Pará+ 189

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Revista

Pará+ BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

EDIÇÃO 189

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106 ANOS DE ALTAMIRA PROTAGONISMO AMAZÔNICO NA AMAZON BONN CAROÇO DE MANGA VIRA PLÁSTICO Capa 189.indd 1

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Quando um pai escolhe colocar o filho no Equipe ele está optando por uma instituição que respeita as individualidades e as diferenças, que valoriza o conhecimento como ferramenta de transformação e que oferece uma equipe multidisciplinar que garante excelência no ensino. Isso até forma campeões do vestibular, porém o mais importante é que formamos campeões para a vida.

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189 - NOVEMBRO - 2017

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

MAIS DE 20 MIL ALTAMIRENSES COMEMORAM OS 106 ANOS DA CIDADE

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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

ALTAMIRA CEDIA A I FEIRA LITERÁRIA INTERNACIONAL DO XINGU

10 EM REUNIÃO DO BRICS, PARÁ APRESENTA FERROVIA E POTENCIAL DE INVESTIMENTO NO ESTADO

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Afonso Duarte, Anete Costa Ferreira, Daniel Nardin, Denise Silva/ Ascom Ideflor, João de Jesus Paes Loureiro, MindMiners, PayPal, Ryuho Okawa, Ronaldo Cavalheri, Val Araujo FOTOGRAFIAS: Aline Bastos, Denise Silva/ Ascom Ideflor-bio, Barbara Frommann/ Divulgação, Cristino Martins/Ag.Pará, Daniel Nardin / Secom, David Alves, Divulgação, Edla Lima, Gilberto Soares/MMA, Mário F. Cristóvão, Nivaldo Silva, Rossana Thiré, Sérgio Vale; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

18 AMAZON BONN

20 A ECONOMIA CRIATIVA E AS OPORTUNIDADES DE MERCADO

24 Cerca de 2/3 dos brasileiros querem abrir empresa própria para ter mais liberdade e autonomia

Dicas para um sono bom, longo e profundo Nunca pare de pensar! Pensamentos têm poder

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Natal da poesia luso-amazônica Cientistas desenvolvem plástico do caroço de manga por meio de nanotecnologia Piscicultura em tanques-rede fomenta a cadeia produtiva no Mosaico do Lago de Tucuruí

FAVOR POR

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Espírito do Natal

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Orla de Altamira-PA, a pérola do Xingu. Foto: Jaime Souzza / Marée Acervo

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Que o espírito de Natal da gente seja pelo ano inteiro com muito afeto e carinho

Espírito do Natal Fotos Mário F. Cristóvão

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ia 25 de dezembro, dia de Natal, nascimento de Jesus Cristo. Dia em que todos se confraternizam, e são oferecidos presentes entre familiares e amigos, além de serem preparadas ceias com variados e apetitosos quitutes. Algumas pessoas, com gesto magnânimo, promovem doações de gêneros alimentícios, de peças de vestuário e até de brinquedos para os menos favorecidos, pessoalmente, ou através de instituições religiosas de diferentes credos, que promovem essa distribuição. Contudo, o verdadeiro espírito de Natal deveria perdurar durante todos os 365 dias de cada ano, fazendo com que a solidariedade, o carinho e o amor ao próximo viessem a se tornar a tônica da existência humana. E não somente no dia 25 de dezembro.

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Os mais abastados procuram objetos e os compram e, com satisfação e alegria, afagam parentes e conhecidos com mimos valiosos. Os mais pobres, porém, com muito sacrifício e tristeza, pouco têm em suas mesas. Às vezes nem mesmo o mais barato dos presentes podem comprar para oferecer aos seus filhos. Como seria bom se os mais aquinhoados pela sorte e pela vida distribuíssem o excesso de suas mesas para aqueles que nada têm para comer. Como seria bom, se não existissem moradores de rua, que se abrigam sob pontes e marquises, expostos ao tempo, e passando frio, fome e sede, entregues à própria sorte, à mercê da caridade pública ou em busca de restos de comida encontrados muitas das vezes em latões de lixo. Como seria bom, enfim, se todas as pessoas tivessem oportunidade de trabalho e condições que permitissem se

alimentar condignamente todos os dias, e não somente através de doações recebidas. Poucos se lembram no dia de Natal daqueles que estão abandonados em hospitais, orfanatos e asilos. O calor humano representado por uma simples visita a uma dessas pessoas, com um gesto de carinho e uma palavra amiga vale mais do que qualquer presente material que porventura venha a ser dado. Quantos velhinhos e crianças internados, muitos esquecidos, gostariam de passar uma noite de Natal verdadeiramente em um lar? Embora sendo minoria existem famílias que através de um elevado gesto de nobreza e de bondade recebem crianças órfãs em suas residências, proporcionando a elas uma noite alegre e um pouco de felicidade. Independentemente de qual seja a crença religiosa de cada um, todos deveriam lembrar-se na noite de Natal da figura de Jesus, que, em verdade, é o importante aniversariante do dia, e assim, elevar seu pensamento para uma reflexão, recordando sua figura humilde e bondosa e, assim, espelhando-se nela, promover a caridade.

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É nesse sentido, vários poetas decidiram com suas obras homenagear o salvador do mundo. A todos os leitores, meus votos de Feliz Natal 2017. Que O Novo Ano de 2018, seja pleno de Saúde e Paz.

NATAL

Texto *Anete Costa Ferreira

Natal da poesia

luso-amazônica

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a noite de 24 de Dezembro, uma estrela despontou com uma luz ofuscante acordando pastores que sobressaltados viam seus animais relinchando e grunhindo de susto. Várias pessoas atonitas buscavam o sentido daquela imensa luminosidade. Passado o primeiro impacto, todos ouviram uma voz misteriosa, serena, a proclamar:” Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”. Os pastores decidiram enfrentar a escuridão da noite e sair em busca do acontecimento. Juntaram-se, e um disse:” Vamos a Belém e vejamos o que se passa”! Ao chegarem ao local, surpresos, viram uma caverna aberta na rocha. Aproximaram-se e depararam com uma mulher e um homem adorando uma criança deitada sobre as palhas da manjedoira. Ajoelharam-se, agradecendo a Deus, “por tudo o que ouviram e viram e louvando a Deus pela graça concedida de adorarem o Deus Menino”.

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Afonso Duarte, Lisboa, 1957

to m V

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em DEzEMBRO estamos em salinas

Turvou-se de penumbra o dia cedo; Nem, o sol esperou no meu beiral! Que longas horas de Jesus! Natal… E o cepo a arder nas cinzas do brasedo… E o lar da casa, os corações aos dobres, É um painel a fogo em seu costume! Que lindos versos bíblicos, ao lume, P’lo doce Príncipe cristão dos pobres! Fulvas figuras p’ra esculpir em barro: À luz da lenha, em rubro tom bizarro, Sou em Presépio com meus pais e irmãos E junto às brasas, os meus olhos postos Nesta evangélica expressão de rostos Ergo em graças a Deus as minhas mãos.

PASTEL SANTA CLARA TRADICIONAL PASTEL SANTA CLARA FLOR PASTEL SANTA CLARA APARENTE PASTEL DE TENTUGAL QUEIJADINHAS DE CINTRA PASTEL DE NATA PASTEL DE BELÉM: DO PARÁ TORTAS - BOLOS - PÃES CANAPÉ FOLHADO SALGADOS E DOCINHOS TRADICIONAIS

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NATAL RIBEIRINHO 25 de Dezembro. Nasceu na beira do rio Um menino tão bonito Bem como nunca se viu Devia ser esperado Pois todos o vinham ver: O rio de ondas vestido, Com ramos de bem-querer; O Beija-flor no seu bico Trouxe uma estrela; Jasmins Fizeram-lhe alvo leito Rodeado de curumins: O Boto trouxe um chapéu; O Uirapuru trouxe o canto; A Abelha, um favo de mel:

A Uiara bordou-lhe o manto. De Abaetetuba trouxeram Brinquedos de miriti. De toda parte chegavam Barcos de peixe e açaí. Os pais daquele menino Não se cabiam de amor. Maria cuidava do filho. José era pescador Dizem que nunca nascera Criança tão linda assim, De sua pele evolava Patixuli e alecrim. Não sei qual foi o destino Dessa criança, sua vida.

Dizem que andava nas águas E que era muito querida. Que os peixes multiplicava E, às vezes, o pão também. Que amava os que não têm nada Mas, pelo amor, tudo têm. Dizem que deu sua vida Vivendo a fazer o bem. Que um dia ressuscitou Os anjos diziam amém.

João de Jesus Paes Loureiro Pará-Amazônia,Dezembro,2015.

