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ÍNDICE
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Giovanna Abreu, Gilberto Pizarro, Ian McDonough, IBRAM, Igor Nascimento, Leonardo Nunes, Michael Dulas, Ron Barrett, Faculdade Macalester, Ronaldo Hühn, Secom Gov Pá, The Conversation, Universidade de Nova York; FOTOGRAFIAS: ADEPARÁ , Alex Ribeiro / Ag. Pará, Divulgação, Eva-Katalin/E+ via Getty Images, Inovar Produções, Marcelo Lelis / Ag. Pará, Nature, NOAA, NASA, Goddard Space Flight Center/ PO.DAAC, NYU, Images Pedro Guerreiro / Ag. Pará, Jose Luis Pelaez Inc/DigitalVision via Getty Images, Synapse Project, Thalmus Gama / Ag. Pará, The Conversation, Yuichiro Chino/Getty, Wellcome Images via Wikimedia/ CC BY; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios
* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
CAPA
Em tempos de COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), o Pará em transformação. Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará
Converse com sua família e seja um doador. doeorgaos
Um dia, a sua família pode ser doadora de órgãos ou precisar de um doador. E conversar sobre o tema é a melhor maneira de quebrar barreiras, vencer preconceitos e conhecer o desejo de cada um.
Pará lança modelo inédito de concessão para restauração florestal remunerada com créditos de carbono
Vencedor da licitação vai recuperar a vegetação nativa em área pública de 10,3 mil hectares no sudoeste estadual
Ogovernador do Pará, Helder Barbalho, lançou recentemente, durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP 29), o edital de concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX), uma área pública de 10,3 mil hectares, em Altamira, no sudoeste do estado.
No painel “A Recuperação Florestal em escala na Amazônia: Lançamento da Concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu”, que contou com a participação de Karen Oliveira- Diretora de Políticas Públicas da TNC Brasil; Nilson Pinto- Presidente Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do estado; Raul Protázio Romão, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará; além de Gabriel Azevedo, Diretor de Estratégia do BID Invest e Renata Nobre, secretária adjunta da Semas. Pioneiro no Brasil, o modelo de concessão prevê a restauração ecológica da área, que fica dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, por até 40 anos.
A remuneração ao concessionário se dará pelo aproveitamento de ativos ambientais do território, como os créditos de carbono gerados com a regeneração da mata nativa.
Cerca de 3,7 milhões de toneladas de carbono equivalente vão ser sequestradas no pe-
ríodo, o mesmo que 330 mil voltas ao redor da terra de avião. O concessionário deverá investir cerca de R$ 258 milhões na instalação e na operação da concessão, para uma receita total estimada de quase R$ 869 milhões.
Além da recuperação da floresta, o governo do Pará aposta no modelo enquanto política de desenvolvimento e de atração de investimento para a Amazônia paraense.
Projeto Piloto
A URTX é um projeto-piloto para outros territórios e prevê contrapartidas do Estado e do concessionário em ações territoriais e comunitárias.Para o concessionário, o edital prevê a contratação e a capacitação de mão de obra local, apoio às cadeias produtivas agroflorestais, parcerias comunitárias para fornecimento de insumos, mudas e sementes para a restauração, entre outros. Estima-se a geração
de mais de 2 mil empregos diretos e indiretos na região. A contrapartida do Estado, além de autorizar o uso da área por 40 anos, se dará via PAI, Plano de Atuação Integrada, criado sob medida para o ordenamento territorial, com regularização fundiária e ambiental, investimentos em segurança, infraestrutura, logística e comunicações, bem como equipamentos e serviços públicos para as comunidades. O governador Helder Barbalho ressalta que “recuperar as suas florestas e fazer disso uma oportunidade de emprego e de investimentos privados na região. Nós estamos falando de 10 mil hectares que vão gerar 2 mil empregos e de uma área que antes era floresta, que foi derrubada e que passará a ser recomposta para o uso no mercado de carbono, do manejo florestal, portanto oportunidades que se somam ao que nós temos defendido. Por um lado, combater a ilegalidade ambiental, diminuir o desmatamento. Mas é fundamental que nós possamos criar uma economia verde, que gere emprego, desenvolvimento sustentável para as populações locais”, disse.
Helder Barbalho acrescentou: “o Brasil não cumprirá as suas metas apenas reduzindo o desmatamento. Precisa restaurar as áreas e fazer as concessões de restauro, que apontam um caminho importante e o Pará tem a oportunidade de sair na frente”, afirmou o governador Helder Barbalho.
“Há um ano, nós lançamos o plano de restauro. - ano depois nós estamos aqui em Baku para historicamente fazer a apresentação e a publicação do primeiro edital de concessão para restauração em área pública em todo o país. Então se por um lado combatemos o crime com a força policial e por outro lado fazemos com que uma área que foi destruída ambientalmente”, destacou o chefe do executivo estadual.
O edital de concessão da URTX e seus anexos ficarão abertos por 120 dias. O vencedor do certame será conhecido em março de 2025. Todos os documentos referentes à criação da URTX, incluindo o edital, podem ser consultados na íntegra no site da Secretaria de Meio. Ambiente e Sustentabilidade (Semas): www.semas.pa.gov.br/urtx/ e no site do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio): www.ideflorbio.pa.gov.br/
O projeto da Unidade de Recuperação é conduzido pela Semas, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e com apoio da The Nature Conservancy Brasil (TNC Brasil).
Pará terá investimentos em modernização portuária, balsas e empurradores
Investimentos foram anunciados pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ao lado do governador Helder Barbalho
Ao lado do governador Helder Barbalho, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou uma série de investimentos para modernização da infraestrutura e logística portuária paraense. O anúncio foi realizado na quinta-feira, 21/11, no Estaleiro Rio Maguari, em Belém.
A maioria dos recursos anunciados são destinados à expansão da capacidade do Estado de transportar minério de ferro e manganês por hidrovias. Com investimento total de R$ 955,32 milhões, serão construídas 128 balsas mineraleiras. Já, R$ 641.23 milhões, serão para a construção de oito barcos empurradores fluviais.
Ambos serão construídos, ao longo dos próximos quatro anos, no Estaleiro Rio Maguari e com recursos emprestados pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM).
A solenidade contou com a presença da classe empresarial, trabalhadores da área, além de membros dos poderes legislativos municipal, estadual e federal e o prefeito eleito de Belém, Igor Normando
O governador Helder Barbalho destacou os impactos socioeconômicos dos investimentos. “Nós que vivemos na Amazônia, temos na oportunidade da navegabilidade de nossos rios como escoamento da produção com redução de emissões para fornecer mercados consumidores como a Europa, Ásia ou América do Norte”, ponderou.
“Que possamos cada vez mais consolidar essa estratégia para, efetivamente, mudarmos essa realidade social.
Não adianta o país crescer o PIB se me efetivamente ajudar na vida das pessoas. O que estamos discutindo aqui é geração de emprego e renda”, completou o governador.
Já o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que esse é o maior investimentos da navegação de interior feito no país. “Estamos assinando hoje o maior programa da história do Brasil na navegação interior. São quatro bilhões de reais em investimentos em 400 barcaças que irão gerar quase 10 mil empregos no Brasil. Com isso, termos uma agenda de desenvolvimento com as hidrovias e a indústria limpa, fundamental para escoamento da produção brasileira”, disse o ministro.
Para o Ministro Silvio Costa Filho, o Pará é fundamental para a economia brasileira e hoje, mais do que nunca, essa região se coloca como a grande janela de oportunidades do mundo. o projeto assinado, representa dessa maneira, o fortalecimento da malha hidroviária do país e, sendo, o Pará é ponto chave nessa logística.
“Atualmente, o Brasil tem 11 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, mas com um potencial para 42 mil quilômetros. Desde a década de 1950, países como Estados Unidos e nações da Europa têm explorado suas redes hidroviárias como elemento estratégico de desenvolvimento. O Brasil, infelizmente, ficou muito tempo parado nesse aspecto”, afirmou Silvio
Em tempos de COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), essas hidrovias significam retirarmos mais de 70 mil toneladas de CO2. O que significa avançar muito na agenda da sustentabilidade”, afiançou o titular da pasta de Portos e Aeroporto.
