Revista Acontece - Agosto 2020

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Heloisa Mota: ‘Eu vejo a estética como um lado lúdico da vida, porque todo mundo pode recorrer a ela para se sentir melhor.”

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EXPEDIENTE

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EDITORIAL

Fazendo acontecer

EDITORA: Neide Carlos DIREÇÃO-GERAL: Neide Carlos Marcelo Bento REPORTAGENS: Fabiano Souza/Neide Carlos REVISÃO: Gilceleno Amorim DIAGRAMAÇÃO: Marcelo Bento Foto da capa / Arquivo Pessoal Para sugestão de pautas, críticas e elogios, entre em contato com:

PORTAL/REVISTA ACONTECE

www.portalacontecern.com.br redacao@portalacontecern.com.br | neidecarlos01@gmail.com Travessa Mossoroense, 37, Centro - Ed. Teresinha Leite Sala 1 - Mossoró (RN) - CEP: 59.600-012 O CONTEÚDO DOS ARTIGOS E COLUNAS É DE RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES.

TELEFONES: (84) 98822-1034 (84) 98814-1034 (84) 98857-1034

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A revista ACONTECE apresenta, nesta edição, um conjunto de temas variados que proporciona ao(à) leitor(a) entender melhor a sociedade potiguar e suas nuances. Nas nossas páginas, o(a) leitor(a) terá um entrevista especial com a fisioterapeuta e esteticista mossoroense Heloisa Mota, que atua há 23 anos nesse mercado de trabalho. Proprietária da Clínica Heloisa Mota, ela fala sobre sua vida, seus sonhos e suas conquistas, desenvolvendo uma empresa que se tornou referência em serviços de estética no Rio Grande do Norte. Também leva o(a) leitor(a) a uma viagem pelo Seridó, na companhia da radialista Suerda Medeiros, um dos maiores nomes do rádio em todo o RN, e da poetisa Constância Maria Uchôa. A poetisa fala sobre como desenvolveu a capacidade de versificar, não apenas as emoções que afloram de seu íntimo, mas também de transformar os acontecimentos do cotidiano em versos, que fazem dessa potiguar uma referência na arte de escrever poesias. Além disso, teremos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida da atriz Tony Silva. Reconhecida pelos trabalhos no teatro e no cinema, ela disse que se sente ambientada em qualquer lugar que se respire cultura. A revista ACONTECE decidiu, nesta edição, conhecer um pouco sobre a vida e o trabalho do digital influencer, a profissão do momento. Os influenciadores são um fenômeno na internet. Nesta edição, os entrevistados são Karenine Fernandes, Clístenes Carlos e Mário Filho. E, como tem ocorrido em todas as edições deste período de pandemia, abordaremos, mais uma vez, a covid-19, a doença que abala o mundo, e suas sequelas. Abra as páginas seguintes. Confira tudo isso e muito mais.


ÍNDICE

Heloisa Mota:

‘Eu vejo a estética como um lado lúdico da vida, porque todo mundo pode recorrer a ela para se sentir melhor.”

9 Pandemia: Convivendo com as sequelas da covid-19

A tragetótia de uma “brincante da arte”:

3 2 18 INFLUENCIADORES DIGITAIS SURGEM COMO NOVO FENÔMENO NA INTERNET:

Eles possuem a capacidade de engajar marcas, lançar tendências, mudar opiniões e comportamentos de milhares de pessoas.

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Colunas: Neide Carlos--------------------------6 Desaboya---------------------------22 Karenine Fernandes----------------52 Mario Filho---------------------------48 Clístenes Carlos--------------------52 ACONTECE . Agosto 2020

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REVISTA ACONTECE

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Heloisa Mota:

neidecarlos@portalacontece.com.br

COLUNA

Neide Carlos

Estamos com mais uma edição na rua. Desta vez, temos na nossa capa Heloisa Mota. Há 24 anos no mercado de estética, ela vem mostrando o seu diferencial no município de Mossoró. Vale a pena ler a sua história de vida completa.

‘Eu vejo a estética como um lado lúdico da vida, porque todo mundo precisa dela para se sentir melhor.”

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PESQUISA ELEITORAL A disputa eleitoral em Mossoró parece ter um cenário diferente de anos anteriores. Primeiro, que são oito pré-candidatos. Dentre eles, alguns nomes mais cogitados. A ex-prefeita de Mossoró Cláudia Regina (DEM) já apresenta nas pesquisas boa margem de intenção de votos, já o deputado Allyson Bezerra (Solidariedade) também aparece com número significativo. A candidata Isolda Dantas (PT) deu uma crescida na última pesquisa realizada pela Super TV. A prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), lidera os demais, mas se a oposição se unir, a soma de todos derrota a candidata do PP.

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CIDADE LIMPA

MASTER O que era bom, vem melhor ainda. A Máster Eventos vem toda repaginada pós-pandemia. Aguarde!

A cidade de Mossoró anda ficando bem limpinha, as coisas se organizando, os bairros mais limpos, as ruas calçadas e pavimentadas. Pena que só em ano eleitoral isso é feito. Triste realidade. VAIAS

A prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini, ao ter recebido o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi vaiada. Muitos gritos de pessoas falando: “Está chegando a sua hora.” Não me lembro, na história de Mossoró, de ter ouvido as pessoas se manifestar dessa forma contra a prefeita. Foi triste. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: PRECISAMOS DAR UM BASTA

CONVENÇÕES

O ano de 2020 está sendo marcado pela pandemia do novo coronavírus, que provocou o isolamento das pessoas em suas casas, em quarentena, desde o mês de março. O mundo parou e os efeitos já são sentidos na economia, na educação e em questões sociais também. Um dos casos que mais chama atenção em relação ao período de isolamento social é a violência doméstica. No Brasil, os números aumentaram e no Rio Grande do Norte, os casos cresceram (assustadoramente) 258%.

Dia 7 de setembro, acontecerá a convenção do MDB e PSDB no município de Almino Afonso. Na chapa majoritária, dra. Jéssica Amorim (prefeita) e Alvanilson Carlos (vice-prefeito). O evento será no Colégio Ronald Néo Júnior. Devido protocolo da OMS, é obrigatório o uso de máscara. Desejo todo o sucesso aos pré-candidatos.

MIKELINE AMORIM Quem não conhece o trabalho de Mikeline Amorim, design de sobrancelha e micropigmentadora, ela atende em seu estúdio, na Rua Pedro Álvares Cabral, 16, bairro Nova Betânia, Mossoró. Agende o seu horário pelo fone 99985-3760.

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ENTREVISTA HELOISA MOTA

“Eu vejo a estética como um lado lúdico da vida, porque todo mundo pode recorrer a ela para se sentir melhor.”

A revista ACONTECE entrevista a fisioterapeuta e esteticista mossoroense Heloisa Mota, que atua há 24 anos nesse mercado de trabalho. Proprietária da Clínica Heloisa Mota, ela fala sobre sua vida, seus sonhos e suas conquistas, desenvolvendo uma empresa que se tornou referência em serviços de estética no Rio Grande do Norte. A especialista fala sobre o apoio recebido de sua mãe e do esposo, Carlos Augusto, para conquistar espaço no competitivo mercado de estética que, ao longo dos anos, vem se desenvolvendo numa velocidade impressionante, em consequência das novas tecnologias. Tudo isso e muito mais, você pode conferir nessa conversa com Heloisa Mota, a maior referência em estética facial e corporal de Mossoró e um dos principais nomes do segmento em todo o estado.

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ENTREVISTA HELOISA MOTA

Heloisa Mota “Eu vejo a estética como um lado lúdico da vida, porque todo mundo precisa dela para se sentir melhor diante dessa vida tão controvertida, tão cheia de problemas. Então, você tem que ter isso para equilibrar as coisas.” Heloisa Mota A revista ACONTECE entrevista a fisioterapeuta e esteticista mossoroense Heloisa Mota, que atua há 23 anos nesse mercado de trabalho. Proprietária da Clínica Heloisa Mota, ela fala sobre sua vida, seus sonhos e suas conquistas, desenvolvendo uma empresa que se tornou referência em serviços de estética no Rio Grande do Norte. A especialista

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fala sobre o apoio recebido de sua mãe e do esposo, Carlos Augusto, para conquistar espaço no competitivo mercado de estética que, ao longo dos anos, vem se desenvolvendo numa velocidade impressionante, em consequência das novas tecnologias. Tudo isso e muito mais, você pode conferir nessa conversa com Heloisa Mota, a maior referência em estética corporal de Mossoró e um dos principais nomes do segmento em todo o estado. REVISTA ACONTECE – Fale-nos um pouco sobre sua vida, sua formação, seu casamento e quando entrou no mercado de trabalho. HELOISA MOTA – Minha história começou como um sonho. Nascida em Mossoró, ainda na

adolescência, comecei a realizar demonstração de cosméticos nas residências. Comecei de maneira natural, mas isso foi criando um vínculo de amor em meu coração, fazendo que eu despertasse o desejo de crescer cada vez mais e chegar aonde chegamos hoje. RA – Quando decidiu trabalhar, você já sabia que queria montar seu próprio negócio ou essa ideia foi fluindo naturalmente? HM – Não. Na verdade, isso aconteceu de maneira muito interessante. Eu só percebi que amava a estética quando eu fazia um bom negócio, quando ganhava um bom dinheiro. Então, naturalmente, quando você tem um bom resultado financeiro,


isso faz você relaxar. Mas aí me fizeram uma pergunta que me chamou a atenção: “Helô, você trabalha tanto na semana, ganha tanto dinheiro e ainda vai fazer limpeza de pele no final de semana.” Então, eu disse: “Não é pelo dinheiro; eu gosto de fazer isso, eu me realizo fazendo limpeza de pele.” E foi a partir daí que eu percebi que era isso que eu queria para a minha vida. E, depois disso, tudo mudou na minha vida.

base até hoje: minha mãe, com quem aprendi sobre cosméticos, e meu esposo, que acreditou e bancou o meu sonho de montar a minha clínica. Tudo começou com eles. E Carlinhos não só acreditou no meu projeto, como hoje, ele é meu companheiro aqui no trabalho dentro da clínica, atuando no apoio em tudo que realizamos.

RA – E isso aconteceu em que período da sua vida? Foi nesse período que você decidiu abrir seu próprio negócio?

HM – Eu vejo a estética como um lado lúdico da vida, porque todo mundo precisa dela para se sentir melhor diante dessa vida tão controvertida, tão cheia de altos e baixos. Então, você tem que ter isso para equilibrar as coisas. Tanto no tratamento facial como corporal, que lhe dá uma elevação na autoestima. O facial eleva muito a sua autoestima, e todos nós temos a necessidade de nos preparar melhor fisicamente. Então, quando essas duas ações se associam, o dia flui melhor em nós.

HM – Como eu disse anteriormente, eu sempre gostei de trabalhar. Desde adolescente. Mas, esse despertar para atuar no ramo de estética surgiu quando eu tinha 25 anos. Foi com essa idade que eu decidi que queria ter minha própria clínica. Eu decidi que queria enveredar por esse caminho e ajudar as pessoas a melhorar sua beleza, melhorar a autoestima. Esse é o nosso propósito através da estética: tornar a vida das pessoas melhor. RA – Quem te apoiou nesse sonho? Pois, quando se decide iniciar um negócio, quase sempre a gente conta com o apoio direto ou indireto de pessoas que, na maioria das vezes, estão próximas. HM – Sem dúvida, eu tenho de agradecer sempre o apoio da minha mãe. Ela era a promotora de venda de cosméticos e eu fazia as visitas às clientes com ela. Então, tudo começou com minha mãe e depois com o meu grande companheiro da vida, o meu incentivador, que é o meu esposo Carlinhos (Carlos Augusto). Ele foi quem patrocinou e promoveu a criação da minha clínica. Pagou pela construção dela, pelo meu primeiro aparelho. Então, eu sempre digo que essas duas pessoas, depois de Deus, foram minha

RA – Como você define a estética?