(*) Correspondente em Portugal

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Na Concha Acústica (orla do cais), cerca de 20 mil pessoas se emocionaram e prestigiaram as apresentações artísticas, em comemoração aos 106 anos de Emancipação de Altamira

Mais de 20 mil Altamirenses comemoram os 106 anos da cidade Texto Rafael Acácio Fotos Romildo Silva

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em estar e qualidade de vida dos moradores são o que me inspira para continuar fazendo uma cidade cada dia melhor”, afirma o prefeito. Altamira, localizada no oeste do Pará, conhecida como o maior município do mundo, e que aos poucos vem se transformando em um grande polo de desenvolvimento, rico em turismo e agronegócio, completou no dia 6 de novembro 106 anos de emancipação política e o governo Municipal, na gestão do Prefeito Engº Domingos Juvenil, preparou uma grande festa para comemorar o aniversário da cidade. Uma bela estrutura foi montada na Concha Acústica (orla do cais), para uma noite especial, que reuniu cerca de 20 mil pessoas que se emocionaram e prestigiaram as seguintes apresentações artísticas locais: Maria Eduarda, Orlando Nascimento e Joema Kláudia, além das atrações nacionais: Dona Onete, que animou o público com o seu jeito 08

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Mais de 20 mil Altamirenses comemoram os 106 anos de Emancipação.indd 8

divertido e entusiasmado, cantando o seu carimbó chamegado e o sucessos “Pitiú”, entre outras músicas. E para encerrar a festa, o cantor mais esperado, Amado Batista, dono de um repertório romântico como,

“Secretária”, “Meu Ex-Amor”, “Princesa”, “O Pobretão” e “Amor Perfeito” foram alguns sucessos relembrados que o público acompanhou. Um grande espetáculo em praça pública que maravilhou milhares de famílias que estiveram presentes. Além de uma programação de shows, a administração municipal pensando em facilitar o transporte das pessoas que todos os anos comparecem ao evento, disponibilizou uma rota de ônibus especial para os bairros mais distantes da orla. O público que compareceu aprovou a programação da festa. “A Prefeitura está de parabéns pela organização, um ambiente seguro para aproveitar com a família e acompanhar as apresentações”, afirmou a auxiliar de dentista Lúcia Ferreira. “Na minha vida pública tenho o enorme prazer em dizer que contribui para o desenvolvimento desta cidade. Mesmo diante de todas as dificuldades de administrar, buscamos construir um lugar com melhores condições para morar. Bem estar e qualidade de vida dos moradores são o que me inspira, para continuar fazendo uma cidade a cada dia melhor”, disse o prefeito parabenizando os cidadãos Altamirenses. A cidade continua crescendo e prosperando em obras e construções para melhoria de vida de todos que escolheram Altamira como sua morada – Parabéns Altamira!

Amado Batista

Orlando Nascimento

Dona Onete

Maria Eduarda www.paramais.com.br

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“Bem estar e qualidade de vida dos moradores são o que me inspira, para continuar fazendo uma cidade a cada dia melhor”, disse o prefeito

Altamira ganha um Moderno e versátil Centro de Eventos O maior benefício de uma obra pública é a transformação que ela proporciona na vida de uma comunidade. Altamira agora conta com um importante centro de eventos, que está transformando a cidade em destino de feiras, congressos, simpósios e conferências vindos de todos os lugares do país. Um espaço flexível e multifuncional. Um dos mais completos, modernos e versáteis centro de eventos do norte do país. A obra do centro de eventos foi construída e inaugurada na gestão do prefeito, Engº Domingos Juvenil. Sua localização foi projetada para proporcionar acessibilidade aos seus usuários, próximo ao centro da cidade, com 3.500m2 em área construída, além do amplo espaço de estacionamento. Um patrimônio construído para receber feiras e eventos de grande porte com muito requinte e conforto para seu evento. O auditório principal tem aproximadamente 1.000m2 com capacidade para 3.000 pessoas. O ambiente conta com um moderno sistema modular de isolamento acústico – paredes retrateis dividindo o auditório

em dois. Podendo simultaneamente realizar dois eventos com qualidade acústica, climatização, sonorização e iluminação distintas. Uma das marcas da administração municipal é a inauguração de obras para a comunidade.

“É uma das obras estruturantes mais importantes de Altamira e região. Este ambiente não perde em nada aos grandes centros. Construímos em 1 ano e 6 meses, com um orçamento rigoroso, evitando gastos desnecessários e fazendo o dinheiro render - porque no final, não havia lucros a repartir.” garantiu o prefeito Engº. Domingos Juvenil. O Centro de Eventos é o lugar ideal para eventos de diversas magnitudes e naturezas. Um espaço completo e estruturado para receber congressos, feiras, encontros, convenções, simpósios, seminários e exposições, entre outros. Idealizado para alavancar a economia, promovendo o turismo de negócios e o mercado de eventos regional e nacional, atendendo toda região da Transamazônica. Dados Gerais: 10 salas para oficinas; 3 lanchonetes e praça de alimentação; 3.586 m2 paisagismo externo; 288 m2 quadrados de paisagismo interno; 4 banheiros com acessibilidade; 6.145 metros quadrados de revestimento termo-acústico. O local ainda possui área administrativa com recepção, direção, almoxarifado, arquivo e informática. A obra do Centro de Eventos é um marco histórico para o município e região!

Centro de Eventos de Altamira

Paisagismo interno do Centro de Eventos de Altamira www.paramais.com.br

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Mesa oficial na abertura da “I Feira Literária Internacional do Xingu – Outras Margens”

Altamira cedia a I Feira Literária Internacional do Xingu - I FLIX: outras margens

O auditório do Centro de Eventos de Altamira estava lotado

Professora Doutora Maria Ivonete Coutinho da Silva, Coordenadora do Campus Universitário de Altamira, na abertura da I Feira Literária Internacional do Xingu – I FLIX

Texto *Val Araujo Fotos David Alves

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m sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade.” Miguel de Cervantes Essa frase define muito bem a “I Feira Literária Internacional do Xingu – I FLIX: outras margens”, realizada pela Universidade Federal do Pará - UFPA, Campus de Altamira, nos dias 31 de outubro a 03 de Novembro de 2017, em Altamira, Pará. Forjada na miscigenação cultural, intelectual e imaterial do interior da Amazônia para o mundo. Contemplando e valorizando os saberes concebidos como produtos literários de causos, contos e histórias dos povos da região da Transamazônica e Xingu. 10

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O Prefeito Domingos Juvenil, na I FLIX www.paramais.com.br

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A I FLIX foi sonhada inicialmente pela Coordenadora do Campus Universitário de Altamira, a Professora Doutora Maria Ivonete Coutinho da Silva, que buscou esforços e parcerias com instituições públicas e privadas, organizações sociais, parlamentares, universitários e voluntários que absorveram a filosofia e a necessidade de se construir um evento que contemplasse a grandiosidade do Xingu e Transamazônica, região formada por dez municípios (Altamira, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Porto de Móz, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Pacajá e Anapu), que participaram efetivamente da I FLIX. A homenageada nesta primeira versão da Feira, foi a escritora paraense Lindanor Celina, cujo centenário é comemorado neste ano. A escritora que valorizou a literatura regional da Amazônia e é considerada como romancista moderna, mais precisamente pós-moderna pela fusão do cotidiano com o ficcionismo mostrado em suas obras. No evento foi provado que a literatura não perdeu seu valor real diante das tecnologias, cerca de 74 obras foram lançadas na Feira, leitores tiveram a oportunidade de conhecer e conversar com os autores, indagar, questionar e perguntar como foi o processo de criação, inspirações e aspirações que fomentaram belíssimas obras.

João de Jesus Paes Loureiro, na Conferência “Literatura e cultura amazônica - entre o local e o universal”

Dom Erwin Krautler, Bispo Emérito da Prelazia do Xingu, na Mesa Temática I, “ Narrativas Orais Indígenas do Xingu”

Na exposição Andares e Olhares, o professor Daniel Fernandes, e os mestrandos expositores, José Wademir e Ludmilla Cunha

A I FLIX 2017 atendeu a expectativa da população, cerca de dez mil pessoas passaram pela feira www.paramais.com.br

Altamira cedia a I Feira Literária Internacional do Xingu.indd 11

As exposições de metareciclagem através de sucatas, garrafas, orgânicos, artesanato, indígenas dentre outras abrilhantaram a Feira. Nas apresentações culturais os municípios mostraram suas riquezas com apresentações de danças culturais, teatro e criações em roupas de variados produtos da região. Durante as manhãs da I FLIX, houveram as Mesas Temáticas e de Diálogos com discussões reflexivas que abordaram os seguintes temas relacionados à cultura dos povos amazônicos: Narrativas Orais Indígenas do Xingu; Ensino de Literatura e a formação do leitor, Diálogos Amazônicos; Direitos Amazônicos e Diálogos Interinstitucionais; Produção cultural da Transxingu; Cibercultura e educação; com participações de renomes nacionais e internacionais, como João de Jesus Paes Loureiro, Amarilis Tupiassu, James Bogan. Em todos os dias foram realizadas Oficinas, de Teatro, de Coreografia Popular, Dança do Ventre, Grafite, Politicas Públicas e Cultural, Ensino de Língua Portuguesa para Surdos, Memória e Patrimônio, Estudos Amazônicos, Fotografia, Diálogo Sobre Inclusão Social e Acessibilidade, Desenho e Construção de Óculos de realidade virtual Mititiboard. Pará+

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Os participantes tiveram a oportunidade de contemplar o pôr do sol no majestoso Rio Xingu, no Sarabalsa, ao som de sonetos, poemas, músicas e muito carimbó. E as noites ficaram por conta dos músicos regionais que deram um show na I FLIX, dentre eles podemos destacar os artistas como a cantora Joelma Kláudia, Orlando Nascimento, Projeto Banzeiro, Aline Lorrane, Hayím Ribeiro, Graciele Podanoski e o repentista Franco Maia. A I FLIX 2017 atendeu a expectativa da população, cerca de dez mil pessoas passaram pela feira, tornando-se um atrativo de sucesso no calendário de eventos do município e da região norte, pois é o primeiro evento Literário Internacional da Amazônia, a Coordenadora da Feira, Ivonete Coutinho, anunciou na reunião de agradecimento aos voluntários, que a Feira Literária Internacional do Xingu está de fato constituída com o CNPJ, assim garantindo a existência e a legitimidade perante a justiça.

