EDITORIAL
Um judô para todos! Após quase um ano no mercado editorial, a Revista Budô foi estereotipada como a revista da oposição do judô brasileiro. Mas, na verdade, a Budô surgiu com o propósito de ser mais uma vitrine das ações daqueles que fazem o judô brasileiro acontecer. Inicialmente, oferecemos nosso projeto à Confederação Brasileira de Judô - CBJ, e a resposta que tivemos foi que a entidade já tinha uma publicação e não havia nenhum interesse em investir em outra mídia impressa. Posteriormente, oferecemos nosso projeto à Federação Paulista de Judô FPJ, e felizmente o presidente desta entidade entende que toda e qualquer mídia é bem-vinda, no sentido de registrar, promover e divulgar os fatos que permeiam o universo judoístico paulista e brasileiro. Quando do lançamento de nossa primeira edição, enviamos a revista Budô para todos os estados, oferecendo espaço aos dirigentes estaduais, porém, poucos se interessaram ou deram retorno. Felizmente, hoje nossa publicação ganhou corpo, é lida em todo país e fora dele. Temos matérias de muitos estados e damos espaço para as federações que apoiam a situação e para as que fazem oposição. Aos poucos nosso desejo está se concretizando e a Budô já se tornou o fórum de discussões e propostas de todos aqueles que pensam um judô democrático, que proporcione aos judocas de todos os estados a possibilidade de crescer e prosperar dentro e em torno dos tatamis. Não representamos a oposição, pois nossa causa não tem bandeiras ou nomes específicos. O judô reivindica mudanças na gestão, na distribuição dos recursos captados e no comando estratégico da modalidade. Nosso pensamento é que o nome do futuro dirigente nacional tem de surgir do grupo que está pensando e articulando essas mudanças, e a escolha desse nome tem de acontecer naturalmente. Não podemos partir de um nome para depois discutir o judô nacional. Temos de identificar e neutralizar os problemas que impedem uma padronização no ensino do judô nacional, para depois investirmos maciçamente na solução dos problemas.
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Precisamos mapear o judô brasileiro, identificar as regiões e os problemas que cada uma delas apresenta, para depois promover a integração dos estados e regiões, de forma que todos sejam ouvidos e assistidos igualmente. Sem protecionismos e sem a politicagem barata que tem segregado os estados, as regiões e os judocas de todo o país. Ao contrário da situação, que não tem nenhum programa além do clientelismo ou da perseguição política, o grupo que se está formando visa a implantar um modelo de gestão que reverterá os recursos captados para o desenvolvimento dos estados que fazem o judô acontecer de verdade, e não para benesses da corte. Se algumas federações hoje recebem ajuda e auxílio da CBJ, é porque sempre existiu uma oposição. Caso contrário, nem estes estados seriam assistidos, ainda que de forma precária. Não existe um projeto para o judô nacional. Existe apenas uma política perniciosa que pretende perpetuar no poder um homem que hoje preside a CBJ e a Confederação Pan-Americana de Judô, e ainda é vice-presidente da Federação Internacional de Judô – FIJ. O calendário da CBJ não atende mais aos interesses do judô nacional, pois os “estrategistas” da CBJ têm de atender aos interesses do judô continental e internacional. Mas em breve as coisas tomarão novo rumo, e deveremos ter no comando alguém que vai dirigir o judô em benefício dos judocas brasileiros. Um dirigente comprometido com o desenvolvimento geral do judô verde e amarelo, e não com os interesses de um pequeno grupo que, à custa de uma segregação cruel, se mantém no poder. .
“A ideia de considerar os outros como inimigo só pode ser loucura e fonte de regressão” Jigoro Kano
O Editor
Editor Paulo Roberto Pinto de Souza paulobudo@gmail.com Diretora Executiva Daniela Lemos daniela.lemos@terra.com.br Conselho Editorial Mauzler Paulinetti Edson Sesma Luiz Fernandes Araújo Júnior Direção de Arte Artur Mendes de Oliveira Colunistas Anderson Dias de Lima Paulo Duarte Vera S. Sugai Daniel Dell´aquila Georgton Pacheco Paulo Pinto Colaboradores Angélica Mayumi Murata Carlos AMC Cunha Mário Manzatti José Jantália Revisão Nilton Tuna Matheus Fotografia Marcelo Kura – Capa Marcelo Lopes Josmir Ferreira Paulo Fischer Nilton Fukuda Miguel Schincariol Luzia R. Koga Fred Guerra Fabio Menotti Departamento Comercial Daniela Mendes de Souza Daniela.craque@terra.com.br Impressão e Acabamento Gráfica Kaygangue – Palmas (PR)
é uma publicação trimestral da GLOBAL SOCCER EDITORA. Administração, publicidade e correspondência Rua Henrique Júlio Berger, 855 – 102 Caçador (SC) - CEP 49500-000 - Fone 49 3563-7333 Distribuição Dirigida – Tiragem desta edição 10.000 exemplares Opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas não são de responsabilidade do editor. Direitos Reservados © 2011 - Global Soccer Editora Impressa no Brasil - Printed in Brazil revistabudo@gmail.com
TOKUI WAZA
Técnica Preferida
Por Rogério Sampaio
Uke – Thiago Simões
Fotos Marcelo Kura
O campeão olímpico
Rogério Sampaio dá dicas para desenvolver o seu
Osoto-Gari O campeão olímpico Rogério Sampaio foi um dos judocas mais técnicos do Brasil. Medalha de ouro na categoria meio-leve, na Olimpíada de Barcelona em 92, o judoca santista firmou-se no cenário esportivo pela técnica refinada e por sua determinação. Nos tatamis sua marca registrada foi o osoto-gari sempre forte e eficiente, que lhe garantiu o wazari e o ponto que lhe deu a vitória na final olímpica de 1992. Nesta matéria Rogério Sampaio dá importantes dicas para você fortalecer e desenvolver seu osoto-gari. Veja a seguir como poderá tornar seu osoto-gari mais potente e eficiente.
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Dicas do Campeão Olímpico O osoto-gari é uma das primeiras técnicas que os praticantes aprendem quando iniciam o aprendizado do judô. Entretanto, mesmo sendo uma técnica bastante simples, quando é bem treinado este golpe se torna eficaz. A aplicação correta do osoto-gari começa na pegada correta, no modo como seguramos no kimono dos adversários. Costumo segurar com a mão direita na manga ao lado do cotovelo, assim consigo exercer maior controle dos movimentos de meus adversários. Já com mão esquerda seguro na gola ao lado do pescoço, sempre com o dedo menor voltado para dentro, e isso dá maior firmeza na pegada. Isso é de suma importância no desenvolvimento da luta. No momento de levar o quadril para frente, é fundamental fazer o avanço da perna de apoio sempre flexionada. Um dos erros mais frequentes ocorre quando os judocas dão esse primeiro passo de perna semiflexionada, mas esquecem o quadril lá atrás. Quando o quadril não vai
suficientemente para frente, você não consegue o avanço da perna que fará a batida para projetar o adversário. Quando isso acontece da forma correta, você promove o desequilíbrio pela pegada na manga, puxando o cotovelo do adversário na direção de sua faixa, enquanto a mão da gola traz a cabeça do oponente na direção do seu ombro. Assim você obtém o desequilíbrio ideal de seu adversário, e consegue levantar a perna na altura da faixa dele para realizar a batida forte e obter um encaixe perfeito de sua perna entre as pernas do oponente. Com tudo isso acontecendo, as chances de você conseguir a técnica perfeita são enormes. Era dessa forma que eu fazia, e dificilmente dava errado. Mas ao longo da luta nem sempre as coisas acontecem com essa perfeição, pois o adversário reage e busca se defender. Para conseguir êxito ao longo de uma luta, desenvolvi maneiras diferentes de executar o osoto-gari: uma maneira para o destro e outra para o canhoto. Uma para o adversário mais alto e outra para o mais baixo. Uma para quando ele não dá a
manga, e sou obrigado a segurar as duas mãos na gola. Foi desta forma, segurando as duas mãos na gola do adversário, que consegui o wazari na última luta dos Jogos Olímpicos de 92, que foi o ponto que me deu a vitória e o ouro olímpico. Existem várias maneiras de você praticar o osoto-gari, mas é muito importante você usar e abusar da combinação de técnicas. Eu fazia um ashi-waza muito forte. Minhas técnicas de perna eram bastante fortes e variadas. Tinha um bom sasae-tsuri-komi-ashi, ko-soto-gari e de-ashi-harai, técnicas fundamentais. Muitas vezes pontuava com elas e outras vezes serviam apenas para aumentar a preocupação e a desatenção dos adversários. Com isso eu tirava a atenção deles para o golpe em que eu era mais forte: o osoto-gari.
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Essa combinação de técnicas foi fundamental para pontuar com o osoto-gari. Lutei sempre fundamentado na base e no judô tradicional que, aliás, voltou a ser praticado. Não vou falar de mudança das regras, mas sim do retorno ao judô tradicional das regras que pregam a maior movimentação e postura. O judoca que tiver boa movimentação e postura possui maior chance de dominar o adversário. Poucas pessoas conseguem ter o domínio sobre estes aspectos técnico do judô, a movimentação e a postura. Acho que era justamente isso que me propiciava êxito ao fazer uso das técnicas de ashi que precediam meu osoto-gari. A variação que fiz do osoto-gari feito de um canhoto para um destro foi fundamentada no quadro em que o adversário fica mais distante, e consequentemente a perna que você usa para fazer a batida fica muito mais distante. Para superar estas dificuldades, eu avançava em utsuri-goshi feito em dois passos, e isso me permitia a aproximação necessária para fazer o encaixe da perna e executar o osoto-gari. Na verdade, quem me ensinou esse movimento foi o professor Ishii. Eu tinha muita dificuldade em fazer o osoto-gari com adversários destros. Ele me deu essa dica quando eu tinha 14 anos, e mostrou esse atalho para fazer o osoto-gari com destros da mesma forma que com canhotos. Depois desenvolvi alguns detalhes para o meu biotipo. Muitas vezes não conseguia jogar na primeira batida de osoto-gari, e partia para outra técnica que é o osoto-gake. Muitas vezes tive êxito e joguei de ippon. O judoca tem de desenvolver sua técnica buscando sempre o ippon. Desenvolver a técnica por completo implica possuir uma técnica que funcione para destros e canhotos, para altos e baixos, para gordos e magros, usando de mais ou menos movimentação. Com uma boa sequência de técnicas associada a estas variantes e à busca pelo ippon, o judoca desenvolverá sua técnica por completo. Com isso a vitória será uma consequência da luta, e não a meta principal. Visão frontal do Osoto-Gari
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Detalhe da pegada com a mão esquerda
Detalhe da pegada com a mão direita
Raio-X Nome: Rogério Sampaio Cardoso Data de nascimento: 12 de setembro de 1967 Local: Santos (SP) Altura: 1m78cm Inicio nos tatamis: Aos 4 anos Professor: Sensei Paulo Duarte Principais Conquistas: Campeão Olímpico – Barcelona 1992 Medalha de bronze no Mundial de 1993 Medalha de bronze no Mundial Universitário em 1994 Pentacampeão Brasileiro Octacampeão Paulista Varias vezes campeão dos Jogos Abertos Atuações Como Técnico: Técnico da seleção brasileira universitária em 2001 na Universíade de Pequim Em 2002 foi convidado para ser técnico da seleção brasileira no Mundial Júnior Em 2003 e 2004 foi auxiliar técnico da seleção brasileira de judô Participou ativamente da preparação da equipe que atuou nos Jogos Olímpicos de Atenas Gestão Esportiva: Em 2005 afastou-se da área técnica da seleção brasileira porque em 2004 assumiu outro grande desafio na área de gestão esportiva, como presidente da Fundação Pró-Esporte de Santos – FUPES. Entre as principais ações desenvolvidas nesta área destacamos a realização de dois importantes eventos: o revezamento da chama dos Jogos Pan-americanos em 2007 e a organização dos Jogos Abertos do Interior de 2010. Associação de Judô Rogério Sampaio: Além de todos os compromissos Rogério Sampaio mantém sua escola entre as principais equipes do país. Graças ao excelente trabalho realizado pelos professores Ivo Nascimento e Marco Antonio Costa a AJRS sempre envia atletas para os Jogos Pan-americanos e para as Olimpíadas. Além de feras como Daniele Zangrando e Leandro Guilheiro, grandes nomes do judô fizeram história defendendo as cores da associação. Entre os que fazem parte da equipe atual destacamos Maria Suelen, Mariana Silva, Bruno Martins e a Andressa Fernandes com exceção da última, todos estarão nos Jogos Pan-americanos. Trabalho Social: Já há alguns anos a Associação de Judô Rogério Sampaio desenvolve um grande trabalho na área social, através dos inúmeros projetos sociais fundamentados na Lei do Incentivo Fiscal. Em abril terá início um novo projeto que atenderá 1.000 crianças das cidades de Cubatão, Santos e São Vicente. Comentarista Esportivo: Mesmo não participando ativamente das competições Rogério Sampaio continua trabalhando de maneira muito forte e séria no judô. Prova disso é sua atuação como comentarista esportivo da TV Record. Com sua atuação impecável, o campeão olímpico tem feito grandes coberturas dos eventos de judô transmitidos pela emissora paulista.
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Japão Fez Festa em Tóquio
Tóquio (Japão) - O time brasileiro que foi a Tóquio para disputar o Campeonato Mundial Sênior teve a participação de 17 judocas. A equipe verde e amarela levou feras consagradas, como Luciano Correa, Flávio Canto, Tiago Camilo e Leandro Guilheiro. A competição realizou-se entre os dias 9 e 13 de setembro no Ginásio Nacional de Yoyogi e, segundo a FIJ, esta foi a maior edição do certame e reuniu 792 atletas e 101 países. Como era esperado, o Japão fez a festa, faturando no feminino seis ouros, quatro pratas e quatro bronzes. Já no masculino os japoneses conquistaram quatro ouros, uma prata e três bronzes. Foi barba, cabelo e bigode. Já o Brasil ficou muito distante da campanha de 2007, a melhor de todas, quando conquistou três ouros e um bronze. É importante ressaltar que, diferentemente dos anos anteriores, as vagas para Londres 2012 são do atleta e não mais do país. Por conta disso, a Federação Internacional de Judô – FIJ autorizou a participação de dois atletas por país em todas as categorias. Dessa forma, o Brasil foi ao Japão com chance dobrada de medalha no meio-médio masculino com Flávio Canto e Leandro Guilheiro, no médio masculino, com Tiago Camilo e Hugo Pessanha, e no pesado masculino com Walter Santos e Rafael Silva.
Vista externa da arena Yoyogi
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Guilheiro jogando de Ippon o japonês Nakai
Fonte FIJ e CBJ
Fotos Budopress, Paco Lozano, Sabau Gabriela, Rafal Burza, Tamas Zahonyi
Campanha do Brasil Mundial 2010 Masculino 66 kg: Leandro Cunha – Prata 81 kg: Leandro Guilheiro – Prata 81 kg: Flávio Canto – 5 Lugar 90 kg: Tiago Camilo – 7 Lugar +100 kg: Rafael Silva – 5 Lugar Feminino 78 kg: Mayra Aguiar – Prata 48 kg: Sarah Menezes – Bronze 52 kg: Erika Miranda – 5 Lugar
A torcida japonesa vibrou muito durante toda a competição
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Desempenho Brasileiro no
MASCULINO Judocas Brasileiros do Masculino - 60 Kg - Felipe Kitadai - 66 Kg - Leandro Cunha - 73 Kg - Bruno Mendonça - 81 Kg - Leandro Guilheiro e Flávio Canto - 90 Kg - Tiago Camilo e Hugo Pessanha - 1000 Kg - Luciano Correa + 100 Kg - Walter Santos e Rafael Silva
- 60 Kg No ligeiro, 72 judocas brigaram para subir ao pódio, e o Brasil contava com toda a experiência de Felipe Kitadai, que venceu a primeira luta contra Yat Hel Chan. Mas em seu segundo confronto caiu diante do austríaco Paisher Ludwig. Na luta seguinte o austríaco venceu outro brasileiro, Sérgio Pessoa, que hoje vive no Canadá e defende aquele país.
Classificação Final 1º - Rishod Sobirov 2º - Georgli Zantaraia 3º - Arsen Galstyan 4º - Hiroaki Haraoka 5º - Elio Verde 6º - Beslan Mudranov 7º - David Asumbani
UZB UKR RUS JPN ITA RUS GEO
7º - Ludwig Paischer
AUT
- 66 Kg - Prata No o meio-leve 74 judocas disputaram as medalhas da categoria, e o Brasil contou com toda a experiência de Leandro Cunha, que venceu cinco lutas para chegar à final. Na luta final Cunha foi derrotado pelo campeão mundial júnior de 2009 Junpei Morishita (JPN). Apesar do resultado adverso e aos 29 anos de idade, Coxinha mostrou toda a experiência que adquiriu em disputas internacionais. Para Cunha esta medalha é motivação para treinar ainda mais. “Foi a vitória da perseverança. Não tenho palavras para falar sobre essa conquista”, disse emocionado o judoca do clube Pinheiros/SP. “Essa medalha de prata me motiva ainda mais a continuar treinando em busca de um bom resultado nas Olimpíadas. Marquei pontos importantes para o ranking mundial e espero estar ainda mais forte no ano que vem”, disse Coxinha. Reserva de Henrique Guimarães até 2004 e depois do bicampeão mundial João Derly entre 2005 e 2008, Coxinha viveu um grande momento na carreira em 2007, ao conquistar a prata no Torneio de Paris e o ouro na Copa do Mundo de Budapeste. Mesmo assim só disputou seu primeiro mundial em 2009, em Roterdã
Classificação Final 1º - Junpei Morishita 2º - Leandro Cunha 3º -Tsagaanbaatar Hashbaatar 3º - Loic Korval 5º - Sugoi Uriarte 5º - Mirzahid Farmonov 7º - Miklos Ungvari 7º - Alim Gadanov
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JPN BRA MGL FRA ESP UZB HUN RUS
-73 Kg Ao todo 82 judocas disputaram a categoria leve, e Bruno Mendonça foi o representante do Brasil. Infelizmente na primeira luta Mendonça caiu diante do chinês Liu Wie
Classificação Final 1º - Hiroyuki Akimoto 2º - Dex Elmont 3º - Yasuhiro Awano 3º -Ki-Chun Wang 5º - Nyam-Ochir Sainjargal 5º - Mansur Isaev 7º - Ugo Legrand 7º - Azat Kubaraev
JPN NED JPN KOR MGL RUS FRA KGZ
-81 Kg - Prata Neste este peso, 79 judocas brigaram por uma vaga no pódio, e o Brasil contou com dois gigantes, Leandro Guilheiro e Flávio Canto, que fizeram uma das semifinais Antes Flávio Canto havia vencido quatro lutas, chegando à semifinal inteiro, enquanto Guilheiro havia feito cinco lutas e mostrava certo desgaste. Entretanto, o público que lotou o Ginásio Nacional de Yoyogi presenciou uma exibição de gala do santista, quando na terceira luta após estar vencendo o japonês Takahiro Nakai, por yuko, Guilheiro jogou de ippon e tirou um dos principais adversários do caminho que o levaria ao pódio. Após cinco lutas Guilheiro chegou à semifinal e teve de enfrentar o carioca Flávio Canto, quando o santista sofreu um bocado para chegar à final, após vencer Canto por yuko (duas punições). Canto foi para a disputa do bronze na repescagem, mas foi derrotado pelo inglês Euan Burton, terminando assim na 5ª colocação. Em seu último e decisivo combate Guilheiro estava muito bem, porém o sul-coreano Jae-Bum Kim levou a melhor, vencendo por wazari no golden score. Campeão mundial júnior em 2002 e duas vezes medalhista olímpico (2004 e 2008), Leandro Guilheiro conquistou a prata em Tóquio, sua primeira medalha em mundiais sênior.
Classificação Final 1º - Jae-Bum Kim 2º - Leandro Guilheiro 3º - Euan Burton 3º - Masahiro Takamatsu 5º - Flávio Canto 5º - Elnur Mammadli 7º - Guilaume Elmont 7º - Sirazhudin Magomedov
KOR BRA GBR JPN BRA AZE NED RUS
-90 Kg No médio foram inscritos 59 judocas e o Brasil foi representado por duas feras dos tatamis: Tiago Camilo e Hugo Peçanha. Peçanha venceu o primeiro combate, mas caiu diante do francês Romain Buffet. Tiago Camilo venceu suas três primeiras lutas e na quarta foi derrotado pelo francês Iliadis Ilias. Na repescagem Tiago sentiu a virilha, e acabou abandonando na sétima luta. No hospital foi diagnosticado um trauma na região inguinal. O doutor Breno Schor, médico da seleção brasileira, informou que Tiago Camilo sofreu a lesão na quarta luta, foi avaliado, medicado, teve melhora parcial e sentiu-se apto a voltar a competir. Entretanto, na última luta as dores ficaram muito fortes e teve de parar, ficando na 7ª colocação.
Classificação Final 1º - Ilias Iliadis 2º - Daiki Nishiyama 3º - Kirill Denisov 3º - Elkhan Mammadov 5º - Variam Liparteliani 5º - Valentyn Grakov 7º - Tiago Camilo 7º - Max Shirnhofer
GRE JPN RUS AZE GEO UKR BRA AUT
- 100 Kg Ao todo 58 judocas disputaram as medalhas nesta categoria e o brasiliense Luciano Correia representou o Brasil. Logo em sua primeira luta o atleta do Minas Tênis Clube caiu diante o norte-americano Kyle Vashkulat.
Classificação Final 1º - Takamasa Anai 2º - Henk Grol 3º - Thierry Fabre 3º - Oreydi Despaigne 5º - Tuvshinbayar Naidan 5º - Utkir Kurbanov 7º - Elmar Gasimov 7º - Maxim Rakov
JPN NED FRA CUB MGL UZB AZE KAZ
+ 100 Kg O pesado teve a participação de 49 judocas, e dois brasileiros lutaram nesta categoria: o gaúcho Walter Santos e o paranaense Rafael Silva. O gaúcho caiu diante do ucraniano Stanislav Bondarenko. Já o paranaense radicado em São Paulo venceu a primeira luta contra o estoniano Martin Padar, e passou muito bem pelo australiano Jake Andrewartha. Na terceira luta Rafael Silva pegou o francês campeão mundial da categoria, Teddy Riner, e não deu para o brasileiro. Na repescagem Rafael venceu o georgiano Gujejiani, mas na disputa pelo bronze foi vencido pelo francês Matthieu Bataille, e terminou na 5ª colocação.
Classificação Final 1º - Teddy Riner 2º - Andreas Toelzer 3º - Matthieu Bataille 3º - Islam El Shehaby 5º - Rafael Silva 5º Kazuhiko Takahashi 7º - Lasha Gujejiane 7º - Grim Vijijsters
FRA GER FRA EGY BRA JPN GEO NED
Open - Faltou Garra e Fair Play No open o Brasil contou com dois representantes: Rafael Silva e Luciano Correa, porém ambos caíram no primeiro combate. Os holofotes desta categoria focaram o apoio escandaloso que a arbitragem deu na final para o japonês Daiki Kamikawa. Na verdade o francês Teddy Riner teve a luta e o japonês nas mãos, mas em determinado momento parou e achou que havia feito o suficiente para garantir o ouro também no absoluto. Mas deu tudo errado, pois o oriental amarrou a luta, levou para a prorrogação e para a bandeira, e ai deu aquilo que nós sul-americanos estamos cansados de ver e vivenciar nos tatamis: a arbitragem resolveu premiar o atleta da casa. Foi vexatório e o francês protestou descumprindo o protocolo, deixando o pódio prematuramente. Após a pressão dos dirigentes do evento Riner declinou do protesto e regressou para compor o pódio. Apoiamos a atitude do francês, porém lembramos que faltou a ele espírito de luta quando estava com o combate na mão, e fair play quando abandonou os colegas no pódio. É impressionante como até hoje a arbitragem da FIJ não perde o velho hábito de favorecer os mais fortes. É vergonhoso para os judocas.
Classificação Final 1º - Daiki Kamikawa 2º - Teddy Riner 3º - Keiji Suzuki 3º - Hiroki Tachiyama 5º - Ramziddin Sayidov 5º Abdullo Tangriev 7º - Kazuhiro Takahashi 7º - Hao Wang
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JPN FRA JPN JPN UZB UZB JPN CHN
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Desempenho Brasileiro no
FEMININO Judocas Brasileiros do Feminino - 48 kg - Sarah Menezes - 52 kg - Erika Miranda - 57 Kg - Rafaela Silva - 63 Kg - Mariana Silva - 70 Kg - Maria Portella - 78 Kg - Mayra Aguiar + 78 Kg - Maria Suellen
- 48 Kg - Bronze Na a categoria ligeiro 45 judocas brigaram para subir ao pódio A piauiense Sarah Menezes representou o Brasil e conquistou o bronze inédito no sênior A bicampeã mundial júnior Sarah Menezes aparecia como uma das favoritas ao pódio no ligeiro. Cabeça de chave da competição, a piauiense já havia conquistado o quinto lugar em seu primeiro mundial sênior em 2009. “É maravilhoso! Lutei muito e tenho certeza de que fiz o possível para merecer esta medalha. Meu sonho é uma medalha olímpica e tenho certeza de que se continuar desta maneira posso torná-lo realidade”, completou. Na semifinal, uma luta eletrizante contra a campeã mundial e líder do ranking mundial Tomoko Fukumi/JPN foi até o último segundo, só decidida pelos árbitros após o tempo normal e prorrogação: 3 a 0 para a japonesa. Já contra a vice-campeã olímpica e multimedalhista mundial Frederique Jossinet (FRA), na disputa do bronze, um duelo de gerações no qual a juventude venceu a experiência (a francesa tem 35 anos). “Já havia treinado muito com ela e sabia exatamente o que fazer. Foi só acontecer o momento certo”, afirmou a piauiense.
Classificação Final 1º - Haruna Asami 2º - Tomoko Fukumi 3º - Alina Dumitru 3º - Sarah Menezes 5º - Jung-Yeon Chung 5º -Frederique Jossinet 7º - Paula Pareto 7º - Leandra Freitas
JPN JPN ROU BRA KOR FRA ARG POR
- 52 Kg No meio-leve 45 judocas brigaram para subir ao pódio. Erika Miranda fez boa campanha, mas acabou repetindo o quinto lugar conquistado no Mundial de 2007. Após vencer três lutas, a atleta do Minas Tênis Clube foi derrotada por uma judoca da Mongólia. Na repescagem Erika venceu a chinesa Lichuan Zhang, mas na disputa do bronze perdeu para a russa campeã europeia de 2010, Natalia Kuzyutina.
Classificação Final 1º - Yuka Nishida 2º - Misato Nakamura 3º - Natalia Kuzyutina 3º - Bundmaa Munkhbaatar 5º - Erika Miranda 5º -Romy Tarangul 7º - Lichuan Zhang 7º - Joana Ramos
JPN JPN RUS MGL BRA GER CHN POR
- 57 Kg
- 63 Kg
No leve 45 judocas foram inscritas e nossa representante foi Rafaela Silva, que na primeira luta enfrentou a japonesa Nae Udaka, mas parou diante do hantei (decisão dos árbitros após empate no tempo normal e prorrogação), quando Rafaela Silva foi derrotada por 2 a 1.
Ao todo 43 judocas disputaram esta categoria, e Mariana Silva chegou a vencer o primeiro combate contra a australiana Kylie Konig por ippon, mas não resistiu à holandesa Anicka Van Emnden, quarta colocada no ranking mundial, por punição.
Classificação Final
Classificação Final
1º - Kaori Matsumoto 2º - Telma Monteiro 3º - Sabrina Filzmoser 3º - Loulietta Boukouvala 5º - Yurileidys Lupetey 5º - Corina Caprioriu 7º - Hedvig Karakas 7º - Gemma Howell
1º - Yoshie Ueno 2º - Miki Tanaka 3º - Yaritza Abel 3º - Ramila Yusubova 5º - Alice Schlesinger 5º -Anicka Van Emdem 7º - Elizabeth Willeboordse 7º - Yarden Gerbi
JPN POR AUT GRE CUB ROU HUN GBR
JPN JPN CUB AZE ISR NED NED ISR
- 70 Kg Apenas 35 judocas disputaram o pódio nno médio e a gaúcha Maria Portella foi nossa representante. Em seu primeiro confronto Maria Portella perdeu para a sul-coreana Ye-Sul Hwang, por yuko, e parou por aí.
Classificação Final 1º - Lucie Decosse 2º - Anett Meszaros 3º - Yoriko Kunihara 3º - Rasa Sraka 5º - Cecília Blanco 5º -Edith Bosch 7º - Ye-Sul Hwang 7º - Mina Watanabe
FRA HUN JPN SLO ESP NED KOR JPN
- 78 Kg - Prata No o meio-pesado somente 32 judocas foram inscritas, e a gaúcha Mayra Aguiar deu ao Brasil o melhor resultado do judô feminino em campeonatos mundiais sênior. A gaúcha de 19 anos conquistou a medalha de prata na decisão contra a americana Kayla Harrison. Antes o Brasil somava três bronzes com Edinanci Silva (1997 e 2003), no meio-pesado, e Danielle Zangrando (1995) no peso leve. Curiosamente, das quatro medalhas femininas, três foram ganhas no Japão: 1995 em Tóquio e 2003 em Osaka. Em 1997 o mundial foi em Paris. Dona do recorde de três medalhas em mundial júnior (bronze em 2006, prata em 2008, no peso médio, e bronze em 2009 já no meio-pesado), Mayra esteve perto do ouro no Japão. A luta final foi decidida apenas no golden score (a prorrogação no judô, quando quem aplica o primeiro golpe vence). As duas finalistas já se haviam encontrado em outras ocasiões esse ano, com uma vitória para cada lado. A americana, 11a do ranking mundial, venceu na Copa do Mundo de São Paulo e a brasileira levou a melhor na final do Campeonato Pan-Americano. A judoca da Sogipa/RS esteve num dia inspirado, batendo em sua campanha até a decisão a corena Gyeong-Mi Jeong (8a do ranking mundial), a vice-campeã olímpica Yallenis Castillo (CUB), a campeã olímpica Xiuli Yang (CHN), a alemã 3ª do ranking mundial Heide Wollert, para só parar diante da americana Harrison (campeã mundial júnior de 2008). Contra a chinesa campeã em Pequim 2008, Mayra aplicou um ippon em 28 segundos. “Estudei bastante os golpes dela, mas não sabia que a chinesa era a campeã olímpica. Acho que foi melhor assim. É muito bom subir ao pódio e levar o Brasil junto comigo.” Embora tenha noção do significado de seu feito, Mayra não ficou satisfeita. “Perder nunca é bom. Mas agora meu foco é a classificação para as Olimpíadas. Tenho sonhos maiores”, afirmou Mayra, que ganhou 300 pontos com o vice-campeonato e deve ganhar muitas posições no ranking mundial, no qual ocupa atualmente o 14o lugar. As 14 melhores vão a Londres 2012.
Classificação Final 1º - Kayla Harrison 2º - Mayra Aguiar 3º - Akari Ogata 3º - Xiuli Yang 5º - Heide Wollert 5º -Maryna Pryshchepa 7º - Celine Lebrun 7º - Vera Moskalyuk
EUA BRA JPN CHN GER UKR FRA RUS
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+ 78 Kg No pesado foram inscritas 31 judocas e Maria Suellen Althemam defendeu o Brasil. Em sua primeira luta a judoca paulista enfrentou a japonesa Maki Tsukada e perdeu por hansoku-make.
Classificação Final 1º - Mika Sugimoto 2º - Qian Qin 3º - Maki Tsukada 3º - Idalys Ortiz 5º - Huanyuan Liu 5º -Na-Young Ki 7º - Urszula Sadkowska 7º - Tserenkhand Dorjgotov
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JPN CHN JPN CUB CHN KOR POL MGL
HIDEN
Por Paulo Duarte Foto Miguel Schincariol
O Judô e o Hara “Peito para fora, barriga para dentro.” Corre grande risco o povo para o qual esta sentença se torne uma ordem geral. Por que isto pode tornar-se um perigo? Porque, segundo a sabedoria oriental, o centro de gravidade encontra-se na região abdominal, conhecida como Hara. Como todo conhecimento oriental é fruto de uma experiência adquirida por meio de estafantes exercícios, e por isso devidamente comprovado, podemos aceitá-lo como real. Este chavão “peito para fora, barriga para dentro” é sobejamente conhecido nos meios militares. Objetivando, apenas, melhorar a postura dos soldados, esta atitude desprende o ego de sua base inferior e o lança para cima por meio dessa contração da região abdominal. O deslocamento do ego para a parte superior do corpo sempre cria problemas. O ego só pode ser útil ao ser humano quando exerce a função de servo! Colocá-lo no comando é sempre um perigo para o povo. Ao nascer, o ser humano traz potencialmente, na sua concepção, a chispa divina que comumente denominamos essência e que espera por um grande desenvolvimento à medida que o homem vai-se tornando consciente de sua existência. Mas, paralelamente ao desenvolvimento da essência, vai-se formando a personalidade, que é construída de acordo com o modus vivendis de cada um. Posteriormente, devido à identificação com a personalidade recém-criada, o centro de gravidade que mantinha o ego sob controle cede ao esforço impelido por ele em busca da sua independência. Isto se dá devido às circunstâncias em que se é educado. No alto da sua exuberância, o ego se esquece de sua origem divina que o qualifica como servidor de todos, e, com toda a sua excentricidade personalística, usurpa o trono que não é seu. A personalidade é uma crosta que cresce em torno da essência, sufocando-a. Quanto mais cresce a personalidade, mais a essência se atrofia. A perda da essência deve-se ao
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domínio da personalidade, que se manifesta comumente no alto grau de ofendibilidade, no aumento dos desejos e posses e na geração de violências. Combater esse domínio do ego que insiste em agir isolado e separadamente tem sido o grande desafio do ser humano que busca, na integralidade com o centro original, o equilíbrio necessário para a sua vida. O conceito japonês de Hara significa a presença consciente desse centro original na vida do homem. O Hara foi destinado ao homem para ajudá-lo a superar as suas dificuldades, mas a complacência concedida ao ego tem criado a dicotomia que se manifesta na tensão entre céu e terra, espírito e corpo. Por isso, o homem durante toda a sua vida procura resolver essa tensão que evita que encontre a sua unidade. Destruir parte da personalidade para libertar a essência aprisionada é o objetivo último de todo ser humano para reencontrar a sua unidade. Unidade que se dá no encontro, na união do espírito e do corpo. De posse deste conhecimento, mestre Jigoro Kano elaborou a sua arte concentrado na formação do Hara. No caso específico do judô, a postura ereta e firme demonstra a existência do Hara. Por isso, o mestre fundamentou toda a sua doutrina na postura. Exigiu que os judocas tivessem uma postura ereta e firme para o aprendizado das técnicas do judô, assim como diante da vida. Quando a má postura se faz presente, percebemos a inexistência do Hara. O ego está no trono! O judoca se encolhe, se preocupa, faz uma apresentação má porque está focado no re-
sultado. O ego precisa do título, da glória! O cidadão pensa com a cabeça. A resposta está sempre pronta. Na ponta da língua para ser liberada. A insensatez também. Ao contrário, quem age e pensa com o Hara tem um longo percurso para elaborar a sua resposta, até chegar ao órgão da fala e, assim, responder de forma mais equilibrada. A soltura do koshi (quadril) denota relaxamento dos músculos abdominais e isso impede que o ego seja expelido para cima. Acamado no Hara, permite que o judoca e o cidadão se desloquem com leveza e destemor. A utilização do tanden (localizado quatro dedos abaixo do umbigo e que se encontra dentro do complexo do Hara) tem fundamental importância no enraizamento do judoca ao solo e do cidadão no meio social. Esta segurança faz com que ambos se entreguem à prática do judô e da vida destemidamente.
Paulo Duarte é Graduado 6º dan – 1990 Estudante de Teologia Universidade Metodista de São Paulo Medalha de Mérito Esportiva – Prefeitura de Cubatão/SP Técnico e chefe da delegação brasileira no Campeonato Mundial de 1990 – Dijon/França Título Honorário do Rotary Club de Cubatão/SP Professor do campeão olímpico Rogério Sampaio
INTERVIEW
Por Paulo Pinto Fotos Paulo Fischer, Budopress e Valdecir Carvalho/FOTOCOM.NET
Maria Portela
A GUERREIRA DOS PAMPAS A Budô foi ao Projeto Futuro em São Paulo, onde entrevistou Maria Portela, uma gaúcha da gema que após quatro temporadas na Paulicéia mostra grande admiração pelo estilo de vida e, principalmente, pelo judô bandeirante. Determinada, vibrante e extremamente posicionada, a atleta fala da sua trajetória nos tatamis, da seleção brasileira e da expectativa que envolve sua recente contratação pela forte equipe da Sogipa. Quando iniciou no judô? Aos 9 anos de idade. Atendi ao convite de uma professora da escola que dava aulas de artes e tinha um projeto social em Santa Maria/RS. Ela me convidou para fazer uma aula de judô e eu fui. Minha mãe não gostou muito da ideia no início, mas comecei a participar das aulas com meu irmão mais novo. Minha mãe trabalhava e não podia nos levar ao treino e como eu tinha apenas 9 anos, meu irmão sempre ia comigo. Ele fez isso por mim durante alguns anos, mas ele não gostava muito. Já eu adorava. Gostava de treinar e do ambiente em si. Mas onde eu comecei a ter a grande a paixão que tenho pelo judô foi em minha primeira competição, quando fiz minha estreia sendo campeã. Aquilo foi marcante, e acho que foi o um start de minha caminhada nos tatamis, e nunca mais parei de treinar. Aos 14 anos, na adolescência, bateu uma “crisezinha”, mas felizmente neste estágio minha mãe já gostava muito de judô e, por nunca ter-me atrapalhado na escola, ela não me deixou parar, graças a Deus. Quem foram seus primeiros professores? A Aglia Pavani e o Pedro Lázaro Casceres são os professores que ainda têm o projeto social em Santa Maria. Foram meus primeiros senseis e aprendi a
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base do judô com eles. Fiquei treinando no projeto social Mãos Dadas aproximadamente oito anos, e só saí de lá porque não lutava mais pela federação gaúcha, devido à briga política existente na época. Pessoas da Federação Catarinense me viram lutando contra uma atleta deles muito forte, me convidaram para ir para lá, e eu aceitei. Quanto tempo ficou em Santa Catarina? Acho que foram dois anos aproximadamente. Lá eu rodei um pouco. Morei um tempo em Criciúma, Joinville, e meu último ano lá foi em Florianópolis. Posteriormente fiz um treinamento de campo com o Henrique Guimarães e gostei muito. Como sempre tive vontade de vir para São Paulo, pelo histórico dos atletas e de toda a tradição, no início de 2007 acabei vindo treinar no Centro Olímpico. O que a experiência em São Paulo agregou ao seu judô? Foi onde obtive um upgrade em minha carreira, principalmente no ano de 2007, quando participei de competições muito importantes e consegui vencer todas. No fim de 2007 participei da primeira seletiva para entrar na seleção brasileira, e tudo isso aconteceu em menos de um ano. Na verdade, em São Paulo enriqueci meu judô, agreguei detalhes e fiz as correções daquilo que não fazia bem. Foi assim que consegui entrar para seleção no fim de 2007, e já no início de 2008 comecei a viajar.
Além de se aperfeiçoar tecnicamente em São Paulo, você ficou na vitrine? Aqui tive muito mais espaço, até pelo fato de estar trabalhando com um atleta medalhista olímpico que até há pouco tempo competia. O Henrique me abriu as portas para chegar à seleção brasileira. Outro fato importante foi a questão do patrocínio, pois mesmo ainda não sendo um grande destaque, a Kimonos Dragão acreditou em mim e me apoiou. Na verdade, em São Paulo abriram-se as portas para minha carreira. No que você mais evoluiu nestes quatro anos em São Paulo? Tenho a característica de ser muito guerreira no shiai, e aqui acrescentei muito mais técnica e detalhes. Golpes diferentes, entradas perfeitas, buscando cada vez mais a perfeição na pegada. Havia golpes em que eu era totalmente torta, e aqui fui corrigindo detalhes, como a movimentação na luta. Vários fatores foram determinantes em minha evolução técnica, mas o que conta mesmo é que aqui existe uma quantidade enorme de atletas e isso foi preponderante. Podia treinar no Centro Olímpico ou aqui no Projeto Futuro com atletas de várias escolas de judô e de diferentes pesos. Isso me deu maior conhecimento, fui ficando mais forte e gradativamente melhorei minha técnica e conquistei meu espaço. Você chegou em São Paulo recebendo salário? Não. Tinha moradia, alimentação e faculdade. Só após dois anos é que comecei a receber salário. Isso foi em 2009.
Como conseguia sobreviver? Eu tinha bolsa atleta, recebia uma ajuda da CBJ, e tinha o patrocínio da Kimonos Dragão, que era algo fora de série. Se eu tivesse de comprar os kimonos que usava, estaria perdida. Além da ajuda, eles me davam kimonos, mochilas e todo o material de lycra de que necessitava. Só o fato de não me preocupar com kimono já era algo realmente importante, pois esta é a nossa ferramenta de trabalho. Faço dois treinos por dia e isso desgasta muito o judogi. Precisa ser um kimono muito bom para aguentar o treino, e a Dragão produz kimonos excelentes. Para mim são os melhores. Bairrismo à parte, em São Paulo existe maior oportunidade de crescimento técnico? Com certeza. Sempre tive a imagem de que em função da quantidade de professores e atletas bons, São Paulo acaba agregando muito. Em nenhum outro estado existem competições tão fortes como as de São Paulo, e tudo isso acaba somando. Já competi em campeonatos paulistas que foram mais fortes que o brasileiro. Mesmo sendo gaúcha e gostando da minha terra, aprendi a gostar de São Paulo porque aqui melhorei muito, tecnicamente falando. E o estilo de vida em São Paulo, como é? Uma loucura, e é tudo muito corrido, mas posso dizer que aprendi a gostar de São Paulo.
