Revista Atma 1ª Edicão

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MODA

DE ALMA LAVADA! DR. RICHARD MACIEL

DIREITOS DO PACIENTE COM CÂNCER

DECORAÇÃO

MESAS DE FESTAS DE FIM DE ANO

12 MULHERES VENCEDORAS DR. DÉLCIO SCANDIUZZI

HOSPITAL DR. HÉLIO ANGOTTI ATENDE MAIS DE 140 MUNICÍPIOS

SUPERAÇÃO




ATMA SUMÁRIO

CAPA PRODUÇÃO DE MODA GERALDO DJALMA MODELO ARAHILDA GOMES ALVES CABELO E MAKE UP FRANK PRADO FOTOGRAFIA FRANCIS PRADO TRATAMENTO DE IMAGEM MÁRCIA FONSECA

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ATMA SUPERAÇÃO - CONHEÇA 12 MULHERES QUE FIZERAM DA DOENÇA UM TRAMPOLIM

05 PALAVRA DO EDITOR

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FAMOSOS E SUAS HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃO

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06 DR. RAFAEL SCANDIUZZI - PREVENÇÃO

E INFORMAÇÃO FATORES QUE REDUZEM O RISCO DE CÂNCER

CLÓVIS ANTÔNIO GARCIA BORGES - EXERCÍCIOS REFLETEM NAS FUNÇÕES VITAIS DO ORGANISMO

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63 NOVA DIRETORIA DA IEATM

DR. RICHARD MACIEL - DIREITOS GARANTIDOS POR LEI DO PACIENTE COM CÂNCER

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VOLUNTARIADO - DOUTORES DA ALEGRIA INSPIRAM PALHAMÉDICOS

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DANIELA PRATA TEIXEIRA - NUTRICIONISTA GARANTE QUE

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PREVINE CÂNCER

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GERALDO DJALMA - EDITORIAL DE MODA DE ALMA LAVADA!

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DRA. GIOVANNA PRATA - ALEGRIA É O MELHOR REMÉDIO

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MONA LISA BEVILACGUA - MUITO ALÉM DA VAIDADE UM BENEFÍCIO EMOCIONAL

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ZULEIKA ACEDO LYRIO - VENCER APOIA DOENTES COM CANCÊR E SUAS FAMÍLIAS

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FAMÍLIA MA SHOU TAO: EXEMPLO DE FÉ E RESPONSABILIDADE SOCIAL

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SUSTENTABILIDADE - ADVOGADA ÉRIKA CUNHA

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28 HAIR STYLE - LENÇOS E TURBANTES 30 DRA. ANGELA KEFALÁS - AUTOESTIMA

RESTAURADA E FÉ TEM PODER PARA ENFRENTAR O CÂNCER

32 DR. MARCO TÚLIO RODRIGUES DA

CUNHA - RECONSTRUÇÃO DE MAMA PÓSMASTECTOMIA

34 EDITORIAL DE NATAL 37 BEM-VINDOS À EXPOCIGRA 2015 04

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RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL - ALCIDES REALIZA SONHO E REVERTE RENDA PARA HOSPITAL DO CÂNCER GEISE DEGRAF - MULTIDÃO DE VOLUNTÁRIOS AJUDA HOSPITAL DO CÂNCER A SALVAR VIDAS

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DR. DÉLCIO SCANDIUZZI HOSPITAL DR HÉLIO ANGOTTI ATENDE MAIS DE 140 MUNICÍPIOS


Livre

ATMA PALAVRA DO EDITOR

Alma

Somos integrantes de um cenário atualmente de múltiplos conceitos. A cada dia são apresentados novos ideais, vivemos uma rotina cheia de eventualidades, um paradoxo, em que você é obrigado a eleger seus privilégios. Entretanto são tamanhas e rápidas as informações que as ideologias vitais são deixadas de lado ou esquecidas. Diante este posicionamento dispõe-se a reflexão de Atma – sopro vital, alma, absoluto, verdadeiro eu; a essência imortal do homem. Idealizamos um novo conceito em informação, de foco principal a consciência solidária. Estreamos com exemplo de superação e luta contra o câncer de doze mulheres. Elas posam para um calendário idealizado pela Atma, que será vendido com renda total destinada ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Profissionais que atuam nesta área articulam as várias nuances do câncer e como enfrentá-lo mantendo o equilíbrio de suas emoções. Estruturam com esta matéria principal outros temas abordados de forma leve e objetiva como arquitetura, moda, direitos, beleza entre outros mais que salientam projetos de empresários que alinham seus negócios com responsabilidade social. A Atma chega até você para despertar o lado positivo da vida!

JAC POTENZA, ALÊ RÔSO E ELISA ARAÚJO

ATMA EXPEDIENTE DIRETORIA-RESPONSÁVEL ALÊ RÔSO, ELISA ARAÚJO E JACQUELINE POTENZA PROJETO GRÁFICO AGÊNCIA TÁVOLA COMUNICAÇÃO E MARKETING FOTOGRAFIA FRANCIS PRADO, BABI MAGELA JORNALISTA RESPONSÁVEL ROSE DUTRA - MG 06415 JP rose.dutra2009@gmail.com COLABORADORES ATELIÊ FRANK PRADO, EMPÓRIO ABREU, PATRÍCIA BOSCOLO, LETÍCIA FACHINELLI PAULO OTÁVIO, ANDRÉ BIAGGE (ATIVA ESTÉTICA) REVISTA ATMA É UMA PUBLICAÇÃO SEMESTRAL revista.atma@gmail.com

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ATMA CÂNCER

Prevenção e informação elevam taxa de cura do câncer, alerta oncologista Foto: Rose Dutra

Manter hábitos saudáveis pode afastar o risco de desenvolver um câncer. Os exames preventivos são para a detecção da doença em fase inicial, em que há maior taxa de curabilidade. A avaliação é do médico oncologista Rafael Scandiuzzi, coordenador do setor de Oncologia do Hospital Dr. Hélio Angotti, em entrevista à Atma. Não há comprovação de que o estado de humor possa favorecer ou não o surgimento do câncer, mas quem é alegre tem mais disposição para rir, conversar, caminhar, o que melhora a saúde em geral. Scandiuzzi garante que o câncer não ocorre de repente, ele é resultado de várias alterações na célula ao longo dos anos e para combater os fatores de risco devemos evitar o tabagismo, a obesidade, o Dr. Rafael Scandiuzzi: “O que nós priorizamos durante o tratamento sedentarismo. O médico revela oncológico é a vida e quão bem a pessoa vive” que o cenário do câncer vivencia maior taxa de cura, porque em com que ela se comporte diferenAtma - É verdade que a todas as suas áreas há mais in- te. Geralmente, as pessoas que formação do câncer pode ser formação e mais conhecimento. têm câncer hereditário já nas- induzida por fatores não apecem com algumas alterações, nas genéticos, como também Atma - O que é o câncer? não quer dizer que elas sejam por hábitos alimentares ou de Como surge a doença? suficientes para formar um cân- postura diante da vida? Rafael Scandiuzzi - O cer, mas essas pessoas são mais Rafael Scandiuzzi - O câncâncer é um tumor maligno, que suscetíveis e ao longo da vida e cer é resultado do meio. Desde tem a capacidade de crescer lo- elas precisam de uma quantida- que nascemos estamos expostos calmente, de se infiltrar e de se de menor de alterações para que a agressões, no ar tem uma série disseminar para outros órgãos aquela célula se transforme em de substâncias que nos agridem, dando o conceito de metástase. um câncer. Por isso, essas pes- na água que a gente toma, no O câncer não surge de repen- soas devem sempre se preocu- alimento que a gente come. Sote. Ele é resultado de várias al- par em evitar os fatores de risco. mos constantemente agredidos terações na célula ao longo dos pelo meio ambiente. E são essas anos. Geneticamente, essa céluagressões ao longo da vida que la vai adquirindo mutações, que vão estimulando as células para Na detecção são alterações no seu DNA, nas que elas adquiram essas transinformações que fazem com que formações. Sem dúvida, existem precoce estão as ela se comporte. Essas transforfatores cancerígenos e quando a mais altas taxas de mações vão se somando até que pessoa é exposta a eles aumenas mudanças em conjunto façam ta o risco de ela desenvolver um curabilidade 06

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ATMA CÂNCER

Foto Divulgação

Atma - O bom humor pode contribuir para um tratamento com mais qualidade de vida? Rafael Scandiuzzi - Hoje não há nenhum estudo que comprove que a pessoa com depressão tem mais risco de câncer ou que a pessoa extremamente alegre e feliz tem menos risco. Isso não existe. Porém, uma pessoa depressiva geralmente fica mais parada, é mais sedentária e com hábitos alimentares não tão adequados. A própria forma psíquica com que ela se comporta gera uma série de outras situações do ponto de vista alimentar, do ponto de vista da atividade física, de hábitos que acabam sendo importantes na formação ou não do câncer. Não se pode falar que uma pessoa depressiva tem mais risco, mas o comportamento, o estilo de vida que um depressivo tem é diferente daquele que é alegre. A pessoa de bom humor tem mais ânimo para ir a um clube, fazer caminhada, conversar e outros hábitos de vida saudável. Os hábitos saudáveis estão relacionados à saúde completa do corpo, independente de câncer.

mos alimentares. Alimentação equilibrada, manutenção de peso sem grandes dietas para O câncer não engordar ou emagrecer. Tudo surge de repente. isso também é muito bom também para o bem-estar psíquiEle é resultado de co e social. Esta recomendação várias alterações não funciona se for colocada na célula ao longo em prática por três meses, por um ano, só vai ser eficaz se for dos anos colocada em prática ao longo de toda a vida, de forma regular. É preciso achar um hábito Atma - O que é preciso que você consiga englobar toevitar e o que é preciso fazer das essas orientações de uma forma prazerosa durante o seu para prevenir o câncer? Rafael Scandiuzzi - Em dia para que consiga repetir primeiro lugar a prevenção se isso ao longo das suas próximas submetendo a uma investigação décadas de vida. através de exames como PapaniAtma - A mulher com alcolau, mamografia e outros exames ginecológicos rotineiros; os gum tipo de câncer, pode enhomens devem fazer o exame de gravidar? Rafael Scandiuzzi - A grápróstata e PSA. Assim é possível a vida que descobre um câncer procura do câncer na população saudável, para tentar descobrir tem um desafio terapêutico muito a doença em estágio inicial. Na grande, porque vários dos tradetecção precoce estão as mais tamentos têm uma interferência altas taxas de curabilidade. As com o feto em desenvolvimento pessoas podem diminuir o ris- e pode trazer complicações. Há co de vir a ter câncer mudando exames e tratamentos que poseus hábitos. Elas devem evitar: dem ser feitos, outros não. Tudo tabagismo, etilismo, obesidade, exposição ao sol, sedentarismo, enfim. É preciso reduzir os fatores de risco. Hábito de vida saudável não é frequentar academia todo dia, nem ter extre-

câncer. Por outro lado, existem as alterações que são não passíveis de você ficar livre, como o envelhecimento e a história familiar. O envelhecimento é uma agressão à célula e não há como evitar. O sexo masculino tem mais propensão a alguns tipos de câncer, o sexo feminino tem propensão a outros. Porém, existem algumas substâncias carcinógenas que aumentam o risco de câncer, por exemplo, o cigarro, que é hoje sabidamente a maior causa evitável de câncer. O índice de vários tipos de câncer aumenta por conta do hábito de fumar. Enquanto existem fatores que aumentam a chance de a pessoa ter câncer, a atividade física é um fator protetor para vários tipos da doença.

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Atma - É de fato possível um médico prever quanto tempo uma pessoa com câncer vai viver? Rafael Scandiuzzi - Existe uma série de fatores. Há câncer inicial extremamente agressivo e que a pessoa não vai ficar curada e o oposto também, que não é inicial e tem possibilidade de cura. Não depende só do estágio em que ele se encontra. Um câncer de mama é diferente de uma mulher para outra. Cada caso é um caso do ponto de vista terapêutico, do ponto de vista de prognóstico. O que nós priorizamos é a vida e quão bem a

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só tem como ser feliz quem está vivo

pensando tanto na saúde materna como fetal. É desafiador tratar uma mulher grávida com câncer. A que já está curada da doença, esta, sim, dependendo do tipo de tratamento, se não afetou os seus órgãos reprodutores, pode pensar em engravidar. São casos esporádicos e é preciso fazer uma série de exames e todo um aconselhamento. Caso a caso. Esse desejo tem de ser conversado com o oncologista, o obstetra, o ginecologista; é preciso ver uma série de fatores, qual o risco de o câncer voltar, qual é o nível de fertilidade da pessoa para que possa fazer a orientação. Para quem no momento está com câncer a gravidez é contraindicada. Quem está fazendo tratamento de câncer de mama, de pulmão, ou outro tipo, deve aguardar o desfecho de seu tratamento.

pessoa vive. Uma vez que a pessoa tem o diagnóstico de câncer Vamos discutir o prognóstico e o tratamento caso a caso. Os objetivos vão desde a cura até o bom controle dos sintomas tentando alcançar a melhor qualidade de vida possível. O que queremos é que enquanto ela estiver viva, que viva bem. O Moço lá de cima faz parte do nosso tratamento, porque quanto tempo cada um de nós vai viver cabe a Ele e não a nós. Atma – Há casos em que o paciente com câncer vive mais do que ele próprio poderia supor? Rafael Scandiuzzi – Temos uma série de histórias de pacientes que tinham prognósticos bastante reservados e que vários membros saudáveis de suas famílias faleceram antes deles. Uma das orientações que eu faço para os pacientes que estão frente a um prognóstico desfavorável, em que se sabe que não existe uma expectativa de cura, é não se preocupar com a morte, mas em viver bem, porque nós só podemos tratar de quem está vivo só tem como dar risada, só tem como ser feliz quem está vivo. Temos de pensar em viver e viver bem, não importa se por um dia, uma semana, um mês, três anos, dez anos. O que cabe a nós é tentar fazer com que enquanto o Moço lá de cima nos permita viver, que a gente faça com que as pessoas à nossa volta vivam da melhor forma possível.

