REVISTA #07
Investimentos em Foz criam oportunidades para crescer na crise OBRAS, PROJETOS E AÇÕES DO PODER PÚBLICO E INICIATIVA PRIVADA ABREM NOVOS CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO ANIVERSÁRIO
Fundada em 19 de julho de 1951, a ACIFI completa 64 anos de histórias e conquistas
VILA A
Com a forte expansão da região, empresários investem e diversificam a oferta de produtos e serviços
PLANO DIRETOR
Foz do Iguaçu inicia debate sobre revisão de documento que determina rumos para a cidade Revista ACIFI | Página 1
DIRETORIA DA ACIFI - GESTÃO 2014/2016 João Batista de Oliveira Presidente Célia Rosa Vice-Presidente Danilo Vendruscolo Segundo Vice-Presidente Marcio Marcon Diretor Financeiro Rogério Soares Böhm Diretor Administrativo Phelipe Mansur Diretor de Prestação de Serviços Luciano Tita Diretor de Comunicação e Marketing Rudney Lopes Vargas Diretor de Associativismo Faisal Mahmoud Ismail Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social Mario Alberto Chaise de Camargo Diretor de Comércio Exterior Beatriz Rodrigues Diretora de Comércio e Serviços Leandro Costa Diretor de Indústria, Infraestrutura e Logística CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Walter Venson Conselheiros Fábio Hauagge do Prado, Paulo Pulcinelli Filho, Carlos Silva, Valdirlei Baranoski, Joel de Lima, Kamal Osman, Manuele Fritzen, Djalma Fonseca, Altino Voltolini, Ana Cristina Nóbrega CONSELHO FISCAL Antonio Luiz Breda, Oscar Elmiro Canesso, Elias João Dandolini, Elizabeth Arrais Soares, Luiz Antônio de Lima, Amauri Nascimento
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Revista ACIFI é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da associação ou pelo e-mail imprensa@acifi.org.br Ano II
Número 07
Julho/2015
Andréa David Jornalista responsável MTB 3059 Lucas Marcoviz Florão Publicidade e design Kiko Sierich Fotografia Alexandre Palmar Reportagem Douglas Furiatti Revisão Dimas Bragagnolo Diretor-Executivo Natalia Fuentes Coordenação operacional César Ferreira dos Santos Departamento Comercial Colaboradores Abilene Rodrigues, Claudio Dalla Benetta, Janaine Merchiori, Jean Paterno, Juliana Dotto, Lilian Céspedes e Marina Delai
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www.acifi.org.br ACIFI – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro CEP: 85851-080 Central de Atendimento (45) 3521-3300 atendimento@acifi.org.br
ÍNDICE
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20 44 52 56 58
ASSoCIAdo ACIFI Associado desde maio de 1986, o Kamalito está na lista dos afiliados mais antigos da ACIFI. À frente da loja está o empresário Kamal Osman, que há várias gestões participa da diretoria da entidade.
ComEmorAção Nascida da força dos primeiros comerciantes e empreendedores de Foz do Iguaçu, a Associação Comercial e Empresarial (ACIFI) comemora, no dia 19 de julho, 64 anos de fundação.
PLAno dIrEtor Codefoz e Prefeitura de Foz do Iguaçu, com apoio da Itaipu, criam grupo de trabalho para definir planejamento estratégico do desenvolvimento e expansão urbana do município.
SErvIçoS Pacote a partir de R$ 19 é oportunidade para os associados combaterem inadimplência.
Por quE InvEStIr Em Foz? Grupo empresarial leva concessionárias Mitsubishi e Renault para um novo endereço.
CEntro ComErCIAL Na série de reportagens sobre os centros comerciais de Foz do Iguaçu, a Revista ACIFI mostra nesta edição o crescimento da Vila A e associados que têm negócios no bairro.
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ESPECIAL - CrESCEr nA CrISE Investimentos públicos e privados fortalecem economia iguaçuense e diversificam caminhos para o desenvolvimento. Lideranças avaliam cenário e apontam alternativas para driblar adversidades.
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João Batista de Oliveira, presidente da ACIFI
Palavra do Presidente
N
o atual momento de desaquecimento econômico pelo qual passa o país, as notícias do cenário nacional trazem sistematicamente à tona toda a problemática vivida pela população em geral e pela classe empresarial, que sofrem diretamente com os efeitos do ajuste fiscal impetrado pelos governos federal, estaduais e municipais e com as turbulências de um mercado desconfiado e retraído. Essa situação, em muitos casos, cria uma onda de pessimismo que até certo ponto se justifica, mas que, invariavelmente, também acaba prejudicando a visualização das oportunidades que podem existir nos contextos de crise. Por esse motivo, no mês em que completa seus 64 anos, a ACIFI lança o sétimo número de sua revista tratando dos projetos de desenvolvimento e obras que movimentam a economia local e contribuem para minimizar os impactos da crise em nossa cidade. Eles apontam para um cenário futuro promissor e com boas oportunidades de investimento. São mais de uma centena de investimentos públicos e privados dos mais variados, mas principalmente os projetos estruturantes que, sem dúvida nenhuma, preparam nossa cidade para um sólido desenvolvimento econômico e social.
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Nestes 64 anos de existência, a ACIFI já vivenciou e protagonizou acontecimentos importantes na história de Foz do Iguaçu. Vários ciclos econômicos ajudaram a contar muitas trajetórias vitoriosas dos que aqui nasceram e daqueles que, como eu, são filhos de coração. Por isso devemos, sim, ter cautela, entretanto não podemos ser tímidos. Passará melhor pela crise aquele que identificar e aproveitar as oportunidades que, como sempre, surgirão. A dificuldade pode ser uma coisa boa para pessoas e cidades, porque ela pode trazer conhecimento, amadurecimento e progresso. Na dificuldade é que temos de lançar mão da criatividade e é aí que nascem as grandes estratégias, os grandes desafios – e sem desafios as empresas agonizam; sem desafios não há mérito. Temos de respeitar sempre os problemas, porém nosso foco tem de ser sempre na solução. É nas dificuldades que aflora o melhor de cada um. Boa leitura a todos!
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Economia
José Borges Bomfim Filho é economista sênior e diretor de Desenvolvimento do Turismo da Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu
Economia em tempo de crise O momento econômico que atravessamos pode ser compreendido como uma oportunidade para se reinventar. Trata-se de uma crise aguda de confiança, na qual os agentes econômicos se retraem e esperam tempos melhores. Isso ocorre porque claramente se verifica o esgotamento de um ciclo econômico de alta, que se baseava no estímulo ao consumo e na oferta abundante de crédito. De certa forma um artifício que se mostrou insustentável. Contudo não significa que as condições que geraram a prosperidade naquele ciclo se extinguiram junto com ele. Refiro-me aos avanços tecnológicos, ao conhecimento acumulado, aos bens de capital, às experiências, às inovações e a todo o legado deixado.
A história revela que os chamados períodos de recessão precederam fases de grande prosperidade e que foi nesses momentos que ocorreram os grandes avanços tecnológicos e a renovação das forças produtivas. Além disso, os agentes econômicos se tornaram mais fortes e experientes. Entretanto, esse é, de fato, um tempo de aprendizado, que cria novas tendências, novas exigências e novas estruturas. Portanto, não é um período para se esconder ou simplesmente deixar passar, mas sim para se reciclar, pois o que virá depois tende a ser diferente de tudo o que se tinha antes. A economia iguaçuense está inserida nesse contexto e é afetada por ele, mas com intensidade distinta daquela do restante do país, uma vez que a mola propulsora é o turismo, o qual, independentemente da crise brasileira, tem acesso ao
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mercado mundial. Sendo assim, é bom lembrar que a crise não elimina os atrativos turísticos, tampouco a expertise dos agentes econômicos iguaçuenses. Contudo, é um tempo de busca de novas oportunidades, de quebra de paradigmas e do surgimento de novos negócios.
Logo, não é o tempo que é difícil, ou arriscado, mas o apego às velhas práticas de gestão, processos, produtos, estratégias ou ideias que coloca os negócios em risco. Mais do que nunca, Foz do Iguaçu precisa estar em sintonia com o mundo, pois aí está o seu mercado potencial. Não é momento de se retrair, pois quando as empresas se retraem, perdem um tempo precioso de preparação. Nos chamados “ciclos econômicos”, aprendemos que a recuperação é uma questão de tempo, tanto é que a humanidade continua prosperando a passos largos. Além disso, no fim de um ciclo, seja de baixa ou de alta, sempre se acumulam experiências, capacidades e meios produtivos. Os períodos de recessão sempre geram grandes oportunidades de reinvenção. Enfim, algumas coisas não mudam, seja nos períodos de alta ou de baixa da economia, pois as necessidades das pessoas continuam ilimitadas. As suas experiências dos tempos de prosperidade as impulsionam a retornar àquele estado, e elas farão de tudo para isso. Precisamos saber que em termos econômicos o que foi acumulado não se perde, por isso devemos sempre ter em mente que crises nada mais são do que oportunidades para se reinventar ou, se preferir, para se promover mudanças.
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Memórias de um imigrante libanês Kamal Osman é dono do Kamalito, loja associada à ACIFI desde 15 de maio de 1986
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amal Osman tem vários empreendimentos em seu currículo de comerciante: Loja Nova, Casa das Noivas e Infantil Center, mas é com o Kamalito, aberto em 1979, que ele mais se identifica. No início, nos três andares do magazine, as clientes podiam vestir e comprar brinquedos para os filhos, escolher roupas para os maridos, renovar o próprio guarda-roupa e ainda o enxoval da casa. Com o passar dos anos, o negócio foi adaptando-se aos novos tempos e, hoje em dia, os 1.800 m² da área de vendas são ocupados com araras e prateleiras de confecção feminina, masculina e infantil, sempre em sintonia com as tendências de moda mundial. “Damos preferência a produtos de qualidade, diversificados e a preços acessíveis”, resume o empresário. Mestre na simpatia e no bom papo, Kamal aprendeu a profissão com o pai, Miguel – versão brasileira do nome de batismo do libanês Mahmoud Mohamad
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Osman. Quando deixou o Líbano, assim que chegou à pequena Assaí, no Norte do Paraná, junto com a mãe e as irmãs, na década de 60, Kamal recebeu do pai a tarefa de encarar o comércio de rua. O garoto de 11 anos, que mal sabia falar português, vendia três pares de meia a um cruzeiro. Num estalar de dedos, a banca virou um sucesso e, aos 15 anos, ele abriu a primeira loja. “Meu pai deu aos filhos a liberdade de trabalharem, serem criativos e empreendedores. Era um homem simples, mas com muito conhecimento e sabedoria me ensinou a ser comerciante, digno, persistente e honesto”, conta. Para ele, a banca de meias foi uma fase maravilhosa e que jamais será esquecida, porém de tudo o que construiu até hoje, é do Kamalito que mais se orgulha. “Em 36 anos de atividade, construí uma amizade maravilhosa com o povo de Foz do Iguaçu, e isso me encoraja a renovar cada
vez mais e abrir a loja todos os dias”, afirma. Já é de longa data a participação de Kamal em várias gestões da diretoria da Associação Comercial. “Pude acompanhar o trabalho de vários dirigentes, e cada um deixou sua marca, por isso que a ACIFI sempre traz novidades e luta por causas em favor do comércio e da indústria”, diz. Como vice-presidente do Comércio, coube a ele fazer o convite para filiar Itaipu. “A maior indústria da cidade fez e faz a diferença na história da ACIFI, mas tão importante quanto a Itaipu é fundamental que empresas de vários setores e todos os tamanhos também participem, pois a realidade é outra quando estamos unidos e mobilizados”, avalia Kamal. Atualmente ele é o vice-presidente do Sindilojas e faz parte do Conselho Superior Deliberativo da ACIFI.
Após um incêndio em 1978, a loja Infantil Center deu lugar ao Kamalito, referência no comércio iguaçuense. À frente do negócio está o libanês Kamal Osman, sempre atencioso com quem entra ou sai da loja e um dos mais atuantes associados à ACIFI
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So u
c i fi a s i ma
Val Modas aposta em grifes evangélicas
O
s evangélicos fazem parte de um grupo que movimenta um mercado próprio de artigos religiosos e de produtos feitos sob medida para eles. No nicho de moda evangélica, o público-alvo são as mulheres que buscam elegância, sofisticação, estilo e conforto. Esse cenário em crescimento tem atraído muitos empreendedores. Diante de uma clientela com características específicas de consumo e estilo, esse segmento surge como uma oportunidade de negócio. Foi de olho nisso que Maria de Lurdes Pereira da Silva abriu, há cinco anos, a Val Modas e realizou o sonho de ter sua própria loja. A cada dois meses, Lurdes viaja para São Paulo, Cascavel, Cianorte e Maringá para comprar novidades e lançamentos para as clientes, moradoras, principalmente, do bairro Jardim São Paulo.
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“Jovens e adultos evangélicos querem estar dentro da moda. Para as mulheres, o objetivo é estarem discretas e comportadas, mas usando cores e estampas dentro das tendências da moda. Tudo é permitido desde que não tenha decote ousado, transparências ou saias e vestidos curtos demais”, esclarece. Nas prateleiras e araras também há moda infantil, feminina e masculina. Para complementar, ela vende acessórios como gravatas, meias e bolsas. “Deus tem me dado bons clientes e, graças a Ele, minha loja vai muito bem”, agradece. Para garantir suas vendas e o sucesso do negócio, há cerca de dois anos Lurdes associou-se à ACIFI e consulta regularmente o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). “No comércio não dá para arriscar, por isso, com o SPC, vendo com muito mais segurança e fico mais tranquila”, garante.
Envie sugestões, críticas ou comentários para o e-mail imprensa@acifi.org.br.
A Revista ACIFI é triplamente interessante: bons conteúdos, ótimas informações e linda arte. Gosto muito de ler. Parabéns!” Dionéia Gonçalves, psicóloga
“Uma revista bonita, leve e agradável e bem escrita, que possui informações direcionadas, objetivas e muito úteis a empresários, empreendedores e interessados em acrescentar ao dia a dia assuntos diversos e que melhoram o desempenho de seus ofícios.” Jovimari Balotin, empresária
“A Revista ACIFI reflete o DNA do associativismo, sempre levando informações para todos com pensamento coletivo. Os assuntos nos fazem refletir sobre as possibilidades de crescimento que a cidade tem.” Thiago Barudi, empresário e integrante do Conselho do Jovem Empreendedor
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Empreendedorismo
Agora que são elas Inscrições para Prêmio Sebrae Mulher de Negócios já podem ser feitas. Premiação visa a reconhecer e a divulgar histórias de empreendedorismo feminino
A
s mulheres estão criando cada vez mais coragem para abrir o próprio negócio. Um levantamento do programa de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado pelo Sebrae, mostra que as brasileiras são as mais empreendedoras do mundo. O estudo, realizado em 2014, revela que 52% dos novos empreendimentos – aqueles com menos de três anos e meio de atividade – são dirigidos por mulheres. A força feminina é maioria em quatro das cinco regiões brasileiras. Apenas no Nordeste do país, elas ainda não ultrapassaram os homens, mas estão quase lá, com aproximadamente 49% de participação entre os novos empresários. Para reconhecer a história dessas mulheres que estão contribuindo com o desenvolvimento do Paraná, a partir da geração de novos empregos, renda e tributos, o Sebrae/PR realiza mais uma edição do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. As inscrições já podem ser
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foto: Arquivo Sebrae PR
feitas na página www.mulherdenegocios. sebrae.com.br, até o dia 31 de julho. Na opinião da consultora do Sebrae/ PR Liciana Pedroso, o reconhecimento serve como estímulo à busca por conhecimento, capacitação e melhorias nos negócios. Outra informação importante é que 66% dos novos estabelecimentos comandados por mulheres se enquadram no conceito de empreendedorismo por oportunidade – quando alguém decide abrir um negócio mesmo possuindo alternativas de emprego. Geralmente, o empreendedor por oportunidade tem nível de capacitação e escolaridade mais alto e empreende pelo desejo de independência no trabalho. As mulheres estão deixando de empreender apenas para complementar a renda da família ou por consequência de um passatempo. A pesquisa GEM demonstra que a maioria das mulheres que conduzem suas próprias empresas é movida pela oportunidade e não pela falta de alternativas.