Em termos de organização e técnica, São Paulo ainda é a Meca do judô brasileiro? Hoje o judô ganhou muito espaço em diversos estados, mas a grande maioria dos atletas está em São Paulo. Acredito que o Brasil está muito forte, mas São Paulo ainda está à frente. Quais foram suas principais conquistas depois que entrou na elite brasileira? Fui campeã pan-americana, participei de dois mundiais, e fui vice-campeã na Copa do Mundo. Quais foram os técnicos que mais ajudaram em seu trabalho em São Paulo? O Henrique Guimarães foi peça chave, mas todos os profissionais do Centro Olímpico tiveram grande influência. Aprendi muito também com os professores Hatiro e Garcia, no Projeto Futuro. O que mais te impressiona no judô paulista? A quantidade de atletas fortes. De repente e do nada surgem pessoas fortes que eu nunca tinha visto. Qual sua avaliação do Projeto Futuro? Eu treinava aqui esporadicamente, mas o treino sempre foi muito forte. Minha praia em São Paulo foi sempre o Centro Olímpico. Qual o balanço da temporada 2010? Eu tinha baixado para os 63 kg e, por opção, fiquei fora até junho. Achava que iria me dar bem nesta categoria, mas não foi muito bom. Depois de junho fui convo-
nas três semanas. Mas fui muito bem recebida e já deu para ver que é um grupo legal, forte e unido. Fale-nos da Sogipa. A Sogipa é um dos principais clubes de Porto Alegre. Em termos de estrutura acho que é o melhor. Tem muita tradição no alto rendimento, e no judô estão na ponta. Em Portela recebe premiação do campeão Olimpico Aurélio Miguel termos de estrutura fazem um treino periodizado e isso cada no 70 kg de novo, lutei o Grand Slam é muito bom. Sem contar que tem muita e fiquei em quinto lugar. Na Copa do Mun- gente guerreira. No meu peso tem a Márdo realizada em São Paulo fiquei em tercei- cia e a Natalia, duas atletas muito fortes, e ro. Fui convocada para disputar o mundial, certamente me darão muito trabalho. Não mas não fui bem. Na verdade este foi um vai dar para descansar nenhum momento, ano de recuperação e superação total. Ha- e eu gosto disso. Adoro pedreira e já deu via baixado de peso e fiquei fora da seleção para ver que lá vai ser tempo feio o tempo por meio ano. todo. Essa experiência maluca de baixar de categoria vai ter repeteco? Não. Nunca mais. Aprendi a lição, e pelo menos até Londres vou ficar nos 70 kg. Como viu a proposta da Sogipa? Achei interessante, até porque nunca havia feito parte do time da Sogipa. Um ano antes eles já haviam demonstrado interesse, e este ano concretizaram uma proposta e felizmente deu certo. Estou muito feliz porque agora estou mais perto de minha família e acredito que esta experiência será muito boa para o clube e para mim. Quais é a sua expectativa no Rio Grande? Espero melhorar ainda mais e iniciar lá um novo ciclo em minha carreira. Lá estou treinando com grandes judocas, e entre estes destaco o João Derly, bi-campeão mundial. A Mayra Aguiar, que é campeã mundial sub-20, é outra fera do judô mundial da atualidade. A Sogipa é hoje um dos maiores clubes do judô brasileiro, e tenho certeza de que evoluirei muito lá. Já esta se sentindo em casa? Na verdade ainda não deu para me enturmar muito, porque fiz minha estréia há ape-
Você acha que ainda tem o que desenvolver tecnicamente? Tenho, e muito. Esta semana em São Paulo foi muito boa porque serviu para me abrir os olhos em diversos pontos, em termos de pegada, movimentação de luta, tudo vem agregar. Então você não parou de aprender? Não mesmo. Até o Leandro Guilheiro que já tem duas medalhas olímpicas diz que a cada dia se surpreende com uma coisa nova, e que tem de reaprender aquilo. Cada nova experiência nos faz reprocessar velhos conceitos. Principalmente nós, judocas, que temos de estar sempre aprendendo. E fisicamente dá para melhorar mais? Com certeza. Estou sempre em busca disso, porque ou o atleta de alto rendimento se dedica 100% ao seu preparo, ou cai fora. Qual é sua meta para esta temporada? Melhorar meu ranking, que deu uma caída. Conquistar uma medalha nos Jogos Pan-Americanos , quem sabe, no mundial. Qual é a sua melhor amiga nos tatamis? Minha melhor amiga é a Amanda, uma catarinense. Ela morou aqui em São Paulo comigo, é uma pessoa que já conheço há muito tempo e nos damos muito bem. Até quando você assinou com a Sogipa? Até Londres - 2112.
Maria Portela no pódio da Copa do Mundo realizada em São Paulo
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O que a levou para o Sul, foi a proposta financeira? Na verdade foi um conjunto de coisas. Além disso, eu queria ficar mais perto de minha família. Qual é sua meta fora dos tatamis? Trabalhar cada dia mais minha humildade. Não sei se nós podemos aprender a ser humildes, mas acho que a humildade é uma coisa que todo atleta e todo ser humano deveria buscar. Penso que este seja um dos principais fatores para evoluirmos como pessoa e como atleta. Quais são suas principais adversárias no Brasil e fora? No Brasil hoje quem está na briga comigo é a Helena Romanelli, do Minas Tênis. Só após as seletivas saberemos quais serão as outras duas que estarão na briga. Fora do Brasil minha briga é com a Edith Bosch, da Holanda, para quem já perdi duas vezes. Mas a principal atleta da categoria é a francesa Lucie Decosse. Na verdade é ela minha maior adversária, mas meu foco principal é superar a holandesa. Já perdi duas vezes para ela, e na próxima vez quero lutar para ganhar. Você citou que disputou competições em São Paulo muito mais fortes que nacionais, você não acha que os grandes atletas deveriam disputar competições no Brasil? Acho que, por ter uma grande quantidade de atletas, São Paulo acaba enriquecendo as competições, mas nem todos os estados têm esta riqueza de atletas, e é justamente isso que dificulta. Acaba sempre havendo poucos confrontos. Não que os outros estados sejam mais fracos, mas o que favorece São Paulo é esse volume de atletas bons. Você não acha que o fato de os judocas de ponta estarem sempre fora acaba enfraquecendo, desestimulando, tirando o brilho e o glamour do judô nacional? Acredito que não. Para irmos para uma Olimpíada, temos de ganhar competições fora daqui. O ranking se faz fora daqui, não adianta ganhar no Brasil. O ranking olímpico é mundial, não basta ser a melhor no Brasil. Se eu for lá fora e apanhar, não chegarei a lugar nenhum. Para isso existe a periodização, mas concordo que são os judocas de ponta que têm o glamour.
Fora medalhas e dinheiro, o que mais o judô lhe ofereceu? Ter conhecido diversos países. Se não fosse o judô não teria essa oportunidade. As amizades e todo o crescimento como pessoa. Aprendi muito porque eu era muito sistemática.
Maria Portela
Você falou que a Dragão foi seu primeiro patrocinador, mas o judogi Dragão é bom? Antes de ser patrocinada por eles, eu usava outros judogis. Hoje faço todos os meus treinos e disputas nacionais com judogi Dragão. Independentemente do patrocínio, a Dragão faz kimono de altíssima qualidade. Só quando estou competindo pela CBJ é que uso o kimono do patrocinador da entidade, mas entendo que isso faz parte da negociação. A CBJ tem o patrocínio deles e a entidade nos apoia financeiramente. Você gostaria de competir com o judogi Dragão? Nas competições nacionais eu só uso Dragão e antes também competia fora, mas a regra agora é outra e temos de acatar pelos motivos já expostos. Mas seria interessante usar o judogi de meu patrocinador, em função também de eu estar mais acostumada e por treinar com ele. Tem também o fator de o Dragão ser menos pesado. Qual o seu sonho nos tatamis? Ser campeã olímpica. E na vida pessoal? Ser feliz, porque quando estamos felizes nós conseguimos concretizar tudo que alMaria Portela comemora vitória com a técnica Rosicléia Campos
mejamos. Quando fazemos as coisas por prazer, contagiamos o meio e tudo que está a nossa volta.
Maria de Lurdes Mazzolemi Portela Maria de Lurdes Mazzolemi Portela Data e local de nascimento: 14 de janeiro de 1988 em Júlio de Castilhos-RS Formação: Cursando Educação Física Tokui Waza: Seoi-nage Judogi: Dragão Export Tênis para correr: Mizuno Tênis para passeio: Nike Peso: 72 kg Altura: 1,58 m Categoria: Médio - 70 kg Técnico: Antônio Carlos de O. Pereira - Kiko Auxiliar Técnico: Daniel Rodrigues Pires Preparador Físico: Wagner Zaccani Nutricionista: Cíntia Carvalho Psicólogo: Márcio Geller Marques Fisioterapeuta: Paula Pascual Médico: José Paulo Flores Patrocinadores: Kimonos Dragão e ML Gomes Ídolo nos tatamis: Ednanci Silva Ídolo fora dos tatamis: Minha mãe, Sirlei Mazollemi Portela Maior judoca de todos os tempos: Leandro Guilheiro
Quais pessoas foram fundamentais em sua trajetória nos tatamis? Minha familia e meus primeiros professores. Sempre recorro a eles. Apesar da distância, minha família sempre me apoia. Estão sempre comigo, e é isso que me dá forças para continuar. Além, é claro, de minha vontade de vencer e lutar, porque sou muito feliz com o que faço.
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nas três semanas. Mas fui muito bem recebida e já deu para ver que é um grupo legal, forte e unido. Fale-nos da Sogipa. A Sogipa é um dos principais clubes de Porto Alegre. Em termos de estrutura acho que é o melhor. Tem muita tradição no alto rendimento, e no judô estão na ponta. Em Portela recebe premiação do campeão Olimpico Aurélio Miguel termos de estrutura fazem um treino periodizado e isso cada no 70 kg de novo, lutei o Grand Slam é muito bom. Sem contar que tem muita e fiquei em quinto lugar. Na Copa do Mun- gente guerreira. No meu peso tem a Márdo realizada em São Paulo fiquei em tercei- cia e a Natalia, duas atletas muito fortes, e ro. Fui convocada para disputar o mundial, certamente me darão muito trabalho. Não mas não fui bem. Na verdade este foi um vai dar para descansar nenhum momento, ano de recuperação e superação total. Ha- e eu gosto disso. Adoro pedreira e já deu via baixado de peso e fiquei fora da seleção para ver que lá vai ser tempo feio o tempo por meio ano. todo. Essa experiência maluca de baixar de categoria vai ter repeteco? Não. Nunca mais. Aprendi a lição, e pelo menos até Londres vou ficar nos 70 kg. Como viu a proposta da Sogipa? Achei interessante, até porque nunca havia feito parte do time da Sogipa. Um ano antes eles já haviam demonstrado interesse, e este ano concretizaram uma proposta e felizmente deu certo. Estou muito feliz porque agora estou mais perto de minha família e acredito que esta experiência será muito boa para o clube e para mim. Quais é a sua expectativa no Rio Grande? Espero melhorar ainda mais e iniciar lá um novo ciclo em minha carreira. Lá estou treinando com grandes judocas, e entre estes destaco o João Derly, bi-campeão mundial. A Mayra Aguiar, que é campeã mundial sub-20, é outra fera do judô mundial da atualidade. A Sogipa é hoje um dos maiores clubes do judô brasileiro, e tenho certeza de que evoluirei muito lá. Já esta se sentindo em casa? Na verdade ainda não deu para me enturmar muito, porque fiz minha estréia há ape-
Você acha que ainda tem o que desenvolver tecnicamente? Tenho, e muito. Esta semana em São Paulo foi muito boa porque serviu para me abrir os olhos em diversos pontos, em termos de pegada, movimentação de luta, tudo vem agregar. Então você não parou de aprender? Não mesmo. Até o Leandro Guilheiro que já tem duas medalhas olímpicas diz que a cada dia se surpreende com uma coisa nova, e que tem de reaprender aquilo. Cada nova experiência nos faz reprocessar velhos conceitos. Principalmente nós, judocas, que temos de estar sempre aprendendo. E fisicamente dá para melhorar mais? Com certeza. Estou sempre em busca disso, porque ou o atleta de alto rendimento se dedica 100% ao seu preparo, ou cai fora. Qual é sua meta para esta temporada? Melhorar meu ranking, que deu uma caída. Conquistar uma medalha nos Jogos Pan-Americanos , quem sabe, no mundial. Qual é a sua melhor amiga nos tatamis? Minha melhor amiga é a Amanda, uma catarinense. Ela morou aqui em São Paulo comigo, é uma pessoa que já conheço há muito tempo e nos damos muito bem. Até quando você assinou com a Sogipa? Até Londres - 2112. Maria Portela no pódio da Copa do Mundo realizada em São Paulo
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O que a levou para o Sul, foi a proposta financeira? Na verdade foi um conjunto de coisas. Além disso, eu queria ficar mais perto de minha família. Qual é sua meta fora dos tatamis? Trabalhar cada dia mais minha humildade. Não sei se nós podemos aprender a ser humildes, mas acho que a humildade é uma coisa que todo atleta e todo ser humano deveria buscar. Penso que este seja um dos principais fatores para evoluirmos como pessoa e como atleta. Quais são suas principais adversárias no Brasil e fora? No Brasil hoje quem está na briga comigo é a Helena Romanelli, do Minas Tênis. Só após as seletivas saberemos quais serão as outras duas que estarão na briga. Fora do Brasil minha briga é com a Edith Bosch, da Holanda, para quem já perdi duas vezes. Mas a principal atleta da categoria é a francesa Lucie Decosse. Na verdade é ela minha maior adversária, mas meu foco principal é superar a holandesa. Já perdi duas vezes para ela, e na próxima vez quero lutar para ganhar. Você citou que disputou competições em São Paulo muito mais fortes que nacionais, você não acha que os grandes atletas deveriam disputar competições no Brasil? Acho que, por ter uma grande quantidade de atletas, São Paulo acaba enriquecendo as competições, mas nem todos os estados têm esta riqueza de atletas, e é justamente isso que dificulta. Acaba sempre havendo poucos confrontos. Não que os outros estados sejam mais fracos, mas o que favorece São Paulo é esse volume de atletas bons. Você não acha que o fato de os judocas de ponta estarem sempre fora acaba enfraquecendo, desestimulando, tirando o brilho e o glamour do judô nacional? Acredito que não. Para irmos para uma Olimpíada, temos de ganhar competições fora daqui. O ranking se faz fora daqui, não adianta ganhar no Brasil. O ranking olímpico é mundial, não basta ser a melhor no Brasil. Se eu for lá fora e apanhar, não chegarei a lugar nenhum. Para isso existe a periodização, mas concordo que são os judocas de ponta que têm o glamour.
DIRIGENTE EM FOCO
Por Paulo Pinto Fotos Budopress
Piauí a Potência do Judô
No Norte e Nordeste Fomos a Teresina (PI), onde entrevistamos Danys Marques Maia Queiroz, presidente da Federação Piauiense de Judô. Formado em Educação Física e pós-graduado em Saúde Pública, o dirigente explicou de que forma o Piauí conseguiu estar inserido entre as potências do judô brasileiro. Consciente dos problemas que assolam o judô nacional, Danys mostrou que é um dos dirigentes mais preparados e capacitados do país, apontando os caminhos e soluções que poderão elevar o judô de seu estado e do Brasil a um patamar ainda mais alto. Como chegou à presidência do judô piauiense? Sou cearense de nascimento, mas piauiense por paixão. Nasci em Fortaleza (CE), em 19 de setembro de 1964. Sou 6º Dan e árbitro FIJA. Tudo começou com meu pai, Abdias Queiroz, que é 7º Dan. Somos nove irmãos, dos quais os oito homens são faixas pretas. Mais à frente explicarei de que forma cheguei à presidência da entidade, mas lembro que não sou presidente. Estou presidente. Sou casado com a doutora Márcia Rosane, e trabalho como professor nas faculdades IESM e na NOVAFAPI. Nas duas leciono no curso de educação física, ministrando lutas, cinesiologia, musculação e saúde pública. Não vivo de judô. Trabalho também gerenciando uma empresa que atua na área de formação de vigilantes. Isso é o que eu faço para viver. Não vivo do judô, e não sou professor de judô no dia a dia. Também sou presidente do Conselho Regional de Educação Física na seccional do Piauí. Quando iniciou no judô? Comecei a praticar judô em 14 de maio de 1969, data de fundação do dojô de judô e jiu-jitsu de meu pai. Esta é a data oficial do início de todos os meus irmãos nos tatamis. Competi até os 26 anos, porque tive de escolher entre ser dirigente ou atleta. Com 20 anos já era presidente da Federação Piauiense, em 1989. O professor Paulo Okamuri mudou-se para Belém por questões profissionais e eu era o vice dele. Na realidade, naquela época eu era diretor técnico, mas como ele saiu e eu era o professor que tinha liderança na comunidade, tive de assumir. O professor Mamede deixou-nos fora do processo, e nós só voltamos às atividades em 1994. Ficamos cinco anos no ostracismo por causa do professor Mamede. Ele achava que éramos inimigos dele, porque ele não me conhecia e não sabia qual era a minha posição política. Só voltamos a existir em 1994 porque houve
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eleição e o apoiamos. Aí ele nos aceitou como entidade, e a partir de então não tive mais como parar. Entretanto, eu tenho bem clara a questão de não ser presidente. Eu estou presidente e exerço a presidência como uma pessoa de liderança. Aliás, já há um bom tempo eu quero deixar a presidência, mas a comunidade faz pressão e acabo ficando no cargo.
“Antes tudo era feito de forma democrática e equitativa. Agora, estão metendo os eventos goela abaixo, e não concordo com isso. Não gosto e nem concordo com imposições. De dois anos para cá a CBJ nos envia o calendário pronto, e discordo totalmente disso. Penso que deveria ser feito da forma democrática como era antes: todo mundo discutindo um calendário que atendia às necessidades da maioria, e não apenas da Confederação Brasileira.”
De que forma o judô piauiense conseguiu dar este salto de qualidade nos últimos anos? Primeiro, pela unidade e coesão do grupo. Segundo, pela qualificação profissional, pois a maioria dos nossos professores tem CREF. Muitos que antes não eram formados agora são formados e isso nivelou a coisa por cima. Terceiro, pelo apoio e a visibilidade que a imprensa nos oferece. Temos uma condição ímpar no Piauí, que é justamente poder contar com grande apoio da imprensa. Sem nenhum exagero, somos celebridades no estado. Se perguntar na rua quem é Sarah Menezes, todo mundo sabe. Hoje o judô é um esporte que está em primeiro lugar em resultado e em segundo na mídia do estado. Só perdemos em mídia para o futebol, e é isso que nos dá essa notoriedade. Fizemos um Brasileiro Sênior em 2009 aqui, e tivemos 13 horas ao vivo na TV Cidade Verde, uma afiliada do SBT. Fizemos o projeto, levamos a eles e conseguimos que pagassem todas as despesas e ainda vendessem o evento. Fizeram mais do que pensávamos, e mesmo o evento tendo sido feito pela TV Cidade Verde, todas as TVs do estado deram cobertura. Esta é apenas uma mostra da força que o judô tem no Piauí.
que também foi campeã dos Jogos Escolares, o Rodrigo Lopes, que tem 14 anos e é muito forte também, e o João Batista, entre outros.
O fator Sarah fez surgir uma geração de judocas no estado? Sem dúvida alguma. Temos toda uma geração sendo formada e dos que me lembro agora são Antônio Fabrício Alves, que foi para seleção nacional juvenil no ano passado, um atleta que veio de projetos sociais e foi apontado como o judoca mais técnico na Copa Revelação. Alem dele, Jessika Thays Santos, Marília Silva Ramos, Hayssa Ewellin Santos, Samuel Ferreira Azevedo, Joesley dos Santos Brito, Stanley Alves Torres, Fabieldo Mota Torres, Vicente Ferreira Neto, Luiz Antônio Filho e Francinaldo Segundo. Outro atleta que vem despontando no esporte de forma muito forte é o João de Deus, que aos 13 anos já foi campeão brasileiro dos Jogos Escolares; assim como a Lilian Lopes,
Professores mais preparados dão melhor resultado? Indubitavelmente. Temos crescido graças ao trabalho dos professores, e sem eles não conseguiríamos nada. Se não investirmos na qualificação profissional, não há crescimento. Não adianta ter uma federação organizada e com recursos, tendo professores fracos. O preparo e o treinamento dos professores têm de estar em primeiro lugar. É o professor que dá aula, se esforça e se alimenta do judô. É ele que forma a criança, o judoca e o atleta. Isso tem de ser dito e valorizado. Não pagamos nada aos professores em nossos eventos, que são feitos em mutirão. Entendemos que quanto melhor forem nossos eventos, maior será o retorno para o mercado de escolas e academias. Nossos professores
sabem que trabalhar na federação não é para ganhar, e sim para fomentar a prática do judô no estado. Mas esse procedimento envolve 100% de seus filiados? Fazemos todos participarem, assim todos acabam tendo retorno. Isso diminui nossos custos e melhora o desempenho das escolas e academias. Atletas de projetos sociais não pagam nada para participar dos eventos oficiais. Nunca aconteceu de um atleta ficar fora por causa da taxa de inscrição. Sempre damos um jeito para que todos participem. Não admitimos uma criança vinda de projetos sociais fora de nossos eventos. Organizamos o judô em torno de eventos esportivos, mas frisamos sempre que o principal é a formação de cidadãos. Quanto mais massificarmos o judô, mais talentos surgirão. Se fizermos a coisa andar, todos serão beneficiados – professores, atletas e profissionais do desporto como um todo. Se nossos professores tiverem um bom padrão de vida ensinando judô, jamais deixarão a modalidade. Foi esse trabalho com os professores que fez a história do judô do Piauí mudar. Quais são as forças na Região Norte e Nordeste, hoje? Há dez anos o estado do Maranhão estava praticamente apagado, e agora melhorou muito graças à administração do professor Chico Neto. O Amapá é um estado que vem crescendo a cada ano, graças ao excelente trabalho desenvolvido por Antônio Viana. Diria, aliás, que é um trabalho magnífico e um dos melhores do Brasil. Estão longe de tudo, mas é um dos poucos que tem projetos aprovados pelo MEC. O Viana faz um trabalho que serve de exemplo para todos nós. Rondônia vem crescendo também, já o Ceará e a Paraíba deram uma esfriada. A Bahia, que antes era a maior força, já há algum tempo não desponta entre os mais fortes. O que houve com a Copa Norte/Nordeste? Sou radicalmente contra competições regionais. Acho que existe um tipo de sectarismo que já não cabe mais no Brasil. Não cabe mais isso de regional ou Norte/ Nordeste. Quero ganhar de São Paulo, e se possível dentro de São Paulo. Fomos vice-campeões no Brasileiro Júnior em pleno Rio de Janeiro. Ganhei aqui em 2009 da equipe feminina de São Paulo, então é isso que queremos fazer: ganhar dos grandes.
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Você concorda que a quantidade e a qualidade dos professores diminuem drasticamente a cada ano? Concordo totalmente. Primeiro temos de oferecer qualificação, e um grande exemplo de investimento em qualificação é a Federação Paulista de Judô - FPJ. Em São Paulo vemos até cursos para técnicos, e isso faz grande diferença. Além dessa questão, vejo que em São Paulo existe a preocupação produzir material didático e oferecê-lo para os demais estados. Na questão técnica, aqui fazemos uma espécie de rodízio: quem é bom em gokyo ministra o curso para os demais. Quem é bom de chão ensina para os demais, e assim por diante. Agora mesmo o Aristóteles Souza, que já é muito bom de kata, foi fazer um curso de Nage no Kata. Dessa forma, ele não foi nomeado, e sim eleito pelo grupo de professores para dar o curso aqui. Fazemos tudo em conjunto, e para dar melhor exemplo cito a seleção do estado. O técnico da seleção é sempre o professor que tiver mais atletas classificados. Não é por indicação minha, pois nem mais da comissão técnica faço parte, embora seja professor. Acho que com isso damos maior espaço para os professores crescerem. Se um professor quiser fazer um evento, terá total apoio nosso. Recebendo apoio e espaço para trabalhar, o professor cresce, e o judô como um todo cresce. Essa é uma de nossas prioridades. Quantas associações estão filiadas hoje? Cerca de 30, mas nosso ponto fraco é o interior. Não temos judô no interior porque não temos condições de mandar um professor para trabalhar sem ter nada fixo, sem ter no mínimo uma prefeitura dando suporte. O professor Nilo Tavares está fazendo um bom trabalho na cidade de Floriano. Em Luzilândia, temos o professor Carlos Alberto Castelo Branco desenvolvendo um trabalho muito forte. Em Parnaíba, estamos iniciando uma ação que está em seus primeiros passos, mas que promete bastante devido ao apoio obtido. Quem são os professores que tocam o judô piauiense com você? Hoje meus braços direito e esquerdo são os professores José Craveiro Filho, que toca a área administrativa, e Luiz Figueiredo Filho, nosso diretor técnico. Às vezes nem vou aos eventos, em função de minha agenda, mas sei que tudo está correndo dentro do planejado.
“Não aceito cobrar mais uma taxa dos atletas para o Hajime, assim estaremos sobrecarregando ainda mais os atletas. A CBJ não tem necessidade de cobrar mais nenhuma taxa dos atletas, diante da quantidade de patrocinadores que tem. Sem contar os recursos que capta com eventos e leis de incentivo. Não vejo cabimento em cobrar mais R$ 20,00.”
Vocês desenvolvem algum trabalho específico na área técnica? Voltamos ao treinamento de nossas seleções aos sábados. Dele pode participar todo atleta que tenha vontade. O treinamento é dirigido pelos professores Aristóteles, Expedito e Luiz Figueiredo. Mantemos uma alternância no comando dos treinamentos. Antigamente, só eu puxava essa atividade, mas sugeri o rodízio de professores e, além de aliviar o trabalho, isso acaba somando no resultado técnico. As academias se juntam e somam forças no desenvolvimento técnico de todos. É assim que agente vem trabalhando já há algum tempo e conquistando cada vez maior espaço. A Federação Piauiense recebe algum aporte financeiro? Não recebemos absolutamente nada. Não temos vínculo financeiro sistemático com nenhum órgão estadual ou municipal. Temos coisas pontuais, mas nada sistemático. A prefeitura está construindo um ginásio específico para o judô, o Ginásio Arrudas, que terá o nome de meu pai. Se tudo der certo, deve ser inaugurado no fim do ano, e lá poderemos fazer eventos locais. Será um espaço adequado para a
prática do judô. Será um grande apoio que teremos da prefeitura e do senador João Vicente, que nos está prestando todo apoio para fazermos as mudanças técnicas necessárias. Lá teremos três áreas de tatamis, o que para nossa realidade está ótimo. O ginásio comportará competições nacionais? Não, porque aqui no Piauí lotamos facilmente os ginásios com as competições locais. Aliás, esta é umas das coisas que me deixam indignado quando vou a eventos em São Paulo e nos grandes centros. Justamente nos locais que são o centro do judô não temos público. A meu ver isso ocorre devido à falta um trabalho junto aos professores. Digo sempre na CBJ que, se for feito um trabalho junto aos professores do Rio de Janeiro, não precisaremos de nenhum projeto para lotar ginásios. Você chega aos campeonatos nos grandes centros e na arquibancada só encontra os atletas e seus familiares. Isso é um absurdo. Aqui em Teresina, mesmo com transmissão da TV, lotamos os ginásios porque as pessoas querem ver a coisa ali, ao vivo. Quando fazemos um evento, o colocamos na mídia por meio de rádios e outdoors, e é isso que precisa ser feito no Brasil. Falta um trabalho específico para levar o público aos ginásios. Vocês recebem algum apoio da CBJ? Apoio sistemático não. Este ano a CBJ criou um fundo de apoio às federações, e, quando temos alguma necessidade com passagens ou medalhas, apresentamos o projeto para a CBJ e recebemos uma ajuda. Você paga a taxa mensal para Confederação Brasileira? Não, a CBJ não me cobra nada além das taxas de emissão de diplomas. A CBJ cobra esta taxa das federações que não apoiam o presidente politicamente, assim como nenhuma entidade da oposição recebe esta ajuda que citou. Você acha isso certo? Não sei nada sobre isso, mas não acho certo não cobrar e ajudar uns e não outros. Você está de acordo com a forma como é feito o calendário da CBJ, hoje? Com relação ao calendário da CBJ tenho uma crítica a fazer, e já reclamei disso ao Paulo Wanderley. Alguns anos atrás, nós,
os presidentes das federações, nos reuníamos para elaborar o calendário. Agora a CBJ faz o calendário e nos manda. Faz a coisa sem a menor participação nossa. Acho isso um erro gravíssimo, e discordo da forma como estão sendo feitas muitas coisas. Já mandei vários e-mails para o Paulo, nos quais relato o problema das datas da seletiva para o pan-americano. Isso vai enfraquecer a seleção brasileira para o sul-americano. Tenho muito medo da seleção que será formada este ano. A do ano passado foi excelente, mas da forma como foi feita a deste ano, tenho muito receio. Até agora não consegui entender, pois a seleção será totalmente esvaziada. Até dois anos atrás, aprovávamos o calendário em assembleia, e as entidades se lançavam naquilo que mais lhes convinha. Antes tudo era feito de forma democrática e equitativa. Agora estão metendo os eventos goela abaixo, e não concordo com isso. Não gosto e nem concordo com imposições. De dois anos para cá a CBJ nos envia o calendário pronto, e eu discordo totalmente disso. Penso que deveria ser feito da forma democrática como era antes: todo mundo discutindo um calendário que atendia às necessidades da maioria, e não apenas da Confederação Brasileira. Você não acha que isso se deve ao fato de o corpo diretivo da CBJ ter de administrar o judô brasileiro e o continental simultaneamente? Não sei, e também não é problema meu. Sou filiado à CBJ e da mesma forma que tenho de prestar contas à entidade, espero coerência e objetividade na condução da coisa. Não posso preocupar-me com os interesses ou problemas do judô pan-americano, pois meu mundo e meu planeta são o Piauí e o Brasil. Você vê o projeto Hajime com bons olhos? Se for mantida a relação da forma que sempre foi, na qual atletas e clubes se relacionam com a federação estadual e esta se reporta à CBJ, acho interessante Caso contrário não aprovo. Estão vendendo a ideia que o Hajime virá para somar no controle e na organização, mas só aceitarei se a hierarquia atual for mantida. Caso contrário não vamos aceitar. Entretanto, discordo de cobrar mais uma taxa dos atletas para o Hajime. Dessa forma estaremos sobrecarregando ainda mais os judocas. Discordo veementemente disso e acho que a CBJ não tem necessidade de cobrar nenhuma taxa mais dos atletas,
diante da quantidade de patrocinadores que tem. Sem contar os recursos que capta com eventos e leis de incentivo fiscal. Não vejo cabimento em cobrar mais R$ 20,00 dos atletas. Sou radicalmente contra e não vou cobrar taxa alguma a mais de nossos filiados. Isso é uma coisa que tem de vir para somar, não subtrair. Mas isso de cobrar já foi proposto? Sim. O Paulo Wanderley já lançou isso de cobrar mais essa taxa, e achei absurdo. Você está ciente de que o Paulo Wanderley está proibindo e ameaçando todos os presidentes estaduais que dão entrevista para a revista Budô? Não tenho o menor conhecimento disso, o Paulo Wanderley nunca me proibiu de nada nesse sentido. Mesmo porque ele não pode fazer isso. Eu jamais aceitaria que alguém tirasse meu direito de expressar meus pensamentos. Nem ele e nenhuma outra pessoa. Você tem medo de ser retaliado após esta entrevista? Não, eu não tenho medo do Paulo Wanderley e de ninguém. Mesmo porque eu falo verdades, não falo mentiras. Não falei nada contra a Confederação Brasilei-
ra. Falo aquilo que vejo, e isso pode ser distinto da forma como outras pessoas veem. Mas, da mesma forma que respeito os pontos de vista dos outros, as pessoas têm de respeitar meus pontos de vista. Você acha que o mapa do judô verde e amarelo está mudando? A cada dia o judô está mais competitivo e mais distribuído em todo o país. Vemos bons atletas em quase todos os estados. Antes tínhamos categorias nas quais muitos estados não competiam, e São Paulo levava mais da metade das medalhas. Hoje já não é mais assim. O Rio de Janeiro antes era a segunda força e hoje despencou, passando a ser a terceira ou a quarta força. Dependendo da faixa etária, nem atletas eles têm. O Nordeste cresceu muito e ganhamos medalhas em todas as faixas etárias, só estamos sofrendo muito ainda no sênior. Em sua análise, estas mudanças acontecem com o apoio da CBJ? De forma alguma. Somos nós, dirigentes e professores, que estamos imprimindo as mudanças que estão democratizando o acesso ao judô para todas as classes sociais. Este é um trabalho que tem sido feito pela base e sem apoio sistemático de nenhum órgão.
Qual é sua avaliação do desempenho atual da Sarah Menezes? Ela foi a primeira atleta brasileira que conquistou o bicampeonato mundial júnior. Isso ocorreu em 2008 e 2009. Participou de quatro mundiais, sendo que no primeiro não medalhou. No segundo, conquistou o bronze e nos dois últimos foi campeã. Já no último Mundial Sênior ela conquistou o bronze e acho que ainda nos vai surpreender muito mais. Como vê a realização da Copa Revelação? A Copa Revelação é um divisor de águas, pois marca o início de uma nova era, na qual se oferece total condição ao atleta de competir numa disputa fortíssima, sem nenhum custo. O que achei mais impressionante foi a reverência e o respeito para com os ex-atletas. Mas o fator mais interessante é estar investindo verdadeiramente em quem está começando. Eles pegaram os dois extremos: os que estão começando e os que construíram o nome do judô sendo atleta. Isso foi uma grande sacada e dou parabéns ao Branco e a toda a organização do evento que, aliás, foi impecável. Temos um judoca, o Antônio Fabrício Alves, que foi indicado como o atleta mais técnico da Copa Revelação 2009. Eles mandaram o Fabrício para o Canadá, onde treinou com grandes judocas, e isso mudou totalmente a cabeça dele. Hoje ele tem outras metas e objetivos, graças a esta importante iniciativa da Copa Revelação. Se não focarmos de forma sistemática a formação de novos professores, quem vai fazer a transmissão do judô para as próximas gerações? Judô é filosofia, e o problema é que hoje tudo está focado na medalha e não no ensino. Se você foca a medalha, você vai ser técnico; se foca no ensino, você forma um professor. Todo o investimento do judô brasileiro está sendo feito em medalhas, e os estados não estão sabendo transmitir isso. Mas o verdadeiro propósito do judô não é a medalha, e sim a formação do cidadão. Se investirmos na formação e no ensino do judô que não visa apenas a derrubar, aí estaremos ensinando o judô essência e vamos valorizar o professor de judô. Não o técnico de judô. Não ensinaremos apenas técnicas de competição e arbitragem, ensinaremos psicologia, fisiologia, cinesiologia, desenvolvimento do sistema motor, crescimento e evolução. Estamos pensando muito no técnico e focando apenas na medalha.
“Infelizmente, hoje formamos apenas derrubadores e estrategistas. Buscamos apenas o ippon, não buscamos conhecimento dentro da estratégia de luta.” Você concorda com isso de focar apenas medalhas e resultados? De forma alguma. Penso que o correto é investir na base e no ensino da filosofia do judô. De que forma isso poderia ser mudado? De forma natural. O atleta é produto de prática, mas temos de voltar a focar o ensino. Jigoro Kano era professor e não técnico. Era educador. Tanto é que a Associação de Faixas Pretas do Japão foi criada muito antes da realização do primeiro campeonato japonês. Eles fizeram tudo com muito cuidado. Se você pesquisar na historia, verá que a Associação de Faixas Pretas foi criada em 1911, enquanto o primeiro campeonato japonês realizou-se apenas em 1924. Hoje ocorre o inverso. As pessoas começam competindo para depois conseguir a faixa preta. Temos uma total inversão de valores. Vemos livros com o nome judô que não têm o espírito do judô. A parte técnica é apenas uma ferramenta que Jigoro Kano usou para transmitir uma série de conhecimentos e formas de viver. É justamente isso que está faltando. Quando começarmos a focar a prática do ensino fundamentado nos valores que Jigoro Kano transmitiu, vamos formar professores e formaremos judocas. Infelizmente, hoje formamos apenas derrubadores e estrategistas. Buscamos apenas o ippon, não buscamos conhecimento dentro da estratégia de luta. Hoje já nem se busca mais derrubar. Hoje o jogo é amarrar, ludibriar a arbitragem, esconder-se e fazer falta. O que vale apenas é vencer, e isso para mim não é judô. Isso é medalhar, ou podemos dar o nome que for, mas não é judô. Precisamos voltar a estudar e ensinar a filosofia do judô. Não vemos mais nenhum trabalho filosófico sobre o judô. Ninguém mais lê ou fala sobre isso. Os professores precisam saber e ensinar isso. Como é que eu vou ensinar algo que a mim não foi transmitido? Temos de voltar urgentemente a fazer todo um trabalho de
formação de professores de judô, e não meramente formar técnicos de judô. Você não acha que deveria ser criado um departamento de ensino da filosofia do judô? Veja bem, acho que já passou da hora de nos articularmos em torno de uma proposta séria sobre o futuro do judô no Brasil. Não é porque sou técnico, professor e árbitro que eu não vou gostar de estudar a filosofia do judô. Nada impede que um competidor seja também um cara bom na filosofia. Às vezes você pergunta para um judoca graduado o que é judô, e ele não sabe. E o pior é que não sabe por quê e quando foi criado. Pode ter certeza de que a grande maioria de professores não vai saber em quais circunstâncias políticas, sociais e culturais o judô foi criado. As pessoas têm de estudar para poder entender o que é verdadeiramente o judô. A técnica não passa de mera ferramenta, e a partir daí poderíamos ser como o basquete ou futebol. O que diferencia o judô das demais modalidades é a sua filosofia. Posso ensinar judô como ensino futebol. Judô é uma filosofia, não apenas uma prática, mas infelizmente as pessoas confundem tudo. Dentro desse enfoque, quais professores cultuam esse pensamento no Brasil? Aqui próximo temos um exemplo muito bom, que é o professor Emílio Moreira, do Maranhão. Ele é um grande disciplinador e sabe muito sobre o judô verdadeiro. As pessoas só veem o aspecto polêmico dele, e não buscam compreender o que está querendo mostrar-nos. Ele tem alma de judoca, e seu propósito é disseminar o pensamento de Jigoro Kano. Ele acerta no quê, e erra no como, mas em minha opinião ele nunca está errado. Pode estar com uma estratégia errada, mas o que ele quer sempre é ver a coisa acontecendo da forma certa. Mas a maioria das pessoas não gosta disso. Se o Maranhão resiste e é uma força emergente do judô em nossa região, é porque tem uma base excelente que se chama Emílio Moreira e hoje conta com a boa administração do Chico Neto. A administração do Chico Neto, associada à base técnica e filosófica do Emílio, criou o grande alicerce que hoje impulsiona o judô do Maranhão. Para não ficarmos apenas com o exemplo do professor Emílio, vou citar o professor Paulo Duarte, de Santos (SP). Outra sumidade, que, mesmo tendo formando alguns dos maiores judocas do Brasil na questão competitiva, jamais tirou o foco dos aspectos eminentemente filosóficos do judô.
42ª Edição do Torneio Beneméritos do Judo no Brasil
Ratifica a Tradição da Competição
Por Paulo Pinto
Fotos Marcelo Lopes
Dados da Competição O Torneio Beneméritos do Judô no Brasil é a mais tradicional competição interclubes promovida pela Federação Paulista de Judô - FPJ. A importante competição realizou-se no dia 20 de novembro no ginásio do Clube Atlético Juventus, e contou com a participação de 69 equipes. Entre elas destacamos a do Minas Tênis, de Belo Horizonte (MG), e Bom Jesus de Nintai, de Curitiba (PR). As disputas ocorrem por equipes compostas de cinco lutadores titulares, mais dois reservas. As equipes vencedoras são as que conquistam três lutas primeiro. No Torneio Beneméritos todas as classes estão em disputa, ou seja, as lutas abrangem do infantil ao sênior no naipe masculino, e apenas sênior na categoria feminina. Uma das mais importantes e tradicionais competições do calendário paulista, anualmente o Torneio Beneméritos homenageia os maiores professores da história do judô paulista. Criada no ano de 1968 pelo então presidente Katsuhiro Naito, esta foi a 42ª edição da competição, que em 2010 homenageou os seguintes professores:
São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba
Botucatu Presidente Prudente Bauru Marília
Categoria Infantil
Troféu Professor Ikuo Onodera
Categoria Infanto-juvenil
Troféu Professor João Gonçalves Filho
Categoria Pré-juvenil
Troféu Professor Lhofei Shiozawa
Categoria Juvenil
Troféu Professor Messias Rodarte Correa
Categoria Júnior
Troféu Professor Nobuo Suga
Categoria Sênior
Troféu Professor Uadi Mubarac
Categoria Sênior Feminino
Troféu Professor Sergio Adib Bahi
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Campinas São José dos Campos Sorocaba
Vale do Ribeirão
Grande
lo São Pau
Equipes Inscritas: 69 Municípios Participantes: 28 Árbitros que atuaram: 42 Total de Áreas: 8 Local: Clube Atlético Juventus Data: 20 de novembro de 2010 Cidade: São Paulo - SP Delegacia Regional: 1ª DR – Capital Delegado Regional: Wilson Della Santa
1ÂŞ
Delegacia Regional SĂŁo Paulo Capital Delegado Wilson Della Santa
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Se o retrospecto de 42 edições faz do Troféu Beneméritos do Judô o certame de maior tradição do Brasil, nos tatamis montados no ginásio do Esporte Clube Juventus o que se viu foi um judô de altíssimo nível. No sênior feminino, a Associação Kiai Kam, de Franca (SP), sagrou-se campeã, superando a forte equipe do Mesc São Bernardo. O que garantiu à equipe do interior paulista o Troféu Professor Sergio Adib Bahi.
Palmeiras fatura o Sub-11 No infantil masculino, os valentes judocas da Sociedade Esportiva Palmeiras fizeram bonito, e superaram as fortes equipes da Associação Vila Sônia e Marcos Mercadante. O lugar mais alto no pódio garantiu a colocação do Troféu Professor Ikuo Onodera na galeria de troféus do Parque Antártica. A equipe alviverde foi formada pelos judocas Guilherme Ribeiro, Willian Lima, Washington Aquino, Henrique Franco, Natan Jacinto e Vitor Hugo. Edson Puglia, diretor técnico da equipe alviverde, destacou a força do trabalho que é feito hoje no judô do Verdão. “O resultado obtido no Torneio Beneméritos reflete o nosso esforço para fortalecer cada vez mais a nossa equipe. Os professores Zaqueu Rodrigues do Nascimento, Paulino Namie e Tadeu Uehara estão fazendo um excelente trabalho, e este está sendo
Prof. Floriano marcou presença no Beneméritos
Os Mercadante marcaram presença no pódio
José Jantália comandou as ações do Beneméritos
Marcos Gazey exibe o troféu de campeão
o melhor ano do judô do Palmeiras”, comemorou o dirigente. Além do primeiro lugar no infantil, a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou a terceira colocação nas categorias infanto-juvenil, pré-juvenil e juvenil. Os quatro pódios revelam a força do trabalho realizado na base da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Judô Terazaki conquista o Sub-13 Na categoria infanto-juvenil, a grande campeã foi a equipe do Clube Recreativo de Suzano Judô Terazaki, que na final venceu a Associação Bom Jesus Nintai, de Curitiba (PR). O time dirigido pelo professor Celso Tochiaki Kano garantiu a manutenção de toda a tradição que o judô da região de
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Sérgio Cota do Minas Tênis ladeado pelos amigos Mauro e Sergio do E. C. Pinheiros
Os dirigentes Chico e Noma
Mogi das Cruzes, Suzano e Vale do Paraíba possui. Grande reduto da colônia japonesa em São Paulo, a região sempre apresenta atletas e equipes fortíssimas. O time de Suzano foi formado por Michael Saike Amorim, Felipe Teles, Marcelo Souza, Guilherme Barretos, Lucas Sales, Guilherme Peres e Leonardo Peres. O técnico Celso Kano tem em mãos uma equipe forte e coesa, que mostrou um nível técnico bem acima de média. Celso Kano, o técnico da equipe campeã destacou a importância desta conquista para seus comandados. “A vitória de nossa equipe sub-13 foi muito importante para nossos alunos porque há dois anos eles haviam sido campeões na categoria sub-11. Com isso conseguiram provar todo o talento que possuem. Pessoalmente, vejo um futuro brilhante pela frente para todos nós, pois se já é difícil formar um aluno, imagine construir uma equipe. Eles já treinam comigo há cinco anos, e formam realmente uma equipe na qual a amizade está sempre antes de qualquer outra coisa. Além da amizade e do respeito, posso garantir que nesses anos eles aprenderam muito sobre a essência do judô. Só tenho elogios a tecer sobre eles, pois este ano todos conquistaram títulos importantes e obtiveram um grande aprendizado para a vida.” A disputa do sub-13 foi muito acirrada e, ao lado dos campeões e vices, subiram ao pódio as equipes do Corinthians e Palmeiras. O time do Judô Terazaki ficou com o Troféu Professor João Gonçalves Filho, que agora pertence à galeria de troféus do clube.
