o volante em 2008. “Uma simples troca de pneus já é um exemplo, onde cada um tem que fazer a sua parte neste processo, sem nem mesmo olhar um para o outro. Ou seja, cada integrante já tem uma função para um momento específico, e quando ele acontece, não precisamos nem falar, um já começa a fazer o que tem de responsabilidade. Assim, o trabalho flui melhor”, diz o piloto. Para chegar ao objetivo da vitória, cada detalhe precisa ser feito com perfeição. “Determinação e força, comprometimento e profissionalismo com o esporte. Representamos nossos patrocinadores dentro das trilhas, por isso, temos que fazer bem feito. Nunca estamos satisfeitos. A cada etapa disputada, queremos uma nova vitória”, esclarece Guido. No seu caso, as atividades antes do evento são intensas e o caminhão também merece atenção especial. “Eu me preparo fisicamente, fazendo musculação duas vezes por semana e pedalo minha mountain-bike quatro vezes por semana. Na questão mecânica, o nosso Mercedes-Benz Atego 1725 passa por uma minuciosa revisão. Analisamos o que é preciso trocar, estudamos alteração de peças para potencializar a resistência e potência do caminhão”, explica. O espírito de competitividade é um dos fatores exaltados por Roque Mendes em relação ao evento. “Temos um país com fortes característi-
Foto – Gustavo Epifanio
Também contamos com grandes pilotos em todas as categorias, o que torna o Sertões muito competitivo e um sonho para aqueles que buscam ‘vencê-lo’
cas off-road e um povo apaixonado pelo esporte. Também contamos com grandes pilotos em todas as categorias, o que torna o Sertões muito competitivo e um sonho para aqueles que buscam ‘vencê-lo’. Também temos uma preocupação enorme com segurança, logística e com toda parte técnica e tecnológica. Felizmente, em todos estes anos, nunca tivemos uma morte em especiais (trecho cronometrado) no rali”. A questão da segurança, aliás, deve ser ressaltada, por ser uma modalidade que oferece certo risco aos
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adrenalina
Muitos comentam que estou aqui para me promover, mas a cada dia mostro nos resultados que a mulher pode sim ser bonita, passar maquiagem antes de uma largada e pisar fundo competitiva. A Musa é um meio e o esporte é o fim”, esclarece a piloto de 33 anos, mãe de família, dona de casa e empresária. Helena conta com orgulho que saiu do interior de São Paulo, onde viveu uma infância humilde, para seguir em busca de seus objetivos, entre eles correr no Rally dos Sertões. “Um fato muito marcante foi na edição de 2012. Completamos uma etapa de 320 km parando de 10 km em 10 km para abastecer a água do radiador. Largamos com 40 litros de água no carro, pois sabíamos do problema. No fim
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participantes. “Todo esporte que envolve máquinas e velocidade está sujeito a riscos. Mas todos os carros são homologados para a disputa, dentro de todas as regras de segurança para a competição. Também estamos sempre atentos a excessos, com pontos de radar, para evitar problemas”, explica Roque. Caso queira encarar o desafio e sentir a emoção dessas disputas, o diretor comercial da Dunas Race dá a dica. “Existem ralis menores, onde pode começar a disputar provas e conhecer mais sobre a competição. Este ano, lançamos uma categoria para Pajeros TR4, visando este público. Muitos pensam que é algo inalcançável, mas não é tão difícil assim”, enfatiza Roque Mendes. Quem participou do Rally dos Sertões e deu o que falar foi Helena Soares. Isso mesmo. Uma mulher e que ainda ficou conhecida como a Musa do Rally. “Essa história surgiu em 2010 durante uma etapa do Sertões. Um repórter colocou como título da matéria e pegou. Foi algo que me atribuíram e não imposta por mim. Claro que aumentou minha responsabilidade, porque quis mostrar que estou aqui por amor ao esporte e que sou
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usamos até a nossa água potável. Foi a etapa mais dura. No final, faltando poucos minutos para estourar nosso tempo, mesmo com as mãos queimadas e nos arrastando a uns 40 km/h, cruzamos a chegada desidratadas e exaustas”, lembra a piloto que está há oito anos no esporte e que depois de ser navegadora, assumiu o volante no ano de 2010. Além de ter que encarar os momentos difíceis dentro da competição como calor, longas distâncias, administrar os imprevistos, quebras, pressão dos outros competidores, Helena se depara frequentemente com o preconceito. “No Rally as dificuldades existem para serem superadas. Muitos comentam que estou aqui para me promover, mas a cada dia mostro nos resultados que a mulher pode sim ser bonita, passar maquiagem antes de uma largada e pisar fundo. Sinto também quando os pilotos que ficam atrás nos resultados se tornam motivo de piada”, desabafa a única piloto que pelo segundo ano consecutivo disputa a liderança do Campeonato Brasileiro. Helena Soares confessa que já precisou abandonar uma prova por
Foto – Victor Euletério
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adrenalina Foto – Sanderson Pereira
Diamantina e terminando em Belo Horizonte, na Lagoa da Pampulha, sempre com a intenção de deixar um legado social. “Atuamos em parceria com o projeto S.A.S. Brasil – Saúde e Alegria nos Sertões, que surgiu com o propósito de transformar uma expedição pelo sertão brasileiro em uma experiência inesquecível não só para os partici-
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conta do desgaste físico, e que por isso, mesmo com o tempo escasso, ainda dá um jeito de se preparar com maior intensidade cerca de três meses antes do início da competição. “Foco no fortalecimento dos músculos das costas, trapézio e braços. Também trabalho a resistência cardíaca e intensifico a hidratação. Aumento o consumo de água nesse período”, revela. Todo esforço, porém, tem seu retorno de alguma maneira. “O prazer é quase indescritível. O Rally é uma mistura de todos os fatores que amo. Desafia nossos limites, os limites de nossas máquinas, superação, velocidade e competitividade. É isso que me atrai”, confessa Helena. Com tantas histórias de coragem e superação o Rally dos Sertões já deixou sua marca em mais de 100 cidades brasileiras, sendo a última (22 edição) disputada entre os dias 20 e 30 de agosto, cruzando os estados de Goiás e Minas Gerais, passando por
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pantes, mas, principalmente, para a população das cidades por onde os competidores passam. A proposta é a de levar saúde e alegria para as populações das cidades do trajeto do rali, levando um cinema itinerante, ações de entretenimento ligadas ao esporte, atendimento médico e montagem de cisternas para coleta de água”, diz o diretor Roque Mendes.