Liciana Pedroso, consultora do Sebrae PR
“Além de ser uma forma de reconhecimento dessas mulheres empreendedoras, a ideia de contar a história gera motivação. É uma forma de olhar para trás, avaliar os pontos positivos e negativos do negócio e refletir sobre mudanças que podem ser feitas para melhorar a competitividade da empresa”, afirma Liciana.
Critérios Podem participar empreendedoras com mais de 18 anos, estabelecidas formalmente há pelo menos um ano. Entre os critérios que serão julgados para escolher as vencedoras da etapa estadual estão:
• superação da mulher • visão de futuro • ideias inovadoras • atuação democrática • participação ativa nos negócios • ambiente agradável para quem trabalha no seu negócio • relacionamentos duradouros com os clientes • preocupação com o meio ambiente e a cultura • lições aprendidas • resultados obtidos • contribuição para o desenvolvimento de outras empreendedoras
As vencedoras estaduais recebem, além da vaga de finalistas na etapa nacional, o direito do uso do selo de vitoriosas, um curso em soluções educacionais e consultorias técnicas em gestão. No Paraná, os parceiros do Sebrae/ PR na premiação são a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP)/ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio). Interessadas têm até o dia 31 de julho para efetuar inscrições via internet.
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Por dentro da lei
Posso usar o WhatsApp durante o expediente?
O
s serviços de mensagem instantânea vêm ganhando cada vez mais espaço, basta olhar de relance os dedos velozes nos restaurantes, salões de beleza e até no trabalho. A ideia do bate-papo contínuo – permitido pelo WhatsApp, um dos aplicativos em smartphones mais populares do mundo – definitivamente pegou. Só que um dos lados negativos dele é a disponibilidade integral da pessoa. É mais uma camada de demanda que você acrescenta ao simples fato de ter o celular e poder ser encontrado a qualquer momento. Soma-se a isso a necessidade da resposta imediata que esse aplicativo cria. Parece que quando você está conectado é obrigado a ficar disponível o tempo todo e, mesmo em um momento de descontração, não consegue desgrudar do telefone. A tecnologia foi criada para renovar e modernizar a vida das pessoas, entretanto o uso abusivo em ocasiões inapropriadas pode interferir na produtividade profissional e atrapalhar. Atualmente o uso do telefone celular no trabalho, pelo colaborador, é a “bola da vez” das rotinas trabalhistas. O empregador, por sua vez, pergunta-se: posso proibir o uso do aparelho no ambiente de trabalho? Posso verificar que tipo de conversa o funcionário está tendo quando está trabalhando? Posso impedir a instalação de WhatsApp no celular? Posso me negar a passar a senha do wi-fi ao empregado? O assunto – sobretudo pela multiplicação dos smartphones e seus incontáveis aplicativos e pelo seu uso indiscriminado – gerou dúvidas num primeiro momento, mas agora começa a ganhar forma, no sentido de dar ao empregador o poder diretivo de proibir irrestritamente o uso, até para não colocar em risco a segurança do trabalhador. Já há casos em que o empregado distraído sofreu acidente de trabalho porque estava “navegando na internet via celular”. Entendo que as empresas podem proibir totalmente o uso do telefone móvel no ambiente de trabalho, porém é interessante que essa regra esteja em algum documento “oficial” para que o funcionário tenha conhecimento. Vale o contrato de trabalho ou aditivo ao contrato de trabalho e até o regimento interno. Se o empregado descumprir a regra, ele pode ser penalizado normalmente, conforme as disposições da Consolidação das
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Marcelo de Brito Almeida, advogado,especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil
Leis do Trabalho (CLT), ou seja, ser advertido, e se persistir no erro pode até ser dispensado por justa causa. A lei estipula, entre outros motivos, que o empregado pode ser dispensado por justa causa quando for desidioso no desempenho das suas funções ou quando cometer ato de insubordinação ou indisciplina. Havendo o descumprimento da regra da empresa pelo uso do aparelho, surge a faculdade de o empregador promover a justa causa. É importante citar que o ato, para ter efetivamente validade, deve ser reiterado. Isto é, o colaborador deve ser advertido várias vezes e não ser dispensado na “primeira olhada” no telefone, a fim de justificar a aplicação da justa causa. A tendência da Justiça do Trabalho é analisar toda a justa causa com muita cautela, pois ela é considerada um ato extremo, ou seja, deve ser realmente um ato muito grave a justificar a punição, e não qualquer motivo ou um mero descumprimento sem consequências. Cabe ao empregador agora criar regras para a utilização do celular, podendo até impedir seu uso no expediente. Infelizmente é comum o funcionário dar uma pausa nas suas tarefas para acessar o Facebook, conferir o Instagram e depois verificar os grupos no WhatsApp. O grande problema é que nesse meio tempo ele atende mal um cliente ou deixa de atendê-lo, perde o foco do ofício que estava redigindo e atrasa toda a programação da empresa que paga o seu salário. É cultural o uso exagerado de telefone no Brasil. Cabe a todos nós começarmos a limitar a utilização indevida no trabalho.
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F
oi para divulgar a produção do mercado da moda local, como uniformes, fitness, lingeries e roupas para bebês e infantis, que o Núcleo das Indústrias de Confecções esteve na 39ª Feira de Artesanato e Alimentos (Fartal) – o ponto alto das comemorações do aniversário de Foz do Iguaçu. Entre os dias 9 e 14 de junho, as empresas participantes que querem se diferenciar no setor usaram como estratégia a grande presença do público no evento. “Aproveitamos a Fartal para estar perto do consumidor, até porque tem muita gente que nem sabe o que é produzido na cidade e acaba buscando em São Paulo, Cianorte e Maringá, e essa pode ser uma oportunidade para nossos negócios”, diz Andrea Wandekoken, sócia de uma empresa de moda íntima instalada no Jardim Lancaster.
Núcleo de Confecções na Fartal
Empresários do Núcleo de Confecções mostram a moda iguaçuense na Fartal
Empresárias organizam viagem técnica à Colômbia
E
mpresárias e executivas da Região Oeste planejam uma missão técnica à Colômbia no período de 15 a 20 de setembro. A viagem é resultado de uma parceria do Núcleo da Mulher Empresária e Executiva da ACIFI e da coordenadoria da Caciopar Mulher. O roteiro inclui encontros e intercâmbios, nas cidades de Bogotá e Cartagena, com integrantes da Associação de Mulheres Empresárias e Empreendedoras da Colômbia, entidade criada com incentivo presidencial para o desenvolvimento da política nacional em favor do gênero. “A viagem possibilitará que as participantes troquem informações e experiências, que serão extremamente úteis para avanços da empresária e da executiva em suas comunidades”, destaca a coordenadora do Conselho da Mulher da ACIFI, Graci Braga.
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Para participar da comitiva, as mulheres interessadas devem ligar para o telefone (45) 3028-9838 ou escrever para contato@bemviagens.com.br. O pacote
inclui passagens aéreas, hospedagem em apartamento duplo, café da manhã, traslados e city tour em Bogotá e Cartagena.
Paraná TIC mobiliza Núcleo de TI
E
m sua quinta edição, o Paraná TIC 2015, considerado o maior evento de tecnologia do estado do Paraná, terá caráter internacional pela primeira vez. Promovido pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR), o evento conta com o apoio de várias entidades, entre elas a Aleti (Federação Ibero-Americana das Entidades de Tecnologia da Informação) e o Sebrae-PR.
Mais de 500 empreendedores, empresários e consultores de todo o estado e de países da América Latina e México serão recebidos em Foz do Iguaçu nos dias 12 e 13 de novembro para debater temas como economia, inovação, startups, games, mobilidade elétrica, mercado financeiro, cloud computing, inovações no varejo e gestão remota. A realização do Paraná TIC mobiliza o Núcleo de TI para que o evento seja
Wiliam Merlotto e Gilmar Garzella, do Núcleo de TI da ACIFI: tendências e inovações que impactam o setor serão discutidas no Paraná TIC no mês de novembro
um sucesso. Na avaliação de Gilmar Garzella, integrante do núcleo, o setor de inovação é atualmente um dos mais organizados do estado, com seis arranjos produtivos em várias localidades do Paraná. “Na medida em que a inovação
potencializa os negócios de outras áreas, o incentivo às tecnologias de informação e comunicação passa a ser estratégico para a competitividade na indústria, nos serviços e no comércio”, afirma.
Núcleo de Eletricistas promove curso de automação residencial Nas aulas teóricas e práticas, os eletricistas aprenderam as técnicas mais avançadas de automação, incluindo as novidades tecnológicas e critérios de eficiência energética que estão chegando ao mercado. Hoje é possível integrar sistemas de iluminação, segurança, climatização, áudio e vídeo, entre outros. Segundo o engenheiro eletricista Renan Temp, a demanda por esse tipo de serviço é cada vez maior, e com o curso esses profissionais “estão prontos para fazer instalação, leitura de projetos, configuração e suporte técnico em automação residencial”, garante.
Curso é diferencial para os eletricistas que participam do núcleo da ACIFI
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crescimento do mercado de automação residencial, juntamente com a evolução das tecnologias aplicadas aos sistemas residenciais, cria uma grande necessidade de existir profissionais credenciados em sistemas integrados. Nesse contexto, os eletricistas que
fazem parte do núcleo da ACIFI têm mais um diferencial: os profissionais passaram por um curso de automação de residências. A iniciativa foi do próprio núcleo, que buscou parceria com Senai, Sebrae-PR, Enerluz e Vídeo Foz Automação para a realização do treinamento exclusivo.
Outra vantagem apontada por Renan é que, além de trazer conforto e economia de tempo, os sistemas automatizados são capazes de reduzir significativamente a conta de energia elétrica. “Através de um aplicativo que promove a gestão dos equipamentos e cargas do imóvel gera-se economia de recursos, portanto, ao que tudo indica, os eletricistas do núcleo da ACIFI devem ter muito trabalho pela frente.”
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Fotos: Garon Piceli
Integrantes de outros núcleos do Programa Empreender prestigiaram o evento, promovido pelo Conselho do Jovem Empreendedor
O presidente do IDESF, Luciano Barros, foi um dos convidados da primeira edição do Cojefi Talks
Cojefi Talks debate economia da região
Q
uando o assunto é empreender, o Conselho do Jovem Empreendedor de Foz do Iguaçu está sempre buscando dividir conhecimento e somar com a população. Com esse princípio, o núcleo realizou em junho o primeiro Cojefi Talks, ciclo de palestras para incentivar profissionais e empreendedores de várias áreas a debater a economia regional. O tema “Os efeitos do contrabando na economia da fronteira” foi explanado pelo presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social
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de Fronteiras (IDESF), Luciano Stremel Barros. Na ocasião, Barros apresentou um panorama dos ciclos econômicos de Foz, apontando dados do contrabando e seu impacto no comércio local. O presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codefoz), Roni Temp, por sua vez, pontuou a importância do conselho no desenvolvimento da região. “O objetivo é contribuir com o desenvolvimento da cidade, visando melhorias e criando projetos que proporcionem um futuro melhor para todos que vivem aqui.”
O advogado tributarista e professor Luciano Motta explicou sobre o crime de evasão de divisas e transferência de capitais. “Essa ação foi realizada em parceria com Colégio COC Semeador e IDESF, e é assim, buscando parcerias, que queremos levar conhecimento sobre diversas áreas para empresários, estudantes e futuros empreendedores”, ressalta Lilian Céspedes, presidente do Cojefi.
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Comemoração
64 anos de fundação da ACIFI
No dia 19, a entidade celebra mais um ano de atividades e reafirma o compromisso de promover e representar os interesses da comunidade empresarial e contribuir para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida em Foz do Iguaçu e região
A
comemoração do aniversário de uma entidade é uma oportunidade de relembrar à sociedade as ações significativas empreendidas ao longo de sua história, sempre visando ao desenvolvimento econômico da cidade. No mês de julho, a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu completa 64 anos de existência. “Uma honra ser presidente dessa entidade tão importante; é um grande desafio, mas o encaro com tranquilidade, pois tenho ao meu lado uma diretoria muito competente e conto com o respaldo de conselheiros brilhantes
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e uma equipe administrativa capacitada”, diz João Batista de Oliveira, o 22º empresário a comandar a ACIFI. Sua gestão se estenderá até maio de 2016. Para ele, a ACIFI tem um papel importante na sociedade, pois abre espaço para discussões que podem contribuir ao desenvolvimento de vários segmentos. “Há mais de seis décadas, a associação emprega esforços em lutas que representam o anseio da classe empresarial. Devemos muito ao grupo de empresários que lá atrás, no início da década de 50, sabia da importância
do associativismo para defender os interesses do comércio, indústria e prestação de serviços. Nosso agradecimento e reconhecimento pelo empenho e trabalho voluntário realizado pelas gestões anteriores que comandaram a entidade”, completa João. Com mais de seis décadas, a ACIFI tem um passado e um presente de conquistas importantes no cenário do Oeste do Paraná, e essa trajetória se traduz em força e representatividade.
Uma equipe de 25 colaboradores trabalha atualmente na ACIFI
Padrão de qualidade
O
organograma da entidade conta com Diretoria, Conselho Superior Deliberativo e Conselho Fiscal. Há um diretor-executivo e um grupo de 23 colaboradores diretos e dois terceirizados. Com aproximadamente 1,1 mil associados, a entidade se orgulha de ser uma das poucas associações do Paraná certificada pela norma ISO 9001. “Com a certificação obtida em março de 2011 e o contínuo aprimoramento dos processos, a associação garantiu um padrão de qualidade baseado num sistema de gestão que confere maior profissionalização da instituição e, consequentemente, garantia de eficiência em serviços e projetos para os associados”, avalia a coordenadora operacional da ACIFI, Natalia Fuentes.
ISO
Crescimento e modernização são as palavras-chave do atual momento. A instituição está construindo uma nova sede para atender às necessidades dos associados. Para viabilizar o empreendimento, projetou-se uma edificação que contempla uma ala residencial, com 68 apartamentos de dois e três quatros – sendo uma suíte, completamente independente da ala comercial, na qual funcionará a ACIFI. As obras da construção da nova sede da associação e do Residencial Omoiru podem ser acompanhadas em tempo real – no site www.omoiru.com.br – por meio de uma câmera instalada no local. Parte das imagens é armazenada para compor o acervo da construção.
“
Crescimento e modernização são as palavras-chave do atual momento. A instituição está construindo uma nova sede para atender às necessidades dos associados.”