Willian Lima a fera do infantil do verdão
Leandro Gonçalves da A. J. Rogério Sampaio
Paulino Namie orientando a equipe infantil da S. E. Palmeiras
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Bom Jesus Nintai do Brasil a campeã do Sub-15 A equipe sub-15 do Colégio Bom Jesus/Viva Esporte Academia/Judô Nintai do Brasil de Curitiba (PR), foi a campeã nesta categoria. O primeiro lugar veio com a equipe formada pelos atletas Matheus Ribeiro, Guilherme Neder, Jullyan Ferreira, Evandro Yukio e Guilherme Rocha. A delegação paranaense também conquistou o segundo lugar na categoria sub-13 e o terceiro lugar na categoria sub-11. Para o técnico da equipe campeã, Tullius Dallagassa, os resultados alcançados nas três categorias disputadas são de grande expressão. “Conquistamos três medalhas em São Paulo, o maior centro do judô brasileiro. O Torneio Beneméritos é um dos maiores eventos nacionais por equipe e esta edição reuniu mais de 500 atletas de São Paulo, além dos judocas de outros estados. Os adversários finalistas na categoria sub-15 fazem parte de importantes centros desportivos e dispõem de grande estrutura para seu desenvolvimento. Subir ao pódio numa competição tão disputada como essa é a prova do talento dos nossos atletas e da seriedade aplicada nos treinamentos”, afirmou Dallagassa. A Associação Bom Jesus Nintai superou adversários fortíssimos e arrebatou o Troféu Professor Lhofei Shiozawa. Na final os paranaenses superaram a forte equipe do Judô Vila Sônia, e as equipes do Palmeiras e do Corinthians completaram o pódio desta categoria.
O time de Campeões do Judô Clube Mogi
Judô Clube Mogi das Cruzes, o campeão do Sub-17 Na categoria juvenil, o Judô Clube Mogi das Cruzes, outra grande força do judô paulista, sagrou-se campeã, após superar equipes muito fortes, como o São João Tênis Clube e a Sociedade Esportiva Palmeiras. A equipe campeã da categoria juvenil foi composta pelos judocas Fábio Yamamoto, Marcos Trinca, Anderson Lima, Breno Bermam, Saulo Castro, Akira Maruyama e Fernando Abrão. Yoshio Kimura, o técnico do Judô Clube Mogi das Cruzes, destacou a união como fator preponderante nesta conquista. “A união e a determinação dos nossos atletas os levaram à conquista do titulo; estão todos de parabéns”, disse Kimura. O time dirigido pelos professores Joji Kimura e Yoshio Kimura Ikegawa mostrou determinação e técnica na final, quando venceu o São João Tênis Clube por 3 a 2.
Mario Tsuitsui cobrando atitude
Jantália abrilhantou o Beneméritos com sua locução impecável
O Kodancha Luiz Tambucci
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Com a vitória, os mogianos conquistaram o Troféu Professor Messias Rodarte Correia. As equipes da Sociedade Esportiva Palmeiras e do Sport Club Corinthians Paulista ficaram na terceira colocação, completando o pódio desta categoria.
Santos Futebol Clube/ Judô Rogério Sampaio fatura o Sub-20 Mantendo a tradição de muitos anos, a equipe júnior do Santos F.C./ Associação de Judô Rogério Sampaio/Fundação Pró-Esporte (Fupes) conquistou o tí¬tulo da categoria júnior. Na final, os santistas venceram o forte São Caetano por 3 a 1. “Ganhamos todas de 3 a 1, mas faturar este tí¬tulo foi muito difícil”, comentou Caio Perondi de Melo. “O Daniel perdeu, de ippon, logo na primeira luta e tivemos de manter a tranquilidade para avançar na disputa. Estamos muito felizes com esta conquista.” Com Daniel Plácido de Sousa, Raphael Zavarizi Warzee, Caio Perondi de Melo, João Paulo de Araújo, Mateus Coutinho, Bruno Pereira e Ricardo de Abreu Serrão, todos integrantes do judô do Peixe, a equipe santista superou Franca no confronto inicial e o Minas Tênis na semifinal, todos vencidos por 3 a 1. As equipes do Esporte Clube Pinheiros e da Associação Kiai Kam ficaram na terceira colocação, completando o pódio da categoria. A importante conquista do time santista garantiu a ida do Troféu Professor Nobuo Suga para a sala de troféus da Vila Belmiro.
No Sênior, o E. C. Pinheiros é soberano O Esporte Clube Pinheiros conquistou o título da categoria sênior, ao vencer na final a equipe do Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte (MG). A equipe mineira não pôde contar com seus principais atletas, que estavam servindo à seleção brasileira. Entretanto, mesmo sem a presença de feras como Hugo Pessanha e Luciano Correia, o time minastenista ficou com o vice da categoria sênior. Do lado paulista, a equipe do Esporte Clube Pinheiros contou com a volta de Daniel Hernandes, que há cinco meses estava fora devido a cirurgia no ombro esquerdo, e não decepcionou. Daniel mandou bem e fez as pazes com a vitória. Outra fera do time paulistano foi Rafael Silva, pesado que fez a diferença na final. Além do Pinheiros e do Minas Tênis, subiram ao pódio as equipes da Associação de Judô Ichikawa e do Guaru Educação Social e Desporto. Com a conquista do primeiro lugar, as atletas do Pinheiros arrebataram o Troféu Professor Uadi Mubarac.
Daniel conquistou mais um ouro para seu currículo impecável
Sidnei Silva o Cidão técnico do Centro Olímpico
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Associações Participantes Classificação Final Masculino Sub 11 1 S. E. Palmeiras
Sociedade Esportiva Palmeiras
2 Mercadante
Associação Marcos Mercadante de Judô
3 Vila Sonia
Associação de Judô Vila Sonia
3 Bom Jesus Nintai A 3 Sindiserv
Sub 11
Sport Club Corinthians Paulista A
Sub 20
Associação Hebraica de São Paulo
Associação Hebraica de São Paulo
Associação Hebraica de São Paulo
Assoc. Bom Jesus Nintai B
A. Desp. Centro Olímpico
Sociedade Esportiva Palmeiras
Academia Calasans Camargo
Associação de Judô Ichikawa
A. D. Centro Olímpico
São João Tênis Clube
Academia Calasans Camargo
Minas Tênis Clube
Sociedade Esportiva Palmeiras
Associação Guairense de Judô
Grêmio Recreativo Barueri
Assoc. Marcos Mercadante de Judô
Clube Atlético Taboão da Serra
Associação de Judô Rogério Sampaio
Assoc. de Judô Vila Sonia
Clube Recreativo de Suzano Judô Terazaki
Associação Desportiva São Caetano
Assoc. Bom Jesus Nintai A
Associação Amaro de Judô
Esporte Clube Pinheiros
Sind. Ser. Pub.Mun. São Sebastião
São João Tênis Clube
Associação Kiai Kam
Sub 13
Associação Bom Jesus Nintai A
Sênior Masculino
Associação Hebraica de São Paulo
Associação de Judô Vila Sonia
Clube Rec. de Suzano Judô Terazaki
Associação de Judô Vila Sonia
Sport Club Corinthians Paulista B
Sport Club Corinthians Paulista
Academia de Judô Pissarras
Sociedade Esportiva Palmeiras
Associação de Judô Previato
Associação Bom Jesus Nintai Sindicato Ser. Pub. Mun. São Sebastião
Sub 13 1 Suzano Terazaki
Clube Rec. de Suzano Judô Terazaki
2 Bom Jesus Nintai
Associação Bom Jesus Nintai A
3 S. C. Corinthians
Sport Club Corinthians Paulista
3 S. E. Palmeiras
Sociedade Esportiva Palmeiras
Sub 15 1 Bom Jesus Nintai
Associação Bom Jesus Nintai A
Academia Calasans Camargo
Sub 17
Sind. Ser. Pub. Mun. de São Sebastião
2 Vila Sonia
Associação de Judô Vila Sônia
Sind. Ser. Pub.Mun. de São Sebastião
Sport Club Corinthians Paulista
SESI Votorantim - Apajusvo
3 S. C. Corinthians A
Sport Club Corinthians Paulista
Clube Atlético Taboão da Serra
Minas Tênis Clube
Esporte Clube Pinheiros
3 S. E. Palmeiras
Sociedade Esportiva Palmeiras
São João Tênis Clube A
Associação Desportiva São Caetano
Minas Tênis Clube
São João Tênis Clube B
A. A. D. Mesc São Bernardo
Associação de Judô Ichikawa
Sub 17 1 J. C. Mogi das Cruzes
Judô Clube Mogi das Cruzes
Clube Recreativo de Suzano Judô Terazaki
Guarú Educação Social e Desporto
Guarú Educação Social e Desporto
2 São João Tênis Clube
São João Tênis Clube
Assoc. Bom Jesus Nintai A
Judô Clube Mogi das Cruzes
Sênior Feminino
3 S. E. Palmeiras
Sociedade Esportiva Palmeiras
Sport Club Corinthians Paulista
São João Tênis Clube
Associação Kiai Kam
3 A. Marcos Mercadante
Associação Marcos Mercadante de Judô
Sociedade Esportiva Palmeiras
Sociedade Esportiva Palmeiras
A. A. D. Mesc São Bernardo
Sub 15
Associação Marcos Mercadante de Judô
Sub 20 1 Santos F. C.
Santos FC/Associação Rogério Sampaio
2 A D São Caetano
Assoc. Desportiva São Caetano
3 E. C. Pinheiros
Esporte Clube Pinheiros
3 Assoc. Kiai Kam
Assoc. Kiai Kam
Sênior 1 E. C. Pinheiros
Esporte Clube Pinheiros
2 Minas Tênis Clube
Minas Tênis Clube
3 Ass. Judô Ichikawa
Assoc. de Judô Ichikawa
3 Guarú Desporto
Guarú Educação Social e Desporto
Feminino Sênior 1 Assoc. Kiai Kam
Assoc.Kiai Kam
2 Mesc São Bernardo
A. A. D. Mesc São Bernardo
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Delegacia Regional São Paulo Capital Delegado W ilson Del la S anta
Campeões
Sociedade Esportiva Palmeiras campeã do Sub-11
Clube de Judô TerazaKi o grande campeão do Sub-13
Bom Jesus Nintai do Brasil o campeão do Sub-15
Judô Clube Mogi das Cruzes o campeão do Sub-17
Santos Futebol Clube o campeão do Sub-20
Campeões do Sênior E. C. Pinheiros
Vice-campeões
Assoc. Marcos Mercadante vice-campeã do Sub-11
Bom Jesus Nintai vice-campeã do Sub-13
Assoc. de Judô Vila Sônia vice-campeã do Sub-15
São João Tênis Clube o vice-campeão do Sub-17
Asso. Desportiva São Caetano o vice-campeão Sub-20
Minas Tênis Clube vice-campeão do Sênior
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ASPECTOS PEDAGÓGICOS DO JUDÔ
Por Anderson Dias de Lima Fotos Everton Castro/Boletim Osotogari
Competição Infantil
Com Regras de Adulto? No Brasil, talvez por questão cultural, temos o hábito de supervalorizar as competições desportivas de alto rendimento para crianças. Nas mais diversas modalidades de esportes, podemos observar o fenômeno da especialização precoce, especialmente, no aspecto da competição infantil. Estou falando dos ambientes envolvendo crianças das mais baixas faixas etárias, cujo clima de inter relacionamento dos participantes transcorre como se todos fossem adultos. É comum assistirmos eventos esportivos para crianças abaixo dos 13 anos de idade, com Status Oficial, Cerimonial de Abertura de alta Pompa e Formalidades, com desfile das delegações em seus uniformes
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de jogos impecáveis, presença e pronunciamento de altas autoridades, dando ao evento uma dimensão não compatível com o nível de desenvolvimento bio psíquico social das crianças participantes. Não bastasse tudo isso, na maioria das modalidades, as regras de arbitragens para as crianças e pré-adolescentes, são exatamente iguais às utilizadas nas competições de adultos. Nós da modalidade de Judô não fugimos à regra, também temos os nossos grandes Eventos Oficiais do Judô Infantil, onde utilizamos as mesmas regras de arbitragens aplicadas nas competições do adulto. Minha proposta com esse texto é estimular uma reflexão específica sobre essa questão, e assim avaliarmos até que ponto a utilização das mesmas regras de competição para crianças e adultos atende às necessidades dos pequenos judocas? Até que ponto o padrão adulto de disputa, satisfaz as reais necessidades das crianças em crescimento e em desenvolvimento? Como Especialista em Iniciação Esportiva, atuando como Consultor Pedagógico da Federação Paulista de Judô desde 1998, ministrando cursos sob o tema: “Conceitos Pedagógicos Aplicados ao Ensino do Judô”, vejo essa questão como de suma importância para a melhoria e modernização do ensino do Judô em nosso país. Por diversos estudos científicos, antigos e recentes, sabemos que a criança é um ser em formação, com diversas fases
de crescimento e desenvolvimento distintas entre si e, por sua vez, com características biológicas, psicológicas e sociais diferentes do adulto. Portanto, o tratamento dado à criança, seja quanto à sua iniciação desportiva e, principalmente, quanto à sua participação em atividades competitivas, deve respeitar as características biológicas, psíquicas e sociais próprias de cada uma dessas fases e, especialmente, diferentes da forma como tratamos os adultos, sob pena de estarmos comprometendo negativamente a sua formação, tanto do ponto de vista pessoal, como do ponto de vista atlético e, especialmente, da sua integridade física. Santana (2005) citado por Ramos e Neves, lista alguns riscos da especialização precoce: A) Estresse de competição: que se caracteriza por um sentimento de medo e insegurança, causado principalmente por conflitos oriundos de uma prática excessivamente competitiva. A Criança, neste caso, tem medo de errar, sente-se insegura e com a auto-estima ameaçada. B) Saturação esportiva: que se manifesta quando a criança apresenta sinais de desânimo (enjôo) e desinteresse em continuar a prática do esporte. Sente-se, assim porque o praticou em excesso e quer abandoná-lo. C) Lesões que advêm, principalmente, pela prática em excesso e inadequada a faixa etária. Se eu fosse dissertar sobre todos os aspectos envolvidos e já estudados no processo de “Iniciação Desportiva e Especialização Precoce”, poderia escrever um livro, entretanto, penso que essa reflexão sobre as adaptações das regras para a competição do Judô Infantil, deverá embasar-se em princípios científicos, objetivando principalmente, a integridade física da criança, o seu crescimento e desenvolvimento harmônico e saudável, bem como a otimização do aproveitamento do seu potencial atlético.
Com relação aos aspectos da integridade física e de prevenção de lesões, quero ilustrar essa nossa reflexão, especialmente, em relação a uma técnica que muito me preocupa quanto ao risco de lesão grave que a mesma representa para os pequenos praticantes, principalmente para o Uke, ao nível de Coluna Vertebral Cervical. Trata-se do Seoi Nague ajoelhado, independente do momento em que o Tori apoia os joelhos no tatame, antes, durante ou no final da projeção. Tendo em vista que a aplicação do Seoi Nague ajoelhado “facilita” a sua execução e tem demonstrado grande eficiência de pontuação, especialmente para as crianças, observamos com muita freqüência o uso dessa estratégia de especialização precoce por parte daqueles professores que visam resultados fáceis e imediatos, na ânsia de formar pequenos campeões. Considerando a grande disparidade no grau de especialização das crianças em competições, especialmente, nas primeiras fases dos campeonatos (municipais e regionais) e, considerando ainda, as dificuldades fisiológicas e morfológicas do Tori executar a técnica com um alto grau de perfeição e controle, tenho observado muitas situações onde o Uke, que também, não está pronto fisiológica e morfologicamente para se defender ou cair com segurança, bater de frente com a cabeça no tatame, tendo o seu corpo arremessado, expondo a coluna vertebral, especialmente a região cervical, a altíssimo risco de lesão grave. Alguns alegam que, o apoio de apenas um joelho ou, quando ambos forem apoiados apenas no momento final da execução, minimizam os riscos, entretanto, penso que o risco ocorre em qualquer situação de apoio dos joelhos, seja antes, durante ou ao final da execução. Vejo nessa situação, um caso típico de se adaptar a regra, para prevenir o risco de lesão e promover a integridade física do pequeno praticante. Tratando-se o Judô de uma luta, vejo nessa e em outras situações, a necessidade de se adequar as regras para se compatibilizar pedagogicamente com a prática infantil. Se pensarmos sobre os vários aspectos do processo de Iniciação e Especialização da prática do Judô, muitas outras sugestões poderiam ser feitas, até mesmo para modernizar e otimizar o desenvolvimento atlético dos nossos judocas.
Do ponto de vista do desenvolvimento desportivo, a especialização precoce limita a formação do repertório motor, tanto dos movimentos fundamentais, como da modalidade em si, conseqüentemente, limitando a otimização do potencial atlético do futuro competidor adulto. Portanto, várias sugestões poderiam ser apresentadas para se adaptar as regras no sentido de contemplar um desenvolvimento atlético mais completo do judoca. Se observarmos os melhores classificados nos Campeonatos Estaduais e Nacionais do Judô Infantil, veremos que a maioria deles se especializou em duas ou três técnicas, no máximo. É muito comum observarmos nesses pequenos campeões, as seguintes características de combate: • Forte disputa pela pegada, com entrada logo em seguida ao domínio da mesma. • Grande índice de aplicação do Koshi Guruma, com rolamento simultâneo (espécie de Makikomi). • Grande índice de aplicação da técnica do Seoi Nague Ajoelhado. • Pegada, ataque e defesa por apenas um dos lados. Com algumas exceções, é claro, as lutas de alta performance dessas categorias, se resumem nesses três itens de características técnicas, o que se mostra demasiadamente pobre, sob o ponto de vista do que se espera de um bom desenvolvimento atlético. Penso ser importante realizar um estudo, no sentido de se adequar as regras
para que nas competições nessas faixas etárias, esses alunos se comportem como verdadeiros aprendizes de Judô e não como atletas já formados da modalidade. Creio que se promovermos uma adaptação nas regras de competição nessas categorias, poderíamos contemplar um ensino mais adequado, especialmente, do ponto de vista do desenvolvimento global das técnicas, partindo do geral para o específico, como preconizam vários autores especializados em estudos do desenvolvimento motor. Segundo Gallahue, em sua apresentação das fases do desenvolvimento motor em 1982, nos movimentos relacionados às habilidades esportivas, propõe três estágios, a saber: 1. Dos 07 aos 10 anos: Estagio geral, onde se deve oportunizar o maior número possível de repertório motor da modalidade preferida e, até mesmo, de outras modalidades complementares. 2. Dos 11 aos 13 anos: Estágio Específico, onde se começa gradativamente a especificação da modalidade, bem como, a especialização de algumas técnicas e táticas de competição apropriadas às características específicas do futuro atleta. 3. Acima dos 14/15 anos: Estágio especializado, onde realmente se completa a formação do atleta e podemos propor um trabalho bem próximo do adulto. Acredito que muitos talentos são prejudicados nessa fase da prática do Judô, visto que a especialização precoce acaba por limitar o seu real potencial desportivo. Para ilustrar meu ponto de vista, quero citar uma modalidade que foi exce-
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ção à regra em nosso país nos últimos vinte anos: o Voleibol. Há 20 anos, pensando nos aspectos abordados acima, a CBV, promoveu uma adaptação às regras para as competições das categorias menores da modalidade. Logicamente, não podemos atribuir o grande desenvolvimento técnico da modalidade, observado nos últimos anos, apenas a esse aspecto, entretanto, penso que esse foi um fator muito importante para que o Voleibol do Brasil passasse a ser referencia para o resto do mundo. Infelizmente, parece-me que, por pressões diversas, a FPV e a CBV estão promovendo um retrocesso nisso que eu considero um avanço importante. Vamos observar e analisar as possíveis implicações nos próximos anos... Abaixo, um comentário da Supervisora Técnica responsável pelas Categorias de Base do Voleibol Feminino da cidade de Americana-SP, a respeito desse retrocesso: “Até uns três anos atrás, no voleibol, existiam as regras e normas táticas adaptadas, que consistia no seguinte: 1. Até categoria 13 anos: obrigatório rodízio 6 x 0; saque por baixo; limitação da zona de saque; a posição 3 não podia atacar a bola; no 2º set, obrigatório 3 atletas que não jogaram no 1º set; proibido líbero. 2. Até categoria 14 anos: saque por baixo, limitação da zona de saque; no 2º set obrigatório 3 atletas que não jogaram o 1º set. proibido líbero.
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3. Após a categoria 15 anos: não havia as limitações das regras. As adaptações das regras e normas táticas obrigavam os atletas a treinarem e a jogarem realizando todas as funções e os fundamentos do voleibol. Não havia como especificar as posições dos atletas. Trabalhávamos na forma mais global possível. Tínhamos que obrigatoriamente, utilizar nos jogos pelo menos 9 atletas. Assim desenvolvíamos, não só os 6 principais, mas pelo menos 9. A FPV abriu muitos debates sobre este tema, com as equipes a favor e contra, mas acabou vencendo a especialização precoce do atleta. Agora as adaptações das regras e normas táticas mantiveram apenas até os 13 anos (o saque por baixo e limitação da zona de saque). E assim, todas as demais adaptações anteriores, ficam liberadas para se jogar com as regras atuais das categorias adultas. Com esse retrocesso nas regras, já estamos percebendo atletas que estão chegando às categorias infanto-juvenil e juvenil, com defasagens de fundamentos e principalmente, defasagem motora. Não sabemos como será o resultado disso para daqui a alguns anos”. Professora Elizabete Sartori Supervisora Técnica do Voleibol Feminino de American De forma empírica, vejo o Voleibol como um bom exemplo, enquanto manteve as referidas adaptações das normas e regras para as competições das categorias menores, pena que esteja retrocedendo. É importante ressaltar que qualquer proposta de mudança e adaptação nas regras de arbitragens para o Judô nas categorias menores, demandaria um estudo bastante criterioso, através de uma comissão de profissionais ligados à modalidade, com característica multidisciplinar (técnicos, árbitros, professores, médicos, pedagogos, psicólogos, fisiologistas, educadores físicos e outros), com membros altamente qualificados em suas respectivas áreas de atuação, para que o resultado seja realmente satisfatório sob todos os aspectos envolvidos na questão.
Dessa maneira, não precisaríamos quebrar o nosso hábito da competição infantil, entretanto, compatibilizá-la de forma que sejam minimizados os prejuízos e otimizados seus benefícios. Fica aí uma proposta de reflexão para a comunidade judoística do nosso país, no sentido de repensarmos as normas e regras de arbitragens do Judô Infantil, para que possamos, além da prevenção de lesões e integridade física de nossos pequenos competidores, promovermos também um grande diferencial positivo no ensino do Judô em nosso país.
Referências bibliográficas: 1. Gallahue, David L. e Ozmun, John C. “Compreendendo o DESENVOLVIMENTO MOTOR: Bebês,Crianças, Adolescentes e Adultos”. Fhorte Editora, São Paulo, 2001. 2. Lima, Anderson Dias de. “Implicações da Prática e do Treinamento do Judô no Crescimento e Desenvolvimento da Criança”. Rio de Janeiro, Universidade Castelo Branco, 1989. 3. Ramos, Adamilton Mendes e Neves, Ricardo Lira Rezende. “A INICIAÇÃO ESPORTIVA E A ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE À LUZ DATEORIA DA COMPLEXIDADE”. Pensar a prática - Periódico científico da Faculdade de Educação Física (FEF) da Universidade Federal de Goiás – (http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/viewArticle/1786/3339) Página eletrônica consultada em 20/01/2011.
Anderson Dias de Lima é
■ Graduado em Educação Física PUC-CAM – 1986 ■ Pós Graduado Latu Sensu – Universidade Castelo Branco (RJ) -1989 ■ Kodansha 6º Dan FPJ/CBJ - 2004 ■ Delegado Regional da 8ª Região Oeste da FPJ desde 2005 ■ Diretor de Ensino e Credenciamento Técnico da FPJ desde 1998 ■ Membro da Comissão de Estudos da FPJ, nos Jogos Olímpicos de Atlanta – 1996 ■ Membro da Comissão de Estudos da FPJ, no Campeonato Mundial de Paris – 1997 ■ Membro da Comissão de Cursos para Professores de Judô da FPJ desde 1995 ■ Membro da Banca Examinadora da FPJ nos Exames de Graduação desde 1999 ■ Professor da Disciplina “Princípios da Educação Física Infantil e Conceitos Pedagógicos Aplicados à Iniciação Esportiva”, no curso para provisionados. andersondiasam@hotmail.com andersondl.am@bol.com.br
PONTO DE VISTA
PorPor Paulo Pinto Paulo Pinto Budopress Fotos Fotos Maurício Landini
Com o corpo fechado e
Muito acima da lei Após um ano de cobertura jornalística constatamos que no Brasil e no continente americano o judô é uma modalidade sitiada, controlada a ferro e fogo por Paulo Wanderley Teixeira, senhor absoluto dos tatamis nas Américas
Com mecanismos parecidos aos utilizados pela Santa Inquisição, no fim do século XI, Paulo Wanderley desrespeita até o estatuto da Confederação Brasileira de Judô, quando lhe é conveniente. Desrespeita ordens judiciais e implanta o terror nos estados que não o apoiam politicamente. Formado na escola do professor Mamede, ex-presidente da CBJ, Paulo Wanderley se supera a cada dia, mas até hoje vemos as mesmas práticas usadas por Mamede, tais como o protecionismo aos que formam sua base política e a mesma repressão e o terror com que o velho dirigente conduzia o judô nacional. Quando era apenas presidente da Federação de Judô do Espírito Santo e técnico da seleção brasileira, Wanderley viva mais no Rio de Janeiro do que em seu estado, e era na casa do professor Mamede que o presidente capixaba ficava hospedado, onde era mais bem tratado que o Júnior, filho de Mamede, que viva tendo crises de ciúme pelo tratamento dado ao dirigente nordestino. Lamentavelmente, Mamede formou o dirigente que o baniu implacavelmente do cenário e se apossou definitivamente do cargo. Devido ao sucesso obtido temporariamente no caso da União Pan-Americana de Judô, já que o Tribunal Arbitral do Desporto ainda julga o golpe de estado perpetrado pela quadrilha internacional que se apossou do judô no mundo, o líder máximo do judô brasileiro se crê inimputável e bem acima da lei. Estivemos em Fortaleza, onde rastreamos os passos de Átila Cardoso, o preposto do presidente da CBJ naquele estado, que recentemente protagonizou um caso de polícia por apropriação indébita, estelionato e falsidade ideológica. Todos os problemas gerados no Ceará sucedem ao desacato e à desobediência civil de Paulo Wanderley Teixeira à ordem judicial decretada pelo juiz de direito da 12ª Vara Cível, que nomeou Eduardo Costa Filho interventor da Federação Cearense de Judô (FECJU). Tudo isso acontece no Ceará porque na última eleição da CBJ o interventor apoiou abertamente o candidato que faz oposição ao presidente da CBJ. Desde então o dirigente
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cearense tem sido vítima de todo tipo de retaliação e perseguição. Na verdade, a prática de abuso de poder, assim como a coerção e toda a forma de autoritarismo, é como Paulo Wanderley administra a CBJ desde 1999, ano em que assumiu a presidência da entidade. Não bastam as sanções econômicas ou administrativas. Faz uso de toda a truculência que lhe é peculiar, não permitindo a escalação de árbitros e a convocação de atletas dos estados que não aceitam seu jogo.
Em cima do muro O que mais impressiona são a subserviência e a conivência de vários presidentes estaduais, de importantes judocas e até de medalhistas olímpicos. Dirigentes de entidades como Ministério do Esporte e Comitê Olímpico Brasileiro fazem vista grossa para as manobras do dirigente brasileiro, seja por interesses esportivos, políticos ou financeiros. Como acusaria Cazuza, estão todos em cima do muro. Na era Mamede atletas e imprensa faziam coro, retaliavam e enfrentavam Joaquim Mamede, que cobrava as passagens aéreas dos atletas. Hoje muitos destes mesmos judocas dividem o bolo com Paulo Wanderley. É inacreditável! Os judocas que representam o Brasil não podem mais ter patrocinadores individuais porque a CBJ proíbe a veiculação de logomarcas em seus kimonos. Na cabeça de Paulo Wanderley os kimonos dos atletas da seleção brasileira pertencem unicamente à CBJ. Percebemos nitidamente que os atletas têm medo de dar entrevista, e, pelo que pudemos ver, até a utilização da imagem dos atletas da seleção brasileira está sob controle do presidente da CBJ. A supressão de direitos, o controle e a inversão de valores é absurda, mas todos são coniventes. Se Joaquim Mamede cobrava as passagens aéreas dos atletas, hoje Paulo Wanderley veladamente vende kimonos, agasalhos e patchs para os judocas da seleção brasileira. O mais espantoso é que ninguém ques-
tiona nada. Os atletas se calam por medo de perder a vaga na seleção brasileira, e compreendemos isso. Mas onde estão os judocas que no passado questionavam tudo? Onde estão os caras que nunca tremeram diante dos dirigentes inescrupulosos?
O futuro repete o passado Da mesma forma que fizeram os espanhóis no século XVI, quando dizimaram os Astecas e centenas de povos do continente americano, nos estados onde enfrenta oposição Paulo Wanderley usa gente sem moral ou escrúpulos para se infiltrar, gerar o caos e depois tomar o poder. O mais irônico é saber que os acomodados de hoje serão os perseguidos, usurpados e destituídos de amanhã. Se no Ceará Paulo Wanderley usa hoje Átila Cardoso para gerar o caos e implodir a administração local, em Minas Gerais esta função está a cargo de Geraldo Brandão, ex-presidente da Federação Mineira de Judô. Já em São Paulo o títere de Paulo Wanderley é Oswaldo Ichikawa, um bajulador sem escrúpulos que tentou melar os exames de faixa realizado em Botucatu (SP), no início de dezembro. Tal ato foi repudiado publicamente pelos 15 delegados regionais do estado de São Paulo, que perplexos assistiram ao show protagonizado pelo preposto de Paulo Wanderley Teixeira. Arrogante e prepotente, este péssimo exemplo de kodansha tem-se mostrado o maior puxa-saco do presidente da CBJ. Ninguém acreditou na afronta protagonizada por ele quando, na abertura do exame de faixa, não cumprimentou ninguém e desandou a bajular Paulo Wanderley, chegando até a falar em nome dele que a graduação de um judoca não significa absolutamente nada. É este o papel de um kodansha 8º grau? Soubemos que, numa reunião com dezenas de kodanshas paulistas, este senhor teve a arrogância de inquirir a todos para saber se alguém sabia o que representava ser kodansha.
Paulo Wanderley Teixeira
Nomeado membro da comissão de grau da CBJ por Paulo Wanderley, Ichikawa mostra claramente que não aprendeu o que significa ser um kodansha. Ele pode estar kodansha, mas nunca o foi de verdade. Um kodansha não se presta ao que ele faz. Um kodansha não fica de quatro e não puxa o saco de um homem só porque está no poder e com objetivos claros de obter o 9º grau. Um kodansha não agride ninguém verbalmente ou fisicamente, assim como não tumultua um evento que envolve mais de 200 pessoas. Em Botucatu, Ichikawa afirmou que acompanhou o trabalhou dos cinco presidentes que passaram pela CBJ. Será que é por isso que hoje ele é 8º dan? Gostaríamos de saber onde ele estava quando Sérgio Bahi se arrebentava sozinho para reerguer o judô nacional e firmar no cenário internacional a União Pan-Americana de Judô, entidade que o homem que ele tanto bajula despedaçou fundando a Confederação Pan-Americana de Judô, para tomar o poder e o controle do judô das Américas? Gostaríamos de saber também onde este pseudo kodansha estava quando o grupo liderado por Simbaldo Pessoa, e mantido financeiramente por Francisco de Carvalho, lutava pelo fim da ditadura Mamede, para depois entregar o controle da CBJ nas mãos de Paulo Wanderley? Até onde sabemos este senhor sempre esteve onde está hoje. Sob as asas dos poderosos. Puxando o saco e bajulando aqueles que estão no poder. É de gente como os senhores Átila Cardoso, Geraldo Brandão e Oswaldo Ishikawa que Paulo Wanderley se cerca para gerar tumultos e instituir o caos onde lhe convém. Entretanto, certamente será a ambição do dirigente brasileiro que o sentenciará, pois desta vez ele se superou desrespeitando uma ordem judicial e passou por cima da determinação de um juiz de direito. Esperamos que desta vez o Ministério Público tome as devidas providências e mostre a este ditador que no Brasil existe lei, e que o Ceará não é terra de ninguém. Assim como ocorre com Marius Vizer, o presidente da Federação Internacional de
A CBJ não é uma empresa e o presidente da entidade não é o dono do judô brasileiro. Os presidentes estaduais precisam sair de baixo da mesa e organizar-se para defender seus direitos e os direitos dos atletas de seus estados. Judô - FIJ, Paulo Wanderley Teixeira adquiriu o péssimo hábito de não respeitar e acatar decisões judiciais, e dos tribunais com instância superior. Por todas essas ações que depõem contra tudo que pregou Jigoro Kano, pensamos que já é hora de o Ministério Público proceder a uma investigação para esclarecer estas ações desrespeitosas ou criminosas, e também tentar rastrear o destino das dezenas de milhões que a CBJ arrecada anualmente com patrocínios, verbas liberadas pelo COB, com as taxas recolhidas dos filiados de todo o país, e principalmente com o que é arrecadado semanalmente com os recursos disponibilizados pelas prefeituras e secretarias de esporte das cidades que sediam os eventos da CBJ. Toda semana temos uma competição ou mais, e cada uma delas conta com patrocínio local. São milhões de reais que entram mensalmente nos cofres da CBJ, e nada é repassado aos estados que geram estas receitas. Será que estes recursos entram na prestação de contas anual da CBJ? Com a desculpa de estar fomentando o desenvolvimento do judô de nosso país, a CBJ arrecada cada vez mais, porém nada do que arrecada vai para o desenvolvimento da base. São os estados, clubes e professores que fazem a coisa acontecer, e ninguém recebe nada em troca. Ao contrário, recebem apenas cobranças e imposições. Dos estados que não apoiam Paulo Wanderley ainda é exigido o pagamento de taxas mensais. Gostaríamos de saber com base em quê a CBJ cobra esta taxa que é uma herança da era Mamede. A CBJ não é uma empresa e o presidente da entidade não é o dono do judô brasileiro. Os presidentes estaduais precisam sair de baixo da mesa e organizar-se para defender seus direitos e os direitos dos atletas de seus estados. Será que o Ministério do Esporte e o Comitê Olímpico Brasileiro sabem que, ao invés
Marius Vizer
de ajudar os estados, a CBJ cobra uma taxa mensal para as entidades estaduais poderem subsistir e participar do calendário da CBJ? Será que, se o professor Mamede tivesse os recursos de que a CBJ dispõe hoje, ainda manteria esta taxa perversa criada por ele há mais de 20 anos com a clara intenção de pressionar seus opositores? O crescimento que o judô alcançou é inequívoco, mas isso não é mérito exclusivo do presidente da CBJ. Professores, atletas, dirigentes, clubes e, principalmente, os japoneses que no passado implantaram na cultura brasileira o hábito de praticar judô. Esses são os verdadeiros responsáveis pelo que hoje chamamos de judô brasileiro. Muitas modalidades cresceram e se organizaram no Brasil, porém somente aquelas cujos líderes tiveram a percepção de democratizar verdadeiramente os recursos recebidos estão se estruturando em todos os níveis: na base, no alto rendimento e na gestão. No judô, apenas a CBJ e a FPJ estão realmente estruturadas. As demais entidades do país subsistem e estão todas de pires na mão. Mas, paradoxalmente, os presidentes que formam a base política que apoia a CBJ se contentam com as migalhas que escapam, e aplaudem de pé o quadro funesto pintado por Paulo Wanderley Teixeira. Enquanto isso, os dirigentes que não estão de acordo são caçados e perseguidos implacavelmente. Gostaríamos de saber de que lado ficarão os judocas de bem, que podem lutar e cobrar justiça.
Oswaldo Ichikawa
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Pinheiros é Campeão Geral no Paulista Sênior
São Paulo (SP) – A Federação Paulista de Judô (FPJ) realizou o Campeonato Paulista Sênior, a disputa mais importante desta categoria do calendário da entidade. Ao todo, 221 judocas, vindos de 41 associações, disputaram as medalhas e a vaga para representar o estado no Campeonato Brasileiro. O certame realizou-se no dia 13 de novembro, no Ginásio Municipal de São Bernardo Adib Moisés Dib. Julio Cesar Jacopi, delegado regional da 9ª Delegacia de Judô, afirmou que o governo municipal de São Bernardo está comprometido com o esporte. “Tivemos a grata satisfação de mais uma vez realizar o Campeonato Paulista Sênior em nossa cidade. Não é só o nosso secretário de esportes, o José Luís Ferrarezi, que está comprometido com o esporte. Toda a administração sabe da importância de estarmos trazendo grandes competições para a nossa cidade. Luiz Marinho, o nosso prefeito, tem apoiado muitas ações que visam a fomentar ainda mais o desenvolvimento de esporte em São Bernardo do Campo”, afirmou Jacopi.
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Por Paulo Pinto Fotos Marcelo Lops
Dados da Competição São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba
Botucatu Presidente Prudente Bauru Marília
Campinas São José dos Campos Sorocaba
Vale do Ribeirão
e São
Grand
Paulo
Data: 13 de novembro de 2010 Local: Ginásio Adib Moisés Dib Cidade: São Bernardo do Campo - SP Delegacia Regional: 9ª Delegacia - ABC Delegado Regional: Julio Cesar Jacopi Atletas de Participantes: 221 atletas Associações Participantes: 72 Municípios Participantes: 41 Árbitros que atuaram: 38 Total de Áreas: 6
9ÂŞ
Delegacia D elegacia Regional do ABC Delegado Julio Cesar Jacopi
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São Caetano e Pinheiros destacaram-se nos tatamis Nas disputas das categorias feminina e masculina, tivemos grandes combates. Na categoria feminina, a Associação Desportiva São Caetano foi a campeã geral, conquistando três medalhas de ouro com as campeãs Lorrayna Ferreira da Costa, no ligeiro; Flavia Rodrigues Gomes, no leve; e Edinanci Silva no meio-pesado. No masculino, o Esporte Clube Pinheiros nadou de braçada. Foram cinco ouros, que mostram a força do judô do clube da Zona Oeste da capital. Os campeões que defenderam o clube foram: Mike Massahiro Chibana, do superligeiro; Breno Renan Bufolin, do ligeiro; Charles Koshiro Chibana do meio-leve; Gabriel de Abreu Galli, do meio-médio; e Alex Reiller Aguiar, do meio-pesado. Na contagem geral, o Esporte Clube Pinheiros ficou em primeiro lugar, com cinco medalhas de ouro. A Associação Desportiva São Caetano ficou em segundo, com quatro, e a Associação Rogério Sampaio ficou na terceira colocação, com três ouros. Francisco de Carvalho com judocas de Permanbuco
Carlos Bortole, Alessandro Púglia e William Soares
Sergio Baudijan, Hatiro Ogawa e Mauro Santos Oliveira
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Celso de Almeida e Marcelo
Professores Paulo Duarte e Antonelli
Valdir Melero e Antonio Mesquita
A equipe do Palmeiras marcou presença no pódio do Sênior
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Paulista Sênior 2010 Classificação Final Feminino
Ligeiro
Super Ligeiro 1 Nathalia Orpinelli Mercadante
Assoc. Marcos Mercadante de Judô
1 Lorrayna Ferreira da Costa
Assoc. Desportiva São Caetano
2 Nathali Barbosa Camargo
Associação de Judô Aleixo - M. F.
2 Gabriela Shinobu Chibana
Sport Club Corinthians Paulista
3 Andressa Maria V. Bueno
Rio Preto Automóvel Clube
3 Carolina Pereira Martins
Associação de Judô Rogério Sampaio
3 Samantha Cristina Couto
Associação Esportiva Guarujá
3 Agueda Cristina de Arruda
São João Tênis Clube
Leve
Meio-leve 1 Andressa Correa Fernandes
Assoc. de Judô Rogério Sampaio
1 Flavia Rodrigues Gomes
Assoc. Desportiva São Caetano
2 Eleudis de Souza Valentim
Assoc. de Judô Yama Arashi
2 Juliene Aryecha Ferreira
Esporte Clube Pinheiros
3 Rosanne A. Gomes Aguiar
Esporte Clube Pinheiros
3 Amanda de Faria Dutra
Rio Preto Automóvel Clube
3 Milena Cristina Vilela Mendes
Associação Esportiva Piracicaba
3 Tâmara dos Santos
Tênis Clube S Jose Campos
9ª
Delegacia Regional do ABC Delegado Julio Cesar Jacopi
Paulista Sênior 2010 Classificação Final Feminino
Meio-médio
Médio
1 Ana Paula Faria Ribeiro
Tênis Clube São Jose Campos
1 Maria Portela
Assoc. Desp. Centro Olímpico
2 Laisa de Souza Oliveira
Assoc. Kiai Kam
2 Kelly Cristina Silva
Esporte Clube Osasco/Yanaguimori
3 Daiana da Silva Neves
Rio Preto Automóvel Clube
3 Andrea Alves Oguma
Sport Club Corinthians Paulista
3 Jessica B. Santos
A. A.D. Mesc. São Bernardo
3 Akemi Onishi
Assoc. de Judo Ichikawa
Meio-pesado
Pesado
1 Edinanci Fernandes da Silva
Assoc. Desportiva São Caetano
1 Claudirene Maria Cezar
Tênis Clube S Jose Campos
2 Talita Liborio Morais
Tênis Clube S Jose Campos
2 Renata Sponton Almeida
A. A. D. Mesc . São Bernardo
3 Fernanda Gomes Oliveira
A. D. Ateneu Mansor
3 Marilia Vieira dos Santos
Assoc. de Judô Mauá
3 Pâmela Vitorio Ventura
Assoc. Kiai Kam
3 Sibilla M. Jacinto Faccholli
Ipanema Clube
Paulista Sênior 2010 Classificação Final Masculino
Ligeiro
Super Ligeiro 1 Mike Massahiro Chibana
Esporte Clube Pinheiros
1 Breno Renan Bufolin Alves
Esporte Clube Pinheiros
2 Luis Gustavo Barbosa
Assoc. de Judô de Divinolândia
2 Allan Eiji Kuwabara
Esporte Clube Pinheiros
3 Rodrigo Aparecido Jacintho
Associação de Judô Aleixo M. F.