Marcos Terena, do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, na I FLIX: Mesa de Diálogos II - Políticas Públicas Indígenas: Análise Brasil e Estados Unidos

No Sarabalsa, ao som de sonetos, poemas, músicas e muito carimbo. Fez sucesso no rio Xingu

O altamirense André Nunes, no lançamento de seus famosos livros

Show Cultural com Joelma Klaudia e Marhco Monteiro & Banda

Vários músicos regionais deram um show na I FLIX, dentre eles os do Projeto Banzeiro

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Segundo Ivonete, o evento foi um sucesso pois teve o comprometimento de todos, “ a FLIX é rica em capital humano, se em todos os eventos a sociedade participasse efetivamente, coisas grandiosas aconteceriam, a FLIX é um exemplo de participação efetiva e acolhimento da sociedade. Ela foi construída pelo empenho e compromisso social, cultural e acadêmico. Aconteciam conferências, mesas de diálogos, mesas temáticas, oficinas, exposições, apresentações culturais, música, dança, poesia, cordel, sarabalsa e muita literatura ao mesmo tempo, em diferentes espaços. A FLIX é uma idéia incorporada por todos, foi criada uma grande narrativa que foi da narrativa da I FLIX: Outras Margens”. A coordenadora agradeceu e anunciou que a próxima FLIX esta prevista para acontecer em novembro de 2018. www.paramais.com.br

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Cerca de 2/3 dos brasileiros querem abrir empresa própria para ter mais liberdade e autonomia Pesquisa da MindMiners, encomendada pelo PayPal, com o objetivo de traçar um raio X do empreendedorismo no País, revelou que, entre os que já empreenderam, mais da metade tem familiares como sócios.

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10% pensam em empreender apenas no mundo online

eja para voltar ao mercado, conquistar mais autonomia ou simplesmente reforçar o caixa e tentar driblar a crise, a verdade é que milhares de brasileiros vêm investindo tempo e dinheiro para abrir o negócio próprio. E a maioria o faz por necessidade - segundo o Sebrae, 11,1 milhões de empresas foram criadas nos últimos 3,5 anos no Brasil por esse motivo.

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Cerca de 2 3 dos brasileiros querem abrir empresa própria para ter mais liberdade e autonomia.indd 13

A maior parte dos candidatos a empreendedor, além de renda, quer juntar o útil ao agradável - ou seja, também almeja ter mais liberdade em sua vida. Isso demonstra bem como o empreendedorismo ainda é visto de forma um tanto romântica no Brasil. Isso porque, ao contrário do que se imagina, ter a própria empresa pode significar muito mais tempo dedicado ao trabalho e muito menos tempo disponível para a família, por exemplo. O objetivo do estudo foi traçar um raio X do empreendedorismo no País. Para tanto, a fase de coleta da pesquisa foi dividida em duas etapas: a primeira ouviu pessoas que, de fato, já empreendem. E a segunda teve como foco homens e mulheres que nutrem o sonho de empreender. Quais as principais diferenças existentes entre esses dois perfis? Que importância atribuem a cada etapa do planejamento de abertura de uma nova empresa? Onde buscam ajuda? E quais as maiores dificuldades de se empreender no Brasil? Foram diversas as questões formuladas pelos entrevistadores, e algumas respostas surpreenderam. O estudo foi realizado entre os dias 31 de agosto e 11 setembro de 2017 e contou com respondentes que já empreenderam da base exclusiva da MindMiners, empresa especializada em pesquisa digital - reunida na rede social de opinião MeSeems. Veja abaixo os highlights: A MindMiners descobriu que 66% pretendem ter negócio próprio para poder ter mais liberdade e autonomia em suas vidas

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57% afirmaram que viam a empresa própria como a chance de ter mais liberdade e autonomia

Empreendedores atuais (Que já têm Empresa Aberta)

61% concordam que o sucesso do negócio depende deles mesmos

• Quanto ao modelo de negócio, 34% investiram em uma empresa B2C (que vende diretamente ao consumidor final). Já 24% vendem para o varejo; 8% são marketplaces; 7% são B2B (vendem apenas para outras empresas); e apenas 3% focam na exportação. • Questionados sobre as motivações que os levaram a empreender, 57% afirmaram que viam a empresa própria como a chance de ter mais liberdade e autonomia; para 53%, era uma oportunidade para crescer; 35% queriam deixar de ser funcionários e se tornar chefes; 19% citaram a frustração com o mercado de trabalho tradicional; 18% não viam outra saída para frear a crise; 17% queriam melhorar o Brasil; e 16% queriam gerar impacto social/disruptivo no mundo.

• Quando o assunto é encontrar um bom parceiro para tocar o negócio, mais da metade dos entrevistados que já têm empresa (51%) escolheram familiares como sócios. E outros 29% elegeram amigos. • O estudo concluiu também que o conceito de multicanal (ou seja, estar presente em diversos canais ao mesmo tempo) vem movendo a maioria dos empreendedores. Cerca de 42% dos entrevistados afirmam ter loja física e online, enquanto 38% dizem ter apenas a versão física e outros 20% apenas a versão virtual.

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12% se dizem inseguros para tomar a decisão de abrir o negócio próprio

• Se 19% dos entrevistados juram que não investiram nem um centavo na empresa, a maioria (39%) diz ter colocado pelo menos R$ 10 mil do próprio bolso. Cerca de 13% investiram entre R$ 11 mil e R$ 20 mil; 12%, entre R$ 21 mil e R$ 50 mil; e 8% entre R$ 101 mil e R$ 500 mil. • Considerando o período entre a idealização da empresa e sua abertura oficial, 56% dos pesquisados pela MindMiners garantiram que o processo levou menos de um ano; outros 21% disseram que levou entre 1 ano e 3 anos; 15%, entre 3 anos e 5 anos; e 8%, mais de cinco anos. • Entre os medos mais recorrentes, ter de fechar a empresa porque ela “não deu certo” é um cenário que assusta 52% dos entrevistados; outros 38% temem não conseguir um investidor para ajudar a alavancar o negócio; e 21% têm medo de entrar em atrito com os sócios e/ou parceiros. • Cerca de 28% dos pesquisados afirmaram que, se recebessem uma boa oferta de emprego, deixariam a empresa própria de lado; outros 43% não abandonariam a empreitada. E 61% concordam que o sucesso do negócio depende deles mesmos - mais do que qualquer outra pessoa envolvida.

• Na hora de buscar ajuda externa para tocar a empresa, 51% garantem ter procurado orientação no Sebrae; 21%, na associação do setor de sua atuação; e 20%, em órgãos relacionados ao governo, universidades e faculdades. Pesquisas como esta são fundamentais para que possamos conhecer melhor as razões que levam as pessoas a empreender

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• Sobre os meios de pagamento que pretendem disponibilizar a seus clientes, 28% dos empreendedores entrevistados dizem buscar informação nas próprias empresas de meios de pagamento e com amigos e familiares; 26%, com os sócios; 22%, com parceiros; e 19%, em grupos de empreendedores. • Em relação aos meios de pagamento já aceitos pela empresa, 62% delas trabalham com cartões de crédito; 58%, com cartões de débito; 47%, com boleto; e 41%, com PayPal. Entre as empresas que ainda não dispõem de meios eletrônicos de pagamento, 28% delas querem disponibilizar PayPal a seus clientes; 24%, cartões de crédito; e 21% cartões de débito.

Empreendedores do Futuro (Que ainda não têm Empresa Aberta)

• Entre aqueles que ainda não se decidiram pela aventura do empreendedorismo, a MindMiners descobriu que 66% pretendem ter negócio próprio para poder ter mais liberdade e autonomia em suas vidas.

