Revista Budo 2

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editorial REVISTA

O Caminho dos Verdadeiros Judocas

Diretor e Editor Paulo Roberto Pinto de Souza paulobudo@gmail.com Diretora Executiva Daniela Lemos daniela.lemos@terra.com.br Conselho Editorial Mauzler Paulinetti Edson Sesma

Após o enorme sucesso alcançado com a primeira edição da revista Budô, decidimos ampliar nossas ações e nesta edição mostramos coberturas de competições mais ricas em fotos, informação e dados técnicos. Entretanto, desejamos ampliar muito este trabalho nas próximas edições, na quais deveremos publicar entrevistas cada vez mais técnicas e com mais conteúdo. Nossa proposta é estar onde o judô estiver, e assim somar forças no sentido de massificar ainda mais a modalidade, participando do seu processo de profissionalização. Estamos bastante motivados pelo apoio recebido e pela participação cada vez maior de empresas e clubes em nosso projeto editorial. Assim como a vinda de profissionais dos tatamis, que certamente vão contribuir para publicação de artigos e matérias com melhor conteúdo técnico e científico. No campo político, nesta edição tivemos a honra e o prazer de conhecer e entrevistar Luiz Augusto Martins Teixeira, o presidente da Federação Mineira de Judô. Um odontólogo faixa preta extremamente corajoso que, ao contrário de muitos judocas do nosso país,

não se esconde atrás de interesses e não se curva a ameaças, fazendo da verdade um escudo e a ponte para defender os verdadeiros interesses do judô de seu estado. É de homens com o perfil do dirigente mineiro que o judô e o esporte como um todo precisam. Gente que não está no esporte para subtrair e sim para somar. Gente que não se apossa da modalidade e faz dela presa de interesses pessoais. Desejamos que todos os judocas que amam verdadeiramente o judô leiam a Budô e depois escrevam fazendo sugestões e críticas, cobrando tudo que falta ser feito e nos mostrando o caminho que devemos seguir. Desejando boa leitura a todos, finalizamos com uma frase de Jigoro Kano:

“Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas” O Editor

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Direção de Arte Artur Mendes de Oliveira Pesquisa Celso de Almeida Leite Colunistas Anderson Dias de Lima Paulo Duarte Vera S. Sugai Colaboradores Angélica Mayumi Murata Andréa Berti Carlos AMC Cunha Emílio Moreira José Jantália Josmir Ferreira Revisão Nilton Tuna Fotografia Marcelo Kura - Capa Marcelo Lopes Paulo Fischer Nilton Fukuda Miguel Schincariol Washington Alves Luzia R Koga Tiago Lima Ricardo Borges Roberto Stuckert Gustavo Sapienza Valdecir Carvalho Departamento Comercial Daniela Mendes de Souza Daniela.craque@terra.com.br Impressão e Acabamento Gráfica Kaygangue – Palmas (PR)

é uma publicação trimestral da GLOBAL SOCCER EDITORA. Administração, publicidade e correspondência Rua Henrique Júlio Berger, 855 – 102 Caçador (SC) - CEP 49500-000 - Fone 49 3563-7333 Distribuição Dirigida – Tiragem desta edição 10.000 exemplares Opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas não são de responsabilidade do editor. Direitos Reservados © 2010 Global Soccer Editora Impressa no Brasil - Printed in Brazil revistabudo@gmail.com



interview

Por Paulo Pinto Fotos Maurício Landini

GIGANTE Por Natureza

Do alto de seus 2,02 metros, Rafael Carlos da Silva vê o Campeonato Mundial Sênior no horizonte e mira seu objetivo: um lugar no pódio Enquanto se prepara para seu primeiro mundial sênior, Rafael Carlos da Silva, atleta de 23 anos hoje radicado em São Paulo, avalia seus resultados mais recentes e lembra do começo da carreira. Em menos de um ano ele pulou da 60ª para a 24ª posição no ranking internacional, mas se considera entre os cinco melhores e pretende chegar ao pódio no mundial. Não é pouco para quem há seis anos deixava a escola e a família em Londrina, Paraná, para enfrentar a faculdade e a pesada rotina de treinos na capital paulista. Já recuperado da decepção de ter ficado em segundo lugar na Copa do Mundo disputada em São Paulo, quando perdeu na final uma luta que parecia ganha, Rafael recorda que a partir daí abriu uma sequência de resultados que levariam à sua indicação para o próximo mundial sênior: foi campeão em Madri e terceiro colocado em Lisboa. Mas sua experiência em competições internacionais vem desde 2006, quando esteve no mundial júnior da Costa Rica, sem se classificar; mas foi 5º no mundial universitário disputado na Coreia. Ainda sobre a derrota na final do mundial, Rafael explica: “Essa luta foi muito discutida, depois, com os professores Garcia e o Hatiro. O atleta era um cara

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leve e, na minha cabeça, eu achava que ia jogá-lo, a qualquer momento. Minha tática não era provocar punição, mas jogar. Entretanto, ele dificultou muito porque conseguia fugir quando eu ia pegá-lo. O que complicou também foi o horário. Eram 2 horas ou 3 horas da tarde quando acabei as fases preliminares, e só fui lutar de novo depois das 7 horas da noite. Estava frio, e quando entrei para lutar senti câimbra. Não é desculpa, pois o atleta tem de adaptar-se à competição. Já o adversário teve sorte, e soube aproveitar melhor, taticamente, aquele momento”. “Meu objetivo maior, agora, é evoluir como judoca, estar me superando a cada dia”, conta Rafael. “Tento desenvolver vários aspectos técnicos para ter um desempenho melhor nas competições, mas o maior desafio é a superação de conseguir treinar melhor a cada dia, porque o judô não é simples. Exige muita repetição, muito sacrifício, para conseguir executar as coisas novas que eu quero projetar para a luta.” Evoluir como judoca, porém, não é a única preocupação de Rafael neste momento. Com seus 2,02 m de altura, ele trabalha para baixar o peso dos atuais 147 kg. Não se trata de uma missão impossível para quem chegou a São Paulo com 160 kg. Graças ao trabalho de mus-

culação, ele reduziu a gordura e ganhou massa muscular. E continua se exercitando. Como as condições do Projeto Futuro não são as melhores – há uma academia, mas pouco adequada – Rafael faz musculação no Clube Pinheiros. Rafael é formado em Educação Física pela Universidade Ibirapuera e agora cursa Fisioterapia com uma bolsa na UNIP. Ainda ligado ao Projeto Futuro, da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, defende também o Esporte Clube Pinheiros e está integrado à equipe da Comissão de Desporto do Exército (CDE). Em cada ambiente, uma experiência diferente. Rafael compara o projeto a uma faculdade de judô. Mesmo com dificuldades de ordem burocrática, por ser ligado ao governo, as condições são muito superiores às de outros Estados. “O espírito do lugar é muito bom”, diz Rafael. “O pessoal vem para cá com o intuito de treinar forte, e treina muito forte mesmo. O histórico da casa é respeitável, e isso não pode acabar.” Os atletas que atuam no Exército fazem um curso e entram para o CDE como sargentos, o que ocorreu também com o Tiago Camilo e o Leandro Guilheiro. Um dos grandes incentivos é a possibilidade de viagens ao exterior, com vistas a competições. Agora o foco é o mundial militar, que se realizará no Rio de Janeiro no ano que vem.


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Como tudo começou A vida de Rafael em São Paulo corre num ritmo bem frenético: depois de estudar de manhã, é judô à tarde e à noite. Até para namorar fica difícil. Nada que ele pudesse imaginar quando, ainda criança, começou a praticar karatê em Londrina (PR), onde morava com os pais. Quando tinha 15 anos, seu professor, Pedro Vaz, mudou-se da cidade (agora está na Espanha). Sob a orientação do professor Marcos Omori, passou a treinar judô. Mas, depois de dois anos, Omori também partiu – foi para o Japão – e surgiu para Rafael a possibilidade de mudar para São Paulo. Foi quando ele estava em Brasília, nos jogos da Juventude do Brasil, que Jaime Bragança, técnico de São Paulo, o viu lutando e convidou-o para treinar no projeto durante uma semana. “Vim, gostei do treino, e no ano seguinte já voltei para morar”, lembra Rafael. Filho único, não foi fácil para ele nem para seus pais enfrentar a separação e a distância. Mas hoje todos já se acostumaram e os pais ficam felizes com os resultados obtidos pelo filho. A saudade de casa, porém, não era o maior problema de Rafael. Ele admite que, mesmo após dois anos de treinamento no Paraná, ainda estava cru como judoca. E ele agradece ao professor Hatiro Ogawa, que o ensinou desde a andar no tatame até as primeiras pegadas. Seis anos depois, ele continua treinando e morando no projeto, apesar de ter passado da idade. Há uma explicação para isso: os responsáveis pelo setor vão mantendo atletas que conseguem resultados, como o Breno e o Felipe Kitadai, que já estão na seleção. E para Rafael

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os resultados surgiram logo que chegou a São Paulo, quando foi campeão panamericano júnior, o que lhe deu a certeza de que seria um competidor. Apesar de cursar a faculdade, aos pouco o judô tornou-se prioridade. E o projeto continua cumprindo seu papel. “Tenho muita coisa para aprender ainda”, admite Rafael. “Sempre que voltamos de uma competição, há muita coisa para corrigir, muitos detalhes técnicos, e o sensei Hatiro entende bastante disso, pois também foi da categoria pesado quando era competidor. O professor Garcia me ajuda muito na parte tática, e tem o Jaime, que é o preparador físico.” Com relação ao judô, o Estado de São Paulo ainda é muito superior aos outros, pois é onde se encontra a maioria dos judocas da seleção, avalia Rafael. E isso ocorre tanto pela qualidade dos atletas quanto pelo número de praticantes. “Acho que a federação está fazendo um trabalho muito bom e diferenciado, tanto que no Paraná eu pagava para viajar e para competir nos eventos brasileiros; aqui em São Paulo nunca paguei absolutamente nada, e isso faz uma diferença muito grande.” Ter começado aos 15 anos, tarde para quem pratica o judô, foi outro complicador na carreira do judoca paranaense. Ele admite que teve muita dificuldade para assimilar vários fundamentos, aos quais o corpo já devia estar condicionado muito antes de entrar na fase de alto rendimento. Nesse aspecto, ele agrade a grande ajuda que recebeu do sensei Hatiro e ainda consegue ver um lado bom: as poucas lesões que sofreu na carreira.

Adversários e amigos Walter Santos, paulista que atualmente defende a Sogipa; Daniel Hernandes, também de São Paulo; e João Gabriel, do Rio de Janeiro e terceiro colocado no mundial em 2007, são os três adversários que Rafael considera mais difíceis. “O único de quem não consegui ganhar ainda foi o Daniel, porque ele tem muita força, além da experiência, que conta muito.” Mas ele acha que, de maneira geral, o nível dos atletas hoje está muito equiparado e que as lutas são resolvidas em detalhes. O-soto-gari e Uchi-mata são seus golpes preferido, mas o O-sotogari é seu tokui waza. No judô internacional, os lutadores que admira são o francês Teddy Riner, o


egípcio Islam El Shehaby, o japonês Kazuhiro Takahashi e o húngaro Barna Bor. Rafael acha que, se houvesse um número maior atletas de alto rendimento no Brasil, na sua categoría, isso estimularía a evolução, pois a rivalidade é um bom combustível para quem quer evoluir. Em parte, isso é compensado pelas competições e treinamentos no exterior, como na Hungria e na Alemanha, onde os treinos são muito fortes. Por outro lado, nessas viagens o atleta não pode contar com o apoio do seu treinador. “Temos o técnico da CBJ”, explica Rafael, “mas é para a equipe toda. E também é difícil a CBJ ter um técnico para cada categoria, como no Japão. Se houvesse a possibilidade de técnico próprio, ele estaria mais próximo do atleta, saberia do seu potencial e de suas limitações.” Como o judô não se faz apenas com adversários e competições, Rafael enumera com facilidade os amigos que conquistou. Os principais são os que começaram no Projeto Futuro com ele e ainda permanecem, como o Alex Pombo, de São José dos Campos e hoje na seleção, o Felipe Kitadai, da própria capital, o Marcelo Contini, de Praia Grande, o Breno Bufolin, de Penápolis.

“Quando chegamos, tínhamos todos um objetivo comum: ganhar campeonatos brasileiros e chegar à seleção”, conta. “Por isso, um ajuda o outro. Se um vai mal, outro o estimula. No fim, somos como uma família, no dia a dia.” Ao concluir a entrevista concedida à Revista Budô, Rafael Carlos da Silva fez um breve depoimento: “Gostaria de agradecer ao Estado de São Paulo, que me recebeu de braços abertos, e aos senseis Alexandre Garcia e Hatiro Ogawa e o Jaime Bragança, que são pessoas que acreditaram em mim desde o começo. O sensei Hitoshi também me ajudou muito, assim como o pessoal aqui do projeto. O próprio Chico, nosso presidente já me ajudou pessoalmente. Os clubes dão um suporte importante para o atleta, mas a sua fonte técnica é o que mais vale, e essa pessoas me ajudaram não só dentro do tatamis, mas fora também, com vários conselhos bons. Todos eles são pessoas que acreditaram no meu potencial e na minha força de vontade para chegar onde eu quero”.

Raio-X

Nome: Rafael Carlos da Silva Data e local de nascimento: 11/05/1987 Campo Grande (MS) Origem no judô: Judô Omori – Cambé (PR) Primeiro professor: Marcos Omori Tokui Waza: O-soto-gari Kimono preferido: Budokan - KIM Tênis preferido para correr: Asics Para passeio: Nike Peso: 145kg Altura: 2,03 Envergadura: 2,12 Categoria: Pesado + 100 kg Técnicos: Hatiro Ogawa e Alexandre Garcia Médico Ortopedista: Dr. Daniel Del’Aquila Preparador Físico: Jaime Roberto Bragança Fisioterapeuta: Allan Bufollin Patrocinadores e Apoiadores: Esporte Clube Pinheiros, Comissão Desportos do Exercito Ídolo nos Tatames: Aurélio Miguel Fora dele: Meu Avô - Manoel José da Silva Maior judoca de todos tempos: Tadahiro Nomura Sonho para o judô: Ouro Olímpico Sonho fora dos tatames: Ter uma instituição onde jovens aprendam judô e obtenham capacitação profissional

Principais títulos

6x Campeão Brasileiro Tri-Campeão Pan-Americano Junior Tri-Campeão Sul-Americano Sênior 5º Mundial Universitário 2006 – Coréia 1º Jogos Sul-americanos Medelín – Colômbia Pesado/Absoluto 2º Copa do Mundo de São Paulo 2010 Brasil 1º Copa do Mundo de Madri 2010 Espanha 3º Copa do Mundo de Lisboa 2010 - Portugal

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Junior SUB-20

Campeonato Paulista

Campinas (SP) - A exótica arena do Clube Concórdia de Campinas (SP) recebeu, no dia 19 de junho, os 245 judocas inscritos no Campeonato Paulista Júnior. Ao todo, 95 associações, escolas e clubes, vindos de 61 municípios estiveram representados nesta competição. O departamento de arbitragem da Federação Paulista de Judô montou oito áreas oficiais e, mesmo com a solenidade de outorga de 9º Dan ao Kodansha Chiaki Ishii, que foi bastante demorada em função da importância e relevância da obra desse renomado judoca nipo-brasileiro, o evento transcorreu bem e levou seis horas para ser realizado. No tatame o que se viu foi um sub-20 forte, extremamente competitivo e pronto para representar muito bem São Paulo nas competições nacionais e internacionais desta categoria.

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15ÂŞ

Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

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É importantíssimo destacar que todos os atletas que participaram dessa disputa já haviam passado por duas fases classificatórias. Primeiro foi o Campeonato Regional, que é realizado pelas 15 delegacias regionais distribuídas no Estado de São Paulo, onde os quatro primeiros classificados das regionais participaram do Campeonato Estadual do Interior, realizado em quatro sedes. Depois houve o Campeonato Paulistano (Capital), que classificou os quatro primeiros colocados para disputar a fase final, que é o Campeonato Paulista.



Prof. Ishii

Recebe 9º Dan em Campinas Revelando a simpatia e o carisma de sempre, Chiaki Ishii chegou à arena sereno, porém visivelmente emocionado, e logo foi levado à mesa de honra. Em seguida chegou seu antigo aluno e kohai, professor Odair Borges, outra referência do judô paulista e nacional, que foi o primeiro aluno de Ishii no Brasil. Aos poucos foram chegando vários alunos de Ishii que hoje figuram entre os principais técnicos do judô paulista e brasileiro. Uma verdadeira legião de guerreiros formada por um gigante dos tatamis. Entre estes Mario Tsutsui, Sérgio Ferrante, Marcos Dagnino, Solange Pessoa, Paulo Namie, Elton Quadros Fiebig, Alessandro Puglia, Odair Borges, Henrique Guimarães, Carlos Cunha, Jairo, Alexandre Garcia, Ivo Nascimento e Bocão. Francisco de Carvalho Filho, presidente da FPJ, fez uma retrospectiva da brilhante trajetória do professor Ishii, e falou da sua importância histórica no judô do Brasil. “Desenvolvemos esforços para poder homenagear hoje um dos maiores judocas do nosso país, o professor Chiaki Ishii, que é uma lenda viva dos tatamis. Nascido em 1941, aos quatro anos Ishii iniciou seu caminho no judô, e em 1963 chegou ao Brasil. Pioneiro em suas conquistas, foi o primeiro brasileiro a ganhar medalhas em um Mundial e numa Olimpíada. Responsável pela formação de dezenas de judocas, que após terem conquistado centenas de medalhas e títulos importantíssimos para nosso estado e para o nosso país hoje fazem a importante transmissão de

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15ª

Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

tudo que aprenderam com um dos judocas mais técnicos e competitivos que o Brasil e a América conheceram. Antes de concluir nossa homenagem, quero em nome do judô paulista e brasileiro agradecer ao professor Ishii por tudo que nos propiciou como atleta e principalmente como mestre dos tatamis”, finalizou o dirigente. Na sequência, do alto dos seus 69 anos, o professor Ishii fez uma breve demonstração de suas técnicas preferidas: ouchi-gari, osoto-gari e tai-otoshi. Para os que puderam vê-lo competindo e treinando, deu muita saudade. Já para os novos, ficou a surpresa. A maestria e domínio perfeitos, associados a postura, tempo e eficiência na execução dos fundamentos kuzushi, tsukuri e kake (desequilíbrio, entrada e projeção), deixaram mais uma vez evidente por que Chiaki Ishii é referência. Ao lado do saudoso professor Lhofei Shiowaza, Ishii escreveu um dos mais importantes capítulos da história do judô verde-amarelo. Foi o primeiro a conquistar uma medalha em mundiais (Ludwigshafen, Alemanha, em 1971) e em Jogos Olímpicos (Munique, Alemanha, em 1972); colecionou inúmeros títulos pan-americanos nas categorias meio-pesado e absoluto, além dos incontáveis títulos nacionais e estaduais. Sempre dando verdadeiras aulas de técnica, determinação e disciplina.

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Classificação Geral FEMININO

Super Ligeiro

Ligeiro

Meio Leve

1º - Nathalia Orpinelli Mercadante

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

1º - Tamires C. A. da Silva

Assoc. Desportiva São Caetano

1º - Milena Cristina Vilela Mendes

Associação Esportiva Piracicaba

2º - Agueda Cristina de Arruda Silva

São João Tênis Clube

2º - Carolina Pereira Martins

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

2º - Thais Borges dos Santos

Associação Atlética Ferroviária

3º - Nathali Barbosa Camargo

Associação de Judô Aleixo - M. F.

3º - Jessica Neves Miranda Osório

Esporte Clube Pinheiros

3º - Lívia Emi Yamashita

Associação de Judô Vila Sonia

3º - Michely Y. de Amorim Abe

Associação Esportiva Guarujá

3º - Nathalia Cássia Ferreira Dias

Clube Atlético Lindoya-Bioleve

3º - Mairim Ira S. Brugnoli

A D Ateneu Mansor

Leve

Meio Médio

Médio

1º - Ticiana Dell Amore Priolli

São João Tênis Clube

1º - Fernanda dos Santos Peinado

Associação Esportiva Guarujá

1º - Nadia Bagnatori Merli

Associação Esportiva Piracicaba

2º - Letícia Lanza Michelin

Ateneu Barão de Mauá

2º - Keyla Raquel Santos Dias

Associação Kiai Kan

2º - Adriana Leite de Souza

Ass. de Judô Rogério Sampaio

3º - Patrícia Tiemi Taminato

Associação Desp. Carlos Fossati

3º - Jessica B. Santos

A. A. D. Mesc São Bernardo

3º - Stephany P. de Almeida Costa

Ass. de Judô Rogério Sampaio

3º - Wedja Pereira dos Santos

SESI - SP

3º - Tharrere Aparecida Reis Silva

Judô Makoto

3º - Anne Caroline Barbosa

Associação Kiai Kan

Meio Pesado

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Pesado

1º - Pâmela Vitorio Ventura

Associação Kiai Kan

1º - Sibilla M. Jacinto Faccholli

Ipanema Clube

2º - Julia Dezem Von Ah

Companhia Athlética Campinas

2º - Bruna Lasmar Torquato Puglisi

Associação A Hebraica

3º - Talita Libório Morais

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Gabriela Mattioli de Siqueira

SEDUC - Praia Grande

3º - Bruna Aparecida da Silva

Associação Ippon Kids

3º - Patrícia Aparecida Dias

Fundesport - Araraquara


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Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

MASCULINO

Super Ligeiro

Ligeiro

Meio Leve

1º - Mike Massahiro Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

1º - Allan Eiji Kuwabara

Esporte Clube Pinheiros

1º - João Pedro Godoy De Macedo

Fúlvio Myiata Fitness & Sports

2º - Vitor Oliveira Torrente

Palestra Esporte Clube

2º - Raphael Minoru Miaque

Sociedade Esportiva Palmeiras

2º - Thiago Cachoni Espírito Santo

Academia Fôlego

3º - Vinicius Azevedo Marcondes

Associação de Judô de Divinolândia

3º - Danilo Borges Ferrante

Rio Preto Automóvel Clube

3º - Renan Da Silva Pereira

A. D. Ateneu Mansor

3º - Adriano Rodrigues da Cruz

Ateneu Barão de Mauá

3º - Jun Caiani Taniguchi

A. A. D. Mesc São Bernardo

3º - Cesar Morais Ferreira

São João Tênis Clube

Leve

Meio Médio

Médio

1º - Rafael Eidi Enjiu

A. A. D. Mesc São Bernardo

1º - Lincoln Duarte Araujo Alfenas

Academia Fôlego

1º - Raphael Ribeiro Warzee

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

2º - Guilherme Mitsuo S. Kokumai

SESI – SP

2º - Murilo Trevizan

Associação Esportiva Piracicaba

2º - Caio Perondi De Melo

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

3º - Yuri Gomes Takabatake

A. A. D. Mesc São Bernardo

3º - Elias Maklouf Samed

Assoc. Desportiva Centro Olímpico

3º - Andre Papaleo Picazo

Associação A Hebraica

3º - Andrey Del Rosso Pirolo

SESI - SP

3º - Eduardo Lopes Gonçalves

Assoc. Desportiva São Caetano

3º - Juan Felippe I. Bittencourt

Assoc. Desportiva São Caetano

Meio Pesado

Pesado

1º - Jose Ricardo F. Bravim

Associação de Judô Mata Sugizaki

1º - Rafael Augusto Buzacarine

2º - Leonardo Baroni

SESI – SP

2º - Marco Antonio da Silva Jr.