RA – Você iniciou com limpeza de pele, mas a clínica expandiu para outras áreas, e isso fez que você tivesse de buscar formação em outras áreas. Como foi esse processo? HM – Verdade. Quando eu comecei, não tinha faculdade de estética. Então, eu procurei fazer um curso tecnólogo na área. E, a partir daí, não parei mais de fazer curso. Foram muitos cursos de especialização dos quais participei e participo em diversos pontos do país, para que os serviços oferecidos sejam cada vez melhores. Então, eu viajei muito, sempre atenta ao que surgia de novo em termos de estética. Fui muito e continuo indo a São Paulo e, mais recentemente, fiz uma viagem internacional, sempre buscando novos resultados sobre o que existe de mais moderno. Eu nun-

ca deixei de investir, para melhorar sempre o meu conhecimento. Quando chegou à cidade a primeira faculdade de fisioterapia, que abraça a dermato funcional, que é uma área da estética, eu fui fazer a faculdade, mesmo com a clínica a todo vapor. Isso só agregou conhecimento e nos permitiu hoje trabalhar de forma mais precisa, mais individualizada, mais personalizada. RA – O que provocou a mudança do nome da clínica, que era Beleza & Cia., para Clínica Heloisa Mota? HM – Isso aconteceu porque ninguém dizia que ia para a Beleza & Cia., elas sempre diziam que iam para a Clínica Heloisa Mota. Então, isso veio dos próprios clientes. Isso veio bem oportunamente, porque eu pude ter uma visão melhor e maior precisão nos meus atendimentos, porque ficou algo mais perto de mim. Então, passamos a realizar um trabalho mais personalizado com a nossa equipe, que é muito boa, procurando entender melhor cada cliente e o que ele deseja. RA – Quais os benefícios da estética para as pessoas que fazem uso desse serviço? HM – Um dos principais benefícios é a valorização do que você já tem de bom na sua vida, mas que, às vezes, não tinha despertado. Às vezes, a pessoa chega aqui querendo melhorar algo, achando que aquilo é a coisa mais importante da vida dela, então mostramos que ela está supervalorizando algo que ela acha importante e se esquecendo de várias outras coisas maravilhosas que ela tem. Então, tratamos daquilo que ela realmente precisa, mas também mostramos o quanto ela tem de valor em outras coisas. Nunca partimos ACONTECE ACONTECE. .Agosto Julho 2020 2020

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ENTREVISTA HELOISA MOTA

apenas de um problema que a cliente nos apresenta, mas de um todo, porque todo mundo é muito especial e todo mundo tem sua própria beleza. O que nós fazemos é realçar, dar mais condições para ela se sentir com a autoestima elevada, uma pessoa melhor, mais valorizada e confiante. RA – Quais os tipos de serviços você oferece em sua clínica e quais os mais requisitados? HM – Trabalhamos com um leque muito grande de serviços. Mas hoje, com o avanço da tecnologia, a harmonização facial sem corte é, sem dúvida, o grande nome do momento. Feito sem corte, sem a injeção de nada. Nada invasivo. Então, a clínica apostou nessa proposta, e temos hoje vários equipamentos de alta tecnologia mesmo, porque adquirimos os equipamentos e os produtos que funcionam em todos os horários à disposição dos nossos clientes. Então, quem deseja realizar esse tipo de procedimento, passa por um processo de avaliação e inicia o processo, sem precisar ter de marcar um dia para alugar a máquina, tudo é feito de acordo com a necessidade do cliente, porque acreditamos no que realizamos, que é o uso da alta tecnologia da estética, que a cada dia ganha mais espaço. As pessoas querem condições não invasivas, que deixem a sua beleza natural. Essa é a proposta de nossa clínica. Existe um processo natural de envelhecimento com a perda de colágeno, provocado por numerosos fatores, como as condições climáticas, sol, estilo de vida, uma noite mal dormida, fora a idade cronológica, existem cuidados especiais com a pele. A gente luta com uma série de coisas e tem de se armar para enfrentar melhor essas situações com aquilo que a tecnologia estética tem de melhor

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e obter resultados maravilhosos, como estamos podendo ver. RA – Como é realizado o processo de atendimento da Clínica Heloisa Mota? HM – Quando o cliente nos procura, nós realizamos primeiro uma consulta de avaliação, para conversar de forma descontraída sobre ele, para conhecer melhor, saber seu jeito de agir, saber por escrito o que ele pode ter, para escolher melhor a tecnologia. Porque há tecnologias que algumas pessoas não podem utilizar. Então, temos de fazer essa pequena triagem. Muitas vezes, a pessoa vem fazer uma simples limpeza de pele e ali já se detecta a possibilidade de necessidade de outros tipos de tratamentos mais adequados para ela. Temos vários tratamentos e em todos eles temos obtido bons resultados, desde o mais simples ao mais sofisticado. RA – Qual o diferencial da sua empresa para se tornar uma referência no mercado atual e se manter tanto tempo no topo? HM – Faremos 24 anos de atuação no mês de novembro, e o que faz o nosso diferencial é a busca constante pela inovação. Não nos acomodamos nunca. Estamos sempre procurando o que existe de novo para oferecer aos clientes. Estamos num segmento de constante inovação tecnológica e não podemos ficar sem acompanhar essa tecnologia, que muda muito rapidamente, além do cuidado e da atenção com o cliente e a organização. Tudo feito com muito amor à profissão, com um trabalho realmente de qualidade. Acredito que esse seja o nosso diferencial. RA – Existe uma faixa etária de pessoas acima dos 30

ou isso também tem mudado? As pessoas mais jovens também têm procurado a clínica? HM – Olhe, nós temos alguns casos aqui de crianças e pré-adolescentes que já começam a desenvolver na sua puberdade imperfeições que aparecem no rosto, como cravos, acnes, bem no início mesmo. Então, os pais já ficam preocupados. Mas, nós normalmente atendemos esses clientes depois que eles já passaram por um dermatologista. Nessa fase, é muito importante ter o acompanhamento desses dois profissionais. Muitas vezes, ele vai ao dermatologista e já aparecem algumas manchinhas que precisam ser removidas; então, é aí que nós entramos. Nós só realizamos procedimento a partir dos 10 anos, acompanhados dos pais ou responsáveis, porque são crianças e tem que haver um responsável, para que se possa explicar todo o processo. Mas, não há idade para se cuidar, porque aqui temos crianças de 10 anos a pessoas com mais de 80 anos. RA – Alguns tratamentos oferecidos pela sua clínica são totalmente inovadores e têm atraído muita gente. Quais os tratamentos que você destacaria e qual o que tem atraído mais clientes? HM – Sem dúvida, o que veio para ficar foi o microagulhamento personalizado com produtos europeus; ele se renova a cada dia e fusion personalizado, entre outros. E outros, como o jato de plasma, que vem tratando a pele com inflamação controlada e o laser ND-YAG. Não podemos falar em estética com tecnológica sem citar o laser, porque o laser na estética é algo simplesmente maravilhoso. Ele penetra todas as camadas da pele e atinge todos os objetivos. Nós aqui na clíni-


ca temos remoção de micropigmentações, tatuagens, peeling de carbono, utilizado pelas estrelas de Hollywood e que nós temos aqui, além da criofrequência, que é uma poupança de colagem na pele sem dor sem nada, atingindo camadas profundas da pele. E temos a sensação da clínica, que é o ultrassom microfocado, é um tratamento que foi desenvolvido com o intuito de proporcionar efeito de lifting facial de forma não invasiva e não cirúrgica. Com esse aparelho, nós atingi-

mos na pele, onde só o cirurgião faz no lifting sustentar sua musculatura. E o melhor de tudo: sem dor. O que se sente é apenas a energia penetrando, que vai criar camadas de coagulação, e essa coagulação fina na pele vai retrair e puxar sua pele, dando um efeito natural. Esse aparelho foi adquirido no final de 2018, quando a Anvisa liberou o uso no Brasil, porque até então, as que existiam eram importadas. Então, essa foi a primeira máquina em uso no Brasil com a liberação da Anvisa.

RA – Qual o tipo de pessoa que forma a sua clientela? As mulheres ainda são maioria ou o número de homens em busca da beleza também tem aumentado? HM – A maioria das pessoas busca pela experiência, procurando saber o que acho por minha experiência. Então, além dos tratamentos normais, existe esse tipo de consulta, o que me deixa muito honrada com isso. Tem a maioria de mulheres, mas há se-

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manas que recebemos a maioria de homens, que vem crescendo rapidamente. Existe a necessidade de se sentir bem. O homem despertou para a importância do lado estético. Todos os tratamentos que oferecemos para as mulheres temos para os homens. E temos o tratamento para queda de cabelos, maravilhoso, para retardar ao máximo a queda desde o início. O rejuvenescimento, já que muitos homens têm pele oleosa, e nós temos um tratamento de pele especial para o homem, que incluiu o cuidado com a área da barba, removendo e purificando todo o local da barba. Nós temos esse diferencial no tratamento de pele com os homens. Além disso, o nosso tratamento de pele avançado é um dos serviços mais requisitados na clínica, porque devolvemos todo o equilíbrio natural à pele. RA – Como funciona a técnica desenvolvida por você para a remoção de cravos? HM – Sim, todos os nossos clientes começaram a dizer que não queriam mais fazer tratamento de pele. Então, quem me conhece, sabe que sou perfeccionista. E quero tirar todas as sujeiras da pele. Então, eu percebi que a minha limpeza de pele era muito profunda, e isso causava um certo desconforto. Então, eu decidi estudar e pesquisar uma maneira de remover esses cravos das pessoas e elas não sentirem tanto esse desconforto, e assim surgiu a limpeza avança tecnologia sem dor com os nanocosméticos da Anna Pegova. E essa limpeza tem feito muito sucesso. Quando é que na limpeza profunda de pele você pode sentir alguma coisa. Apenas em casos raros de cravo muito profundo, mas isso são casos isolados. Mas, no geral, . Agosto 2020 1414| ACONTECE | ACONTECE . Agosto 2020

a pele fica muito bonita e bem tratada, o próprio peeling ultrassônico, ele estimula a colagem. RA – Quais os tratamentos mais inovadores que vocês estão desenvolvendo neste momento? HM – Tem poucos dias, lançamos a drenagem linfática vegana. Algo extremamente novo, funcional, maravilhoso. Um tratamento interno com cápsulas produtos veganos, associados a uma técnica maravilhosa de drenagem linfática. Essa drenagem é para entrar na história, porque ela é fantástica. Ela trata internamente e por fora a gente drena tudo, porque o maior problema das pessoas é liberar as toxinas, que a gente tem proveniente da alimentação, degradação da gordura no processo de queima calórica. Você tem uma degradação de gordura, então você tem toxinas. Agora, a drenagem linfática, que é padrão hoje da estética, nós estamos adaptando-a e deixando-a fantástica, associando não só os produtos veganos, livres de todos os conservantes de produtos de origem animal, com tudo feito a partir de produtos naturais, e a parte interna também, que são cápsulas veganas, que vão ajudar nessa drenagem interna do corpo. Isso é uma maravilha que você está tendo aqui em primeira mão. RA – Como você analisa o mercado hoje, em relação a sua profissão? HM – Eu vejo cada vez mais gente trabalhando nessa área, e isso é muito bom, porque eu acredito que o sol nasce para todos. Pensando nisso, nós que temos mais experiência no mercado, estamos promovendo apoio a essas pessoas que estão começando e, diante disso, estamos montando