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• Destes futuros empreendedores, 20% pensam em criar uma empresa de tecnologia; 17% ainda estão em dúvida sobre o setor de atuação; 11% pensam em abrir um comércio ou um restaurante/bar/lanchonete; e 7% responderam que pretendem abrir uma empresa de engenharia. • 51% querem ter loja física, além de um e-commerce; 20% garantem que terão somente espaços físicos; e 10% pensam em empreender apenas no mundo online. • Quando questionados se já têm conhecimento sobre o setor em que pretendem atuar, uma surpresa: 52% responderam que “não”. E 68% ainda não investiram em nenhuma pesquisa de mercado. Neste último item, a razão é inversamente proporcional quando a pesquisa questionou os já empreendedores: 67% deles investem em pesquisas para conhecer o consumidor • 22% deles dizem ter até R$ 10 mil para investir em um negócio próprio; 44% ainda não sabem quanto terão para gastar; e 9% dizem ter em caixa entre R$ 21 mil e R$ 50 mil para tornar a empresa realidade. • Nesse universo de pesquisados, 64% ainda não buscaram ajuda para iniciar o negócio, mas quem o fez procurou, principalmente, o Sebrae (19%), universidades e faculdades (13%) e bancos (7%) • O que mais atrasa a tomada de decisão para abrir o negócio próprio? Para 49%, a falta de capital; outros 18% citam a falta de conhecimento sobre empreendedorismo; 14% dizem não ter tempo; e 12% se dizem inseguros para tomar a decisão.

Thiago Chueiri, diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil

Citações • “Pesquisas como esta são fundamentais para que possamos conhecer melhor as razões que levam as pessoas a empreender. Como uma companhia que investe constantemente para fortalecer o e-commerce e facilitar a vida de quem compra e vende produtos e serviços, o PayPal viu com ótimos olhos o fato de sua plataforma de pagamentos eletrônicos ser citada por tantos brasileiros que já fazem parte desse universo” - Thiago Chueiri, diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil

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Danielle Almeida, gerente de Marketing da MindMiners, entre Thiago Chueiri e Gustavo Carrer

• “A pesquisa tem como objetivo servir como fonte importante de informação para todos os stakeholders envolvidos com o universo do empreendedorismo. Conhecer os motivos que levam homens e mulheres a investir (ou não) no sonho do próprio negócio é fundamental para que possamos desenvolver soluções mais eficientes e auxiliar esses brasileiros a alcançarem o sucesso. Isso passa pela necessidade de conhecer bem o processo de criação de uma nova empresa, desde a fase da ideia até sua abertura efetiva. Compreender as dores e desafios de cada uma dessas etapas cria uma série de oportunidades para quem deseja atuar junto a esse mercado e contribui para o desenvolvimento de um país economicamente mais dinâmico” - Danielle Almeida, gerente de Marketing da MindMiners

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Em reunião do Brics, Pará apresenta ferrovia e potencial de investimento no Estado Texto *Daniel Nardin Fotos *Daniel Nardin

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iante de uma plateia formada por lideranças governamentais, diretores de empresas estatais e investidores privados dos cinco países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o governador do Pará, Simão Jatene, apresentou recentemente, em Pequim, capital chinesa, o potencial de investimento no Estado e deu mais detalhes sobre o projeto da Ferrovia Paraense, que tem despertado e atraído atenção internacional. O governador foi o representante do Brasil no painel “Visão e Planejamento: desenvolvimento sustentável no setor de transportes do Brics”. O painel foi presidido por SunZiyu, vice-presidente da China Communications Constructions Company (CCCC), que elogiou a participação paraense e a presença em Pequim. “Ficamos muito satisfeitos em ter convidado e receber aqui o governador, que também estará reunido com a CCCC para apresentar o projeto da Ferrovia. Esse momento é importante, pois certamente existem outras empresas da China e do Brics que ao conhecer mais o Pará, certamente podem querer investir no Estado”, disse SunZiyu. O governador Jatene iniciou sua fala abordando o desafio do desenvolvimento harmônico e sustentável no mundo, mas em especial na Amazônia. O governador destacou que o Estado tem trabalhado de forma integrada, através de políticas públicas na área econômica, social e ambiental, os pilares que sustentam o programa Pará Sustentável. “Nós do Pará estamos trazendo como exemplo concreto nesse Fórum, específico da área de infraestrutura, a Ferrovia Paraense, cujo projeto foi concebido com o objetivo de avançarmos na questão da logística e infraestrutura para o crescimento

Diante de uma plateia formada por lideranças governamentais, diretores de empresas estatais e investidores privados dos cinco países membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o governador Simão Jatene apresentou as oportunidades de investimento no Pará, durante o II Fórum de Desenvolvimento, Reforma e Governança do BRICS, em Pequim

econômico, mas todo o projeto foi concebido com a preocupação social e ambiental”, disse Jatene.O governador destacou que o Pará possui posição privilegiada em relação aos maiores mercados e portos do mundo. Além disso, o Pará possui matéria-prima para a indústria mineral, tem conquistado grandes avanços na área do agronegócio, é destino para investimentos em turismo e é fornecedor de energia, além de ser referência na permanente busca de mecanismos de monitoramento e controle do meio ambiente, tendo como foco o desenvolvimento sustentável e geração de qualidade de vida. Em seguida, Simão Jatene detalhou o projeto da Ferrovia Paraense. Após o painel, o governador foi procurado para dar mais detalhes e concedeu entrevistas para a imprensa chinesa. Jatene explicou que a Ferrovia Paraense atravessa a porção oriental do Estado de sul a norte em 1.312 quilômetros, devendo se conectar com a Ferrovia Norte-Sul, permitindo que esta chegue até o Porto de Barcarena, na Região Metropolitana de Belém, o mais próximo dos principais mercados consumidores

No encontro realizado em Pequim, capital chinesa, o governador do Pará, Simão Jatene (c), foi o representante do Brasil no painel “Visão e Planejamento: desenvolvimento sustentável no setor de transportes do BRICS”

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do Brasil – China, Europa e Estados Unidos. O custo do projeto está estimado em R$ 14 bilhões, considerando investimentos na construção da própria ferrovia e de entrepostos de carga. O licenciamento ambiental já está sendo conduzido por órgãos estaduais, com chance de o vencedor do certame assinar o contrato de concessão com a licença em mãos. O traçado do projeto da Ferrovia Paraense não passa por áreas indígenas ou quilombolas, nem florestas densas, o que é um elemento fundamental para que o empreendimento avance sem gerar degradação ao meio ambiente. A possibilidade de coligação da Ferrovia Paraense com a Norte-Sul, em um trajeto de apenas 58 quilômetros entre Rondon do Pará e Açailândia (MA), abre caminho para uma nova alternativa de escoamento de carga em um porto paraense, e é um dos atrativos do projeto para a iniciativa privada. A Ferrovia Paraense cruzará 23 municípios do Estado e terá capacidade de carga de até 170 milhões de toneladas por ano. O governador Jatene destacou, ainda, durante seu pronuncia-

O governador Simão Jatene durante entrevista para a agência de notícias China News Service (CNS), onde abordou o potencial de investimento do Estado e deu mais detalhes sobre a Ferrovia Paraense www.paramais.com.br

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mento, que a Ferrovia já possui interesse de grandes indústrias para usar o modal para o transporte de cargas. Em prosseguimento, o governador Simão Jatene teve reuniões com representantes da China Communications Constructions Company (CCCC). Em seguida, o grupo paraense se reuniu com a direção do Instituto Confúcio, entidade que está presente no Pará em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e possui mais de 600 sedes, nos cinco continentes. A chegada do Instituto Confúcio ao Pará marca a integração dos dois países, a aproximação na economia e na produção de conhecimento, áreas estratégicas no âmbito do Brics.

O secretário Adnan Demachki; o governador Simão Jatene; Larissa Chermont, coordenadora de Relações Internacionais; Luiz Fernandes, secretário de Meio Ambiente e o deputado estadual Tiago Araújo, durante uma das agendas da viagem a China

Embaixador do Brasil na China elogia projeto da Ferrovia Paraense

No dia anterior, o embaixador do Brasil na China, Marcos Caramuru, conheceu um pouco do projeto da Ferrovia Paraense e elogiou a iniciativa paraense em buscar investidores de diferentes partes do mundo. “O projeto paraense é interessante. A ideia de uma ferrovia que possa escoar não só a produção de minério de ferro, mas também grãos e outros produtos da cadeia mineral é excelente e terá uma grande receptividade entre as empresas chinesas”, destacou Caramuru. O diplomata elogiou ainda o esforço paraense em trabalhar para dinamizar a economia do Estado, gerando emprego, através da busca de novos investimentos. Para ele, “não há outro caminho para o Brasil e para os governadores senão o de se comunicar, de buscar os investidores, mostrar os projetos e esperar uma reação”. O embaixador ainda explicou que os chineses compreendem iniciativas semelhantes dos Estados. “A China também é um país onde as províncias são fortes, elas têm força econômica e política, que funciona de baixo para cima, através do empreendedorismo e das iniciativas que se dão a nível subnacional. Portanto, acho que é um casamento perfeito a ideia de que o governador do Pará tenha se disposto a vir tão longe aqui, mas

O Instituto Confúcio pretende reforçar a cooperação e a atuação no Pará, onde está presente desde 2016, quando inaugurou um centro de estudos em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa), do Governo do Estado

Em reunião no Instituto Confúcio, a vice-presidente do instituto, Jing Wei, recebeu o governador Simão Jatene e os deputados Martinho Carmona (PMDB) e Lélio Costa (PC do B), além dos secretários Adnan Demachki (Desenvolvimento Econômico) e Luiz Fernandes (Meio Ambiente) e a coordenadora de Relações Internacionais, Larissa Chermont

fazendo os contatos corretos, com as empresas que já conhecem um pouco do Brasil e que muito possivelmente darão resposta positiva às apresentações do Pará e às suas demandas”, resumiu. Também participaram

A Cidade Limpa, empresa de proteção ambiental opera a 19 anos no Estado do Pará e está devidamente licenciada pelos órgãos competentes: SEMA, IBAMA, ANVISA, CAPITANIA DOS PORTOS, CREA-PA, Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal de Belém. A empresa está apta a dar destinação final, de forma correta a resíduos industriais líquidos, pastosos e sólidos, além de resíduos hospitalares.

do encontro do Brics e das demais audiências os deputados estaduais Martinho Carmona (PMDB), Tiago Araújo (PPS), Dirceu Ten Caten (PT), Milton Campos (PSDB) e Lélio Costa (PC do B).

