Revista ABCFARMA de Janeiro de 2013

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Janeiro 2013

PUBLICAÇÃO DIRIGIDA AOS MÉDICOS, FARMACÊUTICOS, ODONTÓLOGOS, PRESCRITORES E DISPENSADORES DE MEDICAMENTOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

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Editorial

20 de janeiro

Dia do Farmacêutico

A

liás, como a atividade é exercida hoje por um grande número de mulheres, o ideal seria celebrar o Dia do Pro�issional Farmacêutico, evitando-se discriminações. De qualquer forma, é uma data a ser celebrada com reverência. No passado, o pro�issional farmacêutico, ao se formar, escolhia uma cidade, quase sempre no interior, onde instalava sua farmácia, que, na parte de trás do estabelecimento, tinha uma dependência denominada “consultório”. Era esse o lugar em que os farmacêuticos atendiam seus clientes. Como havia falta de médicos, o farmacêutico fazia de tudo: examinava os doentes, prescrevia fórmulas com base na Farmacopeia Brasileira e no Formulário Chernoviz, escrito por um médico polonês, Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, e em outros formulários da farmacologia, principalmente da França. Esse era o território em que o farmacêutico reinava. As pessoas mais importantes nessas cidades eram o juiz, o padre e o farmacêutico. O progresso em nosso país elevou signi�icativamente o número de faculdades de Direito, Medicina, Administração e sobretudo de Farmácia. Todos os anos, centenas de novos pro�issionais farmacêuticos são agregados ao mercado – e há oportunidade para todos, nos diversos segmentos que compõem a pro�issão. O farmacêutico Thomaz de Carvalho saiu do interior e veio para a cidade de São Paulo, com planos de vencer na pro�issão. Aqui, reencontrou uma ex colega de Faculdade, Eunice Neves, também interiorana, que era sócia de uma Farmácia. Esse reencontro transformou-se em namoro e casamento. O casal era idealista. Tinham objetivos claros e, em sociedade com outros empreendedores, fundaram a

Drogaria São Paulo, que aos poucos se transformou numa rede. Com o passar do tempo, Thomas e Eunice foram transferindo a administração ao �ilho Ronaldo José Neves de Carvalho, que permaneceu na trilha do sucesso e do crescimento da empresa – hoje uma das maiores redes brasileiras do varejo farmacêutico Foi numa dessas farmácias de interior, mais precisamente na cidade de Dois Córregos, estado de São Paulo, que iniciei meu aprendizado. Meu mestre foi o farmacêutico Romão Grael, que foi prefeito da cidade e o pro�issional que melhor cuidava da saúde dos doentes no município. Visitava as fazendas, examinava os doentes e prescrevia medicamentos. Romão Grael foi um homem desprendido do dinheiro -- sua satisfação era ver os doentes curados. Lamentavelmente, todo ser humano tem seu tempo de vida – e, um dia, o tempo para Romão Grael chegou ao �im. Nas inúmeras homenagens que as pessoas importantes da cidade prestaram a ele, �icou gravada para sempre a declaração de um dos oradores: “A cidade de Dois Córregos está de luto, pois faleceu Romão Grael, o pai dos pobres”. Poderia citar um grande número de farmacêuticos com os quais tive a honra de conviver, com eles aprendi a gostar da pro�issão. Destaco sempre o Dr. Thomaz de Carvalho e sua esposa,

Dra. Eunice, e o Dr. Romão Grael, como exemplos que precisam ser lembrados eternamente. Com eles aprendi que, em minha farmácia, um doente jamais poderia retornar para sua casa sem o medicamento – mesmo que não tivesse dinheiro para comprá-lo. Com os medicamentos que o pro�issional farmacêutico dispensa ou prepara, quantas vidas foram salvas, quantas vidas tiveram sua existência alongada? Para homenagear os farmacêuticos e farmacêuticas no dia 20 de janeiro, lembro que a manipulação de fórmulas magistrais e o�icinais é ato privativo do farmacêutico. Salve o Dia 20 de Janeiro; Salve o Dia do Farmacêutico!

Pedro Zidoi Sdoia Presidente

Trecho de uma poesia que o jornalista Jairo Pinto de Araújo escreveu para seu pai:

“Nas noites quentes, das cidades grandes

Nas noites quietas dos sertões distantes, o seu socorro nunca faltou!

REVISTA ABCFARMA | JANEIRO / 2013 | 03


Índice 03 EDITORIAL

28

Em seu artigo, o presidente Pedro Zidoi saúda os profissionais farmacêuticos

Dia do Farmacêutico

ESPECIAL: DIA

DO FARMACÊUTICO

Entrevistamos Dra. Dirce Akamine e Dr. Michel Kfouri Filho, dois novos membros da Academia Nacional de Farmácia

06 PÁGINAS AZUIS

32 ECONOMIA

Cuidando da máquina O Dr. Michel Batlouni explica os males e os caprichos do coração

O ano fiscal de 2013 O economista Geraldo Monteiro orienta o empreendedor na busca de uma carga fiscal mais justa

14 DERMATOLOGIA

36 GESTÃO DE NEGÓCIOS

Bicho geográfico Como evitar e tratar esse desagradável fungo da praia

A nova formiga O consultor Américo José e mais uma de suas fabulosas fábulas

18 CUIDADOS DE VERÃO

40 ADMINISTRAÇÃO Entrando com o pé direito

Dicas de prevenção contra os menores inimigos do verão, os insetos

A consultora Regina Blessa e o passo a passo para começar bem 2013

22 CUIDADOS COM A PELE O melhor (e o pior) do sol

Especialistas ensinam a melhor forma de aproveitar o astro-rei

Diretor Presidente Pedro Zidoi

Analista e Programador Eduardo Novelli

Diretor Financeiro Sétimo Gonnelli Diretor Secretário José Raimundo dos Santos

Ed. Eletrônica e Produção Gráfica Vanusa Assis Sergio Bichara

Diretora Administrativa Abigail J. C. Maglio

NOTA:

Jornalista responsável por matérias de saúde, administração e técnico-científicas Celso Arnaldo Araujo Mtb 13.064

Leia também

O fim da picada

A voz do comércio (Antonio Oliveira dos Santos)........... 44 A voz do comércio (Abram Szajman) ............................. 46 Encontros (ABRADILAN)................................................... 48 Posse (Academia Nacional de Farmácia) ........................ 50 Premiação (ABAD) ......................................................... 54 Lançamento (SINDUSFARMA) ....................................... 58 Seminário (CRF/SP) ....................................................... 59 Entidade (UNIFAR) ......................................................... 60 Prestação de contas (ABCFARMA) ................................. 61 Confraternização (natal iluminado) ................................ 62

Jornalista responsável por matérias de eventos, institucionais e políticas Francisco Colombo Mtb 18.640 Colaboradores Américo José da Silva Filho Gilson Coelho Nelson Grecov Dr. Osmar de Oliveira Distribuição ABCFARMA

Publicidade: Editora Lison Impressão: Gráfica Prol Periodicidade: Mensal Rua Santa Isabel, 160, 5º andar, conjunto 51, Vila Buarque, São Paulo, SP, CEP 01221-010 Fone: (11) 3223-8677 Fax: (11) 3331-2088 www.abcfarma.org.br

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4 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013


DIRETORIA ABCFARMA: TRIÊNIO - 2010/2013 Diretor Presidente: Pedro Zidoi Sdoia SP Diretores Vice-Presidentes: 1º: Adelmir Araujo Santana 2º: Paulo Sérgio Navarro De Souza 3º: Lázaro Luiz Gonzaga 4º: Natanael Aguiar Costa 5º: Edenir Zandoná Júnior 6º: Paulo Roberto Kopschina 7º: Pedro de Araújo Braz 8º: Diocesmar Felipe De Faria 9º: Modesto Carvalho De Araujo Neto 10º: Edimar Pereira Lima 11º: Álvaro José da Silveira 12º: Felipe Antonio Terrezo 13º: Romildo Marcos Letzner (Joinville) 14º: João Aguiar Neto 15º: Edson Daniel Marchiori 16º: Carlos Baptista Dias 17º: Armando Gomes Dos Reis Filho 18º: José de Castro Pereira

Diretores Secretários 1º: José Raimundo dos Santos 2º: Luís Carlos Caspary Marins 3º: Rogério Tokarski 4º: Ricardo Ramão Cristaldo 5º: Jorge Fernando de Azevedo Trindade 6º: Antonio Menezes de Araújo

DF PB MG SP PR RS RJ DF MG RR DF RJ SC GO ES SE AM CE SE RJ DF MT RJ SP

Diretores Tesoureiros 1º: Sétimo Gonnelli 2º: Philadelpho Lopes 3º: Nery Wanderley de Oliveira 4º: Dejalma Lemos da Silva 5º: Juan Carlos Becerra Ligos 6º: Marcos Antonio Carneiro Lameira

Diretores Do Conselho Fiscal 1º: Jaime Nunes Moreira 2º: Everton Luiz Ilha Mahfuz 3º: João Gilberto Serrat 4º: Jefferson Proença Testa 5º: Álvaro Silveira Júnior 6º: Maurício Cavalcante Filizola

Suplentes Do Conselho Fiscal 1º: Carlos de Souza Andrade 2º: Marcelo Fernandes de Queiróz 3º: Roberto Brasileiro Lima 4º: Vollrad Laemmel (Blumenau) 5º: Henrique Ângelo Denícolli 6º: Benilton Golçalves Diniz

Diretores Conselheiros Ada Palhano Malheiros (Cachoeira Paulista) Ademar Ferreira Pinto Ademir Tomazoni (Itajaí) Afonso Cesar Oliveira Silva Alarico Rodrigues (Manaus) Alex Cavalcante Garcez (Aracaju) Álvaro Lima (Bauru) Ângelo Trento Antonio Aparecido Moretti (Andradina) Antonio Carlos da Silva Bueno (Piracicaba) Antonio José Beltrame Antonio Proença (Presidente Prudente) Antonio Walmir Nola (Sind. Cricíuma) Aparecido Donizetti da S. Mendonça Benones Vieira de Araujo Carlos Augusto Batistella (Limeira)

SP SP RS RN SP AC RS RS RS PR DF CE BA RN BA SC ES MA SP RS SC SE AM SE SP PR SP SP SC SP SC SP MA SP

Carlos Fogaça (Cia Norte) Carlos Gonçalves Pereira Cassio Sobrinho Celso Flavio da Silva Claudemir Donizete Caetano (Rio Claro) Claudisnei Machado Constante Cristyne M. Albuquerque Dall’agnos (Foz Do Iguaçú) Domingos Tavares De Souza (Gurupi) Eden Araujo Borges (Uberaba) Edivaldo Francisco da Cunha Ednaldo Mercuri Rodrigues (Franca) Edson Silveira (Uberaba) Elias Gomes de Souza (Maranhão Do Sul) Elpídio Nereu Zanchet Elza De Godoy Farias (Lajes) Evandro Tokarski Fábio Timbo (Fortaleza) Fernando José Lucas (Uberaba) Francisco Deusmar de Queiróz Geniezer Pereira Ventura Filho Gilberto Carillo Garcia (S.J. Dos Campos) Gilson Geraldo Figueiredo Terra Gladstone Nogueira Frota Herbert Almeida da Cunha Heverton Breno Ferreira Iolanda Navarro Irene Prieve do Nascimento Isméria Maria Monte Claudino Aleixo João Alberto Galic João Antonio dos Anjos João Arthur Rêgo (Salvador) João Felix de Majela Filho João Garcia Galvão (Guarulhos) João Levy Navarro Junior (Adamantina) João Luciano (Florianopólis) João Luiz dos Santos João Martins da Silva Joaquim Tadeu Pereira (Belém) Joarez da Silva Macedo (Osasco) José Alves do Nascimento José Antonio Vieira (Maceió) José Castor Freire José Cláudio Almeida José Cláudio Fernandes José da Costa da Silva José Eustáquio de Freitas José Ricardo Nogared Cardoso (Tubarão) José Valdimir de Oliveira Júlio César Pedroni (Jundiaí) Kleber Sampaio Santiago (Campina Grande) Levi Gonçalves Campanha Lino Soncini Júnior (Florianopólis) Lucia Marins Cancini (Araras) Lúcio Antunes Silveira (Uberaba) Luís Gustavo Trierweiler Luíz Antonio Paiva (Frutal) Luiz Carlos Henrique (S.B.Campo) Luiz Fernando Buinaim Luiz Marcos Caramanti Luiz Trindade Pinto (Salvador) Luzia Diva Cunha Dutra Luzivaldo Navarro de Souza Manoel Brito Santos Manoel Viguini Marcelo da Silveira Souto (Araçatuba) Marcelo de Mattos Frigo (Araraquara) Marcia da Rocha Medeiros (Sorocaba) Marco Antonio Perino (Jundiaí) Maria de Lourdes Pereira Mauro Lima Rodrigues Nara Luiza de Oliveira Nelcir Antonio Ferro (Cascavel)