uma linha de cursos na clínica. Eu já fiz muitos cursos e continuo fazendo e acho que isso pode ajudar a quem está começando a se tornar cada vez melhor. Como seria bom passar essa minha experiência para quem está começando. Eu não vou ficar aqui para sempre. Então, é importante deixar um pouco do meu conhecimento para outras pessoas que estão começando, porque todo mundo merece oportunidade. É bom que todo mundo busque se aperfeiçoar, não fique apenas no mais ou menos, porque foi assim que eu fiz e tenho feito na minha vida inteira. O segredo é não se acomodar. Até hoje, eu busco novidades e promovendo o lançamento de coisas novas. Isso se consegue estudando e pesquisando. Não há limites para a gente procurar chegar ao melhor e eu quero sempre isso, porque enquanto a gente aprende, a gente também ensina. RA – Com a pandemia da covid-19, as pessoas se tornaram mais exigentes na hora de comprar e também com relação à prestação de serviços. Você percebe isso também com relação a quem procura a clínica? A pandemia mudou as pessoas? HM – Mudou. Eu acredito que a pandemia veio colocar uma ordem no caos. Nós tínhamos muitas informações colocadas de maneira aleatória, e ainda temos, é bem verdade, mas as que se sustentam são as que estão melhor embasadas. Isso tem feito que a gente possa selecionar melhor. Ela veio colocar essa ordem. As pessoas que estão mais embasadas, mas fundamentadas, estão tendo uma oportunidade agora de surgirem com o seu conhecimento, com as suas ideias. Isso tem feito que as pessoas pensem o quanto elas precisam estudar e


aprender. Foram apresentados, de forma gratuita, diversos cursos para que você possa aprender. Então, as pessoas estão mais atentas a isso. Com a pandemia, nós tivemos de fechar e eu fui fazer curso, até cursos que eu já tinha feito antes, para reciclar e ver como as coisas estão se desenvolvendo lá fora. O momento não é de parar, para o atendimento apenas na clínica, mas a vida continua e estamos estudando e nos reciclando muito, com mui-

ta disposição e vontade para inovar, porque durante o funcionamento da clínica a gente estuda paralelamente ao atendimento em finais de semana em algumas horas, mas agora tivemos tempo para ter dias e mais dias de investimento no seu conhecimento e, acima de tudo, agradecer sempre a Deus por tudo na minha vida, pelas oportunidades que Ele abre com as pessoas com o nosso trabalho. Isso é maravilhoso.

RA – Qual conselho você daria para quem quer ingressar nesse mercado e o que você vê como mais importante para quem quer crescer dentro de uma profissão, independente dessa profissão? HM – Veja, realmente, o que você quer fazer, faça o que você ama fazer. Se você descobrir isso, todo o resto virá naturalmente. Se você ama e se identifica, você naturalmente vai trilhar o caminho do sucesso.

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ECONOMIA PANDEMIA

Convivendo com as sequelas da covid-19 Especialista alerta para alterações no olfato pós-covid-19. Otorrinolaringologista Anna Caroline orienta para tratamento imediato 18

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Especialista Anna Caroline afirma que procura por atendimento para tratar sobre alterações no olfato aumentou nos consultórios de médicos especialistas

Você já deve ter ouvido falar, nos últimos meses, da anosmia e da hiposmia, que significam a perda e a diminuição do olfato, respectivamente. Os termos, até então desconhecidos da população em geral, ganharam recentemente espaço no noticiário pela relação direta com pacientes de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Mas, não é só isso. Além de ser sintoma característico da covid-19, pesquisas indicam que, em muitos casos, a perda do olfato nesses pacientes pode ser irreversível. É o caso de estudo da Universidade de São Paulo (USP) divulgado nesta semana que analisou casos do novo coronavírus que resultaram em perda do olfato. De acordo com dados da pesquisa, cerca de 5% dos pacientes analisados não apresentaram melhora na ca-

pacidade olfativa após quadro de covid-19, mesmo depois de dois meses e meio de contraída a doença. Ao todo, foram investigadas 650 pessoas que contraíram o novo coronavírus desde o mês de abril. Destes, 80% afirmaram ter perdido totalmente ou parcialmente o olfato. Do total, 140 indivíduos curados foram entrevistados novamente pelos pesquisadores meses depois e 95% dos pacientes disseram que, após algum tempo, conseguiram recuperar a habilidade de sentir aromas – mas, 5% disseram que seguem sem a capacidade olfativa. De acordo com dados de outros estudos em causas não relacionadas à covid-19, a prevalência da anosmia (perda do olfato) ou hiposmia (diminuição do olfato) na população geral varia entre 5% e

16% dos indivíduos. O resultado dos estudos está sendo observado no dia a dia em consultórios de médicos especialistas, cuja procura por atendimento para tratar dos sintomas aumentou consideravelmente. Em Mossoró, a otorrinolaringologista Anna Caroline de Souza percebeu o número de queixas da perda ou diminuição de olfato crescer entre os pacientes que testaram positivo para a covid-19, mesmo após o desaparecimento dos demais sintomas da doença. “Normalmente, esse tipo de queixa ocorria uma vez a cada dois meses, em decorrência de outros fatores, como a rinite ou sinusite, por exemplo. Agora, a média é de três pacientes, por semana, relatando o sintoma. São pessoas que têm registro para covid-19 e que permanecem sem sentir odores ou tiveram a capacidade olfativa reduzida”, observa. Segundo estudos em causas não relacionadas à covid-19, a prevalência da anosmia (perda do olfato) ou hiposmia (diminuição do olfato) na população geral em causas não relacionadas à covid-19 varia entre 5% e 16% da população. Como deve ser realizado o tratamento

Anna Caroline alerta que, nesse caso, a busca imediata por atendimento especializado é imprescindível, uma vez que, quanto mais rápido o tratamento for iniciado, melhor a chance de obter resultados exitosos. “Sempre oriento que, se o paciente observar que o olfato não está funcionando normalmente, deve buscar atendimento do especialista para iniciar o tratamento, que vai desde o treinamento olfatório, feito com algumas essências, passando pela lavagem nasal com soro fisiológico, medicamentos ACONTECE . Agosto 2020

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Publicitária Emily Andrade ainda sente sequelas da doença Paciente fala de como convive com as sequelas da covid-19

específicos, utilizados em outras causas de perda de olfato, ou ainda corticoides tópicos”, explica a médica. A publicitária Emily Andrade, de 33 anos, começou a perceber os primeiros sintomas da covid-19 no dia 26 de maio. Inicialmente, ela sentiu fortes dores nos músculos da perna nos dois primeiros dias da doença. No terceiro dia, acordou com o nariz obstruído (sem secreção) e completamente sem olfato e paladar. E no quinto dia, depois do primeiro sintoma,

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teve uma forte dor de cabeça. A partir do 12° dia após o início dos sintomas, ela começou a sentir as sequelas da covid-19. Até hoje, Emily Andrade vem convivendo com alguns problemas ainda relacionados à covid-19. “As sequelas começaram com 12 dias do primeiro sintoma. Dores de cabeça que levaram à descoberta de sinusite. Tratei a sinusite, mas continuei com sequelas, principalmente neurológicas. Tenho fadiga, insônia, dores no peito, pescoço e nos músculos. Tenho confusão mental todos os dias,

com falta de concentração, perda de memória recente, desconexão com a realidade, tontura, falta de ar que duram de 15 minutos a 1 hora mais ou menos”, comenta. A publicitária também conta que continua com a perda parcial do olfato, além de outros sintomas otorrinolaringológicos. “Alguns cheiros retornaram, mas de forma alterada. Por exemplo, alguns perfumes cheiram como químicos e não como o cheiro original. E ainda não sinto alguns odores. Dores na base do nariz, perto dos olhos, que aparecem geralmente com dor no topo da cabeça. Eventual gosto/cheiro estranho dentro do nariz. Hoje à noite, eu acordei de madrugada com fortes dores nos ouvidos, como se tivesse uma pressão muito forte de dentro para fora”, detalha. Para investigar o que vem sentindo, Emily Andrade conta que já se consultou com pneumologista, otorrinolaringologista, e no momento está fazendo acompanhamento com um neurologista e um cardiologista. Neste período, ela já fez vários exames, entre eles, alguns de sangue, holter, eletrocardiograma, tomografias da face e do peito. E já há outros agendados, como uma ressonância magnética do crânio e exame ergométrico e ecocardiogramas. “Depois de ler sobre pessoas que estavam na mesma situação que eu e também recebendo descrédito dos médicos e das pessoas ao redor, encontrei grupos internacionais de Facebook com milhares de pessoas que estão sofrendo as sequelas, alguns com mais de cinco meses de sequelas. Depois, encontrei um grupo nacional na mesma rede social, com muitas pessoas relatando exatamente os mesmos sintomas que eu, alguns um pouco mais. A maior parte, pessoas que tiveram sintomas leves ou médios e que não precisaram de internação”, explica.


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AGRONEGÓCIO

CASA DE CHRYSTIAN As duas faces de Eva

Chrystian de Saboya Jornalista, produtor de eventos.

Crônica, coluna e outras declarações de amor chrystian.saboya@gmail.com c.desaboya@uol.com.br

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Grupos desprezíveis da sociedade brasileira, ninados pela ignorância, por uma fé às avessas, seguem gritando, em nome de Deus e da vida, conceitos inadmissíveis e criminosos seus. O Brasil, realmente, no fim dos tempos em muitos aspectos. É inacreditável que exista gente que defenda que uma criança, que sequer vida (feliz) teve, exerça o dever de ser mãe, sem que nunca tenha exercido o direito de ser menina. Inacreditável, ainda, essa gente inescrupulosa que divulgou seu santo nome, agredindo sua dor, sua família, seus médicos na porta dos hospitais, envergonhando a raça humana. Ninguém, ninguém tem o direito sobre o corpo de mulher nenhuma, quiçá duma menina de dez anos de idade, violentada desde os seis por um monstro no seio da sua família. Por favor, respeito! Esses extremistas religiosos trazem um Deus corrompido, ungido pelo mais completo sentimento de desprezo pela vida humana. São asquerosos. Ano passado, que se saiba, o Brasil teve 61.041 meninas violentadas. Exatos 54% foram meninas com menos de 13 anos de idade. Criminoso é o estuprador, que merece a vida eterna numa prisão. Criminosos são todos aqueles como essa irresponsável que brada o nome do Brasil por uma nação melhor, que divulgou o nome da pobre criança. Que seja processada, presa numa cadeia, de onde nunca deveria ter saído. E que essa criança encontre a alegria de viver, perdida em meio a essa gente que, de humanidade, não entende patavinas. E que fala em nome de Deus, se porta como o seu antônimo.


CASA DE CHRYSTIAN Rainha da sucata,

Fotos: Yuri

uma ova!

Ela se transformou em diva absoluta quando o assunto é imóvel na cidade. Aliás, na cidade e fora da cidade também, ela reina absoluta. É danada, essa Lívia Miranda! Focada, talentosa! Respeitada por onde passa, Lívia é um exemplo de mulher bem sucedida, que leva a vida de boa, jamais aguerrida, sempre light, sempre diet, sempre leoa! Sua Max Mil Imóveis é das preferidas dessas paragens quando o assunto é vender, alugar – tudo com muita verdade, seriedade, luas sempre cheias de sonhos bons. Outro adeus,

gaivota O coronavírus nos tirou muitos amigos. Amigos especiais, que eu guardarei para uma vida inteira. Jonas foi um deles. Dono do artesanato que leva o seu nome ali na Alberto Maranhão, ele dividia com a mulher com muito carinho pela vida, um ofício que por anos a fio me serviu tanto. A tantos, também! O pranto me tomou de pronto, quando soube da sua partida. Jonas era pessoa do bem, uma alma querida, uma preguiça, como eu, de ser simpático! Perdi a conta de quantas vezes fui à sua loja, comprei a loja inteira e paguei noutro dia. Era turrão e dono de um coração infinitamente bondoso. Partiu e nos deixou saudade para sempre. Fica aqui uma homenagem, pura e simples, para um cara ao qual eu sempre quis muito bem.

