REVISTA #08
EM CENA,
O EMPREENDEDOR EMPRESÁRIOS IGUAÇUENSES REVELAM COMO ESTÃO TRANSFORMANDO O DIA A DIA DOS NEGÓCIOS COM MEDIDAS SIMPLES E CRIATIVAS. NUTRICARD
Invista nos seus colaboradores e pague menos encargos
COMPRE DO PEQUENO
Sebrae lança campanha de incentivo ao consumo em pequenos negócios
OESTE EM DESENVOLVIMENTO
Cooperativas fortalecem ainda mais o programa regional Revista ACIFI | Página 1
DIRETORIA DA ACIFI - GESTÃO 2014/2016 João Batista de Oliveira Presidente Célia Rosa Vice-Presidente Danilo Vendruscolo Segundo Vice-Presidente Marcio Marcon Diretor Financeiro Rogério Soares Böhm Diretor Administrativo Phelipe Mansur Diretor de Prestação de Serviços Luciano Tita Diretor de Comunicação e Marketing Rudney Lopes Vargas Diretor de Associativismo Faisal Mahmoud Ismail Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social Mario Alberto Chaise de Camargo Diretor de Comércio Exterior
Revista ACIFI é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da associação ou pelo e-mail imprensa@acifi.org.br Ano II
Número 08
Setembro/2015
Andréa David Jornalista responsável MTB 3059 Lucas Marcoviz Florão Publicidade e design Kiko Sierich Fotografia Alexandre Palmar Reportagem Douglas Furiatti Revisão Dimas Bragagnolo Diretor-Executivo Natalia Fuentes Coordenação operacional César Ferreira dos Santos Departamento Comercial
Beatriz Rodrigues Diretora de Comércio e Serviços
Colaboradores Abilene Rodrigues, Claudio Dalla Benetta, Janaine Merchiori, Juliana Dotto e Marina Delai
Leandro Costa Diretor de Indústria, Infraestrutura e Logística
Impressão Gráfica MGM
CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Walter Venson
Tiragem 5 mil exemplares
Conselheiros Fábio Hauagge do Prado, Paulo Pulcinelli Filho, Carlos Silva, Valdirlei Baranoski, Joel de Lima, Kamal Osman, Manuele Fritzen, Djalma Fonseca, Altino Voltolini, Ana Cristina Nóbrega CONSELHO FISCAL Antonio Luiz Breda, Oscar Elmiro Canesso, Elias João Dandolini, Elizabeth Arrais Soares, Luiz Antônio de Lima, Amauri Nascimento
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www.acifi.org.br ACIFI – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro CEP: 85851-080 Central de Atendimento (45) 3521-3300 atendimento@acifi.org.br
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ESPECIAL - EmPrEEndEdorISmo Como o empreendedorismo e a inovação estão transformando a história de empresas iguaçuenses
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GEStão dE PESSoAS Está feliz no trabalho? Em sua coluna, a psicóloga, coach e consultora de RH, Dionéia Gonçalves reforça a ideia de que um ambiente de trabalho saudável e positivo está diretamente relacionado à maior produtividade e lucro.
ASSoCIAdo ACIFI DPaschoal, uma das maiores empresas de serviços automotivos do país, é associada ACIFI desde 1988.
ConSumo 5 de outubro será o marco do Movimento Compre do Pequeno Negócio. Você já pode fazer a sua parte, incentivando, priorizando e fortalecendo os pequenos negócios nas suas compras.
oEStE Em dESEnvoLvImEnto As maiores cooperativas da região aderem ao programa.
CEntro ComErCIAL Na série de reportagens sobre os centros comerciais de Foz do Iguaçu, a Revista ACIFI mostra nesta edição o crescimento do Morumbi e os associados que têm negócios no bairro.
ESPAço ACIFI Conheça a estrutura e a história da Junta Comercial do Paraná, instalada há 29 anos na ACIFI.
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Palavra do presidente
A palavra é inovação
O
atual cenário econômico brasileiro não é fator que conceda boas expectativas para a grande maioria dos empresários. Cada vez mais, as empresas se veem obrigadas a cortar os gastos e diminuir a folha de pagamento. O faturamento cresce em ritmo lento, e o investimento em melhorias e desenvolvimento é tratado com cada vez mais cautela. Para sobrevivência no mercado, os empresários tentam diferenciar seus produtos e serviços perante a concorrência. Dentro desse contexto, o investimento em inovação é crucial para garantir o poder competitivo da empresa e gerar valor aos clientes, de maneira a conseguir uma fatia maior de mercado. Segundo dados do ranking do Fórum Econômico Mundial, divulgado neste ano, apenas 6% dos empresários brasileiros investem em inovação em produtos e/ou serviços, fator que faz com que o país amargue a última posição no rol mundial de inovação. De fato, esse é um número tímido, mas nessa estatística tem muita gente dando o primeiro passo de olho no futuro.
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E quando entramos nesse âmbito, temos várias empresas, de vários segmentos, em Foz do Iguaçu como exemplo. Elas investem em inovação e conseguem destacar-se no mercado atual. E quando falamos em inovação, não são apenas as grandes, e sim negócios de pequeno e médio porte que estão buscando diferenciais para garantir sobrevivência e crescimento nos próximos anos. Inovar consiste em transformar, de forma sistemática e estratégica, conhecimentos novos em resultados de negócio. Não se pode falar em inovação sem que se possam medir resultados efetivos de lucratividade para um determinado negócio. De outro lado, para aumentar a geração de resultados, inovar não consiste em fazer mais do mesmo, mas sim em incorporar ideias e conhecimentos novos, quer nos produtos quer nos processos de uma empresa, para obter resultados superiores que sejam valorizados pelos clientes da organização. É disso que trata a reportagem especial da oitava edição da Revista ACIFI. Reconhecer e mostrar empreendedores
João Batista de Oliveira, presidente da ACIFI
associados da ACIFI que estão inovando são uma forma de contribuir para apontar os caminhos do desenvolvimento econômico do Paraná. A revista aborda também o comércio de um dos bairros mais populosos da cidade, o Morumbi, onde há muitas empresas instaladas que movimentam a economia local. Ao destacar negócios iguaçuenses com potencial inovador e que investem nas comunidades em que estão inseridos, a ACIFI cumpre um dos seus principais papéis na sociedade: o de valorizar nossa terra e nossa gente. Também não podemos deixar de ressaltar o novo serviço oferecido aos associados da ACIFI. Trata-se da Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e), 100% on-line, com extrema facilidade de uso e que ainda oferece arquivamento superseguro a um custo realmente muito baixo. Vale a pena conhecer. Boa leitura a todos.
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Varejo
Catiuse: fiz questão de escolher uma ferramenta da associação
Comerciantes aprovam NFC-e da ACIFI Empresários avaliam Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica como prática, segura e acessível
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omerciantes iguaçuenses têm aprovado o serviço de Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) oferecido sob medida pela ACIFI e Faciap para estabelecimentos de pequeno, médio e grande porte. Os empresários associados à entidade destacam a praticidade do sistema 100% on-line, a facilidade de uso e a segurança no arquivamento dos dados. A NFC-e é uma obrigatoriedade no Paraná. A legislação estadual determina a adesão gradativa ao sistema de todas as empresas paranaenses até janeiro de 2016. Com a emissão da NFC-e, tanto o empresário quanto o consumidor terão mais segurança nas transações comerciais. Por outro lado,
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os empresários que sempre pagam seus impostos sofrerão menos com a concorrência desleal de quem sonegava. A solução oferecida pela Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu e Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná visa justamente a “facilitar o cumprimento da legislação e, ao mesmo tempo, oferecer uma ferramenta eficiente aos associados”, afirmou o presidente da ACIFI, João Batista de Oliveira. Proprietária do Recanto da Moda, Catiuse Mondardo gostou da prontidão da equipe da associação, que forneceu, de bate-pronto, todas as informações necessárias para o uso da plataforma.
“Como sou associada há dez anos, fiz questão de escolher uma ferramenta da associação para valorizar ainda mais o associativismo. O treinamento foi simples e rápido. Já estou passando o conhecimento para as funcionárias”, elogiou a empresária, cuja loja fica na Avenida Carlos Gomes. Sobre a obrigatoriedade da legislação, Catiuse afirma que a atual geração está vivendo uma mudança de comportamento em relação a direitos e deveres. Em sua opinião, a empresa que não cumprir suas obrigações fiscais estará com os dias contados, pois mais cedo ou mais tarde a sonegação será descoberta. “Todos somos consumidores e podemos, inclusive, somar crédito ao
informar o CPF para colocar nas notas”, completou.
Único no mundo Entre os usuários do serviço está o empresário Guilherme José Aliciewica, que há oito anos tem uma loja de móveis na Rua Almirante Barroso. Ele conta que teve o maior prazer de trocar o bloco de papel pelo sistema informatizado. “A mudança é para o bem de todos. Será bom para a cidade, estado e país, mas desde que o aumento da arrecadação seja revertido em saúde, educação e segurança”, destacou. O empresário informa ter aproveitado o momento para voltar a ser associado e
adquirir um pacote mensal de serviços que inclui NFC-e, SPC e Serasa por um valor muito acessível. “Nenhum lugar do mundo oferece isso”, disse o proprietário da Móveis Guilherme, frisando que o apoio dos representantes do Departamento Comercial da ACIFI foi fundamental para aprender a utilizar a plataforma com facilidade.
física ou jurídica) em operação interna. A ferramenta da ACIFI e Faciap permite mais desburocratização, agilidade, transparência e eficiência, com redução de custos, melhoria na operação e arquivamento seguro. O sistema dispensa qualquer tipo de instalação no computador.
Prática e acessível A NFC-e é um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o objetivo de documentar as operações comerciais de venda presencial. Também passou a ser obrigatório em venda para entrega em domicílio ao consumidor final (pessoa
Entre em contato com um dos representantes da associação pelo telefone (45) 3521-3304 ou pelo e-mail vendas@acifi.org.br e solicite uma visita.
Guilherme: apoio da ACIFI foi fundamental para aprender a utilizar a plataforma com facilidade
CPF na nota! A
os poucos as pessoas estão criando o hábito de pedir o CPF na nota fiscal de compra de produtos. O Nota Paraná já conta com mais de 500 mil consumidores cadastrados. O auditor fiscal James de Andrade, coordenador de Comunicação do programa, lembra que todos os sistemas que emitem documento fiscal no Paraná estão habilitados à inclusão do CPF, o que inclui aquela nota feita manualmente pelo comerciante ou o cupom fiscal. Se o lojista não possuir a Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica, o registro das vendas junto à Secretaria da Fazenda poderá ser feito até o dia 15 do mês seguinte ao da operação. Outra dúvida comum diz respeito ao crédito que será gerado aos consumidores. Andrade explica que, mensalmente, o lojista faz um fechamento para calcular o imposto que vai pagar, e 30% do valor que for efetivamente recolhido por ele
será então devolvido aos clientes que pediram CPF na Nota. Esse valor pago vai ser rateado entre os clientes, proporcionalmente aos valores das compras que cada um realizou no estabelecimento. Por exemplo: uma pessoa fez uma compra de R$ 40, outra gastou R$ 80 e uma terceira comprou R$ 280 em produtos. Apenas as três pediram CPF na nota, totalizando R$ 400. Assim, pela ordem, uma terá direito a 10% do rateio; a outra, a 20%; e a terceira, a 70%.
“O rateio independe do tipo de produto que você comprou e qual imposto foi destacado na sua nota fiscal”, explica Andrade. O cálculo e a liberação dos créditos do Nota Paraná acontecerão no terceiro mês após a compra. Os inscritos no programa também participarão de sorteios de até R$ 50 mil em dinheiro. O primeiro será em novembro. Cada R$ 50 em compras dá direito a um bilhete eletrônico para o sorteio, feito com base na loteria federal.
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Envie sugestões, críticas ou comentários para o imprensa@acifi.org.br.