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aventura nocaute
Por Caio Alves
A IMPORTÂNCIA DA
PREPARAÇÃO
FiSICA
NAS LUTAS
Descubra por que o treino é um processo fundamental para o sucesso dos lutadores de MMA
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cada dia que passa o MMA ganha cada vez mais admiradores. Hoje, no Brasil e no mundo existem vários campeonatos de artes marcais mistas. O seu ‘carro-chefe’, o UFC, movimenta milhões de dólares e conta com os melhores lutadores do planeta. Entretanto, para os personagens do esporte estarem bem condicionados fisicamente durante as competições, eles precisam passar sempre por uma etapa fundamental: a preparação física. Esse procedimento faz com que o atleta de MMA adquira condições físicas ideias para aguentar a intensidade das lutas durante todos os rounds. O intuito principal do treinamento físico, entre outros que o abarcam, é proporcionar que o lutador consiga impor seu estilo de jogo ao adversário com eficiência. Para direcionar os atletas a melhor
forma física, de acordo com as necessidades individuais, é fundamental contar com excelentes profissionais da ciência do esporte. Claudio Pavanelli é prepara-
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dor físico e fisiologista esportivo e trabalha a parte física de alguns atletas de MMA. Segundo ele, o intuito principal do treino é promover um balanço entre as capacidades e os recursos físicos inerentes ao lutador. “O objetivo da preparação física é trabalhar de forma harmônica, para que o atleta tenha um equilíbrio entre as valências físicas, o condicionamento cardiovascular, mais conhecido como ter gás ou não, a resistência muscular localizada específica para os grupos musculares da própria luta, desenvolvendo a força, em dois sentidos: Tanto a força isométrica, que é aquela força parada, como por exemplo, quando você aplica um golpe de “guilhotina” ou um “mata leão”, combinada com a força dinâmica”, explica o membro da equipe Minotauro Sports. O processo da preparação física consiste em três fundamentos importantes:
a degradação física do treino, o trabalho de recuperação pós-treino, que necessita de uma alimentação regrada e o repouso. Todos esses fatores bem trabalhados são fundamentais para que a musculatura do lutador fique apta e preparada para a rotina de treinos e, consequentemente, exercer bem as funções estabelecidas pela metodologia do profissional das ciências do esporte. “O importante na preparação é possibilitar que o atleta treine bem a parte técnica, a parte que realmente é condizente ao esporte. Qualquer modalidade que o lutador treina, sejam elas boxe, jiu-jitsu, muay thai têm uma exigência física. Então todos esses detalhes precisam ser monitorados durante a semana de treinamento”, ressalta, Pavanelli. Outra questão essencial para o trabalho de preparação física ter êxito é respeitar a individualidade de cada
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nocaute aventura
lutador. É preciso aplicar o método de treino nos pontos fortes do atleta, com o objetivo de aprimorá-los, e nos pontos fracos, de acordo com as deficiências, para melhorá-los de forma gradativa. “O treinamento sempre tem que ser baseado na particularidade do atleta, ou seja, qual é a necessidade específica de cada lutador e quais são as suas características individuais. É importante analisar de qual luta esse lutador já vem, no caso do MMA, por exemplo, ele vem das lutas agarradas, então ele já tem uma força estática muito forte, ou ele é um atleta, por exemplo, que vem do Boxe” analisa o fisiologista. Na opinião do mestre e estudioso das artes marciais Beto Leitão, a ciência do esporte quebrou o estereótipo do passado de que o lutador para ter sucesso nas lutas precisava ser submetido a treinos severos, onde não tinha sequer um planejamento de trabalho. “Antigamente, quando a ciência ainda não estava inserida no preparo dos lutadores , se dizia simplificando que “a coisa mais parecida com a luta era a própria luta”, ou seja, se achava que treinando de forma bruta o lutador automaticamente con-
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seguiria aumentar seu condicionamento físico. Hoje, os preparadores físicos de ponta têm métodos científicos de alto rendimento para elevar o condicionamento físico de seus atletas a um nível extraordinário, especialmente sem colocá-los em risco”, conta Leitão. Daniel Oliveira é lutador de MMA da categoria peso médio e já disputou campeonatos como Bitetti Combat e WOCS. O atleta, que treina três vezes por semana com Cláudio Pavanelli, reforça como o trabalho da preparação com o fisiologista tem sido primordial
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para sua evolução profissional esportiva. “Começamos a preparação com 30 minutos de cardiovascular pesado. Depois eu faço um circuito que é baseado em todos os movimentos e valências da luta, como força e isometria, cardio, tudo misturado. Isso tudo em um circuito de cinco minutos. E daí eu vou trocando de exercício, para simular ao máximo uma luta, baseando-se em um round de cinco minutos. E graças a isso meus rendimentos melhoram bastante, tanto nos próprios treinos quanto nas lutas”, conta Oliveira. Outro aluno de Pavanelli é Sergio Junior, que também luta pela categoria peso médio e tem como especialidade o kickboxing. Ele acredita que a diversidade dos métodos utilizados na preparação física são o diferencial para o crescimento de qualquer lutador. “O aprimoramento seja do Kick Boxing ou de qualquer outra modalidade, vem com a repetição, com treinamentos específicos das artes marciais e com treinos que envolvam outros atletas. Isso permite que haja uma troca de conhecimento e faz com que o atleta tenha diferentes treinos, com vários lutadores e situações de risco, o que se torna interessante para o aprimoramento do atleta” ratifica Junior.
pilates e funcional
Board fitness e a evolução dos aparelhos de ginástica Com material seguro e resistente, equipamento pode ser utilizado até em aulas de Pilates
Por Vanessa Dini
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m aparelho que pode ser adaptado para diversos tipos e objetivos de treinamentos, com liberdade para os movimentos, resistência, durabilidade e que traz inúmeros benefícios para a saúde e autoestima virou moda no País. É o Board Fitness, patenteado pelo educador físico Mateus Benelli, que visa otimizar o tempo e melhorar os resultados de quem pratica atividades físicas. O aparelho, que parece um skate, por se tratar de uma mini prancha com rodinhas, é feito com madeira de reflorestamento e borracha de alto impacto, com rodízios que suportam até 30 kg cada, ou 120 kg no total. Seus cantos são arredondados e acolchoados, o que evita lesões por batidas. Reforçado e confortável, o equipamento também tem as vantagens de não se tornar repetitivo e poder ser utilizado diariamente.