3 Ivan Sabino
Assoc. Desportiva São Caetano
3 Paulo Sérgio Zakimi
Assoc. Desportiva São Caetano
3 Eric Gomes Takabatake
A. A. D. Mesc. São Bernardo
Leve
Meio-leve 1 Charles Koshiro Chibana
Esporte Clube Pinheiros
1 Leonardo Ferreira Luz
Assoc. Desportiva São Caetano
2 Alexandre Tadashi Uchida
Assoc. de Judô Ichikawa
2 Vinicius Taranto Panini
Esporte Clube Pinheiros
3 Daniel Silva dos Santos
Esporte Clube Pinheiros
3 Allan Bruno Bufolin Alves
Academia Tayoba
3 Diego Borges Ferrante
Esporte Clube Pinheiros
3 Rafael Eidi Enjiu
A. A. D. Mesc. São Bernardo
9ª
Delegacia Regional do ABC Delegado Julio Cesar Jacopi
Paulista Sênior 2010 Classificação Final Masculino
Meio-médio
Médio
1 Gabriel de Abreu Galli
Esporte Clube Pinheiros
1 Felipe Cesar Camilo Oliveira
Assoc. de Judô Rogério Sampaio
2 Lincoln Duarte Alfenas
Sociedade Esportiva Palmeiras
2 Luis Carlos de Farias
Tênis Clube S Jose Campos
3 Carlos Henrique Silva Roque
Rio Preto Automóvel Clube
3 Marco Aurélio Guimarães
A. D. Ateneu Mansor
3 Tiago Calcini Liberato
Sec. Mun. Esp. Ribeirão Preto
3 Ricardo Bruno de Jesus
A .A. D. Mesc. São Bernardo
Meio-pesado
Pesado
1 Alex Reiller Aguiar
Esporte Clube Pinheiros
1 Leandro Gonçalves
Assoc. de Judô Rogério Sampaio
2 Rogério Valeriano dos Santos
Assoc. Desportiva São Caetano
2 Daniel Plácido de Souza
Assoc. de Judô Rogério Sampaio
3 Rafael Augusto Buzacarine
Assoc. Desportiva São Caetano
3 Kleber Tercero Soares
Grêmio Recreativo Barueri
3 Jonas Facho Inocêncio
Assoc. Kiai Kam
3 Josué Gomes Bragança Jr.
Guaru Educação Social e Desporto
PSICOLOGIA NO ESPORTE
Por Vera S. Sugai Foto Budôpress
A Linguagem do Corpo na Relação
Entre Técnico e Atleta A psicologia esportiva está muito ligada ao tema da motivação. Motivar uma equipe, ajudar o atleta a superar as dificuldades com atitudes mais positivas é o que sempre esperam. Motivação é importante, mas não é a panacéia que apregoam e afirmo que qualquer trabalho centrado neste tema é temerário. É possível que uma conversa motivadora ajude, mas somente se o atleta já é, por
si, motivado e está confiante em sua própria capacidade; na hora do shiai não haverá motivação que dê conta de um treinamento precário, de bloqueios motores, de problemas crônicos que não foram resolvidos, falhas técnicas que não foram ajustadas ou momentos de “brancos” devastadores. Está claro que se faz necessário um trabalho bem abrangente para dar conta de tantas variáveis. Mas creio, que em primeiro lugar e como base de tudo o mais, um olhar mais apurado para o corpo do atleta, seus movimentos e para a forma como ele treina é fundamental. É preciso considerar como ele pratica seus uchi-komi, como utiliza seus ukemis, como entende e vive os randoris que pratica, e ainda importante: como respira ou deixa de respirar. Tudo isto treinando com uma cuidadosa observação, para desenvolver também percepção e a atenção de boa qualidade. Atletas de qualquer modalidade treinam e competem com seu corpo em seu pleno potencial expressivo e o momento competitivo é feito no mais concentrado silencio. É somente o corpo na sua linguagem de gestos significativos que faz a comunicação; é ele, a seu modo, que
“dá seu recado”. E é bom lembrar que em qualquer diálogo ou relação, o diálogo corporal é extremamente rápido. A velocidade da sua resposta é infinitamente maior do que qualquer palavra, por mais rápida que seja essa resposta verbal. Então, exceto para alguma explicação com certeza necessária, todo o processo de preparação é de muita observação, treino da percepção e da propriocepção - percepção dos seus próprios movimentos. Exemplo: não levaremos jamais algum sorvete à testa ainda que no escuro, porque temos apurado desenvolvimento desta habilidade de perceber com acuidade os próprios movimentos. Para uma preparação desta natureza é necessário que o psicólogo esportivo além das qualidades de bom motivador e de conhecedor das patologias, seja alguém com muita familiaridade com as terapias corporais. Temos grandes teóricos corporais que raramente são levados em consideração, mas eles são de essencial importância no entendimento dos problemas deste universo tão especifico das competições. Nós, brasileiros, nos acostumamos a exaltar e a copiar tudo o que vem de fora, da Europa principalmente, mas a nossa experiência no que tange ao judô nos mostra que sabemos bastante. Temos por herança dos nossos imigrantes japoneses, um judô excelente. Mas se não o colocarmos em questão, revendo as teorias mais tradicionais para desenvolver novas formas de treinamento, o restante do mundo esportivo, a exemplo do futebol, reagirá nos surpreendendo com os melhores resultados. Com isto, quero aqui assinalar que é preciso cuidar mais da preparação psicológica voltada ao treinamento de alto rendimento. Ao observarmos atentamente os treinos da atualidade, excetuando as boas atuações no campo da preparação física ou de algum treinador mais vivaz, mais criativo, o panorama não é de avanço. Quando já sabemos que no mínimo 60
% dos resultados competitivos se devem a uma boa preparação psicológica e nada fazemos de efetivo, o que percebemos é no mínimo um retrocesso; quando nada fazemos para ir à frente, para progredir, ficamos para trás. Então, para nos elevarmos ainda mais na categoria de um bom judô internacional, será preciso sair do lugar comum mediante uma preparação mais sofisticada; seja no olhar mais aguçado, mais amplo do técnico, na compreensão psicológica dos processos biológicos, seja na relação mais profissional e eficaz do técnico e seu atleta. Vamos nos ater a esta última variável, a mais delicada e um tema realmente complicado. Uma equipe de atletas de alto rendimento que se considere moderna, avançada, não prescinde do trabalho do psicólogo esportivo, não somente auxiliando os atletas, mas principalmente ao técnico. Boa parte dos nossos técnicos não são preparados nesta área. Acredito que alguns dediquem algum tempo a leituras específicas no intuito de conseguir um trabalho mais efetivo com o seu grupo, mas outros acreditam que pelo fato de ser judoka por formação, sabem utilizar todo um arsenal de conceitos do judô tradicional de Jigoro Kano. Creio que há certa verdade nisso, e todo o arsenal doutrinário de Jigoro Kano seria de excelente auxilio na tarefa de dirigir um grupo. Mas me pergunto se esses conceitos são realmente vividos de forma clara e verdadeira? Alguns técnicos, mais sinceros e corajosos questionam a utilidade desses ensinamentos e apontam a diferença que existe entre o judô do praticante, um judô filosófico e o judô competitivo. E como argumento para não utilizá-los com seus atletas, afirmam que judô competitivo é para ser entendido e vivido com a “violência ou a animalidade” que o atleta conseguir extrair de dentro de si. Concordando ou não, é um posicionamento a ser respeitado, mas a experiência tem demonstrado que o judô e principalmente o judô competitivo, deve ser exercido com talento técnico e com um tanto de agressividade e força física realmente, mas também é preciso muita inteligência para administrar de forma estratégica, essas forças instintuais, do contrário elas se voltarão contra si mesmo. Elas não são controladas ao nosso bel prazer, pois
não somos irracionais e assim elas irrompem desordenadas, destruindo boas oportunidades, coisa que acontece com demasiada freqüência. Entretanto, onde exatamente alguns bons técnicos podem mais se equivocar? Um lutador inteligente com grande percepção do que acontece no seu entorno, pode perceber que o seu técnico, embora entenda bastante da técnica é alguém um tanto limitado como pessoa e se decepciona bastante. Com certeza, dificuldade afetiva, incoerência, vaidade, arrogância e pouca coragem são atributos humanos, são dinâmicas pessoais a serem trabalhadas ao longo de uma vida. Entretanto, tudo isso é um grande entrave e não fica bem em nenhuma relação em que a tônica relacional deva ser o cuidado, a admiração carinhosa e um modelo a ser seguido. Bem, se o Judô filosófico de Jigoro Kano é indevido para nortear a conduta dos atletas em competições, ele é mais do que oportuno no sentido de nortear as atitudes de qualquer liderança esportiva. O judô de Kano, no mínimo nos fornece uma base: o treino da humildade como a conduta primeira e a que determina o padrão de toda a arte. Exercê-la como um dever nos propicia uma observação honesta de si mesmo. Um olhar questionador a tudo o que se diga ou faça. Somente assim é possível evitar projeções impróprias de desejos pessoais. E aliada a um saudável bom humor, que ela ajude a administrar bem as destemperanças em prol de um estado de espírito mais equilibrado, mais sereno, mais compreensivo e mais verdadeiro frente ao seu atleta. Em termos gerais professores e técnicos, visto que alguns exercem essas duas funções, se dividem em: os indiferentes, cujos treinos prosseguem previsíveis como as estações do ano e os que são verdadeiros papais ou mamães, excessivamente possessivos, principalmente no trato com as mulheres, o que é desarrazoado. Entretanto, tudo isto pode ser bem resolvido com o acompanhamento de um profissional honesto. Muitas vezes por receio de parecer uma figura fraca demais para um modelo ultrapassado do técnico esportivo de caserna, ainda herança de uma educação física militar, o técnico se petrifica em uma liderança solitária e autoritária. Os
tempos são outros e não é preciso ser alguém tão perfeito e sem falhas para ter o respeito do grupo. Mas alguém que se empenhe em adquirir uma maior consciência de suas falhas é no mínimo reconhecido como corajoso e justo consigo mesmo e com os outros. E também convenhamos, somente assim conseguiremos mais equilíbrio e lucidez, em um mundo onde a fantasia de glórias, por vezes, beira as raias da loucura. E, para terminar, um lembrete: gostamos de acreditar que as pessoas que nos rodeiam não percebem as nossas segundas intenções, por mais sutis ou disfarçadas que sejam, através do nosso olhar, de gestos que nos denunciam. Justamente são esses gestos mal interpretados os que mais provocam verdadeiros desastres relacionais em qualquer tipo de ralação e no caso são os que resultam por prejudicar todo um projeto. Mas não temos um espelho para nos mirarmos sempre que nos dirigimos a alguém. Em contrapartida, o que de melhor ganhamos neste trabalho pessoal é uma razoável auto-estima. E não é pouca coisa! É desta forma que nos tornamos o nosso melhor amigo, nosso melhor conselheiro, nosso critico mais sincero. É somente assim que ampliamos o nosso grau de compreensão em relação aos outros e sem perceber influímos e motivamos pessoas, ajudando-as na busca dos seus sonhos. Isto é autoconhecimento e é fundamental no processo de liderança. O papel de liderança do técnico é fundamental visto a natureza altamente estressante da trajetória competitiva. Um alto desgaste emocional é previsto e todo e qualquer trabalho no sentido de minorá-lo é importante a começar com a questão das relações pessoais. Sendo a figura central do técnico de uma enorme abrangência em um processo interpessoal complexo, penso que não dá para prescindir de mais ajuda, ainda que seja dos velhos conselhos de um grande mestre. Afora tudo o já dito acima, temos as questões de cunho psicomotor, que infelizmente ainda não é pensado pelas equipes de treinamento. Mas isto fica para outra ocasião. Vera Sugai é
Escritora, psicóloga, shodan de Judô, nidan de Aikidô, professora de Yoga e terapeuta de EMF verasugai@hotmail.com
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DIRIGENTE DESTAQUE
Por Paulo Pinto Fotos Budopress e Arquivo FPrJ
Um Dirigente Campeão
Fazendo uma Gestão Campeã Em janeiro a revista Budô foi a Curitiba (PR), onde entrevistou o professor 5º dan Luiz Hisashi Iwashita, presidente da Federação Paranaense de Judô. Centrado e bastante sereno, aposentado, nascido em 2 de julho de 1954 em São Paulo, falou de sua gestão e do momento atual do judô. Um dirigente extremamente comprometido com o desenvolvimento técnico do judô em seu estado, Iwashita mantém um dojô anexo à sede da FPrJ, onde diariamente dá aulas e busca manter viva a essência do judô. Como e onde iniciou sua trajetória nos tatamis? Iniciei aos 9 anos em São Paulo, no bairro de São Miguel Paulista, com o sensei Kubo. Na verdade, eu gostava de jogar beisebol, e meu saudoso irmão Akira fazia judô. Um dia fui assistir ao treino, o professor me convidou para treinar, e gostei. Não parei mais e cheguei a competir internacionalmente.
do Tatuapé, do professor Shigueru Matsumi, na qual ganhei vários campeonatos paulista. Depois me transferi para Mogi das Cruzes, onde comecei a estudar. Participei da Seleção Brasileira Juvenil no peso leve. Fui campeão brasileiro juvenil em 1970, depois fui campeão sul-americano e ganhei o Luso-Brasileiro, realizado em Angola.
Como foi sua trajetória como atleta? Comecei a competir pela Associação Cultural Nipo-Brasileira de São Miguel Paulista, depois me federei na FPJ pela Academia
Como o migrou para o Paraná? Em 1978, trabalhava numa empresa em Guarulhos-SP. Profissionalmente, queria mudar de empresa e simpatizei com uma
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aqui de Curitiba-PR e enviei curriculum; deu certo e me contrataram. Na época, estava com 24 anos. Como judoca, comecei a procurar uma academia para treinar e encontrei a Budokan de Curitiba, do sensei Macoto Yamanouchi. Como e quando chegou à presidência da Federação Paranaense de Judô? Em 2005, o professor Renato Fruehwirth (ex-presidente da FPrJ) me convidou para assumir a presidência, mas na época eu trabalhava numa empresa, e entendia que, para ser presidente de uma federação, teria de ter tempo disponível para me dedicar. Não adiantaria assumir e não ter como honrar os compromissos. Quando o professor Renato soube que eu tinha me aposentado, ele novamente me convidou para administrar a FPrJ, e assim assumi em 2007. Hoje divido meu tempo entre a FPrJ e a consultoria que presto na área de controle de qualidade nas indústrias metalúrgicas. Por que aceitou este desafio? Tudo na vida é um desafio, e resolvi encarar. Na época convocamos uma assembleia e fui eleito por aclamação. Recentemente fui reeleito por aclamação para meu segundo mandato. Qual o balanço geral deste primeiro mandato? Acho que está dentro daquilo que eu esperava. Estamos avançando tecnicamente e isso me deixa muito feliz. Na questão financeira, o professor Renato conseguiu agregar vários patrimônios, e isso acho que não vou conseguir. Minha meta é formar professores e atletas com qualidade e competitivos nacionalmente ou até internacionalmente. O momento é outro, e hoje não existem as facilidades que o professor Renato encontrou. Falando em patrimônio, como consegue administrar de Curitiba, sendo que a FPrJ tem sua sede em Cascavel? Sim é verdade. Nós dividimos o estado em cinco sedes regionais, e a regional de Cascavel está utilizando nossa sede para ministrar aulas, cursos e administrar a regional. Todavia, toda a administração do judô paranaense é feita aqui em Curitiba. Quando assumiu, quantas associações estavam filiadas? Tínhamos 62 academias filiadas. Hoje estamos com 74. Com relação a atletas, quando assumimos tínhamos 1.577, e hoje temos aproximadamente 2.300 filiados.
Não podemos apenas visar medalhas. Temos de educar e preparar nossos alunos, através dos princípios e fundamentos do judô.” Na década de 90, o judô paranaense experimentou um desenvolvimento muito grande, porém apenas em sua gestão notamos crescimento nas áreas técnica e de arbitragem. De que forma está conseguindo promover esta virada? Acho que isso ocorre pelo incentivo que criamos. Os campeões nacionais e internacionais recebem prêmios, assim como os professores que conseguem bons resultados. E também pelos intercâmbios que estamos fazendo com academias de outros estados, principalmente do Projeto Futuro de São Paulo, onde o meu amigo presidente da FPJ, professor Francisco de Carvalho, nos ajuda muito ao ceder seus atletas para treinarem aqui no nosso estado. Por toda a questão cultural que envolve a colônia nipônica no estado, o Paraná não deveria ser a segunda maior força no judô brasileiro? Pelo número de imigrantes japoneses que tivemos aqui sua análise é correta. Mas, infelizmente, quase não vemos mais descendentes nos campeonatos. Eles são minoria. Quais são os baluartes do judô paranaense? Tivemos o professor Liogi Suzuki, 9º dan, na década de 70, que foi campeão mundial universitário. Depois tivemos o Rogério Cherobin, Rinaldo Caggiano, Rubens Tempski e Ney Mecking, entre outros. O grande destaque paranaense hoje é o Rafael Silva, que está há alguns anos no Projeto Futuro, em São Paulo. Quais professores foram decisivos na divulgação dos ensinamentos de Jigoro Kano? Os professores Liogi Suzuki, 9º dan, Yoshihiro Okano, 8º dan, e Adalto Domingues, 8º dan. Estes professores são a base de tudo. Sua administração recebe grande apoio das associações filiadas?
Praticamente tenho o apoio de 100% das associações. Todos nos têm ajudado muito. Todas as decisões importantes são discutidas pelos filiados e fazemos tudo em comum acordo. Tecnicamente, quais são as associações que hoje estão na ponta? Atualmente, o grande destaque é o Colégio Bom Jesus, que já é um polo de judô no Paraná, tanto no feminino quanto no masculino. O judô tomou um caminho estritamente competitivo. O senhor não vê a necessidade de trabalharmos objetivamente no resgate dos valores filosóficos criados por Jigoro Kano? Sim, isso é uma coisa que estamos trabalhando muito. Inclusive, em fevereiro fizemos um curso para credenciamento de técnicos que teve alguns itens que abordaram tudo isso. No ano de 2009, o professor Okano fez uma palestra específica sobre os princípios do judô. Não podemos apenas visar medalhas. Temos de educar e preparar nossos alunos, através dos princípios e fundamentos do judô. Por que vocês estão crescendo mais na categoria juvenil? Temos uma excelente base até o juvenil. Em 2008 fomos campeão brasileiro no juvenil masculino e em 2010 fomos campeão brasileiro no infanto-juvenil masculino. O problema é que, quando chegamos ao juvenil, começamos a perder atletas para os grandes centros, como ocorreu com Rafael Silva e Henrique Miniskowsky Silva, que foram transferidos para São Paulo. No ano passado perdemos também o Eduardo L. Gonçalves, que foi para o São Paulo, e o Horácio Maciel, que foi para Bahia. Somos excelentes formadores de atletas, mas, quando eles chegam numa categoria que demanda maior investimento, os grandes clubes levam todos embora.
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Se não tomarmos cuidado, em breve não haverá mais professores, que são a base de tudo. A CBJ deveria articular e fomentar um trabalho consciente na base, mas isto não está acontecendo.”” O que deveria ser feito para impulsionar o judô? Precisamos ter maior espaço na mídia esportiva nacional. A federação paranaense possui algum patrocinador? Apresentamos vários projetos para grandes empresas, mas, quando apresentamos nossos documentos, eles declinam da parceria porque temos uma pendência tributária com a União remanescente da gestão anterior. Isso tem prejudicando muito a nossa administração. De que forma o Paraná evoluiu tanto na arbitragem? Devemos isso ao professor Edilson Hobold, nosso coordenador de arbitragem. Ele vem fazendo um grande trabalho, incentivando e ensinando os novatos, e o Paraná tem-se destacado bastante. Qual é seu sonho para o judô do Paraná? Meu grande sonho é ter um centro de treinamento, é por isso que precisamos
de patrocinadores fortes. Minha visão é que, com um centro de treinamento e com bons patrocínios, não vamos mais perder atletas para outros estados. Vamos ser referência nacional na formação de atletas. Anualmente CBJ recebe dezenas de milhões de patrocínio. Vocês não recebem nada? Em dinheiro não recebemos nada, mas no ano de 2010 a CBJ nos enviou algumas passagens para os atletas do Paraná que disputaram os campeonatos brasileiros e também foram nos doados três placares eletrônicos com vídeo retardo, para realizar o Campeonato Brasileiro Sub-23 aqui em Curitiba. O que vocês fizeram para obter todo este crescimento técnico? Acho que estamos crescendo devido à participação de todos os professores. Quanto a minha gestão, o diferencial é ter contato direto com os atletas. Gosto de participar e estar no meio deles para
incentivá-los e, principalmente, ajudar no que for possível. Não trabalho no sentido de centralizar o poder, e sim de forma participativa e democrática. O senhor acompanha suas equipes nas viagens? Sempre que é possível viajo com nossos atletas. Busco somar tecnicamente e estar ao lado deles nos certames nacionais. O judô escolar ajuda a massificar o judô no estado? Acho que o judô soma mais para a escola do que a escola para o judô. Os atletas que fizeram história no Paraná colaboram no trabalho da FPrJ? Não. Infelizmente, a maioria está afastada. O único que realmente ajuda é o professor Liogi Suzuki, que é responsável pelo departamento de Nage Waza e faz parte de nossa comissão de grau. Nossa visão é que o judô está em franco processo de encolhimento por não termos mais as escolas, associações e academias de bairro. No Paraná isso também acontece? Sim. Infelizmente, quase não existem mais academias em Curitiba. No máximo persistem três ou quatro. O restante são escolas do ensino fundamental, clubes e prefeituras. O judô era transmitido por estes senseis; com o fim das escolas, o que vai acontecer? Se não tomarmos cuidado, em breve não haverá mais professores, que são a base de tudo. As federações dão o complemento do que é transmitido de geração para geração. Tentamos conscientizar e formar melhores professores, mas notamos claramente o buraco que se vem formando. A CBJ deveria articular e fomentar um trabalho consciente na base, mas isto não está acontecendo. Temos a nítida impressão de que hoje ninguém mais quer ser professor. Só vemos técnicos e dirigentes. O senhor concorda? Concordo plenamente. Isso ocorre porque antigamente os professores davam aula por amor. Ensinavam os princípios do judô criados por nosso fundador, e fa-
Iwashita com Tico outro grande competidor de sua epoca
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ziam a transmissão de tudo aquilo que recebiam de seus senseis. Hoje os professores não trabalham por amor e sim por dinheiro. Essa é a diferença. Atualmente, os professores querem ter muitos alunos e visam somente o resultado nas competições, mas esquecem da qualidade do ensino que têm de passar para eles. Como vê o fato de os grandes judocas competirem apenas fora do Brasil? Acho isso um desrespeito e um desestímulo aos demais atletas. Fui a vários campeonatos nacionais e até hoje só tive o prazer de ver a Sarah Menezes competindo no campeonato brasileiro realizado no Piauí. Vemos gerações inteiras passarem pelo judô sem dar nenhum aporte ou exemplo ao judô de base. Lembro que, antes de craques como Robinho e Ronaldinho irem para a Europa, eles desfilaram todo o talento que possuem, nas quadras de futsal e nos campos de futebol, disputando por várias temporadas campeonatos estaduais e nacionais. São ídolos que arrastam multidões de jovens para as arquibancadas e para a prática da modalidade. Os eventos que a CBJ promove estrangulam o calendário de sua federação? Os certames realizados pela CBJ acabam sufocando o nosso calendário. Temos de fazer grandes manobras para adequar nosso calendário ao deles. As comissões técnicas das seleções feminina e masculina são as mesmas há mais de 11 anos. Coincidentemente, após a era Mamede nunca mais o Brasil conquistou um ouro olímpico. O senhor vê vícios na forma de condução das seleções brasileiras? O Luiz Shinohara e a Rosicleia estão fazendo um bom trabalho, mas acho que deveria sim haver uma renovação na área técnica. Outro técnico significa outra visão e outra forma de trabalhar. O senhor acha que até neste setor exista influência política? Não sei e não posso responder sem embasamento, mas estranho muito esta questão. Temos muita gente boa em Minas Gerais, São Paulo e no Rio Grande do Sul. No ano passado o Paraná sediou o brasileiro sub-23. Não temos conhecimento de nenhum outro esporte
Os certames realizados pela CBJ acabam sufocando o nosso calendário. Temos de fazer grandes manobras para adequar nosso calendário ao deles.” que tenha esta categoria. Isso não lhe parece estranho? Eu também não sei o porquê dessa categoria. Já questionei o professor Paulo Wanderley, e ele argumentou que esta é uma ponte para chegar à seleção principal. Visando ao maior desenvolvimento técnico e até pela proximidade, estados como Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais não poderiam unir-se no sentido de promover maior intercâmbio e desenvolvimento técnico? Seria muito interessante porque, em função do calendário da CBJ, sentimos falta de mais competições com maior nível técnico. Em agosto sempre faço um torneio interestadual aberto. Um torneio da minha associação e não da FPrJ. Convido várias entidades de outros estados, inclusive os atletas do Projeto Futuro de São Paulo, e quase todos participam. No ano passado chegamos a 500 atletas.
ser mais respeitados e que deveria haver maior apoio. Qual sua meta para temporada 2011? Estamos completando 50 anos de existência nesta temporada, e quero ver se em outubro fazemos uma grande festa para comemorar nosso meio século de existência. Vamos fazer um vídeo do campeonato para festejar os 50 anos da FPrJ. Todos os anos fazemos a Copa Paraná, e este ano estamos querendo fazer a Copa Paraná aberta para todos os estados. Geralmente temos 600 atletas participantes e este ano pretendemos receber 1.200.
E esta competição soma no desenvolvimento técnico do estado? Com certeza soma e agrega muito para os atletas paranaenses. O senhor concorda com as alegações de seu colega mineiro, na entrevista concedida a revista Budô? Em algumas coisas sim. Penso que deveríamos Prof. Iwashita e Kitadai
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Fonte CBJ – Budopress
Fotos Divulgação/CBJ
Mesmo desfalcado São Paulo mantém supremacia no
Brasileiro Sênior
Uberlândia (MG) - O Campeonato Brasileiro Sênior realizou-se nos dias 27 e 28 de novembro no ginásio SESI Gravatás, em Uberlândia (MG). A disputa por medalhas na mais importante competição da categoria adulta atraiu 271 judocas vindos de 25 estados. Entre os atletas inscritos, estavam medalhistas em mundiais, como a veterana Edinanci Silva, atual campeã nacional da categoria até 78 kg. Além de Edinanci, disputaram o Brasileiro nomes de destaque da nova geração, como Flávia Gomes (57 kg), vice-campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude, e Nathália Brígida (48 kg), bronze no mundial sub-20. No masculino, os destaques foram para Yuri Miranda (73 kg) e Bruno Altoé (90 kg), que fizeram parte da seleção brasileira medalha de bronze na Copa do Mundo por Equipes 2010.
Dados da Competição
MG
Participação recorde de estados Para Paulo Wanderley Teixeira, presidente da CBJ, a participação recorde de estados ratifica a qualidade dos eventos da entidade. “Esta edição do Campeonato Brasileiro Sênior foi a maior de todas, e este recorde de federações participantes é uma mostra da credibilidade dos eventos da CBJ. Atualmente, temos um alto padrão de qualidade que é reconhecido pelos atletas e diri-
Árbitros do evento
Dirigentes e autoridades presentes no Campeonato Brasileiro Sênior
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Atletas Inscritos: 271 Estados Participantes: 25 Árbitros que atuaram: 43 Total de Áreas: 3 Local: Ginásio do SESI Gravatás Data: 27 e 28 de novembro de 2010 Cidade: Uberlândia – MG Entidade sede: Federação Mineira de Judô - FMJ Presidente: Luis Augusto Martins Teixeira Primeiro colocado no masculino: Estado de São Paulo Primeiro colocado no feminino: Estado de São Paulo
gentes e isto, com certeza, gera o interesse na competição. Ser um torneio que dá vaga na seletiva da seleção brasileira é outro fator de motivação”, disse o dirigente. Os estados participantes foram: Amapá, Ceará, Paraíba, Piauí, Minas Gerais, Sergipe, Alagoas, Pará, Goiás, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Maranhão, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Amazonas, Rio Grande do Norte, Bahia e Roraima. O dirigente máximo do judô brasileiro destacou a importância do trabalho realizado nos estados. “Fechar o calendário nacional com o Brasileiro Sênior é o coroamento desta temporada. Todo o trabalho da confederação se origina nas federações e nos seus diversos segmentos, como clubes, academias e associações. É uma cadeia que culmina no reconhecimento e na participação de cada um destes estados”, afirmou Paulo Wanderley.
Nos tatamis, São Paulo fez valer a sua força No quadro geral de medalhas, São Paulo ratificou seu favoritismo e ficou com a primeira colocação geral. Mesmo sem contar com seus principais judocas, que servem permanentemente a seleção brasileira, o estado de São Paulo manteve a hegemonia nacional conquistando o maior número de medalhas de ouro nas categorias feminina e masculina. No feminino a superioridade foi gritante: das oito categorias de peso, as paulistas ficaram com cinco medalhas de ouro. No masculino, os paulistas conquistaram três das oito medalhas em disputa.
Paulo Wanderley premia equipes masculinas
O Rio Grande do Sul ficou com a segunda colocação geral, conquistando três medalhas de ouro, sendo uma no feminino e duas no masculino.
Estranhamente, a Federação Mineira não participou do evento Nos bastidores da competição o ambiente não foi nada bom. Houve um desconforto geral causado por mais uma afronta da CBJ ao estado anfitrião. Estranhamente, nenhum oficial de mesa ou árbitro da Federação Mineira de Judô participou da competição. Segundo as conversas que vazaram na internet entre Paulo Wanderley e Edmilson Leite, o responsável técnico da FMJ, nenhum membro da entidade mineira foi convocado por Sidney Tavares, o diretor de oficiais técnicos da FMJ. Os oficias mineiros que atuaram no evento foram convocados por Edmilson Leite, que estava a serviço da CBJ e não da FMJ. A maioria não estava em dia com suas obrigações junto à FMJ, outros não eram filiados. Coincidentemente, os poucos oficiais regularizados na FMJ que atuaram no evento eram alunos do professor Brandão, que recentemente foi considerado persona non grata no judô mineiro.
Dirigente mineiro omite os fatos
havia ocorrido, mas ele preferiu pôr panos quentes, enviando o texto que está a seguir: “Agradeço o convite para estarmos novamente concedendo entrevista à revista Budô, mas creio que não é hora de expor os acontecimentos que geram descontentamento entre FMJ e CBJ. Estamos em processo de entendimento com a Confederação Brasileira de Judô e creio que devemos dar o primeiro passo em busca disso. Segundo conversa com o Paulo Wanderley, não devemos sair atirando pedras na CBJ em veículo de comunicação que representa a oposição. Em minha opinião e no meu entendimento, não vejo esta revista como oposição e sim uma forma democrática de socializar fatos e acontecimentos, mas, respeito a opinião de nosso presidente e prefiro declinar do convite. Não vou negar que tivemos nossos desafetos quando da realização do Campeonato Brasileiro Sênior realizado em Uberlândia, mas considero o fato superado e sinceramente creio que em 2011 teremos as devidas correções. Também não nego que tive uma reunião em Vitória (ES), com nosso ilustre presidente que me recebeu de forma educada e cordial, tal qual se recebe um amigo. Nossa conversa se baseou apenas nos interesses do Judô Mineiro e não em acordo político como especulado por alguns. Volto a afirmar que somos firmes nos nossos propósitos e nos mantemos independentes, nos reservando o direito de expressar nossos interesses e a verdade. Att.
Tentamos saber de Luiz Augusto Martins Teixeira, o presidente mineiro, o que
Luiz Augusto Martins Teixeira”
Marcelo França fez a premiação das equipes femininas
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Classificação Final Brasileiro Sênior 2010 Senior Feminino
Super Ligeiro – 44 kg
Ligeiro - 48 kg
Meio Leve – 52 kg
1º. Patrícia do D Marques - SC
1º. Taciana Rezende de Lima - RS
1º. Andressa C Fernandes - SP
2º. Bianca de Lima Gonçalves - RJ
2º. Nathalia Castelan Brigida - MG
2º. Rafaela de Araujo Barbosa - AM
3º. Lilian Gabriela - PE
3º. Cristiane Pereira - RJ
3º. Janielly Bila - BA
3º. Nathalia Mercadante - SP
3º. Ariela S Marca - SC
3º. Alexia Tais W Castilhos - RS
5º. Gabriela V Correia - MG
5º. Karla Adriane de Sousa - CE
5º. Maria da Paz - RN
5º. Patrícia Ribeiro - BA
5º. Lorrayna Ferreira Costa - SP
5º. Ana Paula Altoé M Sousa - DF
Leve – 57 kg
Meio-médio – 63 kg
Médio – 70 kg
1º. Flavia Rodrigues Gomes - SP
1º. Amanda C Oliviera - PB
1º. Maria de Lourdes Portela - SP
2º. Veronice Cassimiro - BA
2º. Barbara Chianca Timo - RJ
2º. Hayssa Evelyn T Santos - PI
3º. Giulia Penalber Oliveira - RJ
3º. Danieli Luci Santos - BA
3º. Caroline Ayme Yoshioka – PB
3º. Camila Martins Barreto - RS
3º. Larissa Trindade - PE
3º. Márcia Lima Vieira - RS
5º. Ana Carla R Grincevicius - MS
5º. Ana Paula Faria Ribeiro - SP
5º. Gislaine Garcia de Araujo - DF
5º. Marília Silva Ramos - PI
5º. Aline Santos de Oliveira - MG
5º. Natalia P Martins - SC
Meio Pesado – 78 kg 1º. Edinanci Fernandes Silva - SP 2º. Ericka Wergles Cunha - RJ 3º. Jessica Pereira Soares - MS 3º. Rosangela L de Moraes - SC 5º. Silvia Maria Silva - BA 5º. Clenice Costa Gomes - GO Pesado + 78 kg 1º. Claudirene Maria Cesar - SP 2º. Renata Cristina Januario - RJ 3º. Roberta Rocha De Lucena - PB 3º. Bruna Luisa Gonçalves - PR 5º. Angelita M Sassi - SC 5º. Rochele Jesus Nunes - RS
Classificação Final Brasileiro Sênior 2010 Senior Masculino
Super Ligeiro – 55 kg
Ligeiro – 60 kg
Meio Leve – 66 kg
1º. Mike Massahiro Chibana - SP
1º. Daniel Santos Moraes - MG
1º. Adriano P. de Araujo - RJ
2º. Sergio Kazuo Yoshimura - BA
2º. Diego Ferreira Santos - BA
2º. Maximiliano Cassarotti - RS
3º. Gerson Leocádio Júnior - MT
3º. Leonardo Barbosa da Silva - RJ
3º. Adriano Rodrigues Souza - AM
3º. Antonio Fabricio Alves - PI
3º. Guilherme Heck de Góis - RS
3º. Francinildo C Bernardes - RN
5º. Ronald Souza Araujo - MA
5º. Victor M. Ernest - SC
5º. Dyego V Vieira - SC
5º. Rafael Antonio A Barbosa - AM
5º. Sergio G Nascimento - DF
5º. Vinicius Issao Sakamoto - DF
Leve – 73 kg
Meio-médio – 81 kg
Médio – 90 kg
1º. Leonardo Ferreira Luz - SP
1º. Guilherme Maciel de Luna - RS
1º. Rodrigo Maciel de Luna - RS
2º. Yuri De Sousa Miranda - MG
2º. Maicom França - BA
2º. Bruno Altoe - BA
3º. Gildásio Sant’Anna Oliveira - RJ
3º. Rodrigo B Rocha - RJ
3º. Felipe Cesar C Oliviera - SP
3º. Vandilande R Oliveira - DF
3º. Eric Heyden C de Lira - PB
3º. Giovani A dos Santos - SC
5º. Felipe Amaro Braga - RS
5º. Filipe Batista - PE
5º. Felipe Augusto - RN
5º. Chairo Olimpio - RO
5º. Mauro Henrique D Moura - MG
5º. Vitor Hugo Tranquillini - DF
Meio Pesado – 100 kg
Pesado + 100 kg
1º. Takashi Haguihara Júnior - GO
1º. Leandro Gonçalves - SP
2º. Rogério Valeriano Santos - SP
2º. Guilherme Martins Silva - RJ
3º. Lucas da Costa Urtiga - DF
3º. Francinaldo M Segundo - PI
3º. Osvaldo Pereira - RJ
3º. Gabriel Oliveira Santos - MG
5º. Marco A de M Cruz - SC
5º. Rafael Marcon Brito - PR
5º. Gerson Pereira Junior - MS
5º. Willians F Da S Jacques - SC
FISIOTERAPIA PREVENTIVA
Por Georgton Pacheco Fotos Fred Guerra
A Importância da Prevenção de Lesões
No Disco Intervertebral Somos o reflexo da forma como usamos nossa coluna vertebral
Todos os tecidos do corpo humano são nobres. Entretanto, alguns têm de ser vistos e tratados com maior cuidado, pois quando sofrem algum tipo de contusão demandam muito mais tempo para a reabilitação. Então, vejamos a ordem de importância desses tecidos: nervos, artérias, veias, órgãos, discos, ossos, tendões, ligamentos, músculos e pele. Neste artigo, escrevo sobre a importância do disco intervertebral. Ele está presente entre uma vértebra e outra, para manter o espaço da saída do nervo do centro da coluna para o corpo e assim cumprir sua função neurológica. O disco vertebral é composto de uma substância “meio gelatinosa e esponjosa” e sua estrutura é preenchida por água em 80%. Nosso corpo durante a vida muda de postura o tempo todo e isso faz o disco intervertebral trabalhar o tempo todo. Ou seja, dependendo da pressão que sofre, um lado fica menos hidratado do que o outro e, se esse lado for por onde sai o nervo, aí se inicia um processo inflamatório na raiz do nervo. Nachemson é um médico suíço que mediu pela primeira vez a pressão do disco intervertebral e graças a esse estudo começou a explicar por que determinadas posturas são mais prejudiciais para a coluna vertebral do que outras. Vejamos o que diz o estudo: “A postura em que existe maior pressão sobre os discos intervertebrais e conseqüentemente sobre a raiz da inervação é a posição sentada, se comparada com a deitada e a em pé. Mas, se a pessoa estiver em pé e fizer uma flexão anterior da coluna vertebral, querendo levar a mão ao solo com os joelhos estendidos, essa pressão aumenta 50%, se estiver sem carregar peso. Se esta mesma pessoa estiver sentada e quiser colocar
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as mãos nos pés com os joelhos estendidos, essa pressão aumenta 85%”. No dia a dia da clínica de fisioterapia, passamos o tempo todo repetindo aos pacientes para não fazerem essas posições, para terem cuidado ao pegar algo no solo, dobrando sempre os joelhos e mantendo a coluna ereta, sem fazer flexão, etc. Notamos que os alongamentos são feitos em pé, levando as mãos ao solo, ou são feitos sentados, levando as mãos ao solo, nas aulas de educação física e nos treinamentos de judô. Se pensarmos apenas nas estruturas – músculos, tendões e ligamentos –, tudo bem. Mas chega a impressionar o que recebemos de pacientes na clínica que não conheciam esse tal disco intervertebral.
Observe algo contraditório nessa posição: o corpo pende para frente querendo que o músculo alongue, porém ao mesmo tempo este mesmo músculo tem que segurar e equilibrar o peso do corpo para o individuo não cair no chão. Quem paga o preço dessa pressão é o disco intervertebral, pois a pressão aumenta quase 120% quando as mãos passam dos joelhos.
Alongando de forma segura A orientação que damos aos judocas é que utilizem a faixa de seu judogi para fazer seu autoalongamento de forma segura e ganhando tempo. Deve-se realizar o alongamento dos membros inferiores e da coluna lombar deitados no solo sagrado – tatami –, onde não se irritará o disco intervertebral nem, consequentemente, a raiz do nervo, para dessa forma não provocar uma dor irradiada na região mal alongada. O tempo proposto de alongamento para um grupo de músculos é de 20 segundos (fazer de um lado e depois de outro, sem pressa). Eu sempre uso a frase “você é o reflexo de como usa a sua coluna vertebral”. Muitos, ao lerem este texto, pensarão: “Poxa, eu fiz isso a vida inteira e nunca senti nada. Esse autor é xarope”. Nos congressos de fisioterapia, o que se escuta é a seguinte frase: “80% da população um dia já teve dor na coluna e ficou travado. Os outros 20% terão nos próximos dias”. Cuide-se, escolha uma melhor postura no dia a dia. Aprenda sobre ergonomia!
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IPPON
Por Paulo Pinto Fotos Budopress
Paulo Wanderley Desrespeita Ordem Judicial
Para Instituir o Caos no Ceará Estivemos em Fortaleza (CE), onde entrevistamos Eduardo Costa Filho, interventor judicial nomeado pelo juiz da 12ª Vara Cível, que explicou como o dirigente máximo do judô brasileiro tenta ludibriar a lei e toda a comunidade, para destituí-lo do cargo. Eduardo disse que tudo isso acontece porque a maioria dos professores do Ceará não apoia Paulo Wanderley, e ele sempre acatará a decisão da maioria O que aconteceu no Ceará antes de você assumir? Em 2005, houve uma eleição em que concorreram duas chapas: uma encabeçada pelo Marcelo Frazão e a outra, pelo professor Zairo. Ocorre que houve impugnações de ambas as partes, o que ocasionou várias ações judiciais que estão rolando até hoje. Para não deixar a FECJU acéfala, a Justiça determinou que as chapas indicassem um interventor. Neste contexto fui indicado pela chapa do Marcelo Frazão, enquanto a chapa do professor Zairo indicou o professor Lima. O juiz da 12ª Vara Cível acatou a indicação da chapa do Marcelo, e me nomeou interventor judicial para administrar o judô cearense enquanto não houvesse eleição. Você goza do apoio da maioria de escolas e associações do estado? Mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos, penso que, pelo trabalho desenvolvido, temos 100% de apoio das associações federadas e em dia com suas obrigações estatutárias. Temos uma política de dar vez e voz aos professores, coisa que antes nenhum dirigente cearense fez. Por que não convoca eleição? Orientados por nosso advogado, doutor Pedro Costa, só poderemos realizar eleições quando houver definição dos processos em andamento. Adoraríamos realizar uma eleição e pôr fim a todo este pro-
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cesso, mas dependemos da autorização da Justiça para realizar a tão sonhada eleição.
termédio do Átila Cardoso. São tantas as fraudes e mentiras que não dá nem para tentar relacionar os crimes cometidos.
Quais são as escolas que dão maior suporte a sua administração? Podemos destacar Judô Shihan Milton Moreira, Judô Garcia, Judô Zairo, Associação Maracanauense, Judô Ribamar, Judô Yamarashi, Judô AJEC, Sayco Judô, João XXIII, Naja e Judô Himizukase.
Foi registrado algum boletim de ocorrência contra essa gente? Fizemos vários. O que estão fazendo é criminoso. Sou interventor judicial, e fui nomeado por um juiz. Estão utilizando manobras nitidamente fraudulentas para passar por cima de uma decisão judicial. Estão usando a logomarca da FECJU, emitindo carteiras de atletas, convocando árbitros e atletas não federados. Tentam confundir a opinião pública e toda a comunidade judoísta. O Átila esteve diante do desembargador que acompanha nosso processo e teve a coragem de afirmar que é o interventor judicial. Tudo feito com o aval do Paulo Wanderley, presidente da CBJ. Isto é caso de cadeia. Tenho certeza de que a Justiça do Ceará dará a devida resposta a esta quadrilha.