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Comemoração
A diferença está no portfólio de serviços
A
ACIFI é considerada modelo nacional pela excelência dos serviços prestados e programas estruturados. Há um leque diversificado de serviços e benefícios à disposição dos nossos associados, desde convênios médicos às facilidades de crédito com o Sicoob, cooperativa que nasceu na ACIFI. Entre os que mais se destacam estão o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), visando a oferecer mais segurança nas vendas por meio de um cadastro nacional e bem atualizado de inadimplentes; e o Programa Empreender, desenvolvido em parceria com a Faciap e o Sebrae, com os seus dez núcleos setoriais,
multissetoriais e territoriais em atividade. Dessa forma, a ACIFI ampliou a presença das pequenas empresas no quadro de associados. Juntos, eles ganham mais densidade e, coletivamente, são capazes de promover constantes capacitações e consultorias; ter acesso à inovação; conquistar novos mercados; manter o foco na melhoria da gestão; trocar experiências e aumentar a força institucional. Entre os lançamentos também estão os convênios oferecidos pelos próprios associados. Na prática, o interessado entra em contato com a ACIFI e propõe produtos e serviços com descontos para associados. A adesão é gratuita.
“Há um esforço contínuo para fortalecer os serviços que já temos e criar novos, para que o associado continue firme conosco e para que haja motivos para que outros empresários se associem à entidade”, salienta o diretor-executivo Dimas Bragagnolo. De acordo com ele, a cada ação, a cada projeto, a ACIFI reafirma seu compromisso com os seus associados. “Existe um planejamento estratégico bem definido, transparente, e as principais ações, estratégias e conquistas se resumem na busca pelo fortalecimento da classe empresarial e desenvolvimento sustentável de Foz do Iguaçu”, assegura.
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associados mais antigos
Foto Iguaçu
Durazzo
Capoani
Difal
Tekla Contabilidade
Sapé Calçados
Hotel Bella Italia
Sun Hotel
Lojas Amanda
Modulinea
Churrascaria Búfalo Branco
Formosa Imóveis
Paraguaçu Automóveis
Abramaq
Cesufoz
Autofoz
Casa Dourada
Zanon Móveis
Coexma
Destro
Fenícia Imóveis
Santi Móveis
Ferramenta
Tarobá Construções
Calce Pague
W Teixeira Corretora de Seguros
Casas Pernambucanas
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DPaschoal
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Revista ACIFI | Página 23
Comemoração
REVISTA #02
REVISTA
# 01
CODEFOZ
FORTALECENDO O ASSOCIATIVISMO
DE RESULTADOS
Conselho amplia união e força da sociedade por uma Foz do Iguaçu melhor
João Batista de Oliveira assume o comando da maior entidade empresarial de Foz do Iguaçu, após gestão Roni Temp
TECNOLOGIA Saiba mais sobre o uso dos certificados digitais e qual é o mais indicado para você e sua empresa
PESQUISA 85% dos iguaçuenses gastam até dois salários mínimos por mês em compras nos supermercados
ELEIÇÕES Sociedade apresenta reivindicações aos candidatos Revista ACIFI | Página 1
Revista ACIFI | 1
Canal de alta credibilidade
A
ACIFI desenvolve diversas ações visando à valorização do associado. Uma delas é a Revista ACIFI, que chega à sua sétima edição. A proposta da publicação, relançada em maio do ano passado, é fortalecer a comunicação da entidade com os empresários da cidade. “Ela, de fato, tornou-se uma importante ferramenta de interação entre a ACIFI e a comunidade”, ressalta o presidente João Batista de Oliveira. Mais do que falar da associação (de seus núcleos, de suas atividades, de seus eventos), ela trata dos grandes temas de interesse de Foz do Iguaçu e que podem
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contribuir para o seu crescimento. É por isso, também, que a revista conta a história de pessoas e iniciativas importantes para a cidade, conectando um pouco mais seus valores e cultura – além de abordar os assuntos de interesse específico da classe empresarial, especialmente no campo da economia e negócios, tendências e conjuntura econômica. Com tiragem de cinco mil exemplares, a publicação já tratou de temas como o curso de Medicina da Unila, o Codefoz, a Ponte da Amizade e o mercado imobiliário. A ênfase está na contemporaneidade das pautas
trabalhadas, especialmente nos campos da economia, dos negócios e das tendências, mas sem deixar de lado assuntos como turismo e comportamento. A revista se propõe a ajudar o associado a ser um melhor empreendedor, por meio da difusão de ideias, exemplos e serviços colocados à sua disposição por essa entidade, como também pretende tornar mais eficiente a ação da ACIFI de repercutir os anseios do quadro associativo. Coordenada pela ACIFI, a publicação é produzida pelo Departamento
REVISTA #03
REVISTA #04
CURSO DE MEDICINA CONQUISTA HISTÓRICA TRAZ DESENVOLVIMENTO PARA A ECONOMIA
PROGRAMA EMPREENDER
COM OS NÚCLEOS DA ACIFI, EMPRESAS FORMAM ALIANÇAS ESTRATÉGICAS, SOMAM COMPETÊNCIAS E AMPLIAM RESULTADOS LEGISLAÇÃO
Mudanças na Lei do Simples exigem atenção do empresário
CENTRO COMERCIAL A força do comércio e serviços na Av. República Argentina
FRONTEIRA
FUNCRIANÇA
A discussão sobre os free shops está apenas começando
Em vez de pagar Imposto de Renda, faça uma doação
DESENVOLVIMENTO
Oeste passa a trabalhar de forma integrada para vencer seus desafios e promover o crescimento
Revista ACIFI | Página 1
CENTRO COMERCIAL
Vila Portes reivindica mais atenção do poder público Revista ACIFI | Página 1
REVISTA #06
REVISTA #05
50 ANOS
PONTE DA AMIZADE INTEGRAÇÃO IMPULSIONA DESENVOLVIMENTO DO BRASIL E DO PARAGUAI ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Novos hábitos e restrições alimentares rendem bons negócios
SICOOB
Cooperativa lança em breve sua própria maquineta de cartão de crédito
MERCADO IMOBILIÁRIO EM ALTA FOZ DO IGUAÇU ESTÁ ENTRE AS 100 MELHORES CIDADES DO BRASIL, COM MENOS DE 1 MILHÃO DE HABITANTES, PARA INVESTIR EM IMÓVEIS
ACIFI
Departamento Comercial da entidade tem estratégia e bons argumentos para atrair novos associados
TARIFAS
Entenda por que a luz está mais cara e prepare-se para novos aumentos
Revista ACIFI | Página 1
de Comunicação e tem, no projeto visual e diagramação, a assinatura do publicitário Lucas Marcoviz Florão, e na edição a jornalista Andréa David, que também produz os textos juntamente com o jornalista Alexandre Palmar. Todo o conteúdo passa pela revisão de Douglas Furiatti. As fotos são do fotógrafo Kiko Sierich, e de cada edição
participam vários colaboradores, entre eles os jornalistas Claudio Dalla Benetta, Janaine Merchiori e Marina Delai. A Revista ACIFI circula bimestralmente e traz sempre uma seção dedicada aos núcleos do Programa Empreender e outra com a história dos associados mais antigos da entidade. Com foco
CODEFOZ
Roni Temp assume a Presidência do conselho
CENTRO COMERCIAL
Av. José Maria de Brito vira referência em lojas de móveis e decoração
em economia, negócios e tendências, o veículo de comunicação aponta, ao mesmo tempo, o momento e o futuro, com o objetivo de levar informação de qualidade ao leitor sobre os grandes temas de interesse da classe empresarial, sempre com uma visão local.
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Comemoração
Aqui tem café no bule Conheça melhor a nossa mais antiga funcionária. Clair trabalha na ACIFI há 13 anos, mantém tudo limpo e prepara o café. Justiça seja feita, o café dela merece nota 10!
D
e segunda a sexta-feira, às 7 da manhã, Clair de Fátima Back já está na ACIFI. A primeira tarefa do dia é preparar o café. Feito à moda antiga, com bule e coador de pano, o aroma perfuma a cozinha. Para deixar a bebida mais gostosa, ela fica de olho para evitar que a água ferva. “Se isso acontece queima o pó e o café fica amargo, então quando ela começa a chiar, desligo a chaleira”, conta. A lição Clair aprendeu com o antigo gerente da ACIFI Sérgio Kusbick. De xícara em xícara, por dia são oito litros da bebida; por ano são 1.920 litros. Se forem somadas as térmicas servidas nas reuniões, aí o total passa de 2,2 mil litros de café. A colaboradora começou a trabalhar na ACIFI no dia 1º de agosto de 2002. Além do preparo do café, ela cuida da limpeza e conservação da sede. Gosta de realizar
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suas atribuições em silêncio e evita distrair-se. Prefere manter o “anonimato”. Realiza suas tarefas, é sempre gentil e, no fim do expediente, às 5 da tarde, vai embora com a sensação de ter feito bem o seu serviço. Aprendeu cedo o significado da palavra trabalho. Aos 10 anos já era doméstica e, assim como a mãe, dona Elvira, foi zeladora na rodoviária de São Miguel do Iguaçu. “Minha mãe foi gari e sempre foi muito trabalhadora; a melhor coisa que ela deixou para mim e minhas irmãs foi a educação e fazer tudo com responsabilidade”, revela. Em casa, a mãe de Elizete, Elaine, Fabiano e Douglas tem fama de durona. De certa forma é, mas na verdade Clair se derrete por eles. “Meu sonho é que os sonhos dos meus filhos e netos se realizem, porque abaixo de Deus, eles são a prioridade na minha vida”, afirma.
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OSFI
O
Observatório Social busca garantir a eficiência na aplicação dos recursos públicos por meio da promoção do controle social e da cidadania fiscal em Foz do Iguaçu. Quando imaginamos como esse trabalho é feito, logo pensamos no monitoramento do emprego dos recursos pela administração pública, porém existem outras ações em andamento.
Observatório Social promove educação fiscal
Uma dessas importantes frentes é o Programa de Educação Fiscal, que visa a compartilhar conhecimentos e a interagir com a sociedade sobre a origem, aplicação e controle dos recursos públicos, a partir da adoção de uma abordagem didático-pedagógica interdisciplinar e contextualizada, capaz de favorecer a participação social. O projeto, desenvolvido no ensino básico, fundamental, médio e superior, pretende atender ao IV Objetivo Estatutário do Observatório Social de Foz do Iguaçu: “Incentivar e promover eventos artísticos e culturais que possam contribuir para a criação da cultura da cidadania fiscal e popularização das ferramentas de participação dos cidadãos na avaliação e monitoramento da gestão dos recursos públicos”.
Objetivos – A educação fiscal tem como principais propósitos ensinar de onde vem o dinheiro público (sistema tributário) e qual a sua aplicação em prol da sociedade. “O foco é zelar pelo desenvolvimento cidadão do aluno, incentivar o interesse pelas questões públicas, investir no questionamento e participação social nas políticas públicas”, explica o conselheiro fiscal do OSFI Mário Expedito Ostrovski. Segundo ele, a população estudantil em formação representa a futura massa crítica da sociedade. É essa a parcela da sociedade que buscará embasar suas ideias de vida nas teorias aprendidas. “Os jovens têm amplo grau de percepção e absorção de novas ideias, abraçando vários projetos e tornando-se
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Mario Expedito Ostrovski
multiplicadores de conceitos que tragam o bem à coletividade”, completa.
Atividades – O Programa de Educação Fiscal desenvolve suas atividades por meio de Minifeirão de Impostos, concurso de redação e de desenho, promoção de palestras nas universidades, projetos de extensão em análise de licitações públicas, e organização de seminários e debates em escolas e instituições. Uma das ações mais recentes diz respeito à parceria com a Unifoz (Faculdades Unificadas de Foz do Iguaçu), que possibilita aos acadêmicos analisarem licitações públicas na prática. A equipe do OSFI mostra para os universitários toda a noção prática e documental do procedimento administrativo. O OSFI também tem concentrado esforços para divulgar o 7º Concurso Nacional de Desenho e Redação da CGU, em conjunto com a Receita Federal,
IDESF (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras) e Secretaria Municipal de Educação. O objetivo é fomentar os trabalhos de formação em cidadania nas escolas municipais.
Escolas – Ainda em 2015 serão promovidas outras duas ações: um projeto em parceria com a Receita Federal, IDESF e Secretaria Municipal de Educação chamado “A Escola Cidadã”, que capacitará alunos, professores e diretores em temas como cidadania e fiscalização dos recursos públicos na escola. A outra é um seminário de capacitação sobre o Estado e a sociedade para formadores de opinião do município (professores, universitários, gestores e servidores públicos, lideranças comunitárias e representantes da sociedade civil organizada). O evento é organizado pelo OSFI, IDESF, Receita Federal e Cosmoethos.
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Especial
COMO ร GUA, ABRINDO CAMINHOS
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C
idade singular pelas belezas da natureza e pelo trabalho do homem, Foz do Iguaçu sempre enfrentou os desafios impostos pelo mundo. Vivemos altos e baixos nestes mais de cem anos de história, sempre construindo o próprio caminho para o desenvolvimento e seguindo o fluxo, tal como o leito dos rios Iguaçu e Paraná. A cidade não para. Reinventa-se a cada ciclo. Prova disso é a transformação iniciada após o fim dos frenéticos tempos dos sacoleiros. Abatida, Foz percebeu a importância de investir em infraestrutura urbana, na qualificação do turismo, na expansão da rede hoteleira e gastronômica, na melhoria da prestação de serviços e no aprimoramento da saúde, transporte, educação, moradia e segurança. Temos em nossa localização geográfica um diferencial. A fronteira sempre foi, é e será um espaço de oportunidades. Ainda há muito a se fazer, mas é possível dizer que o amadurecimento está tornando a nossa economia mais sólida e menos vulnerável às crises econômicas nacionais e internacionais. Hoje o iguaçuense enfrenta as dificuldades sabendo de sua força e capacidade para defender os seus interesses. Mesmo agora, em meio à estagnação do crescimento brasileiro, colhemos os frutos das medidas tomadas no passado recente. A cidade mantém, por exemplo, os altos índices de visitação turística no Parque Nacional do Iguaçu (considerado o termômetro do turismo local). Já a geração de empregos voltou a apresentar saldo positivo em maio, apesar de o balanço continuar negativo no país. O contraste maior em relação à maioria dos municípios brasileiros, no entanto, pode ser mais bem evidenciado diante dos investimentos e projetos que estão saindo do papel. O poder público e a iniciativa privada têm injetado milhões de reais na economia iguaçuense em forma de obras, infraestrutura e empreendimentos. Tudo com o objetivo de gerar emprego e renda para manter a economia aquecida faça chuva, faça sol. Por outro lado, temos gargalos a resolver e continuamos a depender muito do Paraguai. A alta do dólar, que afastou parte dos compristas, comprova essa dependência. Para entender melhor os desafios imediatos de Foz do Iguaçu, a Revista ACIFI ouviu várias lideranças da cidade, que listaram as principais ações estruturantes em prol da comunidade. Estamos longe do município ideal e inabalável, mas arriscamos dizer que nossa terra caminha como nenhuma outra.
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Especial
Lideranças analisam cenário econômico
A Revista ACIFI consultou empresários, políticos e representantes de entidades locais sobre o atual momento econômico de Foz do Iguaçu. A proposta é indicar caminhos para o desenvolvimento a partir das singularidades da cidade.
Aproveitar o diferencial
Base para o crescimento
F
S
oz registra grandes investimentos do poder público e da iniciativa privada. O mais importante disso tudo é que são investimentos em projetos estruturantes, que, além de irrigar nossa economia, preparam a cidade para dar mais um passo ao desenvolvimento socioeconômico, gerando cada vez mais emprego e renda. Esses investimentos amenizam os impactos negativos, como os reflexos provocados pela alta do dólar.
uperamos a resistência de pensar apenas no imediato. A comunidade compreende que o poder público deve fazer a sua parte, com obras públicas de infraestrutura descentralizada e mobilidade urbana, abrindo o município para quem deseja investir. Estamos abrindo avenidas arteriais para os bairros e duplicando as existentes visando ao desenvolvimento acentuado de todas as regiões.