“Se tem um equipamento para recarregar de otimismo a nossa consciência e o comportamento como cidadão iguaçuense, ele é a revista da nossa ACIFI. O volume de informação supercredível abastece nosso entendimento e orienta o nosso comportamento dentro da comunidade, nos fazendo cada vez mais acreditar no futuro.” Chico de Alencar, jornalista
“Desde a primeira edição, a TAM Viagens sempre acreditou nesse importante veículo de divulgação. Com um editorial arrojado, moderno, composição gráfica de primeira qualidade, a Revista ACIFI nasceu conquistando a confiabilidade e a credibilidade de investidores e anunciantes.” Mario Roberto Oliveira Leite, gerente comercial TAM Viagens – Foz do Iguaçu
“A Revista ACIFI é benfeita e traz assuntos de interesse dos associados e também dos moradores de Foz. Particularmente gosto do espaço ao Programa Empreender, pois dá visibilidade às ações dos núcleos.” Vilma Raquel Ultchak, empresária
“Gosto de ler a revista da ACIFI para ficar por dentro das novidades, ações e projetos voltados não só para apoiar empresas e empresários, mas também o desenvolvimento da cidade. É mais uma forma de buscar informações importantes, como a matéria da edição passada sobre a nota fiscal eletrônica, bastante clara, informativa e rica em detalhes.” Aline Aguayo, empresária
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Economia
José Borges Bomfim Filho é economista sênior e diretor de Desenvolvimento do Turismo da Secretaria Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu
Inovação: um ato empreendedor
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m dos economistas mais importantes da primeira metade do século 20, Joseph Alois Schumpeter (1883-1950), afirmava que a inovação é um “ato empreendedor” e que é o motor de toda a atividade empreendedora. Não nos surpreende que essa afirmação seja tão atual, pois o produto da inovação é aquilo que o empreendedor busca: o valor. O empreendedor encontra na inovação uma grande aliada, uma vez que inovar surge da necessidade de criar novos caminhos e estratégias, diferentes daqueles habituais, para atingir determinados objetivos. Inovar é, sobretudo, inventar, sejam ideias, processos, ferramentas ou serviços. A inovação é um ato de empreender quando exige dos atores características próprias de empreendedores, tais como: imaginação, determinação, organização, liderança e conhecimento. Sendo assim, podemos afirmar que ser inovador é ser empreendedor. Tanto no inovar quanto no empreender, o indivíduo parte de uma ideia ou de um sonho para a ação e a concretização dele. Porém inovar para um empreendedor assume um grau de importância mais elevado, uma vez que este não se restringe a criar novos produtos, serviços ou tecnologias, indo além quando cria novos conceitos e modos de organizar uma empresa. Ressalta-se que tanto o empreendedor quanto o inovador, que não raro são a mesma pessoa, buscam atingir um mesmo
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objetivo: agregar valor. Por isso é que Schumpeter reconhecia que a inovação também é o motor do desenvolvimento. Ela tem a capacidade de otimizar o uso dos recursos, promover a produtividade e satisfazer as necessidades humanas. O inovador, assim como o empreendedor, busca solucionar problemas práticos do cotidiano das pessoas e promover os mais elevados níveis de qualidade de vida para a sociedade; logo, um se confunde com o outro. O inovador propriamente dito é um empreendedor que tem como propósito gerar valor para a humanidade. Entretanto o empreendedor vai mais longe e atua nas três fases do valor: geração, realização e apropriação. Ele atua tanto na criação de produtos ou serviços quanto na criação dos novos negócios e, ainda, na distribuição do produto da inovação para a sociedade. Enfim, toda a história da humanidade foi marcada por inovações, como aquelas que ocorreram com a tecnologia da informação. Mas é por meio do empreendedorismo que tais inovações são colocadas ao alcance de todos. Permitir o acesso de todos aos valores criados pela inovação é, sem dúvida, uma grande inovação – e isso só faz quem tem espírito empreendedor. É neste sentido que o empreendedor faz a diferença, pois coloca as inovações a serviço de todos, ao mesmo tempo em que é um grande inovador.
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Gestão de pessoas
Dionéia Gonçalves, psicóloga, coach e consultora de RH. Responsável pelo Programa de Desenvolvimento em Gestão Positiva.
Pessoas felizes produzem mais!
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m número crescente de pesquisadores, consultores e profissionais que se dedicam ao estudo das relações e comportamentos do mundo corporativo vem confirmando uma tendência: um ambiente de trabalho saudável e positivo, orientado à disseminação da felicidade dentro da organização, está diretamente relacionado a maior produtividade e lucro. Esse foi o tema de uma reportagem da revista Você RH, publicada em março deste ano. Quando o local de trabalho é desenhado e gerido de modo a criar significado para os seus trabalhadores, eles tendem a ser mais saudáveis e felizes. Dentro de um modelo antigo e defasado de gestão, os critérios para o sucesso, tanto das empresas quanto dos seus profissionais, eram aferidos em função de carreira, remuneração, status e poder, entre outros. São aspectos que ainda revelam seu grau de importância, mas não determinam o sucesso. Na Gestão Positiva nas Organizações, o sucesso é aferido em função do grau em que as pessoas conseguem obter sentido para a vida, conciliar trabalho com família, contribuir de fato para o bem da sociedade e ser respeitadas pelos outros. O modelo de desenvolvimento em Gestão Positiva preconiza, antes de qualquer coisa, um clima organizacional saudável, com princípios de comportamento organizacional positivo, tais como: pessoas detentoras de forças e capacidades psicológicas positivas, e essas mesmas pessoas podendo desenvolver e gerir suas forças de maneira eficaz para a melhoria do desempenho organizacional e para sua própria realização pessoal. Abordagem positiva pode ser usada como alavanca para estimular formas alternativas e construtivas de pensar a gestão, como incentivar virtudes, abrir-se à diversidade, respeitar a
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dignidade humana, manter a atenção na excelência, promover a cooperação e um clima de confiança e, claro, não ignorar a felicidade, o bem-estar e a qualidade de vida. Os efeitos da positividade organizacional também acontecem de dentro para fora, isto é, podem impactar positivamente a satisfação dos clientes. Atualmente, a infelicidade no trabalho é realidade. As atividades são encaradas como algo mecânico, sem sentido, no qual não há motivação e realização. A busca de resultados a todo custo, somada ao acúmulo da insatisfação, pode criar um clima de negatividade, implicando a baixa qualidade de vida pessoal e resultando em doenças decorrentes do estresse e consequente perda da eficácia. Novos dados divulgados pelo The Boston Consulting Group (BCG) e pela Federação Mundial de Associações de Gestão de Pessoas (WFPMA) revelam que os recursos humanos com alto desempenho ajudam a impulsionar a performance financeira das empresas. O investimento em treinamento para todos é uma oferta valiosa que as firmas que desejam prosperar ainda mais podem fazer ao seu pessoal. O desenvolvimento contínuo dos líderes, por exemplo, faz toda a diferença para eles manterem o equilíbrio emocional diante das pressões do dia a dia, reconhecerem e valorizarem o trabalho feito pelos seus liderados, saberem delegar e cobrar de maneira eficaz. A felicidade no ambiente corporativo hoje é considerada algo que diferencia e coloca a empresa num patamar competitivo muito superior a outras empresas que não estão atentas a esse novo modelo de gestão. A Gestão Positiva reduz turnover, atrai e mantém talentos. A empresa torna-se inovadora e criativa e conserva o desempenho de todos acima da média da concorrência.
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DPaschoal, uma das maiores empresas de serviços automotivos do país, é associada ACIFI desde 1988
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berta em abril de 1988, a DPaschoal trouxe para Foz e região estrutura organizada e atendimento especializado ao consumidor. De lá para cá, aprimorou conceitos e acompanhou a evolução do mercado, mas sem perder o jeito acolhedor de atender o cliente. A loja trabalha com uma gama de produtos e serviços voltados aos segmentos leve e pesado. “Realizamos balanceamento, alinhamento, troca de amortecedor, freio, suspensão, vendemos e trocamos pneu de passeio, caminhão e trator”, enumera o gerente Vilmar Schwendler, que já soma 27 anos dedicados ao grupo fundado por Donato Paschoal, em Campinas, em 1949. Segundo Vilmar, a empresa possui dez indústrias de recapagem. Uma delas fica em Cascavel, o que representa
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um diferencial para caminhoneiros e frotistas. “Entregamos aos nossos clientes produtos e serviços de primeira linha. Agindo sempre de forma ética e precisa nos diferenciamos no segmento, especialmente em Foz do Iguaçu, que apresenta um mercado bastante acirrado e competitivo”, garante. Em junho de 2015, o Grupo DPaschoal comemorou 66 anos e é hoje uma das maiores empresas na área de prestação de serviços automotivos do Brasil. São 200 lojas próprias e 857 credenciadas em sete estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás. Reconhecida e premiada nestes dois últimos anos, a política “Medir e Testar Antes de Trocar”, inserida no programa “Economia Verde”, entrega ao cliente um diagnóstico correto sobre a troca de peças de seu veículo. O conceito da
empresa ensina o consumidor a medir a dimensão do problema, testar a peça que possivelmente deve ser trocada e avaliar a condição dela, para evitar a substituição desnecessária e o aumento do despejo irregular de itens no meio ambiente. Além desse conhecimento sobre a real situação das peças de seu veículo, o cliente colabora com a sustentabilidade do planeta e o descarte adequado de peças. “A educação é uma característica muito forte dentro da DPaschoal, e isso nos une à ACIFI”, aponta Vilmar. Para ele, a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu sempre realiza cursos e palestras que oferecem ao associado capacitação técnica e informação atualizada, além de promover um ambiente empresarial favorável.
Vilmar Schwendler é o gerente da DPaschoal, loja associada à ACIFI desde 1988: “Essa parceria é muito importante para nós”
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Por dentro da lei
Marcelo de Brito Almeida, advogado,especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil
Apto ou não para o trabalho?
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ompartilho experiências sobre uma situação que a cada dia se torna mais comum: o empregado afastado temporariamente por doença ou acidente é “liberado” pelo INSS, mas o exame de retorno ao trabalho feito pela empresa constata “inaptidão”, ou o próprio empregado se nega a retornar porque fala que não possui condições físicas. Nesse momento, o empresário pode não saber o que fazer. Estamos diante de um verdadeiro “limbo jurídico”. Quando isso acontece, entendemos que a primeira atitude do empregador é, ainda que exista inaptidão, amparar o trabalhador, ou seja, uma vez sendo considerado apto ao trabalho pelo INSS, não pode, mesmo que discutível tal situação, deixá-lo no meio do fogo cruzado. É dever do empregado retornar ao trabalho. A empresa, por sua vez, pode procurar resolver a situação do funcionário encontrando naquele momento um local ou setor em que a pessoa possa de alguma forma, ainda com limitações, auxiliar a firma. Nesse momento, o empregado será readaptado ao que pode exercer naquela circunstância. O salário deve ser pago normalmente. Porém, existem situações – aliás, cada vez mais comuns – em que o colaborador alega que não pode retornar ao trabalho, pois realmente não tem condições de fazer qualquer atividade. O empregado informa também que irá recorrer da decisão da alta do INSS na Justiça. Mesmo assim, entendemos que a empresa deve fazer com que ele retorne às atividades, em função da decisão do órgão oficial. Se o trabalhador recusar-se, cabe uma advertência por parte da empresa, informando que poderá ocorrer abandono de emprego, inclusive. Passados 30 dias sem o retorno ao trabalho, pode ser caracterizado abandono de emprego. A firma também pode fazer outra advertência, por escrito, de que não pagará qualquer salário se o funcionário, ainda que recorra da decisão do INSS, não aparecer para trabalhar. O que ocorre muitas vezes é que o empregado se nega a trabalhar,
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mas o empresário não formaliza nenhum documento nesse sentido. As duas partes fazem um acordo informal de esperar a ação judicial que contesta a decisão do INSS, para que ele retorne ou não ao trabalho. Passa o tempo e a Justiça acaba negando o direito do trabalhador. O empregado, desesperado, vai até o empregador à espera de uma solução. O problema para a empresa é que o colaborador não trabalhou nem conseguiu reformar a decisão do INSS, que declarava que ele estava apto. Nesse momento, a empresa deve determinar o retorno dele ao trabalho, e nesse caso corre o risco de pagar todos os salários do período em que tramitou a ação contra o INSS na Justiça, por não ter documentado corretamente a situação. Não são raros os casos nos quais o processo dura mais de um ano e nesse período o empregado não recebe salário, nem benefício previdenciário. A recomendação é a de que o empresário deve ter cuidado redobrado, pois os princípios da relação de direito ou do Direito de Trabalho protegem mais o trabalhador, em função de sua posição de menor poder de decisão nessa relação. Assim, o ônus da decisão e, consequentemente, da responsabilidade é transferido ao empregador.