Quais são os grandes kodanshas do judô cearense? Nossa federação foi fundada em 1969, e vejo que temos carência de maior número de kodanshas. Mas os eternos baluartes do judô cearense são: professor Lima, 9º Dan, nosso precursor que indiscutivelmente é o maior destaque do judô no estado. Depois temos Milton Moreira, 8º Dan, outra legenda do judô cearense. Por último, temos o professor Garcia, 6º Dan. Um kodansha na acepção da palavra, que ainda está na ativa e honra a sua graduação. Há mais de 40 anos na militância de nosso esporte, Garcia não mede esforços para se aprimorar, e recentemente formou-se em Educação Física, sem nunca ter perdido uma cadeira. Quem fez o judô do Ceará acontecer de fato? O grande articulador do judô cearense foi nosso querido professor Lima, por quem tenho muito respeito e admiração. Como mostra de seu caráter, destaco que, quando saiu da presidência da FECJU, deixou nos cofres da entidade algo em torno de R$ 90.000,00. Só não me pergunte quanto havia no caixa após a saída de Marcelo Frazão. Qual é o verdadeiro motivo da perseguição que todos vocês estão sofrendo? Na última eleição da CBJ, o Ceará votou na chapa do Francisco Carvalho. Mesmo sabendo que não teríamos sucesso devido às traições que sofremos de última hora, fiz questão de apoiar a causa que visa a imprimir as mudanças necessárias ao judô brasileiro. Não votamos em um nome. O Ceará apoiou uma causa. Apoiamos as pessoas que fizeram a transição da era Mamede, e depois foram traídas por Paulo Wanderley Teixeira. Qual é o quadro hoje? O Paulo Wanderley vem promovendo toda forma possível de desobediência civil, e está instituindo o caos no Ceará, por in-
Como assim quadrilha? Se o Átila não tivesse o apoio do “todo poderoso” Paulo Wanderley Teixeira, certamente não faria um por cento do que está fazendo. Aliás, ele seria hoje o que sempre foi: um nada no judô cearense. E é justamente aí que reside nossa grande revolta: como é que num país democrático um cidadão que está à frente de uma entidade de administração ligada ao COB e ao Ministério do Esporte se une a um aventureiro desequilibrado, numa ação totalmente ilegal, desprezando decisões judiciais e, principalmente, a vontade de toda a comunidade judoística? Os professores filiados à FECJU estão indignados com tamanha desfeita da CBJ. Somos nós que estamos remando contra tudo e contra todos, mantendo os interesses da CJB e fazendo o judô avançar no Ceará. São centenas de crianças e jovens que treinam obstinadamente e pagam suas anuidades, mas que estão sendo usurpados do direto de representar seu estado e seu país, pelo simples fato de o presidente da CBJ não admitir que o Ceará não o apoia politicamente. Certamente Paulo Wanderley acha que todos os professores do Ceará são iguais ao pau mandado do Átila. Ele pensa que me está atingindo, mas na verdade está criando uma legião de inimigos no Ceará. Vocês já levaram o caso ao Ministério Público? Sim, nosso advogado, doutor Pedro Costa já encaminhou pedido com esta finalidade ao desembargador que acompanha este processo.
O Ceará apoiou uma causa. Apoiamos as pessoas que fizeram a transição da era Mamede, e depois foram traídas por Paulo Wanderley Teixeira.”
Como a comunidade vê as restrições impostas pela CBJ? Os professores que estão na legalidade e nunca deixaram de fazer judô estão revoltados e indignados. Ao contrário do que pretendiam estes golpistas, o golpe perpetrado por eles uniu toda a comunidade do judô cearense. Está claro que a direção da CBJ tenta desestabilizar e enfraquecer sua administração. Ela está conseguindo concretizar este objetivo? Com certeza atrapalha muito, pois ao invés de focarmos nossas ações no crescimento da modalidade, temos de gastar nosso tempo e nossa energia seguidamente para produzir antídotos contra as mentiras produzidas por dirigentes inescrupulosos. Vocês estão entrando com execuções contra a CBJ? Já demos entrada numa ação de perdas e danos morais contra a CBJ e Paulo Wanderley. Na semana passada entramos com processos criminais contra a CBJ, seu presidente e Átila Cardoso. O que pretendem com isso? Que a justiça seja feita no Ceará, e que isso seja o freio definitivo para os abusos e o autoritarismo descabido de Paulo Wanderley. Jamais em toda a minha vida havia presenciado tantos absurdos e tanto mau-caratismo.
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O que esta perseguição implacável tem representado em sua vida pessoal? Não está sendo fácil, pois deste que assumi a entidade não recebemos ajuda sistemática ou pontual de ninguém. Quem deveria nos dar apoio está sendo o grande vilão. O bom é que hoje estamos muito mais unidos contra os ataques que partem da CBJ. Vejo que todos professores estão solidários com a nossa luta Sua família o apoia nesta guerra? Minha esposa sempre fala que eu não precisava passar por todas estas humilhações e injustiças, pois felizmente nós não vivemos de judô. Mesmo assim ela me apoia. Como ela é faixa preta, vê em minha luta a esperança de um judô mais humano e verdadeiro no Ceará. Já minha mãe, na sapiência de seus 76 anos, me pede para ter cuidado com meus desafetos. Qual é a sua avaliação pessoal do presidente da CBJ? Hoje não há mais dúvidas. É um verdadeiro ditador. Um homem com apenas um pensamento: poder, poder e poder. Já estive ao seu lado e não enxergava claramente seus atos, mas agora sei que passa por cima de tudo e de todos, para se perpetuar no poder. A razão de tudo isso é simplesmente vaidade, ânsia de poder, ele está se locupletando financeiramente, ou é tudo junto? É vaidade pelo poder e por benefícios financeiros. Sabemos o montante que entra na CBJ via patrocínios e via apoio dos eventos. Resta saber de que forma estes recursos são lançados e administrados, e vamos chegar lá. Você paga para a CBJ a taxa mensal que é cobrada das federações estaduais que não apoiam as políticas desenvolvidas pela CBJ? Na verdade só fiquei sabendo desta taxa recentemente. Nunca me foi cobrada taxa nenhuma, pois a ultima gestão da FECJU era aliada do Paulo Wanderley. Esta foi a única herança positiva deixada pelo Marcelo Frazão. Mais uma vez fica caracterizada a distinção absurda que este cidadão faz dos que são pró e contra a sua gestão. Imagino que agora ele não terá a cara de pau de nos cobrar nada, pois ai seria assinar o que ele faz em todo o Brasil. Qual é a sua avaliação sobre a questão da parcialidade da CBJ?
Jamais em toda a minha vida presenciei tamanha soberba. Certamente em sua cabeça ele se crê uma espécie de deus, enquanto as verdadeiras estrelas, os dirigentes das federações, são apenas meros coadjuvantes em seu reinado glorioso.” De revolta e completa indignação. Entretanto, acredito que deva haver algum órgão público que possa parar com tudo isso. O Brasil todo já sabe que a CBJ tem duas formas de trabalhar. Uma para os que são pró e outra para os que estão contra a política de seu presidente. Por que falou que o Paulo Wanderley é o sujeito mais pernóstico que conheceu? Porque em toda a minha vida nunca vi uma pessoa tão doentia e deslumbrada pelo poder. Vou contar um fato que hoje é motivo de risos até entre os presidentes que o apoiam. Em 2009 houve um evento no Rio de Janeiro, e no fim todos os presidentes precisavam falar com ele, que sem fazer a menor cerimônia e aos gritos ordenou que todos formassem fila indiana. Até as presidentes tiveram de formar fila e aguardar sua vez. Como eu precisava muito falar com ele e aquele seria um momento único, me vi obrigado a passar por aquele constrangimento. Quando chegou minha vez, notei em seu semblante um ar imperial. Algo próximo a um ser supremo. A indiferença e o desprezo com que trata até seus próprios aliados chega a constranger. Jamais em toda a minha vida presenciei tamanha soberba. Certamente em sua cabeça ele se crê uma espécie de deus, enquanto as verdadeiras estrelas, os dirigentes das federações, são apenas meros coadjuvantes em seu reinado glorioso. Se o COB não fosse parcial, isso de a CBJ não reconhecer, credenciar e remunerar os árbitros da FECJU nos eventos nacionais seria suficiente para depor o presidente? Sem dúvida alguma. Mas, além disso, está faltando clareza nas prestações de contas da CBJ. Ele manda pessoas que sequer estão regulares com suas entida-
des para onde quer no planeta, com dinheiro público e da CBJ, e ninguém cobra absolutamente nada. O que os presidentes dos outros estados dizem sobre a perseguição contra o senhor? Tenho boa comunicação com alguns e não citarei nomes para protegê-los, mas isso já está virando até motivo de piada. Todos sabem que esta perseguição não é pelo fato de estarmos sob intervenção, pois, quando o Ceará votava nele, até uma seletiva sul-americana eu realizei aqui, mesmo estando sob intervenção. O problema é que não apoio mais seus golpes. Será que estes presidentes não veem que serão os próximos a sofrer perseguição? Não gostaria de ver desta maneira. Quanto aos opositores, imagino que todos já estão sendo retaliados de alguma forma. Como vê a atitude dos dirigentes que aceitam o jogo? Você já ouviu falar sobre uma experiência realizada com duas rãs? Uma foi colocada numa frigideira quente, mas ela imediatamente saltou e se salvou. A outra foi colocada numa panela fria que aos poucos foi esquentando. Esta não saltou e morreu desidratada. É este o quadro que eu vejo. Aos poucos estão minando a autonomia das federações e, quando perceberem, nosso presidente não vai mais precisar do voto de nenhum presidente. Uma prova disso é o projeto Hajime. Quando se derem conta, Paulo Wanderley terá em mãos o controle de todos os faixas pretas do Brasil, e fará aqui o mesmo que fez com a União Pan-Americana de Judô. Bem fazem os estados de São Paulo e Minas Gerais, que se negam a cair em mais esta armadilha.
Em sua análise, a CBJ investe na base ou fomenta o desenvolvimento do judô brasileiro? De forma alguma. Certa vez comentei com alguns presidentes que, se a CBJ distribuísse às federações estaduais apenas 10% do que arrecada, o Brasil seria uma das maiores potências da modalidade no mundo. Como viu as acusações feitas por seu colega mineiro ao Paulo Wanderley? Acho que ele teve muita coragem, e fez seu papel ao defender os interesses da Federação Mineira de Judô. Só gostaria que esta luta fosse apoiada por todas as federações. Você valida tudo que foi dito por ele sobre a administração da CBJ? Apoio totalmente e o parabenizo pela coragem e o altruísmo. O Luís Augusto mostrou que não é covarde e que está a serviço o judô mineiro e, por tabela, do judô nacional. Você entende que deveria ser aberto um inquérito no Ministério Público Federal envolvendo malversação dos recursos da CBJ? Com certeza o que estamos presenciando aqui é um verdadeiro absurdo administrativo, em que o presidente da CBJ beneficia com passagens quem ele bem entende, ou melhor, aqueles que atendem ao golpe que estão tentando levar a cabo. Podemos citar o curso de Nage no Kata realizado pela CBJ, no qual, não aceitou nossa indicação, que previa a ida do professor Garcia, um 6º Dan, que é nosso coordenador técnico já há três anos. Uma pessoa altamente capacitada, que certamente faria grande proveito de sua estada no curso. E eles mandaram um cidadão que está afastado e punido pela FECJU. Pergunto de que valeu este curso para o judô cearense, se este cidadão não pode passar o que aprendeu em virtude de sua irregularidade? Lembro que toda esta politicagem barata foi feita com verbas federais. Até onde entendo, isso é malversação de fundos. Como vê a bandeira do olimpismo? Lamentavelmente esta ideia ilusória de Olimpíada só chega aos atletas cearenses de todas as modalidades via televisão. Não temos condição de sonhar com algo que não temos a menor possibilidade de vivenciar. Com exceção da querida judoca Sarah Menezes, acho que as regiões Norte e Nordeste vivem esta triste realidade.
Por que afirma isso? Porque não existe nenhum investimento sistemático nesse sentido. Não se constroem atletas de alto rendimento da noite para o dia, ou na base do milagre. Uma ação desse tipo demanda planejamento, investimento e atitude política. Isso não existe no Ceará e em nenhum estado das regiões mencionadas. Todos sabem o que demanda para um atleta chegar à seleção olímpica. O sistema criado por Paulo Wanderley acaba beneficiando os estados com maior estrutura. São seletivas infinitas, nas quais tudo é cobrado. São vícios do nosso judô, uma modalidade que em breve só os ricos poderão praticar, tamanha é a voracidade do dirigente máximo brasileiro por dinheiro. A CBJ não proporciona nenhum investimento na base do judô nacional, e nós do Norte e Nordeste estamos vendidos e expostos à nossa própria sorte. Está afirmando que o Norte e o Nordeste não estão inseridos no projeto olímpico nacional? A desigualdade está longe de acabar, e em todas as modalidades. Quantos atletas poderiam estar defendendo nosso país, e não o fazem apenas por não ter o que comer? Pergunto: quando foi que a CBJ deu atenção às federações? Posso afirmar que, desde que estou à frente do judô cearense, nunca tiveram sequer o interesse de saber quais são as nossas dificuldades, quantos somos, quantos faixas pretas possuímos ou quais atletas poderiam ser futuros campeões. Lançam eventos semanalmente e se preocupam apenas em recolher as taxas de inscrição. Depois levam os presidentes para o Rio de Janeiro, ficam exibindo as verbas federais disponibilizadas, e tome lavagem cerebral. A triste realidade é que ainda temos dirigentes estaduais que se contentam com uma viagem paga pela CBJ, em comer bem, ficar num bom hotel, viajar de avião, e nada de brigar pelos interesses do judô de seus estados. Basta o todo-poderoso dar uma camisa da seleção brasileira que saem abanando a rabinho. É de dar nojo, pois são estes vendilhões que promovem de verdade o atraso e a falência da modalidade
A CBJ não faz investimentos na base do judô nacional, e nós do Norte e Nordeste estamos vendidos e expostos à nossa própria sorte” em seus estados. Não serei antiético, mas temos alguns estados onde nem judô existe, mas, como eles apoiam o presidente da CBJ, são perpetuados em seus cargos. Isso é indecente e o Ministério Público precisa estar ciente destes absurdos, pois em quase todas as ações que promove a CBJ usa dinheiro público. Você está afirmando que os presidentes que formam a base política da CBJ são coniventes e dão manutenção ao status quo? Acho que o maior apoio que este cidadão tem é o estatuto totalmente opressivo que a CBJ tem em relação às federações, e o pior é que o documento tem sido reformulado com a benevolência das federações, uma completa incoerência, pois a cada reformulação do estatuto é como se os presidentes pegassem uma arma e disparassem contra os próprios pés. Acho que fui claro.
Quais estados se destacam administrativamente? Indiscutivelmente, o maior exemplo de gestão participativa é São Paulo. Vejo a liberdade e a parceria existente entre as 15 delegacias regionais e a FPJ. Mas o que mais impressiona é a gestão feita por Carlos Eurico, no Rio Grande do Sul. Um médico que está dando exemplo de gestão e que mostra bastante consciência em seus atos. Certamente este dirigente da nova geração não aceitará as imposições e as migalhas de Paulo Wanderley, que tenta iludi-lo levando ao estado apenas campeonatos másteres, eventos que o próprio Paulo relega a segundo plano, e aos quais não dá a devida importância. Caso não haja uma posição do Rio Grande do Sul, certamente serão as próximas vítimas do presidente da CBJ, que já fomenta instituir naquele estado um presidente aliado, o que já é de conhecimento geral. Minas Gerais está se organizando e conquistando muito espaço. Em se falando de federações menores, a do Amapá, presidida por Antônio Viana, é outro grande exemplo de que com garra e união se pode muito mais. O que pensa sobre a criação dos centros de treinamento da CBJ? Mais uma vez nosso grande presidente está centralizando o judô em torno de sua administração. Este é mais um absurdo protagonizado por ele, que, além de não investir um centavo em formação e na base, agora pretende ter sob seu controle os atletas olímpicos, que são os que dão visibilidade e dinheiro. Criando centros olímpicos, em Salvador/BA ou Betim/MG, levará os atletas para esses locais e esvaziará as academias, clubes e federações. Assim o judô estará resumido definitivamente à CBJ e o “todo-poderoso” terá controle até sobre os atletas. Ele já tira os principais judocas de circulação no país, e agora vai esvaziar os clubes que formam os atletas. Acredito que este será o golpe mortal em nossa modalidade. Gostaria de saber se, após mais esse golpe, clubes como Sogipa, Pinheiros e Minas Tênis continuarão investindo na formação e na manutenção de atletas. Recentemente, o presidente da CBJ mandou recado aos dirigentes estaduais, proibindo a todos de dar entrevista para a revista Budô. Como vê essa atitude de seu superior? Já passei por estas proibições e sei muito bem que esta é sua forma de se blindar dos ataques da imprensa. Quando estava próximo a ele politicamente, por inúme-
Criando centros olímpicos, em Salvador/BA ou Betim/MG, a CBJ esvaziará as academias, clubes e federações. Assim o “todo-poderoso” terá controle até sobre os atletas. Gostaria de saber se, após mais esse golpe, clubes como Sogipa, Pinheiros e Minas Tênis continuarão investindo na formação e manutenção de atletas.” ras vezes o vi falar que o site Judô Brasil era um site de fofocas, e que evitássemos aproximação. Aquilo me deixava indignado, pois sempre que acessava o site via coisas muito interessantes. Hoje percebo que ele faz verdadeira censura aos meios de comunicação que o criticam e combatem sua política voraz. É bastante comentado, até por dirigentes que compõem a base da CBJ, que o presidente da entidade tem grandes pretensões internacionais. O senhor sabe algo sobre isso? Sim. Todos comentam que sua próxima investida será no sentido de ocupar a presidência da FIJ. Mas neste processo imagino que o Marius Vizer esteja alguns “dans” acima de nosso ditador. Foi proposto no Congresso Nacional uma lei que visa a limitar os mandatos dos dirigentes a oito anos. O que acha disso? Seria ótimo. Iria obrigar uma renovação. A lei deveria também proibir o nepotismo, evitando que fossem colocados familiares e parentes. No caso da CBJ, o Paulo Wanderley já está trabalhando a sua sucessão e, caso não seja coroado rei, deverá indicar o João Rocha para sucedê-lo, demonstrando o total desprezo que tem pelo Nordeste, pois o Marcelo França, que é uma pessoa simpática e é seu vice, seria descartado. Melhor dizendo, seria usado e desprezado. Aliás, um episódio que repugnou grande parte dos dirigentes nacionais foi quando Paulo Wanderley humilhou Marcelo França, retirando seu filho do ônibus da CBJ, demonstrando falta de consideração e respeito ao Marcelo, à sua família e ao Estado da Bahia. Eu não aceitaria tamanha humi-
lhação de forma tão complacente. Que deveria mudar para melhorar o judô nacional? Acho que o estatuto da CBJ deveria ser revisto com urgência. A entidade sufoca e inibe cada vez mais as ações das federações. Tudo é voltado para o alto rendimento, e nada é feito pelo judô social ou pela base. O foco está totalmente equivocado e as ações foram distorcidas. Qual mensagem gostaria de deixar para seu presidente? Já que nunca fez nada pelo Ceará, por favor, ao menos nos deixe em paz para reencontrarmos nosso próprio caminho. O mesmo caminho que Marcelo Frazão, outra marionete do senhor, nos preparou quando tirou o professor Lima da presidência da FECJU, para lançar o Ceará na situação em que se encontra hoje. Deixe o Ceará em paz, porque nossos professores estão focados na luta contra o senhor. Na verdade, toda a comunidade de judocas está nesta briga. Dezenas de professores, centenas de pais e atletas que, mesmo sem a sua ajuda, brigam pelo judô cearense. Felizmente seus paus-mandados aqui são minoria. Juntos e com a ajuda de Deus, lutaremos até o fim com toda a força que possuímos contra a ditadura e o caos instituídos pelo senhor.
MEDICINA ESPORTIVA Como encarar lesões ortopédicas
em atletas do alto rendimento? Por Dr. Daniel Fausto Dell’Aquila
O esporte de alto rendimento não objetiva a saúde, mas sim o resultado. E, para se obter conquistas, os limites do corpo são colocados à prova. Movimentos são repetidos à exaustão. Exercícios de impacto e sobrecarga associados a técnicas cada vez mais avançadas de treinamento físico desportivo, parecem não gerar limites. O binômio super-homem e atleta, que parecem se confundir provoca por vezes falhas na máquina – o corpo –, que geram fraturas por stress, tendinites insolúveis, lesões musculares recorrentes e artroses, o que pode culminar em lesões que afastam por períodos prolongados o atleta da sua profissão – o esporte. Quanto mais convivo com atletas profissionais e tendo sido um deles, sinto a importância de prevenir lesões, isto é, de impedir que desequilíbrios musculares provocados por movimentos repetitivos possam culminar em lesões graves. O atleta lesionado gera em si um sentimento de dúvida, que muitas vezes leva a perda da confiança, o que culmina numa futura diminuição da performance. Cabe, então, ao médico – atleta que já conviveu com estes fantasmas – agir de forma técnica e emocional. Explico: a motivação é arma de suma importância na reabilitação. Deve-se passar ao paciente a idéia de que apenas um segmento de seu corpo necessita de tratamento ortopédico. Os demais devem continuar a ser treinados, para, assim que aquele segmento estiver reabilitado, o atleta possa voltar à alta performance o mais rápido possível. Ainda, em minha maneira de ver, este é o melhor período para estudos técnicos estratégicos. Com trabalho áudio visual e técnicas subliminares o atleta se aprimora, pois em períodos de treinos normais muitas vezes não dispõe de tempo hábil para o seu desenvolvimento. Em linhas gerais, tenho alguns conceitos que norteiam o tratamento de meus pacientes. - O melhor é não ter lesão. Isto é, a prevenção e o autoconhecimento devem sempre nortear o atleta. - Treinar excessivamente cansado prejudica o desempenho esportivo, pois limita a parte técnica do lutador e pode afetar a alta confiança, levando o atleta a colocar em dúvida sua real capacidade. Isto acorre principalmente em esportes onde há o confronto físico, como os esportes de luta. - Equilíbrio muscular e propriocepção são fundamentais na vida do atleta dando longevidade a sua carreira e uma velhice menos dolorosa (dores articulares). - O atleta longevo é aquele que consegue assegurar a motivação (energia) a cada treino, mantendo o binômio alegria e alto confiança na sua vida. Com vemos, um atleta do alto rendimento lesionado necessita de um alto grau de comprometimento do seu staff, incluindo técnico – preparador físico – médico – fisioterapeuta – nutricionista e etc. Portanto, em casos graves que necessitem de cirurgia, ser operado é apenas uma etapa no processo de tratamento e restabelecimento da performance do atleta de alto rendimento. Todo o processo apenas acaba depois que a atleta voltar a competir no mesmo nível ao anterior da lesão. Dr. Daniel Fausto Dell’Aquila é Formado na Faculdade de Medicina da USP – 1997 Com especialidade em ombro e joelho Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro Membro da Sociedade Latino Americana de Medicina Esportiva e Joelho Médico da Federação Paulista de Judô – FPJ Atleta da Seleção Brasileira de Judô entre 1988 e 1996 Campeão Mundial Máster 2007 - Faixa Preta 3º Dan
JIU JITSU Medalha Aurélio Miguel
Premia os Melhores do Jiu-Jitsu São Paulo (SP) - No dia 12 de novembro aconteceu a Seção Solene em comemoração ao “Dia do Jiu Jitsu”, e de diplomação dos novos faixas-pretas homologados pela Federação Paulista de Jiu Jitsu, assim como a atualização de grau de professores já diplomados. O evento que aconteceu no plenário da Câmara Municipal foi presidido pelo Mestre Otavio de Almeida Junior, e contou com a presença de diversas autoridades do jiu-jitsu paulista entre os quais destacamos o Grão Mestre Osvaldo Carnivalle, Grão Mestre Mario Yamasaki, Grão Mestre João Rezende, Mestre Roberto Lage, Mestre Adilson Souza, Mestre Cândido Casale, Mestre Odair Borges e Mestre Elcio Figueiredo. Após a entrega dos diplomas aos professores, foi concedida a medalha “Campeão Olímpico Aurélio Miguel” aos atletas e troféus às equipes destaques, no ano de 2009. Em seu discurso de abertura Otávio de Almeida Junior, Presidente da Federação Paulista de Jiu-Jitsu ressaltou a importância do apoio recebido pelo Vereador Aurélio Miguel, que mais uma vez
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não mediu esforços na realização de tão importante evento. “Minhas primeiras palavras, não poderiam ser outras senão as de agradecimentos a todos aqui presentes e, em especial ao vereador Aurélio Miguel pela oportunidade de mais uma vez estar nos proporcionando a realização desta solenidade”. A seguir o dirigente fez entrega da premiação dos homenageados do evento. “Fizemos o relógio do tempo, uma homenagem aos grandes mestres do jiu-jitsu paulista e carioca, que estamos passando aos nossos convidados. Uma lembrança que representa a admiração que temos por cada um de vocês”, explicou o dirigente.
Luciano Szafir
Otavio de Almeida
Os homenageados da noite foram: Vereador Aurélio Miguel, Ailton Fernandes Faria, Prefeito de Itatinga, Maria Sebastiana Cecé Cardoso Priosti, Prefeita de Taquarivai, José Carlos Porsani, Vereador de Araraquara, Adilson Ramos, Secretario de Esportes de Itapetininga, Professor Antonio Carlos Pereira, Secretario Municipal de Esportes de Botucatu, Conceição de Maria Soeiro Silva, Presidenta da Associação dos Servidores da Policia Federal, Isabel dos Santos Barros, Vice-presidenta da Associação dos Servidores da Policia Federal, Grão Mestre João Rezende de Souza Filho, Grão Mestre Candido Casale, Grão Mestre Osvaldo Carnivale, Grão Mestre Mario Yamasaki, Mestre Roberto Lage, Professor Odair Borges, Professor Elcio Figueiredo, Dr. Oscar Porto, Dr. Marcelo Fernandes, Eduardo Fanelli, Diego Ragonha, Gustavo Gualianone, Professor Adilson de Souza, Professor Jeremias, Professor Francisco Santana, Walmir Joaquim da Silva e Pedro Yuri de Castro, neto do Mestre Pedro Hemetério. Após a entrega das homenagens Otávio de Almeida destacou o desenvolvimento da modalidade na temporada 2010 e agradeceu o apoio recebido pelo amigo José Jantália. “Este ano a Federação Paulista teve um crescimento bastante significativo em todas as áreas. Desde a melhoria na
José Jantália
Mestre Cândido Casale, o Vereador Aurélio Miguel e o empresário Walter Melo Junior
Maurício de Souza, José Jantália e Marcos de Souza
Otávio de Almeida, Ailton Fernandes Faria, prefeito municipal Itatinga, Aurélio Miguel e Luciano Szafir
Antônio Carlos Pereira Secretário de Esportes de Butucatu
Mestre Odair Borges e o Vereador Aurélio Miguel
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organização dos eventos que contaram com ampla transmissão ao vivo pela internet, pelos placares eletrônicos, até a conquista dos resultados no campeonato mundial onde nós paulistas vencemos oito das dez categorias de faixa preta. Finalizo agradecendo ao amigo José Jantália, chefe de gabinete do Vereador Aurélio Miguel, pela enorme ajuda ao jiu-jitsu paulista. Lamento que não tenhamos tido força suficiente para levá-lo a Câmara Federal, mas temos certeza que uniremos esforços no sentido de poder retribuir a ajuda que presta para as modalidades de luta e o desporto como um todo”. Em seu pronunciamento o Vereador Campeão Olímpico Aurélio Miguel cumprimentou a mesa e deu boas vindas a todos os membros da comunidade do jiu-jitsu paulista e destacou que acima de formar campeões, os professores devem ter a preocupação e o comprometimento social de estar formando cidadãos. “Agradeço a presença de todos os mestres, professores e praticantes, nesta importante cerimônia do jiu-jitsu paulista. Quero destacar a importância de estarmos focados e comprometidos com a formação de cidadãos exemplares para a nossa sociedade. Os campeões surgirão na esteira desse projeto. A sociedade brasileira está precisando de homens e mulheres que dêem bom exemplo para as novas gerações de brasileiros”, disse. O Vereador lamentou a falta de uma política efetiva para o esporte por parte do Governo do Estado de São Paulo. “Enquanto o Governo Municipal está destinando 270 milhões para o esporte na cidade de São Paulo, a Secretaria do Estado destinou apenas 80 milhões. É uma desproporção muito grande. Vemos que lamentavelmente o Estado ainda está patinando na questão do esporte. Quero finalizar parabenizando a FPJJ e todos
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vocês pelas mudanças e avanços que deram enorme qualidade aos eventos do jiu-jitsu paulista nesta temporada”, finalizou o campeão olímpico. O último discurso ficou por conta do Professor Antonio Carlos Pereira, ex-secretário de esportes de São Paulo, que lembrou a dificuldade de um político se eleger com o esporte. “O esporte é o único segmento da sociedade que não elege políticos de carreira. Elege apenas esportistas, seus verdadeiros representantes. Conheci o Aurélio Miguel quando conquistou a primeira medalha de ouro olímpica para o judô brasileiro. Hoje o esporte dá a ele a condição de ser nosso representante nesta casa, onde luta pelos interesses de nossa categoria. Lembro que o tempo é o senhor da razão, e quem sabe em breve possamos ver o Aurélio Miguel defendo o esporte em outra esfera, promovendo os avanços que tanto necessitamos para toda a categoria”, ensejou Pereira. Na sequência Luciano Szafir, o mestre de cerimônia fez a entrega das medalhas aos destaques de 2010, da graduação dos professores e da premiação das academias classificadas. Academias Premiadas no Circuito Paulista e no Campeonato Paulista Classificação geral por academia Categoria adulto masculino e feminino
Categorias Mirim/Infantil/Infanto/Juvenil Masculino e Feminino
Categorias Máster/Sênior/Super Sênior Masculino e Feminino
Circuito Paulista
Campeonato Paulista
1° Alliance 127
1° Alliance 50
2° Ryan Gracie 71
2° Ryan Gracie 31
3° Barbosa 51
3° Cia Paulista 22
1° Miquinho 109
1° Miquinho 27
2° Alliance 61
2° Tio Chico 24
3° Ryan Gracie 60
3° Maromba 22
1° Godoi 72
1° Ryangrace 41
2° Ryan Gracie 70
2° Godoi 35
3° Aliance 69
3° Colisão 33
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Professores Graduados Pela Confederação Brasileira de Jiu-jitsu Professor Elcio Figueiredo - 7º Grau. Professor Odair Borges - 7º Grau
Julio Cesar Venancio Pires Luiz Fernando Banhara Mendes Marcelo Albuquerque Barros Braga Marcio Teruo Sato
Professor Adilson Antonio de Souza – 6º Grau
Mario Sergio de Oliveira Yokoyama
Faixa Preta Ponta Vermelha 4º Grau
Mario Vieira La Selva
Alessandro Bandeira
Rafael Bruder
Roberto Godói
Renato Scotini Monezi
Giancarlo Imperatriz Marino
Ricardo Oliveira Bekeredjian
Jose Roberto Vicente Silva
Regis Tadeu
Faixa Preta Ponta Vermelha 3º Grau
Roberto Alexandre Camargo Machado
João Carlos Shinzato
Roberval Mendes Tenório
Marcelo Galhardo de Andrade
Romeu Fontes Ferreira
Marcelo Gheler
Rogério Donida Bosco
Mario Cesar Martins
Sandro Adriano Pateis Lacerda
Mauro Gomes dos Santos
Severino Soares da Silva
Paulo Antonio Rosa Camargo
Tiago Candido Machado da Silva
Renato Tadeu Salvino da Silva
Vitor Rafael Faracini
Ricardo Ribeiro da Silveira
Faixa Preta Ponta Vermelha
Sergio de Souza
Adriano Gomez Serrão de Freitas
Faixa Preta Ponta Vermelha 2º Grau
Afrânio de Sousa Silva
Alysson Marques Pinheiro
Alexandre Loureiro Saicaly
Celso Vinicius Alves Pinho Junior
Anderson Paulo Ferreira
Francisco Santana Souza Junior
Antonio Augusto de Araujo Junior
Jorge Luiz Medeiros
Antonio Cicconi
Luiz Carlos Geraldino
Bruno Sá Barbosa
Luiz Ricardo Christofoletti
Carlos Antonio Rossi Ferreira
Marcos Yoshio de Souza
David Domingues Gonçalves Filho
Mauricio Alexandre Alfieri
Demerval de Souza Andre Junior
Nelson Grandini Carlos Junior
Diego Antico Monteiro
Paulo Roberto de Miranda Streckert
Douglas Yassuda
Phillip Cesar Spakauskas
Fabio Roberto Rodrigues
Renato Álvares Leite Filho
Fernando Cesar dos Santos
Ricardo de Matos Houba
Joaquim Inácio Bruno Neto
Ricardo Fausto de Abreu
Lucas Fernando Marttarello Braga
Rodrigo Mattar Fagundes de Almeida
Luiz Guilherme Hadura de Arruda Camargo
Faixa Preta Ponta Vermelha 1º Grau Adriano Lima de Carvalho Alexandre Ricardo Mapeli Bruna Gurppi Carlos Augusto Pimentel Cleudon Alves de Sousa Junior Christian Castro Araújo Danny Agop Minassian Deni Willians Correa
Marcelo Nery Fontes Marcelo Pereira de Carvalho Paulo Sergio Garcia Roger Dias Coelho Samuel Ferronato de Lima Sandro Lorenz de Andrade Vitor Alexandre Inácio Fernandez Will Cleber de Almeida Trovão Homenageados Por Academia
Diana de Souza Menezes Enrithisy Antonio Lemos Gialorenzo Fabio Sette E Silva Filho Fernando Bueno de Godoy Francelito Aristóteles do Carmo Gilberto Aparecido Gabas Junior João Silveira Campos Jose Dionicodemio dos Santos
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Academia Norte Sul Jiu-Jitsu Professor Adriano Carvalho Atleta indicado Itamar Prates Ryan Gracie Team - ABC Professor Francelito do Carmo Atleta indicado Tarcisio Montanha
Nova Forca Jiu-Jitsu
Atleta indicado Fabio Kudo
Professor Antonio Damasceno
X Treme Gold Team
Atleta indicado Jose Marcio Winkler
Professor Fabiano Vitorino
A. O. A Herman
Atleta indicado Paulo Henrique Sanches
Professor Herman Gutierrez
A. O. A Maurão Top Team
Atleta indicado Erica Wanessa Almeida
Professor Lucio Mauro Silva Lira
Brasa Jiu-Jitsu
Atleta Indicado Anderson dos Reis Santos
Professor Marcelo Fraguas
Gracie Barra
Atleta indicado Rafael Marangoni de Oliveira
Professor Jose Luiz Pereira
Danny Abu Gold Team
Atleta indicado Vitor Hugo Maciel
Professor Danny Abu Minassian
Liga Oeste
Atleta indicado Robert Abu Minassian
Professor Phillip Spakauskas
BTT / Barbante
Atleta indicado Marcelo Santana Silva
Professor Caio Barbante
A. O. A Bruder
Atleta indicado Caio Barbante
Professor Rafael Bruder
Equipe Miquinho
Atleta indicado Denilson Aparecido Torres
Professor Lourival Santos
Fight Club
Atleta indicado Paulo Cesar Da Cruz
Professor Marcelo Gheler
Donato Jiu-Jitsu
Atleta Indicado Rogério de Moraes Alves
Professor Tiago Donato
Competition
Atleta indicado Roberval Victorino de Souza
Professor Marcelo Gheler
Mauro Gomes Team
Atleta indicado Leopoldo Csillag
Professor Andre Luiz Tozoni
Itaim Fight Center
Atleta indicado Alessandro Jovanelli
Professor Carlos Maiolino
Macaco Gold Team
Atleta indicado Ronaldo Rocha
Professor Jeremias Cassimiro
A. O. A Edil
Atleta indicado Alvaro Lopes da Silva
Professor Edilberto da Ponte
Campeões de Esperança
Atleta indicado Caio Arantes
Professor Jeremias Cassimiro
Ryan Gracie Team
Atleta indicado Bruno de Souza Vieira
Professor Celso Venicius
Maromba Academia de Jiu-Jitsu
Atleta indicado Viscardi Andrade
Professor Paulo Streckert
Tio Chico/Barbosa
Atleta indicado Sheid Fernandes de Oliveira
Professor Valdir Canuto
Associação Esportiva Paulinense
Atleta indicado Wilson Castela Duarte
Professor Roberto Rivelino Breda
Associação Kihon
Atleta indicado Jefferson Stolf Januzelli
Professor Diego Martins
A. O. A Urso
Atleta indicado Alexandre Dallecio
Professor Jose Luiz de Freitas Sidow
A. O. A / CET
Atleta indicado Tiago Florindo da Silva
Instrutor Frederico Pinto Cesar de Almeida
ABC Jiu-Jitsu
Indicado Stefano Correa
Professor Jose Roberto Vicente da Silva
Messias Jiu-Jitsu
Atleta indicado Izaias Jose da Silva
Professor Milton R Correa
A D C Mercedes Benz
Indicado Jean Carlos Bastos Pereira
Professor Jose Roberto Vicente da Silva
Julio Pinheiro J. J.
Atleta indicado Fernando do Amaral Lima
Professor Julio Pinheiro
Academia Oliveira Fight/Carlsson Gracie
Indicada Carina Santi
Professor Alexandre Ricardo Mapelli
ANSEF J. J. (Academia da Policia Federal)
Atleta indicado Alexandre da Cruz
Professor Marcelo Calesco
Roberto Lage Jiu-Jitsu
Indicada Monica Paulo de Souza - perita
Professor Gustavo Alberto de Freitas
Equipe Marinho de Jiu-Jitsu
Atleta indicado Clayton Aparecido de Almeida
Professor Mario Cesar Martins
Academia Bonsai
Indicado Andre Marcondes de Oliveira
Professor Mauricio Alfieri
Tênis Clube Paulista
Professor Alessandro Aparecido Tiberio Indicado Pedro Tangari Charles Duende JJ Professor Charles Faria Indicado Mario Andre Alves Correa ACJJ Team Professor Osvaldo Neto Indicado Anderson Luis Núcleo Academia Professor Rhuando Cavalcanti Brandão Indicado Sergio Ricardo Nunes Ribeiro Check Mat Professor Renato Tadeu Salvino Indicado Rodrigo Bolivar Montenegro Equipe Pantera Jiu Jitsu Professor Adenilson Fernandes da Silva Indicado Bardyll’es Mojica Deni Willians Gold Team Professor Deni Willians Correa Indicado Everaldo Gomes Esporte Comunitário Miquinho JJ Professor Anderson Silva Indicado Vinicius Campos dos Santos Projeto Pequeno Cidadão Miquinho JJ Professor Will Cleber Trovão Indicado Willian Silvestre Alessandro Bandeira J.J. Professor Alessandro Bandeira Indicado Árthan Bandeira Academia Campos Professor Lírio Carlos de Campos Indicado Daniel Barbosa Bianchim Bosco & Gruppi J. J. Top Team Professor Rogério Bosco Indicado Tayna de Souza Concimo Rocian Gracie J. J. Professor Rocian Gracie Junior Indicado Danilo Scarmelote MPT Jiu-Jitsu Team Professor Sergio Matuzaki Indicado Thiago R Paes A. O. A. Ricardo Pereira J. J. Professor Ricardo Pereira Indicado Luan Fittipaldi Colisão Jiu Jitsu Professora Valéria de Abreu Indicado Luiz Pereira da Silva Junior Academia Candido Cassale Professor Carlos Alberto Cassale Filho Indicado Valter Melo Junior E. O. F. C. Integração Professor Elcio Figueiredo Indicado Jamary Mauri Ribeiro Neto
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MÁSTERS
Por Paulo Pinto Fotos Marcelo Lopes
São Bernardo Sedia
Campeonato Brasileiro de Veteranos
São Bernardo do Campo (SP) – Com a participação de dez estados, a Federação Paulista de Judô realizou o Campeonato Brasileiro Veteranos. A competição organizada pela 9ª Delegacia ABC de São Paulo realizou-se no Ginásio Municipal de Esportes de São Bernardo do Campo e teve a participação de 266 competidores. Júlio César Jacopi, delegado regional do ABC, destacou a importância que a categoria ganhou. “Percebemos nitidamente a força que a categoria Veteranos adquiriu no cenário competitivo, e ficamos orgulhosos por poder promover um grande evento para os atletas dessa faixa etária.” Jacopi lamentou, porém, os atropelos criados pelo calendário equivocado da CBJ. “Lamentavelmente, o calendário da Confederação Brasileira de Judô – CBJ cada vez mais estrangula as competições regionais, nacionais e continentais. Mesmo tendo o domínio dos calendários do Brasil e do continente sob seu controle, o comitê organizar dos eventos da CBJ consegue esvaziar importantes competições. Recebemos aqui atletas de apenas dez estados, e dos aqui estão competindo, mais de 90% são de São Paulo”. O dirigente lembrou que haviam preparado um evento para muitos atletas. “Contávamos com a presença de muitos atletas e nos organizamos para tanto, porém, a
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Francisco de Carvalho presidente da FPJ
realização recente de uma competição continental nesta categoria esvaziou totalmente a de São Bernardo.” Jacopi frisou a importância de serem revistos os critérios para a classificação do Máster nas competições continentais. “Não entendemos como podem ter sido realizadas competições continentais do Máster, antes da realização do Brasileiro. Quais critérios foram utilizados para definir os atletas que representaram o Brasil? Foi quem quis? De qualquer forma, tivemos aqui a presença de grandes judocas e fizemos a nossa parte”, destacou Júlio Jacopi.