Assoc. Guairense de Judô

3º - Pedro Medeiros Delgado

SESI - SP

3º - Matheus Rodrigues de Lima

Assoc. de Judô Budokan Peruibe

3º - Rodrigo de Castro Rossi

Colégio Eduardo Gomes

3º - Daniel Plácido de Souza

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

Assoc. Desportiva São Caetano

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Associações e Número de Judocas A. D. Ateneu Mansor - 5

Associação Kiai Kan - 6

A. D. Santo Andre - 1

Associação Limeirense de Judô - 2

A. D. Bandeirantes Sorocaba - 3

Associação Lincoln de Judô - 2

A. D. P. A. SESI Votorantim-Apaju - 1

Assoc. Marcos Mercadante de Judô - 4

A. D. Centro Olímpico - 9

Associação Másters de Judô - 1

A. A. D. Mesc São Bernardo - 7

Associação Moacyr de Judô - 1

A. J. Shoorikan Niitsuma & Andrade - 1

Assoc. Projeto Budô de Artes Marciais - 2

Academia Equilíbrio - 1

Associação Sta. Barbara de Judô - 2

Academia Fôlego - 3

Associação Subaru de Karate - 2

Academia Qualivida Judô - 1

Associação Takayama de Judô - 1

Academia Tayoba - 1

Ateneu Barão de Mauá - 3

Adpm/Reg. S. J. C. - 1

Centro Esportivo de Ourinhos - 1

Amajjuka - Associação Martinopolense - 1

Circulo Militar de São Paulo - 1

Associação de Judo Kenshin - 1

Clube Atlético Lindoya-Bioleve - 2

Associação de F. Robert Bosch Brasil - 1

Clube Internacional de Regatas - 2

Associação Aliança de Judô e Artes - 2

Clube Rec. de Suzano Judô Terazaki - 2

Associação A. Ferroviária - 3

Clube Rodoviário de Judô - 1

Associação B. A Hebraica de SP - 5

Colégio Cermac - 1

Associação Bushido Pais e Amigos - 3

Colégio Eduardo Gomes - 1

Associação C. E. Amigos do Japão - 2

Companhia Athlética Campinas - 2

Associação Cult. e Esp. Irmãos Ribas - 1

Esp Cl Osasco/Yanaguimori - 1

Associação Cult. Esp. do Tucuruvi - 2

Esporte Clube Pinheiros - 6

Associação de Judô Aleixo - M. F. - 5

Fúlvio Miyata Fitness & Sports - 2

Associação de Judô Budokan Peruíbe - 4

Fundesport – Araraquara - 3

Associação de Judô de Divinolândia - 3

Grêmio Recreativo Barueri - 3

Associação de Judô de Piquete - 1

Guarú Educação Social e Desporto - 5

Associação de Judô Ichikawa - 3

Ipanema Clube - 1

Associação de Judô Mata Sugizaki - 2

Itapira Atlético Clube- 2

Associação de Judô Mauá - 2

Judô Clube Itarar - 3

Associação de Judô Oeste Paulista - 1

Judô Clube Mogi das Cruzes - 3

Associação de Judô Padovan - 1

Judô Makoto - 1

Associação de Judô Rogério Sampaio - 9

Palestra Esporte Clube - 1

Associação de Judô Vila Sonia - 1

Primeiro de Maio F. C. - 1

Associação de Judô Yama Arashi - 3

Ribeirão Pires Futebol Clube- 2

Associação Desportiva Carlos Fossati - 3

Rio Preto Automóvel Clube - 4

Associação Desportiva Indaiatubana - 1

São João Tênis Clube - 4

Associação Desportiva São Caetano - 5

Sec. Mun. E. Juventude E Lazer De - 1

Associação Ed. Esp. Nintai - 1

Sec.Mun.Esp. Ribeirão Preto - 1

Associação Esportiva Guarujá - 4

SEDUC - Praia Grande - 6

Associação Esportiva Piracicaba - 4

Semclatur de Lins - 3

Associação Guairense de Judô - 2

SESI – SP - 12

Associação Ippon Kids - 1

Shintai Serv. Ativ. Físicas - 1

Associação Itapetininga Kodokan - 1

Sociedade Esportiva Palmeiras - 6

Assoc. Judô Cho Do Kan Itanhaem - 1

Sport Club Corinthians Paulista - 8

Associação Judô Nery - 2

Tênis Clube S Jose Campos - 5

Assoc. Judô Trajano C. A. Marciais - 1

Unimes-Univ. Metrop. Santos - 3

Associação Kassada de Marília - 2

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15ª

Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

Competidores Adriana Leite de Souza Adriano Rodrigues da Cruz Adriano Toshio Miwa Agatha D. Pascoalino Agueda Cristina de Arruda Silva Alessandra Pereira Cardoso Alexandre G.Batista dos Santos Aline de Jesus Alves Allan Eiji Kuwabara Amanda Costa Drezza Ana Carolina Bastos da Silva Ana Carolina Ramos Andre Benevides Andre Papaleo Picazo Andrey Del Rosso Pirolo Andrey Junior Ferreira André Cimerman Anne Caroline do Carmo Anne Caroline de O. Nogueira Apollo Egen Domingues Artur Ravanello Silva Barbara Pedroso Costa Beatriz Peralta A. Lopez Bianca Cachoni Espírito Santo Bianca Reis Pereira Brenda Aguiar dos Santos Bruna Aparecida da Silva Bruna Cardoso de Barros Bruna Lasmar Torquato Puglisi Bruno Ferraz Araujo Bruno Muraichi de Jesus Bruno Nascimento Bernardo Bruno Pereira Martins Bruno Sobral Pereira de Lima Caio Perondi de Melo Camila Karen Gonçalves Peraro Carlos Alberto Pereira Carlos Alexandre Toth Carlos Otavio O. de Araujo Carolina Pereira Martins Caroline Mayumi Tengan Cesar Jezreel Mendonça Paes Cesar Morais Ferreira Claudia Penha Daniel da Silva Resende Daniel Plácido de Souza Daniela de Toledo Carvalho Danilo Borges Ferrante Danilo da Silva Ribeiro Débora dos Santos R. Cezar Débora Nascimento Diego B. A. da Silva Diego de Moraes Alonso Diego Moreira S. Guevara Duana Almeida Machado Edilaine Souza da Silva Eduardo Lopes Gonçalves Eduardo Pedro Reinig Neto Elaine Aparecida Barbosa Elias Maklouf Samed Ellen Cristina Rodrigues Ellen Menon Gonçalves Emerson Alves Macedo Enrique Kanematsu Martins Eric Gomes Takabatake Fabrina Leite de Souza Felipe Andre da S. Vasconcellos Felipe de Almeida Hashimoto Felipe Landgraf Felippe Beltrão Martins Fernanda dos Santos Peinado Fernanda Natasha V. Carvalho Fernando Rafael Rodrigues Flavia Carolina Ito Franciellen C. Cavalcante Gabriel Hideki Yagura Gabriel Rocha Lima

Liliane Ferreira dos Santos Lincoln Duarte Araujo Alfenas Lívia Emi Yamashita Luana Barbosa Mendes Lucas da Silva Valente Lucas de Oliveira Monticelli Lucas Francisco de Oliveira Lucas Lauriano Canalle Lucas Maroni C. Cramolichi Lucas Nascimento Bernardo Lucas Ramos da Silva Lucas Rufino de Oliveira Lucas V. B. D. Esperidião Lucas Ventura de Aquino Luis Gustavo Barbosa Luis Henrique Medina Luiz Felipe L. Ribeiro Luiz Fernando L. Ribeiro Mairim Ira S. Brugnoli Manoela Gonzalez Takuma Marco Antonio da Silva Jr. Marco Aurélio Mantoan Trinca Marcos Felipe Trevisan Marina Minako Maruyama Mateus Paula Silva Almeida Matheus de Andrade Matheus Moreira Guevara Matheus Rodrigues de Lima Mayara do Valle Costa Mayra Tebaldi Miranda Michele M. de Oliveira Michely Y. de Amorim Abe Mike Massahiro Chibana Milena Cristina Vilela Mendes Murilo Trevizan Nadia Bagnatori Merli Nathali Barbosa Camargo Nathalia Cassia Ferreira Dias Nathalia Ceratti da Silva Nathalia Orpinelli Mercadante Nicolas Felipe Almeida Santos Nuno Vineyard Steuer Pablo Silva se Araujo Pâmela Barbosa Pâmela Carla dos Santos Pamela Vitorio Ventura Patrícia Aparecida Dias Patrícia Tiemi Taminato Paula Medrado Freitas Santos Paula Montagner Paulo Eduardo Grippa Paulo Roberto de Araujo Jr. Pedro A. Belai Lanza Pedro H. C. Dassoler Pedro Medeiros Delgado Rafael Augusto Buzacarine

Gabriela Gonzalez Takuma Gabriela Mattioli de Siqueira Gabriela Shinobu Chibana Gabriella Lopes S. Souza Gerson Satoshi Oliveira Naki Gilmara Cristina Prudencio Guilherme A Santana de Rissi Guilherme C. S. A. Guimarães Guilherme Copiano Calado Guilherme Lazaro Pinheiro Guilherme Mitsuo S. Kokumai Guilherme R. Caetano Gustavo Donizete R. de Jesus Gustavo Yuji U. Rodrigues Henrique Augusto M. da Silva Hernan Daniel Birbrier Hiuller Vasconcelos Mendonça Hoberdam Silva Rocha Igor Galvão Gomes Antunes Ingrid Leal de Alfaia Isamara Pereira Da Silva Jadiel Batista da Silva Janaina Fernanda Diniz Ferreira Jaqueline de Jesus Alves Jean Claude de Oliveira Jessica Andrade da Silva Jessica B. Santos Jessica Fossati Alves Jessica Garcia P. de Souza Jessica Neves Miranda Osório João Paulo de Araujo João Pedro Godoy de Macedo João Vicente Inocêncio Neto Jose Ricardo F. Bravim Jose Vinicius R. Biglia Juan Felippe I. Bittencourt Julia Dezem Von Ah Juliana Moises Rodrigues Juliano Costa Carvalho Jun Caiani Taniguchi Kawanne Toledo Martins Kellen Regina Toledo Keyla Raquel Santos Dias Laila Carolina Silva Lais Parolo Laisa de Souza Oliveira Lara Carolina S. H. Gutierrez Lauanne Ribeiro Lauren Mascarenhas Soares Leonardo Augusto Marques Leonardo Baroni S. A. Assunção Leonardo de Souza Faria Letícia Cherri Spilari Letícia de Mattos Carneiro Letícia Lanza Michelin Letícia Rocha de Oliveira

Rafael da Silva Tremura Rafael de Jesus D. M. Oliveira Rafael Eidi Enjiu Rafael Ribeiro Caires Raissa Muller Pinto Raphael Minoru Miaque Raphael Ribeiro Z. Warzee Renan Augusto Santos Renan da Silva Pereira Rhayssa Fernandes Castilho Ricardo de Abreu Serrão Ricardo Luiz Silva Santo Jr. Roberto Carlos dos Santos Jr. Rodolfo de Pádua Moya Souza Rodrigo de Castro Rossi Rodrigo Humberto F. Afonso Rosilianne Luz A. da Silva Ruan Felipe O. Neves Rubia Fernanda Campos Samantha P. do Nascimen Samantha Ribeiro de Souza Samarita Beraldo Santagnello Saulo de Oliveira Silva Sibilla M. Jacinto Faccholli Stephanie Andre Dutra Stephany Caroline F. Fonseca Stephany P. de Almeida Costa Talita Libório Morais Tamara dos Santos Tamires C. A. da Silva Tawany Gianelo da Silva Thais Borges dos Santos Thais da Conceição Arruda Thais Ferreira da Silva Thais Sayuri Kozonoe Andrade Tharrere Aparecida Reis Silva Thiago Alberto da Silva Thiago Cachoni Espírito Santo Thiago Henrique Silva Chiodi Thiago Martins P. Nogueira Tiago Bauto Basso Ticiana dell Amore Priolli Tomas Frare Mocruha Ursula Modesto Sandi Victor de Oliveira Zupirolli Victor Vinicius G. Vieira Vinicius Azevedo Marcondes Vinicius dos Santos Vilela Vinicius Fonseca Rodrigues Vinicius Willian Soares Vitor Carlos Oliveira Foresto Vitor Oliveira Torrente Wedja Pereira dos Santos Wendel Alexandre F. Romão Yuri Gomes Takabatake

Dados da Competição São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba

Botucatu Presidente Prudente Bauru Marília

Campinas São José dos Campos Sorocaba

Vale do Ribeirão

e São

Grand

Paulo

Atletas Inscritos: 245 Associações Participantes: 95 Municípios Participantes: 61 Total de Áreas: 8 Tempo de Disputa: 6 Horas Árbitros Participantes: 50 Coordenador de arbitragem: Luis A. dos Santos Data: 19 de Junho de 2010 Local: Clube Concórdia Cidade: Campinas XV Delegacia Regional G. Campinas Delegado Regional: Celso de Almeida Leite

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interview

Fonte bjwt.com.br Fotos Valdecir Carvalho/FOTOCOM.NET, Paulo Fischer e Budopress

A cegonha deu um ippon nos planos de

Danielle Zangrando No início do ano Danielle Zangrando anunciou que esta seria sua última temporada nos tatamis. A judoca santista foi enfática, afirmando que os Jogos Abertos do Interior que serão realizados em Santos, cidade onde vive desde criança, seria a última competição que disputaria. Entretanto, nem sempre a vida nos permite seguir à risca aquilo que definimos com bastante antecedência e planejamento. E com a nossa campeoníssima não foi diferente. A cegonha deu literalmente um ippon nos planos do casal Sanches, e encurtou uma das mais brilhantes trajetórias do judô verde-amarelo, na categoria feminina Antes de iniciarmos a entrevista com uma das maiores campeãs que o judô brasileiro conheceu, vamos falar da importância de sua carreira no desenvolvimento do nosso judô feminino. Mais que um ícone dos tatamis, Danielle abriu caminho para que as novas gerações pudessem viver a mesma realidade que a categoria masculina usufrui. Sua determinação possibilitou a inclusão definitiva da mulher no judô do Brasil e da América do Sul. Certamente, muitas judocas desconhecem a história do judô feminino brasileiro, e, com o intuito de mostrar um pouco dessa história, a revista Budô entrevistou Danielle Zangrando, a primeira brasileira a conquistar uma medalha em campeonatos mundiais na modalidade. Sorrindo muito sempre, Danielle ostenta em seu currículo uma trajetória de 25 anos nos tatamis. A judoca santista faz parte da segunda geração de mulheres que teve coragem e ousadia suficientes para vencer o preconceito e as barreiras existentes, ainda na década de 80, contra as mulheres que pretendiam disputar qualquer modalidade esportiva, principalmente modalidades de luta. Antes de Danielle, pouquíssimas mulheres pisaram nos tatamis. A sociedade excessivamente

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machista discriminava as que ousassem praticar esporte. Entretanto, a simpatia associada à técnica e os excelentes resultados mudaram o conceito de que o lugar da mulher não era nos tatamis. Dani conseguiu criar uma marca e seu nome está associado a grandes conquistas. Além de atleta, tem marcado presença no meio esportivo como profissional da imprensa, atuando na TV Tribuna, afiliada da Rede Globo de Televisão para toda a Baixada Santista, Litoral Norte e Vale do Ribeira. Formada pela Unisanta em jornalismo (2007) e em direito pela Unimes (2001), mesmo com a vida atribulada de competidora, Zangrando soube aproveitar sua passagem pelo esporte para concluir sua formação.


O que a levou a no início da temporada anunciar o fim de sua careira? Depois de 25 anos vivendo muito intensamente o judô, o esporte que escolhi e amo verdadeiramente, sinto que fisicamente é impossível manter-me no topo. Depois de algumas lesões, duas cirurgias de hérnia de disco em 2001, em 2008 voltei a ter problemas. Dei a volta por cima em 2009, mas aí já estava com outro foco, pensando realmente que estava chegando a hora de parar. Sua decisão foi baseada exclusivamente na questão de condicionamento físico? Sim. Como eu sempre fui uma atleta muito competitiva, uma pessoa muita autocrítica, não queria ficar só participando de competições menores; queria realmente sempre defender o país na Seleção Brasileira e para isso treinava três vezes por dia. Minha vida era voltada 100% para o judô, e não me arrependo de nada que eu fiz; se pudesse, faria tudo de novo. Tudo que tenho na minha vida é graças ao judô. Foram mais alegrias do que tristezas, mais vitórias do que derrotas. Estou muito consciente de tudo que estou fazendo, muito tranquila. Tenho o apoio total da minha família, das pessoas que me incentivam, dos meus patrocinadores: todos sabem que esse seria meu último ano. E as razões são essas mesmo. As

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coisas aconteceram naturalmente. Venho numa transição profissional e comecei a trabalhar um pouco na área do jornalismo, paralelamente ao judô, e então comecei a perceber que existe outro lado da vida. Quero investir nessa carreira, estou gostando muito do que faço, e acho que isso me está ajudando bastante. Com quantos anos começou no judô e quem foi seu primeiro professor? Comecei aos 5 anos de idade na academia do sensei Paulo Duarte, em Santos, no Canal 3, e comecei por causa do meu irmãos Denis, 2 anos mais velho, que fazia judô. Naquela época não havia mulheres, mas eu sempre ficava imitando. Sempre gostei de esporte. No colégio eu fazia handebol, futebol, basquete e vôlei, mas eu me interessei por aquela arte marcial. Achava diferente e queria estar ali dentro fazendo, mas não havia meninas. Um dia o professor me chamou e falou: “Vem cá, já que você fica aí de fora fazendo tudo direitinho, vamos ver se aqui dentro você sabe fazer”. Aí eu fiz, mas falei que queria continuar e ele falou que tinha de conversar com meu pai, que autorizou e falou: “Deixa ela aí que vai apanhar bastante, e daqui a uma semana vai pedir para sair”. Graças a Deus não foi o que aconteceu e me apaixonei pelo judô. Quais foram os momentos mais importantes de sua carreira? Vou tentar lembrar em ordem cronológica. Acho que o primeiro momento mais importante da minha vida como atleta foi em 1995, no Japão. Eu estava com 15 anos, quando conquistei a primeira medalha do Brasil no Campeonato Mundial de Judô que entrou para a história da modalidade, pois até então nenhuma brasileira havia conquistado esse título. Foi uma surpresa muito comemorada, pois ali tive garantida uma vaga para as Olimpíadas de Atlanta no ano seguinte. Eu já pensava em Olimpíada, mas achava que não seria aquela. Só que acabei indo para Atlanta como a atleta mais jovem da delegação. Não fui bem, perdi na primeira luta. Mas naquele mesmo ano de 96 fui vice-campeã no Mundial Júnior e, em 98, repeti o feito. Aí fiquei na Seleção Brasileira, me parece, por quase seis anos seguidos. Já em 2000, tive a minha primeira derrota. Foi outro momento marcante, que eu realmente não esperava, e tirou o meu chão porque eu estava acostumada só

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a ganhar. Eu não sabia como o meu adversário ia embora para casa – e naquele dia eu descobri. Ninguém nunca está preparado para isso. Naquele momento fui ao fundo do poço, fiquei chateada, uma semana sem sair de casa, mas acho que cresci pessoalmente como atleta, como pessoa, ao saber que não era invencível. Em 2001 houve outro momento importante, quando fiz as duas cirurgias de hérnia de disco e as pessoas falavam que eu nunca mais voltaria a lutar, ou voltar ao alto nível. Foi um momento em que eu realmente parei para pensar se valeria a pena arriscar a minha saúde para voltar ao judô do alto nível. Mas aí os médicos, tanto o doutor Castropil quanto o doutor Catena, me tranquilizaram, dizendo que eu iria voltar. E aconteceu, voltei, mas só consegui retornar à Seleção Brasileira em 2004, vencendo a seletiva para as Olimpíadas de Atenas. Naquele mesmo ano ainda fui bronze no Grand Slam de Paris, uma das competições mais importantes do judô, e fui campeã pan-americana, vencendo uma cubana que era a então campeã mundial. Estava indo muito bem nesta preparação para Atenas, mas infelizmente na Olimpíada eu perdi as quartas-de-final numa luta superdisputada contra uma holandesa e, na repescagem, acabei sendo prejudicada pela arbitragem contra a italiana e perdi a chance de lutar por uma medalha. Outro momento bom foi em 2007, quando ganhei a medalha de ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro, num momento mágico porque estava lutando em casa, com toda aquela torcida. Aliás, a minha família fretou um ônibus para ir ao Rio; foram 44 pessoas. Ainda por cima, a CBJ havia jogado sobre nós (eu, a Priscila e a Ednanci) a responsabilidade de conquistar três medalhas de ouro. Por ser uma das mais experientes do grupo, assumi e aí aconteceu todo aquele momento mágico, com toda aquela torcida maravilhosa. Foi um dos momentos mais importantes de minha carreira. Depois, em 2008, voltei a ter problemas na coluna, fiquei um ano parada, e no fim de 2008 voltei e acabei sendo prata no Pan-Americano de Judô, e esta foi a minha última atuação pela seleção. Voltei para as competições regionais e havia programado encerrar minha carreira em novembro, nos Jogos Abertos. Mas parece que os planos mudaram radicalmente, certo? É verdade. A cegonha atropelou minha

despedida das competições. Meu marido Maurício sempre brincava, dizendo que teve de esperar três olimpíadas para casar. Estamos juntos e casados há dois anos, mas a Lara resolveu antecipar sua chegada e atropelou meu finzinho nos tatamis. O Maurício é esportista? Não, ele é funcionário publico, trabalha no fórum em Santos. Nos conhecemos quando ele ainda fazia faculdade. Ele sempre aceitou isso de estrada e tatami? Sim. Ele sempre me incentivou. Quando me conheceu eu já era atleta e sempre respeitou isso. Ele adora e sempre que pôde me acompanhou nas competições. Quem ficou mais feliz com a chegada da Lara? Os dois, só que ele queria há mais tempo, até pela idade. Ele tem 46 anos e estava louco para ser pai. Em 2008, quando parei de lutar, achei que ele iria pedir para eu parar definitivamente, mas ele me disse que, se eu achasse que ainda teria de competir, que era para eu seguir em frente. Depois dos meus pais, ele foi sempre a pessoa que mais me incentivou. Que perspectivas vê para o judô até a Olimpíada de 2016 no Brasil? O judô é um esporte que em toda a Olimpíada traz medalha, estamos até “mal acostumados”, graças a Deus. Eu acredito que, com o trabalho desenvolvido pela CBJ, temos um futuro promissor. Principalmente no judô feminino, que vem evoluindo a passos largos, com as meninas conquistando resultados cada vez mais expressivos. Não tenho dúvida de que em 2016 teremos uma equipe bem homogênea e competitiva. O que acha que precisa mudar nos tatamis? A questão da arbitragem. Na época do Carlos Catalano, um brasileiro que foi referência na arbitragem internacional, e faleceu se não me engano em 95, as coisas eram menos difíceis para os judocas brasileiros. Naquela época o judô brasileiro tinha grande influencia na arbitragem. Hoje não somos respeitados pela arbitragem européia, e perdemos lutas importantes por falta de representatividade. Existe o preconceito por sermos sul-americanos. Se isso fosse trabalhado de forma política, certamente conseguiríamos reverter este quadro.


Danielle e o marido Maurício

Muitos ex-atletas desenvolvem hoje ações e projetos voltados para o social. Você faz algo nesse sentido? Há muito tempo tenho comprometimento com a área social. Acho que isso é no mínimo uma obrigação minha, enquanto formadora de opinião e como atleta de referência. Além do aspecto competitivo, o judô possui uma filosofia e nos ensina a ver as coisas de forma menos individualista, e eu sempre me propus a dar retorno a tudo que aprendi e conquistei com o judô. Hoje eu não tenho projeto social, mas já estou formatando um. Mas sou madrinha de um projeto em Goiás, na cidade de Inhumas, junto com o Chitãozinho. Este projeto é do Júnior, um amigo empresário que toca sozinho um trabalho de inclusão social para 50 crianças. Quando fui convidada para ir até lá e vi o que é feito por aquelas crianças, fiquei muito feliz. O projeto agora está sendo aumentado para 100 crianças. Também tenho uma parceria com a LBV e estou sempre envolvida com os programas da instituição. Por ter sido uma das pioneiras dos tatames do Brasil, como vê a condição da mulher nos tatames, hoje? Houve uma evolução fantástica. Eu fui uma das primeiras e em minha academia não havia nenhuma menina além de

mim. Fui a primeira medalhista em mundial, fiz parte de uma geração que já tinha vindo – a da Rose, Mônica Angelucci e Soraia André –, que sofreu muito e que viveu um momento muito ruim do judô. Minha geração foi a segunda, e sofreu muito também. Mas depois conseguimos reverter as coisas. Aos poucos as portas foram abrindo-se. Mas minha geração foi muito forte. Tinha a Vânia Ishii, Andréa Berti, Cristiane Parmegianno, Ednanci Silva e Priscila Marques. Só fera. Foi uma geração que treinou muito forte e que obteve excelentes resultados. Mas acredito que a geração de hoje seja a mais competitiva de todas, em termos de resultado. Estou muito feliz e satisfeita com a evolução de nossa categoria. Estamos tendo muitas alegrias com o feminino e acho que isso só vai aumentar. Sua geração serviu de exemplo para a geração atual? Não acho que me tenham seguido como exemplo de forma pontual. Acho que mudamos aquele conceito de que as mulheres eram o sexo frágil e que por isso tínhamos moleza. Tivemos de conquistar nosso espaço treinando e competindo muito forte. Treinamos sempre com os homens e treinávamos sempre até chegar à exaustão. Não tinha moleza. Tínhamos de provar que estávamos ali para

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mudar o conceito e, com enorme sacrifício, nós conseguimos isso. Hoje as judocas não precisam provar nada. Fiz meu nome com a medalha conquistada no mundial, depois tive três medalhas em Jogos Pan-americanos, e a última foi de ouro. Sempre que nós estávamos com essa molecada nova, que hoje está arrebentando, dávamos conselhos e falávamos para treinarem forte e não se acomodarem. Contribuímos muito para que a categoria feminina desse o salto de qualidade que deu, e me sinto responsável por ter feito parte da geração que promoveu a transição na historia do judô. A Rose fala sempre que, se hoje as meninas estão nesse patamar, é porque nós fizemos muito para que elas chegassem nesse nível. O que poderia ser feito para alavancar ainda mais a nossa modalidade? Não saberia dizer o que ainda poderia ser feito para alavancar ainda mais nossa modalidade. O judô evoluiu muito. É quase uma modalidade profissional, hoje. Os atletas recebem salários, não têm mais de colocar a mão no bolso para viajar, têm uma tranquilidade imensa para treinar, e isso não tem preço. Na minha época quase não se falava em equipes de base, não havia nem campeonato pan-americano nas categorias menores. Hoje temos competições continentais até no pré-juveni. O judô evoluiu demais e estamos num excelente nível. Em vários países o judô já se profissionalizou. França e Japão são exemplos disso. O crescimento foi muito grande, e hoje no Brasil os atletas são ídolos. Notamos claramente que está havendo uma massificação na modalidade. Hoje se vê a invasão das meninas nos tatamis. São crianças que deixaram de fazer balé para treinar judô. Fico muito feliz por saber que o meu esporte está crescendo e evoluindo, e isso é muito importante em todos os aspectos. Olhando tudo de cima para baixo, qual foi a pessoa que mais lhe ensinou nos tatamis? Sem duvida foram os meus adversários, que acima de tudo me ensinaram que não sou invencível. Se em algum momento eu achei que era, eles me fizeram pôr os pés no chão e me ajudaram a compreender a minha própria dimensão. Eles me ensinaram muita coisa, principalmente a ser uma pessoa mais consciente e melhor. Acho que esta é a maior lição que o judô pode oferecer-nos.

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Danielle Zangrando Data e local de nascimento: 25 de julho de 1979 em São Paulo Origem no judô: Seguiu os passos do irmão Primeiro professor: Sensei Paulo Duarte Tokui Waza: Osoto-gari e Uchi-mata Kimono preferido: Mizuno Tênis: Para correr Mizuno - Para passeio Nike Peso: 58 K Altura: 1,62 Categoria: leve Técnicos: Paulo Duarte e Ivo Nascimento Médico Ortopedista: Wagner Castropil Preparador Físico: Marcos Daud Fisioterapeuta: Nilton Petrone (Filé) Patrocinadores e Apoiadores: Banco Cruzeiro do Sul, Vértice e Prefeitura de Santos Sonho para o judô: Ver o judô muito bem para ser uma profissão mais digna no futuro Sonho fora dos tatamis: Ser uma mãe tão boa quanto a minha Principais títulos: - Campeã dos Jogos Pan Americanos Rio 2007 - Participação nos Jogos Olímpicos de Atlanta 96 - 9° Lugar nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 - Primeira brasileira a conquistar medalha em Campeonatos Mundiais Sênior – Medalha de Bronze no Mundial – Japão/1995 - 2 vezes Vice-campeã Mundial Júnior – Portugal/96 e Colômbia/98 - 2 vezes Medalha de Bronze nos Jogos Pan-americanos - Mar del Plata/95 e Winnipeg/99 - Tricampeã Sul-americana - Medalha de Bronze no Grand Slam de Paris 2004 - Campeã Pan-americana 2004 - Vice-campeã Pan-americana 2006, 2007 e 2008 - Tricampeã Brasileira - Hexacampeã Paulista - Pentacampeã dos Jogos Abertos


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Por Paulo Pinto

Botucatu Fotos Marcelo Lopes e Budopress

Inova Transformando

Paulista Sub-17 em Espetáculo Cultural Botucatu (SP) – A 3ª Delegacia Regional de São Paulo lançou mão do formato tradicional dos certames realizados pelo judô paulista e transformou o Campeonato Paulista Juvenil, em um evento cultural, onde os 271 atletas participantes assistiram primeiro a apresentação da banda marcial do Colégio Santa Marcelina, dirigida pelo competente maestro Fran, e depois houve a apresentação do grupo de dança da Colônia Japonesa de Botucatu Kazuko Konishi, que fez uma belíssima apresentação e mostrou uma das várias manifestações existentes na cultura japonesa. A apresentação que faz parte da programação do Festival Botucatuense de Cultura Japonesa Tomodati, encantou o público presente que pôde ter uma pequena mostra da maravilhosa cultura do Japão.

