www.revistalogistica.com.br nยบ 296 junho 2015
Natura: hub inovador
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Editorial
O futuro dos condomínios
N
um raio de 100 km das grandes
Há também de se considerar uma vacância de cerca
cidades (não apenas nas capitais)
de 20% neste mercado, algo comum segundo especia-
deste Brasil afora qualquer viajante
listas. Aliás, o prazo entre adquirir o terreno, construí-
defronta-se com uma imensidão de
-lo e ocupá-lo é de no mínimo um ano e a contratação
placas de “Aluga-se” nos esqueletos
é de cinco anos para frente. A Revista LOGÍSTICA foi
dos prédios disponíveis. As empresas do segmento
ouvir os principais players desse mercado para saber
não param de construir acreditando na retomada da
o que consideram na hora de escolher uma área para
economia em pouco tempo.
abrigar um condomínio. O resultado você confere a
Para os investidores e construtores é necessário
partir da página 40.
manter as atividades de terraplanagem e construção
Ainda sobre condomínios logísticos, a Natura esco-
envolvendo vários profissionais experientes que não
lheu a modalidade buit to suit para construir seu hub
podem ser dispensados de uma hora para outra, até
em Itupeva (SP) com tecnologia inédita nas Américas.
porque no caso de um acabamento customizado para
Você conhece essa tecnologia em reportagem que co-
um novo inquilino eles que cuidarão desta entrega.
meça na página 30. Boa leitura e até julho!
Diretores: Reinaldo A. Moura, José Maurício Banzato, Eduardo Banzato, Eliane Morais de Oliveira e Mariana Moura Picolo www.revistalogistica.com.br nº 296 junho 2015
Natura: hub inovador
Redação: Sylvia Schandert - MTb 32131 Gabriela Mendonça - MTb 79367
Encontre-nos na rede:
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Edição de arte: Kátia O. Gomes, Gabriele Freire dos Santos e Fernanda K. P. Oliveira Assinaturas: imam@imam.com.br
ISSN 1679-7620
www.imam.com.br
Associado à
Publicidade: comercial@imam.com.br
ano 36 • 296 • junho 2015
Colaboradores desta edição: Eduardo Banzato, Samir Keedi, Wagner Salzano, Antônio Sérgio Pinheiro e Marcos Valle.
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Revista LOGÍSTICA é pioneira na publicação de soluções para a cadeia de suprimentos: embalagem, movimentação, armazenagem, tecnologia da informação, condomínios e operadores logísticos, transportes e serviços. Registro no Cartório de Títulos e Documentos sob número 1086, em 16 de abril de 1980.
Fale conosco: Comentários, sugestões, críticas a reportagens, artigos e releases devem ser encaminhados a: Rua Loefgreen, 1400 - V. Mariana, 04040-902 São Paulo - SP Fone: (11) 5575-1400 e-mail: redacao@imam.com.br Para solicitar edições anteriores que não estiverem esgotadas: imam@imam.com.br. Edições anteriores esgotadas (a partir de 2013) podem ser consultadas no site: www.revistalogistica.com.br
A revista LOGÍSTICA não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados ou entrevistas. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo desta revista poderá ser reproduzida ou transmitida, por qualquer meio e de qualquer forma, sem a autorização do Editor. O anunciante assumirá responsabilidade total por sua publicidade. A Revista LOGÍSTICA é uma publicação do Grupo
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Índice Número 296 | Junho 2015
Capa
Séries
Natura inaugura novo hub
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Tecnologia da Informação
20 Gestão de Estoques 24 Lean Supply Chain 34 Comércio Exterior 44 Logística pelo Mundo
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30 Reportagens 14 Sistemas disponíveis para paletização 18 Dicas para implementar S&OP 26 Efeitos da tributação na logística 28 Novas marcas de empilhadeiras 36 Segurança para operadores de empilhadeiras
Seções 06 Panorama
40 Como planejar a construção de condomínios? 46 PDM gera economia
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10 Destaques Internacionais 49 Dez Pontos sobre...
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GALPÕES LOGÍSTICOS E INDUSTRIAIS PARA LOCAÇÃO Infraestrutura completa nas melhores regiões para garantir o máximo de eficiência logística. Líder em instalações logísticas modernas com presença na China, Japão, Brasil e EUA, a GLP oferece as melhores soluções em locação de galpões. Investimos continuamente em infraestrutura, tecnologia e conhecimento para potencializar os negócios de clientes de diversos segmentos. OUTROS CONDOMÍNIOS LOGÍSTICOS GLP GLP Louveira II ............... 6.500 m² GLP Guarulhos Guarulhos (SP) 225.900 m² de área disponível
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panorama FedEx inaugura CD na Bahia A FedEx inaugurou um novo centro de distribuição em Salvador (BA). O prédio possui 10 mil m² de área construída e aproximadamente três mil posições palete, aumentando a capacidade de armazenagem da empresa na região O novo espaço contará com serviços de transporte e logística. Com a nova unidade, a FedEx aumenta em 30% sua área operacional e em 53% sua capacidade de armazenagem. Além de Salvador a companhia conta ainda com outras filiais nas princiais regiões econômicas do estado, incluindo Vitória da Conquista e Feira de Santana. www.fedex.com/br/ | 0800-703-3339
Rayflex lança porta e plataforma niveladora acopladas A Rayflex criou uma nova solução em portas seccionais com plataformas niveladoras de docas. As portas, são fabricadas com duplo painel metálico e contam com núcleo de isolamento termico, que auxilia no controle da temperatura interna do galpão, alem de garantir maior vedação. Já as niveladoras suportam até seis toneladas de carga. www.rayflex.com.br | (11) 4645-3360
Commodities
Eventos
Parceria
O Tecon (Terminal de Contêineres) de Salvador (BA), administrado pela Wilson Sons, adquiriu um equipamento que permitiu, pela primeira vez, transportar soja em contêineres. O maquinário é capaz de operar 75 toneladas de grãos por hora. Por meio de transportadores retráteis, a soja é colocado em contêineres, evitando o contato com o chão e protegida de possíveis condições climáticas adversas.
A Cargomax apresentará na Fispal (23 a 26 de junho no Anhembi, SP) seus niveladores de doca. A empresa tem em seu portfólio niveladores de docas eletro-hidráulico e mecânicos, telescópicos, docas móveis, plataformas elevatórias, niveladores basculantes, portáteis, dobráveis e avançados, e está lançando a Plataforma Veicular para Caminhões, em parceria com a Engipro.
A Somov, revendedora de empilhadeiras Hyster e Yale, fechou uma parceria com o Banco Cat Financial, do Grupo Caterpillar. O contrato possibilita o financiamento de máquinas novas com taxas e prazos competitivos, permitindo a Somov aplicar de maneira eficiente o conceito “chave na mão” para os clientes, contemplando não só a solução técnica, mas também serviços de pós-venda.
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GKO Frete auxilia no e-commerce A La Moda, companhia catarinense de moda premium adotou o GKO Frete para auxiliar em suas entregas de e-commerce, feitas por meio dos Correios. Para atender as necessidades específicas da empresa, a GKO criou um módulo que permite integrar a forma particular que os Correios tratam as encomendas, ou seja, sem emissão de CTe (conhecimento de transporte eletrônico). O maior ganho ficou por conta da rastreabilidade da encomenda. www.gko.com.br | (11) 3086-2551
Store lança WMS préconfigurado A Store já havia anuncaido seu foco em soluções específicas no começo desse ano. Agora, a empresa divulgou o lançamento do primeiro pacote de WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns) pré-configurado para os setores farmacêutico e químico. Com a solução é possível eliminar retrabalho na hora da implantação por conta do direcionamento assertivo. Além disso, o tempo de projeto é reduzido entre 20% e 40%. www.store.com.br | (11) 4039-2082
Envolvedora
Rastreabilidade
Automação
A Sunnyvale lançou uma nova máquina envolvedora orbital com braço giratório que trabalha com filme estirável para a unitização de cargas em paletes. O modelo DR1800FZFM é sustentado por estrutura de quatro colunas, trabalha em velocidade de rotação do braço de 20 rpm e detecta automaticamente a altura do palete por meio de sensor. O equipamento tem capacidade de produção de 40 paletes por hora.
A Pollux lançou um novo sistema para serialização e rastreabilidade de medicamentos para atender as novas normas da ANVISA. A solução também inclui agregação na caixa de embarque, palete, picking e controle de expedição, por meio de um ERP. O sistema agrega o conhecimento em TI da Stefanin, em automação da Pollux e de codificação da Markem-Image.
A Adimax, fabricante de rações, inaugurou um novo armazém projetado e excutado pela Águia. O autoportante com estocagem dinâmica é equipado com transelevadores, em uma instalação que tem 1400 m², 17 m de altura e capacidade de estocagem de 3800 posições palete. Por se tratar de alimentos, a estutura é baseada no sistema FIFO. os transelevadores são da Scheffer e um WMS gerencia as operações.
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destaques internacionais
Estocagem automatizada
Tecnologia para AGV’s
A alemã Gebhardt desenvolveu um sistema automático
Robôs também precisam de um sistema específico para
de estocagem por meio de carros satélites. A solução
funcionar. E para cada tipo/modelo existem configurações
garante a estocagem em múltiplos níveis, proporcionando
distintas. Pensando nisso a Adept Technology desenvolveu
flexibilidade e velocidade, ao mesmo tempo que minimiza
um sistema de gerenciamento para seu modelo de veículos
o investimento e os custos de manutenção. O shuttle
automaticamente guiados. O sistema oferece mais rapidez
possui trilhos onde localizam-se os carros satélite que
e flexibilidade nos movimentos, desviando de obstáculos e
suportam até 50 kg.
selecionando o melhor caminho para concluir uma tarefa.