Rebolation O frango tem um nome enfeitadíssimo. Um nome meio gay, até. E aí não vai nenhum demérito! O nome cheio de glitter, meio Teteca, todo francês. E o frango acompanha o ritmo. É delicioso, crocante e suculento ao mesmo tempo, com um tempero que pega um quê da swingueira das filhas do saudoso Zacarias, um tchan todo “europês”. Alcélia e Sheila comandam a iguaria, sucesso de uma ponta a outra da cidade.

Não suporto paredão Coisa de quem tem bom coração não Incomoda Agride Crianças, idosos, autistas - e pessoas que não são obrigadas a ouvir o mal gosto de ninguém Chrystian ACONTECE . Agosto 2020

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CASA DE CHRYSTIAN Meu amor antes de mim Quando eu conheci dona Irene, nem nascido eu era. Ela chegou à minha vida, herança da minha família, noutras eras. S empre andou na casa da minha avó, da minha tia Maura, doutros Saboya além. Doce e danada no rendar, dona Irene levou a vida inteira, primeiro, vendendo as suas rendas; depois, rendendo-se à arte de tantas outras rendeiras. Pintou e bordou numa época mais poética, lúdica, leve. São dela labirintos, rendas de bilro,

afetos de linhas e gestos, que duram uma vida inteira. Doentinha fazia um tempo, dona Irene deu uma freada. Aparecia vez ou outra. E chamada de avó pelos meus dois meninos, levando para minha volta ensinamentos rendados à mão, histórias de amor, Ibicuitaba do meu coração. Adoeceu doutras dores e, em seguida, contaminada pelo coronavír us, foi brincar de fazer renda, sua maior prenda, lá por Deus e sua imensidão.

Belchior, baltasar e gaspar

Como uma deusa Desde que eu me entendo por gente, ela é estrela nunca cadente da moda que veste com charme, classe e bom gosto muitas mulheres do Rio Grande do Norte. Por sorte, seu atelier, que é um norte, é ancorado em Mossoró. Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó, Fátima Carlos reina absoluto nas passarelas da cidade. Seu atelier recebe mulheres potiguares que querem ficar lindas sob o seu olhar. Costura, estica, puxa, lá vai a eterna musa diva de Evandro a abalar. Se por anos foi professora, hoje, ela marca a geografia da mulher que, cheia de charme, aprendeu desde muito cedo a voar.

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Renan René Ryan Tudo no R! R de “ritória”! E de “rucesso”! De gente que trabalha com verdade, com hombridade, leveza - esses caminhos tão incomuns hoje em dia. De gente que arregaça as mangas cedo e muito cedo também faz da vida uma declaração de amor ao seu chão. Esses três irmãos, que comandam uma loja única na cidade, são merecedores de todas as honras e de todas as glórias. E a ArtLar, que se transformou numa unanimidade, que traz móveis para todos os gostos e todos os bolsos, é a preferida de Mossoró quando o assunto é deixar nossa casa linda, leve e solta.


CASA DE CHRYSTIAN Azul da cor do

mar

O mar está para peixe, no seu caso baleia. E ele segue nada do em águas tranquilas, respaldado pela boa energia que sempre plantou para o mundo. Segue feliz da vida, segue pleno, segue em paz. Pré-candidato a vereador da cidade, Nelsinho Filho vai caminhando para glórias. Merecidas e honradas glórias, para um cara que sempre espalhou boas notícias, que sempre nos fez e nos faz feliz demais. Vai angariando apoios, juntando gente querida ao seu redor, caminhando e cantando sempre grato para com o mundo.

Kid Abelha e as abóboras selvagens Essa família é um patrimônio de Mossoró. É um patrimônio do interior do estado, do estado todinho. É uma gente correta, dileta, é uma gente que, mesmo não sendo poeta, passou a vida, e passará sempre fazendo rimas. Com dignidade, com hombridade, com respeito, com amor pelo mundo, pela família, por todas as cirandas do universo. É uma agente de prosa e de verso, que, de Almino Afonso, saiu escre-

vendo legados, côncavo e convexo. Nesses dias, José Belarmino de Azevedo, que desde muito menino se chama “Teteca”, chegou aos 87 anos de idade. Foi uma festa atípica, com seus meninos nos carros, gritos e parabéns para uma vida sempre atrevida de luz. Teteca merece essa família toda, querida de toda a vida, merece também. Saúde, felicidade, paz, amor... e para as estrelas, por que não tê-las?, anjos e améns!

Amor cor de rosa A fotografia eu bati no Panamá, num dos meus aniversários. País apaixonante, o Panamá tem uma província de nome Puerto Belo, uma colônia Congo e um Cristo negro que amarei para sempre, Conheci Maria del Fuentes no exato momento que eu fazia essa foto. Ela tinha acabado de ser curada de um câncer no colo do útero e ficamos amigos; eu guardei essa fotografia para um dia usar com o meu coração. Então Ana Klebia, que adora atazanar o meu juízo, pediu para que eu assinasse, mais uma vez, a camiseta da campanha do outubro Rosa, em Mossoró. E assim, com todo amor do meu coração, eu criei esse embrulho de esperança, de afeto e de respeito à vida. ACONTECE . Agosto 2020

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7BIS

Estamos ainda mais interativos.

Sempre inovando e trazendo aos nossos parceiros e leitores o melhor do mundo Digital. Uma nova maneira de ler nossa revista de forma digital.

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7BIS

Cuidando de mim, eu cuido de você.

O uso de mascará é individual, a proteção é para todos! ACONTECE . Agosto 2020

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TONY SILVA

Fotos: Pácifico Medeiros

A trajetória de uma “brincante da arte”

Foto: Célio Duarte

Atriz reconhecida pelos trabalhos no teatro e cinema, ela disse que se sente ambientada em qualquer lugar que se respire cultura

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ou uma brincante da arte”, assim se define Antonia Lúcia da Silva, ou simplesmente, Tony Silva. Nascida e criada na Rua Melo Franco em Mossoró, ela chega aos 61 anos de vida e quase 40 de teatro, amando e vivendo com alegria o que faz. Para conhecer um pouco mais sobre um dos maiores expoentes da cultura do Rio Grande do Norte nas últimas décadas, a revista

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ACONTECE conversou com Tony Silva, que falou sobre sua origem, seu ingresso na arte de representar e seus projetos, sempre dizendo o que pensa de forma bem-humorada e descontraída. Tony Silva é uma das três filhas dos cinco filhos do casal Otacília Fernandes da Silva/Francisco Nogueira da Silva Filho. “Eu sempre fui uma criança como muitas outras criadas na Melo Franco, brincando

e se divertindo na rua, pra cima e pra baixo”, diz. Formada em Educação Física com licenciatura pela Universidade do Estado Rio Grande do Norte (UERN), Tony Silva se diz uma apaixonada pela vida, pelos homens e pelas mulheres. Seu contato com o teatro ocorreu no inicio dos anos 80, quando participou de um curso de Técnicas Agrícolas na Escola Superior de


Agricultura de Mossoró (ESAM), hoje Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Na época, conheceu Aécio Cândido e Crispiniano Neto, que desenvolviam o projeto cultural dentro da Esam. “Meu contato com o teatro foi nesse curso da Esam, onde conheci Aécio e Crispiniano. Aécio foi meu primeiro mestre como diretor de teatro. Até então, nunca tinha ouvido essa palavra teatro, e quando Aécio disse que ia escrever uma peça juntamente com Crispiniano e eu estaria nela, eu me apaixonei. A peça Circo Alegria do Povo, foi onde tive o meu primeiro papel. A peça foi montada em 80, e em 81, estreamos. Eu e Marcos Leonardo, que somos contemporâneos. Então, fiz esse trabalho, onde ficamos juntos trabalhando por 10 anos, atuando no Grupo Terra. Depois, entrei por teatro de rua com o grupo Escarcéu, onde ficamos três anos. Quando saiu, fui pro Nocaute a Primeira Vista, onde fiquei por mais 10 anos. Depois disso, com mais três amigos, criamos a companhia Máscaras de Teatro, por exigência de empresas que fomos contratada, e tinha que ser uma companhia com registro. Em 2018, decidi sair e iniciar um novo projeto”, relata. A artista está desenvolvendo o projeto “Sem eira nem beira de arte”, que consiste em fazer arte, não na rua, mas em calçadas, esquinas e becos. Nesse projeto, eu canto, interpreto, leio poesias e conto com a participação de alguns colegas, como Dulcio Cavalcante, Marle Maia e Vanda Jacinto, são pessoas que estão sempre me acompanhando nesse projeto. A gente chega no local, coloca uma banquinha, liga uma caixa de som e leva arte ao povo”, diz. Ela diz ainda que o projeto é apresentado geralmente nas quartas-feiras, por volta das 18h. Depois de 30 minutos de apresentações, eles abrem espaço para a comunidade se apresentar, dando oportunidade para quem quer cantar,

recitar ou representar. Além desse projeto, Tony Silva também vem realizando a leitura de mensagens de reflexão para pessoas através do WhatsApp. A percepção de que era atriz depois de 10 anos de atuação Um fato curioso na vida de Tony Silva é que ela disse que só veio a se ver como atriz depois de 10 anos trabalhando e ensaiando diariamente. “Depois de 10 anos, um dia eu fui vista na TV por um dos vigias da Facem, que era nosso teatro e hoje virou depósito. Logo que cheguei, ele disse: Taí, Tony agora é atriz, apareceu na televisão (sic). Desde desse dia eu passei a refletir sobre essa palavra. Porque ela tem um peso muito grande. É muita responsabilidade. Porque mesmo o teatro estando na minha vida há muito tempo, eu não me sentia uma atriz, eu me via como uma brincante da arte. Desde a minha estreia naquele 15 de novembro de 1980, quando entrei no teatro, até aquele momento não me via como atriz”, enfatiza. Atriz reconhecida no teatro e cinema, ela disse que se sente ambientada em qualquer lugar que se respire e se faça cultura, no entanto nunca quis participar da direção de nenhum espetáculo. Tony Silva destaca como seu principal personagem aquele que lhe trouxe reconhecimento do grande público e também da crítica, que foi a “Cega Nicássia”, no Oratório de Santa Luzia. Questionada sobre sua visão da participação da mulher e do negro na cultura, ela diz que, mesmo diante de todas as dificuldades, as mulheres e os negros têm ocupado seus espaços, não apenas em Mossoró, mas em todo o país. “Nós sempre tivemos um papel importante na cultura. E, ao longo dos anos, vem ocorrendo avanços, tanto que estou aqui sendo entrevistada por você. Falo de avanço na promoção dos espetáculos que foram rece-

bendo apoio e se desenvolvendo de forma mais profissional. Hoje, nós trabalhamos aqui com equipes de iluminação, figurino, palco. Tudo isso é sinal de avanço. Também passamos a contar com casas de espetáculos melhores. Depois da construção do teatro Dix-huit Rosado em Mossoró, outras cidades passaram a dispor de teatros. Isso é importante, agora faltam políticas públicas que possam garantir a manutenção dessas casas de espetáculos, para que elas possam ser bem utilizadas”, acrescenta. A atriz também revela que tem grandes nomes no teatro nacional e local que a inspiram, como Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Augusto Pinto, João Marcelino e Marcelo Flexa. “Eu tenho um leque de grandes ídolos que eu vou formando ao longo de minha vivência na rate. Tem muita gente bacana, Marcos Leonardo. São eles que fazem que eu me revista e me revigore na minha arte de fazer teatro”, afirma. Para Tony Silva, a arte é tudo em sua vida. “A arte é meu falar, meu respirar, meu viver, minha visão de uma vida melhor, é o meu tudo”, finaliza.