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“O Board Fitness surgiu através do skate e de uma plataforma de guardar caneleiras que eu tinha em minha academia - troquei as rodas por rodízios e assim surgiu o equipamento, em 2006. Já a nossa metodologia surgiu através de uma pesquisa que fiz sobre emagrecimento, utilizando bases instáveis. Eu queria desenvolver um treinamento que utilizasse apenas um equipamento, com o objetivo de obter o maior gasto calórico possível em 30 minutos e que também fortalecesse o corpo todo, principalmente os músculos do Core (localizados na região abdominal/o centro do corpo)”, explica Benelli. Para chegar aos resultados, foram criadas quatro estratégias de aulas, chamadas de Funcional Board Fitness. Entre seus benefícios estão a resistência cardiovascular e muscular, flexibilidade, melhora da coordenação motora e a queima de cerca de 800 calorias
O aparelho, que parece um skate, por se tratar de uma mini prancha com rodinhas, é feito com madeira de reflorestamento e borracha de alto impacto por aula. O aparelho pode ser utilizado coletivamente, em academias (auxílio às aulas de abdome, glúteo, G.A.P., circuito, alongamento etc.) e estúdios ou em trabalhos com acompanhamento de um Personal Trainer. “Todas as pessoas podem fazer aulas de Funcional Board Fitness,
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pilates e funcional
“É mais uma forma diferente de praticar exercícios. Com as combinações feitas no Board Pilates a aula sempre tem atividades diferentes, porém todos possíveis de serem feitos.
desde que sejam com um professor formado na modalidade. Em nosso curso ensinamos os profissionais de Educação Física a adequar a intensidade de esforço de acordo com o nível de condicionamento físico de cada um, tomando muito cuidado com alunos hipertensos e gestantes, por se tratar de uma aula de alta intensidade”, o professor complementa.
Pilates Além das estratégias do Funcional Board Fitness, foi lançada uma aula específica de Board Pilates – atividade que reúne as técnicas e princípios do método de Joseph Pilates ao Board Fitness, para um treino mais dinâmico e
divertido, com novos exercícios disponibilizados em DVDs a cada três meses. “Os objetivos das aulas de Board Pilates são resgatar os exercícios dos equipamentos do Pilates e trazer para o Board, através de sequências pedagógicas que melhoram a postura e diminuem as dores nas costas, fortalecendo os músculos e gerando flexibilidade e força”, Benelli comenta. Os benefícios não se restringem apenas aos citados por Benelli. Essa nova modalidade de Pilates parece ter agradado muito os praticantes que procuram novidades e desafios. “As aulas de Pilates com o board fica muito mais divertido, além de ser mais desafiador, pois os exercícios são feitos em uma
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Já são mais de dois mil alunos formados na metodologia do Board Fitness em todo o Brasil, através de congressos como o Fitness Brasil, ENAF, Congresso Brasileiro de Personal, JOPEF, Conexão Brasil Goiânia, SM Fitness e Welness RJ, Recifitness, FMU e outros. Nas cidades de Campinas e São Paulo os cursos acontecem todos os finais de semana.Confira outras informações através dos contatos abaixo: Facebook: www.facebook.com.br/Boardfitness Site: www.boardfitness.com.br E-mail: contato@boardfitness.com.br
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plataforma instável”, comenta Ana Latarulla, praticante da modalidade. A aluna ainda acrescenta que percebeu diversas vantagens. “Após fazer as aulas de Board Pilates senti muito mais disposição, menos dores no corpo, maior facilidade ao executar as tarefas do dia a dia, fora que emagreci e ainda sinto meus glúteos e abdômen mais rígidos”, adiciona Ana. Para Fernando Fonseca, instrutor de Board Pilates na academia Fit Studio, as aulas estão mais cheias e os alunos mais satisfeitos. “É mais uma forma diferente de praticar exercícios. Com as combinações feitas no Board Pilates a aula sempre tem atividades diferentes, porém todos possíveis de serem feitos. Gradativamente é possível melhorar o condicionamento físico aula após aula, e isso estimula qualquer pessoa a não faltar e a conseguir os resultados que todos almejamos”.
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LEVANTAMENTO
terra um aliado da força e do bem-estar
Independente da modalidade, ele não pode ficar de fora: veja as razões que fazem o exercício ser indispensável tanto para a prática fitness quanto para o Powerlifting Por Julia Müller
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om cada dia mais adeptos no Brasil, o Powerlifting vem ganhando força e representatividade dentro do cenário nacional. O número de praticantes e competições aumenta exponencialmente, assim como a qualidade de vida de quem se dedica ao esporte. Um dos movimentos integrantes desta modalidade, juntamente com o supino e o agachamento, o levantamento terra destaca-se como um dos exercícios mais completos e eficientes da categoria e que, por isso, exige dedicação e cuidados específicos por parte dos atletas que o realizam. Apesar de parecer um exercício de fácil execução, o levantamento terra possui uma alta complexidade e requer atenção de seus praticantes. Para realiza-lo, o atleta powerlifter deve passar por uma adaptação ao treinamento de força, lembrando que uma das principais características dos movimentos da modalidade é a periodização de cargas. Entre as qualidades do exercício está a sua forte capacidade de trabalhar a estabilidade do Core (termo utilizado
pelos profissionais da área para designar o conjunto de músculos responsáveis pelo equilíbrio do corpo). Junto com o agachamento, o levantamento terra já vem sendo reconhecido como um dos movimentos que mais colaboram para uma correta adequação postural. Outra vantagem da prática do levantamento terra é que, devido o vasto número de músculos envolvidos, o exercício proporciona um gasto calórico efetivo - fato que auxilia a sua adaptação à prática fitness. A questão dele também não ser um movimento que depende de máquinas aumenta ainda mais a divulgação do mesmo fora da comunidade do Powerlifting.