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Balança para empilhadeira
Carrinhos flexíveis
Muitas cargas precisam ser pesadas antes do envio. Isso
A K.Hartwall desenvolveu um carrinho aramado que
significa tirar da estrutura de estocagem, levar até a balança
ocupa pouco espaço no armazém. Isso porque ele é
e pesar antes de passar pelo processo de expedição. A americana Rice Lake criou um acessório para empilhadeiras que racionaliza esse processo. Trata-se de uma balança que
dobrável e diminui de tamanho quando não está em uso. O design do produto permite que um seja colocado dentro do
fica localizada do garfo da empilhadeira e faz a mediação
outro, otimizando ainda mais o espaço. O produto também
imediatamente, enviando os dados para o sistema.
é configurado para ser usado em operações automatizadas.
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tecnologia da informação
WMS e as novas tecnologias de separação São várias as alternativas para permitir uma interface entre os sistemas
A
separação de pedidos está no coração da atividade de centros de distribuição. O aumento do uso de sistemas baseados em voz e o novo conceito multimodal deram impulso a uma área que foi bastante estática em termos de tecnologia e estratégia por muitos anos. Indiferente a qual nova tecnologia de separação é utiliza-
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da, existirão necessidades para suporte a essa tecnologia e mudanças relacionada ao processo dentro do sistema de gerenciamento de armazéns (WMS, “warehouse management system”). Geralmente as empresas não entendem completamente quais serão as necessidades antes de embarcarem em um novo projeto de sistema de separação. A situação será diferente dependendo não só do tipo de tec-
nologia de separação escolhida mas também do WMS específico que você tem no local. Por exemplo: o WMS é um pacote comercial, uma aplicação desenvolvida dentro da empresa ou foi um pacote comercial mas agora pode ser considerado um sistema legado? Quão antiga é a versão? As respostas para estas questões irão significativamente causar provável impacto nos esforços e
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Tecnologia de separação
Integração com WMS
Comentários
Inato
Padrão em quase todos os pacotes WMS. Apenas funções mais sofisticadas (por exemplo suporte de separação por cluster) variam substancialmente
Voz
Inato ou via interface
Até recentemente, a maioria dos sistemas WMS tinha que ser integrado com um subsistema e software de voz. A tendência agora é a integração direta, similar a sistemas RF, embora pacotes mais antigos e sistemas desenvolvidos na empresa possam precisar de interface.
Pick-to-light
Interface
Um sistema específico de controle via software específico é quase sempre utilizado.
RFID (identificação por radiofrequência)
Interface
Poucos sistemas WMS já apresentam suporte RFID e, portanto, demandam interface com softwares específicos.
Carrossel Vertical
Interface
O WMS controla diretamente o carrossel de separação ou transfere pedidos para um sistema de controle separado.
Radiofrequencia
custos da implementação de uma nova tecnologia de separação. Por exemplo, poucos sistemas de WMS comerciais originalmente eram suportados por voz até um passado muito recente. Então, a menos que você tenha uma versão recente que ofereça suporte direto para voz, se você quer adicionar voz e quer o suporte do WMS você precisará tanto de um upgrade no seu sistema para uma versão mais atualizada ou contratar um fornecedor que faça modificações em seu sistema atual. Nessa situação, existe uma terceira alternativa. Você poderia ter o WMS fazendo interface a um subsistema de software de voz. Isso é como os sistemas
de voz foram tradicionalmente dispostos estrategicamente antes dos fornecedores de WMS suportarem a tecnologia diretamente. Isto significa que o WMS deveria passar pedidos ao subsistema de software de voz e voltar a separar resultados/ atividades mas não deveria controlar diretamente o processo de separação em tempo real. Fazer essa integração deve ser certamente mais barato do que um upgrade completo e provavelmente mais barato do que fazer modificações ao sistema atual para suporte direto de voz. A mesma ideia se aplica a sistemas legados ou desenvolvidos pela empresa. Se o suporte para uma nova tecnologia de separa-
Fazer uma integração deve ser mais barato do que um upgrade completo e provavelmente mais barato do que fazer modificações ao WMS atual para suporte direto de voz
ção, tal como a de voz, é necessário, uma empresa pode utilizar isso como um catálogo para adquirir um novo pacote, construir direto do WMS ou utilizar o acesso a interface. Para as empresas que estão adotando a tecnologia de voz nesses cenários, a última opção é a mais comum. A integração com sistemas pick-to-light irão usualmente necessitar de um acesso de interface, apesar do WMS no local. Os pedidos são passados ao sistema de controle em carrossel, que gerencia a execução da separação e novamente manda os resultados de volta ao WMS. A tabela acima apresenta uma visão resumida da integração do WMS com várias tecnologias de separação. Antes de decidir sobre acesso a uma nova tecnologia, gerentes de logística e o pessoal correspondente ao setor de TI precisam revisar bem as opções de suporte ao software, custos e flexibilidade.
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embalagem
Paletizadora automática robotizada
Cargas de paletes robustas e estáveis A formação de uma carga unitizada de alta qualidade é o objetivo de todo tipo de processo de paletização
F
orte, estável e segura. Estas são qualidades importantes em uma carga paletizada. Se o produto vai ser movimentado, tem que ser em uma carga unitizada que facilite o processo. Se não estiver sobre um palete, não irá longe. É claro que o produto é movimentado a todo o momento e
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muitas vezes tem que ir muito longe até chegar a seu destino. Mas levá-lo até lá é apenas a metade do problema; a outra metade é levá-lo até o consumidor final em condições atraentes e vendáveis. É aí que entram os equipamentos de paletização. De equipamentos auxiliares básicos em operações manuais até tecnologias robóti-
cas sofisticadas, eis uma visão de algumas soluções de paletização:
Paletização manual
A paletização manual pode ser feita por pessoas e sem absolutamente nenhum auxílio mecânico. Entretanto, existem soluções simples que podem auxiliar no processo.
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Painel de apoio: a colocação do produto sobre um palete é importante para a estrutura da carga, e o painel de apoio pode ser usado para orientar o processo de carga. Normalmente com cerca de 1,2 m de comprimento e 1,8 m de altura, o painel de apoio é feito de aço e soldado a 90 graus. É um simples auxílio de alinhamento. Auxílio à elevação e posicionamento: a paletização manual também pode ser facilitada com dispositivos auxiliares como mesas de elevação motorizadas ou posicionadores especificamente projetados para as funções de paletização. Com o uso de molas calibradas ou dispositivos pneumáticos, os posicionadores de paletes ajustam automaticamente a altura da carga do palete. Podem ser complementados com mesas giratórias para que o operador possa ficar em um só lugar e girar a carga em vez de perder tempo caminhando. Em algumas estações de paletização, quando uma camada de palete é completada, o operador abaixa a superfície de trabalho conforme a necessidade para manter uma altura confortável. Como os posicionadores suportam até 2.000 kg, são necessárias empilhadeiras para depositar e retirar os paletes.
Paletizadores semi-automáticos
Existem desafios físicos e ergonômicos na paletização manual. A paletização semi-automática ou automática, com máquinas ou robôs, pode eliminar o risco de lesões ergonômicas aos funcionários e reduzir o erro do operador. Os equipamentos de paletização semi-automáticos, muito conhecidos em nichos de mercado onde os produtos são pesados e difíceis de paletizar manualmente, podem lidar com até 20 sacos ou caixas por
minuto. São bem adequados para operações de baixa velocidade que não podem justificar o custo da automação total, mas que exigem uma solução para ajudar a evitar as lesões nos funcionários. Em um tipo de paletizador semi-automático, o transportador contínuo leva o produto até o operador que o coloca em uma camada sobre uma placa. Em seguida, com o apertar de um botão, a superfície da placa retrai, deixando a camada dos produtos caírem sobre o palete logo abaixo. Em outro exemplo, o operador recebe o produto sobre um transportador contínuo em uma estação de trabalho ergonômica. Um palete de caixas variadas é formado sobre um elevador que o operador abaixa conforme a necessidade para manter uma altura confortável.
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Paletizadores automáticos
As máquinas de paletização totalmente automáticas são os equipamentos de paletização mais ergonômicos, rápidos e eficientes. Também são mais caros, com custos que dependem da velocidade da máquina e da sofisticação dos acumuladores, transportadores contínuos, dispensadores de paletes e outras máquinas auxiliares para o processo de paletização total. Há dois tipos de paletizadores automáticos: o convencional e o robotizado.
Convencional
O paletizador convencional é uma boa opção para muitas operações. Custam menos que uma máquina robotizada e têm uma faixa maior de velocidade, algo entre 10 e 200 caixas por minuto. Existem vários paletizadores convencionais no mercado, incluindo as variedades de nível alto e nível baixo, sendo que a diferença básica é onde o produto é alimentado na máquina.
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As máquinas de nível baixo recebem o produto a partir do nível do piso e normalmente são colocadas diretamente na área de embalagem onde o produto vem dos equipamentos de embalagem de caixas e pronto para ser paletizado. Os paletizadores de nível alto recebem o produto já disponibilizado ao nível do teto ou usam transportadores contínuos inclinados ou em espiral para elevar o produto até a altura correta. A máquina forma uma camada de produtos sobre uma placa, posiciona a placa acima do palete e em seguida retrai a placa, deixando a camada descer sobre o palete. As máquinas repetem o ciclo, às vezes mudando o padrão de posicionamento dos produtos, até a carga ser completada. As camadas com padrão variado tornam a carga unitizada mais robusta. Quase todos os paletizadores convencionais vêm com um utilitário para confecção de padrões ou oferecem como opcional.