Existe, sim, um esfriamento do mercado, porém vejo que a grande causa desse desaquecimento dos negócios deve-se à falta de confiança nas instituições, principalmente devido às notícias negativas vindas de todas as esferas públicas. A consequência disso é uma expectativa negativa provocando a desaceleração da nossa economia.
Cada ligação urbana melhora a vida das pessoas sob vários aspectos. O bairro rejuvenesce sua economia, passa a receber loteamentos, condomínios, entre outros equipamentos. Paralelamente a isso, passamos a exigir, em lei, compensações ao município para novos empreendimentos imobiliários em áreas distantes do asfalto existente. Tivemos como retorno a valorização imobiliária, num contraste com desvalorização dos imóveis no Paraná.
Mas vivemos numa região extraordinária em todos os sentidos. Temos em nossa região uma safra agrícola extraordinária e com preços bons. Temos um cenário crescente no turismo, com novos atrativos que deixam o turista mais tempo em nossa cidade. A formação do polo educacional já é uma realidade. É importante a gente aproveitar esses diferenciais e ficar atento a essas oportunidades, buscando maior destaque nos períodos de desaceleração da economia nacional.
Outro avanço decorre das concessões do Marco das Três Fronteiras e do Centro de Convenções, que vão gerar centenas de novos empregos. Esse é o caminho para inovações na atração de recursos. Esses resultados demonstram o potencial da cidade. Quando o Brasil voltar a crescer, estaremos passos adiante porque criamos mecanismos próprios para o desenvolvimento.
João Batista de Oliveira, presidente da ACIFI
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Reni Pereira, prefeito de Foz do Iguaçu
Parque Nacional do Iguaçu 755.835 visitantes no primeiro semestre de 2015 741.153 visitantes no primeiro semestre de 2014 Em 2014 foram registradas 1.550.607 visitas (recorde)
Vigor da nossa economia
Hora de cuidar da infraestrutura
F
M
oz do Iguaçu vive um dos melhores momentos da sua história. O Brasil vive um momento de conjuntura difícil, porém temos todas as condições da nossa região e nossa cidade não serem afetadas. Por quê? Porque nossa base está assentada na agricultura e no turismo. Os preços estão bons na agricultura. No turismo é a mesma coisa. O montante de investimentos é imenso. Temos novos hotéis e hotéis ampliados e reformados. A quantidade de voos é enorme. Nem terminamos de reformar o aeroporto, já estamos pensando em fazer um novo. Duplicação de rodovias; shopping em construção; grandes eventos acontecendo. São demonstrações do vigor da nossa economia. Isso só está acontecendo em Foz do Iguaçu. Temos ao nosso favor o crescimento do Paraguai e de Posadas (Argentina). Temos muita coisa pra fazer, mas a nossa trajetória dos últimos anos é muito positiva. Tudo isso faz a roda movimentar. Não existe crise para quem trabalha e não desanima.
Jorge Samek, diretor-geral brasileiro da Itaipu
elhorar a infraestrutura urbana é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável do turismo. Por isso, o Fundo Iguaçu tem como prioridade investir em projetos que vão transformar a infraestrutura de Foz do Iguaçu e região. Começamos com o projeto de revisão do Plano Diretor do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. E seguimos com os projetos de engenharia e os estudos de impacto ambiental da nova pista de pouso e decolagem. É gratificante ver que alguns projetos já começaram a se viabilizar, como a revitalização da Ponte da Amizade e a concessão do Marco das Três Fronteiras e do Espaço das Américas. Já concluímos, com apoio da Itaipu e do ICVB, os projetos de engenharia para a duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas, que serão doados ao DNIT. Da mesma forma, finalizamos os projetos de revitalização da Avenida das Cataratas, que serão entregues ao Ministério das Cidades. E já estamos trabalhando no projeto do viaduto da Avenida Costa e Silva com a BR-277. Próximo passo é assessorar prefeitura e Codefoz na revisão do Plano Diretor da cidade, incorporando o masterplan geral do Beira Foz. E estamos trabalhando com o Ministério do Turismo na redação da lei que vai criar as Zonas Especiais de Interesse Turístico, com Foz do Iguaçu no primeiro plano.
Gilmar Piolla, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu e superintendente de Comunicação Social da Itaipu
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Especial Mercado
Aeroporto Internacional Cataratas Passageiros embarcados e desembarcados 1.017.995 passageiros de janeiro a junho de 2015 900.243 passageiros de janeiro a junho de 2014
Pensar em médio e longo prazo
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ivemos uma mudança de mentalidade. A gente não pode pensar em curto prazo e apenas no momento. A crise nacional é momentânea. A gente já passou por várias crises. De cada momento como este, criamos bases para um crescimento mais consistente. O Codefoz trabalha em longo prazo, de forma organizada e planejada para construir um futuro melhor. Trabalhando unidos vamos superar os obstáculos. Foz é uma cidade diferente. A macroeconomia daqui é diferente, por exemplo, da de Cascavel. A mudança do dólar influencia mais do que as variações da economia nacional. Dois indicadores positivos do momento são a reforma da Ponte da Amizade e a revitalização do centro de Ciudad del Este, que estão melhorando a imagem da fronteira. Outro sinal é a expansão da hotelaria, com a vinda de redes nacionais e internacionais. Ressalto ainda outras bandeiras levantadas pela comunidade e o Codefoz que já começam a dar resultados, como a concessão do Marco das Três Fronteiras e do Centro de Convenções. Quem assiste à TV hoje fica apavorado, mas não podemos deixar nos abater pelas notícias negativas. Temos possibilidades existentes só aqui.
Roni Temp, presidente do Codefoz
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Turismo, o melhor caminho Em nossa economia ocorre algo interessante. Quando temos altas variações cambiais, o que desestimula alguns setores, inclusive o turismo de compras, temos a contrapartida do incremento do turismo internacional, pois fica viável para o turista estrangeiro vir para o Brasil. O mesmo ocorre no comércio. Quando o dólar está baixo, os iguaçuenses cruzam as fronteiras. Quanto o dólar sobe, esse fluxo inverte-se. Sabemos que o momento da nossa economia não favorece a geração de novos postos de trabalho, mas temos de buscar alternativas inteligentes e inovadoras para não impactar a nossa economia. Historicamente temos tido o turismo como o melhor caminho para dar suporte à economia de nossa cidade em tempos de crise. Por isso cremos que os investimentos no setor de turismo são fundamentais para esse equilíbrio. Destaco também que tivemos grandes investimentos, principalmente pela iniciativa privada. Já na área pública estamos tendo avanços. A Gestão Integrada do Turismo e o Codefoz viabilizam bons projetos estruturantes. Em cinco anos teremos uma nova Foz, com a reforma da Ponte da Amizade, viaduto da Costa e Silva e reforma da Avenida das Cataratas, além de outras obras cujos projetos estão em fase final, como a segunda pista do aeroporto.
Licério Santos, presidente do Comtur
Investimentos em Foz Mercado
Revitalização da Ponte da Amizade Orçada em R$ 10,2 milhões, a obra deve ser concluída em setembro. A revitalização inclui recapeamento do asfalto, identificação e tratamento das patologias e substituição das juntas de dilatação da ponte. A estrutura ganhará nova pintura. Toda a passarela de pedestres será coberta. O gradio interno e externo será levantado, trazendo mais segurança para os turistas e inibindo o contrabando de mercadorias. Com o mesmo objetivo, serão construídos postos da Polícia Federal, fechados e com ar-condicionado, nos intervalos da ponte. O custo do projeto foi bancado pelo Fundo Iguaçu, a pedido do Codefoz.
Revitalização do Marco das Três Fronteiras O Marco das Três Fronteiras e o Espaço das Américas serão revitalizados pela Cataratas do Iguaçu S.A., resgatando os aspectos históricos e culturais de nossa região. Uma considerável área ganhará uma vila de entretenimento inspirada nas Missões Jesuíticas. Serão realizadas instalações cenográficas históricas para resgatar e celebrar a arquitetura dos antigos povoados indígenas. Três árvores metálicas gigantes, interligadas por passarelas suspensas, serão construídas. O edital, elaborado pelo Fundo Iguaçu e a prefeitura, prevê investimentos de R$ 27,8 milhões para realizar as obras. A expectativa é que a revitalização do espaço possa aumentar a permanência de turistas na cidade.
Duplicação da BR-469 O projeto prevê o alargamento para os dois lados, o que permitirá aproveitar a faixa de domínio do DNIT. As obras incluem a construção de avenidas marginais em boa parte do trecho, implantação de ciclovias dos dois lados da pista, duas passarelas de pedestres, cinco retornos em nível com faixas extras de desaceleração e aceleração, um viaduto no acesso ao aeroporto, duas trincheiras, ponte elevada sobre o Rio Tamanduá e uma rotatória nas proximidades da entrada do Parque Nacional do Iguaçu. O Iguassu Convention & Visitors Bureau, com o apoio da Itaipu e Fundo Iguaçu, já concluiu os projetos básicos e executivos de engenharia, assim como os estudos de impacto ambiental.
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Mercado Investimentos em Foz
Nova pista do aeroporto Pelo projeto do Fundo Iguaçu, a nova pista de pouso e decolagem do aeroporto será paralela à atual e terá três mil metros de extensão por 60 metros de largura. Com a nova pista, o aeródromo poderá receber voos diretos, sem escala, para Estados Unidos, Europa e Caribe. A ideia, com a ampliação, é tornar o aeroporto um hub do Mercosul e países andinos, uma porta de entrada e saída do Brasil pela Costa Oeste. O projeto tem custo estimado de R$ 276 milhões. Os recursos devem provir do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) ou de uma parceria público-privada (PPP).
Viaduto Costa e Silva O projeto do viaduto na Avenida Costa e Silva, contratado pelo Fundo Iguaçu, consiste na readequação da interseção com a BR-277, principal entrada da cidade, numa extensão aproximada de 700 metros. A proposta é construir quatro obras de arte especiais, em curva, constituídas em acesso por “terras armadas”, juntamente com a implantação de rotatória sob as obras de arte projetadas e a interação com as vias marginais existentes, que também serão readequadas. Os projetos básicos e executivos de engenharia do viaduto estão em fase de elaboração e também serão doados quando concluídos.
Beira Foz Prevê o desenvolvimento urbano e a ocupação das margens dos rios Paraná e Iguaçu por meio de uma plataforma de investimentos públicos e privados, com operações urbanas consorciadas e parcerias público-privadas. O masterplan do projeto foi desenvolvido pela empresa Arup, da Inglaterra, uma das maiores consultorias do mundo em projetos urbanísticos, e deve ser incorporado agora ao plano diretor da cidade. Mas o Beira Foz já teve início com a revitalização da Ponte da Amizade e a concessão do Marco das Três Fronteiras e do Espaço das Américas. A gestão do projeto é da prefeitura e do Codefoz, com apoio da Itaipu e do Fundo Iguaçu.
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Revitalização de praças Os projetos de revitalização de três praças emblemáticas de Foz do Iguaçu – da Bíblia, das Nações (Mitre) e da Paz – foram entregues pelo Fundo Iguaçu à prefeitura e estão na fase final de aprovação para serem licitados. Os projetos executivos completos foram contratados pelo Fundo Iguaçu e doados à administração municipal. Os recursos são provenientes da SEDU/ParanáCidade e Caixa Econômica Federal. A Praça da Paz será toda revitalizada, devendo ganhar calçadão em trecho da Rua Rio Branco, espelho d’água com painel sobre a Lenda das Cataratas e um anfiteatro ao ar livre, aproveitando o declive natural do terreno, além de pista de skate para a garotada.
Trincheira na Avenida Paraná O grande movimento de iniciativa popular de Foz do Iguaçu resultou na retomada da construção da trincheira da Avenida Paraná com a BR-277. A execução das obras agora está sob responsabilidade da concessionária Ecocataratas, que pretende concluir o serviço em setembro deste ano. Quando concluída, a trincheira vai melhorar o tráfego entre a Região Norte e as demais áreas do município. A retomada é resultado de dois protestos populares, do manifesto emitido por 17 entidades ao Ministério Público Estadual, além de uma carta enviada pela ACIFI ao Governo do Estado.
Autódromo Estudo realizado pela Arup comprovou ser viável a ideia de se construir um autódromo internacional em Foz do Iguaçu, aliado a uma arena-show e a um centro multieventos. O autódromo ainda teria espaço para pista de kart e de motocross. O local também abrigaria um complexo hoteleiro e gastronômico, estacionamento para oito mil veículos, quadras de tênis e uma marina com ligação, por meio de um canal, ao Lago de Itaipu. O autódromo poderá ser construído por um pool de investidores privados internacionais e estará localizado a dez quilômetros da BR-277, no Alto da Boa Vista, às margens do reservatório da usina. O complexo está orçado em US$ 100 milhões.
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Investimentos em Foz Mercado
Mirante da Ponte da Amizade O projeto de revitalização do mirante da Ponte da Amizade foi uma solicitação da Delegacia da Receita Federal em Foz do Iguaçu ao Codefoz que contou com o apoio do Fundo Iguaçu e foi executado pelo Núcleo Integrado de Gerenciamento de Projetos (Profoz). Devido às especificidades do local, as alterações e sugestões feitas na área focaram os aspectos de segurança, projetando novas guaritas, acessos e cercado. Esse projeto faz parte de um outro ainda mais amplo e complexo, a revitalização da Ponte da Amizade – atualmente em execução pelo DNIT e Receita Federal do Brasil.
Duplicação da Avenida José Maria de Brito Os convênios e recursos foram conquistados em virtude do esforço da administração, que conseguiu que a cidade estivesse com situação positiva das finanças perante o estado e a União. A avenida, que já recebeu obras de galerias pluviais, contará também com paisagismo, sinalização horizontal e vertical, calçadas, ciclovia e pontos de ônibus. A duplicação faz parte de um contrato de repasse de mais de R$ 90 milhões para o município, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).
Alargamento das marginais à BR-277 Prevê o desenvolvimento urbano e a ocupação das margens dos rios Paraná e Iguaçu por meio de uma plataforma de investimentos públicos e privados, com operações urbanas consorciadas e parcerias público-privadas. O masterplan do projeto foi desenvolvido pela empresa Arup, da Inglaterra, uma das maiores consultorias do mundo em projetos urbanísticos, e deve ser incorporado agora ao plano diretor da cidade. Mas o Beira Foz já teve início com a revitalização da Ponte da Amizade e a concessão do Marco das Três Fronteiras e do Espaço das Américas. A gestão do projeto é da prefeitura e do Codefoz, com apoio da Itaipu e do Fundo Iguaçu.
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Duplicação da Avenida Morenitas A Avenida Morenitas, entre a Avenida Javier Koelbel e a Mercosul, próximo à aduana argentina, está sendo alargada. Será criada uma pista exclusiva para circulação de ônibus e uma ciclovia e construídos canteiros e calçadas. A Javier Koelbel será duplicada no trecho entre a Rua Paulino Ferreira e a Avenida Morenitas. Atualmente as máquinas realizam a etapa de escavação e drenagem. A Avenida Portugal, atrás do Fórum Eleitoral, está sendo aberta e limpa para posteriormente ser realizada a drenagem.
Duplicação da Avenida Safira A construção do Shopping Palladium-Catuaí, na Avenida das Cataratas, está adiantada. Paralelamente, os empreendedores realizam as obras de infraestrutura no entorno, o que está previsto em lei (todo novo empreendimento necessita executar esse tipo de serviço para facilitar o acesso, não ficando mais sob a responsabilidade do poder público). Está sendo aberta a ligação entre o corredor turístico, na Avenida das Cataratas, e a Região Sul, no bairro Porto Meira. O trecho tem cerca de 800 metros até a Avenida das Palmeiras, que faz a interligação com a Avenida Safira.