Atma - A evolução tecnológica seria a grande responsável por mudar aquela máxima do passado de que câncer era sentença de morte? Quem recebe um diagnóstico de câncer, hoje, pode confiar que com o tratamento alcançará a cura? Rafael Scandiuzzi – A prioridade é fazer com que o paciente viva bem e com qualidade. A responsabilidade não é só da tecnologia, mas principalmente da informação. Hoje as pessoas pronunciam a palavra câncer de uma forma mais tranquila. As pessoas aceitam fazer os exames preventivos. Grande parte da população tem acesso e se previne. Se você perguntar para uma mulher de 80 anos, na época delas esse tipo de informação não chegava, e quando chegava muitas se sentiam envergonhadas de fazer um exame ginecológico. Atualmente, exames como mamografia, ginecológicos, de próstata, de PSA, são mais difundidos e a população tem um conhecimento maior. Isso aumentou o índice de diagnósticos em fases precoces e, consequentemente, aumenta a taxa de curabilidade. Com a informação e o acesso aos exames de rastreamento temos um arsenal muito maior e prognósticos diferentes. Atma - Antigamente o câncer era uma doença só. Hoje quantos tipos de câncer existem? Rafael Scandiuzzi - São mais de 300 tipos diferentes de câncer, que necessitam de um arsenal diagnóstico diferente, tratamento diferente. A tecnologia nos trouxe um conhecimento muito maior sobre o câncer e hoje a gente consegue diferenciar os tipos podendo individualizar o tratamento. Do ponto de vista de tratamento, tem aumentado muito, principalmente nas últimas


ATMA CÂNCER pessoas se submetendo à investigação para a detecção precoce do câncer. Naqueles pacientes que fazem o tratamento, nós temos muito mais capacidade de entender o que está acontecendo, que tipo de câncer é, quais são as particularidades daquele câncer e, com isso, oferecer um tratamento de melhor qualida-

Enquanto o cigarro aumenta a chance de a pessoa ter câncer, a atividade física é um fator protetor para vários tipos da doença.

duas décadas, o nosso arsenal terapêutico. Hoje temos medicamentos já bastante individualizados. Atma - Pode-se dizer que o cenário do câncer melhorou? Rafael Scandiuzzi - Sim, o cenário do câncer vem vivenciando essa maior taxa de cura, quando não cura, uma melhor expectativa de vida, um melhor controle, porque em todas as suas áreas estamos tendo mais informação e mais conhecimento, desde o início em que a gente pode começar a atuar com a prevenção. Hoje está bem definido que práticas saudáveis, atividades físicas, não tabagismo, evitar exposição ao sol, alimentação saudável, manutenção do peso, tudo isso diminui muito o risco de a pessoa vir a ter câncer. Há maior número de

de e bem melhor dirigido para esses pacientes. Como um todo, melhorou não só o que eu faço no meu consultório atualmente, mas tudo o que é feito 30 anos antes de o paciente chegar ao meu consultório melhorou bastante. O cenário está numa situação favorável. Mas a prevenção é essencial. Você atuar no início, diminuindo os riscos de câncer, ainda é muito mais importante do que qualquer tratamento sofisticado que temos a oferecer no outro extremo da situação. Temos de concentrar nossas forças muito mais no início para evitar que o problema aconteça. A tônica é a medicina preventiva. Rafael Scandiuzzi formou-se na Universidade de Taubaté (Unitau) em 2003 e fez Residência Clínica na Unesp de Botucatu.


ATMA DIREITOS

Foto Francis Prado

Pacientes com câncer têm direitos garantidos por Lei

Richard Maciel: “É importante estar com a documentação pronta para, se necessário, fazer valer os seus direitos”

Os direitos especiais dos pacientes com câncer não decorrem apenas da existência da doença, mas também ligados à incapacidade para o trabalho, deficiências decorrentes da patologia, dificuldade de mobilidade ou outras condições previstas na legislação. De acordo com o advogado e professor universitário, Richard Maciel, cada caso deve ser analisado isoladamente. Ele recomenda que os pacientes mantenham um rol de documentos para que, surgindo a possibilidade jurídica e a necessidade, possam rapidamente obter os be10

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nefícios das legislações especiais. Como qualquer doença, desde que fique comprovada a incapacidade para o trabalho, Maciel diz que é possível a aposentadoria. A carência é de no mínimo 12 meses de recolhimento ao INSS. Por regras próprias, o servidor público também se aposenta por invalidez. Se precisar fazer valer seus direitos, o paciente deve procurar um advogado ou defensor público, e, segundo Maciel, levar os documentos que possui como relatórios, atestados, laudos, fichas e receituários médicos; todos os

exames laboratoriais e de imagens (laudos e imagens); guias de encaminhamento; requisições de exames e procedimentos; formulários preenchidos em serviços de saúde; outros documentos relacionados ao prontuário. O advogado observa que todos os prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios são obrigados a fornecer cópia de todos os documentos relacionados ao prontuário quando ocorrer solicitação do próprio paciente ou do seu procurador expressamente constituído para


ATMA DIREITOS este fim. Os documentos pessoais e provas de direitos e obrigações são: carteira de identidade; CPF; certidão de nascimento; certidão de casamento; carteira de trabalho e previdência social; carnês de contribuições previdenciárias; cartão de identificação do plano de saúde; contratos celebrados com planos e seguros de saúde, além de apólices de planos e seguros de saúde e autorizações e negativas do plano de saúde. Também é importante manter os protocolos de atendimento telefônico do plano de saúde; contrato de financiamento imobiliário; cartão do PIS/PASEP; extratos do FGTS; Cartão Nacional de Saúde (SUS); declarações de Imposto de Renda; contracheques; carta de concessão de auxílio-doença ou aposentadoria, e, ainda, notas fiscais de compra de medicamentos e respectivas receitas médicas, notas fiscais ou recibos de consultas médicas e outros procedimentos realizados em prestadores de serviços de saúde; Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e outros documentos que possam comprovar a existência de direitos e obrigações. Assistência Médica no exterior - Em razão de acordos internacionais, segundo Maciel, brasileiros que contribuem para a Previdência Social, além de seus dependentes, têm direito à assistência médica (ambulatorial e hospitalar), farmacêutica e odontológica na rede pública dos seguintes países: Portugal, Itália, Cabo Verde, Grécia e Chile. Na Argentina e no Uruguai. nem é preciso ser contribuinte da Previdência Social para ter o benefício, utilizando-se apenas do Certificado de Direito à Assistência Médica, emitido pelo Ministério da Saúde.

Direitos do Idoso - Com a edição da Lei 12.896, de 18 dezembro de 2013, que altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), o advogado observa que se garantiram novos direitos às pessoas enfermas com idade igual ou superior a 60 anos, como atendimento residencial/domiciliar, perícias do INSS, expedição de laudos com isenção tributária (imposto de renda), auxílio-doença, saque do FGTS, prioridade na tramitação de processos judiciais, entre outros. Compra de veículos - O paciente de câncer com qualquer tipo de limitação física que o incapacite de dirigir veículo comum, poderá adquirir a Carteira Nacional de Habilitação Especial, para a condução de veículo especial adaptado às suas necessidades, com a isenção dos seguintes impostos: IPVA; IPI; ICMS e IOF. Medicamentos gratuitos - A Constituição Federal conferiu ao Estado, por intermédio do Sistema Único de Saúde, o dever de garantir, a todos, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie, o direito à saúde de forma integral e igualitária, incluindo a assistência farmacêutica. Assim, se não for fornecido qualquer medicamento necessário ao tratamento de câncer o paciente pode acionar o Judiciário, por meio de advogado ou junto ao Juizado Especial da Fazenda Pública de sua cidade, mesmo face medicamentos não incorporados ao SUS. Educação - A lei garante tratamento excepcional aos alunos de qualquer nível de ensino, portadores de doenças ou limitações físicas incompatíveis com a frequência aos trabalhos escolares, desde que se verifique a conservação das condições intelectuais e emocionais necessárias para o prosseguimento da ativi-

dade escolar em novos moldes, podendo compensar ausência às aulas por meio de exercícios domiciliares com acompanhamento da escola, sempre que compatíveis com seu estado de saúde e a possibilidade do estabelecimento de ensino, com dispensa da Educação física. Não há legislação que obrigue a instituição de ensino a reduzir o valor da mensalidade ao paciente. Transporte público - O transporte coletivo urbano é um serviço de interesse local. Cabe, portanto, aos municípios definir as regras para isenção de tarifas dos meios de transporte coletivo sob sua responsabilidade. O governo estadual também costuma administrar parte do sistema de transporte, sobretudo os intermunicipais, sendo que a maioria das legislações municipais e estaduais garante o direito à isenção da tarifa do transporte coletivo urbano para pessoas com deficiência. Em alguns locais, o direito à isenção dessa tarifa se estende a pacientes de determinadas patologias durante o tempo de duração de certos tratamentos. Sendo assim, é importante verificar na Secretaria dos Transportes da localidade onde reside o paciente, quais as hipóteses e requisitos previstos em lei para se obter a isenção da tarifa do transporte coletivo urbano. Acesso gratuito à Justiça – Qualquer violação ou ameaça a violação dos direitos do paciente pode ser tutelado, gratuitamente aos necessitados, na justiça comum, federal ou nos Juizados Especiais. O ideal é que se procure um advogado ou a defensoria pública, com a documentação em mãos quanto ao caso, para melhor defesa dos interesses em juízo. A lei 1060/50 regula a gratuidade de justiça àqueles que não podem arcar com custas e honorários do processo judicial. Fonte - http://www.oncoguia.org.br.

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De alma

ATMA EDITORIAL DE MODA

Por Geraldo Djalma Fotos Francis Prado

lavada! Deixa eu ver! Deixa eu tocar! Alma! Alma!

A mulher forte e determinada consegue transformar tempestade em uma divertida brincadeira na chuva. Depois de uma tormenta vem sempre a calmaria e o arco-íris. Nas próximas páginas daremos dicas de looks de festa para mulheres estilosas e que têm muitos motivos para comemorar. Vestido Blusê Bordado Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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Alma! Deixa eu ver sua alma A epiderme da alma Superfície

Vestido Bordado Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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ATMA EDITORIAL DE MODA

Crise! Já acabou, livre Já passou o meu temor Do seu medo sem motivo Riso de manhã, riso de neném a água já molhou A superfície!

Vestido Nude com Franjas Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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Alma! Isso do medo se acalma Isso de sede se aplaca Todo pesar nรฃo existe

Vestido e Casaco Empรณrio Abreu Sandรกlia e Acessรณrios Leara Calรงados

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ATMA EDITORIAL DE MODA

Vestido Bordado Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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Alma! Deixa eu tocar sua alma Com a superfície da palma da minha mão.


Easy! Fique bem easy Fique sem, nem razão Da superfície! Livre! Fique sim, livre Fique bem, com razão ou não. Aterrize!

Vestido Sereia Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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ATMA EDITORIAL DE MODA Lisa, que me alisa Seu suor, o sal que sai do sol da superfície Simples, devagar, simples Bem de leve A alma já pousou na superfície

Vestido Bandage Evasê Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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Alma! Daqui do lado de fora Nenhuma forma de trauma sobrevive Abra a sua válvula agora A sua cápsula alma Flutua na superfície

Vestido Bandage Longo Azul e Verde Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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ATMA EDITORIAL DE MODA Alma! Como um reflexo na água Sobre a última camada Que fica na superfície

Vestido Bandage com Franjas Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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Alma Deixa eu ver sua alma A epiderme da alma Superfície! Deixa eu tocar sua alma Com a superfície da palma da minha mão Superfície!

FICHA TÉCNICA

ESTILO GERALDO DJALMA PRODUÇÃO DE MODA JACQUELINE POTENZA, ELISA ARAÚJO E GERALDO DJALMA FOTOGRAFIA FRANCIS PRADO TRATAMENTO DE IMAGEM MÁRCIA FONSECA MODELO FERNANDA OLIVE CABELO LETÍCIA FACHINELLI MAKE UP PAULO OTÁVIO ROUPAS EMPÓRIO ABREU SANDÁLIAS, BOLSAS ACESSÓRIOS LEARA CALÇADOS

Vestido Paetê Grafite Empório Abreu Sandália e Acessórios Leara Calçados

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ATMA BELEZA

Alegria

Foto Babi Magela

é o melhor cosmético

Giovanna Prata Ciabotti se formou na Santa Casa de São Paulo, onde também concluiu residência médica em Dermatologia. Tem pós-graduação em Cosmiatria (parte da dermatologia que estuda a beleza) pela Faculdade de Medicina do ABC Paulista. Hoje, é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology. Atua na URS Dr Lineu Miziara e é médica dermatologista voluntária do departamento de Dermatologia do HC-UFTM, além do consultório particular.

Dra. Giovanna Prata: “O uso do protetor solar é tão importante quanto escovar os dentes”

Os cuidados com a pele em quaisquer circunstâncias são imprescindíveis para que a autoestima permaneça em alta. Para as mulheres em tratamento de câncer, eles devem ser redobrados, no entanto, há uma receita infalível para iluminar um rosto: o sorriso. A dica é da médica dermatologista Giovanna Prata, convidada de Atma para falar sobre a importância da atenção à pele, nesse momento delicado, que envolve a luta contra uma doença que, embora nem sempre mortal, carrega consigo angústia e incerteza. Sorrir é preventivo, pois se sabe que a tristeza debilita o sistema imunológico, tornando o organismo menos combativo contra infecções e

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tumores. O diagnóstico de câncer, por si só, é um baque, e a maioria das pessoas nem se lembra da pele quando se vê diante de cirurgia, quimioterapia, radioterapia, etc. Entretanto, alguns procedimentos são muito importantes até para o conforto do paciente durante o tratamento. Giovanna afirma que a radioterapia e a quimioterapia costumam ressecar bastante a pele, daí a importância de orientar o paciente quanto ao uso de um bom creme hidratante. De preferência, sem fragrância, e mais emoliente do que os cremes comuns, que costumam ser muito perfumados e pouco hidratantes.

Sintomas - A maioria dos sintomas, como coceira, vermelhidão, irritação, de acordo com a dermatologista, surge em consequência da pele ressecada. Nesse sentido, ela sugere banhos mornos (água quente resseca muito a pele), sem bucha, com sabonetes neutros (o glicerinado é ótima opção) e o uso do hidratante principalmente após o banho. A regra, durante o tratamento, é hidratar. E não precisa ser nada caro. Ela diz que existem ótimos hidratantes no mercado brasileiro, com bom custo -benefício. A radioterapia, em especial, costuma agredir bastante a pele irradiada, tornando a hidratação no local essencial, sendo às vezes necessário o uso de cremes cicatrizantes. Protetor solar - Os lábios também se ressecam bastante, podendo aparecer aftas. Giovanna sugere uma camada espessa de Bepantol em creme, à noite, antes de dormir, e a aplicação de protetores labiais com filtro


ATMA BELEZA solar, durante o dia. O paciente em tratamento deve proteger-se do sol. “Isso é fundamental.” A radiação solar, garante, ainda é a principal causa de câncer na pele, fazendo com que o uso de filtros solares seja a principal medida de proteção contra esse tipo de câncer. Chapéus, viseiras, roupas e, claro, protetor solar! A dermatologista ressalva que não adianta usá-lo apenas na praia. O uso do protetor solar é tão importante quanto escovar os dentes, devendo ser aplicado todos os dias, mesmo se o céu estiver nublado. O batom é um ótimo aliado, assim como os filtros solares com base cosmética. Giovanna diz que eles ajudam a camuflar as olheiras e a palidez, que costumam acompanhar o paciente em virtude dos efeitos colaterais das medicações: o filtro com base, além de proteger contra os efeitos deletérios da radiação solar, camufla as imperfeições da pele e ajuda a dar um "up"

no visual. Prevenção - A médica orienta a preparação da pele para a cirurgia com cremes específicos para uma cicatrização favorável. Explica que alguns quimioterápicos costumam causar manchas nas unhas, mas o efeito é reversível, após a suspensão da medicação. Nessa fase, se autorizada pelo médico oncologista, o ideal é usar esmaltes mais escuros, que ajudam a disfarçá-las até que termine o tratamento. “Não aconselhamos a remover as cutículas nesse período, para prevenir a formação de portas de entrada para infecções: durante a quimioterapia, devemos cuidar ao máximo para prevenir o aparecimento de infecções.” Cabelos - As mulheres, principalmente, se preocupam com a queda de cabelos, efeito colateral da maioria dos tratamentos quimioterápicos. Giovanna destaca que a medicação atua

sobre a multiplicação celular, para tentar coibir o crescimento do tumor. “Infelizmente, não é específica e todos os tecidos que se replicam com alta velocidade sofrem com o tratamento.” Neste caso se incluem a pele e os cabelos. Mas é importante frisar que hoje existem próteses capilares supermodernas e - por que não? - lenços, que são um verdadeiro charme: bordados, pintados, coloridos ou discretos. Vale tudo nessa hora! “Só não vale se entregar”. Existem cuidados com o couro cabeludo, como higienização e hidratação, para prevenir o aparecimento de dermatites no local. Porém, segundo a médica, o mais importante, é saber que a alegria ainda é o melhor cosmético. Afirma que um sorriso sozinho é capaz de iluminar um rosto, mesmo que ele esteja sem maquiagem e a pele também agradece a alegria. “Afinal, se é para termos rugas, que sejam de tanto sorrir”, finaliza Giovanna.

