Hormônios Bioidênticos - A nova era do Equilíbrio Masculino

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Homem Texto: ARNALDO ANSAR fotos: divulgação

A nova era do equilíbrio e a reposição hormonal é uma terapia já consagrada entre as mulheres para tentar reverter os efeitos da menopausa, somente agora, com o desenvolvimento dos chamados hormônios bioidênticos, clones perfeitos das moléculas hormonais naturais, os homens também estão sendo beneficiados durante o período que os especialistas chamam de andropausa. A reposição da testosterona bioidêntica é uma das armas atuais do homem contemporâneo para recuperar sua vitalidade – como explica o urologista

Dr. Éfren Lopez, um dos

precursores do uso dessa terapia no Brasil

14 | Revista ABCFARMA | JANEIRO / 2012

Masculino

O Dr. Éfren começa explicando que tanto o homem quanto a mulher, em torno dos 40 anos de idade, passam a ter um decréscimo nas suas taxas de concentração hormonal, com exceção de um pequeno contingente do sexo masculino que preserva boas concentrações de testosterona até idade mais avançada. E se a menopausa foi exaustivamente estudada, só de uns anos para cá os urologistas têm empregado a

palavra andropausa para sinalizar uma série de manifestações físicas e psicológicas do homem, decorrentes da diminuição das taxas de testosterona e que têm sido descritas reiteradamente em todos os estudos relacionados com o tema: diminuição da libido, redução do vigor físico e do sono, ereções incompletas ou fugazes, estados depressivos, etc. “Tanto na menopausa como na andropausa podemos encontrar também sintomas como a osteoporose e as graves complicações da síndrome metabólica, caracterizada principalmente pelo aumento de peso, hipertensão arterial, infiltração gordurosa do fígado, diabetes tipo 2, etc”. Como alternativa terapêutica contra esses sintomas a medicina dispunha da reposição hormonal feita com substâncias químicas, que durante anos foram usadas com conhecimento do alto risco que estas moléculas possuíam, conforme os laboratórios alertavam e alertam em suas bulas. Há mais ou menos oito ou 10 anos foram finalmente introduzidos no Brasil os hormônios bioidên-


ticos, termo utilizado para identificar um tipo de hormônios de origem vegetal, cujas moléculas são quimicamente idênticas aos hormônios humanos e que, quando utilizadas nas dosagens adequadas, não produzem efeitos colaterais. Como explica o Dr. Éfren, são substâncias de efeito diário e permitem o monitoramento da dose individual. Isso significa uma grande diferença para os hormônios de origem química, que geralmente são de depósito, ou seja, feitos para durarem no corpo por períodos prolongados e em concentrações comuns para todos os pacientes. Como a terapia é personalizada, com dosagens diferentes para cada paciente, os médicos preferem designar o tratamento é modulação hormonal. “O resultado da terapia é francamente benéfico. Consegue-se uma melhora substancial dos sintomas e evidentemente, como em todo procedimento médico, deve sempre ser tratado o paciente e não apenas o sintoma. Isso exige uma postura mais abrangente em relação ao estudo da saúde dos pacientes, em concordância com a idade e queixas particulares, que eventualmente acompanhem os efeitos produzidos pela menopausa ou andropausa”. Ele resume: “A medicina não consegue retardar o envelhecimento, mas consegue proporcionar um envelhecimento saudável. Nos distúrbios hormonais próprios da idade, a melhor opção é a modulação hormonal com hormônios bioidênticos em termos de prevenção ou profilaxia dos sintomas característicos desta fase da vida – como suporte para atenuar e até corrigir as desordens próprias da idade, onde a cognição, a força musculoesquelética, a energia, a vitalidade e o desempenho sexual encontram-se diminuídas”. Segundo o Dr. Éfren, a correção metabólica é também de vital importância como mecanismo de aporte energético celular, para pessoas com excesso de peso ou em franca obesidade e portadoras de dislipidemia (colesterol ou triglicerídeos alterados). 16 | Revista ABCFARMA | JANEIRO/2012

Suporte para atenuar e até corrigir as desordens próprias da idade, quando a cognição, a força musculoesquelética, a energia, a vitalidade e o desempenho sexual encontram-se diminuídas.

Como saber se a testosterona está baixa? Se o homem apresentar três ou mais sintomas da relação abaixo:

Testosterona: hormônio-chave

Hoje, parece ponto pacífico que as causas mais frequentes da diminuição da libido, queixa comum do homem de meia idade, estão relacionadas ao envelhecimento devido à:

Baixa da libido Ereções mais fracas Perda da força muscular Perda da resistência física Desânimo Depressão, tristeza Mau humor, irritação Falta de energia

Diminuição da produção de testosterona

Perda da memória

Predominância estrogênica (xenoestrógenos)

Ganho de peso

Estresse (altos índices de cortisol) Aumento da prolactina (por estresse e/ou uso de antidepressivos).

O estresse (emocional, profissional, econômico, familiar, etc.) eleva o índice de cortisol e traz consigo o aumento da taxa de prolactina (hormônio que inibe a libido) que reduz o reflexo sexual e provoca queda na frequência das ereções. A prolactina impede a ação da testosterona e também compete com a dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer. Mas, para muitos especialistas, a reposição da testosterona é a chave para se interromper esse processo. Explica o Dr. Éfren: “Hoje sabemos que o apogeu da funcionalidade hormonal e sexual masculina ocorre dos 25 aos 35 anos, período em que há máxima produção de testosterona, e entra em franco declínio a partir dos 40-45 anos. É justamente aí onde se deve iniciar a Terapia de Equilíbrio Hormonal com os Bioidênticos (TEHB) para restabelecer os índices fisiológicos de normalidade.

Dificuldade para dormir

A partir da análise de suas queixas, seu médico pedirá um exame de sangue específico, onde serão investigadas as concentrações hormonais e outros elementos vitais para o equilíbrio orgânico. Há alguns anos, acreditava-se que a testosterona era o hormônio responsável pelo câncer de próstata. Atualmente, a literatura médica internacional não apoia mais essa alegação. Na verdade, segundo o médico, o excesso de estradiol é o verdadeiro causador do câncer de próstata (e de mama na mulher) e a grande incidência deste hormônio no homem provém dos xenoestrógenos e dos níveis da enzima aromatize (responsável pela produção do estradiol). “Se a testosterona fosse a causa, os homens de 19/20 anos seriam campeões desse tipo de doença, pois é nesta faixa etária que ocorre o mais alto nível de testosterona”. A Testosterona Bioidêntica é antagônica ao estradiol e, por isso, em doses específicas, junto com a Progesterona, evita o processo cancerígeno da próstata. n


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