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ENSAIO

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Volver Um sorriso que emplaca teoria e prática odontológica

No Exército, a odontóloga Anelise Montagner aplica conhecimentos em dentística obtidos na pós-graduação da UFSM

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Quem diz que dentista não é doutor está correto. No entanto, sempre há exceções. Graduada em Odontologia, mestre em Ciências Odontológicas e pós-doutora pela UFSM, Anelise Fernandes Montagner, além de atuar em um consultório particular, é 2ª Tenente Oficial Temporária do Exército. Atualmente, trabalha no Hospital de Guarnição de Santa Maria (HGu), e se diz apaixonada tanto pela profissão de dentista quanto pela docência.

Doutora pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Anelise conta que no HGu realiza atendimento clínico para os usuários do Plano de Saúde do Exército – Fundo de Saúde do Exército (Fusex). “Lá, cada profissional trabalha na sua especialidade. Eu coloco em prática exatamente a área que estudei, que é a dentística conservadora e restauradora”, explica a tenente. A dentística é a especialidade que abrange limpeza, clareamento dental, procedimentos e restaurações estéticas.

Durante o mestrado, concluído em 2010, a egressa desenvolveu um estudo laboratorial que avaliou o efeito e a longevidade de diferentes tratamentos da estrutura dental na resistência da união de sistemas adesivos, ou seja, materiais que ligam o dente e a restauração feita com resina composta. A dentista lembra que, à época, o mestrado era um programa recente, e a sua turma foi a segunda formada nele. Inicialmente sem bolsa, ela explica que não se abalava, porque se identificava com a linha de pesquisa, inclusive área em que atua hoje em dia.

As restaurações adesivas são feitas de resina composta, isto é, um tipo de produto da cor do dente. Esse procedimento é um dos mais realizados atualmente na prática clínica diária do cirurgião-dentista. Além de permitir maior preservação de estrutura dental, apresenta estética e propriedades mecânicas

adequadas, assim como longevidade satisfatória.

Em 2015, Anelise retornou à UFSM para pós-doutoramento. Durante dois anos, desenvolveu o trabalho clínico que avaliou a taxa anual de falha das restaurações dentárias feitas pelos estudantes da graduação em Odontologia da UFSM. Recém publicada pela National Center for Biotechnology Information (CNBI), um dos canais da United States National Library of Medicine, ramo dos National Institutes of Health, a sua pesquisa avaliou a taxa de falha anual, razões para falha de restaurações e fatores que influenciam a sobrevida de restaurações de resina composta.

Odonto na sala de aula

Para Anelise, a vida acadêmica vai além da formação profissional, pois também a constitui como ser humano e cidadã. “É um ciclo que não se distingue”, declara. Diante do percurso acadêmico, ela fala da sua intenção de, futuramente, voltar a se dedicar à docência. Já atuou como professora substituta do curso de Odontologia da Faculdade Cenecista de Santo Ângelo e na UFSM, na condição de professora convidada do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas. “A docência foi muito importante na minha carreira. Eu amo a docência. É o que ainda sonho fazer. Fiz toda minha formação em instituições públicas e quero um dia poder devolver para o poder público, na forma de educação, todo investimento feito na minha vida”, finaliza a dentista.

a Reportagem: Antônio Inácio dos Santos de Paula Diagramação e ilustração: Lidiane Castagna

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