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O pronunciamento do governador foi acompanhado por autoridades da Alemanha, Noruega e Reino Unido, além do ministro do Meio Ambiente do Brasil, José Sarney Filho, e membros da sociedade civil brasileira

Amazon Bonn Jatene defende “protagonismo amazônico” para sustentabilidade Fotos Barbara Frommann/Divulgação, Cristino Martins/Ag.Pará, Daniel Nardin / Secom, Gilberto Soares/MMA, Sérgio Vale

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s Estados da Amazônia devem avançar com medidas específicas para a preservação da floresta tropical e o desenvolvimento de economias sustentáveis. Esta foi a mensagem que o governador do Pará, Simão Jatene, deixou na cidade de Bonn, na Alemanha, durante o Amazon Bonn. Na abertura do evento, paralelo à COP23, Simão Jatene representou o fórum que reúne os nove Estados que compõem a Amazônia Legal. O pronunciamento do governador foi acompanhado por autoridades da Alemanha, Noruega e Reino Unido, além do ministro do Meio Ambiente do Brasil, José Sarney Filho, e membros da sociedade civil brasileira. “É uma satisfação representar os colegas de toda a Amazônia num evento de tanta importância. Talvez pela primeira vez, os governadores da Amazônia unidos vêm dizer ao Brasil e ao mundo os seus desafios e oportunidades para a preservação do meio ambiente”, apontou Jatene.

O governador do Pará defendeu que “é preciso um maior protagonismo dos Estados na implementação de medidas para a preservação ambiental”. Segundo Jatene, “só os entes subnacionais podem avançar com medidas específicas”, que atendam os diferentes contextos amazônicos, principalmente, a partir da socioeconomia. José Sarney Filho com Raoni Kayapó, no Amazon Bonn

Jatene falou numa revolução do conhecimento para a produção de forma sustentável na Amazônia e lembrou que povos tradicionais como os indígenas e quilombolas devem fazer parte deste processo. “Esses povos têm um grande conhecimento e precisamos disso para melhorar o padrão de vida deles, sem impor o nosso padrão de vida, mas repensando, inclusive, o nosso consumo”, afirmou. O ministro José Sarney Filho reforçou o posicionamento do governador do Pará e disse que o Governo Federal adotou uma política que já está permitindo este protagonismo dos Estados. “Descentralizamos o processo de criação de projetos ambientais e capacitação de recursos para a implementação dos mesmos”.

Preservação atrelada ao combate à pobreza

Além do combate ao desmatamento, que contribui diretamente para a redução do aquecimento global e emissão de gases de efeito estufa – metas do Acordo de Paris até 2020 - o combate à pobreza e desigualdades também fazem parte do processo de desenvolvimento sustentável, destacou Simão Jatene. “A discussão da pobreza e desigualdade não mais pode ser feita de forma isolada da questão ambiental. A socioeconomia tem que ser um elemento que integra a sociedade sustentável”.

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O ministro José Sarney Filho disse que o Governo Federal adotou uma política que já está permitindo este protagonismo dos Estados. “Descentralizamos o processo de criação de projetos ambientais e capacitação de recursos para a implementação dos mesmos”.

De acordo com o governador, não basta dizer que a Amazônia é importante na luta contra o aquecimento global. “Precisamos inserir as economias locais numa cadeia produtiva sustentável, que lhe dê segurança para viver com qualidade, sem precisar destruir a floresta”, apontou. O líder indígena da etnia Kayapó, Raoni Kayapó, também falou na sessão de abertura do Amazon Bonn. Ele reiterou o que foi dito por Jatene: “A forma de viver do indígena é diferente da forma como os outros povos vivem. Estamos abertos para o desenvolvimento sustentável. Alguns povos indígenas precisam ser conscientizados de que não se deve aceitar dinheiro dos madeireiros”.

Pará já investe na sustentabilidade socioeconômica e ambiental

O Pará foi um dos primeiro Estados brasileiros a criar Unidades de Conservação (UC). Atualmente, são 25 em todo o território paraense, geridas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio). O pioneirismo paraense concretizou-se também no programa, já em funcionamento, Pará Sustentável – que é pautado pelo conhecimento, novas formas de produção sustentável, tecnologia e novos modelos de gestão que asseguram mais eficiência à governança. Segundo Jatene, isto quer dizer que todas as ações, políticas e serviços do Governo paraense são oferecidos e executados com base na questão ambiental, social e econômica. Em Belém, o Centro Integrado de

Monitoramento é um dos resultados deste programa. O centro realiza o monitoramento territorial das políticas ambientais e socioeconômicas paraenses. A iniciativa está pronta, inclusive, para ser implantada em breve em toda a Amazônia Legal, por meio de parcerias com os outros Estados.

Redução do desmatamento e apoio internacional

Entre os meses de agosto de 2016 e 2017, o Brasil conseguiu reduzir em 16% a destruição da floresta. Em informação divulgada durante o Amazon Bonn, o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, revelou que houve uma redução ainda maior nas unidades de conservação federais – de 28%. De acordo com o ministro, a floresta nacional que mais registou esta redução foi a Flona do Jamanxim, situada a 1.600

O governador Simão Jatene, no Espaço Brasil da COP23

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quilômetros da capital paraense, Belém. Para Sarney Filho, estes índices refletem o aumento das fiscalizações dos órgãos federais, assim como o reforço das políticas estaduais. O Governo Federal alemão há 25 anos é apoiador da preservação da Amazônia. Só este ano, a Alemanha já investiu cerca de 35 milhões de euros na causa. Para o representante do Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento alemão, Thomas Silberhorn, a Amazônia “tem uma grande importância econômica para o Brasil e para o mundo. É algo que não podemos abrir mão”. Na ocasião, um acordo foi assinado entre a Alemanha e o Fundo Amazônia/BNDES, para uma nova contribuição de € 33,92 milhões (cerca de R$ 129 milhões) para o Brasil, pela redução da taxa de desmatamento na Amazônia em 2015. 10 milhões de euros para o Acre e 17 milhões para o Mato Grosso, por resultados já alcançados na redução do desmatamento. Há 10 anos, a Noruega também contribui para o desenvolvimento sustentável no Brasil através do Fundo Amazônia. O ministro do Meio Ambiente da Noruega, Vidar Helgesen, afirmou que o país vai continuar a ser um parceiro. “A Noruega vai continuar a apoiar o Brasil para reduzir as taxas de desmatamento”.

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Plásticos de casca e caroço de manga

Cientistas desenvolvem plástico do caroço de manga por meio de nanotecnologia Fotos Aline Bastos, Edla Lima, Rossana Thiré

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plicação da nanotecnologia para o desenvolvimento de biomateriais de alto valor agregado com a utilização de resíduos industriais de baixo valor comercial. Esse foi o desafio assumido por uma equipe de cerca de 30 pesquisadores de quatro instituições de pesquisa, sob a coordenação da Embrapa Agroindústria de Alimentos(RJ). Os primeiros resultados, após quase três anos de trabalho, mostram um tipo de plástico biodegradável, feito da amêndoa do caroço de manga em mistura com o biopolímero natural, o PHBV, que pode ser aplicado à indústria alimentícia, na composição de embalagens, e até no setor médico para compor matrizes ósseas. Trata-se do primeiro passo para o desenvolvimento de um plástico biodegradável comercial que utiliza como matéria-prima resíduos da indústria alimentícia. O trabalho recebeu homenagem na 5ª Conferência Internacional sobre Polímeros naturais, biopolímeros e biomateriais (ICNP 2017 Rio). A premiação foi destinada à pesquisa de Paulo Henrique Cardoso, doutorando em engenharia de materiais do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/ UFRJ). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013), o Brasil é um dos maiores produtores de manga do mundo com uma produção de mais de um milhão de toneladas por ano.

