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VETOR DE CRESCIMENTO
O PORTO SUL, TERMINAL MARÍTIMO DO NOVO CORREDOR LOGÍSTICO DE INTEGRAÇÃO OESTE-LESTE, CONTRIBUIRÁ PARA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO SUL DO ESTADO E DE TODA A BAHIA
Por Auriana Bacelar l Fotos Divulgação
Uma das maiores obras de infraestrutura em andamento no Brasil está em solo baiano, na terra da Gabriela. O novo Corredor Logístico de Integração Oeste-Leste e de Exportação tem como ponto final o Porto Sul, que será finalizado até 2026, na região Norte de Ilhéus. O terminal de águas profundas poderá receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas e está projetado para movimentar até 42 milhões de toneladas anuais.
L Der Global
A responsável pelo empreendimento é a Bahia Mineração S.A. (Bamin), que pertence ao Eurasian Resources Group (ERG), um grupo líder na indústria global de metais e mineração, cujo portfólio de ativos de produção e projetos de desenvolvimento está presente em 15 países. Com um histórico de mais de 25 anos de sucesso, o ERG desenvolve operações integradas que abrangem toda a cadeia de valor desde a extração e produção até o processamento, energia, logística e marketing.
Os investimentos da Bahia Mineração S.A. (Bamin) incluem, além do Porto Sul, a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, e o Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que ligará Caetité a Ilhéus. A Mina Pedra de Ferro opera, atualmente, com capacidade de produção de até dois milhões de toneladas por ano e tem como meta um total de 18 milhões de toneladas por ano, o que tornará a Bahia o terceiro maior estado produtor de minério de ferro do Brasil. “Com a Fiol e o Porto Sul vamos criar um novo corredor logístico de integração que vai ligar as pontas das cadeias do agronegócio e da mineração e produção à exportação”, afirma Benedikt Sobotka, CEO da ERG.
Nova dimensão para a Bahia
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas por ano com a Bahia Mineração S.A. (Bamin) utilizando apenas 40% desse potencial. Sessenta por cento da capacidade estarão disponíveis para outras mineradoras, agronegócio e todos os demais setores que precisarem escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos agrícolas.
“Quando estiverem concluídos, tanto a Fiol quanto o Porto Sul, certamente, contribuirão para o crescimento e desenvolvimento sustentável de toda a região. O Estado da Bahia ocupará uma nova e importante dimensão na economia nacional, gerando riquezas, distribuição de renda e elevando a qualidade de vida da população”, afirma Eduardo Ledsham, CEO da Bamin. Grande marca, hein?
Cargas regionais
O novo corredor logístico gera expectativas de desenvolvimento seja no âmbito federal – pelo que a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) representa em termos de fortalecimento do modal ferroviário e ganhos para o comércio exterior brasileiro – seja no âmbito local e nos municípios que estão ao longo do traçado da nova ferrovia.
A Fiol ligará os municípios de Ilhéus, Uruçuca, Aiquara, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Contendas do Sincorá, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité. Ao longo da rota, a via férrea cria oportunidades para os produtores regionais, potencializando as cadeias produtivas existentes. Por onde passar, ela será um corredor de oportunidades para novos negócios. Segundo o Ministério da Infraestrutura, a Fiol irá gerar 55 mil empregos diretos e indiretos, além de geração de renda. De acordo com o presidente da Associação dos Municípios da Região Cacaueira da Bahia (Amurc), Vinícius Ibrann, o Porto Sul será, sem dúvida, um divisor de águas para a economia regional. “Após várias crises, incluindo a da cacauicultura, o Sul da Bahia vem se reerguendo economicamente com base no comércio e serviços. A Fiol e o Porto Sul serão um marco para o desenvolvimento regional, fortalecendo e ampliando as cadeias produtivas, além de ligar e atender, diretamente, 19 municípios.”