As variações e exigências do levantamento terra Vale ressaltar que as técnicas utilizadas pelos powerlifters, tal como os seus objetivos, são muito diferentes do que normalmente buscam os praticantes de modalidades fitness. São três as variações do levantamento terra mais populares entre os que não almejam o ganho de
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força: o levantamento terra simples, o levantamento terra sumô e o stiff. O primeiro necessita que o atleta fique em pé com a barra anterior ao seu corpo, com os pés posicionados na largura do quadril. Com os joelhos flexionados, ele deve segurar a barra com as mãos na largura do joelho. Com a musculatura abdominal contraída, enfim, ele estenderá os joelhos e trará a barra à altura do quadril, expirando em seguida. Já o levantamento sumô diferencia-se do anterior pelo posicionamento dos pés, que ficarão dispostos com uma maior abertura lateral. Com isso, o exercício proporcionará um envolvimento de um número maior de fibras e de unidades motoras diferenciadas. Por sua vez, o stiff - que em português significa rígido - não envolve a flexão dos joelhos. O corpo tem que estar ereto, os pés na largura do quadril e a barra posicionada na altura da parte anterior da coxa. Com os joelhos estendidos, o atleta deverá flexionar o tronco e descer a barra o máximo possível, aproximando-se do solo. No entanto, a versão Powerlifting
do levantamento terra exige que a barra toque o solo. Neste movimento, a flexão dos joelhos deve estar próxima a 90 º. Por utilizar-se mais da musculatura do quadríceps, este exercício possibilita o uso de uma carga maior em comparação à utilizada nos anteriores. É principalmente tal carga que diferencia a modalidade fitness do Powerlifting, como explica o competidor e instrutor Rafael Crestani: “Nos treinos voltados para o fitness o mais importante é a forma física, sem se preocupar com as cargas altas. Já no Powerlifting trabalhamos com periodização de cargas, precisamos de um descanso maior entre cada série executada e os treinos são mais longos”. Reconhecido na comunidade brasileira da modalidade, Rafael é presidente nacional de duas federações de Powerlifting. Além disso, o atleta também possui uma academia voltada para a prática de exercícios de força localizada em Veranópolis, no Rio Grande do Sul. O professor reconhece o crescimento do esporte no Brasil, apesar de todo o preconceito ao redor de sua execução. Como atleta, Rafael gasta uma média de
O corpo tem que estar ereto, os pés na largura do quadril e a barra posicionada na altura da parte anterior da coxa
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8 horas semanais dedicando-se aos seus treinamentos, o qual é dividido em 3 seções. O gaúcho dá atenção especial para o levantamento terra, definido por ele como “um verdadeiro teste de força, onde o indivíduo tem que tirar do chão um peso da inércia”. Como professor, Rafael admite que cada vez recebe mais alunos que se dedicam aos exercícios de força para obter uma qualidade de vida melhor, a qual só é alcançada se os treinos vierem aliados a cuidados técnicos específicos. O levantamento de terra, assim
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arnold é alcançada através de hábitos saudáveis. Rafael, por exemplo, atualmente pesa 140 kg, mesmo não se preocupando com a forma estética, o atleta segue uma dieta, alimenta-se de 6 a 8 horas e ingere cerca de 6 litros de água diariamente. Rafael adverte que o praticante desta modalidade está sujeito a problemas físicos assim como qualquer outra pessoa que realiza atividades físicas. A ruptura do bíceps é a lesão mais comum de ocorrer quando se está executando o levantamento terra. Para prevenir estes acidentes e se recuperar de antigos machucados, o powerlifter visita regularmente um fisioterapeuta osteopata. Para garantir uma alimentação regrada, Rafael conta com o auxílio de um nutricionista, reforçando a ideia de que os atletas de-
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A ruptura do bíceps é a lesão mais comum de ocorrer quando se está executando o levantamento terra. Para prevenir estes acidentes e se recuperar de antigos machucados, o powerlifter visita regularmente um fisioterapeuta osteopata vem preocupar-se com a sua saúde para garantir um exemplar desempenho dentro da academia e uma boa qualidade de vida fora dela. Maíra Bastian é aluna de Rafael e praticante do Powerlifting há 8 meses e nunca teve lesões nem machucados graves proporcionados pelo exercício. Ela define o levantamento terra como um movimento completo e diz que nos exercícios de força o principal adversário é você mesmo. A atleta possui alimentação regrada, com refeições compostas por proteínas, carboidratos e gorduras suficientes para reabastecer suas demandas diárias. A jovem treina 5 dias por semana, com seções de geralmente 1h30. Maíra confessa que a modalidade ainda é discriminada por ser um esporte de força e ela, por ser mulher, sofre ainda mais preconceito por ser adepta do Powerlifting. Isso, porém, não é um fator que desanima o gênero feminino de abraçar o esporte. “Há muitas mulheres que competem no Powerlifting. Este é um esporte muito praticado por nós, “gurias”; o Rafa tem uma equipe que conta com 5 mulheres, sendo todas elas muito fortes!”, comentou a atleta. Se você está pensando em se tornar
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como a maioria das atividades físicas, exige atenções especiais por parte de seus praticantes. “Como em qualquer outro esporte, para se ter um bom resultado, tem que ter foco e primeiramente não se preocupar com a carga para executar o movimento, mas se preocupar com a execução correta e sempre acompanhada de um bom profissional. Lembrando que o bom profissional não é aquele que apenas estuda, o bom profissional é aquele que estuda e pratica, que já provou da sua teoria na prática”, reforçou Rafael. Não é somente a prática do movimento que merece atenção quando falamos em levantamento terra. Como um exercício de força, a prática do mesmo exige uma resistência física de seus atletas, que
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Seja você um atleta fitness ou um powerlifter, o terra é um exercício que não pode ficar de fora de seu treinamento. um atleta de força ou apenas quer incluir o movimento em seu treinamento, o importante é adaptar os treinos as suas condições e atentar-se aos riscos da prática do exercício. O instrutor Luis Claudio Bossi, outro nome reconhecido da comunidade, alertou um dos principais cuidados que se deve ter antes de começar a praticar o levantamento terra. “O levantamento terra trabalha com a flexão do tronco na fase excêntrica e com a extensão do tronco na fase concêntrica, por isto pessoas com problemas na região lombar requerem um fortalecimento e um tempo de adaptação maior para a execução do exercício”. O professor elencou os erros mais comuns cometidos por atletas durante a execução do movimento: “manter a barra muito afastada da perna e da coxa durante o movimento concêntrico e excêntrico; arredondar a coluna, o que aumenta a compressão principalmente nas vértebras L2-L3 e L4; não fixar os ombros, os ombros devem estar com as escapulas aduzidas trabalhando em isometria os Romboides e o Trapézio; realizar força mais com os músculos dorsais costas sendo que a participação dos músculos de membro inferior é essencial”. Não tenha medo de fazer parte do time dos que aderiram ao movimento, atentando-se aos cuidados e à execução perfeita, os benefícios do levantamento terra serão traduzidos em uma maior expectativa de vida. Seja você um atleta fitness ou um powerlifter, o terra é um exercício que não pode ficar de fora de seu treinamento.