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Cidadania
Centro de Nutrição
22 anos de solidariedade
Rede do bem: Nelly Lee, Betina Bauken Grechi e Gelsi Rücker fazem parte da diretoria que se dedica a manter a instituição, a qual sempre contou com a ajuda de voluntários e doações da comunidade
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Centro de Nutrição Infantil completa 22 anos de história em setembro. Os serviços prestados gratuitamente pela entidade já ajudaram a transformar milhares de vidas em Foz do Iguaçu. A instituição atende bebês, crianças e jovens com desnutrição, alergias alimentares, anemias, obesidade, entre outros distúrbios nutricionais. Algumas são prematuras ou apresentam quadro de baixo peso. Para todas elas é oferecido atendimento ambulatorial. Nos casos de crianças com até 5 anos que exigem tratamento mais intensivo, há o internamento de segunda a sexta-feira, o que permite avaliações diárias do quadro de saúde.
Por trás de todo esse trabalho estão 17 funcionários e uma diretoria formada por 18 pessoas, todas voluntárias no projeto. Três médicos e uma auxiliar de enfermagem cedidos pela Prefeitura reforçam o quadro.
Gestantes e brasileiras que moram no Paraguai são beneficiadas com um ambulatório do Centro Materno-Infantil.
Segundo ela, o atendimento ainda abrange a família com o trabalho de uma psicóloga e uma assistente social.
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A presidente da entidade, Nelly Lee, explica que a atuação do Centro de Nutrição vai muito além da proposta de quando ele foi criado em 1993. “Inicialmente, o foco eram crianças com quadro de desnutrição, mas com a crescente demanda a entidade evoluiu e hoje também conta com a dedicação de profissionais da área de enfermagem, nutrição e fisioterapia”, destaca.
O financiamento da instituição se dá por meio de parcerias com o poder público, mas principalmente com a doação de voluntários. Há várias formas de ajudar o Centro de Nutrição Infantil, podendo ser com roupas, fraldas e até vale-transporte, fornecido para que as mães levem seus filhos. Leites especiais para bebês com restrição alimentar e alimentos estão entre as maiores necessidades. Acesse o site www. centrodenutricao.org.br, preencha o cadastro para ser doador ou voluntário e confira a programação de eventos como bazares para arrecadação de recursos. SERVIÇO Rua Antonio Raposo, 642. Centro. Foz do Iguaçu Fone (45) 3574-4190 E-mail: cenni@compubras.com.br
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Faciap
Liderança é o tema da XXV Convenção FACIAP Janaine Stoco Merchiori
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stão abertas as inscrições para a XXV Convenção Anual da FACIAP (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), no site do evento. Neste ano, o tema do maior evento empresarial do Paraná é “Líderes como Atores para o Desenvolvimento”. A convenção será nos dias 25, 26 e 27 de novembro, no Recanto Cataratas Thermas, Resort & Convention, em Foz do Iguaçu. De acordo com o presidente da federação, Guido Bresolin Junior, o evento vem ao encontro do propósito da atual gestão da entidade, que congrega 295 Associações Comerciais e Empresariais (ACEs) em todo o estado. “Estamos realizando um trabalho de sincronização de lideranças, e a convenção trará grandes nomes para abordar o assunto em diferentes tons. Mais do que nunca, este é o ano em que nossos líderes precisam se aprimorar
para levar o desenvolvimento econômico e social adiante em nossas comunidades, nosso estado e nosso país”, afirma. Um dos principais destaques da programação é a palestra magna prevista com o ex-presidente do Uruguai José Alberto Mujica e do coach internacional Sean Brawley, que falará sobre maestria e alta performance pessoal e profissional de longo prazo. Ele já atuou em importantes companhias e times internacionais. Heloisa Capelas, do Centro Hoffman de Quadrinidade, também abordará a liderança, destacando o papel de cada um para o início desse processo. O pastor Claudio Duarte, que se tornou conhecido em todo o país pelo seu carisma ao tratar de temas do cotidiano, será o destaque do último dia da convenção.
Guido Bresolin Junior é empresário e presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná)
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Os painéis técnicos voltados aos Conselhos e à Rede de Benefícios FACIAP estão também na programação, além das lideranças das entidades representantes do setor produtivo, que apresentarão o cenário para 2040 a partir de sua atuação no cenário paranaense. O Sebrae/PR irá realizar, durante o evento, a solenidade de entrega do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios e Prêmio MPE Brasil na sua etapa estadual.
Inscrições abertas Mais informações e inscrições para a XXV Convenção FACIAP disponíveis no site www.faciap.org.br/site/convencao.
Manda bem, manda sabor, ® manda SUBWAY.
Frango Bacon Sublime
Restaurantes SUBWAY® Av. Jorge Schimmelpfeng, 230 - Centro Av. Costa e Silva, 185/315 - Cataratas JL Shopping Av. Sílvio Américo Sasdelli, 2.501 - Vila A Av. República Argentina, 3.038 Imagem meramente ilustrativa. © 2015 Doctor’s Associates Inc. SUBWAY® é uma marca comercial registrada de Doctor’s Associates Inc.
@subwaybrasil
/subwaybrasil www.subway.com.br Revista ACIFI | Página 21
Foz Futuro Limpo arrecada 5 toneladas de lixo eletrônico
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ealizada em agosto, a quarta edição do Foz Futuro Limpo arrecadou cerca de cinco toneladas de lixo eletrônico. Todo o material foi encaminhado para o barracão da empresa responsável pela recepção, triagem e destinação correta, permitindo a reciclagem de componentes e preservando o meio ambiente. “No ano que vem, a ação terá novidades, e pretendemos reforçar a conscientização com os alunos das escolas do município”, anunciou o coordenador do Núcleo de TI, James Bortolini. O engenheiro ambiental Cassiano Cominetti alerta que o lixo eletrônico não pode ser descartado juntamente com o lixo comum porque os equipamentos têm produtos tóxicos, que são altamente poluentes. Mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio são alguns dos elementos químicos existentes em processadores, capacitores e baterias, que se não estiverem em condições corretas podem contaminar pessoas, animais, ar, água e solo.
O Foz Futuro Limpo é uma iniciativa da ACIFI e do Núcleo de Tecnologia da Informação. A ação conta com a parceria da Krefta Tecnologia em Serviços, Prefeitura de Foz, Sindhotéis, KM Consultoria e Engenharia Ambiental, Sesi e Rotary Internacional.
De olho em outubro
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Conselho da Mulher Empresária e Executiva prepara ações voltadas ao Outubro Rosa em parceria com o Rotary Internacional para conscientizar sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. O núcleo promete movimentar a agenda do mês de outubro com o Jantar do Empresário, previsto para o dia 31. As integrantes cuidam dos preparativos do evento e planejam novidades para os convidados.
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Agora, com certificado
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om os certificados do Curso de Automação Residencial em mãos, dá para afirmar que os profissionais do Núcleo de Eletricistas estão prontos para deixar sua casa mais inteligente. Para marcar a realização do treinamento, houve confraternização dos parceiros dessa iniciativa na AEFI. No encontro estiveram presentes integrantes do Senai, Sebrae-PR, Enerluz, Vídeo Foz Automação e arquitetos. As soluções de automação residencial criam um ambiente prático, confortável e seguro. Com apenas um toque, cortinas e luzes podem ser controladas do conforto do sofá ou de qualquer lugar da cidade. Representantes do Senai, Sebrae, Enerluz e Vídeo Foz prestigiaram a entrega dos certificados ao Núcleo de Eletricistas na AEFI.
Cojefi Talks #2
A ação promovida pelo Conselho do Jovem Empreendedor da ACIFI teve a participação de mais de 80 convidados e sorteio de brindes aos participantes.
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á ouviu aquela história sobre a escassez de talentos no mercado de trabalho? Por um lado, ela é verdade. Entretanto, algumas empresas iguaçuenses estão abertas para novas ideias e novas possibilidades, abrindo espaço para esses talentos. A segunda edição do Cojefi Talks mostrou que Paulo Pulcinelli Filho, da Panorama Home Center, e Marcelo Valente, da Loumar Turismo, preocupamse com maneiras de manter os bons profissionais no quadro de colaboradores. Para isso, oferecem-lhes benefícios, programas motivacionais, plano de carreira, entre outros. “O profissional moderno é dinâmico e quer desafios constantes”, observou Valente. “Em nossas lojas, o funcionário é incentivado a ter criatividade e a superar a si mesmo, é isso que dá a ele possibilidade de crescimento na empresa”, contou Pulcinelli.
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Metalúrgicas unem forças para fazer negócios
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A organização e a formalização das empresas já renderam ao Núcleo de Metalúrgicas a participação no Empreender Competitivo, iniciativa da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e Sebrae Nacional, que destina recursos a projetos inscritos por núcleos de todo o país.
Núcleo de Metalúrgicas da ACIFI estuda a estruturação de uma central de negócios do setor de metalurgia com o objetivo de comprar matérias-primas e produtos em grandes quantidades para fracionálos entre cada empresa nucleada. Outra possibilidade é que as empresas passem a fornecer diversos serviços que atendam a diferentes demandas da construção civil em diversos estágios da obra. O coordenador do Programa Empreender na ACIFI, Francisco Namiuchi, explica que, por meio da central de negócios, as metalúrgicas podem reduzir custos com as compras conjuntas, ampliar as parcerias de prestadores de serviços e fornecedores, expandir o quadro de clientes e atrair novas empresas para o núcleo. “Existe até mesmo a chance de compartilhamento de equipamentos em comum e o atendimento de clientes de maior porte”, apontou Francisco.
Comunicadores visam à integração entre núcleos
O
s membros do Núcleo de Comunicação deram início aos trabalhos para colocar em prática outra meta deste ano: ampliar a integração dos comunicadores com os núcleos setoriais, multissetoriais e territoriais. O objetivo é estimular a realização de parcerias e de negócios com os empresários e profissionais nucleados na ACIFI. O grupo está finalizando a apresentação, para em seguida iniciar o calendário de visitas aos colegas. “Queremos nos apresentar de uma forma simples e direta aos associados, explicando o papel das agências, produtoras, veículos e profissionais liberais dentro do mercado”, explica Zepa Costa, coordenador do Núcleo de Comunicação.
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Profissionais estão elaborando apresentação institucional e anuário do FIC
Zepa informa que outro objetivo do grupo neste semestre é viabilizar a impressão do anuário do 1º Festival Iguassu em Comunicação, realizado em abril. Para consolidar o sucesso
do evento é necessário materializar o documento, pois o primeiro anuário será um documento de referência para marcar a evolução do mercado, ressalta o coordenador.
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Consumo
Por que comprar no mercadinho da esquina? Iniciativa, liderada pelo Sebrae, estimula a população a concentrar consumo em micros e pequenas empresas para fortalecer economia
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5 de outubro
omprar das micros e pequenas empresas é fundamental, porque elas estão perto das casas das pessoas; são geradoras, na maioria das vezes, do primeiro emprego; o dinheiro movimentado fica nos bairros; e elas desempenham, por consequência, um papel relevante no desenvolvimento das comunidades. Por isso, um movimento pretende usar a força dos pequenos negócios – mais de dez milhões de empresas no Brasil, que faturam no máximo R$ 3,6 milhões por ano – para fortalecer a economia.
O ponto alto do Movimento Compre do Pequeno Negócio é 5 de outubro, em referência ao Dia da Micro e Pequena Empresa, data que marca o início da vigência do primeiro Estatuto Nacional da Micro e Pequena Empresa em 1999. Serão realizadas ações de atendimento individual, de revitalização do comércio e de compras públicas, envolvendo as seis regionais da entidade, 12 escritórios e 31 pontos de atendimento ao empreendedor instalados em todo o estado.
“Queremos valorizar os pequenos negócios, responsáveis pela geração de empregos e renda e que, no Paraná, têm um papel fundamental para o desenvolvimento do estado”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Roberto Tioqueta.
Estão programados atendimentos online, orientações em tendas, oficinas, palestras, cursos, encontros de negócios, seminários, consultorias, distribuição de kits com dicas sobre vendas e foco em inovação, marketing, mídias digitais e finanças.
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Os pequenos negócios fazem parte do nosso dia a dia e ajudam a desenvolver a comunidade ao seu redor.”
“
Além de estarem sempre perto de você, os pequenos negócios geram 52% dos empregos no Brasil e são responsáveis por 27% do PIB brasileiro.”
As micros e pequenas são mais de 95% do total de empresas brasileiras e respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil e por 52% do total de empregos com carteira assinada – mais de 17 milhões de vagas. De janeiro a junho deste ano, de acordo com informações do Sebrae Nacional, foram criados no Brasil cerca de 730 mil pequenos negócios. No Paraná, existem em média 850 mil pequenos negócios formalizados, entre microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.
