ESPECIAL FITOTERÁPICOS - 14

ABCFARMA Especial

FITOTERÁPICOS

& Alimentos Funcionais

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Novembro 2015 / Abril 2016 • Ano 5 • nº

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Editorial

Fitoterápicos

Presidente Pedro Zidoi Diretor Executivo Renato R. Tamarozzi Jornalista Responsável Celso Arnaldo Araujo MTB: 13.064 Gerente de Marketing e Vendas Graziele C. Lucato Diagramação e Arte ABCFARMA

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O avanço dos fitoterápicos

E

m mais um caderno dedicado aos medicamentos fitoterápicos e alimentos funcionais, é fácil perceber que essa modalidade terapêutica está vivendo uma fase de consolidação e grandes avanços. Mais e mais indústrias farmacêuticas estão aprimorando suas pesquisas para lançar no mercado brasileiro produtos que venham a ser alternativa ou complemento aos tratamentos convencionais.

Nesta edição, abordamos um laxante natural e eficiente, à base da planta Senna, e medicações fitoterápicas muito benéficas na terceira idade.

Mas não deixamos de falar de um tipo de produto por onde começou o interesse da ciência: ervas e chás usados há milênios.

Celso Arnaldo Araujo

Boa leitura

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Fitoterápicos

Ômega 3, 6 e

Gorduras do b O

s nutrientes Ômegas 3, 6 e 9 são um exemplo de alimentos de caráter preventivo à saúde, que atuam como agente antioxidante e renovador celular. Confira a seguir bons motivos para adicionar esses nutrientes no cardápio

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Ômega 3: esse ácido graxo é um tipo de

gordura essencial para o bom funcionamento de diversos órgãos. Como o corpo humano não é capaz de produzi-lo, é preciso obtê-lo por meio de alimentação ou suplementação.

“O ômega 3 auxilia de na redução dos níveis de triglicerídeos e de colesterol ruim (LDL), favorecendo o aumento do colesterol bom (HDL). Também tem ação anti-inflamatória e previne o entupimento dos vasos sanguíneos”, afirma a nutricionista Danielle Garcia.

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o bem

Pesquisas recentes mostraram que esse tipo de lipídeo também colabora para a saúde mental, já que ele é capaz de amenizar os efeitos do stress e estimular a memória e o humor.

“O consumo do ômega 3 mantém o cérebro ativo contribuindo para desenvolver a concentração, motivação, coordenação e reação ágil”, diz a Dra. Danielle.

Onde encontrar: peixes de águas

profundas e frias (salmão, atum, bacalhau,

arenque, cavalinha, sardinha, truta), óleos de peixe, sementes de linhaça ou óleo de linhaça.

Ômega 6: assim como o ômega 3, esse nutriente faz parte do grupo de gorduras benéficas que cooperam em variados e importantíssimos processos bioquímicos e hormonais. “O Ômega 6 devia fazer parte da dieta de toda pessoa, sobretudo as mulheres, porque está relacionado diretamente à formação das células saudáveis, que deixam

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a pele mais bonita, e no fortalecimento da fibra capilar, o que evita a quebra e reestrutura o fio dos cabelos”, explica a nutricionista.

Esse ácido linoleico também ajuda na prevenção de doenças como a osteoporose, mais frequente nas mulheres.

“Ele facilita o desenvolvimento e resistência da massa óssea, além de absorver com mais facilidade o cálcio, que é um mineral essencial para a manutenção dos ossos”.

Onde encontrar: peixes de água quente, ovos, leite, cereais, assados, nozes, óleo de prímula, óleo de linhaça, óleo de soja, óleo de milho, óleo de semente de girassol ou sementes de abóbora.

Ômega 9: já este ácido oleico

participa do nosso metabolismo, desempenhando um papel fundamental na síntese dos hormônios.

Ele é fundamental para as mulheres que sofrem com os sintomas da TPM e menopausa. “O ômega 9 é rico em lignanas, substâncias que agem de forma semelhante ao estrógeno, um hormônio feminino. Por isso, pode amenizar a irritabilidade, ondas de calor, suor e ansiedade”, afirma.

Para quem quer unir o útil ao agradável e deseja perder as gordurinhas da barriga, esse é o nutriente certo.