João Cury Neto prefeito de Botucatu

Kazuaki Obe, Francisco de Carvalho e João Cury

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Delegacia Regional - Centro Sul Delegado Argeu Maurício Neto

Dados da Competição São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba

Bauru Presidente Prudente Botucatu Marília

Campinas São José dos Campos Sorocaba

Grande

lo

São Pau

Vale do Ribeirão

Atletas Inscritos: 271 Associações Participantes: 99 Municípios Participantes: 61 Data: 22 de maio de 2010 Local: Ginásio Municipal de Esportes Mário Covas Júnior – Rua Maria Joana Felix, 1.585 - Vila Auxiliadora Tempo de Competição: 7 hs. Cidade: Botucatu Delegacia Regional: 3ª Delegacia Regional - Centro Sul Delegado Regional: Argeu Mauricio de Oliveira Neto Associações Participantes: 250 Municípios Participantes: 61 Delegado Regional: Argeu Maurício Neto

Kazuaki Obe cônsul geral do Japão discursa na abertura do evento

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O Campeonato Paulista foi realizado através da parceria entre a Federação Paulista de Judô (FPJ) e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Botucatu. Grande reduto da migração japonesa que teve início da década de cinqüenta, a cidade tem a tradição de grandes judocas, entre estes Mata Sugizaki, pai de um dos grandes judocas de São Paulo, Mateus Sugizaki campeão Mundial Universitário. Entre os professores que disseminaram o judô na região estão os professores Suelo Inoe, Mata Sugizaki, Kazui Ishioka, Cury, Fernão, Nishida, Akira Noguchi, Artêmio Caetano Filho, Jorge Siqueira e Waldemar Sakamoto entre outros. Botucatu foi o berço de uma geração de judocas que fez história dentro e fora dos tatamis, e mais uma vez a cidade inovou promovendo um evento que deverá mudar o conceito e o formato das aberturas das competições paulistas. Não bastasse a festa realizada pelo grupo nipônico, outro grande judoca nascido no Japão que dedicou sua vida ao judô verde-amarelo foi premiado com a comemoração apoteótica de sua promoção a 9º Dan. Falamos do lendário Suhei Okano. Nascido em 20 de janeiro de 1938 na cidade de Kushiro, no estado de Hukaido, Okano se formou em Direito na universidade de Chuo, onde fez história lutando judô. Em 1966 veio para o Brasil tornouse industrial, e iniciou um novo ciclo de

Bailarinas do grupo Kazuko Konishi

O vereador Nenê recebendo homenagem em nome do poder legislativo de Botucatu

Ao centro Suhei Okano após a cerimônia de entrega de seu 9º Dan


Delegacia Regional - Centro Sul Delegado Argeu Maurício Neto

Mario Sugizaki recebendo homenagem em nome de seu pai Mateus

Prefeito João Cury recebendo homenagem de Kazuaki Obe


sua vida nos tatamis. Tido como um dos judocas mais técnicos do Brasil, Okano foi técnico da seleção brasileira por 7 anos. Por suas mãos passaram outras lendas dos tatamis, entre estes destacamos Lhofei Shiozawa, Odair Borges, Uichiro Umakakeba, Walter Carmona, Jun Shinohara e Durval Rente. A pedido da colônia japonesa Kazuaki Obe, o Cônsul Geral do Japão foi de São Paulo a Botucatu, e fez a entrega desta graduação. Para Francisco de Carvalho Filho, presidente da FPJ a entidade homenageou devidamente um de seus maiores judocas. “Muita gente vê hoje um Jun Shinohara dirigindo a seleção, vemos um professor Umakakeba formato inteiras gerações de judocas vencedores, mas não nos preocupamos em saber quem esteve aqui antes deles e fez a devida transmissão do conhecimento. Enquanto dirigentes temos a obrigação de registrar a história e o trabalho destes gigantes dos tatamis, e mais, temos a obrigação de premiá-los e reverenciá-los devidamente. Hoje cumprimos com nosso dever e premiamos o sensei Okano, um dos maiores nomes que o judô brasileiro conheceu, a quem agradeço por tudo que fez pelo judô de São Paulo e do Brasil”. Também foram homenageados os professores Mateus Sugizaki e Akira Noguchi, da Associação de Judô Mata Sugizaki (AJM), que disseminaram o judô em Botucatu e região, além de Massao Sakamoto, que levou a modalidade a São Manuel. As Associações da 3ª Delegacia que participaram do Campeonato Paulista Juvenil: Associação Atlética Botucatuense, Assoc.de Judô Aleixo MF de Jaú, Associação Centro Esportivo de Ourinhos, Associação Bushido Pais e Amigos do Judô, SESI de Bauru, Associação Pederneirense de Judô, Associação de Judô Yama Arashi e Judo Atlético de São Manuel.

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Delegacia Regional - Centro Sul Delegado Argeu Maurício Neto

FEMININO Super Ligeiro 1º - Tawany Gianelo da Silva

Seduc - Praia Grande

2º - Maria Eduarda Pereira Gomes

A. Desp. Centro Olímpico

Ligeiro 1º - Nathalia Orpinelli Mercadante

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

2º - Michely Y. de Amorim Abe

Associação Esportiva Guarujá

3º - Luana Barbosa de Mendes

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Bruna Caroline dos S. Gonçalves

SESI - SP

Meio Leve 1º - Tamires C. A. da Silva

Assoc. Desportiva São Caetano

2º - Manoela Gonzalez Takuma

Associação Esportiva Guarujá

3º - Letícia Rocha de Oliveira

Assoc. de Judô Yama Arashi

3º - Nathalia Cássia Ferreira Dias

Clube Atl. Lindoya-Bioleve

Leve 1º - Jessica Massako Kohatsu

Sport Club Corinthians Paulista

2º - Gabrielle Lima Dias

Assoc. De Judô Rogério Sampaio

3º - Rayane Ferraz De Souza

A D Santo Andre

3º - Carolina Dos Santos S.Batista

SESI - SP

Meio Médio 1º - Marina Gabrielle G.Batista

Assoc. Kiai Kam

2º - Jessica Borges de Paula

Assoc. Desportiva São Caetano

3º - Yasmim Dalbem Pascoalino

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Patrícia Carneiro Vilarinho

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe

Médio 1º - Monique Rivas Hadzic

SESI - SP

2º - Larissa Cristina B. Fornaro

Assoc. Judô Trajano C.A.Marciais

3º - Sabrina Rodrigues Mendes

Assoc. Judô Cho do Kan Itanhaem

3º - Jeniffer Dara Crispim

Associação Branco Zanol de Judô

Meio Pesado 1º - Tainá Carolina Nery

Assoc. Desportiva São Caetano

2º - Beatriz Santos de Oliveira

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

3º - Luana Gasparini dos Santos

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Isadora Mendes Seixas

Colégio Jean Piaget

Pesado 1º - Sibilla M.Jacinto Faccholli

Ipanema Clube

2º - Thuane Salem de Assis

A.A.D. Mesc São Bernardo

3º - Julia Cristina Bueno Araujo

SESI - SP

3º - Julia Dezem Von Ah

Companhia Athletica Campinas

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MASCULINO Super Ligeiro 1º - Paulo Tadao Ijichi Tanaka

Assoc. de Judô Vila Sônia

2º - Luiz Claudio de Lima Junior

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Leonardo Henrique B. Lopes

Assoc. Bushido Pais E Amigos

3º - Rafael Godoy de Macedo

Semclatur de Lins

Ligeiro 1º - Vitor Hugo Delgado Carvalho

Sociedade Esportiva Palmeiras

2º - Alef Ferreira Soares

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Wellington V. Souza Santos

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Rafael Batista da Silva

Ateneu Barão De Mauá

Meio Leve 1º - Nicolas Felipe Almeida Santos

ADPM - Reg. S. J. C.

2º - Alexandre Batista dos Santos

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

3º - Luiz A. Beretta Filho

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

3º - Lucas Nascimento Bernardo

Clube Internacional de Regatas

Leve 1º - Ricardo Luiz Silva Santo Jr.

Unimes-Univ.Metrop.Santos

2º - José Paulo da S Santos Jr

São João Tênis Clube

3º - Saulo Augusto Castro

Judô Clube Mogi das Cruzes

3º - Cesar Morais Ferreira

São João Tênis Clube

Meio Médio 1º - Marcus Gavey da Silva Braga

Esporte Clube Pinheiros

2º - Caio Henrique Alves Brígida

São João Tênis Clube

3º - Marcio Wesley Sebastião

Assoc. Kobu-Kan de Esportes

3º - Murilo Fernandes Martins

Clube Internacional de Regatas

Médio 1º - Ricardo Vinicius Maldonado

Grêmio Recreativo Barueri

2º - Rafael da Silva Tremura

A D Ateneu Mansor

3º - Eduardo Lopes Gonçalves

Assoc. Desportiva São Caetano

3º - Caio Ferreira Diniz de Moura

A.A.D. Mesc São Bernardo

Meio Pesado 1º - Gabriel Gouveia de Souza

Esporte Clube Pinheiros

2º - Thiago Garcia C. Oliveira

Assoc. Cult Esp. Rec. de Tupã

3º - Argeu Mauricio Oliveira Neto

Assoc. Atl. Botucatuense

3º - Gustavo de Oliveira Escabelo

Assoc. Real União Judô E Karate

Pesado 1º - Matheus Moreira Guevara

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

2º - Guilherme Mantello Melo

Assoc. de Judô Mauá

3º - Marco Antonio da Silva Jr.

Assoc. Guairense de Judô

3º - Tiago Bastos Gabriel

Ateneu Barão de Mauá

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Por Paulo Pinto

CBJ no Caminho da Legalidade Rio de Janeiro (RJ) – Acaba de ingressar nos quadros de prestadores de serviços da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) o Dr. Paulo Schmith, procurador geral do STJD da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Além do título acima, o conceituado advogado foi membro da comissão que realizou a reforma do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, recentemente publicado, e é autor de diversas obras jurídico/esportivas. No passado, estivemos ao lado deste grande profissional, quando, em 2005, enfrentamos um processo eletivo bastante tumultuado na CBFS. Com a contratação de um profissional com tamanha credibilidade e conceito ilibado, a CBJ deve mudar, porquanto Paulo Schmith certamente não irá dar guarida a situações que possam afetar sua biografia. Aliás, são pessoas assim, probas e éticas, que deveriam aconselhar melhor o professor Paulo Wanderlei, que até agora vem sendo escoltado e manipulado por marqueteiros que visam apenas interesses pessoais. Quem sabe este conceituado homem da lei consiga trazer o presidente da CBJ de volta à realidade e o faça agir dentro da legalidade em nível de judô continental, aplacando assim sua ânsia por poder. Sinceramente, desejamos que o nobre Dr. Paulo Schmith faça jus ao seu curriculum e imponha sua marca de caráter até agora irretocável. Tarefa que não será muito fácil.


Por Paulo Pinto Fotos Budopress

Só Alavancaremos Efetivamente o Judô com Democracia e União Fomos a Belo Horizonte (MG) entrevistar Luiz Augusto Martins Teixeira, o odontólogo que há um ano assumiu a presidência da Federação Mineira de Judô e, nesse período, conseguiu reunir todos os filiados em torno de uma administração independente e voltada exclusivamente para o desenvolvimento estrutural e técnico da modalidade. Nascido em 9 de dezembro de 1968, no Rio de Janeiro (RJ), e extremamente posicionado, o faixa preta 2º Dan fala claramente como vê o momento atual do judô e aponta saídas para um crescimento consciente para a modalidade em todo país Como chegou à presidência da Federação Mineira de Judô? A principal razão foi o meu envolvimento com o judô. Desde que encerrei minha carreira como competidor, tenho no judô uma grande paixão. Como meu hobby é dar aula de judô, assumi uma turma no Colégio Santo Agostinho, e desde então vinha tendo uma pequena participação na Federação Mineira, na qual via pontos fracos, embora nosso ex-presidente tenha desenvolvido grandes ações em favor do judô mineiro. Via alguns pontos falhos e acho que não nos cabe criticar, sem tentar mudar alguma coisa. Penso que só conseguimos mudar alguma coisa efetivamente quando temos poder para isso, e a única forma que encontramos para exercer esse poder foi concorrer à presidência da entidade. Para tanto formamos um grupo

forte, coeso, e hoje tenho a felicidade de falar que 100% da comunidade participa das ações e dos eventos da FMJ. Todos os nossos filiados têm voz ativa dentro da entidade, e acho que essa é a forma de mudar. É formar um grupo forte, um grupo que pensa no judô e que deseja participar ativamente, para que assim ocorram as mudanças saudáveis que nos propomos fazer no esporte. Por toda a experiência adquirida neste primeiro ano de mandato, quais são suas metas de curto prazo? Assumi a federação e me deparei com várias dificuldades, e a maior delas foi conseguir os recursos para colocar em pratica todas as ações que achávamos necessárias. Algumas já foram colocadas em prática, e entre estas destaco a divisão dos nossos eventos em etapas menores, atendendo a um dos maiores anseios dos atletas, que é poder chegar a um evento e praticar o judô de forma mais saudável, tranquila e ágil. Esse já foi um grande passo que demos em favor do judô que pretendemos estabelecer em Minas Gerais. Minha meta principal é deixar a FMJ em 2013, com um centro de treinamento de judô construído. Assim, ampliaremos nossas ações, estabelecendo maior intercâmbio com equipes de todo o país. Ações deste nível engrandecerão o judô mineiro e certamente propiciarão a evolução técnica que buscamos. Essa é a minha grande meta. Quem o antecedeu? O professor Geraldo Brandão.

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Neste primeiro ano de mandato houve mudanças estruturais e técnicas significativas? Sim. Já mudamos muita coisa nas regras para adquirir a faixa preta e os graus superiores. Mudamos o formato dos eventos. Até o nosso ex-presidente, que é membro da Comissão Nacional de Graus, fez parte do processo que resultou nestas mudanças. Temos a preocupação de não excluir ninguém, e colocar todos no contexto. Temos a convicção de que assim a coisa funciona de forma mais harmoniosa e democrática. Você falou que já vai sair quando encerrar este seu primeiro mandato. Entendi corretamente? Sim, já estamos pensando na sucessão porque, quando se assume uma entidade ideologicamente, percebemos logo que a mesma suga demais a nossa energia e o nosso tempo. Não sou dirigente esportivo de carreira, sou cirurgião dentista e essa é a minha atividade principal. Penso ter o meu período de dedicação à Federação Mineira, e vou dedicar-me ao máximo. Vou fazer o melhor possível por ela, mas acho que idéias novas devem surgir, e para que isso aconteça precisa haver renovação.

que dois mandatos. O professor Geraldo Brandão, nosso ex-presidente, tentou mudar o estatuto, mas não teve apoio para tanto. Por convicção ideológica, sou um democrata e jamais mexeria nisso. Essa norma é antiga? Sim. Esta norma é anterior a nossa gestão. Na verdade participamos do processo que elegeu o professor Brandão, e havia um acordo entre ele e o Minas Tênis Clube. Na última eleição eu encabecei a chapa do clube apoiado por Betim, e com isso tive o apoio de todo o interior do Estado. Já havia esse acordo com o Minas Tênis de abrir a sucessão e que o presidente só poderia ficar dois mandatos. Nós não pretendemos e não vamos quebrar isso jamais.

e nos apóiam com o empréstimos de toda a estrutura física e material que necessitamos. Quando assumi, a Rede Retes fez um investimento na FMJ e isso foi o suficiente para realizarmos alguns eventos em Minas Gerais. Na temporada 2009 a Secretaria de Esportes não pôde dispor de nenhum recurso, mas em 2010 as coisas começaram a avançar, e recebemos uma pequena ajuda para realizar o Campeonato Brasileiro em Uberlândia. São quantias muito pequenas, mas para nossa entidade têm sido significativas por nos permitir desenvolver algumas ações. Quantas associações havia quando assumiu e quantas estão filiadas, hoje? Houve um crescimento importante, pois conseguimos ter a volta algumas pessoas que se haviam afastado nos últimos anos. Assumi a federação com 16 associações ativas e hoje já estamos com 27. Entretanto, bem acima de números, o que conta para nós é a participação de todos. Unidos seremos cada vez mais fortes.

“Gostaria de saber qual é a autonomia que as federações possuem. Temos o direito de existir apenas para servir aos interesses do nosso presidente e, a cada quatro anos, reelegê-lo? É esse o verdadeiro papel de um dirigente estadual?”

Em nível nacional você também pensa assim? Sim. Penso assim em todos os níveis, porque a alternância de poder permite que surjam novas idéias. Quando uma pessoa se perpetua no poder como dirigente, fatalmente chega um momento em que terá sempre a mesma linha de atuação e de trabalho. Acho que este dirigente não precisa estar excluído do contexto, porque tem muita experiência adquirida, mas ele precisa ter pessoas novas envolvidas, para que assim surjam novas idéias e que tudo cresça dentro do esperado. Minha visão é que nós só crescemos quando há confronto de idéias.

Quais são hoje os grandes parceiros da FMJ? Os grandes parceiros da Federação são os nossos filiados. Na verdade são eles os principais apoiadores da entidade. Temos a felicidade de entre estes termos o Minas Tênis Clube que possui uma das maiores estruturas clubísticas do Brasil,

O número de pódios nacionais e internacionais aumentou em sua gestão? Sim, mas nós já tínhamos atletas que se vinham destacando antes de nossa gestão. Particularmente, acho que estes resultados devem-se mais ao treinamento de alto rendimento que é feito no Minas Tênis Clube, que, aliás, é aberto

Os presidentes Eduardo Pinho, Luiz Augusto e Francisco de Carvalho

Mas vocês vão criar mecanismos para garantir que o próximo presidente não se perpetue no poder? O estatuto da Federação Mineira já não permite isso. Nosso estatuto não permite que um presidente possa ficar mais do

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para todos os filiados da FMJ. Tivemos a felicidade de estes judocas se destacarem mais, e isso de certa forma beneficia nosso trabalho. Alguns exemplos são Luciano Correia, Érica e Hugo Peçanha. Na verdade, a FMJ apoia, fomenta e é a grande incentivadora do desenvolvimento do judô mineiro, mas o mérito dos resultados obtidos devemos ao esforço que é feito nas academias e clubes mineiros, que vêm desenvolvendo um excelente trabalho na base. O que anseia para o judô mineiro? Desejo e trabalho para que o judô de Minas Gerais tenha boa representatividade em âmbito nacional e internacional. Quando falo de representatividade não me refiro somente dentro dos tatamis, mas também fora deles. Aliás, penso que essa é uma posição que todos os estados deveriam assumir. Posicionarse dentro e fora dos tatamis, defendendo sempre os interesses do estado. Espero que o judô mineiro se faça presente em todos os sentidos, sempre. Quais associações compõem sua base de trabalho e são atuantes nas questões funcionais, como arbitragem, inscrição e participação dos certames da entidade? Praticamente todos os nossos filiados são atuantes e somam no sentido de estarmos alavancando cada vez mais a modalidade em nosso estado. Quais professores participam mais ativamente dos trabalhos na Federação Mineira? Na verdade todo mundo participa hoje na federação. Fragmentamos bastante a gestão, pois hoje temos 100% de apoio. O único professor que não fazia parte de nossa gestão era o Geraldo Brandão,

que se absteve do voto no dia da eleição. Felizmente hoje ele é membro de nossa comissão de graus, e temos 100% de aprovação e apoio dos nossos filiados. Acho que a participação de todos de forma clara e objetiva é fundamental. Independentemente de posições políticas, é muito importante que todos participem e tenham voz ativa. Uma coisa que aprendi já há muito tempo é escutar quem é a favor e quem é contra. Geralmente quem está contra tem muito mais a acrescentar do que os que estão ao nosso lado. No período em que o professor Mamede esteve no comando do judô nacional, Minas apoiou as políticas desenvolvidas na CBJ. Hoje Minas Gerais faz parte da base que apóia a CBJ? O professor Geraldo Brandão sempre apoiou a CBJ, e sempre foi um grande apoiador do professor Paulo Wanderlei. Mas, se você quer saber se hoje a FMJ apoia a CBJ, esclareço que nós apoiamos todas as boas ações da CBJ. Somos contra todas as ações que não contemplem o judô mineiro. Tenho sempre uma conversa franca com o Paulo Wanderlei e deixo bem claro que nós seremos contra tudo que eu entender que a CBJ fizer contra Minas Gerais, e travaremos uma guerra pelos nossos interesses. Assim como eles terão nossos aplausos em tudo aquilo que eu entender que a CBJ fizer a favor do judô nacional e do judô mineiro. A que tipo de ações está se referindo? Uma das questões que desaprovo totalmente é que hoje as ações da CBJ não passam pelas federações. Sou terminantemente contra atitudes como essa. Acho que isso de a CBJ ir aos estados

Luiz Augusto e seu irmão Carlos Henrique, diretor de judô do Minas Tênis Clube entre alguns dos principais judocas minastenistas

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promover campeonatos, sem comunicar e, principalmente, sem deixar créditos ou benefícios para as federações, é uma total falta de respeito, pois estamos falando de um território que não pertence à Confederação Brasileira. Quando digo benefícios, não me refiro apenas a dinheiro, isso pode ser feito com treinamento e a utilização do nosso pessoal nos eventos. Pode ser um beneficio material, uma vez que a CBJ tem como colocar na planilha de custos material utilizado como notebooks, tatamis e placares. Estas são importantes ferramentas de trabalho para as entidades estaduais, que em sua grande maioria não têm como adquirir este material. Isso daria maior desenvolvimento ao judô feito nos estados. Penso que, da mesma forma que as entidades estaduais devem respeito e devem dar satisfações à CBJ, esta entidade também nos deve o mesmo. Mas, de forma concreta, hoje Minas faz parte ou não do grupo de sustentação da atual diretoria da CBJ? Continuo dando apoio ao que eles fazem de bom para as federações, pois o judô nacional vem crescendo muito. A cada ano o Brasil sobe um novo degrau no judô internacional, e acho que a CBJ tem dado oportunidade de crescimento técnico aos atletas estaduais, promovendo treinamentos internacionais. Estas são ações que nós apoiamos incondicionalmente, mas não vou assumir que sou totalmente a favor das ações e das políticas desenvolvidas pela CBJ. Sou radicalmente contra alguns pontos. Tem de ficar claro que nós não vamos simplesmente ficar batendo palmas para tudo que nos é apresentado. Temos nossos pontos de vista, nossa opinião e somos radicais naquilo que defendemos para Minas Gerais. Esta postura tem oferecido a Minas Gerais um tratamento diferenciado por parte da CBJ? Eu vejo que existe certa delicadeza por parte da CBJ quando trata conosco. Minha leitura é que isso acontece porque hoje, Minas Gerais tem opinião própria, e ter opinião própria num cenário em que a maioria costuma dizer apenas amém incomoda todo mundo. Volto a afirmar que espero que Minas tenha opinião própria sempre, independentemente de quem esteja na CBJ. Nós apoiaremos a entidade pelo bem comum do judô, mas também vamos manifestar nossas opiniões sempre que for necessário.


Sabemos que todos os dirigentes que se opõem às determinações do presidente da CBJ são perseguidos. Minas Gerais não sofre este tipo de problema? Sempre fui um lutador e assumi a FMJ para defender os interesses e direitos do judô mineiro. Na medida em que acharmos que está havendo algo errado, buscaremos nossos direitos. Hoje as modalidades olímpicas recebem grande apoio financeiro oficial. A CBJ vive hoje uma realidade totalmente distinta das federações estaduais. Em sua análise ela democratiza aos estados o apoio que recebe? Não, de forma alguma. Aliás, essa é uma situação que questiono sempre. A CBJ deveria repassar algum tipo de ajuda sistemática para as federações, e explico porque penso assim. Primeiro, porque as federações são muito carentes. Algumas têm hoje uma realidade diferente, mas a maioria delas é extremamente pobre. Segundo, porque são estas entidades que impulsionam e fomentam o judô verdadeiramente. A CBJ apenas tem o trabalho de coordenar eventos, que são totalmente subsidiados por seus patrocinadores e pelos municípios que sediam as competições nacionais. Os eventos estaduais não possuem e mesma força e o glamour dos eventos nacionais e internacionais, e tudo se torna extremamente difícil para as entidades estaduais. Além das federações serem pobres, não terem recursos próprios e não receberem nenhum tipo de repasse da CBJ, ainda somos obrigados a pagar para a Confederação Brasileira uma taxa mensal para podermos existir como entidade, o que eu acho descabido e sem propósito. Não sei sobre as demais entidades estaduais, mas Minas paga mensalmente. Já entrei em contato com a CBJ, e me foi dito que a Federação Mineira deveria pagar e nós estamos pagando mensalmente. Já pedi isenção dessa taxa e me falaram que este é um acordo feito com os presidentes das federações e que a CBJ nos restituiria essas taxas, o que para nós ainda não aconteceu.

se destacam no Minas Tênis Clube. Mas, no íntimo, sabemos que a CBJ pouco tem feito pelo judô mineiro – e efetivamente poderia estar fazendo muito mais. Se a confederação estivesse verdadeiramente comprometida com o judô de base, nós, dirigentes, poderíamos estar fazendo muito mais pelo interior, e isso certamente alavancaria ainda mais a modalidade. Nosso estado é enorme e possui 853 municípios. Se tivéssemos apoio da CBJ, poderíamos desenvolver ações mais efetivas e contemplar o interior do estado. Dessa forma faríamos o judô crescer muito mais em todo o país. Está satisfeito com a ajuda que recebe da CBJ? Certamente não, porque ela é insignificante. Acho que devemos pensar o judô como um todo. Não assumi a presidência por vaidade ou pelo poder. Assumi esse

cada quatro anos reelegê-lo? É esse o papel de um dirigente estadual? Recentemente alguém do grupo que dá sustentação à CBJ enviou uma carta mostrando decepção pelo tratamento dado aos presidentes estaduais que apoiam a CBJ. O que tem a dizer sobre isso? Estive recentemente no Rio de Janeiro para ver o Grand Slam, e numa conversa com o Marcelo França, nosso vice-presidente, e um grupo de presidentes que estavam presentes, coloquei a seguinte situação: nosso presidente está muito sobrecarregado pela proporção e pela grandiosidade que o judô brasileiro tomou, e sugeri que o Marcelo França, que é uma pessoa extremamente capaz, assumisse as questões nacionais, enquanto o Paulo Wanderlei cuidaria das questões internacionais. Vejo que ele está muito fortalecido na área internacional. Penso que deveria haver alguém na CBJ para cuidar exclusivamente do judô brasileiro. Alguém que cuidasse efetivamente das questões nacionais e soubesse verdadeiramente a situação de cada estado. Alguém que leia e assimile os anseios e necessidades de cada federação estadual.