“
No Paraná, o Sebrae prepara uma série de atividades especiais para engajar parceiros, empresários e paranaenses em torno da iniciativa.
Acesse www.compredopequeno.com.br e cadastre a sua empresa. No site, você vai encontrar mais informações e uma área com peças publicitárias para você baixar, produzir e decorar a sua loja para o grande dia.
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Consumo
Pequenos negócios em números Empresas do país
Pequenas empresas na economia Empreendedores
Empregos formais
51%
10
milhões
É o número de empresas entre microempreendedores individuais, micros e pequenas empresas Mais de
95%
das empresas do país são representadas por pequenos negócios
44%
estão no comércio
35%
estão no setor de serviço
13%
estão na indústria
7%
novos empreendimentos são comandados por mulheres
53%
dos novos empreendedores têm até 34 anos
55%
dos novos empreendedores são de classe C
52%
dos empregos formais gerados no país estão nas pequenas empresas
17
milhões
das vagas com carteira assinada, aproximadamente
estão na construção
PIB
27% do PIB brasileiro vem dos pequenos negócios
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R$ 334 bilhões de arrecadação com tributos municipais, estaduais e federais foram gerados pelas pequenas empresas, desde a implantação do Super Simples, em 2007
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Benefício
Nutricard valoriza colaboradores e reduz encargos
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s cartões Nutricard Alimentação e Refeição constituem-se verdadeiros aliados das empresas, pois além de contribuírem para a redução da carga tributária, têm por objetivo, de maneira prática, simples, objetiva e funcional, valorizar o relacionamento humano entre seus colaboradores, proporcionando-lhes melhoria da qualidade de vida. Fornecer benefícios por meio do cartão facilita o cumprimento de acordos e convenções coletivas de trabalho, pois algumas categorias profissionais têm o direito assegurado por lei ou por convenção. Assim, para facilitar a adequação das empresas às normas legais e promover maior alcance social, a ACIFI oferece os cartões Nutricard, que possuem uma ampla rede credenciada em Foz do Iguaçu e região.
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Com o cartão em mãos, o funcionário pode utilizar o valor no que realmente precisa, adquirindo produtos para alimentação ou refeições nos estabelecimentos conveniados. Como compensação, as empresas que adotam o regime tributário do lucro real podem deduzir até 4% do Imposto de Renda com o total das recargas mensais e ainda obter isenção dos encargos sociais previstos no Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT). O diretor da Nutricard, Nilvo Muraro, conta que, em apenas oito anos de mercado, a companhia conquistou mais de dez mil empresas beneficiárias, com emissão de mais de 250 mil cartões. Ela está presente em todas as principais cidades do estado do Paraná. “O Nutricard é o cartão-alimentação e refeição com a maior rede de estabelecimentos
credenciados em todas as praças onde atua. O serviço valoriza o comércio local, beneficia o trabalhador e traz resultados imediatos para a empresa”, afirma. Segundo Muraro, a Nutricard é responsável por todos os procedimentos, desde a produção, gravação dos dados variáveis e inserção da tarja magnética e código de segurança dos cartões à conexão com os estabelecimentos credenciados. “Oferecemos diferentes meios de conectividade, como maquinetas e celulares, além de ferramentas eficientes e de fácil compreensão”, completa.
Cartão fomenta economia local Já o Posto de Serviços Azteca possuía contrato com uma operadora multinacional, mas com o fim do convênio aderiu à Nutricard com o objetivo de valorizar a economia local. Desde julho, a rede de postos de combustíveis de Foz do Iguaçu oferece o benefício para os cerca de 70 colaboradores. “A aceitação foi ótima e contou com o entusiasmo dos trabalhadores”, conta o empresário Walter Venson.
Segundo ele, o custo-benefício é excelente, pois além das vantagens fiscais e trabalhistas cria uma ferramenta que possibilita ao colaborador estender a toda sua família a possibilidade de adquirir alimentos de qualidade, praticamente em todos os bons estabelecimentos da cidade. “Além de tudo, a Nutricard é um empreendimento de gente daqui e dá a todos os envolvidos um retorno justo e saudável”, ressalta.
Cestas de Natal de forma simples, moderna, prática e segura
Nilvo: companhia reúne dez mil empresas beneficiárias, com emissão de mais de 250 mil cartões
Venson afirma que um dos seus objetivos, desde sempre, foi tornar a rede um bom lugar para se trabalhar. Uma das formas de cultivar um ambiente de trabalho agradável é oferecer benefícios que agradem e facilitem a vida dos colaboradores. “Com absoluta certeza, foi uma decisão acertada”, conclui o empresário.
Surpreenda seus colaboradores com um presente que possibilite escolher a melhor ceia para a sua família. Adote em sua empresa o Nutricard Natal, uma forma simples, moderna, prática e segura de valorizar seu funcionário. O cartão magnético elimina a necessidade de armazenar, distribuir e transportar cestas de Natal. O produto também oferece facilidade para o colaborador levar seu benefício para casa, ao contrário de uma cesta grande e pesada. E ainda evita itens indesejados e repetidos, como nas cestas convencionais. Por fim, o colaborador escolhe os itens de que sua família mais gosta, compra alimentos frescos e saudáveis e opta por suas marcas preferidas.
Invista nos seus colaboradores e pague menos impostos e encargos sociais
Garantia total de recebimento das vendas por meio do cartão
Livre de encargos trabalhistas (FGTS, INSS, férias, 13º salário, entre outros)
É possível deduzir até 4% do Imposto de Renda
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Especial
A arte de empreender Empresários iguaçuenses contam histórias de empreendedorismo e inovação no dia a dia dos seus negócios
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e repente, a lojinha vira uma baita loja na quadra. Do nada, a porta abre novos mercados. Num segundo, a fábrica de fundo de quintal começa a exportar para a Europa. Amanhece, a cidade ganha uma linha turística para redescobrir suas origens. Com toque de Midas, o pedregulho vira ouro! Quando se vê, a impressão 3D é feita aqui. Num piscar, a obra está pronta! Bem que o sucesso empresarial poderia ser assim, tudo tão rápido e fácil? Mas é claro que ninguém sobe na vida de elevador supersônico. Pode até cair a jato, mas subir rápido assim não... Por trás das histórias dos empresários de Foz do Iguaçu retratados pela Revista ACIFI nesta edição estão dois verbos trabalhados com muito suor diariamente: empreender e inovar. Ao falar de empreendedorismo e inovação logo vêm à mente alguns
mitos, como: só quem faz o que gosta tem sucesso; empreendedorismo é coisa de rico; apenas as pessoas que têm dinheiro terão sucesso ao empreender; quem fracassa uma vez vai fracassar sempre; é preciso ter ideias geniais para empreender; e por aí vai. O livro O segredo de Luísa, de Fernando Dolabela, revela que esses conceitos são todos relativos. Uma definição simples vem do Sebrae, parceiro da ACIFI ao lado da Faciap no Programa Empreender: empreendedorismo são habilidades para ideação, construção, gerenciamento e desenvolvimento de projetos e negócios, tanto no ambiente social como empresarial. Empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que produz novas ideias por meio da harmonia entre criatividade e imaginação.
Para tornar-se um empreendedor de sucesso é preciso reunir imaginação, determinação e habilidade de organização e de liderança. Isso têm de sobra os homens e mulheres por trás da Sollo Mimo, Foz Tintas, Metalúrgica Laranjeiras, HG Confecções, Jel Brasil Serviços, Loumar Turismo, Copyvic Copiadoras, Sol Pedras e Miss Laura. Eles contaram para a gente um pouco de suas trajetórias como empresários de pequeno, médio e grande porte, sem esconder os altos e baixos, mas com muita coragem para encarar os desafios e aumentar a competitividade e rentabilidade de seus negócios. Conheça um pouco dessas histórias das empresas de iguaçuenses. A próxima pode ser a sua! Basta acreditar, inovar e empreender.
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Especial
Henrique Zarate e Krysyane Maran Zarate, sócios-proprietários
Sollo Mimo Enxovais
Indústria, loja, “franquia” e exportadora
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omo a Krys trabalhava em artesanato, acabou fazendo um enxoval de bebê para uma amiga. Vimos ali uma oportunidade. Em 2008, formalizamos a indústria e em 2010 abrimos uma loja para vender os produtos. Com o passar do tempo, mudamos para outro espaço maior. Passamos de 80 para 150 metros quadrados. Atualmente, entre indústria e lojas, estamos com 19 funcionários. Acredito que a nossa primeira bola dentro foi ter focado nossos produtos no público A e B. A nossa linha de enxoval para bebê, juvenil e adulto tem
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matéria-prima de alta qualidade e mão de obra especializada. Identificamos um nicho de mercado, e o negócio cresceu. Chegamos a abrir uma cessão de uso da marca em São Paulo (SP) e Itapema (SC), mas não deu muito certo, porém valeu pela experiência. Com consultoria do Sebrae e da ACIFI, entendemos a importância de planejamento estratégico. Hoje temos uma espécie de franquia em Cascavel e Toledo. Também temos nossos produtos em lojas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Pela internet, a gente
já exportou para Portugal, Espanha, França, Dinamarca, Panamá, Estados Unidos, Japão, República Dominicana e Suécia. Empreender é ir além do campo de visão. É trabalhar muito. A gente precisa constantemente buscar melhorias, uma nova maneira de apresentar o seu produto. É preciso assumir um risco calculado. A grande deficiência das empresas é o planejamento, inclusive a nossa. Ainda estamos em busca de melhor planejamento; a gente busca se preparar para expandir com segurança. É um ciclo sem fim de planejamento.
Kennedy Soares e Angela Bondan Soares, sócios.
Angela Bondan Soares: ambiente inclusivo mantendo o sabor da comida
Alimentação saborosa sem glúten e lactose
Miss Laura
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emos parentes alérgicos a determinados tipos alimentos. Um dia a gente estava conversando sobre alimentação sem glúten e sem lactose para celíacos, para pessoas com alergia alimentar. A gente percebeu que não existia um lugar em Foz do Iguaçu para atender essa demanda de forma profissional e ao mesmo tempo mantendo o sabor da comida. Quando a gente sonhou com esse lugar, idealizamos um ambiente inclusivo. Aqui quem tem alergia ou não tem alergia pode comer.
Levamos três anos do surgimento da ideia até abertura das portas. Três meses antes de abrir a padaria, tivemos o cuidado de contratar uma consultoria de São Paulo especialista em alimentação sem glúten, sem lácteos e vegana. Buscamos saber tudo sobre esse universo. Abrimos as portas em dezembro. Quase dez meses depois já temos um bom movimento, graças à diversidade, ao sabor e ao atendimento. Também temos muito cuidado com a matéria-prima selecionada e gostosa pra
colocar no balcão um produto saboroso. Criamos um ambiente, uma união de confeitaria, restaurante e massaria, para incluir e unir pessoas, afinal comer também é um momento de festa, de lazer e de celebrar. Temos clientes que têm alergia que trazem amigos aqui, todos comem, nem percebem diferença nos alimentos. Comem salgados, doces e refeições; saem todos alegres da vida. Outra característica é que trabalhamos numa linha saudável, sem frituras, sem refrigerantes, etc. Ninguém fica de fora.
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Especial
Metal Laran
De portas abertas para o mundo
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Metalúrgica Laranjeiras, atualmente Metal Laran, está há 30 anos no mercado. A empresa monta e distribui portas (de enrolar e deslizantes) automáticas – residenciais e comerciais –, sendo a nossa empresa a percussora desse produto no Oeste e Sudoeste do Paraná. Sempre com novidades e tecnologias, buscando atender os clientes com qualidade, funcionalidade e design em seus produtos e serviços. As nossas portas automáticas de enrolar são 100% produzidas em nossa fábrica localizada em Foz. Possuem pintura eletrostática de alta durabilidade e em diferentes cores,
desenvolvidas especialmente para funcionar em residências onde a abertura e o fechamento das portas são mais intensos que no comércio em geral. Nossas portas são de alto padrão de qualidade e personalizadas. Estas portas residenciais são as únicas do mercado que possuem componentes desenvolvidos e patenteados por nossa empresa, e os motores são certificados pelo Inmetro. Atualmente desenvolvemos em nossa empresa um sistema on-line de abertura e fechamento de nossas portas, normalmente usadas em bancos como o Sicredi. Este sistema pode ser instalado também em residências. Temos ainda
o domínio da marca MTTL, utilizada para a revenda de nossos produtos como motorredutores, plataforma de elevação, monta-carga, placa solares e outros produtos desenvolvidos em nossa empresa. A nossa empresa também faz parte do Núcleo das Metalúrgicas de Foz há mais de dez anos e está sempre participando de feiras nacionais e internacionais, adquirindo assim know-how para desenvolvimento na nossa linha de produção. Atualmente estamos buscando em outras cidades, regiões e estados parceiros para adquirir nossos produtos ou repassarmos concessões do Inmetro.