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ATMA ESTÉTICA

vaidade

Muito além da

um grande benefício emocional!

Muito além da vaidade, a estética traz um grande benefício para as mulheres, em especial às que fazem tratamento de câncer. A farmacêutica Mona Lisa Bevilacqua diz que os cuidados com a aparência para alguns podem ser apenas vaidade, mas eles trazem benefícios incomparáveis ao emocional auxiliando no aumento da autoestima, pois os tratamentos de beleza e estética ajudam a aliviar o estresse e a fadiga das pessoas que apresentam quadros críticos da doença. Os efeitos colaterais dos medicamentos durante o tratamento podem interferir na aparência, o que acaba refletindo na autoestima. Mona Lisa enfatiza que olhar-se no espelho e gostar do que vê ajuda em qualquer tratamento de

A farmacêutica Mona Lisa Bevilacqua

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saúde. Entre os problemas estéticos mais comuns e temidos estão rachaduras nos pés, ressecamento da pele, queda de cabelos, cílios e sobrancelhas. O ressecamento de pele é um quadro temporário que na maioria das vezes desaparece ao fim do tratamento, mas há meios de diminuir o incômodo com o uso de produtos dermocosméticos específicos. Quanto à queda de cabelos, cílios e sobrancelhas quando o tratamento de quimioterapia é oral, segundo ela, o risco é muito pequeno, quando isso ocorre, entretanto, é possível minimizar ao máximo o incômodo. Mona Lisa afirma que a palavra de ordem é priorizar a recuperação, os cuidados com a estética entram como um auxiliar, aumentando a autoestima e, consequentemente a vontade de vencer os obstáculos. Os cuidados com a aparência para alguns pode ser uma vaidade desnecessária em relação a doença, mas ele pode trazer benefícios incomparáveis no emocional auxiliando no aumento da auto-estima. Tratamentos de beleza e estética ajudam a aliviar o estresse e a fadiga das pessoas que apresentam quadros críticos da doença. Os efeitos colaterais interferem na aparência que sofre algumas alterações e essas alterações podem mexer muito com a auto-estima, olhar-se no espelho e gostar do que vê ajuda em qualquer tratamento de saúde. Os problemas estéticos mais comuns e temidos são, além dos prejuízos causados pleas cirurgias. - Rachaduras nos pés; - Ressecamento da pele; - Queda dos cabelos, cílios e sobrancelhas. O ressecamento de pele é um quadro temporário que na maioria das vezes desaparece no final do tratamento, há como diminuir o incômodo com o uso de produtos dermocosméticos es-

pecíficos. A queda dos cabelos, cílios e sobrancelhas quando o tratamento de quimioterapia é oral, o risco é muito pequeno, quando isso ocorre , entretanto, é possível lidar com o problema de forma a ele causar o menor incômodo possível. Priorize sua recuperação, os cuidados com a estética entram como um auxiliar, aumentando a auto-estima, que consequentemente aumenta a sua vontade de vencer os obstáculos, a fim de nunca se entregar. CUIDADOS COM A PELE

Ressecamento da pele: a utilização de cremes hidratantes e sabonetes específicos minimizam o quadro, temos hoje diversos deles no mercado.


água. Hidratação imediata, previne o ressecamento das área mais delicadas e melhora o sensorial da pele. Hidrallate Face: Emulsão hidratante facial que contém em sua formulação o exclusivo Lipolactive 10% que promove a redução em até 80% da descamação cutânea e aumenta a maciez com excelência em 90%. Peles secas, ásperas e com descamação CUIDADO COM OS Gliventi Ada Tina: Hidratante com Tecnologia Bioidêntica: Composição 100% Compatível com a Pele. Gliventi de ADA TINA é um Tratamento para as Peles Ressecadas e Confere 70% de Hidratação Imediata

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CABELOS Pilexil Shampoo e Tônico Antiqueda contém extrato de Serenoa serrulata que apresenta a propriedade de inibir a 5 alfa-redutase, enzima responsável pela aceleração e encurtamento do ciclo capilar. Sua ação é potencializada pela presença do zinco PCA, que se opõe aos mecanismos enzimáticos que intervém na queda do cabelo, regulando também a secreção excessiva do sebo.

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ATMA HAIR STYLE

Lenços Por Jéssica de Paula

e turbantes

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ATMA HAIR STYLE Receber o diagnóstico positivo de uma doença nunca é algo fácil, tranquilo. Quando é um diagnóstico de câncer então, a sensação é de que o mundo desaparece sob os nossos pés. E não basta todo o peso da doença em si, seu tratamento é também outra etapa difícil, pois quase sempre é um tratamento estressante e que afeta diversos aspectos da vida do paciente. São alterações físicas, sociais, emocionais para as quais ninguém está preparado. Um dos efeitos colaterais da quimioterapia, a queda dos cabelos, é um dos mais temidos e angustiantes pela qual a maioria das pessoas com câncer precisa passar. Os medicamentos utilizados na quimioterapia atacam as células cancerígenas e tendem a atingir também, células saudáveis, principalmente as células que se multiplicam em maior velocidade, como as do cabelo. Daí logo após as primeiras sessões de quimioterapia é comum o surgimento de nós muito emaranhados nos cabelos e a queda, a princípio de fios e depois, mechas inteiras. Em alguns casos também os pelos corporais, incluindo cílios e sobrancelhas também caem. É a perda da nossa identidade estética, o sinal mais visível da doença. Nesse momento muitas mulheres optam por já raspar a cabeça, inclusive tornando esse momento, um evento entre amigas, com direito a vídeos e álbuns de fotos. Outras optam por cortes curtos, acima dos ombros, mas, menos radicais que zerar o cabelo. Esse desapego mais lento do cabelo pode amenizar todo o processo, já que com o cabelo mais curto, os nós quase não aparecem e a queda é menos acentuada. Quando os cabelos já estão escassos ou já caíram por completo, entram em cena os acessórios. Entre eles, os lenços tem seu papel de destaque por serem versáteis e baratos. Num momento em que a mulher está fragilizada, as inú-

meras possibilidades de uso dos lenços pode ser o estímulo que faltava para se reencontrar com a vaidade e a autoestima. Ainda mais neste momento, em que a moda se rende às tendências étnicas e o uso dos lenços e turbantes voltam com força total, não só no Brasil, mas também nos principais centros de moda do mundo. Para visuais mais discretos e clean, dê preferência aos lenços mais finos, como os de seda. Já para turbantes elaborados, com tendência afro, os tecidos devem ser mais encorpados para dar forma e volume. Ter alfinetes e grampos à mão também ajudam na hora de prender os turbantes mais volumosos, criando verdadeiras coroas de tecido que alongam a silhueta da mulher e dão um ar de nobreza. Os tecidos naturais, como a seda e o algodão, são termicamente mais confortáveis. Os lenços trabalhados com paetês e brilhos dão um ar de glamour aos looks de festa. Outra dica importante é caprichar na maquiagem. Com o lenço ou turbante emoldurando o rosto, ele se torna o centro das atenções. As maquiagens cremosas ajudam a disfarçar a palidez. Invista em makes marcantes, que valorizem o seu rosto; você pode combinar o batom e as sombras com as cores do lenço. Brincos grandes chamam a atenção para o colo; já os brincos pequenos destacam o pescoço, então escolha de acordo com a roupa que vai usar, que também deve combinar com o turbante. Outro acessório que casa bem com o turbante ou os lenços é a peruca, que ganha um ar mais natural, pois oculta a “raiz” e mantém a peruca mais firme na cabeça. Combine os dois acessórios com cuidado para não sofrer com o calor. A grife francesa Hermés - que possui uma famosa linha de lenços belíssimos – disponibiliza gratuitamente, o aplicativo Silk Knots, que ensina várias formas de amarrar o seu lenço, seja na cabeça, no pescoço, como blusa, cinto, saia ou até mesmo bolsa. O aplicativo está disponível para iPhone e celulares com sistema operacional Android. Invista em lenços diversificados e os insira no seu dia a dia. Para as amigas que estão passando pelo processo da perda dos cabelos, a mensagem é: isso passa. Seu cabelo vai voltar a crescer, sua vida vai voltar ao normal. Mas até lá, enfrente as adversidades linda e confiante, se cuide e se ame. Você merece.

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ATMA PSICOLOGIA

Angela Marina Kefalás Barbosa: “o sentimento de ira e a desesperança não ajudam o paciente a se organizar emocionalmente, nem mesmo alivia a sua dor”

Receber o diagnóstico de câncer provoca um turbilhão de emoções e nesse momento em que para a maioria o chão se abre diante de seus pés, é importante manter o equilíbrio. Há quem busque apoio na família e outros que, além disso, buscam ajuda profissional, o que pode representar um alento para enfrentar um caminho que precisará de muita coragem e fé. A psicóloga clínica Angela Marina Kefalás Barbosa, em entrevista à Atma, avalia que todo e qualquer tipo de câncer, bem como outras doenças merecem ser tratadas com seriedade e, dentro do possível, com uma dose de leveza. Ela destaca que hoje a ciência estuda e explica como o cérebro produz o pensamento mágico que é a fé, que, ligada a novas práticas relacionadas à prevenção e saúde e valorização da vida, são os maiores aliados da coragem para enfrentar um diagnóstico de câncer. Angela espera que este simples diálogo possa direcionar as pessoas com câncer a novos horizontes existenciais e que a doença não seja um foco de vida, mas sim um meio para o crescimento pessoal de todos que lidam com ela. Confira a íntegra da entrevista. Atma - Diante do diagnóstico de um câncer muitos entram em pânico. Como evitar? Angela Marina Kefalás Barbosa - Receber o diagnóstico de câncer é como se viesse à cabeça uma série de incertezas até mesmo em relação ao tempo de vida, bem como enfrentar difíceis tratamentos com dúvida se vale-

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rão a pena e se existirá a possibilidade de cura. São inúmeras as perguntas e os sentimentos que surgem como os de indignação, raiva, tristeza e medo dentre os mais frequentes. Porém, a pessoa talvez possa mudar o modo de encarar as coisas, pois o que mais nos incomoda nem tanto são as coisas e sim a opinião que temos a respeito delas. Atma - Seriam tais indagações e sentimentos fruto de como vivemos e pensamos e consequência das inúmeras influências das variáveis socioafetivas sobre as nossas ações? Angela Kefalás - Saúde, sintoma e doença são manifestações de um jogo complexo de forças quase sempre desconhecidas para o próprio indivíduo que vão além da circunscrição médicobiológica. As interações entre corpo e mente ocorrem, em geral, por meio de dinâmicas de organização e desorganização. E a forma como os afetos surgem, suas funções e influências sobre o corpo, ainda intrigam os pesquisadores. O autoconhecimento e a atribuição de sentido ao que vivemos influem diretamente sobre a forma como nos apropriamos de nossas experiências. Necessário se faz ter calma nessa hora e lembrar que hoje já se conta com muitos avanços da ciência no que se refere ao diagnóstico precoce e tratamentos de diversos tipos de câncer. Atma - Não é rara a depressão em casos como esses chegar de forma galopante. Como enfrentar o momento de dor e angústia sem cair

em depressão? Angela Kefalás - É importante explicar que a tristeza é normal, mas é preciso expressá-la. Falar do seu sofrimento facilita e ajuda o paciente a se organizar para continuar vivendo e com qualidade. Em geral, as mulheres costumam ter mais facilidade de falar de seus sentimentos do que os homens além desses também apresentarem maior dificuldade em lidar com suas fragilidades. E quando se trata de crianças, também não existe uma fórmula que as impeçam de sofrer. O lado positivo é que elas possuem uma capacidade de adaptação bem maior que a do adulto. A ajuda que se pode dar às pessoas em sofrimento é despertar nelas a confiança e transmitirlhes segurança para que possam falar naquilo que as colocam em situação ameaçadora. Aproximar-se dela, fazê -la sentir-se compreendida e segura. Médicos, psicólogos e demais profissionais da área da saúde, devem principalmente tentar conter um ciclo de revolta e depressão junto ao paciente e familiares. O sentimento de ira e a desesperança não ajudam o paciente a se organizar emocionalmente, nem mesmo alivia a sua dor. O que funciona é o de sempre: o bom senso e realismo, solidariedade e amor. Atma - Como assimilar tudo que está acontecendo? Angela Kefalás - As pessoas querendo ajudar cometem erros clássicos. Um deles é fingir que a pessoa não está doente. Assim sendo, a própria pessoa faz o mesmo e acaba não falando nada também para proteger seus familiares e amigos, guardando para si todo seu sofrimento, o que não lhes fará bem. A percepção das coisas determina o próprio sentido da vida, pois na medida em que a realidade adquire nova dimensão, a própria existência ga-

A ajuda que se pode dar às pessoas em sofrimento é despertar nelas a confiança e transmitir-lhes segurança para que possam falar

Foto Francis Prado

Autoestima restaurada e fé têm poder para enfrentar o câncer


ATMA PSICOLOGIA

Hoje há muitos avanços da ciência no que se refere ao diagnóstico precoce e tratamentos de diversos tipos de câncer

Atma - O tratamento não pode ser adiado. Como enfrentá-lo? Angela Kefalás - Os possíveis caminhos a serem percorridos devem ser delineados pela equipe médica com a participação do paciente e de seus principais familiares. Para tal, é importante que a relação entre eles seja de confiança com transparência e clareza de informações. São eles que irão pesar os benefícios e as limitações de cada opção apresentada. E para o paciente

é muito importante que ele tire suas dúvidas preparando-se assim para o enfrentamento do tratamento. É possível ainda que pessoas conhecidas ou amigas, com intuito de ajudar, citem outros meios alternativos de tratamentos que devem ser analisados com muita cautela podendo deixar o paciente confuso ou enfraquecido em relação às decisões já tomadas.

nha sentido e uma nova significação, pois a vida sem provocações é pobre. Todo e qualquer tipo de câncer bem como outras doenças merecem ser tratadas com seriedade e, dentro do possível, com uma dose de leveza. Exige uma série de cuidados, adaptações na rotina e até mesmo mudanças no modo de vida. O paciente, ainda que inerte frente às vicissitudes da vida, traz consigo as condições para o reencontro de uma existência mais digna e plena.