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na academia
Tecnologia fit: academias conectadas
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Conheça serviços e soluções para os empreendimentos do ramo fitness
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á não é mais nenhuma novidade para ninguém que o mundo contemporâneo está diretamente ligado às tecnologias. Seguindo essa tendência, as academias vêm aderindo cada vez mais softwares para melhorarem os serviços. Os softwares são hoje reconhecidos como ferramentas essenciais dentro do estabelecimentos fitness, pois auxiliam na administração de negócio e também nas funções específicas do ramo. Essa tecnologia é grande aliada dos gestores na hora de organizar o dia a dia da academia e agilizar o cotidiano da empresa, desde questões burocráticas com os funcionários até a prescrição de treino aos alunos. Atualmente, tudo pode ser adminis-
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trado com a ajuda da tecnologia e diversas empresas estão no mercado aptas a auxiliar nessa escolha que pode otimizar todas as funções de uma academia. Independente da sua escolha, a Endorfina trouxe algumas opções presentes no mercado brasileiro, tanto para a administração do negócio e quanto para a organização dos treinos entre os alunos e os professores.
Tecnologia de ponta e novidades para o futuro Júlio Cesar Silva, diretor técnico da BH System, criou o CSACAD a partir de uma ideia surgida em 1998. “Eu era cliente de academia e via os recebimentos e acessos sendo controlados manualmente. Per-
cebi então a carência das academias no controle de gestão administrativa”. Silva criou então uma equipe para estudar a rotina e criar uma programa que atendesse e informatizasse este segmento. Atualmente, esse software é utilizado por mais de 1200 academias no Brasil. Segundo Silva, como essa tecnologia visa principalmente o suporte ao cliente, estão sempre em contato direto com os proprietários e usuários do sistema. “Desta forma percebemos as necessidades de inovações do mercado, e estamos sempre recebendo feedback”. Por isso, estão sempre elaborando novos recursos e colocando em prática ideias baseadas nesse relacionamento. “Temos muitas novidades para o próximo ano, principalmente melhoria da interação da academia com o cliente, onde ele vai poder pagar, ver suas fichas de treino e avaliação física através do celular”.
Atualmente, tudo pode ser administrado com a ajuda da tecnologia e diversas empresas estão no mercado aptas a auxiliar nessa escolha
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na academia
“As novas tecnologias estão sendo estudadas com o objetivo de integrar os aparelhos de musculação com o sistema para calcular automaticamente a perda de calorias...”
com o software de avaliação do desempenho do aluno, chamado Physical Test, a Terrazul criou em 1995, devido a forte presença de concorrentes, a primeira versão de um software voltado para a gestão de academias, que hoje está na versão 4, o CAD 4. Tem mais de 200 academias utilizando o sistema atualmente, com um detalhe importante: não tem mensalidade nem
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Como o mercado de software para esta área está crescendo a cada ano, as novidades não param por ai, e podemos esperar muito mais para os próximos meses e anos. “As novas tecnologias estão sendo estudadas com o objetivo de integrar os aparelhos de musculação com o sistema para calcular automaticamente a perda de calorias para cada exercício, e quantidade de vezes que um equipamento foi utilizado por um cliente na semana, entre varias outras funções. Por exemplo, os adipometros passarão a enviar informações ao sistema, auxiliando assim a avaliação física”, finaliza Silva. Inicialmente trabalhando apenas
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anuidade, o cliente compra o software como um produto. Sobre os benefícios, Gildrean Faria, Gerente Geral da Terrazul, comenta: “dificilmente um cliente de CAD abandona o software, pois não tem mensalidade nem anuidade, a única coisa que ele precisa manter é um plano de suporte em momentos de dúvidas ou de um novo usuário utilizando, mas temos planos mensais a partir de 75,00”. Eles também preparam novidades para o futuro próximo, já que essa área de tecnologia se transforma quase diariamente, e ninguém quer ficar para trás. “Acabamos de lançar o Physical Test 9.0, software de avaliação (nosso principal software), com alguns diferenciais, como a anamnese personalizada (o cliente pode adicionar até 10 perguntas ao questionário), o novo sistema de backup e alguns protocolos novos na parte de cardiorrespiratório: Carga Máxima - Banco Nagle/Balke, Carga Submáxima - carga única, entre outros”, acrescenta Faria. Belmar Ramos, da Belmar Tecnologia Esportiva, apostou no software para otimização e administração dos
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na academia
treinos dos alunos trazido da Finlândia, o FirstBeat, o qual é o distribuidor oficial no Brasil. A empresa foi criada em 2002 e nasceu dentro da universidade com a finalidade de usar o conceito de Variabilidade da Frequência Cardíaca no esporte de rendimento e também para a saúde e qualidade de vida. Como estamos a pouco tempo no Brasil, temos algumas academias no Paraná, bem como clínicas de personal training e clubes de futebol”, revela Ramos. O empresário não poupa elogios em relação à aceitação do software importado, “o feedback é altamente positivo pois o sistema é inovador e revolucionário. Tem um quantificador da intensidade do treino/aula e um índice de recuperação baseado na variabilidade
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da frequência cardíaca. O acompanhamento em tempo real de 8 parâmetros fisiológicos é uma exclusividade mundial da Firstbeat”. Segundo Ramos, este software segue a tendência em que o processo avaliativo acontece em tempo real e dentro do gesto específico da modalidade a ser praticada. “Em uma aula na academia podemos ver o nome do aluno em uma TV ou telão em tempo real, sua frequência cardíaca, o efeito do treino, o vo2 e o gasto calórico (kcal). Na sessão seguinte é possível fazer o Recovery Teste que indica o quanto o aluno se recuperou das aulas anteriores. Todos estes dados são mostrados em tempo real e depois armazenado no diário de treino do aluno”, completa Ramos.