“A CBJ não comunica suas ações para as federações locais, seus representantes simplesmente vêm ao nosso estado, nos atropelam e ainda ficam com as datas dos nossos eventos sem dar a menor satisfação”

Que de concreto a CBJ oferece ao judô mineiro? Apenas o apoio que dá aos atletas que

desafio para fazer novas amizades e ajudar as pessoas que gostam de praticar judô a encontrarem um bom ambiente de treinamento. Administro a modalidade da forma que gostaria que a CBJ fizesse no Brasil. Penso que deveríamos agregar pessoas sérias e de bem em torno da proposta de promover nosso esporte da melhor forma possível. Acho que é assim que o judô deveria ser pensado. Nos chateia muito quando a CBJ vem ao nosso estado desenvolver suas ações, e passa por aqui sem deixar absolutamente nada. Não usa nosso pessoal e com isso não qualifica nossa gente. Não faz nenhum bem estrutural para a FMJ ou para o judô mineiro. Aliás, nem somos notificados sobre nada. Temos apenas obrigações para com a CBJ, porém não participamos de nada e não temos direito a nada. Acho tudo isso muito errado e gostaria de entender por que temos de pagar mensalidade para a CBJ e, na hora de participar das ações locais, nem sermos lembrados? Não há comprometimento e somos relegados a nada dentro do nosso próprio estado. Gostaria de saber qual é a autonomia que as federações possuem. Temos o direito de existir apenas para servir aos interesses do nosso presidente e a

E qual foi a resposta que ouviu? Que este era um assunto muito delicado, que deveria ser tratado em outra oportunidade. Hoje a iniciativa privada foca muito o social. Sob esse prisma, como a FMJ tem participado dessa iniciativa? Enquanto entidade, nós apoiamos vários projetos sociais com a isenção de taxas nos eventos que a FMJ promove, e isso passa também pela taxa de registro na entidade. Ajudamos a criar novos projetos sociais, fornecendo modelos de estatutos prontos. A FMJ os ajuda na questão da documentação necessária para a criação dessas instituições. Apoiamos dando cartas de recomendação que explicam qual é a finalidade daquele projeto social. Vejo no judô enorme potencial na educação continuada. O que seria essa educação continuada? Nossa lei prevê que todas as crianças têm direito ao ensino gratuito e, além deste ensino gratuito, elas teriam direito ao esporte, que lhes ofereceria princípios e valores de vida, como a persistência e a socialização, por meio de uma disciplina rígida fundamentada nos

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princípios do judô. Nós documentamos todas estas questões e as oferecermos às entidades. O que é premente para obtermos maior desenvolvimento na modalidade? Nós já estamos grandes. O judô brasileiro hoje é respeitado em qualquer país, mas só cresceremos mais quando houver maior envolvimento das federações estaduais nas decisões nacionais. É preciso investir em pesquisa e identificar nossas verdadeiras necessidades enquanto modalidade esportiva. Que se criem mais núcleos de estudos e de ensino, como o que foi criado recentemente em São Paulo. Tive a grata satisfação de receber o Manual Técnico de Nage no Kata, desenvolvido pela Divisão de Ensino da Federação Paulista de Judô. Nosso amigo Chico tem tomado a iniciativa dessas ações. Já fui inteirado de que novas publicações estão sendo produzidas no sentido de oferecer informação técnicas para todo o país. Vou inclusive entrar em contato com ele para ver como podemos participar desse processo. Tenho interesse em que Minas participe disso, porque sei que será muito importante no processo de crescimento técnico de nossos atletas e de maior qualificação para os nossos professores. Estas são ações prementes para Minas e para o Brasil. Existem hoje muitos eventos no calendário da CBJ. Competitivamente isso é positivo, porém, para as entidades que bancam suas equipes, isso tem representado um ônus enorme. Como vê isso? Como já havia dito, as federações são muito carentes e fatalmente acabam repassando esse ônus para seus filiados. Minha principal meta é criar o centro de treinamento do judô mineiro, para reunir no mesmo local todo o judô do nosso estado e com uma despesa insignificante, já que lá teremos alojamento, refeitório e o local para treinamento. Com isso poderemos minimizar as despesas, e não teremos de gastar com transporte. Penso que a CBJ deveria apoiar e incentivar cada federação a ter o seu centro de treinamento, pois a confederação não precisa ter um CT. Precisa ter em cada federação o seu centro de treinamento, para desta forma desenvolver ações em todo o território nacional. Isso contemplaria não apenas um estado, e sim todas as federações. Vejo a CBJ hoje buscando a construção de um CT para o judô nacional, e com isso irá concentrar e centrali-

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zar todas as suas ações técnicas num só lugar. Ela estará inserida em um estado apenas, quando deveria estar presente em todo o território nacional. Qual é a seu ver o verdadeiro papel do judô na sociedade atual? O judô é altamente disciplinador. Permite ao seu praticante ter objetivos claros e ter seu foco naquilo que busca. O judô nos ensina a nunca desistir dos objetivos e forma homens e mulheres diferenciados, determinados, persistentes e com sentimento cívico enaltecido. Você concorda com a exigência da FIJ sobre a utilização exclusiva de kimonos chancelados por ela? Não. Vejo isso como reserva de mercado e uma forma de onerar cada vez mais a vida dos judocas. Esse ônus acabará recaindo sobre os atletas, que serão obrigados a adquirir seus judogis por um preço bem maior. Sendo uma modalidade estatutariamente amadora, o judô não tomou um rumo excessivamente profissional? Sim, o judô está crescendo e adotando um formato cada vez mais profissional. Temos de achar um divisor de águas e estabelecer o que pode ser profissionalizado e até onde podemos seguir no amadorismo. Mas eu não concordo com isso de ficar apenas criando fórmulas para enriquecer cada vez mais as grandes entidades em detrimento da exploração dos praticantes. Enquanto dirigentes, temos de focar o profissionalismo, mas o meio deve assimilar isso de forma gradual e democrática. Isso não pode ser imposto. Fomos informados de que existe um projeto de criação do Centro de Treinamento Nacional de Judô em Betim. Como vocês veem essa questão? Vou explicar a história da criação de um CT em Betim. Quando assumi a federação, já tínha a ideia de criar um centro de treinamento para o judô mineiro. Falei inclusive que esta era uma meta e ficaria extremamente feliz se conseguisse cumpri-la até 2013. Betim é uma cidade de muitos recursos por possuir um parque industrial gigantesco. A CBJ percebeu o potencial desse município mineiro e começou a promover eventos lá. Só que nós já tínhamos uma negociação para realizar nosso primeiro torneio desta temporada lá, que é o Torneio Início. Ai nós tivemos um problema gravíssimo, pois,

como a CBJ não comunica suas ações para as federações locais, ela simplesmente vem ao nosso estado, nos atropela e ainda fica com as datas dos nossos eventos sem dar a menor satisfação. E, neste contexto, só ficamos sabendo que haveria um desafio internacional de judô em Betim quando alguém da prefeitura ligou para a federação cancelando o Torneio Início. Fomos descartados pela prefeitura e pela CBJ com a maior facilidade. Justificaram que não poderiam mais ajudar-nos no evento porque investiriam muito no Desafio Internacional. Isso me deixou extremamente chateado e nervoso, porque nosso acordo com eles antecedia a negociação com a CBJ. Mas, como teriam maior visibilidade e TV, eles não pensaram duas vezes. Depois de muita briga, contornamos a situação e, no fim, ambos os eventos acabaram ocorrendo em Betim. Mas o que este fato tem a ver com o CT da CBJ? Contei esse fato para explicar como e de que forma a CBJ chegou a Betim. Antes de a Confederação Brasileira atracar em Betim, nós já tínhamos uma proposta para fazer lá nosso centro de treinamento, com o apoio da prefeitura e do SESI, e recentemente soube que a CBJ fez a mesma proposta de construir um CT com a Prefeitura de Betim. Mas, independentemente da postura dessas pessoas, eu acho que a CBJ poderia fazer uma parceria com a Federação Mineira, e construir seu centro de treinamento que seria administrado pelo judô mineiro. Quando eles precisassem usá-lo teriam todas as prerrogativas. Lá poderíamos desenvolver um projeto social e promover o judô mineiro, tendo treinamentos regulares com a seleção. Poderíamos realizar cursos de capacitação para os nossos professores e técnicos, podendo até chancelar alguma universidade que atuasse dentro do território mineiro. Isso certamente criaria grandes oportunidades, principalmente a de viabilizarmos um patrocinador de peso para a nossa entidade. Esta ação da CBJ poderia ser potencializada com a chancela da Federação Mineira. Precisamos de maior visibilidade para o judô mineiro, para termos nossos próprios patrocinadores, assim como a CBJ tem os dela. Se a CBJ apoiasse alguma ação nossa, certamente cresceríamos ainda mais, e sempre que uma federação cresce a CBJ pega carona crescendo na mesma proporção. Não adianta nada termos uma Confederação Brasileira forte, cercada


por federações fracas e sem projetos que fomentem o judô na base. Daqui a pouco vamos fechar as portas e mandar o nosso pessoal filiar-se diretamente na CBJ. Se é isso que eles querem, estarão dando um tiro no pé, porque daqui a pouco a CBJ não vai ter como atuar em todos os estados da mesma forma. Ela tem de descentralizarse, assim como eu quero descentralizar o judô mineiro. Quero criar minhas regionais para descentralizar. Uma ação centralizada esta fadada a dar errado. A história mostra isso de forma bem clara. A pessoa que está à frente centralizando as ações acaba virando vidraça, e é facilmente vencida pelo meio porque se enfraquece diante da enorme quantidade de gente jogando pedra. Quando o poder é descentralizado, a coisa fica mais fácil de ser gerida, fiscalizada e administrada.

projeto sem base, fundamento e a devida estrutura está fadado a ruir de uma hora para outra. A marca Adidas possui a chancela da FIJ mundialmente, porém, no Brasil, apenas os judogis Mizuno podem ser utilizados. Como vê esta situação no mínimo absurda em termos de marketing? Eu vejo que o interesse financeiro está se sobrepondo à realidade, e é uma incoerência enorme. Se a FIJ chancelou esta marca mundialmente, aqui ela deveria ser aceita também. A Adidas pagou por esta chancela e, a meu ver, cabe uma ação indenizatória contra a CBJ e contra a FIJ. Eu entendo que uma lei federal se sobrepõe a uma lei estadual, e nesse caso é a mesma coisa. Mas parece que

mum. Se Minas for tolhida do direito de expressar suas opiniões, eu prefiro parar com tudo isso. Nós sempre teremos liberdade para nos expressarmos. Assumo compromissos com qualquer pessoa, desde que me seja dada a liberdade de falar o que penso. Você tem sua profissão e sua vida pessoal resolvida. Porque assumiu a FMJ? Pela paixão que tenho por este esporte, e pela vontade de fazer alguma coisa diferente. Acho que todo mundo na vida tem uma missão, e quem sabe a nossa missão seja unir e redimensionar o judô mineiro, que foi desagregado num passado bem próximo. O fato primordial de estar hoje à frente da FMJ é exatamente usar o cargo para agregar as pessoas novamente num objetivo comum em prol do nosso esporte.

“Não adianta nada termos uma Confederação Brasileira forte, cercada por federações fracas e sem projetos que fomentem o judô na base. Daqui a pouco vamos fechar as portas e mandar o nosso pessoal filiar-se diretamente na CBJ”

Então além de não proporcionar nada a Minas Gerais, a CBJ é uma grande concorrente de vocês? Exatamente. As criticas que faço à CBJ são fundamentadas nesta postura da entidade, de pretender tudo para si, e por isso sou acusado de fazer oposição. Enquanto a atitude de nosso presidente for essa, eu estarei fazendo oposição, pois estou zelando pelos interesses do judô mineiro. A partir do momento em que a CBJ tiver ações que nos contemplem, eu serei situação. Caso contrário, terei voz ativa contra ações desse tipo. Você falou em descentralização e em criar regionais. Pode explicar melhor isso? Temos em Minas Gerais 873 municípios e é impossível pensarmos um judô forte e igual em quase 900 cidades, partindo tudo de Belo Horizonte. Penso em adotar aqui o modelo paulista de administração descentralizada, criando regionais que impulsionem o judô na base. Até nisso São Paulo saiu na frente e hoje tem tudo devidamente fundamentado. Posso estar errado, mas às vezes tenho a impressão de que as coisas lá não partem da capital para o interior, e sim o contrário. Minha leitura é a de que o judô do interior paulista faz frente ao da capital, e eu quero esta competitividade aqui em Minas Gerais. Vamos fundamentar o judô na base. A coisa não pode vir de cima para baixo, e sim de baixo para cima. Qualquer

essa gente interpreta a lei de acordo com a conveniência deles, e, mais uma vez, o ônus de tudo caberá aos atletas. Soubemos que, durante o Grand Slam, o presidente da CBJ proibiu os presidentes das federações de dar entrevistas e fornecer material para nossa publicação. Você não teme maior retaliação? Não sabia disso, mas em Minas Gerais nós temos total liberdade de expressão. Somos independentes e, se tivermos de criticar A ou B, nós vamos criticar. Vejo que hoje a pessoa que se levanta como oposição ao Paulo Wanderlei é o Chico, que é nosso amigo e é uma pessoa que sempre se faz presente em Minas Gerais. Mas deixo bem claro que, no dia em que eu tiver de criticá-lo, o farei também. Tenho total liberdade de expressão, e critico qualquer dirigente, da mesma forma que aceito críticas vindas de onde for. Acho essa atitude um absurdo, e lembro que às vezes crescemos muito mais com as opiniões contrarias do que com as opiniões a favor. Não podemos ver a critica como algo pejorativo, e sim como algo construtivo. As críticas são avisos e apelos. Toca a nós termos sensibilidade suficiente para ouvir e interpretá-las da melhor forma possível, para o bem co-

Qual é a sua leitura do momento que o judô mineiro e nacional vivem? O Brasil esta num momento espetacular. O judô nacional esta num momento espetacular, e estamos vendo uma renovação muito grande com jovens atletas surgindo em todas as partes do país, e conquistando resultados internacionais expressivos, mesmo com as recentes mudanças nas regras. Só acho que esses momentos não podem ser individualizados, deve haver uma participação maior. Não podemos valorizar e falar que o judô mineiro está crescendo em relação aos outros estados, porque vejo que todos os estados estão crescendo juntos. Bem ou mal, tem havido um intercambio por meio dos campeonatos interestaduais e nacionais. Com isso estamos tendo maior visibilidade do trabalho feito em cada estado, e cada estado tende a copiar os melhores. Minha análise é que hoje o melhor judô está em São Paulo e Minas Gerais. O Rio de Janeiro andou perdendo espaço porque o investimento no judô carioca caiu muito. O judô mineiro está num momento muito bom, mesmo não havendo uma ação tão efetiva por parte da federação. Nossa meta é gerar os recursos de que precisamos para impor aqui o crescimento que buscamos.

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Fonte bjwt.com.br Fotos Valdecir Carvalho/FOTOCOM.NET, Paulo Fischer e Budopress

Brasil Conquistou 5 Ouros na Copa do Mundo Realizada em São Paulo

São Paulo (SP) - O Brasil encerrou a Copa do Mundo de São Paulo com 12 medalhas, sendo cinco de ouro, três de prata e quatro de bronze. No segundo e último dia de disputa, subiram ao lugar mais alto do pódio Leandro Guilheiro (-81kg), Hugo Pessanha (-90kg) e Luciano Corrêa (-100kg). Mayra Aguiar (-78kg) e Rafael Silva (+100kg) foram prata, enquanto Maria Portela (-70kg) conquistou o bronze. Com o resultado, o Brasil garantiu o primeiro lugar no quadro geral de medalhas, seguido por Cuba (três ouros e dois bronzes) e Rússia (dois ouros, quatro pratas e cinco bronzes). A Copa do Mundo de São Paulo faz parte do Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô e conta pontos para o ranking mundial e olímpico da modalidade. A medalha de ouro vale 100 pontos, a de prata, 60 e a de bronze, 40.

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Magic Paula, Valter Antônio da Rocha Secretário Muncipal de Esportes de São Paulo e o Vereador Aurélio Miguel


Delegação brasileira com dirigentes e autoridades

O medalista olímpico Tiago Camilo com Walter Feldman

Aurélio Miguel recebe a camisa do evento de Hugo Pessanha

Magic Paula recebe a camisa do evento de Maria Portela

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Com técnica, agressividade e precisão Hugo Pessanha joga seu adversário e depois corre para receber o abraço e a medalha das mãos de outro gigante: Walter Carmona, medalhista olímpico em Paris/79.

“Não apenas a Copa do Mundo, mas também levando tem conta o desempenho do Grand Slam, acredito que fizemos duas boas competições, onde o nível técnico foi altíssimo. Temos judocas atravessando uma fase espetacular, como o Leandro Guilheiro e o Hugo Pessanha, e outros que precisamos detectar onde melhorar. Ter encerrado a Copa do Mundo de São Paulo na primeira colocação no quadro geral de medalhas mostra que estamos no caminho certo”, avalia Ney Wilson Pereira.

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Em grande fase desde que subiu para categoria até 90kg, Leandro Guilheiro manteve a escrita e mais uma vez subiu no pódio. Já são cinco eventos na sequência: Grand Slam de Tóquio (bronze), Grand Slam de Paris (ouro), Grand Prix da Tunísia (prata), Grand Slam do Rio de Janeiro (bronze) e Copa do Mundo de São Paulo (ouro). “Tive um dia muito bom e ser regular no Circuito Mundial faz diferença. Luto para vencer por ippon e para ouvir o hino brasileiro. Isso é o que me motiva. Estou muito feliz em competir em casa, diante da minha familia e amigos”, diz Guilheiro, que na final superou o russo Sirazhudin Magomedov por ippon (três punições). Na semifinal, Leandro venceu em 10 segundos o também russo Ivan Nifontov, atual campeão mundial da categoria. Quem também vem tendo um ano muito bom é o médio Hugo Pessanha. Após a conquista do ouro no Grand Slam do Rio, há uma semana, o carioca voltou a subir no lugar mais alto. A boa fase tem explicação. “O bom momento é resultado de muito treino, trabalho, determinação e confiança. Além do apoio do meu clube, treinadores e familiares. Com certeza é uma fase especial na minha carreira, onde estou colhendo frutos de muita dedicação. Queria agradecer também aos torcedores, que me empurraram nessa conquista”, diz Pessanha, que na decisão bateu na final por yuko o georgiano Varlam Lipartelani.

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E o agradecimento é merecido. A torcida foi um show a parte na Copa do Mundo de São Paulo. Mais uma vez cerca de 4 mil pessoas lotaram o ginásio durante todo o dia. O campeão mundial Luciano Corrêa teve na torcida o apoio especial do pai Seu Raimundo, principalmente na final com o russo Tagir Khaybulaev. Luciano teve que lutar de maneira estratégica para ficar com o ouro. “Com a nova regra que impede o ataque direto às pernas o judô ficou muito equilibrado e competitivo. É preciso trabalhar muito para seguir conquistando bons resultados. É um gostinho a mais ganhar aqui no Brasil. As lutas foram difíceis e gostaria de agradecer esta torcida que me apoiou do início ao fim. Essa medalha também é deles”, afirma Luciano. Superados na decisão, Rafael Silva (+100kg) e Mayra Aguiar (-78kg) acreditam que o resultado ajudará a ganhar ainda mais experiência internacional. “Faltou mais experiência, vou procurar melhorar para conquistar resultados melhores no futuro. A medalha de prata é muito bom para mim. O objetivo no judô é sempre buscar a medalha olímpica e vou buscá-la em Londres 2012”, disse Rafael.

Kitadai vibrou e se emocionou muito com a conquista do bronze

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“Foi questão de pontuação que decidiu a luta. Serve de lição e experiência para poder buscar novas medalhas. Vamos trabalhar mais para isso”, afirmou Mayra. Maria Portela (-70kg) conquistou sua segunda medalha em copas do mundo ao bater na disputa do bronze a suíça Juliane Robra por yuko. “Tive que ter muita calma e pensar estrategicamente para conquistar esta medalha. É especial para mim vencer aqui em São Paulo, onde treino e tenho meus amigos. Ela é muito experiente e foi uma grande disputa de medalha”, contou Maria Portela.

Circuito Mundial O Circuito Mundial de Judô foi criado pela Federação Internacional de Judô em 2009. O calendário reúne 26 eventos, entre Máster, Grand Slam, Grand Prix e Copa do Mundo, todos valendo pontos para o ranking mundial. A partir deste ranking é que serão definidos os atletas que participarão dos Jogos Olímpicos de 2012. A contar de maio deste ano, todas as competições já valem pontos em busca da vaga para Londres 2012. A Copa do Mundo de São Paulo foi oficialmente aberta pelo secretário de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo, Valter Rocha. Também participaram da solenidade o deputado federal Walter Fel-

Luciano Correa como sempre impecável e preciso.

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dman, o vereador de São Paulo e campeão Olímpico Aurélio Miguel, a coordenadora de gestão de esportes de alto rendimento, Magic Paula, o presidente da CBJ Paulo W. Teixeira e o presidente da Hebraica, Arthur Rotemberg.

Campeões Olímpicos Marcam Presença Ícones do judô brasileiro, os campeões olímpicos Aurélio Miguel (Seul 88) e Rogério Sampaio (Barcelona 92) estiveram no ginásio da Hebraica acompanhando a Copa do Mundo de perto. Vereador na cidade de São Paulo, Aurélio Miguel reconhece a importância do evento para o desenvolvimento do judô. “O Grand Slam foi um grande torneio e esta Copa do Mundo de São Paulo também está mostrando a capacidade do Brasil realizar eventos. Além disso, a oportunidade que a seleção tem de entrar numa competição com quatro equipes dá aos atletas a chance de pegar nos quimonos dos melhores judocas do mundo. O Brasil estar inserido no Circuito Mun-

Junior, Luis, Eduardo Costa, Chico, Eduardo e Hatiro

José Pereira presidente nacional de arbitragem

O campeão olímpico Rogério Sampaio com Francisco de Carvalho presidente da FPJ

Eduardo Pinho e Lucas

Maurício, Aline Baião, Cleto, Danielle, Junior e Daniel

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dial é fundamental, pois, com o ranking, os atletas de todo mundo têm de vir aqui competir e isso é algo que não acontecia no passado”, diz Aurélio Miguel. Rogério Sampaio lembrou que nos tempos de atleta não teve a chance de disputar um evento internacional de grande porte em casa. “Quando estava na melhor fase da minha carreira, não tive a chance de mostrar o meu judô diante dos amigos. É um sonho o Brasil receber eventos como o Grand Slam e a Copa do Mundo. Quando vemos uma competição deste nível, com atletas diferenciados e com essa organização, sem dúvida ficamos felizes”, afirmou Rogério Sampaio.

Gil, Chico, Eduardo, Loro

Rogério Sampaio e Odair Borges

Burgos, Loro e Renato

Junior e Amanda

Daniel Hernandes com seus filhos

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Masculino -60 kg 1. MUDRANOV, Beslan

(RUS)

Masculino -66 kg

Masculino -73 kg

1. HASHBAATAR, Tsagaanbaatar (MGL)

1. MENDONCA, Bruno

(BRA)

2. GUEDEZ, Javier

(VEN)

2. FASIE, Dan (ROU)

2. ISAEV, Mansur

3. KITADAI, Felipe

(BRA)

3. MOGUSHKOV, Musa (RUS)

3. NYAM-OCHIR, Sainjargal

3. PELIM, Phelipe

(BRA)

3. REVITE, Luiz

3. TRITTON, Nicholas

5. JOKINEN, Valtteri

(FIN)

5. PESSOA, Sergio

(CAN)

5. CUNHA, Leandro

7. CHAMMARTIN, Ludovic 7. KUNIHIRO, Aaron

(SUI)

(USA

Masculino -81 kg 1. GUILHEIRO, Leandro

(BRA)

2. MAGOMEDOV, Sirazhudin 3. LUCENTI, Emmanuel 3. NIFONTOV, Ivan 5. CIANO, Antonio 5. ELIAS, Nacif

(RUS)

(ARG)

(RUS) (ITA)

7. HAFIZ, Hussein

7. LOURENCO, Denilson (BRA)

7. HUYSUZ, Sezer

Masculino -90 kg

Masculino -100 kg (BRA)

2. LIPARTELIANI, Varlam 3. BAGNOLI, Lorenzo

7. ROSATI, Diego

(GEO)

(ITA)

(GRE)

5. NYMAN, Marcus

7. VALOIS-FORTIER, Antoine (CAN)

(CAN)

7. ALEXANIDIS, Lavrentis (GRE)

1. PESSANHA, Hugo

(ARG)

7. SCHIRNHOFER, Max

(TUR)

1. CORREA, Luciano

(BRA)

2. KHAYBULAEV, Tagir

(RUS)

3. MAKHMADOV, Zafar

(RUS)

(GER)

5. HONORATO, Carlos

(SWE)

(BRA)

5. ZHORZHOLIANI, Levan 7. BRATA, Daniel

(AUT)

(POL)

(EGY)

3. PETERS, Dimitri

(BRA)

(MGL)

(BRA)

5. WILKOMIRSKI, Krzysztof

5. CAMILO, Tiago (CAN)

(BRA)

5. JUNIOR, Moacir

5. MIYARAGCHAA, Sanjaasuren (MGL)

3. ILIADIS, Ilias

(BRA)

7. PERRAULT, Guillaume

(BRA)

(RUS)

(GEO)

(ROU)

7. LEONARDO, Leite

(BRA)

Masculino +100 kg 1. ZIMMERMANN, Robert 2. SILVA, Rafael

(BRA)

3. BIANCHESSI, Paolo 3. BOR, Barna

(GER)

(ITA)

(HUN)

5. BRAYSON, Oscar

(CUB)

5. WOJNAROWICZ, Janusz 7. HERNANDES, Daniel 7. SANTOS, Walter

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(POL)

(BRA)

(BRA)


Femino -48 kg 1. MENEZES, Sara 2. LIMA, Taciana

(BRA)

(BRA)

3. PARETO, Paula 3. WU, Shugen

(ARG)

1. KUZYUTINA, Natalia (RUS)

1. LUPETEY, Yurisleidis

2. BUNDMAA, Munkhbaatar

2. ZABLUDINA, Irina

3. HE, Hongmei

5. MOSCATT, Valentina

(ITA)

7 KONDRATYEVA, Nataliya (BRA)

(RUS)

7. HEIN, Marlen

(ESP)

(TUR)

1. CORTES, Onix (GER)

(ITA)

7. CARRASCOSA, Ana

1. XU, Lili

(USA) (GER)

5. BELLORIN, Concepcion 5. SILVA, Rafaela

7. SAMAT, Aynur

(CUB)

(RUS)

3. WAECHTER, Viola

5. MIRANDA, Erika (BRA)

Femino -70 kg

2. MALZAHN, Claudia

3. MALLOY, Marti

(CHN)

Femino -63 kg (CHN)

(MGL)

(CUB)

5. FORCINITI, Rosalba

(ESP)

7. POLZIN, Daniela

Femino -57 kg

3. BERMOY, Yanet

(CHN)

5. BLANCO, Oiana

Femino -52 kg

(ESP)

(BRA) (GER)

7. MELANCON, Joliane

(CAN)

Femino -78 kg (CUB)

2. MARZOK, Iljana

1. HARRISON, Kayla

(GER)

2. AGUIAR, Mayra

(USA)

(BRA)

3. ABEL, Yaritza

(CUB)

3. BLANCO, Cecilia

(ESP)

3. ROBERGE, Catherine

3. KOVAL, Vera

(RUS)

3. PORTELA, Maria

(BRA)

3. ZHANG, Meiling

5. KOENIG, Kylie

(AUS)

5. ROBRA, Juliane

5. SILVA, Mariana

(BRA)

5. ROJAS, Maria

(SUI)

7. LABAZINA, Marta

(RUS)

7. WILDIKAN, Lior

7. VELASCO, Diana

(COL)

7. ZUPANCIC, Kelita

(CHN)

5. CASTILLO, Yalennis

(VEN)

5. WOLLERT, Heide

(ISR)

7. COTTON, Amy

(CAN)

(CAN) (CUB)

(GER)

(CAN)

7. GALEONE, Assunta

(ITA)

Femino +78 kg 1. ORTIZ, Idalis 2. QIN, Qian

(CUB)

(CHN)

3. DONGUZASHVILI, Tea

(RUS)

3. ZAMBOTTI, Vanessa

(MEX)

5. KOCATURK, Gulsah

(TUR)

5. MOJICA, Melissa

(PUR)

7. ALTHAMAM, Maria Suelen 7. NUNES, Rochele

(BRA)

(BRA)

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Aspectos Pedagógicos do Judô

Por Anderson Dias de Lima Foto Budopress

Competição X Princípios e Propósitos Filosóficos do Judô

No artigo anterior, propus uma reflexão sobre o judô, a criança e a competição. Neste, quero aprofundar mais um dos tópicos ali analisados: “A prática do judô, no que diz respeito à possível compatibilidade dos seus aspectos desportivos em relação aos princípios filosóficos, formativos e educacionais estabelecidos pelo seu criador”. Segundo Jigoro Kano, no livro (kodokan Judo) - tradução livre: “(...) Judô é mais que uma arte de ataque e defesa. É um modo de vida. (...) o judô é uma disciplina física e mental, cujas lições são facilmente aplicáveis à gestão de nossas atividades diárias. O princípio fundamental do judô, que governa todas as técnicas de ataque e defesa, seja qual for o objetivo, será mais bem conseguido mediante a utilização da máxima eficiência da mente e do corpo para o seu efeito final. O mesmo princípio aplica-se às nossas atividades cotidianas, o que nos leva a uma vida mais racional. Praticar judô não é a única maneira de entender este princípio universal, mas é como eu cheguei a uma compreensão do mesmo, e é o meio pelo qual tento iluminar os outros”. Pela prática do judô no seu dia a dia, tomamos contato com alguns dos seus princípios filosóficos que devem nortear as nossas ações dentro e fora dos tatames. Princípios esses que têm suas origens e

conceitos construídos ao longo da história e da sabedoria dos povos orientais. Quero refletir com vocês sobre aqueles que serviram de base para a reestruturação e nova formatação do antigo ju jutsu, Ju Jitsu ou jiu jitsu e que deu origem à construção da proposta do Kodokan Judô. Comecemos por uma análise do significado da nomenclatura escolhida para identificar, de forma geral, a nova metodologia proposta pelo mestre Jigoro Kano: “JU”: Ideograma identificando suavidade, não resistência: É o mesmo Ju do antigo Ju Jutsu ou Ju Jitsu. Este conceito nos remete à ação executada com suavidade, tanto do ponto de vista técnico quanto do ponto de vista das relações humanas. O exercício da gentileza; a prática da fidalguia; a inter-relação pessoal harmônica; a sabedoria na solução de problemas; a superação dos obstáculos e conflitos fundamentados no uso da inteligência racional e sem violência. Um dos maiores exemplos prático do uso racional da força e do princípio do “ceder para vencer” pode ser observado na história fantástica de Mahatma Gandhi. Usando o princípio da não violência, liderou o seu povo e libertou a Índia do domínio da poderosa Inglaterra, deixando seu exemplo fortemente gravado para toda a humanidade. Isto fica bem ilustrado em uma de suas ce-

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lebres frases: “De modo suave, você pode sacudir o mundo” - Mahatma Gandhi. “DO”: Ideograma significando caminho, via, meio, modo:Aqui temos a escolha minuciosa de Jigoro Kano, pelo ideograma que refletisse bem, na nomenclatura, o que ele propunha como objetivos a serem alcançados para a nova formatação da antiga Arte Suave (Ju Jutsu ou Ju Jitsu). Vera Lucia Sugai, em seu livro “O Caminho do Guerreiro”, cita palestra de Jigoro Kano de 1898, explicando, do ponto de vista filosófico, a sua escolha pelo “Do” (Caminho) em substituição ao Jitsu (Arte): “Por que então o denominei Judô Kodokan ao invés de Jiu-Jitsu? Porque o que eu ensino não é simplesmente Jutsu ou Jitsu – arte ou prática. De fato, eu ensino o Jiu-Jitsu, mas é sobre o “Do”, caminho ou princípio que gostaria de me estender de forma especial” Quero entender que Jigoro Kano dava um especial significado à utilização desse ideograma compondo a denominação de JUDÔ (Caminho da suavidade), para identificar a nova formatação que dava à antiga arte de combate utilizada, até antão, para a formação de guerreiros. Precisamos entender o “Do”, então, como um meio, um princípio, um método, um conjunto de etapas a serem seguidas para se atingir o objetivo final do judô, que seria a formação completa e integral, físico e mente, do homem moderno. As-


“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho” sim, fica bem clara a diferenciação básica da antiga arte de guerra que compunha o programa rígido de formação dos samurais, para a moderna metodologia de educação do físico e da mente proposta por Jigoro Kano para o Kodokan Judô. Portanto, o segredo está no caminho a ser seguido e no aprendizado que o ele pode proporcionar aos seus “caminhantes”. Temos o caminho como significado pedagógico, como estudo, como formação e aprendizado, cujas vivências ao longo do seu percurso tornarão o homem mais sábio e mais preparado para compor uma sociedade mais racional e feliz. Mais uma vez, segundo Mahatma Gandhi: “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”.

