Abril
2012
PUBLICAÇÃO DIRIGIDA AOS MÉDICOS, FARMACÊUTICOS, ODONTÓLOGOS, PRESCRITORES E DISPENSADORES DE MEDICAMENTOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL
O
Editorial
2012: Um ano de
centenários célebres O ano de 2012 é extraordinário em matéria de centenários ilustres no Brasil, pois o ano de 1912 foi pródigo em produzir brasileiros que brilhariam intensamente na literatura, na medicina, nos palcos, na música, no rádio, no cinema e no mundo jurídico. Aos que marcaram nossa história e comemorariam seu centenário este ano, as homenagens da ABCFARMA.
Pedro Zidoi
Na medicina brasileira, o centenário do ano é o
Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, paulista de
Guaratinguetá que se tornaria o pioneiro brasileiro dos transplantes e o pai da moderna cirurgia cardíaca no país.
Nelson Rodrigues foi nosso maior dramaturgo e um dos maiores cronistas brasileiros. Deixou 17 peças, nove romances, 13 livros de crônica, todos com sua marca inconfundível. Com apenas 13 anos, começou sua carreira de jornalista, trabalhando no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues.
Jorge Amado, o Bem Amado, também completaria cem anos em 2012. Ele ainda é o escritor brasileiro que mais vende no exterior. Um remake da novela Gabriela vai ao ar este ano em celebração à data. Foi casado com Zélia Gattai (foto), também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras.
Na área da Justiça, o centenário do ano é o lendário Evandro Lins e Silva, ex-ministro do Supremo, imortal da ABL e um monstro sagrado do tribunal do júri.
REVISTA ABCFARMA | ABRIL/ 2012 | 03
Frevo: o célebre ritmo
que anima carnavais pelo Brasil, acompanhado por guarda–chuvas e simulando passos de capoeira, foi criado em Recife em 1912.
Outro nome celebrado do ano é Herivelto Martins, pai de Pery Ribeiro e marido de Dalva de Oliveira. Grande compositor, Ave Maria do Morro e Praça Onze estão entre as 10 maiores canções da MPB em todos os tempos.
Entre os astros centenários deste ano, destaque para Adoniran Barbosa, o pai do samba paulista, eterno passageiro do Trem das Onze e senhorio da Saudosa Maloca. Nos gramados, será o ano de
Domingos da Guia, pai de
Ademir e o maior zagueiro brasileiro de todos os tempos. O Santos Futebol Clube e o Clube de Regatas Flamengo também celebram seu centenário em 2012.
Ainda na música, outro centenário ilustre de 2012 é Luiz Gonzaga, o rei do baião, que nos legou um dos hinos da música popular brasileira, Asa Branca. Foi pai adotivo de outro expoente da MPB, Gonzaguinha.
No cinema, quem entra para o clube dos centenários em 2012 é Amacio Mazzaropi, nosso inesquecível jeca, que, 50 anos antes de Tropa de Elite, já levava cinco milhões de pessoas ao cinema para ver um �ilme brasileiro.
Fábrica de chocolates Lacta
Fatos centenários Naufrágio do Titanic
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Dia 15 de abril completa 100 anos o trágico naufrágio do navio Titanic, após colisão com um iceberg. Nesse dia, um grupo de radioamadores prestará uma especial e justa homenagem ao operador de rádio do Titanic, Jack Philips, que enviou o primeiro pedido de socorro via mensagem de radio.
Uma das mais tradicionais fábricas de chocolate do Brasil, inicialmente de propriedade da família do exgovernador de São Paulo Ademar de Barros, hoje pertencente à multinacional Kraft Foods Inc.. maior empresa de alimentos dos Estados Unidos, faz cem anos em 2012.
Se alguma farmácia que você conheça também completa 100 anos em 2012, fale conosco e nós contaremos sua história.
Sumário Varejo
Editorial
O presidente Pedro Zidoi saúda os centenários ilustres deste ano..........03
Da escola para a loja O professor da FGV Mauricio Morgado estuda a nova farmácia.....36
Páginas azuis
Negócios A hora dos pequenos O consultor José A. Domingos e as vantagens das farmácias independentes.....50
Vamos dormir? O pneumologista Pedro Genta ensina a tratar os distúrbios do sono.........06
Gerenciamento
Odontologia
Minha farmácia é modelo O consultor Gilson Coelho diz que é possível multiplicar o
Quando começar? O Dr. José Eduardo de Oliveira Lima fala dos primeiros dentes........14
sucesso.....56
Gestão de negócios
Ciência
A mão que alimenta O consultor Américo José e mais uma grande fábula corporativa.....62
Medicamentos inteligentes O Dr. Antonio Carlos Pires explica os novos remédios biológicos........18
Economia
Em seu artigo, o assessor economico da ABCFARMA, Geraldo Monteiro, apresenta as dez questões-chave para definir a cultura e o DNA das empresas de sucesso.....66
Comportamento
Leia também
Livre-se da TPM O ginecologista Sérgio dos Passos Ramos aborda um dos maiores tormentos femininos........22
Páscoa Enigmas do coelhinho Por que o chocolate virou um doce tão simbólico?.......26
Solidariedade Tudo pela saúde A nova Campanha da Fraternidade da CNBB.....30 Diretor Presidente Pedro Zidoi
Analista e Programador Eduardo Novelli
Diretor Financeiro Sétimo Gonnelli Diretor Secretário José Raimundo dos Santos
Ed. Eletrônica e Produção Gráfica Vanusa Assis Sergio Bichara
Diretora Administrativa Abigail J. C. Maglio
NOTA:
Jornalista responsável por matérias de saúde, administração e técnico-científicas Celso Arnaldo Araujo Mtb 13.064
Artigo (Josimar Henrique) .............................................. 12 Homenagem (USP) ........................................................ 34 Ecologia (Pinguim) ......................................................... 40 Artigo (Jorge Fernando de A. Trindade) .......................... 46 Atualidades (lançamentos)............................................. 69 Opinião (Cadri Saleh Ahmad Awad) ...........................72 SESC e SENAC ...........................................................74 Ação Social (Pharmagil) ...........................................78 Indústria (Laboratório Sobral) .................................80 Vitória da ABCFARMA ..............................................82 Abradilan 2012..........................................................84 Assinatura Revista ABCFARMA ..............................98
Jornalista responsável por matérias de eventos, institucionais e políticas Francisco Colombo Mtb 18.640 Colaboradores Américo José da Silva Filho Gilson Coelho Nelson Grecov Dr. Osmar de Oliveira Distribuição ABCFARMA
Publicidade: Editora Lison Impressão: Gráfica Prol Periodicidade: Mensal Rua Santa Isabel, 160, 5º andar, conjunto 51, Vila Buarque, São Paulo, SP, CEP 01221-010 Fone: (11) 3223-8677 Fax: (11) 3331-2088 www.abcfarma.org.br
Os anúncios de produtos ou de serviços publicados nesta revista são de total responsabilidade do anunciante. A ABCFARMA não se responsabiliza pelo preço determinado, nem pela qualidade dos produtos ou dos serviços anunciados. REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012 | 5
Páginas Azuis TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO
Sono é saúde Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem
vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto e longo prazo. Quem
dorme menos que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, obesidade, hipertensão, diabetes e ate infarto do miocárdio. Por isso,
quem dorme mal está correndo risco. É nesse ponto que entra a medicina do sono – uma nova especialidade médica que consegue detectar, enquanto o paciente dorme, a origem de noites maldormidas, que podem ser muito danosas à saúde. No dia 13 de março se celebra o Dia Mundial do Sono – no qual os especialistas tentam conscientizar as pessoas para a
importância de uma noite feliz. O Dr. Pedro Genta ensina aqui a dormir melhor – contando carneirinhos..
Dr. Pedro Genta, pneumologista do Centro de Medicina do Sono do Hospital do Coração de São Paulo e médico assistente da mesma disciplina no Hospital das Clínicas
Ronco: sinal de apneia noturna. Mas o parceiro de sono também sofre
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Dá para resumir a importância do sono para a saúde humana? Muita coisa acontece durante o sono, em termos de reações metabólicas importantes. Por isso, pessoas com distúrbios ou privação de sono �icam mais propensas a ter diabetes e obesidade por alterações na �isiologia hormonal processada nesse período. O sono também é importante para a restauração da energia, para nosso descanso mental e �ísico. Quando dormimos, ocorre redução da frequência cardíaca e da pressão arterial, o que é essencial para o sistema cardiovascular se restabelecer.
O sono não é uma coisa só?
Hoje se sabe que o sono tem vários estágios. Os iniciais – o 1 e o 2 – são super�iciais, ou de transição. Já o estágio 3 é profundo e tem um valor fundamental para a regulação metabólica e restauração da energia. A última fase é o chamado sono REM, o sono dos sonhos (da sigla inglesa Rapid Eyes Movement, ou movimentos rápidos dos olhos). O sono de boa qualidade percorre essas fases em três ou quatro ciclos de cerca de 90 minutos, exatamente nessa ordem: 1/2/3 e REM. É o que chamamos de “arquitetura do sono”.
A fase em que sonhamos não é então o estágio mais profundo?
Na verdade, o sono REM é um estágio caracterizado por um aumento de nossa atividade cerebral, quase tão in-
tensa quanto a de um indivíduo acordado, com aumento da atividade cardíaca e respiratória.
Aquele sono que geralmente temos no comecinho da manhã, quando boa parte das pessoas tem de despertar, é o mais reparador? Não necessariamente, porque cada pessoa estará numa determinada fase do sono quando acorda. O mais importante é a duração adequada do sono. O indivíduo que acorda necessitando de mais sono e
tem pena de deixar a cama no mínimo está privado de sono, o que resulta em sonolência, cansaço, irritabilidade e dé�icit de atenção durante o dia.
Há pessoas que dormem pouco e outras que dizem precisar de nove ou dez horas. Esse limiar varia?
Sim, isso tem a ver com predisposição pessoal. A maior parte da população, porém, não dorme demais ou de menos, mas se encaixa numa necessidade média de sete horas de sono. A exceção são os que saem dessa média.
É possível se disciplinar para dormir menos?
Isso raramente funciona para reduzir a necessidade de sono. A consequência acabará sendo a sensação de privação de sono. Todos temos limites e, infelizmente, a sociedade moderna nos leva a avançar esses limites.
Por falar nisso, como anda o sono do brasileiro? Há vários estudos apontando que uma signi�icativa parcela da população tem sono de má qualidade e por vários motivos. Em São Paulo, particularmente, a questão do trânsito é um fator redutor do sono. Mas outros paulistanos dormem menos por decisão pessoal – querem trabalhar mais, fazer mais exercícios, sair à noite. Por isso é importante conscientizar as pessoas sobre os efeitos colaterais do sono de má qualidade.
Quais são as condições ideais de um quarto de dormir para um sono de qualidade?
Costumo dizer que a chamada higiene do sono é tão importante quanto os problemas orgânicos que impedem ou di�icultam o sono. Em geral, é preciso corrigir muitos hábitos para otimizar a qualidade do sono. O dormitório deve ser silencioso e escuro, termicamente confortável. E, como sugere o próprio nome, deve ser usado só para dormir – não para ver TV, jogar videogame, comer ou trabalhar. Qualquer outra atividade que não seja o sono pode quebrar o condicionamento do indivíduo quanto à natureza desse ambiente. Comer antes de dormir também pode ser um fator de insônia.
Polissonografia: o paciente dorme na clínica, ligado a eletrodos que medem funções metabólicas, cardíacas e respiratórias, apontando as causas dos distúrbios do sono
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Há pessoas que se queixam de “não dormir” nunca. Isso é real? Há pacientes com insônia que dormem mal por três ou quatro noites e que, na noite seguinte, dormem bem. Para esses, a insônia é cíclica. Mas há quem se queixe de di�iculdade de dormir todas as noites. Há pessoas que tiram um cochilo à tarde e têm a impressão de terem dormido várias horas. E os que �icam nove horas na cama e relatam não terem dormido nada. Pessoas com insônia costumam ter uma percepção ruim sobre quanto realmente dormiram, justamente porque têm um sono super�icial. De todos os distúrbios do sono, a apneia é a que causa mais problemas? Sim. A apneia do sono é uma obstrução que ocorre na garganta – órgão que não tem estrutura óssea e, portanto, pode “colapsar” com alguma facilidade, di�icultando a entrada de ar. Quem tem apneia sofre esse fechamento inúmeras vezes quando dorme, o que leva a uma espécie de as�ixia durante o sono. Alguns acordam com sensação de sufocamento.
Todo portador de apneia ronca?
O ronco é um sintoma universal e o principal fator de alerta para a apneia.
Quem mais sofre com o ronco é quem está ao lado, não? De fato, a apneia do sono tem efeitos sobre o paciente em si, em termos de cansaço e sonolência durante o dia, e sobre quem dorme a seu lado. Para o diagnóstico da apneia, valoriza-se mais o ronco do que a sonolência diurna – o que reforça a importância dos parceiros de sono para a busca de ajuda.
Esse estreitamento da garganta é uma predisposição da pessoa ou pode ser causado por fatores externos?
Bebês, sobretudo prematuros, podem ter apneia obstrutiva durante o sono, por aumento de volume das amígdalas ou adenoides, mas a idade é um
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fator de risco, pela tendência à �lacidez, levando à perda progressiva do controle do tônus da faringe. Na verdade, a obesidade é o maior fator de risco para a apneia – inclusive na infância.
A apneia noturna é o que mais leva um paciente a procurar um laboratório do sono?
CPAP: um dispositivo que facilita muito a respiração do paciente durante o sono
Sem dúvida – 90% dos pedidos de polissonogra�ia, o exame que se faz com o paciente dormindo, é a suspeita de apneia obstrutiva do sono. A polissonogra�ia avalia a arquitetura e a e�iciência do sono, analisa a posição do paciente quando dorme, detecta pausas respiratórias e alterações de oxigenação no sangue, frequência cardíaca e movimentos involuntários e periódicos de pernas, que podem prejudicar o sono e causar riscos ao parceiro de cama.
Em São Paulo, há �ila de espera para os laboratórios do sono. Isso mostra um aumento dos casos de apneia?
Um estudo recente apontou nada menos do que 33% de incidência de apneia do sono em indivíduos adultos em São Paulo. É uma enorme parcela da população – daí a espera pelo exame.
Como se trata a apneia?
Além de medidas pro�iláticas, como combate à obesidade, o tratamento mais usado nos casos mais graves é o uso do CPAP, uma máscara nasal que o paciente usa durante o sono para respirar melhor. Nem todo mundo consegue se adaptar a ele – mas o CPAP tem um nível de adesão até maior que um tratamento medicamentoso crônico. Cirurgias (para remoção de tecidos que di�icultam a passagem do ar) são reservadas para casos muito bem selecionados.
Remédios para dormir: qual é a segurança? Nos casos bem indicados, reservamos os benzodiazepínicos para períodos curtos, menos de um mês, e hipnóticos não-benzodiazepínicos quando é necessário estender o tempo de tratamento. Mas é muito importante usar essas armas pelo tempo estritamente necessário recomendado pelo médico. O que se tem visto no Brasil é um uso além do que é recomendável – e o uso desses remédios, a longo prazo, pode trazer riscos.
Como pneumologista, vale a pergunta: o cigarro atrapalha o sono? Além de todos os danos à saúde que o fumo produz, há um outro, comportamental: há fumantes com tamanha dependência do cigarro que acordam para fumar...
Artigo
Saúde em Portugal, hoje T * Por Josimar Henrique
enho um carinho especial por Portugal. Desde o início de minhas atividades como industrial farmacêutico, estabeleci relacionamento com pesquisadores e centros de pesquisas portugueses. As interações, sempre agradáveis e instrutivas, nunca cessaram. As parcerias e cooperações evoluíram de pesquisas e amizades a interesses comerciais. Assim, Portugal foi crescendo em mim. O país vive uma crise quase inacreditável. Há alguns anos, não muitos, anos, não havia nenhum sinal de cenário pessimista para a Europa e para Portugal. O país vivia momentos de abundância e prosperidade. Agora, economistas renomados, como Paul Krugman, que estão acompanhando as possibilidades presentes e futuras de Portugal, avisam que serão necessários tempo e paciência. Krugman chamou de “longo e doloroso” este tempo de paciência: "a situação não é tão má como a da Grécia, mas a verdade é que, nos mercados, Portugal é visto como o segundo país mais arriscado, portanto há muita pressão". Continuo achando que os países precisam rever o modelo de deixar de lado certas etapas do ciclo industrial, abrindo mão de estabelecer um modelo em que quase a totalidade do que necessita seja produzida no país. Muitos economistas e políticos consideram isso anacrônico, mas é curioso que o único país que leve a sério a totalidade do ciclo industrial, a Alemanha, esteja em situação de estabilidade, podendo emprestar dinheiro aos demais. A região da Catalunha representa quase 40% da produção industrial da Espanha e tenta levar a sério a ideia de produzir quase tudo – senão tudo, tudo o que precisa. Ou seja, tudo aquilo que é essencial à existência rotineira deveria ser uma meta. E volto a insistir que aqueles países
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que têm uma indústria farmacêutica forte e capaz de atender às necessidades primárias e essenciais da população, apresentam estabilidade em comparação a países sem autonomia farmacêutica. Para um país que dá pequenos passos para produzir medicamentos como insulina, como é o caso do Brasil, estabelecer um plano de autonomia farmacêutica-farmoquímica é decisivo. Ontem, recebi uma informação que me deixou triste. Portugal não consegue pagar suas contas de compras de medicamentos. E o país não tem autonomia farmacêutica. O Serviço Nacional de Saúde de Portugal deve 1,3 milhão de euros às indústrias farmacêuticas. Com isso, a Roche, multinacional da indústria farmacêutica, suspendeu o fornecimento de medicamentos a 23 hospitais públicos de Portugal. A Roche não foi a única, talvez nem a primeira, muito menos a última. Falta a Portugal um plano de ação para o serviço público, como tem faltado um plano para a autonomia farmacêuticafarmoquímica. Acredito que as autoridades portuguesas vão encontrar uma saída. Sem uma política de substituição imediata da dependência, avisam que, quando se �izerem necessários, os medicamentos da Roche serão adquiridos e entregues aos usuários. Mas essa é uma resposta imediata, não uma estratégia. Quando as dívidas chegam a valores inadministráveis, tem-se que fazer algo, é verdade, mas nem sempre se sabe o que fazer. O que faz um país sem autonomia farmacêutica-farmoquímica diante de uma realidade rotineira de necessidade de medicamentos por parte da população e para atender às demandas dos hospitais e ambulatórios? Em meio a um plano de reforma na vigilância sanitária da Europa, sem
*Josimar Henrique
é opresidente da Hebron Farmacêutica e Diretor Temático de Assuntos Parlamentares da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades – ABIFINA
que se saiba, exatamente, quais são – o protocolo de propostas não é uni�icado, nem os países estão dispostos a seguir o modelo de uni�icação no atual cenário –, países menores, como Portugal, precisam retomar a ideia de autonomia farmacêutica e, talvez, queiram contar com a participação de brasileiros nesta iniciativa. Já que os mais otimistas falam em tempo e paciência, o melhor modelo é o modelo da autonomia farmacêutica-farmoquímica. As indústrias farmacêuticas nacionais, no Brasil, têm algumas décadas de experiência, mostrando a autoridades e políticos porque a autonomia farmacêutica-farmoquímica dá ao país um legado de soberania e garante as ações de estratégia de segurança. Tenho procurado os amigos e colegas portugueses para apoiar a construção de um modelo que atenda às necessidades do presente, e que, en�im, venha a servir de base a um modelo melhor para o futuro.