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treino
“POR ALGUM MOTIVO SABIA QUE AQUELA ERA
A HORA DA MUDANÇA” O esportista Halan Assakura, 24 anos, destaca como o seu desempenho nas artes marciais o ajudaram a superar desafios e a conquistar um corpo saudável. Por Rosangela Andrade
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erceber as suas limitações, traçar um novo objetivo e assistir às suas próprias transformações, fez Halan se tornar um defensor do esporte. Mas isso não foi fácil, pois a palavra superação chegou cedo na vida do jovem rapaz. “Gosto da pluraridade esportiva, de acompanhar e praticar desde esportes individuais até coletivos, a sensação de desafio e superação que envolve uma competição me atraem”, revela. “Aos 12 anos a atividade física virou rotina e se tornou o instrumento principal de transformação na minha vida. Nesta fase eu estava com 98 kgs, era obesidade mórbida para uma criança da minha idade”, afirmou. Nascido na Capital Paulista, o jovem publicitário conta para a Edorfina, o se sentiu na adolescência quando se deparou com desafios preocupantes durante o seu processo de emagrecimento. “As pessoas, embora neguem, são preconceituosas involuntariamente. A impressão que me foi transmitida é de que sempre vão duvidar de você por estar acima do peso e por outras coisas. Este foi o principal desafio para mim quando comecei, pois eu era apenas uma criança e poderia desanimar por qualquer tipo de critica ou desconfiança”. Desafiou os comentários dos censores e o menino
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que amava esportes, divide hoje com as pessoas a descoberta do prazer ao alcançar o que era quase impossível e chegar lá. Com muito foco, Halan permaneceu firme nos treinos e ao passo que foi conhecendo os fundamentos das artes marciais se conectou ao esporte de diversas formas, aos 21 anos, conseguiu chegar ao peso ideal para participar de campeonatos, o que sempre foi um sonho, se tornou real. Ele foi à luta literalmente e hoje não só defende a modalidade esportiva do MMA, como também incentiva que as pessoas pratiquem qualquer esporte. “O MMA personifica muitos valores no homem, como a força, superação, dedicação e a generosidade. Sinceramente, é o esporte mais difícil de todos. Você precisa ser forte, inteligente, habilidoso, ter resistência, baixar o peso e outras coisas mais. É um esporte que tem tudo a ver com o jovem atual, que faz mais de uma coisa ao mesmo tempo, me identifiquei. Quando comecei no esporte por algum motivo sabia que aquela era a hora da mudança. Foi um toque divino, uma força superior e muita vontade de vencer. Sempre associei minha vida ao esporte de várias formas, justamente por gostar desta sensação de superação”, nos revela com sensibilidade, declarando nas entrelinhas que as transformações fazem parte da vida do ser humano e querer ter um corpo saudável é um direito, sim, por natureza. Halan teve a imagem protetora e fortalecedora de sua mãe como fonte de grande ajuda para conquistar, além dos seus alvos, outro tesouro imensurável, sua confiança interior. “Minha mãe foi meu guia. Por um lado ela se preocupava por eu estar em uma situação tão extrema, mas em todo momento me apoiou para que eu pudesse realizar a mudança que eu queria”. Outro acontecimento que marcou sua trajetória e o impressionou de maneira intensa, foi o fato de ser selecionado para participar do reality show “A Fazenda de Verão”, Record [2012]. Ele
“Minha mãe foi meu guia. Por um lado ela se preocupava por eu estar em uma situação tão extrema, mas em todo momento me apoiou para que eu pudesse realizar a mudança que eu queria”. ficou um tanto preocupado, uma vez que não tinha ideia da dimensão que esta exposição tomaria e de como o público entenderia e receberia sua história, que agora não seria apenas para o seu circulo de amigos e familiares, mas para o Brasil. Em todas as frentes que atuou, Halan mostrou sempre talento e comprometimento. “Assim que soube que entraria no programa me foquei bastante na questão fí-
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treino sica, como nunca! Estava forte, seco, resistente, bem condicionado. Porém, deixei minha principal característica de lado, que é o foco mental e a força psicológica e não tive êxito na competição. Aprendi bastante com isso e vi que a nossa energia tem que se dividir em 30% corpo e 70% cabeça”.
A pulsação do MMA De acordo com o preparador físico de alto rendimento e consultor da Integralmédica, Gustavo Barquilha, para quem deseja iniciar uma pratica esportiva e seguir o exemplo de Halan, é necessário ter conhecimento e disciplina. “Primeiramente, o MMA é uma mistura de artes marciais, então quem deseja ser um atleta de MMA necessita se aprofundar em mais de uma modalidade. Jiu-jitsu, Boxe e Kickboxing são algumas das modalidades praticadas”, declara. “O esporte é a junção de várias modalidades de combate, em que o objetivo principal é finalizar ou nocautear o adversário”. O preparador também fala dos benefícios. “A prática traz melhora para a coordenação motora, força e potência muscular, velocidade, flexibilidade, diminuição da gordura corporal, entre
outros fatores”, afirma o profissional que é responsável pelo treinamento e performance de atletas como Marcos Pezão, Felipe Sertanejo, Anderson Silva, Ronaldo Jacaré, Rafael feijão, Erick Silva, Paulo Thiago, entre outros do UFC. A orientação precisa de um profissional da área é muito importante para alcançar o resultado desejado. “Procure um bom profissional, de preferencia com experiência como professor e lutador, que tenha paciência para assimilar os movimentos ensinados e dedicação nos treinos”, diz Barquilha. Halan também compartilha do depoimento e conta que fez amigos especiais no esporte. “Hoje em dia, mantenho-me focado com a ajuda de amigos, como meu preparador Caio Franco e meu amigo pessoal Lucas Mineiro, atleta do UFC. Tenho rendido bastante em treinar com o Caio, ele tem a liberdade de falar se estou rendendo bem, se estou mal, enfim, tem sempre uma posição sincera sobre o meu status como atleta, por ser meu amigo também entende o que venho passando na vida pessoal. Além dele, na condição física, tenho o Lucas Mineiro, que me bate todos os dias... (risos) e me faz crescer como atleta e homem”.