Paletizadora semi-automática
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Robotizado
A paletização robotizada vem sendo muito usada nas operações de baixa e média velocidades. Embora o investimento inicial em equipamentos seja maior, as soluções de paletização robotizadas podem economizar dinheiro com a redução dos custos da mão de obra e das despesas com estoque e com o aumento da disponibilidade e com o ganho (throughput). Os sistemas robotizados também podem oferecer várias vantagens sobre as máquinas convencionais. Os paletizadores robotizados “pick-and-place” em geral ocupam menos espaço e podem formar múltiplos paletes ao mesmo tempo, de múltiplas linhas de produtos. As velocidades robóticas são medidas de acordo com os ciclos realizados por minuto. A única forma de acomodar taxas de ganho (throughput) maiores é separando múltiplas caixas por vez. De braço articulado: a maioria dos sistemas de paletização robotizados utiliza braço articulado para separar os produtos de um transportador contínuo de avanço e colocá-los sobre um palete. Os braços normalmente têm configurações de quatro ou seis eixos e cada eixo fornece um ponto de movimento. Neste modelo, a máquina permanece parada e os produtos são movimentados. Pórtico: com os paletizadores robotizados tipo pórtico, acontece o oposto – o produto fica parado enquanto uma ponte rolante movimenta-se para frente e para trás, apanha o produto e o coloca no local designado. Com um vão livre de cerca de 45,7 m, o sistema de múltiplos pórticos pode se-
parar 300 SKUs simultaneamente em mais de 250.000 caixas por dia. Os sistemas robotizados com pórtico eliminam 100% da mão de obra envolvida com a formação de paletes de SKUs variados. Por motivos de segurança, não se pode ter pessoas em uma célula robotizada devido aos movimentos inesperados do robô. Os movimentos são lógicos para o robô, mas não para o operador. A área deve ser toda fechada com o transportador contínuo trazendo os paletes e levando as cargas completas sem o envolvimento do operador. Efetuadores: as ferramentas na ponta do braço do robô ou efetuadores que manipulam o produto podem incluir garras para serviços pesados na paletização de sacos em alta velocidade, pinças a vácuo para caixas leves e médias e agarradores para caixas pesadas. Em um exemplo, uma ferramenta na ponta do braço do robô é composta de garras que sustentam o produto além de um mecanismo que abraça o produto durante a movimentação do robô. As garras da ferramenta são inseridas por debaixo dos produtos de papelão e levantadas depois que o mecanismo de grampo é ativado para abraçar o produto. Quando a camada é colocada sobre o local de posicionamento, as garras são puxadas para fora debaixo das caixas de papelão e caem suavemente sobre a pilha. O grampo age como suporte enquanto as garras são tiradas por debaixo das caixas de papelão. Em outro exemplo, um cabeçote desce e cobre a área inteira do produto; roletes dentro do cabeçote encaixam o produto na parte de baixo e usam roletes de fricção para levantá-lo e movimentá-lo. Em resumo, são vários os modelos disponíveis, para diversas situações. O ideal é avaliar a solução que melhor se adapte à necessidade.
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opinião
Dicas para implementar o S&OP Atentar-se a algumas etapas garante a qualidade do processo
M
uitas empresas estão hoje caminhando para a implementação do S&OP (“Sales and Operations Planning”, Planejamento de Vendas e Operações), que consiste em um modelo de planejamento colaborativo em nível tático. Como grande vantagem do processo está a participação colaborativa das diversas áreas, que elaboram o plano e se comprometem a executá-lo. O segredo para o sucesso é a qualidade do processo de implementação onde, via de regra, as empresas falham. Inspirado em um artigo de Jay Sharma, especialista em S&OP da Manuplus Consulting, de Londres, fiz o resumo de alguns pontos que devem ser seguidos: Participantes-chave: o S&OP pode ser implementado com diferentes participantes ou etapas, dependendo do negócio de cada empresa ou objetivos que estão sendo buscados. Estes participantes precisam estar claramente definidos para cada etapa de implementação, bem como o
plano de comunicação precisa ser adequadamente definido. Nível de agregação: por definição, o S&OP atua em nível agregado (famílias ou grupos de materiais), porém diferentes equipes ou tipos de produtos podem desejar diferentes níveis de agregação que, se não adequadamente gerenciados, podem gerar confusão caso as equipes não busquem uma hierarquia comum (produto, região, tipos de clientes, etc). Preferencialmente a empresa deve trabalhar com um critério único, mas se houverem diferenças estas precisam estar documentadas em níveis e relacionamento. Horizonte de planejamento: usualmente o planejamento visa o médio prazo, compreendendo entre 12 e 18 meses, mas não há uma regra rígida. Em alguns casos, o planejamento financeiro pode necessitar de um horizonte de até dois anos devido ao planejamento de compra de matérias-primas e itens importados. O importante é que o escopo e os objetivos dentro do período de planejamento estejam claros e documentados.
Conheça as experiências de outras empresas e as melhores práticas para a adequação dos processos para a realidade da empresa 18
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Escala de tempo: normalmente adota-se o planejamento mensal. As complicações podem ocorrer quando cada equipe usa escalas de tempo diferentes, por exemplo, vendas se planeja por semana, finanças por mês e produção por dia, e cada uma das áreas com seus próprios calendários. É essencial que sejam mapeados estes processos de forma que todas as diferentes escalas de tempo possam se integrar adequadamente. Extensão do planejamento: embora o conceito de S&OP defina que a cadeia interna deva ser envolvida como um todo, é fundamental identificar se a extensão da atuação do S&OP realmente será esta ou se será apenas parcial, avaliando somente produtos acabados, ou somente matérias primas, se devoluções e atrasos entram ou não na análise, se o escopo é limitado geograficamente, etc. A falta de clareza nesta definição pode gerar comparações entre “laranjas e bananas” em um nível agregado, não se chegando a resultados válidos. Calendários: boa parte das empresas tem diferentes calendários de planejamento interno. Para que o S&OP seja efetivo é essencial que haja uma padronização do calendário que deve se estender a pelo menos um ano, e deve estar sincronizado com to-
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dos os processos de planejamento dentro da empresa. Bases de dados: é possível que as informações estejam guardadas em diversas fontes e bancos de dados. Isto deve ser bem entendido, pois situações como estas podem causar problemas e discussões, questionando-se prazos e fontes de informações quanto à sua qualidade e acuracidade. Os participantes chaves devem estar acordados sobre os relatórios, que devem ser fontes de informações do S&OP, bem como os atributos de governança destas informações. Indicadores: a maioria das discussões na reunião de S&OP ocorrem em termos de indicadores e metas, sendo essencial a criação de KPIs (“key performance indicators”, indicadores chaves de desempenho) cujas formulas estejam claramente definidas, bem como seus critérios e premissas possam ser usados por todas as equipes envolvidas. É importante, em alguns casos, que exista mais de um indicador para monitorar um mesmo parâmetro, para que este seja garantido, como por exemplo a meta de forecast (previsão de vendas) e a acuracidade desta previsão. Governança: naturalmente as variadas equipes direcionam seus processos de planejamento de forma diferente. No S&OP o curto e médio prazos devem ser direcionados por Marketing e Vendas, e o longo prazo deve ser orientado pelo planejamento estratégico, orientações financeiras (margem, EBITDA, etc.) e considerações da operação quanto a investimentos e ampliações de capacidade. É importante que as equipes estejam alinhadas sobre quem governa os números para cada horizonte de planejamento.
Glossário de termos: diferentes equipes em uma mesma empresa podem ter entendimentos variados sobre os termos de negócios utilizados. É essencial que se estabeleça um glossário para definir de forma comum os diversos termos a serem usados no S&OP sobre a demanda (demanda independente, demanda dependente, demanda de distribuição), os estoques (comprometido, disponível, amostras, etc.), os pedidos (diferentes tipos, planejados, firmes para entrega total, entregas parciais, etc) e as informações (vendas, faturamento, etc.).
Conclusões
Um caminho para que estes pontos sejam definidos é a realização de uma série de reuniões e workshops com os interessados chaves para a busca do comprometimento da equipe, documentação dos procedimentos e decisões, listas de exceções, etc. Outro caminho é começar entendendo as experiências de outras empresas e buscando conhecer as melhores práticas como um guia inicial para a customização e adequação dos processos para a realidade da empresa. Antes de tudo, você deve se certificar de que o que você estiver tentando fazer não tenha sido feito ou tentado por alguém antes.
Wagner Salzano
é instrutor e gerente de projetos da IMAM Consultoria junho 2015
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gestão de estoques
Qual o tipo de estoque? Veja como manter o inventário, dividido em matéria-prima, material em processo e produtos acabados
F
abricantes ou montadoras precisam saber como separar o inventário entre produtos acabados, estoque em processo e matéria prima. Uma decisão equivocada pode sair muito caro, resultando em ex-
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cesso de produtos acabados que reduzem os giros e aumentam a obsolescência, interrupções na produção que reduzem o serviço ao cliente e a eficiência da manufatura e interrupções do fornecedor que consomem recursos de agilização e aumentam o custo.