Prolongamento da Avenida Andradina A Avenida Andradina será estendida e ganhará ciclovias, calçadas, sinalização horizontal e vertical. O traçado foi alterado para que a via passe dentro do bairro Cidade Nova, ligando a Vila C, criando um novo acesso aos turistas que visitam o Refúgio Biológico Bela Vista. Também dará mais facilidade de locomoção à população. Essa mudança respeitou o aspecto técnico da obra de não ficar localizada diretamente sob o linhão da Usina de Itaipu. A extensão da Avenida Andradina, que deve começar no próximo trimestre, está orçada em R$ 4,2 milhões.
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Investimentos em Foz Mercado
Abertura da Avenida Portugal A Avenida Portugal, uma importante via de ligação para desafogar o trânsito, começou a receber os tubos de galerias para a captação de água pluvial. A obra, executada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e contrapartida da prefeitura, está orçada em R$ 5,4 milhões. O projeto prevê, além da instalação de galerias e calçadas, serviço de paisagismo e construção de ciclovias. Ela inicia na Avenida Rosa Cirilo, que faz ligação com a Avenida Costa e Silva.
Duplicação da Avenida Felipe Wandscheer As obras de duplicação da avenida tiveram início no fim de maio de 2015, com previsão de entrega até abril de 2016. O investimento é de R$ 12,7 milhões, destinados pelo Ministério das Cidades por meio do PAC. No projeto inicial estavam previstos apenas o alargamento e o recape. O projeto atual, refeito pela prefeitura e liberado pela União, prevê a duplicação com ciclovias dos dois lados da pista, calçadas, estacionamento, recuo para ônibus, iluminação e paisagismo.
Conjunto Habitacional Grande Lago O Conjunto Habitacional Grande Lago terá 296 unidades, cada uma com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. O complexo possuirá uma área de lazer com salão de festas, churrasqueira, banheiros, campo de futebol, playground e uma vaga de estacionamento por família, além de estacionamento para visitantes. A obra é uma das prioridades da atual gestão, assim como o Conjunto Habitacional Primavera, que está em fase de finalização e 95% dos apartamentos já foram entregues. O conjunto é resultado de um convênio entre a prefeitura, por meio do Fozhabita, Cohapar, União e Banco do Brasil, com valor estimado em R$ 18 milhões.
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Programa de pavimentação asfáltica Foz do Iguaçu recebe o maior programa de pavimentação asfáltica dos últimos dez anos. Mais de 40 bairros serão asfaltados. A cidade deve fechar o ano de 2015 com aproximadamente um milhão de metros quadrados de asfalto implantado.
Mais obras O Jardim Polônia recebeu galeria pluvial, calçamento poliédrico e meio-fio. O mesmo ocorre na Rua Carijós. Já o Conjunto Habitacional Vila União está recebendo calçamento interno e externo ao redor dos blocos. O Parque Remador, no Porto Meira (foto), agora tem pista de skate, espaço para a prática de slackline, quadra de vôlei de praia, pista de bicicross e uma academia a céu aberto (revitalizada). O Parque Monjolo passou por uma transformação, bem como a Praça Porto Belo. O projeto da Avenida do Centenário está em análise na Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Paraná. A via ligará o Parque Nacional do Iguaçu e a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
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Mercado Investimentos em Foz
Projeto de revitalização da Avenida das Cataratas vai melhorar a mobilidade no corredor turístico Proposta do Codefoz, já entregue ao prefeito, garantirá mais segurança a motoristas, pedestres e ciclistas e será novo cartão-postal da cidade
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largamento e duplicação das pistas, rotatórias, retornos em nível, faixas elevadas para pedestres, calçadas, ciclovias, paisagismo, iluminação e sinalização. Tudo isso está incluído no projeto de revitalização da Avenida das Cataratas, no trecho de quatro quilômetros entre a Avenida Jorge Schimmelpfeng e o trevo de acesso à Argentina. Além de garantir mais segurança aos usuários – motoristas, ciclistas e pedestres, melhorando a mobilidade na principal avenida do nosso corredor turístico –, o projeto será um novo cartão-postal da cidade, destaca Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação
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da Itaipu Binacional, presidente do Fundo Iguaçu e também secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz). O projeto foi entregue pelo Codefoz ao prefeito Reni Pereira, no fim de maio, para que seja encaminhado oficialmente ao Ministério das Cidades, de onde deverão vir os recursos para as obras, calculadas em R$ 17,5 milhões. O prefeito lembra que a crise econômica atual pode prejudicar o repasse necessário, mas “é uma situação passageira”. Ele acredita que será possível sensibilizar o governo federal “com uma argumentação técnica e com esse projeto benfeito”.
Quando se encontrou com uma comitiva de Foz do Iguaçu, em abril deste ano, em Cascavel, o ministro Gilberto Kassab já havia reconhecido a necessidade de melhorias na Avenida das Cataratas, principal ligação do centro da cidade ao trevo de acesso à Argentina e à Rodovia das Cataratas, que por sua vez faz a ligação com o aeroporto internacional e com o Parque Nacional do Iguaçu. O próprio ministro recomendou que o projeto fosse doado à prefeitura, que faria o pedido oficial ao Ministério das Cidades.
Outros projetos Ao entregar ao prefeito o projeto executivo, o relatório do projeto e
o orçamento da obra, Gilmar Piolla afirmou que o objetivo é integrar o projeto de revitalização da Avenida das Cataratas com o projeto de duplicação da Rodovia das Cataratas, que já se encontra em fase final de elaboração, faltando apenas a obtenção da licença ambiental. Piolla também lembrou que outro projeto importante em desenvolvimento é o de construção de um viaduto na Avenida Costa e Silva e o de uma rotatória nas proximidades do CTG Charrua. O projeto, que deve ficar pronto dentro de quatro a seis meses, consiste na readequação da interseção com a BR-277, numa extensão aproximada de 700 metros. A proposta é construir quatro obras de arte especiais, em curva, constituídas em acesso por “terras armadas”, juntamente com a
implantação de rotatória alongada sob as obras de arte projetadas e a interação com as vias marginais existentes, que também serão readequadas. A revitalização da Avenida das Cataratas, a duplicação da Rodovia das Cataratas, a nova pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e a construção do viaduto da Costa e Silva, segundo Piolla, são obras “emblemáticas”, que vão transformar a infraestrutura da cidade e fazem parte do Plano de Desenvolvimento Econômico (PDE) do Codefoz.
Avenida das Cataratas O projeto de revitalização da Avenida das Cataratas inclui a implantação de três pistas no trecho entre a Churrascaria Rafain e o trevo de acesso à Argentina. A pista lateral em frente
ao restaurante será mantida. O projeto prevê a construção de duas rotatórias, uma na futura extensão da Avenida Harry Shinckle, que ligará a avenida à rodoviária e à BR-277 (o projeto dessa ligação já foi licitado, segundo o prefeito), e outra em frente ao Hotel Mabu e Shopping Catuaí Palladium (em construção). Haverá passagens em nível para pedestres em frente ao Hotel Dom Pedro I e em frente ao shopping. O paisagismo na Avenida das Cataratas será diferenciado, com o plantio de ipês de várias cores e também de outras espécies de vegetação nativa no canteiro central. Em parte da avenida, haverá uma ciclovia e um calçadão para pedestres, sendo que em outro trecho o uso será compartilhado por falta de espaço.
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Codefoz
Foz inicia revisão do Plano Diretor Municipal D
e dez em dez anos, Foz do Iguaçu precisa conversar sobre um assunto que mexe literalmente com a vida de todos os seus moradores. É o chamado Plano Diretor Municipal, instrumento básico de um processo de planejamento municipal para a implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados. A revisão do documento é um exercício pleno de cidadania.
O prefeito Reni Pereira nomeou os integrantes da comissão para a revisão do plano diretor, formada por seis membros da administração pública municipal (das pastas de Meio Ambiente, Planejamento, Foztrans, Gabinete e Assessoria Especial de Governo), além de dois membros do Codefoz. Já o conselho criou uma câmara técnica exclusiva sobre o tema, constituída por agentes públicos e representantes da iniciativa privada.
Como a versão em vigor é de 2006, a sociedade iguaçuense precisa iniciar o debate agora para evitar atropelos em 2016. Os primeiros passos nesse sentido começam a ser dados pela comunidade, por iniciativa da Prefeitura de Foz do Iguaçu e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu, cujos representantes já iniciaram os preparativos para definir a metodologia de trabalho.
A proposta é estabelecer uma frente conjunta da prefeitura, Codefoz e outras instituições da sociedade, com apoio da Itaipu Binacional. A câmara técnica do conselho será a porta de entrada das demandas vindas da comunidade, abrigando as ideias, propostas, projetos, debates e discussões. Já a comissão da prefeitura fará toda a coordenação técnica das propostas levantadas. A Itaipu, por sua vez, deverá contratar
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uma consultoria especializada para dar suporte aos trabalhos. É importante a sociedade participar de todo o processo, desde as etapas iniciais até a transformação da proposta em lei. A cidade precisa antecipar-se aos problemas do futuro e não apenas resolver as dificuldades do presente. A construção do documento deve ser coletiva, sobretudo envolvendo setores ligados ao crescimento estrutural de Foz, como entidades representativas da construção civil, arquitetura e meio ambiente, turismo, comércio, entre outros segmentos.
Bandeira – O presidente do Codefoz, Roni Temp, lembra que a revisão integra os cinco grandes projetos do conselho. São eles: 1) a elaboração do Plano de Desenvolvimento Econômico; 2) o Projeto Beira Foz (tendo como primeira etapa a revitalização da Ponte da
Amizade; 3) a Revisão do Plano Diretor Municipal; 4) a Discussão sobre o Plano Plurianual do Município; 5) e o Fórum Foz 2040. “É preciso definir o projeto de cidade para o futuro. Queremos alcançar um resultado consistente”, resume. O vice-presidente do Codefoz, arquiteto Leandro Costa, pondera que os interesses são diversos, porém deve prevalecer o objetivo comum. “Neste trabalho não há como dar preferência
VOCÊ SABIA QUE?
a interesses individuais, pois não existe uma sociedade próspera, produtiva, sustentável se não houver o crescimento comum. Não há sustentabilidade no crescimento setorizado, todos devem crescer em harmonia, em equilíbrio”, defende. O secretário-geral do Codefoz, jornalista Gilmar Piolla, recorda que o plano diretor original, de 1979, apenas passou por atualizações em 2006. De lá para cá, a
cidade sofreu uma transformação muito grande. “O novo plano diretor deve incorporar as diretrizes do masterplan geral do Projeto Beira Foz, assim como o desenho das sete operações urbanas consorciadas. Também precisa contemplar as definições necessárias para instalação do novo porto seco e incorporar o estudo sobre o projeto do autódromo internacional”, antecipa.
Foz do Iguaçu construiu três planos diretores ao longo da sua história. O primeiro é de 1979 (elaborado pela Universidade Federal do Paraná na gestão do prefeito Clóvis Cunha Vianna); o segundo é de 1991 (na gestão do prefeito Alvaro Neumann); e o terceiro é de 2006 (na gestão do prefeito Paulo Mac Donald Ghisi).
Revisão atinge toda a legislação municipal A revisão do plano diretor mexe com vários aspectos da legislação municipal sob o prisma do Estatuto das Cidades. Ela atingirá as leis relacionadas ao perímetro urbano, parcelamento do solo, zoneamento, leis ambientais, sistema de áreas verdes e arborização urbana, Código de Obras e Edificações, acessibilidade, mobilidade urbana, loteamentos e vias de circulação, entre outros tantos dispositivos. Arquiteto, urbanista e funcionário público municipal há 25 anos, Ricardo Albuquerque integra a referida comissão indicada pelo prefeito Reni Pereira. O profissional conta que a revisão levantará questões polêmicas na cidade, como os vazios urbanos (leia-se especulação imobiliária x implantação do IPTU progressivo e até mesmo a desapropriação por dívida pública). Oliveira coloca um problema para a comunidade: o município tem grandes lotes improdutivos no centro e bairros próximos deste. A cidade poderia crescer a partir deles, mas como são terrenos ociosos há décadas, a prefeitura
CON CEI TO
Albuquerque: revisão levantará questões polêmicas na cidade
se vê obrigada a levar infraestrutura para áreas cada vez mais distantes. “Queremos aumentar o perímetro urbano, avançando para a área rural, ou vamos aproveitar melhor a atual estrutura urbana?”, questiona o especialista. Os trabalhos técnicos devem avançar em etapas, iniciando pela definição do cronograma do plano de trabalho,
passando depois por avaliação técnica integrada, diagnóstico, apresentação de propostas, mudanças nas leis e implantação do plano de ação e investimentos. “A elaboração do plano deve ser resultado de um processo participativo, em conjunto com a comunidade, ouvindo a todos com ajuda da internet e em audiências públicas e reuniões setoriais”, completa o arquiteto.
O Plano Diretor Municipal de Foz do Iguaçu define princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos de planejamento estratégico do desenvolvimento e expansão urbana do município. É de referência obrigatória aos agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão da cidade, e aplicar-se-á em toda a extensão territorial do município.
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Sicoob
Sicoob tem nova diretora comercial Capacitação dos colaboradores e melhor atendimento ao cooperado são alguns dos focos de Antonia Sabetzki
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história de Antonia Ribeiro Sabetzki com o Sicoob é antiga, já que o primeiro convite para integrar o quadro de colaboradores da cooperativa foi feito em 2001 pelo idealizador da instituição, Elio Fritzen (in memoriam). Na época, por já ter uma história de 25 anos no antigo Banco Mercantil de São Paulo S.A. – que foi Foto: Jean Pavão
incorporado pelo Banco Bradesco em 2003 –, ela recusou. Porém, desde aquele momento, acreditava e idealizava o projeto.
foi um imenso prazer, principalmente por ter sido tão bem recebida pela sociedade iguaçuense e voltar às suas origens.
Antonia, mais conhecida como “Toninha”, saiu de Foz do Iguaçu para assumir uma agência em Cascavel. De lá seguiu para Laranjeiras do Sul e Curitiba, quando em 2014 se aposentou com 35 anos de história no banco.
“Espero crescer junto com a cooperativa, formar pessoas e gerar novos negócios, tudo feito com segurança e minimizando riscos. Com meu conhecimento e conduta ética, acredito que tenho muito a contribuir, e não a ensinar. Meu principal objetivo é reviver a história iniciada em 2001”, destacou.
O “namoro” inicial com o Sicoob, que havia ficado pendente em função do falecimento de Elio, foi retomado após a inauguração da agência da Avenida República Argentina – há cerca de dois meses – pela filha dele e atual presidente da cooperativa, Manuele Fritzen.
O foco do trabalho realizado por “Toninha” é no crescimento e fortalecimento da cooperativa
Já aposentada e com o desejo de encarar novos desafios, “Toninha” aceitou o convite para ocupar o cargo de diretora comercial. Segundo ela, retornar a Foz
Desde que ocupou o cargo, há pouco de mais de três meses, a diretora aposta em uma série de capacitações para os colaboradores e no melhor atendimento ao cooperado com a segmentação da carteira dos gerentes. Com essa ação será possível estar ainda mais próximo do dia a dia dos cooperados e saber quais são as suas reais necessidades.