Mário Moroginski, sócio-gerente
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H.G. Confecções
Com fé e muita luta
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u trabalhava numa grande loja de vestuário de Foz do Iguaçu. Chegou um dia, resolvi abrir meu próprio negócio. Então comecei com um pouquinho de nada, com algumas peças de roupa, vendendo para minhas amigas, para as doutoras conhecidas da minha irmã. As vendas aumentaram, e decidimos dar mais um passo: investimos em moda evangélica porque havia muita procura em Foz. Aí foi meu diferencial. Em 2008 abrimos um microempreendedor individual, mas naquela época levei alguns calotes de algumas pessoas. Por esse motivo, procurei o Sebrae e assisti a várias
palestras na ACIFI. Comecei a liberar crédito com regras, vi a importância de vender só no cartão e à vista. Permaneci só com aqueles clientes fiéis até hoje. Vi que é preciso ter um fundo de caixa para girar mercadoria. Outro segredo é saber comprar o que os clientes gostam. Percebemos que loja de bairro precisa ter um pouco de cada coisa. Trabalhamos com moda evangélica, feminina, masculina, infantil, tamanhos especiais, artigos esportivos e acessórios. A gente procura ter variedade e preços acessíveis sem perder a qualidade. O atendimento das pessoas é o diferencial em uma loja. Digo para as funcionárias: quem paga os salários
delas são os clientes. Por este motivo devemos dar um bom atendimento de qualidade em todos os segmentos. Posso dizer que conquistamos tudo na base da luta no dia a dia. Trabalhamos sábado, domingo e até no feriado. Em 2011, a loja ocupava uma salinha de 28 metros quadrados. Depois compramos um terreno e mudamos para sede própria, num espaço de 90 metros quadrados. Também mudamos a empresa de microempreendedor individual para microempresa ltda. Deus preparou toda nossa vida, e a gente faz nossa parte tratando o cliente com muito carinho, sendo fiel a ele.
Helenice Maleski, proprietária
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Especial
Aruã Piceli, sócio-proprietário
Jel Brasil
Obras e reformas em tempo recorde
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u via que os lojistas queriam o serviço prestado muito rápido. Querem melhorar a loja, mas não querem fechar a loja para não perder tempo ou o faturamento de um dia de vendas. Criamos, então, um sistema com o máximo de gerenciamento de prazos. Quando entramos numa obra, seja construção ou reforma, todo o projeto está revisado, o material está comprado e a equipe está afinada. Às vezes trabalhamos três meses só no planejamento para conseguir executar a obra em um ou dois dias. Um
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cronograma e estudo benfeitos também permitem pesquisar para comprar matéria-prima com preços mais em conta e evitar desperdícios de material. O projeto precisa ser muito alinhado com a obra para evitar vaivém entre os diferentes profissionais e fornecedores que estão ligados a uma obra. Montamos uma equipe com arquiteto, engenheiro, eletricista, pedreiro, pintor, mestre de obra, ajudante, encanador, acabamento, decorador, entre outros. São três equipes de funcionários e terceirizados que se revezam para tocar
as obras 24 horas por dia. Aliás, alguns deles conheci em encontros do Cojefi (Conselho do Jovem Empresário) com outros núcleos do Programa Empreender da ACIFI. Já trabalhamos em pelo menos nove estabelecimentos do Cataratas JL Shopping, além de imóveis na Rua Almirante Barroso e na Avenida Brasil, condomínios fechados, shoppings no Paraguai e Ecocataratas. Eu ainda estou começando, mas a ideia está acontecendo.
Marcelo Valente, sócio-proprietário
Loumar Turismo
Um passeio para turistas e moradores de Foz
U
m antigo sonho se tornou realidade. Quando começamos a operar o City Tour em 2012, com uma van de 14 lugares, já projetávamos que o nosso foco era ter um ônibus aberto para realizar o passeio. Agora esse sonho foi concretizado, com a segunda versão do City Tour. É um novo atrativo para a região trinacional, aumentando a taxa de permanência dos turistas em Foz do Iguaçu. Acreditamos que tudo vem na hora certa. Conseguimos formatar um passeio que dura em média três horas, com dois horários de partida, às 9h e 14h. Ele sai da Avenida Brasil e passa por mais de
30 pontos de interesse, incluindo pontos religiosos e culturais da cidade, como o 34º Batalhão de Infantaria Mecanizada, o Hotel Cassino, o Colégio Bartolomeu Mitre, o Colégio Agrícola e o Gresfi (que foi o nosso primeiro aeroporto). O sightseeing de Foz do Iguaçu tem uma característica marcante. Diferentemente de outras cidades, aqui em Foz do Iguaçu os passageiros descem do ônibus, atualmente três vezes: no Marco das Três Fronteiras, Mesquita e Templo Budista. Sem as descidas, a experiência seria incompleta. Ao descer, os turistas têm contato direto com os atrativos e respiram um pouco da história de cada
um deles. Aproveito o espaço para dizer que o passeio pode ser reservado pelo site citytourfoz.com.br ou pelo telefone 3521-4000. Tudo isso foi possível graças ao time da Loumar Turismo, desde a sociedade com o Marcos Ciavaglia aos colaboradores que vestem a camisa dos projetos da casa. Nós veremos daqui um ano o grande passo dado hoje por Foz do Iguaçu visando a aumentar o tempo de permanência dos turistas no destino, bem como a qualidade dos passeios. Com essa contribuição, queremos também inspirar novas ideias e negócios na cidade.
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Especial
Copyvic
De fotocópias para impressões 3D
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ideia de trazer impressoras 3D para Foz faz parte da trajetória Copyvic, fundada em 1996, inicialmente com o nome de Holocópias. Na época trabalhávamos com os serviços de fotocópias e encadernações. Hoje trabalhamos com locação de toda a linha de equipamentos para cópias, impressões, escaneamentos, etc. A solução fornece equipamentos, suprimentos, softwares de gestão e controle com assistência técnica especializada. A tecnologia 3D é mais uma solução oferecida para Foz do Iguaçu e toda a Região Oeste e Sudoeste do estado.
As impressoras facilitam e agilizam o trabalho de muitas formas. Elas utilizam apenas o material necessário para a criação das peças, sem desperdício de suprimento. É possível inovar e criar o que você quiser sem barreiras para a imaginação. Dependendo do tamanho, do preenchimento e da complexidade da peça, a impressão pode levar de algumas horas até dois ou três dias. O processo de impressão 3D pode ser usado para inúmeras finalidades. Entre as vantagens, a rapidez e o custo mais baixo. Antes, para produzir uma peça funcional de um motor, por exemplo, era preciso modelar manualmente para
depois enformar e fazer o molde. Um processo quase tão trabalhoso quanto produzir efetivamente a versão final do produto. Com a impressão 3D, o processo fica mais rápido e econômico. Nós formecemos para venda e locamos as impressoras da marca 3D Cloner, produzidas pela Microbras, indústria brasileira com sede em Marechal Cândido Rondon, aqui no Oeste do Paraná. A distribuição é feita para todo o Brasil pela E. Tech Distribuidora, empresa com sede em Santa Terezinha de Itaipu. Em Foz, nós somos parceiros oficiais da E. Tech. Este é o espírito da Copyvic: inovar sempre.
Gilberto Raphael De Paula Harthman, do Departamento Comercial
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Sol Pedras
Inovação com resíduo zero
A
o adquirir a Sol Pedras, comercializávamos ardósia e pedras decorativas. Ao longo do tempo, ampliamos o leque de produtos e serviços para marmoraria, depósito de chapas nacionais e importadas, revenda variada de pedras naturais para revestimento de pisos e paredes, produtos decorativos exclusivos, além da execução de projetos arquitetônicos e paisagísticos, dos mais simples aos mais complexos. Após 20 anos de mercado, além do comércio de rochas, importa-nos sobremaneira a retransmissão do conhecimento de formas alternativas
para o melhor bem viver. Iniciamos com a captação de águas pluviais em nosso processo industrial. Depois, demos destinação correta aos nossos resíduos rochosos. Isso resultou no Programa Resíduo Zero, projeto socioambiental que após 12 anos de implantação foi premiado e ganhou reconhecimento nacional e internacional em inovação, proteção ambiental e sustentabilidade. Daí nasceu a Evolução em Pedras, empresa destinada à logística reversa de resíduos rochosos, que do lixo se transformam artesanalmente em mosaicos verdes, obras de arte com valor real agregado e preços acessíveis.
Zeramos a devolução de resíduos derivados de processos produtivos para a natureza e capacitamos nossos colaboradores em novas áreas profissionais. O Resíduo Zero é o principal expoente da visão sustentável do Grupo Sol Pedras. Nossos produtos são vendidos para os mercados interno e externo. Buscamos difundir a inovação e tecnologia para um mundo sustentável no universo das rochas. Empenhamo-nos na conscientização daqueles que tenham intencionalidade sadia para, juntos e voluntariamente, deixarmos um planeta melhor para todos.
Celso Miguel Lückmann e Mariangela Lückmann, proprietários do Grupo Sol Pedras
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Entrevista
Tira-dúvidas sobre empreendedorismo e inovação
Algumas questões são frequentes na cabeça de quem deseja abrir um negócio ou impulsionar sua empresa. A Revista ACIFI reuniu as perguntas mais comuns do setor, que foram respondidas pelos consultores do Sebrae/PR, em Foz, Edinardo de Aguiar, Rubens Leandro Palma Filho e Júlio César Procópio de Andrade.
Júlio, Edinardo e Rubens: consultores do Sebrae/PR em Foz
O que é empreendedorismo? O empreendedorismo é uma maneira de melhorar o que já é feito ou criar o novo. É um conjunto de habilidades para ideação, construção, gerenciamento e desenvolvimento de projetos e negócios, tanto no ambiente social como empresarial. Uma pessoa empreendedora inova dentro do seu negócio. Vê uma oportunidade ou identifica uma necessidade, pesquisa, planeja e executa.
O que é inovação? Ela acontece com a implantação de medidas simples. Uma empresa sem um simples controle de fluxo de caixa está inovando quando implanta ferramentas, como a simples anotação num papel de entradas e saídas. É inovação naquele momento. Mas o que fazer para melhorar o negócio constante? Mais importante é definir o que fazer a partir dos resultados.
Inovação depende de alta tecnologia? Inovação é uma ideia, um método, uma novidade. Não é só tecnologia. É preciso desmitificar isso. Pode ser a melhoria de um processo para aperfeiçoar um produto e aumentar a produtividade. Pode ser uma inovação no ambiente
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corporativo, de como melhorar a relação com os clientes, funcionários e fornecedores. Ou como você instiga a criatividade dos colaboradores. São vários os caminhos.
Uma pessoa nasce empreendedora? O empreendedor pode ser desenvolvido, mas depende muito da vontade pessoal. A todo o momento o empresário precisa melhorar a forma de ação visando alcançar melhores resultados. Ele é o cara que não dorme. Ele participa de cursos, busca novidades, viaja, participa de missões, busca inspirações. Uma característica é correr risco calculado, com pesquisa, planejamento e ação.
Como o Sebrae pode ajudar as empresas? O Sebrae é uma das saídas para oferta de soluções para quem deseja empreender e inovar. Mais importante do que isso é o desejo e a vontade de querer melhorar dentro do empresário. Este ano, por exemplo, lançamos o edital “Sebrae Empretec Inovação” no Paraná para atender projetos específicos com recurso de até R$ 120 mil, com contrapartida de 20% da empresa. Seis projetos de Foz do Iguaçu foram contemplados.