Os componentes presentes no ômega 9 têm propriedades capazes de facilitar a redução de medidas.

“Eles reorganizam os depósitos de gorduras no organismo, impedindo que as células adiposas se concentrem na região abdominal”, informa a Dra. Danielle.

Onde encontrar: azeite de oliva, azeitona, peixes como bacalhau e tubarão, abacate, oleaginosas (castanhas, amêndoas e nozes), óleo de canola, óleo de sementes de uva, óleo de gergelim, óleo de girassol e óleo de palma.

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Fitoterápicos

Amigos da terceira idade

O

conhecimento da fitoterapia acompanha a humanidade e era a única fonte de tratamento no começo da civilização. Mas ela foi perdendo seu valor com o surgimento das drogas químicas e, por muito tempo, foi ignorada por grande parte da sociedade. A partir da década de 80, diante do uso abusivo dos fármacos químicos, a Organização Mundial de Saúde iniciou uma campanha para pesquisar e catalogar as ervas medicinais, revalorizando com isso a eficiência da fitoterapia. E, com o aumento da população idosa, portadora de múltiplas patologias, muitas delas crônicas, e o consequente uso combinado de medicações diárias, houve um incremento das interações medicamentosas, de efeitos indesejáveis e, principalmente, do uso desnecessário de algumas dessas substâncias. Diante desse quadro, cada vez mais comum, a fitoterapia pode ser uma alternativa para o tratamento complementar de idosos com indicação de polifarmacologia.

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Fitoterápicos A fitoterapia, como se sabe, caracterizase pelo tratamento através de plantas com propriedades medicinais. Essa terapêutica se estabeleceu recentemente sobretudo como tratamento complementar e seu consumo está aumentando. Ela traz grandes vantagens, como simplicidade do tratamento, baixo custo

e eficácia mediante consumo, sendo recorrente de uso na população idosa – principalmente na terapia complementar da hipertensão arterial, do diabetes, da osteoporose, das neoplasias, das demências e dos transtornos do sono.

Nesse cenário, a fitoterapia se insere como alternativa de minimização de efeitos adversos.

Óleos de peixe Óleos de peixes de águas profundas, como salmão, bacalhau ou krill, são ricos em ômega-3 e ácidos graxos, que são considerados essenciais para a vida saudável. O omega-3 encontrado em peixes ajuda a proteger o coração contra doenças cardiovasculares, promove a circulação saudável e melhora a memória, o humor e a concentração. Domenico Prisco, da Universidade de Florença, declarou em um estudo publicado na revista Research Trombosis, que o ômega-3 ajudou a reduzir a pressão arterial em pacientes que tomaram 4 g por dia de óleo de peixe. A dosagem recomendada é de 3.000 mg a 6.000 mg, por dia.

Vitamina C Em um estudo publicado em 2004, no Annals of the Rheumatic Diseases, a pesquisadora Dorothy Pattison, da Universidade de Manchester, descobriu que pessoas com baixos níveis de vitamina C na dieta foram as mais propensas a desenvolver poliartrite inflamatória, um tipo de artrite reumatoide. A dosagem recomendada de vitamina C é de 500 mg, em duas vezes ao dia.

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Sulfato de glucosamina Mirtilo

(Vaccinium myrtillus) Ingerido como um suplemento, o mirtilo pode ajudar a melhorar a acuidade visual, reduzir os sintomas de varizes, melhorar inchaços e proteger o coração de doenças cardiovasculares.

Em um estudo publicado em “Advances of Gerontology”, em 2005, a pesquisadora Anzhela Fursova também descobriu o mirtilo como um complemento eficaz para prevenir a catarata e degeneração macular quando tomado por longos períodos. A dosagem recomendada do extrato de mirtilo é de 1.500 mg por dia.

Não é um fitoterápico, mas uma conhecida substância que vem se destacando na medicina geriátrica moderna. O Sulfato de glucosamina reduz a dor e a inflamação em condições artríticas e é considerado uma espécie de “bloco de construção” para reparar danos na cartilagem.

O Dr. Tanveer Towheed, da Universidade de Queen, afirma em uma revisão de 16 estudos científicos publicados em 2011, no Cochrane Database of Systematic Reviews, que o sulfato de glucosamina é tão eficaz como drogas anti-inflamatórias não esteroides no tratamento e gestão da osteoartrite. A dosagem recomendada é de 1.500 mg por dia, tomados em até três meses, para que seja possível observar a redução dos sintomas.