Governo do Pará anuncia que COP 30 em Belém terá Pavilhão do Oceano para debater ecossistemas
Parceria inédita do Governo do Pará com o Instituto Oceanográfico de Woods Hole (WHOI) vai impulsionar debate sobre preservação dos ecossistemas marinhos e costeiros
Ogovernador Helder Barbalho e representantes do Instituto Oceanográfico de Woods Hole (WHOI) assinaram, recentemente na COP29, em Baku, no Azerbaijão, um memorando de entendimento para criação do Pavilhão do Oceano na estrutura da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em novembro de 2025, em Belém.
O documento foi assinado no segundo dia de participação do governador Helder Barbalho na COP 29. O Pavilhão do Oceano servirá como uma plataforma, localizada na Zona Azul da COP 30, para destacar o papel crítico do oceano no enfrentamento das mudanças climáticas, além de promover a pesquisa oceânica e facilitar parcerias globais para a governança sustentável do oceano.
No ato da assinatura, o chefe do Poder Executivo Estadual paraense ponderou a importância estratégica da parceria que vai permitir avanços para preservação do oceano amazônico, a proteção do meio ambien-
te e dos recursos naturais. “É uma parceria importante para cuidarmos da floresta, mas também para cuidarmos do oceano. Neste momento, é uma oportunidade muito importante para avançamos em pesquisas e
para implementamos ações para cuidar do oceano na Amazônia”, ponderou o governador Helder Barbalho.
“Estamos muito empolgados para visitar o estado do Pará e avançarmos nos trabalhos junto com nossos parceiros.
Agora, o próximo passo é dialogarmos com outras instituições parceiras que querem se juntar ao Ocean Pavilion para a COP 30. Então, estamos ansiosos para ter uma celebração muito maior no Brasil”, adiantou Peter Menocal, Diretor-Presidente do WHOI.
O deputado estadual e prefeito eleito de Belém, Igor Normando, que está participando da COP 29, destaca que a COP 30, que será realizada na capital paraense, está sendo organizada de forma estrutural para
cidade. Normando reafirmou a comprometimento para receber o evento e destacou o legado que ficará para cidade.
“Fico feliz que vamos poder entregar o melhor evento que a COP já viu. Primeiro, por ser na Amazônia, coração e pulmão do mundo, e também porque estamos nos preparando de forma estrutural para receber o evento e que esse legado possa seguir por gerações”, disse. O acordo prevê ainda que a WHOI vai colaborar com o Governo do Pará para garantir que a pesquisa oceanográfica local e global seja destacada. Também estão previstas a participação de uma série de programas e eventos dentro Pavilhão, incluindo apresentações principais, painéis de discussão e sessões de networking.
Essas atividades se concentrarão na conservação dos oceanos, soluções climáticas baseadas no oceano e nas áreas de adaptação e mitigação e ciência marinha, e contarão com chefes de estado e governo, cientistas líderes, formuladores de políticas e representantes de comunidades indígenas e locais.
A WHOI e o Governo do Pará irão articular, junto às organizações internacionais, instituições acadêmicas, organizações não governamentais e o setor privado, para participarem e apoiarem o Pavilhão do Oceano. Foi acordado ainda que serão realizados feitos para garantir
uma ampla representação de diversas vozes, particularmente aquelas de comunidades vulneráveis e costeiras.Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) é uma
instituição de pesquisa e educação sem fins lucrativos localizada em Woods Hole, Massachusetts, nos Estados Unidos.
Casas de farinhas registradas pelo Governo do Estado movimentam a economia paraense
Por meio da ADEPARÁ, o poder executivo estadual garante melhorias na qualidade da farinha de mandioca comercializada a partir do registro de estabelecimentos em todo o Pará
Herança dos povos indígenas, a farinha de mandioca é um dos alimentos que faz parte, diariamente, da alimentação do paraense. Para garantir a melhor qualidade da farinha comercializada, o Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do estado do Pará (ADEPARÁ), garante registros a estabelecimentos que estão habilitados a ofertar
produtos seguros e de qualidade ao consumidor. Atualmente, nove estabelecimentos da cadeia produtiva, que produzem exclusivamente farinha de mandioca, possuem o registro estadual. A expectativa é de que, até o final de 2024, outros sete estabelecimentos obtenham o registro.
“Registrar a produção de farinha artesanal é beneficial tanto para quem vende quanto para quem compra. Para os produtores, o registro possibilita acesso a novos mercados e assegura que o produto foi produzido dentro das condições higiênico-sanitárias, atendendo aos padrões de identidade e qualidade exigidos. Para os consumidores, isso representa a confiança de adquirir um alimento seguro e
de qualidade, que respeita a tradição e o cuidado da produção artesanal que passou por um processo de inspeção”, ressalta Jamir Macedo, diretor-geral da ADEPARÁ.
Registrada em 2022, em território abrangido pela Indicação Geográfica da Farinha de Mandioca de Bragança, a Casa de Farinha do produtor Generaldo Oliveira, no município de Augusto Corrêa, produz, em média, 60 sacos de farinha por mês, e emprega 22 pessoas da agricultura familiar que atuam em todas as etapas do processo. A regularização do espaço, que funciona no Sítio Três Lagoas, foi uma meta alcançada pelo produtor que agora comercializa farinha para outros municípios paraenses, proporcionando a abertura de novos mercados, a valorização da agricultura familiar e os pequenos produtores da região.
“Ter o registro é um investimento que torna nosso produto diferenciado no mercado. Hoje, estamos produzindo por ano cerca de 36 toneladas de farinha de mandioca, destinada ao mercado da região, mas também da capital paraense, mas acredito que o ideal seria que todas as casas de farinha trabalhassem conforme
as normas da certificação, o que é melhor para os produtores, que não enfrentariam a concorrência desleal dos produtos feitos sem seguir as normas sanitárias e também para quem compra a farinha que adquire um produto seguro e de qualidade”, pontua o produtor.
Em 2023, segundo dados da Produção Agrícola Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará foi considerado o principal produtor de mandioca do Brasil, atingindo a produção de 3,77 milhões de toneladas (20,4% da produção nacional), com o Acará sendo o principal município produtor do Estado, com um volume de 315,96 mil toneladas de mandioca (8,4% da produção estadual).
O gerente de inspeção de produtos de Origem Vegetal da Adepará, Hamilton Silva, celebra o avanço no serviço de inspeção da agência, que conta, de modo geral, com 143 estabelecimentos registrados. “Esses estabelecimentos têm na sua produção vários produtos derivados da farinha da mandioca, farofa, goma, maniva, tucupi, a própria farinha, entre outros. Já catalogamos nessas empresas mais de 190 produtos e o nosso serviço é fundamental para assegurar a qualidade dos produtos que são comercializados”, finaliza.
Segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
O evento ocorreu de 6 a 8 de novembro e reuniu mais de 130 palestrantes de diferentes países, incluindo especialistas, autoridades, indígenas, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos, acadêmicos, empresários, ambientalistas, representantes do governo, parlamentares e diplomatas
Oevento é um dos mais importantes antes da COP30 e irá estruturar uma agenda de sugestões voltada a efetivar uma reação mais qualificada para recuperar o potencial da Amazônia em frear os efeitos das mudanças climáticas, tendo por premissa promover as novas economias e, ao mesmo tempo, proteger a biodiversidade e agir contra as atividades ilegais que destroem o meio ambiente e prejudicam a população e a economia da região. As conclusões dos debates nesta conferência constarão da agenda, a ser encaminhada para a ONU, que organizará a COP30 no Brasil, em 2025, cúpula para discutir as mudanças climáticas.
O governador Helder Barbalho destacou o potencial transformador que o Pará já vive com a realização da Conferência do Clima realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Belém, em 2025. A informação foi refor-
çada na segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, realizada no Hangar, em Belém.
“Como todos sabemos, vamos realizar a COP 30, aqui em Belém, no próximo ano. Esta cidade será a capital mundial do meio ambiente. É claro que, um evento dessa magnitude, será um marco histórico para Belém e para o Pará em termos de profundas transformações, em investimentos, em infraestrutura, em engenharia e em todas as áreas. É Importantíssimo para nós que Belém esteja no mapa das discussões mais relevantes sobre a Amazônia e os desafios ambientais, que é o propósito desse cenário”, destacou Helder Barbalho.