“Seiryoku Zen Yo” Princípio da máxima eficiência com o mínimo de esforço: No livro (Kodokan Judo) – tradução livre - Jigoro Kano dá sua explicação: “Para se entender o que quero dizer com gentileza ou suavidade, imaginemos diante de mim um homem cuja força é dez e que a minha força seja sete. Se ele me empurra com toda a sua força, com certeza eu cairei, mesmo que resista com toda minha capacidade. Será a minha força contra a força do adversário. Mas, se ao invés

de me opor, eu girar o corpo saindo da sua frente, mantendo o meu equilíbrio, ele se desequilibrará. Nessa posição incômoda, ficará fragilizado e impossibilitado de usar toda a sua capacidade, ficando a sua força reduzida a três, enquanto eu continuo com a minha força em sete. Agora, sou mais forte que meu adversário e poderei derrubá-lo com apenas metade da minha força, deixando a outra metade para outros fins. Mesmo sendo mais forte que seu adversário, num primeiro momento, é melhor ceder. Ao fazê-lo, irá economizar energia para usar quando a do seu oponente se esgotar.”

desse princípio, o “ceder para vencer”, com a inteligência se sobrepondo ao uso da força bruta, podemos economizar muita energia física e mental na resolução dos nossos problemas diários. Viver com mais sabedoria e menos stress, evitar os conflitos desnecessários e desgastantes, situações tão corriqueiras na nossa vida moderna.

“Jita Kioey” Princípio do bem estar e beneficio mútuo: Sob o ponto de vista filosófico, podemos dizer que este é o propósito final, estabelecido por Jigoro Kano, para a prática do judô.

Este princípio se confunde com o “JU”, conceito de suavidade, e praticamente resume em si todos os demais. Pois, pela aplicação prática do Seiryoku Zen Yo (máxima eficiência com o mínimo de esforço) temos a base técnica e filosófica por onde o mestre edificou a construção do judô. Ele nos leva a refletir sobre a inteligência se sobrepondo ao uso da força bruta, o “ceder para vencer”. Não podemos deixar de pensar aqui, também, nas relações humanas no seu dia a dia. Quanta energia desperdiçada nos conflitos onde impera a “força bruta”, tanto no aspecto literal quanto no aspecto figurado do termo! Se nos habituarmos a usar da essência

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Não se consegue aprender, e muito menos se desenvolver na prática do judô, sem a ajuda de outro praticante. Na competição, menos ainda, pois, sem um oponente, não se tem um vencedor. Portanto, temos de ter consciência de que, acima de qualquer coisa, nós, praticantes de judô ou não, somos um organismo único, do ponto de vista dos objetivos a serem atingidos. Todos vamos nos beneficiar ou nos prejudicar com as atitudes de cada um, assim como as atitudes de cada um beneficiarão ou prejudicarão o grupo como um todo. Esta relação do dia a dia dos praticantes, fundamentada nos princípios acima listados, levam-nos ao Jita Kyoei, a prosperidade e os benefícios mútuos proporcionados pelo judô. Jigoro Kano, citado pelo Journal of Combative Sport em palestra proferida na Grécia, em Atenas, em 05/6/1934 (resumo e tradução livre), disse: “Para que uma sociedade possa funcionar como um organismo, precisa ser bem organizada, de modo que cada membro do grupo possa agir em harmonia com os outros. Esta harmonia só pode ser alcançada e mantida pela concessão das condutas egoístas e pela ajuda mútua de seus membros. Estas concessão e ajuda mútua são um princípio fundamental do judô, muito importante para o aperfeiçoamento da vida social.”

Competição de Judô x Princípios Filosóficos Observando a evolução do judô ao longo de sua história, especialmente, nos seus aspectos desportivos, gostaria de refletir com vocês, caros leitores, sobre a relação e a compatibilidade desses princípios filosóficos, educacionais e formativos com o processo que direciona o ambiente da competição. Para tanto, quero propor essa reflexão sobre alguns tópicos hipotéticos, porém não tão raros de serem observados no processo do judô competitivo: 1. Quando pensamos a competição de judô sob o ponto de vista puramente desportivo, no qual o que vale é a vitória pura e simplesmente, com a finalidade única de subjugar o oponente e se sobressair como campeão, podemos admitir a ple-

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nitude de interação dos princípios filosóficos, tão bem elaborados pelo mestre Jigoro kano? 2. Quando o meu objetivo enquanto competidor é apenas o de superar meus oponentes, mostrando a minha superioridade atlética para galgar o lugar mais alto no pódio e me vangloriar com a vitória, estarei me beneficiando plenamente e promovendo benefícios aos demais membros da comunidade? 3. Quando o professor, na ânsia que seu pequeno aluno de judô, uma criança em formação, seja um grande campeão, do ponto de vista do desempenho atlético, promove a sua especialização precoce em detrimento da plenitude do seu desenvolvimento, tanto do ponto de vista atlético quanto do ponto de vista biológico, psíquico e social, estará praticando os princípios educacionais do judô? 4. O mesmo professor ou técnico à beira do tatame, gritando, gesticulando e dirigindo-se aos árbitros, organizadores, colegas e outros de forma acintosa e deselegante, exigindo do seu pequeno judoca atitudes de um atleta adulto, estará ele praticando integralmente os princípios de Jigoro Kano propostos pelo Kodokan Judo? 5. Quando incentivamos os senhores pais para que tratem seu filhos, pequenos alunos de judô, como se fossem grandes atletas olímpicos, supervalorizando os resultados atléticos como se fossem o bem maior da prática, estaremos conformes com os princípios filosóficos acima listados e analisados? 6. Quando, no ambiente de competição, vemos cenas de demonstração de arrogância, soberba, vaidade, egoísmo e de

embates entre técnicos, atletas, árbitros, dirigentes, organizadores, familiares, torcedores, nos quais a solução dos conflitos prima apenas pelo desrespeito e o uso da força bruta, sem o mínimo de bom-senso, estamos focados nos verdadeiros propósitos para a prática do judô? Seriam, então, os aspectos desportivos e competitivos do Judô incompatíveis com seus princípios filosóficos, educacionais e formativos? Certamente que não! Penso que o mestre Jigoro Kano idealizou a prática do judô sempre orientada pelos seus princípios filosóficos, tanto no Dojô (ambiente de ensino e aprimoramento) quanto no Shiai Jô (ambiente de competição) e, especialmente, na vida cotidiana dos seus praticantes. Não bastassem os fundamentos dos princípios filosóficos acima analisados, o mestre deixa isso bem claro no teor de algumas das suas conhecidas frases: “Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.” “Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário, o que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.” “Judô não é uma luta, é uma arte.” “Quem teme perder já está vencido.” “O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam, paciência para ensinar o que aprendeu aos


seus semelhantes e fé para acreditar naquilo que não compreende.” “Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas.” “Praticar judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.” “Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.” “O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.” Inclusive, o ambiente competitivo é um momento muito rico, no qual afloram com muita intensidade todos os sentimentos humanos, tais como o medo, a raiva, a inveja, a alegria, a tristeza, a angústia, a felicidade e outros. Logicamente, para uma vida social saudável e harmônica, é preciso que tenhamos controle adequado

sobre todos esses sentimentos. E nada melhor para controlar esses sentimentos, na moderação de nossas ações, do que a aplicação prática dos princípios filosóficos acima listados. A maneira como lidamos com as situações do judô desportivo é que irá determinar a compatibilidade ou não desse processo. De que forma ,então, essa compatibilidade pode ocorrer e ter melhor proveito? Basta que foquemos a competição de judô revestida do seu devido valor, dentro de um processo de educação do físico e da mente, como propunha o mestre Jigoro Kano. Se assim pensarmos, veremos que a competição passa a ser um MEIO e não um FIM. Já dizia o educador francês Pierre de Frédy, conhecido como Barão de Coubertin, idealizador dos Jogos Olímpicos da era moderna, na frase escolhida por ele para refletir o ideal dos referidos jogos: “O importante não é vencer, mas competir”. Frase que teve seu real significado bastante deturpado ao longo da história. Entretanto, seu conteúdo nos faz pensar a competição como um meio e não como um fim em si. Quanto ao judô, esse ideal parece ficar bem claro quando seu criador o propõe como um instrumento de prosperidade e benefícios mútuos. Reflitamos, agora, como poderíamos modificar cada uma das situações inadequadas acima relacionadas, quando pensadas do ponto de vista educacional e formativo, dentro dos verdadeiros propósitos do judô, em todos os seus aspectos? Como tal, veremos que as nossas atitudes não poderão desvincular-se dos princípios filosóficos acima refletidos, pois eles deverão nortear sempre a atitude do judoca, seja na prática pura e simples do judô, seja no ambiente competitivo, seja

na aplicação prática das técnicas, assim como na gestão de sua vida cotidiana. Isso tudo pode ser resumido nas palavras do próprio Jigoro Kano para definir o propósito fundamental do judô: “O JUDÔ é o caminho para a mais eficiente utilização da força física e espiritual; pelo seu treinamento de ataque e defesa, educa-se o corpo e o espírito, tornando a essência espiritual do JUDÔ uma parte do próprio ser. Desta forma será capaz de aperfeiçoar a si mesmo e contribuir com algo para valorizar o mundo. Essa é a meta final da disciplina do JUDÔ.” Assim, através da máxima eficiência do corpo e da mente, faremos jus a esta dádiva maravilhosa que a natureza nos deu de presente e que nos sobrepõe a todos os outros animais do planeta: a inteligência. Com o uso racional da força e das energias física e mental, pautados pelo espírito de solidariedade, estaremos contribuindo com a construção de um ambiente de prosperidade e benefícios mútuos e uma sociedade mais feliz. Referências bibliográficas ■ Kano, Jigoro. “KODOKAN JUDO” – By Kodansha International Ltd – Printed in Japan, 1994. JOURNAL OF COMBATIVE SPORT – Página eletrônica: http://ejmas.com/jcs/jcsart_ kano_0201.htm - Consultada em 01/07/2010. ■ PENSADOR.INFO – Página eletrônica: www.pensador.info/mahatma_gandhi_frases/3/ – Consultada em 29/06/2010. ■ PENSADOR.INFO – Página eletrônica: http://www.pensador.info/autor/Jigoro_kano/– Consultada em 30/06/2010. ■ Sugai, Vera Lúcia. “O caminho do guerreiro” Volume I – Editora Gente – São Paulo – SP. - 2000.

Anderson Dias de Lima é ● Graduado em Educação Física pela PUCCAM – 1986 ● Pós Graduado Latu Sensu – Universidade Castelo Branco – RJ – 1989 ● Kodansha 6º Dan – FPJ/CBJ – 2004 ● Diretor de Ensino e Credenciamento Técnico Desde 1998 ● Delegado Regional da 8ª região (Oeste) – Desde 2005 ● Membro da Comissão de Estudos da FPJ, nos Jogos Olímpicos de Atlanta – 1996 ● Membro da Comissão de Estudos da FPJ, no Campeonato Mundial de Paris-1997 ● Membro da Comissão de Cursos para Professores de Judô da FPJ - Desde l995 ● Membro da Banca Examinadora da FPJ no Exame de Graduação desde 1999 ● Professor da Disciplina “Princípios da Educação Física Infantil e Conceitos Pedagógicos Aplicados à Iniciação Desportiva”, no Curso para Provisionados

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Copa Revelação

2010

Mato Grosso do Sul é Campeão da

Copa Revelação Fotos Marcelo Lopes, Nilton Fukuda, Miguel Schincariol e Budopress

São Paulo (SP) - Buscando consolidar-se entre as principais competições do país, a Copa Revelação de Judô Cidade de São Paulo 2010 realizou-se no dia 25 de julho, nas dependências do Esporte Clube Pinheiros. Realizada em 2009 pela Associação Branco Zanol de Judô e por competentes profissionais, como o vice-campeão olímpico Douglas Vieira, o professor Ney Mecking e o coordenador Francisco dos Santos, e efetivada por meio de emenda orçamentária do campeão olímpico e vereador Aurélio Miguel, desde a sua concepção a competição traçou objetivos claros, como fomentar e promover a difusão da modalidade. Ancorado no indispensável apoio da Secretaria de Esportes do Município de São Paulo (SEME), Federação Paulista

Aurélio Miguel

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2010


JUDO BRANCO ZANOL

Branco Zanol

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Copa Revelação

2010

de Judô (FPJ), Confederação Brasileira de Judô (CBJ), e de novos parceiros, como o Esporte Clube Pinheiros, Instituto Vita e Kimonos Dragão, o torneio recebeu este ano representantes de 15 estados. Branco Zanol e o vereador Aurélio Miguel, responsáveis pela copa, falaram sobre os objetivos e metas da competição. “A realização do torneio no ano passado deveu-se a uma sucessão de fatos que teve início com um desafio lançado pelo Aurélio para que fizéssemos um torneio que resgatasse o espírito dos campeonatos interestaduais realizados na década de 80 pelo sensei Mateus Sugizaki e sua equipe, contando, para isso, com uma estrutura condizente com a qualidade dos judocas brasileiros. Abraçamos o projeto e conseguimos chegar a esta segunda edição”, disse Branco. Para Aurélio Miguel, a Copa Revelação abre novas perspectivas para as categorias de base. “É fato que uma política pública eficaz produzirá resultados concretos a médio e longo prazo, interferindo diretamente em questões relacionadas ao esporte, saúde e educação. Precisamos prioridade e atitude contínuas em relação aos jovens atletas do país”, frisou o campeão olímpico.

Japão, o prêmio máximo As propostas técnico-educativas da Copa Revelação são bem claras: a promoção e difusão do judô no Brasil; o desenvolvimento e o estímulo à prática aos jovens e adolescentes; a revelação e detecção de novos talentos; a congregação dos participantes, propiciando seu intercâmbio social, cultural e esportivo, além da viabilização de intercâmbios nacionais e internacionais visando melhorar a performance de seus participantes. Dessa forma, em 2009, a organização do torneio enviou quatro judocas a Montreal, no Canadá, para treinamentos com a seleção olímpica local e um curso técnico com o japonês campeão olímpico Kosei Inoue, além de aulas intensivas de inglês. O resultado foi altamente positivo. Em 2010, a organização da copa enviará os judocas Marcus Gavey da Silva Braga (SP) e Manoela Braga (RS), escolhidos como os dois melhores atletas do campeonato, para assistirem ao Campeonato Mundial Sênior de Judô, que ocorrerá em Tóquio, no Japão, em setembro. De acordo com o professor kodansha Ney Mecking, coordenador da banca examinadora que escolheu os atletas, a avaliação abrangeu diversos aspectos. “Os critérios

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Banca Examinadora

JUDO BRANCO ZANOL

Coordenador: Ney Mecking Roberto Machusso Mauro Junqueira Marcelo Mozzilli Sérgio Ferrante João Claudio Gil Rodolfo Yamaiose Marco Costa Denilson Lourenço Monica Angelucci Cristhiane Parmigiano Priscila Marques Fabiane Okuda Luciana Ohi Roberta Bittencourt

utilizados tiveram como prioridade a obtenção do Ippon durante os combates, fossem eles obtidos tanto em tati-waza quanto em ne-waza. Também foi considerado o número de wazaris e yukos, a diversidade na utilização de técnicas, menor tempo para o término das lutas, capacidade atlética e menor incidência de penalidades, entre outros itens”, explicou Mecking.

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Copa Revelação

2010

Clínicas de Ne-waza e Tati-waza Neste ano, além dos excelentes combates, a Copa Revelação inovou e ofereceu aos participantes uma clínica de ne-waza com o medalhista olímpico Flávio Canto, e a clínica de tati-waza com Leandro Guilheiro, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atenas/2004 e Pequim/2008.

Copa Revelação Apresentou a Exposição O Judô e Seus Heróis Mostrando todo o comprometimento de seus idealizadores com a história do judô brasileiro, em paralelo à Copa Revelação foi apresentada a exposição O Judô e Seus Heróis. A mostra, que ficou aberta durante o período da competição, resgatou alguns dos mais importantes momentos da história do judô verde-amarelo no último século. Buscando retratar, por meio de fotos e textos, uma pequena e particular parte da história do judô, a exposição passeia por momentos marcantes do judô nacional, mostrando em perspectiva muito própria características e personagens de cada época. “Procuramos aprofundar e valorizar os diversos aspectos que ajudaram a moldar a história do judô paulista e brasileiro durante os últimos 100 anos. Resgatamos ícones da modalidade, que deram suas vidas para que o judô adquirisse credibilidade e respeitabilidade desde a sua chegada ao país”, disse Carlos Bortole, idealizador da exposição. “Tenho certeza de que a mostra agradou aos amantes do judô e do esporte em geral”, disse Branco Zanol, diretor geral do evento.

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Buscando a Perfeição O Troféu Ippon 2010 foi entregue aos judocas que mais Ippons conseguiram em suas respectivas categorias. E mais uma vez a Copa Revelação de Judô homenageou grandes personalidades da modalidade. Em 2009, dezesseis judocas que fizeram história nos tatamis nacionais e internacionais tiveram seus nomes gravados no troféu, como forma de reconhecimento por suas destacadas carreiras. Neste ano não foi diferente. A intenção da organização ao colocar este prêmio em disputa tem objetivos bem definidos: estimular os jovens judocas na busca da técnica definitiva e trazer para o presente os judocas que ajudaram a construir o passado e que servirão de exemplo para o futuro das novas gerações.

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Copa Revelação

2010

Homenageados Troféu Ippon 2010 Super Ligeiro Taciana Lima, judoca gaúcha que disputou as Olimpíadas de Sydney/2000 nesta categoria. Rodolfo Yamaiose dominou a categoria nos anos 80/90. Em 95 foi bronze no Pan de Mar Del Plata. Ligeiro Sarah Meneses, a piauiense é bicampeã mundial Júnior. Eleita personagem olímpica do país em 2009. Sergio Pessoa venceu a tradicional Copa Jigoro Kano em 86 e foi atleta olímpico em Seul/88. Meio-Leve Erica Miranda, atleta do Minas Tênis Clube e quinta colocada no Mundial de 2007, no Rio de Janeiro. João Derly que em 2005 conquistou o inédito título mundial e, em 2007, sagrou-se bicampeão do mundo. Leve Ketleyn Quadros, bronze em Pequim/2008, foi a primeira brasileira a subir ao pódio em esportes individuais. Roberto Machusso disputou as Olimpíadas de Montreal em 1976 e fez história no judô nacional. Meio-Médio Rosicléia Campos, a treinadora da seleção brasileira que disputou as Olimpíadas de Barcelona e Atlanta. Tiago Camilo, prata olímpica em Sydney/2000 e bronze em Pequim/2008. Campeão mundial em 2007. Médio Miriam Bezerra, campeã pan-americana em 84 e sul-americana em 85 (in memoriam). Carlos Honorato, o vice-campeão olímpico em Sydney/2000, que também foi bronze no Mundial de 2003. Meio-Pesado Edinanci Silva, bronze nos mundiais de 97 e 2003, esteve em quatro Olimpíadas: Atlanta, Sydney, Atenas e Pequim. Mario Sabino Júnior disputou as Olimpíadas de 2000/2004. Foi ouro no Pan e bronze no Mundial, em 2003. Pesado Edilene Andrade, a mineira que disputou as Olimpíadas de Barcelona/92 e Atlanta/96 no peso pesado. Frederico Flexa, o pesado carioca que disputou as Olimpíadas de Los Angeles/84, Seul/88 e Atlanta/96.

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Classificação Geral Masculino

Feminino

Super Ligeiro

Super Ligeiro

1º - Guilherme Barrreto Locio - AM

1º - Tawany Gianelo da Silva - SP

2º - Leonardo Tavarez Nelo - RJ

2º - Maria Eduarda Pereira Gomes - SP

3º - Luiz Claudio de Lima Jr - SP

3º - Andressa. Yamakawa Tsuha - MS

3º - Paulo Tadao Ijishi Tanaka - SP

Ligeiro

Ligeiro

1º - Nathalia Orpinelli Mercadante - SP

1º - Caimã de Oliveira Tonioli – SC

2º - Bianca de Lima Gonçalves - RJ

2º - Giovani Heck de Góis - RS

3º - Luana Barbosa de Mendes - SP

3º - Rodrigo Verçosa Lopes - PI

3º - Rafaelly de Jesus - MS

3º - Vitor Hugo Carvalho – SP

Meio Leve

Meio Leve

1º - Tamiris C. da Silva - SP

1º - Nicolas Felipe Almeida Santos - SP

2º - Nathalia Cássia Ferreira Dias - SP

2º - Lucas Nascimento Bernardo - SP

3º - Mayra Maiquele de Aquino Suzano - MS

3º - Pedro Souza Ximenes - RS

3º - Brenda de Lima Gonçalves - RJ

3º - Luiz Marcos Souza Freire – RJ

Leve

Leve

1º - Michelle Barros de Oliveira - MS

1º - Ricardo Luis Silva Santos Jr - SP

2º - Brenda Garcia - PR

2º - Leonardo Machado Rodrigues - RS

3º - Jessica Pereira - RJ

3º - Willian R. Pereira - SC

3º - Alexia Thais W. Castilhos - RS

3º - Luiz Paulo Ghellere DalPIaz – MS

Meio Médio

Meio Médio

1º - Ana Carla Rios Grincevicius - MS

1º - Marcus Gavey da Silva Braga - SP

2º - Karine Couto - RJ

2º - Pedro Victor Fonseca Resende - MA

3º - Thainy Daiane C. Sebastião - SP

3º - Thiago Henrique Silva Chiodi - SP

3º - Mariana Braga da Rosa - RS

3º - João Marcelo B. de Alencar - MS

Médio

Médio

1º - Manoela Braga - RS

1º - Lucas Samir Duran - DF

2º - Mariana de Oliveira Veiga - MS

2º - Jose Antonio de Almeida Junior - RJ

3º - Daniela Carla Oliveira - CE

3º - Alisson Mendonça da Silva - SC

3º - Larissa Corrêa Miquinyoty - SP

3º - Ricardo Vinicius Maldonado - SP

Meio Pesado

Meio Pesado

1º - Lorhanna Saboya - PR

1º - Gabriel Gouveia de Souza - SP

2º - Luana Gasparini dos Santos - SP

2º - José Paulo PInotti Ferreira Junior - ES

3º - Camila Caroline Moreira Ferreira - AM

3º - Henrique Eyroff - SC

4º - Beatriz Santos De Oliveira - SP

3º - Paulo Roberto de Araujo Junior - SP

Pesado

Pesado

1º - Sibilla M. Jacinto Faccholli - SP

1º - Marcio Belem dos Santos - RJ

2º - Camila Gebara Nogueira - MS

2º - Lucas Lima - RN

3º - Thuane Salem de Assis - SP

3º - Matheus Moreira Santos Guevara - SP

4º - Mariana V. da Silva Menezes – RJ

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3º - Marco Antonio da Silva Junior - SP

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Copa Revelação

2010

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Foi muito gratificante ver Willian, Douglas, Dagnino, Hungaro, Carmona e AndrĂŠia Berti grandes judocas do passado a frente de um evento voltado para a base

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Por Paulo Pinto Fotos Arquivo

Projeto Social de Goiás Judô do Futuro Lhofei Shiozawa

É Exemplo de Inserção Social Fundada em 28 de fevereiro de 2006, a ONG Organização Atitude Social de Inhumas – GO, criou o projeto de inclusão social Judô do Futuro Lhofei Shiozawa. Idealizado pelas judocas inhumensses Ana Vitoria Pimentel de Araújo e Fernanda Pimentel de Araújo, e viabilizado economicamente pela iniciativa privada de Inhumas, o projeto que atende dezenas de crianças carentes é muito mais que um ideal de vida, é um exemplo que deveria ser seguido por todos aqueles que desejam um Brasil melhor Responsável pela fundação e coordenação da ONG Atitude Social, Luiz Fernandes de Araújo Júnior, o engenheiro agrônomo que viu no judô a possibilidade de agregar qualidade de vida e proporcionar capacitação profissional aos jovens carentes de sua cidade, defende o princípio de que o destino do nosso país está em nossas mãos. Júnior é diretor da Platec - Planejamento Técnico Agropecuário LTDA. Empresa do agronegócio em projetos de gestão, topografia e ambiental, com grande participação no projeto, e é vicepresidente da Federação Goiana de Judô – FEGOJU. Júnior destaca que tudo começou pela iniciativa das duas filhas judocas, que queriam ajudar no desenvolvimento sociocultural das crianças de sua cidade. “O projeto foi idealizado por minhas filhas Fernanda e Ana Vitoria. Duas judocas que sabem da importância do judô na formação das crianças. Dessa forma, buscamos desenvolver um projeto que agregasse qualidade de vida para o maior número possível de crianças carentes de nossa cidade. O objetivo era plantar uma semente que, ao longo dos anos, pudesse dar frutos na formação de centenas de crianças, disseminando os princípios criados por Jigoro Kano, fomentando as-