Tempo de poupar A maioria das pessoas está sempre em busca de alternativas e respostas de como fazer o dinheiro render mais, seja para curtir umas férias, investir nos negócios ou simplesmente por pensar no futuro. A poupança do Sicoob é a opção ideal, já que os rendimentos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas e empresas sem fins lucrativos e não há incidência de Imposto sobre Operações Financeiras. Outra garantia da poupança do Sicoob é que todas as aplicações são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito no valor de até R$ 250 mil.
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Segundo o diretor-presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada, “a poupança se consolidou em nosso sistema como um produto que possui excelente oportunidade de negócios, afinal atende ao associado que deseja ter uma aplicação financeira simples e segura, bem como ao não associado”. O Sicoob entende que a poupança não é apenas uma opção segura e rentável que pode transformar os sonhos materiais em realidade, mas também um produto que reverte parte dos recursos captados para a comunidade em que a cooperativa está inserida.
Procure a agência mais próxima e conheça pessoalmente as vantagens de abrir uma poupança. Faça parte da campanha #Liberte Seu Porquinho. Poupe no Sicoob.
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Festival Mercado
Os desafios e as tendências do turismo
Fotos: Marcos Labanca
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pontar as tendências e os desafios para um setor sempre é tarefa difícil devido à velocidade das mudanças na economia mundo afora. Traçar essa análise para o turismo, então, é ainda mais complicado dada a dinâmica do segmento. Assim pensa o professor catedrático José Manuel Henriques Simões, que realizou uma apresentação para um público seleto de Foz do Iguaçu. Titular do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e do Núcleo de Turismo, Cultura e Território (TERRITUR), o português utilizou os conceitos da obra Seis propostas para o próximo milênio, do escritor italiano Italo Calvino, para contagiar o público presente em sua palestra ministrada durante o Festival de Turismo das Cataratas.
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Simões destacou, entre os desafios, a “leveza” em prol dos processos de sustentabilidade e desenvolvimento turístico; a “rapidez” para a desburocratização e eficiência nas relações de governo e mercado; e “exatidão” aos estudos, planos e visões estratégicas do setor. Apontou ainda a “visibilidade” para aumentar a competitividade de atrativos e destinos; a “multiplicidade” para alcançar cooperação e participação entre os atores; e a “consistência” para definir políticas e estratégias. Como tendências do turismo, o professor destacou a internet em telefones e tablets, grandes empresas comprando as menores numa velocidade ainda maior, e a preferência por hospedagens alternativas em casas e hostels atrás de experiências familiares. Também mencionou a China e a Índia como países
emissores de turistas e pediu atenção ao preço do combustível como termômetro do custo das viagens. O professor citou ainda a “turistificação do território” (processo de transformação de um local em território turístico) e o deslocamento de pessoas atrás de grandes eventos em destinos turísticos (ou mesmo um calendário permanente de pequenos e médios eventos). “O turismo é a segunda maior indústria do mundo, só atrás dos serviços financeiros, com efeito multiplicador de empregos muito forte. No fundo, temos as mesmas ideias de anos atrás. Os caminhos andam em ciclos”, ponderou.
Festival de Turismo das Cataratas bate recordes em edição histórica Expositores e visitantes do 10º Festival de Turismo das Cataratas elogiaram a evolução do evento, apontado como um dos maiores e melhores do Brasil. Eles destacaram o sucesso de público, tanto em quantidade quanto em qualidade, bem como a organização da feira de negócios e das atividades paralelas, promovidas em junho. A abertura contou com a presença do ministro do Turismo, Henrique Alves. Os elogios surgiram em todos os setores do evento, por parte de expositores (representantes de operadoras e agências de turismo, órgãos públicos e instituições, hotéis e restaurantes, companhias aéreas e atrativos turísticos, etc.) e de quem visitou o festival (agentes de viagens, operadores, estudantes, além de autoridades do trade turístico). Não é para menos. A décima edição do evento bateu vários recordes, começando pelo total de 6.295 pessoas inscritas e 600 marcas expositoras. Tudo em 216 estandes espalhados por uma área de 5 mil metros quadrados de feira. Para evidenciar o crescimento do festival, basta comparar esses números com os da primeira edição, que reuniu
1.115 inscritos e 50 marcas expostas. O 9º Fórum Internacional de Turismo do Iguassu também superou o total de trabalhos científicos, batendo o recorde de submissões. O evento recebeu 194 trabalhos neste ano, um expressivo aumento em relação aos 143 submetidos na edição anterior. A marca confirma o fórum (realizado dentro da programação do festival) como um dos principais nas áreas técnica e científica do setor no Brasil. Outro dado histórico dessa décima edição foi a participação de 53 caravanas, superando os 48 grupos do ano anterior. As caravanas foram formadas por agentes de viagem, operadores turísticos, estudantes, jornalistas e profissionais de turismo de mais de 60 municípios de diferentes regiões brasileiras, além de cidades de outros três países (Argentina, Paraguai e Uruguai).
Ministro do Turismo, Henrique Alves: Foz é única no cenário nacional
Avaliação – O coordenador do Festival de Turismo das Cataratas, Paulo Angeli, ressaltou que o resultado alcançado é fruto de muitos meses de planejamento e organização para atrair gente de todas as regiões do Brasil e de outros países. “Além da feira de negócios, realizamos mais de 30 atividades paralelas, incluindo encontros nacionais de entidades”, afirmou, frisando a data da próxima edição: de 15 a 17 de junho de 2016.
Expositores destacam força do evento A República Dominicana estreou no FIT Cataratas motivada pela oportunidade de promover seus atrativos entre os brasileiros. Segundo o diretor da Oficina de Turismo do país caribenho no Brasil, René Contreras, o evento surpreendeu principalmente pelas caravanas de vários estados e do exterior. “Elas mostraram a força de Foz no contexto nacional”, disse.
Presente nas dez edições do FIT Cataratas, o Governo do Paraná reuniu diferentes atrações do estado em seu estande. A coordenadora de Eventos da Paraná Turismo, Vania Climinacio, fez questão de destacar o evento de 2015 como o melhor desde o primeiro festival. “Notamos claramente um grande público, profissionais interessados nos destinos e expositores qualificados para interagir com o público. Nota 10!”, resumiu.
O 10º Festival de Turismo das Cataratas foi realizado de 17 a 19 de junho, no Rafain Palace Hotel & Convention Center, em Foz do Iguaçu. Foi uma realização da Secretaria Municipal de Turismo, com organização da De Angeli Feiras & Eventos e apoio estratégico do Ministério do Turismo e Paraná Turismo e patrocínio da Itaipu Binacional, Sebrae Nacional, Fecomércio Paraná e Fundo Iguaçu.
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Cota
Manutenção da cota de compras é vitória da sociedade organizada
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oz do Iguaçu deu mais uma demonstração de força da sociedade civil organizada. Após intensa mobilização popular e articulação política, o governo federal anunciou a manutenção da cota para compras de mercadorias no exterior, por via terrestre, com isenção do imposto de importação, em US$ 300. O valor será mantido por mais um ano. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de junho. A Portaria 415 do Ministério da Fazenda altera a entrada em vigor da cota de US$ 150, que deveria ter início em julho. Com a medida, a redução ocorrerá só em julho de 2016. Fica também adiada pelo mesmo período a criação de lojas francas em cidades de fronteira. Segundo o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz, Roni Temp, a manutenção da cota preservará os empregos na fronteira ligados ao turismo de compras. “Essa é uma conquista de todos. A iniciativa privada e o poder público se uniram em
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prol da mesma causa e agora teremos mais tempo para o debate”, pondera. O Codefoz agradeceu o apoio incondicional da senadora Gleisi Hoffmann desde o início da reivindicação e também do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, que, há pouco mais de dez dias, em sua primeira visita a Foz do Iguaçu, comprometeu-se a defender e trabalhar dentro do governo federal para manter o atual valor. “Os dois foram fundamentais e grandes aliados nesse processo”, disse Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social de Itaipu e presidente do Fundo Iguaçu. O ministro do Turismo também revelou ser favorável ao aumento dessa cota para US$ 500, como reivindicam empresários e representantes do turismo na região. O setor voltou a afirmar que vai organizar-se em torno do pleito. Em encontro na Itaipu, durante almoço com o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, e com Gilmar Piolla, na
presença do presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, e gestores do turismo na região trinacional, Henrique Alves telefonou para o chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante, para defender a manutenção dos US$ 300. Para Piolla, o aumento da cota para US$ 500 poderia atrair à fronteira até um quarto dos turistas que hoje viajam ao exterior para fazer compras, principalmente aos Estados Unidos. “Essa medida dinamizaria o turismo interno, incrementando os voos domésticos, a ocupação da rede hoteleira, a gastronomia e o receptivo local. Seria um grande impulso à economia regional, pois diferentemente das compras no exterior, que provocaram um déficit de US$ 25,6 bilhões nas contas externas do Brasil no ano passado, os recursos ficariam aqui na fronteira, gerando empregos e investimentos.”
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Serviço
ACIFI oferece uma nova oportunidade: pacote SPC a partir de R$ 19 Estão incluídas consultas ao SPC, Serasa e cheques; empresas podem até mesmo inserir clientes inadimplentes para receber dívidas em atraso
U
ma das marcas da ACIFI é a busca pela inovação no atendimento aos associados. Regularmente a entidade desenvolve produtos e serviços para melhorar o desempenho e gerar economia às empresas, que são a razão de existir da associação. O mais recente deles é o SPC 19, pacote de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito partir de R$ 19 por mês. Ao aderir, o empresário tem acesso ao banco de dados nacional da Serasa Experian e SPC Brasil. O associado obtém informações estratégicas e seguras para suas transações de venda
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a prazo a pessoas físicas ou jurídicas. Outra vantagem é que a ACIFI atende às necessidades de pequenas, médias e grandes empresas no monitoramento de CNPJ ou CPF, no alerta contra fraudes e golpes e nas consultas de dados de cheques furtados ou extraviados. “Procuramos torná-lo cada vez melhor e mais adequado às necessidades do mercado”, afirma o gerente de Produtos e Serviços da ACIFI, César Ferreira dos Santos. Ele reforça a importância das consultas, pois a inadimplência vem aumentando. O importante é entender que o calote ou a venda não
recebida é mais um prejuízo que serve de desestímulo ao comerciante, que já é penalizado com a carga tributária, encargos trabalhistas e informalidade. Com o SPC, os associados realizam as vendas com mais segurança e também negativam clientes em atraso. “A consulta realizada posiciona o consumidor como cliente ativo no mercado de consumo e mostra seu histórico de compras e referência”, lembra o gerente.
Mais de 50 anos de excelência
Confiabilidade nos dados e
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Dicas
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filmes que os empreendedores não devem deixar de ver Muitas vezes, o cinema nos inspira com histórias que servem de modelo para qualquer espectador. Há também filmes que trazem ensinamentos e lições para os empreendedores. Confira uma seleção de longas, novos e clássicos, indicados para quem tem um negócio próprio.
A TEORIA DE TUDO (2015)
O JOGO DA IMITAÇÃO (2015)
O LOBO DE WALL STREET (2014)
Os empreendedores mais ligados em tecnologia costumam admirar a trajetória de Stephen Hawking. Baseado na biografia do astrofísico, o filme conta seus primeiros anos na faculdade, o início da debilitação causada por uma doença degenerativa e o relacionamento com Jane Wide. Hawking é um exemplo de superação e inteligência que pode inspirar muitos empresários.
Alan Turing, matemático e pioneiro na ciência da computação, tem a tarefa de ajudar o governo britânico a quebrar um código alemão usado na 2ª Guerra Mundial para a comunicação em submarinos. Apesar de ser um gênio, Turing tem diversos problemas de relacionamento e precisa aprender a trabalhar em equipe para cumprir a missão.
Baseado na história real de Jordan Belfort, que se tornou milionário com sua corretora Stratton Oakmont, o filme mostra todo o esquema que levou Belfort a ser preso por serviços financeiros ilegais. É um bom exemplo de como determinação pode levar ao topo e da importância de agir dentro das leis para ter um negócio sólido. Dirigido por Martin Scorsese, tem Leonardo DiCaprio no papel principal.
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TUCKER: UM HOMEM E SEU SONHO (1988) Dirigido por Francis Ford Coppola e estrelado por Jeff Bridges, o filme mostra a determinação de um empreendedor em fazer sua ideia dar certo. Preston Tucker, um produtor de automóveis dos anos 1940, é um empresário contagiante que luta contra os gigantes da indústria nos Estados Unidos.
O HOMEM QUE MUDOU O JOGO (2011)
PIRATAS DO VALE DO SILÍCIO (1999)
Nesse filme, Brad Pitt é treinador de um time de beisebol que decide mudar as estratégias quando percebe que a equipe está afundando em várias derrotas e conflitos. Seu desafio é tirar o time do buraco e implantar a mentalidade de vencedor em cada um de seus jogadores.
Apple x Microsoft. A rivalidade entre as potências da tecnologia é o mote da história. Os pontos de vista de Bill Gates e Steve Jobs ajudam a entender como os empreendedores devem superar desafios para desenvolver empresas de sucesso.
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Por que investir em Foz
Mitsubishi e Renault em único endereço Grupo empresarial une Brizza e Open Veículos na Av. Costa e Silva
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ue tal visitar duas gigantes do mundo automobilístico sem precisar andar muito, ou melhor, dando apenas poucos passos? Em Foz do Iguaçu, agora é possível conhecer os modelos da Mitsubishi Motors e da Renault e usufruir todos os serviços dessas montadoras em um mesmo endereço, na Avenida Costa e Silva, 1.819, pertinho do terminal rodoviário. Essa experiência pode ser vivida graças a mais um investimento na cidade feito pela família Urio, que tem a sede empresarial de seus negócios em Francisco Beltrão. Os empreendedores uniram a Brizza (concessionária Mitsubishi) e a Open Veículos (concessionária Renault) num mesmo complexo, cujo terreno tem dez mil metros quadrados, sendo 5,5 mil metros de área construída. O gerente da Brizza, Osni Ferraz, revela que o investimento visa a oferecer mais praticidade ao cliente, já que a antiga sede da Open Veículos, na Avenida República do Paraguai, estava pequena para abrigar os modelos da Renault; bem como o imóvel alugado pela Brizza, na Avenida Paraná, estava inadequado
para atender a toda a demanda. O investimento é resultado de um planejamento feito ao longo dos últimos quatro anos e busca atender ao potencial da cidade. “Foz é uma cidade estratégica no Oeste do Paraná, em região de fronteira, com grande movimento de turistas e aeroporto internacional”, contou o representante do grupo, que também possui em Cascavel a Open Veículos, Brizza e a Vetor (Hyundai HB 20); em Toledo, a Open Veículos; e em Curitiba, a Teyko (Mitsubishi). Segundo Ferraz, um dos pilares do grupo é atender cada vez melhor os clientes, trabalhando a fidelização e ampliação da carteira. “Buscamos oferecer um lugar bom para os colaboradores, respeitar as questões ambientais e oferecer negócios justos e bons para os clientes e para a empresa. A pessoa deve sentir que aqui é um bom lugar para fazer negócio”, afirmou. Completo – A nova estrutura possui showroom com modelos novos e seminovos das duas montadoras, oficina completa (inclusive com balanceamento e alinhamento em 3D), balcão de peças,
sala de leitura especializada, além de sala de capacitação para os mais de 50 colaboradores das duas marcas, bem como estacionamento próprio para os funcionários. Toda a área de exposição dos automóveis e de prestação de serviços está numa infraestrutura ampla e moderna, na qual a iluminação do showroom é ótima em razão do pé-direito alto. A nova loja busca oferecer ainda mais requinte, qualidade, eficiência e conforto para os clientes e funcionários. O complexo possui inclusive telhado térmico revestido com isopor para tornar agradável a temperatura dentro das oficinas. Para completar, o conjunto das concessionárias leva em consideração o respeito ao meio ambiente, com aproveitamento da água da chuva, separação da água e do óleo, tratamento de todos os resíduos da oficina e do posto de lavagem e também destinação correta para os resíduos sólidos. “Venha conhecer as nossas novas instalações e desfrutar de um delicioso cappuccino”, convidou Ferraz.