É necessário um meio de satisfazer simultaneamente a necessidade das finanças de reduzir o inventário, o desejo de vendas de aumentar o serviço ao cliente e a necessidade da manufatura de manter seu programa de produção. A melhor solu-
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ção é aplicar técnicas de estoque de segurança nos produtos acabados e nas matérias-primas, produzindo um Kanban. Usando a meta de serviço, o erro de previsão, a distribuição de erros, o lead-time e a frequência dos reabastecimentos, pode-se calcular o estoque de segurança de qualquer produto em qualquer etapa do processo de manufatura. Todos eles são conhecidos ou podem ser calculados. Então, por que a técnica do Kanban não é mais amplamente usada? No passado, o erro de previsão e a distribuição de erros aos níveis de estoque em processo e de matéria-prima não eram conhecidos. Mas hoje estes valores podem ser calculados (veja a ilustração 1). O processo interpreta o erro de previsão de produtos acabados (nível 0) através da estrutura da lista
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Ilustração 1: interpretação dos erros de previsão NÍVEL 0
PA 1
NÍVEL 1
MP 1 (PA 1, PA 2)
NÍVEL 2
MP 3 (PA 1)
PA 2
PA 3
SC 1 (PA 1)
SC 2 (PA 2, PA 3)
MP 4 (PA 1, PA 2, PA 3)
MP 5 (PA 2, PA 3)
MP 2 (PA 3)
MP 6 (PA 2, PA 3)
(Revela a fonte Original do Erro de Previsão)
PA = Produtos Acabados
SC = Sub-conjuntos
de materiais até o próximo nível abaixo. Em seguida, este processo é repetido movendo o erro de previsão de cada nível abaixo até atingir o nível de matéria-prima. A implementação do Kanban reduz o inventário mantendo, o estoque de segurança em sub-
MP= Matéria Prima
-montagens e matérias-primas mais baratas. O investimento em produtos que necessitam de maior serviço aumenta o serviço ao cliente. As interrupções nos programas de produtos ou as agilizações dos fornecedores podem ser eliminadas ou reduzidas ajus-
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Ilustração 2: lead-time dos componentes Componetes
Uma decisão
equivocada
02 - 2193 01 - 4345 01 - 3703 01 - 3895 01 - 3203 01 - 3133 01 - 2003 0
40
20
60
80
100
120
140 Lead - Time (dias)
pode sair muito caro, resultando em excesso de produtos acabados, interrupções na produção e no fornecimento
Ilustração 3: comparação de uma peça (com e sem estoque) Estoque de segurança de produtos acabados ($)
Serviço dos produtos acabados
Faltas de estoque projetadas anuais dos produtos acabados
Estoque de segurança dos componentes ($)
Serviço dos componentes
Faltas de Estoque projetadas anuais de matéria-prima
Estoque de segurança total ($)
Sem estoque de segurança (componentes)
168.308
99,99
0,24
0
0
0
168.308
Com estoque de segurança (componentes)
113.277
99,99
0,24
9.064
99,46
0,28
122.341
Economia
55.031
tando-se as metas que gerenciam o nível anual de interrupções ou falta de estoque. Por fim, o lead-time efetivo pode ser reduzido com a implementação de um Kanban que forneça essencialmente 100% de serviço.
Redução do Inventário
Ao fabricar um produto, por exemplo, a partir de sete componentes – seis com lead-times menores que 35 dias e um com lead-time de 130 dias (veja a ilustração 2) – qual é o lead time do produto acabado? Se a sua resposta for 130 dias, você obterá um excelente servi-
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(9.064)
ço, porém giros de inventários deficientes. Se disser 35 dias, você obterá excelentes giros, porém um serviço bastante deficiente. Então como obter excelentes giros e serviços? A resposta é usar o estoque para o componente de lead-time longo. Imagine que para fornecer um serviço de 99,99% no nível de produtos acabados para este item e para os outros 60 itens que necessitam desta matéria-prima com lead-time longo, seriam necessários $168.308 de estoque de segurança se ele for mantido apenas o nível 0 (veja a ilustração 3). Entretanto, o acréscimo de
45.967
$9.064 de estoque de segurança ao material de lead-time longo elimina seus 130 dias do cálculo do lead-time cumulativo. Como resultado, são necessários apenas $113.277 de estoque de segurança de produtos acabados para se fornecer o serviço desejado. Isto significa que $9.064 de estoque de segurança ao nível de componentes elimina a necessidade de $55.031 ao nível superior – uma economia líquida de $45.967 ou 27%. Além disso, o lead-time médio para esses 61 itens diminuiu de 67,8 parar 36,3 dias – um ganho substancial em flexibilidade da manufatura.
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lean supply chain
Planejamento integrado Aplicar o Lean como uma estratégia para toda a cadeia de suprimentos gera resultados positivos em todas as áreas
O
timizar os processos e reduzir os custos na cadeia de suprimentos é um desafio que está sendo enfrentado por muitas empresas atualmente. Porém, a abrangência das cadeias leva a esforços para otimizações pontuais que muitas vezes não representam o ótimo global. Ou seja, o desafio da gestão de toda a cadeia de suprimentos deveria estar alinhado a filosofias, princípios e conceitos que influenciam a gestão do todo.
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A IMAM Consultoria estruturou, no começo dos anos 2000, uma metodologia para redução de custos e otimização dos processos baseando-se nos princípios Lean, derivados do Sistema Toyota de Produção (TPS) aliado aos conceitos da Teoria das Restrições (TOC) e Seis Sigma. O fato de conhecer os conceitos e técnicas da qualidade e produtividade que foram determinantes na melhoria dos sistemas produtivos é necessária, mas não é suficiente quando se trata de Supply
Chain. Dominar cada processo da cadeia de suprimentos bem como ter a visão do todo e não apenas das partes é um grande desafio quando desejamos levar o Lean ou qualquer outro conceito de competitividade para a gestão da cadeia.
Exemplificando
Os profissionais que se especializaram no processo de planejamento da cadeia logística passaram anos se qualificando e investindo em atingir a excelência.
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Fonte: Estrutura da Metodologia Lean Warehouse (IMAM Consultoria)
Porém, isso talvez signifique menos conhecimento em áreas específicas como entrega, manufatura, suprimentos, etc. Assim, a percepção de oportunidades de inovação e/ou otimização da cadeia de suprimentos por meio da filosofia Lean se dá apenas quando consegue-se estabelecer uma equipe que viabilize uma análise integrada e simultânea dos impactos das ferramentas Lean em toda a cadeia. O poder da metodologia por trás do Lean na Supply Chain se dá pela construção de uma estrutura de análise integrada e uma gestão de projeto que permite a geração de ideias por todos os especialistas. São poucas as empresas preparadas do ponto de vista de análise de viabilidade de ideias para a cadeia logística. Imagine o número de possíveis ideias para uma cadeia de suprimentos enxuta que ficam apenas na fase de ideias por não se analisar o impacto da mesma no todo. E o inverso também ocorre: imagine o número de ideias que trazem uma melhoria local, mas que prejudicam o todo.
Planejamento integrado
Investir em planejamento é uma realidade sempre destacada para a busca de excelência. No caso de projetos relacionados com Lean Supply Chain, a necessidade é de investimento em planejamento, mas em uma abordagem integrada que só pode ser assegurada com equipes de profissionais que cubram a visão do todo. A Lean Supply Chain, na visão da IMAM Consultoria, só pode ser alcançada de maneira efetiva se cada um de nós profissionais de supply chain entender mais as nossas limitações nessa área (humildade) e compartilharmos nosso conhecimento com uma equipe de classe mundial.
Eduardo Banzato é diretor do Grupo IMAM junho 2015
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impostos
Efeitos da tributação na logística Acompanhe na tabela as alíquotas do ICMS por estado
O
IMAM Consultoria, visa ilustrar as principais alíquotas por Estado. Vale salientar que há algumas exceções, com operações com características distintas. Uma delas são as operações de vendas internas onde o Estado concede redução da base de cálculo do ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços). Outra
s impostos de cada estado podem comprometer, e muito, uma operação logística. Por isso, o tema deve ser considerado antes de viabilizar um novo empreendimento ou uma nova operação. O infográfico a seguir, elaborado em conjunto pela Vigna Advogados e pela
situação são as operações de vendas destinadas às áreas de livre comércio, como a Zona Franca de Manaus. Neste caso, o ICMS é isentos para essas operações, excluindo-se desse benefício os seguintes produtos: açúcar de cana, armas e munições, perfumes, fumos, bebidas alcóolicas, automóveis de passageiros e semi-elaborados.
Tabela do ICMS para produtos nacionais DE
PARA
AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO
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AC
AL
AM
AP
BA
CE
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MA
MG
MS
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PA
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12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 7% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 7% 7% 12% 12% 12% 7% 7% 12% 7% 12%
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12% 12% 12% 17% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 7% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 7% 7% 12% 12% 12% 7% 7% 12% 7% 12%
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Cargas partindo do estado de São Paulo
Legenda ICMS de 7% ICMS de 12%
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Operação de venda de mercadorias com substituição tributária do ICMS
Nas operações de vendas realizadas dentro do próprio estado ou também nas operações de vendas para os outros estados, o contribuinte sempre deverá se atentar aos protocolos que tratam das mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária do ICMS firmados junto ao CONFAZ. Produtor e importador substituto: obrigação pelo recolhimento das demais cadeias Recolhimento do ICMS base própria: responsável pelo recolhimento do ICMS ST nas operações dentro do próprio estado ou para o de destino. - Atacadista substituído: não haverá recolhimento do ICMS pois já houve a antecipação do imposto pelo produtor e /ou importador - Varejista substituído: não haverá recolhimento do ICMS pois já houve a antecipação do imposto pelo produtor e /ou importador.
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empilhadeiras
Há espaço para novas marcas? Manitou e Zoomlion trazem suas empilhadeiras no mercado brasileiro
A
pesar da crise, algumas empresas internacionais de empilhadeiras ainda apostam e continuam investindo no Brasil, trazendo novos modelos ao País. É o caso da chinesa Zoomlion, que será distribuída pela GMT Máquinas e Equipamentos e da Manitou, que passará a ser distribuída pela Coparts. A empresa francesa Manitou, conhecida por sua linha de manipuladores telescópicos, está trazendo ao Brasil sua linha de empilhadeiras contrabalançadas elétricas e a combustão, além de empilhadeiras 4X4. Será represen-
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tada em São Paulo pela Coparts. “São equipamentos sem muita eletrônica embarcada e a empresa é conhecida por seu ótimo pós-venda”, afirma o diretor comercial da Coparts, Carlos Fernandes. “Nosso pós-venda diferenciado foi um dos fatores que levaram a Manitou a escolher a Coparts como representante”, completa. As empilhadeiras contrabalançadas a GLP disponibilizadas pela Coparts têm capacidade de 1,5 a 7 t e as diesel de 1,5 à 10 t. Já os modelos elétricos contrabalançados têm de 1,5 a 3 t. A Coparts também comercializará as plataformas elevatórias e os manipuladores telescópicos da Manitou.