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DIGITAL INFLUENCER Foto: Célio Duarte

Influenciadores digitais surgem como novo fenômeno na internet Eles possuem a capacidade de engajar marcas, lançar tendências, mudar opiniões e comportamentos de milhares de pessoas, podem ajudar a decidir a compra de um produto ou serviço on-line, através de suas redes sociais

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revista ACONTECE decidiu nesta edição conhecer um pouco sobre a vida e o trabalho do digital influencer, a profissão do momento. Os influenciadores são um fenômeno

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na internet. Possuem a capacidade de engajar marcas, lançar tendências, mudar opiniões e comportamentos. Podem ajudar a decidir a compra de um produto ou serviço on-line. Alguns atingem re-

sultados imensuráveis nas redes sociais. Diante disso, nós convidamos os influenciadores digitais Karenine Fernandes, Clístenes Carlos e Mário Filho a participar da nossa edição.


Fotos: Pácifico Medeiros

Com cerca de 22 mil seguidores, Karenine Fernandes fala sobre a carreira de digital influencer: REVISTA ACONTECE – Como você lida com uma profissão que era inédita até pouco tempo atrás? KARENINE FERNANDES – Acredito que a experiência como comunicadora me ajudou e, claro, abriu portas. Os contatos com marcas, lojas e empresas já me eram rotineiros. No entanto, foi a forma de me relacionar com esses agentes que teve maior impacto. Tento lidar com tudo de maneira leve e muito ética. É comum vermos pessoas utilizando da profissão e do seu poder de influência, para coisas negativas. Também precisei me adaptar ao aumento do poder do público e de suas críticas, o número de pessoas na internet é exponencialmente maior do que tínhamos no rádio, na TV ou no jornal impresso; essas pessoas consomem conteúdo de maneira mais crítica, voraz e, por vezes, até intolerante. RA – Como você começou a trabalhar como digital influencer? KF – O mundo digital é relativamente novo, até pouco tempo vivíamos no mundo da comunicação impresso. Eu digo que não comecei; eu evolui e me adaptei junto com o mercado. Tenho mais de 20 anos na área da comunicação, sempre trouxe ao meu leitor - que hoje é meu seguidor - uma marca muito própria e forte, de passar o que vejo, descubro, encontro e sei, com seriedade. E, por óbvio, o resultado de um trabalho sério é o sucesso e o desbravamento de novos espaços. Assim sou da geração de todas as mídias: de colunista social a digital influencer, e preparada para tudo o que o novo vier propor. A comunicação é vida para mim, e os seguidores são meu combustível diário. Sei que agrado muitos e desagrado alguns, mas isso também faz parte. (risos)

RA – Como você se deu conta que era uma profissão e que seria uma pessoa influenciadora no mundo digital? KF – Quando meus parceiros começaram a fazer questão de estar nas minhas redes sociais, que até então era algo mais pessoal e particular como foi para todos nós nos princípio -, percebi que surgia assim um novo mercado. As empresas já não queriam mais simples artes ou notas em sites e colunas, mas sim que eu experimentasse, vivesse ou usasse o seu produto ou o seu serviço. Foi uma evolução muito rápida e que, ainda bem, me adaptei bem e, apesar de não ser especialista na área digital, a vivência me ensinou bastante. Hoje, todavia, procuro sempre pegar uma dica, ler algo sobre, estudar o assunto para me aprimorar. RA – Há alguma diferença, em termos de contratação, se você tem menos ou mais seguidores? Ou isso não tem tanto peso para você? KF – O número de seguidores já teve mais impacto nas contratações. Hoje, a grande maioria das em-

presas e das agências acordou para aqueles que “inflaram” essa métrica com seguidores comprados, porque isso não tem retorno algum para a marca nem para o próprio engajamento do influenciador. Eu jamais comprei um seguidor e, é bom frisar, não aconselho. Hoje, existem diversas ferramentas para auditar isso e muito mais. Também não anuncio aquilo que não acredito ou vivo, minha credibilidade e o meu nome têm uma história forte, de ética e é respeitada por onde passo. Não quero passar algo que não vivo e não indico, porque isso não é influenciar. RA – O que você acha do futuro? O que você acha que vai acontecer com essa profissão? KF – No geral, todas as profissões estão sofrendo grandes mutações, a digitalização veio com tudo - agora pós-pandemia, ainda mais forte. Mas, é muito importante não esquecermos que o valor humano é único e necessário em todos os profissionais de sucesso. Com o tempo, aqueles que não constroem algo sério e sólido são esquecidos, os que não procuram fazer algo que tenha valores ACONTECE . Agosto 2020

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DIGITAL INFLUENCER

éticos serão ser descartados. Acredito que o influenciador vai sempre existir, pode mudar a denominação, os meios, mas isso faz parte do nosso mundo, da nossa sociedade. Somos influenciáveis pelos outros sim, isso é válido, importante e preciso. RA – O que você tem para falar para quem está começando agora e que quer seguir essa carreira? O que você aconselharia? KF – Sou digital influencer por vocação, coração, intuição e mutação do mundo da comunicação, mundo pelo qual me deixei levar, ou melhor, influenciar há muitos anos. O mercado é aberto e válido para todos, fazer o que gosta e dar o seu melhor é o ingrediente principal de uma boa receita. O mundo da influência digital é cheio de nichos. Então, cada um pode influenciar naquela área que gosta e que faz melhor. Exemplo: vida fitness, moda, comportamento etc.. Temos digital influencer em todas as profissões, na arquitetura, na culinária, na medicina, na organização, na administração, no direito e por aí vai... Acredito que em alguns anos, a formação acadêmica e profissional não será suficiente se for isolada desse poder de comunicação. Hoje, por exemplo, se vamos fazer algum procedimento com algum médico, procuramos analisá-lo também através de suas redes sociais. Assim, se eu pudesse dar algumas dicas para quem deseja ingressar no meio da influência digital, seriam: primeiro, é preciso entender do que fala, saber se expressar bem; segundo, ter coragem de se expor para um mundo que hoje te dá uma curtida e amanhã te “cancela”. Já vivi de tudo um pouco, e cada vivência me solidifica. Meu campo de influência é a minha cidade de Mossoró, na qual sou realizada e, claro, com um dedinho forte no meu RN.

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Foto: Wagna Cavalcante

Veja o que disse Clístenes Carlos sobre ser um digital influencer, com cerca de 18 mil seguidores em dois perfis: @clistenescarlos / @interligados_rn REVISTA ACONTECE – Como você lida com uma profissão que era inédita até pouco tempo atrás? CLÍSTENES CARLOS – Eu lido com muita naturalidade, pois apesar do termo “digital influencer” e de essa profissão ter se popularizado recentemente, digamos que é algo que já existia há muito tempo. Assim como eu, conheço várias pessoas que sempre tiveram uma presença muito marcante na internet desde seu surgimento. Pessoas essas que sempre gostaram de estar presentes no meio digital, seja através de sites, fotologs, blogs e os demais meios que a grande rede mundial proporcionava na época, para que elas pudessem expor suas opiniões, divulgar seus trabalhos, serviços e produtos, e isso acabava já influenciando as pessoas. Então, na minha visão, já existem influenciadores há muito tempo. RA – Como você começou a trabalhar como digital influencer? CC – Eu uso internet há muito tempo, e foi algo que eu me apaixonei logo de cara. Através da rede mundial de computadores, conheci o amigo Matheus Ricelly e resolvemos criar um projeto muito inusitado na época, que foi colocar no ar o www. paudosferros.com, o primeiro site da cidade e de toda a região. Nele, as pessoas encontravam tudo relacionado à cidade, os prédios históricos, os órgãos públicos, notícias, coberturas de eventos... O sucesso do site gerou muita visibilidade para a gente. Com o passar do tempo, recebi convite do amigo Jean Carlos para escrever uma coluna no jornal Resenha Alto Oeste, que na época circulava na região e, claro, aceitei o desafio. Fui tomando gosto pela comunicação, até que surgiu o convite do jornalista Márcio Costa para integrar a equipe de um dos maiores jornais do estado,

o jornal O Mossoroense, onde tive o prazer de permanecer como colunista por 13 anos. Sempre antenado no meio digital, fui seguindo as tendências e construindo o meu espaço na internet, foi aí que surgiu a ideia de criar um blog que está no ar até hoje, através do endereço eletrônico www. clistenescarlos.com.br. Hoje, além do blog e de estar presente nas mais diversas redes sociais e mídias digitais, tenho a honra de integrar equipe de colunistas da revista ACONTECE. Então, trabalhar como digital influencer foi algo que fluiu naturalmente através do trabalho que eu já fazia há muito tempo. RA – Como você se deu conta que era uma profissão e que seria uma pessoa influenciadora no mundo digital? CC – Eu nunca tive a pretensão de ser ou de me tornar um influenciador digital. Mas, sempre encarei tudo o que eu faço com muito comprometimento e profissionalismo. Então, desde que comecei a marcar presen-

ça no mundo da comunicação e nas mídias digitais que eu procuro fazer um trabalho responsável, com muita seriedade, muito carinho, zelo e, o mais importante, com muita verdade. Nos meus espaços, costumo ser eu mesmo, não uso máscaras nem crio personagens e acho que, por isso, passo uma certa credibilidade. Divulgo as boas notícias, enalteço as pessoas e os profissionais que de certa forma são úteis e contribuem com a sociedade, assim também como divulgo produtos e serviços que eu consumo, que eu gosto, que eu uso que eu acredito. Creio que, por isso, algumas pessoas se identificam comigo e acabam acompanhando o meu trabalho. RA – Há alguma diferença, em termos de contratação, se você tem menos ou mais seguidores? Ou isso não tem tanto peso para você? CC – É fato que ter muitos seguidores nas redes sociais acaba chamando a atenção de algumas marcas e empresas. Muitas delas levam em consideração a quantidade de seguiACONTECE . Agosto 2020

Fotos: Wagna Cavalcante

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DIGITAL INFLUENCER

dores para contratar um influenciador para divulgar os seus produtos e serviços. Porém, para mim, o número de seguidores é apenas um detalhe. Acho muito mais importante focar na produção de um bom conteúdo e ganhar a confiança e passar credibilidade para o público do que me envaidecer com números. Se o trabalho for bem feito, os seguidores vão surgir e aumentar gradativamente de forma natural. RA – O que você acha do futuro? O que você acha que vai acontecer com essa profissão? CC – Observo que muitos influenciadores digitais se limitam apenas ao Instagram, que atualmente é a rede social que está em evidência. Porém, acredito que o profissional que almeja se manter neste universo chamado internet, que muda e evolui constantemente, que ele precisa ser multifacetado, estar antenado e marcar presença nas mais diversas plataformas digitais. Sendo assim, ele não fica preso apenas a uma rede social e constrói o seu nome de forma sólida e conquista o público dos mais variados canais de comunicação e interação social. RA – O que você tem para falar para quem está começando agora e que quer seguir essa carreira? O que você aconselharia? CC – Que a vida de um digital influencer não é apenas glamour, baladas, recebidos e eventos. Que é um trabalho sério, que, assim como os demais, exige dedicação, conhecimento, foco, determinação, verdade e compromisso. Que não existe sucesso repentino, pois construir um nome, ganhar a confiança e passar credibilidade para as pessoas é algo que vai sendo construído aos poucos. Mas, se você almeja ser um digital influencer, vá em frente, arregace as mangas, dedique-se e vá em busca de conseguir o seu objetivo.