PR GO AP GO SP SC PR TO MG SE SP MG MA SP SC GO CE MG CE PB SP MG RO PB PB SP MT CE RS PR BA CE SP SP SC SP BA PA SP PI Al PB AL SP ES SC AP SP PB SP SC SP MG RS MG SP MT SP BA RO PB PB ES SP SP SP SP PA ES GO PR

Nivaldo Jordão de Souza Filho Noésio Emidio da Cunha (Feira De Santana) Olivio Mazuco (Bebedouro) Osvaldo Praxedes da Silva (Santo André) Paulo Luiz Zidoi Paulo Roberto Ramos da Silva Paulo Sérgio Bondança Paulo Sérgio Navarro de Souza Filho Regina Elias Barros (Juiz De Fora) Regina Maria Leitão Reni Antonio Rubin Roberto Carlos da Silva (Catanduva) Romualdo Constantino Magro (Santo André) Rosana Lima Zanini Rosélis Aparecida Lopes Salim Haber Samuel Brasil Bueno (Araraquara) Sebastião Paulino Borges Sergio Amaral Correa (Tubarão) Sergio de Giacometti (Oeste Catarinense) Stephenson Seleber (Nova Odessa) Videlina Eloy Geraldo Wagner Boer (Botucatú) Wagner Ferreira Giffoni Waldir Borges Waldivino Machado dos Prazeres (Ipatinga) Walter Luiz Machado Wanderley Margaria Wilson Galli Wilson Rossi (Tupã) Wismar Gomes de Freitas (Uberaba) Zuleide Ferraz Oliveira Castro (Imperatriz)

Conselheiros Natos e Diretores Vitalícios Alfredo Roberto (Bastos De Souza) Algacir Portes (Cascavel) Armando Zonta Arthur Henrique da Fonseca Lisboa Francisco Miguel da Silva Fridolino de Moraes Rêgo Gilberto David Cunha Da Silva Gonçalo Aguiar Ferreira Hermes Martins da Cunha Horst Schoenfelder Isaac Elias Israel Ivanildo Marinho Guedes Jair Borges Taquary Janilson Azevedo Dantas Jarbas de Souza Cunha João Azevedo Dantas José Abelardo Torres Veras José Aparecido Junqueira Guimarães José Cláudio Soares José de Assis Lima Paulo Sérgio Ferreira Lopes Ruy de Campos Marins Waldemar Pupo Ferreira Conselheiros Adjuntos Ademilson de Menezes Cordeiro (“Brejo”) Anderson Naves Resende (Uberlândia) Antônio Barros Leite Júnior (Jundiaí) Antônio Felix da Silva Antônio Thomaz Mondini (Rio Claro) Guilherme Leipnitz (Rio Grande Do Sul) Ivan Pedro Martins Veronezi (Fernandópolis) Jorge Froes de Aguilar José Pedro Fernandes (Araras) José Ademar Lopes (RS) Luís Carlos Gardini (Lins) Marcio Barbosa Marco Públio Martini (Cachoeira Paulista) Roberto Massatoshi Baba (Birigüi) Ronaldo de Oliveira Carvalho (Lins) Ronaldo Fernandes Pereira (Uberlândia) Sergio Mena Barreto Vítor Fernandes (Americana)

PB BA SP SP SP RJ SP PB MG PB RS SP SP SP SP AP SP MS SC SC SP SP SP DF GO MG MG SP RS SP MG MA PE PR SC AL RN BA RS SP MT SC PA AL GO PE AL PB CE DF PE PB MS RJ SP PE MG SP CE SP RS SP SP SP SP SP SP SP SP SP MG SP SP

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Páginas Azuis TEXTO: CELSO ARNALDO FOTOS: DIVULGAÇÃO

Salve,

coração s doenças cardiovasculares – entre as quais se destacam o infarto do miocárdio e os eventos vasculares cerebrais – representam a primeira causa de morte no país, além de milhões de internações hospitalares anuais. No entanto, por trás dessas moléstias que afetam o coração e os demais vasos do corpo estão fatores de risco, como hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo, hoje perfeitamente controláveis com medicamentos e mudanças de estilo de vida. A virada do ano é uma boa oportunidade para se fazer um check-up não só da saúde do coração e das artérias como do próprio tipo de vida que estamos levando. E, a partir daí, instituir modi�icações que por certo aumentarão qualidade e expectativa de vida. É o que revela, nesta entrevista, o Prof. Dr. Michel Batlouni, Consultor Cientí�ico do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo e professor de Pós-Graduação em Cardiologia da Faculdade de Medicina da USP/IDPC

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Dr. Michel Batlouni No campo das doenças cardiovasculares, o Brasil apresenta alguma particularidade? Cada país tem particularidades em relação às doenças. Se eu tivesse de destacar uma no Brasil, seria a incidência também alta das doenças cardiovasculares nas camadas mais pobres da população – seja por falta de informação ou de acesso a medidas de prevenção, como mudanças de estilo de vida e medicamentos.

Entre as moléstias cardiovasculares, as chamadas doenças isquêmicas, como o infarto do miocárdio, são as mais frequentes?

Sim, estão em primeiro lugar nas estatísticas de morbi-mortalidade – acompanhadas de perto pelos acidentes vasculares cerebrais e pela hipertensão arterial, que no Brasil tem uma prevalência de 25% da população


Dia do Profissional

FARMACÊUTICO NOSSOS

PARABÉNS

20 DE JANEIRO

É TEMPO DE COMEMORAR E AGRADECER À DEDICAÇÃO DE QUEM CUIDA TÃO BEM DE NOSSA SAÚDE! A

GEM D A N E M O H A ID C MERE


Controlar a pressão é, portanto, um “seguro de vida”?

adulta e que contribui isoladamente para a mortalidade, mas que é, sobretudo, um importante fator de risco para doenças isquêmicas miocárdicas e cerebrais, insu�iciência renal e insu�iciência cardíaca.

Uma prevalência de 25% signi�ica que um entre cada quatro brasileiros tem pressão alta. Não é um número assustador?

Realmente, é. Importante também é saber que mais da metade da população hipertensa ignora essa condição. Dos que sabem, talvez não mais do que a metade tome a medicação indicada e faça uma dieta adequada, sobretudo em relação ao sal. E, dos que se tratam, apesar de termos hoje excelentes alternativas farmacológicas para controlar a hipertensão, seja isoladamente, seja em combinação de até quatro medicamentos, a metade, ou menos, está adequadamente controlada.

E o que signi�ica, hoje, uma pressão arterial adequadamente controlada?

De acordo com diretrizes nacionais e internacionais, a hipertensão bem controlada está no limite máximo de 135 por 90. Mas em pa8 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

Menos da metade dos hipertensos sabe que têm pressão alta. Dos que sabem, menos da metade se tratam. Dos que se tratam, menos da metade o fazem adequadamente cientes com diabetes ou doença renal associada, deve estar abaixo de 130 por 80.

Muitas pessoas não compreendem por que o aumento da pressão arterial causa tantos problemas. O sr. poderia explicar essa relação?

A pressão arterial aumentada sobrecarrega o trabalho do coração – que, trabalhando mais, acaba se hipertro�iando. Além disso, a hipertensão é acompanhada pela chamada disfunção endotelial, ou seja, in�lamação e posterior lesão no endotélio, a camada interna dos vasos que está em contato direto com o sangue. Essa disfunção dá início à doença arterial. A hipertensão não apenas é um fator de risco isolado importantíssimo para as doenças cerebrovasculares, coronarianas e da aorta, inclusive aneurismas, como para doenças isquêmicas renais e dos membros inferiores.

Faz parte do seguro de vida. Um hipertenso com a pressão controlada tem praticamente o mesmo risco de uma pessoa sem hipertensão.

Quantos anos de hipertensão descontrolada – e geralmente silenciosa – são su�icientes para produzir danos graves ao indivíduo?

Depende muito do organismo de cada paciente, sobretudo de sua estrutura genética e de sua predisposição, além de fatores ambientais. Há pacientes com hipertensão leve ou moderada que evoluem rapidamente para complicações, sobretudo em associação com outros fatores de risco – como diabetes, tabagismo e colesterol alto. Por outro lado, há os que apresentam pressão elevada por muitos anos e, para nossa surpresa, não têm complicações clínicas.

Por que uma pessoa um dia se torna hipertensa?

Não se pode precisar o momento exato em que uma pessoa deixa de ser normotensa. É certo que o stress continuado, seja pessoal, pro�issional ou familiar, pode ser um gatilho, bem como infecções renais repetidas. Mas nunca se conseguiu fazer uma associação entre as variações naturais da normotensão e o estabelecimento da hipertensão. Não existe um fato ou fenômeno clínico que determine essa passagem – é um processo evolutivo. Hoje, preocupa muito a hipertensão infantil, detectando-se níveis alterados de pressão arterial num grupo relativamente grande de crianças. É um fator de risco adicional para hipertensão arterial no futuro.



Isso tem a ver com a obesidade infantil crescente? Sem dúvida, essa elevação precoce da pressão arterial geralmente ocorre em crianças obesas, que se alimentam basicamente de fast food e com excesso de sal. Hoje, a prevalência de obesidade e de sobrepeso em crianças praticamente acompanha a da idade adulta: cerca de 35% da população.

O sr. citou o sal. É um fator hipertensivo para todas as pessoas?

Existem pessoas mais sensíveis ao sal – mesmo tomando os medicamentos indicados, elas só têm sua pressão normalizada quando restringem o consumo de sal. Portanto, essas precisam adotar uma dieta de no má ximo seis gramas de cloreto de sódio por dia.

Como se consegue isso?

Em primeiro lugar, não colocando saleiro à mesa. Em segundo lugar, eliminando o sal de saladas, substituindo-o por outros temperos. No preparo de alimentos ao fogão ou forno, usar pouco sal. E evitar, o máximo possível, alimentos industrializados que contenham excesso de sal – como embutidos ou conservas.

O diabetes, ao lado da hipertensão, é um grande fator de risco para as doenças cardiovasculares. A doença está aumentando no Brasil? Sim, da mesma forma que na população mundial, por causa de mudanças no per�il alimentar, sedentarismo e obesidade. Esta, numa boa parte dos casos, se faz acompanhar de intolerância à glicose, a um passo do diabetes. O stress da vida moderna é outro fator.

consegue-se normalizar esses índices apenas com mudanças de estilo de vida. Uma dosagem muito importante que deve acompanhar a dosagem de glicemia é a da hemoglobina glicada – que representa a média do nível de glicemia das últimas quatro semanas ou até mais. Se ela estiver normal, ainda que a glicemia isolada esteja acima dos padrões hoje aceitos, o paciente não tem diabetes.

O limite máximo de glicemia foi antigamente estabelecido em 126 mg/dL, baixou para 120, 110 e, recentemente, para 99, porque se veri�icou que pacientes na faixa entre 100 e 126 têm maior propensão de desenvolver diabetes. Só que isso gerou uma verdadeira neurose. Costumo dizer que vivemos um terrorismo médico baseado em resultados de exames laboratoriais. O indivíduo com uma única medida de 105 de glicose às vezes já é rotulado de diabético, o que não é verdade. O número pode estar dentro da margem de erro do laboratório, que é de 5%. E em indivíduos com glicemia de 110/115

Mudanças de estilo de vida são fundamentais e surtem efeito em quase todos os fatores de risco modi�icáveis – o que não acontece em fatores de risco intrínsecos, como genética, idade, sexo, raça. O hipertenso, geralmente, responde muito bem a uma dieta hipossódica, exercícios �ísicos moderados e um estilo de vida equilibrado, já que o stress tem um peso grande nas doenças cardiovasculares. Diabéticos respondem favoravelmente à dieta hipocalórica, especi�icamente pobre em carbohidratos, associada a atividade �ísica.

Qual é o índice de glicemia hoje aceito como normal?

Exercícios físicos regulares: um “seguro de vida” para as artérias

O que é mais fácil controlar com mudança de estilo de vida: um quadro de hipertensão ou de diabetes?

É possível evitar o stress numa cidade como São Paulo?

Não se pode evitar os fatores estressantes, não só em São Paulo como na maioria das cidades, mas se pode adotar uma postura racional e �ilosó�ica para reduzir a in�luência do stress no organismo, ou seja, minimizar o estado de tensão, ansiedade e até de angústia pelos problemas do dia a dia. Há várias técnicas que ajudam nisso, como relaxamento e yoga, além da própria 10 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013


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prática de exercícios �ísicos regulares, que descarregam a tensão emocional e elevam os níveis de endor�ina – hormônio que melhora o estado emocional.