Osni Ferraz: Foz é uma cidade estratégica no Oeste
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Feira do Livro Mercado
Feira do Livro inicia captação de recursos via Lei Rouanet Ministério da Cultura aprova projeto da Fundação Cultural para impulsionar evento
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11ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu deve dar um salto de qualidade em sua programação neste ano graças a um reforço na sua promoção. Uma das novidades é a aprovação, por parte do governo federal, do projeto para captação de recursos por meio da Lei Rouanet (mecanismo de incentivos fiscais que visa a estimular o apoio da iniciativa privada ao setor cultural). O evento será realizado de 5 a 13 de setembro. A promoção é da Prefeitura de Foz do Iguaçu, por meio da Fundação Cultural e da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Itaipu Binacional. O encontro literário tem o apoio estratégico do Núcleo de Livrarias e Sebos da ACIFI, tanto no planejamento quanto na organização e realização. O diretor-presidente da Fundação Cultural, Adailton Avelino, e a diretora de Cultura, Arinha Rocha, anunciaram a novidade em recente reunião realizada
na ACIFI, quando detalharam o evento e os caminhos para efetivar a captação de recursos. A apresentação foi feita em conjunto com o coordenador do Núcleo de Livrarias e Sebos da ACIFI, Ernani Brito. Segundo Adailton Avelino, o Ministério da Cultura aprovou a captação de R$ 600 mil via Lei Rouanet. “Esse valor é importante para qualificar ainda mais o encontro literário. Além de reunir os grandes autores de livros, queremos ampliar e diversificar a programação artística”, revelou Adailton. Para Ernani Brito, o apoio dos empresários via Lei Rouanet poderá potencializar os objetivos da feira, como a sua inclusão no roteiro dos grandes eventos literários do Mercosul e o incentivo à leitura. “E, é claro, apoiar a criação e difusão de obras, bem como beneficiar sua circulação desenvolvendo o diálogo cultural”, destacou o livreiro.
A diretoria da ACIFI assumiu o compromisso de incentivar os seus associados a patrocinar a 11ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu por meio da Lei Rouanet. “Faremos uma campanha em nossas mídias para explicar aos empresários como funciona o mecanismo de incentivos fiscais. Outra ação é uma sensibilização junto aos contadores”, afirmou o presidente da associação, João Batista de Oliveira.
Como funciona – O governo federal abre mão de parte dos impostos (que recebe de pessoas físicas ou jurídicas) para que esses valores sejam investidos em projetos culturais que ajudam a mudar e até transformar o cenário da comunidade. Aprovado o projeto no MinC, o próximo passo é a captação de recursos junto a pessoas físicas pagadoras de Imposto de Renda (IR), que apresentam declaração completa, ou empresas tributadas com base no lucro real, visando à execução do projeto.
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Centro Comercial
O comércio efervescente da Vila A Estimulados pela forte expansão da região, empreendedores investem e diversificam a oferta de produtos e serviços
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uem passa pelas avenidas Andradina, Garibaldi (Av. 9) e, especialmente, Silvio Américo Sasdelli (Av. 3), na Vila A, depara-se com um comércio superaquecido e dezenas de opções de estabelecimentos: farmácias, lavanderia, lojas de móveis, açougues bem equipados, óticas, butiques de roupas, lanchonetes, bancos, academias de ginástica, papelarias e salões de beleza. A zona norte de Foz do Iguaçu, em ampla expansão, virou uma oportunidade ao comércio, que prospera e atrai cada vez mais investidores e empresários. Muitos deles são associados à ACIFI, e a Revista ACIFI foi ouvir o que eles têm a dizer sobre a região.
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Do banco à loja preferida Uma das razões que explicam o crescimento está nos hábitos de consumo dos moradores. Quem vive lá evita deslocar-se até o centro da cidade, por economia de tempo e dinheiro. Em questão de minutos dá para comprar produtos naturais, levar o filho ao curso de inglês e ir ao dentista. É muito mais fácil e descomplicado. Zoreti Porrua mora na Vila A há 35 anos e prefere fazer tudo nas redondezas. “Está tudo ao meu alcance, assim dá para ir ao banco, ao mercado e encher o tanque do carro sem complicação”, comenta. A manicure fica a algumas quadras da sua casa, e perto dali está a Rosany Modas, loja da qual Zoreti é freguesa e amiga da dona, Rosany Beltrame. Já são 14 anos de amizade e bons negócios entre as duas. Comércio diversificado e pertinho de casa
Urbano chique Assim como ela, centenas de mulheres não resistem ao bom gosto da proprietária. Nas araras há roupas para criar looks chiques e estilosos e peças plus size, de manequim acima do 46. “As gordinhas querem e podem ser elegantes”, conta. Em 2001, a empresária estava em dúvida se abria a loja na República Argentina ou na Vila A. Na época, a atividade comercial ainda engatinhava na Silvio Américo Sasdelli. Mesmo assim ela decidiu instalar-se ali, e o tempo mostrou que estava certa.
Rosany Beltrame: hoje há muitas opções, e é isso que torna a região tão especial e promissora
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Há 11 anos, Eder comanda seu próprio negócio, a Dorta Assessoria Imobiliária, uma das empresas do Núcleo de Imobiliárias da ACIFI
Mercado imobiliário da zona norte é a bola da vez
A
o buscar um imóvel em Foz do Iguaçu, encontra-se inevitavelmente uma boa quantidade de opções no Norte da cidade. Mas nem sempre foi assim. A região, que esteve por muito tempo fora dos principais radares do setor imobiliário, passou a ser incluída no rol das grandes apostas de oito anos para cá, com destaque para a Vila A, Jardim Lancaster, Aporã e Jardim Karla. O Jardim Canadá ficou muito tempo parado e hoje apresenta boas construções residenciais. Quem faz essa avaliação é o corretor de imóveis Eder Dorta de Oliveira. Ele foi um dos primeiros a explorar a região e sabia, desde o início, do seu potencial. Eder descobriu sua vocação e talento para vender imóveis em 1994, quando
recebeu um convite para comercializar terrenos num loteamento no Jardim Lancaster 4. Entre seus primeiros clientes estavam irmão, pai, tio, primo e amigos. Acabou tornando-se morador do bairro e, embora atue na cidade inteira, a maioria dos negócios relacionados à venda, locação e avaliação está concentrada na região da Vila A. Por isso
Durma nas nuvens
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Silvio Américo Sasdelli, nº 2.170, é o endereço da Ortobom. Depois de fazer vários feirões de colchões na Assemib (Associação dos Empregados da Itaipu Binacional), Adriana de Souza Coutinho e Adriana Matulle, a Adi, já acostumadas com o vocabulário do ramo como molas ensacadas, viscoelástico
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e fibras naturais, decidiram que era momento de abrir uma loja. Optaram pela franquia e, é claro, não pensaram duas vezes: tinha de ser na Vila A. “Identificamos que havia necessidade, e o negócio vai muito bem”, revela Adi. Em julho, a loja completa quatro anos de existência e sua clientela vai muito
fez questão de instalar, há 11 anos, sua imobiliária no bairro. Para quem um dia olhou a região com desdém, Eder avisa que em pontos da Silvio Américo Sasdelli o custo do m² para locação varia de R$ 25 a R$ 33 (e, em alguns casos, até mais que isso), enquanto na Rua Jorge Sanways, bem no centro de Foz, há salas comerciais alugadas na faixa de R$ 13 o m².
Adriana de Souza Coutinho e Adriana Matulle, franqueadas Ortobom e associadas à ACIFI
além da Vila A e arredores. Moradores de bairros como Três Bandeiras e Cidade Nova também compram lá. “Um bom colchão não é luxo, e como os produtos são feitos com materiais de alta tecnologia, eles garantem conforto na hora de dormir”, completa Adriana.
Crescimento maior que o esperado
A
traído pela vocação comercial do bairro e pela evolução do mercado imobiliário, e diante da necessidade de expansão da sua rede de varejo, Paulo Pulcinelli Filho levou a Panorama Home Center para a Vila A em fevereiro de 2006. Na época havia terrenos disponíveis e, se soubesse que daria tão certo, o empresário poderia ter feito uma loja maior. Oito anos depois, a quadra virou um “fervo”, e a filial precisou ser ampliada. Com a reforma, a P5 – como é conhecida internamente pela rede – praticamente dobrou de tamanho para atender quem vai comprar cimento, tijolo, tintas, portas e janelas e também quem busca por produtos de jardinagem, ferramentas, materiais elétricos, hidráulicos e de acabamento. “Procuramos oferecer um ambiente
Paulo Pulcinelli Filho: a Panorama Vila A é uma das lojas mais lucrativas da rede de materiais de construção
melhor aos nossos clientes. Temos um espaço exclusivo e um atendimento personalizado na área de acabamentos e revestimentos, assim dá para escolher tudo com mais tranquilidade”, explica
Pulcinelli. A diversificação no comércio, com destaque para a gastronomia, também é apontada como um diferencial pelo empresário. “As lanchonetes movimentam a avenida durante a noite também.”
James Bortolini: mais de seis mil alunos matriculados em dez anos de funcionamento da Technos na Vila A
Quase dez anos depois
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m agosto, a unidade da Technos Escola, na Vila A, completará uma década. Nesse período, mais de seis mil alunos já passaram pelos cursos livres e profissionalizantes disponíveis. O portfólio, que abrange construção civil, setor automotivo, design, fotografia e técnicas administrativas, entre outros, capacita o aluno para chegar mais preparado ao mercado de trabalho. As
salas de aula têm sido frequentadas por estudantes de diferentes idades e objetivos. “Enquanto uns dão o primeiro passo em busca de uma formação profissional, outros aproveitam a oportunidade para se especializar no emprego que atuam há anos”, observa o empresário James Bortolini. Ele conta que a decisão de abrir a filial foi devido ao crescimento da Av. Silvio Américo
Sasdelli e à dificuldade de os alunos se deslocarem ao centro. Ele está satisfeito com os resultados, mas tem motivos para acreditar que há potencial para crescer ainda mais. “Atendemos em média 450 alunos e temos estrutura para receber mais gente, pois há uma carência de mão de obra qualificada”, garante James, que por sinal é vizinho da Panorama.
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Centro Comercial
Crescendo junto com a Vila A
H
á 16 anos no pedaço, o Supermercado Líder ganhou fama na cidade inteira, principalmente pela qualidade da carne vendida no açougue, que, aliás, foi onde tudo começou. O nome surgiu de uma enquete com os próprios clientes. O mercado é uma referência na região da Vila A e despertou a atenção da concorrência, que também se instalou por lá. A expansão imobiliária e a abertura de novas opções de comércio e serviços deram ainda mais fôlego. Acompanhando esse desenvolvimento, o Líder cresceu junto com a Vila A. O ano de 2007 marcou uma nova etapa da empresa, que passou por uma reforma geral, investiu em novos equipamentos e instalações e ganhou estacionamento próprio. Foi mais ou menos nessa época que a diretora-geral, Cleonice Costa de Almeida, entrou para o time com a missão de estruturar a marca, implantar processos internos e consolidar o padrão de atendimento. Atualmente são 4 mil
Cleonice Costa de Almeida, diretora do Líder Supermercados: estamos preparados para expandir
m², entre área de vendas, depósitos e câmaras frias. “O supermercado é muito bem estruturado, e o setor de perecíveis é o nosso diferencial”, explica Cleonice. A atenção especial é com as carnes,
hortifrútis e tudo que é feito na padaria, confeitaria, rotisseria e restaurante. “Cada setor tem um detalhe que a gente procura cuidar e melhorar cada vez mais para fidelizar o cliente”, garante.
?
Cadê a vaga que tinha aqui
O
maior fluxo de pessoas e, consequentemente, de carros circulando pelas ruas é um dos principais reflexos do crescimento da Vila A. É aí que está uma das maiores dificuldades que o comércio e os próprios consumidores enfrentam: a falta de estacionamento. Achar uma vaga na Av. Silvio Américo Sasdelli, no horário comercial, e no entorno, não é tarefa fácil, por isso os motoristas estacionam nos canteiros centrais em vários trechos de extensão da via, mesmo correndo o risco de serem multados, já que é proibido pelo Código
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de Trânsito. Para os infratores, essa é a alternativa encontrada para driblar a escassez das vagas. O assunto já foi até tema de audiência pública na Câmara de Vereadores e, de acordo com o diretor-superintendente do Foztrans, Carlos Juliano Budel, o instituto tem a intenção de implementar o estacionamento regulamentado. “Já estamos na fase final do processo licitatório para a contratação do serviço e o prazo previsto é de iniciarmos o sistema de estacionamento rotativo ainda no segundo semestre”, anuncia.
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Pecuária
Oeste paranaense pode ajudar o Brasil a se tornar a maior potência leiteira do mundo
O
Brasil tem potencial para se tornar o maior produtor de leite do mundo e, para isso, o Oeste do Paraná tem muito a contribuir. A produção leiteira é uma das atividades econômicas mais importantes da região – responsável por 25% do que se produz no estado. Especialistas reunidos no 6º Simpósio Internacional sobre Produção Competitiva de Leite da Região Sul (Interleite Sul), no Hotel Recanto Cataratas, nos dias 18 e 19 de junho, foram unânimes: o investimento na qualidade produtiva é a chave para promover o crescimento da produção leiteira no Brasil, atualmente mais voltada à mera subsistência e não a maior escala. Para mudar esse panorama, segundo eles, a saída é apostar em tecnologia e mão de obra qualificada. O evento teve o patrocínio da Itaipu Binacional e foi correalizado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) – ação de governança regional apoiada por diversas empresas e instituições, voltada à promoção do desenvolvimento econômico da região por meio da participação coletiva e da cooperação entre empresas públicas e privadas. “O objetivo do programa é potencializar as fontes de renda da região, e uma das nossas fortalezas é o leite”, afirmou o presidente do POD, Mário Costenaro.
“
Queremos que os nossos produtores se qualifiquem e cresçam, daí o nosso apoio ao evento”
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De acordo com Otamir César Martins, diretor da Secretaria de Estado da Agricultura, o Paraná atualmente é o terceiro maior produtor de leite do país, mas pode tornar-se o primeiro em qualidade. “Até 2018 seremos o estado livre de febre aftosa sem vacina, o que contribuirá para produzirmos leite de melhor qualidade”, declarou. O Brasil produz 25 bilhões de litros por ano, o suficiente para o consumo interno, mas tem condições de chegar a 125 bilhões. Hoje, os grandes exportadores são Austrália e Nova Zelândia, países que consomem apenas 10% de sua produção. Na Região Sul estão os maiores produtores de leite do Brasil. Segundo Marcelo Pereira, coordenador do 6º Interleite Sul, a realização do evento em Foz do Iguaçu foi oportuna. “Se queremos melhorar a qualidade do nosso produto e sermos um grande exportador, aqui é um bom lugar para começar”, disse.