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Fotos: Wagna Cavalcante


Foto: Jefferson Ferandes

O influencer Mário Filho também fala sobre essa nova profissão e seus desafios: REVISTA ACONTECE – Como você lida com uma profissão que era inédita até pouco tempo atrás? MÁRIO FILHO – Amo o que faço e ter esse trabalho de digital influencer é muito prazeroso. É nele que conheço pessoas, viagens, produtos e posso levar todo esse conhecimento para quem estar do outro lado da tela. Supergratificante receber um feedback de um seguidor, amigo. Toda essa interação é muito importante. RA – Como você começou a trabalhar como digital influencer? MF – Sempre gostei de moda e na comunicação, o expressar, falar, dar dicas sobre vários assuntos. Aí, surgiu convite para ser consultor de uma boutique em Mossoró. Na época, além de trabalhar, eu escrevia em uma plataforma chamada FlogBrasil, não existia a ferramenta Instagram e lá era onde colocávamos fotos e textos sobre determinados assuntos. Com isso, os convites foram surgindo para TV, rádio, desfiles, presença em eventos em vários estados e até em outros países, como recentemente estive em Paris, na França, para a semana de moda a convite de uma marca europeia. RA – Como você se deu conta que era uma profissão e que seria uma pessoa influenciadora no mundo digital? MF – Sempre tive a influência, literalmente, do meu irmão Marcello Bento, ele que incentivou a criar o blog, alimentar as redes sociais com fotos, vídeos, textos e conteúdo relevante em diversas áreas. Graças a Deus, sempre dou o meu melhor em tudo e hoje tenho essa profissão, levo a sério sempre o que faço, buscando conhecimento e conteúdo. Hoje, sou formado em Design de Moda, tenho especialização na Europa em um renomado instituto, estudo outros

O Digital Influencer conta com mais de 50 mil segudores em seu instagram @mariofilho2nd idiomas e não paro nunca. Quero sempre estar por dentro de tudo e continuar sendo referência no mundo real e digital. RA – Há alguma diferença, em termos de contratação, se você tem menos ou mais seguidores? Ou isso não tem tanto peso para você? MF – Infelizmente, ainda existe essa comparação em termos de números de seguidores. Hoje, eu tenho em minha principal rede social, que é o Instagram, mais de 50 mil seguidores, e isso me faz feliz em saber que tenho um público fiel que acompanha o meu trabalho dia a dia. RA – O que você acha do futuro? O que você acha que vai acontecer com essa profissão? MF – Nesta pandemia, a quarentena

me ensinou que trabalhar com home office é, sim, produtivo e está dando certo. As empresas entenderam rápido e já enviam os produtos dentro das normas da OMS, com total segurança e higiene. A profissão de divulgar, influenciar e mostrar um produto vai continuar sim, até mais forte, com algumas modificações. RA – O que você tem para falar para quem está começando agora e que quer seguir essa carreira? O que você aconselharia? MF – Os conselhos são sempre os melhores. Estudar, ter um conteúdo, buscar algo novo, seja na fala, escrita ou comportamento. Não querer ser a mesma pessoa que você vê na internet, ter sua identidade, sua essência e seu estilo.

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ENTREVISTA SUERDA MEDEIROS

Uma radialista apaixonada pela comunicação em sua plenitude A história de vida de uma seridoense que vive intensamente há mais de 30 anos uma relação de amor incondicional pelo rádio e a comunicação como todo, sempre em busca de novos desafios

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ascida em São João do Sabugi, distante cerca de 30 km de Caicó, Maria Suerda de Medeiros, com mais de 30 anos de rádio, é uma das personalidades mais populares

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do Seridó potiguar. Filha de João Poroca e Maria do Céu, ambos já estão na dimensão superior da vida. Ela é a sexta filha dos oito filhos do casal, sendo cinco homens e três mulheres. Chegou a

Caicó com quatro anos e adotou a cidade como seu novo lar. “Sendo caminhoneiro, nosso pai nos levou e trouxe por muitas cidades do RN, CE, MA, até que nossa mãe se fixou em Caicó e daqui


não saiu mais. Meus pais se separaram quando eu tinha vinte e poucos anos... passamos momentos difíceis, mas soubemos superar”, relata Suerda. Para conhecer um pouco mais sobre essa apaixonada pelo rádio, a revista ACONTECE conversou com Suerda Medeiros. Ela conta que seu interesse pela radiofonia só veio depois da chegada ao rádio. A descoberta foi casual, mas a partir daí, soube que tinha nascido para atuar nesse veículo de comunicação. “Em 1986, fui convidada por Roberto Fontes para tirar suas férias na Rádio Rural AM de Caicó, na qual ele apre-

sentava um programa romântico à noite. Achei que era uma brincadeira, mas que nada... era sério e eu topei. Logo fiquei muito à vontade e comecei por aí. Depois, fui convidada para apresentar um programa aos sábados chamado Sábado Total. Foi um pulo para eu ganhar um programa diário, chamado Tarde 595, e daí para cá, nunca mais parei de fazer rádio”, acrescenta. Considerada por muitos como uma jornalista de vanguarda, que passou por diversas fases do rádio e também fazendo uso de outros meios de comunicação, Suerda é vista como uma profissional que está sempre em busca de crescimento, tendo atuado também como produtora de banda e em assessoria de imprensa, mas sempre sem deixar de lado sua paixão pelo rádio. “Trabalhei de 1986 a 1990 em Caicó. Isso na Rural AM e em seguida na Rural FM. Fui a primeira locutora da primeira FM de Caicó. Sou jurássica do rádio... (risos). Depois, fui convidada para ir dirigir uma rádio, a Salinas AM, em Macau, e fui. Mas, lá fiquei apenas nove meses. A rádio tinha viés político e não me identifiquei. No mesmo ano fui para Natal, trabalhar na Cidade FM. Voltei para Caicó em 1992, reassumi meu lugar na Rural FM outra vez, ficando até 1996. Naquele ano, por sinal muito difícil, perdi minha mãe e passei uns dias na Rádio Caicó AM. Depois da morte da minha mãe, resolvi dar um tempo em rádio e fui trabalhar como produtora da banda Circuito Musical, onde fiquei até 1999. Viajei o Nordeste inteiro e parte do Brasil e aprendi muito. Foi quando fui convidada por Felinto Filho, através de Bill Boy, para ir compor o novo quadro de profissionais da 98 FM de Natal, onde fiquei até 2004, sendo uma das experiências mais ricas da minha vida. Saí e fui para a assessoria de imprensa do governo

Wilma de Faria, trabalhar com Vagner Araújo, que era secretário de Planejamento. Fiz algumas campanhas políticas naquela época. Fiquei até 2006, quando voltei para Caicó. De 2007 a 2011, fui diretora da Rádio Caicó AM, mas fiquei lá até 2016, quando fui para a Rádio Povo FM, na qual fiquei até março de 2020, quando começou a pandemia. No dia 13 de julho passado, voltei a trabalhar na rádio onde comecei: a Rádio Rural, que hoje é FM 102,7. Essa é minha trajetória no rádio até hoje. Todas as rádios por onde passei me marcaram, mas hoje canto para a Rádio Rural: “Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui... aqui é meu lugar...” Essa rádio tem 57 anos, foi a rádio que embalou os sonhos de muitas gerações, e estar onde comecei minha carreira é muito emblemático para mim”, diz a comunicadora, narrando um pouco da sua trajetória.

O segredo é o jornalista não querer aparecer mais do que a informação que ele tem para dar, porque se o conteúdo que você entrega é bom, certamente você será notado.” Suerda Medeiros. 37

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SUCESSO E CARISMA Foto: Marcelo Bento

Profissional dedicada e sempre em busca de inovações

M

esmo com a atuação em diversos setores da imprensa e principalmente do rádio, ela se diz mais interessada na realização de entrevistas, na produção de matérias que tenham personagens, que possam relatar suas histórias de vida. “Tem entrevistas que fiz que mudaram minha forma de ver o mundo. É muito desafiador tornar uma matéria, uma entrevista em algo útil, palpável para a vida de quem te escuta e assiste. O segredo é o jornalista não querer aparecer mais do que a informação que ele tem para dar, porque se o conteúdo que você entrega é bom, certamente você será notado”, disse. Dentro dessa linha de pensamento de quem tem o jornalismo na veia, ela diz que, mesmo tendo atuado na direção de veículos de comuni-

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cação, sua grande afinidade é com a comunicação direta com seu público. “Na minha concepção, é mais difícil dirigir, envolve outras questões, mas foi desafiador e gostei, porque, ao mesmo tempo em que eu era diretora, também tinha um programa de três horas diárias e tudo que sempre sonhei em fazer no rádio, fiz, sem censura. Ser comunicadora é tão fácil como pilotar um ‘boeing’. Todos nós que não sabemos pilotar um avião, achamos que é difícil fazê-lo, no entanto se torna fácil para quem faz isso corriqueiramente”, destaca. Suerda Medeiros também fala sobre o avanço tecnológico registrado nas duas últimas décadas nos meios de comunicação. Ela diz que a tecnologia trouxe importantes ferramentas que agilizam as informações com as

fontes, e se pode oferecer a informação de tudo que acontece é em tempo real. “Isso foi um salto gigante para a comunicação. Ao mesmo tempo, vemos que as notícias falsas plantadas por interesses escusos é algo muito nocivo ao mundo. É como um vírus letal, como esse que aí está e que tem dizimado a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. A notícia falsa também mata, e infelizmente estamos convivendo com pessoas que se utilizam desse poder tecnológico para plantar notícias falsas”, alerta. Como radialista que teve formação nas bases da Igreja Católica nos anos 80, ela diz que aprendeu que a comunicação liberta as pessoas da ignorância, da tristeza, da solidão e transforma o mundo, diminuindo os abismos sociais. Diante desse


aprendizado, ela fala sobre os seus influenciadores. “Minha grande inspiração para a comunicação veio de especializações como a que fiz com José Ignácio López Vigil. Na época, a Rádio Rural me enviou para Mossoró e fiquei um mês, durante todo dia, aprendendo com um grupo, de todo o nosso continente, a fazer rádio com um homem que possuía uma ampla trajetória em rádios na América Latina, autor de livros como Manual Urgente Para Radialistas Apaixonados. Mas, tive grandes professores: monsenhor Tércio, Roberto Fontes, Ciro Pedroza... e me inspiro aqui no RN em nomes da comunicação como Jean Fernandes, Ed Oliveira, Rô Medeiros... Mas eu nunca tive isso de querer ser como fulano e sicrano, porque aprendi que rádio é a essência do lugar onde ela está, entende?”, conta Suerda.

Entrevistando grandes personalidades de diversos segmentos Suerda Medeiros também destaca algumas entrevistas importantes que fez ao longo de sua trajetória, como quando entrevistou o ex-presidente Lula e também Elino Julião, um dos principais nomes da música no RN, entre outros nomes. “Não saberia classificar a melhor entrevista que fiz, porque nesses 34 anos fiz milhares. Entrevistei o ex-presidente Lula em Mossoró em 2011, foi uma experiência ímpar e me marcou porque perguntei, em meio a perguntas mais políticas, se o presidente lembrava do dia em que saiu do Nordeste. Ele fixou o olhar num ponto, marejou os olhos, me olhou e disse: “Lembro, sim. Nossa família no pau de arara e nossa cadelinha correndo atrás do carro porque não podia ir...” E eu perguntei imediatamente: como era o nome da cadelinha? E Lula respondeu sem conter as lágrimas: “Baleia”. Eu fugi ao teor das perguntas daquele momento,

que eram mais políticas, e foi marcante. Fiz outras bacanas também: a última entrevista do monsenhor Agripino, uma sumidade aqui da região. Elino Julião, para mim um dos maiores poetas do RN, saudoso. O espírita Divaldo Franco veio a Caicó e também foi muito forte a entrevista com ele. As entrevistas que fiz com a saudosa governadora Wilma de Faria eram diferentes também. Atualmente, as que mais gostei de fazer foram com o bispo de Caicó, dom Antônio Carlos Cruz, um homem muito inteligente; com a poetisa Constância Uchoa, na minha live no Instagram; com o jornalista Chrystian de Saboya, com o poeta Jesus de Ritinha de Miúdo de Acari... e por aí vai...”, revela. Além do grande número de ouvintes do rádio, ela também tem cerca de 25 mil seguidores, através de suas redes sociais, o que mostra sua grande capacidade de atrair as pessoas nos mais diversos meios de comunicação. “Sempre tive feedback de quem me escuta, assiste, lê... começou com as cartas... sempre recebia muitas cartas dos ouvintes das rádios por onde passei. Adorava. Fiz programas de rádio durante a manhã, onde recebia cerca de 500 ligações telefônicas em 3 horas... E os depoimentos, as pessoas falavam comigo. Hoje em dia, tem muito mais chance de ter esse retorno, porque as pessoas interagem mais rapidamente via redes sociais... Meu Face tem o número máximo de seguidores, no meu Instagram tenho cerca de 18 que me acompanham, vale dizer que não compro seguidores; são todos orgânicos... e é por aí. Para mim, o que faço precisa ser real, apesar de vivermos num mundo de tanto viés virtual, né? Mas, trabalho para que a comunicação que exerço seja útil na vida das pessoas. Não faço comunicação para ‘aparecer’. Acho isso raso”, diz em tom de desabafo. Embora tenha seu trabalho reco-

nhecido, não apenas no Seridó, mas em todo o RN, Suerda Medeiros mantém sua simplicidade e se mostra sempre disposta a colaborar com as pessoas que a procuram. Muitos são jovens que estão interessados em trabalhar na comunicação. “Olha, fico feliz pelo respeito que o meio tem por mim. Tenho uma legião de amigos jornalistas, radialistas, blogueiros... e sim, muitos que estão iniciando me buscam para uma orientação e tenho o maior prazer em compartilhar o que aprendi ao longo desses anos. Procuro passar mais do que dicas técnicas, que cada um precisa achar seu ponto, como um doce, sabe? Cada comunicador tem algo diferenciado e ele precisa achar isso para fazer o que todos fazem, mas seu trabalho tem um sabor diferente a ser degustado”, finaliza.