“O esporte é a junção de várias modalidades de combate, em que o objetivo principal é finalizar ou nocautear o adversário”.
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Nosso esportista da vez também compartilha sua rotina de sucesso e declarou ainda que não tem rejeição por nenhum treino. “Acho que isso dificulta a escolha do que mais gosto, mas posso dizer que tenho preferência pelos treinos cardiorrespiratórios e de força, pois me levam além dos meus limites. Também faço uso da suplementação, devidamente orientada por um profissional, regularmente o whey protein, de 90 a 120g por dia, nos intervalos entre as refeições e no pré e pós-treino, a cafeína no pré-treino para acelerar meu metabolismo, além de glutamina para aumento de imunidade.” A sequencia favorita do treino de Halan é 5 rounds:
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1 minuto de manopla de muay thai;
30 segundos de rope training;
10 lunges com power bag;
5 repetições de supine carga máxima;
1 minuto de sprawls;
2 minutos de corrida na esteira em alta intensidade.
O publicitário termina nosso bate papo desejando muita força para seus seguidores. “Agradeço aos meus fãs, que não são muitos (risos), mas puramente verdadeiros, vencedores e guerreiros! Obrigado por existirem e trocarem energias positivas”. “Nossa corrente é mais forte, sempre na luta”, acrescenta.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ** Cerretelli P, Marconi C. L-carnitine supplementation in humans. The The effects on physical performance. Int JIntSports Med.Med. 1990; 11(1):1** Cerretelli P, Marconi C. L-carnitine supplementation in humans. effects on physical performance. J Sports 1990; 11(1):114.; 14.; Singh, R.B.R.B. et alet(1996). Postgrad. Med.Med. J. 72:45.; Jacoba, K.G.C. et alet(1996). Clin.Clin. Drug.Drug. Invest. 11:90.; Kosolcharoen, P. etP.alet(1981). Singh, al (1996). Postgrad. J. 72:45.; Jacoba, K.G.C. al (1996). Invest. 11:90.; Kosolcharoen, al (1981). Curr.Curr. Therap. Res.Res. 30:753.; Davini, P. etP.alet(1992). Drugs Exp.Exp. Clin.Clin. Res.Res. 18:355.; Pepine, C. (1991). Clin.Clin. Therapeutic. 13:2.; Cacciatore, Therap. 30:753.; Davini, al (1992). Drugs 18:355.; Pepine, C. (1991). Therapeutic. 13:2.; Cacciatore, L. etL.alet(1991). Drugs Exp.Exp. Clin.Clin. Res.Res. 17:225.; Lurz,Lurz, R. and Fischer, R. (1998). Aerztezeitschrift fur Naturheilverfahren 39:12.; Kaats, G.R.G.R. al (1991). Drugs 17:225.; R. and Fischer, R. (1998). Aerztezeitschrift fur Naturheilverfahren 39:12.; Kaats, (1992). Cur. Cur. Ther.Ther. Res.Res. 51:261.; Owen, K. et.al. (1996) Swine Day Day Rep.Rep. I. ; Owen, K, et.K,Al. Swine Day.Day. 161.;161.; Costa, M. etM.alet(1994). (1992). 51:261.; Owen, K. et.al. (1996) Swine I. ; Owen, et.(1994). Al. (1994). Swine Costa, al (1994). Adrologia. 26:155.; Vitali, G. etG.al.et(1995). Drugs Exptl. Clin.Clin. Res.Res. 21:157. Adrologia. 26:155.; Vitali, al. (1995). Drugs Exptl. 21:157.
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Conheça alguns dos Endorfinados: São Paulo • Academia Boa Forma Tel.: (11) 4447-3577 • Academia Central Park Tel.: (11) 3361-1154 • Academia Novaerobic Tel.: (11) 2071-3763 • Academia New Force Tel.: (11) 2554-1281 • Academia Saúde Funcional - unidade 1 Tel.: (11) 23691106 • Academia Saúde Funcional - unidade 2 Tel.: (11) 2369-1004 • Elite Academia Tel.: (11) 2011-4982 • Top Fitness Academia de dança Tel.: (11) 2856-4156 • Academia Up Tel.: (11) 2372-1737 • Academia Up Fitness –
unidade 1 Tel.: (11) 2364-4835 • Academia Up Fitness – unidade 2 Tel.: (11) 29498678 Rio de Janeiro • Academia Life Healthy Tel.: (21) 2682-6918 • Academia da Praia Tel.: (24) 3369-3900 • Vo2 Centro de Qualidade de Vida Tel.: (22) 3055-5030 • Gladiadores Fight Team Tel.: (21) 3285-0532 • Ipanema Pilates Tel.: (21) 7809-5000 • Natural Fit Comércio de Suplementos Tel.: (21) 2762-2468
Santa Catarina • Auravita Farmácia Natural Tel. (47) 3348-8413 Brasília • Academia Corpus Bellus Tel.: (61) 3485-9745 • Bodybuilding Sport & Nutrition Tel.: (61) 3081-1252 Bahia • Valter Fitness Tel.: (71) 3035-4328 Pernambuco • Mega Vitaminas Tel. (81) 3033-2233
Sergipe • Academia Jeferson Musculação e Fitness Tel.: (79)3215-8184 ou (79)9972-6537 Mato Grosso • Nutrynatural Tel.: (65)30256939 ou (65)30256940 Goiás • Muscle Training Tel. (62) 3214-129 Paraná • SOBS Academia de Sobrevivência Urbana Tel. (41) 3039-3767 • X-port Suplementos e Nutrição Esportiva Tel. (44) 3056-6888
Para mais informações sobre as academias e lojas de suplemento acesse o campo Estabelecimentos Credenciados no site da Revista Endorfina.