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sim a prática do judô em nossa cidade.” Consciente dos desafios que iriam encontrar, o engenheiro agrônomo tratou de buscar apoio. “A concretização do nosso sonho se deu devido à importante ajuda de uma das maiores judocas brasileiras. Fundamos o projeto em 28 de fevereiro de 2006, quando tivemos contato com a Daniele Zangrando, e ela se dispôs a doar sua imagem para nossa ONG. A convidamos para ser a nossa madrinha e a partir daí tudo fluiu. Posteriormente houve um contato com a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, que de imediato permitiu a utilização de sua imagem para a divulgação de nosso projeto. E no dia da nossa fundação o Chitãozinho esteve presente.” Júnior explica que o sensei Shiozawa

participou ativamente da criação do projeto. “Nosso projeto nasceu com grande respaldo, e só não cresceu mais porque sabemos que não basta ter um determinado número de pessoas apoiando e trabalhando. Precisamos primeiro dar sustentabilidade e vida longa ao nosso ideal, para depois aumentar nossa capacidade gradativamente. Vemos muitos projetos nascendo e morrendo rapidamente, e nosso objetivo é tocar o Judô do Futuro enquanto tivermos vida. Esse é um compromisso que firmei com o sensei Shiozawa, pois esse era o sonho dele. Sua participação foi fundamental em todo o processo de implantação, e foi ele que escolheu a professora Tatiana Neiva para ser a nossa coordenadora. Ele sempre


Ana Vitória, Chitão, Danielle e Fernanda

confiou muito nela e hoje vemos que fez a escolha certa. Além do trabalho que desenvolve nos tatamis como professora, a Tatiana tem enorme carinho com as crianças. Exerce grande liderança com as famílias, e sistematicamente visita a casa daqueles que têm mais carência, providenciando o que for preciso, seja uma cesta básica, atendimento médico ou acompanhamento psicológico. Ela faz o acompanhamento e monitora o desenvolvimento de cada criança inscrita.” Uma das pessoas mais atuantes no trabalho desenvolvido pela ONG, a judoca Tatiana Neiva fala sobre a necessidade de crescimento do trabalho. “Este é um projeto que administramos com grande carinho, e certamente o número de crianças atendidas deverá crescer. Minha formação foi nos tatamis e minha vida sempre foi competir, mas esta experiência tem sido muito importante em meu processo de evolução. Além disso, hoje posso continuar nas competições, acompanhando os meninos e as meninas que estão conosco. Em 2008 tivemos algumas crianças que se classificaram para as finais do campeonato brasileiro. Uma delas perdeu dois irmãos, um deles assassinado. A família tem muitos problemas, mas ela já deu outro rumo a sua vida. Participou do campeonato pré-juvenil realizado em Salvador (BA), e aos

Ana Vitória, Chitãozinho, Danielle, Milka, Shiozawa e Fernanda

poucos o judô está entrando em sua vida. Outra menina disputou o infanto-juvenil em Natal (RN) e promete bastante. Aos poucos as crianças estão avançando tecnicamente e em breve as medalhas começarão a surgir. No Brasileiro Regional Sub-13, realizado em Campo Grande (MS), tivemos um representante e agora, no Brasileiro Sub-15 que será realizado em Anápolis, teremos mais um representante do projeto. No mesmo contexto da evolução técnica de nossas crianças, temos o atleta Daniel Pereira, que começou no projeto e já é faixa roxa e se tornou o primeiro atleta monitor. Ele já está me auxiliando e recebe uma ajuda de custo da Platec.” Tatiana falou sobre a importância do convívio das crianças com personalidades dos tatamis. “Já recebemos a visita de vários atletas e técnicos da seleção brasileira, e nossas crianças ficam muito estimuladas com a presença destes ídolos. A Danielle Zangrando já esteve aqui várias vezes, e sempre agrega experiência ao nosso trabalho. Sua militância no projeto lhe rendeu a premiação de cidadã inhumensse, uma iniciativa que partiu da Câmara dos Vereadores e da Prefeitura de Inhumas, em retribuição ao carinho que dedica às nossas crianças. O Henrique Guimarães, o medalhista olímpico que em Atlanta conquistou o bronze, esteve em Inhumas dando uma palestra sobre sua trajetória, e lotou o auditório da Prefeitura de Inhumas. Outra fera dos tatamis que visitou nosso projeto foi Fúlvio Miyata, que hoje é técnico da seleção brasileira. Na oportunidade, Fúlvio saiu de São José dos Campos (SP) com sua equipe para participar da Copa Inhumas de Judô Lhofei Shiozawa, e gentilmente dedicou muita atenção às nossas crianças. Mas não recebemos apenas celebridades do judô brasileiro. Recentemente Carrie Chandler, a norte-americana pentacampeã pan-americana, que hoje é auxiliar técnica do Jimmy Pedro, técnico da seleção norteamericana de judô, visitou nosso projeto. Ela deu uma palestra muito bonita e importante, em abril passado, e doou o judogi que usava quando encerrou a carreira na seleção norte-americana. O judogi nos foi entregue como forma de ajuda ao projeto.” A professora descreve o importante apoio que tem recebido. “Contamos com a importante colaboração da Prefeitura de Inhumas, que faz o transporte de nossas crianças. A iniciativa privada de Inhumas nos oferece uma importante aju-

Jimmy Pedro e Fernanda

da financeira, e parte das despesas são custeadas pelo Júnior, que não mede esforços na manutenção de nossa instituição. Nossa proposta é fazer as pessoas entenderem que está em nossas mãos o poder de fazer um país melhor. Pretendemos que nossa iniciativa sirva de modelo de gestão em projetos que usem o esporte para dar qualidade de vida às crianças que estão em situação de risco. Apenas para reiterar a força do nosso trabalho, destaco que temos hoje aproximadamente 1.500 crianças esperando vaga para entrar no projeto. Já fui autorizada a fazer a triagem para dobrar nossa capacidade e agregar mais 50 crianças ao nosso projeto. Temos nossos critérios que visam atender aqueles que mais necessitam.” Júnior destacou a credibilidade que a ONG conquistou em todo o estado de Goiás. “Há muita gente séria e responsável avalizando nosso projeto social. Uma delas é Milca Severino, a secretária de Educação de Goiás, que conheceu nossa instituição e classificou nosso trabalho como exemplar. Milca é pedagoga da Universidade Federal de Goiás, e hoje é um ícone da educação em nosso estado. Está há dez anos à frente da Secretaria de Educação, e já passou por três governos. Sempre é convidada a permanecer no cargo devido à sua competência. É junto aos pais das crianças que estão em nosso projeto e de pessoas como a Milca Severino que buscamos ter credibilidade. Gente que quer o melhor para as crianças do estado de Goiás.”

“Atualmente 1.500 crianças esperam vaga para participar do projeto Judô do Futuro” Para Tatiana, a ampliação da estrutura e dos serviços oferecidos é premente. “Infelizmente, ainda não nos organiza-

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Resultados obtidos deixam prefeito otimista

Junior com a esposa Socorro e as filhas Fernanda e Ana Vitória em Boston onde Fernanda vive e treina no Dojô do Campeão Mundial Jimmy Pedro

mos a ponto de construir nossa sede própria, mas vamos chegar lá. O projeto inicial previa a construção de um minicentro de excelência para atender o maior número possível de crianças carentes. No momento em que o prefeito Abelardo Vale da Costa conheceu nosso projeto, percebeu a seriedade dele e doou uma área pertencente à Prefeitura de Inhumas para viabilizar a construção de nossa sede. Em breve deveremos encarar este desafio. Além do dojô, temos uma sala para fisioterapia e oferecemos atendimento médico e psicólogo para todas as crianças. Temos parcerias com o Colégio Municipal Alessandro Miguel, e é desta escola que são selecionadas as crianças do projeto. A academia Cia. do Corpo é outro importante aliado. O Hospital da Mulher faz todo o atendimento médico, que inclui a avaliação, exames médicos das crianças. A Prefeitura Municipal de Inhumas tem participação fundamental em todas as nossas ações, e faz o serviço de transporte de todas as crianças do projeto. Além dos serviços descritos, a empresa Platec Engenharia fornece os judogis e todo o material utilizado pelas crianças: camisetas, sacola, chinelo, kit higiênico e cestas básicas para os mais carentes. As taxas de inscrição nas competição, despesas de alimentação e transporte, para competições no estado ou fora dele, também são custeadas pela Platec Engenharia.”

Há cinco anos e meio no cargo, Abelardo Vaz Filho, prefeito de Inhumas, vê no projeto a possibilidade de reescrever os valores socioculturais do Brasil. “Sem dúvida alguma são projetos como o Judô do Futuro que criam condições reais de vivermos no futuro num Brasil melhor. Aliada a todo o desenvolvimento pessoal que o judô proporciona, a disciplina que oferece aos seus praticantes é enorme. Este é o diferencial desta modalidade, que acima de tudo trabalha a questão da socialização dos jovens.” No campo esportivo, Abelardo Vaz está otimista e crê que em pouco tempo Inhumas brigará por medalhas. “Este projeto já nos premiou excelentes resultados no campo social, e no que diz respeito à formação de talentos não é diferente. Temos vários atletas do projeto disputando medalhas em torneios regionais. Isso nos estimula muito, pois as conquistas arrastam mais jovens para os tatamis, e esse é o nosso grande objetivo. Tirar as crianças da rua e colocálas no dojô. Penso que a atitude de orientar as crianças para o esporte cria uma blindagem natural contra todos os malefícios sociais que acometem a sociedade contemporânea. Prova disso é que a maioria das crianças que estão no projeto, apresenta significativa melhora no rendimento escolar e no relacionamento familiar.” Sobre a questão da expansão das ações, Vaz é enfático. “Nossa meta é aumentar a capacidade do projeto, pois este é um desejo da população. Já proporcionamos inclusive uma área para a construção de uma sede própria, pois entendemos que o Judô do Futuro precisa ter vida independente e firmar-se de forma cada vez mais sólida. Na questão competitiva, a Prefeitura está arcando com as despesas das viagens dos judocas que representam nossa cidade. Devemos apoiar nossos atletas para formar

As idealizadoras do projeto Fernanda e Ana Vitória

uma geração vencedora.” O prefeito finaliza destacando os benefícios da prática do judô. “Vi no judô uma ferramenta tão importante no desenvolvimento social e na formação das crianças que meu filho, de apenas 2 anos e meio, já está numa escola de judô. Este é um esporte maravilhoso e só traz resultados positivos.”

Campanha vai arrecadar mais judogis para o Judô do Futuro O coordenador do projeto fala sobre a nova campanha que prevê a criação de um museu do judô. “Recentemente, lançamos uma campanha para montar futuramente em nosso projeto um pequeno museu com os judogis de grandes judocas do mundo todo. Cada judogi doado para nosso museu por um atleta de destaque será convertido pela Platec Engenharia em dez judogis novos para as crianças do projeto. Já temos judogis da Danielle Zangrando e do Jimmy Pedro. Temos as promessas de receber kimonos de Sergio Pessoa e Camila Minakawa.

Danielle Zangrando vê no projeto importante aliado na questão social Daniele Zangrando, a madrinha do projeto, avalia a iniciativa como altamente positiva. “Sou madrinha do projeto Judô do Futuro de Inhuma. O conheci através da judoca Fernanda Pimentel, filha do Júnior, numa concentração em 2005, em

Carrie Chandler, Fernanda e a prof. Tatiana com crianças do projeto

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Daniel Pereira Marques primeiro atleta do projeto a conquistar a faixa roxa e se tornar monitor, Fernanda Araújo, Danivaldo Franco Frutuoso, presidente da Agência Goiana de Esportes e Lazer, Maurício Roriz presidente da Federação Aquática e Adley Ferreira atleta do projeto


Nelico, Danielle e Abelardo Vaz prefeito de Inhumas

Belo Horizonte. Acabamos criando uma amizade e hoje o Júnior faz parte da minha família. Quando soube da proposta do projeto e conhecendo o caráter do Júnior e seu comprometimento com o futuro das crianças mais necessitadas, mergulhei de cabeça e passei a ajudar naquilo que foi preciso. Ele tem um coração enorme e se vê na obrigação de ajudar crianças que sonham ter uma vida melhor por meio do esporte. O Júnior está efetivamente dando oportunidade a dezenas de crianças terem uma vida melhor pela prática do judô. Estive em Goiânia há dois anos, e vi que já tinha criança do projeto ganhando medalha em competições oficiais. Fiquei muito feliz por constatar que este é um projeto que não abriu por abrir. É um projeto social que tem o propósito de formar cidadãos e atletas. E, além de todos os objetivos estarem sendo atingidos, está impondo a cultura da prática de uma modalidade esportiva numa região onde antes quase não existia. Lá tudo é feito com grande dedicação e amor. Os professores são excelentes e é oferecido material de primeira para as crianças, que por sua vez correspondem com o devido comprometimento. Percebemos que elas querem corresponder conquistando medalhas e títulos para sua cidade. Está havendo comprometimento e reciprocidade. Hoje o judô de Inhumas tem dezenas de crianças que evoluíram tecnicamente e em pouco tempo Goiás terá naquela cidade um de seus maiores polos de judô.” Daniele destaca a importância de criar uma cultura vencedora. “É uma responsabilidade muito grande você saber que dezenas de crianças têm em você um espelho de vida. Depois que ganhei os Jogos Pan-Americanos, em 2007, voltei ao projeto para conversar com as crianças, mostrar a medalha e tirar fotos com elas. Lembro que me viam como ídolo, como uma pessoa intocável. Mas sabemos que não é bem assim. Na verdade sou uma pessoa de carne e osso, que treinou muito e se preparou para conquistar vitórias e medalhas. Mas gosto de estar ali presente e mostrar a eles que não são diferentes de mim, e também

podem chegar lá. Todos que treinarem forte terão bons resultados. Apesar da distância, pelo menos uma vez por ano faço questão de estar por lá e participar do trabalho que é feito. Mostro a eles que. se quiserem de verdade, um dia poderão ser grandes campeões. Se não forem nos tatamis, serão campeões na vida, pelo simples fato de estarem no esporte, trilhando um caminho melhor e aprendendo a respeitar o próximo, pois este é dos principais fundamentos do judô.”

Henrique Guimarães destaca idealismo Henrique Guimarães, medalhista olímpico em Atlanta1996, elogia o idealismo desse projeto. “Este é um projeto extremamente importante porque atende muitas crianças. Tive a oportunidade de estar lá e pude constatar o excelente trabalho realizado pelo meu grande amigo Júnior. Acho que o ideal dele, de estar contribuindo no desenvolvimento social de dezenas de crianças, é um exemplo a ser seguido. Eles estão inserindo no esporte crianças que antes não tinham a menor possibilidade de frequentar uma escola de judô. Além da evolução técnica que estão experimentando, eles estão conhecendo e vivenciando a filosofia do judô. Acho esta atitude extremamente importante e desejo que sigam em frente, e atendam cada vez mais crianças. O fato de o Júnior arcar com a manutenção do projeto gera ainda mais credibilidade ao trabalho que lá é desenvolvido. Existem varias formas de se obter satisfação pessoal, e isso deixa claro que a satisfação dele é zelar pelo social. Talvez seja por isso que o projeto Judô do Futuro esteja cada vez mais forte e solidificado. Acho que a tendência de crescimento deverá ser mantida, pois este projeto não depende de resultados e sim da manutenção de sua proposta idealista.”

Caiado enfatiza a seriedade do projeto

nior faz é sério e muito bem feito, sua participação ratifica a seriedade do projeto.”

Para Myiata o Judô do Futuro proporciona crescimento ao judô de Goiás Para Fúlvio Miyata técnico da seleção brasileira que em 1997 conquistou o bronze no Mundial de Paris, este projeto viabiliza o crescimento do judô em Goiás. “Este é um projeto muito bacana e diferente de tudo que conhecemos nesta área. Lá a questão social está acima das questões técnicas e competitivas, mas mesmo assim vemos que, aos poucos, o projeto está colocando judocas nas competições nacionais e tem difundindo a prática do judô em Inhumas e região. Este é um projeto tem como ponto-chave a utilização da prática do judô na evolução sociocultural de crianças carentes, mas que paradoxalmente atende aos interesses da modalidade no sentido de difundir sua prática numa região onde antes não existia judô. O Júnior é uma pessoa maravilhosa e está de parabéns por esta iniciativa.” Organização Atitude Social de Inhumas

Fundação: 28 de fevereiro de 2006 Presidente: Luiz Fernandes de Araújo Júnior Vice-presidente: Raquel de Souza Azevedo Diretora Financeira: Wanialice Marinho Sereno Rodrigues Médico: Dr. Salvino Mendes Rodrigues Professora de Judô: Tatiana Neiva Homenageado: Lhofei Shiozawa 9º Dan Idealizadoras: Fernanda e Ana Vitória Pimentel de Araújo Madrinha do Projeto: Daniele Zangrando Padrinhos do Projeto: Chitãozinho e Xororó Crianças participantes: 50 - 25 meninos e 25 meninas Escola: Colégio Municipal Alessandro Miguel Principais parceiros: Prefeitura Municipal de Inhumas Hospital da Mulher de Inhumas Colégio Municipal Alessandro Miguel Academia Cia. do Corpo Platec - Planejamento Técnico Agropecuário LTDA Empresas participantes: 25

Perfil de Inhumas

Cidade do Centro-Oeste Brasileiro Microrregião 007 Anápolis Fundada em 1858 População: 45.000 habitantes Distante 40 km de Goiânia, tem na agropecuária sua maior fonte de renda Prefeito: Abelardo Vaz Filho

O deputado federal Ronaldo Caiado destaca a seriedade do projeto. “Sou amigo do Júnior já há muitos anos, e conheço seu comprometimento com as causas que abraça. Desconhecia o trabalho que ele e sua equipe desenvolvem à frente da ONG Atitude Social de Inhumas, e quando tive ciência da grandeza do trabalho que lá é realizado fiquei muito feliz. Tudo que o JúDanielle Zangrando com o Deputado Federal Ronaldo Caiado que apoia o projeto

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Por Paulo Pinto Fotos Budopress

Mentiras e Chantagens

Alicerçam a Política Desenvolvida pela FIJ e pela Confederação Pan-Americana de Judô Nascido em 14 de agosto de 1952 na República Dominicana, Jaime Casanova, presidente da União Pan-Americana de Judô (UPJ), falou com exclusividade a Budô e revelou toda a trama que envolve a tentativa de desfiliação da entidade que há 42 anos representa os interesses do judô pan-americano. Engenheiro industrial, sétimo Dan e há 11 anos no cargo, Casanova foi enfático ao afirmar que, devido aos antecedentes do presidente da Federação Internacional de Judô (FIJ), teme pela integridade física dos membros do Comitê Executivo da UPJ Desde quando a UPJ está filiada à FIJ e representa os interesses do judô panamericano? Desde 1968. Quem o antecedeu na presidência? Antecedeu-me um grande homem, Sergio Adib Bahi, brasileiro, homem cordial, simpático, honesto, respeitado e muito querido por todos. Desde quando está no cargo? Desde novembro de 1999 Quantos países estavam filiados à UPJ quando assumiu e quantos países estão filiados hoje? Quando iniciei tínhamos 32 países filiados. Hoje contamos com 26 países, mas como o laudo arbitral CAS 2009/A/1823 União PanAmericana de Judô vs. Federação Internacional de Judô, emitido em 11 de dezembro de 2009, destituiu e ilegalizou totalmente a Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ), somos o único representante do judô nos 42 países de nosso continente. Como surgiu a Confederação Pan-Americana de Judô? Todos sabem que há muito anos Paulo Wanderley, presidente da CBJ, buscava ser o presidente da UPJ, e quando Marius Vizer acenou com a possibilidade de desfiliar ilegalmente a UPJ, Wanderley criou esta entidade, que surgiu na ilegalidade e assim está até hoje.

realizado na cidade do Cairo, no Egito, em setembro de 2005. A União Pan-Americana de Judô apoiou a reeleição de Yong Sung Park, que derrotou Marius Vizer. O que de fato deflagrou este processo de cisão? A perseguição de Marius Vizer contra o Comitê Executivo da União Pan-Americana de Judô, que não apoiou sua pretensão de ser o presidente da FIJ no congresso ordinário realizado no Cairo, e, depois, porque nos negamos a participar de um golpe de estado contra o Sr. Park, que era o legítimo presidente da FIJ, eleito numa eleição democrática. Este golpe de estado foi orquestrado na Europa pelos senhores Alejandro Blanco - atual presidente do Comitê Olímpico Espanhol, e Juan Carlos Barcos - atual presidente da Real Federación Española de Judo,

De que forma e quando começou o problema com a FIJ? O problema teve início no Congresso Ordinário da Federação Internacional de Judô, Jaime Casanova o presidente da UPJ

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para tratar de ganhar a indulgência de Marius Vizer, a quem eles não haviam apoiado no Cairo, no ano de 2005. Quem está por trás deste complô? Vizer, Carlos Barcos, Heidi Douhib ou Paulo Wanderley? Todos. Os senhores Marius Vizer e Heidi Douhib para vingar-se do Comitê Executivo da União Pan-Americana de Judô por não apoiá-los no Congresso Ordinário do Cairo em 2005, mas quem na verdade promoveu tudo isso foram os espanhóis Alejandro Blanco e Juan Carlos Barcos, que nos estão punindo por nos termos negado a seguir suas instruções de apoiar Marius Vizer a tomar o poder da Federação Internacional de Judô de forma ilegal e ilegítima, no Congresso Ordinário realizado no Rio de Janeiro em setembro de 2007, já que eles pensam que o continente pan-americano ainda é um feudo, ou colônia, da Coroa Espanhola. Além disso, reitero que jamais aceitaremos suas propostas imorais. Já Paulo Wanderley e um pequeno grupo de “dirigentes panamericanos” foram procurados por Marius Vizer e Alejandro Blanco para somarem forças contra a União PanAmericana de Judô, e para isso criaram uma entidade que hoje é ilegal e destituída. Este grupelho nunca pôde ganhar uma eleição a nenhum cargo no Comitê Executivo da UPJ, e aproveitou esta oportunidade para obter poder no continente por meio de chantagens, coerção e mentiras. A principal arma utilizada por eles é o desprestígio orquestrado na Europa contra nós. Os inquisitores Ignacio Aloise e Paulo Wanderley trabalham sob ordens expressas de Marius Vizer, discriminando atletas e professores dos países que não apoiaram o golpe perpetrado por eles.

Na foto, Paulo Wanderley ao lado do presidente da FIJ, Marius Vizer, e demais membros do Conselho da FIJ na aprovação da filiação da Confederação Pan-Americana de Judô que ocorreu no dia 07 de maio

em nosso continente. Fomos nós que levamos o caso perante a autoridade máxima do desporto mundial, que é o Tribunal de Arbitral Desportivo (conhecido pelas siglas em inglês e francês, CAS/TAS), no dia 3 de abril de 2009. Essa entidade emitiu o laudo CAS 2009/A/1823 União Pan-Americana de Judô vs. Federação Internacional de Judô no dia 11 de dezembro de 2009.

CHF15.000 (Quinze mil francos suíços) de custas legais e gastos. Cada parte deverá cobrir todos os demais custos existentes neste litígio. Todas as demais solicitações são desconsideradas. Lauzane, 11 de dezembro de 2009 Quais são os verdadeiros interesses de Vizer em tudo isso? Esta é uma pergunta muito difícil, mas basta analisar tudo que tem acontecido com o judô em nível mundial. Vemos hoje os grandes negócios que são feitos no judô a custo do sacrifício econômico da grande maioria de países pobres, onde a prática do judô está cada dia mais difícil, pois as novas regras estão sendo feitas para favorecer as empresas e as negociatas, e não o judô.

“Os inquisitores Ignacio Aloise e Paulo Wanderley trabalham sob ordens expressas de Marius Vizer, discriminando atletas e professores dos países que não apoiaram o golpe perpetrado por eles”

De que forma este problema chegou ao Tribunal Arbitral do Desporto? Logo que foi divulgada a decisão do Comitê Executivo da Federação Internacional de Judô, em 27 de março de 2009, quando de forma ilegal deixaram de reconhecer a UPJ como representante da FIJ

Qual foi a sentença proferida pelo órgão? A decisão deste órgão internacional, ou seja, do Tribunal Arbitral do Desporto CAS/ TAS foi a seguinte: Com embasamento nos fatos expostos, a Corte de Arbitragem do Desporto decide que: 1) Confirmamos a solicitação da União Pan-Americana de Judô, e a decisão de 27 de março de 2009 é declarada nula para todo e qualquer propósito. 2) A decisão do Comitê Executivo da Federação Internacional de Judô de reconhecer a Confederação Pan-Americana de Judô como única união representante no continente americano é revogada. 3) As custas processuais serão determinados e notificados às partes pelo CAS Court Office, e deverão ser cobertos pela Federação Internacional de Judô. 4) Ordenamos a Federação Internacional de Judô pagar à União Pan-Americana de Judô uma contribuição de

Você se opõe a estas mudanças? Claro que sim. Sou favorável às mudanças que beneficiem o judô enquanto modalidade esportiva, e que fomentem a participação de um número cada vez maior de países e judocas. As mudanças recentes favorecem os grandes e poderosos grupos econômicos. Em médio prazo todas estas mudanças trarão consequências terríveis para o judô. Estão cerceando o direito de países mais pobres de participarem das competições mundiais, e Cuba é um grande exemplo disso. De que forma Marius Vizer chegou ao poder na FIJ? Vizer chegou ao poder de forma irregular e violando o estatuto da Federação Internacional de Judô. O Sr. Park foi pressionado a renunciar. Para atingir este objetivo, valeu-se do apoio de Patrick Hickey (presidente dos comitês olímpicos da Eu-

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ropa), Lassana Palenfo (presidente dos comitês olímpicos da África) y Alejandro Blanco, (antigo aliado incondicional de Park e presidente do Comitê Olímpico Espanhol). Cedendo a toda chantagem e pressão de que estava sendo vítima, o Sr. Park renunciou e Vizer assumiu, mas teria de terminar o mandato que se encerraria em 2009. Entretanto, violando o estatuto da FIJ, no congresso ordinário da entidade realizado no Rio de Janeiro, em setembro de 2007, o atual presidente estendeu seu mandato por mais quatro anos, autointitulando-se presidente até 2013. Verdadeiramente, Vizer jamais foi eleito presidente da Federação Internacional de Judô. Ele é um golpista. Quantos anos o Sr. Park foi presidente da FIJ? Yong Sung Park foi presidente desde o congresso ordinário realizado em Makuhari, no Japão, em 1995, até setembro de 2007. Ao todo esteve no cargo por 12 anos. De forma concreta, quais motivos o fizeram abdicar da presidência da FIJ? Minha opinião é ele se viu envolvido em muitos problemas e optou por renunciar. Fizeram que acreditasse que possuíam votos suficientes para impugnar sua candidatura, e ao sentir-se encurralado perante o Comitê Executivo da FIJ e do Comitê Olímpico Internacional, e ele decidiu renunciar assinando um documento imposto por Alejandro Blanco. No congresso, percebemos que Marius Vizer não possuía os votos necessários para tirar o Sr. Park da presidência da FIJ, mas já era tarde demais porque ele havia renunciado. A seu ver, quais serão os prejuízos causados pela eleição de Vizer para a presidência da FIJ? Eleição não, pois a situação do Vizer foi uma imposição. De todo modo, enfatizo que este fato é um enorme retrocesso

Nuzman, Vizer e Wanderley

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para nossa modalidade. A FIJ sofreu um golpe de estado e isso é um retrocesso do sistema democrático da Federação Internacional de Judô, e, em geral, para todo o movimento desportivo mundial organizado, que expõe de forma muito negativa o Comitê Olímpico Internacional, que vende a idéia do “Jogo Limpo”. Este fato desastroso evidencia que as minorias não existem no judô e no esporte como um todo.

a ele. Posteriormente Vizer os expulsou da cúpula da União Européia de Judô, e diante da pressão exercida pelo grupo de Vizer, acabaram mudando de opinião e decidiram apoiá-lo. Na verdade a dupla espanhola pretendia chegar à presidência da Federação Internacional de Judô no congresso ordinário realizado no Rio de Janeiro em 2007, mas quando viram que não fariam frente a Vizer, recuaram e hoje servem a ele.