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O processamento industrial de manga para polpas e sucos resulta no descarte dos caroços, correspondente a valores entre 40% e 60% do seu volume. A equipe de pesquisa da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ), em parceria com a Embrapa Instrumentação (SP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) se reuniram em busca de alternativas para reutilizá-los, visando gerar uma tecnologia que pudesse ser aplicada à indústria. A adição do pó da amêndoa do caroço de manga promoveu uma nova estrutura no polímero

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O objetivo do projeto foi dar uso e agregar valor a esse resíduo de grandes volumes e alto impacto ambiental. “O desenvolvimento de novos biocompósitos pode ser um caminho viável para o aproveitamento de coprodutos industriais na fabricação de itens inovadores e sustentáveis”, afirma a pesquisadora da Embrapa Edla Lima, que lidera os estudos. O projeto está dividido em várias frentes de pesquisa para a utilização da casca e da amêndoa do caroço de manga e argilominerais adicionados a uma matriz de polímeros orgânicos: o PHBV — um biopolímero natural produzido por bactérias — e o PLA — outro biopolímero natural, obtido de moléculas de ácido lático. Um dos principais desafios de toda a equipe se concentra na utilização um material que não tem uniformidade, como o caroço de manga, em que a casca e a amêndoa variam em composição e estrutura dentro de uma mesma espécie vegetal, de época e local de origem. Os cientistas têm de driblar essa dificuldade para garantir a reprodutibilidade da composição (formulação). Para isso, já foram realizados mais de uma centena de testes, utilizando técnicas de casting, extrusão, injeção e moldagem por compressão. Foram avaliadas diferentes concentrações da amêndoa e da casca do caroço de manga como carga de reforço em biopolímeros comerciais (PLA e PHBV), adicionados ou não de quatro diferentes tipos de argilominerais, que foram concentrados e organofilizados. Para avaliar resistência, cristalinidade e elasticidade, os materiais resultantes foram analisados por calorimetria de varredura diferencial (DSC), análise termogravimétrica (TGA), microscopia eletrônica de varredura (MEV) associado à espectrometria de energia dispersiva de Raios-X (EDS), ressonância magnética (NMR1H), Difratometria de Raios-X (DRX), e infravermelho (FTIR).

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Nova estrutura A equipe do projeto já conta com bons resultados na obtenção de novos biocompósitos, como os trabalhos com PHBV e a amêndoa do caroço de manga, coordenados pela professora Rossana Thiré do Laboratório de Biopolímeros da Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe/UFRJ. Os pesquisadores testaram, em diferentes concentrações, a utilização dos resíduos do processamento da manga como reforço de biocompósitos biodegradáveis usando o PHBV em moldagem por compressão. A adição do pó da amêndoa do caroço de manga promoveu uma nova estrutura no polímero. Os biocompósitos apresentaram maior interação intermolecular, o que promoveu maior dispersão e distribuição do material de enchimento. “As análises demostraram boa adesão, dispersão e distribuição em amostras com PHBV. Os resultados indicam que a fabricação de biocompósitos pode ser uma estratégia para a reutilização desse subproduto agroindustrial”, ressalta a professora e pesquisadora Rossana Thiré. Agora, a equipe está voltada para dar continuidade ao projeto e chegar a um produto comercial. “Há diversas possibilidades de uso na área alimentícia, médica e de lazer”, avalia Rossana.

De ossos artificiais a embalagens de alimentos

Há mais de quinze anos, a pesquisadora e sua equipe desenvolvem pesquisas com polímeros a partir de matrizes orgânicas para a área de alimentos (embalagens alimentícias, filmes de proteção de alimentos, copos e talheres) e de bioengenharia (matrizes ósseas, fios de sutura de pele, moldes biocompatíveis). “Devido à sua abundância e renovabilidade, a utilização de resíduos

O objetivo é obter melhor efeito de carga de reforço, o que dá mais resistência ao material www.paramais.com.br

A professora Rossana Thiré da Coppe/ UFRJ explica o processo de extrusão termoplástica aplicada a biopolímeros

agrícolas como matérias-primas é vantajosa para a economia, o meio ambiente e a tecnologia, devido à sua baixa demanda de energia de fabricação, baixa emissão de CO2 e alto nível de biodegradabilidade, quando comparados aos compósitos de polímeros reforçados com enchimentos inorgânicos”, conta a professora e pesquisadora Rossana Thiré. É fato que os biopolímeros naturais ainda são até 12 vezes mais caros que os polímeros gerados por petróleo, mas levam cerca de dois meses para se decompor no meio ambiente. “Há de se pagar esse custo adicional para evitar que toneladas de plásticos tradicionais gerem impactos ambientais por mais de um século”, afirma.

Pesquisas em andamento

A equipe de pesquisa da Embrapa Alimentos, da Embrapa Instrumentação, do Departamento de Engenharia Química da UFRRJ e do Cetem estão desenvolvendo a aplicação de argilominerais em mistura à matéria orgânica da manga na matriz de PLA. O objetivo é obter melhor efeito de carga de reforço, o que dá mais resistência ao material. Contudo, há outra barreira tecnológica a ser transposta. A boa interação entre os argilominerais naturais e o polímero não acontece espontaneamente devido à similaridade de cargas. Para isso, é necessário alterar a estrutura molecular do material. “Utilizamos a técnica de organofilização para modificar o argilomineral concentrado e obter melhor aderência ao polímero. Trabalhamos em escala nanométrica para a obtenção desses biocompósitos, a partir de argilominerais”, conta Antonieta Middea, do Cetem. O argilomineral utilizado na pesquisa provém de quatro tipos de montmorilonita/bentonita, advindas de jazidas do Rio Grande do Norte e Bahia. Pelas técnicas de peneiramento e densimetria se concentra a fração de argila rica neste tipo de argilomineral. Esse processamento possibilita a obtenção desses argilominerais para serem posteriormente organifilizados

Cientistas desenvolvem plástico do caroço de manga por meio de nanotecnologia.indd 23

e incorporados ao polímero. A vantagem é que são materiais relativamente baratos. “O desafio dessa parte do projeto é obter um nanocompósito com minerais e matérias orgânicas (polímeros naturais), provenientes de subproduto agroindustrial. A soma de conhecimento entre as instituições vem contribuindo para a obtenção em um biocompósito transparente, biodegradável e de alta resistência. Os resultados preliminares são animadores”, avalia Reiner Neumann, pesquisador líder do Cetem. Destaca-se que esses quatro institutos em conjunto estão buscando o desenvolvimento desses novos biocompósitos a partir de técnicas distintas de processamento, ou seja, por casting e por extrusão/injeção termoplástica. É importante ressaltar que essas pesquisas têm como meta desenvolver biocompósitos ambientalmente corretos para servir como matéria-prima de embalagens seguras de alimentos, agregando valor e uso ao que antes era considerado lixo da agroindústria de sucos associado a argilas ou não na função de “carga de reforço”. Esses novos biocompósitos visam a ser substituintes aos polímeros de petróleo utilizados com essa função.

Uso de tecnologia para o gerenciamento da equipe

Para garantir o comprometimento da equipe e gerenciar cada etapa do desenvolvimento da pesquisa, a cientista Edla Lima também se apoia na tecnologia. “Como são equipes que trabalham em locais diferentes, de diferentes níveis – há pesquisadores seniores e em formação - acompanhamos de perto cada etapa das análises e discussões técnicas pela rede social WhatsApp. Trocamos fotos e vídeos, e envolvemos o grupo nos avanços da pesquisa e na busca de soluções conjuntas para as dificuldades técnicas e operacionais que enfrentamos no dia a dia”, conta a pesquisadora da Embrapa para quem a estratégia tem sido eficaz pelos resultados gerados pelo projeto. Pará+

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A Economia Criativa e as oportunidades de mercado Texto *Ronaldo Cavalheri Fotos Divulgação

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Brasil é o quarto consumidor de jogos digitais do mundo, sendo um importante empregador de mão de obra especializada e se fixando como um mercado bilionário, com expetativa de crescimento de 13,5% ao ano, segundo pesquisa encomenda pelo BNDES. Com mais de 60 milhões de usuários, esse mercado vem ampliando o seu perfil de consumo, que até então era em sua grande maioria de público jovem masculino e hoje já conquista mulheres, crianças e idosos.

A facilidade de acesso aos smartphones e as redes sociais, não é uma exclusividade voltada apenas ao entretenimento

Fotografia: Tereza e Aryanne Fotografia

Liderando o ranking de crescimento no Brasil, temos a indústria da moda

Muito disso se explica pela facilidade de acesso aos smartphones e as redes sociais, além é claro da utilização de games em muitas outras áreas como na educação, nos negócios e na medicina, não sendo mais uma exclusividade voltada apenas ao entretenimento. Outro mercado em ascensão é do audiovisual. Em 2011, foi regulamentada pelo Congresso Nacional a Lei 12.485, que determina a veiculação de conteúdos nacionais e inéditos na programação das televisões por assinatura. Com isso, além de valorizar a cultura local a produção audiovisual no Brasil, o segmento ganhou ainda mais espaço e já se posiciona a nível global como a 12ª maior economia nesse mercado que corresponde por 0,57% do PIB brasileiro.