“Estamos confiando na boa aceitação das empilhadeiras no mercado brasileiro. Os produtos Manitou são de primeira qualidade, têm acabamento espetacular, exigem pouca manutenção e preço muito competitivo”, diz Carlos. “O Brasil é um mercado grande e estratégico para nós”, afirma Pierre Warin, diretor comercial da Manitou. “Entramos no País a algum tempo com nossas linhas de manipuladores telescópicos e plataformas elevatórias até ganharmos mais maturidade para entrarmos em segmentos mais competitivos, como o de empilhadeiras. Nossa expectativa no curto prazo é conhecer bem esse mercado e em três ou
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quatro anos, sermos uma solução de referência para o cliente”.
Zoomlion
O primeiro carregamento de empilhadeiras Zoomlion chegou no fim de maio. Junto vieram os primeiros itens do estoque de peças de reposição que está sendo montado pela GMT. “Por contrato, temos que trazer 2% do valor da importação em peças, mas, para montar o estoque básico, estamos trazendo bem mais”, diz Levi Damame, diretor da GTM. A proposta do novo representante da Zoomlion é trazer empilhadeiras da China todos os meses. Neste primeiro embarque foram 25 empilhadeiras e a meta de GTM é vender 500 unidades nos 12 primeiros meses do acordo. “Estamos confiantes no produto, no custo-benefício, no suporte e muito otimistas com a
LiuGong abre primeira fábrica no Brasil A fabricante chinesa de empilhadeiras e máquinas pesadas para construção LiuGong inaugurou sua primeira unidade fabril no País, no município de Mogi-Guaçu (SP). Foram investidos R$ 120 milhões ao longo de três anos. A fábrica tem 6 mil m2 de área construída em uma área total de 26 mil m2 e montará inicialmente apenas máquinas LiuGong, como pás carregadeiras e escavadeiras. A empresa está em processo de formação do grupo de fornecedores locais para dar início efetivo à fabricação local. A unidade será dividida em ilhas, distribuídas segundo o modelo de máquina a ser montado.
demanda da indústria para empilhadeiras, especialmente pela diversidade de modelos que a Zoomlion fabrica”, afirma Levi. A Zoomlion é um grupo industrial de grande porte na China, já produz guindastes, escavadeiras, gruas e elevadores de obras, máquinas de concreto e outros, adquiriu recentemente a fábrica de
empilhadeiras e máquinas agrícolas da Chery. No ano passado, foram fabricadas 6 mil empilhadeiras e a meta para este ano é 10 mil unidades. A linha de empilhadeiras inclui unidades movidas a GLP, Diesel e Elétricas, bem como os equipamentos da linha “Warehouse”, para grandes armazéns e centros de distribuição.
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capa
Vista interna do hub da Natura
Natura: hub com tecnologia inédita Somente dois CDS no mundo utilizam a mesma solução
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novação, produtividade e sustentabilidade estavam na meta da Natura quando projetou seu novo hub em Itupeva (interior de São Paulo). Como resultado, a empresa acaba de inaugurar o mais moderno hub logístico das Américas, com uma tecnologia inédita no país que permite a estocagem de caixas e paletes gerenciadas por um WMS
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customizado. O sistema, que compreende transelevadores e Navettes (veja box sobre essa tecnologia da SSI Schaeffer) permite a montagem de paletes mistos e possibilita grande aproveitamento da área de estocagem além de um giro de estoque três vezes mais rápido que outro sem a tecnologia. “O Navette, que significa satélite que vai de um lugar para outro,
permite um picking altamente dinâmico, no qual armazenagem, controle de fluxo e sequenciamento individual podem ser executados em um único sistema. Retiradas são preparadas exclusivamente para entrega dos materiais nas localizações de expedição e picking relevantes, sem necessidade dos mesmos serem agrupados e distribuídos através de um sistema de
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transportadores contínuos”, afirma o diretor da SSI Schaeffer, Daniel Del Campo. Somente outras duas empresas, localizadas na Suíça e na Austrália, utilizam a mesma tecnologia. O investimento nos equipamentos foi de 73 milhões de reais. A área foi desenvolvida e construída sob medida (“build to suit”) pela Bresco Investimentos. A Natura será locatária do imóvel por um período longo. O empreendimento se destaca pelo pé direito de 19 metros, próprio para atender a operação automatizada. O hub tem 29 docas, piso com capacidade para suportar 8 t/m², sofisticado sistema de combate a incêndio com sprinklers na cobertura e nas estanteiras (in racks), sistema de ventilação natural que garante a preservação da qualidade dos produtos, reuso de água, vagas para caronistas, bicicletário, ampla área de integração dos funcionários, além de outros itens que conferem alta eficiência energética e o bem-estar dos usuários. A área, com capacidade para 90 mil paletes e 3,5 milhões de caixas, armazenará 100% dos produtos de fabricação interna e de seus parceiros instalados em ci-
dades próximas a Itupeva. De lá saem cargas para oito centros de distribuição em todo País e também para os países onde a empresa mantém operação internacional: Peru, Argentina, Colômbia, México, Chile e França. Em média serão movimentadas 60 carretas por dia. Com o hub, o centro de distribuição de Jundiaí será, aos poucos, desativado.
Tecnologia
O hub conta ainda com transeladores para estocagem de paletes, dois paletizadores e dois despaletizadores automatizados. Uma vez recebida e inspecionada, a carga, até então movimentada por empilhadeiras da Crown, não tem mais contato humano no processo de estocagem. Para reaproveitamento das caixas, as empresa trabalha com dois tamanhos desta, tanto para a fábrica, estocagem e envio ao consumidor (revendedoras). Outra novidade é o circuito São Paulo 100% automatizado: uma carreta especialmente desenvolvida pela Natura é carregada em Cajamar com produtos acabados, descarregada no hub em Itupeva, montada novamente com produ-
Transportadores telescópicos levam caixas direto ao baú do caminhão
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Tecnologia inédita no Continente O Navette (marca registrada da SSI Schaeffer) é um shuttle adaptável de multi-níveis de estocagem. A solução aumenta a eficiência de armazenagem e picking de bandejas, caixas plásticas e caixas de papelão de armazéns automatizados. O Navette é integrado às estruturas de aço dos corredores dos armazéns automáticos. Ele é guiado por um trilho e opera como um componente único atendendo até oito níveis de estocagem – dois deles em parale-
lo. É equipado com dois dispositivos de movimentação de carga dispostos um sobre o outro. A distância entre eles corresponde à distância entre dois níveis de rack. Cada dispositivo de movimentação de carga transporta duas bandejas ou duas caixas plásticas/papelão. Em um ciclo de carga, o Navette move um total de quatro unidades de transporte simultaneamente, atendendo localizações de estocagem em dois níveis em uma única sequência
Sistema de estocagem com Navette
de operação. Diferente dos shuttles de nível único, o Navette é capaz de operar em genuínos ciclos duplos. Pode realizar estocagem e retirada simultaneamente em um único processo de posicionamento. Isso minimiza tempos de operação, dobrando a eficiência do processo. O Navette permite o acesso ao maior número possível de artigos nos canais de estocagem e um fluxo de operação otimizado através de processos paralelos. As aplicações baseadas no Navette podem ser construídas sob medida de acordo com o volume de pedidos, o rendimento exigido e estrutura individual dos artigos, e também apresenta um alto nível de adaptabilidade. Integrado com o 3D-MATRIX Solution, níveis de desempenho antes inconcebíveis se tornam realidade. Os elevadores do Navette, nessas aplicações, atuam como um elo entre o sistema de transportadores e os níveis individuais de fluxo do Navette. O posicionamento e o número de elevadores por corredor são adequados a cada projeto.
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tos solicitados pelo centro de distribuição de São Paulo e por fim descarregada na capital paulista sem nenhum contato humano. O processo de retirada e abastecimento de produtos desta carreta especial, chamada Ancra, leva cinco minutos. “Montamos toda a carga fora do
caminhão e depois, através de um sistema de transportador contínuo telescópico e elevadores, transportamos tudo para o interior da carreta”, explica Angel Medeiros, diretor de Inovação Logística da Natura. O mesmo processo, de forma inversa, é feito para a receber a carreta.
O Navette tem um trilho e opera como um componente único atendendo até oito níveis de estocagem – dois deles em paralelo 32
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A empresa está conseguindo fazer entre 11 a 12 viagens por dia (entre hub de Itupeva e o CD de SP) com carretas com esta tecnologia. A carreta transporta 2.600 caixas com diferentes produtos por viagem. A Coopercarga, parceira da Natura há cerca de oito anos, realiza as operações neste armazém com 20 carretas movidas a etanol, sendo que uma delas já é com o novo sistema. A aquisição de mais três equipamentos Ancra já foi realizada. “Nos sentimos orgulhosos
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em ser o único operador logístico a integrar esta parceria com carretas automatizadas”, afirma o presidente da Coopercarga, Osni Roman.
Localização estratégica
Quase 100% do que a Natura produz está a 50 km do hub. “Estamos em localização privilegiada. O aeroporto de Viracopos e o porto de Santos são próximos, muitos dos parceiros e a principal fábrica da Natura ficam muito perto. Conseguiremos escoar nossa produção mais rápido, explica Josie Peressinoto Romero, vice-presidente de operações e logística da Natura. O hub está preparado para atender o volume da Natura, que cresce 30% ao ano na América Latina, até 2018. Tem potencial para expansão de 12 mil m² de galpão e área de preservação de 15 mil m², que vai de encontro com a política
Hub da Natura em números 35 mil m2 de área construída 90 mil posições paletes 13 transelevadores para paletes 20 Navettes para estocagem de caixas 2 robôs para despaletização automática 2 robôs para paletização automática (inclui paletes mistos) 2 transportadores telescópicos para carga a granel (caixas) 3,6 milhões de caixas (capacidade) 35 mil posições caixas (capacidade) 60 carretas por dia Processo de retirada e abastecimento de carreta Ancra em cinco minutos Carregamento de carreta a granel (caixas) e duas horas 3 mil paletes por dia (fluxo) 180 empregos diretos e indiretos
de sustentabilidade da Natura e da Bresco. Foi construído de acordo com as exigências do Green Buil-
ding Council Brasil, já obteve a certificação LEED Green e está em processo de certificação Silver.