No interior do país, a utilização de plantas medicinais pela população mais idosa é muito prevalente, muitas vezes devido a hábitos familiares de longa data. Num estudo com 180 dos pacientes atendidos no Ambulatório de Geriatria do Hospital Universitário de Brasília (HUB), nada menos que 83,9% utilizavam, no momento da pesquisa, ao menos uma planta medicinal. Esses usuários, em sua grande maioria do gênero feminino (85,2%), residem em áreas urbanas (95,4%) e cultivam as plantas que utilizam. Foram citadas 106 espécies de 55 famílias botânicas, concomitantes com a utilização de medicamentos. As espécies mais citadas foram a erva-cidreira (11,5%), capim-santo (8,3%) camomila (6,7%), boldo e hortelã (5,7%), alecrim (3,9%), limão (2,3%), arnica, algodão e mastruz (2,1%).

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Senna Fitoterápicos

Colocando o intestino para fu

A

senna ou – Senna alexandrina ou Cassia angustifólia, como é conhecida cientificamente – é uma planta medicinal, descoberta pelos árabes ainda no século IX a.C. e que, atualmente na medicina moderna, é recomendada para constipação intestinal – a prisão de ventre.

Seus princípios ativos, glicosídeos diméricos, estimulam a motilidade do intestino grosso, o que favorece o trânsito intestinal acelerado, a redução da absorção de fluidos e, consequentemente, as fezes com consistência adequada.

“A senna é uma aliada para ajudar quem sofre de constipação intestinal, porém é importante ter indicação médica. O controle de quantidade adequada da substância utilizada evita efeitos imprevisíveis e eventuais desconfortos, que podem ocorrer com uso indiscriminado. Os medicamentos naturais com essa planta são boas indicações para o tratamento da disfunção”, explica o Dr. Eduardo André, Doutor em Gastroenterologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Pós-Doutor pela Universidade de Londres.

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A constipação intestinal é caracterizada por dificuldade de evacuação, que pode decorrer de dieta pobre em fibras, pouca ingestão de líquidos, falta de exercícios físicos, bem como consumo excessivo de alimentos industrializados. O ato de evacuação normal faz-se por reflexo de estimulação das alças intestinais.

Embora a prisão de ventre, mais comumente, caracterize-se pela redução do número de evacuações, outras queixas como dificuldade para eliminação de fezes, sensação de evacuação incompleta, desconforto ou esforço, mal-estar, gases ou estufamento também são relatos frequentes desse pacientes.

Cuidando da constipação intestinal

Há no mercado laxantes fitoterápicos feitos a partir de extratos de senna e cassia, sem adição de açúcar, indicado para constipação intestinal tanto crônica como em casos passageiros (situacionais), como viagens, mudança de alimentação e período menstrual. A recomendação médica é que os laxantes fitoterápicos devem ser administrados por um curto período, que pode variar de dias a semanas, de acordo com o diagnóstico e a necessidade do paciente.

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Fitoterápicos

Um livro para

ter em casa O

uso terapêutico das plantas é feito há milênios.

A farmacopeia do Egito Antigo, de 2.600 a.C., já indicava o uso de mais de 700 espécies. Hoje, conhecem-se cerca de 50 mil espécies medicinais. Com o tempo, graças ao aprofundamento nos conhecimentos da botânica e da farmacologia, foi possível esmiuçar os diferentes efeitos dessas plantas. Este ano, chegou ao Brasil um dos trabalhos mais completos já feitos sobre o assunto, o livro Plantas Medicinais em Casa: a ajuda mais natural para cada ocasião. As autoras, a farmacêutica María Tránsito López e a jornalista Carlota Máñez, ambas espanholas, apresentam 130 plantas que podem ser utilizadas para tratar os mais diversos problemas de saúde.

Mas atenção: elas alertam que não se deve utilizá-las para tratar de doenças abandonando tratamentos convencionais, sem consultar um médico. “As plantas que usamos neste manual são eficazes para resolver os pequenos problemas da vida cotidiana”, diz María Tránsito López.