Atma - Dúvidas, medo, insegurança, preocupação permeiam a vida e muitos pensam em desistir. De que forma a pessoa pode se encher de coragem e seguir? Angela Kefalas - Ainda que esteja ocorrendo aumento nas taxas de sobrevida, os avanços farmacológicos (que vêm permitindo a geração de agentes quimioterápicos cada vez mais eficientes, com maior controle de efeitos colaterais desconfortáveis), os avanços na área cirúrgica (a cirurgia minimamente invasiva, a robótica), a radiote-

rapia (combinada com a cirurgia e a quimioterapia), a hormonioterapia e outros, é provável que em algum momento as pessoas pensem em desistir do tratamento. Por ser este um período prolongado com muitos fatores estressantes e que requer um acompanhamento e controle posterior, o paciente precisa de uma maior mobilização e níveis elevados de tolerância . Desta forma, se faz necessário que ele e seus familiares sejam acompanhados por uma equipe multidisciplinar especializada e possam até mesmo frequentar grupos de autoajuda. Quando você se depara com certas doenças como o câncer, você acaba tendo que lidar com algumas perdas e/ou limitações, baixa estima, problemas de relacionamento, inseguranças e medos que o fortalecerão no enfrentamento de novas situações de vida. Cabe aqui ainda ressaltar que esses novos repertórios comportamentais adquiridos, as mudanças de hábitos do cotidiano, a autoestima restaurada, a aquisição de novas práticas ligadas à prevenção e saúde, a valorização da vida e a constatação do poder da fé (que hoje a ciência estuda e explica como o cérebro produz esse pensamento mágico), quero crer que se tornarão os maiores aliados da coragem.

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Reconstrução de mama pós-mastectomia

Dr. Marco Túlio Rodrigues da Cunha, cirurgião plástico; membro tItular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, chefe da Disciplina de Cirurgia Plástica da UFTM

A retirada cirúrgica dos tumores de mama apresenta altos índices de cura quando diagnosticados precocemente e realizado por profissionais capacitados. Junto com a cura da doença, entretanto, vem a consequência inevitável que é uma deformidade permanente. As mamas femininas são

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órgãos com funções importantes como a amamentação dos recém-natos, mas seu papel na percepção da feminilidade e da sensualidade tem gerado efeitos emocionais devastadores após a cirurgia. Os órgãos reguladores da saúde já reconheceram a necessidade da reparação após a mastectomia e liberaram o procedimento para ser realizado pelo Sistema Único de Saúde. Uma nova mama pode melhorar muito a autoestima, autoconfiança e

a qualidade de vida. A reconstrução da mama é conseguida através de técnicas que visam à restaurar a forma, aparência e o tamanho após a mastectomia. Os resultados são variáveis e a mama reconstruída não terá a mesma sensibilidade que a mama não operada. As cicatrizes

são visíveis e infelizmente permanentes, mesmo nas mamas bem reconstituídas. A reconstrução será uma boa opção se a paciente estiver emocionalmente estável e em boas condições clínicas. A visão deve ser positiva, porém realista, caso contrário a solução será sempre insuficiente. O programa de tratamento geralmente engloba duas ou mais cirurgias para que se atinja o melhor resultado possível. São utilizadas próteses de silicone, com expansão prévia para gerar mais pele ou não, quando a mastectomia preserva a pele da mama. A reconstrução pode utilizar músculos, pele e tecido gorduroso do próprio organismo, que não geram rejeições. Existem riscos e complicações inerentes a todas as cirurgias e em um grau mais elevado nas mamas mastectomizadas. Uma vez vencida a doença surge uma visão diferente do problema e, apesar do alívio pela vitória da vida, pedir um pouco mais é muito justo e resgata a integridade desta paciente muito fragilizada.



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Fotos Francis Prado

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PROFISSIONAIS CRISTIANA TERRA RENATO MARAJÓ MARIA DAS GRAÇAS ROSSI ROSEMARY RIBEIRO FABIANA MIRANZI FOTOGRAFIA FRANCIS PRADO AGRADECIMENTOS REGINEZ BRASILAR VERA TUYCHI

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ATMA EXPOCIGRA 2015

Bem-vindos à

Foto Francis Prado

ExpoCigra 2015

Nagib Galdino Facury, presidente do Centro das Indústrias do Vale do Rio Grande (Cigra) e sua esposa, Regina, felizes com o sucesso da segunda edição

A Feira Multisetorial do Vale do Rio Grande - Expocigra FIEMG, em sua segunda edição, trabalhou o conceito da indústria em movimento. A Expocigra Fiemg 2014 tem como parceiros, a Vale, a Prefeitura de Uberaba e o Sebrae. O lançamento aconteceu na última quinta-feira, dia 9. Uma das novidades deste ano é a parceria direta com a regional da FIEMG, presidida por Altamir Rôso, e que passa a assinar a promoção do evento junto com o Centro das Indústrias do Vale do Rio Grande. Além disto, conforme explica o presidente do Cigra, Nagib Facury, o evento ganhou caráter regional e deve atrair indústrias das cidades vizinhas. A intenção é sempre de reunir os mais diferentes segmentos industriais Uberaba e todo Vale Rio Grande, apresentando diversi-

dade de expositores e destacando o quão é eclético o setor. Em uma área de 2,5 mil metros quadrados bem à entrada à direita, do Parque Fernando Costa, os participantes e visitantes encontraram uma estrutura de estandes, auditório para reuniões e atrações diversas. Também ali, a presença do ‘Compre Bem, e do ‘Cozinha Brasil’. Os industriais e fornecedores tiveram naquele espaço um balcão de negócios, a população de forma geral pôde perceber a gama de itens que são produzidos, bem como o potencial da cidade e da região. As expectativas foram superadas, tanto que Nagib já começa a pensar na terceira edição, em 2015. Ele está convicto de que a ExpoCigra traz mais visibilidade para Uberaba e seus empreendedores.

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O TRÂNSITO E O TRANSPORTE COLETIVO VÃO MUDAR PARA MELHOR.

Via Especial de Transporte para Ônibus Rápido


ENTENDA COMO:

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Por que a Av. Leopoldino de Oliveira não terá estacionamento? Como a avenida terá uma faixa exclusiva para ônibus, será necessário eliminar o estacionamento para que as faixas restantes sejam pistas de rolamento. A prioridade é a agilidade do trânsito.

Por que não será mais permitido virar à esquerda na Av. Leopoldino de Oliveira? Essa alteração evita o semáforo de 3 tempos, priorizando o fluxo que é maior, ou seja, de quem segue reto. Será preciso contornar o quarteirão para atravessar a avenida.

Por que vai melhorar o trânsito no Centro? O centro terá um sistema de semáforos inteligentes, que serão programados para mudar de acordo com a necessidade do trânsito, ficando abertos mais tempo onde e quando o fluxo de veículos for maior. O sistema também será integrado para que a avenida tenha sempre uma “onda verde”.

Como vai funcionar o sistema VETOR? O transporte coletivo passa a ser todo integrado e com mais opções para ir de um ponto a outro da cidade, com a utilização conjunta das linhas existentes, estações e terminais.

Como vão funcionar as estações? O sistema VETOR terá vários ônibus rápidos percorrendo a Av. Leopoldino de Oliveira, indo de uma estação a outra até alcançar os terminais, onde o passageiro embarcará rumo ao destino final. Nas estações, acesso somente com cartão. O embarque será mais rápido por várias razões: •O passageiro passará o cartão na estação, eliminando a fila na catraca do ônibus. •Não será preciso subir escada para entrar no ônibus. •Os ônibus passarão com intervalo de poucos minutos.

Como vão funcionar os terminais? Os terminais interligarão todas as linhas existentes e os ônibus rápidos que passarão nas estações.

A integração (tarifa única) vai continuar? Da origem ao destino, o passageiro pagará apenas uma passagem, podendo trocar de ônibus até 2 vezes, incluindo a utilização da estação, com limite de tempo de 90 minutos.

Por que a Av. Leopoldino de Oliveira está ganhando grades? Para segurança dos pedestres, evitando a travessia fora da faixa. Em outras cidades, onde sistemas de transporte coletivo parecidos foram implantados, ocorreram acidentes devido à ausência de grades.

P R E F E I T U R A

D E

PARA O BEM DE NOSSA GENTE


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Vida! O que esta palavra quer dizer ultrapassa qualquer entendimento. É alegria, é dor, tristeza, luta, vitória. Um misto de todos esses sentimentos representa o dom da vida. O diagnóstico de câncer já foi sentença de morte. Hoje, é oportunidade para rever conceitos, mudar hábitos, valorizar o que de fato vale a pena. Quem tem um amadurecimento divino chega a considerar a doença um privilégio que permite às pessoas experimentarem o aperfeiçoamento humano. A maioria das pessoas não está atenta ao fato de que o fim

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da vida chegará para todos, a qualquer momento, sem aviso, muitas vezes sem ter tempo nem para piscar, mas com várias desculpas: infarto, acidentes de trânsito, aneurisma, AVC e outras tantas. Você conhecerá agora 12 modelos, mas não apenas fotográficos. São 12 mulheres que fizeram da doença um trampolim para o progresso como pessoas. São exemplos de fibra e sensibilidade; de força e fragilidade. São modelos também de alma, de coragem, de alto astral, fé, alegria e, sobretudo, de renascimento.


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Valéria Cristina da Silva

Funcionária pública municipal, hoje aposentada, três filhos e quatro netos

Foto Francis Prado

Tudo posso naquele que me fortalece! A fé e a vontade de vencer sempre fizeram parte da minha vida. Não é fácil, mas eu venci e vou vencer sempre, porque meu Deus é vivo!

“ Inerte. Valéria ficou sem ação ao receber o diagnóstico de que estava com câncer no intestino, em 2009. Na hora, a família e pessoas que a amam vieram à sua cabeça. Muito católica, se lembrou da imagem de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, que sempre olhava para baixo, mas quando ela visita a igreja, tem a impressão de que a santa olha nos olhos dela. Valéria superou a doença, mas recentemente soube que os seus pulmões estão comprometidos e recebeu do médico o cruel diagnóstico de que tem menos de um ano de vida. Mas ela tem fé na sua cura. Entre seguir com o tratamento emburrada ou feliz, ficou com a segunda opção.

“Resolvi ir para o Shopping comprar batom, perfume importado, e comecei a gostar de tudo, sem censura.” Valéria garante não ter medo da doença nem da caminhada. Seguirá vivendo cada minuto, cada sorriso, cada encontro... O convite para ser uma das modelos do calendário, ela recebeu com muita alegria, pois é uma forma de massagear o ego e de contribuir para ajudar a quem mais precisa. Fé é a palavra que a define e a sua mensagem é: “Tudo posso naquele que me fortalece! A fé e a vontade de vencer sempre fizeram parte da minha vida. Não é fácil, mas eu venci e vou vencer sempre, porque meu Deus é vivo!.”

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Sissa Rezende Borges Foto Francis Prado

Escriturária contábil, hoje aposentada, casada, uma filha

Deus não disse que a caminhada era fácil, mas também não disse que não valeria a pena lutar. Com esperança, fé, amor e apoio eu consegui minha vitória

“ Em 2004, quando sua filha tinha sete anos, Sissa estava bem magra e achava que a perda de peso era devido à malhação e à prática de esportes, especialmente o tênis. Mas percebeu um pequeno caroço em uma das mamas. Ao saber que se tratava de um câncer optou pela mastectomia para eliminar o risco de ele se espalhar. Depois, reconstruiu a mama e seguiu vida normal. Depois de dez anos, deparou novamente com a doença e recomeçou a luta, sem pensar em nenhum momento que não venceria. Fez transplante de medula e renasceu. Começou a amar mais, perdoar mais e a não guardar mágoa, pois ninguém sabe o dia de

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amanhã. “Eu tive e tenho três motivos para viver: minha mãe, meu marido e minha filha.” Hoje, Sissa não passa vontade de nada e ama festa. Ser uma das musas do calendário, para ela, é uma forma de dar exemplo para as pessoas, pois apesar de tudo, sempre manteve a fé, sem nunca reclamar. Ela acredita que esteja curada e agradece o amor da família. Alerta que a doença é silenciosa e que a prevenção é o melhor caminho. Esperança é a palavra que a define e sua mensagem é: “Deus não disse que a caminhada era fácil, mas também não disse que não valeria a pena lutar. Com esperança, fé, amor e apoio eu consegui minha vitória.”


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Ana Paula Rodrigues

Foto Francis Prado

Empresária, casada, um filho

Não deixe nada para depois, viva cada segundo intensamente, sem deixar de conversar com Deus. Eu converso com Ele todos os dias

Para não esmorecer diante do diagnóstico de câncer no intestino, descoberto em 2012, Ana Paula criou uma força além, especialmente revigorada a cada vez que olhava para o filho, na época com dois anos de idade. “A vida queria de mim um pouco mais de calma, um pouco mais de alma, como diz a canção do Lenine.” A partir daí a percepção das coisas e das pessoas por Ana Paula mudou. Ela descobriu o que é realmente importante. Enquanto fazia o tratamento mergulhou no trabalho, pois acredita que manter a mente ocupada é essencial. Curtir a família já era uma rotina, mas a dedicação de tempo aumentou. Católica, diz que sua fé

transcende e ofusca o medo. “Às vezes encaro a doença como um presente, porque eu mudei e mudei para melhor.” O convite para ser uma das modelos a emocionou. Ana Paula é avessa a fotos, mantém sua vida pessoal bastante reservada, fez o tratamento sem alarde, apenas em família, mas pelo propósito, aceitou e está feliz por poder inspirar confiança. Para ela, os ingredientes para superar a doença são: fé, família e amor. Este é o tripé que a define e sua mensagem é: “Não deixe nada para depois, viva cada segundo intensamente, sem deixar de conversar com Deus. Eu converso com Ele todos os dias.” REVISTA ATMA

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Neusa Maria Kopke Venceslau Foto Francis Prado

Agropecuarista, hoje aposentada, casada, quatro filhos e dois netos

É preciso ter muita fé, muita vontade de viver. Se você tiver fé e determinação, com certeza, vai vencer

“ Neusa detectou o tumor em uma das mamas através do autoexame, em 2012. O diagnóstico só confirmou o que já sabia, assim como cada passo que teria de dar a partir daquele momento, mas sempre com muita fé e otimismo. Ela não se deixou levar pelo desespero e, no início, nem comentou com a família. “É da minha natureza agir com essa força, porque minha fé é inabalável.” Nossa Senhora da Aparecida e São Judas Tadeu são seus santos de devoção. Neusa optou pela mastectomia, mais tarde reconstruiu a mama e voltou a jogar tênis e a desenvolver as atividades do dia a

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dia como antes. Passou a valorizar cada dia da sua vida, pois gosta muito de viver e conseguiu continuar com naturalidade, de forma serena. Ao convite para posar e ilustrar o calendário, Neusa respondeu positivamente e disse estar pronta para contribuir com a causa, que é nobre. Ela tem experiência de mais de 20 anos no voluntariado e acredita que Deus não envia nada que Seus filhos não consigam enfrentar. Determinação é a palavra que a define e a sua mensagem é: “É preciso ter muita fé, muita vontade de viver. Se você tiver fé e determinação, com certeza, vai vencer.”