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Fotos: Thyago Dias

A poesia transformadora de Constância Uchôa A capacidade de versificar as emoções que afloram de seu íntimo e, também, de transformar os acontecimentos do cotidiano em versos faz dessa potiguar uma referência da arte de escrever poesias 40 |

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A revista ACONTECE conversou com a poetisa e escritora caicoense Constância Maria Uchôa. Embora nascida em Caicó, na região do Seridó do Rio Grande do Norte, ainda na infância passou a residir em Mossoró, região Oeste do estado, onde construiu laços que preserva até hoje. “Sou parte de Mossoró. Gosto do simples e do erudito, acredito que devido aos diversos contatos que tive na infância, com

diferentes estilos na música e na literatura”, revela. Filha de Salete Costa e Uchôa (de saudosa memória - trabalhava na empresa Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Rio Grande do Norte (CAERN) em Mossoró, tem mais 3 irmãos homens, dois deles nascidos nas terras de Santa Luzia. Constância diz que sua história de vida sempre foi espelhada na mulher forte e feminista que sempre foi sua mãe, que, mesmo sem saber, já era feminista aos seus pouco mais de 20 anos. Além de tomar decisões sobre a condução de sua vida, Salete Uchôa também foi uma incentivadora ao hábito da leitura. “Quando estudei o feminismo, entendi que sou filha de uma feminista. Minha mãe casou aos 24 anos, com calça boca de sino, e não permitiu que fosse conduzida ao altar pelo pai dela, argumentando que ela própria era responsável pelo casamento dar certo. Fugindo a regra da época, ela não preparou enxoval com meses de antecedência. Ela foi sozinha, de ônibus, a Campina Grande (PB) e comprou as peças num só dia. Era prática nas decisões. Nunca me exigiu aprender tarefas domésticas. Sempre incentivou o estudo, a independência dos filhos, tanto para meus irmãos quanto para mim, única filha mulher. E essa mulher, assim como o meu pai, sempre incentivou muito a leitura em casa”, acrescenta. Além de boa leitura, ela conta que também conviveu ouvindo boa música dos mais variados estilos, o que certamente contribuiu para sua formação como poetisa. “Minha mãe ouvia muito Chico Buarque, Caetano Veloso, Geraldo Vandré e Gilberto Gil. Meu pai gostava de músicas que remetiam à nostalgia, à boemia, como as músicas de Nelson Gonçalves. E tinha Marizete que trabalhava lá em casa e amava ouvir brega. Lembro que ela ouvia as músicas e trabalhava com tanta empolgação, que eu pen-

sava: ‘Essa música que Marizete escuta traz muita alegria’. O sucesso é o brega”, revela. Mas, a infância de Constância também seguia seu curso normal, como a de todas as crianças da época, com muitas brincadeiras e, claro, com uma pitada de leitura. Ela lembra que lia muitos gibis da Turma da Mônica, trabalhando as diferenças de personalidade. E foi muito marcante também para a sua trajetória a obra do escritor Monteiro Lobato, inclusive, foi o tema da festa de alfabetização da sua turma no Colégio Diocesano de Santa Luzia (CDSL). “Lá em casa havia uma ciranda de livros com obras de Monteiro Lobato e assistia ao Sítio do Pica Pau Amarelo na TV. No decorrer da vida, tive acesso a muitos livros, porque meus pais nos incentivavam”, diz. Com o passar dos anos, e a leitura diversificada, foram despertando em Constância Uchôa o desejo de descobrir cada vez mais novidades e também iniciar o processo de criação de seus próprios textos. “Eu lia de tudo, e assim encontrei vários estilos de literatura. Minha mãe lia muito José de Alencar. Lembro também do tio-avô Totô, que era escritor e poeta, estava sempre comentando sobre um livro que escreveu e sobre outro que planejava. Outra pessoa muito importante foi Laurinete, que a gente chamava “Santinha”. Ela era filha da lavadeira de roupa e foi morar lá em casa bem pequena. Lembro dela cursando Serviço Social e se reunindo com as colegas para fazer trabalhos da faculdade, conversando sobre vários filósofos e pensadores, inclusive ela era militante da política estudantil, amiga de Telma Gurgel. Eu era uma criança, mas ficava numa rede perto, fazia perguntas e, aos poucos, conhecia sobre aqueles pensadores também. Isso sem dúvida, me trouxe muito conhecimento sobre igualdade social, exercício da cidadania e a busca por direitos sociais”, enfatiza. ACONTECE . Agosto 2020

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O surgimento de uma poetisa que transforma sonhos em poesia “Vejo o mundo com leveza e a poesia na minha vida flui de um jeito leve, falando sobre minhas vivências, sobre o que observo ou sinto. Sempre foi assim, sempre gostei de escrever no guarda-roupa e até em balões de aniversário, para as pessoas serem surpreendidas com frases de afeto. Então, nunca houve aquele estalo num momento específico de dizer que sou poetisa”, assim se define Constância Uchôa. Ela diz que esse elo de pensamento de enxergar o mundo em volta e, consequentemente, expressar isso na poesia escrita pode ser visto, ou não, como o que a fez se mostrar para o mundo como poetisa. “Diante disso, até hoje duvido se sou mesmo poetisa... esse questionamento me impulsiona”, questiona-se. Ela diz ainda que as suas influências para a poesia são bastante diversificadas. Elas vão de acordo com os seus interesses e fases da vida. ”Eu faço minhas leituras e es-

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cuto músicas. Mas, há dois que são referência em todas as fases da minha vida: Chico Buarque e Machado de Assis. Mas, atualmente leio Djamila Ribeiro. Quando conheço um autor ou autora e me apaixono pela obra, saio lendo tudo de sua autoria, inclusive, leio mais de um livro ao mesmo tempo. Já na música, atualmente estou ouvindo muito samba raiz”, revela Constância sobre como se comporta diante da busca por inspiração. Ela diz ainda que, tratando-se de poesias, o livro de poesia que sempre lê é a Bíblia Sagrada, vista por ela como o maior livro de poesia de todos os tempos. Sobre influência na poesia, ela destaca os cantadores de viola. A autora fala sobre sua inspiração. Ela diz que quando sente a inspiração, em algum instante se sente motivada a criar os versos, isso logo lhe consome e ela tem que produzir. “Sinto ansiedade em iniciar, e, dependendo do lugar em que eu esteja, talvez não pos-

sa naquele momento parar e criar, eu fico muito inquieta. Então, isso existe: a ansiedade pelo começo da criação, quando a motivação ou inspiração surge. Mas quando inicio, o processo de gerar isso é rápido. Sinto alívio quando concluo, como se algo de dentro estivesse me inquietando para transbordar. Com a criação, existe esse desabrochar, esse transbordar, e sinto alívio”, conta. Ela diz que não tem nenhuma poesia em especial que ela possa dizer que foi seu melhor trabalho. ”Depois de criadas, as poesias têm o mesmo valor para mim. Mas, se ela ganha o afeto ou o apreço especial de alguém, torna-se mais valorizada por mim porque passa a me lembrar o outro que foi tocado por ela. Eu tenho uma poesia que fala na violência sexual infantil e se tornou utilizada por assistentes sociais e educadores nos seus trabalhos, então, isso a torna valorosa, pelo que ela passou a proporcionar.”


Fotos: Thyago Dias

O texto da poetisa foge à regra e faz brotar a poesia do seu interior “Eu vivo do sopro da inspiração. A inspiração é essencial. É preciso que haja a inspiração, porque a poesia vem de dentro para fora. Ela, primeiro, é sentida e depois,

gerada, para ser levada ao público”, assim define a poetisa a sua poesia. Ela acrescenta ainda que não existe uma regra específica para que se construa versos. Eles sempre

surgem do sentimento. Podendo surgir de uma história que viveu ou de algo que lhe foi contado, e que ela absorve a emoção do que lhe foi transmitido. Podendo surgir também de um fato que ela vivenciou e que lhe trouxe algum tipo de sentimento que mexeu com ela, seja de uma paisagem, uma festa. Na opinião de Constância, a poesia sempre vem da emoção. E, de acordo com o momento que ela vai criando os versos, eles vão se multiplicando e virando poesia. E assim, os sentimentos e as palavras vão brotando, vão surgindo naturalmente. Por ter esse pensamento da poesia que brota do interior de cada um, ela diz ser uma grande admiradora da literatura de cordel, em especial dos poetas repentistas e cantadores de viola. “Na cantoria de viola, os poetas trazem a poesia de forma mais genuína e falam tanto do que somos como sertanejos, contando em versos nossas histórias, nossa cultura popular, nossas vivências. São gênios da nossa literatura, que criam versos metrificados no repente. Isso é único, ímpar e é nosso. É nossa identidade.” O poeta Sebastião da Silva tem um mote que diz: “Venha ver a viola nordestina sustentando a cultura brasileira.”. “A cantoria é isso, é o sustento, a raiz mais profunda. Recentemente, em uma live com o querido poeta Chrystian De Saboya, tracei um paralelo entre os violeiros e os pássaros: quando a gente compara o poeta violeiro aos demais poetas é como comparar os pássaros aos excelentes cantores. O pássaro seria como o poeta cantador de viola, e o excelente cantor seria como os demais poetas. O pássaro nasce pronto, sua grandeza é natural, interligada mais diretamente à fonte. Os excelentes cantores, mesmo nascendo com o dom, precisam de aperfeiçoamento e sua excelência não chega ao alcance do canto do pássaro”, justifica. ACONTECE . Agosto 2020

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A visão de Constância Uchôa sobre a participação da mulher no cenário cultural local Na opinião de Constância Uchôa, a mulher vem conquistando cada vez mais espaço no cenário cultural. Ela diz que na região do Seridó, onde reside atualmente, percebe-se que as mulheres estão cada vez mais participativas no âmbito da cultura, tendo muitas mulheres cordelistas, escritoras, musicistas, além das mulheres artesãs que se destacam sobretudo pelo bordado, reconhecido até no Exterior. Claro que as mulheres sonham com mais incentivo, para que esse cenário seja fortalecido, e que mais mulheres assumam o protagonismo através de seu trabalho e sua arte. Mas é preciso reconhecer que, aos poucos, elas estão conseguindo cada vez mais espaço. “No Rio Grande do Norte, nós temos grandes nomes de mulheres que, independente das dificuldades da época, conseguiram fazer sua história de valor, de glória. Somos de um estado onde as mulheres são muito presentes

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na sociedade e defensoras de seus pensamentos. O Motim das Mulheres de Mossoró é uma prova disso. Temos Nísia Floresta, Zila Mamede, Auta de Souza, ambas escritoras, poetisas que se destacaram na literatura; temos Giselda Trigueiro, que tem uma história tão rica na Medicina como médica, professora, gestora de hospitais, que também dirigiu a Sociedade de Médicos Escritores do Estado; temos Júlia Medeiros - caicoense à frente de seu tempo, jornalista, política, e tantas outras mulheres que nos trazem um legado de persistência e de conquista de seu protagonismo social. Se antes de nós as mulheres souberam conquistar seu espaço, não é agora que vamos aceitar viver no anonimato”, destaca. Ela conta ainda que, diante do cenário atual provocado principalmente pela pandemia, seu maior projeto pessoal é sobreviver e que todos sobrevivam, é ajudar a

construir um mundo menos rude. “É hora do coletivo, do social, do macro. A criatividade salva e a arte cura”, diz. Sobre o que deve fazer quem deseja ingressar no mundo literário, ela diz que se faz necessário, acima de tudo, muita leitura. “Meu conselho é que leia. Leia sempre. A leitura é essencial para qualquer ser humano, para seu crescimento pessoal e profissional, independente da área que pretenda seguir. No âmbito da literatura, é primordial. Além disso, ser persistente, antenado com editais, projetos que acolham publicações, e articulado com profissionais da área para que juntos se organizem, tracem metas e alcancem objetivos. Divida conhecimento, incentive outros voos, leia para quem não sabe ler. Repartindo, seu voo será mais leve. Livre-se do peso do ego, para um voo livre. Acredito muito na força e na beleza do voo coletivo. Voe em bando”, finaliza.