Apoio ao ponto de venda
Acompanhando as tendências atuais, as mídias sociais se tornaram uma poderosa arma em treinamentos a dis-
tância. Acessando o GerathermBrasil pelo Facebook e o @GerathermBrasil pelo Twitter, o vendedor e consumidor final encontram informações detalhadas sobre os produtos desenvolvidos pela empresa.
Tecnologia de ponta O monitor de pressão da Geratherm é um dos mais completos do mercado. O modelo Tensio Control, por exemplo, é o primeiro no Brasil a contar com Detector de Arritmia, determinante para o tratamento de hipertensão e doenças cardíacas. Os aparelhos produzidos na fábrica brasileira têm o Selo da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e, em parceria com essa entidade, a Geratherm promove a campanha Eu sou 12 por 8, que estimula e orienta o acompanhamento dos níveis de pressão arterial da população, permitindo tratar a hipertensão precocemente.
Siga
Treinamento à distância
No site www.gerathem. com.br também é possível ver as características dos aparelhos, baixar a ficha técnica e manual de instruções, além de poder assistir vídeos com explicações completas sobre todos os produtos da marca oferecidos no Brasil. Com mais informações acessíveis, o vendedor sente mais preparo em orientar o cliente na compra e este por sua vez, entende a importância e qualidade do produto que está adquirindo. A Geratherm ainda faz parcerias com farmácias e oferece todo o suporte para realizar o Dia da Hipertensão. Nessa data, espalhadas pelas principais capitais brasileiras, uma promotora agendada comparece à loja e faz demonstrações e aferições de pressão arterial. Já no dia a dia, as promotoras atuam como consultoras e estão à disposição para organizar gôndolas e layouts da loja e oferecer treinamento para balconistas. Além disso, a empresa também faz ações programadas e especiais de acordo com a necessidade do cliente. “Nossa equipe de marketing trabalha intensamente para oferecer a melhor orientação de merchandising para as equipes das farmácias e assim aumentar as vendas ao mesmo tempo em que prestam um serviço de utilidade aos clientes finais”, explica Kleber Custódio, gerente de marketing da empresa.
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Com um departamento especializado em treinamento e serviços online sobre seus produtos, a empresa chega mais perto e dá todo o suporte aos pontos de vendas. Treinamento completo, suporte para as vendas e acesso fácil às instruções. Esse é o segredo da Gerathem para garantir melhores vendas e a maior satisfação do consumidor final. Com a inauguração do parque industrial brasileiro da multinacional, que é um dos maiores fabricantes de equipamentos para saúde do mundo, o acesso a seus produtos no país irá se tornar muito mais fácil. Principalmente, no caso dos monitores de pressão arterial e termômetros, que são produzidos na fábrica, em Diadema, na Grande São Paulo. No local, haverá a mesma linha de produção da matriz alemã – portanto os equipamentos serão produzidos com a mesma qualidade que consagrou a marca no mundo. Os monitores, por exemplo, têm certificado de qualidade do Inmetro, três anos de garantia e, sempre que o cliente precisar, o programa “Calibração Custo Zero”, oferecido pela empresa. Com mais locais sendo abastecidos com os aparelhos, paralelamente surgiu a necessidade de uma proximidade maior com os pontos de vendas. Dessa forma, a Geratherm desenvolveu um planejamento para atender os vendedores de farmácias e magazines, onde os aparelhos produzidos pelas empresas estarão expostos. Todos os consultores recebem treinamento especializado sobre a utilização dos produtos, e esses também repassam as informações completas aos vendedores das lojas, complementando com vídeos, manuais de instruções e fichas técnicas dos produtos Geratherm.
Odontologia TEXTO: ARNALDO ANSAR FOTOS: DIVULGAÇÃO
Dentes do bebê
Cuidados desde o berço Os primeiros dentes nascem geralmente aos seis meses de vida. Quando a mamãe deve começar a cuidar deles? Quando levar o bebê ao dentista pela primeira vez? Para o Dr. José Eduardo de Oliveira Lima, professor livre docente do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP e odontopediatra da TopDent, os cuidados devem começar antes de os dentes nascerem. Ou até mesmo antes de o bebê nascer. Segundo ele, uma boa saúde bucal do bebê garante 99,8% de sucesso, cientificamente comprovado, na prevenção de cárie para toda a vida
preocupação com a saúde dos bebês é uma obsessão para a maioria das mães. A amamentação nos períodos certos, a hora de começar com as papinhas, o banho, os cremes... São tantos detalhes que a saúde bucal do bebê pode passar despercebida. Que produtos utilizar e a partir de qual idade? Pais de primeira viagem não costumam ter as respostas – mas estas
Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Lima, livre-docente da Faculdade de Odontologia de Bauru/USP
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fazem toda diferença para garantir um belo sorriso na fase adulta. O Prof. Dr. José Eduardo de Oliveira Lima tem experiência de mais de 30 anos no atendimento clínico de bebês e crianças. Segundo ele, os cuidados com a saúde bucal do bebê devem começar ainda na gestação. “A saúde dos dentes depende, primeiramente, da saúde da mãe durante a gravidez. Essa condição é determinada por meio da boa alimentação e do correto acompanhamento da gestação – o que previne dentes mal formados no bebê e, em consequência, maior predisposição à formação de cáries”, explica ele.
AN_PP_Mar12_FIM_AF.pdf
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Depois que o bebê vem ao mundo, é hora dos cuidados diretos. E, de início, ele aponta um cuidado excessivo: boa parte das mães higieniza as gengivas do bebê com algodão, cotonetes ou algo similar. Esses artifícios, enquanto o bebê é amamentado no peito, não têm nenhuma eficácia comprovada e pode até comprometer a saúde bucal. “Nesses primeiros meses, não há necessidade de realizar qualquer tipo de higienização, uma vez que o equilíbrio biológico da boca é preservado por meio da amamentação materna, que garante boa imunização e a satisfação das necessidades físicas e emocionais do bebê. Qualquer material ou substância industrializada na cavidade bucal pode levar a contaminação – e isso inclui até mesmo instrumentos que alguns médicos recomendam, como dedeiras com cerdas, por exemplo”, alerta o odontopediatra.
Pasta, escova dental e odontopediatra: quando é a hora? Os primeiros dentes nasceram. E agora? Segundo o professor Lima, a higienização, a escovação e a limpeza dos dentes devem ser realizadas de maneira que se consiga eficiência de 100% na remoção da placa bacteriana para evitar a cárie. Para o especialista, é indicado que a criança comece a frequentar o consultório odontológico assim que nascerem os dentes, pois, além de receber a orientação correta
O hábito de escovar os dentes deve ser estimulado pelos pais desde cedo sobre a melhor higiene bucal diária, os pais podem garantir com essa prevenção tão precoce a saúde oral do seu filho pelo resto da vida. “Atualmente, existe a chamada odontologia do acompanhamento, idealizada por minha clínica em 1993. Trata-se do atendimento odontológico preventivo que prioriza manter em equilíbrio toda a região da boca, trazendo um resultado de 99,8% de sucesso contra o surgimento de placa bacteriana por toda a vida, cientificamente comprovado”, diz o professor Lima.
Dedeira para limpeza: segundo os especialistas, um cuidado desnecessário
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Com as instruções do odontopediatra, o bebê já pode começar a utilizar, através da mãe, alguns produtos para auxiliar a higienizar a cavidade bucal, mas com algumas ressalvas. “É importante que se introduza o hábito de escovar os dentes desde muito cedo, mas sempre procurando o equilíbrio biológico. Nessa fase da vida, a pasta de dente, por exemplo, deve ter função somente cosmética e não de limpeza. Isto é: deve tornar a escovação agradável e produzir aroma agradável, mas não deve conter substâncias químicas que podem interferir na biodiversidade da cavidade bucal, e isso inclui até o flúor – que, por sua toxidade nessa fase da vida, pode produzir fluorose, que leva à má formação de esmalte”, alerta. O odontopediatra lembra que a escova para bebês deve ser a mais macia possível para não ferir as gengivas. E deve ser trocada à medida em que a criança cresce, sempre com a orientação do especialista. “Existem três dentições no ser humano: decídua (chamada popularmente “de leite”), mista e permanente. Para cada uma delas existe uma escova mais adequada em função do tamanho dos dentes e da cavidade bucal, conclui.
Ciência TEXTO: FRANCISCO COLOMBO FOTOS: DIVULGAÇÃO
Medicamentos biológicos As estrelas da farmacologia moderna O ano de 2012 marcará, definitivamente, uma alternativa inovadora e importante para o mercado farmacêutico: remédios feitos a partir de cultura de células vivas, com tecnologia de ponta
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rata-se dos medicamentos biológicos que, apesar de representarem menos 20% do setor farmacêutico global, projetam um crescimento de 80% até 2015. Os medicamentos biológicos ainda são produtos muito complexos, muitos deles só ao alcance de pacientes da rede hospitalar privada ou do SUS e administrados no próprio hospital.
Mas a�inal, o que são medicamentos biológicos?
Dr. Antonio Carlos Pires, professor adjunto de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
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Medicamentos sintéticos são produzidos a partir de uma síntese química, isto é, de moléculas que podem ser reproduzidas facilmente. Já os biológicos são o resultado de uma cultura de células geneticamente modi�icadas que agem diretamente sobre a doença que pretendem combater. Além disso os medicamentos biológicos são formados por moléculas grandes, complexas e constituídas de milhares de átomos. São instáveis e sensíveis a alterações
quando submetidas a pequenas variações das condições de conservação. Por esta razão, os medicamentos biológicos geralmente são administrados por via injetável ou por inalação. Nesta entrevista, o Dr. Antonio Carlos Pires, Professor Adjunto da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-FAMERP, explica como funciona essa nova geração de medicamentos.
Qual a principal característica dos produtos biológicos? Produtos biológicos, confeccionados através da fabricação da proteína a ser estudada e desenvolvida, não podem ser copiados, ou seja, é impossível se desenvolver um medicamento genérico de um produto biológico e cópias idênticas não podem ser produzidas. O que existe é a possibilidade de
Principais medicamentos biológicos disponíveis produção de medicamentos denominados de “produtos biológicos”, que, na de�inição da OMS, são os “bioterapêuticos similares” ou, como de�ine a Agência Regulatória Europeia, os “biossimilares”.
CATEGORIA
Por que este tipo de medicamento não é vendido em farmácias e drogarias?
Normalmente esses medicamentos têm indicações especí�icas e são, na maioria, dispensados pelo governo.
INDICAÇÃO
ONCOLÓGICOS
Quais os bene�ícios dos medicamentos biológicos?
Eles trouxeram novas alternativas terapêuticas para doenças graves para as quais anteriormente não havia tratamentos e�icazes. Por exemplo, pacientes com insu�iciência renal crônica evoluem com anemia importante pelade�iciência de um hormônio �isiologicamente sintetizado pelos rins, denominado de eritropoetina. O tratamento dessa anemia só era feito por meio de transfusões sanguíneas de repetição. Após a síntese da eritropoetina pelo método de DNA recombinante, ela passou a ser usada rotineiramente como medicamento biológico, no tratamento da anemia desses pacientes. Hoje, não se fazem mais as transfusões sanguíneas e,portanto houve redução de risco de complicações.
PRODUTO
Alemtuzumabe (Campath*) Bevacizumabe(Avastin*) Cetiximabe(Erbitux*) Rituximabe(Rituxan*, Mabthera*) Trastuzumabe (Herceptin*)
Leucemia Crônica Câncer colorretal Câncer colorretal
Adalimumabe(Humira*) Infliximabe (Remicade*) Golimumabe(Simponi*) Natalizumabe (Tysabri*) Omalizumabe (Xolair*)
Artrite reumatoide Artrite reumatoide Artrite reumatoide Esclerose múltipla Asma
Etanercepte (Enbrel*) Abatacepte(Orencia*) Alefacepte (Amevive*)
Artrite reumatoide Artrite reumatoide Psoríase
Linfoma não-Hodgkin Câncer de mama
IMUNOLÓGICOS
PROTEÍNAS DE FUSÃO
*Nome comercial
Qual é o futuro do medicamento biológico no Brasil? Bastante promissor. Atualmente, 50% dos medicamentos em desenvolvimento são biológicos, ou seja, são derivados de processos biotecnológicos. Hoje, mais de 300 milhões de pacientes são bene�iciados com esses produtos. Para o futuro esperamos novas moléculas biológicas que possam bene�iciar outras doenças, tais como câncer, AIDS, Parkinson e outras.
Medicamentos biológicos são produzidos por cultura genética e têm características únicas, não podendo ser copiados
A classe médica tem conhecimento desse tipo de medicamento? Algumas especialidades têm maior demanda por medicamentos biológicos, entre elas nefrologia, oncologia, endocrinologia, reumatologia. Tais especialistas têm maior intimidade com esses medicamentos, mas devemos estimular o conhecimento de um grande número de pro�issionais que ainda desconhecem essas moléculas.
O que mais deve ser dito sobre os medicamentos biológicos?.
Os medicamentos biológicos vieram para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida de milhões de pacientes. A expectativa para o futuro próximo é que tenhamos novas moléculas para o tratamento de doenças que ainda não têm opção terapêutica e�icaz e segura.
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TV aberta/fechada
Comportamento TEXTO: CELSO ARNALDO ARAUJO FOTOS: DIVULGAÇÃO
como lidar com ELA Sensação de que o mundo vai acabar antes da menstruação... É isso que muitas mulheres com TPM dizem sentir. Também chamada de Síndrome disfórica pré-menstrual, atinge aproximadamente 75% das mulheres. No entanto, apenas 8% têm sintomas muito intensos, que as levam a buscar ajuda. Qual é a origem dessa tensão e o que a ginecologia pode fazer para amenizar a sensação “daqueles dias”? É o que explica o ginecologista Dr. Sérgio dos Passos Ramos
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Dr. Sérgio dos Passos Ramos
s nervos à �lor da pele, ansiedade além da conta e choro por qualquer coisa. Se isso ocorrer no período pré-menstrual, e se repetir a cada ciclo, é quase certo que os primeiros sintomas da famosa Tensão Pré-Menstrual (TPM) começam a aparecer. Mas o que é a tensão pré-menstrual que afeta tantas mulheres – e, muitas vezes, os maridos destas, vítimas dessa “conspiração” hormonal? A TPM é uma disfunção hormonal que antecede a menstruação e, por causa desse desarranjo, acontece um desequilíbrio no comportamento da mulher. “Esses sintomas de irritabilidade e ansiedade, entre outros, podem variar de intensidade de um mês para o outro,
de acordo com o estado emocional de cada mulher”, explica Angela Alcântara Benini, psicóloga clínica e psicoterapeuta da equipe da clínica do Dr. Sergio dos Passos Ramos, em São José dos Campos. Com o passar dos anos, os sintomas da TPM �icam mais intensos, principalmente entre os 45 e 50 anos, quando as mulheres estão próximas da menopausa, período em que o organismo encerra a menstruação, pois os ovários param de funcionar. Mas existem diversas outras teorias que tentam explicar as causas mais profundas da TPM. Uma delas atribui esse estado de tensão a alterações nos níveis de serotonina, neurotransmissor responsável por nosso humor e apetite.
Saiba se você tem TPM
Quando ainda existem dúvidas se os sintomas são ocasionais ou próprios da TPM, o especialista costuma pedir à paciente que anote todos os dias, em um calendário, tudo o que ela sente durante o dia. É importante que isso seja feito por dois meses seguidos, anotando-se inclusive os dias de menstruação. Depois desse período, o médico analisa as informações e veri�ica se os sintomas que apareceram antes da menstruação desapareceram quando ela se iniciou. Se isso ocorre, é mesmo TPM. Mesmo que os sintomas sejam leves, e não se repitam todos os meses, os ginecologistas orientam a paciente a não deixar que essa tensão inter�ira no seu desempenho pro�issional, familiar e social. Se isso acontecer, é sinal de que ela precisa de cuidados – e só um especialista poderá ajudar.
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Conheça aqui os sintomas da TPM: depressão, sentimento de desesperança, pensamentos autodepreciativos ansiedade, tensão, nervosismo, excitação fraqueza afetiva, tristeza repentina, choro fácil, sentimento de rejeição raiva ou irritabilidade persistente, aumento dos conflitos interpessoais diminuição do interesse pelas atividades habituais sensação de dificuldade de concentração cansaço, fadiga fácil, falta de energia acentuada alteração do apetite, para mais ou para menos distúrbios do sono sensação de estar fora do próprio controle inchaço e/ou sensibilidade mamária aumentada dor de cabeça dores musculares ganho de peso ou sensação de inchaço.
Quando é preciso tratar Para ser considerada doença, e portanto sujeita a tratamento, é essencial que os sintomas de fato interfiram nas atividades habituais da mulher e que ocorram na fase pré-menstrual, e não em todo o ciclo. Como explica o Dr. Sergio dos Passos Ramos, por se tratar de uma síndrome, não existem tratamentos específicos, já que os sintomas variam muito de intensidade para cada mulher. Entretanto, há medidas que aliviam os sintomas. Resultados não cientificamente comprovados mostram que a vitamina B6 (piridoxina), a vitamina E, o cálcio e o magnésio podem ser usados para melhora dos sintomas. Outro medicamento é o ácido gama linoleico, um ácido graxo essencial, que pode ser encontrado no óleo de prímula. Mas, segundo o Dr. Sérgio, há advertências sérias do FDA americano (a ANVISA dos Estados Unidos) a respeito de medicações alternativas naturais com possíveis efeitos colaterais graves. “Como qualquer outro medicamento, mesmo natural, só devem
ser usados mediante prescrição médica”. O melhor medicamento é o que, sozinho ou associado, reduz os sintomas. Como essa síndrome está ligada à ovulação, muitas mulheres podem se beneficiar do uso de pílulas anticoncepcionais. Nos Estados Unidos, a FDA aprovou a pílula com drospirenona e etinilestradiol para mulheres que têm sintomas de TPM e desejam anticoncepção hormonal. Já nos casos graves da síndrome, é necessária medicação mais específica. “A medicação usada com melhores resultados são os antidepressivos. Estudos recentes mostram que essa medicação, usada na menor dose possível e durante a fase de tensão pré-menstrual, tem melhorado muito a qualidade de vida das mulheres que sentem essa disfunção. Também nesses casos a pílula anticoncepcional com drospirenona e etinilestradiol pode ser usada”.