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Maria do Socorro Silva Sebastião (Tuca) Foto Francis Prado

Artista plástica, casada

Viva o hoje! Amanhã é outro dia!

Há 14 anos, Maria do Socorro “Tuca” soube que estava com câncer de mama e achou que ia morrer. O chão lhe fugiu numa época em que a evolução tecnológica não era tão difundida, além de imperar grande desinformação sobre a doença, seu tratamento e consequências. As primeiras semanas foram de muita insegurança, medo, enfim, mas sempre contando com o imprescindível apoio do marido e de toda a família. Depois de muita conversa com os médicos percebeu que a cura não é impossível. Ela optou pela mastectomia, mas está convicta de que o que realmente a mantém viva é a alegria de vi-

ver e ter a consciência de que todos têm problemas e que só para a morte não há solução. Tuca passou a curtir mais a família e no dia a dia continuou jogando tênis e hoje também luta boxe. Uma de suas maiores alegrias é a arte plástica, à qual dedica grande parte de seu tempo. O convite para ilustrar um mês do calendário ela recebeu com muito orgulho. Diz que não pensou na pose, mas que acha muito bacana a iniciativa que vai ajudar o Hospital Dr. Hélio Angotti, o Hospital do Câncer de Uberaba. Alto astral é o que a define e sua mensagem é: “Viva o hoje! Amanhã é outro dia!” REVISTA ATMA

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Viviane Quirino

Foto Francis Prado

Representante comercial, casada, três filhos

Não desista! Erga a cabeça e bola pra frente, com fé em Deus e muita vontade de viver

“ Viviane está contando as horas para a cirurgia que fará em janeiro do ano que vem: a mastectomia para extirpar a doença em uma das mamas descoberta há cinco anos, quando ainda enfrentava a dor de ter perdido sua sogra, vítima de câncer no cérebro. Um buraco se abriu diante de seus pés. “Agradeço a Deus por ser comigo, não sei se eu conseguiria dar aos meus filhos, marido, mãe e irmão, a força que estão me dando”. Viviane é católica, mas com o amigo Luiz Carlos Souza Campos tem entendido muito à luz do Espiritismo. Na primeira semana, após o diagnóstico, ela se lembra de ter ficado prostrada e viveu como uma marionete indo pra uma clínica e outra para fazer inú-

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meros exames. Depois, optou por levantar a cabeça e enfrentar. Se não envolvesse o sofrimento das pessoas da família, Viviane entende que esta doença seria essencial para que as pessoas passassem a valorizar o que realmente é importante, como apreciar a natureza, ir à praia e, de fato, apreciar o mar e sentir o aroma de Deus. Ela conta que se sentiu privilegiada com o convite para ser uma das musas do calendário e aceitou prazerosamente. Ela confia na cura e acredita que tudo isso vai passar. Vida. Esta é a palavra que a define e sua mensagem é: “Não desista! Erga a cabeça e bola pra frente com fé em Deus e muita vontade de viver.”


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Denisléia Oliveira de Souza Foto Francis Prado

Farmacêutica, solteira

Nunca perca a esperança! Aceite de cabeça erguida qualquer dificuldade. A fé, verdadeiramente, leva à superação da doença

Com uma dor intensa no intestino, Denisléia procurou um hospital em 2010 e já ficou internada. Ela teve que buscar forças não sabe de onde para absorver a notícia de que se tratava de um tumor maligno, enfrentar o tratamento e a cirurgia. O primeiro médico opinou para que ela retirasse tudo, inclusive órgãos reprodutores, mas ela tem o sonho de engravidar. Mudou de profissional, fez a cirurgia, seis meses de quimioterapia, engordou dez quilos, voltou ao trabalho e à academia e foi promovida a subgerente. Dois anos depois, soube da presença de metástase no pulmão e recomeçou a luta, sempre pra cima e com muito pensamento positivo. Fez a cirurgia em 2012 e

sente que está curada. Apesar de notar ter ficado mais emotiva, sente que melhorou muito como ser humano. “Não me deixo abalar, vou à luta.” O médico dela diz que sua forma de conduzir tudo com firmeza é referência para os demais pacientes dele com câncer. E o namorado, que muitos pensavam que a abandonaria, está ao lado dela, sempre atencioso. Denisléia recebeu o convite para posar de forma meio tímida, no entanto, aceitou pelo propósito e vai deixar fluir no olhar a confiança, palavra que a define. E sua mensagem é: “Nunca perca a esperança! Aceite de cabeça erguida qualquer dificuldade. A fé, verdadeiramente, leva à superação da doença.” REVISTA ATMA

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ATMA SUPERAÇÃO

Ana Gabriela Brandão Zandonaide (Belela) Médica, solteira

Foto Francis Prado

A gente não pode mudar o que vai viver, mas pode escolher como viver. Temos sempre de aprender a nos colocar no lugar do outro e a ter fé. A fé e a família são sempre o nosso porto seguro

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Quando tinha 8 anos, com o nariz sangrando e muita dificuldade para respirar, Belela foi levada pelos pais ao médico e tratou por muito tempo uma sinusite. Emagreceu bastante. Um dia, um amigo radiologista pediu raios-X da face dela, quando então veio a explicação: um tumor na rinofaringe. Imediatamente ela foi levada para São Paulo e veio um período bem difícil além da saudade do pai, que teve de permanecer em Uberaba. “Minha mãe foi me ensinando a viver, pois por um tempo eu não queria ver ninguém”, conta. Dois anos depois, descobriu metástase no pulmão e seguiu novo tratamento. Logo, Belela tatuava o couro cabeludo e virava a sensação do hospital. Mesmo católica, começou a frequentar um centro espírita, onde conheceu os artistas Oscar Magrini e Matilde

Mastrangi, seus amigos até hoje, e chegou a fazer uma ponta numa novela global. “Se Deus me mandasse passar por tudo de novo, eu faria tudo igual. Tenho Deus e anjos da guarda ao meu lado.” Ela optou por cursar medicina para aliviar a dor das pessoas e acredita que a própria experiência faz a diferença na sua vida profissional. Belela é uma das divas do calendário e diz que ficou feliz com o convite porque fará algo para ajudar, pois quem ler estas linhas verá que há esperança, já que ela é um feliz caso de sobrevivência. Positividade é a palavra que a define e sua mensagem é: “A gente não pode mudar o que vai viver, mas pode escolher como viver. Temos sempre de aprender a nos colocar no lugar do outro e a ter fé. A fé e a família são sempre o nosso porto seguro.”


ATMA SUPERAÇÃO

Elaine Silva Furtado

Foto Francis Prado

Engenheira civil, arquiteta, professora universitária casada, sem filhos

Deus está sempre ao nosso lado. O tratamento nos torna mais fortes. Não devemos nos sentir doentes, devemos ser otimistas e saber que vamos vencer mais esta batalha!

“ Elaine sempre teve certeza da sua total recuperação. Quando descobriu um caroço na mama direita, durante uma depilação, em 2006, só pensou que tudo ia dar certo. Acertou! Em 2010, um câncer apareceu no ovário e ela fez novas cirurgias. Em 2013, observou um pequeno caroço no nariz e, mais uma vez, câncer. Tratou-se e venceu! Saber que Deus existe e que Ele só dá às pessoas o que elas conseguem carregar a fortaleceu para continuar sua bela caminhada. Com o câncer, algumas coisas que ela achava essenciais, não são mais. Elaine diz que mudou e mudou para melhor. “Isso foi bom.

Carinho, amor, compreensão, respeito, amizade, é o que nos faz melhores”. Toda a sua família, bem como amigos, companheiros de trabalho e alunos sempre estiveram ao seu lado, mas sem vê-la como a coitadinha que estava doente e sim aquela batalhadora que ia vencer mais esta luta. A palavra que a define é empreendedora, pois sempre teve certeza do que quer e faz tudo com muito gosto. Sua mensagem é: “Deus está sempre ao nosso lado. O tratamento nos torna mais fortes. Não devemos nos sentir doentes, devemos ser otimistas e saber que vamos vencer mais esta batalha!”. REVISTA ATMA

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Dulce Helena Borges Guaritá Bento

Fé e otimismo são o melhor caminho

Foto Francis Prado

Casada, três filhos, dois netos

Durante exames de rotina, em 2007, Dulce descobriu que estava com diabetes. Levou o primeiro susto. Em 2008 soube que estava com câncer de tireóide, um susto maior ainda, e em 2009 recebeu o diagnóstico de que estava com um tumor na mama. Ela perguntou a Deus o que estava acontecendo. Através de uma amiga, veio a resposta: POR QUE NÃO EU? Dulce diz que reconhece o fato de que muitas pessoas passam por grandes provações, lutam e saem vencedoras. “Esta foi a minha força.” A família, o carinho, amizades e

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orações foram seus remédios. Ressalta que se sentiu amada e protegida. Hoje, ela fala com orgulho que se sente agradecida a Deus pela oportunidade de crescimento interior. Ficou mais forte e aproveita os bons momentos ao lado do marido, Fernando, os filhos Marcelo, Maria Fernanda e Rafael, e os netos, Mariana e Joaquim. Dulce descobriu que a felicidade está na simplicidade da vida. A expressão que a define é alegria de viver. E a sua mensagem é: “Fé e otimismo são o melhor caminho.”


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Arahilda Gomes Alves Foto Francis Prado

Aposentada, um casal de filhos e cinco netos

Se o viver é uma incógnita, saibamos vivê-lo intensamente seguindo rotas que nos levam a tropeçar e a desafiar, a analisar e a cantar pelos caminhos

Era maio, mês da Mulher e das Mães, deste ano, quando Arahilda fez visita rotineira ao ginecologista, que solicitou punção na mama direita, uma vez que as mamografias nada acusavam. Entre surpresa e choro contido, recebeu o diagnóstico de um nódulo positivo de 9 milímetros. Os fatos, com o passar dos dias, pareceram normais, ela apenas não encarava suas atividades e projetos com euforia. Soube de casos idênticos, o que lhe trouxe um alento. "Por que seria eu uma vítima? Mesmo que em nossos caminhos pudéssemos encontrar obstáculos, encará-los sob aspectos insanáveis,

só Deus poderia me mostrar." Um fato a marcou. No dia da cirurgia foi à capela da Medalha Milagrosa e pediu que, caso tudo corresse bem, que indicasse um trabalho voluntário, em agradecimento. Em seguida, na saleta de atendimento das Irmãzinhas soube que a Madre Maria dos Anjos queria falar com ela. Partiu da Madre o convite para Arahilda ministrar lá aulas de Canto. A resposta imediata a comoveu. Nossa Senhora da Medalha Milagrosa devolveu-lhe dias normais e agora pouco pensa na doença acreditando que ela tenha sido um acidente de percurso. Arahilda faz

da arte (música e literatura) suas re-criações do viver. Sua crença baseia-se na espiritualidade. "Deus sabe a quem mandar mensagens." Suas visitas diárias ao hospital são a radiografia de que o orgulho não leva a nada e que praticar a virtude da benemerência é o que fortifica. A palavra que a define é arte e sua mensagem é "Se o viver é uma incógnita, saibamos vivê-lo intensamente seguindo rotas que nos levam a tropeçar e a desafiar, a analisar e a cantar pelos caminhos. Sou o que minha voz e meus gestos definem em catarse, na revelação de meu EU sempre corajoso e crédulo." REVISTA ATMA

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Celina Maria Alves da Silva Foto Francis Prado

Empresária, casada, sem filhos

Não tenho o hábito de pedir nada a Deus. Tenho o hábito de agradecer, sempre. Tudo tem um propósito. Devemos ser guerreiras, sorrir muito e não desistir jamais. Deus nos dará a vitória!

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Depois de descobrir que estava com câncer de mama, durante a campanha Outubro Rosa deste ano, Celina foi para São Paulo fazer compras. Até parece que ela não se importou, mas na verdade o trabalho representou para ela um alento, pois não queria preocupar o marido, a mãe e demais familiares, que ainda experimentavam a dor pelo falecimento recente da irmã dela, vítima de câncer no ovário. Sua primeira preocupação foi com a mãe, que depende de cuidados especiais após ter sofrido um aneurisma e ficou com sequelas na fala. Não demorou muito, Celina levantou a cabeça, agradeceu aos céus pela ótima equipe médica que a atende no Hospital Dr. Hé-

lio Angotti e buscou Deus, que é muito grande dentro dela. “Quando contei para a minha cunhada, ela sofreu mais do que eu”, revela. Seu habitual otimismo voltou com tudo ao lado da sua contagiante alegria de viver. Ela assimilou que fará o tratamento e enquanto isso viverá da melhor maneira possível. A doença lhe trouxe algo de bom: a aproximou mais do marido reconhecendo nele um companheiro leal e muito amoroso. Abençoada é a palavra que a define e sua mensagem é: “Não tenho o hábito de pedir nada a Deus. Tenho o hábito de agradecer, sempre. Tudo tem um propósito. Devemos ser guerreiras, sorrir muito e não desistir jamais. Deus nos dará a vitória!”.


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~ Superacao , ATMA SUPERAÇÃO

Foto Divulgação

Famosos e suas histórias de

Pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o câncer lidera a relação de doenças que mais matam pessoas no mundo, no entanto, para muitos tipos há cura. A partir do diagnóstico encontram forças não se sabe onde e a pessoa se enche de coragem para ir à luta e muitas com um belo sorriso estampado no rosto. Entre os que venceram a doença assim, está o ator Reynaldo Gianecchini, embaixador do Instituto Boa Fé, em Uberaba, desde a sua fundação, em 2008, três anos antes de ele receber o diagnóstico. Quando recebeu o convite para ser embaixador do Instituto Boa Fé, em 2008, o ator Reynaldo Gianecchini teve dúvida quanto a aceitar ou não, pois não vislumbrava uma ligação entre ele, seu trabalho como ator e o Instituto, mas sentiu uma motivação para ajudar, inclusive porque o convite, que partiu do presidente, Jônadan Ma, foi reforçado pelo seu

tio, Luís Henrique Borges Fernandes (irmão de sua mãe), que é vice-presidente do Instituto. Quem conta é a mãe do ator, Heloísa Helena Gianecchini, que esteve recentemente em Uberaba.

raro de câncer. Submeteu-se ao tratamento, que incluiu sessões de quimioterapia e também ao autotransplante de medula óssea e superou a doença sempre com um belo sorriso, otimismo e muita fé. “Ele se sentia curado desde Três anos mais tarde, Giane foi o primeiro dia”, frisa a mãe, resdiagnosticado com um linfoma saltando que a postura dele dunão-Hodgkins, um tipo muito rante o tratamento foi sempre de REVISTA ATMA

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confiança chegando a dizer que a doença pode ter sido uma dádiva para ele, porque passou a enxergar uma série de coisas. Além do apoio da família, se sentiu fortalecido pelo amor do público, o que fez parte do seu crescimento. Heloísa ressalta que o filho é muito abençoado por Deus e merece essa atenção divina, pois além de ser um filho maravilhoso, é um ser humano raro, simples, apesar da fama, e, de fato, muito solidário. Giane permanece como embaixador do Instituto e sendo um exemplo de superação. Ele diz que as religiões são uma força que resvala no amor e que sua aproximação com crianças que também enfrentavam a doença lhe fez muito bem, porque elas têm uma postura muito bonita, sendo muito bom compartilhar. Sobre a morte do pai, Reynaldo Cisoto Gianecchini, em decorrência de um câncer no trato digestivo, Giane diz que foi um resga-

Foto Marise Romano

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Foto Rose Dutra

te muito bacana, porque houve tempo para conversarem e de verbalizar o quanto o amava, Heloísa conta que o marido morreu nos braços do filho, que cantou “Nossa Senhora” de Roberto Carlos, enquanto desapareciam as suas funções vitais. Em 2012, a história de vida do ator Reynaldo Gianecchini virou livro em biografia escrita por Guilherme Fiúza, com o título "Giane - Vida, arte e luta”. Atualmente, ele roda o Brasil como protagonista da peça Toca do Coelho, em que atua com as atrizes Maria Fernanda Cândido e Bárbara Paz, sob a direção de Dan Stulbach. Jonadan Ma, Heloísa Helena Gianecchini e Luis Henrique Borges

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Vencedoras

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Fotos Divulgação

Elba Ramalho

Elba Ramalho descobriu que estava com câncer de mama em 2010. Ela passou por uma cirurgia para a retirada de um nódulo no seio e fez radioterapia. Com o tratamento, Elba venceu o câncer.