O excesso de colesterol é um fator de risco que parece inevitável nos dias atuais, com alimentação tão desregrada. Mas os médicos também destacam a importância de se elevar o HDL – o colesterol bom, que protege as artérias. O sr. poderia explicar isso?

Claro que é importante reduzir o colesterol total e normalizar o nível de LDL, o mau colesterol – hoje, felizmente, temos medicamentos potentes, as estatinas, que bene�iciam mais 90% dos pacientes. Mas não há a menor dúvida de que um HDLcolesterol baixo oferece tanto risco como um LDL alto, e que pessoas com predisposição ao HDL alto têm menor probabilidade de desenvolver doença aterosclerótica. Porém, o HDL depende essencialmente das características genéticas do indivíduo. Durante muito tempo propusemos quatro coisas para tentar aumentar o HDL: exercícios �ísicos, parar de fumar, se for o caso, tomar um pouco de bebida alcoólica por dia e perder peso. Ocor12 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

Se for portador de obesidade, sobretudo da obesidade abdominal, é preciso reduzi-la, também prioritariamente re que, mesmo fazendo-se tudo isso, a melhora no HDL não ultrapassa 10%. E nenhum dos medicamentos até aqui introduzidos para ajudar nessa elevação funcionou adequadamente. Atualmente, porém, há uma nova família de substâncias em estudo, como a anacetrapib, que, ao que tudo indica, aumentam o HDL em até 100%. Vamos aguardar.

Aumentou muito a prevalência de infarto do miocárdio entre mulheres. O que houve?

Primeiro é preciso que se ressalte que o sexo masculino é um fator de risco para doenças arteriais coronarianas, pois, durante o período fértil, as mulheres têm uma proteção hormonal natural. Mas as pessoas estão vivendo mais – e as mulheres vivem hoje muito mais tempo no período pós-menopausa, com uma incidência de doença coronariana quase similar à do homem. Além disso, é preciso lembrar que as mulheres de hoje estão submetidas à mesma carga de stress do homem no mercado de trabalho, competindo de igual para igual com eles – além de terem responsabilidades pelos cuidados da casa e da família, o que também au-

menta o stress. Some-se a isso o tabagismo e as pílulas anticoncepcionais – que juntos, são uma bomba-relógio para provocar trombose em algum lugar do organismo.

O que o sr. recomendaria a um paciente de 50 anos, que nunca se cuidou bem, mas que aparece hoje no seu consultório querendo começar 2013 de bem com o coração?

É grati�icante para o médico quando o paciente está predisposto a colaborar, mas é di�ícil na situação inversa, quando se depende excessivamente da boa vontade do paciente. É o caso do tabagismo. O abandono dio cigarro depende quase exclusivamente do paciente – mas seria um primeiro passo fundamental. Se esse paciente chega com o per�il clássico de hipertensão, colesterol alto, níveis glicêmicos elevados, felizmente temos medidas e medicamentos e�icientes na quase totalidade dos casos. Se for portador de obesidade, sobretudo obesidade abdominal, é preciso reduzi-la, também prioritariamente. Os tecidos adiposos do abdômen funcionam como uma espécie de grande glândula endócrina, produzindo citocinas e outras substâncias in�lamatórias, que contribuem para a lesão das artérias. Isso só se consegue com mudança de estilo de vida, que implica mudança de dieta e do tipo de vida, com atividades �ísicas moderadas regulares – um mínimo de meia hora três vezes por semana, idealmente cinco vezes. O indivíduo também precisa encontrar um pouco de tempo para si mesmo, em termos de lazer, leituras agradáveis e prática de hobbies. 


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Um “mapa” a ser

ntre os males típicos de verão, estão as chamadas micoses de praia – particularmente uma produz efeitos bastante desagradáveis: o bicho geográ�ico, que desenha “mapas” na pele. Como tratar? O vilão é uma larva – a migrans cutanea, um verme que possui o corpo alongado, cilíndrico e a�ilado nas extremidades. Ele parasita cães e gatos e seus ovinhos são eliminados nas fezes desses animais. Ao fazerem cocô na areia, cães e gatos que estão contaminados eliminam os ovos desses vermes. Quando caem na areia, os ovos dos vermes irrompem, liberando as larvas do bicho geográ�ico. Na areia, essas larvas se desenvolvem e, quando atingem 0,5 milímetro, já conseguem penetrar de novo na pele de cães e gatos. A larva não penetra apenas na pele desses

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animais – mas na pele das pessoas. O bicho geográ�ico ganhou esse apelido simpático porque �ica debaixo da pele, desenhando linhas que se parecem com mapas inexistentes. E dolorosos... Assim como faz nos gatos e cachorros, o parasita tenta se aprofundar para atingir outros órgãos. Mas, para nossa sorte, a pele humana é uma barreira que a larva não consegue transpor. ali ela se instala e faz todos os seus estragos, cavando “túneis”, andando sem rumo, como um cartógrafo, o pro�issional que desenha mapas. As lesões características do bicho geográ�ico são justamente esses túneis

que o parasita vai cavando e que conseguimos enxergar pela transparência da pele. São sulcos avermelhados, sinuosos e que coçam. De incidência maior em países de clima subtropical e tropical, principalmente em regiões litorâneas, tais larvas costumam ser encontradas não só nas areias de praias como em tanques e parquinhos – locais onde os animais domésticos também costumam defecar. Estando parasitados por estes helmintos, os ovos liberados, juntamente com as fezes, em condições favoráveis de umidade e calor, se transformam em larvas em aproximadamente 24 horas, tornando-se infectantes alguns dias depois.


THIABENA É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. ®

Informações adicionais estão contidas na bula completa do produto, disponível no site www.uci-farma.com.br, com acesso restrito aos profissionais da saúde, ou no SAC. Material destinado exclusivamente aos profissionais habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.

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CONTRAINDICAÇÃO: não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: não são conhecidas interações medicamentosas. Referências bibliográficas: 1) Bula do produto: Thiabena® (tiabendazol). Registro MS nº 1.0550.0181. 2) Dados do registro do produto. Thiabena® Pomada Dermatológica - (tiabendazol). APRESENTAÇÃO: cartucho contendo 1 bisnaga com 45 g. USO ADULTO E PEDIÁTRICO – USO TÓPICO. COMPOSIÇÃO: Cada 1 grama de pomada dermatológica contém 50 mg de tiabendazol e excipientes q.s.p - 1 grama. INDICAÇÕES: Thiabena® Pomada Dermatológica é indicado para o tratamento da Larva migrans cutânea. O tiabendazol tópico tem demonstrado ser eficaz no tratamento de micoses superficiais produzidas por dermatófitos comuns. CONTRAINDICAÇÕES: Thiabena® Pomada Dermatológica não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. PRECAUÇÕES: Thiabena® Pomada Dermatológica não deve ser aplicado nos olhos e mucosas. Interromper o uso se ocorrer sensibilização ou irritação da pele. Gravidez e amamentação: Embora não tenha sido relatado problemas em mulheres grávidas, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Pediatria: Estudos clínicos para a avaliação dos efeitos tópicos do tiabendazol em pacientes pediátricos ainda não foram estabelecidos. REAÇÕES ADVERSAS: Durante o tratamento com Thiabena® Pomada Dermatológica pode ocorrer irritação, ardor, maceração e descamação da pele. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não são conhecidas interações medicamentosas. POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO: Tratamento da “Larva migrans”: Friccionar a pomada durante 5 dias, 3 vezes ao dia, na extremidade ativa das trilhas ou túneis escavados pelo parasita. Repetir o tratamento por 3 a 5 dias seguidos. Tratamento das Dermatomicoses: Friccionar a pomada sobre as áreas afetadas, 2 vezes ao dia. Manter no mínimo até o desaparecimento das lesões. VENDA SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA. Farmacêutico Responsável: Dr. Claudio Roberto Mataruco CRF-SP nº 47.156. Registro MS nº 1.0550.0181.


À flor da pele Os “mapas” desenhados na pele humana não ocorrem apenas nos pés – parte do corpo que teoricamente têm mais contato com as larvas, mas igualmente nas nádegas, costas e mãos – regiões do corpo que também entram em contato com o solo. Além da coceira, principalmente à noite, essas lesões causam reações in�lamatórias. Por isso, podem atrapalhar o sono, produzindo no paciente um quadro de grande irritabilidade. O ato de coçar também pode levar a infecções secundárias. Além disso, como tais larvas eliminam substâncias tóxicas, podem causar alergias, tosse e falta de ar. En�im, o bichinho faz estragos e deve ser eliminado o quanto antes (veja no quadro abaixo)

Dicas para proteger o corpo de micoses durante o verão

Eliminando o bicho

O tratamento do bicho geográ�ico é feito preferencialmente com o uso de antimicóticos tópicos, na forma de cremes – o cetoconazol é uma das substâncias mais e�icientes contra o bichinho. Para alívio da coceira, pode ser interessante fazer compressas de gelo nos locais afetados. Quanto à prevenção, o único modo é evitar andar descalço em locais onde cães e gatos transitam, recolher as fezes de seu cão, deixá-lo em casa quando for à praia e levá-lo ao veterinário periodicamente. Para uma prevenção ideal, seria necessário evitar contato direto com a areia da praia, principalmente quando esta estiver em local sombreado e úmido: é local onde as larvas mais se desenvolvem. 16 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO / 2013

Na estação mais quente do ano, incômodos como coceira, ardência, pequenas bolhas de água, vermelhidão, fissuras e descamação podem surgir na pele indicando a presença de micose. O aumento do suor e a permanência com roupas de banho molhadas deixam áreas do corpo úmidas por longo tempo facilitando o crescimento de fungos, em especial entre os dedos dos pés, na virilha e nas axilas. Diz a dermatologista Dra. Miriam Sabino de Oliveira: “O aumento da umidade da pele, calor e imunidade baixa são condições favoráveis para o desenvolvimento de fungos que se alimentam da queratina, substância presente em algumas regiões do corpo”. Algumas pessoas apresentam uma tendência maior para a infecção. “Quem tem diabetes ou deficiência no sistema imunológico, decorrente de tratamento de câncer, por exemplo, precisa redobrar os cuidados, principalmente com a região dos pés”, destaca a dermatologista.

Evite as

micoses

A chamada pitiríase versicolor, micose provoca manchas brancas pelo corpo, principalmente no pescoço, ombros, costas e peito, é uma das mais comuns. Normalmente, a pessoa só percebe que está com a doença quando se expõe ao sol, pois as áreas atingidas pela micose não bronzeiam, devido aos fungos ali presentes. O uso de cremes, pomadas ou esmaltes antifúngicos no local afetado durante 30 dias é uma das recomendações para tratar a micose. Secar bem o corpo após o banho, principalmente, entre os dedos dos pés, a virilha, as axilas e as dobras de mamas também ajuda a prevenir o problema. A Dra. Miriam apresenta aqui algumas dicas no diaa-dia para evitar o aparecimento de micoses no corpo: • Opte por usar roupas largas e evite tecido sintético e peças muito justas. • Não use toalhas ou roupas emprestadas. • Procure não ficar muito tempo com a roupa de banho molhada. • Use talco antifúngico uma ou duas vezes ao dia. • Logo após banho certifique-se que os dedos dos pés, virilhas e outras dobras estejam bem secos. • O uso do secador de cabelo, entre os dedos, pode evitar que permaneçam úmidos. • Evite o uso de meias de lã ou sintética. Opte por meias leves e troque-as diariamente. • Quando você for usar sapatos fechados, exponha-os ao sol após o uso. • Não caminhe descalço em calçadas e locais públicos. Use sempre sandálias ou chinelos e evite usar emprestado. 



Cuidados de verão TEXTO: CELSO ARNALDO ARAUJO FOTOS: DIVULGAÇÃO

PICADAS

DE INSETO

COMO PROTEGER

A CRIANÇA

O

verão traz com o calor uma série de pequenas ameaças – sobretudo em regiões com vegetações densas. Picadas de insetos, sobretudo mosquitos, estão entre esses perigos de verão – e, se picarem uma criança com baixa imunidade, podem estragar as férias de uma família, independentemente de transmitirem alguma doença. Aqui, especialistas ensinam a proteger, sobretudo as crianças, dessas minúsculas mas potencialmente perigosas criaturas – que incomodam também muita gente grande Nesse período, atraídos pelo calor, esses bichinhos irritantes costumam aparecer frequentemente a qualquer hora e em qualquer lugar e as crianças são as que mais sofrem com isso. Como são mais sensíveis à picada de insetos, as crianças podem apresentar reações que vão desde coceira no local da picada, infecções e até alergias. Mas adultos também podem sofrer – e muito. Não existe uma explicação sobre por que algumas pessoas são mais picadas por insetos que outras – só se sabe que, em regiões infes-

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Vermelhidão, coceira, dor: as dicas dos especialistas para lidar com picadas de insetos nos dias mais quentes

tadas, é preciso, de qualquer forma, se proteger deles. Essa proteção pode ser feita através de repelentes, mosqueteiros, uso de inseticidas, boa higienização e dedetização, mas as crianças precisam de cuidados especí�icos – começa explicando a dermatologista Vanessa Penteado, diretora médica da Clínica Pantheon. “Repelentes só devem ser usados em crianças com mais de dois anos, pois, além da toxicidade, crianças com menos de seis meses ainda estão desenvolvendo anticorpos naturais e sua pele é muito sensível”.