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Nas oito áreas montadas no Ginásio Municipal de Esportes de São Bernardo do Campo, o que vimos foi muita disposição e vontade de conquistar o lugar mais alto do pódio. Judocas do Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo, mostraram que o Máster tende a ser uma das categorias mais disputadas e emocionantes. Nas oito áreas montadas no Ginásio Municipal de Esportes de São Bernardo do Campo o que vimos foi muita disposição e vontade de conquistar o lugar mais alto do pódio. Judocas do Paraná, Rio de
Hitoshi e Roberta Ogawa
Vera Sugai e Sumio Tsugimoto
Onmura em ação
Os amigos Francisco e Renato
CLASSIFICAÇÃO FINAL Classificação Final Masculino
3 Jamil Bittar Neto
São Paulo
1 Anderson Cássi Santos
São Paulo
Masculino Máster 1
2 Marcus Vinicius Silva
São Paulo
Masculino Máster 4
Ligeiro
3 Mucio Araujo Cruz
São Paulo
Ligeiro
São Paulo
1 Lauro Azuma
Paraná
2 Sidnei de Andrade Peres
São Paulo
1 Cristian Cesário
São Paulo
3 Eduardo S. Oliveira
2 Rodrigo Gonçalves Silva
São Paulo
Médio
3 Carlos Leonardo Borges
São Paulo
1 Murilo Gouveia
Rio de Janeiro
3 Renato Lima de Mauro
São Paulo
São Paulo
2 Jose Luiz Lemanczuk
Paraná
3 Magdiel Granado Santos
São Paulo
3 Vagner Valentim Pereira
São Paulo
Meio-leve
São Paulo
3 Fernando Matumoto
São Paulo
1 Ivan Ferreira Penna
Distrito Federal
2 Anderson Luiz Neves
São Paulo
Meio-pesado
2 Carlos Roberto Peres
São Paulo
3 Jefferson Pereira Arakaki
São Paulo
1 Alexandre A. Santos
São Paulo
3 Juarez De Jesus Costa
Rio de Janeiro
2 Edson Pitarello Moya
São Paulo
3 Clovis Koji Kuno
Paraná
3 Alexandre Antonio Martins Meio-leve 1 Guilherme Ramos
Leve 1 Milton Marques Antunes
São Paulo
3 Cleber Clemente de Lima
São Paulo
Leve
2 Flavio Pinheiro
Bahia
3 Adamo da Silva Passos
São Paulo
1 Carlos Salto Neto
São Paulo
3 Rodrigo da Silva Braiani
São Paulo
Pesado
2 Pedro Luiz Fernandes
São Paulo
3 Wagner Andrade Oliveira
Pernambuco
1 Ricardo Aguiar Simões
São Paulo
3 Luiz Carlos Serrano
São Paulo
Meio-médio
2 Kleber Aparecido Tome
São Paulo
3 Luiz Carlos Eugenio Brigida
São Paulo
1 Bahjet Rached Said
São Paulo
3 Emerson Luis Conti
São Paulo
Meio-médio
2 Danilo Simões Andrade
São Paulo
3 Regis Vasconcelos Amedi
São Paulo
1 Washington Toshihiro
Paraná
3 Tiago A. Leal Leite
São Paulo
Masculino Máster 3
2 Mauricio Neder
Paraná
3 Daniel Telles Menezes
São Paulo
Ligeiro
3 Roberto Macchia
São Paulo
3 Wagner Antonio Vettorazz
São Paulo
1 João Donizete de Oliveira
Médio
São Paulo
1 Kleber Fernando Serinoli
São Paulo
Meio-leve
2 Ricardo Moreira Régis
São Paulo
1 Sergio Tadashi Nagai
Pernambuco
1 Ruben Montoni Junior
São Paulo
3 Roberto Roschi Orsi
São Paulo
2 Efraim Ribeiro Dantas
Rio de Janeiro
2 Geraldo Servo da Cunha
Sao Paulo
3 Leonardo Almeida Fraga
Paraná
3 Jorge Mizuguti Yamamoto
São Paulo
3 Walter Teixeira Junior
São Paulo
3 Sergio Oliveira Fernandes
São Paulo
Médio
Leve
Meio-pesado 1 Wilson Carvalho Caldeira
São Paulo
1 Rodrigo Guimarães Motta
São Paulo
Meio-pesado
2 Maciel Martins de Souza
São Paulo
2 Paulo Ricardo Castelanos
São Paulo
1 Marco Antonio G. Pereira
São Paulo
São Paulo
3 Jorge Ferreira de Sá Jr.
Paraná
2 Acácio Valdemar Júnior
Sao Paulo
Rio de Janeiro
3 Marcilio Moraes Oliveira
Pernambuco
3 Pedro Daudt de Oliveira
Rio de Janeiro
3 Helenio José Sá Carvalho
Rio de Janeiro
3 Valmir dos Santos Gomes 3 Charles Alves Boa Morte
Meio-médio
Pesado 1 Daniel Hideki Kan
São Paulo
1 Rogério Shinobe
São Paulo
Pesado
2 Gustavo Cesar Marini
São Paulo
3 Vinicius Fernandes Cury
São Paulo
2 Alessandro Pongolino
São Paulo
1 Ranieri Rocha da Costa
Rio de Janeiro
3 Jefferson Brito Delgado
São Paulo
2 Diogo Lopes
3 Leandro Said da Costa
São Paulo
São Paulo
3 Paulo Cesar Ribeiro
São Paulo
3 Antonio Donizete Guilherme
São Paulo
3 Hugo Almeida Pinto
São Paulo
Masculino Máster 2
Médio
Ligeiro
1 Jairo Alves
Rio de Janeiro
Masculino Máster 5
2 Sergio Barrocas Lex
São Paulo
Ligeiro
Meio-leve
3 Paulo Sergio Silva Paes
São Paulo
1 Sumio Tsujimoto
São Paulo
1 Vlamir Ferreira Dias
São Paulo
3 Jean Gabriel Antunes
São Paulo
2 Edson Schultz da Silva
Distrito Federal
2 João Augusto Arce
Goiás
Meio-pesado
3 Oscalino Faria Almeida
São Paulo
3 Wellington Robson Balera
São Paulo
1 Antonio Tenório da Silva
São Paulo
3 Luiz Carlos Moreira
São Paulo
3 Andre Luiz de Oliveira
Rio Grande do Sul
2 Mario Roberto de M. Silva
São Paulo
Meio-leve
1 Marcos Cavalcanti Souza
São Paulo
3 Antonio Carlos Amaral
São Paulo
1 Francisco Maciel Filho
Rio de Janeiro
1 Fernando Borges Hirakawa
São Paulo
3 Marcos Francisco da Silva
São Paulo
2 Mario Tiosun Genka
São Paulo
2 Cesar Oliveira Rocha
São Paulo
Pesado
3 Julio Kawakami
São Paulo
3 Leandro Ulysses Souto
São Paulo
1 Marcelo Zanetti Denardi
São Paulo
Leve
3 Milton Pablo da Silva
Goiás
2 Ailton Rodrigues Santos
São Paulo
1 Nelson Hirotoshi Onmura
São Paulo
3 Leo E. Secches Mansor
São Paulo
2 Vitor Carvalho de Freitas
Rio de Janeiro
Leve
Meio-médio
3 Florisvaldo Gomes Sena
São Paulo
Meio-médio
3 Eliel Alves Dionísio
São Paulo
1 Irahy Tedesco
São Paulo
Meio-médio
Meio-médio
2 Ana Karina P. Missono
São Paulo
2 Jose Roberto Capucci
São Paulo
1 Andrea Moraes da Silva
1 Araan Conceição Carvalho
São Paulo
3 Orlando Satoro Hirakawa
São Paulo
Pesado
2 Paulo da Silva Ferreira
São Paulo
Médio
1 Fernanda Gomes Oliveira
São Paulo
3 Carlos Alberto Ardito
São Paulo
1 Yoshihiro Sakashita
São Paulo
2 Rogéria Conzendey Silva
São Paulo
3 Vanderlei Tavares Santos
Goiás
2 Giorgio Ernesto Buoro
São Paulo
3 Viviane Domingues Silva
São Paulo
Médio
Meio-pesado
Feminino Máster 3
1 João Carlos Alves Souza
São Paulo
1 Luis de Araujo Pereira
2 Cezar Taglieri Serafim
São Paulo
Masculino Máster 8
1 Edneia Carvalho Teixeira
3 José Eduardo C. Gonzaga
São Paulo
Leve
Leve
Meio-pesado
1 Luiz Simomura
1 Roberto Robles Santalla
São Paulo
Meio-médio
2 Erasmo Luis Firmino
São Paulo
1 Morihiro Shiroma
3 Pedro Ribeiro da Cruz
São Paulo
Pesado 1 Peterson Antunes Campos
São Paulo
2 Samuel Lopes Bastos
São Paulo
3 Wanderley Messias Santos
São Paulo
Masculino Máster 6
1 Sergio Honda
São Paulo
Meio-leve 1 Joaquim Silva Porto Neto
Distrito Federal
Leve 1 Hamilton Moraes Correa
Rio de Janeiro
2 Jose Raimundo da Silva
São Paulo
Meio-médio 1 Carlos Hugo R. Gaitan
São Paulo
2 Dárcio Valente Rodrigues
Rio de Janeiro
Médio São Paulo
2 João Osório M. Ribeiro
Rio Grande do Sul
Meio-pesado 1 Luiz Robles Santalla
São Paulo
Pesado
São Paulo
São Paulo
São Paulo
2 Jorge Fernandes Ribas
São Paulo
Masculino Máster 7
Paraná
2 Renato Fruehwirth
Paraná
1 Elza Santos de Lima
São Paulo
Médio Rio Grande do Sul
Ligeiro
São Paulo
1 Janaina Rosa da Silva
3 Paula H. Gabriel
Rio de Janeiro
São Paulo
Feminino Máster 4
Meio-leve São Paulo
Meio-médio
Leve
1 Eliane Pintanel Prondzynki
Rio Grande do Sul
1 Thais Nagib Moreira
São Paulo
2 Emilia Regina Santos
Rio Grande do Sul
2 Angélica Marques Borsari
São Paulo
Médio
3 Maria Lucia P. Campos
São Paulo
1 Rosangela de Oliveira
São Paulo
3 Rosilene Dourado
São Paulo
2 Fátima Belboni Camargo
São Paulo
Meio-médio
3 Maria Jefremovas
Rio Grande do Sul
1 Vanessa Cristina Billard
São Paulo
Pesado
2 Lilian Dias dos Santos
São Paulo
1 Iraci Maria da Silva Grube
São Paulo
Feminino Máster 5
3 Aline Akemi Lara Sukino
2 Flávia Mirian Ribeiro
São Paulo
1 Antonia G. Giorgiano
São Paulo
Médio 1 Mariza Mara dos Santos
Pesado 1 Roseane de Souza
São Paulo
Meio-médio
2 Cristiane Rogel Regis
São Paulo
1 Ilka Conceição Gonçalves
Ligeiro 1 Silmara Fernandes Soares
São Paulo
São Paulo
Leve 1 Karina Martinez Lopes Brito
Paraná
Leve
Meio-pesado
1 Narandra Nakamura
1 José Antunes de Souza
Pará
2 Marta da Silva Franco
Meio-leve
Leve
1 Kátia Maria Sombra Silva
São Paulo
1 Andréia Maria Ambrosio
Feminino Máster 2
1 José Vicente Mendes
Meio-leve
Meio-médio
Classificação Final Feminino
1 Fernanda Rojas Pelegrini
1 Jairo Baptista de Arruda
São Paulo
Feminino Máster 1
1 Fabíola Ferreira Valente
Ligeiro
São Paulo
Rio de Janeiro
São Paulo
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Por Paulo Pinto Fotos Budopress
São Paulo Domina Fase 1 da Seletiva Para Jogos Olímpicos de Londres
São Paulo (SP) - O sonho de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 teve um novo capítulo no dia 30 de janeiro. A Confederação Brasileira de Judô - CBJ realizou no ginásio do Esporte Clube Pinheiros em São Paulo, a fase 1 da Seletiva Nacional Projeto Londres 2012. Dois atletas em cada uma das 14 categorias olímpicas se classificaram para a fase final do processo seletivo, que acontecerá no dia 25 de março em Salvador (BA). Os atletas classificados já estão garantidos no Grand Slam do Rio de Janeiro e na Copa do Mundo que acontecerá em São Paulo. Com o resultado, a seleção brasileira para as temporadas de 2011 e 2012 começa a ganhar novas caras, como a gaúcha Manoela Braga (63kg), de apenas 15 anos. Judoca há sete anos, Manoela teve a inspiração para a vaga bem perto de casa. “Minha inspiração é a Mayra Aguiar, com quem treino todos os dias na Sogipa. Sou fá dela e treinei muito para chegar aqui e me classificar entre os atletas
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da categoria sênior”, conta Manoela. No peso pesado, o paulista Leandro Gonçalves surpreendeu ao ficar com a vaga apenas seis meses após ter mudado de categoria. Leandro tinha na chave um dos principais atletas do país, o carioca João Gabriel Schlittler, bronze no
Campeonato Mundial de 2007. “Em 2007 eu vi o João conquistar a medalha no Mundial e vencer uma seletiva onde ele estava participando é especial”, diz Leandro, que faz parte da equipe de judô do campeão olímpico Rogério Sampaio.
Das 28 vagas disponibilizadas o estado de São Paulo classificou 16 judocas. O estado do Rio de Janeiro classificou cinco judocas, enquanto o Rio Grande do Sul garantiu vaga para quatro atletas. Minas Gerais classificou dois judocas enquanto Santa Catarina classificou um.
Classificados Para a Fase 2 Feminino 48kg: Cristiane Pereira (RJ) e Nathália Brígida (MG) 52kg: Eleudis Valentin (SP) e Milena Mendes (SP) 57kg: Giullia Penalber (RJ) e Mariana Barros (SP) 63kg: Katherine Campos (RJ) e Manoela Braga (RS) 70kg: Gláucia Lima (SP) e Nádia Merli (SP) 78kg: Rosangela Moraes (SC) e Samantha Soares (SP) +78kg: Aline Puglia (SP) e Claudirene Cesar (SP) Masculino 60kg: Daniel Moraes (MG) e Diego Santos (RS) 66kg: Charles Chibana (SP) e Luis Revite (SP) 73kg: Leonardo Luz (SP) e Moacir Mendes (RS) 81kg: Felipe Costa (SP) e Rodrigo Rocha (RJ) 90kg: Bruno Cunha (RJ) e Felipe Oliveira (SP) 100kg: Alex Aguiar (SP) e Renan Nunes (RS) +100kg: Leandro Gonçalves (SP) e Luiz Carmo (SP)
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Seletiva Final A Fase final da seletiva que definirá a equipe olímpica acontecerá no dia 25 de março em Salvador/BA. Ao todo 28 judocas estão pré-classificados para a Fase 2 da seletiva, que somados aos atletas classificados na Fase 1, serão 56 judocas disputando as 14 vagas. Mais uma vez São Paulo tem um número expressivo de atletas convocados, e entre os pré-classificados estão 12 paulistas, Minas Gerais aparece em segundo lugar com 6 atletas pré-convocados, enquanto Rio Grande do Sul aparece em terceiro com 5 judocas pré-convocados, e o Rio de Janeiro teve 4 judocas pré-convocados. O Piauí é o único estado fora do eixo Sul/Sudeste que marcou presença entre os pré-convocados com uma judoca classificada.
Pré-classificados Para a Fase 2 Feminino 48kg:Sarah Menezes (PI) e Taciana Resende (RS) 52kg: Érika Miranda (MG) e Andressa Fernandes (SP) 57kg: Rafaela Lopes (RJ) e Ketleyn Quadros (MG) 63kg: Mariana Silva (SP) e Camila Minakawa (SP) 70kg: Maria Portela (RS) e Helena Romanelli (MG) 78kg: Mayara Aguiar (RS) e Déborah Almeida (RJ) +78kg: Maria Suellen (SP) e Rochele Nunes (RS) Masculino 60kg: Breno Alves (SP) e Felipe Kitadai (SP) 66kg: Leandro Cunha (SP) e Alex Pombo (SP) 73kg: Bruno Mendonça (SP) e Marcelo Contini (SP) 81kg: Nacif Elias (MG), Flávio Canto (RJ) e Leandro Guilheiro (SP) 90kg: Hugo Peçanha (MG) e Tiago Camilo (SP) 100kg: Luciano Correia (MG) e Leonardo Leite (RJ) +100kg: Daniel Hernandes (SP), Walter Santos (RS) e Rafael Silva (SP)
A metade dos judocas classificados é de São Paulo Dos 56 judocas que disputarão a fase 2 da seletiva olímpica, 28 são do estado de São Paulo. Totalizando 50% dos atletas classificados os paulistas mantêm a tradição de liderança do judô verde e amarelo. Destes exatamente a metade se classificou no dia 30 de janeiro, na seletiva realizada no Esporte Clube Pinheiros, enquanto os outros 14 foram pré-classificados. Em segundo lugar estão Rio Grande de Sul e Rio de Janeiro com 9 atletas convocados. Minas Gerais aparece em quarto lugar com 8 atletas classificados, enquanto Piauí e Santa Catarina tiveram um atleta inscrito.
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PONTO DE VISTA
Por Paulo Pinto Fotos Maurício Landini
Quem são os verdadeiros formadores de atletas olímpicos? Por Rogério Sampaio
O campeão olímpico Rogério Sampaio, medalha de ouro na categoria meio-leve do judô, na Olimpíada de Barcelona-92, que entre várias iniciativas tem trabalhado arduamente na formação de jovens atletas e no treinamento de judocas do alto rendimento, “comentou” sobre a aprovação da Medida Provisória 502/10, que promoveu alterações na Lei Pelé e no Bolsa Atleta, em seu blog, no Portal R7. É preciso fiscalizar para que as verbas destinadas à formação de atletas olímpicos sejam repassadas aos verdadeiros formadores de campeões. Leis que garantem verbas a serem destinadas a atletas de base e de alto nível, visando melhores condições de treinamento e preparo dos atletas das mais diversas modalidades, com vistas aos pódios dos Jogos Pan-Americanos de 2011 e às medalhas olímpicas de Londres-2012 e Rio-2016, ganharam espaço na mídia recentemente. O caminho até o pódio carece de incentivo, de patrocínio, de recursos financeiros e essas leis são sempre muito bem-vindas. Fica no ar, porém, a dúvida em relação à fiscalização da destinação dessas verbas, sejam elas vindas de patrocínio ou de recursos federais. Enquanto comemoramos e torcemos pela aprovação do Projeto de Lei 32/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que cria o Fundo de Fomento ao Esporte, composto por 2% da arrecadação dos tributos federais
incidentes sobre fumo e bebidas alcoólicas, além de doações e dotações orçamentárias, acompanhamos, com certa insegurança, notícias sobre a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória 502/10. Aprovada também pelo Senado, a MP ainda deverá ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Seu texto garante o repasse de 0,5% de toda verba arrecadada nos concursos das Loterias Federais para formação de atletas olímpicos e paraolímpicos, aos clubes esportivos sociais vinculados à Confederação Brasileira de Clubes (CBC). Depois de ler a notícia na imprensa, fui em busca de informações mais detalhadas sobre a CBC, o Conselho Nacional de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos – CONFAO - e o Conselho Superior Interclubes – CSI. Segundo informações de Édson Garcia, diretor executivo da entidade, o CONFAO foi formado, inicialmente, por oito clubes: Flamengo, Corinthians, Fluminense e Vasco, no futebol, e Pinheiros, Minas Tênis Clube, Sogipa e Grêmio Náutico União. Hoje, o CONFAO conta com 32 clubes que atendem aos critérios da entidade sobre o que vem a ser um clube esportivo social formador de atletas olímpicos. Ora, segundo dados da própria CBC, existem no Brasil 13.826 clubes esportivos sociais, isso sem falar em agremiações e associações esportivas que, ao longo dos anos, foram responsáveis pela formação de muitos medalhistas olímpicos. A pergunta que não quer calar é se o número de clubes formadores de atletas olímpicos é infinitamente maior que os 32 filiados ao CONFAO, o que será dessas entidades no momento do repasse das verbas determinadas pela MP 502/10?
Caso a MP seja sancionada pela presidenta haverá uma corrida frenética em busca de vinculação à entidade. Quem fiscalizará esse processo? Afinal, o que define uma associação ou clube formador de atletas olímpicos. Será mesmo, que ele deve atender ao critério da CBC de desenvolver, no mínimo cinco modalidades olímpicas? O que dizer das pequenas agremiações que superam todas as adversidades e investem, desde cedo, na formação de atletas com grande potencial, que passam a se destacar em disputas internacionais e, muitas vezes, às vésperas de grandes competições como os Jogos Olímpicos são seduzidos por propostas de grandes clubes aos quais são destinadas às verbas, os louros e o mérito pela performance de um atletas que já era completamente formado quando vestiu as cores de sua camisa? Pessoalmente, coordeno uma associação de judô em Santos. Não temos os recursos nem a pompa de um grande clube, mas, desde que a Associação de Judô Rogério Sampaio - AJRS - nasceu, em 1993, tivemos representantes em todos os Jogos Pan-Americanos e Olímpicos, com a honra de ver nossos atletas subindo no pódio em algumas edições. Atualmente, temos seis atletas integrando a Seleção Brasileira Sênior, três dos quais com posição garantida no ranking para participar da Olimpíada de Londres-2012, caso os Jogos fossem hoje. Ainda temos dois representantes na Seleção Sub-20 e outros dois na Sub-17, além de um na Seleção Brasileira Paraolímpica. A AJRS não é filiada à CBC nem faz parte do CONFAO. Por isso não somos um clube formador de atletas olímpicos? O que é um clube formador de atletas olímpicos? Essa é uma reflexão bem oportuna no clima olímpico que se instalou no país. Para brilharmos em competições importantes como Jogos Pan-Americanos e as Olimpíadas é fundamental que os recursos cheguem a quem, de fato, realiza o trabalho de formar grandes campeões. Continuamos na torcida por isso!
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TOCANTINS
Fonte Divulgação/Fejet Fotos Miguel Medeiros
Melhores do Ano do Judô Tocantins
Premia Ennilara Lisboa Palmas (TO) – O evento realizado no Auditório do SESC/Fecomércio, no dia 11 de dezembro, foi uma noite de “muitas emoções” A Cerimônia dos Melhores do Ano do Judô Tocantins 2010 teve todos os ingredientes importantes para um evento de sucesso: judocas, familiares, autoridades e muitos prêmios! Os arrepios começaram quando a cerimonialista, Carla Papa, convidou Inês Aderaldo para cantar, à capela, o Hino Nacional. Em seguida, o Coordenador de Arbitragem da Fejet, Luiz Sérgio Papa comandou a saudação inicial dos atletas presentes, o chamado “Rei Inicial”, parte do protocolo de competições de judô. O Presidente da Fejet, Georgton Pachêco discorreu então sobre o trabalho realizado em 2010 e as melhorias buscadas para 2011, com ênfase nas metas alcançadas e ultrapassadas por cada uma das coordenadorias, como a de Arbitragem, Comunicação, Técnica e até mesmo da própria Presidência. Na sequência, autoridades como o Secretário de Educação Danilo Melo, Orion Milhomen, representando o Deputado Estadual Marcelo Lelis, o Presidente da Fejet, Ton Pacheco, o Sensei Yoshida, 8º Dan de Goiânia e o diretor da Wizard Fred Guerra subiram ao palco para premiar os líderes do Ranking Tocantins 2010. Cada um recebeu uma bela medalha oferecida pela ETI-Sul. Líderes do ranking Juvenil
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Líderes do Ranking Pré-juvenil Então vieram as homenagens com troféus. Para começar, subiram ao palco os apoiadores do Judô em 2010: Automax, Centro-Oeste Distribuidora, Colégio Ulbra Palmas, Daniel Iglesias Engenharia, Drogaria Genérica, Fisioton, Ortodontia Landgraf, Papelaria Integresis, Samom, SESC Tocantins, Unicom, Veterinária Medicão e Wizard23. De volta às premiações técnicas, receberam troféus os líderes do Ranking 2010 considerando todas as classes de idade: Mateus Gomes-Ulbra/AD Guerra (940 pontos no Infanto-Juvenil), Ennilara Lisboa-
-Ulbra (1266 pontos no Pré-Juvenil), Gabriel Brito-Ulbra (966 pontos no Juvenil), Jéssica Martins-Blindado’s/CMP (820 pontos no Junior), Jéssica Martins-Blindado’s/CMP (700 pontos no Sênior) e Fred Guerra-Ulbra/AD Guerra (1940 pontos no Máster). A Fejet aproveitou para lembrar os laços refeitos com o poder público e homenageou Raul Filho, Prefeito de Palmas, José Lauriano Sobrinho Junior, Secretário Estadual do Esporte, Kairo Bernardo Secretário Municipal do Esporte e os Deputados Estaduais Marcelo Lelis e Raimundo Moreira. Foram lembrados também os árbitros promovidos no exame nacional de arbitragem 2010: Antônio Pinheiro (Nacional “B”), Celso Galdino, Expedito Lima, Fred Guerra e Rodnei Ribeiro (Nacional “C”), além dos Aspirantes a Internacional Luiz Sérgio Papa e Herbert Giacomini. O Circuito Tocantinense foi realizado em nove etapas, contemplando nove ginásios em quatro cidades. Os anfitriões Colégio Batista, Colégio Ulbra Palmas, Escola Municipal Thiago Barbosa, ETI-Sul, Prefeitura de Dianópolis, Prefeitura de Paraíso e SESC Tocantins também foram agraciados. Para celebrar os incríveis números da mídia somente em 2010, como 60 mil visitas ao blog Judô Tocantins, 300 matérias publicadas em sites, 25 matérias em jornais impressos, 45 matérias televisivas e inúmeras notas em rádios de Palmas e interior, as equipes do Globo Esporte (TV Anhanguera), Programa Esporte Mais (Redesat), Jornal do Tocantins, Jornal o Girassol, O Jornal,
Lajeado FM e dos sites Alô Esporte, Esporte na Net, Judô Brasil (SP), Vitrine do Tocantins, Portal do Judô (RS) e Judô Tocantins também receberam troféus. A briga para saber quem seria a associação Campeã Geral também foi revelada. Das 13 associações, 3º lugar para a Ulbra (12.604 pontos), Vice-Campeã Judô Guerra (14.354 pontos) e a Campeã Geral ETI-Sul (21.334 pontos).
As treze associações exibem seus troféus E finalmente o momento mais esperado. Em uma cerimônia com formato de entrega de Oscar, com vídeos dos indicados, torcida, envelope e muitos aplausos, foram anunciados os Melhores de 2010 em quatro categorias.
Líderes do ranking Sênior
Melhor retorno aos tatamis: João Severo (Ulbra/AD Guerra) Maior evolução: José Villardo (Dom Bosco) Atleta revelação: Mayons Niully (ETI-Sul) Atleta destaque: Ennilara Lisboa (Ulbra) Ennilara foi campeã sul-americana por equipes, medalha de bronze no sul-americano Individual, e atual campeã das Olimpíadas Escolares. Após a cerimônia foi servido um yakisoba na sede da Associação Japonesa, e onde o clima foi de total descontração e comemoração.
Fred Guerra, Orion Milhomem, Daniel Iglesias e Inês Aderaldo Associações exibem os troféus
Equipe Globo Esporte
Ton Pacheco e Ennilara Lisboa
Patrocinadores
Líderes do ranking Pré-juvenil
Auditório do SESC/Fecomércio
Daniel Iglesias, Aline Bailão, Patrícia Garbelim e Fred Guerra
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Por Paulo Pinto Foto Budôpress
Circuito Paulistano de Judô Teve Presença Maciça no Clube Guapira
São Paulo (SP) - A Associação de Judô Colossus e o Esporte Clube Guapira realizaram no dia 7 de novembro o Circuito Paulistano de Judô. Este importante evento do calendário judoístico paulista teve o apoio da Secretaria Municipal de Esportes da cidade de São Paulo e do governo do Estado de São Paulo. Rubens Pereira, diretor da Associação Colossus, destacou a importância da competição. “Militando há mais de 40 anos no judô brasileiro, vemos a importância de realizar competições que complementem o calendário oficial. Assim estamos viabilizando o desenvolvimento e o aperfeiçoamento técnico de milhares de crianças que ainda não dispõem de recursos técnicos ou financeiros para competir em eventos federativos. Nossa proposta é realizar eventos organizados e de qualidade, cobrando taxas mais acessíveis e, se possível até, sem cobrar”, disse. Centenas de judocas das categorias mirim ao máster, vindos mais de 40 associações do estado de São Paulo, disputaram o torneio, que deverá repetir-se diversas vezes na temporada 2011. “Nossa proposta é instituir um calendário com várias etapas a serem disputadas em diversas regiões da capital, na temporada 2011”, explicou Rubão.
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O professor Rubens Pereira enfatizou a importância de estar cada vez mais trazendo as famílias para as competições. “Fico muito feliz por ver as dependências do Ginásio de Esportes do Clube Guapira completamente tomadas por crianças e seus familiares. O judô não pode deixar de ser uma festa e uma forma de congraçamento das famílias dos judocas. Sejam crianças ou adultos que disputem, penso que o ponto de partida do desenvolvimento de nossa modalidade é justamente a união da família em torno de uma proposta desportiva. Agradeço à Prefeitura de São Paulo, assim como ao governo do estado de São Paulo, que nos apoiaram no sentido de realizar este grande evento”, finalizou o dirigente.
Natália Pereira, Milton Rodarte, Massanori Yanaguimori, Nelson Onmura e Rubens Pereira
Antonio Greco, Prof. Noma, Massanori Yanaguimori, Rubens Pereira, Nelson Onmura e Milton Rodarte
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Classificação Geral Feminino Mirim
Pesado
2º Karen Nascimento Martins
2º Rhayssa Fernandes Castilho
Super Ligeiro
1º Manuela Freire de Oliveira
3º Talia Santana Santos
Leve
1º Beatriz Camargo Sebastião
2º Graziela da Silva Rodrigues
3º Cleiciane Ferreira
1º Erica Souza dos Santos
2º Taunay David Capani Dias
3º Isabele Lauane
Meio Médio
Meio Médio
3º Maisa Bonifacio Macedo
3º Beatriz Francisco Nunes
1º Joice Machado Braga
1º Tharrere Reis
3º Gisele Leitão Farias
Super Pesado
2º Luana Carla Santos
2º Fernanda dos Santos Lino
Ligeiro
1º Julia de Paula Andrade
3º Rafaela Ribeiro
Médio
1º Ingrid Serello
2º Viviane Fernandes da Motta
3º Ana Vitoria Soares
1º Agatha Dalben Pascoalino
Meio Leve
Feminino Infanto-juvenil
Médio
Feminino Sênior
1º Tatiane Barreto Hespanhol
Super Ligeiro
1º Maisa Luane
Meio Leve
Leve
1º Andressa Freitas dos Anjos
2º Tatiane Resende
1º Valquíria Conceição
1º Julia dos Santos Flores
2º Tatiane Santana de Moraes
3º Joyce Regina dos Santos
Leve
2º Ana Paula Gristou
Ligeiro
3º Flavia Pereira
1º Lilian Kumiko Miura
Meio Médio
1º Andressa Freitas dos Anjos
Meio Pesado
Meio Médio
1º Alanis Barros da Cruz
2º Yasmin Reis Silva
1º Yanka Dalben Pascoalino
1º Aline Akemi Sukino
2º Maria Eduarda
3º Talita Santana dos Santos
2º Pamella Barbosa Palma
Médio
Médio
3º Thayna Dirolli Silva
3º Milene Domingues do Carmo
1º Isabel Regina Bondezan
1º Heloise Lohane
Meio Leve
3º Luane Santana de Oliveira
Pesado
Meio Pesado
1º Gabrielie da Silva Anjos
Pesado
1º Gabriela Ferraz Cavalcanti
1º Andressa Cristina Cuculi
2º Mariana de Lima Mendes
1º Aine Dalete Schmidt
2º Luciana Regina de Oliveira
Pesado
3º Karen Lika Kuwabara
2º Bianca Cristaldo
3º Dulcineia Prates
1º Gabriela Santana
3º Thais Pires de Abreu
3º Letheya Silva Gonzaga
Masculino Mirim
Feminino Infantil
Leve
3º Camila Silva de Carvalho
Ligeiro
Super Ligeiro
1º Amanda de Lima Mendes
Feminino Juvenil
1º Luan Augusto dos Anjos
1º Luara Vitoria Cucco
2º Aline Larissa D’Angelo
Ligeiro
2º Eric Sanches
2º Manuela Pollyana Lima
3º Echillen Camini
1º Tatiane Ferreira
3º Pablo Camini
3º Julia Camões Monteiro
Meio Médio
2º Thabata Petroni
3º Matheus Manoel da Silva
3º Luana Stefane Vieira
1º Rafaela Gomes de Toledo
Meio Leve
Meio Leve
Ligeiro
2º Heloysa Lima Flores
1º Juliana Bondezan Nogueira
1º Lucas do Lago Campo
1º Sara Raniely Pires dos Santos
3º Mariana Azevedo
Leve
2º João Victor Borges
Meio Leve
3º Juliana da Silva
1º Thayara Resende
3º Roger Isaias de Carvalho
1º Ana Paula Pagaime Gonçalves
Médio
2º Julia Holfmann Mortarelli
3º Gabriel dos Santos Costa
2º Barbara Lacerda de Abreu
1º Jennifer Mesquita
3º Andreza Clepardi
Leve
3º Beatriz Stamoglou Soares
2º Gabriela Rodrigues Alves
3º Gabriela Jordana Caldeira
1º Thiago Leitão Farias
3º Jacqueliny Cristina
3º Ana Maria Jeroino
Meio Médio
2º Gabriel Bondezan de Freitas
Leve
3º Amanda Cristina Marques
1º Paloma da Silva
3º Marcos Vinicius de Almeida
1º Luana do Vale
Meio Pesado
2º Veronica Moreira da Silva
3º João Lucas de Almeida
2º Catarina Barbara
1º Agnes Fernandes da Costa
3º Tainara Aparecida
Meio Médio
3º Tayna Andrade de Souza
2º Thaina Campos de Aquino
3º Juliana Maria Baptista
1º Guilherme Alves Morais
3º Vitoria Gonçalves Rosa
3º Jhulia Bernardino Soares
Médio
2º Renato Elias de Oliveira
Meio Médio
3º Nathaly de Lima Santos
1º Letícia Souza de Matos
3º Guilherme Rodrigues Pires
1º Tainá Oliveira da Silva
Pesado
2º Yasmin Dalben Pascoalino
3º Ivan Rocha Pacheco
2º Iara Regina Silva
1º Kamila Dias Gonçalves
3º Emanuelle Atlia
Médio
3º Débora Gomes de Toledo
2º Jessica Aline da Silva
Meio Pesado
1º Bruno Guilherme de Lima
3º Carolina Santos Araujo
3º Camila Simões dos Santos
1º Fernanda Marques
2º Aristeu Magalhães Nascimento
Médio
3º Julia Alessandra
2º Danielly Teixeira Generoso
3º Theo da Silva Amaral
1º Maria Luisa da Silva Reis
Feminino Pré-juvenil
3º Tâmara Angélica Magalhães
3º Renan Miranda Miorim
2º Carolina Rodrigues Alves
Super Ligeiro
3º Hevelin Rodrigues da Silva
Meio Pesado
3º Ana Paula Pedro dos Santos
1º Bruna da Silva
Pesado
1º Kauan da Paz
3º Sarah Vitoria França
Meio Leve
1º Ruth Thaina Duarte Martins
2º Gilson Benedito Miosso
Meio Pesado
1º Isabela Tavares
Feminino Júnior
Pesado
1º Jaqueline Gomes Abreu
2º Maria Ângela Cavalcanti
Super Ligeiro
1º Gustavo Soares Macário
2º Ludmila Campos
3º Barbara Natasha Rosa
1º Jessica de Amorim Bretas
2º Guilherme Soares Macário
3º Mariana Bueno de Toledo
Leve
Meio Leve
Super Pesado
3º Larissa Endreina Morais
1º Bruna Botelho
1º Clara Pires Ferreira
1º Cesar Viana Barbosa
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Extra Pesado
2º Rodrigo Berthen Chagas
3º Felipe Benjamin dos Santos
2º Frank Bruini de Menezes
Meio Leve
1º Vagner Valentin
1º Marco Aurélio
3º Pablo Kaique
Meio Pesado
3º Ian de Souza e Lima
1º Alexandre Mitugui
2º Frederico Nery Kemerick
Masculino Infantil
3º Matheus Michellon
1º Luan Matheus Fernandes
Leve
2º Severino Pereira Teixeira
3º Marcelo Correia
Super Ligeiro
Leve
2º Victor Maranhão da Silva
1º Arthur Barbosa Karaguelia
3º Mauricio de Jesus
3º Jerry
1º Guilherme de Oliveira Ribeiro
1º Gabriel Silva Santana
3º Eduardo Henrique
2º David Aparecido do Prado
3º Julio Kawakami
Meio Pesado
2º Patrick Alves Fontes
2º Taynan Silva Lira Falco
3º Aroldo Adão da Silva Neto
3º João Victor Monteiro
Leve
1º Horacio Pissarra
3º Pedro Henrique Pauliqui
3º Vinicius Paulo Cucco
Pesado
Meio Médio
1º Edson Mendes
2º João Carlos
3º Thomas Naoto Fornel
3º Kaio Henrique de Oliveira
1º Pedro Renato Martins Dias Jr
1º Jones Pessoa de Freitas
2º Newton Nishida
3º Eduardo Baradel
Ligeiro
Meio Médio
2º Leandro Crispim Oliveira
2º Emerson Richard de Souza
Meio Médio
3º Benedito Bezerra
1º Bruno Vinicius de Oliveira
1º Jonathan Phelipe Conceição
3º Edson Marques de Souza
3º Rodrigo Taboada da Costa
1º Afonso
Pesado
2º Reinaldo Dantas Santos
2º Raphael Nunes Carvalho
3º Kaio Cezar Castilho
Médio
2º Evandro Pacheco
1º Ricardo Simões
3º Alexsandro Vitor Silva
3º Vinicius Gabriel da Silva
Masculino Juvenil
1º Guilherme Santana
3º Marcos Roberto Pinto
2º Rubens Campos
3º Guilherme Kozan Lopes
3º Daniel dos Reis Souza
Super Ligeiro
2º Vitor Franco Silva
3º Osmar Garcia
3º Gilberto Tadeu de Freitas
Meio Leve
Médio
1º Davison Lucas Candido
Meio Pesado
Médio
3º Tommy Buchino
1º Felipe Carvalho
1º Andre Akira Ramos Takahashi
2º Ian de Souza e Lima
1º Thiago da Cruz Santos
2º Rômulo Siqueira Martino
2º Thiago Gomes Vital
3º Abel dos Santos Roberio
Masculino Sênior
3º Robson Vinicius Valério
3º Douglas Oliveira
3º David França de Albuquerque
Super Ligeiro
3º Iago Matheus Mendes Domingues
3º Marco Gabriel dos Santos
Ligeiro
1º Dagoberto Alves
Leve
Meio Pesado
1º Gabriel Moreira Alves
2º Thiago Alberto
1º Willian de Souza e Lima
1º Felipe Luchesi Marino
2º Vinicius Henrique Rodrigues
Ligeiro
2º Luccas Pereira Bastos
2º Guilherme Demetrio da Silva
3º Vitor Nascimento
1º Rafael Paulo Rodrigues
3º Washington Campos Bortoletto
3º Guilherme Maranhão da Silva
3º Leandro Hiroshi Yagura
2º Wagner Amado Aparecido
3º Lorran Conceição da Silva
3º Bruno Souza de Matos
Meio Leve
3º Jorge Luis Serafim
Meio Médio
Pesado
1º Vitor Hugo Delgado
3º Luiz Henrique da Cruz
1º João Claudio
1º Kaue da Silva dos Santos
2º Raphael Camilo
Meio Leve
2º Lucas Ramos dos Santos
2º Thiago Ramunno Marques Franco
3º Pedro Henrique de Abreu
1º Jeyson Rodrigo Fernandes
3º Leonardo Celso Segreto
3º Matheus Samuel Dias Barbosa
3º Eduardo Reimberg Barbosa
2º Rodrigo Andrade da Cruz
3º Eduardo Yoshio
3º Ramon Chaves Vieira
Leve
3º Levi Tarjem
Médio
Masculino Pré-juvenil
1º Lucas Gongorra Ribeiro
3º Julio Kawakami
1º Ricardo de Oliveira
Super Ligeiro
2º Paulo de Tarso
Leve
2º Matheus de Sicca Cunha
1º Jonathan Luiz Silva
3º Igor Vinicius Soares
1º Reinaldo Viana dos Santos
3º Marcelo Augusto Gomes
2º Wilson Sobra de Souza
3º Isaias Silva Ribeiro
2º Helio da Silva Bezerra
3º Matheus Araujo Campos
3º Marcos Paulo Conceição
Meio Médio
3º Satiro Santos
Meio Pesado
Ligeiro
1º Luigi Satoshi Cipullo
3º Wellington Francisco da Silva
1º Renan Pedrosa Santos
1º João Victor Massaki Souza
2º Caio Kenji Otani Ramalho
Meio Médio
2º Arthur Vinicius Fernandes
2º Everton Frazão Silva
3º Kennedy Anderson de Oliveira
1º Flavio de Paiva Ramos
3º Yuri Correa Sanchez
3º Andre de Campos Bispo
3º Wilson Afonso
2º Fabio de Carvalho Oliveira
3º Nathan Ulian de Souza
3º Brad Alex Feliciano Costa
Médio
3º Rodrigo Bertem Chagas
Pesado
Meio Leve
1º Andre de Oliveira
3º Cleber Leandro Machado
1º Kelvin Silva Pereira
1º Douglas Moreira Ribeiro
2º Rodrigo Rosalvo dos Santos
Médio
2º Gustavo Rocha Moscardo
2º Vinicius Correa de Souza
3º Giulio Di Carlo Bispo
1º Robson Foriato
3º Henrique Carmo
3º Henrique Santos da Silva
3º Rafael Golup Candeias
2º Marcelo Correa
3º Lucas Eliazar
3º Cristian Shigueyuki Yoshi
Meio Pesado
3º Frederico Nery Kemmerich
Extra Pesado
Leve
1º Lucas Gabryel Silva
3º Vagner Valentin
1º Leonardo Sindeaux
1º Rafael Bondezan de Freitas
2º Fabrício Leite
Meio Pesado
2º Matheus Brito
2º Gustavo de Oliveira da Silva
3º Lucas Monteiro dos Santos
1º Robson Yoshikazu Yagura
3º Gabriel Augusto
3º Oswaldo Baptista
3º Gustavo Diniz Martins Dias
2º Kayo Henrique Domingues
Infanto Juvenil
3º Pedro Paulo Jusus
Masculino Júnior
3º Leandro Rodrigues
Super Ligeiro
Meio Médio
Super Ligeiro
3º Fabio da Silva Carvalho
1º Kaue Guilherme
1º Tacio Henrique Brauli
1º Thiago Alberto da Silva
Pesado
Ligeiro
2º Ramon Reis Santos
2º Felipe Lima dos Anjos
1º Daniel Hideki
1º João Carlos Alves dos Santos
3º Eduardo Romanini
Ligeiro
2º Ricardo Aguiar Simões
2º Matheus Augusto Amaral
3º Aleff Cleydson da Silva
1º Raphael Monoru
3º Alex Sandro de Jesus
3º Pedro Pagaime Gonçalves
Médio
2º Julio Cesar Bento Gonçalves
3º Tommy Bucchino
3º Cleiton da Silva de Oliveira
1º Thiago Fernandes Miranda
3º Ian de Souza
Máster
Meio Leve
2º Alexsander da Silva
Meio leve
Ligeiro
1º Giovanni Pauliqui
3º Caio Amaral Gabriel
1º Renan Augusto da Silva
1º Dagoberto Alves
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Por Anderson Dias de Lima Fotos Everton Castro/Boletim Osotogari
Atletas da Copa Revelação
foram ao Japão para acompanhar o Mundial O Japão sediou entre os dias 9 e 13 de setembro o Campeonato Mundial masculino e feminino de judô. Considerado um dos maiores eventos da modalidade - atrás apenas em grau de importância dos Jogos Olímpicos -, o mundial foi o principal objetivo da seleção brasileira nesta temporada. E enquanto a equipe brasileira lutava por medalhas dentro dos tatamis, nas arquibancadas estavam os judocas juvenis Marcus Gavey da Silva Braga e Manoela Braga Costa. Escolhidos por uma banca examinadora por suas atuações na Copa Revelação de Judô Cidade de São Paulo, ambos receberam como prêmio por parte da organização duas viagens ao Japão com todas as despesas pagas. Acompanhados pelo treinador paranaense e chefe de delegação Ney Mecking, os judocas embarcaram no aeroporto de Guarulhos/SP na madrugada do dia 5 de setembro com retorno previsto para o dia 14. Além de assistirem ao mundial, Marcus e Manoela também conheceram alguns dos principais pontos turísticos do país. “Esta viagem representou um grande passo na vida esportiva e pessoal desses dois jovens. E ao terem a oportunidade de conhecer outro país e outra cultura, certamente tiveram uma experiência inesquecível”,
Marcela, Ney e Marcus diante do templo budista Zojoje
salientou o campeão olímpico Aurélio Miguel, responsável pela viabilização da viagem. Em 2009, a Copa Revelação enviou quatro judocas para Montreal, no Canadá, para treinar durante um mês com a equipe olímpica canadense, participar de um curso técnico com o campeão olímpico Kosei Inoue e estudar inglês numa escola de idiomas. A Copa Revelação de Judô Cidade de São Paulo foi uma realização da Associação Branco Zanol de Judô, viabilizada por emenda orçamentária do vereador Aurélio
Miguel. Apoiaram o torneio a Secretaria de Esportes e Lazer do município de São Paulo (SEME), CBJ, FPJ, EC Pinheiros, Instituto Vita e Kimonos Dragão. Após a experiência em Tóquio, ouvimos a gaúcha Manoela Braga Costa, atleta da Sogipa, e Marcus Gavey, o pernambucano que vive em São Paulo é atleta do Esporte Clube Pinheiros e do Projeto Futuro. Ambos falaram sobre a Copa Revelação e sobre a experiência no Japão. Inicialmente, Manoela destacou o nível fortíssimo da Copa Revelação. “As melhores judocas de minha categoria
Marcela e Marcus ao lado da campeã mundial do -70kg Lucie Decosse Kitadai, Marcus, Marcela e Erika Miranda na arquibancada do Ginásio Nacional de Yoyogi
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estavam lá. Foi um campeonato forte e diferenciado, pois além da disputa estava em jogo uma viagem para acompanhar ao vivo a competição mais importante do judô mundial.” Já Marcus Gavey lembrou que achava que a Copa Revelação seria uma competição tranquila. “Achava que a Copa Revelação seria uma coisa mais light, mas foi praticamente um campeonato brasileiro, no qual tive ainda de enfrentar vários judocas de São Paulo que são muito bons.” A atleta gaúcha falou sobre a surpresa e os preparativos para a viagem. “Fiquei surpresa e muito feliz quando ouvi meu nome ser anunciado. Conforme passavam os dias eu ficava mais nervosa e ansiosa, porque eu não sabia o que me esperava em Tóquio.” Manoela teve uma surpresa positiva com a experiência no Japão. “Na verdade eu esperava menos do que vi e vivi aqui. Fiquei surpresa com tudo que pudemos vivenciar. Este é um país surpreendente e tudo é muito bonito e as pessoas são muito educadas”, destacou. O meio-médio falou da surpresa e do sofrimento por esperar o dia do embarque. “Sinceramente eu não esperava ter esta oportunidade, foi uma grande surpresa e fiquei muito feliz. Mas depois que soube de minha indicação contei os segundos. Sem contar que lá no Projeto Futuro todos vibraram muito com esta viagem.” Gavey lembrou de toda a expectativa da viagem. “Minha prioridade era conhecer um pouco da cultura japonesa, ir a Kodokan e, lógico, ver o mundial e os grandes judocas do mundo em ação, mas confesso que me surpreendi muito, pois o Japão é um país ma-
Marcus e Marcela na Arena de Yoyogi
Marcus e Marcela ao lado da Estátua Jijoro Kano diante do Instituto Kodokan
Tokyo Tower
O grupo em visita ao Jardim do Palácio Imperial e o Parque Meji Jingo
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ravilhoso, uma cultura impressionante. A organização aqui é total e tudo funciona de forma perfeita. Além de toda a cultura existente, as pessoas são muito atenciosas, educadas e simpáticas.” Sobre o mundial, Manoela foi enfática ao afirmar que tudo a motivou a treinar muito mais. “Sem dúvida alguma, é uma competição muito forte, pude ver várias lutas com os maiores judocas do mundo e esta convivência me motivou a treinar mais e me preparar melhor para um dia estar entre os maiores do mundo.” Marcus mostrou certa decepção com o desempenho brasileiro. “Na verdade, esperava mais medalhas para o Brasil, mas foi muito importante ver como é a principal competição do judô mundial. Foi muito bom estar com os maiores judocas da atualidade e ver como cada um luta.” Para a judoca do médio ver Mayara no pódio foi a maior emoção em Tóquio. “Ver a minha amiga Mayara conquistar a medalha de prata para o Brasil foi a maior alegria da viagem, mas, além de ver o mundial, os passeios foram inesquecíveis, principalmente a visita que fizemos ao Parque Yoyogi.” A medalha de prata do Coxinha foi a maior alegria para o pernambucano Gavey. “A medalha do Leandro Cunha me deixou muito feliz, somos companheiros de clube e ele é uma pessoa especial.” Sobre Tóquio, Gavey destacou as belezas do Jardim Imperial e a visita ao Kodokan. “Gostei do jardim do imperador; aquilo é uma grande obra de arte. Outro marco da viagem foi nossa visita ao Instituto Kodokan, a Meca do judô.” Sobre o balanço final, Manoela disse ter aprendido muitas coisas em pouco tempo. “Esta foi uma oportunidade única, quando aprendi muita coisa e vivi situações bem diferentes de tudo que conhecemos no Brasil num curto espaço de tempo. Além das coisas novas e da cultura diferente, pude estar com os melhores judocas do mundo na atualidade.” Em seu balanço da viagem, o judoca do Projeto Futuro destacou as diferenças culturais entre Brasil e Japão. “Aqui aprendi muita coisa diferente e pude ter outra visão da vida. As diferenças culturais do Japão e Brasil são enormes e eu pude aprender muitas coisas novas. Sei que cada viagem é uma experiência única, quando sempre aprendemos algo diferente, mas jamais esquecerei da emoção de estar no Japão”, finalizou.