A conferência visa oferecer contribuições à COP 30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas. Para o presidente do IBRAM, Raul Jungmann, a mineração tem papel fundamental no debate nacional e global.
“Nenhuma outra atividade econômica, no Brasil, tem esse compromisso com a Amazônia. Mas manifestar o compromisso com a região é uma pedra fundamental. É preciso ter a voz das suas comunidades, dos seus povos, dos seus líderes, do que vive, o que trabalha, o que sonha. É por isso que nós estamos aqui, mas estamos olhando também para a COP 30. Governador, sobre os seus ombros, o senhor tem o peso da responsabilidade de fazer essa COP acontecer. E que nós possamos a partir de Belém, a capital da floresta, construir um novo amanhã baseado na natureza com valores na humanidade e que possamos encontrar soluções juntos para um novo tempo”, ressaltou Jungmann.
A conferência é um encontro de diversas vozes que busca propor uma agenda de sugestões estruturantes para a Amazônia. Por meio do estabelecimento de importantes diálogos, o evento visa contribuir para o processo de transformação da economia, de construção da agenda ecológica brasileira e de uma nova relação do setor produtivo com o território e suas comunidades.
“Centenas de pessoas que vêm de outras realidades, que possuem uma visão de um mundo muito profundo, complexa e global, vêm até a Amazônia para conhecer e dialogar diretamente com indígenas, quilombolas, povos ancestrais e ribeirinhos, que formam, assim, uma imensa mesa redonda, com acadêmicos,
empresários, ambientalistas, governos e parlamentares”, disse Helder Barbalho sobre a COP das Florestas. Em seu discurso de abertura, Raul Jungmann, um dos idealizadores da conferência, disse que o encontro internacional representa a “boa vontade e a esperança” de diversos representantes da sociedade “que aqui se unem de boa vontade e com a esperança de poderem apresentar propostas efetivas em defesa da floresta em pé, do respeito às comunidades que habitam a Amazônia, com o desenvolvimento das novas economias”. Ele enfatizou que “as soluções apresentadas para proteger e desenvolver a Amazônia são soluções para o Brasil, são soluções para toda a humanidade”, referindo-se ao necessá-
rio enfrentamento das mudanças climáticas e o papel preponderante da região neste esforço global. Como representante da indústria da mineração, Raul Jungmann disse que o setor se declara “radicalmente contra o garimpo ilegal”, que destrói o meio ambiente e vidas humanas, principalmente na Amazônia. Esta conferência amplia o conhecimento do Brasil e do mundo sobre a região e cria um novo olhar sobre a Amazônia”. Hélder Barbalho enfatizou que “a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias não é apenas mais uma. Ela é uma extraordinária oportunidade para que este público aqui reunido em Belém (vindo de várias partes do Brasil e do mundo) possa discutir diretamente com quem mais entende da situação (os habitantes da região), aqui na Amazônia, na Amazônia real (…) quanto mais pessoas conhecerem a Amazônia real, que precisa de soluções reais para seus problemas e para as pessoas – 29 milhões de habitantes – baseadas na sociobioeconomia, mais avançaremos para os consensos que nos levem a soluções práticas e ambientalmente corretas”.
A nova visão de investimentos
O sistema financeiro mundial precisa ser reformado para ser mais inclusivo e oferecer respostas a questões globais, como as mudanças climáticas e a erradicação da pobreza. É o que defendeu o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, ao citar proposta formulada pelo presidente francês Emmanuel Macron. O setor de mineração também deve ter espaço para expandir sua atuação, de modo a elevar a produção dos minerais críticos e estratégicos para a transição energética. São eles que permitem desenvolver tecnologia e equipamentos que favore-
cem a maior oferta de energia limpa. Isaac Sidney disse que a reforma do sistema financeiro é condição para que ele “se torne inclusivo, moderno e eficaz” para atender aos anseios da sociedade e abra caminho para um maior fluxo de investimentos, principalmente, em projetos cercados por boas práticas econômicas, ambientais e de responsabilidade social. Participaram do painel, além de Isaac Sidney, o diretor de Estratégia Econômi-
abrangentes
ca e Relações com Mercados do Banco Safra e ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy; o vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, o fundador da Osklen e Instituto-E, Oskar Metsavaht; e o diretor-presidente da Lundin Mining e vice-presidente do Conselho Diretor do IBRAM, Ediney Maia Drummond. O painel de debates foi mediado pela jornalista Denise Rothenburg, do Correio Braziliense.
Manter floresta em pé exige trabalhar com povos da floresta
Conseguir manter a floresta em pé vai além do anúncio de “projetos de investimento, de fundos, de crédito de carbono, de replantio ou manutenção da floresta”, disse Metsavaht. “Temos que saber trabalhar com os povos da floresta”. O Brasil tem uma grande oportunidade para oferecer produtos ligados à biodiversidade, mas precisa de projetos abrangentes, de Estado em parceria com a iniciativa privada e que os produtos
resultantes sejam adequadamente ofertados ao mundo. Sasseron concordou e disse que o Brasil precisa aprimorar a promoção de seus produtos no exterior. Atividades econômicas relacionadas a produtos com base em recursos naturais podem receber financiamentos, mas se faz necessário a promoção junto aos potenciais mercados compradores, o que pode impulsionar as novas economias em regiões como a Amazônia.
Sobre a expansão da mineração industrial para produzir minerais críticos e estratégicos à transição energética, inclusive na Amazônia, Ediney Drummond, disse que “o mundo tem pressa” para acelerar esta transição. No entanto, a implantação de um projeto mineral leva, em média, algo em torno de 10 a 12 anos. “Temos a responsabilidade enorme de não perdermos o timing da transição. Não podemos esperar mais 10, 12, 15 anos para fazer parte desta transição.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, ainda abordou a preocupação das instituições financeiras do país em endossar práticas voltadas à descarbonização. Segundo ele, 19 bancos, “que representam 40% dos ativos do setor bancário brasileiro, aderiram à iniciativa net zero”, que prevê zerar as emissões até 2050. Além disso, as instituições financeiras exigem que empreendimentos sujeitos a financiamentos comprovem que não coadunam com desmatamento ilegal.
Exposição “Cores do Futuro”
Reuniu 23 ilustrações criadas por alunos da rede estadual de ensino do Pará, ofereceu uma visão vibrante e inovadora
sobre temas como sustentabilidade, mudanças climáticas e a preservação ambiental. As obras, além de serem parte central da exposição, também integram
a identidade visual da conferência, estampando materiais como bolsas e cadernos distribuídos aos participantes. No Hangar Centro de Convenções, em Belém – PA, os visitantes puderam conferir as ilustrações, que fazem parte do componente curricular inédito de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc). Os desenhos foram selecionados no concurso “Cores do Futuro”, realizado em 2023 e 2024, e abordam temas como educação ambiental, projeto de vida, sustentabilidade e clima. Durante a exposição, os visitantes tiveram a oportunidade de ouvir diretamente dos jovens artistas sobre suas inspirações e os processos criativos por trás das obras. Além de ocupar um lugar de destaque na exposição, as ilustrações também foram utilizadas em materiais como bolsas e cadernos, conferindo um caráter autoral e culturalmente rico ao evento.
Especialistas defendem uma gestão ambiental independentemente de questões políticas
A complexa relação entre políticas governamentais e a preservação ambiental esteve na pauta do painel “Os Desafios da Gestão Pública Ambiental no Brasil”, na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias. Moderado por Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e co-presidente do International Resource Panel (IRP) da UNEP, o debate contou com a participação de Eduardo Martins, ex-presidente do IBAMA e membro do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), e José Carlos Carvalho, ex-ministro do Meio Ambiente e sócio-diretor da Consultoria Seiva. José Carlos Carvalho enfatizou a necessidade de uma reavaliação urgente das políticas ambientais no Brasil, destacando que temas cruciais, como a gestão da água e a preservação da biodiversidade, têm sido deixados de lado. Carvalho defendeu que a ação prática é essencial para promover mudanças efetivas, em oposição ao que chamou de “retórica vazia”. “A retórica não promove mudanças; o que promove mudanças é a ação”, afirmou ele, apontando também a fragilidade do Estado na gestão ambiental da Amazônia. Além disso, Carvalho enfatizou que o licenciamento ambiental deve ser encarado como uma ferramenta de preservação, indo além da simples expedição burocrática, e que sua aplicação prática precisa visar a proteção real dos recursos naturais.