E, a partir dos dois anos, devem ser usados repelentes especí�icos, contendo uma concentração de DEET abaixo de 20%. Se não contiver DEET mas picaridina, esta deve estar abaixo de 10%. Essa informação tem de estar especi�icada no rótulo do produto. Para os inseticidas, é necessário seguir a mesma recomendação – mas, como ressalta a Dra. Vanessa, eles devem ser aplicados três horas antes de a criança ir deitar – se possível, num quarto ou cômodo bem arejado. Se o repelente for de tomada, deve-se colocar na parede oposta à da cabeceira da cama da criança.



No caso de ocorrer a picada do inseto, o local deve ser lavado com água e sabão. É importante observar a reação que ocorre na criança após a picada de qualquer inseto. Se ela apresentar manchas vermelhas no corpo, dor excessiva na região da picada, inchaço nos olhos e boca, di�iculdade para respirar, febre, etc, é preciso procurar um serviço de emergência, pois pode ser uma reação alérgica ou a criança pode ter sido picada por inseto venenoso.

Mais cinco dicas para evitar e tratar as picadas de mosquito nesta temporada.

1. Cuidados com as roupas e corpo O suor e altas temperaturas do corpo atraem os mosquitos: a dica é tomar um banho frio após a prática de atividades �ísicas. Além disso, evite o uso de desodorantes muito perfumados.

2. Uso de repelente natural

Para afastar os mosquitos, existem arti�ícios que podem ser usados sem di�iculdade. Folhas de eucalipto, por exemplo, contêm uma substância natural tão e�icaz quando os repelentes industriais. Para preparar a loção caseira, adicione 10 gotas de óleo de eucalipto a 50 ml de óleo de jojoba, coco ou amêndoa. Aplique sobre a pele exposta a cada duas horas.

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3. Vigilância de locais para novos ovos de mosquito Uma vez que os mosquitos se alimentaram do sangue, eles costumam colocar ovos em água parada, que levam 48 horas para gerar novos insetos. Para evitar o surgimento de mais mosquitos, drene toda a água parada em vasos de �lores, baldes, calhas e pneus diariamente.

4. Tratamento para coceira

Se os mosquitos conseguirem picar, existem truques para driblar a coceira. Óleo de lavanda, por exemplo, contém um composto natural para aliviar o incômodo e a in�lamação. Aplique uma ou duas gotas sobre a picada o quanto antes. Outra opção é gel de aloe vera que, se estiver gelado, ajuda ainda mais no alívio da coceira. Caso a área atingida seja extensa, o ideal é misturar cinco gotas de óleo de lavanda a 100g de gel e aplicar sobre toda a pele irritada.

5. Métodos para evitar cicatrizes

É di�ícil, mas tente não coçar a picada, pois isso pode levar à infecção e cicatrizes. Massageie óleo de vitamina E sobre a picada diariamente para reduzir inchaço e vermelhidão. Óleo de amêndoa, encontrado em lojas de produtos naturais, também é e�icaz para reduzir cicatrizes e funciona como um hidratante para a pele.

Como tratar uma picada comum • Compressas frias, de gelo ou um pano molhado com água gelada, aliviam a coceira e reduzem o inchaço. • Se surgir alguma bolha no local (o que acontece às vezes com picadas de formiga), não a estoure. • Não aplique cremes e pomadas que contenham cânfora em crianças de menos de dois anos. E nunca use cremes ou pomadas antialérgicas sem indicação médica, porque alguns desses produtos podem desencadear reações locais graves, especialmente quando há exposição ao sol. • Se as picadas estiverem muito inchadas e coçando demais, um anti-histamínico por via oral pode aliviar o desconforto. Mas só dê remédios a que a criança já esteja acostumada e que tenham sido receitados pelo pediatra. • Mantenha as unhas da criança bem curtas para ela não se arranhar muito, e tente evitar que ela coce demais as picadas, mantendo-as cobertas por roupas, por exemplo.

Como cuidar de picadas de vespa, abelha ou marimbondo Veja se consegue enxergar o ferrão e o retire raspando a pele com a sua unha ou com uma superfície reta e dura, como um cartão de banco, por exemplo. Não use pinça nem aperte a pele da criança com os dedos para expulsar o ferrão, porque isso pode acabar lançando mais veneno para dentro do organismo. Lave bem a região com água e sabão.

Uma vez retirado o ferrão, trate a picada como qualquer outra. Se a criança estiver com muita dor, pode-se dar um analgésico, como o paracetamol, seguindo a dose que costuma ser determinada pelo pediatra.



Cuidados de verão TEXTO: JORNALISTA JORNALISTA FOTOS: DIVULGAÇÃO

Para aproveitar o

melhor do sol verão está chegando e, com ele, vem a temporada de praia e piscina – quando a pele do corpo mais se expõe à radiação solar. Sol é saúde, mas também pode ser ameaça à pele, na forma de queimaduras e envelhecimento precoce, se não houver a proteção adequada. Proteger a pele dos efeitos nocivos do sol é uma obrigação de quem cuida de seu corpo. Mas qual é a proteção ideal? Se seu cliente está na dúvida sobre o produto que deve comprar e de como deve usá-lo, como orientá-lo? O Dr. Maurício Pupo, farmacêutico especialista em cosmetologia e fundador da Sociedade Brasileira de Cosmetologia, que está lançando o Tratado de Fotoproteção, faz aqui um verdadeiro raio-x do sol. Para que servem os protetores solares? O uso diário dos fotoprotetores tem como função imediata evitar as queimaduras solares, os chamados eritemas, caracterizados por vermelhidão, dor e inchaço e, em casos extremos, formação de bolhas. No entanto, evidências demonstram 22 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO / 2013

que a adoção de medidas fotoprotetoras diárias também evita ou minimiza os efeitos danosos de médio e longo prazo provocados pela exposição excessiva às radiações solares – como o aumento do risco de câncer de pele e envelhecimento precoce da pele. Exposições excessivas ao sol, sem a devida proteção, principalmente durante a infância e nas duas primeiras décadas de vida, pode gerar con-sequências danosas na vida adulta, pois a radiação solar é cumulativa.

Dr. Maurício Pupo

Mudanças de hábitos Segundo dados cientí�icos, o uso regular de fotoprotetores solares, de FPS 15 ou superior, durante os 18 primeiros anos de vida, pode reduzir a incidência de câncer de pele não-melanoma em até 78%, dado relevante quando confrontado com as estimativas publicadas pelo INCA para 2012 no Brasil: 62.680 novos casos de câncer da pele não-melanoma entre homens e 71.490 em mulheres. Fator de Proteção Solar: você sabe o que é FPS?

Considerado o indicador universal de proteção contra as radiações solares e as queimaduras por elas provocadas, o Fator de Proteção Solar (FPS) está condicionado à resposta da pele quanto à formação de eritema (mancha vermelha de queimadura) pela incidência de radiação UV. O FPS indicado no rótulo do fotoprotetor indica a porcentagem da absorção da radiação UVB de um protetor solar. Por exemplo: um fotoprotetor com FPS 2 absorve 50% da radiação UVB, enquanto que um protetor solar com FPS 15 absorve aproximadamente 93%.


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Com que frequência devese aplicar o protetor para proteger a pele de verdade?

Sob o sol, é importante que o fotoprotetor seja reaplicado frequentemente, no mínimo a cada duas horas, e em quantidades su�icientes para preencher os “sulcos” da super�ície cutânea – cerca de seis colheres de chá de protetor ou 30 ml para o corpo de um adulto médio. Essa quantidade, em geral, é bem superior à que geralmente é aplicada pela população. A aplicação de uma quantidade

A

inferior de fotoprotetor leva a uma redução desproporcional da proteção solar. Por exemplo: a aplicação equivalente à metade dessa quantidade padrão pode resultar numa taxa de proteção reduzida em até três vezes. A reaplicação do fotoprotetor a cada duas horas sob o sol também é necessária para que a quantidade de �iltro solar perdida por transpiração e degradação por ação das radiações UV seja reposta, garantindo assim uma fotoproteção contínua e segura.

Mitos da fotoproteção Proteção total: nenhum fotoprotetor pode

garantir níveis de proteção 100% seguros para exposição às radiações solares.

FPS muito elevado é melhor: o uso de

um FPS 60 em substituição a um FPS 30 não proporciona o dobro de proteção, mas apenas uma faixa de 2% de proteção extra, e essa proporção pode variar de FPS para FPS.

A aplicação de uma camada fina é melhor para garantir a proteção: de forma

alguma. Para preencher os “sulcos” da pele e formar uma camada homogênea sobre ela, são necessários 2,0 mg de fotoprotetor para cada 1 cm2 de pele, o que representa uma quantidade considerável de fotoprotetor – cerca de 30 ml para o corpo de um adulto.

Proteção máxima

qui, o Dr. Luiz Roberto Terzian, professor do serviço de dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC dá sua fórmula de sol com saúde

O sol é um elemento vital para o metabolismo humano, mas só quando “usado” com moderação. Sem a devida proteção, os raios solares se transformam em armas de destruição da pele – provocando lesões que vão de rugas a tumores. Mas, num País como o nosso, com milhares de quilômetros de praia, onde uma pele bronzeada sempre conta pontos em favor da estética e da aparência de saúde, os excessos são inevitáveis.

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Em geral, as pessoas se expõem ao sol muito mais do que deveriam. Para o Dr. Terzian, médico dermatologista, cirurgião especializado em câncer de pele e consultor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento dos Laboratórios Stiefel, esse tom bronzeado não é bonito, do ponto de vista cientí�ico – mas o sinal biológico de uma reação do organismo à agressão solar. “O bronzeado é uma espécie de escudo de proteção que a pele forma para se defender dos raios de sol. Esse instinto de defesa se processa de duas maneiras: produção de pigmentos escuros e reação in�lamatória, na


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forma de vermelhidão e bolhas”. Mas, como é impossível convencer as pessoas de que pele bronzeada não é sinônimo de saúde, o melhor mesmo é obter proteção máxima, combinando bom senso com produtos disponíveis na farmácia.

RAIO-X DO SOL

Antes de ir à praia ou à piscina em pleno sol de verão, é bom conhecer um pouco da intimidade do astro-rei. Entre outras emissões, o sol tem dois tipos principais de radiação: os raios Ultravioleta A (UVA) e o Ultravioleta B(UVB). Os raios UVA têm um cumprimento de onda maior e se mantêm constantes enquanto durar a claridade solar – digamos, das 6 da manhã às 7 da noite, no horário de verão. Esses raios solares incidem sobre camadas um pouco mais profundas da pele e podem induzir à formação de câncer de pele, sobretudo os do tipo basocelular (o mais comum de todos os cânceres) e o temível melanoma. Já os raios UVB têm cumprimento de onda menor e se concentram em torno do horário do meio dia – das 10 às 2 da tarde. Queima mais do que seus irmãos do tipo A, portanto dão mais ardor de pele e destroem mais células epidérmicas, além de favorecerem mais o aparecimento do câncer tipo espinocelular. Aqui, o dr. Terzian aproveita para colocar certos conceitos no devido lugar: *Em tese, os raios UVB, por terem uma incidência um pouco mais super�icial, não seriam os vilões solares que tanto os especialistas apregoam (“fuja do sol do meio-dia”, recomendam), já que, em princípio, por serem mais longos e incidirem o dia inteiro, os raios UVA têm um potencial cancerígeno até maior. Mas é preciso lembrar, observa Terzian, 26 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO / 2013

que a radiação solar é cumulativa – e no pico do meio dia, quem se expuser ao sol vai pegar o auge dos dois tipos de raio, o A e o B, potencializando o risco. Além disso, os protetores solares convencionais conferem proteção exclusivamente contra os UVB. Só os produtos mais avançados começam a ter um espectro de proteção mais amplo, cobrindo também os raios UVA – e convém conferir isso na embalagem do produto. Mas as substâncias que protegem contra a radiação UVA não têm ainda um parâmetro con�iável – como a pele avermelhada tida como referência do FPS contra os raios B. Por isso, não convém con�iar cegamente, ainda, nessa biproteção total.