Faça uma atividade física. Pode ser uma caminhada ao ar livre, andar de bicicleta, nadar ou jogar tênis. Isso ajuda a reduzir a tensão e melhorar a autoestima nesse período Evite agendar compromissos importantes para os dias que antecedem a sua menstruação
Procure se arrumar, mesmo que você não vá sair de casa, isso também ajuda a elevar a autoestima Afaste os pensamentos negativos, seja
otimista e mentalize coisas boas.
Procure fazer uma alimentação balanceada
com verduras, frutas e legumes
Prefira alimentos diuréticos que ajudam na eliminação de água, como agrião, morangos, melancia etc.
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Diminua o sal, pois o sódio produz retenção de líquidos e ajuda a desencadear os inchaços típicos dessa fase da mulher.
Páscoa
Tempo de CHOCOLATE
TEXTO: CELSO ARNALDO ARAUJO FOTOS: DIVULGAÇÃO
Qual é a origem do significado da Páscoa?
N
Como surgiu a ideia do coelho e dos ovos de chocolate?
E, afinal, chocolate faz bem ou mal?
a Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo Mas por que, em nosso meio, ela é celebrada com ovos e coelhos de chocolate? A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa – por sua decantada fertilidade, símbolo da multiplicação da vida. À �igura do coelho juntou-se então o ovo, que é símbolo da própria vida. O ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida. Inicialmente, eram ovos decorativos, não comestíveis, apenas um símbolo
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do início da vida. No século XVIII, confeiteiros franceses tiveram a ideia de fazer os ovos com chocolate – iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recémdescoberta América. E a coisa pegou! Hoje, no ocidente, não há Páscoa sem ovo de chocolate. Ele está por toda parte. Semanas antes da Páscoa, �ileiras de ovos de chocolate já se multiplicam nos supermercados e nas doçarias, exigindo muita força de vontade de quem não pode ou não quer sucumbir à tentação. Mas, independentemente de ser um dos símbolos da Páscoa, o chocolate é um dos alimentos mais controvertidos con-
sumidos pelo homem. Altamente calórico, o chocolate é o vilão das dietas, mas pode ser consumido com moderação por pessoas saudáveis. Nutritivo, contém vitaminas e sais minerais, além de alto teor de �lavonóides – antioxidantes que podem ajudar a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares – e de substâncias precursoras da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Para esclarecer as principais dúvidas e curiosidades a respeito dessa iguaria, ouvimos especialistas da SPRIM Brasil - Agência de Saúde e wNutrição de São Paulo.
Chocolate faz bem para a saúde?
Alguns estudos, não conclusivos, dizem que os antioxidantes presentes no chocolate amargo combatem os radicais livres, retardando o envelhecimento, e ajudam a diminuir os níveis de LDL (o mau colesterol) no sangue. Ele contém vitaminas – A, B, C, D e E – e sais minerais, como o ferro e o fósforo. Mas, por ser altamente calórico, deve ser consumido com moderação inclusive por pessoas saudáveis. O chocolate ao leite e o branco são os menos recomendados, devido às gorduras saturadas presentes no leite.
Qual a quantidade recomendada por dia?
A Organização Mundial de Saúde não recomenda o consumo de nenhum tipo de doce. Para quem não resiste, o importante é não ultrapassar o limite diário de até 50 gramas, em função dos altos teores de açúcar e gordura.
Qual é o menos calórico?
O chocolate amargo e o ao leite têm praticamente as mesmas calorias.
O “diet” engorda? E o “light”?
Como não tem açúcar na composição, o teor de gordura do “diet” precisa ser maior, para garantir a mesma consistência. Em alguns casos, ele chega a ser mais calórico que o chocolate comum, por isso é indicado apenas para diabéticos, não para pessoas com restrição calórica. Já os “light” têm menos gordura e, por isso, menos calorias. 28 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL/ 2012
Qual o efeito na pele? Dá espinha? E os cosméticos à base de chocolate? Nenhum estudo cientí�ico comprova a relação entre o consumo de chocolate e o surgimento de espinhas. Alguns dermatologistas, no entanto, a�irmam que pacientes com propensão à acne relatam piora após a ingestão exagerada de chocolate. Já os efeitos de cosméticos e tratamentos para a pele à base de chocolate, disponíveis desde a Antiguidade, ainda são duvidosos. O óleo do cacau hidrata a pele apenas super�icialmente, podendo ser usado em peles ressecadas ou envelhecidas, embora existam produtos mais e�icazes.
Chocolate pode causar dependência?
Sim. Ele contém três substâncias que podem provocá-la: a teobromina, a cafeína e a feniletiamina. Para ser caracterizada como dependente, a pessoa precisa consumir chocolate para se sentir bem ou ter sintomas depressivos quando �ica muito tempo sem comê-lo. Geralmente, o problema afeta os indivíduos angustiados e os ansiosos.
Por que, ao comê-lo, sentimos melhora de humor e alívio no estresse? Porque ele contém substâncias que estimulam a produção de serotonina, um neurotransmissor que ajuda a combater a depressão e a ansiedade, além de estimular os centros de prazer e de bem-estar.
Qual é o prazo de validade de um chocolate? Ele dá um sinal de que está impróprio para o consumo?
Em seis meses, ele começa a perder o sabor e o aroma, mas pode durar até um ano. Quando é submetido ao calor excessivo, a sua gordura sobe à super�ície: o chocolate �ica manchado, mas não signi�ica que está estragado.
Os chocolates com mais cacau são os melhores?
O conceito é relativo, já que depende do gosto pessoal. Mas, quanto maior a quantidade de cacau, menor a de outros ingredientes que mascaram o seu sabor. Para um chocolate derreter facilmente na boca, a quantidade de manteiga de cacau é determinante, porque seu ponto de fusão é a temperatura do corpo humano: quando entra em contato com o calor da boca, o chocolate derrete.
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Solidariedade TEXTO: FRANCISCO EUZÉBIO COLOMBO FOTOS: DIVULGAÇÃO
Que a saúde se difunda sobre a Terra
A fraternidade e a Saúde Pública
ste ano, o tema escolhido para a Campanha da Fraternidade foi a saúde. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – preparou uma cartilha sobre a fraternidade e a saúde pública, através de um completo levantamento dos vários aspectos que envolvem esse assunto. No Brasil, a saúde pública está subordinada ao Sistema Único de Saúde/SUS, criado em 1988 e vinculado ao Ministério da Saúde, que, apesar de ser modelo e referência internacional, ainda enfrenta pesados desa�ios. A�inal, são cerca de 192 milhões de habitantes em 5.565 municípios, dos quais muitos não dispõem de pro�issionais de saúde para os cuidados básicos e algumas centenas não possuem um único médico.
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Todo ano, desde 1964, após a Terça-feira gorda de carnaval, a CNBB lança no Brasil a Campanha da Fraternidade.
Este ano, o tema é Um dos problemas é a alocação de verbas. Apesar de aprovada recentemente a Emenda 29, destinando recursos para a saúde de estados e municípios, a partilha ainda deixa a desejar. A cartilha da Campanha da Fraternidade compara o investimento em saúde nos países ricos, cujos governos chegam a cobrir 70% dos gastos com saúde, �icando somente 30% a cargo das famílias, com os números do Brasil.
saúde
Segundo dados do IBGE, 53% dos gastos com saúde (143 bilhões de reais) �icaram a cargo das famílias, contra apenas 47% (127 bilhões de reais) nosetor público. Segundo a mesma fonte, o orçamento da União para a Saúde em 2011 foi de R$ 68,8 bilhões, dos quais somente 12 bilhões foram investidos em atenção básica. O documento da CNBB enumera suas grandes preocupações com relação à saúde pública no Brasil. Entre elas, destacam-se as doenças crônicas
(doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, câncer, doenças renais); as doenças transmissíveis (AIDS, tuberculose, hanseníase, in�luenza, dengue e outras);os fatores comportamentais de risco modi�icáveis (tabagismo, consumo excessivo de gorduras saturadas de origem animal, obesidade, ingestão insu�iciente de frutas e hortaliças, inatividade �ísica e sedentarismo); a dependência química e o uso crescente e disseminado de drogas lícitas e ilícitas (álcool, crack, e outras).
AVANÇOS REGISTRADOS E OS DESAFIOS DO SUS
Baseado em dados do Ministério da Saúde, o texto da Campanha da Fraternidade registra alguns avanços veri�icados no SUS, como o Programa Saúde da Família, que atualmente atinge 100 milhões de brasileiros, a redução em mais de 70% da mortalidade infantil nos últimos 30 anos, a ampliação do numero de consultas de prénatal, a diminuição da desnutrição, a vacinação de crianças, gestantes e idosos, a eliminação da paralisia infantil e do sarampo, desde 2007, e a rubéola, em 2009, e a redução das mortes por doenças transmissíveis como a tuberculose, a malária e a AIDS. Outros dois avanços registrados pelo SUS foram a criação do SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que atende atualmente mais
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Baseado em dados do Ministério da Saúde, o texto da Campanha da Fraternidade registra alguns avanços verificados no Sistema Único de Saúde, como o Programa Saúde da Família, que atualmente atinge 100 milhões de brasileiros... da metade da população brasileira, e o Programa Aqui Tem Farmácia Popular. De todos os avanços, o Programa Saúde da família e o Aqui Tem farmácia Popular são os mais bem avaliados serviços do governo, o primeiro com 80,7% de aprovação, o segundo com 69,6%. Com toda esta estrutura, o SUS ainda tem desa�ios a serem vencidos a curto, médio e longo prazo. Segundo uma pesquisa realizada pelo IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2010, os problemas mais frequentes do SUS foram a falta de médicos (58,1%), a demora no atendimento em postos, centros de saúde ou hospitais (35,4%) e a di�iculdade para se conseguir uma consulta com especialistas (33,8%). Para não �icar só na teoria, a Cartilha da campanha da Fraternidade sugere como os três elos que compõem a sociedade, ou seja, organizações, família e comunidade, podem cooperar com o avanço do Sistema Público de Saúde.
As organizações > Trabalhar com a comunidade as datas ligadas à saúde, e mostrar a importância de se desenvolver um estilo de vida saudável > Promover seminários, cursos e encontros de conscientização e formação política, que visem desenvolver a participação cidadã cada vez mais responsável; > Criar um trabalho específico como agentes de saúde nas empresas > Articular a participação efetiva dos membros da comunidade nas instâncias colegiadas do SUS (conselhos municipais e conferências de Saúde), nas três esferas do governo, oferecendo respaldo e acompanhando-os neste trabalho > Criar observatórios locais de saúde, com membros competentes e idôneos, que se tornem referências para a população e demais empregados. Para tanto, é necessária uma estrutura mínima de ouvidoria, diagnóstico, pesquisa, comunicação e monitoramento dos problemas de saúde levantados na comunidade.
Homenagem TEXTO: CELSO ARNALDO ARAUJO FOTOS: DIVULGAÇÃO
Faculdade de Medicina da
U
USP
Um século produzindo grandes médicos
m dos centros de pesquisa mais importantes do Brasil está completando cem anos. A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo já formou mais de 10 mil médicos e muitos �izeram história – como o Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, pioneiro dos transplantes, que também estaria completando um século este ano. Conheça um pouco dessa história de triunfo sobre as doenças
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Este ano, iniciaram suas aulas, no curso na Faculdade de Medicina da USP, os calouros da 100ª turma da escola. Não é a mais antiga escola médica do país, primazia que cabe à da Bahia, mas sem dúvida a mais disputada – e da qual saíram os maiores expoentes da medicina brasileira.
No �inal do século XIX, a então Província de São Paulo já apresentava um apreciável desenvolvimento econômico. Os lucros da cultura do café permitiam aos paulistanos divertiremse com o cinema, arte que começava a nascer, e em viagens ao exterior. As elites vestiam-se ao rigor da moda francesa. Mas os paulistas enfrentavam um grave problema: a falta de médicos. Apenas Rio de Janeiro e Bahia dispunham de escolas de Medicina. Mas o Governo Imperial parecia demonstrar descaso
pela Província de São Paulo. O único investimento na área de saúde feito pela coroa em São Paulo era a Inspetoria Provincial de Higiene, instalada em 1886. As primeiras tentativas de se viabilizar a criação de um curso médico na capital paulista só ocorreram com a implantação da República, por iniciativa do Dr. Luiz Pereira Barreto, que pretendia criar uma Universidade. Mas o primeiro instrumento legal estabelecendo uma Escola Médica em São Paulo foi a lei nº 19, de 24 de novembro de 1891, sancionada pelo então Presidente do Estado, Américo Brasiliense. Em 1895, São Paulo viu surgir sua primeira associação de médicos formados no Rio, na Bahia e no exterior, a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, presidida por Pereira Barreto. A Sociedade logo criou
OS NOVOS TEMPOS
Aula em laboratório, nos anos 30
Dr. Arnaldo, em consulta uma Policlínica, estabelecida na praça da Sé, que oferecia atendimento médico gratuito. Mas somente 21 anos depois da assinatura da lei, o Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio e diretor da Santa Casa paulistana, recebia a incumbência de organizar a Faculdade de São Paulo, �inalmente criada pela lei nº 1357, de 19 de dezembro de 1912. Os primeiros dois anos tiveram sedes improvisadas. Em 1914, uma sede provisória, na Rua Brigadeiro Tobias. Em 1918 formou-se a primeira turma, composta por 27 médicos, entre os quais duas mulheres. Em 25 de janeiro de 1920, foi lançada a pedra fundamental da sede própria da Escola, localizada em frente ao cemitério do Araçá. Foi o último grande gesto público do Dr. Arnaldo, que morreu prematuramente meses mais tarde. Construído a partir de 1928, em grande parte com recursos da Fundação Rockefeller, o prédio foi inaugurado em 1931. A Faculdade de Medicina passou a integrar a Universidade de São Paulo em 25 de janeiro de 1934, através do decreto 6.283. A partir dessa data a escola recebeu a denominação que mantém até os dias de hoje. As aulas práticas de clínica e cirurgia continuaram a ser ministradas na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, até 1944, quando foi inaugurado o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A organização inicial imprimida pelo Dr. Arnaldo à Faculdade de Medicina, sem confronto no âmbito nacional, foi fundamental para que ela se desenvolvesse em bases sólidas. Destaca-se, nesse aspecto, a contratação de renomados professores estrangeiros, como o Dr. Lambert Meyer, da Faculdade de Nancy, França;
Dr. Emílio Brumpt, catedrático da Faculdade de Medicina de Paris, França; Dr. Alfonso Bovero, anatomista, e Dr. Alessandro Donati, patologista, ambos oriundos da Universidade de Turim, na Itália. A evolução da qualidade do ensino da chamada “Casa de Arnaldo” culminou com a classi�icação da Faculdade de Medicina da USP com o padrão “A” conferido pela Associação Médica Americana em 1951. O médico formado pela Faculdade tinha, no entender da Associação, o mesmo nível daquele formado nas melhores escolas do mundo. E isso permanece até hoje.
Em homenagem ao centenário, foi lançada em janeiro último, na Faculdade de Medicina da USP, a pedra fundamental do novo centro de ensino por simulação de diagnóstico de doenças negligenciadas. Esse centro terá equipamentos para que o aluno treine procedimentos clínicos e cirúrgicos em bonecos antes de abordar os pacientes. Outros projetos já estão mais adiantados, como a blocoteca da patologia. O espaço reúne 200 mil blocos de para�ina que contêm amostras de tecidos retiradas de cadáveres que passaram por autópsia no Serviço de Veri�icação de Óbito desde 1924. Paulo Saldiva, professor de patologia da faculdade, explica que os 160 mil laudos das amostras foram digitalizados e catalogados de acordo com o diagnóstico. Mais um projeto de destaque é o de autópsia digital. O novo método, que vai começar a ser testado, usa exames de imagem e biópsias para determinar a causa da morte. No futuro, a técnica pode substituir, ao menos em alguns casos, o método convencional, em que o corpo sofre uma incisão e os órgãos são retirados e analisados. O atendimento a pacientes também será ampliado no Hospital das Clínicas. O Instituto Central vai ter mais um andar para abrigar 75 novos leitos de UTI.
Acima, o Prof. Dr. Marcus de Castro Ferreira, da disciplina de Cirurgia Plástica, acompanha alunos da USP em visita a pacientes no HC. Ao lado, aula de pediatria
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Uma Nova FARMÁCIA Varejo
TEXTO: ARNALDO ANSAR FOTOS: DIVULGAÇÃO
Doutor em Administração de Empresas, sócio da Morgado & Vitelli Consultoria e professor da Fundação Getúlio Vargas-EAESP, ligado ao GVcev – Centro de Excelência em Varejo dessa instituição de ensino, Mauricio Morgado atua nas áreas de consultoria e treinamento em marketing, vendas e varejo. O Canal Farma tem sido um de seus campos de estudos. Veja o que ele recomenda ao proprietário de uma farmácia de bairro independente para ser moderna e competitiva
Mauricio Morgado,
professor da FGV, e, ao lado, prateleira de cosméticos da Duane Reade, em NY
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Há um grande movimento de concentração no varejo. Nesse contexto, diz o professor Maurício Morgado, ou o pequeno se prepara ou, de verdade, vai desaparecer – independentemente de ser farmácia ou qualquer outro tipo de comércio. A exceção é a padaria, pois nesse segmento não há redes,.
Como o pequeno empreendedor se prepara para essa realidade?
“A estratégia mais ousada é ele se autoconcentrar formando uma pequena rede, num processo mais agressivo de ataque, em que ele se expande ou se fortalece em suas fronteiras geográ�icas. Caso essa possibilidade não exista, então é preciso lançar mão de instrumentos de defesa”. E aqui ele divide essa estratégia em alguns pontos fundamentais:
*Produto – “Em relação aos medicamentos, a farmácia pequena tem de oferecer um mix de produtos similar ao das grandes. Se não tiver o produto desejado pelo cliente, ele o perde. Mas o que recomendamos, nesse particular, é o pequeno evitar a todo custo entrar na guerra de preços nessa área de medicamentos. Preço não será sua estratégia. Não é por aí que ele vai se diferenciar. É preciso ter os produtos de marca mais procurados, mas sem obsessão por preço. E sem dar ênfase excessiva a similares e genéricos — o que, no �im das contas, acaba afetando a rentabilidade do negócio. Com exceção dos medicamentos de uso contínuo, as pessoas costumam comprar remédios ocasionalmente, para resolver problemas pontuais de saúde – nesses casos, a consulta de preços não tem grande peso na escolha do estabelecimento”.
*Visual da loja – “Um item fundamental de diferenciação. A apresentação da loja é decisiva. Uma loja limpa, com aparência de nova, arejada, bem iluminada, bem organizada. Não precisa ser de um branco hospitalar para passar um ar de limpeza. Pode usar tons azuis, por exemplo”.