Claudia Jimenes A atriz, mais conhecida pelos humorísticos “Escolinha do Professor Raimundo” e “Sai de Baixo” da Rede globo, descobriu e superou um câncer no mediastino (região do tórax), altamente maligno, em 1986. Ela passou por cirurgia e tratamento de quimioterapia e hoje segue com sua carreira nos palcos do teatro e na televisão.

Drica Moraes A atriz enfrentou uma leucemia e contou com a doação de medula vinda de uma pessoa anônima, que tinha cadastro no banco de sangue, no ano de 2010. Durante o tratamento, passou ainda por transfusão de sangue e sessões de quimioterapia. Atualmente ela está no ar, na novela “Império” interpretando a personagem Cora.

Patrícia Pillar Foi durante o autoexame em 2001, aos 37 anos, que a atriz Patricia Pillar sentiu um nódulo em seu seio esquerdo. Depois de uma cirurgia para a retirada do tumor e sessões de quimioterapia, a atriz foi considerada curada pelos médicos.

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ATMA FISIATRIA

Exercícios refletem nas funções vitais do organismo O prazer de viver é um dos efeitos fisiológicos da prática de exercícios, que deixa as pessoas mais dispostas e com a sensação de ter tomado um estimulante energético. A avaliação é do médico especialista nas áreas de Fisiatria - Medicina Física e Reabilitação e Ortopedia, Clóvis Antônio Garcia Borges, em entrevista à Atma. Ele alerta, entretanto, que antes de se prescrever uma atividade física para o paciente com câncer, se faz imperioso conhecer as atuais condições clínicas, seja qual for a fase do tratamento e o estágio de convalescença. Ele frisa que o objetivo é restaurar as funções perdidas ou debilitadas pela doença e hospitalização, colocando a pessoa de volta às suas condições de qualidade de vida e independência. De acordo com o especialista, os pacientes precisam absorver que os exercícios físicos representam o caminho para o retorno do prazer de viver. Atma – Antes de prescrever atividades físicas para pessoas com diagnóstico de câncer, o que o médico fisiatra observa? Clóvis Antônio Garcia Borges - Você menciona câncer e ao assim se exprimir inclui uma gama enorme de cânceres, mas se você se referir aos cânceres que comprometem a sexualidade e a reprodução das mulheres, o universo se restringe às mamas, útero, ovários, trompas canal do parto e os anexos externos. Para o câncer, temos de levar em consideração alguns aspectos antes da indicação de qualquer terapia física, dentre elas exercícios reabilitadores e de condicionamento físico. Para tanto, é importante investigarmos e conhecermos as condições

Foto Francis Prado

Faça exercícios associados a uma dieta bem orientada e equilibrada, mas com controle e supervisão de profissionais habilitados, e evite os efeitos da má prática ou hábito.

Clóvis Antônio Garcia Borges: “A reabilitação não é só uma prática que atinge o físico, mas envolve o psíquico, mental e motivacional”

clínicas atuais da paciente, e também é importante, entre outras, conhecer o tipo de câncer, localização, estagiamento, comprometimento de linfonodos, dos órgãos vizinhos e metástases, se foi realizado diagnóstico e tratamento precoce e ou tardio, tipo de cirurgia e tratamentos complementares (quimioterapia e a radioterapia) e quais funções vitais e motoras se encontram comprometidas. Atma – Esse estudo das atividades ideais passa então por uma investigação detalhada? Clóvis Borges – Temos de saber quais as medidas reabilitadoras foram tomadas desde a hospitalização e a alta da paciente. Justifico que cada fase é uma fase e, portanto, deve ser abordada de forma par-

ticular e individualizada. Investigar se a paciente tem dor crônica, incapacidades e quais as repercussões estas produziram para as suas atividades da vida diária (higiene pessoal, alimentação, nutrição, vestuário) e na sua independência, se necessita de suportes e auxílios de locomoção como muletas, bengalas, andadores ou se é um paciente acamado. Atma – Onde começa a reabilitação física? Clóvis Borges – A reabilitação física se inicia pela avaliação clínica realizada pelo médico fisiatra, se existente, que prescreverá as modalidades de atividades físicas a serem realizadas, que envolvem o atendimento de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos, enfermagem e

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professores de educação física, psicólogos, através de um tratamento em equipe multidisciplinar, com utilização de exercícios sejam eles passivos, ativos, ativo-assistidos, contra a gravidade, resistidos com ou sem peso, mobilização no leito, treino de equilíbrio sentado, fortalecimento de tronco, treino levantar, treino de aumentar a resistência à posição em pé, o treino sentar-levantar, treino de equilíbrio estático e dinâmico, treino coordenação motora de membros superiores e inferiores e a marcha estática, dinâmica e coordenada, que sejam eles iniciados no hospital e continuados na pós-hospitalização. Atma – Partindo do princípio de que a prática de exercícios físicos representa bem-estar e qualidade de vida, o que vem em primeiro lugar? Clóvis Borges – É importante tratar as comorbidades preexistentes como a dor crônica, a presença de paralisia, rigidez articular, déficit de força, bem como restaurar as mo-

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bilidades articulares para melhorar as condições aeróbicas, o que se alcança com exercícios cardiorrespiratórios. O objetivo é restaurar as funções perdidas ou debilitadas pela doença e hospitalização, colocando a paciente de volta às suas condições de qualidade de vida e independência. Atma - O senhor acredita que a prática de exercícios melhora a resposta ao tratamento? Clóvis Borges - Não só acredito como os indico, mas sempre se deve partir da avaliação médica, deve-se conhecer o eu do paciente, suas habilidades não afetadas e o que foi afetado, este é o ponto inicial, para começar um programa de reabilitação física. Antes de se prescrever uma atividade física se faz imperioso conhecer as atuais condições clínicas da paciente, seja qual for a fase do tratamento e o estágio de convalescença. Isto só pode ser realizado através de uma consulta com o médico especialista, de preferência da área.

Atma - É verdade que a malhação afasta o risco de a pessoa ficar depressiva? Clóvis Borges – Sim, é verdade, e este é um dos grandes benefícios para todos nós, pacientes saudáveis ou portadores de qualquer doença crônica, ainda que cardiovasculares (hipertensivas, coronariopatas), diabéticos, jovens, adultos, na senilidade, e aí se incluem os vitimados pelo câncer. Este milagre acontece porque o cérebro humano passa a liberar os hormônios da felicidade ou do prazer, como as endorfinas e noradrenalina, que inibem a substância P, a histamina. Atma - O que é fadiga crônica? Clóvis Borges - A fadiga crônica ou desânimo sem explicação aparente, dores no corpo, falta de motivação para continuar aquela atividade de que tanto gosta e uma vontade enorme de ir embora logo após chegar ao emprego acontece quando somos submetidos a situações estressantes de trabalho físico e mental. Essa situação leva ao es-


ATMA FISIATRIA gotamento que conhecemos como fadiga crônica, porque ela se manifesta por um período superior a três meses. De origem emocional, ela pode atingir crianças e adultos e compromete o desempenho na escola, no trabalho e na relação com as demais pessoas no dia a dia, tornando todas as atividades antes prazerosas, em obrigações desgastantes e chatas. Atma - Por alterar todo o funcionamento do organismo, pode desencadear outras doenças? Clóvis Borges – Sim, como hipertensão, fobias e ansiedade, problemas cardíacos e gastrite. Treino, caminhada e corre-corre com as crianças produzem muito cansaço. Mais popularmente conhecida como fadiga, a estafa periférica se caracteriza por dores musculares e cansaço físico ocasionados principalmente pela combinação entre desgaste excessivo (sem respeitar o tempo de recuperação) e pela má alimentação, além de estafa mental (central) falha de memória. Atma - Que sintomas da estafa mental, o senhor pode citar? Clóvis Borges - Insônia, irritabilidade e choro com facilidade, além de desânimo, tristeza e angústia, bem como azia, má-digestão, palpitação e diminuição do desejo sexual. Entre as manifestações da estafa física, se encontram os sintomas: dores por todo o corpo, apatia, falta de ânimo, baixa resistência imunológica e distensão muscular.

respeite o ritmo de seu corpo e procure ter uma alimentação balanceada e saudável. Atma - É um grande desafio convencer o paciente a continuar praticando exercícios após a alta? Clóvis Borges - Sim, muitos por comprometimentos de cunho social, psíquico-emocionail, encontram dificuldade para praticar regularmente atividades físicas recomendadas e indicadas. Atma - O que os pacientes precisam entender com relação à prática de exercícios? Clóvis Borges - Precisam entender que os exercícios físicos representam o caminho para o retorno à vida. Necessitam muito do carinho e apoio dos familiares para motivá-los e compartilhar com eles esses momentos. A reabilitação não é só uma prática que atinge o físico, mas envolve o psíquico, mental e motivacional. É reabilitar para uma vida mais saudável. Atma - Muitas vezes o paciente pode ficar sem apetite e com baixa autoestima. Os exercícios podem contribuir para elevar o prazer de viver?

Clóvis Borges – Temos, em primeiro lugar, de buscar uma causa orgânica, psíquica e mental e para isso recorremos ao psiquiatra e à terapia de apoio com psicólogos. Sim, o prazer de viver, este é um dos efeitos fisiológicos dos exercícios. Após a prática de exercícios, nos sentimos mais dispostos, ligados, e com a sensação de ter tomado um estimulante energético, inibe o sono e, segundo o estudo, também pode matar a fome. Atma – O benefício das atividades físicas ultrapassa o objetivo de queima de calorias? Clóvis Borges – Pode se dizer que sim, claro. Pesquisadores da Unicamp revelam que a prática de exercícios pode também controlar a sensação de saciedade. Estudos mostram que a prática de exercícios intensos não abre o apetite, e sim diminui a fome, a sensação de saciedade é duradoura depois de atividades aeróbicas, como a corrida. Os efeitos dos exercícios sobre o organismo não param aí, eles se refletem no organismo como um todo e na totalidade das nossas funções vitais. Quer viver mais? Faça exercícios associados a uma dieta bem orientada e equilibrada, mas com controle e supervisão de profissionais habilitados, e evite os efeitos da má prática ou hábito.

Atma - E quais as suas recomendações para combater a fadiga crônica? Clóvis Borges - Relaxar é o lema para curar a estafa. Saiba aproveitar os momentos de lazer, converse sobre os problemas com os amigos ou com um profissional e cultive o bom humor. Aprenda a relaxar! Não faça várias tarefas ao mesmo tempo, procure resolver um problema de cada vez e organize as suas prioridades. Não leve preocupações do trabalho para casa. Pratique atividade física com moderação,

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ATMA IEATM

Nova diretoria do IEATM prioriza sustentabilidade

Eleiçon Mariano reforça que é responsabilidade de todo engenheiro e arquiteto priorizar o meio ambiente em seus projetos

A gestão de Eleiçon no IEATM tem uma atenção especial para com a sustentabilidade. Ele reforça que é responsabilidade de todo engenheiro e arquiteto priorizar o meio ambiente em seus projetos. “Eles têm papel fundamental nesta questão”, diz. Revela que há engenheiros ambientalistas revolucionando o segmento e acrescenta que o IEATM quer contribuir para o progresso, mas respeitando a natureza e tentando melhorar as condições de vida para todos os habitantes. Eleiçon observa que o Instituto está em fase de elaboração do Planejamento para 2015 e um dos pontos já divulgados envolve a construção da represa anunciada pela PMU e o Codau, para atender o abastecimento da cidade em períodos de seca. “Estamos contribuindo com sugestões pensando no futuro de Uberaba, que passa por um bom momento em nível de avanço na área da construção civil”, finaliza. Fotos Paulo Lucio

As mulheres estão cada vez mais em ascensão ocupando naturalmente o espaço que merecem por direito. Competência não tem qualquer relação com gênero. É o que avalia o presidente do Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro (IEATM), o engenheiro civil Eleiçon Mariano, que reúne em sua diretoria número recorde de mulheres na história de cinco décadas do instituto. Entre as diretoras, está a engenheira civil, arquiteta e professora universitária, Elaine Furtado, que dirige o departamento universitário e integra o Conselho Diretor. Ela é uma das entrevistadas da revista Atma e uma das convidadas para ilustrar o calendário com renda revertida para o Hospital Dr. Hélio Angotti. Eleiçon elogia a iniciativa do grupo responsável pela publicação, do qual faz parte a arquiteta Alexandra Rôso, que é 2º vice-presidente do IEATM, e entende que toda a sociedade tem de estar ciente das dificuldades que permeiam o câncer e reconhecer que o Hospital Dr. Hélio Angotti tem prestado um grande serviço não apenas para os pacientes de Uberaba, mas de toda a região. Para quem está em tratamento, Eleiçon observa que deve olhar a vida, enquanto puder, viver da melhor maneira possível. Ele leu uma notícia de que as pessoas acima de 70 anos têm mais propensão para desenvolver a doença. “A vida não acabou para quem tem câncer. Então, vamos olhar a vida.”

PERFIL

Eleiçon Mariano de Almeida, 62 anos, é filho de José Mariano de Almeida e Lígia Gonçalves Pereira. Formou-se em Engenharia Civil na Escola de Engenharia do Triângulo Mineiro, em agosto de 1977, e em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Econômicas, em janeiro de 1983. É casado com a dentista Ana Maria Gonçalves de Almeida, com quem tem duas filhas: Amanda e Júlia. Dirige a M. Almeida Engenharia Ltda, empresa do ramo de construção civil, que assinou obras como a ampliação do Hospital de Clínicas da UFTM, ampliação da Coca-Cola (Uberlândia Refrescos); construção do CMEI (Creche); construção do INSS (Agencia Araxá); ampliação do Hotel Tamareiras Uberaba.