DECIFRANDO OS PROTETORES SOLARES

*Também em tese, o número associado ao FPS de cada protetor solar signi�ica que o usuário do produto poderia se expor ao sol, sem �icar vermelho, tantas vezes o tempo de sol su�iciente para avermelhar sua pele se não estivesse usando o protetor. Por exemplo: uma pessoa que, sem nenhuma proteção, �icaria vermelha de sol em 20 minutos, estaria protegida 300 minutos (ou cinco horas) se usasse um produto com FPS 15, ou seja, 15X20 minutos. Mas o Dr. Terzian faz uma ressalva

importantíssima: todos os estudos foram feitos com base no uso de 2 gramas de produto para cada centímetro cúbico de pele. Levada ao pé da letra, essa dosagem signi�ica usar um tubo de protetor a cada dois dias de sol, o que, na prática, é inviável– a pessoa teria que ir à praia com uma grossa camada de creme. Em última análise, recomenda o Dr. Terzian, não convém usar toda a “cota” de sol que o FPS teoricamente permite – sobretudo as pessoas com pele do tipo 1, de cabelos e olhos claros, que sempre se queimam e nunca se bronzeiam. Os especialistas se preocupam, sobretudo, com a falsa sensação de proteção proporcionada pelos FPS. “Na prática, o risco de câncer de pele pode ser maior entre pessoas que �icam quatro, cinco horas expostas ao sol porque passaram uma �ina camada de protetor do que entre pessoas sem nenhuma proteção que �icam na praia apenas uma hora”.

POR DENTRO DOS PROTETORES

Os produtos com FPS superior a 30 contêm, além da proteção química, uma barreira �ísica à radiação solar – como óxido de zinco ou dióxido de titânio. São produtos indicados sobretudo para crianças, que, além de terem a pele mais delicada, costumam �icar mais tempo expostas ao sol e são mais rebeldes a uma repassada do protetor 


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Especial TEXTO: ARNALDO ANSAR FOTOS: DIVULGAÇÃO

20 DE JANEIRO

DIA DO FARMACÊUTICO

D

A FARMÁCIA DOS NOVOS TEMPOS

ois dos três novos membros da Academia Nacional de Farmácia, empossados em dezembro último, falam aqui sobre os novos caminhos que aguardam os pro�issionais de Farmácia no Brasil. O Dr. Michel Kfouri Filho, que passa a ocupar a cadeira 70 da Seção de Ciências Naturais, é especialista em Terapia

Nutricional e diretorsuperintendente do Grupo Emede, conglomerado de oito empresas. A Dra. Dirce Akamine, que agora ocupa a cadeira 42 da ANF, tem mestrado em Ciência dos Alimentos e é presidente do Grupo Emede De um modo geral, como veem o mercado brasileiro para o farmacêutico que sai das faculdades? Que segmento é o mais carente e qual eventualmente está mais saturado? Dr. Michel – A demanda por farmacêuticos recém-formados é crescente, principalmente devido à oferta de vagas no segmento varejista. Entendo que hoje, em termos quantitativos, o canal varejo é o maior contratante na atualidade. Di�icilmente hoje você entra em uma farmácia/drogaria e não encontra um farmacêutico de plantão, o que era

impossível imaginar há 10 anos. Esta foi uma grande mudança. Como o varejo vem se organizando e se quali�icando, penso que esta continuará sendo a grande oportunidade para os novos farmacêuticos no mercado. Tenho para mim que as faculdades devam estar atentas a este momento e que estejam alinhadas com as expectativas do setor. Quanto à indústria, embora ofereça excelentes oportunidades, a oferta é cada vez mais limitada em função da fusões e aquisições, embora a área de inovação seja a palavra de ordem para que as empresas industriais farmacêuticas sobrevivam. Dra. Dirce – Hoje, formam-se no Brasil 10 mil farmacêuticos por ano, com a perspectiva de que esse número cresça para, aproximadamente, 15 mil/ano. Infelizmente, a formação atual ainda deixa muito a desejar. E onde se colocarão tantos farmacêuticos? As legislações exigem a presença de farmacêuticos em várias instituições, mas será que

“Como o varejo vem se qualificando, esta continuará sendo a grande oportunidade para os novos farmacêuticos no mercado”

Dr. Michel Kfouri Filho

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“A Farmácia Hospitalar é um campo que, graças às acreditações dos hospitais, está muito favorável ao farmacêutico” apenas isso é su�iciente? As empresas empregam apenas o número obrigatório. Na verdade, faltam bons pro�issionais. Se os farmacêuticos não ocuparem os postos com competência, outros pro�issionais ocuparão.

No cadastro do CFF constam 72 áreas de atuação para a pro�issão farmacêutica. Além dos setores clássicos – farmácia comercial, farmácia hospitalar, análises clinicas, indústria farmacêutica, alimentícia, magistério, serviço público, cientistas e pesquisa clínica – poderiam enumerar as novas ou mais recentes alternativas de trabalho para os farmacêuticos brasileiros? Dr. Michel – A área de educação é um ponto de destaque. Hoje somos mais de 100 mil farmacêuticos e formamos uma quantidade elevada de pro�issionais todos os anos. Para formar e reciclar todo este contingente, precisamos de pro�issionais preparados, titulados, experientes e focados no mister de ensinar. Penso que temos uma grande lacuna a ser preenchida. A pesquisa na área de novos fármacos e biofarmacêuticos demandará muitos novos cientistas. Parece que não faltarão recursos para isto. Logo esta será uma área de grandes oportunidades também. Dra. Dirce – A Farmácia Hospitalar é um campo que, graças às acreditações (reconhecimento formal por um organismo independente especializado em normas técnicas do setor hospitalar), está muito favorável ao 30 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO / 2013

farmacêutico. Há que se formar farmacêuticos mais preparados para a atuação clínica. Um campo que está se abrindo hoje é o de pesquisa clínica. Mas ainda falta conhecimento especí�ico ao farmacêutico nessa área. Qual o papel do farmacêutico no segmento na sua área, a Terapia Nutricional? Como ele completa o trabalho dos médicos?

Dr. Michel – O papel do farmacêutico neste segmento na área assistencial ainda é muito tímido, embora de extrema importância. O farmacêutico possui um conjunto de conhecimentos que é só dele e de fundamental importância para as EMTN (equipes multipro�issionais de terapia nutricional). O farmacêutico, notadamente o hospitalar, está ainda muito preso às atividades operacionais e pouco participa do processo decisório de uma terapia. Mas isto vem mudando e nos próximos cinco anos teremos grandes progressos no Brasil com as ações de Atenção Farmacêutica. Com a Terapia Nutricional não será diferente. Dra. Dirce – Não basta ser técnico! É importante que o farmacêutico conheça a parte clínica da Nutrição Parenteral para complementar o trabalho do médico. O que representa fazer parte da Academia Nacional de Farmácia? Além do evidente prestigio, aumenta a responsabilidade pro�issional?

Dra. Dirce Akamine

Dr. Michel – Antes de mais nada, é um privilégio e motivo de muita honra ser membro da ANF. Como nada vem sozinho, obviamente as responsabilidades aumentam, tendo em vista que você passa a ser referência/paradigma para os demais pro�issionais da sua categoria. O alicerce da Academia está calcado na ciência e na pesquisa. Meu compromisso, como acadêmico, além da lealdade, é o fomento desses dois pilares para o fortalecimento da entidade e da categoria pro�issional. Para isso, são necessários recursos, direcionamento e organização, que nossa diretoria certamente nos dará.

Dra. Dirce – Fazer parte da Academia é muito importante, pois permite vislumbrar o papel futuro do pro�issional farmacêutico e isso, consequentemente, aumenta a nossa responsabilidade. Na Academia Nacional de Farmácia não devemos viver apenas o passado. O passado é importante apenas para termos um referencial e projetar o futuro. 


a i r r So

Acredite

Vamos juntos

Estamos com os olhos

voltados para 2013

E

m meio a tantos desafios apresentados ao longo do ano que passou, novas experiências e adequações tiveram que ser feitas.

A ABCFARMA entra em 2013, renovada, como propostas de inovação e revendo suas estratégias e abordagens. Confira através da Revista ABCFARMA e do nosso portal o pacote de novidades que vem por aí e que beneficiará toda a cadeia do ramo farmacêutico, desde o fabricante até o consumidor final.

Fique atento para compartilharmos novas conquistas!

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Economia TEXTO: GERALDO MONTEIRO FOTOS: DIVULGAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO TRIBUTÁRIA PARA A FARMÁCIA

A

realidade tributária brasileira é notoriamente complexa. Uma enorme quantidade de normas rege o sistema tributário, oriundas dos três entes tributantes: União, Estados e Municípios). Diante disso, reforça-se a necessidade de um gerenciamento e�icaz de impostos, taxas e contribuições. Nas farmácias ou drogarias, independentemente do seu porte, a realidade não é diferente e, por isso, destaca-se a importância da Gestão Tributária – é o processo de gerenciamento dos aspectos tributários de uma determinada empresa, com a �inalidade de adequação e planejamento, visando ao controle das operações que tenham relação direta com tributos. 32 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

O objetivo desta gestão é:

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1. Corrigir possíveis erros de interpretação e execução no cumprimento das obrigações e rotinas �iscais na empresa. 2. Evitar contingências �iscais (multas e sanções), bem como o pagamento indevido de tributos. 3. Implementar formas lícitas de economia tributária. Temos uma legislação que muda com frequência e gera interpretações diferentes. Além disso, é complexa: temos centenas de tributos entre impostos, taxas e contribuições.

Geraldo Monteiro é Mestre em Administração pela Fecap e assessor econômico da ABCFARMA e Diretor Executivo da ABRADILAN

Cálculos aproximados indicam que um pro�issional da área contábil, para acompanhar estas mudanças, precisa ler mais de 400 diferentes normas (leis, decretos, instruções normativas, atos, etc) todos os anos. E ainda há dezenas de obrigações acessórias que uma empresa deve cumprir para tentar estar em dia com o �isco: declarações, formulários, livros, guias, etc. Com tudo isso, segundo estimativas de mercado, calcula-se que uma empresa que fatura até R$ 100 milhões gaste até 1,8% do faturamento com os custos de cumprimento das obrigações acessórias.



O grande volume de informações e sua contínua complexidade acabam di�icultando a aplicação de rotinas e o planejamento. Outro cuidado na gestão tributária é que não basta um planejamento �ixo. O monitoramento e a constante atualização dos pro�issionais envolvidos são imprescindíveis para que não se percam oportunidades. Para �ins de gerenciamento tributário, é essencial acompanhar, mês a mês, a situação do resultado tributável e sua projeção até o �inal do ano. Essa análise propiciará ao gestor dominar a situação tributária, podendo adotar dentro do período-calendário providências no sentido de reduzir o pagamento do IRPJ e da CSSL. Se não efetuar esse acompanhamento, após o término do ano, restarão poucas alternativas de gerenciamento visando economia tributária. Uma análise detalhada no fechamento dos balancetes mensais e no balanço anual propiciará economia de IRPJ e CSSL para a empresa, pois cada lançamento contábil tem uma consequência tributária a favor ou contra a empresa. Economizar impostos é um dos fatores de sobrevivência empresarial. Se os empresários brasileiros não se dispuserem a fazê-lo, nossa competitividade cairá mais ainda. Justiça �iscal começa com a busca de opções lícitas de economia tributária. Como exemplo de economia �iscal lícita, o contabilista pode indicar ao empresário:

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1

1. Escolha entre Lucro Presumido ou Real, para �ins de tributação pelo IRPJ e CSLL, ou ainda, pelo Simples Nacional, após criteriosa análise do histórico de lucratividade, baseada em balanços e projeções realistas de resultados.

2

2. Distribuição de lucros em substituição à parte do pró-labore, podendo gerar economia de INSS e IR na fonte. As empresas são obrigadas a fazer o que a lei determina, mas podem fazer tudo o que a lei não proíbe, enquanto o Estado é limitado a fazer aquilo que é determinado em lei, gerando o direito e a condição da empresa de se organizar de tal modo que os impostos incidentes sejam de conformidade com as respectivas leis e sejam menores do que seria de outra forma. O Planejamento Tributário deve ser realizado de forma completa e abrangente, observando fatores internos e externos que envolvam suas atividades, avaliando todas as condições necessárias para assegurar condições econômicas de pagamentos de tributos com riscos calculados.