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Os judocas da Copa Revelação em visita ao museu do Instituto Kodokan
O grupo ao lado da Estátua de Amida Buddha
Marcela e Marcus no Dojô Central do Kodokan
Rogério Sampaio/Telefônica Conquista Seis Medalhas no Equador Fotos Getulio Camargo
As meninas da Associação de Judô Rogério Sampaio/Telefônica conquistaram nada menos do que seis medalhas na Copa Pan-Americana e no Campeonato Sul-Americano, disputados em Guayaquil, no Equador, no início de março. No primeiro dia da Copa Pan-Americana, o meio-médio Mariana Santos Silva, integrante do Projeto Judô em Ação, desenvolvido pela Associação de Judô Rogério Sampaio, com os patrocínios da Telefônica e da Iharabrás, sagrou-se campeã. “Fiquei muito feliz com esse ouro, pois venho de um circuito na Europa muito ruim”, declarou a judoca de Peruíbe. “A conquista de hoje é mais uma motivação para mim e a certeza de que posso chegar ao meu objetivo, que é disputar os Jogos Olímpicos de Londres-2012”. A caminho do título, Mariana venceu a primeira luta, contra a colombiana Diana Marcela Velasco, por wazari (3 shidos). Na semifinal, superou a guatemalteca Estela Yennifer López, com dois yukos. O ouro foi decidido com yuko sobre a
Mariana Santos Silva
porto-riquenha Jéssica Garcia. “Pensei que iria fazer a final com a cubana Yaritza Abel, mas ela perdeu na semi para a porto-riquenha. O importante é que lutei bem e garanti o lugar mais alto do pódio e isso é muito gratificante”, disse Mariana. No mesmo dia, a peso pesado Maria Suelen Altheman, que também integra o Projeto Judô em Ação, foi a outra brasileira a chegar à final, ficando com a medalha de prata ao ser superada pela cubana Idalis Ortiz, por ippon. No segundo dia da competição, Andressa Fernandes sagrou-se campeã entre as meio-leves ao derrotar, na final, a cubana Yanet Bermoy, campeã mundial e vice-campeã olímpica.
Maria Suelen
Andressa Fernandes
A vitória só veio a nove segundos do final da luta, no golden score, quando Andressa fez um yuko. “A cubana é uma adversária muito forte. Já havia vencido a Yanet no Grand Slam, no Rio de Janeiro, no ano passado, e havia perdido na final da Copa do Mundo realizada na Venezuela. Essa vitória foi muito especial, ainda mais porque valeu o título”, disse a judoca santista. “Agora é brigar pelo bi no Sul-Americano para voltar ao Brasil cheia de ânimo para lutar a Seletiva e poder continuar sonhando com a minha segunda olimpíada”. No Campeonato Sul-Americano, os resultados foram os mesmos: Mariana e Andressa conquistaram a medalha de ouro e Maria Suellen foi prata. O Projeto Judô em Ação é desenvolvido pela Associação de Judô Rogério Sampaio com os patrocínios da Telefônica e da Iharabrás, e o apoio do Santos Futebol Clube, graças a convênio entre o Governo Federal, por intermédio do Ministério do Esporte, e a AJRS, autorizado pela Lei de Incentivo ao Esporte.
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Por Paulo Pinto Fotos Maurício Landini
Palmeiras
faz melhor campanha dos 42 anos de sua história nos tatamis
Por Paulo Roberto Pinto Fotos Fabio Menotti
Com a conquista de um número recorde de medalhas e títulos o judô da Sociedade Esportiva Palmeiras fez em 2010 a melhor temporada dos 42 anos de história, figurando entre as principais forças do judô paulista e brasileiro. Para Edson Puglia, diretor técnico do departamento de judô do clube, os resultados mostram novas perspectivas. “Em 2009 já havíamos conquistado os melhores resultados de nossa história, mas em 2010 nos superamos e as perspectivas para 2011 são excelentes”, afirmou. Puglia destacou o apoio recebido pela diretoria. “Desde que assumimos estamos evoluindo tecnicamente. A cada ano estamos mais fortes e estruturados, e reporto essa evolução ao apoio que recebemos da diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras. Já passamos por duas diretorias, e ambas nos apoiaram incondicionalmente”. Além da força que o judô alviverde vem adquirindo, o dirigente destacou a tradição nos tatamis. “Temos tradição no judô brasileiro, e só se conquista isso com muito trabalho e dedicação permanente. São 42 anos de Torneio Periquito, competição que este ano teve a participação de 1100 atletas, vindos de 70 associações”, lembrou Puglia.
Treinamento no CAT no fim de 2010
Uma história que iniciou em 1968 O dirigente lembrou os grandes mestres que puseram o alviverde nos tatamis. “Nossa história iniciou em 1968 quando o grande Mestre Nakano fundou o departamento de Artes Marcias. Foi ele o introdutor do Palmeiras no Caminho Suave. Nesses 42 anos de história grandes judocas do Brasil foram formados aqui. Entre esses está Sergio Pessoa, que em 1986 se tornou o primeiro ocidental a conquistar o título de campeão
Edson Puglia diretor do Depto. de Judô, Zaqueu Rodrigues técnico e Henrique Guimarães coordenador técnico
100
da Jigoro Kano Cup, a mais importante e tradicional competição do Japão. Carlos Pacheco o Fuscão, Sergio de Oliveira o Bodinho, João Brigante Borges, Solange Pessoa e Daniel Hernandes, foram outros grandes nomes do judô palmeirense. Mas para que tudo isso pudesse acontecer contamos com a participação fundamental dos professores Valdo Alves Siqueira, Zaqueu Rodrigues, Akira Yamamoto, Sebastião Nahas e Sensei Fuji, entre outros. Puglia citou outras feras formadas no Parque Antártica. “Formamos muitos atletas que serviram a Seleção Brasileira. Al-
João Gavioli diretor geral de esporte do S. E. Palmeiras
Presidente do Palmeiras Arnaldo Tirone
guns se transferiram para outros clubes, mas foi aqui que trilharam o Caminho Suave. Entre estes estão Eduardo Murta, Renato Dagnino, Letícia Guimarães, Denise Buongermino, Carla Barbosa, Erick Yuji, Daniel Santos, Gabriel Galli e Vinicius Panini. Porém o grande destaque foi Henrique Guimarães, o único medalhista olímpico em esportes individuais na historia do clube. Titular da Seleção Brasileira por 15 anos, Henrique Guimarães conquistou o Bronze da categoria meio-leve, em Atlanta/ USA em 1996. Hoje é nosso coordenador técnico e tem papel preponderante no desenvolvimento do departamento. O grande nome do judô do Palmeiras hoje é Phelipe Pelim, que está na categoria sênior onde tem feito excelente trabalho na busca da vaga para Londres 2012”. O diretor alviverde destacou que o judô palmeirense é fundamentado nos preceitos filosóficos do fundador da modalidade.
Parte da equipe feminina treinando no CAT da FPJ
Equipe campeã SUB-15 da Copa Budokan 2010
André Akira Takahashi campeão paulista SUB-13 em 2010 visitando o Instituto Kodokan em Tóquio
Parte da equipe masculina treinando no CAT da FPJ
101
de nosso medalhista olímpico Henrique Guimarães, acompanham os atletas no dia a dia”. Na visão do dirigente palmeirense o sucesso da temporada comprova que o trabalho está no caminho certo. “Este foi um ano fantástico dentro do projeto de fortalecimento do departamento de judô. Assumi em 2007 a convite do ex-presidente Afonnso Della Monica e do diretor geral de esportes João Gavioli. O Palmeiras apostou em mim, um ex-atleta, prata da casa, detentor de títulos estaduais e nacionais nas décadas de 70 e 80. Na época traçamos as metas Pódio final do Torneio Comemorativo do Centenário do Corinthians onde o Palmeiras foi campeão que hoje estão sendo alcançadas. Tra“Faço questão de frisar que nosso trabalho está fundamentado nos balhamos diariamente focados no desenvolvimento de todas as preceitos filosóficos criados por Jigoro Kano. Conservamos a es- categorias, e o resultado não poderia ter sido outro. A cada ano sência filosófica do judô primando pela humildade, o respeito, a nossas equipes estão melhores, e temos certeza que estamos no disciplina e o equilíbrio. Nosso objetivo principal sempre foi o de caminho certo. Agradeço ao João Gavioli que sempre nos oferece formar bons cidadãos, mas paralelamente acabamos formando vá- o apoio necessário. Fico muito feliz por retribuir a confiança de nosrias gerações de atletas que engrandeceram nosso clube dentro e sa diretoria fazendo do judô alviverde motivo de orgulho para todos fora do país”. os palmeirenses”. As conquistas expressivas da temporada recolocaram o PalPara Edson Puglia a meta é profissionalizar o departamento meiras entre as principais forças do judô verde-amarelo, dentro de judô. “O judô do Palmeiras sempre foi formador e fornecedor de desse contexto o trabalho realizado pela comissão técnica tem fun- campeões, temos a certeza que com a evolução das parcerias que damental importância. “Reporto aos nossos técnicos, grande parte estamos desenvolvendo com base no projeto da lei de incentivo do sucesso obtido nas últimas temporadas. O trio formado por Za- fiscal, conseguiremos profissionalizar o departamento para obterequeu Rodrigues, Paulino Namie e Tadeu Uehara, é que faz a coisa mos o mesmo sucesso nas categorias júnior e sênior. Até que isso avançar tecnicamente. São eles que sob a coordenação técnica se concretize o Palmeiras se manterá trabalhando forte na busca de novas parcerias”. Hoje a equipe do Parque Antártica tem mais de 100 atletas federados, e o dirigente do Verdão encerrou para-
Bonenkai 2010 na Sede Campestre S. E. Palmeiras
Parte da equipe em treinamento
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Campeão geral da Copa Yanaguimori de Osasco 2010
Os campeões paulistas 2010 SUB-11 e SUB-13 em Registro com os técnicos Paulino Namie, Tadeu Uehara e Edson Puglia
benizando os atletas da equipe. “Parabenizo todos os atletas que suaram o kimono na temporada passada e levaram o Palmeiras ao lugar mais alto do pódio em dezenas de competições. Eles são a razão de tudo e é com eles que enfrentamos todas as batalhas na busca por medalhas para o clube. Agradeço também a todos os membros de nossa comissão técnica, e a todas as pessoas que direta ou indiretamente lutaram ao nosso lado, possibilitando que 2010 fosse um ano de sucesso, e que nos possibilitou escrever a página mais bonita da história do judô palmeirense”, finalizou Puglia. Arnaldo Tirone, o novo presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras parabenizou a temporada vitoriosa do departamento de judô. “Temos acompanhado o excelente trabalho desenvolvido pelo departamento de judô. Parabenizo João Gavioli, nosso diretor geral de esportes, Edson Puglia diretor do judô, assim como a toda a comissão técnica e os atletas que compõem a equipe vitoriosa do Palmeiras. Com as conquistas de 2010 tivemos uma temporada histórica nos tatamis. Reitero apoio total aos esportes não profissionais em minha gestão, principalmente as modalidades olímpicas”, afirmou o novo mandatário alviverde.
Conquistas Internacionais Douglas Júnior - Campeão Pan-americano sub-13 - Panamá Aine Schmidt - Campeã Pan-americana sub-13 - Panamá Gabriela Clemente - Campeão Pan-americanos sub-15 - Panamá Gabrielle Anjos - Bronze no Pan-americano Sub-15 – Panamá Douglas Júnior - Campeão da Copa Pan-americana sub-13 - Panamá Aine Schmidt - Campeã da Copa Pan-americana sub-13 - Panamá Gabriela Clemente - Campeão da Copa Pan-americana sub-15 - Panamá Gabrielle Anjos – Campeão da Copa Pan-americana Sub-15 – Panamá
Equipe SUB-11 campeões da Copa Benemérito 2010
Yanka Pascoalino - Bronze no Pan-americano –15- Panamá Guilherme Rissi – Ouro na Copa Sul-americana Sub-20 - Argentina Guilherme Rissi – Prata no Sul-americano Sub-20 - Argentina Phelipe Pelim – Bronze no Sul-americano Sênior - Equador Aine Schmidt – Bronze no Sul-americano Estudantil - Peru Phelipe Pelim – Bronze Copa do Mundo Venezuela Phelipe Pelim – Bronze Copa do Mundo Brasil Aine Schmidt - Bronze no Sul-americano Estudantil - Peru Phelipe Pelim - Bronze no Sul-americano Sênior - Equador Ricardo Aguiar – Campeão Sul-americano Máster – Porto Alegre Mario Antonio – Campeão Sul-americano Máster – Porto Alegre Lucimar Rocha – Prata no Sul-Americano Máster – Porto Alegre Julio Kawakami – Prata no Sul-Americano Máster – Porto Alegre Marcelo de Almeida – Bronze no Sul-americano Máster - Porto Alegre
Conquistas Nacionais Equipe SUB-13 bronze no Torneio Benemérito 2010 com o técnico Chan
23 Campeões Paulistas Campeão Geral Paulistano – 26 Ouros, 21 Pratas e 18 Bronzes Copa Cidade de São Paulo -21 Campeões/ 15 Pratas/ 19 Bronzes 5 Campeões do Meeting Sul-brasileiro - Florianópolis. Torneio Beneméritos do Judô no Brasil Ouro no Infantil – Bronzes no Infanto/Pré-juvenil/Juvenil Copa São Paulo5 Ouros/5 Pratas/8 Bronzes Campeão geral do Centenário do Sport Clube Corinthians Paulista Campeão Geral da Copa Interestadual Yokishy Kimura - Mogi Das Cruzes Campeão Geral da Copa Interestadual Minakawa “A Hebraica” Campeão Geral da Copa Interestadual Yanaguimori - Osasco Campeão Geral da Copa São João Tênis Clube - Atibaia Campeão Geral da Copa Centro Olímpico – Juventus/SP Campeão Geral da Copa Cidade de São Paulo - 21 Ouros, 15 Pratas e 19 Bronzes
Phelipe Pelim bronze na Copa do Mundo 2010 em São Paulo
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KATA MÁSTER
Por Paulo Pinto Fotos Marcelo Lopes
São Paulo tem presença maciça no
Campeonato Brasileiro de Kata São Bernardo do Campo (SP) – A 9ª Delegacia Regional do Estado de São Paulo realizou o Campeonato Brasileiro de Nage no Kata. A competição, realizada no Ginásio Municipal de Esportes de São Bernardo do Campo, teve a participação de 78 duplas disputando nas classes Yudan Masculino, Yudan Misto, Yudan Feminino, Dangai Masculino, Dangai Feminino e Dangai Misto. Para o delegado regional Júlio César Jacopi, o número expressivo de duplas paulistas na disputa ratifica o interesse de São Paulo na difusão e aperfeiçoamento dos katas. “O interesse demonstrado pelos judocas paulistas na disputa do Nage no Kata mostra a preocupação, o empenho e a determinação da Federação Paulista de Judô e dos professores das 15 delegacias regionais em fomentar o ensino e a prática dos katas”, disse Jacopi. O dirigente do ABC paulista lembrou que os katas são a base do judô e que a inclusão deles na grade de ensino tende a elevar cada vez mais a qualidade dos judocas e professores formados a cada ano. “Muita gente não gosta de kata, porém, a inclusão na grade de ensino é fundamental no sentido de aumentarmos cada vez mais o nível técnico dos judocas e professores que formamos. Não podemos pensar o judô e até mesmo o shiai sem os katas. Nesse sentido São Paulo está muito à frente dos demais estados, e a meu ver isso não é bom para o judô do Brasil e de São Paulo. Temos de estar nivelados tecnicamente em todos os sentidos”, frisou o dirigente.
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Francisco de Carvalho e Sandra Lipinski representante da Federação Gaúcha de Judô
Milton Corrêa e Roberto Machusso
Os dirigentes Claudio Calazans, Rubens Pereira e Alessandro Púglia
105
CLASSIFICAÇÃO FINAL Classe Yudan Masculino Classificação 1
Tori
Dupla Rioti Uchida
Luis Alberto dos Santos
Federação São Paulo
Pontos 955
2
Tori
Wagner Tadashi Uchida
Paulo Roberto A Ferreira
São Paulo
924
3
Tori
Vinicius Rodrigues Jerschow
Roberto Nardi Albanese
São Paulo
891
4
Tori
Nelson Eishin Ueti
Leonardo Luis Vendrame
São Paulo
821
5
Tori
Roger Tsuyoshi Uchida
Eduardo Maesta
São Paulo
786
6
Tori
Paulo Seiti F. Tsujimoto
Toni Chibana
São Paulo
659
7
Tori
Sergio Barrocas Lex
Julio Cesar B Gonçalves
São Paulo
635
8
Tori
Rodrigo Guimarães Motta
Andre O. Sawakuchi
São Paulo
634
9
Tori
Jose Fernandez Diaz
Emerson da Silva Lima
São Paulo
623
10
Tori
Fabiano Rodrigo de Barros
Anderson Luiz Neves da Silva
São Paulo
618
11
Tori
Luiz Claudio de Andrade Assis
Sergio Primiani da Silva
São Paulo
611
Classe Yudan Misto Classificação 1
Tori
Dupla Aline Akemi Lara Sukino
Andre Oliveira Sawakuchi
Federação São Paulo
Pontos 743
2
Tori
Rodrigo Guimarães Motta
Juliana Tiaki Osako Maestá
São Paulo
742
3
Tori
Eliane Pintanel
Roberson Silva dos Passos
Rio Grande do Sul
734
Classe Yudan Feminino Classificação 1
Tori
Dupla Aline Akemi Lara Sukino
Juliana Tiaki Osako Maestá
Federação São Paulo
Pontos 825
Classe Dangai Masculino Classificação 1
Tori
Dupla Elvis Nobuyoshi Tashiro
Gabriel Pinto Nunes
Federação São Paulo
Pontos 822
2
Tori
Rafael Nunes de Souza
Eduardo Gaudêncio Adriano
São Paulo
739
3
Tori
George Erwin T. Almeida Oliveira
Guilherme X. da S Viana
São Paulo
660
4
Tori
Vitor Carlos Oliveira Foresto
Guilherme Bento Vilar
São Paulo
655
5
Tori
Cássio Serafim
Alexandre Megiorin Roma
São Paulo
579
6
Tori
Luiz Henrique da Cruz
Kennedy Anderson de Oliveira
São Paulo
522
7
Tori
Diego Silvério da Silva
Henrique Zanelli
São Paulo
366
Classe Dangai Feminino Classificação
Dupla
Federação
Pontos
1
Tori
Maria Emilia Jesus de Cillo
Aline Trevisan Pereira
São Paulo
662
2
Tori
Sarah Mund
Laís Parolo
São Paulo
605
Classe Dangai Misto Classificação 1
Tori
Dupla Maria Emilia Jesus de Cillo
Guilherme S. da S. Viana
Federação São Paulo
Pontos 667
2
Tori
George Erwin T. Almeida Oliveira
Aline Trevisan Pereira
São Paulo
628
3
Tori
Guilherme Z. Martinelli
Laís Parolo
São Paulo
577
4
Tori
Alexandre Santos Coutinho
Bruna Stella de Freitas Santos
São Paulo
522
5
Tori
Paulo Sergio da Silva Paes
Letícia Cherri Spilari
São Paulo
460
106
107
Por Paulo Pinto Fotos Budopress
111 Judocas Paulistas São Aprovados
Em Exame de Graduação
Botucatu (SP) – A realização dos exames de graduação pela Federação Paulista de Judô marcou o encerramento da temporada 2010, coroando assim o esforço de centenas de judocas, professores e árbitros que trabalharam incansavelmente para fazer o melhor dentro e fora dos tatamis. Realizado no dia 4 de dezembro nas dependências do Ginásio Municipal de Esportes Mário Covas em Botucatu, o evento teve a participação de 111 judocas examinados. Ao término dos trabalhos ouvimos a grande notícia de que nada mais nada menos do que 100% dos candidatos haviam sido aprovados. Mais uma vez pudemos presenciar o excelente trabalho desenvolvido pela 3a. Delegacia Regional - Centro Sul, na qual o experiente delegado regional Argeu Maurício de Oliveira Neto mostrou grande capacidade em promover e realizar eventos do judô paulista. Ao todo 48 árbitros examinaram os candidatos a shodan, nidan, sandan e godan. Pela primeira vez nós, da revista Budô, tivemos o prazer de acompanhar os trabalhos que visam graduar futuros faixas pretas, assim como graduar os faixas pretas que buscam maior graduação. É um trabalho árduo, porém bastante gratificante e emocionante. Vivenciamos
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Francisco de Carvalho
o esforço de judocas de todas as idades, origens e classes sociais lutando arduamente para conquistar a tão sonhada graduação. Naquela manhã de sábado estava em jogo o destino de 91 faixas marrons que pretendiam conquistar a tão sonhada faixa preta, e de mais 20 judocas já graduados que buscavam subir de graduação. Era o desfecho do sonho de 111 atletas que trabalharam anos a fio para atingir um objetivo. Sobre os tatamis estavam 111 judocas e 48 árbitros, enquanto fora deles trabalhavam os 15 delegados regionais que compõem o corpo técnico administrativo da FPJ, além de Francisco de Carvalho, presidente da entidade; Mateus Sugizaki, ex-vice-presidente da FPJ; Antônio Carlos Pereira, secretário municipal de Esportes de Botucatu; Luiz Tambucci, kodansha 9º dan; Alessandro Puglia, vice-presidente técnico da FPJ; e os professores Oswaldo Ichikawa e Odair Borges, membros da comissão de graduação da CBJ.
Argeu Maurício de Oliveira
Professor Pereira
Desserviço e desprestígio O clima era de apreensão, pois 111 judocas seriam examinados e teriam de dar seu melhor para serem aprovados. Entretanto, na mesa que era composta pelos dirigentes e autoridades, o clima era de total descontração até que foram iniciados os discursos de abertura do evento. A palavra foi dada a um dos representantes da CBJ e o escolhido foi Oswaldo Ichikawa, figura conhecida pela polêmica que sempre cria por onde passa.
Mesa de honra
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Intempestivamente, e sem ao menos cumprimentar os demais membros da mesa, Ichikawa desandou a enaltecer e bajular o presidente da CBJ, buscando tumultuar um evento que não tinha nenhum caráter político. Todos sabem que São Paulo empunha a bandeira da oposição que visa acabar com os desmandos e vícios existentes há 11 anos na CBJ, e não cabia bajular um homem que em São Paulo não é visto com bons olhos. Ichikawa buscava claramente tumultuar o evento, desrespeitando todos os judocas que lá estavam – examinados, examinadores, dirigentes ou autoridades políticas. Absurdamente, o porta-voz da CBJ chegou a afirmar que seu presidente
Mateus Sugizaki, Angélica Mayumi e Gerardo Siciliano
110
O professor Tsutomo Nitsuma coordenou com extrema competência o trabalho da arbitragem
havia enviado recado a todos que lá buscavam aprovação: que a graduação de um judoca não representa absolutamente nada. Todavia, para infelicidade deste pseudo kodansha, com todo o altruísmo que lhe é peculiar Francisco de Carvalho Filho fez um discurso que não só neutralizou todas as baixarias proferidas por Ichikawa, como fez o representante da CBJ se desequilibrar ainda mais, a ponto de tentar tomar o microfone para rebater o discurso do presidente paulista, no que foi impedido por seu colega Odair Borges. Insatisfeito com as afrontas cometidas, o preposto de Paulo Wanderley Teixeira teve a coragem de passar por Francisco de Carvalho e o chamar para briga, mostrando total despreparo e desequilíbrio emocional. Felizmente, os judocas que ali estavam com outros objetivos nem se deram conta da afronta cometida por um homem que, na tentativa de bajular o presidente da CBJ, traiu professores, kodanshas, dirigentes e judocas de seu próprio estado. Ichikawa mostrou que é um homem sem pátria ou bandeira, e ratificou aquilo que todos sempre falam dele: que nunca absorveu os ensinamentos de Jigoro Kano e que está no judô, mas o judô não está nele. Lamentavelmente, Ichikawa foi a Botucatu com o firme propósito de melar a festa, mas o tiro saiu pela culatra. Arrependido, depois chorou e pediu desculpas ao
111
Prof. Argeu Maurício de Oliveira Neto fazendo entrega de premiação a Francisco de Carvalho Filho o presidente da FPJ
dirigente paulista, que relevou os acontecimentos, pondo fim ao entrevero. Nunca nos atrevemos a criticar os professores paulistas que se colocaram a serviço de Paulo Wanderley, pois entendemos que todos têm o direito de buscar maior espaço e projeção. Mas não aceitaremos jamais que alguém entre na guerra e saia atirando contra seus conterrâneos, pois, além das cores da bandeira bandeirante, defendemos uma luta que objetiva instituir no Brasil um judô igualitário e que dê a todos os mesmos direitos. O judô brasileiro não pode mais ser presa dos caprichos e da ambição de um ditador, e São Paulo apenas puxa a fila dos estados que sonham um judô feito para o desenvolvimento estrutural e técnico de 27 estados – e não para enriquecimento exclusivo da Confederação Brasileira de Judô. Sobre o professor Ichikawa, informamos que iremos a Minas Gerais conhecer a história que lá escreveu quando esteve na USIPA. Ele pode aguardar, que em breve publicaremos esta página de sua história.
Tico, Mazinho e Anderson Lima
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Júlio César Jacopi e Sadao Fleming Mulero
Argeu premiando o professor Pereira
Professores Chira, Mateus, Hissato Yamamoto e Della Santa
Alessandro Puglia e Raul Senra
Claudio Calazans e Luiz Tambucci
Odair Borges e Mateus Sugizaki
Mateus Sugizaki e prof. Antônio Carlos Pereira
Fernando Waglia Patt, Francisco de Carvalho e João Carlos Manso Jr.
Mateus Sugizaki e Francisco de Carvalho
Graduados Aprovados Para Shodan – 1º.Dan
Guilherme Cardoso Galeazzi
Tomas Frare Mocruha
Matheus de Cillo Arantes
Adib Bittar Neto
Henrique Massahiro Ozaki
Tomaz Aurélio Pinto Filho
Moises Augusto Rodrigues
Aguinaldo Segatti
Isabelle Regina de Lima
Vitor Doria Ricardo
Narandra Nakamura de Oliveira
Alcides de Castro Neto
Isadora Mendes Seixas
Vitor Turra Pereira
Nelson Eishin Ueti
Ivan Pelegrin Netto
Viviane São Severino Saggioni
Renato Gomes Camacho
Jefferson Queiroz Celestino
Walter Entz Neto
Ricardo Pereira dos Santos
Andre Henrique Shindi Nito
Jessica Fossati Alves
Wellington Francisco da Silva
Vicente Paulo R. Cardoso
Antonio Carlos da Silva
João Vicente Inocêncio Neto
Wenderson de Moraes Pizzo
Wilson Shinoda
Antonio Nascimento da Silva
Jorge Santos Cardoso
William Scalise Coutinho
Aprovados Para Sandan – 3º.Dan
Aristides de Souza Filho
Jose Marcio Anacleto
Wlademir Rodrigues Bikelis
Aline Akemi Lara Sukino
Beni Waiswol
Kelvin Anequini Santos
Aprovados Para Nidan - 2º.Dan
Michael Reyne Mendes
Breno Bontempi Berman
Kennedy Anderson de Oliveira
Douglas Wilson Duarte
Paulo Seiti Ferreira Tsujimoto
Bruno Cesar Mariano
Leandro Carlos Lima
Francis Minoru Endo Ura
Aprovados Para Godan – 5º.Dan
Bruno Manoel Cardoso Santos
Leonardo de Souza Faria
Ivo La Puma
Cleginaldo Correia Nunes
Bruno Matias Melo
Lucas Akira Maruyama
João Manoel Costa da Rocha
Priscila Teodoro de Almeida Leite
Luis Eduardo Gimenes
Leandro Tome Correa
Ronaldo Magno Ribeiro de Moraes
Caio Siqueira Fernandes
Luiz Barbosa Ferreira
Leonardo Luis Vendrame
Carlos Eduardo Malateaux
Luiz Henrique da Cruz
Carlos Henrique P. Oliveira
Marcelo Coelho Caetano
Carolina Helena A. Rodrigues
Marco Antonio R. Naccarato
Caroline Salgado dos Santos
Marcus Henrique G. Bastazim
Cleber Clemente de Lima
Matheus Macedo Procópio
Daniel Vieira Kolisch
Matheus Ramos Maran
Danilo da Silva Ribeiro
Mauricio F. Marcondes Machado
Diego Billy Arruda da Silva
Maiko Souza dos Santos
Diego de Moraes Alonso
Monica Severina da Silva
Ediclei Almeida Machado Jr.
Natalia da Silveira Torres
Edson Rossetti Alves
Nuno Vineyard Steuer
Eleudis de Souza Valentim
Patricia Tiemi Taminato
Ellen Cristina Rodrigues
Paulo Costa Jr
Eric Inui
Pedro Paulo Benyunes Vieira
Everton Diego Stringuette
Pedro Vagner Rodrigues Ferian
Fabio de Carvalho Oliveira
Priscila Napolitano Vieira
Fabio dos Santos Kishida
Rafael Moraes da Rocha
Fabio Tetsuo Yamamoto
Rafael Ricardo da Silva
Fabio Waisemberg Dicezare
Renato Rodrigues da Silva
Fernanda Forestiero
Ricardo Feola Lopes da Silva
Filipe Fecher
Rodrigo Humberto F Afonso
Gabriela Yuri Uyeda Ando
Rodrigo Urbano da Silva
George Erwin T. de Almeida Oliveira
Saulo Augusto Castro
Gilberto Ferreira de Oliveira
Tiago Vieira dos Santos
Alessandra Sayuri Tane Aoki Ana Priscilla Vendramini
Caio Cesar de Araujo Silva
113
114
115
116
117
118
119
AMAPÁ
Fonte FAJ Fotos j@g-photos
Judocas Amapaenses Se destacam no Sul-americano
A equipe do Brasil venceu o campeonato Sul-americano realizado em Montevidéu, em 6 de novembro de 2010. Ao todo foram 28 medalhas, sendo 13 medalhas da categoria sub-13 e 15 no sub15. Mais uma vê o Brasil mostrou a força que possui. Das medalhas conquistadas foram 21 de ouro, 6 de prata e uma de bronze. A Argentina foi a segunda colocada no quadro geral de medalhas com 5 ouros, 15 pratas e 8 bronzes. Com este resultado mantemos a total hegemonia continental nas categorias menores, mantendo a escrita desde 2002. Para o coordenador técnico das categorias de base da CBJ, Luiz Romariz, o resultado comprova a boa fase da nova geração do judô brasileiro. “Este resultado, como de todas as outras competições de base que participamos neste ano, é fruto de um trabalho sério feito pela CBJ, federações, clubes e academias”, diz Romariz.
120
Dois judocas amapaenses foram destaque na conquista brasileira: Márcio Roberto que conquistou o ouro no sub-13 e Sávio Santos (Pimentinha) que ficou com a prata no sub-15. Lembramos que os jovens campeões são filiados da Federação Amapaense de Judô, uma entidade pequena que está fincada no extremo-norte do Brasil. Os meninos tiveram que atravessar o país para poder representar o Brasil e o Amapá de forma tão digna. Tanto a entidade quanto os pequenos judocas estão de parabéns, por conseguirem reunir esforços e marcar cada vez maior presença nos circuitos nacional e internacional do judô.
Amapá é o Brasil na Copa AIRFRANCE A equipe formada pela Federação Amapaense de Judô representou o Brasil na Copa Air France de Judô, realizada em 26 em outubro, em Cayenne, a capital da Guiana Francesa. Além do Brasil e da Guiana Francesa participaram Martinica, Suriname e Guadalupe. Mais de 300 atletas participantes da competição nas categorias sub-13, sub-15, sub-17, sub-20 e sênior.
A equipe foi formada por sete atletas: Jeferson Leite Holanda, Luis Felipe Dias Colares, Patrique Farias Miranda, Fábio Barbosa Machado, Núbia Guedes Santos, Jorge Andersem Benathar Dantas, e Tatyane Guedes Santos. Ao todo foram conquistadas 6 medalhas para o Brasil. Dois ouros com Patrique Miranda e Jorge Dantas, duas pratas com Núbia Santos e Jeferson Holanda, e dois bronzes com Fábio Machado e Tatyane Santos. Foram premiados os três ippons mais bonitos e os atletas Fábio Machado e Jeferson Holanda conquistaram os troféus de 2º e 3º lugar. A Campeã Mundial da França Lucie Decosse que reside na Guiana prestigiou o evento e ministrou treinamento para os participantes, durante toda a semana co evento. Antonio Viana, presidente da FAJ destacou que foi firmada parceria com o presidente da liga de judô da Guiana através de seu presidente, Jean Pierre Bouvier que prevê a realização de duas competições anuais. Uma será realizada em Cayenne, e a outra em Macapá. “Na Guiana Francesa tem um judô competitivo e nossa intenção é promover o maior intercâmbio técnico possível, com nossos vizinhos”, explicou o dirigente.
Tele Norte Leste Repassa Recursos Para o Judô Amapaense A empresa Tele Norte Leste Participações S/A através do programa “Oi Futuro” repassou recursos para o projeto Judô Para Todos - Descoberta de Talentos, aprovado em 2009 pelo Ministério do Esporte através da Lei de Incentivo ao Esporte. O valor a ser captado é de R$ 566.523,00, e a empresa do ramo de telecomunicações repassou em dezembro de 2010 o valor de R$ 100.000,00. O prazo para captação foi prorrogado pela segunda e última vez até 31 de dezembro de 2011. Antonio Viana explicou que através da parceria com a Oi, o judô do Amapá poderá viabilizar a captação do valor total aprovado em 2009. “Tentaremos, agora com o incentivo da Oi, mobilizar outras empresas e pessoas físicas para abraçar esse projeto que visa a aquisição de Tatamis e uniformes de Judô para massificar a modalidade em nosso estado e detectar novos talentos. Os recursos são depositados na conta corrente do projeto aberta pelo Ministério do Esporte, após a captação total ou mínima de 20% do total, poderá ser executado”, explicou o dirigente.
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ESCÂNDALO
Tentativa de Golpe
Une o Judô do Ceará Durante a temporada passada, ouvimos graves denúncias sobre os problemas políticos existentes no Ceará. Fomos a Fortaleza, onde não apenas confirmamos a veracidade dos fatos, como descobrimos o mar de lama e o caos promovidos por Átila Cardoso com apoio de Paulo Wanderley e Marcelo Frazão. Estando em Fortaleza, tratamos de conhecer a verdade e os fatos. Para tanto, visitamos e entrevistamos todos os professores que estão na legalidade. Paradoxalmente, vimos um grupo coeso e unido em torno da proposta de reerguer o judô no Ceará. Tivemos a nítida impressão de que a agressão externa serviu para derrubar as diferenças existentes, e a paz foi selada entre os responsáveis pelo judô no estado.
Entendendo a origem do caos Para entendermos o imbróglio político existente no Ceará, temos de retornar a Hidrolândia/CE, em 19 de setembro de 1931, quando nasceu Antônio Lima Filho, kodansha 9º dan, patrono, fundador e responsável pelo surgimento do judô cearense. Aos 14 anos Lima migrou do Nordeste para o Rio de Janeiro, onde foi trabalhar como faxineiro e roupeiro na academia de judô do professor Augusto Cordeiro, outra legenda dos tatamis no Brasil. Lima explicou como aprendeu judô no Rio de Janeiro. “Fui trabalhar na academia do professor Cordeiro como faxineiro e roupeiro, e quando o pessoal ia embora eu recolhia todos os kimonos. Acabava a movimentação, e eu começava a treinar sozinho nos aparelhos. Fui-me envolvendo com judô e aos 22 anos tornei-me faixa preta. Entretanto, minha vida ficou um pouco difícil, porque tinha de fazer exames na Budokan, em São Paulo, com o sensei Ryuzo Ogawa, pois o professor Augusto era filiado à Budokan. Voltei para o Ceará com 35 anos, como 2º dan, e comecei a desenvolver o judô aqui, até que em 19 de
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Professores Garcia e Eduardo
outubro de 1969 fundamos a Federação Cearense de Judô - FECJU. Devido ao meu trabalho nos últimos 41 anos, a CBJ foi me promovendo até chegar a 9º dan.” Vamos pular do ano de ano de 1969, ano de fundação da FECJU, para 2001, quando sob a forte pressão de Marcelo Frazão e já com o apoio de Paulo Wanderley, o professor Lima deixou a presidência da entidade, que foi assumida por Milton Moreira, avô de Frazão. A partir daí começaram os desmandos que mergulharam o Ceará no caos em que se encontra hoje. Com apoio do presidente da CBJ, Marcelo Frazão apossou-se do poder assumindo a entidade com aproximadamente R$ 100.000,00 no caixa. Dinheiro que o professor Lima havia juntado durante anos, para adquirir a sede própria da entidade que projetou no cenário judoístico nacional. O apoio de Paulo Wanderley aconteceu porque o professor Lima sempre foi fiel a Joaquim Mamede, e temia que ele apoiasse qualquer movimento de oposição. Com essa atitude Wanderley findou abruptamente o ciclo de um judoca na acepção da palavra. Um homem que é o responsável pelo surgimento e crescimento do judô em vários estados do Nordes-
te, e entre estes destacamos o Piauí. Foi o professor Lima que introduziu no judô o kodansha Abdias Queiroz, patriarca da família Queiroz. Dessa forma o judô cearense perdeu a referência que possuía, e é assim que o presidente da CBJ pretende escrever a história do judô brasileiro. Apagando de nossa lembrança todos aqueles que fizeram a história do judô em nosso país e o colocaram onde está hoje. Entendemos que temos a obrigação e o dever de reverenciar os homens que deram os primeiros passos e construíram a estrada que nos trouxe até aqui, porém Paulo Wanderley não pensa assim. Milton Moreira, na verdade, nunca soube o que seu neto fazia à frente da FECJU, e já no pleito eletivo seguinte Marcelo Frazão se lançou à presidência da entidade, mas sua candidatura foi impugnada. Para azar do Ceará, o candidato da oposição também teve sua candidatura impugnada por erros na formação da chapa, e, para não permitir que o judô parasse, o juiz que acompanhou todo o processo designou um interventor judicial, e cada chapa apresentou um nome. O nome proposto pela chapa de Frazão foi o escolhido pelo juiz de direito.