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Em pesquisa realizada pela Ancine, foi apontado um crescimento de 65,8% entre os anos de 2007 e 2013, um salto de R$ 8,7 bilhões para R$ 22,2 bilhões, uma evolução bem superior aos outros setores da economia. E liderando o ranking de crescimento no Brasil, temos a indústria da moda. Nos últimos 10 anos, o varejo de moda fez com que o país saltasse da sétima posição para a quinta no ranking dos maiores consumidores mundiais de roupas. Uma pesquisa realizada pela A.T. Kearney, renomada empresa de consultoria empresarial norte-americana, aponta uma arrecadação de US$ 42 bilhões em vendas, sendo que 35% é através de capturas online, sendo facilmente explicado pelo poder de influência das redes sociais e blogs de formadores de opinião dessa área. O mercado dos Jogos Digitais, do Audiovisual e da Moda são apenas três exemplos dos 13 segmentos que englobam o que chamamos de Economia Criativa.

Mercado em ascensão é a de produção audiovisual

Um setor da economia que vem ganhando destaque e driblando o cenário atual de crise pelo qual o Brasil vem passando. São empresas que se destacam pelo talento e pela capacidade intelectual de seus empreendedores e funcionários, e que não dependem do tamanho da sua estrutura ou de quanto tem de capital.

O Brasil é o quarto consumidor de jogos digitais do mundo, sendo um importante empregador de mão de obra especializada

O Brasil, de certa forma, vem dando seus primeiros passos para se fixar nessa economia. Países como EUA, China e Inglaterra já se consolidaram e juntos já correspondem a 40% da economia criativa global. Muitas cidades no Brasil já possuem iniciativas de estimulo à Economia Criativa, como por exemplo, Recife, Porto Alegre e São Paulo. A cidade de Curitiba, também, se destaca como uma das mais atuantes, e por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento, circula por todo o ecossistema que engloba a economia criativa, conectando coworkings, startups, iniciativas públicas e privadas e estimulando o empreendedorismo de alto impacto. A Economia Criativa, que hoje já apresenta uma média de remuneração superior a outros setores, será um dos grandes empregadores em um futuro breve. E as cidades que enxergarem essa oportunidade, sairão na frente. O olhar sobre a formação de seus jovens, que é a geração que mais impulsiona esse mercado, é um fator decisivo para o melhor aproveitamento de uma fatia do mercado na qual o maior recurso é o potencial criativo. (*) Coaching de Negócios Criativos, mentor do Projeto Jovem Empresário e Diretor Geral do Centro Europeu – escola pioneira em Economia Criativa no Brasil.

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Dicas para um sono bom, longo e profundo A falta de sono é responsável por doenças, acidentes, problemas mentais e fadiga que afetam todos nós

Acorde sempre no mesmo horário e vá dormir sempre no mesmo horário. Não durma tarde nos fins de semana. Esse é um dos maiores erros que se pode cometer, uma vez que prejudica o relógio biológico. Chamamos isso popularmente de “jet lag social”. Ou seja, em vez de dormir cedo na sexta ou no sábado, você segue noite adentro na balada e volta para casa de madrugada. Chega domingo e você dorme o dia inteiro para se recuperar e voltar à rotina. O resultado não pode ser pior, diz Walker. “Infelizmente, o cérebro não tem a capacidade de recuperar todo o sono perdido”, adverte.

Mantenha a temperatura baixa

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Prêmio Nobel de Medicina deste ano foi concedido a três cientistas dos Estados Unidos que descobriram a existência dos ritmos circadianos, o relógio biológico que todas as células vivas têm. Como muitos especialistas, eles destacam a importância de um sono bom, longo e profundo para manter a boa saúde. O neurocientista britânico Matthew Walker, responsável por um laboratório de sono na Universidade da Califórnia, Berkeley, nos Estados Unidos, quer combater o estigma de que quem dorme muito - de oito a nove horas por noite - é “preguiçoso”. É exatamente o contrário, argumenta ele. A falta de sono é responsável por doenças, acidentes, problemas mentais e fadiga que afetam todos nós. Walker deu dicas para uma noite bem dormida.

Tenha horários regulares

Evite dormir no calor. Segundo Walker, é aconselhável tentar manter uma temperatura fria no quarto, entre 18 e 18,5 graus Celsius. O motivo é que seu corpo e seu cérebro devem reduzir a temperatura média em cerca de 1 grau Celsius. Por isso, se você morar em lugar frio, cuidado com o aquecimento. Por outro lado, se você mora em um lugar quente, abra as janelas, ligue o ventilador ou o ar condicionado. Isso permitirá que seu corpo alcance a temperatura ideal para iniciar um sono profundo e saudável.

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Durma no escuro

“Se você acordou e não consegue dormir por 15 a 20 minutos, levante-se”, diz ele. “Vá para outro quarto, mantenha o local à meia-luz e leia um livro”. O importante é não ligar o computador ou qualquer outro dispositivo eletrônico, como celulares ou tablets. Não cheque mensagens ou e-mails. Também não coma, porque isso gera o (mau) hábito de comer durante a noite. Somente quando você se sentir cansado e com sono novamente, volte para a cama.

*Limite o álcool e a cafeína

Isso se tornou um problema no mundo moderno. Em primeiro lugar, “iluminamos a noite”, brinca Walker. Para contornar a “deterioração profunda do sono” causada pela luz, inclusive da iluminação pública que adentra nossas casas, tente dormir na maior escuridão possível. Uma das táticas é usar as chamadas “cortinas blecautes”, por exemplo. No quarto, evite dispositivos eletrônicos com luzes no modo de espera (como TVs). Também desligue smartphones ou tablets. A recomendação de Walker é começar a diminuir a luz antes mesmo de ir para cama. “Não é necessário que todas as luzes da casa estejam acesas”, destaca o neurocientista.

Não fique acordado na cama

Quem nunca ficou deitado na cama à espera do sono que não vem? Walker desaconselha o procedimento, especialmente para aqueles que sofrem de insônia.

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Tente abster-se de beber álcool durante a noite e pare de tomar cafeína após o meio-dia. Algumas pessoas, contudo, reiteram que conseguem dormir bem mesmo depois de uma taça de vinho ou uma xícara de café. Mas Walker adverte que mesmo se você for uma delas, “sabemos que a cafeína permanece no sistema por várias horas, entre cinco e seis, para ser mais exato”. “Embora você consiga dormir, esse sonho não será tão profundo enquanto a cafeína estiver circulando no cérebro”, conclui. ILUSTR: O cérebro não tem a capacidade de recuperar todo o sono perdido – “jet lag social” É importante termos um sono bom, longo e profundo para mantermos a boa saúde

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Piscicultura em tanques-rede fomenta a cadeia produtiva no Mosaico do Lago de Tucuruí

A UHE Tucuruí, responsável pela produção de 10% da energia do Brasil e também a maior geradora de renda da região

Texto Denise Silva / Ascom Ideflor-bio Fotos Denise Silva / Ascom Ideflor-bio

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Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IdeflorBio) incentiva o desenvolvimento socioprodutivo de piscicultura em tanques-rede, no Mosaico do Lago de Tucuruí, por meio da pesca e da aquicultura, que servem de fomento à economia da região. Uma prova disso é o Projeto “Piscicultura Paraíso”, uma área aquícola gerenciada por Gilberto Vaz, produtor local que desenvolve projetos na área, gerando emprego, incentivando o consumo de pescado, a preservação ambiental e contribuindo com os objetivos das Unidades de Conservação (UC).

O Ideflor-Bio, incentiva o desenvolvimento socioprodutivo de piscicultura em tanques-rede, no Mosaico do Lago de Tucuruí, por meio da pesca e da aquicultura

A piscicultura garante a melhoria da qualidade do peixe destinado ao consumo humano, devido aos cuidados com alimentação, controle das taxas de crescimento e das propriedades da água onde as espécies são criadas. A prática possibilita também, investir na criação de espécies que estão ameaçadas de extinção, contribuindo para a preservação da diversidade da fauna, gerando renda ao pequeno e médio produtor, usando um modelo de trabalho sustentável. A “Piscicultura Paraíso” teve início em 2007, com a implantação de apenas 42 tanques-rede de fabricação do próprio produtor, sendo voltado para o cultivo de pirapitinga. Atualmente, o projeto conta com 160 tanques instalados, com uma produção anual de 200 toneladas de peixe por ano, dentre eles o piau açu, matrinxã, caranha e tambaqui.