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Gestão de Negócios TEXTO: AMÉRICO JOSÉ FILHO FOTOS: DIVULGAÇÃO

a cigarra que trabalhou (Adaptado da fábula de La Fontaine)

E

ra uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: – Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é pra gente aproveitar! O verão é pra gente se divertir! – Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno. Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer. Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha. A cigarra então aconselhou: – Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar! A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa. A rainha das formigas falou então para a cigarra: – Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.

Américo José da Silva Filho Atco Treinamento e Consultoria E-mail: americo@atcotc.com.br

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A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou: – Hum! O inverno ainda está longe, querida! Para a cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo. Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa. Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: – No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós. Para a cigarra e para as formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas. http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=9#ixzz2EHQxJZmA

Na fábula original, as formigas se negam a ajudar a cigarra quando ela vai procurá-las, com fome e frio. Nesta adaptação, o �inal é muito mais feliz, pois, além de mostrar solidariedade, também nos dá a oportunidade de comentarmos sobre como cada pessoa pode contribuir de acordo com seu talento.

O talento da cigarra era tocar e cantar e as formigas compreenderam isso, souberam aproveitá-lo e todos se beneficiaram.

Da mesma maneira, é comum termos numa farmácia funcionários que são melhores para determinadas tarefas e outros que se saem bem em outras.

Cabe ao empresário saber identi�icar os talentos naturais de seus funcionários e aproveitá-los adequadamente. Como a rainha das formigas fez ao condicionar a permanência da cigarra a que ela tocasse e cantasse para elas. Aquilo que no início parecia ser uma de�iciência da cigarra revelou-se de grande utilidade para todos.


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Talentos dos funcionários Para usar bem os talentos dos funcionários é necessário agir como se estivesse montando um quebra-cabeça:

Inicialmente relacione as necessidades que a farmácia tem em função do público que atende, dos serviços oferecidos, das tarefas que são executadas, dos diferenciais que se pretende ter, etc. Essas necessidades também são chamadas de competências, que é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes para cada função ou cargo. O segundo passo é atribuir as tarefas aos funcionários que melhor demonstrem ter talento para executá-las. Por exemplo, se a farmácia tem uma grande quantidade de pedidos feitos por telefone, o profissional que deve fazer esse atendimento precisa ter características como boa dicção, agilidade, simpatia natural na voz, objetividade, etc. A montagem desse quebra cabeça deve iniciar já no processo de seleção. Antes de admitir um novo funcionário, tenha bem claras as tarefas que ele irá executar e as competências que serão necessárias. Um talento indispensável para todos que trabalham numa farmácia é gostar do que faz. Se a cigarra fosse colocada para transportar folhas, como as formigas, certamente que ela não faria isso com gosto e nem com qualidade. Atender pessoas numa farmácia também deve ser para quem gosta disso.

Talentos da

farmácia Também se deve procurar fazer uso das características e diferenciais (talentos) de sua farmácia. Esse é um processo que se inicia respondendo a duas perguntas muito importantes:

1

O que o mercado está pedindo?

São as demandas dos consumidores da região em que sua farmácia se localiza, e que podem ser: serviços, preços, atendimento, disponibilidade de produtos, produtos de higiene, beleza e perfumaria, etc.

2

Quais dessas demandas já são ou podem ser atendidas?

Se você não tem os talentos necessários para atender a essas demandas, eles podem ser desenvolvidos ou contratados. Os maiores casos de sucesso no mundo dos negócios são daquelas pessoas, ou empresas, que souberam aproveitar seus talentos naturais. Bill Gates, Steve Jobs e Mark Zuckerberg (criador do Facebook) são alguns exemplos. Mas apenas o talento não é su�iciente, ele precisa estar acompanhado de muita disciplina, objetivos e esforço. A cigarra passou o verão cantando e tocando, sem nenhum objetivo a não ser o de se divertir. Ela não usava o seu talento de maneira produtiva. “Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do que qualquer outro talento” (Isaac Newton) 

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Administração TEXTO: CELSO ARNANDO ARAUJO FOTOS: DIVULGAÇÃO

PREPARAR PARA ENCARAR 2013 COMO SE

DE FRENTE

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m sábio disse certa vez que não se pode esperar coisas melhores se fazemos todos os dias as coisas de sempre. 2013 vem aí! Pretende fazer uma lista de tarefas para o Ano Novo? E sua loja? Vai �icar de fora? A consultora de varejo Regina Blessa dá o passo a passo para um grande Ano Novo para sua farmácia

Para começar a mudar, vamos pensar juntos. – neste caso, sorte sua! No caso de º Posicione-se no receber oferta, você precisa avaliar mercado.

1

Você tem noção de seu lugar no mercado local? Sua farmácia é a melhor, a mais fraca ou está na média?

Já recebeu propostas para vender o ponto? Se recebeu, é sinal de que sua cidade e seu ponto são bons. Se não recebeu, é sinal de que seu ponto ou sua cidade não interessam (ainda) para as grandes redes

40 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

o que compensa mais: seu ponto comercial ou o que você consegue faturar mensalmente para empatar a conta. Mas, imagine que só de pensar na possibilidade de se desfazer da loja, seu coração bateu mais forte, então você vai ter que tocar sua loja mesmo com a invasão de grandes redes na região.

Regina Blessa, consultora de varejo

Prepare-se para 2ºa -guerra

Eles são bem mais preparados que você, mas você tem uma vantagem – chegou lá primeiro. Se você tem um histórico positivo e clientela �iel, vai sair na frente – bastando mantê-la.

Mas, mesmo nesse caso, não perca a concorrência de vista. Se, ao contrário, você tem sofrido para acompanhar as outras lojas, ainda há tempo – vamos à lista e à luta.


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º - Tente entender em quais pontos eles são bons.

Pense no famoso “o que elas têm que eu não tenho?” Onde as redes capricham:

F

inanças a�inadas

Sua loja está bem assessorada por contadores? Você é do tipo que mistura sua conta bancária e gastos pessoais com os da empresa/loja? Você tem comprado produtos ou só corre atrás de descontos? Na área �iscal, está tudo equilibrado e sem desperdícios?

E

stoque acertado e mix de produtos ajustado ao seu público

Tem controle de seus estoques? Sabe de cabeça o que está encalhando e o que gira baixo para não comprar mais? Sabe quais produtos sua clientela pede e sua loja nunca tem?

Tem um bom distribuidor que costuma acudi-lo nos descontroles de faltas?

I

magem moderna e pro�issional

Como anda a “cara” da sua loja? Novinha? Caidona? Com a mesma cara de sempre há anos? Está com a fachada nova? Pintura em dia? Iluminação su�iciente para não parecer apagada de fora durante o dia? Gôndolas em bom estado? Vitrine e entrada bem convidativas? Seu logotipo é do tempo da sua avó? Seus funcionários têm uniformes bonitos? A limpeza é geral em todos os cantinhos?

P

rodutos separados por categorias

Suas gôndolas são bem divididas por tipo de produto? Você separou a loja em áreas para que o consumidor 42 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

se ache mais fácil? Quantos “gandulas de produto” você precisa empregar para apontar os produtos que as pessoas não acham sozinhas? Sua loja ainda mistura categorias?

E

xposição dos principais produtos

Quando entramos em sua loja, reparamos em quais itens? Os cobiçados nas pontas de gôndola, os encalhados em pilhas ou os baratinhos nos cestões? Costuma dar destaque aos similares desconhecidos e esconder os campeões de venda? Costuma encher os cestões com encalhes misturados e ainda os deixa sem preço?

P

reços em todos os produtos

Você não �ica dando trabalho para as consumidoras adivinharem os seus preços, �ica? Você sabe que elas olham o produto por segundos e que o preço a�ixado é um fator de decisão?

Seus preços estão na média da cidade? Se não estão, não adianta esconder. Acerte os mais conhecidos, pelo menos.

E

quipe de vendas bem treinada

Sua equipe foi treinada há quanto tempo? Tem feito reciclagens? Você está contente com o seu quadro de balconistas e elas com você? Você é daqueles que não gostam de pagar por um funcionário melhor, preferindo os iniciantes que têm que aprender tudo do zero? Sua equipe atende bem e conhece os fregueses frequentes pelo nome? Vocês têm um cadastro atualizado dos clientes doentes crônicos?

Seu caixa é rápido?

Quanto tempo suas consumidoras �icam esperando para passar pelo caixa em média?

Chegam a se formar �ilas de mais de seis pessoas? Você está testando a paciência delas?

S

erviços

Você disponibiliza entregas em domicilio? Seu “delivery” é conhecido na cidade?

Tem água de graça para alguém que precisa tomar um comprimido? Tem chazinho? Sua loja dispõe de alguma cadeira para os consumidores? Seu sistema digital costuma avisar os consumidores mais dependentes, pelo telefone, de que os medicamentos estão acabando?

F

armacêutico visível e constante

Você sabe que a figura de seu farmacêutico vale ouro em seu negócio? Ele ou ela deve transitar constantemente pela loja e ficar atendendo aos casos mais complicados, crônicos ou os idosos desacompanhados que não entendem as prescrições. Num país como o nosso, onde a população mais humilde não tem acesso aos médicos, o farmacêutico é elo entre uma dúvida e uma certeza no atendimento. Quando bem tratado e aconselhado por alguém que não quer só “vender”, o consumidor volta para sempre.

E

ncantar a comunidade

Se você conhece bem sua comunidade e freguesia, saia na frente e garanta seu lugar no coração deles. Não se esqueça: você chegou primeiro! Basta conferir o que está fazendo de certo e de errado para não temer a chegada daquela concorrência que costuma fazer tudo certo. 

Regina Blessa

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A voz do comércio

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Competitividade

ompetitividade é a expressão que traduz a capacidade da indústria nacional de competir com a indústria estrangeira; em outras palavras, signi�ica ter um custo de produção igual ou inferior ao produto estrangeiro. Ao que tudo indica, a Presidente Dilma chamou a si a iniciativa das decisões para atingir esse objetivo. A indústria brasileira quase foi sucateada: pela taxa de câmbio supervalorizada, pelas mais altas taxas de juros do mundo, pela escorchante carga tributária, pela de�iciente infraestrutura dos transportes, pela burocracia infernal. A questão da taxa de câmbio e dos juros já foi superada, mas os demais problemas continuam de pé. E vêm sendo tratados pelos pacotes quinzenais, elaborados pelo Ministério da Fazenda e consistentes de temporárias reduções do IPI. Pelas in�indáveis discussões realizadas até aqui, já se viu que não há um só projeto viável para realizar uma reforma tributária. Então, o que se poderia fazer? Em nossa opinião, em vez das medidas episódicas que o Governo vem adotando, muito maior efeito teria um programa consistente de diminuição progressiva de alguns tributos, da extinção do PIS e das contribuições para o INCRA e para a educação, que pesam sobre a folha de salários. Essas medidas, por terem caráter de�initivo, certamente produziriam efeitos muito mais e�icientes sobre o ânimo dos empresários, renovando sua disposição para investir e criar empregos, ao mesmo tempo em que reforçariam as exportações, pela via do maior grau de competitividade. Medidas como a desoneração da folha de pagamentos e transferência da contribuição patronal da previdência

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social para o faturamento pecam pela falta de racionalidade. A remuneração da aposentadoria tem que estar vinculada ao salário do trabalhador, para dar base atuarial às responsabilidades do INSS. O que se está fazendo é uma demagogia que não se sustenta a longo prazo. E, pior ainda, prejudica a solução de�initiva de criação dos Fundos Previdenciários, como previsto na Constituição da República. Recente estudo da KPMG comparou a estrutura de custos para as empresas em 14 países, levando em conta questões tributárias, trabalhistas, alugueis e custo de capital, principalmente capital de giro. O estudo também compara 19 setores, desde a manufatura de automóveis e processamento de alimentos até a produção de videogames. Em todos, o Brasil é o mais caro entre os emergentes. Em termos de tributos, o Brasil é 43% mais caro que os Estados Unidos, diz o estudo. Isso sem falar na precária e ine�iciente infraestrutura dos transportes, há mais de 20 anos sem investimentos básicos. A Presidente Dilma decidiu enfrentar esse problema, com coragem e determinação, mas faltam projetos e recursos, que o Governo não tem. A taxa de investimentos vem caindo há quatro trimestres consecutivos, entre julho 2011 a junho 2012. No trimestre passado (julho/setembro) voltou a cair 0,5% (FGV). Segundo o IBGE,

Antonio Oliveira Santos Presidente da Confederação Nacional do Comércio o investimento total no 2º trimestre �icou em 17,9% do PIB, quando o ideal seria entre 20% e 25%. O Governo se esforça para estimular e atrair o capital privado, mas não abre mão de manter a gestão dos empreendimentos sob o poder estatal. Isso amedronta os investidores, principalmente os estrangeiros. Calcula-se que até 2032 vão ser necessários R$ 2 trilhões de investimentos privados. Neste ano, a economia brasileira vai crescer menos de 1,5% e a indústria terá um crescimento negativo de menos 2,5%, segundo a FIESP. É imperioso mudar o rumo dos acontecimentos, a partir do próximo ano. 