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Diversos estudos científicos já comprovaram os efeitos positivos das plantas medicinais para a saúde. Mas o uso indevido pode causar efeitos tóxicos no organismo. A hortelã em excesso, por exemplo, pode aumentar a acidez no estômago. Além disso, deve-se ficar atento também ao fato de que a combinação de algumas plantas com determinados medicamentos pode transformar em inimigo um aliado em potencial da saúde. Quem trata a pressão alta com remédios, por exemplo, deve ficar longe de espécies de guaraná, que pode anular o efeito do medicamento, ao liberar adrenalina.

A infusão é a maneira mais simples e eficaz para tirar proveito das propriedades das plantas. A quantidade equivalente a uma xícara já traz o efeito medicinal da planta e dificilmente trará riscos à saúde. Eis seis plantas destacadas no livro pelas autoras:

LAVANDA: MELHORA A QUALIDADE DO SONO

Com capacidade sedativa, a planta é capaz de diminuir a atividade motora do organismo. Assim, proporciona um sono mais longo e reparador, além de diminuir a irritabilidade e o stress. É uma das plantas medicinais mais utilizadas no mundo. A lavanda tem ainda outro efeito. Diz a farmacêutica: “Ela é utilizada desde a Antiguidade, tanto por suas propriedades medicinais quanto pelo seu aroma agradável e capaz de repelir insetos.”

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PASSIFLORA: CONTROLA O STRESS

Age como relaxante muscular e pode ser grande aliado no combate à ansiedade. Também é útil contra a insônia, promovendo o sono de forma natural e evitando cãibras noturnas. A passiflora também tem poder contra a irritabilidade relacionada à TPM e à menopausa.

CAMOMILA: FACILITA A DIGESTÃO

Alivia dores abdominais e espasmos gastrointestinais.

Pode ajudar a controlar vômitos, náuseas e diarreias. Além disso, a camomila é uma planta sedativa, capaz de aliviar dores associadas à menstruação. Também é grande aliada de pais e mães que querem estimular o sono de bebês e crianças.

VERBENA: COMBATE A ANSIEDADE

É um sedativo natural. Sua principal propriedade é no combate à ansiedade. Também pode ser utilizada contra enxaqueca de origem nervosa ou associada ao ciclo menstrual. Compostos preparados com a planta (óleos essenciais) amenizam a dor de queimaduras leves.

BOLDO: AJUDA NA DIGESTÃO DOS ALIMENTOS

Protetor do fígado, o boldo age de forma a aumentar a produção de bílis. É recomendado em casos de mau funcionamento da vesícula biliar. Dessa forma, ajuda na digestão dos alimentos, sobretudo no caso de digestões lentas e difíceis -- aquelas que dão a sensação de peso no estômago e sabor amargo na boca.

EUCALIPTO: ALIVIA A RESPIRAÇÃO

Suas folhas, secas ou frescas, têm propriedades expectorantes que agem nas vias respiratórias. Além disso, o eucalipto é um grande aliado contra catarros, faringite e bronquites. Também pode oferecer bons resultados para aliviar a dor articular e muscular, além de curar feridas.

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O papel das plantas n e cura das doenças Por Roger Oliveira

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uem nunca viu aquela típica cena de uma vovózinha pegando, em seu simples jardinzinho, meia dúzia de folhas de algumas plantinhas, fazendo um chá ou algo do tipo e dando para alguém beber, e pasmem, pouco tempo depois a pessoa se sentir bem melhor? Sim, isso não é um mito, é pura realidade. Talvez sem nenhum conhecimento técnico ou medicinal, as nossas avós estavam no caminho certo, pois realmente as plantas têm um poder de cura. As plantas têm importantes virtudes para purificar o organismo e expelir as toxinas, suprem a falta de certos elementos nutritivos (vitaminas, sais), estimulam a ação de certos órgãos, normalizam o funcionamento de outros.

Desde que começaram a aparecer as enfermidades, os homens trataram de combatê-las como melhor sabiam. A natureza foi, sem dúvida,

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o primeiro médico, o primeiro laboratório de remédios, a primeira farmácia, o primeiro hospital a que o homem recorreu. Um dos primeiros métodos que se utilizou foi o tratamento mediante as propriedades medicinais das plantas. Instintivamente, os animais irracionais tomam provisões contra as enfermidades e, quando estão doentes, recorrem às ervas curativas.