Complementando a discussão, Eduardo Martins reforçou a necessidade de uma gestão ambiental mais independente de interesses políticos.
Segundo ele, as escolhas políticas podem prejudicar o bem comum e afetar diretamente as políticas ambientais, o que exige um compromisso maior com as questões ambientais e menos com interesses políticos transitórios.
“COP30 – O que vem por aí?”
Moderados pelo professor e pesquisador da USP, Paulo Eduardo Artaxo Netto, os participantes do painel: o diretor da Vale, Hugo Barreto; o advogado-geral da União, Mauro O’ de Almeida; a pesquisadora nas áreas de Ciências da Terra e Mudança Climática, Thelma Krug; e a presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), Marina Grossi, debateram sobre as expectativas e os desafios para a próxima edição da Conferência do Clima, marcada para ocorrer no Brasil, em novembro de 2025.
Em unanimidade, os painelistas pontuaram a importância da comunicação para que as expectativas locais estejam alinhadas com a realidade, que ainda apresenta muitos desafios. E ressaltaram a necessidade de engajar tanto a comunidade internacional quanto as populações locais, especialmente as comunidades tradicionais que estão na linha de frente das mudanças climáticas.
Transição energética e o papel estratégico do Brasil
Participaram do debate Gilberto Martins, diretor de Assuntos Regulatórios e Tecnologia da Informação na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rafaela Guedes, senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), Fernanda Delgado, CEO da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV), Kalil Cury Filho, diretor titular adjunto do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), e Sandra Favretto, diretora corporativa da Ambipar Response Brasil.
Um dos pontos centrais do debate foi a relevância das reservas de minerais críticos, como lítio e níquel, que são essenciais para a produção de baterias de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia, colocando o Brasil como um potencial fornecedor estratégico para a transição energética mundial. Destacaram o diferencial do Brasil em sua matriz energética renovável, com uma ampla oferta de energia limpa proveniente de fontes como hidrelétricas, eólicas e solares. Para que o país aproveite plenamente esse potencial, a construção de um pacto regulatório sólido e eficaz foi considerada fundamental. A ideia de integrar a transição energética com a neoindustrialização do Brasil foi defendida como uma oportunidade única para impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável e a chance de se tornar um protagonista da transição energética global, não só como fornecedor de combustíveis fósseis, mas também como líder em energias renováveis. No entanto, para alcançar esse status, o país precisará se adaptar e inovar, tanto no âmbito doméstico quanto no cenário internacional, evitando armadilhas que possam restringir seu crescimento sustentável.
John Kerry
Entrevistado por Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e diretor do banco Safra, Joaquim Levy, e por Shari
Friedman, diretora do Eurasia Group, em conferência por streaming de vídeo, defendeu que o mundo precisa acelerar a transição energética para substituir combustíveis fósseis por recursos de energia renovável. Estamos chegando ao ponto que quanto mais rápido melhor empregarmos mais energia renovável.
“A transição energética é para melhorar o mundo, torna-lo mais justo, mais equitativo. Temos que tomar decisões mais focadas contra as mudanças climáticas, temos que acelerar este processo”, afirmou, acrescentando que “é o
momento para se tomar decisões políticas para um futuro melhor.
Se o setor privado não participar deste esforço arcará com custos crescentes. “Se não fizermos agora (a aceleração da transição energética) vai custar mais caro para o setor privado”.
É essencial estabelecer um mercado de carbono robusto e a produção de minerais críticos/estratégicos para viabilizar a mitigação das emissões e a transição energética.
Mineração legalizada como agente de desenvolvimento
A Nobel da Paz, Ellen Sirleaf e primeira mulher a ocupar a presidência de um país africano, Libéria, acha que oB rasil e África podem compartilhar experiências para proteger e desenvolver grandes áreas de florestas, como a região amazônica.
“Tanto na Amazônia quanto na África, a mineração tem o potencial de impulsionar o crescimento econômico, mas deve ser feita com responsabilidade. O setor de mineração deve adotar práticas sustentáveis que minimizem o impacto ambiental e garantam que os benefícios da extração de recursos sejam compartilhados de forma equitativa com as comunidades locais. Isso inclui garantir a transparência nos contratos de mineração, investir em infraestrutura local e priorizar o bem-estar de longo prazo das comunidades afetadas”.
Projeto “Sempre Um Papo”
O público teve a oportunidade de assistir a um rico debate sobre literatura, com a participação dos renomados escritores que compartilharam suas reflexões sobre o papel da cultura e da leitura em tempos de grandes transformações.
“No coração da Amazônia, um território crucial para o nosso futuro”...
“A literatura tem o papel essencial de repensar nossa relação com o planeta e as relações sociais, trazendo à tona possibilidades de uma nova existência humana”.
“Estamos aqui não apenas para proteger a Amazônia, mas para salvar a humanidade”, afirmou ele. “Cuidar dessa floresta e de seus povos é, na verdade, cuidar do planeta como um todo”.
“Esperamos que seja um momento enriquecedor para todos”.
Vencedores do Hackathon
Durante o encerramento da 2ª Edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) premiou os vencedores do Hackathon, com o tema “Como podemos integrar a nova mineração no contexto das novas economias da Amazônia?”. O evento reuniu estudantes, profissionais e líderes de diversas áreas em uma maratona de inovação, focada em criar soluções sustentáveis para integrar a mineração às economias regionais.
A cerimônia de premiação contou com a presença do diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann; do vice-presidente, Fernando Azevedo e Silva; do vice-presidente do Conselho Diretor do IBRAM, Ediney Maia Drummond, também diretor-presidente da Lundin Mining Corporation; e da coordenadora de Inovação do Mining Hub, Elis Santana. Quésia Pavão, integrante da equipe Jaguatirica, vencedora do primeiro lugar, expressou seu agradecimento pela
conquista. “Nosso projeto tem como premissa o turismo de base comunitária. Vamos mapear as comunidades ao redor das mineradoras, identificando aquelas que têm o potencial de oferecer uma experiência única aos turistas. Além disso, queremos integrar as operações mineradoras, agregando valor e diversificando as atividades locais”, afirmou. 1º Lugar: Equipe Jaguatirica: Wendy Amaris, David Porras, Deywe Okabe, Quésia Pavão e Marcelly Sampaio
Como as árvores disputam ativamente espaço e luz
As árvores competem por espaço, luz e recursos, e esses conflitos podem deixar cicatrizes de batalha
Quando você anda por uma floresta, pode parecer um cenário estático onde muito pouco está acontecendo. Mas as árvores estão constantemente interagindo e reagindo umas às outras conforme crescem. Há uma competição intensa por luz e espaço. Cada mudança afeta a composição geral da floresta de alguma forma.
Cientistas florestais como eu passam muito tempo pensando sobre sucessão florestal – um processo previsível no qual espécies de plantas colonizam e dominam um pedaço de terra. A sequência básica é que a terra evolua de um campo aberto para arbustos e arbustos, depois para árvores jovens e, finalmente, para árvores grandes e maduras. Perturbações, como uma grande tempestade ou incêndio florestal, podem interromper ou atrasar a sucessão florestal.
Eu estudo mudanças ecológicas na composição de espécies, arranjo de árvores e desenvolvimento florestal que ocorrem durante a sucessão e após perturbações. Minha equipe de pesquisa analisa
condições em florestas decíduas ou frondosas de espécies mistas. Usando anéis de árvores, reconstruímos como eram as florestas anteriores anos atrás.
Ao aplicar padrões e processos observados, os pesquisadores podem modelar o crescimento e desenvolvimento futuros das florestas. Aqui estão alguns insights sobre o que pode estar acontecendo entre as árvores ao seu redor em uma caminhada na floresta.