Família de Eleiçon Mariano

Eleiçon Mariano, Paulo Piau, Gilberto Resende, José Elias Miziara e Altamir Rôso

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Qualidade de vida do tamanho da sua necessidade

2 QUARTOS

2 QUARTOS

3 QUARTOS

4 QUARTOS

Ideal para quem procura conforto e praticidade

Comodidade na medida certa

Conforto para quem procura mais espaço

Perfeito para quem quer exclusividade e alto luxo

Torres A e B

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Torre A

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Apartamento tipo 76m2 2 quartos com suíte

Apartamento tipo 76m2 2 quartos com suíte

Apartamento tipo 112m2 3 quartos com suíte

Apartamento tipo 174m2 4 quartos com 2 suítes

Cobertura duplex 116m2 - 2 suítes

Cobertura duplex 116m2 - 2 suítes

Cobertura duplex 175m2 - 3 suítes

Cobertura duplex 276m2 4 quartos com 2 suítes

Torre B Apartamento tipo 123m2 - 3 suítes Cobertura duplex 186m2 - 3 suítes

FINANCIAMENTO

Torre B Apartamento tipo 227m2 - 4 suítes Cobertura duplex 341m2 - 4 suítes

CONSTRUÇÃO E INCORPORAÇÃO

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Fotos Patrícia Helena/Arquivo pessoal

ATMA VOLUNTARIADO

Com o passar do tempo, o trabalho do Palhamédicos se estendeu para além da humanização hospitalar


ATMA VOLUNTARIADO

Conseguir arrancar sorrisos é algo esplêndido, que não tem dinheiro no mundo que pague

Doutores da Alegria inspiram

Palhamédicos

O grupo Palhamédicos do Senhor surgiu em 29 de julho de 2012, com visitas a pacientes do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), inspirado no trabalho dos Doutores da Alegria, de São Paulo, e da ATMO, no Nordeste. A presidente do grupo, Patrícia Helena de Oliveira, conta que tudo começou após ela ter tido um sério problema de saúde e se recuperado em 100%, sem sequelas. Com o passar do tempo, o trabalho se estendeu para além da humanização hospitalar com realização de campanhas dentro e fora do hospital e a prestar assistência a famílias carentes, com doações de roupas, calçados, enxovais para recém-nascidos, leite, remédios mediante apresentação de receituário médico, cestas básicas e encaminhamentos a vagas de emprego. Ao longo deste ano, o Palhamédicos realizou seis campanhas: Páscoa Solidária, Dia das Mães, campanha de incentivo à doação de sangue, Campa-

nha de Incentivo à Doação de Medula Óssea, Dia da Criança e Natal. O grupo conta com 40 voluntários, que fazem visitas semanais aos pacientes do HC e que auxiliam na realização das campanhas. No hospital, trabalhamos diretamente com os pacientes e seus acompanhantes e também com os funcionários do hospital. Eles atuam direto com pacientes em tratamento contra o câncer, tanto crianças como adultos. “É uma sensação única conseguir fazer aquela criança ou adulto esquecer, nem que seja por alguns momentos, a dor e toda a dificuldade que traz um tratamento como o de câncer. Conseguir arrancar sorrisos deles para nós é algo esplêndido, que não tem dinheiro no mundo que pague”, revela, acrescentando que são sensações e sentimentos impossíveis de se descrever com palavras. “É preciso vivenciar para saber.” Patrícia admite que não é um trabalho fácil. É árduo e leva os integrantes a

extremos. É preciso estar psicologicamente preparado para vivenciar várias situações. Há aqueles que os levam ao delírio de tanta felicidade ao ver a vitória dos pacientes e também aqueles que sofrem muito ao perder um deles. “Viramos a segunda família de nossos pacientes e eles a nossa. Criamos laços afetivos com todos devido à longa convivência com eles”, enfatiza. Observa que o grupo vibra nas batalhas ganhas e chora nas que perdem. A ONG não recebe apoio do governo para o trabalho. Patrícia como presidente, se empenha para reunir recursos visando a manutenção das atividades. A compra de jalecos, material para pinturas e acessórios para os palhaços, é feita pelos próprios voluntários. A população uberabense conhece e admira o trabalho do Palhamédicos, tanto que durante as campanhas recebe muitas doações, o que motiva os voluntários a manterem a missão com a expectativa e a fé de que conseguirão alcançar suas metas com sucesso.

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ATMA NUTRIÇÃO

Nutricionista garante que alimentação saudável previne câncer O câncer é uma doença multifatorial e a má alimentação é um dos fatores que interferem no seu surgimento. A afirmação é da nutricionista, pós-graduanda em Nutrição Materno Infantil, Daniela Prata Teixeira, acrescentando que é importante considerar a terapia nutricional nas diversas etapas da doença, seja na prevenção, no tratamento, na cura ou mesmo em pacientes de câncer em fase terminal. Adotar uma alimentação saudável, segundo ela, é fundamental na prevenção da doença. A nutricionista revela que alguns alimentos possuem agentes cancerígenos que estão relacionados à causa de tumores e devem ser evitados. É o caso das nitrosaminas, produto final dos nitratos encontrados em embutidos e em algumas conservas e enlatados. O alcatrão, proveniente da fumaça do carvão, ressalta, encontrado em alimentos defumados e no churrasco, também é considerado um agente cancerígeno, assim como as aflatoxinas que podem ser encontradas em grãos e cereais armazenados em lugares inadequados e úmidos.

Daniela Prata Teixeira: “Adotar dieta rica em frutas, hortaliças e alimentos integrais, bem como restringir preparações muito gordurosas, tem se revelado eficaz na prevenção”

cumina) e o gengibre (gingerol). “Porém, no que diz respeito à nutrição, é importante sempre levar em consideração a individualidade de cada paciente e buscar uma dieta equilibrada, sem rotular certos alimentos como vilões ou mocinhos”, destaca.

Daniela comenta que há vários estudos comprovando que o consumo regular de alguns alimentos De uma maneira geral, a nutricioque possuem substâncias nutracêu- nista recomenda a adoção de uma ticas pode prevenir o surgimento dieta rica em frutas, hortaliças e de alguns tipos de câncer. É o caso da soja que possui isoflavonas, do tomate que possui licopeno, a pimenta (capsaicina), os óleos de peixe (DHA e EPA), a cebola e o alho (compostos organosulfúricos), uvas (resveratrol), o açafrão (cur-

alimentos integrais, bem como restringir preparações muito gordurosas, carne vermelha, processadas (frios, embutidos e carnes defumadas) e restringir o consumo de sal, tem se revelado eficaz na prevenção da doença.

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ATMA VENCER

VENCER apoia doentes com câncer e suas famílias

Zuleika Acedo Lyrio: “Atendemos 500 pessoas por dia; ainda há espaço para novos voluntários”

A Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer de Uberaba (AVCCU), mais conhecida por Vencer, tem compromisso com o ser humano desde a sua fundação em 9 de dezembro de 1998, por um grupo de uberabenses liderados pelas senhoras Sandra Abadia Gomes de Andrade e Nilda Curi Barra, que, com apoio da Associação Paulista Feminina de Combate ao Câncer, iniciou as atividades com 120 voluntários, em abril de 1999. A atual presidente da Vencer, Zuleica Acedo Lyrio, diz que o quadro de voluntários aumentou, saltou de 120 para 160, mas que ainda há muito espaço para que mais pessoas contribuam doando tempo e atenção, pois são atendidas diariamente 500 pessoas.. A filosofia da Vencer, segundo Zuleica, busca proporcionar à

pessoa carente com câncer o resgate da sua cidadania, autoestima e confiança. Ela observa que a instituição se empenha para prestar serviços assistenciais, e, ainda, para liderar e colaborar com a sociedade uberabense e da região, nas ações preventivas de combate à doença. Enquanto os pacientes carentes aguardam consultas e sessões de quimioterapia, no ambulatório do Hospital Dr. Hélio Angotti, a Vencer oferece lanches diários em dois turnos, de segunda a sexta, preparados na sede da associação. Os que estão no leito recebem kits higiene pessoal em dois turnos. Também providencia corte de cabelo, barba e unhas dos pacientes internados. Para que as pacientes, em especial às que fazem o tratamento

com a quimioterapia, mantenham o astral em alta, a Vencer faz distribuição de perucas e lenços e promove oficinas de costura, em que confeccionam campos cirúrgicos, pijamas, camisolas, hotelaria para o Hospital Dr. Hélio Angotti, ou seja, toalhas de banho, lençóis, fronhas, etc, bem como oficina de confecção de fraldas, com repasse para o Hospital e para pacientes em domicílio. Entre as áreas de atuação se incluem distribuição de cestas básicas, repasse de medicamentos para os pacientes após receberem alta, repasse de medicamentos ao Hospital, suporte com a dieta aos pacientes que estão na alimentação especial e até pagamento de consultas e exames não cobertos pelo SUS. A sede da Vencer está localizada na rua Governador Valadares, 629, com os telefones (34) 3333-1952 e 3333-0670. Os interessados podem fazer contato pelo e-mail atendimento@ vencercancer.com.br. Para doar, basta fazer um depósito na Caixa Econômica Federal, agência 0160 , operação 003, conta corrente 502.779-4.

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ATMA AÇÃO

Família Ma Shou Tao: exemplo de fé e responsabilidade social

A Família Ma Shou Tao tem uma história baseada totalmente na fé em Deus. A vinda para o Brasil aconteceu em 1959, por decisão dos patriarcas, então com dois filhos e esperando o nascimento do terceiro. Cristãos, eles colocaram nas mãos de Deus, pediram a direção dEle. Havia duas opções: Estados Unidos e Brasil. Deus sinalizou para que eles viessem para o Brasil, mesmo sendo criticados por muita gente. Fim da década de 50, entre Estados Unidos e Brasil, uma família chinesa, que falava inglês, e vir para o Brasil, sem conhecer a língua, veio pela fé. Foram 55 dias de navio, via Hong Kong, África do Sul, apor-

Jônadan Ma concilia as suas atividades empresariais com a presidencia do Instituto Boa Fé

taram em Santos, moraram em São Paulo de 59 a 63, e começaram a trabalhar na atividade industrial, com o pai economista e administrador de empresas. Em 63, o patriarca percebeu que o Brasil queria começar a sua industrialização, com a vinda de indústrias automobilísticas, mas não tinha uma agricultura sólida. Ele aprendeu na economia que nenhum país torna-se desenvolvido sem primeiro passar por uma agricultura desenvolvida. Assim, deixou a indústria de lâmpadas e com a família se mudou para o Rio Grande do Sul, para investir na agricultura, começou aprendendo a trabalhar

com lavoura de soja, trigo, cresceu, se desenvolveu, e, em 73, com a expansão da atividade e do crescimento da empresa e da fazenda, acabou vindo para Uberaba (MG), onde entrou pelo Portal do Cerrado, e se instalou em Conquista (MG). A vinda para Uberaba também foi um ato de fé. A família estava estabilizada e resolveu mudar de região, para o Cerrado, onde não havia nada na área da agricultura. Assim, a família veio para desenvolver a cultura da soja evidenciando que o pioneirismo e o empreendedorismo são as marcas da família. Um passo à frente Cristã, a Família Ma Shou Tao veio fugindo do comunismo, pois foi perseguida na China devido à questão ideológica, encontrou no Brasil uma hospitalidade fantástica e iniciou buscando manter uma atividade economicamente rentável e conseguiu. Ma Shou Tao sempre se destacou por desenvolver tecnologias para ser tecnicamente adequado, avançado. E com o crescimento, a partir da década de 80/90, a questão ambiental passou a merecer mais atenção, quando deu início a uma agricultura mais responsável com a preservação dos recursos naturais, e utilizando tecnologias de conservação do solo, controle biológico, controle de pragas e doenças, manejo integrado para que a atividade econômica, além de rentável, fosse ambientalmente correta. Conquistou três degraus: uma atividade economicamente rentável, uma empresa tecnicamente avançada e ambientalmente correta. O quarto pé Em 2008, a família, que então já era um grupo, com atividades também na pecuária, e um terceiro braço da indústria de alimentos e uma unidade de comércio internacional, todas ligadas ao agronegócio e viu que dentre os fundamentos econômicos faltava uma peça: tornar o grupo socialmente responsável e decidiu criar o quarto pé para ser uma empresa sustentável sob todos os aspectos. Na pesquisa para escolher onde investir optou pela saúde, especialmente o câncer, quando o Hospital Dr. Hélio Angotti estava prestes a fechar as portas. A definição se baseou em quatro pontos: o câncer é uma doença que atinge qualquer pessoa, independente da idade, do grau cultural, social, econômico, racial; o tratamento é de altíssimo custo


ATMA AÇÃO em que a acessibilidade de 95% dos pacientes depende do governo, do SUS; é uma doença que desestrutura toda a família e a inexistência de um trabalho permanente e consistente de suporte social, de responsabilidade social. Estava totalmente baseado em ações pontuais e filantrópicas. O grupo avaliou que já existia uma associação de voluntários eficiente, que é a Vencer, e decidiu criar o Instituto emprestando o nome do grupo Boa fé, em 15 de outubro de 2008. Naquele ano, o Hospital Dr. Hélio Angotti passava pela sua pior crise, em consequência de anos de problemas crônicos, não só de gestão, mas de transparência, de prestação de contas, e falta de apoio. Vencendo adversidades Quando a sociedade viu que o Grupo Boa Fé, um grupo consolidado, composto pela família Ma Shou Tao, decidiu criar um instituto associado a empresários, profissionais liberais, pessoas de bem que se uniram para criar uma instituição de direito privado, mas aberto a eleição e com estatuto que rege objetivando suprir financeiramente para comprar medicamentos e dar suporte à família dos pacientes oncológicos, com comprometimento formal e ético, surgiu questionamento grande, inclusive por amigos, além de críticas em geral. Jônadan Ma, presidente do instituto, lembra que o Grupo acreditou na mudança, que poderia fazer a diferença, enfrentou e venceu as adversidades. “Um grupo acreditou junto conosco participando da diretoria e conseguimos consolidar a história do Instituto”, frisa. Suporte permanente O Instituto Boa Fé não repassa dinheiro ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Jônadan explica que o Instituto capta recursos revertidos à compra dos medicamentos, a partir de uma lista repassada pelo hospital para o mês. É feita a compra, a entrega é conferida, bem como onde e com quem foi usada a medicação. Existe esse trabalho que dá a tranquilidade para a aplicação do recurso. O Instituto já arrecadou quase R$ 3 milhões, por meio de leilões, jantares, almoços, doações pontuais, doações permanentes com a contribuição mensal de colaboradores de empresas. “Nós incentivamos o comprometimento formal e permanente, pois o paciente de câncer precisa de um tratamento que pode durar seis meses ou talvez a vida inteira. Investi-