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comércio exterior
Portos: venda ou estadualização Para melhorar a produtividade deve-se mudar o atual modelo de administração
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olto ao assunto porto de Santos, visto que resolvi fazer de 2015 o meu particular ano do porto de Santos. Estou em campanha intensiva pelo seu fortalecimento, pela sua importância. E acredito, sem presunção, que tenho apoio da maioria nessa luta que, por mais inglória que possa parecer, merece ser lutada. Mas não é só Santos que merece atenção, embora seja nosso porto mais importante e motivo desta reflexão. Serve para todos, por tabela. Independentemente das necessidades físicas do porto, que já coloquei em muitos artigos, precisamos também de outros olhares sobre ele. É necessário que ele seja transferido à iniciativa privada de fato, vendido, retirado do jugo do Estado, não apenas por meio de privatização das operações portuárias como tem ocorrido. Mas, se continuar estatal, que seja olhado de perto e não de longe. Assim, é preciso abrir uma luta, pelo menos, pela sua estadualização ou municipalização. O mesmo deveria ser feito com todos os portos brasileiros, para que sua administração seja feita por pessoal que vive a sua realidade, e não a partir de Brasília, pois a distância e a miopia fazem mal aos portos.
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Com certeza, em Santos, e no restante do país, há pessoal adequado para cuidar do assunto e administrar os portos como eles merecem. E nem será uma aventura, já que temos entre nós os bons exemplos dos portos de Paranaguá e Rio Grande, cuja direção é dos governos dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, respectivamente. E, como se sabe, funcionam muito bem. Sem contar o fantástico exemplo do porto de Itajaí, administrado pela prefeitura da cidade, e que, apesar de pequeno fisicamente, com quatro berços, tem uma operação, produção e produtividade invejáveis, que com frequência o coloca como o segundo maior porto do país na operação de contêineres. E ainda temos na região, fazendo parte do complexo, em Navegantes, um terminal privado. Não se justifica que os portos brasileiros sejam olhados a partir do Planalto Central, e seus interesses políticos, sem consonância com a operacionalidade e custos
portuários, em especial o Porto de Santos, administrado por partidos políticos, como sempre ocorreu, o que é um absurdo. Além disso, não podemos mais ter a tradicional forma de licitação dos portos, que dominou as privatizações das operações portuárias no país, em que o que interessa é quanto de joia se entrega ao governo para poder operá-lo. Como a entrega é sempre de uma sucata, que quase nada vale, os operadores portuários vencedores têm que colocar navios de dinheiro para sua recuperação. Ora, ou se entrega sem nenhuma cobrança e os concessionários investem no porto ou o governo investe e entrega para operação. Afora isso, eles ainda devem pagar ao Estado por cada contêiner ou tonelada embarcada. E, pior, o terminal continua pertencendo ao Estado, devendo ser devolvido no final da concessão. E, ainda, como se tem visto ao longo dos últimos anos, não sem sobressalto, com o governo sempre querendo mudar as regras
A administração tem que parar de ser política e passar a ser técnica, nomeando pessoas com notório conhecimento na área, que é única coisa que faz funcionar um país
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no meio do jogo, o que fez recentemente com a Lei 12.815/13, com mais retrocessos, como, por exemplo, a eliminação do poder do CAP – Conselho de Autoridade Portuária – devolvendo às Companhias Docas a condição de Autoridade Portuária. Ora, assim não há como ter custos baixos e eficiência absoluta. No primeiro mundo, do qual estamos distantes por décadas, talvez séculos, não costuma haver todas essas cobranças como ocorre neste país tupiniquim. A entrega é com o porto em condições de operação, vide o exemplo da Bélgica para isso, em que o Estado constrói o porto e o entrega à iniciativa privada para operação, numa verdadeira PPP – Parceria Pública Privada. Ou então deveria ser entregue contra promessa de melhoria como redução de
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custo, aumento de produção e produtividade, etc., e nada mais, sem joia, com o Estado cobrando apenas sobre os contêineres ou toneladas embarcadas. A administração tem que parar de ser política como citado, e passar a ser técnica, nomeando pessoas com notório conhecimento na área, que é única coisa que faz funcionar um país. É necessário “exterminar” essa prática nefasta aos interesses do Brasil, em que somente valem aqueles de cada um dos nossos mandatários. Em realidade, como já tenho dito e escrito, “nossos donos”, contra o qual nada fazemos, como cordeiros indo ao abatedouro. Com isso teremos alguma chance de ter preços de operação mais baixos e em consonância com as necessidades. Claro que isso, por mais im-
portante que possa parecer e ser, não basta. Ideias são ótimas, mas é necessário que todas as melhorias físicas que tenho apontado sejam colocadas em ação. É fazer e não apenas pensar ou fingir que faz. Mas, infelizmente, sei que minhas reflexões são apenas para meu prazer e de alguns, que jamais serão colocadas em prática. Uma pena Brasil.
Samir Keedi é consultor , professor
e autor de vários livros em comércio exterior
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segurança
Cuidados para empilhadeiristas Cuidados nunca são demais quando se trata de operadores de empilhadeiras e a garantia de uma operação segura
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em dúvida, a segurança nas empilhadeiras é uma preocupação crucial dos gerentes. Sem os sistemas adequados em seus lugares, uma operação corre altos riscos de acidentes e de danos potenciais à instalação, a mercadoria, a frota e aos funcionários. As aplicações com movimentação de materiais têm muito em jogo para ignorar a segurança das empilhadeiras. Medidas equivocadas aparentemente pequenas podem impactar de forma subs-
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tancial os lucros de uma empresa. Às vezes, a revisão dos procedimentos de segurança com os funcionários não é o suficiente. Embora reuniões formais destacando a importância da segurança sejam importantes, a conformidade absoluta muitas vezes exige um método mais eficaz. À medida que as empresas iam se expandindo e as tecnologias evoluíam, o rastreamento manual dos dados gradualmente se tornou obsoleto. Os relatórios de papel muitas vezes eram perdidos ou
não apresentavam documentação completa, gerando crise para as empresas solicitadas a apresentar os registros completos de conformidade com a segurança. Desde o estabelecimento das administrações de segurança do trabalho, os incidentes diminuíram. Entretanto, as empresas ainda se esforçam para cumprir as normas de segurança. Para os inspetores de segurança, gerentes de armazéns e operadores de empilhadeiras, a segurança chegou ao topo da lista de prioridades.
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Entre as preocupações atuais estão: funcionários atingidos por objetos que caem, funcionários atingidos entre as partes do veículo, queda de plataformas elevadas, funcionários atingidos por uma empilhadeira e colisão de empilhadeiras ou tombamento. Esmagamentos e amputações são os resultados mais preocupantes. Além disso, cada funcionário deve ser treinado a operar a empilhadeira específica para a qual ele foi contratado. Estas normas devem ser entendidas em sua totalidade para que o treinamento possa ser estruturado para atender aos critérios de segurança. Os regulamentos das empilhadeiras são cruciais para o funcionamento industrial correto, no entanto o cumprimento por parte dos funcionários pode ser difícil. O anuncio_ups_205_140mm_final.pdf 1 25/02/15 problema pode ser a falta de cons-
cientização ou até mesmo preguiça. Todavia, os empregadores não podem ser responsáveis pelo raciocínio dos funcionários. Eles são responsáveis por suas ações. Isto coloca os supervisores num dilema: Como eles podem ser responsáveis e controlar as possíveis violações ao cumprimento das normas? Antes que essa pergunta seja tratada, devemos olhar os desafios específicos e suas respectivas soluções.
Sugestões
A seguir estão os principais desafios de segurança com empilhadeiras que os profissionais de movimentação de materiais enfrentam e os exemplos de tecnologias atuais que podem solucioná-los. Confira com a lista de verificação de segurança antes do 10:59 uso: embora os sistemas a base
de papéis fossem gerenciáveis no passado, eles ficaram obsoletos nos dias atuais. Com a expansão das empresas em todas as direções, a documentação manual da lista de verificação de segurança antes do uso não é ideal. Um sistema computadorizado abrangente pode monitorar as respostas de cada funcionário à lista de verificação. Este sistema deve relatar os dados em tempo real para garantir que os funcionários completem a lista de verificação de forma correta. Controle de acesso às empilhadeiras: a garantia de que apenas as pessoas treinadas operem os equipamentos é fundamental para um fluxo de trabalho seguro e produtivo. Para garantir que o investimento em treinamento
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extensivo não vá para o lixo, os gerentes podem aplicar um sistema que limite seu acesso estritamente aos profissionais treinados. O software permite que os gerentes concedam acesso a funcionários especiais às máquinas que eles forem certificados a operar. Rastreamento da expiração do treinamento: muitas vezes fica difícil monitorar os dados específicos da certificação dos equipamentos de cada operador. As diretrizes rígidas de segurança não permitem margem a erros, por isso cada empresa deve empregar um sistema consistente e pró-ativo que registre os detalhes do treinamento dos funcionários e as datas de expiração. Identifique os operadores mais frequentemente ligados
a acidentes: a manutenção de frotas móveis é cara e os acidentes desnecessários impactam de forma significativa os lucros da empresa. Os gerentes devem buscar uma solução para rastrear e gerenciar os incidentes. Alguns sistemas incluem sensores de impacto que avisam as autoridades competentes assim que o detector envia o alarme. Uma solução completa permite que o empregador monitore as informações pertinentes. A coleta de dados adequada garante a responsabilidade no local de trabalho e estimula os funcionários a seguirem as diretrizes cuidadosamente. Rastreie as avarias à instalação e às mercadorias e que podem ser evitadas. O software pode monitorar as informações dos
operadores, a frequência dos impactos e o histórico das avarias emitindo alertas ao pessoal apropriado para que sejam tomadas as ações imediatas. É importante ter um software de fácil uso para gerenciar estes casos e implementar os procedimentos de imediato. Assim, os profissionais de movimentação de materiais podem ficar livres do incômodo de assumir a responsabilidade por todos os funcionários. Com a tecnologia certa, eles não terão outra escolha senão cumprir as normas. E, com melhor segurança vem a melhoria da produtividade. À medida que as empresas expandem, levando ao desenvolvimento de desafios mais complexos nos negócios, as tecnologias avançadas de gerenciamento deverão assumir posição de destaque no futuro previsível.