Programa Empreender, uma ferramenta para crescimento
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Programa Empreender é uma ótima ferramenta para trabalhar o empreendedorismo e a inovação entre as empresas de Foz Iguaçu. Trata-se de uma ação conjunta da ACIFI, Sebrae e Faciap com a finalidade de apoiar empresas organizadas em núcleos setoriais, multissetoriais e territoriais. Orientadas por um consultor, as empresas constroem, coletivamente, alternativas para os objetivos comuns. Para o consultor Francisco Namiuchi, do Programa Empreender, quando o empresário participa de um núcleo, traz expectativa de adquirir experiência e vivenciar algo novo para o desenvolvimento de sua empresa. “A combinação de somar e complementar
experiências nos encontros resulta em um ambiente favorável ao desenvolvimento de soluções para atender os propósitos das empresas”, afirma. As dificuldades, quando aparecem, são debatidas, e a orientação não é resolver problemas, e sim buscar soluções inovadoras, algo novo no universo de oportunidades. No cenário competitivo e com o avanço cada vez mais intenso da tecnologia e informação, é preciso preparar as empresas com planejamento estratégico definido em grupo. “As empresas nucleadas têm mostrado, através de suas ações, resultados importantes e surpreendentes conforme têm mostrado as edições da Revista ACIFI. Trabalhar com os núcleos tem
sido uma valiosa experiência e constante aprendizado, uma combinação que sempre gera resultados positivos: empreendedorismo com inovação”, completa Namiuchi. Francisco Namiuchi, consultor do Programa Empreender da ACIFI
Características do empreendedor 5. Comprometimento Característica que envolve sacrifício pessoal, colaboração com os funcionários e esmero com os clientes.
2. Persistência Desenvolve a habilidade de enfrentar obstáculos para alcançar o sucesso.
6. Busca de Informações Característica que envolve a atualização constante de dados e informações sobre clientes, fornecedores, concorrentes e o próprio negócio.
3. Corre Riscos Calculados Envolve a disposição de assumir desafios e responder por eles. 4. Exigência de Qualidade e Eficiência Relaciona-se com a disposição e a inclinação para fazer sempre mais e melhor.
7. Estabelecimento de Metas Compreende saber estabelecer objetivos que sejam claros para a empresa, tanto em longo como em curto prazo.
8. Planejamento e Monitoramento Sistemáticos Desenvolve a organização de tarefas de maneira objetiva, com prazos definidos, a fim de que os resultados possam ser medidos e avaliados. 9. Persuasão e Rede de Contatos Engloba o uso de estratégia para influenciar e persuadir pessoas, bem como se relacionar com pessoas-chave que possam ajudar a atingir os objetivos do seu negócio. 10. Independência e Autoconfiança Desenvolve a autonomia para agir e manter sempre a confiança no sucesso.
Foz sediará InnovaCities LatinoAmérica em novembro O InnovaCities LatinoAmérica – 5º Encontro Global de Empreendedorismo para Cidades Alegres, Criativas, Humanas e Inteligentes será realizado de 10 a 13 de novembro, no Centro de Convenções, em Foz do Iguaçu. Seu objetivo é promover o desenvolvimento territorial usando como ferramenta a inovação e a educação criativa. Segundo os coordenadores do evento, Celso Lückmann e Mariangela Lückmann, serão exibidas invenções e inovações para a vida com mais
qualidade no século 21. O encontro visa a contribuir na melhoria do bem viver e no desenvolvimento territorial, a partir da inovação, educação e incremento negocial para o Paraná, região trinacional e América Latina. O evento congrega diversos sistemas de inovação interconectados (tecnológica, social, educação, saúde, meio ambiente, economia criativa, automação, robótica e rural). Para tanto, será estruturada uma cidade inteligente, alegre, criativa e humana. Serão contempladas diversas
atividades presentes no cotidiano dos aglomerados urbanos e rurais, com foco inovador e educativo. O InnovaCities LatinoAmérica é uma realização da Abipir (Associação Brasil Internacional de Inventores, Cientistas e Empreendedores Inovadores), com apoio federativo da IFIA (International Federation of Inventor’s Associations). Mais informações pelo site www. innovacities.org.br.
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Fonte: Sebrae – Empretec
1. Busca Oportunidades e Iniciativa Desenvolve a capacidade de se antecipar aos fatos e de criar oportunidades de negócios com novos produtos e serviços.
Desenvolvimento
Jorge Samek ressaltou a união do programa para a região
Oeste em Desenvolvimento atrai as maiores cooperativas da região
Fotos: Adenésio Zanella
Juntas, elas representam 48% do Produto Interno Bruto (PIB) do cooperativismo paranaense e 50% dos postos regionais de trabalho
A
s dez principais cooperativas agropecuárias da região acabam de aderir ao Programa Oeste em Desenvolvimento. Juntas, elas representam 48% do Produto Interno Bruto (PIB) do cooperativismo paranaense e 50% dos postos regionais de trabalho. De acordo com um levantamento, das 12 maiores cooperativas do Brasil, nove estão no Paraná – seis delas, na Região Oeste. A adesão ocorreu durante o “Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território do Oeste do Paraná”, realizado no fim de agosto no Teatro Municipal de Cascavel. No mesmo evento também houve o lançamento do Sistema de Informações Territoriais (SIT-Oeste), ferramenta que ajudará na elaboração do planejamento das instituições e prefeituras, e foi apresentado o perfil econômico da região.
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Mais de 500 pessoas – entre empresários, produtores, presidentes de cooperativas e representantes de entidades de classe e do setor público – participaram do evento, que também marcou um ano do Programa Oeste em Desenvolvimento. Com as novas adesões, a iniciativa reúne agora 30 parceiros, entre eles a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Juntas, essas instituições trabalharão de forma integrada para alavancar a economia dos 54 municípios da região. O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro, comemorou as novas parcerias. “Essas adesões nos deixam mais fortes e encorajados de que estamos no caminho certo, mas também com mais responsabilidades”, avaliou.
Dos dez novos parceiros, sete são cooperativas agroindustriais. O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, disse que as cooperativas aderiram ao programa por acreditar na proposta do Oeste em Desenvolvimento. “Hoje somos fortes, mas acredito que juntos poderemos ser ainda mais. Daqui para a frente andaremos juntos e pensaremos juntos em estratégias para fomentar ainda mais a economia deste território”, afirmou. Segundo Grolli, as seis cooperativas do Oeste têm uma receita anual de R$ 50 bilhões, o que representa cerca de 50% do faturamento de todas as outras do Paraná. Essas associações reúnem 40 mil produtores e geram 35 mil empregos diretos. “Uma pesquisa da Revista Exame revelou que, das 12 maiores cooperativas do Brasil, seis estão na nossa região”, reforçou.
O evento foi prestigiado por um público bastante diversificado: mais de 500 pessoas, entre empresários, produtores, presidentes de cooperativas e representantes de entidades de classe e do setor público.
Comprometimento O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, fez uma analogia entre o programa e o corpo humano. “Assim como um corpo humano, em que cada órgão tem uma função, cada um dos 30 parceiros do Oeste em Desenvolvimento é fundamental para o funcionamento deste conjunto. Juntos, transformaremos o Oeste no melhor pedaço de chão do Brasil para se viver.” De acordo com ele, o programa já avançou, mas é preciso ainda percorrer um grande caminho. Samek lembrou que, até pouco tempo, os jovens da região precisavam ir à capital para estudar, enquanto hoje “já temos aqui mais de 50 mil acadêmicos. Antes, saíamos daqui para estudar fora; agora, recebemos estudantes”. Para o diretor de Itaipu, essa mudança é positiva, porém requer comprometimento e união para garantir a pujança da região. O presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Marcel Micheletto, disse que esse modelo de trabalho pode e deve ser replicado em todas as regiões do Brasil. “Essa sinergia é um ato de nobreza. Com esta união, que integra desde os pequenos produtores até as grandes cooperativas, passando por instituições como a Itaipu Binacional, o céu é o limite.” O diretor de Operações do Sebrae, José Gava Netto, completou: “Essa unidade é o grande diferencial do Oeste. São pessoas querendo promover o desenvolvimento”.
Informações O Sistema de Informações Territoriais (SIT-Oeste), lançado durante o fórum, é uma ferramenta que ajudará na elaboração do planejamento das instituições e prefeituras. No SIT-Oeste é possível encontrar 1,5 milhão de dados sobre as áreas física, econômica
e administrativa dos 54 municípios do Oeste, desde a década de 80. O sistema é resultado de convênio entre a FPTI-BR e Sebrae/PR, desenvolvido pelo Centro Internacional de Hidroinformática (CIH). As informações estão disponíveis no site www.hidroinformatica.org/indicadores. O Oeste em Desenvolvimento entregou durante o fórum, ainda, o Perfil Econômico da Região, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). O documento tem como base um perfil socioeconômico inédito do Oeste e faz um balanço de todas as potencialidades da região e sua importância para o estado.
O programa Lançado em agosto de 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento reúne mais de 30 instituições, entre elas Itaipu, Fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Sebrae-PR, Ocepar, Caciopar, AMOP, Emater e FIEP. O primeiro passo foi fazer um diagnóstico econômico territorial para conhecer de perto o Oeste, com suas dificuldades e potencialidades. As
atividades são divididas em cinco eixos: Infraestrutura e Logística, Pesquisa e Desenvolvimento, Crédito e Fomento, Capital Social e Cooperação, e Energias Limpas e Renováveis. Segundo Mário Costenaro, o programa é uma ação apartidária, sem vaidades, sem dono, mas de exercício da cidadania. “Nosso único objetivo é trabalhar com sinergia para fortalecer a economia desta região e assim garantir qualidade de vida à população”, destacou. Por meio de um debate organizado e com foco na integração, a meta do programa é buscar alternativas para impulsionar a economia da região, onde vive uma população de 1,3 milhão de habitantes. Um dos resultados práticos deste primeiro ano foi o lançamento do Oeste Compra Oeste, projeto cuja proposta é estimular a aquisição de bens e serviços entre empresas e instituições do território. Mais informações podem ser obtidas no site do programa: www.oesteemdesenvolvimento.com.br.
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Codefoz
Foz debate lei para criar Zona Especial de Interesse Turístico A
pós o sinal verde dado pelo ministro do Turismo, Henrique Alves, para tornar Foz do Iguaçu uma área diferenciada no contexto nacional, especialistas em turismo e em direito têm estudado formas de viabilizar o projeto. A essência do debate em torno da proposta foi apresentada e debatida em plenária do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz Iguaçu). O objetivo é tornar a cidade a primeira Zona Especial de Interesse Turístico do Brasil, construindo assim mais uma frente de ação para fortalecer o turismo como base do crescimento socioeconômico iguaçuense. É um desafio ousado, porém uma vez conquistado dará ao município condições especiais para crescer em diferentes segmentos.
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O secretário do Codefoz, presidente do Fundo Iguaçu (Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu) e superintendente de Comunicação Social da Itaipu, Gilmar Piolla, explica que será necessário revisar toda a Lei nº 6.513, de 1977, e a sua regulamentação feita pelo Decreto nº 86.176, de 1981. Ao fim do processo, será quase como propor uma nova lei.
Por enquanto, a comunidade indicou que a nova legislação precisa contemplar 22 proposições, entre sugestões gerais para efetivar as Zonas Especiais de Interesse Turístico no Brasil e reivindicações específicas da comunidade iguaçuense. A proposição já foi enviada ao Ministério do Turismo, à Embratur e à Comissão Parlamentar de Turismo da Câmara de Deputados.
A atual legislação é inócua, defende Piolla, pois não estabelece vantagens concretas, como ambientais, fiscais, trabalhistas, tributárias, entre outros benefícios possíveis, para as áreas que podem ser declaradas de interesse turístico. “O Ministério do Turismo e a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) pediram o nosso apoio técnico. Então criamos uma força-tarefa para aprofundar o debate e elaborar a minuta de um novo projeto de lei”, afirma.
Entre as sugestões estão a implantação de cota de compras de US$ 500; o estímulo à repatriação de recursos de brasileiros no exterior para investimentos diretos no setor de turismo; a realização de licenciamento ambiental simplificado; a desoneração da folha de pagamento das empresas na região; e o recebimento de linhas de crédito especiais.
Codefoz destaca empenho do Ministério do Turismo e da Embratur O presidente do Codefoz, Roni Temp, destaca que o ministro do Turismo, Henrique Alves, e o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, estão empenhados na concretização do projeto. “Queremos criar uma lei especial para marcar um golaço em favor da cidade. Agora o assunto segue em
debate em colegiados técnicos e também em Brasília”, explica. O presidente do Comtur (Conselho Municipal de Turismo), Licério Santos, afirma que a nova legislação resultará em vários benefícios, como a captação de recursos públicos e privados até
então nunca alcançados pelo município. “Com o tratamento diferenciado, teremos acesso às verbas de bancos públicos, bem como incentivos fiscais e legislação especial nas áreas trabalhista e ambiental.”