Mais vantajoso Qualidade e produtividade, de acordo com o engenheiro agrônomo José Miguel Pretto, não estão diretamente relacionadas ao número de vacas, mas aos equipamentos adequados para a coleta, como resfriadores de expansão, ordenhadeiras e pastagens adequadas para alimentar os animais. “Com pouco investimento é possível triplicar a renda, pois a Região Sul e o Oeste paranaense já possuem dois fatores principais, que são o solo e o clima.” Um dos grandes problemas, segundo Pretto, é que para muitos produtores de leite a atividade é apenas complementar a outras tidas como principais, como o plantio de soja. Para ele, se os produtores compararem a lucratividade
da soja com a do leite, investirão no leite. Por exemplo, em uma área de dez hectares plantada com soja é possível obter renda líquida anual de R$ 15 mil. No mesmo espaço, com uma média de 30 vacas bem cuidadas e com o uso da tecnologia, garante-se renda líquida mensal de até R$ 8 mil. “Para podermos exportar e nos tornarmos potência, precisaremos de qualidade. Para isso, será necessário investir.” Foi essa comparação que incentivou José Cechhin a investir no leite em Santa Helena (PR). Com apenas dois hectares e 15 vacas, ele produz 280 litros da bebida por dia, enquanto outros, no mesmo espaço e com o mesmo número de vacas, conseguem apenas 150 litros. A diferença está no modo de trabalho. Além de ter a propriedade mecanizada, Cechhin mantém os animais bem alimentados e cuidados. “A higiene e o cuidado com as vacas são fundamentais para um leite de qualidade e com bom valor de mercado.” Resultado: receita líquida de R$ 3,5 mil por mês. Se plantasse soja, alcançaria R$ 500 no mesmo período. E ele quer mais. “Acredito que posso melhorar e crescer ainda mais. Vou trabalhar para isso.”
Itaipu e o leite De acordo com o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, a empresa apoiou o evento e colabora com o POD por ser preocupada com o desenvolvimento da região em que está localizada. “Não produzimos leite, mas, com o apoio da Itaipu, fazendas leiteiras estão produzindo energia a partir dos dejetos das vacas, além de obterem renda com a venda do leite”, disse. “Além disso, queremos que o Oeste paranaense cresça de forma sustentável e colabore para o desenvolvimento do Brasil.”
Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional
StarMilk Na Fazenda Iguaçu, localizada em Céu Azul, no Oeste do Paraná, fica a Leiteria StarMilk. Ela possui um rebanho de 500 vacas leiteiras em confinamento de 24 horas por dia. Lá é desenvolvido um projeto para a geração de energia elétrica a partir do tratamento sanitário da biomassa residual. A produção diária
de efluentes é de 200 m³ e de biogás por volta de 720 m³/dia. A leiteria utiliza todo o biogás para a produção de eletricidade e possui um grupo motogerador com potência instalada de 140 kVA, produzindo em média 900 kWh/dia. A fazenda opera em paralelo à rede da concessionária e vende os excedentes para a Copel. Para a produção de feno são utilizados biofertilizantes, gerando uma economia em torno de 30% nos
fertilizantes. Produção de energia: 22 MWh/mês; renda média extra no mês com a venda de excedente de R$ 500. A propriedade é uma das unidades de demonstração do Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás-ER), instituição científica, tecnológica e de inovação formada por 16 parceiros, entre eles Itaipu.
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Espaço Acifi
Pesquisa de clima visa a aprimorar o desenvolvimento organizacional e bem-estar dos colaboradores da ACIFI Ferramenta procura identificar o grau de engajamento da equipe e a satisfação com relação a diversos aspectos do trabalho desenvolvido na entidade
P
ara impulsionar o crescimento profissional das pessoas que compõem a sua equipe, a ACIFI vem investindo em iniciativas de capacitação, como cursos presenciais com foco em habilidades técnicas, comportamentais e de liderança. O principal objetivo é promover oportunidades para que os colaboradores ampliem suas habilidades e se preparem para novos desafios.
voluntária, e a adesão nas duas edições foi de 100%. Desta vez mais dois itens foram avaliados: reconhecimento e integração entre os departamentos. “A ideia é aprimorar o trabalho que vem sendo feito e favorecer um clima organizacional de maior satisfação, desempenho e produtividade tanto para a ACIFI como para seus colaboradores”, esclarece a psicóloga e consultora de RH Dionéia Gonçalves.
A estratégia faz parte de um trabalho implementado há dois anos para a melhoria do modelo de gestão de pessoas da entidade. Uma das principais ferramentas desse projeto é a pesquisa de clima organizacional, que procura conhecer a realidade e o sentimento dos colaboradores, com o propósito de planejar ações voltadas a melhorar os pontos que necessitam de atenção para aprimorar o desenvolvimento organizacional e o bem-estar deles.
Foram os resultados da primeira pesquisa que nortearam as demandas de capacitação da equipe interna. Segundo a psicóloga, o trabalho desenvolvido na ACIFI, e que já vem sendo adotado em outras empresas, contribui para estabelecer um canal de comunicação aberto e transparente com os funcionários. Ele também possibilita a captação e percepção de pessoas com o intuito de melhorar o ambiente corporativo, identificar as oportunidades e elaborar um plano de ação. “Os colaboradores ficam estimulados, pois sentem que podem ser ouvidos e prestigiados”, constata.
Realizada pela primeira vez em 2012 e novamente em maio deste ano, a pesquisa analisou seis critérios organizacionais: liderança, comunicação, relacionamento interpessoal, motivação, desenvolvimento e identidade organizacional. A participação foi
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No último ano foram realizados os treinamentos: Atendimento e Acolhimento ao Cliente; Lideranças
Tóxicas x Lideranças Eficazes; Comunicação Eficaz, Inteligência Interpessoal: Equipes Positivas; Autoeficácia e Desempenho, Foco e Gestão de Tempo. “Cada tema sempre busca o desenvolvimento de competências individuais como foco no melhor desempenho pessoal e profissional de cada colaborador”, reforça Dionéia. Todos os treinamentos são realizados em grupo, por isso contribuem com a união da equipe dentro da empresa, favorecendo um relacionamento mais efetivo e sadio. A pesquisa de clima tem o propósito de mensurar o conjunto de impressões dos empregados em relação ao seu ambiente de trabalho, percebido direta ou indiretamente e que influencia a motivação e o comportamento dessas pessoas. “Diante dos resultados pode-se constatar que houve uma melhora significativa no clima organizacional com o passar dos anos. O próximo passo será um workshop onde os colaboradores, junto com a orientação da psicóloga, decidirão as ações que desejam realizar nos próximos 12 meses para aprimorar os pontos que podem ser melhorados”, planeja a coordenadora operacional da ACIFI, Natalia Fuentes.
“
A pesquisa de clima tem o objetivo de mensurar o conjunto de impressões dos empregados em relação ao seu ambiente de trabalho, percebido direta ou indiretamente e que influencia a motivação e o comportamento dessas pessoas”
Colaboradores da ACIFI participam de cursos e capacitações
Práticas para um ambiente melhor e mais positivo
A
metodologia utilizada na pesquisa de clima e nos treinamentos da ACIFI foi fundamentada no modelo de Gestão Positiva nas Organizações. De acordo com Dionéia, esse modelo enfatiza as forças dos seres humanos, o seu desejo de realizar trabalho com significado e a possibilidade de as pessoas colocarem as suas energias a serviço do sucesso organizacional e do bem-estar
individual. “Através dele descobrimos que é perfeitamente viável atingir de maneira eficaz um clima organizacional prazeroso e produtivo como foco em resultados consistentes e de sucesso”, garante. Todo o trabalho realizado desde 2012 está inserido no Programa de Desenvolvimento em Gestão Positiva, que consiste num conjunto de
ferramentas e ações que vão desde a identificação das necessidades da organização e seus membros (pesquisa de clima) até a realização de intervenções (cursos e treinamentos). “Ajudando as pessoas a encontrar formas de organização e trabalho, conseguimos potencializar ao máximo suas capacidades”, conclui a psicóloga.
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Varejo
Nota Fiscal de Consumidor será obrigatória para empresários paranaenses Para estimular o consumidor a exigir o novo modelo de NFC-e, o governo estadual lançará em agosto o programa Nota Paranaense
A
os poucos, o comércio paranaense está emitindo a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), obrigatoriedade já em vigor em outros estados. O modelo definitivo começou a ser emitido em julho pelos postos de combustíveis. Em agosto, será a vez de lanchonetes, restaurantes, bares e livrarias; e a cada mês, parte da rede varejista do estado será incluída na nova rotina, conforme cronograma estabelecido pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). No total, 93 segmentos da economia e 203 mil estabelecimentos em todo o Paraná deverão adotar a NFC-e até o início de 2016. Ao substituir o cupom fiscal e a nota modelo 2, ou série D, emitidos em papel, o estado amplia o controle do lançamento das vendas do varejo e a fiscalização sobre o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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Na opinião de Elizangela de Paula Kuhn, presidente da ACIFI na gestão 2010/2011, é indispensável que os comerciantes fiquem atentos às novas regras, pois quem fatura acima de R$ 360 mil por ano tem a obrigação de enviar o SPEC ICMS caso não implante a NFC-e. “Isso demanda de rígidos controles internos e adaptações no software, portanto o empresário deve optar pela NFC-e urgentemente”, alerta. A emissão da NFC-e deverá ser feita por software adaptado para essa situação. “Os empresários precisam ficar atentos que diante da mídia que o estado irá fazer, o contribuinte vai pedir a nota com CPF, e isso força a empresa a adaptar-se, nos moldes que já ocorreu nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul”, avisa Elizangela.
Nota Paranaense – Os consumidores paranaenses poderão acumular créditos nas compras que realizarem nos estabelecimentos comerciais do estado, a partir de agosto, por meio da Nota Fiscal Paranaense. Inspirado na iniciativa do governo de São Paulo, o programa devolverá até 30% do ICMS pago pelo comércio para quem registrar o número do CPF no ato da compra, sem necessidade de cadastro prévio. Os créditos serão revertidos em dinheiro depositado em conta-corrente ou em forma de desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O cadastro será exigido quando o consumidor for consultar o saldo acumulado e solicitar o resgate. A previsão é que os créditos estejam disponíveis três meses depois de cada compra.
“
Programa Nota Paranaense, que incentiva o consumidor a pedir nota fiscal, inicia em agosto.”
Calendário De acordo com o cronograma da Receita Estadual, a adesão de todas as empresas do estado deverá acontecer até janeiro de 2016. Confira o prazo para adesão às obrigatoriedades por setor:
1º/7/2015 – Postos de gasolina.
1º/8/2015 – Bares, restaurantes, lanchonetes e similares, casas de chá e sucos, cantinas, serviços ambulantes de alimentação, comércio varejista especializado em instrumentos musicais e acessórios, livros, jornais, revistas, discos, DVDs e fitas, artigos de viagem, artigos pirotécnicos, artigos de ótica, armas e munições, fornecimento para alimentos para consumo domiciliar.
1º/9/2015 – Comércio e varejo de automóveis, camionetas, motos e utilitários novos e usados, de peças, pneus e acessórios, comércio de calçados, tecidos, armarinhos, gás, lubrificantes, suvenires, bijuterias e artesanatos.
1º/10/2015 – Padarias, joalherias, relojoarias, comércio de artigos usados e suprimentos para informática, de iluminação, telefonia, eletrodomésticos, produtos de limpeza e equipamentos de áudio e vídeo, móveis.
1º/11/2015 – Lojas de vestuário, de cartuchos, plantas e flores, objetos de arte, equipamentos para escritório, tintas, materiais elétricos e hidráulicos e materiais de construção em geral.
1º/12/2015 – Lojas de departamentos, vestuário, decoração, lojas de conveniência, duty free de aeroportos, brinquedos, caça, pesca, papelaria, cama, mesa e banho, perfumaria, animais vivos, embarcações, docerias, equipamentos para fotografia, ferragens, ferramentas e artigos de madeira.
1º/1/2016 – Hipermercados, supermercados, minimercados, mercearias, armazéns, laticínios e frios, açougues e peixarias, hortifrutigranjeiros, alimentícios em geral, farmácias comerciais e de manipulação, homeopáticas, veterinárias, artigos médicos e ortopédicos e comércio varejista em geral.
“
A obrigatoriedade da NFC-e pelos 203 mil estabelecimentos de varejo do Paraná deverá ser completamente implantada até janeiro de 2016.”
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Faciap
Pacto pela retomada do crescimento
A
s Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná vêm a público manifestar imensa preocupação com o momento especialmente delicado do Brasil e do Paraná. A situação política e econômica tal como se encontra, com o aumento das taxas de juros e da energia elétrica, com as greves de servidores, desvalorização da moeda, inchaço da máquina pública e assistencialismo público demasiado, não traz benefícios a ninguém, muito pelo contrário, pois somos todos chamados a pagar uma conta alta demais. No estado do Paraná, segue-se a mesma linha de onerar a classe produtiva. Sem os devidos estímulos, garantias e reformas, há o enfraquecimento dos setores econômicos, a redução dos índices de produtividade, o sucateamento generalizado, o desemprego, a queda da arrecadação de impostos e o empobrecimento, dentro de um círculo vicioso de perdas. A classe empresarial quer e está disposta a realizar um pacto pela retomada do crescimento junto aos governos estadual e federal e à sociedade civil organizada, a fim de fazer todos os ajustes necessários para a consolidação de um país com empresas competitivas,
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com remunerações e benefícios justos e com o pagamento de uma carga tributária adequada à realidade. Porém exige uma contrapartida justa, coerente e equilibrada por parte dos líderes públicos. Não podemos continuar tratando os sérios problemas com as mesmas receitas. A classe produtiva não suporta mais ser a única a pagar tão pesada conta, pois se para os governantes parece fácil aplicar o aumento da carga, para o setor produtivo é vital que os gestores públicos façam os cortes e ajustes necessários na máquina pública, assim como temos de fazer em nossas empresas e famílias. É necessário que o cidadão saiba o tamanho do Estado que ele quer, para evitar o empobrecimento do país. O Brasil e os brasileiros têm virtudes e talentos que não podem ser desperdiçados e ignorados em nome de projetos efêmeros e que não garantam as respostas de que o país verdadeiramente precisa. A construção de uma nação, no nome e na essência, passa pelo trabalho e pela humildade em reconhecer que essa tarefa só será executada com êxito com o dedicado envolvimento de todos.
As circunstâncias nos oferecem, mais uma vez, uma grande oportunidade para acertar, e ela não pode, de modo algum, ser desperdiçada. Afinal, historicamente, sabemos quais são as consequências dos vários planos anti-inflacionários já aplicados em nosso país, como na década perdida dos anos 1980. É da dificuldade que surgem as grandes ideias e os projetos transformadores. Em vez de procurar culpados e de fomentar disputas sem vencedores, a hora se mostra ideal para a reflexão coesa, isenta e que coloque as verdadeiras necessidades nacionais como prioridade. O diálogo e o bom senso, duas das lições mais importantes que a história nos lega, devem prevalecer, independentemente de ideologia política e do poder público, para que as soluções para uma das mais sérias crises nacionais sejam eficientes e duradouras. Dessa forma, evita-se que o povo brasileiro perca suas conquistas obtidas ao longo dos últimos anos. Por fim, que valores positivos como a ética, a transparência, o respeito, a justiça e a responsabilidade prevaleçam em cada um nas relações com os outros para o desenvolvimento do nosso estado e do nosso país.
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Saúde e alimentação
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Redes educacionais
O
s benefícios de ser associado à ACIFI vão além dos serviços oferecidos pela entidade. Por meio de convênios, quem é filiado desfruta também condições especiais em importantes empresas e prestadores de serviço de Foz do Iguaçu. São descontos em concessionárias e instituições de ensino, entre outros. Confira as empresas que fazem parte da rede de vantagens ACIFI:
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