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Diadora N-2100 A marca aposta da tecnologia inovadora Net Breathing System, que permite que o pé transpire sem ficar molhado. Ideal para corridas de curta distância, o modelo N-2100 se destaca por possuir um drop mais baixo, uma tendência em calçado para running. Em cores vivas, o tênis é indicado para corredores com pisada neutra e pesa 250 gramas. Outro diferencial são as tecnologias que permitem ao calçado proporcionar equilíbrio e firmeza na corrida. A numeração vai do 39 ao 42 e o preço sugerido é R$ 349,90.
relógios esportivos TomTom A marca lança os relógios GPS com informações da performance de atletas como corredores, ciclistas e nadadores. Os TomTom Runner e TomTom Multi-Sport são os primeiros do mercado com um único botão de controle que torna mais fácil o acesso às suas diversas funções. O aplicativo MySports, disponível para a plataforma iOS, é capaz de carregar facilmente o histórico de desempenho dos treinamentos sem se conectar a um computador e têm uma variedade de recursos para atender às necessidades dos atletas. Os valores variam de R$749,90 a 1.599,90.
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O medidor de potência tem um sensor que mede as forças no pedal esquerdo para a potência total aproximada e possui a opção de atualização para sistema de sensor duplo. Apresenta a saída de energia e onde a força é aplicada, apura a potência das pernas durante os treinos, mede a cadência e o potencial total em watts. Após todos os registros, o Vector Single envia os dados via protocolo sem fio ANT+™ para os computadores de ciclismo compatíveis, como o Edge® 1000. O preço sugerido é de R$ 3.899,00. Mais informações: http://www.garmin.com/pt-BR
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Bermuda MBody Trabalhando com o balanço de esforço entre as pernas e o controle da carga sobre os quadris, a bermuda MBody quantifica o treino de maneira plena. A tecnologia é baseada na atividade elétrica dos músculos (EMG eletromiografia), sendo o primeiro produto a usar esse conhecimento para análise de performance nos esportes e em tempo real. A bermuda fornece a duração, distância, velocidade média, equilíbrio entre as pernas, porcentagem de força entre quadríceps/isquiotibiais durante o exercício. Saiba mais em www.mbody.fi/en ou pelo telefone (46) 91031643
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comportamento
O Talento a serviço da
Saúde e da Vida
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ivemos em um país continental e somos milhões de pessoas com diferenças marcantes, desde a cor da pele ao formato dos olhos, da cultura e classe social ao jeito de falar. A diversidade é parte da natureza humana. Aceitar e valorizar essa diversidade é o primeiro passo para uma educação de qualidade. É a pedagogia da inclusão. Talento é isso: vislumbrar no outro o seu potencial ilimitado para aprender, crescer e mudar, colocando todo o seu conhecimento e energia ao alcance desse objetivo. Profissionais de talento são aqueles que desenvolvem seu trabalho como que cumprindo uma vocação, são aqueles que têm paixão pelo que fazem, identificados com a causa humana, comprometidos com a transformação de uma sociedade cada vez mais excludente. O ENAF nasceu como instrumento de inclusão. Em 1986 recebemos a proposta de realizar um evento que valorizasse a classe de profissionais de Educação Física, que os congregasse em torno de objetivos comuns, em busca de mais conhecimento e disseminação das novas ideias que estavam surgindo. Na década de 1980, proliferavam academias de ginástica por todo o país e a emergente ginástica aeróbica ganhava adeptos ardorosos e sedentos por novidades. Era necessário um encontro para a troca de experiências. Aos poucos, o evento foi abrindo seus horizontes, expandindo conhecimento para todo o território nacional. Ao longo dos anos, o Esporte passou a fazer parte imprescindível de sua programação, e depois o Marketing e a Saúde, com a Fisioterapia e a Nutrição. Tudo
em consonância com os mais modernos conceitos da Pedagogia Educacional. Neste mês de outubro, no 57º ENAF, chegaremos ao número de 229 mil participantes, entre congressistas, professores e expositores. Ao longo desses 28 anos, realizamos mais de 3.300 cursos direcionados a acadêmicos, professores, profissionais da área de esporte, fitness e saúde, em diversos estados, buscando atender a demanda nacional. Contratamos mais de 4 mil profissionais para transmitirem conhecimento e compartilharem competência, provenientes de diversos lugares do mundo, sem contar os brasileiros que sempre se destacaram pela versatilidade e criatividade que lhe são características. São cursos de atualização, pós-graduação, capacitações e congressos científicos. O ENAF oferece também a Feira Sport, Fitness & Saúde com aproximadamente 40 expositores que apresentam novidades em linhas de artigos esportivos, acessórios, softwares, suplementos nutricionais, programas para academias etc. A expectativa para 2014 é a geração de mais de 15 milhões de reais em negócios. A EXPO ENAF movimenta não só profissionais e apaixonados por esporte e saúde, mas também a economia regional. A feira cresce a cada ano em número de expositores, em volume de negócios, na abertura de empregos temporários e em vendas. Esta boa fase do mercado deve-se à conscientização do brasileiro sobre a importância em cuidar da saúde e do bem-estar físico. Palco de muitas discussões e decisões importantes, o ENAF foi a única empresa no ramo a lutar abertamente pela regula-
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mentação da profissão de Educação Física, desde a época embrionária do movimento, tendo sido o fórum ideal para as reuniões dos Conselhos de Educação Física. Embora sempre inovando, nunca deixamos de preservar os princípios mais elementares da educação. Atravessando todas as crises, ao longo de 28 anos, o ENAF buscou se adequar à realidade de um público cada vez mais exigente e ávido por mudanças, mas não perdeu sua originalidade, o respeito pelos relacionamentos interpessoais, com alternativas plausíveis e sustentáveis para continuar oferecendo qualidade e inovação. A despeito de uma concorrência que, muitas vezes, coloca o mercado acima da educação, o ENAF nunca se preocupou em crescer em tamanho, em se tornar um grande evento, mas sim, em evoluir cada vez mais, atento às novidades que despontam no mundo todo. Evoluir em qualidade e inovação, em tecnologias e informação, em prestação de serviços e acolhimento.
Sebastião J. Paulino Diretor-presidente do ENAF e do Instituto ENAF. Professor de Educação Física, diretor de Desenvolvimento e Serviços Educacionais Sócio-proprietário da Encontros & Cia., organizadora dos Encontros da Feliz Idade - o maior evento voltado à terceira idade no país.