As comunidades florestais contêm árvores de diferentes espécies, formas e tamanhos. Cada espécie precisa de quantidades específicas de luz solar e espaço para prosperar e cresce em seu próprio ritmo.
Muitas árvores se distanciam de outras árvores para minimizar a interação com suas vizinhas – um padrão que os pesquisadores chamam de timidez da copa. Se você olhar para cima, poderá notar espaços entre as árvores e galhos próximos aos espaços com galhos quebrados e menos folhas. Em contraste, galhos e folhas que têm amplo espaço e luz solar para crescer serão mais densos e saudáveis.
Florestas frondosas de espécies mistas geralmente suportam mais de 30 espécies lenhosas , o que significa que elas podem evoluir de muitas maneiras diferentes. Entender como as árvores interagem permite que as pessoas que administram florestas, seja o ambiente rural ou urbano, prescrevam práticas que guiarão o crescimento florestal. Quando uma floresta está se estabelecendo, ela pode ter milhares de mudas de árvores por acre. Mas apenas 50 a 100 árvores por acre podem sobreviver e crescer até a maturidade.
Os silvicultores trabalham para entender quais árvores irão superar as outras e quais árvores irão ceder espaço de crescimento.
Uma das zonas mais importantes para entender o crescimento da floresta é o dossel – o teto da floresta, que inclui todas as folhas, galhos e gravetos nas copas das árvores. Uma floresta típica de espécies mistas terá múltiplas camadas de dossel, compostas de espécies com taxas de crescimento variadas. À medida que as árvores morrem, elas abrem mão do espaço de crescimento, que as árvores sobreviventes capturam ao crescer e expandir suas copas.
Lutando
por espaço e luz
As árvores se adaptam dinamicamente ao ambiente e têm estratégias distintas para crescer e competir Assista o YouTube: www.youtu.be/pjMIHXGoTL4
Como as tempestades de vento moldam as florestas
No entanto, a abrasão da coroa pode realmente ajudar algumas espécies. Por exemplo, carvalhos, uma espécie de crescimento mais lento, têm tecidos densos e galhos robustos que podem desgastar e danificar galhos de árvores de crescimento mais rápido, como choupo e goma, que têm madeira mais fraca e menos densa.
Isso permite que os carvalhos surjam acima de seus rivais de crescimento inicialmente mais rápido.
Algumas florestas são monoculturas, dominadas por uma espécie de árvore. Por exemplo, em grandes áreas do oeste dos EUA, florestas foram queimadas ou desmatadas na década de 1800 e depois regeneradas com pinheiro lodgepole, que é nativo das áreas montanhosas do oeste. Todas as árvores cresceram de volta na mesma taxa, diferentemente de florestas mistas, onde algumas espécies crescem mais rapidamente do que outras.
Isso produziu árvores altas e esbeltas que balançam mais durante eventos de vento . Por causa da abrasão ou timidez da copa, os pinheiros têm copas pequenas que não se expandem tanto para os lados como normalmente fariam.
Essas florestas eventualmente se tornam estagnadas. O espaço entre as árvores diminui porque as pequenas copas das árvores não mantêm as árvores vizinhas à “distância do braço”. O crescimento das árvores diminui, e a vitalidade das árvores declina .
O desbaste dessas florestas ou a realização de queimadas prescritas pode aumentar o espaçamento entre as árvores e fornecer mais espaço para o crescimento da copa.
Observando árvores batalhando
Para estudar o movimento dos galhos durante eventos de vento, meus alunos e eu usamos acelerômetros – dispositivos que medem a rapidez com que a
velocidade de um objeto em movimento muda . A maioria dos smartphones modernos contém acelerômetros integrados que ajudam aplicativos como o Google Maps a localizar a posição do telefone. Fixamos os acelerômetros perto das extremidades dos galhos, onde eles medem os movimentos dos galhos em três dimensões. Ao vincular esses dados em tempo real às medições da velocidade do vento, podemos determinar os movimentos dos galhos e a aceleração em resposta a diferentes velocidades do vento. Em um estudo, analisamos como as interações entre diferentes espécies de árvores mudaram o dossel florestal em florestas de madeira de lei de várzea ao longo de rios e córregos no
Observando árvores batalhando
Kirk Hanson, diretor florestal da organização sem fins lucrativos Northwest Natural Resource Group, explica como o desbaste pode tornar as florestas mais saudáveis Assista o YouTube: www.youtu.be/PnDPU_b7KGI
centro do Mississippi. Essas florestas eram compostas principalmente de carvalhos de casca de cerejeira e árvores de liquidâmbar. Ambas as espécies são comuns em povoamentos mistos, mas têm diferentes formas de copa e taxas de crescimento.
Inicialmente, os liquidâmbulos eram mais numerosos e proeminentes em florestas jovens. Mas com o passar do tempo, graças às árvores colidindo umas com as outras, os carvalhos de casca de cerejeira começaram a ficar mais fortes em espaços desocupados por galhos abrasados de liquidâmbulos. Eventualmente, o carvalho superou o liquidâmbulos em declínio e passou a dominar o dossel da floresta.
Gerenciando de cima para baixo
Os ambientes florestais estão em constante mudança e são afetados por muitos fatores, desde invasões de insetos e doenças de plantas até mudanças climáticas e desastres naturais.
A abrasão física da coroa entre espécies não é tão bem compreendida quanto alguns desses outros estresses, mas claramente contribui para o desenvolvimento de florestas decíduas diversas e de espécies mistas. Nossa pesquisa sugere que quando a abrasão da copa reduz o tamanho da copa e o crescimento de espécies de crescimento mais rápido, espécies mais robustas de crescimento mais lento podem emergir e se tornar mais proeminentes. Essa descoberta pode ajudar cientistas e silvicultores a desenvolver e gerenciar florestas saudáveis e produtivas.
Como a NASA detectou o El Niño mudando a salinidade das águas costeiras
A salinidade das águas costeiras como indicador das mudanças globais no ciclo da água. A variabilidade da salinidade da superfície do mar (SSS) é mais de 30 vezes maior na costa do que no oceano aberto. A variabilidade do SSS costeiro é impulsionada principalmente pelo ciclo da água terrestre em escalas interanuais, ao contrário do SSS em oceano aberto. El Niño Oscilação Sul impacta o SSS costeiro através da modulação da precipitação em terra e subsequente escoamento fluvial
Texto *Sally Younger, NASA Fotos Estúdio de Visualização Científica da NASA, NASA/OB.DAAC
Novas descobertas revelaram um domínio costeiro altamente sensível às mudanças no escoamento das águas costeiras de formas que os cientistas ainda estão a descobrir. Nesta imagem de satélite de dezembro de 2023, uma grande pluma rica em sedimentos do rio Mississippi se espalha pela costa do Golfo da e nas chuvas em terra.
Depois de ajudar a alimentar o calor recorde em 2023 e a encharcar grandes áreas dos Estados Unidos neste inverno, o atual El Niño está perdendo força nesta primavera. Os cientistas observaram outra forma pela qual o fenômeno climático pode deixar sua marca no planeta: alterando a química das águas costeiras.
Séries temporais interanuais de setembro de 2011 a fevereiro de 2022 da salinidade global (azul) da superfície do mar em oceano aberto (SSS) e SSS costeira (tons vermelhos) (dentro de 100–500 km da costa). No canto superior esquerdo, são mostradas as séries temporais sazonais do SSS global de oceanos abertos e costeiros. Para fins de visualização, a média temporal foi deduzida de cada série temporal. A variabilidade média global do SSS costeiro é maior em escalas sazonais e interanuais em comparação com a variabilidade do SSS em oceano aberto
em azul escuro, afastando-se da foz do rio nas correntes oceânicas
Série temporal, mostrando o SSS costeiro considerando os diferentes limiares de 100, 200, 300, 400 e 500 km da costa
Uma equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, no sul da Califórnia, usou observações de satélite para rastrear o teor de sal dissolvido, ou salinidade, da superfície global do oceano durante uma década, de 2011 a 2022. Na superfície do mar, os padrões de salinidade podem nos dizer muito sobre como a água doce cai, flui e evapora entre a terra, o oceano e a atmosfera – um processo conhecido como ciclo da água.