*Pessoal – “O relacionamento com o cliente é, sem dúvida, outro diferencial importantíssimo. O ideal seria lançar mão de técnicas de marketing de relacionamento para saber quem está comprando com você e seu comportamento de compra – mesmo que a loja não adote um sistema de cartão de pontos. Conhecer o cliente de sua farmácia é o único modo de se obter domínio territorial em seu pedaço da comunidade. Quanto ao atendimento, tudo depende do treinamento, que começa pelo recrutamento de pessoas vocacionadas para lidar com gente. A principal lição é ensinar o atendente a ouvir o que o cliente fala – para captar, caso a caso, até onde ele deve ir. Em algumas circunstâncias, o balconista deve se valer de um medicamento chamado simancol – a �im de saber até onde prolongar a conversa e se cabe aí a oferta de uma venda adicional. Não se aconselha nenhuma forma de agressividade nessa oferta. Não acho adequado, por exemplo, oferecer vitaminas em promoção a quem foi buscar um remédio para pele, por exemplo”.
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*Serviços – No setor de beleza e cosméticos, consultores e demonstradores são bem-vindos. Mais do que isso. “A Duane, drugstore americana (ver box ao lado), é um exemplo: lá há cabeleireiro, maquiador, manicure, tudo ligado ao mundo da beleza. Claro que eles dispõem de uma área muito grande, com até mil metros quadrados. Mas uma farmácia pequena pode, sim, trabalhar com demonstração de cosméticos, maquiagem, etc”. Participar de campanhas de saúde na comunidade também é uma forma de atrair a clientela e formar �idelidade. E aí, segundo Maurício, entra outro item muito importante.
*Promoção –“Qualquer iniciativa de atrair gente para sua farmácia com ações de saúde ou de marketing deve �icar necessariamente circunscrita à área de in�luência da loja. Uma farmácia atende quarteirões. É nesse pedaço que ela deve se destacar. Por isso, é preciso entender o per�il das pessoas da comunidade. Dependendo desse per�il você dará, ou não, mais ênfase aos cosméticos, por exemplo. A incorporação da classe C ao mercado de consumo está gerando uma nova faixa de clientes, que quer produtos e serviços”.
“Medicamento é o tipo de produto que se compra sem paixão. Por isso, a farmácia pequena, de bairro, deve diversificar sua oferta no segmento de higiene e beleza, dispondo esses produtos de modo a chamar a venda de outros. Famílias de produtos bucais, por exemplo. Ou uma prateleira de produtos masculinos – juntando lâminas de barbear e preservativos, por exemplo. O lay-out da loja será fundamental, para permitir essa circulação – e nesse caso vale até utilizar o serviço de alguma empresa especializada em “arquitetura de farmácias”.
Um novo modelo Recentemente, o professor Mauricio Morgado fez um estudo de caso de uma das maiores drugstores de Nova York, a Duane Reade – que, além do mix de produtos das farmácias brasileiras, trabalha também com alimentos. (Veja na próxima edição uma matéria especial sobre essa fabulosa drugstore norte-americana). No Brasil, a legislação estabelece sérias restrições à oferta pelas farmácias dos chamados produtos correlatos. Mas o setor de higiene e beleza permite uma promissora alternativa de especialização – aliás, as próprias restrições à exposição de medicamentos geram uma oportunidade de ouro para reforçar o setor de não-medicamentos na área de circulação dos clientes na moderna farmácia brasileira.
Ecologia
Pinguim
TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO
O
Um modelo de organização social velho Aquário de Santos, litoral de São Paulo, é uma das maiores atrações turísticas da cidade – e o visitante sairá mais encantado se tiver a oportunidade de assistir ao fabuloso espetáculo que é a alimentação dos pinguins que ali vivem, expostos à visitação pública. Às 5 da tarde em ponto, à medida que se aproximam do viveiro as duas funcionárias encarregadas da operação, as cerca de 40 aves já começam a formar uma fila, disciplinadamente. Um de cada vez, sem nenhum conflito ou disputa, os pinguins em fila vão sendo transferidos para o recinto ao lado, onde uma das funcionárias os alimenta com oito peixes – nem um a mais ou a menos. Assim que engole o oitavo peixe, o pinguim vai para seu canto, abrindo espaço para um colega, admitido da sala do lado. E assim é, todos os dias – impressionando vivamente os presentes pelo senso de organização e disciplina difícil de encontrar até entre seres humanos.
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Talvez seja essa a grande arma da sobrevivência dos pinguins sobre a Terra: um invejável senso de ordenamento social. Eles podem, por exemplo, formar imensas colônias de reprodução, com até 1,5 mil indivíduos, conhecidas como pinguineiras. Grandes colônias lhes servem como defesa, uma vez que os pinguins colonizados estão menos expostos aos predadores que comem seus ovos e seus �ilhotes, e também mais protegidos de nevascas. Geralmente, os pinguins mais experientes ocupam o interior das colônias e os mais jovens, a periferia. Por isso, quando um pingüim aparece sozinho no litoral brasileiro, pode apostar: ele se perdeu da colônia. Durante o inverno brasileiro, a mídia divulga constantemente a presença de pinguins no nosso litoral. Pinguins no Brasil, um país com clima tropical? Sim, durante o inverno no Hemisfério Sul os pinguins que vivem em regiões muito frias migram, procurando alimento em águas mais quentes. Durante o deslocamento, seguindo as correntes marinhas, alguns pinguins podem se perder do grupo maior (geralmente jovens que nasceram naquele ano ou adultos cansados ou doentes) e
Os pinguins são sempre um fascinante objeto de estudo
vir parar no nosso litoral. Eles aparecem em maior quantidade no litoral do Rio Grande do Sul, podendo chegar ao Rio de Janeiro e até mesmo à costa baiana. Geralmente, estão cansados, com frio e desnutridos. Se vir algum deles na beira da praia, tente localizar algum técnico em zoologia – quase todas as cidades do litoral têm ambien-
talistas com conhecimentos su�icientes para lidar com um pinguim “fujão”. Mas, desde logo, vale uma recomendação básica: nunca coloque o pinguim no gelo. Até porque, quando eles chegam tão longe de casa, esses pinguins desgarrados estão passando frio, já que seu regulador térmico está “com defeito”, pela longa viagem.
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O que é preciso saber sobre pinguins
Fidelidade,
mas nem tanto
A maioria das espécies é monogâmica (um macho se reproduz com uma única fêmea durante o período reprodutivo). Porém, em alguns casos podem existir copulações extrapar, situações nas quais o macho pode �icar com até duas fêmeas e a fêmea com até três machos quando o companheiro principal se afasta. Mesmo nestes casos, é o companheiro “o�icial” que auxilia chocando ovos, cuidando e alimentando os �ilhotes e defendendo o território. Os indivíduos sempre retornam para a mesma área de reprodução e muitas vezes eles reencontram a mesma parceira de anos anteriores. Alguns estudos indicam que o pinguim-de-adélia reencontra o mesmo par no ano seguinte em 62% das vezes, o pinguimantártico em 82% e o pinguim-papua em 90% das vezes.
No ninho,
o jogo do amor O tipo de ninho também varia de espécie para espécie. As três espécies citadas acima fazem seus ninhos sobre o chão, delimitando o local com vários pedregulhos colocados ao redor. Curiosamente, para estas espécies é usando pequenos pedregulhos que o macho conquista sua fêmea: ele �ica na área do ninho segurando a “pedrinha” com o bico e o oferece para a fêmea. Se ela aceitar, pronto, estão casados. É como se fosse uma troca de alianças entre os noivos.
Ficha técnica - O pinguim é uma ave marinha típica do Polo Sul, principalmente da região da Antártida. São encontrados também nas regiões da Terra do Fogo, Ilhas Malvinas e Galápagos. - Essas aves vivem, em média, de 25 a 32 anos. - Apesar de serem aves, os pinguins não possuem a capacidade de
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Filhotes:
parecem pelúcia
Os �ilhotes de pinguins nascem recobertos por penugens e lembram bichos de pelúcia. Nascem famintos, comem muito e crescem rápido – os pinguins da Antártica têm que se tornar adultos antes do orimeiro inverno. Os adultos alimentam os �ilhotes colocando a comida diretamente dentro do bico, para não desperdiçar o alimento. O �ilhote pede comida batendo com o bico no bico do adulto.
Troca de penas: colônia de férias
Adultos e �ilhotes precisam trocar as penas, processo chamado de “muda”. Os adultos trocam as penas velhas e gastas por penas novas e resistentes, enquanto os �ilhotes trocam as penugens por penas à prova de água voar. Suas asas são atrofiadas, possuindo a função de barbatanas. - São ótimos nadadores, podendo atingir velocidade de até 40 quilômetros por hora. Passam grande parte do tempo dentro da água. - A maior parte das espécies possui hábitos diurnos. - As pernas destas aves secretam uma espécie de óleo, que serve como impermeabilizante contra o frio.
de verdade. Durante este processo os pingüins não podem entrar na água, pois estão sem proteção, então eles não se alimentam. Procuram um lugar protegido e �icam ali entre 10 a 30 dias, dependendo da espécie. Curiosamente, algumas espécies de pinguins fazem verdadeiras creches: os �ilhotes �icam agrupados numa mesma área trocando as penas e sendo vigiados por adultos que não reproduziram naquele ano.
Saindo de casa
As espécies que vivem nas regiões mais frias migram no inverno para fugir do frio e para encontrar comida. Isso ocorre sempre depois da reprodução, quando os �ilhotes já cresceram e estão prontos para acompanhar os adultos. Algumas espécies podem ser encontradas no litoral dos países do Hemisfério Sul, como é o caso do Pinguim-de-Magalhães, que é comumente encontrado no litoral do Brasil.
- A alimentação dos pinguins baseia-se em peixes de pequeno porte e algumas espécies de crustáceos como o krill. - Os principais predadores dos pinguins são as orcas, tubarões e as focas-leopardo. - O tamanho varia de acordo com a espécie, podendo chegar até 1, 2 metro de altura (caso do pinguim-imperador) e até 30 quilos.
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Artigo TEXTO: DR. JORGE FERNANDO DE AZEVEDO TRINDADE
ANFLUCOF
O compromisso da entidade pró varejo
A
ANFLUCOF completou em 2011 sua maioridade. São 18 anos de luta, parcerias e pontuais interações que dignificam e legitimam os serviços prestados pelas drogarias e farmácias da Região Norte-fluminense. Podemos afirmar: atravessamos fronteiras, a ANFLUCOF é conhecida como instituição que bem conhece o setor, da instalação ao regular funcionamento com base na legislação farmacêutica. Para comemorar esse tempo, não vamos nos aprofundar aos Vedas (livro sagrado dos Hindus que encontravam disposições de orientação médica e aplicação dos remédios), mas devemos citar Galeno (considerado o pai da farmácia) e fazemos uma breve digressão da história da farmácia no Brasil, que começa com as boticas e a pharmacia, quando poucos detinham o conhecimento sobre o universo medicamentoso. Foi como sacerdócio que muitos exerceram a atividade; mais que isso, como verdadeiros conselheiros, portadores de prestígio e imediatos homens que faziam sorrir suas comunidades, onde a Botica e a Pharmacia exerciam função social e eram também centros de irradiação cultural. Sim porque o homem da farmácia, o boticário, o “farmacêutico”, o prático de farmácia, o o�icial de farmácia, era conhecido por deter informação, conhecimento erudito e até mesmo vulgar, mas sempre disposto e focado no bem-estar daqueles que necessitam de seus préstimos. A industrialização, a constante evolução, as novas regras, �izeram surgir nova concepção de farmácia/drogaria, exigente cada vez mais de capacitação, realidade que culminou com a união através da representação de classe.
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Jamais cultivei ou fez parte de meus projetos de vida presidir uma instituição de classe, mas, ao empreender nesse complexo setor, percebi a carência de informação e, junto com outros empresários, veri�icamos a necessidade de uma representação. A ideia foi amadurecendo e, para minha honra, fui escolhido para presidir a futura instituição. Relutei em face do tempo e também porque existiam no setor pessoas que exerciam liderança e bem conheciam a atividade, mas a nobreza do segmento me fez aceitar o desa�io, e foi criada a ANFLUCOF - que só atingiu credibilidade e sucesso através de uma diretoria a�inada com princípios morais, crente na força do trabalho e na colheita de resultado positivos. Não importa o tempo, o importante é acreditar no bem, nos valores éticos que devem nortear nossas ações. A ANFLUCOF já nasceu forte como instrumento capaz de realizar. Não basta gostar e ou querer explorar a atividade, é preciso preparo, dedicação e conhecimento, e nessa bandeira concentramos esforços, contribuindo diretamente para que o município se tornasse Polo de Quali�icação na área de farmácia. Ganhamos credibilidade. Hoje a ANFLUCOF reúne sócios em 11 cidades: Campos do Goytacazes (cidade sede), São Fidélis, Itaocara, São João da Barra, Quissamã, Aperibé, Italva, São Francisco do Itabapoana, Cardoso Moreira, Cabo Frio e Conceição de Macabu. Foi uma adesão de tradicionais empresários e homens de farmácia regional,que, mesmo sem nos conhecer, acreditaram no projeto e legitimaram as ações da ANFLUCOF. Isto é fundamental para instituição de classe que, por se mostrar conhecedora dos assuntos pertinentes ao segmento, extrapolou a essência estatutária e as circunstâncias nos levaram a prestar consultoria administrativa e jurídica a vários pro�issionais: contadores, farmacêuticos, técnicos e outros. Isto é motivo de honra para
qualquer representação de classe, chegar à maioridade segmentada e conhecida além de sua jurisdição. É o momento de agradecer aos sócios que acreditam no associativismo e a todos os parceiros que de alguma forma contribuíram com uma ANFLUCOF forte. Foram vários embates, conquistamos espaços com conhecimento de causa, mudamos paradigmas e, dentre esses, desenvolvemos projetos sustentáveis. Nada melhor do que valorizar pessoas através da quali�icação pro�issional, estimulando o retorno de muitos aos bancos escolares para formação técnica especí�ica na área de farmácia. A primeira formatura do Estado do Rio de Janeiro nos moldes da Portaria 363/95 – MEC se deu em Campos. Posteriormente contribuímos diretamente junto à Faculdade de Medicina de Campos para instalação da primeira graduação em farmácia no município, que atendeu toda a região. Essas e outras ações projetam a ANFLUCOF, notoriamente a instituição referência na defesa do comércio farmacêutico, que muito contribui para as discussões nacionais no segmento. Não vamos aqui nominar nem enumerar as conquista da ANFLUCOF em prol do varejo farma, umas tangíveis outras intangíveis, mas o comércio farmacêutico regional sabe que tem a seu favor uma representação respeitada, prudente e vigilante na defesa de seus interesses, disposta a oferecer melhores serviços e comodidade aos sócios, com uma sede e Centro de treinamento, corpo de colaboradores e consultoria jurídica. O que agradece uma instituição é o reconhecimento e a colaboração de seus representados. O compromisso da ANFLUCOF é elevar e conduzir o comércio farmacêutico para o topo e lá devemos nos encontrar.
Dr. Jorge Fernando de Azevedo Trindade
Presidente
Diarreia Aguda?
• Eficaz no controle da diarreia aguda infecciosa e associada a antibióticos • Regenera a flora1-3 • Ampla eficácia probiótica4-12
Para um resgate efetivo, conte com a ação integrada de probiótico e prebióticos
O NOV • Aumenta a quantidade de bifidobactérias e lactobacilos • Contribui para uma flora bacteriana saudável • Intenso efeito prebiótico13-15
• Reduz o tempo de duração da diarreia em associação com a Terapia de Hidratação Oral • Aumenta a absorção de H2O e sódio via geração de AGCC** • Aumenta a consistência do bolo fecal através da formação de gel13-18 Referências bibliográficas: 1. Liu Y et al. Human-derived probiotic Lactobacillus reuteri strains differentially reduce intestinal inflammation. Am J Physiol Gastrointest Liver Physiol 2010 (299). 2. Cimperman L et al. A randomized, Double-blind, placebo controlled pilot study of lactobacillus reuteri for the prevention of antibiotic-associated diarrhea in hospitalized adults. Clinical Nutrition Week 2009 - Scientifc abstracts and scientifc posters. JPEN 2009; 33:181. 3. Correa NB et al. A randomized formula controlled trial of Bifidobacterium lactis and Streptococcus thermophilus for prevention of antibiotic-associated diarrhea in infants. J Clin Gastroenterol 2005; 39:385-389. 4. Bartosch S et al. Microbiological effects of consuming a synbiotic containing Bifidobacterium bifidum, Bifidobacterium lactis, and oligofructose in elderly persons, determined by real-time polymerase chain reaction and counting of viable bacteria. Clin Infect Dis 2005; 40:28-37. 5. Hamilton-Miller JM. Probiotics and prebiotics in the elderly. Postgrad Med J 2004; 80:447-451. 6. Valeur N et al. Colonization and immunomodulation by Lactobacillus reuteri ATCC 55730 in the human gastrointestinal tract. Appl Environ Microbiol 2004; 70:1176-1181. 7. Savino F et al. Lactobacillus reuteri (American Type Culture Collection Strain 55730) versus simethicone in the treatment of infantile colic: a prospective randomized study. Pediatrics 2007; 119:e124-e130. 8. Tubelius P, Stan V, Zachrisson A. Increasing work-place healthiness with the probiotic Lactobacillus reuteri: a randomized, double-blind placebo-controlled study. Environ Health: A Global Access Science Source 2005; 4:25 p://www.ehjournal.net/content/4/1/25). 9. Jacobsen CN et al. Screening of probiotic activities of forty-seven strains of Lactobacillus spp. By in vitro techniques and evaluation of the colonization ability of five selected strains in humans. Appl Environ Microbiol 1999; 65:4949-4956. 10. Talarico TL et al. Production and isolation of reuterin, a growth inhibitor produced by Lactobacillus reuteri. Antimicrob Agents Chemother 1988; 32:1854-1858. 11. Casas IA, Dobrogosz WJ. Validation of the probiotic concept: Lactobacillus reuteri confers broad-spectrum protection against disease in humans and animals. Microb Ecol Health Dis 2000; 12:247-285. 12. Lionetti E et al. Lactobacillus reuteri therapy to reduce side-effects during anti-Helicobacter pylori treatment in children: a randomized placebo controlled trial. Aliment Pharmacol Ther 2006; 24:1461-1468. 13. Patrick PG et al. Effect of supplements of partially hydrolyzed guar gum on the occurrence of constipation and use of laxative agents. J Am Diet Assoc 1998; 98(8):912-4. 14. Kolida S et al. Prebiotic effects of inulin and oligofrutose. British J of Nutrition 2002; 87(2):193-197. 15. Kaur N et al. Applications of inulin and oligofrutose in health and nutrition. J Biosci, 2002; 27(7):703-714. 16. Alam N.H., Ashraf H., Sarker S.A., et al.: Efficacy of partially hydrolyzed guar gum-added oral rehydration solution in the treatment of severe cholera in adults. Digestion 2008; 78:24-29. 17. Velazquez M et al. Effect of oligosaccharides and fibre substitutes on short-chain fatty acid production by human faecal microflora. Anaerobe, 2000; 6:87-92. 18. Takahashi H et al. Influence of partually guar gum on constipation in women. J Nutr Sci Vitaminol 1994;40:251-259. O Lactobacillus reuteri (probiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Recomendação de uso: de 1 a 3 sachês ao dia. 1 sachê contém 1x108 UFC. Não contém glúten.