*Publicado no Jornal do Commércio de 30 de outubro de 2012



A voz do comércio

Por um pacto federativo A char um brasileiro que não deseje a reforma tributária é tão di�ícil quanto encontrar agulha no palheiro. Até os governos reconhecem o problema. Mas, nas poucas tentativas sinceras de resolvêlo, escorregam nas cascas de bananas lançadas ao chão pelos interesses setoriais, corporativos, partidários e ideológicos que querem mudança, mas apenas aquela que os privilegie. Dono de muito ou pouco dinheiro, empresário ou artista, pro�issional liberal ou assalariado, há muito o brasileiro sente no bolso e na alma a pressão de um sistema tributário perverso, que lhe toma muito e lhe dá pouco em serviços públicos, infraestrutura, saúde, educação e segurança, ou seja, as necessidades básicas de um povo. Sabe, também, que o cipoal de leis, decretos e portarias que procuram ditar a polí-

Abram Szajman, presidente da FECOMERCIO/SP 46 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO / 2013

tica �iscal é terreno fértil para corrupção e arbitrariedades contra empresas e cidadãos. Agora, entretanto, o Senado tem a chance de sair na frente do Executivo e dar início a uma reforma tributária factível. Seu presidente, o senador José Sarney, acaba de receber de uma comissão de notáveis instituída por ele propostas articuladas para “corrigir as desigualdades regionais com o mínimo de resistência das entidades federativas e o máximo de e�iciência nos resultados pretendidos”. Presidida pelo ministro Nelson Jobim, tendo como relator o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, completam a comissão outros 11 especialistas na matéria. Um de seus componentes, o advogado e professor emérito Ives Gandra da Silva Martins, presidente do Conselho Superior de Direito da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), em artigo publicado neste jornal (Reforma tributária e pacto federativo, 19/10), confessa sua fé no sucesso da empreitada: “(...) Nas 12 propostas já articuladas de projetos de emendas constitucionais, leis complementares, ordinárias e resoluções do Senado, pela primeira vez, de forma coerente e sistemática, se forjou um verdadeiro sistema equacionador dos problemas mais cruciais da questão tributária”. Não cabe repetir aqui o que foi ditado de cátedra pelo tributarista. O alcance do que se pretende pode ser ressaltado pela adoção de alíquota única de 4% para o ICMS. Seria o �im da guerra �iscal fratricida desencadeada e alimentada por esse imposto e da peregrinação das empresas pelos Estados à cata de benesses,

pois o Código Penal estaria pronto para impor punições. Imperativo, entretanto, é a sociedade defender no Legislativo, de agora em diante, a reforma proposta. O senador, tudo indica, comprou a ideia e pretende lhe dar tramitação urgente. Cabe ao contribuinte, pois, exercer a legítima pressão democrática para sua aprovação. O empenho da sociedade e o desassombro dos políticos podem viabilizar o novo pacto federativo. Di�ícil? Sim, mas pode ser feito. O Brasil, ao longo dos anos e paci�icamente, conseguiu reverter processos políticos inconvenientes. Derrotou a in�lação endêmica e moderniza o Estado. Mais investimentos privados, aumento do emprego e da renda. Mais de 30 milhões de novos consumidores. Um novo pacto otimizaria essas conquistas e corrigiria falhas estruturais que atravancam o País. A habilidade política e o patriotismo de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, e a língua comum a todos os habitantes das novas terras �izeram de um território de dimensões continentais um país único, mas regionalmente desigual. As desigualdades persistem. As infrutíferas tentativas de corrigi-las sempre são feitas imputando custos à produção e à e�iciência. A reforma resolverá e, como “sonhar não custa nada”, trazer de volta a Federação que tinha em cada cidadão um voto. Hoje há regiões onde cada cidadão vale vários votos. Mas esta é outra história...

Abram Szajman é presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Artigo publicado no jornal “O Estado de S.Paulo” em 08/11/12


AF_Merthiolate_AN_TRADE_ABCFarma_Dez12.pdf

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Confraternização TEXTO E FOTOS: ASSESSORIA ABRADILAN

ABRADILAN REALIZA CONVENÇÃO EM FORTALEZA

Reunir associados e sócios colaboradores para

a troca de experiências e conhecimentos é um dos grandes objetivos da Abradilan – Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais. De olho neste propósito, a entidade promoveu, em novembro, sua sexta Convenção, no Resort Vila Galé, Cumbuco, Fortaleza.

No evento, os associados e sócios colaboradores participaram de palestras sobre os principais temas ligados ao canal farma e gestão de negócios, ministrados por pro�issionais reconhecidos no mercado.

O presidente da ABRADILAN, Juliano Vinhal, confraternizase com os convencionais na abertura do encontro

48 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

Para o presidente da Abradilan, Juliano Vinhal, a convenção é uma oportunidade única para os associados se relacionarem com colegas de outros estados. “É a hora certa para buscar soluções de ordem comercial, administrativa e de gestão de pessoas para que todos possam crescer em suas respectivas regiões”. A Abradilan vem conquistando cada vez mais espaço no canal de distribuição graças a seu pro�issionalismo e à qualidade dos serviços prestados aos associados. O ambiente agradável do local também proporcionou a troca de ideias e relacionamentos entre os associados e sócios colaboradores. Além da integração, vale lembrar que o evento aconteceu em uma das mais belas praias brasileiras, o que fez com que todos os convencionais pudessem usufruir de muito lazer junto com suas famílias e amigos. O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, foi convidado a participar do evento, como representante de entidade sócio-colaboradora da Abradilan.  Abaixo, diretores, funcionáros, fornecedores e sócios colaboradores na foto tradicional da Convenção 2012 da ABRADILAN realizada na cidade de Fortaleza



Posse TEXTO E FOTOS: FRANCISCO COLOMBO

Academia Nacional de Farmácia encerra o ano com três novos acadêmicos

Dr. Lauro Moretto, presidente da Academia Nacional de Farmácia

Na mesa que conduziu os trabalhos, a partir da esquerda, Dr. Paulo Queiroz Marques, Pedro Zidoi Sdoia, Dra. Raquel Rizzi, Dr. Lauro Moretto, Dr. Caio Romero Cavalcanti, Dr. Acácio de Souza Lima e Dr. Marcio da Fonseca e Silva

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m sua última reunião de 2012, a Academia Nacional de Farmácia realizou sessão solene para empossar três novos acadêmicos: Dra. Dirce Akamine, Dr. João Massud Filho e Dr. Michel Kfouri Filho

Dr. Michel Kfouri Filho, Dr. João Massud Filho e a Dra. Dirce Akamine, novos acadêmicos, fazem seu juramento ao lado do Dr. Lauro Moretto

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O evento, realizado nas dependências do Hotel Sherton, em São Paulo, reuniu acadêmicos, familiares e convidados especiais para uma noite de muita emoção. Ao dar as boas vindas aos presentes, o presidente da ANF, Dr. Lauro Moretto, apresentou os novos acadêmicos e fez um breve histórico da Academia Nacional de Farmácia e sua trajetória de 75 anos de relevantes serviços para o desenvolvimento do campo da saúde e da Farmácia como ciência. O acadêmico honorário e presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, participou do evento para recepcionar os novos companheiros de Academia e cumprimentá-los pela merecida distinção.


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MAIONESE, BATATA PALHA,

PURÊ, QUEIJO RALADO

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“As comemorações dos 75 anos da Academia Nacional de Farmácia não poderiam ser encerradas de forma mais signi�icativa do que este encontro de confraternização e acolhida de novos acadêmicos tão ilustres. Parabéns a diretoria e a todos os integrantes .” completou Pedro Zidoi. Na ocasião, também foi homenageado o Dr. Paulo Queiroz Marquez por sua inestimável contribuição ao o�ício farmacêutico. Dr. Ademir Valério, presidente da ANFARMAG, Dra. Raquel Rizzi, vice-presidente da CRF/SP (representando o presidente do CRF/SP, Dr. Pedro Eduardo Menegasso), Dra. Dirce Akamine, Dr. Michel Kfouri Filho e Dra. Priscila Nogueira Camacho Dejuste, do CRF-SP

Dr. Caio Romero Cavalcanti, ex-presidente da Academia Nacional de Farmácia, Dra. Nilce Barbosa e Dr. Paulo Queiroz Marques, momentos antes da posse dos novos acadêmicos

Maria Helena Zidoi, Marilena Moretto, Dr. Lauro Moretto e Pedro Zidoi Sdoia

Gabriel Tannus, Jacimar Lacerda, Delio Lacerda 52 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO / 2013

O Dr. Paulo Queiroz Marquez agradeceu emocionado a lembrança de seu nome, e expressou seu sentimento de alegria ao reconhecer a união que representa a força da pro�issão de farmacêutico, cuja evolução ele pôde acompanhar ao longo de sua vida, com mais de 60 anos dedicados, ininterrupamente, à atividade. 

Maria Helena Zidoi, Dra. Ana Eliza Franco Augusto de Oliveira, os acadêmicos Pedro Zidoi e Dr. Michel Kfouri Filho e Jader Maia de Oliveira

Dra. Rosely, Dr. Paulo Queiroz Marques e Dr. Marco Quintão

Acadêmicos Dr. Victor Hugo, Dra. Nilce Barbosa e Dr. Gustavo B. Eboli


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Encontros TEXTO E FOTOS: FRANCISCO COLOMBO

Representantes das empresas contempladas com o prêmio “Fornecedor Nota 10” durante jantar de confraternização da ABAD

ABAD divulga vencedores do prêmio

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“Fornecedor Nota 10” e empossa nova diretoria

Evento realizado em São Paulo, no dia 26 de novembro, contou com a presença de atacadistas de todo o Brasil e dos principais parceiros dos agentes de distribuição A ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados promoveu a 3ª edição do prêmio ‘Fornecedor Nota 10’, destinado a reconhecer os principais parceiros do segmento atacadista distribuidor no abastecimento do varejo independente. O prêmio destacou empresas 54 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

fabricantes dos produtos que fazem parte da pesquisa Marcas em Destaque, realizada pela ABAD em parceria com a consultoria Nielsen e que elegeu as marcas mais vendidas em todo o Brasil, em 103 categorias distribuídas em 11 cestas. Na mesma ocasião, foi empossada a nova diretoria da entidade.

Presidente eleito da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, José do Egito

Frota Lopes Filho


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O estudo apontou cinco �inalistas em cada cesta de produtos, e entre eles foram escolhidos, por voto dos agentes de distribuição, os seguintes vencedores:

Bazar – HENKEL Bebidas não-alcoólicas UNILEVER Beleza – UNILEVER Caldos, molhos e condimentos UNILEVER Candies – MONDELIZ Higiene pessoal COLGATE PALMOLIVE Limpeza caseira QUÍMICA AMPARO - YPÊ Mercearia doce – NESTLÉ Mercearia salgada – CARGILL Pet – BRAZILIAN PET FOODS Refrigerados BRF–BRASIL FOODS

Diretoria eleita da ABAD para o biênio 2013/2014. O ex-presidente Carlos Eduardo Severini assume a presidência do Conselho Deliberativo

NOVA DIRETORIA TOMA POSSE

Durante o evento também foi realizada a cerimônia de posse da nova diretoria da ABAD, assim como do Instituto ABAD e do grupo ABAD Jovem.

