2 minute read
ALBA VASCONCELOS
@albavasconcelos_
Foi na tenra infância que a pequena Alba se apaixonou, definitivamente, pela arte. Ela recorda da época em que admirava sua mãe, pintora por hobbie. Aos 9 anos já fazia bonecas de papel para vender às amigas. Conscientemente, Alba se inspira no belo desde as primeiras experimentações, e são as suas inúmeras possibilidades que retrata desde então, sobretudo nas fotografias e nas pinturas com temas étnicos e séries destacando as flores. A cada clique ela se supera devido à delicadeza com que capta a essência do que soa lindo aos olhos da sua alma, sejam sombras, rostos, nuance de um corpo, suavidade de uma pétala ou uma tonalidade especial das flores. Ao longo do tempo apurou gosto, técnica e olhar, e nos últimos anos atua especialmente na fotografia artística e em artes visuais. Já teve trabalhos publicados no Brasil e no exterior com destaque para o primeiro lugar na 1ª Bienal da Fotografia no Museu de Arte Moderna (MAM), em 1988, e nas mostras individuais realizadas no Centro Cultural Dannemann, em São Félix, no Palacete Rodin e no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), ambos em Salvador. Suas obras integram a série permanente do Museu Pierre Verger.
ALMANDRADE @almandrade_
Suas poesias construtivistas encontram a intensidade plástica das palavras. Expoente da poesia visual e do neoconcretismo brasileiro, Almandrade é múltiplo: artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano e professor do Museu de Arte Moderna da Bahia e Palacete das Artes. A década de 1970 foi um divisor de águas profissional. “No colégio eu descobri a poesia concreta e na faculdade a arte conceitual. Embora ainda sem um projeto claro na arte, em 1972 participei do meu primeiro salão estudantil”, lembra. Suas inquietações fizeram da arte o seu melhor vício, por isso está sempre transgredindo, rompendo a linguagem padrão. “A arte entra e te aprisiona num universo paralelo, então você se relaciona diferente com o mundo, tentando afirmar o devir”, comenta. Referência nacional, acumula participações em quatro bienais internacionais e em inúmeras atividades com reconhecimento na imprensa nacional e internacional, várias mostras coletivas, multimeios e projetos de instalações, inúmeras exposições individuais, feiras de arte e trabalho nos principais museus do mundo, além dos livros O sacrifício dos sentidos, Poemas, Suor noturno e Arquitetura de algodão.
“A arquitetura precisa de um plus poético como nesse projeto. No começo da modernidade tinha um casamento perfeito entre o Brasil e os artistas. Olhem o projeto do Ministério da Educação coordenado por Le Corbusier com participação de artistas como Portinari, depois Brasília de Niemeyer e Lúcio Costa, que contou com Athos Bulcão, entre outros nomes. É bom perceber esse resgate aqui, buscando criar mais presença artística na cidade com a colaboração do artista decidindo e ampliando o acesso às obras.”
Capa André Guimarães |
Bel Borba @belborbaoficial
Escultor, pintor, desenhista, muralista e tradicional intervencionista urbano. A irreverência é uma das principais marcas de Bel Borba assim como a sua capacidade de dialogar com a cidade através das suas obras. Por transitar com muita desenvoltura em diversos materiais e técnicas de expressões visuais, tem sido grande destaque na imprensa nacional e internacional há anos. O talentoso filho da Bahia já estampou os 25 telões digitais na Times Square, em Nova York, e assina o Paseo de Recoletos, em Madri, escultura permanente de uma tonelada de bronze em homenagem aos refugiados, entre outros incontáveis feitos. “A minha arte é a trajetória determinada pela circulação e ocupação das minhas obras dentro da cidade”. Uma produção permanente e coesa evidencia a maturidade do artista. “São mais de 50 anos às voltas com criações e uma vida inteira de aprendizado e experimentações. Produzo com ou sem demanda uma média de 14 telas por ano sem deixar de reservar tempo para me dedicar aos murais, esculturas e outras intervenções. E em meu livro, Bel Borba 50 anos de arte, consigo que o leitor se familiarize com o meu processo e trajetória, esclarecendo a conexão entre as coisas que produzo”, completa.