A equipe do JPL mostrou que as variações anuais na salinidade perto da costa estão fortemente correlacionadas com o El Niño Oscilação Sul (ENSO), o termo coletivo para El Niño e sua contraparte, La Niña. O ENSO afeta o clima em todo o mundo de maneiras contrastantes. O El Niño, associado a temperaturas oceânicas mais altas do que a média no Pacífico equatorial, pode provocar mais chuva e nevascas do que o normal no sudoeste dos EUA, bem como secas na Indonésia. Esses padrões são um tanto invertidos durante o La Niña.
Durante o evento excepcional El Niño de 2015, por exemplo, os cientistas traçaram um efeito particularmente distinto no ciclo da água global: menos precipitação sobre a terra levou a uma diminuição na descarga dos rios, em média, o que por sua vez levou a níveis de salinidade notavelmente mais elevados em áreas tão distantes. a 125 milhas (200 quilômetros) da costa.
Noutras alturas, verificou-se o oposto: as áreas com precipitação superior ao normal em terra registaram um aumento da descarga dos rios, reduzindo a salinidade perto dessas costas.
“Somos capazes de mostrar a salinidade costeira respondendo ao ENSO em escala global”, disse a autora principal Severine Fournier, física oceânica do JPL.
A equipe descobriu que a salinidade é pelo menos 30 vezes mais variável nestas zonas dinâmicas próximas da costa do que no oceano aberto . A ligação entre chuva, rios e sal é especialmente pronunciada na foz de grandes sistemas fluviais, como o Mississipi e o Amazonas, onde plumas de água doce podem ser mapeadas a partir do espaço à medida que jorram para o oceano.
Regiões de interesse ou pontos críticos que têm uma influência significativa nas séries temporais sazonais e interanuais costeiras médias globalmente
(a) Mapas das amplitudes do ciclo sazonal de salinidade da superfície do mar (SSS) e precipitação terrestre em cada pixel. O contorno vermelho delimita o oceano costeiro do oceano aberto conforme definido neste estudo (200 km da costa) e diferentes regiões de interesse são destacadas. (b) Mapas da estação de SSS mínimo e máximo de precipitação terrestre.
A grande variabilidade sazonal da SSS costeira e da precipitação terrestre está concentrada em poucos hotspots. (c) Mapas do desvio padrão das variabilidades interanuais de SSS e precipitação terrestre em cada pixel.
A maior parte da variabilidade interanual do SSS está localizada nas regiões costeiras, adjacentes a regiões terrestres de alta variabilidade interanual de P
Sal como sinal
Com o aquecimento global , os pesquisadores têm observado mudanças no ciclo da água, incluindo aumentos em eventos extremos de precipitação e escoamento superficial. Na intersecção entre terra e mar, as águas costeiras podem ser onde os impactos são mais detectáveis.
“Dada a sensibilidade à precipitação e ao escoamento, a salinidade costeira poderia servir como uma espécie de indicador, indicando outras mudanças que se desenrolam no ciclo da água ”, disse Fournier.
Ela observou que algumas das águas costeiras do mundo não são bem estudadas, apesar do facto de cerca de 40% da população humana viver num
raio de cerca de 100 quilómetros da costa. Uma das razões é que os medidores fluviais e outros monitores no local podem ser dispendiosos de manter e não podem fornecer cobertura de todo o planeta, especialmente em regiões mais remotas.
É aí que entram os instrumentos de satélite. Lançada em 2011, a missão Aquarius fez algumas das primeiras observações globais baseadas no espaço da salinidade da superfície do mar, utilizando radiómetros extremamente sensíveis para detectar mudanças subtis nas emissões de radiação de microondas do oceano. Aquarius foi uma colaboração entre a NASA e a agência espacial argentina, CONAE (Comisión Nacional de Atividades Espaciais).
Instrumentos no espaço podem rastrear como a salinidade varia de acordo com a região e a estação. Usando dados de satélite da NASA, este mapa mostra como as chuvas das monções e a água doce que flui para a Baía de Bengala a mantêm muito menos salgada do que o Mar da Arábia, a oeste. (Áreas de baixa altitude...
Hoje, duas ferramentas de alta resolução – a missão Soil Moisture and Ocean Salinity (SMOS) da ESA (Agência Espacial Europeia) e a missão Soil Moisture Active Passive (SMAP) da NASA – permitem aos cientistas ampliar até 25 milhas (40 quilômetros) da costa.
Utilizando dados das três missões, os investigadores descobriram que a salinidade superficial nas águas costeiras atingiu uma média global máxima (34,50 unidades práticas de salinidade, ou PSU) em Março e caiu para uma média global mínima (34,34 PSU) por volta de Setembro. (PSU é aproximadamente igual a partes por mil gramas de água.) A descarga dos rios, especialmente da Amazônia, determina esse momento. Em mar aberto, o ciclo é diferente, com a salinidade superficial atingindo um mínimo médio global (34,95 UPA) de fevereiro a abril e um máximo médio global (34,97 UPA) de julho a outubro. O oceano aberto não apresenta tanta variabilidade entre as estações ou anos porque contém um volume significativamente maior de água e é menos sensível à descarga dos rios e ao ENOS. Em vez disso, as mudanças são governadas pela precipitação à escala planetária menos a evaporação global total, além de outros factores como a circulação oceânica em grande escala.
(*) Cartas de Pesquisa Geofísica. Fornecido pela NASA <<
As memórias não estão apenas no cérebro
Um estudo inovador da Universidade de Nova York revela que células do rim e do tecido nervoso podem formar memórias, semelhantes às células cerebrais - neurônios
Além do cérebro: uma nova visão da memória
Embora saibamos há muito tempo que nossos cérebros armazenam memórias, cientistas fizeram uma descoberta notável: outras células em nosso corpo podem aprender e lembrar também. A pesquisa, conduzida na Universidade de Nova York, revela que células de nossos rins e tecido nervoso possuem uma habilidade até então desconhecida de formar memórias.
A pesquisa, publicada na Nature Communications, demonstra que essas células não cerebrais podem aprender com experiências repetidas e reter informações, desafiando nossa compreensão de como a memória funciona em todo o corpo.
“Aprendizado e memória são geralmente associados apenas ao cérebro e às células cerebrais, mas nosso estudo mostra que outras células no corpo também podem aprender e formar memórias”, explica Nikolay V. Kukushkin, principal autor do estudo.
Cramming
A equipe de pesquisa usou uma abordagem inteligente para testar a memória celular. Eles se basearam em um princípio de aprendizado bem conhecido – que estudar o material em intervalos espaçados leva a uma melhor retenção do que enfiar tudo em uma sessão. Em seus experimentos de
laboratório, os cientistas expuseram células renais e de tecido nervoso a padrões de sinais químicos, imitando como as células cerebrais encontram informações. Eles projetaram essas células para produzir uma proteína brilhante que indicaria quando um “gene de memória” fosse ativado.
x Espaçamento: Uma Perspectiva Celular
As computações são geralmente consideradas como ocorrendo nos níveis de circuito e sinápticos da função neuronal nas escalas de tempo de milissegundos a segundos. No entanto, elas são aninhadas dentro de computações celulares mais lentas que ocorrem nos níveis de sinalização celular (segundos a horas) e transcrição genética (horas a dias e além) — coluna da esquerda. Durante a formação da memória de longo prazo, o fator de transcrição CREB integra informações experienciais transitórias de várias cinases de sinalização e modula a transcrição mais sustentada de genes imediatos-precoces dependentes do elemento de resposta de AMPc (CRE), que modificam a função do neurônio por um longo período de tempo. Embora tanto as entradas quanto as saídas desse sistema sejam específicas do neurônio, a conversão de sinais transitórios em transcrição dependente de CRE mais sustentada pode ser estudada em células não neuronais — coluna da direita
A capacidade oculta de aprendizagem do corpo. Os resultados mostraram algo notável: essas células não cerebrais conseguiam distinguir entre pulsos químicos repetidos e exposição contínua. Quando os sinais vinham em intervalos espaçados, as células ativavam seus genes de memória mais fortemente e por períodos mais longos, em comparação a receber o mesmo tratamento de uma só vez.