Breve em novo endereço Rua Padre Montoya 254, Centro
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Centro Comercial
As muitas faces do Morumbi A Avenida Mário Filho corta vários bairros da região do São Francisco, oferecendo uma diversidade de produtos e serviços. Muitos empreendedores que estão ali não a trocam por nenhuma outra
U
ma sucessão de lojas que oferecem uma infinidade de produtos e serviços. Assim pode ser descrita a Avenida Mário Filho. Quem percorre os seus 3,5 quilômetros não tem dúvidas de que essa é uma via de muitas faces. Na mesma avenida que abriga pizzarias, sorveterias, autoelétricas, casas lotéricas, confecções e outros estabelecimentos, também é possível identificar a presença do vendedor de
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caldo de cana e da roda de conversa entre os moradores do bairro. O São Francisco é grande, mas alguns trechos lembram ares de cidade pequena, aquela em que todo mundo se conhece, chama o dono pelo apelido e tem uma relação de confiança com a farmácia do bairro. A chegada de empresas vindas de outras regiões de Foz do Iguaçu estimulou a valorização e a ocupação da via nos
últimos anos, porém dezenas de outros negócios já descobriram há mais tempo as vantagens de investir no bairro. Cada empresário, claro, tem sua própria trajetória. Ao fazer a reportagem, conhecemos histórias de quem acredita no Morumbi e reconhece que ser associado à ACIFI pode fazer a diferença no seu empreendimento.
O mercado da Rua José Teles da Conceição Com 20 e poucos anos, os irmãos William e Alexandre são legítimos representantes do Morumbi. Cresceram nas ruas do bairro e no mercado da família. Agora são eles, juntamente com a mãe, Maria Madalena, que administram o negócio fundado pelo avô há quase 30 anos. Enquanto um cuida do financeiro, o outro é encarregado da organização da loja e da conferência das mercadorias. No começo era um armazém. Com boa fama no açougue e grande variedade de produtos, o Supermercado Garcia hoje atrai clientela da Vila Borges, Cohapar, Jardim Itália e muito mais. Crescer está nos planos, por isso os jovens empresários planejam ampliar a loja nos próximos meses
Da Canindé para a Mário Filho O nome da filha do casal Aílton e Zeni também está no CNPJ da empresa, criada em 23 de maio de 1987. Por vários anos, a Lojas Priscila teve como endereço a Rua Canindé, mas com o tempo o caráter comercial da via foi diminuindo, e 2004 foi o ano da mudança para a Mário Filho. Na avenida, a loja ganhou visual mais moderno e novas marcas de calçados e roupas masculinas, femininas e infantis. Nas prateleiras estão tendências de moda do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, e no balcão o atendimento de quem mora no bairro e conhece bem os hábitos dos consumidores de toda a região do São Francisco. Para se diferenciar da concorrência, Zeni Pereira Bicudo, que administra a loja da família, foi em busca de marcas diferenciadas e fica sempre antenada às tendências de moda. Revista ACIFI | Página 49
Vocação para o comércio Técnico agrícola por formação, Sadi tinha serviço garantido numa cooperativa gaúcha e chegou a trabalhar como bancário, porém a vocação comercial que corre no sangue da família Santi falou mais alto. Seu primeiro negócio no Morumbi foi uma papelaria aos 19 anos. Nessa época, a Mário Filho era de chão batido, e a região tinha a fama de Chicão. Ali fixou endereço, fez muitos amigos e conheceu Cleide, sua esposa e hoje seu braço-direito na empresa. Eles se orgulham do bairro onde vivem e têm comércio. Por outro lado, a tradição e a confiança da Santi são valorizadas pelos moradores, que fazem questão de comprar lá móveis para cozinha, sala e quarto, colchões e estofados. Cleide e Sadi estão à frente da Santi Móveis. Loja surgiu em 1992, época em que se vendia muito beliche e fogão esmaltado.
A mãe da Brenda Quem vê o sorriso de Aldeair Goettems e o sucesso da Farmácia Brenda, na Av. Mário Filho, não faz ideia dos perrengues que essa mulher já enfrentou. Morava nos fundos da farmácia, as primeiras prateleiras foram pagas à prestação e, quando mudou o ponto, fez a mudança com carrinho de supermercado. Não se intimidou nem com os assaltos que já sofreu e também não troca o Morumbi por nenhum outro bairro. Aliás, vai para outras regiões, mas para expandir. Sabendo que o mercado é muito competitivo, a bioquímica e farmacêutica também é fisioterapeuta, e é esse atendimento diferenciado, que possibilita uma proximidade maior com o cliente, que é a marca da empresa. Aldeair Goettems, a Alda, dona da Farmácia Brenda
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A avenida é o endereço de muitos empreendedores, que geram empregos para centenas de pessoas. A maioria dos trabalhadores mora nas redondezas, e isso provoca um círculo positivo para o crescimento da economia local. Vendedora na Santi Móveis há 18 anos, Edna Pereira é moradora do bairro desde que se casou há 24 anos. A distância do serviço até sua casa é de oito quadras. “Gosto muito desse lugar, mas ainda sinto falta de lojas de roupas de cama, mesa e banho, livraria, casa de ferragens e banca de revistas”, comenta.
De olho no crescimento do Morumbi Nem só de consumidores do Morumbi vive a Ótica Fox na Av. Mário Filho, 1.651. Tem gente do Portal da Foz, Jardim Itália, Jardim Europa e Vila Independente no cadastro de clientes da loja, que trabalha com óculos de sol, armações e receituário. O empresário Benício Felizardo da Rocha acompanha a evolução do bairro há 15 anos, desde que abriu seu negócio no Morumbi. Viu crescer o comércio e a oferta de serviços, como a abertura da agência dos Correios, inaugurada em 2010. Isso, na opinião dele, representa melhores condições de vida à população e mostra que o bairro vai crescer ainda mais. A Ótica Fox está sob o comando do empresário Benício Felizardo da Rocha
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Feira
Relógio O mais feroz dos animais domésticos é o relógio de parede: conheço um que já devorou três gerações da minha família. Mario Quintana
Feira do Livro está entre os maiores eventos de Foz
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uais são os três principais eventos de Foz do Iguaçu? Faça essa pergunta para amigos, colegas e parentes. A Feira Internacional do Livro certamente estará na maioria das respostas. Também não é para menos, pois a décima primeira edição do evento transformou a Praça das Nações (Mitre) num grande palco de escritores e leitores, onde a diversidade cultural aflorou durante dez dias de setembro. Ao todo, foram montados 63 estandes com a presença de livreiros, editoras, livrarias e sebos. Os espaços representaram expositores locais, regionais e nacionais de diferentes gêneros culturais, tais como das áreas educativa e acadêmica, de linhas holística, religiosa e espiritualista, técnica e científica.
Foto: Marcos Labanca
Foto: Marcos Labanca
Foto: Marcos Labanca
O público final e o volume de vendas de livros não foram anunciados até o fechamento desta matéria. Alheio aos números, o público mergulhou no mundo das letras e aproveitou a programação espalhada pelo complexo cultural, com shows, música, teatro, circo e inúmeras oficinas temáticas. Grande homenageado deste ano, o poeta, tradutor e jornalista Mario Quintana foi reverenciado numa agenda especial. A 11ª Feira Internacional do Livro foi promovida pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, por meio da Fundação Cultural, com apoio da Itaipu Binacional, Itamed, Colégio Estadual Bartolomeu Mitre e
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Centro Universitário UDC. O encontro literário teve o apoio estratégico do Núcleo de Livrarias e Sebos da ACIFI, tanto no planejamento quanto na organização e realização. Para o presidente da Fundação Cultural, Adailton Avelino, a feira adquiriu tamanho inimaginável anos atrás. “Tivemos uma vasta programação de qualidade toda de graça para a comunidade”, afirmou. Já o prefeito Reni Pereira destacou que a Feira do Livro é do município, independentemente da gestão frente à prefeitura. “Quem quer fazer bonito deve fazer melhor a cada ano”, disse.
Núcleo de Livrarias e Sebos é parceiro estratégico do evento
Todas as empresas do Núcleo de Livrarias e Sebos participaram da 11ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu. São elas: Epígrafe, Encopel Papelaria, Sebo Cultural, Sebo Foz, Bookafé, Maanaim e União Regional Espírita 13ª Região. São estabelecimentos que acreditam no poder transformador da informação e da cultura. Segundo o coordenador do Núcleo dos Livreiros e Sebos da ACIFI, Ernani Brito, outro aspecto positivo deste ano seria “a maior presença” do vale-cultura, benefício destinado pelas empresas a cada funcionário, no valor de R$ 60, como fator impulsionador das vendas
durante a feira. “Várias empresas, a exemplo do Banco do Brasil e Correios, já estão oferecendo os vales-culturas para os colaboradores utilizarem na compra de livros e outros produtos culturais”, informou. Criado em 2009, o Núcleo de Livrarias e Sebos tem como objetivo tornar-se referência local e regional no setor, por meio da efetivação de parcerias, divulgação e capacitação profissional. Ele desenvolve uma série de ações para movimentar o setor e incentivar crianças, jovens e adultos a apreciar a leitura e o conhecimento.
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acifi s i a m So u
Valdugas Negócios Imobiliários aposta em atendimento personalizado e marketing nas redes sociais
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undada há dois anos, a Valdugas Negócios Imobiliários vem conquistando seu espaço em Foz do Iguaçu. A imobiliária, localizada no Shopping Mercosul, opera em atividades de locação e venda de imóveis novos e usados com qualidade no serviço, transparência e atendimento personalizado. O destaque fica por conta da parceria com construtoras e atuação no mercado imobiliário de São Paulo e também Miami e Nova Iorque. Segundo Karina Silva, corretora e sócia, essa é a filosofia do trabalho da empresa, que leva o sobrenome do seu outro sócio, Aristide Valdugas. Ambos apostam na identificação das necessidades individuais dos clientes e contam com um time de 12 corretores associados e credenciados pelo Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) para a satisfação de todos.
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A Valdugas chegou até a ACIFI depois que Karina ficou sabendo da existência do Núcleo de Imobiliárias, do Programa Empreender. “As atividades desenvolvidas pelo núcleo chamaram minha atenção e comecei a participar”, conta. Com perfis oficiais no Google +, Instagram, Twitter e Facebook, a imobiliária utiliza as redes sociais como ferramenta para que os usuários possam pesquisar os imóveis e serviços disponíveis. “A busca não está apenas nos classificados dos jornais e hoje acontece em toda a web de uma maneira bem mais fácil e direta. Através de redes, conquistamos novos clientes com novas estratégias de marketing digital”, afirma Karina.
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Dicas
Como se capitalizar Linhas ajudam a driblar falta de capital, mas é preciso cautela. Obtenção de crédito exige planejamento, pesquisa e disciplina para não comprometer o futuro da empresa
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e que o brasileiro tem vocação para o empreendedorismo ninguém mais duvida. O caminho do crescimento passa por concessão de crédito, ou seja, depende diretamente de financiamento. Portanto, quanto mais crédito na praça, maior a chance de melhorar o resultado de uma empresa. Apesar do custo elevado e dos entraves burocráticos que emperram as operações de crédito, a falta de informação sobre produtos financeiros
Separe as contas da empresa da conta pessoal.
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disponíveis no mercado é uma das principais causas de maus negócios. A ausência de planejamento financeiro é apontada por especialistas em finanças como um dos principais problemas enfrentados pelo empreendedor e que leva ao fracasso diversas empresas no Brasil. De acordo com dados do Sebrae, mais de 70% das micros e pequenas empresas brasileiras fecham as portas nos primeiros cinco anos de vida.
É melhor investir com dinheiro financiado do que com recurso próprio. Esse deve ser reservado para capital de giro, já que o financiamento de capital de giro é muito mais caro.
Para não engordar ainda mais essa estatística, o empresário precisa definir estratégias para que sua empresa tenha uma reserva financeira de, no mínimo, um ano. Essa economia é fundamental para o fluxo de caixa e para manter a empresa funcionando enquanto ela não lucrar o suficiente para suprir as despesas. Caso a necessidade de crédito seja inevitável, saiba o que fazer e o que é preciso conhecer para tomar um financiamento:
Faça cálculos e tenha a certeza de que haverá margem para pagar o financiamento.
Procure a melhor linha de financiamento para a sua empresa.
Cuidado com custos escondidos: nem sempre a menor taxa de juros é a melhor opção de financiamento.
Mantenha a papelada da empresa – incluindo certidões negativas – em dia. Documentação atualizada é fundamental para a análise de crédito.
Cuidado com vendas casadas. Apesar de a prática ser proibida, algumas instituições tentam vincular a liberação do financiamento à contratação de algum tipo de serviço.
Esteja prevenido para emergências. Mantenha um bom relacionamento com os bancos e o cadastro atualizado.