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Notícias dos Estados
GOVERNO PAULISTA R
aumenta repasse para assistência social
Secretário José Carlos Porsani com o governador Geraldo Alckmin
O secretário José Carlos Porsani, acompanhado do secretário de Desenvolvimento Social Rodrigo Garcia
epresentando o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri, o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade, José Carlos Porsani, acompanhou a solenidade comandada pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário de Estado da Pasta, Rodrigo Garcia, realizada em São Paulo. Os Fundos Municipais repassam recursos para os programas de assistência social no âmbito da Proteção Básica e Especial no município e não governamentais, como Ongs. No total, segundo o governo paulista, em todo o Estado o volume transferido será da ordem de R$ 180 milhões e bene�iciará 1,3 milhão e famílias em situação de vulnerabilidade social. “As ações divulgadas representam não só um signi�icativo avanço na política de assistência social em todo território paulista, mas revelam uma grande preocupação com a inclusão social por meio do enfrentamento da pobreza e das injustiças sociais”, a�irmou o secretário Porsani. REVISTA ABCFARMA | ABRIL / 2012 | 47
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Negócios TEXTO: ARNALDO ANSAR FOTOS: DIVULGAÇÃO
VAREJO FARMA
Quando o PEQUENO
é grande
ice-presidente da Sense-Envirosell, empresa de pesquisa e consultoria especializada em varejo e comportamento do consumidor, José Augusto Domingues tem conceitos bastante inovadores sobre o canal farma – baseados em estudos recentes sobre o mercado brasileiro, que tende à concentração de lojas em grandes redes. Mas é justamente nesse contexto, sustenta o consultor, que o pequeno varejista, a pequena farmácia de bairro, pode se impor como um agente valorizadíssimo no mercado: aquele que proporciona uma legítima experiência de compra. Acompanhe esta entrevista exclusiva à ABCFARMA
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José Augusto Domingues Vice-presidente da SenseEnvirosell
Fusões, aquisições, empresas com mais de 700 lojas – nesse universo, que parece encaminhar-se fortemente para a grande concentração, como �ica a farmácia de bairro? Vai existir sempre. Aliás, é o varejo que mais cresce
Não há como acabar com o pequeno. Se o pequeno não quiser, ele não se deixará engolir O que você sugere, em termos de ambiente e apresentação? O varejo tem evoluído em arquitetura e ambiente. Um cinema de bairro só sobrevive se tiver o conforto de um megacomplexo de shopping. Claro que não dá para fugir da obrigação de se ter o produto que o cliente busca. Mas a possibilidade de evolução do pequeno, em termos de experiência de compra, é maior que a do grande. Tem mais autonomia, mais capacidade de entender o que está acontecendo e de decidir mudanças. Hoje é comum haver cinco farmácias em dois quarteirões. Por que o cliente está na minha farmácia, a menor delas? Por que ele me escolheu? O empreendedor precisa observar e entender o que gera �idelidade à sua farmácia: a palavra-chave é atendimento. E atendimento, nesse caso, não se resume a técnicas de venda, mas a habilidades humanas de relacionamento – gentileza, educação, preste-
no mundo: o varejo de proximidade. O varejo perto de sua casa é o que mais cresce em todo o mundo. É evidente que os grandes têm a seu favor o poder de compra, que lhes permite praticar preços geralmente menores – mas, em contrapartida, têm um custo maior. Não há como acabar com o pequeno. Se o pequeno não quiser, ele não se deixará engolir. Mesmo com um poder de compra menor, seu custo é menor e seu diferencial de atendimento é seu grande patrimônio na busca da �idelidade do cliente. Aliás, o que geralmente mata as empresas pequenas é uma estratégia equivocada de crescimento, com a incorporação de uma segunda ou terceira loja – o que a joga na zona crítica das empresas médias. Com isso, perde na proximidade com o cliente e não ganha a escala de compra dos grandes. O médio é o pior dos mundos. O mercado vai se polarizar entre o muito grande o pequeno. Este tem grande chance de sobrevivência, desde que se modernize. Não pode ter, para começar, um ambiente de varejo ultrapassado. Tem de ser funcionalmente parecido com o da farmácia grande, mas com um atendimento personalizado, graças à proximidade com o cliente que o grande não consegue ter.
za, e�iciência. En�im, tratar seu cliente como pessoa. O mundo está mudando de patamar – de relações puramente comerciais para relações humanas. E esse relacionamento tem de ser transmitido de cima para baixo. Do proprietário ao gerente, deste aos balconistas.
Claro que não dá para fugir da necessidade de se ter o produto que o cliente busca
Temos clientes na área de materiais de construção que extrapolam no treinamento para fazer os atendentes entenderem como as pessoas se sentem no processo de compra. Para demonstrar, por exemplo, como o cliente da terceira idade deve ser atendido, �izeram funcionários mais jovens carregar mochilas pesadas e usar óculos opacos, circulando pela loja. Tudo o que eles queriam, nesse momento, era uma cadeira para sentar e rapidez na compra. Se a gente não �izer um exercício permanente de empatia, o colaborador não vai sofrer essa transformação. Não
é transmissão de conhecimento, mas de comportamento. E esse processo começa já no recrutamento, o dono pessoalmente entrevistando cada candidato. E aqui novamente digo que a empresa pequena tem de repensar o negócio – uma gestão de empresa pequena com administração moderna. Tem de pensar em RH, plano de carreira, bônus, meritocracia – é uma mudança complicada para quem ainda vive num sistema antiquado, mas fundamental para a sobrevivência.
Há um modo de se treinar isso?
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pagar a menos ali. Em algum momento, o pequeno tem de vender mais barato. Para isso, recomendo um calendário especí�ico de promoções. Por exemplo: semana do xampu.
Você acha que o pequeno deve se organizar em “nichos” de produtos – crianças, terceira idade, etc?
Ok, mas para isso o varejo tem de vender – e vender bem. Só assim se torna realmente sustentável. Como incrementar as vendas? É preciso vender, evidentemente. Varejo é varejo desde o tempo do mercado persa. E isso se consegue de duas maneiras: �luxo de pessoas ou permanência das pessoas por mais tempo no ponto de venda. Da mesma maneira que um banner faz você continuar num determinado portal, é preciso fazer o cliente “navegar” na loja. Essa “navegação” gera contato, memória de solução. Varejo pequeno tem de voltar às origens: atendimento, relacionamento pessoal.
E o preço? Qual é a importância desse fator no processo de compra?
Mesmo não podendo ser inteiramente competitivo com o grande, o pequeno varejo tem de �icar atento a seu preço médio. Não pode extrapolar, não pode ter imagem de careiro. É o famoso conceito “Vale quanto pesa” – nos produtos onde sou um pouco mais caro, medicamentos genéricos, por exemplo, meu atendimento será melhor. Se o cliente paga a mais aqui, ele gostaria de 52 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012
Não pode extrapolar, não pode ter imagem de careiro. É o famoso conceito “Vale quanto pesa” – nos produtos onde sou um pouco mais caro, medicamentos genéricos, por exemplo, meu atendimento será melhor.
Sem dúvida. As pessoas não compram produtos, mas soluções – mais pontuais ou mais abrangentes. Quando se fala em vender solução, a melhor forma de fazer um cross-selling, ou seja, vender algo mais, é acrescentar produtos à sua oferta de determinada categoria. São os chamados coordenados. Na prateleira de café da manhã de uma vendinha, tem pão, leite e manteiga – e então se oferece uma geleia. Os nichos seguem a ideia de que é neste momento, o da compra de soluções, que o cliente está mais aberto a agregar produtos à sua cesta. Para aumentar suas vendas, ou você aumenta o �luxo de compra ou o ticket médio. Ou faz o cliente comprar mais vezes ou mais coisas. A solução da venda dos coordenados é vender a calça, o cinto, a meia.
Mas a gente nota que muitas farmácias, exagerando nessa ideia, estão cobrindo o balcão de produtos como vitaminas, deixando pouco espaço para o contato do cliente com o balconista. Isto está correto? A meu ver, a ideia de que este é o ultimo momento para vender alguma coisa é um grande erro – nesse momento, você não quer comprar mais nada, você quer ter certeza de que aquilo que você já comprou é a melhor solução de rapidez e conforto para sua necessidade. Uma mãe a�lita com a febre do �ilho não pode ser tratada como cliente potencial para produtos que não deseja naquele momento. Por isso o treinamento humano do balconista é fundamental para valorizar a experiência de compra. Nesse momento, ou mesmo na �ila do caixa, você apenas constrói o “pré” da próxima venda. Esta venda já acabou, forçar a barra é gerar atrito, não �idelidade. Lembre-se de que nos sacos de pão das antigas padarias, havia a inscrição “volte sempre” ou “obrigado pela preferência”. Trata-se de uma
pré-venda da próxima visita, mais e�iciente do que tentar vender mais agora.
Quando se fala em experiência de compra, o que está por trás desse conceito?
As pessoas não acumulam mais coisas, mas experiências. Antigamente, as pessoas compravam coisas para durar a vida toda. Hoje, não mais. Hoje, desejam a satisfação de uma necessidade, um desejo. Por mais que você esteja comprando um produto que muitas vezes vai resolver um problema angustiante – uma dor, um mal-estar – a compra tem de ser humanizada, não um simples ato de comércio. O balconista da farmácia precisa expressar os elementos humanos que facilitam o contato – disponibilidade, gentileza, humanidade, presteza. Se aquela mulher com um �ilho com febre em casa está diante de mim, devo ser o mais rápido possível. Não cabe uma conversa arrastada.
Às vezes, você entra numa farmácia e nenhum funcionário o nota. Minutos depois, alguém percebe você e pergunta: “O sr. já foi atendido?”...
O balconista da farmácia precisa expressar os elementos humanos que facilitam o contato – disponibilidade, gentileza, humanidade, presteza.
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Ou então faz a clássica pergunta: “Posso lhe ajudar?”. Nesse momento, dá vontade de dizer: “Não, não pode. Só estou passeando...”. Mas, falando sério, o contato visual com todo cliente que entra em sua farmácia é essencial, mesmo que você não possa atendê-lo instantaneamente.
Um conceito que a Sense-Envirosell desenvolveu é que o canal alimentar permite uma experiência de compra familiar. O canal farma, uma experiência individual. Qual é a diferença?
No supermercado, costuma haver um agente de compras, que é a dona de casa, a shopper, que busca produtos para toda a família. Já a farmácia é cenário de uma compra mais pessoal. É um ambiente mais íntimo, você se sente mais seguro comprando sozinho. Às vezes, são produtos que envolvem intimidade, exigem privacidade, são de consumo estritamente pessoal. Isso jamais será mudado. Mas em algumas categorias, a farmácia pode, sim, agregar um caráter mais familiar, através dos nichos que você mencionou.
Outra solução recomendada por consultores é a pequena farmácia trabalhar com linhas de produtos artesanais exclusivos. Funciona? Sem dúvida. Se o varejo de proximidade é o que mais cresce no mundo, a marca que mais cresce é a marca própria. Porque envolve valores de sustentabilidade – cosméticos orgânicos, por exemplo. Só em pequenas estruturas você consegue promover essa pequena escala. Eu sugiro não só um canto com produtos especí�icos de determinada marca artesanal, mas também trazer o produtor para explicar ou demonstrar os produtos. Em Nova York, feiras com produtos trazidos pelos próprios produtores são um megassucesso. O grande desa�io do varejista é se relacionar com a comunidade local. O varejo, por de�inição, tem essa relação com a comunidade. E a farmácia, particularmente, pode ter essa função comunitária porque a missão dela, em última análise, é cuidar das pessoas.
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Apresentações: • 100mg x 16 envelopes 5g • 200mg x 16 envelopes 5g • 600mg x 16 envelopes 5g Minibula: Aires® (acetilcisteína) - Formas farmacêuticas e apresentações: Embalagens com 8 ou 16 envelopes contendo 100mg, 200mg ou 600mg de acetilcisteína. Uso pediátrico (100mg) e adulto (100mg, 200mg e 600mg). Precauções: Pacientes portadores de asma brônquica devem ser rigorosamente controlados durante o tratamento; se ocorrer broncoespasmo, o tratamento deverá ser suspenso imediatamente. Este medicamento somente deve ser utilizado por via oral. Somente para Aires® (acetilcisteína) 600mg: esta apresentação deve ser utilizada somente por adultos. Posologia: Aires® (acetilcisteína) granulado deve ser administrado somente por via oral. De maneira geral a posologia do produto é de 9 a 15mg/kg/ dia, salvo situações específicas abaixo descritas. Utilizar todo o conteúdo do envelope imediatamente após a sua abertura. Não dividir o conteúdo do envelope em partes. Reações adversas: O uso do medicamento por via sistêmica pode ser seguido ocasionalmente por reações de hipersensibilidade como náusea e vômito e, raramente, reações como urticária e broncoespasmo. Interações medicamentosas: Aires® (acetilcisteína) pode ser administrado concomitantemente com broncodilatadores comuns, vasoconstritores e assim por diante. Para satisfazer os requisitos de uma terapia local mucolítica e antibiótica, aconselha-se dar separadamente os diversos medicamentos, visto que alguns antibióticos são incompatíveis com uso concomitante. A acetilcisteína administrada por via oral aumentou a biodisponibilidade de amoxicilina, não alterou a da doxiciclina e reduziu a absorção da cefalexina. Quando administrado concomitantemente com a acetilcisteína, não foram detectadas alterações da biodisponibilidade da ampicilina por via oral, mas houve um pequeno aumento não significativo na concentração sérica da eritromicina. Aconselha-se não misturar outros medicamentos na solução de Aires® (acetilcisteína). Gravidez e amamentação: O medicamento está enquadrado na categoria B de risco na gravidez. Este medicamento não dever ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Superdosagem: Não foram observados sinais ou sintomas especiais, mesmo em pacientes tratados com altas doses de acetilcisteína. Em caso de mobilização intensa de muco e dificuldade de expectoração, recorrer à drenagem postural e/ou à broncoaspiração. Armazenamento: Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da luz e umidade. VENDA SEM RECEITUÁRIO MÉDICO. Registro MS: 1.0043.1006. Farm. Resp.: Dra. Sônia Albano Badaró – CRF-SP 19.258. Fabricado por: Eurofarma Laboratórios S/A. Av. Ver. José Diniz, 3.465, São Paulo – SP. E-mail: euroatende@eurofarma.com.br. CNPJ 61.190.096/0001-92. Indústria Brasileira. SE PERSISITIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. AIRES É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. Nota: Antes de prescrever, recomendamos a leitura da circular aos médicos (bula completa) para informações detalhadas do produto.
Abril 2012.
MS: 1.0043.1006
Indicações: Tratamento de afecções respiratórias caracterizadas por hipersecreção densa e viscosa, tais como bronquite aguda, bronquite crônica e suas exacerbações, bronquite tabágica, enfisema pulmonar, broncopneumonia, abscessos pulmonares, atelectasias pulmonares, mucoviscidose (fibrose cística) e outros. Exerce intensa ação mucolítico-fluidificante das secreções mucosas e mucopurulentas, despolimerizando os complexos mucoproteicos e os ácidos nucleicos que dão viscosidade ao escarro e a outras secreções, além de melhorar a depuração mucociliar. Contraindicações: Hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Atenção Diabéticos: Aires 100mg e 200mg contém açúcar. Aires 600mg contém frutose. Deve ser usado com cautela em pacientes diabéticos. REFERÊNCIAS: 1. Bula do Produto. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
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Gerenciamento
M
TEXTO: CELSO ARNALDO ARAUJO FOTOS: DIVULGAÇÃO
FARMÁCIA MODELO
Por que farmácia-modelo?
uito mais que oferecer conhecimentos práticos sobre a gestão nas farmácias brasileiras, nesta edição o consultor especializado no Canal Farma Gilson Coelho, inicia a abordagem de um tema que considera um presente para os leitores – como o proprietário pode elevar a gestão da sua loja até a categoria de farmácia modelo. Ele argumenta que os empreendedores necessitam de referências de gestão, criando as bases para ir além da primeira loja, dando início a um processo de multiplicação muito mais consistente
Con�ira!
Em função da limitação de espaço da revista, nossas reportagens tratam de temas isolados, mas sempre relevantes no contexto da gestão da farmácia. Sempre observo que a boa gestão é composta de um universo mais amplo de fatores, nunca baseada em um assunto isoladamente. O conceito de FARMÁCIA MODELO é mais abrangente e deveríamos abordar este tema em pelo menos duas edições. Na verdade, é assunto para um livro, o que signi�ica que necessitaríamos de muitas edições para explorá-lo de maneira signi�icativa. A �igura na página ao lado ilustra alguns dos principais elementos que fazem parte do conceito de farmácia modelo. Convém examinarmos alguns pontos especi�icamente.
O que você chama de Modelo de Gestão Sustentável?
Para se conseguir uma farmácia modelo, é necessário que sua prática esteja baseada em um modelo de gestão. As coisas não podem ser feitas de qualquer jeito. Obviamente cada empresa tem suas características, sua cultura e um estado da arte no que se refere ao aprofundamento de determinadas práticas, mas nosso modelo trata de alguns fundamentos que necessitam
Gilson Coelho atua especialmente no Canal Farma. É consultor corporativo, palestrante e especialista em Gestão do onhecimento nas empresas. Mais informações, consulte o site www.gilsoncoelho.com.br
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Agende-se para a
CONBRAF Congresso Brasileiro de Assistência Farmacêutica
CONBRAfarma Congresso Brasileiro do Varejo Farmacêutico
PCare 2012 Congresso Brasileiro de Farmacêuticos Clínicos
22ª Semana Racine Congresso de Farmácia
O principal Encontro do setor Farmacêutico Drogarias, Farmácias Hospitalares, Públicas e Magistrais Qualificação Profissional Oportunidade de Negócios Relacionamento e Atualização Agência de Viagens Oficial:
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ser levados em conta no funcionamento de uma farmácia. Quanto ao termo sustentável, ele tem alguma correlação com o tema socioambiental, mas nunca podemos ignorar a necessidade de sustentação no que se refere ao resultado econômico da loja. Sem o resultado econômico, as melhores práticas socioambientais cairiam por terra na cabeça do seu gestor: “Eu era um campeão nos temas socioambientais e acabei quebrando.” Defendo a sustentabilidade em todos os aspectos, a começar pelo aspecto econômico. Quanto mais próximo a empresa estiver deste conceito da farmácia modelo, mais próspera ela estará, garantindo sua sustentabilidade ao longo do tempo.
Em que este conceito se diferencia essencialmente?