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condomínios logísticos
Condomínio da GLP em Guarulhos (SP)
Por onde começar? Empresas de condomínios logísticos planejam tudo antes de iniciar a construção de um novo empreendimento
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onstruir um condomínio logístico é um longo processo que começa bem antes da obra em si. Primeiro é preciso escolher a região, cidade, terreno, conhecer os arredores em termos de infraestrutura e acesso as rodovias, entre outras coisas. Decidir onde instalar um novo empreendimento pode ser um desafio. As vezes a demanda vem dos clientes, as vezes é focada nos mercados mais aquecidos, entre outros. A GLP, por exemplo, só desenvolve condomínios logísticos de alto padrão. No mercado brasileiro, a empresa gerencia uma rede de logística em 35
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cidades de 11 estados e no Distrito Federal, com 3,4 milhões de m² de área total, 2,4 milhões de m² concluídos e 1,1 milhão de m² de projetos em desenvolvimento. São 61 empreendimentos espalhados pelo território brasileiro. Por isso, localização e acesso são questões fundamentais nos projetos da empresa. “Escolhemos locais com grande relevância estratégia, sempre próximos aos principais centros urbanos e polos de escoamento de mercadorias, garantindo ainda acesso fácil a retornos rodoviários e entroncamentos geográficos, o que possibilita aos nossos clientes rapidez e agilidade no transporte
de seus produtos”, explica o presidente da empresa, Mauro Dias. A empresa faz avaliações criteriosas para entender as necessidades do mercado antes de iniciar o desenvolvimento de qualquer empreendimento, só investindo onde há indicação de forte demanda. “Para a construção de um novo condomínio, sempre levamos em consideração primeiramente a demanda e caracterização da logística de cada mercado investido, considerando para a escolha de terrenos a localização estratégica, o acesso às rodovias, a disponibilidade de melhoramentos públicos e mão de obra, para garantir
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que o empreendimento esteja localizado na malha adequada para distribuição de produtos e atendimento aos principais mercados consumidores em nível nacional”, completa Dias. De acordo com Wagner Salzano, gerente de projetos da IMAM Consultoria, a melhor maneira de saber a região mais adequada é fazendo um estudo de localização. A metodologia do estudo pode ser dividida em seis etapas: Identificar as demandas atuais Identificar uma amostra representativa (recomendada acima de 70% da demanda) Classificar a amostra por peso Dividir em grupos de demanda Mapear geograficamente a amostra Realizar análises qualitativas e quantitativas Salzano, explica que o estu-
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Unidade da LOG que está presente em 25 cidades e nove estados brasileiros
do envolve desenvolver cenários e fazer análises comparativas. Além disso, os estudo devem levar em consideração duas medidas: análises qualitativas e quantitativas. A primeira verifica os custos, que podem incluir operação logística, transporte, custo de frete. A segunda se baseia na infraestrutura, impactos, malha
viária e mão-de-obra. A técnica ainda porpõe a utilização de um mapa cartográfico para indicar, em escala, a oferta e a demanda, permitindo uma visualização mais fácil e adequada para o início da análise de localização. A partir daí, é possível localizar os “cluters”, que são concentrações de clientes ou forne-
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cedores em áreas relativamente próximas, indicando possíveis locais para a instalação de unidades. A Almi utiliza estudos como base para suas novas unidades. “Baseamos a escolha em estudos de mercado, análises técnicas, no foco do empreendimento e principalmente em nossa ampla experiência”, comenta Christian Wagner, diretor comercial da empresa. A empresa conta hoje com 20 milhões de m², divididos em estudos, projetos em desenvolvimento, projetos aprovados, obras e empreendimentos concluídos. Christian conta ainda que inicialmente, é feito um estudo da macrorregião, quando consideram o fluxo de carga, trânsito, localização dos players locais, novos projetos em desenvolvimento e infraestrutura. “Com isso, concentramos os esforços nas buscas de terrenos dentro da região de interesse”. Em um segundo momento, analisam as características técnicas e econômicas, além do entendimento de licenciamento de cada terreno captado. Em seguida é feita a análise econômico-financeira de cada área. O estudo é justamente o que possibilita que a Almi possa tomar uma decisão sem necessariamente depender de uma demanda concreta. “Um dos desafios do mercado é manter a sinergia entre a demanda do cliente e o prazo de entrega do produto, o mercado ainda é muito dinâmico e o planejamento de curto prazo”, adiciona Christian.
Novos mercados
Fazer uma pesquisa prévia pode levar a novos mercados pouco explorados. A LOG, por exemplo, busca outras regiões, o que gera uma grande participação da empresa no Nordeste e Centro-Oeste.
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Mapeamento geográfico para um estudo de localização
Hoje a LOG marca presença em 25 cidades, nove estados brasileiros e conta com 24 empreendimentos entregues, totalizando 593.898m2 de ABL (Área Bruta Locável). “Buscamos praças com consumo forte, como é o caso de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. Estudamos o local para conhecer a necessidade e demanda, contratamos pesquisas de mercado. Após definir a cidade, a nossa equipe vai em busca do melhor terreno da região, com boa localização, acesso viário, facilidade de acesso, topografia favorável e incentivos fiscais”, conta Marcio Vieira de Siqueira, diretor de desenvolvimento da LOG. Apesar do eixo RJ-SP ainda possuir a maior parte da demanda (88% dos empreendimentos da GLP estão nos dois estados), outras regiões também ganham espaço. Além da Bahia, destacada pela LOG, A Almi cita Brasília e Porto Alegre. Na capital federal, eles acreditam que a baixa vacância e o mercado consumidor aquecido são positivos para o setor no momento.
Built-to-suit
Existe ainda uma outra modalidade de construção que, como o nome já diz, é feita sob medida. Os empreendimentos buil-to-suit (BTS) são desenvolvidos com um cliente específico em mente. “Os clientes que procuram este serviço são geralmente empresas que têm uma operação com características muito específicas e que dificilmente seriam atendidas em um projeto de condomínio logístico padrão. Há ainda clientes com operação padrão de logística de médio/grande porte que buscam projetos de BTS por estarem em regiões secundárias, que não costumam atrair investimentos de empresas que desenvolvem galpões e condomínios logísticos de maior porte”, explica Dias, da GLP.
Futuro
Mesmo com a taxa de vacância baixa, não dá para negar que a situação econômica atual causa insegurança. Após o “boom” que causou alta demanda, principalmente
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Empreendimento da Almi em Piracicaba (SP)
cultura. Além disso, pela modulação dos nossos empreendimentos somos a melhor opção em momentos de incerteza, per-
mitindo que os clientes se adequem gradualmente à realidade que vivem”, conclui Christian Wagner, da Almi.
Pensando em como melhorar a movimentação de cargas em todos os processos do ciclo logístico da sua empresa?
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no interior de São Paulo, em 2015 a ocupação dos condomínios se estabiliza, com a conclusão de diversas obras. “Percebemos que o interior de São Paulo caminha para um equilíbrio após um período de sobre oferta”, observa Christian. De acordo com pesquisa da Colliers, durante o ano de 2014, houve certa flexibilidade por parte dos desenvolvedores que têm oferecido descontos diversos para futuros locatários. A pesquisa ainda mostra que 2015 conta com um alto volume de entregas, fazendo com que os indicadores de mercado apresentem oscilações. Ainda assim, muitas empresas deixam de investir em seus próprios terrenos para utilizar os condomínios. “Nosso mercado é privilegiado e passa por um momento de mudança de
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logística pelo mundo
Flexibilidade e eficiência Johnson Controls em Suwanee, na Geórgia (EUA), foi projetada para se adaptar às demandas da indústria automobilística
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a indústria automotiva as coisas podem mudar sem aviso prévio. Clientes estão sempre reconfigurando ou adicionando novos produtos e atualizado padrões. Para se manter no mercado e permanecer competitivo, os fornecedores devem ter instalações flexíveis e eficientes. Flexibilidade e eficiência estavam em mente quando a Johnson Controls começou a construir sua nova instalação em Suwanee, na Geórgia (Estados Unidos). Os engenheiros começaram a projetar uma fábrica de produção automotiva em estado-de-arte que pudesse acomodar as demandas solicitadas pela indústria automobilística. O plano era equipar a instalação com a tecnologia mais confiável, funcional e reutilizável pos-
sível. As estações Flow Cell® da Unex ajudaram a manter o plano.
Preparando-se para o futuro
Na instalação na Geórgia, os colaboradores montam bancos, painéis de portas e outros componentes internos para a Kia Motors. Quase 500 carros se movem pela instalação em um dia. Esta é uma instalação de alto volume. Cada minuto conta e todo espaço de trabalho também. O desafio no projeto da instalação foi identificar uma tecnologia para apoiar a linha de montagem que melhor se encaixasse às necessidades atuais e futuras da produção. A Johnson Controls queria alguma coisa durável, ergonômica e capaz de acomodar os diversos tamanhos de produtos na mesma linha de produção. Além disso, era necessária uma linha de produção que pudesse
O desafio no projeto da instalação da unidade da Johnson Controls em Suwanee foi identificar
uma tecnologia para apoiar a linha de montagem que melhor se encaixasse às
necessidades atuais e futuras da produção 44
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ser movida, ajustada e reutilizada conforme a demanda mudasse.