“Isso reflete o efeito do espaço em massa em ação”, observa Kukushkin, que atua como professor clínico associado na NYU Liberal Studies. “Isso mostra que a capacidade de aprender com a repetição espaçada não é exclusiva das células cerebrais, mas, na verdade, pode ser uma propriedade fundamental de todas as células.” Implicações futuras para a saúde e o tratamento
Esta descoberta abre novas possibilidades para entender e tratar condições relacionadas à memória. Os pesquisadores sugerem que talvez precisemos considerar como diferentes partes do corpo “lembram” suas experiências – desde como o pâncreas lembra padrões de refeições passadas para manter a glicemia até como as células cancerígenas podem lembrar padrões de quimioterapia.
As descobertas podem levar a abordagens inovadoras para melhorar o aprendizado e resolver problemas de memória, além de mudar a maneira como pensamos sobre estratégias de tratamento para diversas condições do corpo.
#vemprovikingsVenha
Questionário de compreensão do leitor A aprendizagem e a memória são geralmente associadas apenas ao cérebro e às células cerebrais, mas nosso estudo mostra que outras células do corpo também podem aprender e formar memórias”, explica Nikolay V. Kukushkin , da Universidade de Nova York , principal autor do estudo
1. Quais tipos de células não cerebrais os pesquisadores estudaram?
Resposta: Células do tecido renal e do tecido nervoso
conhecer nossas unidades:
• Marco Av. Duque de Caxias.
• Umarizal Rua Domingos Marreiros.
• Batista Campos Rua dos Mundurucus.
• Cidade Nova Av. Três Corações.
2. Como os pesquisadores monitoraram a formação da memória das células?
Resposta: Por meio de uma proteína brilhante que indicava quando o gene da memória estava ativo
3. O que é o efeito massa-espaçado?
Resposta: A informação é mais bem retida quando estudada em intervalos espaçados em vez de tudo de uma vez
4. O que aconteceu quando as células receberam sinais químicos espaçados?
Resposta: Elas ativaram o gene da memória mais fortemente e por mais tempo do que com exposição contínua
Principais resultados
O estudo mostrou que células tratadas com múltiplos pulsos espaçados de sinais de aprendizagem tiveram uma resposta mais forte do que aquelas tratadas com um grande pulso. Essa diferença foi semelhante a como sessões de estudo espaçadas funcionam melhor do que estudar intensamente para retenção de longo prazo na aprendizagem humana. Células com tratamentos espaçados exibiram atividade mais alta e duradoura em proteínas-chave da memória, sugerindo que mesmo células não neurais poderiam imitar comportamento semelhante à memória.
Limitações do estudo
Embora intrigante, este estudo usou linhas de células não neurais em ambientes controlados de laboratório.
Esta configuração pode não capturar completamente as complexidades dos processos neurais reais. Além disso, os produtos químicos específicos usados para estimular as células são mais simples do que a gama de sinais em organismos vivos. Finalmente, se essas descobertas se aplicam à memória complexa em humanos ou animais permanece incerto.
Discussão e conclusões
O estudo amplia nossa compreensão da memória ao sugerir que processos semelhantes à memória podem ocorrer em células não neurais. Isso pode inspirar novas maneiras de estudar a memória sem usar células neurais, potencialmente levando a modelos mais eficientes para pesquisa.
“Aprendizado e memória são geralmente associados apenas ao cérebro e às células cerebrais, mas nosso estudo mostra que outras células no corpo também podem aprender e formar memórias”, explica Kukushkin, professor clínico associado da NYU
Células não neurais podem replicar o processo clássico de formação de memória, desafiando a ideia de que a memória é exclusiva do cérebro e abrindo novos caminhos para bioengenharia, aprimoramento cognitivo e sistemas inovadores de IA inspirados em processos
Também sugere a possibilidade de manipular processos celulares semelhantes para tratamentos futuros relacionados a distúrbios cognitivos ou de memória.
Glossário
•Neurotransmissores: Mensageiros químicos que transmitem sinais entre células nervosas
•Gene de memória: Um gene ativado durante a formação de memórias
•Efeito de massa espaçada: O princípio de que a aprendizagem é mais eficaz quando distribuída ao longo do tempo
•Tecido neural: Tecido que constitui o sistema nervoso
Os jogos de treinamento cerebral ainda não foram comprovados, mas pesquisas mostram que tipos de atividades beneficiam o funcionamento cognitivo
Cerca de 2,3 milhões de adultos norte-americanos com mais de 65 anos – mais de 4% – têm um diagnóstico de demência. Mas mesmo sem um diagnóstico, uma certa quantidade de declínio cognitivo é normal conforme a idade avança
Eseja por medo do declínio cognitivo ou por perceber lapsos cognitivos quando estamos estressados, muitos de nós já tivemos momentos em que achamos que precisaríamos de um reforço cognitivo extra.
A boa notícia é que pesquisas mostram que as pessoas podem fazer mudanças ao longo da vida adulta que podem ajudar a prevenir ou retardar o declínio cognitivo e até mesmo reduzir o risco de demência. Isso inclui parar de fumar e controlar adequadamente a pressão arterial.
QI
Além dessas mudanças de estilo de vida, muitas pessoas estão se voltando para jogos de treinamento cerebral, que alegam otimizar a eficiência e a capacidade do seu cérebro em qualquer idade.
Os criadores de aplicativos e jogos de treinamento cerebral alegam que seus produtos podem fazer de tudo, desde evitar o declínio cognitivo até melhorar seu QI.
Mas até agora essas alegações foram recebidas com evidências contraditórias.
Somos neurocientistas cognitivos que focamos na saúde do cérebro ao longo da vida adulta.
Estudamos como o cérebro informa a cognição e as maneiras pelas quais podemos usar imagens cerebrais para entender intervenções cognitivas e de treinamento cerebral. Nosso objetivo é entender como nossos cérebros mudam naturalmente ao longo do tempo, bem como o que podemos fazer sobre isso.
Pesquisas em andamento mostram o que realmente acontece com o cérebro quando ele está envolvido em um novo aprendizado, oferecendo uma janela para como as pessoas podem sustentar a saúde do cérebro e como os jogos de treinamento cerebral podem desempenhar um papel. Acreditamos que esses estudos oferecem algumas estratégias para treinar seu cérebro da maneira certa.
Treinamento
cerebral:
fato vs. Ficção
O treinamento cerebral é um conjunto de tarefas, muitas vezes computadorizadas, baseadas em testes bem conhecidos para medir um tipo de cognição, mas de forma gamificada. A maioria dos jogos de treinamento cerebral foi projetada para ajudar os participantes a dominarem uma ou mais habilidades específicas.
Um exemplo é um jogo que mostra uma combinação de letras e números, onde às vezes você deve identificar rapidamente se a letra é par ou ímpar, enquanto outras vezes você deve mudar para decidir se a letra é uma consoante ou vogal. O jogo pode aumentar em dificuldade ao exigir que você conclua a tarefa dentro de um limite de tempo definido.
Esses jogos são projetados para exigir um alto nível de atenção, alta velocidade de processamento e uma mente flexível para alternar entre as regras, o que é conhecido como funcionamento executivo .
Melhorar a função cerebral é possível, mesmo que muitas das alegações feitas pelos desenvolvedores de jogos de treinamento cerebral não sejam apoiadas por evidências científicas
Mas acontece que as habilidades específicas aprendidas nesses jogos muitas vezes não se traduzem em aplicações mais gerais do mundo real. Se os jogos cerebrais atendem ao seu objetivo final de melhoria cognitiva duradoura em várias áreas ainda é altamente debatido entre psicólogos . Fazer tais alegações requer evidências rigorosas de que jogar um jogo específico melhora o desempenho cognitivo ou cerebral.