Ele se baseia numa proposta de alto valor agregado, não só para os proprietários mas também para os funcionários, clientes e comunidade em geral. O resultado para o proprietário será tanto melhor quanto maior for o engajamento dos funcionários, o entusiasmo dos clientes e até mesmo o acolhimento da própria comunidade ao estabelecimento. Este engajamento está diretamente relacionado ao valor agregado percebido por estes agentes. Trocando em miúdos, a boa empresa não pode ser boa somente para o seu proprietário. Se este for o raciocínio, não será tão boa quanto ele imagina e nunca irá atingir o seu potencial pleno de desempenho.
E a importância dos indicadores?
Eles são fundamentais para se identi�icar o processo de melhoria contínua. Sem indicadores, não sabemos onde estamos, como estamos, só podemos garantir para onde vamos. E o destino não é nada auspicioso para um barco sem rumo, nestes tempos turbulentos. Defendo que os indicadores sejam expostos na forma de gestão à vista. Este argumento é fruto de um aprendizado especial que tive no Japão e que marcou a minha carreira pro�issional para sempre. A gestão à vista revoluciona o processo de aprendizado na empresa, democratiza a informação, estabelece sentido de urgência, entre 58 | REVISTA ABCFARMA |ABRIL/2012
Segundo Gilson Coelho, a farmácia modelo é a base de lançamento do empreendedor para outras lojas, dentro do mesmo padrão de excelência outros aspectos igualmente importantes. Trata-se de uma gestão baseada em dados e fatos, sem espaço para achismos e opiniões. Os dados estão ali e eles correspondem aos fatos que estão sendo mensurados naquele ambiente. Eles podem ser melhores ou piores de acordo com a gestão que está em curso. Simples assim. Ninguém pode alegar desconhecimento. Ninguém pode alegar surpresa. Na edição do próximo mês vamos dar um pouco mais de destaque a esses indicadores.
Até que ponto o proprietário de uma única farmácia pode tirar proveito do conceito de farmácia modelo?
Foi justamente pensando neste proprietário que desenvolvemos o conceito. Muitos têm di�iculdades para abrir a segunda loja. Eles não conseguem imaginar o funcionamento de uma farmácia sem sua presença �ísica, coordenando tudo pessoalmente. Em geral, essa insegurança está relacionada à falta de padrões e à ausência de indicadores, fatores estes que são fundamentais na farmácia modelo, nos moldes como defendemos. Conheci vários proprietários que até chegaram a ter três e até cinco lojas, sem padrão e sem uma cultura de indicadores de desempenho. Todos são unânimes em confessar que quase enlouqueceram, que a gestão exigia presença �ísica em vários locais ao mesmo tempo e nós sabemos
o quanto isso signi�ica em termos de stress, má qualidade de vida e impedimento de alçar voos mais altos. O conceito de farmácia modelo acaba se tornando uma espécie de “grande alvo”, é a referência, um modelo de plataforma de lançamento sobre o qual podemos arquitetar outras unidades, sempre vinculadas aos parâmetros que fazem parte desta unidade modelo. Se, numa escala de zero a dez, uma farmácia está conseguindo nota 6, atingir o 10, ou estágio de farmácia modelo, passa a ser a meta. Quem alcança o patamar de gestão ideal terá muito mais condições de multiplicá-lo, dando asas a seu instinto de empreendedor. Muito diferente daquele proprietário que possui cinco lojas com desempenho mais ou menos. Ao pensar em aumentar o número de lojas, estaria multiplicando soluções ou multiplicando problemas?
Tomando como base os clientes, cada proprietário sempre acaba a�irmando que faz o melhor para os seus clientes. Você concorda?
Isso todo mundo diz, mas na grande maioria das vezes é da boca pra fora. A a�irmação acaba sendo desmentida pela prática de uma relação com pouco valor agregado, o que é facilmente percebido pelos clientes. A farmácia modelo aponta para três aspectos em relação aos clientes, os quais precisam ser trabalhadas simultaneamente:
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Março de 2012
Larva migrans cutânea: conhecida popularmente como bicho geográfico.2
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“THIABENA É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.” Material destinado exclusivamente aos profissionais habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Referência bibliográfica: 1) Bula do produto: Thiabena® - tiabendazol. Registro MS nº 1.0550.0181. 2) Dados do registro do produto. Thiabena® Pomada Dermatológica 50 mg/g - tiabendazol. APRESENTAÇÃO: cartucho contendo 1 bisnaga com 45 g. INDICAÇÕES: Thiabena® Pomada Dermatológica 50 mg/g é indicado para o tratamento de escabiose e Larva migrans cutânea. O tiabendazol tópico tem demonstrado ser eficaz no tratamento de micoses superficiais produzidas por dermatófitos comuns. CONTRAINDICAÇÕES: Thiabena® Pomada Dermatológica 50 mg/g não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não são conhecidas interações medicamentosas.
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aspecto econômico, aspecto psicológico e aspecto funcional da loja. O aspecto psicológico está relacionado ao atendimento. Muita gente acha que está ligado somente à abordagem, ao respeito ao cliente, mas os proprietários acabam falhando em temas cruciais relacionados à orientação, à atenção farmacêutica, informações para portadores de patologias crônicas, etc. Antes de mais nada, estas orientações signi�icam mais valor agregado, mais qualidade de vida, algumas medidas relacionadas à prevenção. O atendimento dispensado por muitas farmácias é na
verdade um desrespeito aos clientes – sem método, sem orientação e portanto sem a pretensão de marcar positivamente a relação com estes. O segundo é o aspecto econômico. Responda rápido à seguinte pergunta que faço todos os dias ministrando cursos por todo o Brasil: de cada dez pessoas que entram em sua farmácia, quantas gostariam de economizar nos medicamentos? Em todos os cursos a resposta é sempre a mesma: dez, todas! Então a economia é fundamental, mas precisamos fazer com que o cliente economize sem que esta prática provoque a quebra da nos-
sa loja. Alto valor agregado para ele, mas também alto valor agregado para nós, já que a farmácia não é uma entidade �ilantrópica. Há ainda o aspecto funcional da loja, que tem a ver com organização, limpeza, lay-out, disposição das mercadorias, comunicação, etc. Quem compreender e aplicar melhor estes conceitos, acaba se destacando no mercado. Em cada um desses aspectos, é preciso buscar conhecimento, testado e aprovado. O leitor pode encontrar referencias a estes conceitos no meu site www.gilsoncoelho.com.br, onde estão publicadas várias matérias a respeito do assunto.
Na próxima edição: os indicadores e a forma de gestão à vista, o que transforma a loja em ambiente de contínuo aprendizado, com forte impacto no resultado e no modelo de alto valor agregado para todos.
O que é Novo Ambiente Conectado?
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Gestão de Negócios TEXTO: AMÉRICO JOSÉ DA SILVA FILHO FOTOS: DIVULGAÇÃO
Os dois
cães
m ancião índio norte-americano certa vez descreveu seus con�litos internos da seguinte maneira: — Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom. E eles estão sempre brigando. Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, re�letiu e respondeu: — Aquele que eu alimento mais frequentemente.
Olá amigo,
Quantas histórias escritas nesses quase 10 anos. Foram mais de 100. Tanto que um leitor me deu a ideia de lançar um livro com todas elas, para que você possa ler e reler em vários momentos do dia. Gostei muito da sugestão e já estou trabalhando nela, e também em outros materiais que possam auxiliá-lo na administração das farmácias.
Américo José da Silva Filho Atco Treinamento e Consultoria E-mail: americo@atcotc.com.br www.atcotc.com.br
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Hoje, quero aproveitar a historinha acima para fazer algumas re�lexões com todos vocês: • Será que estamos na era do conhecimento ou na era do autoconhecimento? • Enxergamos nossa empresa com uma visão de futuro ou uma visão de presente/passado? • Temos clareza de onde queremos chegar e como? • Qual dos dois cachorros nós temos alimentado? • Você é feliz? (peço desculpas pela pergunta tão invasiva)
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Indicações:
Indicações:
• Auxiliar no tratamento da tosse seca ou produtiva; • Promove alívio da irritação da garganta.
Auxiliar na prevenção e no tratamento dos estados gripais caracterizados por sintomas como: cefaleia, calafrios, hipertermia e dores no corpo.
dos estados gripais
Fevereiro/2012
com homeopatia.
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Neste ano de 2012 quero, junto com vocês, encontrar as respostas para essas e outras perguntas. Comecei o ano fazendo um curso de Coaching, com 80 horas de duração. Coaching é um processo no qual um pro�issional auxilia outra pessoa para que esta de�ina suas metas pessoais, identi�ique suas habilidades e necessidades de desenvolvimento, para que aquelas metas sejam alcançadas. A empresa que realizou este treinamento chama-se Um%. Esse nome por si só já é bem interessante. O que está por trás dele é uma mensagem de que devemos melhorar 1%, todos os dias. Também pregam que devemos ter valores e crescer baseados numa conduta pro�issional e integra. Fabio Di Giacomo, o instrutor deste curso, logo no início nos chamou a atenção para que passássemos a olhar para onde queríamos estar e não onde nos já estivemos. A partir disso, e em muitos outros momentos, eu pensei em vocês, leitores que me acompanham há tanto tempo.
E essa correria não nos deixa pensar no futuro das nossas empresas. Com isso, acabamos cometendo os mesmos erros do passado, por exemplo, na questão dos descontos em medicamentos. É muito difícil mudar um hábito.
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Também recordei de muitas palestras nas quais sempre tem alguém dizendo o que vocês devem fazer, isto é,que a motivação depende de cada um; que é necessário motivar os funcionários; que para vender mais é necessário dar descontos; que o empresário precisa ser um super homem... Tenho certeza de que vocês participaram de palestras assim. Mas nunca alguém pergunta se nós queremos tudo isso. Se essas coisas nos satisfazem como pai, mãe, marido, esposa, amigo(a), cidadão(ã) e como pessoa. Sentimos todos nos cobrando, como se fosse nossa obrigação responder a tudo e tomar decisões pela vida das pessoas, como se tudo dependesse de nós. E essa correria não nos deixa pensar no futuro das nossas empresas. Com isso, acabamos cometendo os mesmos erros do passado, por exemplo, na questão dos descontos em medicamentos. É muito di�ícil mudar um hábito.
A consequência é que nos sentimos incompetentes quando não atingimos aqueles objetivos. Muitos estão preocupados em pagar salários maiores para os seus funcionários, mas poucos em criar um ambiente de trabalho que os faça felizes e com prazer de trabalhar, mesmo que seja por um período menor. O que precisamos é reconhecer o funcionário estrela, com base naquilo que ele entrega para a farmácia, e pensar no que fazer para criar uma constelação. No curso fomos questionados se estamos vivendo na era do conhecimento ou do autoconhecimento. Depois de uma re�lexão, entendi que os conhecimentos estão cada vez mais disponíveis, a questão é desenvolver o autoconhecimento para aproveitar tudo o que o mercado e as pessoas nos oferecem. Para tanto, é preciso questionar nossos valores, crenças, heranças genéticas... En�im, tudo que foi plantado na nossa memória e acreditamos ser uma verdade imutável. Outra re�lexão: um homem que fala o tempo todo que o mundo e as pessoas não prestam vai tentar provar que tem razão. Ele irá se interessar em ver e ouvir somente temas que provem seu pensamento. Com isso, o que será que ele vai acabar atraindo? Somente pessoas que não prestam. Assim ele poderá dizer: “Estão vendo como eu tenho razão?” É essa a mensagem da história de hoje. Qual dos dois cães nós temos alimentado mais? Aquele que também representa nossas fraquezas e nosso passado de nostalgias ou de momentos infelizes, ou nossas forças e as oportunidades que nos levarão para um futuro de vitórias e de prazer e felicidade? Fiquem felizes e abraços.
Economia TEXTO: GERALDO MONTEIRO
A cultura da empresa orientada para o crescimento da farmácia uem pensaria que a personalidade e o caráter da empresa podem determinar o seu sucesso? A verdade é que a cultura da empresa contribui enormemente para seu desempenho financeiro e seu bem-estar corporativo. Entre os especialistas não existe consenso a respeito do conceito de cultura mais adequado. Alguns definem cultura como manifestação externa dos valores centrais dos fundadores da empresa. Dessa forma, ela é constante e imutável. Outros afirmam que a cultura muda com as atitudes e os comportamentos daqueles que estão na empresa em um período específico. Em síntese, a cultura é a forma particular de uma empresa realizar as suas atividades, a atmosfera única criada pelas pessoas numa organização e a maneira como elas trabalham. 1 – Como você quer que os seus empregados trabalhem: em equipes ou individual?
Q
Diante disso, como você pode de�inir a cultura da sua empresa? Comece a responder algumas questões-chave, como as descritas ao lado:
2 – Como a empresa lidará com a mudança? 3 – Como a empresa lidará com o
fracasso?
4 – Como as decisões são tomadas e quem é o responsável pelas decisões críticas? 5 – Como o trabalho é priorizado?
6 – Como a informação é compartilhada dentro e fora da empresa?
7 – A empresa coloca um foco de longo ou de curto prazo para a tomada de decisão?
8 – Como a empresa se certi�ica da competência dos seus empregados?
9 – A empresa valoriza a diversi-
dade?
10 –Como os empregados são tratados e qual é o papel deles na visão da empresa?
Geraldo Monteiro é Mestre em
Administração pela Fecap e assessor econômico da ABCFARMA
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Por exemplo, a empresa que trabalha com equipes, valoriza a mudança, aprende com as falhas, permite a tomada de decisão em todos os níveis, e compartilha informação livremente será bem diferente de outra que recompensa o comportamento individual, evita mudança e as falhas, limita o acesso à informação e toma decisões de cima para baixo. Certamente o primeiro tipo apresentado será bem mais �lexível e capaz de responder melhor a um ambiente que muda rapidamente, como é o caso do setor varejista farmacêutico. A cultura é importante porque tem um impacto signi�icativo no desempenho da empresa. Uma cultura em que os empregados compactuam com os valores da empresa será muito mais focada e direcionada para alcançar os objetivos da empresa. Exposto esse contexto, lembre-se: a cultura de sua empresa é baseada em valores centrais que você identi�icou e difundiu por todos os níveis da organização. Todos têm de aderir a esses valores e a essa cultura para que a empresa se sustente. O crescimento bem sucedido de uma empresa só é possível quando uma cultura saudável for efetivamente alcançada.
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Referências Bibliográficas: 1. CINGI, Cemal; OZLUGEDIK, Samet. Effects of montelukast on quality of life in patients with persistent allergic rhinitis. Otolaryngology-Head and Neck Surgery, v. 142, p. 654-658, 2010. 2. SOLÉ, D et al. II Consenso Brasileiro sobre Rinites. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol., v. 29, n. 1, p. 29-58, 2006. 3. BORDERIAS, Luis et al. Asthma control in patients with asthma and allergic rhinitis receiving add-on montelukast therapy for 12 months: a retrospective observational study. Current medical research and options, v. 23, n. 4, p. 721-730, 2007. A bula do produto encontra-se no corpo desta publicação.
Material técnico científico de distribuição exclusiva a profissionais de saúde habilitados à prescrição e/ou dispensação de medicamentos. A bula do produto encontra-se no corpo desta publicação.
CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade a qualquer componente do produto. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: MONTELAIR pode ser administrado com outros medicamentos usados rotineiramente para a profilaxia e o tratamento crônico da asma e para o tratamento da rinite alérgica. Em estudos de interações medicamentosas, a dose terapêutica recomendada de montelucaste não teve efeitos clinicamente importantes na farmacocinética dos seguintes medicamentos: teofilina, prednisona, prednisolona, contraceptivos orais (etinilestradiol/noretindrona 35 µg/1 mg), terfenadina, digoxina e varfarina. Embora não tenham sido realizados outros estudos específicos de interação, o montelucaste de sódio foi usado em estudos clínicos concomitantemente à ampla variedade de medicamentos comumente prescritos, sem evidência de interações clínicas adversas. Essas medicações incluíram hormônios tireoidianos, sedativos hipnóticos, agentes anti-inflamatórios não esteróides, benzodiazepínicos e descongestionantes. A área sob a curva de concentração plasmática-tempo (AUC) do montelucaste diminuiu aproximadamente 40% em indivíduos para os quais foi administrado fenobarbital concomitantemente. Não é recomendado ajuste posológico para o MONTELAIR. C
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MONTELAIR (montelucaste de sódio 10mg), comprimidos revestidos. Uso oral. Uso adulto. INDICAÇÕES: MONTELAIR é indicado para a profilaxia e o tratamento crônico da asma em adultos, incluindo a prevenção de sintomas diurnos e noturnos, da bronco- constrição induzida pelo exercício e o tratamento de pacientes com asma sensíveis a aspirina. MONTELAIR é efetivo isoladamente ou em associação a outros medicamentos utilizados no tratamento da asma crônica. MONTELAIR pode ser utilizado concomitantemente a corticosteróides inalatórios com efeitos aditivos no controle da asma e para reduzir a dose do corticosteróide inalatório e manter a estabilidade clínica. MONTELAIR é indicado para o alivio dos sintomas diurnos e noturnos da rinite alérgica em adultos, incluindo congestão nasal, rinorréia, prurido nasal, espirros; congestão nasal ao despertar, dificuldade de dormir e despertares noturnos; lacrimejamento, hiperemia ocular. CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS: PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: A eficácia oral de montelucaste de sódio para o tratamento das crises agudas de asma não foi estabelecida. Desta forma, os comprimidos de MONTELAIR não devem ser usados para o tratamento das crises agudas de asma. Os pacientes devem ser aconselhados a ter disponível medicamento de resgate adequado. Apesar de as doses do corticosteróide inalatório usado concomitantemente poderem ser gradualmente reduzidas sob supervisão médica, MONTELAIR não deve substituir abruptamente os corticosteróides inalatórios ou orais. A redução da dose do corticosteróide sistêmico em pacientes que recebem medicamentos para o tratamento da asma, inclusive antagonistas do receptor de leucotrienos, em casos raros, tem sido seguida pela ocorrência de um ou mais dos seguintes sintomas: eosinofilia, exantema vasculítico, piora dos sintomas pulmonares, complicações cardíacas e/ou neuropatia, às vezes diagnosticada como síndrome de Churg-Strauss, vasculite eosinofílica sistêmica. Embora a relação causal com o antagonismo do receptor de leucotrienos não tenha sido estabelecida, cautela e monitoramento clínico são recomendados quando a redução de corticosteróide é considerada em pacientes que recebem MONTELAIR. Gravidez e lactação: Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Gravidez: o montelucaste de sódio não foi estudado em gestantes. Portanto, deve ser usado durante a gravidez somente se claramente necessário. Nutrizes: não se sabe se o montelucaste de sódio é excretado no leite humano. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, deve-se ter cautela quando o montelucaste de sódio for administrado a nutrizes. REAÇÕES ADVERSAS: O montelucaste de sódio tem sido geralmente bem tolerado. As reações adversas, as quais foram usualmente leves, geralmente não requereram descontinuação da terapia. A incidência global das reações adversas relatadas com o montelucaste de sódio foi comparável à do placebo. POSOLOGIA: MONTELAIR deve ser administrado uma vez ao dia. Para asma, a dose deve ser administrada à noite. Para rinite alérgica, o horário da administração pode ser individualizado para atender às necessidades do paciente. Pacientes com asma e/ou rinite alérgica devem administrar apenas um comprimido diariamente à noite. Adultos e adolescentes a partir de 15 anos de idade com asma e/ou rinite alérgica: a posologia para pacientes a partir de 15 anos de idade é de 1 comprimido de 10 mg diariamente. “SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.” VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS - 1.0573.0405. MB_02 SAP 43728009(A)
Valsartana, contra a hipertensão
Lançamento da Sandoz, Valsartana é o medicamento da linha cardiovascular voltado para o tratamento da hipertensão, com apresentações de 80 mg, 160 mg, 320 mg, todas com 28 comprimidos.