Dessa forma, a situação liderada por Frazão permaneceu no poder, pois num primeiro momento o interventor judicial Eduardo Costa acreditava nas propostas do antigo mandatário. Foi nessa época que Eduardo Costa pôde conviver intimamente com Paulo Wanderley, e soube que era o presidente da CBJ que comandava o judô no Ceará. Nada era feito sem o aval e a aprovação do dirigente nacional. Entretanto, com a ajuda de Antônio de Pádua, o interventor descobriu quanto a FECJU arrecadava com os dois bingos parceiros da entidade – algo em torno de R$ 12.000,00 mensais, fora todas as formas de taxas possíveis, pois Marcelo Frazão não dispensa nada. “Fiquei assustado quando percebi quanto dinheiro Marcelo Frazão arrecadava, sem que nada fosse investido ou revertesse para o judô cearense. Fiquei preocupado porque, perante a Justiça, eu era o responsável, e seria eu que teria de prestar contas. Tratei de afastar qualquer informação sobre a administração da FECJU do Marcelo Frazão, e com isso bati de frente com o todo-poderoso do judô do Brasil, Paulo Wanderley Teixeira, que, não admitindo ter seu comparsa fora do processo, iniciou a guerra que hoje estamos vivendo”, explicou o interventor.
Unidos, professores mostram revolta e cobram justiça Nosso primeiro entrevistado foi o professor Pádua Pereira Batista, 4º dan, nascido em 1956, que desde 1967 está no judô. É aluno do professor Milton Moreira, segundo faixa preta do Ceará que, aliás, foi aluno do professor Lima. Pádua explicou que viu o judô do Ceará nascer. “Vi o judô nascer e crescer no Ceará. Fundei a Associação de Judô Shihan Milton Moreira, em homenagem ao meu sensei, e vejo tudo que está acontecendo com muita tristeza. Em 2002 fiz parte da administração do professor Milton, que era o presidente, enquanto seu neto Marcelo Frazão era quem mandava de fato. Devido ao meu vínculo muito forte com o professor, Milton fui convidado para ser diretor administrativo, porque era formado em administração, e passei a ajudá-lo. Todavia, quando houve a pri-
meira prestação de contas, começaram os problemas no Ceará. O balancete foi feito de forma irregular e, embora a assembleia o tenha aprovado, algumas pessoas entraram na Justiça contestando os absurdos existentes. Mesmo fazendo parte da administração, fui um dos que alertaram o professor Milton, e o orientei. Assim, conseguimos um novo contador, que fez um livro razão que foi enviado à CBJ, que aprovou nossas contas. Como o professor Paulo Wanderley apoiava o Marcelo, tudo foi acobertado e normalizado.” Pádua explicou os verdadeiros motivos que levaram um juiz de direito a nomear um interventor para administrar a modalidade no Ceará. “A partir das irregularidades administrativas cometidas por Frazão, foi deflagrado um processo político. Em 2003, o Humberto Santos, um dos professores que mais prega justiça e legalidade aqui, criou a Associação HSK
“Vivemos num país democrático, e não entendo como podemos ter um ditador à frente do nosso esporte” e um ano depois se lançou à presidência da FECJU. As candidaturas dele e do Frazão foram impugnadas e por bem o juiz deu apoio à chapa da situação, colocando Eduardo Costa Filho como administrador da FECJU.” O professor Pádua lembrou com saudade do tempo em que a CBJ respeitava o Ceará. “De lá para cá fizemos um excelente trabalho, e já em 2005 a CBJ realizou aqui a seletiva para o sul-americano. Depois nos apoiou para irmos ao Brasileiro Regional no Piauí. Todos os árbitros indicados pelo Eduardo foram convocados para os campeonatos brasileiros. Eu mesmo viajei para vários campeonatos e nunca houve problema. Até que achamos por bem afastar o Marcelo Frazão da administração financeira da entidade. Aí os problemas começaram, e a primeira retaliação da CBJ foi não aceitar os exames de faixa realizados pela FECJU. Manda-
mos a relação dos aprovados, e nunca mais recebemos diplomas da CBJ.” O dirigente falou sobre a razão da cisão total. “No ano seguinte, houve assembleia geral para aprovação de contas da CBJ, e Paulo Wanderley convidou o Ceará para participar, mas não enviou as passagens, como sempre era feito. Cansado de tanta indiferença, o Eduardo mandou uma procuração para o Simbaldo Pessoa, presidente da federação da Paraíba, que não aprovou as contas da CBJ, representando os dois estados. Aí a guerra foi declarada porque, além de tirarmos do poder o Frazão, que era o braço armado do Paulo no Ceará, na eleição seguinte, mesmo sabendo que Wanderley seria reeleito, apoiamos a oposição. Daí em diante a caça contra nós só aumentou.” Indignado com a morosidade da Justiça, Pádua relatou as crueldades cometidas pelo mandatário nacional. “Sempre enviamos relatórios de tudo para a CBJ, que nunca mais se reportou a nós. O pior é que agora plantaram um representante aqui, desrespeitando uma ordem judicial e gerando uma desordem total. No final de 2009 fomos surpreendidos com um comunicado informando que a CBJ não aceitaria mais exames feitos pela FECJU. A partir daí começou o processo de total desrespeito, agressão e desobediência civil contra a FECJU e a Justiça do Ceará. Indicamos árbitros que não são aceitos e chegamos a um ponto em que até nossos atletas são perseguidos e proibidos de participar das competições nacionais.” Pádua explicou o procedimento ditatorial adotado por Paulo Wanderley, que visa pôr no poder uma pessoa totalmente despreparada para ocupar o cargo. “O professor Paulo Wanderley passou a estabelecer uma ditadura, que desrespeita a Justiça e até os estatutos da CBJ. Recentemente, deu a um faixa preta totalmente inexpressivo o poder de controlar o judô aqui, desrespeitando uma ordem judicial. Perdeu o senso de justiça e de direito. Daqui a pouco ele vai querer ser presidente da República, e a Dilma que se cuide. Vivemos num país democrático, e não entendo como podemos ter um ditador à frente de um esporte como o judô. Paulo Wanderley não para de criar problemas para o estado do Ceará. Temos aqui quatro federações de jiu-jitsu, o karatê está esfacelado em onze federações e o kung fu em quatro. Nós sempre tivemos apenas
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uma entidade administrando o judô cearense, e a pessoa que deveria fomentar a união da modalidade está esfacelando nosso esporte e ocasionando uma divisão entre os que estão do lado da lei e os que estão à margem da lei. Paulo Wanderley acha que somos leigos e que aqui não existe justiça. Antes mesmo de ele inventar o Átila, este judoca já havia sido punido como árbitro e como faixa preta, por não cumprir nosso estatuto. O Paulo Wanderley rasga os estatutos do judô cearense e até mesmo da CBJ, para tentar tirar do poder um dirigente que não apoia sua política suja e corrupta. Essa não é uma vontade do Eduardo Costa ou do Antônio Pádua. Essa é a decisão de todo o judô do Ceará. Não queremos saber se é o Eduardo, o Humberto ou o Pádua que está no poder. Queremos cumprir o que determina a Justiça e nossos estatutos. Aliás, desde que assumiu, Eduardo está fazendo um excelente trabalho. Foram criadas 14 novas associações, e isso na proporção do nosso estado é muito. Abrimos o judô cearense e nos livramos da administração corrupta que apoiava as políticas da CBJ, em detrimento dos interesses do judô do Ceará.” Pádua finalizou falando sobre a expansão que houve nos últimos anos. “Até no Parque Santa Rosa, bairro carente e abandonado pelo poder público, temos judô, no qual contamos com mais de 60 alunos regulares, com a FECJU pagando taxas e vivenciando a filosofia de Jigoro Kano. Temos no Parque Alvorada, outra região carente que está fazendo judô, e quase todas as associações do Ceará são carentes. A maioria das associações está em áreas carentes, então nosso judô é composto na grande maioria por pessoas carentes, e todas pagam filiação. O professor Eduardo tem feito um grande trabalho e acho que o que o Paulo Wanderley faz é desumano. Ele só pensa nele mesmo e não pensa no judô do Brasil. Só pensa na seleção principal e nas ações internacionais que dão brilho à sua administração. Jamais o vi realizando algo pelo judô nos estados. Tudo que faz é cobrar taxas de todos, e depois nos paga com seu orgulho repugnante. Somos uma das poucas federações que possui sede própria. Nosso dojô tem aproximadamente 180 metros quadrados e está abandonado porque os poucos recursos que possuímos são gastos com advogados para
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lutar contra a ditadura implacável de um presidente que deveria fomentar, e não matar, o judô no Brasil,” finalizou Paiva. Entrevistamos o professor Francisco Garcia da Rocha, 7º dan, um dos maiores professores do Ceará. Nascido em 21 de julho de 1951 em Fortaleza, sua associação é uma das principais escolas do estado e já formou dezenas de campeões. Antes de falar sobre os problemas atuais, Garcia explicou que viveu a história do judô. “Eu era do jiu-jitsu e, assim como fizeram todos os professores do passado, me tornei judoca. Na verdade, não conto a historia do judô: eu vivi a historia do judô
“Nosso grupo respeita e reverencia as pessoas que fizeram o judô do Ceará ser o que foi antes de Marcelo Frazão e o presidente da CBJ destruírem aquilo que o professor Lima semeou e colheu aqui” do Ceará. Tive oportunidade de estar participando de todas as fases administrativas. Quando o judô chegou aqui em 1967, vivemos uma coisa muito boa, que mudou o cenário das lutas no Ceará e, acredito, em todo o Brasil. Acolhemos o professor Lima e migramos para o judô, que é um esporte admirável, não só por sua filosofia, mas pela transformação que oferece ao praticante. Não preparamos apenas campeões, preparamos homens para uma sociedade mais justa e digna.” Para o kodansha, não existe nenhuma relação entre o caos vivido hoje no Ceará e a filosofia do judô. “Vivemos um momento muito difícil aqui no Ceará devido à falta de compromisso administrativo do presidente da Confederação Brasileira de Judô, que afirma ser uma pessoa democrática e que fez uma abertura no judô do Nordeste, porém eu não vejo isso. Lembro que anos atrás fazíamos compe-
tições como a Norte/Nordeste, das quais participavam vários estados e dezenas de equipes. Hoje temos o Zonal Brasileiro, no qual vemos míseras cinco equipes. Isso não é abertura, e sim retrocesso. Estou no judô há exatos 44 anos e afirmo que esta está sendo a pior administração que o judô nacional experimentou.” Garcia afirmou que a CBJ riscou o Ceará do mapa do Brasil. “A administração de Paulo Wanderley tirou o estado do Ceará de mapa do Brasil. Ele se prevalece do poder e de um direito que não possui para cometer atrocidades contra quem se opõe à sua administração viciosa e permissiva, na qual apenas quem o apoia tem direito de entrar no jogo. Absurdamente, está passando por cima da decisão de um juiz de direito, e não acontece nada. Nunca havia visto isso em toda a minha vida. Como uma pessoa rasga a Constituição e permanece impune? Isso tem dificultado nossa estabilidade e impediu nossa participação em competições nacionais. Ele está matando o judô do Ceará e o sonho de centenas de jovens judocas, porque não o apoiamos e nunca apoiaremos. Não apoiamos bandidos como ele e o Átila Cardoso. Livramo-nos do Marcelo Frazão, seu subordinado aqui, e ele jamais nos comandará. O aceitamos como presidente da CBJ, mas aqui fazemos a política que convêm ao Ceará. Aqui ele não manda. Acho que dificilmente ele sairá impune por ter desrespeitado uma ordem judicial, mas mesmo que consiga ludibriar um desembargador, não vai nos dobrar.” Garcia destacou o trabalho da atual administração cearense. “O fato de Paulo Wanderley estar tentando colocar o Átila no poder mostra sua incompetência administrativa e desconhecimento do judô cearense. Felizmente nosso interventor está fazendo uma administração excelente, que uniu o judô do Ceará em torno de seu trabalho. Ele tem uma liderança que foi conquistada com muito trabalho. Tenho certeza de que ao menos 95% dos filiados apoiam sua administração.” Otimista, Garcia diz acreditar na Justiça e nas instituições democráticas. “Acredito na lei e nas instituições democráticas. Tenho certeza de que o presidente da CBJ vai pagar pelo que está fazendo. Peço apenas que a justiça seja feita e que ele pague pelo que está fazendo. A pessoa que está tentando plantar aqui está sob as
asas do Marcelo Frazão, que usou de total má-fé para tirar o professor Lima, o verdadeiro pai do judô do Ceará, do poder, para depois conduzir seu avô ao cargo, pois sabia que jamais seria apoiado pela maioria de judocas de nosso estado. Este sujeito é o responsável por todo o mal que judô cearense vive. Desde que afastaram o professor Lima, esta foi a primeira vez em que experimentamos crescimento, mas isso não interessa ao presidente da CBJ. Ele quer o apoio e o voto do Ceará, mas não daremos isso a ele, jamais.” O kodansha cearense finalizou falando sobre a perseguição sistemática sofrida. “A toda hora somos humilhados e depreciados por Paulo Wanderely. No campeonato brasileiro de 2010, realizado no Maranhão, passamos enormes dificuldades. Nós, os árbitros que havíamos sido convocados pela FECJU e que estamos devidamente em dia com a entidade estadual e a CBJ, quando lá chegamos, fomos banidos do evento. Não pagaram nossas diárias e ainda tivemos de arcar com as despesas de viagem, hotel e alimentação. Fomos rechaçados de tal forma, que não participamos nem do congresso técnico, sendo tratados como bandidos. Isso foi um desrespeito total a minha pessoa, ao Ceará e ao Brasil. Os dirigentes das demais federações precisam parar de pensar apenas em seus problemas administrativos. Precisam pensar no judô como um todo e ver o estrago que está sendo produzindo no Brasil e em nosso continente. O presidente da CBJ tem obsessão pelo poder. Avaliem e vejam que ele não é a pessoa ideal para estar no cargo que ocupa. Ele é nordestino, e só pratica o mal em nossa região. Só regredimos desde que assumiu.” O depoimento a seguir é do professor Humberto Santos, responsável pelo processo que impediu judicialmente Marcelo Frazão de assumir a FECJU em 2005. Nascido em 19 de fevereiro de 1974 no Recife (PE), Humberto começou no judô aos 11 anos e representa a nova geração de professores cearenses. Presidente da HSK Academia de Artes marciais – Hi Mizu Kaze Dojô, Humberto é professor universitário formado em educação física com mestrado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Humberto falou da responsabilidade por ter sido o mentor do processo que evitou a posse de Frazão. “Tenho dois sentimentos: um de alegria por ter contribuído para esse momento de reflexão, em que
Professores Dorian, Mario Jorge, Antônio de Pâdua e Ribamar
conseguimos tirar um presidente que fazia uma administração voltada para interesses próprios. O outro é de tristeza por não termos conseguido unir nossos professores para retomar o caminho que trilhávamos antes. Só quando a CBJ se voltou contra nós foi que despertamos e nos unimos em torno da figura do interventor, que hoje faz um bom trabalho, apesar da desorganização existente. Vivemos um momento positivo da intervenção, quando o interventor conseguiu agregar e oportunizar algumas associações que até então não eram valorizadas. Com isso o judô cresceu muito, e o reflexo foi um campeonato regional em que ficamos em segundo lugar, sendo esse o melhor resultado obtido pelo Ceará em brasileiros regionais. Graças às ações do interventor que visavam unir, aumentar e agregar nossos professores. O que dificultou esse trabalho foram as questões políticas internas e externas. Principalmente a partir do momento em que o presidente da CBJ, Paulo Wanderley, não recebeu o representante legal do estado do Ceará num evento, desrespeitando todos aqueles que lá estavam. O pior foi que ele passou a apoiar alguns grupos que, com isso, estão fazendo de tudo para esfacelar o judô, aqui,” O mestre em Educação Brasileira acusou o presidente da CBJ de trabalhar de forma sistemática contra o judô do Ceará. “Ele contribuiu muito no processo de desmonte das ações político/esportivas do Ceará. Logicamente, a situação do estado não estava boa devido à intervenção, mas já tínhamos um norte e estávamos obtendo resultados. Foi justamente quando percebeu que nos estávamos reerguendo que Paulo Wanderley iniciou o bombardeio buscando nos afundar.” Humberto rechaçou e repudiou a atitude do mandatário brasileiro. “Não só como judoca, mas como cidadão, eu sempre respeitei a lei. Todo meu trabalho é fundamentado na justiça. Lutei contra a administração do Marcelo Frazão, mas sempre
respaldado na lei. A luta ocorreu no âmbito judicial e nunca descumpri a lei. Não posso apoiar uma atitude como essa, que em minha concepção é totalmente irresponsável e agride frontalmente os direitos de atletas que pagaram filiação na FECJU e na CBJ, muitos ainda menores de idade. Este ato irresponsável fragiliza nosso esporte. Ao invés de contribuir e incentivar nossos atletas, o presidente da CBJ os persegue sistematicamente. Repudio totalmente estes atos”. Para o acadêmico, isso é caso de polícia. “Podemos classificar os atos de Paulo Wanderley como criminosos, pois ele desrespeitou uma ordem judicial, apoiando pessoas que aqui tentam tomar o poder à força. Além disso, ele fere os direitos e a autonomia de uma entidade que é a representação maior do estado. Lamento termos chegado a esse ponto, mas lembro claramente que na administração do Marcelo Frazão, quando fazíamos oposição aos desmandos existentes, o Paulo Wanderley mandou o Marcelo deixar nosso grupo de fora do processo, pois daquela forma seria mais fácil administrar “a coisa”. O que o Paulo Wanderely esqueceu é que o grupo que ele quis deixar de fora representava mais de 60% dos judocas do estado, e que este grupo respeitava e reverenciava as pessoas que realmente fizeram o judô do Ceará ser o que foi antes de Marcelo Frazão e o presidente da CBJ destruírem aquilo que o professor Lima semeou e colheu aqui.” Humberto lembrou que os maiores prejudicados são os atletas. “Os atletas, sem dúvida, são os maiores prejudicados nesse processo. A FECJU existe em torno das competições e dos resultados dos atletas em disputas nacionais e internacionais. Isso de pessoas sem tradição no judô do Ceará tentarem tomar o poder ilegalmente nos jogou no campo da ilegalidade e do banditismo político. Saber que tudo isso acontece subvencionado pelo presidente da CBJ nos faz rever conceitos, lembran-
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do que estudamos a filosofia e optamos trilhar o caminho iniciado pelo professor Kano em 1882. Os grandes prejudicados, sem dúvida, são os atletas que vão para uma competição nacional sem saber se vão competir. Entretanto, é o judô, e tudo que ele representa no contexto social, que perde com as atrocidades cometidas por Paulo Wanderley”, finalizou. Outro importante depoimento foi dado pelo professor José Ribamar Gonçalves dos Santos. Nascido em 9 de julho de 1961 em Teresina (PI), o judoca piauiense começou no judô aos 12 anos com o sensei Garcia. Hoje é faixa preta 2º dan e presidente da Associação de Judô Ribamar. José Ribamar destacou o grande trabalho feito pelo interventor judicial. “Quando o Eduardo assumiu, criou maiores chances para as crianças participarem das competições. Antes não tínhamos condição de colocar crianças carentes nesses eventos. Antes o judô era um esporte da elite, e poucos suportavam pagar as taxas que eram cobradas. Nosso ex-presidente dizia que o judô é para quem tinha dinheiro, já o Eduardo mostra que judô é para quem quer fazer judô.” Para o professor piauiense, o judô do Ceará é hoje uma panela de pressão. “Vivemos numa panela de pressão; trabalho com crianças cheias de problemas, filhos de presidiários, e não repasso a eles a pressão política que estamos vivendo. Fazemos de tudo para mostrar que o judô é um esporte diferenciado, saudável e educativo. Não temos coragem de falar sobre a sujeira que o Átila Cardoso está fazendo aqui. Trabalho com mais de 400 crianças carentes que moram na beira do rio e têm no judô a esperança de um futuro melhor. Como posso roubar a esperança de minhas crianças, dizendo a elas que na cúpula da modalidade temos um bandido? Faço campanha, peço kimonos para aqueles que têm condições, e assim fazemos a coisa caminhar.” Revoltado com as injustiças, José Ribamar culpa a ambição pelo caos existente. “Culpo a ambição de alguns por todo o processo que estamos vivendo. Temos hoje a grande maioria dos professores do estado unida e buscando crescimento. Antes entrava muito dinheiro na FECJU, com patrocínios e bingos, mas nós nunca
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soubemos que fim eles davam ao dinheiro. Hoje sabemos para onde esta indo o pouco que entra. Antes os árbitros não recebiam sequer uma diária para trabalhar o dia todo nos campeonatos. Hoje recebemos uma gratificação pequena, mas recebemos. Antes eles comiam tudo e nos deixavam chupando o dedo. Hoje as coisas mudaram, mas essa gente faz de tudo para voltar. Só que não vamos permitir. Meu sonho é que tudo acabe rapidamente para fazermos um trabalho digno e em paz. A confusão atrapalha e desmotiva totalmente nossos atletas.”
“Os grandes prejudicados são os atletas que vão para uma competição nacional sem saber se vão competir. Entretanto, é o judô, e tudo que ele representa no contexto social, que perde com as atrocidades cometidas por Paulo Wanderley.”
O professor Ribamar destacou a importância do trabalho de Eduardo Costa. “Dei aula toda a vida e nunca tive condição de colocar meus alunos para competir. Já com o Eduardo a coisa mudou. Ele nos ajuda e se dedica ao judô. Tem seu negócio, onde trabalha o dia todo, e ainda arruma tempo para cuidar dos verdadeiros interesses do judô cearense. Nas competições, sofríamos muito porque meus alunos tinham de competir por outras associações. Não estavam filiados porque não tínhamos R$ 5.000,00 para pagar a taxa de filiação, e meus alunos disputavam pela escola do professor Garcia. O Eduardo se afastou do Marcelo Frazão, cresceu, e voltou a ser uma pessoa de bem. E faz hoje um excelente trabalho.”
Outro professor profundamente decepcionado com quadro atual é Rinaldo Moraes da Silva, que nasceu em 7 de agosto de 1967 em Fortaleza, e hoje é 5º dan. O professor Rinaldo afirmou que o judô cearense finalmente saiu da profunda decadência em que se encontrava. “Sempre fui oposição, desde a época do professor Antônio Lima. Na gestão do professor Milton Moreira, conversei muito com Marcelo Frazão e com o Paulo Wanderley. Mas lamentavelmente a CBJ continua usando seu poder de forma equivocada, barrando atletas e árbitros do Ceará, e medindo forças. No início, quando o Eduardo admitia a presença de Frazão na FECJU, nós fazíamos oposição, mas com o tempo ele passou a administrar de forma independente e conseguiu unir todo o pessoal em torno de uma administração que visa ao bem comum. A administração do Eduardo tem sido impecável, e não se compara a nada do que havia aqui antes em termos de competições, graduações e cursos.” Apesar do quadro negativo, Rinaldo está otimista quando ao futuro. “Posso dizer que estou muito satisfeito com a administração atual. É uma administração humilde, mas valorosa, honesta e responsável. O Eduardo está realmente comprometido com o desenvolvimento técnico e estrutural do judô cearense. Mesmo com toda a pressão que vem do Rio de Janeiro, estou muito otimista.” Rinaldo afirmou taxativamente que Paulo Wanderley está associado a Átila Cardoso e é o articulador do caos existente. “Tive várias conversas com o Paulo Wanderley, que sempre quis induzir-me a apoiar este cidadão que tenta tomar o poder de forma ilegal. Estava cansado de ver tanta briga e tentei fazê-lo admitir que com o Eduardo nosso judô cresceu e está muito mais forte. Mas ele não aceita. O judô cearense é pequeno e não existe razão para tantas brigas, mas a coisa tem nuances que extrapolam as fronteiras de nosso estado. Decidimos manter a diretoria atual com o professor Garcia na direção técnica, o Pádua na coordenação geral, e o nosso interventor na presidência. Temos de contar com todos que buscam remar rumo a um futuro melhor. O grupo que apoia a tentativa de golpe liderada pelo Átila é formado por academias surgidas do nada. Alguns que apoiam este golpe saíram de minha academia. Não vou citar nomes, mas são
pessoas que se aproveitam do caos político criado pela CBJ esperando tirar proveito, mas espero que a justiça maior, que é a justiça de Deus, acabe com o caos.” Outro professor decepcionado é Pedro Ricardo Oliveira Fontenelle, faixa preta 3º dan, nascido em 28 de junho de 1981, em Fortaleza. No judô desde os 15 anos, Pedro Ricardo revela o clima de temor e desconfiança instituído no Ceará por Paulo Wanderley. “O quadro aqui é muito complicado. De um lado está a CBJ apoiando um grupo que juridicamente não está resguardado, enquanto nós ficamos com aquele receio: será que somos nós que iremos para frente, ou será que mesmo com toda a ilegalidade a CBJ vai nos barrar? Ficamos com receio de tudo e desconfiamos de todos. Muita gente já foi para o outro lado porque acha que a CBJ é mais forte que a Justiça do Ceará. Estou com o grupo e espero a solução deste impasse.” Pedro Ricardo afirmou que não abre mão da legalidade. “Independentemente das brigas, estou com a Federação Cearense de Judô, não importa se à frente dela esteja o Eduardo ou outra pessoa. Estou dentro da lei e com a FECJU. Sou filiado a ela e trabalhei com ela todos esses anos. Ficamos tristes por estar na legalidade enquanto os que não estão gozam de privilégios que deveriam ser nossos. Vejo de forma absurda pessoas que deveriam estar trabalhando conosco fazendo outro calendário. Estão dividindo algo que não pode ser dividido. A FECJU é uma só e só ela pode determinar os caminhos do judô cearense. A CBJ está infringindo uma lei federal e ferindo seu próprio estatuto. Tudo isso é um grande absurdo.” Mário Jorge Pereira Farias é profesProfessores Neuma, Garcia, Humberto e Zairo
sor na cidade de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. Nascido em 22 de julho de 1955 na capital cearense, Mário Jorge começou no judô em 1969 e hoje é 2º dan. Mario Jorge vê com amargura o momento que o Ceará atravessa. “Vejo o momento atual com amargura e até vergonha. Temos uma intervenção determinada por um juiz, e, quando estávamos iniciando um processo de crescimento, mergulhamos em outro caos porque o senhor Paulo Wanderley nomeou um administrador, passando por cima de uma ordem judicial. Penso que uma ordem judicial não se discute. Cumpre-se. Quando queremos passar por cima de uma decisão judicial, temos de estar preparados para entrar
“O Átila Cardoso não sabe nada sobre judô. Se soubesse algo sobre os ensinamentos de Jigoro Kano, jamais teria assumido os atos irresponsáveis, ilegais e criminosos ordenados por Paulo Wanderley Teixeira.” em guerra com a Justiça. Se querem discutir uma decisão judicial, devem fazê-lo via Justiça, não virando a mesa. Mesmo porque o atual interventor foi indicado por
quem hoje está virando a mesa. Quando perceberam que o professor Eduardo não seria o laranja de que eles precisavam para continuar manipulando tudo, instituíram o caos com o apoio da CBJ. Mas impor o terror na cabeça de nossos atletas é abominável e sem precedentes.” O professor de Maracanaú afirmou que jamais compactuará com o golpe arquitetado pela CBJ. “Não posso estar de acordo com um grupo que quer ser maior do que uma decisão judicial. A maioria absoluta das associações devidamente filiadas e legalizadas no Ceará está do lado da legalidade. O interventor quer uma eleição para pôr fim a todos os desmandos instituídos pela CBJ, mas aguardamos uma autorização judicial para tanto. Não compactuo com o desrespeito para com a lei e para com o que é certo. Sou judoca, e não bandido. No momento em que o juiz determinar a eleição, todos nós trabalharemos para que seja feita uma chapa que esteja de acordo com o que todos anseiam. Aí vamos votar e elegeremos o novo presidente. O que me preocupa é que um cidadão que se diz presidente de uma entidade nacional nomeie um administrador ilegalmente, e esse administrador vá a um banco com uma ata forjada por associações fantasmas que nunca foram filiadas à FECJU, se aposse de uma conta bancária, e fique impune. Onde está a lei em nosso país? Quem vai parar os desmandos do presidente da CBJ? Esse sujeito não pode ir aos estados que não o apoiam politicamente e implodir a ordem. Ele não tem essa autonomia. Sobre o professor Átila, quero que alguém me responda: de onde ele surgiu? Quando ele deu aula de judô? Onde estão seus alunos? Ele é apenas aluno da Revarte, uma entidade séria, mas nunca deu aula e pouco sabe de judô. Aliás, se soubesse algo sobre os ensinamentos de Jigoro Kano, jamais teria assumido os atos irresponsáveis, ilegais e criminosos ordenados por Paulo Wanderley. O que sei dele é que esteve no Japão, voltou ao Brasil, e foi graduado faixa preta pelo interventor que hoje ele tenta destituir. Acho que ouviu as promessas de Paulo Wanderley, que é mestre na arte de fazer promessas, e de repente acreditou que seria dono do judô do Ceará.” Mário Jorge lembra que nunca viu Átila Cardoso disputando uma competição. “A única vez que o vi fazendo uma luta foi com meu filho, e ele perdeu. Nunca dispu-
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Parte dos professores que apoiam o interventor judicial Eduardo Costa
tou uma competição. Se alguém for buscar o histórico dele no judô, certamente não encontrará absolutamente nada. Eles podem tentar tomar o poder na marra, mas podem ter certeza de que não vamos deixar. O mais engraçado de tudo é que quem nomeou o interventor foi o Frazão e o Paulo Wanderley, que, curiosamente, hoje estão do lado do Átila. O que nós queremos aqui é que a lei e a ordem sejam restabelecidas. Que o juiz que está no comando da causa se manifeste e diga o que esse pessoal tem de fazer. Acho que estão querendo afrontar e intimidar o juiz e penso que o presidente da CBJ se crê acima da lei.” Sensato e realista Mário Jorge pede a Paulo Wanderley que respeite o Ceará. “O judô do Ceará, infelizmente, está doente e, portanto, pedimos ao senhor Paulo Wanderley que respeite o estado do Ceará, onde houve e ainda há um dos melhores judôs do Nordeste. Temos aqui excelentes professores e não precisamos que ninguém venha aqui cortar a nossa cabeça. O presidente da CBJ pode ter certeza de que nos iremos reorganizar e retomaremos nosso lugar no cenário nacional.” A professora Francineuma de Castro Garcia é a primeira faixa preta mulher do Ceará. Nasceu em 8 de junho de 1959 e começou no judô aos 14 anos como aluna do professor Garcia, com quem após alguns anos se casou. Hoje é 4º dan, mãe de cinco filhos, ajuda o marido na administração da Associação de Judô Garcia, e é funcionária pública municipal. Querida por todos os judocas cearenses, dona Neuma diz que jamais havia presenciado tanto desrespeito. “Acho um desrespeito total o que está acontecendo com nosso judô. Vemos que a pessoa faz uma coisa, mas prega outra. Quando Paulo Wanderley assumiu, tivemos muita esperança de que tudo iria melhorar, mas hoje vemos que tudo era uma grande mentira. Nada aconteceu, e nossa situação piorou. Hoje estamos muito pior que na época do professor Mamede. É
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uma vergonha saber que na presidência da CBJ temos alguém sem escrúpulos e sem nenhum compromisso com o judô. Onde estão os medalhistas olímpicos que antes brigavam pela moralização do judô no Brasil? Só existem holofotes para as medalhas conquistadas, mas nada se fala ou se mostra sobre aqueles que se matam para manter a chama acesa.” Dona Neuma lembra que só não para porque pensa nas crianças que precisam do judô para seguir adiante. “Continuaremos fazendo o nosso trabalho porque lidamos com crianças que não sabem o que está acontecendo. Mas é uma vergonha ter de conviver com esta gente. No ano passado fui a um sul-americano no Rio Grande do Norte, e no congresso técnico vimos o Ney Wilson Pereira falando que haviam assinado um patrocínio com o Bradesco e que agora haveria dinheiro para tudo e para todos. Mas sabíamos que aquilo seria mais uma das promessas e mentiras de Paulo Wanderley, que se apossou do judô. Sabemos que para nós jamais haverá ajuda. Isso é para poucos. Sabemos que, enquanto o Paulo Wanderley estiver na CBJ, o Nordeste estará na miséria em que se encontra. Meu sonho é que ele saia logo e dê lugar a uma pessoa que queira fazer um judô verdadeiramente igual para todos. Na época do Mamede, íamos para as competições e tínhamos todas as despesas pagas. Hoje o judô nacional é apenas para gente de dinheiro. Não éramos apenas nós os favorecidos. Todos os estados recebiam ajuda. Hoje é só taxa e mais taxa. Como prêmio, vemos esta incursão do presidente da CBJ em nosso quintal. O Ceará agora é território sob domínio direto da CBJ. Não aceitamos esta gente que o presidente da CBJ quer nos enfiar goela abaixo. Ele tenta vencer no peito e na raça, mas lutaremos até o fim.” Confiante, Dona Neuma mostra que não teme a pressão que vem do Rio de Janeiro. “Tenho certeza de que venceremos, pois estamos do lado da lei e no Ce-
ará existe Justiça. Paulo Wanderley está acostumado a comprar as pessoas, mas faremos o maior escândalo caso ele consiga virar a mesa aqui. Estamos sendo lesados e roubados pelo dirigente da CBJ, e o pior é que estamos sendo traídos por um sujeito chamado Átila Cardoso, que se diz judoca. Mas um judoca não engana, não rouba e não lesa crianças à luz do dia. Recentemente soubemos que esteve diante do desembargador que acompanha nosso processo e se autodenominou interventor judicial. Bem ao estilo do presidente da CBJ, este farsante pensa que está acima de tudo, só porque tem a bênção do pior dirigente que conhecemos em todos estes anos no judô.” A professora Neuma finalizou afirmando que em toda sua trajetória jamais havia recebido tanta ajuda para seus atletas mais carentes. “Nunca recebi um não de nosso interventor, quando o assunto é ajudar os mais carentes. Estamos satisfeitos com a administração que temos aqui e não aceitaremos esse retrocesso”, finalizou. Outro entrevistado foi o professor Jean Silva Cavalcante, proeminente judoca cearense. Nascido em 29 de novembro de 1976, Jean é 5º dan, fisioterapeuta, profissional de educação física, especialista em treinamento desportivo, especialista em fisiologia e biomecânica do movimento, auxiliar de enfermagem, professor na área de deficiência visual, professor de judô, e coordenador do programa de ginástica laboral da Exata Consultoria e Treinamentos. Sobre a avaliação que faz do momento que o judô cearense atravessa Jeans foi enfático. “O quadro atual não merece avaliação. Tais ações não merecem nota. Parece que eles pensarem que o judô do estado do Ceará se deixa permear por processos de aculturamento, de pensamentos inescrupulosos e ações não verdadeiras, com o objetivo de conquistar o domínio a braço de ferro. Mas, felizmente, aqui existem pessoas pensantes e de pensamentos e ações dignos de serem apreciados de perto por toda a nação,
seja ela envolvida com o judô ou não. É mister também que em âmbito nacional se conheça mais desta região, para que possam ser vistos de perto e claramente aqueles que verdadeiramente entendem o significado da palavra judô em todas as suas instâncias.” O professor Jean avalia positivamente a gestão de Eduardo Costa. “Por força de uma decisão judicial, certamente ele veio e vem procurando realizar um judô democrático, mas certas pessoas não entenderam o sentido destas palavras em sua essência. O lado humano do Eduardo Costa também se apresenta constantemente frente às suas ações dentro de uma condição legal juridicamente. Mas ressalto que, a meu ver, a existência de um presidente local poderá possibilitar algo melhor que tal situação.” Para o fisiologista, falta a Paulo Wanderley visão mais realista do judô cearense. “Os estudos possibilitam o engrandecimento humano. Penso que falta ao presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, uma apreciação do nosso estado, para que ações equivocadas não sejam tomadas ou realizadas por ludibriamento. Basta pensar historicamente que todo grande império um dia caiu. Assim aconteceu com a Babilônia e tantos outros”, finalizou. Nosso último entrevistado foi o professor Antônio Lima Filho, kodansha 9º dan. Cearense nascido em Hidrolândia, no dia 10 de setembro de 1931, renomado kodansha é o maior propagador da filosofia e do treinamento do judô no Norte/Nordeste do Brasil. Considerado pela grande maioria o pai do judô cearense, o professor Lima foi um dos fundadores da FECJU, e nos recebeu em sua residência, onde falou como vê a crise que o judô de seu estado está vivendo. “Atuei como diretor técnico da FECJU por quase dez anos, e depois assumi a presidência por aproximadamente 22 anos. Após a perseguição sistemática que enfrentei, resolvi retirar-me do cenário
político, mas já temia que as coisas terminassem assim.” O kodansha cearense vê com tristeza o quadro atual. “Estou muito triste com os fatos que envolvem o judô do Ceará. A CBJ apagou o Ceará do mapa do Brasil e deixou de realizar eventos aqui. Tudo por causa da política desenvolvida por Paulo Wanderley, que nunca imaginei ser capaz de fazer tantas maldades. Ele foi meu amigo no Rio de Janeiro, em função de minha aproximação com o professor Mamede e por ele ser o técnico da CBJ. Convivi muito com ambos na capital carioca, e no final ele fez uma grande besteira com o Mamede. Ele sabe que errou e traiu a pessoa que mais lhe proporcionou ser o que é hoje. Paulo Wanderley foi a pessoa mais beneficiada pelo Mamede, e ele teve coragem de retribuir com traição e e deixar nosso ex-presidente no total ostracismo. As pessoas que colocaram o Paulo onde está hoje tinham de ter visto isso, pois quem é capaz de fazer o que ele fez para o Mamede é capaz de tudo na vida.” Inconformado, o kodansha cearense deu detalhes da relação de Mamede com Paulo Wanderley. “O professor Mamede tinha o Paulo Wanderley como um filho. Aliás, cansei de ver o filho do Mamede tendo crises de ciúme em função da atenção e do carinho que o professor. Mamede dedicava ao Paulo Wanderely, que vivia no Rio e morava na casa dos Mamede. O que ele e o Frazão, seu preposto, fizeram comigo não foi nada perto do que o Paulo fez ao Mamede, seu mentor. Triste, porém confiante na justiça de Deus e dos homens, o professor Lima cobra atitude e ação dos faixas pretas cearenses. “Nós, os kodanshas do Ceará, e nesse grupo incluo os professores Garcia e Milton Moreira, formamos centenas de judocas pelo Brasil afora, e muitos desses faixas pretas estão aqui no Ceará e honram o que aprenderam conosco sobre a filosofia de Jigoro Kano. Tenho certeza de que esses judocas do bem não se dobra-
rão aos crimes que estão sendo feitos por esta gente maldosa. Temos de reverter o quadro e restituir a ordem quebrada em 2001. Precisamos livrar definitivamente o Ceará dessa gente que vê no judô uma forma de enriquecimento ilícito. Não podemos mais continuar assim. Temos de criar uma situação que levante o judô cearense, para retomarmos nosso lugar na história do judô brasileiro”, finalizou o kodansha.
Abaixo-assinado promete reviravolta na Justiça Diante do impasse criado pela morosidade da Justiça, as mães de vários judocas cearenses estão mobilizando-se para levar um abaixo-assinado ao desembargador que acompanha o processo. Um exemplo vem de Ivone Brasil, mãe de Luan Brasil, atleta da categoria júnior até 90 kg, campeão sul-americano que corre o risco de ficar fora da seletiva nacional porque sua escola não apoia o golpe no Ceará. “Já estou com o abaixo-assinado firmado por mais de 30 mães que estão indignadas com a atitude do presidente da CBJ. Só que o Eduardo é o interventor judicial, e nós ficamos sem saber onde inscrever nossos filhos. Por isso estamos entrando na Justiça e vamos ao Juizado de Menores juntamente com outras mães. Eles são os campeões estaduais e nacionais. Se for preciso entraremos com um mandado de segurança e processaremos o presidente da CBJ por má-fé e abuso de poder. Vamos lutar com todas as armas que possuímos.” Dona Ivone se diz discriminada e prejudicada por uma briga política que não poderia atingir as crianças que treinam e se preparam durante o ano todo para chegar à seleção brasileira. “Sinto-me prejudicada, enganada e sem rumo, porque para nossas crianças, que são os verdadeiros classificados e com direito a vaga, a CBJ não dá ajuda, enquanto oferece tudo para atletas despreparados e que nunca estiveram filiados à FECJU. É inacreditável. Eles querem passar por cima da decisão de um juiz. Onde é que está a justiça do Ceará? Não permitiremos que haja falcatrua e abuso de poder. Queremos que haja legalidade, porque nossos judocas estão sendo prejudicados. Temos muitos atletas bons que estão sendo lesados e perseguidos por uma briga que não é deles.” Os professores Garcia, Eduardo, Humberto e Pádua
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2010
Um ano cheio de realizações! O projeto Criança Esporte Judô, coordenado e idealizado pelo Prof. Farath, terminou o ano conquistando 1593 medalhas, ultrapassando em 53,91% o número de 1035 alcançado em 2009. A equipe do Rio Preto Automóvel Clube/ Seta/ SMEL/ Prever/ Togni Medicina Nuclear/ Unimed/ Açúcar Guarani / Agroseta/ Comtec / Ford Báltico/ Pelmex/ Rodobens, participou de um total de 42 campeonatos neste ano. Estes números já comprovariam o sucesso deste projeto que há 18 anos transforma sonhos em realidade, seu cunho social/ esportivo prepara nossos futuros cidadãos através do esporte. Atendendo hoje aproximadamente 950 crianças, o projeto ganhou no ano de 2010 novos núcleos: o primeiro deles foi o de Engenheiro Schmitt, com uma grande aceitação das crianças moradoras daquele Distrito; na sequência foi inaugurado o núcleo na E. E. Dr. Waldemiro Naffah que funciona num modelo diferente atendendo diretamente os alunos da escola. O grande acontecimento do ano foi a inauguração do Centro de Treinamento “Aurélio Miguel”, fruto da parceria entre a Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto, através da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, Rio Preto Automóvel Clube e a Igreja do Evangelho Quadrangular. Numa área de Tatame de aproximadamente 150 m², o espaço será dedicado também a outras modalidades além do Judô, serão administradas aulas com outras Artes Marciais e uma atenção especial para a 3ª Idade com atividades de Ginástica, Dança e Alongamento.
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Com a presença do homenageado, o grande campeão Olímpico Aurélio Miguel, a inauguração se transformou numa verdadeira celebração pelas conquistas do Projeto. O Prof. Farath comandou bastante emocionado a apresentação do evento, comentando para todos os presentes a história do Projeto, suas dificuldades e suas conquistas; dentre as inúmeras autoridades presentes, podemos destacar o discurso do Presidente do Rio Preto Automóvel Clube, Dr. Eládio Silva que lembrou quando o Prof. Farath ganhou de seu avô, o primeiro kimono e que passados mais de 40 anos era muito emocionante vivenciar aquele momento e testemunhar o amor e a dedicação de uma vida toda, daquele menino pelo Judô. Na sequência o Campeão Olímpico, Aurélio Miguel, o maior nome da história do Judô Brasileiro agradeceu a homenagem, dizendo que era uma das maiores recebidas e que o fato que mais lhe trazia alegria, era que depois de tanto tempo da sua conquista uma homenagem o fizesse sentir tão orgulhoso; orgulhoso por ser homenageado por um projeto que atende quase mil crianças que prioriza o aspecto social tirando as crianças das ruas e depois as prepara para se tornarem vencedoras. Diversas apresentações de judô e dança com o pessoal da 3ª idade, além da en-
trega de 2 kimonos para a atleta Loraine Cristina Dias da Silva que acabara de conquistar o título de campeã Sul-americana sub-15 em Montevidéu no Uruguai, marcaram a fase final do evento que teve como “gran finale” uma sessão de autógrafos com o grande campeão olímpico.