Vizer é efetivamente um judoca? Segundo é divulgado, ele foi um praticante, porém isso é muito diferente de ser um judoca de verdade. Ser judoca exige uma série de características que têm a ver com a filosofia do Judô como caminho de vida e de conduta, como foi concebido pelo professor Jigoro Kano. Coisa que Vizer não é e não pratica. Cito como exemplo que, na reunião do Comitê Executivo da FIJ, realizado no Rio de

Como viu a imposição da FIJ sobre a exigência do uso dos judogis homologados por ela? Isso é um absurdo. Isso jamais aconteceu antes e por trás disso existe um grande negócio, que vai encarecer os judogis. Esse absurdo envolve toda a indumentária dos judocas. Passa pelo judogi, a faixa e chega até os distintivos. Em pouco tempo eles estenderão isso para os tatames, placares, software de chaves, ba-

“Este golpe de estado foi orquestrado na Europa pelos senhores Alejandro Blanco - atual presidente do Comitê Olímpico Espanhol, e Juan Carlos Barcos - atual presidenteda Real Federación Española de Judo” Janeiro em março de 2005, Vizer teve o desplante de desafiar Yong Sung Park a enfrentá-lo no tatami, para pôr fim às diferenças políticas existentes. Um verdadeiro judoca jamais faria isso, muito menos com uma pessoa 25 anos mais velha. Ele já foi visto de judogi? Acho que sim. Segundo o que é divulgado, ele já apareceu de kimono algumas vezes. Mas aquilo de viver em competições e no cenário mundial, jamais. Ele não tem história nos tatames. Um jornal de grande circulação de São Paulo sugeriu que Vizer tem negócios escusos. Que a riqueza que possui não foi explicada claramente. O senhor possui alguma informação sobre isso? Só conheço aquilo que é dito na internet, e seu prontuário o qualifica como um questionável homem de negócios. Em 2004 os espanhóis Blanco e Barcos enviaram muita informação contra Vizer, pois naquela época faziam oposição

lanças de pesagem, e todos acessórios que envolvam a realização de eventos oficiais de judô. Resumindo, tudo virou um grande negócio. Quem é o patrocinador financeiro da Confederação Pan-Americana de Judô? Quem banca financeiramente a entidade que o Paulo Wanderley fundou e da qual e se autointitulou presidente? O patrocinador são Marius Vizer e FIJ. Ambos são a mesma coisa hoje. Não existe distinção entre a entidade e a figura do presidente. O presidente anterior sabia muito bem qual era seu papel na entidade, enquanto Vizer se apossou da FIJ e a administra da forma que lhe convém. Você crê que Vizer será punido por desacatar a decisão do Tribunal Arbitral Desportivo CAS/TAS? Devemos esperar e ver de que forma os acontecimentos se desenvolvem. Não tenho resposta para isso. Qual é a posição do COI em todo este episódio? A postura deles até agora foi a não intervenção neste processo.


Sua análise é a de que o COI está sendo omisso ou conivente? Entendo que o Tribunal Arbitral do Deporto deve fazer a denúncia de todo esse processo ao Comitê Olímpico Internacional (COI), pois a FIJ não acatou o laudo arbitral emitido por este organismo internacional, o qual Marius Vizer já afirmou que não respeitará. O senhor vê alguma ligação entre a forma arbitrária com que o Marius Vizer administra o judô mundial e a amizade que ele tem com Putin, o premiê russo? Na verdade, eu não posso falar nada sobre isso, porém é um fato muito comentado. De qualquer forma, falar sobre algo de que não tenho conhecimento seria especulação, e eu não posso me prestar a isso. Não iria difamar alguém que respeito e admiro. Não acredito que o Sr. Putin se envolveria em questões como essa. Posso afirmar que é um praticante de judô, e quando era presidente da Rússia visitou a Kodokan e treinou judô com Yamashita, o grande campeão japonês. Como fica a questão das medalhas que várias centenas de atletas estão conquistando na CPJ, entidade pan-americana criada por Paulo Wanderley? Infelizmente temos de aguardar o desfecho final de tudo isso para depois estudar de que forma poderemos resolver o impasse criado por Paulo Wanderley. Certamente iremos proteger os interesses dos judocas que, de boa-fé, estão sendo envolvidos nesta grande mentira. Os dividendos (recursos financeiros) olímpicos são a verdadeira razão desta briga? De forma alguma. A verdadeira razão de tudo isso é a determinação dos atuais dirigentes da FIJ de eliminar as pessoas que fazem parte do conselho executivo da UPJ do cenário internacional do judô. Entretanto, esclarecemos que até a data de hoje

Vizer, Nuzman e Kassab

a FIJ já deixou de entregar à União PanAmericana de Judô os valores referentes aos seguintes eventos: 1.- Campeonato do Mundo - Rio de Janeiro 2008 2.- Jogos Olímpicos - Beijing 2008. 3.- Campeonato do Mundo - Rotterdam 2009 Esta disputa acontece por poder ou por interesses financeiros? Definitivamente não. Acho que você não está entendo tudo que estou falando. O problema não surgiu devido à falta de transferência de créditos. Marius Vizer tem utilizado isso como uma arma para nos prejudicar, atacar e nos afundar economicamente. Mesmo porque estes recursos fazem parte do patrimônio dos judocas da UPJ, e isso tem prejudicado em muito o andamento de nossa modalidade nos países com menor autonomia financeira. Temos programas que visam a estimular e desenvolver o judô nesses países mediante do envio de tatames, judogis, material didático e professores altamente qualificados. Este importante programa foi avaliado com excelente desempenho pela comunidade judoísta internacional, e até foi copiado pela FIJ, que o adotou em vários países da África. Mas tudo está paralisado em função dos desmandos praticados pelo grupo encabeçado por Vizer. A Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ) é uma entidade ilegal? Segundo o laudo arbitral emitido pelo CAS/ TAS em 11 de dezembro passado, esta é uma entidade ilegal e destituída, e eu tenho de acatar a decisão deles, da mesma forma que acataria se o laudo fosse contra a UPJ, pois, além de respeitarmos os valores democráticos, somos judocas na acepção da palavra. Quais são as sanções que pretendem impor a Marius Vizer? Após ter cometido tantas atrocidades à frente do Judô mundial, nossa leitura é que Marius Vizer deveria renunciar ao posto que conquistou ilegalmente em 2007. Estas ações foram terríveis para o desenvolvimento dos países pequenos,

que amargam hoje o maior retrocesso da história de nossa modalidade. Hoje temos um judô que atende apenas às necessidades da elite mundial. Paulo Wanderley também poderá ser punido por criar uma entidade para esvaziar a UPJ? Certamente, pois se prestou a dar um golpe de estado numa entidade com toda a história e tradição que a UPJ possui. Somos filiados à FIJ desde 1968, e sempre respeitamos as diretrizes da entidade. Para atingir seus objetivos escusos, Paulo Wanderley usou chantagem e a compra de consciência de muita gente, e temos tudo isso documentado. Ele na ficará impune. Sempre soubemos que ele não é de cumprir acordos e não tem a tradição de honrar compromissos assumidos, mas dessa vez ele foi longe demais. Quanto ao futuro, o senhor é otimista? Definitivamente sim. Entretanto, devo admitir que em certos momentos me sinto perplexo com tudo que estou vendo e passando. Jamais poderia imaginar que a FIJ pudesse desrespeitar uma decisão emitida pelo CAS/TAS. Isso representa total desrespeito à ordem político/desportiva mundial. Estão matando a democracia, e o pior é que estão comprometendo a imagem do judô. A FIJ era reconhecida como uma entidade séria. Os espanhóis acima citados, e depois Marius Vizer, estão destruindo toda a credibilidade que o judô havia conquistado após décadas de luta e muito trabalho. Mas, ao mesmo tempo, sei que no fim a verdade se imporá, a justiça será feita, e acabaremos com este pesadelo. A comissão de ética do COI está sendo imparcial? Que eu saiba, eles estão mantendo neutralidade, mas estou seguro de que ela é conhecedora da situação atual e do desacato ao laudo arbitral. O senhor acredita na lei desportiva internacional? Até hoje a lei do desporto mundial tem sido cumprida, e as regras têm sido respeitadas, e mesmo que agora tenha sido desrespeitada pela FIJ, como democrata e como cidadão deste mundo acho que em breve a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto será validada e acatada pela FIJ, e seu comitê executivo certamente enfrentará fortes sanções por tudo que está fazendo de errado.

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presidente da Federação Internacional de Judô (FIJ). Fico imaginado a receita que este homem administra em detrimento do judô no Brasil e no resto dos países pan-americanos, que empobrecem economicamente. Como avalia este caos criado por ele e pelo Marius Vizer no judô pan-americano? É muito difícil fazer essa avaliação, mas o prejuízo produzido por suas ações repercutirão por muitos anos. Paulo Wanderley

Na pratica, quantos países hoje apoiam Paulo Wanderley? Isso é muito relativo porque os países que “apoiam” Paulo Wanderley o fazem pela chantagem, pressão e coerção e pelo medo de serem perseguidos, enquanto outros o fazem porque recebem ajuda econômica, judogis, tatamis, passagens aéreas e uma infinidade de facilidades. Já os que nos apoiam o fazem porque têm dignidade, decoro, comprometimento com a verdade e com o que é certo. Muitos desses dirigentes estão sofrendo pressão dos comitês olímpicos de seus países, que buscam forçá-los a mudar para a entidade ilegal que é dirigida por Paulo Wanderley. Você acha que, se Vizer e Wanderley tivessem maioria aqui na América, teriam deixado de participar do Congresso Ordinário da União Pan-Americana em 2008, quando fui reeleito? O senhor acha que Paulo Wanderley foi desleal? Certamente que sim. Mas sua traição não foi apenas comigo ou com o Comitê Executivo da UPJ. Ele traiu todos os países do nosso continente. Ele traiu a memória de dirigentes sérios, honestos e competentes como o brasileiro Sérgio Adib Bahi. Gente que deu a vida para construir um judô coeso e, acima de tudo, justo no continente americano. Traiu todos os presidentes dos estados que compõem o Brasil, jogando todos os judocas brasileiros numa grande mentira. Como define o presidente da CJB? Como uma pessoa doente por poder e de uma ganância sem precedentes. Na verdade, hoje ele possui mais poder que o presidente da FIJ, pois preside a CBJ e a CBP que, mesmo tendo sido destituída pelo CAS/TAS e estando na ilegalidade continua atuando, e de quebra é vice-

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Muita gente que tem participado de eventos pan-americanos afirmam que estão sendo pressionados pelo grupo do presidente da CBJ. Além das pressões, está havendo coerção, e a FIJ está dando todo tipo de facilidade para alguns países participarem dos eventos da ilegal Confederação Pan-Americana de Judô. Na audiência realizada em 31 de agosto de 2009 em Lauzane (Suíça), Ignacio Loise disse que a FIJ custeou as despesas do Uruguai, Chile e Paraguai para irem ao Campeonato Mundial de Judô realizado em Rotterdam, Holanda, entre 23 e 30 de agosto de 2009. Neste momento houve um recesso na audiência, e no regresso Heidi Dhouib e Juan-Luc Rouge, representantes da FIJ, desmentiram Aloise, informando que estas “facilidades” eram pagas pelo movimento Solidaridade Olímpica. Escrevi ao Solidaridade Olímpica informando tudo isso e me responderam que isso não era verdade, pois só entregam recursos diretamente aos comitês clímpicos nacionais. Tenho ambas as cartas em meu poder. Infelizmente, isso está parecido com aquelas tramas hollywoodianas, em que tudo e todos estão contra um. Realmente, o que existe é uma conspiração internacional desportiva contra a UPJ. Essa conspiração é dirigida por Marius Vizer, por intermédio de Alejandro Blanco, presidente do Comitê Olímpico Espanhol, que conseguiu o apoio de figuras dos comitês olímpicos da América, que na grande maioria aceitou o desacato ao laudo arbitral. Estou consciente de que a integridade física dos membros do Comitê Executivo da UPJ corre sérios riscos, pelos antecedentes e as ações de Marius Vizer

Marius Vizer. Mesmo assim, temos de seguir lutando pelo decoro e pela dignidade que nos legou um homem como Frank Fullerton. Por que afirma isso? Justamente pela forma como nossos inimigos atuam, e também pelos expedientes que usam em alguns países da Europa. Agem na base da pressão, extorsão, compra de consciência, ataques físicos, chantagem e discriminação dos atletas. Tudo isso compõe a linha de atuação e a conduta destas pessoas. Nossa análise é que, desde que a atual diretoria se apossou do poder na FIJ, a modalidade virou um grande negócio. O senhor concorda com nossa análise? Com absoluta certeza. A FIJ tornou-se um grande empreendimento financeiro, que envolve a venda de judogis, emblemas, compra e venda de passagens aéreas, despesas com hospedagem de atletas, direitos de transmissão por TV de uma quantidade absurda de eventos. Entre outras coisas, cito como exemplo o custo das diárias single, pagas recentemente no Rio de Janeiro, quando houve o Grand Slam, que estava em torno de € 173 (euros). Isso é escandaloso. Hoje, na FIJ, se respira dinheiro, e as condições econômicas dos países pobres não são mais respeitadas. Além do que, a FIJ tornou-se uma entidade antidemocrática, na qual 15% decidem sobre a totalidade, e o mais escandaloso é que o presidente designa 14 dos 22 membros do Comitê Executivo. Foi implantado total autoritarismo.


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Copa São Paulo de Judô A Maior Competição da Temporada 2010

Praia Grande (SP) – Mais uma vez o Ginásio Municipal de Esportes da Praia Grande “Falcão” foi o palco de um evento da Federação Paulista de Judô, onde nos dias 27 e 28 de março a entidade sediou sua maior competição da temporada. Nos dois dias de disputa o tradicional evento que abre o calendário oficial da Federação Paulista de Judô reuniu 1.335 atletas vindos das 15 delegacias regionais de São Paulo. Segundo João Carlos Ribeiro, delegado da 11ª Regional/Litoral, este evento foi um marco em sua gestão. “Estamos

:Marcelo Pistoresi

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Dados da Competição São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba

Botucatu Presidente Prudente Bauru Marília

Campinas São José dos Campos Sorocaba

Vale do Ribeirão

e São

Grand

Paulo

Local: Ginásio Municipal de Esportes de Praia Grande “Falcão” Cidade: Praia Grande (SP) Data: 27 e 28 de Março de 2010 Classes: Infanto-juvenil – Pré-juvenil - Juvenil - Junior - Sênior Delegacia: 11ª Delegacia Regional - Litoral Delegado Regional: João Carlos Ribeiro Manso Jr. Total de Áreas: 8 Tempo de Competição: 2 dias Atletas Inscritos: 1.335 Associações Participantes: 250

Municípios Participantes: 61

Valdir Melero, tesoureiro da FPJ e o Professor Celso Ferreira Franco, árbitro, da Associação Atlética dos Portuários de Santos


11ª

Delegacia Regional - Litoral Delegado João Carlos Ribeiro Manso Jr.

comprometidos com a evolução técnica do judô paulista, e destaco que só conseguimos realizar uma competição com quase 1400 atletas inscritos, devido ao comprometimento e a dedicação dos membros de nossa delegacia. A logística e a experiência que as equipes técnica e de arbitragem da FPJ foram fatores determinantes para atingirmos os resultados obtidos no evento”.

José Carlos de Souza, Secretário da Juventude, Esporte e Lazer de Praia Grande

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O dirigente lembrou o apoio recebido da Prefeitura da Praia Grande. “Pretendemos realizar outros eventos aqui em nossa Delegacia, ainda nessa temporada. Temos grande respaldo do Governo Municipal na realização de nossas competições, pois a Praia Grande é hoje um Município que mantém suas portas permanentemente abertas para o esporte, e o Judô é uma de nossas prioridades”.

João Carlos e Satoru Ebihara

O querido professor João Gonçalves em uma de suas últimas participações nos eventos da FPJ

Chico e Rogério Sampaio

Dani Zangrando e Jantália Gil e Júlio

Hatiro Ogawa e Rogério Sampaio

Paulo Duarte orientando uma aluna

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Rubão, Edson e Omura

Chico e João Carlos

O gigante Babi com Chico

Rogério sempre é assediado pelos fãs


11ª

Delegacia Regional - Litoral Delegado João Carlos Ribeiro Manso Jr.

FEMININO Infanto-juvenil Super-ligeiro 1º - Yohana Dhara dos Santos

Clube Camp. Regatas e Natação

Ligeiro

Ligeiro 1º - Julia M. Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

2º - Isabela C. Tavares

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Jessica Couto Lima

Assoc. Hirakawa de Judô

3º - Letícia Ribeiro B. Silva

ADPM - Reg. S. J. C.

Meio Leve

1º - Janaina Gabriela Souza

Rio Preto Automóvel Clube

2º - Mariana de Lima Mendes

Assoc. de Judô Hombu Budokan

3º - Luana Raissa dos Santos

ADC General Motors S. Jose C.

3º - Yasmim Reis da Silva

Judô Makoto

Meio Leve

1º - Nathalia Carnio

Seduc - Praia Grande

2º - Jessika Caroliny L Martins

Rio Preto Automóvel Clube

3º - Raquel Ap. Laurindo 3º - Sabrina Gabriela de O. Araujo

Seduc - Praia Grande

Leve

1º - Elisa Mitsue Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

2º - Ana Rosa Nunes de A. Rezende

Clube Rodoviário de Judô

3º - Amanda de Lima Mendes

Assoc. de Judô Hombu Budokan

3º - Karen Lika Kuwabara

Assoc. Amaro de Judô

Leve

1º - Anne Karoline Alves De Macedo

São João Tênis Clube

2º - Beatriz Fujie Nakazawa

Assoc. Registrense de Judô

3º - Larissa Graziele dos Santos

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Rafaela Ruiz N. de Morais

A. Desp. Centro Olímpico

Meio Médio

1º - Vitoria Aparecida Hemmel

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe

2º - Ryanne Couto de Lima

Assoc. Hirakawa de Judô

3º - Isabela Torres Custodio

Clube Rec. Suzano Judô Terazaki

3º - Beatriz Rodrigues Pereira

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe

Meio Médio

1º - Adriele Freitas de Sena

Assoc. Guairense de Judô

2º - Barbara Faria Ribeiro

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Joyce Regina dos Santos

Assoc. de Judô Hombu Budokan

3º - Gabriela Souza Bittencourt

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

Médio

1º - Bruna Helena Moreira

Assoc. Máster de Judô

2º - Laura Takako Kohatsu

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Lia Almeida Ito

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Thamiris Anacleto Neris Cabral

Seduc - Praia Grande

Médio

1º - Karoline Gonzalez Barbeirotti

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

2º - Yanka Dalbem Pascoalino

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Larissa Rodrigues de Souza

Clube Rodoviário de Judô

3º - Andressa M. de Paula

Fúlvio Myata Fitness & Sports

Meio Pesado

1º - Gabriela Silva M. Clemente

Soc. Esportiva Palmeiras

2º - Sabrina Tavares Rosseto

Assoc. Guairense de Judô

3º - Gabriela Alves A. Costa

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Ana Julia de Oliveira Mariano

Judô Clube Mogi das Cruzes

Meio Pesado

1º - Aine Dalete F. Schmidt

Soc. Esportiva Palmeiras

2º - Natalia Mitie Kimura

Judô Clube Mogi das Cruzes

3º - Giovanna Santos

Assoc. de Judô Nakashima

3º - Laís Helena Miranda de Souza

SESI - SP

Pesado

1º - Agnes Fernandes da C. Motta

Soc. Esportiva Palmeiras

2º - Gabriele Cristina Soares

São João Tênis Clube

3º - Daise Maria Locatelli

Assoc. de Judô de Divinolândia

3º - Jessica Lucia Pereira Santos

Assoc. Judô Cho Do Kan Itanhaem

Pesado

1º - Lorraine Cristina Dias da Silva

Rio Preto Automóvel Clube

2º - Nayara Herrera Sarracine

Assoc. Cult Nipo Bras. Vila Carrão

3º - Joyce Nascimento de Bessa

Assoc. Guairense de Judô

3º - Kamila Gomes Nogueira

A D Ateneu Mansor

Juvenil

1º - Beatriz Rodrigues de Souza

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe

2º - Milena Mayumi K. Kikuchi

Assoc. Registrense de Judô

3º - Pámela Barbosa Palma

Assoc. de Judô Hombu Budokan

3º - Giovana Oliveira Mendes

Assoc. Desp. Carlos Fossati

Pré-juvenil Super Ligeiro 1º - Bruna Tomomi Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

2º - Karen Bianca V. de Souza

Clube Concórdia

3º - Andrielle Aparecida C. da Costa

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Laís Amorim Cruz

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz

Super Ligeiro 1º - Tawany Gianelo da Silva

Seduc - Praia Grande

Ligeiro 1º - Luana Barbosa de Mendes

Tênis Clube S Jose Campos

2º - Michely Y. de Amorim Abe

Assococ. Esportiva Guarujá

3º - Bruna Caroline dos S. Gonçalves

SESI - SP

3º - Nailla Letícia Victoriano

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

Meio Leve 1º - Nathalia Cassia Ferreira Dias

Clube Atlético Lindoya-Bioleve

2º - Gabrielle Lima Dias

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

3º - Manoela Gonzalez Takuma

Assoc. Esportiva Guarujá

3º - Iris K. Proenca

Ateneu Barão de Mauá

Leve 1º - Thais Carnio

Seduc - Praia Grande

2º - Jessica Macako Kohatsu

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Rayane Ferraz de Souza

A D Santo Andre

3º - Carolina dos Santos S. Batista

SESI - SP

Meio Médio 1º - Thainy Daiane C. Sebastiao

Assoc. Amaro de Judô

2º - Marina Gabrielle G.Batista

Assoc. Kiai Kam

3º - Yasmin Dalbem Pascoalino

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Naomi Shinoda

Ribeirão Pires Futebol Clube

Médio 1º - Fernanda Marques Dos Santos

Assoc. Cult Esp. de Tucuruvi

2º - Larissa Cristina B. Fornaro

Assoc. Judô Trajano C. A. Marciais

3º - Sabrina Rodrigues Mendes

Assoc. Judô Cho Do Kan Itanhaem

3º - Munique Rivas Hadzic

SESI - SP

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3º - Letícia Cherri Spilari

1º - Tainã Carolina Nery

Assoc. Desportiva São Caetano

2º - Barbara Solano Lopes da Silva

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

3º - Luana Gasparini dos Santos

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Ellen Cristina Gonçalves

Academia Folego

1º - Julia Dezem Von Ah

Companhia Atlética Campinas

2º - Pamela Pastorello de Souza

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

3º - Cintia Custodio Silva

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

3º - Thuane Salem de Assis

A. A. D. Mesc São Bernardo

Junior

Assoc. de Judô Aleixo - M. F.

Ligeiro 1º - Gabriela Shinobu Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

2º - Catiere Toledo Moya

Esporte Clube Pinheiros

3º - Isamara Pereira da Silva

Rio Preto Automóvel Clube

3º - Carolina Pereira Martins

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

Meio Leve 1º - Thais Borges dos Santos

Assoc. Atlética Ferroviária

2º - Lívia Emi Yamashita

Assoc. de Judô Vila Sonia

3º - Edilaine Souza da Silva

Assoc. Máster de Judô

3º - Ticiana Dell Amore Priolli

São João Tênis Clube

Leve 1º - Wedja Pereira dos Santos

Assoc. Judô Cho Do Kan Itanhaem

2º - Gilmara Cristina Prudêncio

Seduc - Praia Grande

3º - Amanda Costa Drezza

A. Desp. Centro Olímpico

3º - Letícia Lanza Michelin

Ateneu Barão de Mauá

Meio Médio 1º - Tharrere Aparecida Reis Silva

Judô Makoto

2º - Jessica B. Santos

A. A. D. Mesc São Bernardo

3º - Fernanda Natasha V. Carvalho

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Keyla Raquel Santos Dias

Assoc. Kiai Kam

Médio 1º - Brenda Aguiar dos Santos

Tênis Clube S Jose Campos

2º - Stephany P. de Almeida Costa

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

3º - Jaqueline de Jesus Alves

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Adriana Leite de Souza

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

Meio Pesado 1º - Pâmela Vitorio Ventura

Assoc. Kiai Kam

2º - Samarita Beraldo Santagnello

Rio Preto Automóvel Clube

3º - Talita Liborio Morais

Tênis Clube S Jose Campos

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Assoc. Kiai Kam

1º - Gabriela Mattioli de Siqueira

Seduc - Praia Grande

1º - Marília Oliveira da Costa

A D Santo Andre

2º - Patrícia Aparecida Dias

Fundesport - Araraquara

2º - Tamires de Paula Donetti

A D Santo Andre

3º - Bruna Lasmar Torquato Puglisi

Assoc. Bras. A Hebraica de SP

3º - Andréa Alves Oguma

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Débora Nascimento

Ribeirão Pires Futebol Clube

3º - Maira Carolina B. Merli

Assoc. Kiai Kam

Meio Pesado

Super Ligeiro

1º - Edinanci Fernandes da Silva

Assoc. Desportiva São Caetano

1º - Joyce Caroline Segalla

Assoc. Desportiva São Caetano

2º - Fernanda Rojas Pelegrini

São Paulo Futebol Clube

2º - Larissa Hiromi Chibana

A D Santo Andre

3º - Steffani Marques Lupetti

Assoc. Esportiva Piracicaba

3º - Nathali Barbosa Camargo

Assoc. de Judô Aleixo - M. F.

3º - Jessica Garcia P de Souza

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe

3º - Glaucia Tangerino Tuci

A. A. D. Mesc São Bernardo

Pesado

Ligeiro

Super Ligeiro

3º - Laisa de Souza Oliveira Médio

Sênior

Pesado

1º - Nathali Barbosa Camargo

Assoc. de Judô Aleixo - M. F.

Pesado

Meio Pesado

1º - Aline Puglia Barbosa

Esporte Clube Pinheiros

1º - Paola Franceze Martins

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

2º - Richele Juliana F. Jordão

Assoc. de Judô Aleixo - M. F.

2º - Gabriela Shinobu Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Marília Vieira dos Santos

Assoc. de Judô Mauá

3º - Janaina Rosa da Silva

Esporte Clube Pinheiros

3º - Manoela Facho Inocêncio

Assoc. Kiai Kam

3º - Isabelle Regina de Lima

Tênis Clube S Jose Campos

Meio Leve 1º - Rosanne A. Gomes Aguiar

Esporte Clube Pinheiros

2º - Aline Regina A. A. Cassiano

ADC General Motors S. Jose C.