Registro M.S.:1.0047.0504.015-1 Contraindicações: hipersensibilidade à Valsartana ou a qualquer dos excipientes da formulação. Esse medicamento pertence à categoria de risco na gravidez D, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas. Não se recomenda o uso de Valsartana em lactantes. SAC: 0800 4009192 AO PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
Plantalyve, laxante
Plantalyve, medicamento �itoterápico da Geolab, chega ao mercado na apresentação em pó efervescente. Uma maneira natural de regular o intestino sem irritação, disponível no sabor laranja. É indicado para restauração e manutenção da regularidade intestinal, promovendo o ajuste da consistência das fezes, e em casos de constipação e diarreia de várias etiologias, além de situações em que a defecação facilitada é desejavel, como �issura anal, hemorroidas, cirurgia ano-retal e síndrome do intestino irritável. Registro M.S.: 1.5423.0169 Contraindicações: não deve ser usado por pacientes com conhecida hipersensibilidade à planta Plantago Ovata ou outros componentes da fórmula, estenose do trato gastrintestinal, impactação fecal, grande e repentina mudança nos hábitos intestinais que continuam por um período maior do que duas semanas, sangramento no reto, ausência de defecação mesmo após a utilização de laxativo, megacólon e doenças do esôfago ou do coração. Apresentações: caixa com 10 envelopes e com 5g de 3,5g de Plantago Ovata - Sabor Laranja / Caixa com 50 envelopes com 5g de 3,5g de Plantago Ovata - (Emb. Mult.) - Sabor Laranja SAC: 0800 701 6080 AO PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
REVISTA ABCFARMA | ABRIL / 2012 | 69
Vitergyl C, efervescente
A Cifarma apresenta Vitergyl C, com três tubos contendo cada um 10 comprimidos efervescentes. Esta nova apresentação está em sintonia com mercado e com as novas exigências da ANVISA no que se refere à comercialização de embalagens promocionais e amplia as possibilidades de �idelização do cliente e, consequentemente, a percepção dos bene�ícios que a vitamina C proporciona ao organismo. Reg. M.S.: 1.1560.0161 CAC: 0800-707-1212 AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Dimeftal, anti�latulento
A Geolab acaba de lançar o Dimeftal (simeticona), primeiro similar no mercado na apresentação comprimido mastigável . Com sabor limão, é indicado para excesso de gases no aparelho gastrinstetinal com incômodo, motivo de dores ou cólicas intestinais tais como: meteorismo, eructação, borborigmos, aerofagia, distúrbios fermentativos intestinais, pós-operatório e convalescença. Indicado ainda no preparo intestinal dos pacientes para radiogra�ia do abdômen. Registro M.S.: 1.5423.0171 Contraindicações: pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componetes da fórmula. Apresentação: Caixa com 10 comprimidos mastigáveis de 125mg, sabor limão. SAC: 0800 701 6080 AO PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
Oligovit Up, contra o desgaste �ísico e mental
A Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda lança Oligovit Up, que contém 23 vitaminas e minerais essenciais que auxiliam na diminuição do desgaste �ísico e mental, prevenção de doenças e maior produção de energia. Seus componentes ajudam a equilibrar uma dieta com ingestão insu�iciente de vitaminas, como alimentação e regimes alimentares inadequados. Não contém açúcar e suas cápsulas são gelatinosas e pequenas que facilitam a deglutição. Oligovit Up é o suporte necessário para encontrar o equilíbrio na correria do dia-a-dia. Reg. M.S.: produto dispensado da obrigatoriedade de registro conforme RDC n° 27/2010. Indicação: Suplemento Vitamínico e Mineral em cápsulas Contraindicação: SAC: 0800 282 9911 AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Votag Cuore
A Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda lança Votag Cuore, com maior concentração de ômega 3, na quantidade indicada para cardioproteção com apenas uma cápsula ao dia. Os bene�ícios do ômega 3 para o coração se devem à sua capacidade de auxiliar na manutenção dos níveis saudáveis de triglicerídeos. A Associação Americana de Cardiologia recomenda o uso diário de ômega 3 para pacientes com histórico de doenças coronarianas. Registro M. S.: 6.2582.0022.001-1 Indicação: Suplemento Vitamínico e Mineral em cápsulas Contraindicação: indicada para cardioproteção SAC: 0800 282 9911 AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Salsep, higienizador nasal exclusivo para crianças
A higienização nasal de crianças entre zero e quatro anos é fundamental para evitar infecções respiratórias e crises de alergia. A atenção deve ser maior nos primeiros dois meses de vida, quando a criança ainda não tem capacidade oral de respiração. Para facilitar a vida dos pais na hora da aplicação em de bebês, a Libbs Farmacêutica acaba de lançar o Salsep360 (Solução de cloreto de sódio 0,9%). A novidade da linha Respirar é uma bolsa a vácuo que permite a aplicação do produto em qualquer posição. O Salsep 360 também conta com um bico anatômico para o tamanho da narina de lactentes e de recém-nascidos, além de um limitador de borrifada de 0,05 ml, ideal para a mucosa nasal de crianças nessa faixa etária. Registro MS: MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC Nº 199/2006. AFE Nº 1.0033-3. Contraindicação: pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Precauções e Advertências: não apresenta. Gravidez e lactação: apesar de não existirem estudos clínicos durante a gestação e amamentação, o uso de SALSEP® 360 é considerado seguro, não existindo contraindicação ao seu uso nessas situações. SAC: Serviço de Atendimento LIBBS: 08000-135044
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Opinião
Farmácia
É um excelente negócio, mas é preciso conhecê-lo Para o consultor e presidente do Sindicato de Farmacêuticos do Estado de Goiás, o principal inimigo do empreendedor de farmácia continua sendo a falta de uma gestão profissional. O ano de 2011 se encerrou anunciando mais uma vez excelente taxa de crescimento do varejo farmacêutico brasileiro. Enquanto o PIB brasileiro encolheu, o Canal Farma exibiu taxas de crescimentos superiores a dois dígitos. Algumas redes de farmácias anunciaram crescimento médio de 25% em seu faturamento. Alguns fatores explicam esta pujança, como o aumento da quantidade de consumidores que passaram a comprar produtos de higiene e beleza no Canal Farma, segundo a consultoria
Nielsen, principalmente em decorrência da ascensão da classe C, que se destaca entre os consumidores desses itens. Segundo a Kantar Worldpanel, apenas entre janeiro e março de 2011 houve um incremento de 22% no gasto com itens de higiene e beleza pela classe média brasileira. Mas por que razão alguns pequenos empresários do setor reclamam de perdas e até mesmo lamentam o fechamento de seus negócios nesse ambiente de extremo otimismo? A resposta é muito simples e se resume ao amadorismo ainda presente em muitas das pequenas empresas do setor. Por mais di�ícil que seja reconhecer e mesmo com a justi�icativa da alta competitividade e avanço das grandes redes, o principal inimigo do empreendedor continua sendo a falta de uma gestão pro�issional. Alguns gestores desta área continuam administrando suas farmácias exatamente como há 10 anos e não conseguiram se adaptar à
A chave para o sucesso está na adoção de modernas técnicas de administração, aquisição de um bom software de gestão, investimento em mix de produtos, precificação dos produtos (percepção de preço baixo) e projeto de layoutização adequado
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Cadri Saleh Ahmad Awad é Diretor/Consultor do Instituto Adtec – Farmacêuticos Associados e Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás nova realidade do mercado. As farmácias “quebram do balcão para dentro”. Portanto, o empresário precisa parar de culpar a concorrência pelo insucesso de sua empresa. A grande competitividade do setor exige adoção de método de gestão e entendimento da dinâmica deste mercado. É preciso entender a fundo como o consumidor reage e o que ele quer, mas principalmente como o mercado tem agido. A chave para o sucesso está na adoção de modernas técnicas de administração, aquisição de um bom software de gestão, investimento em mix de produtos, preci�icação dos produtos (percepção de preço baixo) e projeto de layoutização adequado. O empresário de farmácia precisa conhecer a margem de lucro dos produtos, projetar o custo da mercadoria vendida (CMV), mensurar suas despesas operacionais e estabelecer uma política de descontos para compras e vendas. O planejamento �iscal e tributário também é de suma importância para o sucesso da farmácia. Mesmo uma pequena farmácia pode e deve trabalhar com indicadores de resultados que permitam ao gestor monitorar o desempenho de seu negócio e planejar suas estratégias comerciais. Com tudo isto é possível a�irmar com veemência: Farmácia ainda é um excelente negócio.
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Sistema S TEXTO: IN PRESS PORTER NOVELLI ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO FOTOS: MARCELO PEREIRA
Núcleo Interlagos
parceria SESC/SENAC-SP
O
Abram Szajman, presidente dos conselhos regionais do SESC e do SENAC, na inauguração do Núcleo Interlagos, fruto da parceria dessas duas entidade. A partir da esquerda, Danilo dos Santos Miranda (diretr do SESC/SP), Luiz Francisco Salgado (diretor do SENAC/SP), Akira Kido, Airton Nogueira e Pedro Zidoi (conselheiros do SENAC)
SENAC São Paulo, em parceria com o SESC, inaugurou dia 15 de março o Núcleo Interlagos – unidade instalada dentro do SESC Interlagos que oferecerá educação pro�issional nas áreas de administração e negócios, lazer e eventos, segruança e saúde no trabalho, entre outros temas, em cursos tecnicos e de capacitação. O núcleo vai disponibiizar gratuitamente grande parte das vagas, por meio da Política SENAC de Concessão de Bolsas de Estudo.
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Com capacidade para atender mais de 600 alunos por dia, o novo núcleo foi unaugurado em bela cerimônia presidida por Abram Szajman, presidente da FECOMERCIO/SP e dos Conselhos Regionais do SENAC e do SESC São Paulo, que contou com a presença de Pedro Zidoi, presidente da ABCFARMA e conselheiro do SENAC, é um novo espaço do SENAC dedicado à educação pro�issional, com apoio institucional do SESC São Paulo. Com 682 m2 de área construída e investimento de R$ 3,5 milhões, a unidade destinará grande parte de sua oferta a vagas gratuitas.
Voltada a pessoas com idade a partir de 14 anos que procuram desenvolver competências para inserção no mercado de trabalho e cursos de quali�icação pro-
�issional, a programação do Núcleo Interlagos oferecerá cursos como Técnico em Logística, Técnico em Segurança do Trabalho e Recepcionista de Eventos.
“O SENAC São Paulo acredita que, ao oferecer educação pro�issional de qualidade, cumpre com seu papel de desenvolver pessoas por meio de ações educacionais que estimulem o exercício da cidadania e a atuação pro�issional transformadora e empreendedora. Assim, a instituição pretende contribuir para o bem-estar da sociedade e alavancar o desenvolvimento social e econômico da região, inserindo pessoas no mercado de trabalho”, diz Luiz Francisco de A. Salgado, Diretor Regional do Senac São Paulo.
Infraestrutura
SENAC Interlagos
Instalado em um casarão do século 19, o SENAC Interlagos passou por cinco meses de reforma para se transformar num moderno ambiente educacional que recebeu acessibilidade total, além de empregar conceitos de sustentabilidade, como reúso de água, economia de energia, ar-condicionado ecológico, entre outros. O espaço tem cinco salas de aula convencionais, uma biblioteca aberta à população e um moderno laboratório de informática. Estudos realizados pelo SENAC em parceria com o SESC Interlagos apontaram que a região de Interlagos tem grande demanda por ensino pro�issional de qualidade voltado para o setor de comércio e serviços.
O casarão
O velho casarão que hoje abriga o SENAC Interlagos foi sede de serviços da fazenda de Ernesto Diederichsen, empresário fundador de uma das maiores indústrias têxteis do país do início do século 19. Posteriormente, Diederichsen transformou o espaço em colônia de férias para seus funcionários, já que o lo76 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL / 2012
cal �ica próximo à represa Billings. Com a morte do empresário no �inal de 1940, a fazenda foi dividida entre os herdeiros e parte dela, o Sítio das Corujas, anos mais tarde foi vendido ao SESC.
Bolsas de estudo
Em 2012, a Política SENAC de Concessão de Bolsas de Estudo oferece 70 mil bolsas em todo o Estado. O SENAC Interlagos contará com 1.581 vagas e os interessados devem se inscrever no site www.sp.senac.br/bolsasdeestudo. Para concorrer é necessário ter renda familiar per capita de até dois salários mínimos federais (R$ 1.244) e o candidato não pode estar matriculado ou participando de outros processos de bolsas na instituição.
Ana Cristina Celentano, gerente do Núcleo Interlagos, instalado num casarão do século 19 completamente restaurado
Ampliação do SENAC São Paulo
Em 2011, a instituição inaugurou uma nova unidade na cidade de São Paulo, no bairro Aclimação e aumentou a área construída do Centro Universitário SENAC – Campus Santo Amaro, com o prédio Acadêmico 2. Fora da capital, as cidades de Americana, Bertioga, Itapira e Votuporanga também receberam ampliações de infraestrutura ou novas unidades. Nos próximos dois anos, a estimativa é entregar unidades em Taboão da Serra, São Miguel Paulista e São Bernardo do Campo, além de mais um prédio em Guarulhos e outro em Mogi Guaçu. Obras de modernização e ampliação também estão em andamento nas unidades localizadas em Araraquara, São Carlos e Piracicaba, no interior do Estado, e Francisco Matarazzo, na capital.
Ação Social TEXTO: FRANCISCO COLOMBO FOTOS: ARQUIVO PHARMAGIL
A Farmácia
Gilberto Carrillo, proprietário da Pharmagil,
com sua equipe de profissionais de saúde, durante a participação na ação social comunitária, realizada em São José dos Campos
e a integração com a sociedade
N
o dia 5 de fevereiro, a Pharmagil, associada da Rede Refarma, na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, apoiou uma importante ação social local: o Plano Daniel O Plano Daniel é um programa de saúde �ísica, mental e espiritual organizado pela Primeira Igreja Batista de São José dos Campos O evento contou com a participação de educadores �ísicos, nutricionistas, enfermeiras e pro�issionais de saúde, com os quais a população pôde tirar suas dúvidas. A Pharmagil e a Refarma apoiaram o Plano Daniel cedendo balanças eletrônicas para pesagem e veri�icação do Índice de Massa Corpórea, que bene�iciou cerca de 650 pessoas.
Este foi mais um exemplo de que as farmácias e drogarias podem integrar-se aos projetos sociais de sua comunidade, investindo pouco e contribuindo muito com a saúde da população.
No Plano Daniel, com a contribuição da Pharmagil e da REFARMA , profissionais atenderam centenas de pessoas para verificação de peso e aferição de pressão arterial, além de orientações de saúde 78 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL / 2012
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Referências: 1. Stone RP, Asgharian B, Chowhan MA, Napier LD, Stein JM. Development of an advanced multi-purpose solution for rigid gas permeable lenses. Poster presented at American Academy of Optometry, December 2001. 2. Lebow KA, Bennett ES, Christensen BA, Fontana F, Grohe R, Schachet JA. Clinical evaluation of a new multi-purpose disinfecting solution for rigid gas permeable lenses. Poster presented at Contact Lens Association of Ophthalmologists, February 2001. *As marcas registradas são propriedades de seus respectivos detentores. ©2012 Novartis Abril/2012 Reg. ANVISA nº 10002390122
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Indústria TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: LABORATÓRIO SOBRAL
Laboratório
Sobral Uma indústria farmacêutica completar cem anos é um fato raro em qualquer parte do mundo. Imagine agora uma empresa estabelecida no interior do Piauí, a milhares de quilômetros dos fabricantes de matérias-primas e do grande mercado consumidor. Pois essa empresa existe e merece todas as homenagens, por ocasião de seus 100 primeiros anos, comemorados no ano passado: é o Laboratório Sobral, hoje comandando pela terceira e quarta geração dos Sobral do Piauí, cuja saga foi contada num livro que acaba de sair e merece leitura
defendendo a saúde
O Laboratório Sobral segue, bravamente, a trilha iniciada em 1911
pelo jovem farmacêutico Theodoro Ferreira Sobral. A empresa surgiu como “pharmacia” de manipulação, onde se faziam poções medicinais – como os tônicos Água Ingleza e Thefersol e as famosas Gotas Amargas Dr. Ribeiro, para azia e má digestão. Contra a bronquite, o Xarope Sobral, a Aguardente Alemã como purgante. Luís Paulo de Oliveira Lopes, que faz a crônica do Laboratório Sobral há quase 60 anos, lembra o balcão de madeira fornida, verniz negro e um grande móbile que pendia sobre uma mesa no centro do estabelecimento. Naquela mesa ponti�icava o Dr. Tehodoro, vestido aristocraticamente – colete, gravata vinho, relógio de algibeira e um blazer de tricô. Atendia os clientes e mandava funcionários aviarem as
O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, recebe o troféu das mãos de Theodoro Sobral Neto 80 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012
Centenário,
receitas médicas. Numa salinha ao lado, aplicavam-se curativos e injeções – como a lendária Protingectol e a 914, contra a sí�ilis. Em 1945, 34 anos depois da inauguração, o velho Dr. Theodoro traz seu sucessor para a farmácia – o �ilho, Dr. Amilcar. Mas ele só sairia de cena em 1972, quando desponta a geração seguinte – o economista Theodoro Ferreira Sobral Neto. Atualizado, estudioso, sempre atrás das melhores práticas �inanceiras e farmacêuticas, caberia a ele fazer a transição da velha “pharmacia” para a moderna empresa centenária de hoje. Theodoro Neto rasgou horizontes. Para se ter uma ideia, ele fez do Sobral o primeiro laboratório a fabricar genéricos – e isso em 2002, quando já fazia parte da empresa a quarta geração dos Sobral, através da pessoa de Valéria Sobral, �ilha de Theodoro Neto, administradora de primeira ordem, que redesenhou o organograma funcional da �irma, adaptando-a ainda mais aos novos tempos, embora contunue sendo uma empresa estritamente familiar, de pai para �ilho – ou �ilha.