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ucesso com mais de cem franquias pelo país e até fora dele, a Botoclinic chegou a Mossoró, trazendo os melhores procedimentos estéticos em um só lugar. Localizada no Oitava Rosado Mall, a empresa é a primeira na área dedicada à harmonização facial, realizando diversos tratamentos para deixar você com a autoestima lá em cima. Conta com produtos de qualidade e renomados no mercado, bem como profissionais devidamente habilitados e treinados para prestar o melhor atendimento possível. Para acessibilizar sua harmonização facial, botoz e outros procedimentos, a empresa oferece condições de pagamento facilitadas e preços competitivos, proporcionando assim a democratização dos serviços.

COLUNA

Mario Filho Digital influencer Fashion blogger Personal stylist Fashion consultor

O casal da Botoclinic Mossoró, Jiule Luiza Santos e Diogo Américo na inauguração da sede no Oitava Rosado Mall.

Diogo Américo, Jiule Luiza Santos, Suzana Lobo e Beatriz Dantas brindando o sucesso da Botoclinic na cidade.

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Rosângela Souza comemora o sucesso da nova coleção Lapidare Mossoró em semijoias e relógios. Com peças para toda a família, a Lapidare ganha destaque com qualidade em peças exclusivas para todos os públicos e estilos. A loja está localizada no Partage Shopping Mossoró.

Foto Jefferson Fernandes

Livia Miranda. Alma leve, coração puro e energia maravilhosa. Dona de uma beleza fascinante ela tem em seu coração o mais lindos sentimentos e compartilha isso ao lado dos seus. Feliz é este colunista em tê-lá como amiga. Para poucos, tá?!

Jailson Penha com sobrenome “Fênix”. Nomes fortes que fazem dele um ser especial. O artista e mago da beleza se reinventa e como sua principal característica é a perseverança ele se faz único em todos os sentidos. Dono de um talento ímpar o bacana agora atende no Beauté Exclusivitá, Salão de Beelza localizado no coração do bairro Nova Bethânia em Mossoró. Os milhares de fãs e clientes festejam e comemoram o sucesso. Avante!!! Foto Jefferson Fernandes

Fábio Ferreira. Poderia classificá-lo apenas como designer de interiores, mas o cara é mais que isso. Referência em estilo, elegância e bom gosto, ele dita moda nos quatro cantos da cidade. Sou fã e grito para todo o mundo saber o quanto eu o admiro

Diniz Filho. Nome forte por trás da Grife MMorena BeachWear. Inteligente e compromissado, o cara arrasa em tudo que faz.

Hallyson Bysmarck é daqueles caras que conquista a todos com muita simpatia e talento. Ligado em 220 ele não para. Fotógrafo dos melhores, ele viaja por todo o país registrando celebridades e beldades da televisão e redes sociais. Chic é ele!! ACONTECE . Agosto 2020

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Twitter: @kareninefernand Instagran: @kareninefernandes Facebook: Karenine Fernandes Site: www.kareninefernandes.com

COLUNA

Karenine Fernandes Noventa anos de muita glória, luz e respeito. A nossa querida Dona Ivone Lopes merece todos os aplausos e carinho nesta data tão linda e especial.

Foto: Waltemberg Pereira

Dr. Kítaro Luiz Mendonça, em nome da saúde e longevidade, tem feito sucesso e recebido aplausos por sua brilhante performance na área.

LUZES *Luzes na vida de Ariane Carla, esposa de Benjamim Machado, ser de luz e amor pelo qual tenho grande apreço e carinho. Ela é sinônimo de vida, luta e vitória e segue para mais uma batalha. *Só indico, visto, publico e propago o que acredito, faço, visto, consumo. As unhas de Chris Belle lá do Vintage em fibra são perfeitas e o profissionalismo dela merece nota máxima. *Uma postagem nossa sobre limpeza, organização e respeito aos banheiros

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Liana Dantas surge toda cheia de luz, ideias, projetos e criações para fazer o mundo brilhar e as festas acontecerem. públicos tomou conotação. E assim, estamos por aí... de olho e dando aplausos ou pedindo atenção. E tem um monte de “kareninetes” em ação! *Mês de setembro, vem a linda campanha do Setembro Amarelo e, enquanto profissional da saúde mental, levantamos essa bandeira em prol da vida com a campanha Viva a Vida e o apoio de Ribeiro, dr. Marcos Araújo, Glauber Gentil, Glauber Eduardo e da equipe linda de profissionais do CAPS AD III.


Foto: Edvania Santos

Pelas lentes da esposa Edvania Santos, o querido Cláudio Roberto faz pose com suas filhotas: Emylin e Evelin.

Foto: Edvania Santos

Trio lindo: Flávio Massad com a sua bela Narjara Souza e a filhota Lais, para o álbum de família.

Foto: Jefferson Ferandes

Lidiane Abreu e os filhos: João André e Letícia, em ensaio que trasbordou beleza para as lentes de Jefferson Fernandes.

10 anos de Renata Barbosa

9ª TEMPORADA *Este é Serginho, o caçula do trio de Sergio Freire que faz sucesso. *Aqui, o primogênito Lucas no seu bolo Minuto Doce e esta carinha de sapeca. *Maria, que ganhou muito carinho do caçulinha da família. *O superpapai Sérgio Freire e toda a sua prole, que é alegria e sucesso onde passa. *A festa foi do trio Lucas, Maria e Serginho, que abraçaram a vovó Gorete Fernandes com muito amor. *E a tia KK baba por eles e entrou nesta 9ª temporada vestindo Basic Trend e muita cor. *O pequeno Victor superamou cada sabor feito com amor pelo Minuto Doce. *Trigêmeos, trissobrinhos, trinetos, triamo-os. E uma explosão de muito amor: Lucas, Maria e Serginho.

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LÉO SOUZA O “meu amigo e minha amiga” agora está de volta. Léo Souza voltou com tudo a Natal e ao Rio Grande do Norte. O primeiro apresentador do Rota na Inter TV e agora diretor do programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo, escolheu seu lugar de fala para criar um novo eixo na política do estado. Quem acompanha o seu perfil no Instagram (@ leosouzae) e suas demais redes sociais, já viu que os trabalhos sociais deram lugar a um discurso mais politizado e, de tanto ser “desafiado”, o menino do Rota parece ter topado o desafio. O rosto que já é um velho conhecido do RN pode ser a cara da renovação. Desejamos sucesso.

Clístenes Carlos Instagram: @ClistenesCarlos | @Interligados_RN Facebook: Clístenes Carlos E-mail: blogclistenescarlos@gmail.com Site: www.clistenescarlos.com.br

COLUNA

Alto Oeste

ESQUADRÃO DESIGN

Mateus Oliveira, diretor executivo do Esquadrão Design, feliz com o sucesso da agência.

O Esquadrão Design, agência de marketing digital, completou um ano de funcionamento, tornando-se referência em Pau dos Ferros e sendo reconhecida por sua excelência na prestação de serviços em todo o Alto Oeste potiguar. Durante esse tempo, o Esquadrão Design tornou-se ponto de interesse para os empresários, comerciantes, artistas e para todos aqueles que desejam profissionalizar a sua presença na internet e nas mídias digitais. Entre os casos de sucesso da agência, encontram-se clientes que aumentaram seus rendimentos, seus seguidores nas redes sociais e se estabilizaram no mundo digital, tornando-se líderes em seus respectivos segmentos. Mais informações no Instagram: @EsquadraoDesign. O jovem Caio Vidal, CEO do aplicativo “Qfome App”, comemora o sucesso do aplicativo de delivery pioneiro em Pau dos Ferros e em diversas cidades do Rio Grande do Norte. No aplicativo, disponível para Android e iOS, você encontra os melhores restaurantes e lanchonetes da sua cidade e faz o seu pedido de forma prática, rápida e recebe no conforto de sua casa.

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Equipe competente da loja Inova Center. A loja que mais vende em Pau dos Ferros e região possui uma grande variedade de aparelhos de celular, acessórios e eletrônicos, além da melhor assistência técnica

SUPERAÇÃO O mossoroense Marlyson Feitosa comemora junto a sua noiva, a pau-ferrense Raynuza Queiroz, o sucesso no seu transplante de medula óssea realizado recentemente em Brasília (DF). O jovem foi diagnosticado com leucemia em abril de 2019, quando já morava na capital do país. Depois de ter passado por um delicado tratamento e não ter conseguido encontrar um doador 100% compatível no banco de doadores, foi decidido pela equipe médica e pela família que o doador da medula óssea seria o seu pai, o senhor Nelson Machado, de 68 anos, que testou 80% compatível. Seu Nelson, além de ter demonstrado o amor pelo filho, deu um show de jovialidade na sua coleta, surpreendendo os médicos. Daqui, a coluna deseja uma ótima recuperação para esse jovem que é um exemplo de superação e força.

O dia 8 de agosto foi de comemoração no Laboratório Labol. O bioquímico dr. Lobinho amanheceu de idade nova e recebeu muitas felicitações. Aqui no clique, ele e a filha dra. Bruna Lobo exibindo o troféu de 1° lugar na categoria de Melhor Bioquímico na Festa dos Destaques 2019. Daqui, enviamos os nossos parabéns.

e dos melhores preços. E as novidades não param por aí. A loja foi repaginada e está de cara nova, agora mais ampla e moderna, para melhor atender os clientes. Siga @inovacenter_ e acompanhe as novidades.

ADVOCACIA Mais um profissional qualificado chegando para somar e prestar os seus relevantes serviços na cidade de Pau dos Ferros e na região do Alto Oeste Potiguar. Estamos falando de Mateus Alexandre, advogado tributarista de inteligência de negócios, que presta serviços de consultoria e assessoria jurídica na área para pessoas físicas e jurídicas. Daqui desejamos sucesso em sua jornada profissional, pois competência sabemos que ele tem de sobra. Mais informações sobre o profissional no site www.mateusalexandre.com.br ou nos perfis do Instagram @mateusalexandre.adv e @mateusalexandre.advocacia.

Em um clique especial para a coluna, o casal Carlos Júnior/Vanessa Cristina. Ele, tecnólogo em radiologia e pós-graduando em imagenologia com ênfase em tomografia computadorizada e ressonância magnética. Ela, fisioterapeuta e pós-graduada em Fisioterapia nas disfunções musculoesqueléticas ACONTECE . Agosto 2020

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