Presidente – José do Egito Frota Lopes Filho (Jotujé Distribuidora) 1º Vice-Presidente – José Rodrigues da Costa Neto 2º Vice-Presidente – Alair Martins Jr Vice-Presidente – Odemar Muller Vice-Presidente – Emerson Luiz Destro Vice-Presidente – Leonardo Miguel Severini

Vice-Presidente – Jorge Raimundo Lins Neto Vice-Presidente – Geraldo Eduardo da Silva Caixeta Vice-Presidente – Douglas Maurício Ramos Cintra Vice-Presidente – Alencar Cezar Martins Zamboni

Maurício Duval (representante do ministro do Desenvolvimento), Tiraju Pires (superintendente da ABRAS), João Carlos de Oliveira (presidente da GS1 Brasil), Celso A. Couto (CEO da GS1 Brasil), Antonio Carlos Leão (vice-presidente da GS1 Brasil) e Pedro Zidoi (presidente da ABCFARMA e vice-presidente da GS1) participam do jantar da ABAD 56 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

José do Egito assume também a presidência do Instituto ABAD, braço social da entidade, e, em seu discurso de posse, prometeu dar continuidade aos projetos da antiga gestão com o mesmo vigor, atuando com sua diretoria em prol do desenvolvimento da cadeia de abastecimento Ana Maria Maia Ferreira Lopes, esposa do novo presidente, assume o cargo como Representante Nacional do Instituto ABAD. O grupo ABAD Jovem, dedicado a contribuir para a formação dos novos gestores do segmento, tem Joice Sabatke, da Catarinense Distribuidora, como nova presidente. Nesta gestão, o ex-presidente, Carlos Eduardo Severini, continuará na ABAD como presidente do Conselho Deliberativo. A presidência do Conselho Fiscal será ocupada por Juliano César Faria Souto e o Conselho Consultivo será presidido por Paulo Hermínio Pennacchi. A premiação e a cerimônia de posse ocorreram durante jantar no espaço Rosa Rosarum e contaram com a presença dos presidentes e vice-presidentes da ABAD e de suas 27 �iliadas estaduais, além dos principais parceiros do atacado distribuidor nacional, entre entidades, clientes e fornecedores. O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi Sdoia, participou do evento representando a entidade.


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Lançamento TEXTO E FOTOS: SINDUSFARMA

Sindusfarma lança estudo sobre aumento da arrecadação e discute soluções para ampliar acesso aos medicamentos no país As distorções do sistema tributário brasileiro foram analisadas no debate que marcou o lançamento do livro Arrecadação Fiscal no Brasil 2005 a 2011 - Análise da evolução dos tributos e sua relação com os modernos e eficientes mecanismos de arrecadação do Estado, dia 26 de novembro, no auditório do Sindusfarma. Do talk show mediado pelo jornalista Rafael Colombo participaram a coordenadora do trabalho, Maria Cristina Amorim, o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) , o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, e o gerente de economia do Sindusfarma, Luiz Antonio Diório. No estudo encomendado pelo

Sindusfarma, economistas da PUCSP constataram que a arrecadação nos três níveis de governo cresceu acima do PIB e da inflação nos últimos anos, o que permitiria a redução da carga tributária. Maria Cristina apontou a ênfase do sistema tributário brasileiro nos impostos sobre o consumo, como o ICMS, que penalizam a população de baixa renda e inibem o desenvolvimento. “O governo sozinho não consegue resolver o problema do acesso à saúde”, disse a economista, que elaborou o estudo juntamente com Renaldo Gonsalves e Eduardo Perillo. “É preciso encontrar uma forma mais justa de tributar. E precisamos fazer mais contas que provem a tese de que

A partir da esquerda: Maria Cristina Amorim, Rafael Colombo, Paulo Bauer, Nelson Mussolini e Luiz Antonio Diório

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a desoneração só traz benefícios, inclusive em termos de arrecadação”, destacou a professora Autor de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que isenta os medicamentos de uso humano de todos os impostos, o senador Paulo Bauer explicou que a emenda objetiva reduzir os gastos do Poder Público e dos cidadãos na compra de medicamentos, com reflexos altamente positivos para a saúde pública. No caso de União, Estados e municípios, a medida racionalizaria a aquisição de medicamentos, inflados atualmente pelos impostos. Para a população, a medida teria um efeito direto na qualidade de vida. O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, reconheceu que a carga tributária média total no Brasil é menor do que a de países desenvolvidos, como a França – 36% e 44%, respectivamente - mas observou: “Só que lá, o imposto sobre medicamentos é de 2,1%, enquanto aqui é de 33,9%. Parece que o governo esqueceu que o medicamento é um bem essencial”, concluiu.


Seminário TEXTO E FOTOS: FRANCISCO COLOMBO

Conselho Regional de Farmácia de São Paulo debate a dispensação de medicamentos e lança fascículo de orientação

A partir da esquerda, Dr. Antonio Geraldo, conselheiro do CRF-SP e coordenador do Grupo Farmácia Estabelecimento de Saúde, Dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP, Dra. Priscila Dejuste, secretária geral do CRF-SP, e Dr. Marcos Machado Ferreira, diretor tesoureiro do CRF-SP, acompanham as palestras do seminário

Os presentes assistiram a três palestras e um debate sobre o tema. Dr. Antonio Carlos Morato, professor de Direito da USP, deu orientações quanto à responsabilidade legal durante a dispensação, lembrando que os farmacêuticos estão sujeitos a penalidades na área criminal, civil e administrativa. Na palestra do Dr. Pedro Menegasso, foram colocadas as di�iculdades de se exercer a dispensação no varejo. O painel na parte da tarde discutiu os problemas enfrentados pelos farmacêuticos, farmácias e drogarias e buscou soluções de forma sinérgica, com o comprometimento das entidades do setor com foco na saúde da população. 

Dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF/SP, e Pedro Zidoi, presidente da ABCFARMA

O

Sincofarma-SP e a ABCFARMA participaram do seminário “Dispensação: Realidade e necessidade de mudanças”, organizado pelo CRF-SP, realizado no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, no qual o tema foi debatido por pro�issionais de entidades do setor. Na ocasião, o CRF/SP também lançou mais um fascículo para capacitação de pro�issionais farmacêuticos.

“Hoje é um dia histórico, pois, pela primeira vez, coloca-se no papel uma ciência, um padrão para a dispensação, com normas técnicas e humanas sistematizadas”, disse o presidente do CRFSP, Dr. Pedro Menegasso, a respeito da importância desse fascículo, na abertura do evento. Ao dar as boas vindas aos presentes, o coordenador do Curso de Farmácia da Faculdade Anhembi Morumbi, Dr. Geraldo Alécio, lembrou que dispensar medicamentos é um ato nobre e, para tanto, devemos nos preparar e aprimorar nossos conhecimentos a cada dia.

Dr. Juan Carlos Becerra Ligos, diretor da ABCFARMA e do SINCOFARMA/SP

Veja matéria completa no portal www.abcfarma.org.br REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013 | 59


Entidade TEXTO: FRANCISCO COLOMBO FOTOS: DIVULGAÇÃO

UNIFAR elege diretoria e prepara comemorações de seu centenário

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rimeira entidade representativa dos farmacêuticos no Brasil, a União Farmacêutica de São Paulo elegeu, em chapa única, no dia 4 de dezembro, a sua nova diretoria. A atual presidente Dra. Marilice Souza, segunda mulher a ocupar esse posto na centenária instituição, foi reeleita para mais uma gestão à frente da entidade. Entre os principais projetos da Dra. Marilice estão as festividades em comemoração ao centenário da entidade. O evento foi lançado o�icialmente na sede da UNIFAR, no dia 28 de novembro, e prevê a realização de um simpósio a ser realizado nos dias 23 e 24 de agosto de 2013 em São Paulo, o lançamento de um livro contando a história dos cem anos da entidade, além do lançamento de um selo comemorativo. As comemorações do centenário da UNIFAR contam com o apoio das principais entidades do setor, como o CRF-SP, o Sindicato dos Farmacêuticos, o Instituto RACINE, o SINDUSFARMA-SP e a ABCFARMA.

Dra. Marilice Souza, presidente reeleita, fala dos planos da UNIFAR para o centenário da entidade em 2013

Diretoria eleita Presidente – Dra. Marilice Souza Vice-Presidente - Dra. Gleice Martins Batista Conselho Fiscal – Efetivos Dr. Marcelo Braga Falcão, Dra. Lucia Decot Sdoia, e Dra. Josuke Iamake Conselho Fiscal – Suplentes Dra. Akimi Mora Honda, Dra. Eliana de Paula Dias Oriolo e Dr. Raffaele Pretungaro Secretária Geral – Vera Cristina D. Elias 1ª Secretária – Dra. Ângela Franco Mattos Tesoureira – Dra. Vera Regina Cerioli Oradora – Dra. Ana Maria Pellim

Dr. Marco Quintão, diretor do Instituto RACINE, Dra. Marilice Souza, presidente da UNIFAR, e Dr. Deodato Rodrigues Alves, secretário-geral do SINFAR-SP

Consultores Técnicos-Científicos Dra. Beatriz Harumi Yanaguiya, Dra. Elizandreia Mansano Gasquez e Dr. Mariko Kobo Maeda

Mais informações sobre as comemorações do centenário da UNIFAR no site: www.unifar.ning.com 60 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013


Prestação de contas TEXTO E FOTOS: FRANCISCO COLOMBO

ABCFARMA realiza

assembleia e reunião de diretoria

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Diretoria da ABCFARMA e SINCOFARMA/SP com assessores reunidos em assembleia. Á partir da esquerda: Dr. André Bedran Jabr (SP), Marcos Caramanti (SP), Vlademir Guimarães (SINCOFARMA/SP), Ricardo Cristaldo (MT), Dr. Rogério Tokarski (DF), Dr. Romildo Letzner (SC), Dr. Juan Becerra Ligos (SP) também representando o sr. Natanael de Aguiar Costa (SP), Philadelpho Lopes (SP), Dr. Marco Perino (SP), Geraldo Monteiro (SP), Dr. Elpídio Zanchet (SP), Pedro Zidoi Sdoia (SP), José Carolino de Campos (SP), Dr. Paulo Sergio Navarro de Souza (PB), Dr. Fábio Timbó (CE), Alfredo Cury (SP) e Abigail Maglio (SP)

ia 7 de dezembro a ABCFARMA realizou assembleia e reunião de diretoria na qual, entre outros assuntos, foi apresentada a previsão orçamentária para o ano de 2013. O encontro se iniciou com um café de boas vindas aos participantes da reunião e, após uma conversa descontraída de troca de experiências e informações sobre a realidade de cada região do País em relação ao comércio

de medicamentos, todos os presentes dirigiram-se ao restaurante do Terraço Itália para um almoço de confraternização. No período da tarde, a assembleia teve início às 14h30, conforme convocação publicada no jornal Diário de São Paulo e enviada a todos os diretores da ABCFARMA. Após a apresentação dos itens e valores referentes aos anos de 2011 e 2012, os presentes aprovaram por unanimidade a proposta apresentada pelo contador José Carolino de Campos. Terminada a Assembleia, iniciou-se a reunião da

O assessor contábil José Carolino de Campos expõe a previsão orçamentária para o próximo ano

diretoria da ABCFARMA e os presentes reconheceram a importância de se desenvolver ações para que a entidade continue tendo a participação forte e atuante que sempre desempenhou na defesa dos interesses das farmácias e drogarias. REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013 | 61


Confraternização TEXTO E FOTOS: FRANCISCO COLOMBO

Natal iluminado

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Um presente para a cidade de São Paulo

ia 30 de novembro marcou o início o�icial dos festejos natalinos na cidade de São Paulo. Nessa data, foi celebrada missa na Catedral da Sé, conduzida pelo cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo. Após a missa, o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do estado de São Paulo, Rogério Amato, citou a importância de todos lembrarem do aniversariante celebrado dia 25 de dezembro – Jesus Cristo – para se dar o devido valor à maior festa da cristandade. O governador Geraldo Alckmin destacou que o Natal Iluminado, organizado pela Associação Comercial de São Paulo, humaniza a cidade e a festa maior do cristianismo. A Associação Comercial de São Paulo mobilizou suas 15 distritais e 31 subprefeituras para produzir o Natal Iluminado, coordenado por Gaetano Brancati Luigi e Dimitrie Josif Gheorghiu, diretores da ACSP.

Em primeiro plano, o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab e a vice-prefeita Alda Marco Antonio. Atrás, Rogério Amato, presidente da ACSP, e Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo, acompanham a abertura oficial do Natal Iluminado em São Paulo

Fonte Luminosa do Lago do Ibirapuera e Catedral da Sé, dois ícones da cidade que se enfeitam e reproduzem o clima de Natal em São Paulo 62 | REVISTA ABCFARMA | JANEIRO/2013

Gaetano Brancati Luigi, assessor especial da presidência da Associação Comercial de São Paulo/ACSP, e Dimitrie Josif Gheorghiu, diretor da ACSP (Distrital Lapa)

O objetivo foi envolver a cidade no ambiente e no clima de humanidade que toma conta da cidade no período de festas de �im de ano. Segundo Dimitrie Josif Gheorghiu, a ideia iniciada em 2006 consolidou-se e a cidade de São Paulo está se preparando para se tornar referência para todo o Brasil. “Este projeto é um presente de todos para a cidade de São Paulo”, a�irma Gaetano Luigi Brancati. Além dos pontos natalinos tradicionais, como a Avenida Paulista, o Parque do Ibirapuera, a Rua Normandia, e os shopping centers, os bairros também enfeitaram suas lojas e ruas e promoveram apresentações de corais para dar à cidade o ambiente que promove a harmonia e a paz entre as pessoas na construção de um mundo melhor e mais humano.




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