Capa do livro que conta a saga do centenário Laboratório Sobral
Primeira “Pharmacia” Sob ral, em Amarante, interior do Piauí. Ao lado, Theodo ro Neto com seu av ô, o fundador da empresa
Os novos desa�ios Como diz Theodoro Neto na introdução do livro Os 100 primeiros anos do Laboratório Industrial Farmacêutico Sobral, “não resta dúvida que completar 100 anos é uma signi�icativa conquista, mas acima de tudo é um grande desa�io para todos nós continuarmos a missão de levarmos à frente este empreendimento fundado em 1911”. Ele lembra que, ao assumir a empresa, ela atravessava grandes di�iculdades. Mas ele encontrou na família o esteio para fazer as mudanças necessárias. Ele destaca a mulher Maria do Socorro, companheira �iel há 34 anos, a primogênita Valéria, que administrou a empresa por oito anos, até assumir o cargo de Auditora Fiscal da receita Federal em Manaus, e os outros �ilhos,
o diplomata Igor, a psicóloga So�ia e a advogada Paula. Uma linda família, que dá nome a uma empresa centenária – mas altamente saudável. Para comemorar os cem anos, empresa organizou várias ações – entre elas a concessão do Prêmio Sobral a empresas e líderes do setor que mais se destacaram no ano do centenário. Entre eles, o presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, que, ao receber seu troféu das mãos de Theodoro Sobral Neto, declarou: “Tenho acompanhado o excelente trabalho desenvolvido por Theodoro à frente de seu laboratório, dando continuidade ao empreendimento iniciado por seu avô, continuado por seu pai e garantido por ele em sua solidez empresarial e na e�icácia e qualidade de seus produtos”.
O portfólio de produtos de alta qualidade hoje fabricados pelo Laboratório Sobral, em Floriano, Piauí, reúne medicamentos dos velhos tempos, na linha de fitoterápicos, como a Água Inglesa Sobral e a Tintura de Jalapa; genéricos, como a dipirona sódica e a nistatina; produtos MIP, como o Theoderme; e remédios da linha farma, exemplo da Sulfazina Sobral.
“
Que este sejam, de fato, os primeiros cem anos dessa grande empresa genuinamente brasileira e familiar.
”
REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012 | 81
Artigo TEXTO: DR. JORGE FERNANDO DE AZEVEDO TRINDADE
FAP
uma vitória da
ABCFARMA e das farmácias
A Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico conseguiu uma importante e inédita decisão na primeira instância na 2ª Vara Federal Tributária de Porto Alegre, cuja sentença afasta a aplicação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), considerado ilegal, e valida, pela primeira vez, ação ordinária coletiva para questionar o mecanismo de cálculo da alíquota. Com isso, cerca de 20 mil farmácias e drogarias no País e outras seis mil empresas associadas em São Paulo serão beneficiadas. Nesta matéria, os Drs. Thiago Taborda Simões e Gilberto Peloso Araujo, do Simões Caseiro Advogados, escritório responsável pela representação da ABCFARFMA junto à Justiça, explicam o alcance dessa medida Liminares e sentenças de mérito já tinham sido dadas pela Justiça para isentar outras empresas de pagar o FAP – Fator Acidentário de Prevenção. Mas grande parte dos casos envolvia ações ordinárias, ajuizadas apenas pelas próprias empresas, ou mandados de segurança coletivos, baseados em decisões liminares. No caso da corte gaúcha, o juiz aceitou a ação coletiva e a decisão gera efeitos em todo o Brasil. "Há muitas decisões sobre FAP, mas o peso de uma decisão em ação coletiva é maior”, explica o Dr. Thiago Taborda Simões. Segundo ele. a decisão inédita deve levar outras entidades a entrar com ações ordinárias coletivas, agora com maior chance de êxito. O FAP aumenta ou diminui o valor do Seguro Acidente de Trabalho (SAD), que é de 1% a 3%, conforme o grau de risco da atividade das empresas, classi�icado em leve, médio e grave. O FAP vai de 0,5% a 2%, ou seja, a
82 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL / 2012
alíquota de contribuição pode ser reduzida à metade ou dobrar, chegando a até 6% sobre a folha salarial. O enquadramento de cada empresa depende do volume de acidentes e os critérios de cálculo consideram índices de frequência, gravidade e custo. Em outras palavras, como especi�icou o juiz na decisão da ABCFARMA, o índice se destina a aferir o desempenho especí�ico da empresa em relação aos acidentes de trabalho, a �im de permitir que a sua contribuição seja graduada de forma individual. Quanto mais frequentes, graves e onerosos sejam os acidentes de trabalho, tanto maior será a contribuição.
O enquadramento de cada empresa depende do volume de acidentes e os critérios de cálculo consideram índices de frequência, gravidade e custo
O juiz levou em conta a inconsistência da fórmula aplicada pelo FAP. Segundo ele, há casos de distorções "evidentes" no cálculo e aplicação do fator. "Sobressai a situação em que empresas com índice zero de acidentes não obtinham o menor percentual, de 0,5. Ora, se a frequência, a gravidade e o custo são zero, como sustentar índice superior ao mínimo legal?". Com a decisão, as empresas poderão recolher apenas a contribuição ao SAT, sem os re�lexos do FAP. Além disso, as empresas, após o trânsito em julgado, terão direito à compensação de eventuais valores pagos a maior, com parcelas vincendas da contribuição previdenciária sobre a folha de salários. O que a decisão afeta as contas da farmácia? Tire as principais dúvidas, nos esclarecimentos dos advogados Thiago Simões e Gilberto Araujo:
O que muda com essa decisão? O que a farmácia deixa de pagar? Na prática, as farmácias deixam de aplicar o FAP, que é índice que multiplica a alíquota de SAT, umas das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários. No caso das farmácias, a alíquota do SAT é de 2% e o FAP, variável conforme o contribuinte, �ica entre 1,2 e 2,0. Diante disto, a economia real para as farmácias será entre 0,6% e 2% sobre a folha de salários.
A farmácia precisa tomar alguma atitude jurídica ou contábil para se bene�iciar da decisão?
A farmácia precisa contabilizar corretamente os efeitos da decisão. Em um primeiro momento, para evitar problemas com certidões negativas de recolhimentos tributários, sugerimos o recolhimento dos valores normalmente para posterior compensação, quando do trânsito em julgado da ação.
Qual é o grau de risco das farmácias em relação a acidentes de trabalho?
O grau de risco das farmácias é presumido como médio, o que explica a alíquota de 2% de SAT.
Explique a contribuição ao SAT.
O SAT é contribuição social sobre a folha de salários, cujas alíquotas são de 1%, 2% ou 3%, de acordo com o grau de risco da atividade preponderante da empresa, criado pela Lei nº 8.212/91. O grau de risco inerente a cada atividade econômica é previsto pelo Decreto nº 3.048/99, o que signi�ica que a Presidência da República presume o grau de risco de cada atividade econômica e com isso determina a alíquota de SAT para cada contribuinte.
Qualificação de pessoas e empresas para os desafios do varejo farmacêutico O Instituto de Desenvolvimento do Varejo Farmacêutico – IDVF é um centro integrado de soluções em educação profissional, consultoria e projetos especiais para o canal farma. Promove programas de capacitação, atualização e integração entre indústria, distribuidoras e o varejo farmacêutico com o objetivo de estimular e fomentar relacionamentos, troca de experiências e novas práticas no mercado. Acesse www.idvf.com.br e confira como orientamos e estimulamos o pensar, dialogar, discutir e explorar novas possibilidades de atuação no competitivo mercado farmacêutico.
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A
A ABRADILAN, Associação Brasileira de Distribuidores de Laboratórios Nacionais, reuniu durante três dias de março, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, os principais representantes da indústria, distribuidores e varejistas do setor farmacêutico para o tradicional encontro que já faz parte do calendário de eventos do segmento
O evento é o sonho de um grupo que virou realidade
Presidente Juliano Cunha Vinhal
Vice-Presidente Jony Anderson Tavares de Sousa
Diretor Secretário Francisco das Chagas Almeida Gomes
Diretor Secretário Adjunto Adenilson do Rosário Cruz
Diretor Financeiro João Orologio Marchiori
Diretor de Relações Institucionais Aclair Machafo
Mesa de abertura da ABRADILAN FARMA & HPC 2012. A partir da esquerda, Edson Tamascia (Febrafar), Pedro Zidoi (ABCFARMA), João Orologio Marchiori (Abradilan), Walter Ihoshi (deputado federal), Juliano Vinhal (Abradilan), Jony Andrson Tavares (Abradilan), Jorge Froes de Aguilar (Abafarma), Sergio Mena Barreto (Abrafarma) e Hélio Nishimoto (deputado estadual) 84 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012
“Levar o medicamento ao mercado é uma função social, e não puramente econômica. Um evento como a ABRADILAN FARMA & HPC é uma excelente oportunidade de congraçamento de todos os elos do setor, encontrar amigos e discutir temas fundamentais e a elaboração de um acordo sério, com um compromisso de redução gradual da carga tributária, pelo bem do consumidor e das comunidades mais carentes. Neste sentido, estamos organizando a Frente Parlamentar Federal e Estadual que irá abrir o debate sobre medicamentos no Brasil”. Walter Ihoshi – Deputado Federal
Fico feliz em constatar a participação de todos na ABRADILAN Farma & HPC 2012, um evento que a cada ano demonstra mais competência e beleza” Pedro Zidoi Sdoia, presidente da ABCFARMA
“Afirmo, sem nenhum receio, sem desmerecer nenhum outro, que nosso mercado é um dos mais confiáveis, estáveis e promissores deste Brasil. Claro que ainda há um enorme dever de casa para fazermos juntos, empresários, distribuidores, varejista e governo. E é pelo setor de distribuição que passa por volta de 85% de todos os medicamentos que se comercializam neste país”. Juliano Vinhal, presidente da ABRADILAN
“A ABRADILAN Farma tem se constituído em um sucesso cada vez maior, ano a ano, fruto da competência da diretoria e dos expositores. Uma organização impecável, de uma entidade “coirmã” da ABAFARMA e que, unidas, realizam ações para melhorar cada vez mais o comércio farmacêutico”. Jorge Fróes de Aguilar – diretor executivo da ABAFARMA
“Apoio as lutas do setor nas frentes em que se fizerem necessária a minha presença, principalmente com relação à pesada carga tributária”. Maria Lucia Amary deputada estadual
“Quero aproveitar a abertura da ABRADILAN FARMA 2012 para registrar três números: 46,16 e 8, ou seja: 46 bilhões é o tamanho de nosso mercado, 16 bilhões é o valor da carga tributária em nosso país e 8 bilhões o total de ICMS recolhido, para que trabalhemos e discutamos formas de aumentar o primeiro, diminuir o segundo e acabar com o terceiro”. Sergio Menna Barreto – presidente executivo da ABRAFARMA
egundo o diretor executivo da ABRADILAN, Geraldo Monteiro, a estimativa é que o evento tenha ultrapassado os números da edição anterior, que recebeu perto de 16 mil visitantes, e movimentou cerca de R$210 milhões em negócios. Ao dar as boas vindas aos participantes e expositores da Abradilan Farma & HPC, o presidente da entidade organizadora, Juliano Vinhal, lembrou que, antes de mais nada, o evento é a realização de um sonho que, sonhado em grupo, virou realidade. O presidente da ABRADILAN agradeceu a todos os colaboradores da entidade, às empresas parceiras e patrocinadoras, aos expositores, às autoridades e a todos que, acreditando no projeto, apoiaram-no desde o início. REVISTAABCFARMA ABCFARMA| |ABRIL/2012 ABRIL/2012| |8585 REVISTA
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s a r t s e l a
A
O que eles disseram
programação temática da ABRADILAN 2012 foi bastante rica, com palestras oportunas sobre temas de relevância signi�icativa para o atual momento do mercado farmacêutico. Logo após a cerimônia de abertura, uma palestra sobre Liderança, Gestão de pessoas e Inovação: Liderança para novos desa�ios – A Liderança na velocidade das Mudanças, apresentada pelo empresário Alfredo Rocha, que destacou o conhecimento e a informação como as bases da ponte que liga o hoje e o amanhã com sucesso. Rocha apresentou dois desa�ios para o futuro vitorioso das empresas: a gestão da inovação e a gestão de pessoas e lideranças.
Com relação à gestão de inovação, Alfredo Rocha salientou que o caminho mais curto para o fracasso é fazer as mesmas coisas, do mesmo jeito, sempre, e que para inovar é necessário promover mudanças contínuas com coragem e determinação. Neste sentido o palestrante lembrou o verso do poeta Gabriel Pensador, que diz “seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo”.
Quanto à Gestão de Pessoas e Liderança, Alfredo Rocha a�irmou que é importante para o líder despertar nas pessoas a vontade de colaborar o “querer fazer”, e que a missão do líder é entregar resultados, concluiu o palestrante.
No segundo dia, o destaque foi uma palestra produtiva e instigante do economista e jornalista, Ricardo Amorim, comentarista do programa Manhattan Connection, da Globonews, e da colunista da revista Istoé.Em sua palestra, “Brasil: Só mais uma Marolinha”, Ricardo Amorim fez uma análise clara e objetiva da crise imobiliária americana de 2008 e das causas que levaram países europeus, como Portugal, Espanha e Grécia, à atual fragilidade O palestrante Clóvis Tavares recebe das mãos do vice-presidente da Abradilan, Jony Anderson de Souza, seu diploma de participação no evento
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econômica e suas consequências, inclusive para o Brasil. Ricardo Amorim vê um cenário de crescimento otimista para o Brasil, apesar de não manter o ritmo que vinha sendo apresentado nos anos anteriores.
Para �inalizar a parte temática do encontro, foram realizadas mais duas palestras na sexta-feira. Clovis Tavares, mágico e publicitário, com experiência de 24 anos em palestras corporativas, falou sobre “Gestão e Inovação no Setor Farmacêutico”, mostrando que excelência, estratégia, gestão e vendas são peças fundamentais no mundo corporativo.
Clóvis Tavares contou para a Revista ABCFARMA como foi sua experiência na palestra da ABRADILAN FARMA&HPC. “Palestrar para os convidados da ABRADILAN numa tarde de sextafeira foi uma grande felicidade. Afnal, são os empresários desse setor que geram saúde e atoestima a milhões de brasileiros. No decorrer da palestra, muitos dos presentes subiram ao palco mostrando que, na hora da atitude, o empreendedor não pensa duas vezes. O problema é como passar isso à equipe, como gerar o comprometimento das pessoas que atendem seus clientes. Além do mais, somos provedores de alivio e bem estar e nossa loja tem de ser impecável”.
A seguir, o farmacêutico especialista em farmacologia e coordenador geral de Gestão do Departamento de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Dr. Marco Aurélio Pereira, mostrou um histórico e a situação atual do programa Aqui Tem Farmácia Popular, criado pelo Ministério da Saúde, e ampliado, em fevereiro de 2011, pelo Programa Saúde Não Tem Preço.
Alfredo Rocha, na palestra de abertura da ABRADILAN Farma & HPC 2012
Ricardo Amorim analisa o atual cenário político brasileiro e suas consequências na economia
Dr. Marco Aurélio Pereira, do Ministério da Saúde, em sua palestra sobre a Farmácia Popular no encerramento da ABRADILAN Farma & HPC 2012
Auditório acompanha a palestra de abertura da ABRADILAN Farma & HPC. Em primeiro plano, Walter Ihoshi, Hélio Nishimoto, Maria Lucia Amary, Maria Helena Zidoi, Pedro Zidoi, Edson Tamascia e Jorge Froes de Aguilar
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A próxima edição da ABRADILAN FARMA & HPC já está marcada para os dias 20, 21 e 22 de março, no Rio Centro, Rio de Janeiro, em 2013. REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012 | 87
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Stands na ABRADILAN
Um espetáculo à parte
lanejados para oferecer aos visitantes conforto e beleza, os stands de fornecedores de produtos e serviços farmacêuticos para farmácias e drogarias na ABRADFILAN FARMA & HPC 2012 ofereceram inúmeras novidades e ofertas. O espaço ocupado pela ABCFARMA, em conjunto com o SINCOFARMA-SP, serviu como ponto de encontro para as delegações e líderes do setor de várias partes do País, recebendo inúmeros visitantes que desejavam informações e orientações sobre a Revista ABCFARMA e as atualidades do segmento. Durante o evento também foram sorteados diversos brindes aos visitantes do stand da ABCFARMA, reforçando o clima de descontração e confraternização geral da ABRADILAN FARMA & HPC 2012.
Paulo Kopschina (ABCFARMA-RS), Pedro Zidoi e o consultor e colaborador da Revista ABCFARMA, Gilson Coelho, no stand da ABCFARMA
Destacamos aqui três felizardos que levaram os prêmios da ABCFARMA: Andrade B. Junior, da Útil Farma de Novo Horizonte/ CE (cesta de produtos), Flávio Luiz de Carvalho, da Ideal Farma de Ipuiúna/MG (caixa de cosméticos), Silvia M.C.Ribeiro, da Drogaria Floriana, de Guaxupé/MG
A partir da esquerda, Dr. Juan Carlos Becera Liggos (SINCOFARMA-SP e ABCFARMA), Dr. Marcos Ferreira,consultor independente, Laura Paiva, Dr. Maurício Cavalcante Filizola(ABCFARMA-CE), Pedro Zidoi, Edval Azevedo, Claudia Feliz e Maria Helena Zidoi A partir da esquerda, João Orologio Marchiori, Jony Anderson Tavares de Sousa, Juliano Vinhal, Pedro Zidoi, Geraldo Monteiro e Adenilson do Rosário Cruz
Liacir Cesar (LC Pharma, de Floriano/ PI), Pedro Zidoi (ABCFARMA) e Petronio Morais (LC Pharma) 88 | REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012
A partir da esquerda Dr.Edenir Zandoná Jr. (ABCFARMA-PR), Juliano Vinhal (ABRADILAN) e Pedro Zidoi (ABCFARMA)
Equipe do SINCOFARMA-SP no stand da entidade na ABRADILAN 2012
Delegação de Manaus/AM, com o assessor executivo da ABCFARMA, Nelson Grecov, em visita ao stand da ABCFARMA
Nos stands, a presença de visitantes de inúmeros estados e uma equipe de atendimento sempre pronta para apresentar ofertas especiais
Pedro Zidoi, Maria Helena Zidoi, Abigail Maglio e Marcia Andrade, no stand da ABCFARMA
Pedro Zidoi entrega prêmio a Flavio Luiz de Carvalho, da Farmácia Ideal, de Ipuiuna-MG
A partir da esquerda, Marcia Andrade, representante comercial da Lison Editora, Maria Helena Zidoi (ABCFARMA) e Dra.Silvia M.C.Ribeiro (Drogaria Floriano/MG), na entrega do premio à farmacêutica e proprietária da Drogaria Floriano REVISTA ABCFARMA | ABRIL/2012 | 89
e u q a t s e d i o f m e u Edson Pereira Marques, diretor presidente do Laborat贸rio Belfar, com Pedro Zidoi, presidente da ABCFARMA, no stand da empresa
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