Explorando as opções
No passado estruturas tubulares e articuladas foram utilizadas nas linhas de montagem em algumas instalações, mas elas não eram soluções efetivas para a instalação na Geórgia, pois são altamente customizadas e difíceis de mover de uma estação a outra. Se os materiais mudassem na linha de montagem, seria necessário encomendar novas prateleiras e instalá-las. Isto custa tempo e dinheiro. Uma solução melhor veio da Unex, com as estações Flow Cell.
Eficiência ocupa o primeiro assento
As unidades Flow Cell oferecem enormes benefícios para ins-
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REBOCADORES talações de alto volume, incluindo: Uso eficiente do espaço: as estação de trabalho Flow Cells são construídas de tal maneira que não se desperdiça uma única polegada de espaço. E os fluxos de caixas Flow Beds da Unex acomodam uma grande variedade de materiais, mesmo que estejam trabalhando com bancos, maçanetas, controles de energia, air bags e outros tipos diferentes de suporte ou botões. Fluxo de trabalho ininterrupto: a instalação na Geórgia é uma operação just-in-time, que mantém as coisas se movendo sem interrupções, para que se possa entregar o produto certo. As Flow Cells são configuradas de tal maneira que a produtividade permanece elevada. E se é necessário re-
RETRÁTEIS BATERIAS
configurá-la, é muito simples TRILATER CARREGADORES Solução mais robusta fazê-lo. De fato, reconfigurar BATERIAS LOCAÇÃO e econômica as Flow Cells é três vezes mais rápido do que reconfi gurar REBOCADOR SELECIONADORAS outros tipos de equipamentos. REBOCADORES CONT Reutilização: este é o ELÉTRICAS maior 1,6t benefício. Em breve serão adiRETRÁTEIS LOCAÇÃO cionado novos componentes Solução para verticalizar de carros à linha para outros LOCAÇÃO em RETRÁTEIS pequenos espaços tipos de veículos. Será possível simplesmente separar RETRÁTEIS LOCAÇÃO as Flow Cells, movê-las para TRANSPALETEIRAS TRANSP BATERIAS outro lugar na instalação ou para outra localização inteiCARREGADORES ramente nova e reconfiguráBATERIAS BATERIAS LOCAÇÃO -las. Não há necessidade de comprar novas estanterias. SELECIONADORAS Valor agregado: quanto mais ELÉTRICAS eficientemente a Johnson Conde Empilhadeira trols executa o processo mais RETRÁTEIS LOCAÇÃO Aluguel valores oferece à Kia e isto se 11 2431-6464 RETRÁTEIS traduz em mais produtos para LOCAÇÃO as operações e, consequentewww.retrak.com.br RETRÁTEIS LOCAÇÃO mente, maior lucro.
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Fabricada no Brasil
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Deixe a movimentação dos seus produtos conosco
LOCAÇÃO
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compras
PDM gera economia Quando o usuário da sua empresa solicita um material, ele recebe o que realmente precisa?
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m tempos passados, época de inflação alta, era normal as empresas manterem grandes estoques de insumos, matérias-primas e materiais. O importante era não correr o risco de faltar algo no processo de fabricação. Ganhava-se muito por dia em aplicação financeira, o que mascarava o dinheiro parado em estoque. A ordem era produzir ao máximo e depois o departamento
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de Vendas se virava para vender tudo e acabava vendendo mesmo, pois era uma época de muita expansão e crescimento no País. Neste período não se dava muita ênfase para o custo de fabricação. Os tempos mudaram, a inflação diminuiu, os ganhos “fáceis” com aplicação financeira acabaram, o processo de globalização começou no Brasil e a nova ordem nas empresas era diminuir os custos, não deixando muito dinheiro parado em estoque e
enxugando ao máximo os processos internos. Nossas empresas passaram a concorrer com empresas do mundo inteiro, que tinham processos de fabricação enxutos, alta tecnologia e, portanto, menores preços. Muitas não aguentaram a concorrência e quebraram. As que ficaram tiveram que se adaptar rapidamente à nova realidade. O conceito da logística foi mais difundido e a área tornou-se
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importante para agir em todas as frentes de trabalho. Mas qual o reflexo disto e no setor da logística referente a administração de materiais? Ter o conceito de divisão de famílias, conhecimento do consumo de cada item, lote econômico de compra, estoque mínimo, ponto de pedido, estoque máximo, etc. são suficientes para não “perder dinheiro”? O que acontece normalmente é do usuário pedir o cadastramento do material com a descrição que conhece ou acha ser suficiente para identificá-lo. O comprador, que não é necessariamente um especialista em materiais, consegue cotação no mercado com alguns fornecedores, faz a negociação final e fecha a compra. O material chega no destino, o almoxarifado compara com a descrição do cadastro, libera a
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nota fiscal e dá entrada no estoque. Passam-se uns dias, o usuário solicita o material e descobre que é diferente do que precisa. Por exemplo, um parafuso. O usuário, ao cadastrar o item, informou o tamanho, material, diâmetro e passo. Faltou informar o tipo de cabeça (sextavada, redonda com fenda, etc.), se é rosca total ou parcial, se tem revestimento, ou então a Norma do produto, o que já poderia identificar estes atributos. Nesse caso, veja só o prejuízo: passado o tempo de ressuprimento de 60 dias (tempo de solicitação de compra + tempo de compra + tempo de entrega + tempo de transporte), descobre-se que o material está errado, não poderá ser usado e já foi pago. Será necessário negociar a devolução e frete de retorno, e
o fornecedor alega que não arcará com o custo do frete, pois entregou conforme a descrição. Ele não está totalmente errado, mas pode ter se beneficiado para ganhar a cotação, por cotar um parafuso mais barato, como por exemplo, sem o revestimento galvanizado eletrolítico, que os concorrentes cotaram apesar de não constar na descrição, pois era o mais indicado pelos outros atributos da narrativa. Também tem o prejuízo do equipamento onde seriam usados os parafusos ficar parado aguardando a peça. Neste exemplo foi um parafuso, que é pequeno e normalmente um item de prateleira, ou seja, fornecedores os mantém estoque. Mas e se fosse um material que dependesse de um processo de fabricação de aproximadamente
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Catalogação de itens no sistema
45 dias, fosse grande e, portanto, com frete mais caro? Muitos fabricantes entendem que basta fazer o que é o mais comum, que tem mais saída e às vezes não acham importante perguntar detalhes antes e é ai que está o perigo. É a história da brincadeira do telefone sem fio, onde todos entendem diferente mas acham que entenderam igual. Visando uma economia geral no cadastro de materiais é necessária a utilização do PDM (Padrão de Descrição do Material), onde cada PDM tem os atributos necessários para identificação do material. Utilizando-se o PDM, além de ter um cadastro de materiais confiável, onde o que consta na descrição é o que está no estoque, é possível identificar duplicidades ou até triplicidades, que no passado foram cadastradas com descrições similares ou até mesmo em famílias diferentes. Além disso, o histórico do departamento de Compras começa a ficar confiável, pois ao fazer nova compra o comprador consulta no sistema compras anteriores do mesmo Código de Material e tem subsídio com informações corre-
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tas de preço, prazo de entrega, condição de pagamento, com quem fechou, etc. Se fizesse isso antes, não haveria confiança, pois podia se estar comparando a compra atual de uma “laranja pera” com compras anteriores de “laranja lima”, “tangerina” ou até “limão”. É importante preparar o cadastro de materiais com as descrições curtas (etiqueta da prateleira) e longas (completas que saem nos documentos), que atendam ao comércio eletrônico ou simplesmente um processo de compras mecanizado, onde o material que o usuário imagina e precisa usar seja realmente o que ele vai receber. Avalie seu cadastro de materiais e o quanto ele pode melhorar e economizar com a implementação do PDM.
Marcos Valle Verlangieri
é consultor da IMAM Consultoria
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10 pontos sobre...
Uma separação mais eficiente
Sistemas automatizados e novas tecnologias são algumas das opções para garantir uma separação mais rápida e eficiente. Veja abaixo quais soluções podem ser empregadas para reduzir o esforço e aumentar a produtividade.
1. Use operações de coleta automatizadas. Sistemas de separação por voz e luz agilizam a operação e reduzem os erros, fornecendo rapidamente informações sobre a localização e quantidade dos itens.
2. Empregue tecnologia que auxilia o trabalho. Determina-
das soluções trarão os itens para a estação de trabalho, a fim de que os operadores não tenham que transitar por todo o armazém.
3. Implemente
um WMS. O sistema ajuda a gerenciar toda a operação de picking, incluindo os transportadores contínuos, a triagem e a coleta de dados.
4. Considere usar classificadores. As bandejas depositam sua-
vemente os itens perto de caixas empacotadoras, eliminando a necessidade dos separadores moverem recipientes cheios para cada local.
5. Confie
na identificação por radiofrequência (RFID). A RFID aumenta a precisão e a eficiência operacional, permitindo a gestão de inventário em tempo real e a coordenação da cadeia de suprimentos.
6. Empregue
ferramentas de medição para acompanhar o resultado. Quando os separadores sabem que estão sendo medidos, eles normalmente melhoram seus índices de separação.
7. Inicie o entrelaçamento das tarefas (“interleaving”). Esta estra-
tégia reduz as viagens sem carga e disponibiliza mais tempo para a execução de outras tarefas.
8. Notifique
os envios antecipadamente. Esse dado permite que os gestores do armazém saibam, com antecedência, quando podem esperar que os embarques cheguem.
9. Minimize os toques, separando diretamente numa caixa de
transporte. Também é possível utilizar um sistema de impressão e a aplicação de rótulos para imprimir etiquetas em tempo real.
10. Reorganize
seu armazém. Coloque os produtos mais populares em áreas mais estratégicas, para que os separadores possam pegar de forma mais eficaz.
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