mos aproximadamente R$ 50 mil por mês para que não haja interrupção nos tratamentos. Este é o sentido do Instituto.” Com a fundação do Instituto, outras pessoas começaram a ajudar. Jônadan revela que o Instituto exigiu uma mudança de posição dentro do próprio hospital para que os medicamentos pudessem ser aportados e houve uma decisão por parte do Dr. Délcio Scandiuzzi, que imprimiu um choque de gestão transformando o hospital num dos mais importantes da região. Complementa que desde então, foi formado um somatório de doações e surgiu a Rede de Proteção Social composta pelo próprio hospital, o Instituto Boa Fé, a Vencer, e o Instituto Agronelli com ações coordenadas também na região. Responsabilidade social Toda a família Ma Shou Tao e sua rede de amigos abraçaram a causa. Há dois membros na diretoria e quatro no conselho. O conceito da responsabilidade social empresarial, segundo Jônadan, ainda está sendo construído no Brasil. “As grandes empresas, principalmente multinacionais, já têm suas ações de responsabilidade social empresarial para envolver e comprometer todos os que gravitam ao redor, de forma ética, formal e permanente.” Quem pratica este conceito é reconhecido pela sociedade. As empresas que têm responsabilidade ambiental e social, não somente aos olhos internacionais, têm mais confiabilidade, bem como o que elas produzem têm aceitação maior. “No nosso caso, estamos salvando vidas. Só quem faz pode experimentar como é gratificante, no fundo do seu coração, saber que com a sua ajuda alguém vive. E isso não tem preço”. Sobre o presidente Jônadan Ma concilia as suas atividades empresariais como diretor do Grupo Ma Shou Tao, com a presidência do Instituto Boa Fé, desde a

sua fundação, em 2008, e também preside a Associação de Criadores de Girolando. Tanto quanto decidir sobre a cultura da soja, operação de vendas de gado e de leite e da indústria, ele precisa ter tempo de cuidar do Instituto, porque ele faz parte das atividades dele como empresário. “Quanto mais apertado o tempo, mais tempo sobra, porque para ajudar Deus dá força. Se for colocar na agenda, não há tempo”, admite. Jônadan e a família são cristãos evangélicos, “mas respeitamos todas as religiões”. Dois de seus irmãos são missionários com atuação no exterior (Estados Unidos e África). Ele diz que a fé em Deus é igual e toda a família procura propagar esta fé, o que não a leva a ser discriminada por ninguém, pois abraçam a todos. O símbolo do Instituto Boa Fé são três flores. Ele diz que a Bíblia fala que os três maiores dons que uma pessoa pode ter é fé, esperança e amor, porém, o maior deles é o amor. Jônadan tem contato com beneficiados pelo Instituto e em um dos casos, a mãe de uma paciente com suspeita de câncer, felizmente o tumor era benigno, em gratidão pelo atendimento acolhedor e amoroso oferecido à filha pelo Hospital Dr. Hélio Angotti, decidiu promover uma Cavalgada Solidária, com renda revertida para o Instituto. Jônadan observa que a grande diferença do Hospital Dr. Hélio Angotti é esta: embora 95% do tratamento sejam via SUS, é como se fosse o melhor particular. E é isso o que lhe dá alegria de trabalhar lá dentro. Essa mãe comprou a vaca, cozinhou e serviu as quase 200 pessoas sem cansaço para tentar retribuir um pouco o amor que a filha recebeu no hospital. “As pessoas recebendo amor e depois retribuindo com amor: este é o melhor atestado da competência e do trabalho do Hospital e do Instituto Boa Fé”, finaliza. Jônadan Hsuan Min Ma é engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura (Esalq) da USP, tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV e está entre as 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro, segundo publicação comemorativa dos 10 anos da revista Dinheiro Rural, do último mês de outubro. Ele é casado há 31 anos com Ângela Toledo Ma, com quem tem três filhos: Enos, Samuel e Ana.

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ATMA AÇÃO

Sustentabilidade garante ganhos de imagem e visibilidade A busca da sustentabilidade é um processo em andamento e parece estar muito longe do fim. É tarefa de toda a sociedade. Um projeto que todos devem tentar se engajar. A avaliação é da advogada pós-graduada em Direito Ambiental, Érika Cristina da Cunha. Ela esclarece que o desenvolvimento sustentável, um conceito ainda em construção, engloba as dimensões econômico-ambiental e social das ações humanas, bem como suas consequências sobre o planeta e os seres que o habitam. Segundo Érika, para ser sustentável, uma empresa ou empreendimento tem que buscar em suas ações e decisões, em seus processos e produtos, permanentemente, a ecoeficiência. Significa dizer que tem de produzir mais e melhor com menos: mais produtos de melhor qualidade, com menos poluição e menos uso dos recursos naturais. Ela considera um grande desafio, sem dúvida, pois exige escolhas inovadoras e novas formas de pensar. A advogada acrescenta que uma empresa engajada na busca da sustentabilidade deve também

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Advogada pós-graduada em Direito Ambiental, Érika Cristina da Cunha

ser socialmente responsável, pois ela está inserida num ambiente no qual influi e do qual recebe influência. “Inicialmente, esta proposta deve estar focada na melhoria contínua na sua relação com seus funcionários, comunidade e parceiros”, frisa. Para alcançar estes objetivos, Érika cita práticas de sustentabilidade empresariais

mais valorizadas e imprescindíveis como a não utilização do trabalho infantil e forçado, “infelizmente presenciado até hoje”. Para extinguir tão horrenda realidade, de acordo com ela, deve ser exigido em contrato, que toda a cadeia de valor assuma a mesma postura. Outra forma de favorecer a sustentabilidade, diz, é oferecer oportunidade de igualdades, com programas de contratação, capacitação e promoção de mulheres, negros e pessoas com deficiência. Não menos importantes, segundo ela, são o apoio e a preocupação com a reciclagem. Destaca que este é um ponto que já não basta apenas ser neutro, é preciso gerar impacto positivo, pois são muitas e diversas as formas de uma empresa comprometer-se com a sustentabilidade. Érika garante que essa postura empresarial é recompensada com ganhos de imagem e visibilidade, sendo ainda menos propícias a litígios judiciais. “De fato, um bom negócio! Uma forma ética e rentável de deixar sua marca no mundo”, finaliza.


ATMA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL

O Hospital Dr. Hélio Angotti está credenciado pelo Ministério da Saúde para captar doações dedutíveis de pessoas físicas e jurídicas. O esclarecimento é da gerente de Relacionamento Corporativo da Rede de Proteção Social do Hospital, Geise Alvina Degraf Terra. Atma - De que forma as pessoas podem contribuir com a manutenção do Hospital Dr. Hélio Angotti? Geise Alvina Degraf Terra - As pessoas têm contribuído muito com o Hospital Dr Hélio Angotti doando tempo, talento, conhecimento e recursos materiais e financeiros. Neste ano de 2014, mais de 1,5 mil voluntários doaram 60 mil horas de trabalho para a instituição, através da participação no desenvolvimento de nossos eventos de arrecadação. Muitas pessoas fidelizam doações através de nossas campanhas de arrecadação, pela conta da CTBC, Cemig e Codau, e doações pelas contas bancárias, indicadas no site www.helioangotti.com.br. É uma multidão de pessoas voluntárias, a maioria anônima, que diariamente colocam-se à disposição de nos ajudar a salvar vidas. Atma – As doações de pessoas físicas e jurídicas são passíveis de dedução no imposto de renda? Geise Degraf - Estamos divulgando neste momento a possibilidade de doação com dedução pelo Pronon – Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica. O

Fotos Francis Prado

Multidão de voluntários ajuda Hospital do Câncer a salvar vidas Hospital Dr. Hélio Angotti está credenciado junto ao Ministério da Saúde para captar doações dedutíveis de pessoas físicas e jurídicas. Os doadores deduzem até 1% do imposto de renda. Estamos com uma equipe especializada para orientar as empresas e os contadores sobre a doação. As doações de roupas podem ser encaminhadas ao grupo Vencer-Voluntários Empenhados contra o Câncer, nosso parceiro, que realiza bazar direcionando benefícios para o hospital. Atma - De quanto o Hospital Dr. Hélio Angotti precisa para se manter? Que percentual desse total vem de doações? Geise Gegraf - O tratamento de mais de quatro mil pacientes, atualmente, tem investimento médio mensal de R$ 4,3 milhões, conforme a nossa Direção Executiva. As doações representam, em média, 26% do investimento mensal no tratamento dos pacientes. Atma - O trabalho do Instituto Boa Fé tem representado uma ajuda importante? Geise Degraf - É um dos mais importantes parceiros. É uma instituição que tem mobilizado muitos atores regionais para apoio à causa. Nestes últimos cinco anos, realizou leilões anuais, beneficiando com os recursos arrecadados mais de seis mil pessoas. Atma - Muitos acham que doar

Geise Degraf revela que mais de 1,5 mil voluntários doaram horas de trabalho para o Hospital em 2014

para uma instituição é gasto, mas não seria um investimento? Geise Degraf - Quando direcionamos nosso olhar para o social, para a responsabilidade social, percebemos que a questão de valor toma outra proporção. O tratamento do câncer, a qualidade de vida do paciente e de sua família são valores intangíveis, imensuráveis. Não se pode avaliar em cifras o bem-estar do ser humano, como se pode avaliar e mensurar os investimentos com medicamentos e materiais, por exemplo, (mensalmente o hospital faz investimento aproximado de um milhão de reais, nesta área). Solidariedade é inerente ao ser humano, não é um sentimento de buscar algo em troca. É um dom que desperta em cada um de nós, de diferentes formas, em diferentes causas, mas tão grandioso que literalmente salva vidas.

Empresário realiza sonho e reverte renda para o Hospital do Câncer Trajetória ganhará documentário especial do Canal do Boi

Alcides Borges de Oliveira O I Encontro de Comitivas, com renda para o Hospital Dr. Hélio Angotti, promovido pelo empresário Alcides Borges de Oliveira, que dirige a Renutre Comércio e Representação, reuniu em sua fazenda, nos dias 5 e 6 deste mês, tropeiros de Uberaba, Tapira, Sacramento, Campo Florido, Frutal, Planura e Conceição das Alagoas. Ele gosta de comemorar seu aniversário (4/12) fazendo algo que beneficie quem mais precisa. No ano passado, promoveu um grande evento com a presença do cantor Marciano, com arrecadação para a Vencer. Com este encontro, o

beneficiado direto é o hospital. Na sexta-feira, dia 5, foi a vez da Pousada dos Tropeiros, em que havia nove cozinhas típicas que envolveram os participantes com os mais inusitados sabores e temperos. Os participantes acamparam no local com direito a café da manhã, almoço e jantar. A inscrição teve custo simbólico de R$ 30. Um dos pioneiros na realização de cavalgada na região, chegou a fazer nove consecutivas, Alcides é um dos precursores da popularização do esporte, no interior mineiro. Admite que muitos foram parceiros e partilha a opinião de que ninguém faz nada sozinho. “Gosto de ajudar”, frisa. Ele não divulga, mas sabe-se que recentemente ajudou a promover uma “Cãominhada” com renda para o Sanatório Espírita. Sua filosofia de empresário socialmente responsável o transforma num dos grandes incentivadores para a prática da solidariedade em Uberaba. Com a cavalgada, Alcides realiza um sonho, porque é saudosista, gosta de moda de viola e roça. Mesmo com o tempo chuvoso, o calor

é diferente. É calor humano. Ter uma família muito bem estruturada - é casado com Monica Barbosa e tem dois filhos: Carolina e Túlio - e dirigir a bem sucedida Renutre, que completará 30 anos em abril de 2015 deixa Alcides muito feliz. “Já tenho até sucessor, pois meu filho está cursando Administração e trabalha na empresa ao meu lado”, revela. Assim, ele tem mais tempo para pensar em estratégias com as quais possa beneficiar um número maior de pessoas. Tanto que a sua trajetória ganhará um documentário especial do Canal do Boi. Em fevereiro de 2015, Alcides, através do Sindicato Rural de Uberaba, do qual é diretor, trará à cidade o agricultor Pedro Diesel, conhecido como salvador das nascentes. Diesel se dedica integralmente à recuperação de nascentes assoreadas, pisoteadas pelo gado ou simplesmente abandonadas. O evento será realizado nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro. A inscrição é gratuita. Para quem se surpreende, ele responde: “já consegui patrocinador."

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ATMA ACOLHIMENTO

Hospital Dr. Hélio Angotti atende mais de 140 municípios da região

Foto Divulgação

Apenas para medicamentos e materiais hospitalares necessários para a manutenção do atendimento, a despesa do hospital corresponde a quase R$ 1 milhão

O médico oncologista Délcio Scandiuzzi diz que os eventos organizados por parceiros são importantes para a sobrevivência do hospital

O médico oncologista Délcio Scandiuzzi revela que a instituição fechou 2013 com déficit mensal próximo de R$ 600 mil, pois a cobertura do SUS 76

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não ultrapassa 65%. Mais de 140 municípios, principalmente do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, região com mais de 3 milhões de habitantes, con-

forme cálculo do Ministério da Saúde, encaminham pacientes para o Hospital Dr. Hélio Angotti, mantido pela Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central (ACCBC). O presidente do Hospital revela que os hospitais filantrópicos de câncer do Brasil têm vivido anos muito difíceis. Eles somam 33 instituições e são insuficientes para atender toda a população pelo SUS. Mas ele prefere buscar a ajuda de todas as esferas de governo e da sociedade a reclamar.Para funcionar, o Hospital Dr. Hélio Angotti tem custo mensal médio de R$ 4,3 milhões e recebe aproximadamente R$ 1,7 milhão do Sistema Único de Saúde (SUS). O Estado de Minas Gerais complementa com ajuda mensal de R$ 176 mil (via Pro-Hosp) e o governo federal envia outros R$ 319 mil, além da remuneração do SUS pelos serviços. No período 2010/2013, houve aumento de 1.000 para 4.000 pacientes e a instituição fechou 2013 com déficit mensal próximo de R$ 600 mil, pois a cobertura do SUS para os investimentos no tratamento não ultrapassa 65% do total. Os 311.414 atendimentos em 2013, assinalados no Balanço/2013, foi 63,50% superior ao verificado no ano de 2010. A aplicação de quimioterapia, por exemplo, item mais expres-


ATMA ACOLHIMENTO sivo no tratamento, cresceu 204,59%, em comparação com 2010, quando a série social começou a ser levantada. Apenas para medicamentos e materiais hospitalares necessários para a manutenção do atendimento a despesa corresponde a quase R$ 1 milhão. A resposta aos pedidos de ajuda da instituição tem vindo da população dos municípios atendidos, como demonstra a agenda de ações em prol dos

pacientes. (www.helioangotti.com. br/eventos.asp), onde estão listados mais de 20 eventos, entre leilões, almoços e outros. Este ano, todos eles devem arrecadar mais de R$ 10 milhões para cobrir o déficit previsto (R$ 13 milhões). Os eventos são coordenados pela Rede de Proteção do Hospital Dr. Hélio Angotti, formada também

pelo Instituto Boa Fé e Instituto Agronelli, além da Associação Vencer. “Eventos organizados por esses parceiros também geram contribuições muito importantes para nossa sobrevivência”, avalia Scandiuzzi. Embora a luta seja difícil, o presidente afirma que a equipe de gestores continua com o “pé na estrada” angariando apoios no Triângulo Mineiro para a missão do Hospital de atender bem.

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