As plantas executam três papéis importantes: alimentam, curam e purificam o ar. Em todo o mundo se conhecem, hoje, inúmeros remédios à base de plantas, e que são de incalculável valor para a farmacopeia moderna.

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as na prevenção s A terapêutica vegetal tem crescido com muito sucesso, pelo que não poucos médicos, desiludidos com a medicina oficial, alopatas,

usam as plantas na cura de moléstias. As plantas, exceto as venenosas, só podem fazer bem. Nutrem o corpo, purificam o sangue e preparam o organismo para resistir à doença.

Os tipos de tratamentos que podem se valer do poder das plantas são diversos. Eis alguns deles: Infusão: coloque a planta seca ou fresca em vasilha de porcelana ou

barro, adicione água fervente e tampe. Após, no mínimo, 10 minutos, coae e dê ao paciente.

Suco ou sumo: obtido através de plantas frescas, onde se aproveita muito mais as vitaminas, sais minerais e outras substâncias que normalmente são degradadas pelo calor ao se fazer o chá.

Cataplasmas e emplastos: são aplicações locais onde as plantas são utilizadas frescas ou cozidas brevemente, amassadas e aplicadas diretamente ou envolvida em pano limpo ou gaze.

Inalação: combina-se o vapor d’água quente com as substâncias voláteis presentes nas plantas indicadas. Aspire os vapores por um funil de papel ou pano. Recomendado para problemas respiratórios.

Gargarejos e bochechos: são normalmente indicados para tratamento em afecções da boca e garganta (gengiva, mucosas, amígdalas, faringe).

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Calma no Brasil

As plantas contra o stress

A

fitoterapia é uma alternativa para quem quer tratar o estresse de forma mais natural. Com chás e preparações feitas em farmácias de manipulação, é possível reduzir diversos sintomas, como cansaço, tristeza, dor de cabeça, agitação, tensão e angústia.

Para escolher as plantas mais adequadas para cada caso, um médico especializado em fitoterapia precisa identificar de onde vem o estresse.

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“Investigamos o estilo de vida da pessoa, o ambiente em que vive, a qualidade do seu sono, o hábito alimentar, o funcionamento da memória e a forma como lida com as emoções, além, claro, dos sinais físicos que apresenta, como dores na coluna e no pescoço e alterações nos sistemas respiratório e cardíaco”, explica o naturólogo Luís Gustavo Viderman.

Seguindo o tratamento de forma correta, diz Viderman, os resultados são satisfatórios em 80% dos casos. “Se é muito crônico, demora uns dois a três meses para estabilizar. O estresse mais simples já melhora em uma semana”, afirma. De acordo com o profissional, na maioria dos casos, devem ser tratados os sintomas psicológicos ou neurológicos, endocrinológicos e imunológicos, já que o distúrbio afeta o cérebro, os hormônios e as defesas do organismo. Como agem as plantas anti-estresse?

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Fitoterápicos

“Se é muito crônico, demora uns dois a três meses para estabilizar.

O estresse mais simples já melhora em uma semana”

Ginseng coreano (raiz)

Indicações: anemia, cansaço, baixa capacidade aeróbica, convalescença, deficiência de libido, depressão, falta de concentração.

Maracujá (folha)

Propriedades calmantes, refrescantes, sedativas e soníferas.

Indicações: alcoolismo crônico, ansiedade, crise nervosa, fadiga, insônia, estresse.

Valeriana (raiz)

Propriedades sedativas, relaxantes musculares, soníferas e vasodilatadoras. Indicações: estresse, angústia, ansiedade, cansaço mental, insônia, nervosismo, hiperexcitabilidade.

Pfaffia (raiz)

Propriedades: ansiolíticas, revitalizantes e tranquilizantes. Indicações: falta de força muscular, falhas na circulação periférica, estresse, fadiga física e mental e problemas de memória.

Carqueja (erva inteira)

Propriedades: antioxidantes, digestivas, estimulantes hepáticas. Indicações: anemia, anorexia, estresse e problemas nos sistemas hormonal e imunológico.

Melissa (folhas)

Propriedades: relaxantes e sedativas. Indicações: ansiedade, insônia, estresse, dor de cabeça, nervosismo, fadiga, depressão.

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