Quanto mais urgente for a necessidade de tomar o crédito, mais alta será a taxa de juros.
As linhas de crédito são opções importantes para empresários que precisam ampliar seus negócios e não têm capital próprio para colocar o plano em prática Fonte: Sebrae-PR.
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Turismo
Agora é a vez do viaduto da Av. Costa e Silva Na principal entrada da cidade, obra fará ligação com a BR-277, facilitando o acesso e a saída de Foz do Iguaçu e também o tráfego entre o norte e o centro
O
s projetos básicos e executivos de engenharia do viaduto da Avenida Costa e Silva, principal entrada e saída de Foz do Iguaçu, que faz ligação com a BR-277 e facilita o acesso entre os bairros da Região Norte e o centro da cidade, ficarão prontos em, no máximo, até cem dias, segundo o Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu – Fundo Iguaçu. Pelos projetos que estão sendo desenvolvidos, a BR-277 será elevada, permitindo que debaixo dela seja construída uma rotatória com três pistas, possibilitando separar o trânsito da rodovia e o urbano e garantindo mais segurança aos usuários. Projetos contemplam ainda uma rotatória alongada, que substituirá a atual, na altura do CTG Charrua.
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O Fundo Iguaçu prevê a necessidade de, futuramente, mais duas trincheiras para acabar com a segregação do tráfego provocada pela BR-277, que corta a cidade praticamente ao meio, e melhorar a mobilidade urbana de Foz: uma ligando os bairros Portal da Foz e Três Bandeiras (atual retorno para o Hotel Rafain Palace) e outra ligando o Jardim Jupira à atual Avenida Beira Rio, nas proximidades da Ponte Internacional da Amizade. Os projetos básicos e executivos de engenharia do viaduto foram contratados pelo Fundo Iguaçu mediante concorrência. A empresa vencedora é a Engemin, de Pinhais (município da região metropolitana de Curitiba). “É uma empresa especializada em projetos rodoviários e de infraestrutura urbana,
com muita experiência no setor”, garante o presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, que é também superintendente de Comunicação Social da Itaipu. Segundo ele, já foram concluídos os estudos topográficos e de sondagem do terreno, para balizar os projetos de engenharia.
Melhor solução A solução apresentada pela Engemin prevê a construção na BR-277 de um viaduto com extensão de aproximadamente 700 metros. Serão quatro obras especiais, em curva, constituídas em acesso por “terras armadas”, juntamente com uma rotatória sob esse viaduto e a interação com as vias marginais existentes, que já estão sendo readequadas.
De acordo com Gilmar Piolla, “foi a melhor solução técnica e econômica encontrada”. As propostas foram discutidas numa reunião em que participaram representantes do Fundo Iguaçu, Codefoz, Prefeitura, Governo do Estado, concessionária Ecocataratas, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Foztrans e Itaipu Binacional. “Apresentamos alternativas e encontramos juntos a melhor solução”, diz Piolla.
Após a conclusão dos projetos, começará a batalha pela construção do viaduto. E, principalmente, para ver quem vai pagar a conta. Por enquanto, a dúvida é saber de quem é a responsabilidade pela obra. Piolla lembra que a BR-277 é uma rodovia federal, mas foi transferida pela União ao Governo do Estado, que, por sua vez, fez a concessão a uma empresa privada, a Ecocataratas. Por isso, ele acredita que, a princípio, a responsabilidade será mesmo do governo estadual ou da concessionária, porém essa questão ainda será discutida nos próximos meses.
Esta é uma das alternativas em estudo pela empresa que desenvolve os projetos, prevendo o viaduto e as rotatórias, além de uma rótula de acesso à Avenida Anita Garibaldi.
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Espaço Acifi
Junta Comercial: onde sua empresa passa a existir de verdade A história do registro empresarial em Foz do Iguaçu é fruto da parceria entre o Governo do Estado, Prefeitura e ACIFI. A agência está instalada na entidade há 29 anos e conta com a dedicação de seus colaboradores
M
abel Negrão tinha acabado de completar um ano de vida quando, em 26 de setembro de 1986, foi assinado o convênio entre a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu, Governo do Paraná e Prefeitura que autorizou a criação da Junta Comercial na ACIFI. Naquela data, o empresário Narciso Valiati era o presidente da entidade. Quase três décadas depois, a Jucepar permanece na instituição e Mabel é hoje supervisora da agência responsável por facilitar o acesso dos empresários aos processos de registro, alteração e baixa de empresas. No local também é
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possível realizar a mudança de dados e nomes empresariais, emissão de certidões simplificadas e abertura de filiais. Além dela, a equipe conta com o relator Miguel Aguilera, encarregado de analisar todos os processos; e a assistente Maria Cecília Galiciolli, que faz a pré-análise desses processos e registra os livros mercantis. Cabe à Mabel observar mais cuidadosamente e verificar o teor do processo no sistema antes de, finalmente, encaminhá-lo ao relator. Em resumo, é Miguel quem dá a última palavra e determina se o documento é
deferido ou indeferido. Esse trabalho todo segue uma ordem e leva em média seis dias. “O volume de trabalho é intenso e constante, por isso damos prioridade para o atendimento presencial das 8h30 às 11h e das 14h às 17h”, explica a supervisora. Com o deferimento do processo é feita a liberação no sistema e o arquivo é enviado para a sede da Jucepar em Curitiba. É lá que são arquivados todos os documentos e é na capital que também ocorre a digitalização deles. A partir daí os documentos ficam disponíveis e podem ser consultados por qualquer pessoa e em qualquer lugar.
Alteração e extinção de empresas no Paraná deverão ser feitas pelo portal Empresa Fácil Os processos de alteração e extinção de empresas no Paraná passarão a ser realizados exclusivamente pelo portal do programa Empresa Fácil Paraná. A medida, já disponível de forma opcional, tornar-se-á obrigatória em breve e faz parte da iniciativa do Governo do Estado, por meio da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), para a operação da Rede de Simplificação do Registro Empresarial (Redesim). A abertura de novas empresas já vem sendo realizada exclusivamente pelo portal. O presidente da Jucepar, Ardisson Akel, destaca que a iniciativa facilita a elaboração dos documentos, mas não dispensa a apresentação deles impressos, com as devidas assinaturas e reconhecimento em cartório, em um dos 65 escritórios da Junta Comercial. Ainda segundo o presidente da autarquia,
essas medidas configuram uma nova realidade do registro empresarial, que deve agilizar os processos em todo o estado. “Além de desburocratizar o início, alteração ou extinção de um novo negócio, o programa acelera a formalização de empresas, especialmente as de baixo risco”, explica. Outra grande vantagem é que o empresário, ou o seu contador, não precisa mais dirigir-se a diferentes órgãos e secretarias, já que o programa torna a Jucepar porta única de entrada de informações para o registro empresarial. A página (www.empresafacil.pr.gov.br) apresenta o procedimento para abertura, alteração e extinção de empresas de forma didática e instrutiva. Uma vez iniciado o processo, o empreendedor pode acompanhar pela internet o andamento das solicitações.
Junta Comercial é a autarquia brasileira responsável pelo registro público de qualquer atividade relacionada a sociedades empresariais. É por meio dela que se obtém o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o número de identidade da sua empresa. Autarquia é uma entidade auxiliar, autônoma e descentralizada de administração estatal. É um órgão administrativo indireto do governo. Existe uma junta comercial em cada estado brasileiro. Todas são reguladas pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que pertence ao Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior. O Paraná conta com 65 agências regionais.
“
Criada em 26 de setembro de 1986, a agência da Junta Comercial do Paraná é resultado de uma parceria do Governo do Estado e Prefeitura com a ACIFI. O espaço atende, além de Foz do Iguaçu, outras duas cidades da região: Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu”
Agência Jucepar Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro Telefone: (45) 3521-3313 E-mail: fozdoiguacu@jucepar.pr.gov.br Horário de atendimento: das 8h30 às 11h e das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira
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Saúde e alimentação
Economia e investimento
Redes educacionais
O
s benefícios de ser associado à ACIFI vão além dos serviços oferecidos pela entidade. Por meio de convênios, quem é filiado desfruta também condições especiais em importantes empresas e prestadores de serviço de Foz do Iguaçu. São descontos em concessionárias e instituições de ensino, entre outros. Confira as empresas que fazem parte da rede de vantagens ACIFI:
PEOPLE
®
FORMAÇÃO COMPLETA INFORMÁTICA
INGLÊS
Laboratório
Acesse para conhecer mais sobre as empresas conveniadas - www.acifi.org.br/convenios Página 62 | Revista ACIFI
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OSFI
Observatório Social analisa qualidade da produção de vereadores
Balanço reúne informações quantitativas e qualitativas da Câmara Municipal
A
companhar a produção legislativa é um importante desafio para avaliar se os vereadores desempenham seu verdadeiro papel na Câmara Municipal. Para contribuir nessa vigília, o Observatório Social de Foz do Iguaçu mantém atualizado um estudo para ir além dos números frios divulgados pelos parlamentares na hora de mostrar trabalho.
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Numa primeira etapa, a análise oferece dados técnicos sobre o trabalho da atual legislatura. O levantamento revela quantos requerimentos, indicações, projetos de lei complementar, projetos de lei ordinária, decretos e resoluções cada vereador apresentou de janeiro de 2013 a agosto de 2015.
conjunto dos parlamentares. Do total de 2.621 proposições no período, 665 são requerimentos, 1.803 são indicações, sendo apenas 39 leis complementares e 99 leis ordinárias. Ainda foram computados 15 atos administrativos da mesa diretora (quatro decretos e 11 resoluções).
Ao colocar as informações numa mesma planilha, fica evidente o foco do atual
Até aqui nada de diferente. São números difíceis de ser interpretados até mesmo
por quem respira a política municipal. O Observatório Social avança no debate ao colocar lado a lado o total da produção legislativa com a média individual de cada vereador. Tem vereador com pouquíssimo resultado efetivo para mostrar nesse quesito, preferindo concentrar sua ação em requerimentos e indicações.
Qualidade – O balanço avança no debate ao organizar as proposições mais relevantes de leis ordinárias e complementares a partir de critérios qualitativos. A equipe técnica do Observatório Social classifica a produção legislativa em quatro categorias: maior impacto orçamentário; muda/melhora a vida da população; nenhuma diferença; prejudica/dificulta a vida da população.
Segundo o presidente do OSFI, Giuliano Inzis, “a Câmara de Vereadores teve muito trabalho nestes últimos anos, principalmente em relação às atividades das comissões de inquérito constituídas para diferentes assuntos, principalmente o tocante à Saúde. Cada vereador produz conforme suas capacidades e interesses dos eleitores que o colocaram no cargo. Isto é o que nos dizem os números da pesquisa”, explica Inzis. Em sua análise, a maioria dos atos do Legislativo não melhora a qualidade de vida dos cidadãos e, no conjunto, afeta o erário público, pois não consegue reduzir substancialmente os gastos, como apontado pelo Observatório Social em 2014. “A Câmara é uma instituição republicana de fundamental importância para o exercício da cidadania. Depende de cada munícipe preservá-la e fazer funcionar conforme o ditame
constitucional estabelecido por vontade popular em 1988”, completa.
E a função? – O vereador tem como funções legislar, ou seja, criar leis que atendam aos anseios da sociedade; realizar a fiscalização das finanças e da execução orçamentária, mantendo o controle externo do Poder Executivo Municipal; julgar as contas apresentadas pelo prefeito; e praticar atos de administração interna. O OSFI tem apresentado o estudo sobre a produção dos vereadores de Foz do Iguaçu em vários espaços do município, como universidades, escolas, entidades de classe e audiências públicas. O documento é público e pode ser solicitado pelo telefone (45) 3521-3000. Mais informações sobre o Observatório Social pelo site www.osfi.org.br
OSFI completa seis anos e recebe moção de aplauso O Observatório Social recebeu uma moção de aplauso da Câmara de Vereadores ao completar seis anos. O OSFI foi criado no dia 15 de setembro de 2009, com a realização de uma Assembleia Geral de Constituição, que mobilizou representantes de
entidades de classe, organizações sociais, empresas, instituições públicas e profissionais liberais. Vale destacar que a criação do OSFI foi pauta de muitas discussões na ACIFI, onde está abrigado para desenvolver
ações administrativas. Por meio das idealizações do Conselho da Mulher Empresária e Executiva, foram criados grupos de trabalho para a efetivação do Observatório. Desde o início também houve participação do Conselho Regional de Contabilidade.
Revista ACIFI | Página 65
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