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A aquicultura sustentável preza pela produção lucrativa associada à conservação do meio ambiente e dos recursos naturais, promovendo o desenvolvimento social

Após dez anos em atividade, o empresário ainda carrega o título de pioneiro da piscicultura em tanque-rede no Lago de Tucuruí, e hoje está entre os maiores produtores de matrinxã em tanque-rede do Brasil. Com a produção, Gilberto Vaz abastece os municípios de Tucuruí, Breu Branco, Tailândia, Baião, Cametá, Mocajuba, além das feiras de pescado promovidas na região, garantindo peixes de qualidade à população. Segundo ele, a conservação das espécies é beneficiada quando a produção é feita dentro de uma Unidade de Conservação. “A criação de peixe em tanques-rede é uma atividade com alto apelo ecológico, pois respeita os limites do ambiente aquático, uma vez que a perda do equilíbrio deste ecossistema acarreta imediatamente reflexos negativos na produção”, contou. Apesar de ser beneficiado com a cessão de uso de águas públicas, o produtor afirma que é necessário um arranjo institucional local, social e econômico, além do desafio de produzir em larga escala espécies de peixes pouco utilizados neste sistema de produção.

“Hoje em dia, o desafio de conter a pesca predatória no Lago de Tucuruí ainda é umas das grandes missões que o Ideflor-Bio, junto com outros órgãos ambientais, vem encarando.

Somos incentivados a seguir nosso trabalho e estar cada vez mais adaptados a este meio”, disse. Outro desafio a ser vencido pela atividade de piscicultura em tanque-rede é o processo de licenciamento ambiental, que graças à gestão participativa e atuante da Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação Lago de Tucuruí, desenvolvida pela Gerência da Região Administrativa do Lago de Tucuruí (GRTUC), do Ideflor-Bio, tem nesse pleito uma prioridade que já vem sendo trabalhada junto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). De acordo com a gerente da GRTUC, Mariana Bogéa, a construção de uma normativa específica para o Lago já é meta dentro do Plano de Ordenamento dos Recursos Pesqueiro e Aquícola do Mosaico Lago de Tucuruí e tem suas discussões bastante avançadas no que se refere ao tema. “Entendemos que estabelecer procedimentos que incentivem a produção, aliados à conservação do meio ambiente, é papel dessa gestão. Queremos ver o Lago de Tucuruí preservado, mas também produtivo”, contou. “Nós acompanhamos de perto o trabalho do Gilberto, que é de grande importância, pois essa atividade gera emprego e ajuda a desenvolver o setor na região.

O consumidor, além de apoiar produtores rurais da região, tem a garantia de que vai consumir um produto de boa qualidade, pois a qualidade ecológica da água é constantemente monitorada

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Dentre as atividades de aquicultura, do Plano de Ordenamento, está exatamente o fomento à piscicultura, que se encaixa perfeitamente como exemplo deste trabalho dá certo”, concluiu Mariana. Ao adquirir o pescado oriundo da piscicultura, o consumidor, além de apoiar produtores rurais da região, tem a garantia de que vai consumir um produto de boa qualidade, pois a qualidade ecológica da água é constantemente monitorada. Os peixes gerados na piscicultura possuem exatamente os mesmos nutrientes essenciais que o peixe capturado no rio ou no mar. A aquicultura sustentável preza pela produção lucrativa associada à conservação do meio ambiente e dos recursos naturais, promovendo o desenvolvimento social. O Mosaico Lago de Tucuruí é o primeiro Mosaico de Unidades de Conservação constituído no Brasil, tendo sido criado em decorrência da mobilização dos moradores locais, em função dos impactos ambientais e socioculturais causados pela implantação da primeira grande Usina Hidrelétrica na Amazônia, a UHE Tucuruí, responsável pela produção de 10% da energia do Brasil e também a maior geradora de renda da região. O Mosaico foi criado por meio da Lei Estadual n° 6.451 de abril de 2002 e é composto por três Unidades de Conservação: a Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago de Tucuruí e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Alcobaça e Pucuruí-Ararão.

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Nunca pare de pensar! Pensamentos têm poder É fundamental nunca parar de pensar. Os pensamentos têm poder

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o mundo moderno, tudo está em constante crescimento e desenvolvimento. Numa sociedade em evolução, uma das condições para sobreviver é ter como um dos objetivos desenvolver se e prosperar. Já na administração de negócios, nada fica sem mudar; nada fica como está. Tudo muda dia a dia; tudo evolui sempre. À exceção daqueles que trabalham sozinhos, todos têm chefes ou subordinados. Se você ocupa uma posição de comando, precisa entender de administração. Se trabalha sob as ordens de outra pessoa, precisa compreender seu modo de pensar. É fundamental nunca parar de pensar. Os pensamentos têm poder. Nós somos influenciados por aquilo que ocorre à nossa volta, sujeitos a constantes mudanças. Uma companhia está fadada a estagnar, a sair perdedora em relação à concorrência e até acabar fechando se seus administradores, executivos e funcionários não tiverem a consciência de que vivemos numa sociedade em evolução, que exige nova mentalidade gerencial. As inovações constantes são fundamentais. Os administradores precisam prover o que o mercado exige. Por isso, têm de pensar, apresentar ideias que satisfaçam a essas exigências e sejam adequadas ao propósito do negócio. As ideias também precisam gerar lucro. Cargos que não se traduzem em lucro são logo eliminados. É muito importante que você tenha abundância de ideias e que saiba concentrá-las em seu objetivo.

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Isso vale também para as pessoas que montam seu próprio negócio e têm em geral um monte de ideias. Para que gerem lucro, é preciso adequá las ao propósito específico que se tem em mente. *As reflexões desta coluna são extraídas de “As Leis da Invencibilidade”, do autor e líder espiritual japonês Ryuho Okawa (IRH Press do Brasil). Seus mais de 2.200 livros publicados, traduzidos para 28 idiomas, já venderam mais de 100 milhões de exemplares no mundo todo.

“As Leis da Invencibilidade”

Não se trata de mais um livro teórico, mas de um guia para sobreviver e vencer em tempos de recessão econômica. Baseado em palestras proferidas por Ryuho Okawa, com comentários sobre a situação econômica do Japão, o livro parece escrito sob medida para os brasileiros que hoje sofrem com a recessão – do trabalhador desempregado aos empresários, passando por administradores e executivos, sem ignorar os governantes. O livro “As Leis da Invencibilidade” é dividido em cinco grandes capítulos. No primeiro, “os princípios do sucesso”, o autor apresenta suas sete regras de ouro para uma pessoa ser bem-sucedida na vida. O segundo capítulo, “como ser vitorioso nos confrontos”, surpreende pela análise de Okawa sobre vitórias e derrotas – e como isso ajuda a construir a própria felicidade, a inovar as empresas e a vencer a concorrência. O capítulo três, “como desenvolver uma mente estratégica e gerencial”, é totalmente voltado para o mundo dos negócios. Apresenta cinco pontos fundamentais para o desenvolvimento e a prosperidade de uma organização. O quarto capítulo, “como superar uma recessão”, é uma aula prática de como agir e enfrentar tempos de recessão econômica. No último capítulo, “o modo ideal de ser”, o autor fala das armadilhas do otimismo, dos requisitos da boa administração e da importância de usar o poder da sabedoria. Acesse www. okawalivros.com.br e saiba mais. www.paramais.com.br

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Produtos que têm data de vencimento e você não sabia

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limentos perecíveis são os primeiros itens que vêm à mente quando o assunto é prazo de validade. Isso porque eles são mais delicados e precisam de cuidados diferentes, como serem mantidos na geladeira ou local arejado. Mas esses não são os únicos itens que estragam, já que outras mercadorias comuns no cotidiano da população também pedem atenção ao rótulo.

Remédios

Temperos

Depois de um tempo (1 à 3 anos), os temperos perdem o sabor e o aroma. Os temperos já moídos não duram mais de 6 meses sem perder o sabor

Os alimentos dos bichos de estimação também precisam de atenção. Os úmidos (entre os preferidos dos gatos) costumam durar de 2 a 3 anos fechados, mas precisam ser guardados na geladeira e consumidos em, no máximo, 3 dias após aberto. A ração seca, por outro lado, tem um tempo maior de duração após aberto (podendo passar de um ou dois meses), mas costuma ter validade máxima de um ano e meio, mesmo com a embalagem fechada.

Material de limpeza

Água oxigenada

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os prazos de validade dos medicamentos não podem ultrapassar cinco anos. A maioria deles, entretanto, contam com uma validade de até dois anos, incluindo os que não precisam de receita para serem comercializados. Se consumidos fora do prazo, o risco de fazerem algum mal é baixo, mas também dificilmente surtirão algum efeito benéfico.

Muito usada para descolorir cabelos e até como cicatrizante, o peróxido de hidrogênio tem durabilidade de doze meses, podendo causar ardência e queimaduras após esse período.

Sabão, desinfetantes e lustradores de móveis perdem a eficácia entre três e doze meses.

Inseticida

Perfumes

Farinhas

Apesar de não serem consideradas perecíveis, as farinhas de trigo, mandioca e arroz também são delicadas e precisam ser conservadas entre seis e doze meses, dependendo da forma de armazenamento.

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Essa notícia pode não agradar os admiradores e colecionadores de colônias, mas a verdade é que o aroma dura somente entre um e três anos após ser produzido.

Após dois anos, a química contida nos venenos contra insetos perde o poder e o spray não funciona mais para exterminar as pragas.

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