De fato, em 2016, a Comissão Federal de Comércio emitiu uma multa de US$ 50 milhões para um dos jogos de treinamento cerebral mais populares da época, o Lumosity, por induzir os consumidores a pensar que poderiam atingir níveis mais altos de desempenho mental no trabalho ou na escola e prevenir ou retardar o declínio cognitivo usando seu produto. Se melhorar um jogo de raciocínio ajuda o jogador a melhorar apenas naquele jogo ou em jogos muito semelhantes, talvez os desenvolvedores de jogos precisem de uma abordagem diferente.
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Mauriti, 1631 - Pedreira, entre Visconde e Marques CEP: 66087-680
(91) 99306-0647
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Coloque algum desafio nisso
Em um estudo chamado Synapse Project , no qual um de nós, Ian McDonough, ajudou a avaliar os resultados finais, um grupo de participantes foi encarregado de se envolver em uma nova atividade com a qual eles tinham pouca experiência. Eles foram designados para fotografia digital ou quilting. Embora essas atividades não fossem jogos, elas foram feitas para serem envolventes, desafiadoras e feitas em um ambiente social. Outro grupo recebeu atividades que envolviam pouca aprendizagem ativa, como se envolver em atividades temáticas relacionadas a viagens ou culinária, ou atividades mais solitárias, como resolver palavras cruzadas, ouvir música ou assistir a filmes clássicos. Esses grupos se reuniram por 15 horas por semana ao longo de 14 semanas. Todos os participantes foram testados no início e no final do estudo em várias habilidades cognitivas.
Aqueles designados para as novas atividades desafiadoras mostraram ganhos significativos em sua memória, velocidade de processamento e habilidades de raciocínio em relação aos designados para as atividades menos desafiadoras. Nenhum dos participantes foi treinado diretamente nesses testes cognitivos, o que significa que as atividades desafiadoras aprimoraram habilidades que foram transferidas para novas situações, como lembrar de uma lista de palavras ou resolver problemas abstratos.
As varreduras cerebrais dos participantes mostraram que, ao longo do estudo, aqueles envolvidos em atividades mais desafiadoras aumentaram sua eficiência neural . Em outras palavras, seus cérebros não tiveram que trabalhar tanto para resolver problemas ou lembrar informações.O estudo também mostrou que quanto mais tempo os participantes gastavam em seus projetos, maiores eram seus ganhos cerebrais e melhor era sua memória ao final das 14 semanas.
Uma diferença entre os tipos de atividades envolvidas no Synapse Project e no treinamento cerebral tradicional é se as atividades são feitas em grupo ou sozinho. Embora outros estudos tenham encontrado um benefício para a interação social, o Synapse Project não encontrou nenhuma diferença entre as atividades sociais e solitárias no grupo de baixo desafio. Então, o desafio, em vez dos componentes sociais, parece ser o impulsionador da manutenção da saúde cognitiva e cerebral.
O que você pode fazer para manter um cérebro saudável
Você pode estar pensando que é hora de começar a fazer fotografia digital ou quilting. Mas, no final, não se trata dessas tarefas específicas.
O que mais importa é que você se desafie, o que geralmente acontece naturalmente quando se faz algo novo.
O novo aprendizado que frequentemente é acompanhado por uma sensação de esforço – e às vezes frustração – requer o acesso aos recursos no lobo frontal , que gerencia o pensamento e o julgamento, e o lobo parietal , que processa a atenção e combina diferentes entradas sensoriais. Essas regiões conversam constantemente entre si para manter a mente adaptável em todos os tipos de situações e evitar que o cérebro entre no “modo hábito”.
Onde isso nos deixa? Bem, por um lado, jogos promovidos como “treinando seu cérebro” podem não ser a melhor solução em comparação com outras rotas para melhorar a cognição.
Ironicamente, você pode já estar treinando seu cérebro jogando jogos que exigem esforço e que não são comercializados como “treinamento cerebral”.
Por exemplo, jogos como Tetris ou jogos de estratégia em tempo real como Rise of Nations mostraram melhorias na cognição dos jogadores. Pesquisas até mostraram que jogar Super Mario 64 pode resultar em aumentos no volume cerebral em regiões como o hipocampo , o centro de memória do cérebro.
Embora poucas evidências sugiram que qualquer jogo ou programa de treinamento cerebral melhore globalmente a cog-
nição, alguns podem melhorar aspectos específicos dela. Assim como em outras atividades, o desafio é a chave. Se você é uma pessoa de palavras, tente um jogo baseado em números. Se você ama matemática, considere um jogo de palavras ou quebra-cabeça. Escolher uma tarefa que faça você se sentir desconfortável lhe dá a melhor chance de manter e até mesmo melhorar sua cognição. Quando você começar a sentir uma sensação de facilidade
e familiaridade, isso é um sinal de que é hora de mudar de tarefa, mudar o jogo ou pelo menos adicionar algum desafio avançando para um novo nível de dificuldade que parece estar além do seu alcance.
(*) Professor Associado de Psicologia, Universidade Binghamton, Universidade Estadual de Nova York (**) Professor Assistente de Psicologia, Universidade Binghamton, Universidade Estadual de Nova York (***) Em The Conversatio
Rinite gustativa – O nariz que “escorre” na hora da refeição
Mais comum em idosos, esse tipo de reação está vinculado a alterações no sistema nervoso durante a alimentação; médico explica as razões e como tratar do problema com pequenas mudanças de hábito
Imagine que você está em uma refeição agradável, quando, de repente, começa a sentir o nariz escorrendo de forma intensa, obrigando-o a interromper a comida para assoar o nariz. Esse incômodo pode ser um sinal de rinite gustativa, uma condição que faz com que o corpo reaja com coriza excessiva ao comer alimentos muito quentes ou muito frios. Embora pareça algo simples, esse problema pode afetar a qualidade de vida de quem sofre com ele, causando constrangimento e limitações, especialmente durante refeições em público ou com a família.
A rinite gustativa é um tipo de rinite que ocorre durante a alimentação e não tem relação com alergias, mas sim com a temperatura dos alimentos. “É uma resposta exagerada do corpo a estímulos térmicos, como comida muito quente ou muito fria”, explica o Dr. Gilberto Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista. A condição é mais comum em idosos e ocorre devido a uma desregulação no sistema nervoso, que controla as funções corporais, como a produção de secreção nasal. Sintomas
O principal sintoma da rinite gustativa é a coriza (secreção nasal) que surge durante a alimentação. “A pessoa começa a sentir o nariz escorrendo, o que pode interromper a refeição e causar constrangimento, principalmente em público”, explica o Dr. Gilberto.
Em casos mais raros, podem ocorrer espirros ou obstrução nasal, mas o sintoma predominante é a coriza. Fora da alimentação, o nariz geralmente se comporta de maneira normal, o que a diferencia da rinite alérgica, cujos sinais são contínuos.
“Gatilhos”
Embora não haja um alimento específico que cause a rinite gustativa, fatores como a temperatura e alimentos picantes ou ácidos podem agravar os sintomas.
“Alimentos muito quentes ou frios são os maiores vilões, assim como pimentas, limão e frutas ácidas, que estimulam mais o sistema nervoso e podem intensificar a coriza”, alerta o especialista.
Além disso, o estresse pode piorar os sintomas, já que ele afeta o equilíbrio entre o sistema nervoso simpático e parassimpático. “Situações sociais, como refeições em grupo, podem aumentar a intensidade da coriza, gerando desconforto adicional”, acrescenta o médico.
Tratamento
Embora não exista uma cura definitiva para a rinite gustativa, ela pode ser controlada com algumas mudanças simples no estilo de vida e, em casos mais graves, com medicação. Dr. Gilberto recomenda evitar alimentos com temperaturas extremas, bem como substâncias que possam irritar o nariz, como pimentas e frutas cítricas. Abaixo seguem as principais dicas que o especialista recomenda para controlar a rinite gustativa:
- Evite alimentos muito quentes ou muito frios. Alimentos em temperatura extrema são os principais responsáveis pela coriza.
- Limite o consumo de alimentos picantes e ácidos. Pimentas, limão, abacaxi e laranja podem agravar os sintomas.
- Prefira refeições em ambientes tranquilos. O estresse pode intensificar os sintomas, então procure comer em momentos de relaxamento.
- Considere o uso de medicamentos. Em casos mais intensos, um médico pode prescrever medicamentos para ajudar a controlar os sintomas.