3º - Carolina Luperi

Guaru Educ. Social e Desporto

3º - Aminna Bispo Costa

Assoc. Judô Cho Do Kan Itanhaem

Leve 1º - Amanda de Faria Dutra

Rio Preto Automóvel Clube

2º - Josiane Falco

A. A. D. Mesc São Bernardo

3º - Juliene Aryecha H. B. Ferreira

Esporte Clube Pinheiros

3º - Wedja Pereira dos Santos

Assoc. Judô Cho Do Kan Itanhaem

Meio Médio 1º - Ana Paula Faria Ribeiro

Tênis Clube S Jose Campos

2º - Daiane Manoel Cardoso

Assoc. de Judô Araçatuba

3º - Dayana da Silva Neves

Rio Preto Automóvel Clube


11ª

Delegacia Regional - Litoral Delegado João Carlos Ribeiro Manso Jr.

MASCULINO Infanto-juvenil Super Ligeiro 1º - Mikael Saiki Amorim

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz

2º - Kaue Serafim da S Guilherme

Assoc. Cult Nipo Bras. Vila Carrão

3º - Daniel Felipe dos S. Silva

ADPM - Reg. S. J. C.

3º - Tauhan Henrique Neves Santos

Rio Preto Automóvel Clube

Ligeiro 1º - Mike Silva Pinheiro

São João Tênis Clube

2º - João Carlos Alves dos Santos

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Giovanni Pauliqui

Assoc. Colossus de Judô

3º - João Paulo dos Santos Correia

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

Meio Leve 1º - Daniel Akira Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

2º - Yan Gonçalves Cunha

Assoc. Cult Nipo Bras. Vila Carrão

3º - Jonathan Renan Lemos Martins

Rio Preto Automóvel Clube

3º - Guilherme de Andrade C. Peres

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz

Leve 1º - Marcos Vinicius D. Campos

Clube Atlético Taboão Da Serra

2º - Ricardo Kazumi Noda

Fúlvio Myata Fitness & Sports

3º - Michael Vinicius O. Marcelino

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Vitor Silva Souza

São João Tênis Clube

Meio Médio 1º - Jeferson Luiz dos Santos Jr.

ADPM - Reg. S. J. C.

2º - Lucas Rodrigues Togni

Clube Atlético Taboão da Serra

3º - Lafaiety Claudino de O.Braz

Vila Souza Atlético Clube

3º - Vitor Batalha da Silva

Seduc - Praia Grande

Médio 1º - Cesar Augusto Santos

Assoc. de Judô Nakashima

2º - Marcel Keniti Koga

Assoc. de Judô Vila Sonia

79


3º - André Akira Ramos Takahashi

Soc. Esportiva Palmeiras

Ligeiro

3º - Marcelo Henrique S. de Souza

Clube Rec. Suzano Judô Terazaki

1º - Jonathan S. dos Santos

São João Tênis Clube

Médio

Meio Pesado

3º - Leandro Dos Santos Ferrante

SESI - SP

2º - João de Miranda Osório Neto

Sport Club Corinthians Paulista

1º - Andre Papaleo Picazo

Assoc. Bras. A Hebraica de SP

1º - Thiago Ramunno M. Franco

Assoc. Colossus de Judô

3º - Vitor Hugo Delgado Carvalho

Soc. Esportiva Palmeiras

2º - Juan Felippe I. Bittencourt

Assoc. Desportiva São Caetano

2º - Igor da Silva Morishigue

Assoc. de Judô de Bastos

3º - Lucas Queiroz Godoy

Tênis Clube S Jose Campos

3º - Caio Perondi De Melo

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

3º - Diego Campos Guimaraes

A. Desp. Centro Olímpico

Meio Leve

3º - Leonardo Baroni Assunção

SESI - SP

3º - Rafael Carlos Batista Pereira

Fúlvio Myata Fitness & Sports

1º - Lucas Nascimento Bernardo

Clube Internacional de Regatas

Meio Pesado

Pesado

2º - Guilherme Koji Minakawa

Assoc. Bras. A Hebraica de SP

1º - Jose Ricardo F. Bravim

Assoc. de Judô Mata Sugizaki

1º - Vinicius Yuji Sacamoto

Assoc. Judô Trajano C. A. Marciais

3º - Alexandre G.Batista dos Santos

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

2º - Rodrigo de Castro Rossi

Colégio Eduardo Gomes

2º - Yuri Silva Santos

Academia De Judô Pissarra

3º - Breno Alessi dos Reis Almeida

Assoc. de Judô Hinode

3º - Vitor Carlos Oliveira Foresto

Shintai Serv. Ativ. Físicas

3º - Kaue da Silva dos Santos

Sport Club Corinthians Paulista

Leve

3º - Caíque Koncz Emidio

Clube Rodoviário de Judô

3º - Diego Cezar Cristo

Clube de Campo Bragança

1º - Lucas Ribeiro Mendes

Assoc. Cult Nipo Bras. Vila Carrão

Pesado

Pré-juvenil

2º - Gabriel Penha Queiroz Pinto

Ateneu Barão de Mauá

1º - Pedro Henrique S. M. Froner

Fundesport - Araraquara

Super Ligeiro

3º - Breno Bontempi Berman

Judô Clube Mogi das Cruzes

2º - Matheus Rodrigues de Lima

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe

Seduc - Praia Grande

3º - Diego de Moraes Alonso

Primeiro de Maio F. C.

3º - Rafael Augusto Buzacarine

Assoc. Desportiva São Caetano

1º - Kainan Santos Pires

Assoc. Esportiva Guarujá

3º - Daniel Saldanha de Oliveira

2º - Marcos Antonio Batista Jr.

SESI - SP

Meio Médio

3º - Felipe Sanshiro Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

1º - Thiago Henrique Silva Chiodi

SESI - SP

3º - Douglas Ap. Silva de Sena Jr

Assoc. Guairense de Judô

2º - Marcus Gavey da Silva Braga

Esporte Clube Pinheiros

3º - Anderon Primo de Souza

SESI - SP São João Tênis Clube

Ligeiro 1º - Douglas Moreira Ribeiro Junior

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Caio Henrique Alves P. Brígida

2º - Jackson Fernando Souza

Rio Preto Automóvel Clube

Médio

3º - Rafael Bondezan de Freitas

Assoc. Cult Nipo Bras. Vila Carrão

1º - Rafael da Silva Tremura

A D Ateneu Mansor

3º - Aurélio Pereira dos Santos Fil

Tênis Clube S Jose Campos

2º - Gabriel Rusca de Oliveira

Ribeirão Pires Futebol Clube

3º - Ricardo Vinicius R. Maldonado

Grêmio Recreativo Barueri A. A. D. Mesc São Bernardo

Meio Leve 1º - Nykson Roberto F. Carneiro

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Caio Ferreira Diniz de Moura

2º - Bruno Matheus S. Viana

Assoc. Registrense de Judô

Meio Pesado

3º - Rodrigo Yuke Makiyama

Assoc. de Judô Vila Sonia

1º - Paulo Roberto de Araujo Jr.

Fundesport - Araraquara

3º - Daniel Marcos Tuissi

Assoc. Guairense de Judô

2º - Bruno Henrique Trinca

Judô Kimura

Leve

3º - Felipe H. Tengan

Sport Club Corinthians Paulista

1º - Pedro Macedo Pessoa

Assoc. Judô Trajano C. A. Marciais

3º - Argeu Mauricio Oliveira Neto

Assoc. Atl. Botucatuense

2º - Tacio Henrique Bráulio Santos

Soc. Esportiva Palmeiras

Pesado

3º - Oswaldo Baptista de Souza Jr

Assoc. Amaro de Judô

1º - Matheus Moreira Guevara

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

3º - Jose Henrique Xavier Siqueira

São João Tênis Clube

2º - Marco Antonio da Silva Jr.

Assoc. Guairense de Judô

3º - Vitor Turra R. Pereira

Assoc. Cult Esp Rec de Tupã A D Ateneu Mansor

Meio Médio 1º - Alex Dias dos Anjos

São João Tênis Clube

3º - Kaio Gomes Nogueira

2º - Bruno Loverdos

Assoc. de Judô Vila Sonia

Junior

3º - Giuliano Pinheiro Machado Jr.

SESI - SP

Super Ligeiro

3º - Hiago Del Rosso Pirolo

SESI - SP

1º - Mike Massahiro Chibana

Sport Club Corinthians Paulista

2º - Hernan Daniel Birbrier

Clube Atlético Lindoya-Bioleve

Médio 1º - Yuri Gonçalves dos Santos

SESI - SP

3º - Ivan Pelegrin Netto

A. A. D. Mesc São Bernardo

2º - Vitor Antonio Batista Bom Fim

Assoc. Amaro de Judô

3º - Adriano Rodrigues Da Cruz

Ateneu Barão De Mauá

3º - Rafael Ferreira de Freitas

Assoc. de Judô Mauá

Ligeiro

3º - Mateus Augusto de Oliveira

Seduc - Praia Grande

1º - Eric Gomes Takabatake

A. A. D. Mesc São Bernardo

Meio Pesado

2º - Jun Caiani Taniguchi

A. A. D. Mesc São Bernardo

1º - Jose Victor Romeu Basile

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

3º - Raphael Minoru Miaque

Soc. Esportiva Palmeiras

2º - Rafael Victor Faria de Jesus

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe

3º - Murilo Donizetti da Silva

Assoc. Esportiva Piracicaba

3º - Matthaeus Nicolas S. Santos

Assoc. Bras. A Hebraica de SP

Meio Leve

3º - Lincoln Keiiti K. Neves

Fúlvio Myata Fitness & Sports

1º - Renan da Silva Pereira

A D Ateneu Mansor

Pesado

2º - Thiago Cachoni Espírito Santo

Academia Fôlego

1º - Rafael Vargas Siríaco

A. Desp. Centro Olímpico

3º - Rodolfo de Pádua Moya Souza

Assoc. Desportiva São Caetano

2º - Matheus Serikawa Salino

Clube Atlético Juventus

3º - Aleksander Konrad Dziegeleuski

Clube Internacional de Regatas

3º - Joaquim Miranda Neto

Soc. Esportiva Palmeiras

Leve

3º - Matheus Storti Monteiro Rocha

Assoc.

Kobu-Kan

de

Esportes

Juvenil Super Ligeiro 1º - Luiz Claudio De Lima Junior

Tênis Clube S Jose Campos

2º - Alef Ferreira Soares

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Paulo Tadao Ijichi Tanaka

Assoc. de Judô Vila Sonia

3º - Rafael Godoy de Macedo

Assoc. Linense de Judô

80

1º - Andrey Del Rosso Pirolo

SESI - SP

2º - Saulo de Oliveira Silva

Assoc. Linense de Judô

3º - Osmar Rossini de Caires

A J Cerejeira Votuporanga

3º - Rafael Eidi Enjiu

A. A. D. Mesc São Bernardo

Meio Médio 1º - Elias Maklouf Samed

A. Desp. Centro Olímpico

2º - Lucas Ventura de Aquino

A. Desp. Centro Olímpico

3º - Lincoln Duarte Araujo Alfenas

Academia Fôlego

Sênior Super Ligeiro 1º - Rodrigo Gonçalves da Silva

Seduc - Praia Grande

2º - Bruno Pires Vieira

A. A. D. Mesc São Bernardo

3º - Rodrigo Aparecido Jacintho

Assoc. de Judô Aleixo - M. F.

3º - Paulo Sérgio Zakimi

Assoc. Desportiva São Caetano

Ligeiro 1º - Breno Renan Bufolin Alves

Esporte Clube Pinheiros

2º - Cristian Cezario

Guaru Educao Social e Desporto

3º - Phelipe André Pelin

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Danilo Borges Ferrante

Rio Preto Automóvel Clube

Meio Leve 1º - Denilson Moraes Lourenço

Esporte Clube Pinheiros

2º - Charles Koshiro Chibana

Esporte Clube Pinheiros

3º - Daniel Silva dos Santos

Esporte Clube Pinheiros

3º - Fablini Henrique da Silva

Assoc. de Judô Araçatuba

Leve 1º - Adriano Ricardo dos Santos

Esporte Clube Pinheiros

2º - Raphael Luiz Moura Silva

Esporte Clube Pinheiros

3º - Vinicius Taranto Panini

Esporte Clube Pinheiros

3º - Leonardo Ferreira Luz

Assoc. Desportiva São Caetano

Meio Médio 1º - Bruno Cesar Moraes da Rocha

Esporte Clube Pinheiros

2º - Ricardo Bruno de Jesus

A. A. D. Mesc São Bernardo

3º - Thiago Carvalho Massena

A. Desp. Centro Olímpico

3º - Bruno Cesar Mariano

Assoc. de Judô Araçatuba

Médio 1º - Felipe Cesar Camilo Oliveira

Assoc. de Judô Rogério Sampaio

2º - Diego Calcini Liberato

Sec.Mun.Esp. Ribeirão Preto

3º - Vitor Hugo Correa

Guaru Educação Social e Desporto

3º - Diogo Henrique Silva Coutinho

Academia Fôlego

Meio Pesado 1º - Leandro Bocchi de Moraes

Esporte Clube Pinheiros

2º - Rogério Valeriano dos Santos

Assoc. Desportiva São Caetano

3º - William Hoffmann

Assoc. de Judo Nakashima

3º - Paulo Victor dos Reis Ribeiro

Assoc. Kiai Kam

Pesado 1º - Rafael Carlos da Silva

Esporte Clube Pinheiros

2º - Elton Quadros Fiebig

Assoc. Desportiva São Caetano

3º - Vinicius Fernandes Cury

Fúlvio Myata Fitness & Sports

3º - Carlos Eduardo Honorato

Assoc. Desportiva São Caetano


Hiden - Judô Essência

Por Paulo Duarte

A Relação

Sempai/Kohai A relação do sempai (mais graduado) com o kohai (menos graduado), estimulada pela orientação do sensei, deve constituir importante momento de reflexão para melhor aproveitamento dos princípios do judô, no âmbito das escolas e academias. Longe de uma prática autoritária, como muitos podem imaginar, essa relação deve ser pautada em respeito e consideração mútuos. É a oportunidade que o (a) sempai tem para demonstrar sua compaixão, ouvindo e colocando-se no lugar do (a) kohai, explorando seus pensamentos e sentimentos. Muitos já sentiram o alí-

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vio que resulta da conversa com alguém que se predispõe a ouvir-los. Esses encontros não devem acontecer por acaso. Os sempais devem ter a percepção de que os kohais, em determinados momentos, necessitam de ajuda, e devem criar as condições propícias para conversar. Atento (a) para que a qualidade do relacionamento, especialmente qualidade de honestidade, confiança e confidência, se faça presente, a conversa terá como propósito e objetivo dar o devido apoio nas questões que forem colocadas em pauta. Não intervindo mais do que o momento sugere, o (a) sempai deve colocar-se à disposição pelo tempo que for preciso. Dentro do contexto de cuidados que deve caracterizar a ação do (a) sempai, devemos destacar as preocupações esportivas/ educacionais/sociais. A retransmissão das

técnicas e experiências pessoais é de grande valia para o desenvolvimento e aperfeiçoamento tanto do judô quanto da pessoa. Essa dinâmica é muito utilizada no Japão (ex-atletas não se afastam do dojô enquanto uma nova geração não estiver devidamente formada). Comprometidos em devolver ao judô tudo aquilo que obtiveram para seus crescimentos esportivos/educacionais/ sociais, os ex-atletas esmeram-se na retransmissão dos conhecimentos que adquiriram, colaborando assim, com a manutenção da qualidade do judô praticado em suas escolas e no país. Esse exemplo, ensinado pelo professor Jigoro Kano, por meio de suas máximas, deve ser seguido por toda a sociedade judoísta. A preocupação do mestre com a formação integral do judoca foi a base de sua metodologia de ensino e, por esse motivo, o judô expandiu-se por todos os continentes. É de nossa responsabilidade a continuidade desse trabalho! No mundo contemporâneo, a ausência dos pais em grande parte do dia, na vida dos filhos, transferiu para as escolas a incumbência da educação. Nessa categoria encontra-se o judô. Quando os pais encaminham seus filhos para uma academia de judô, o fazem conscientes de que encontrarão a ajuda que necessitam para a difícil tarefa de educar. O judô incorporou em sua filosofia os princípios da cidadania – ética, moral, costumes – constituindo importante ferramenta de construção do tecido social. É nessa forma de ser academia que estão depositadas as maiores esperanças da comunidade. Por isso, somos chamados a intervir nesse processo em toda sua integralidade. A começar pelo ambiente da academia, devemos compará-lo a um templo. Toda reverência e respeito lhe são devidos. O dojô (sala onde se pratica judô) tem uma correlação muito estreita com o mundo. É aí que, após uma queda,


aprendemos a levantar. É aí que aprendemos a cair sem nos machucar. Numa analogia com o mundo, as quedas assemelham-se às adversidades da vida. Só conseguimos superá-las (levantar) amortecendo corretamente seus impactos. Assim como no judô, as quedas são inevitáveis, na vida as adversidades também o são. Em ambos os casos é preciso aprender a amortecer seus impactos. Isso posto, temos também, no dojô, a oportunidade de aprender alguns princípios de solidariedade. Ao saudarmos o companheiro antes e depois do treinamento, reconhecemos a sua gentileza em ceder seu corpo para que possamos praticar nossas técnicas e, em contrapartida, aceitamos seus cumprimentos pela cessão do nosso. Toda essa aura de respeito, consideração e solidariedade que envolve o ambiente da academia base de toda a filosofia do judô - deverá ser projetada para os outros setores da sociedade para que mais pessoas possam beneficiar-se de seus ensinamentos. O ideal do professor Jigoro Kano - bem-estar comum para todos - é também a palavra de ordem no mundo contemporâneo. Num momento em que todos os segmentos da vida humana estão passando por grandes transformações devido aos avanços tecnológicos, ações mais humanizadoras se fazem necessárias. O distanciamento, patente nas relações interpessoais, devido à independência provocada pelo acesso aos objetos da vida, é responsável pela deterioração da convivência familiar, social e planetária. O isolamento a que o homem se está submetendo, pensando que é autossuficiente em sua maneira de viver, o coloca em total desacordo com os princípios físicos, sociais e espirituais, que são a base da sua constituição como ser humano. A vida em sociedade não pode prescindir do contato presencial dos seres humanos em seus diferentes setores. É exatamente aí que o judô, com suas propostas educativas, pode dar sua contribuição, já que as relações existentes entre os judocas são de muita proximidade, de muito contato. Esse exemplo de relação fraternal – tão comum entre os judocas – deve estimular os (as) sempais, como verdadeiros representantes dos ideais propostos pela doutrina do judô, a atuarem como multiplicadores sociais, disseminando os cuidados para com o outro como a forma mais importante para estabelecer o bem na sociedade. Afinal, o trabalho de cuidador é que melhor qualifica o (a) sempai. Estar envolvido em qualquer processo que, efetivamente, possa ajudar o próximo a superar os obstáculos e dificuldades categoriza o (a) genuíno (a) sempai. Paulo Duarte é

Graduado 6º Dan - 1990 Estudante de Teologia Universidade Metodista de São Paulo Medalha do Mérito Esportivo Prefeitura Municipal de Cubatão Técnico e Chefe da Delegação Brasileira no campeonato Mundial. Dijon-França. 1990 Título Honorário do Rotary Club/ Cubatão-SP.

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Copa Minas

Bate Recorde de Inscritos e Desponta Entre as Maiores Competições do País Belo Horizonte (MG) - Com 1231 atletas inscritos a VIª Copa Minas Tênis Clube bateu todos os recordes do números de participantes no evento. Em paralelo à Copa Minas aconteceu o Festival de Judô Professor Albano Pinto Corrêa Filho, para judocas das categorias Mirim (7 e 8 anos) e Infantil (9 e 10 anos). O Festival foi em homenagem a Albano Pinto Corrêa Filho, que faleceu no dia 13 de dezembro de 1990, aos 70 anos, pelo legado que deixou do esporte para o Minas e o Brasil. O mestre Albano, precursor da modalidade em Minas Gerais e no Clube, empresta também seu nome ao Centro de Excelência de Judô do Minas I. Após a abertura oficial da VIª Copa Minas Tênis, alguns dos atletas que compões a equipe do clube mineiro, cumprimentaram as quase 300 crianças que participaram do Festival. Um dos mais assediados foi o gigante dos tatamis, Hugo Peçanha, que lembrou o tempo em que sonhava conhecer os ídolos da arte suave. “Um dia eu já estive no lugar deles, recebendo conselhos do Sebastian Pereira, Aurélio Miguel e tantos outros. Sempre

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Luciano Correa e Luis Nacif comprimentaram todas as crianças presentes na arena


Dados Técnicos da Competição VIª Copa Minas Tênis Clube Atletas Inscritos: 1.231 Associações Participantes: 90 Estados Participantes: 23 Total de Áreas: 6 Tempo de Disputa: Dois dias Categorias: Infanto-juvenil, Pré-juvenil, Juvenil, Júnior e Sênior Data: 10 e 11 de Julho de 2010 Local: Arena Vivo Minas Tênis Clube Cidade: Belo Horizonte - MG Entidade Responsável: Federação Mineira de Judô

tento passar uma mensagem de ensinamento para as crianças, que são o futuro do nosso esporte. Pode ser que um dia uma delas esteja no meu lugar na seleção daqui a alguns anos. Além do mais, a criança é pura e passa muita energia positiva”, diz Hugo Pessanha. Além de Hugo, participaram da abertura Luciano Corrêa, Ketleyn Quadros, Helena Romanelli e Nacif Elias, que foram ovacionados pelos pequenos judocas. A cada ano a Copa Minas Tênis se impõe como uma das mais importantes disputas do calendário nacional, e hoje sua realização é uma tradição. Segundo Floriano de Almeida, a participação de 90 agremiações vindas de todo o país é resultado da melhora na estrutura e organização do evento. “Um clube vem, participa e volta para sua cidade e conta como foi bem recebido e a

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notícia se espalha. Além disso, em nossa competição o judoca tem a chance de disputar uma competição com repescagem olímpica, onde não vai ficar com a sensação de ter viajado quilômetros e voltar sem ter chance de mostrar seu judô”, disse Floriano Almeida, técnico do Minas e treinador da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004. Para o chefe do departamento de judô do Minas, Sérgio Cota, a oportunidade de disputar um evento de clubes em todas as categorias de base é outro atrativo. “Temos poucas competições interclubes na base. E isso é outro diferencial da Copa Minas. O atleta que está começando no judô quer lutar e aqui ele consegue disputar uma competição de bom nível e ganhar experiência”, afirma. A equipe Belo Dente/Minas Tênis Clube, anfitriã da Copa Minas Tênis Clube 2010, é formada por alguns dos maiores ases do judô verde-amarelo da atualidade, e praticamente todos estiveram em ação no torneio. Entre estes estavam o campeão mundial Luciano Corrêa, a medalhista olímpica Ketleyn Quadros, além de Nacif Elias, Helena Romanelli, Yuri Miranda e Marcos Seixas.

Carlos Henrique em seu pronunciamento de abertura

Luiz Augusto desejando boas vindas a todos

Prof. Floriano com Luciano, Nacif e Pessanha

Minas fica com o título por equipes A equipe do Minas Tênis Clube faturou o título por equipes da competição. A disputa foi realizada na categoria Sub20 e contou com quatro times: Minas, Flamengo, Registrense e APA. O Minas venceu os três confrontos e foi seguido pelo Flamengo e Registrense no pódio. O Sub-20 foi a única categoria a ter competição por equipes na Copa Minas 2010. A família Chibana em peso desembarcou na arena Vivo Minas Tênis Clube

As feras do MTC e da seleção brasileira estiveram ao lado dos judocas de todo Brasil que prestigiaram o evento

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Presidente da Federação Mineira destaca intercâmbio da Copa Minas

Sérgio Cota, Luiz Augusto e o técnico Floriano

Carlos Henrique com o colega Francisco de Carvalho

O presidente da Federação Mineira de Judô, Luiz Augusto Martins Teixeira destacou o grande número de inscritos e o trabalho realizado pelo clube para garantir o sucesso do evento. “A iniciativa do evento é do Minas Tênis, mas a Federação apóia com toda sua equipe de trabalho e consegue trazer para dentro do nosso estado atletas de alto rendimento que fazem um importante intercâmbio com os judocas mineiros. O número expressivo de 1300 atletas vindos de todo o Brasil ratifica a tradição desta competição O dirigente mineiro lembrou que eventos deste porte promovem o desenvolvimento dos profissionais dos tatamis em todo o estado. “Outro fator preponderante nesta competição é que numa competição como esta temos a participação direta de dirigentes, técnicos e árbitros de todo país, e com temos a atuação maciça dos profissionais de nosso estado, esse intercâmbio agrega qualidade e mais profissionalismo ao judô mineiro, disse Luiz Augusto.

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Infanto-juvenil B Sub-13 Feminino

3º - Felipe Ferreira Vilanova

Praia Clube

Meio-médio – 53 kg

Super-ligeiro – 28 kg

5º - Gustavo Pimenta G Menezes

Praia Clube

1º - Fernanda Luciana Freitas

AABB Recife

1º - Vinicius Prux Pompeo

A. A. Matos

2º - Jeniffer Braz Carneiro

Matsunaga

2º - Carlos Henrique Dias Jr

AJCZO Fragoso

3º - Kamila Moreira Silva

Nippon

3º - Emerson da Silva Sampaio

Jequiá

3º - Alessandra Oliveira

Hebraica

3º - Pedro Lopes Marcatto

M. T. C.

5º - Iris Matias

Jequiá

5º - Gabriel Moutran Cartolano

Praia Clube

5º - Larissa F. Jeremias

Registrense

5º - Helio A. C. T. M. Salvador

Registrense

1º - Maria Jasmim P. da Silva

Hebraica

2º - Ingrid Larissa Souza

Valparaiso

3º - Thayna Dirolli Silva

Corinthians

3º - Bianca Vilma P. Rosa

Sealp

5º - Michelle Assis Santos

Avança Judô

Ligiero – 31 kg 1º - Ana Flávia Paes de Souza

A. A. Matos

2º. Sibele Rodrigues

Avança Judô

1º - Elisa Mitsue Chibana

Corinthians

2º - Fernanda S Apolinário

Maracaju

3º - Jessica da Silva Aguilar

Águia Branca

4º - Amanda Katielle S Silva

Jocum C. Betim

Leve – 38 kg 1º - Samara Contarini Oliveira

Cachoeiro

2º - Ana Carolina V Corrêa

Flamengo

3º - Evelyn da Silva Guimarães

Flamengo

3º - Ana Carolina A Bonfim

APA

5º - Vitoria Sulamita Silva

Cipalam

Meio-Médio – 42 kg 1º - Mariana Minakawa

Hebraica

2º - Laura Takako Kohatsu

Corinthians

3º - Vitória S Andrade

A.A. Matos

3º - Fernanda Camargo Rosa

Praia Clube

5º - Gabriela L P de Jesus

J. Gonzaga

5º - Talita Izabela

Avança Judô

Médio – 47 kg 1º - Joseane Nunes

Hebraica

2º - Ratanaely Arce Santana

Maracaju

3º - Thainará Ayumi Correa

Hebraica

3º - Beatriz Silva Martins

Corpo Arte

5º - Larissa C. Nascimento

Avança Judô

5º - Any Caroline R Teixeira

Avança Judô

Meio-Pesado – 52 kg 1º - Giuliana M Cartolano

Praia Clube

2º - Giulia Romilo Assunção

Hebraica

3º - Helena Sayuri

AJCZO Fragoso

3º - Thalita E Silva

Hebraica

5º - Leticia Mirabile

Hebraica

5º - Ariane Silva Teixeira

Cipalam

Pesado + 52 kg 1º - Milena Mayumi K. Kikuchi

Regístrense

2º - Isabela Mendes Romanelli

Itanhandu

3º - Thalia Cristina da Silva

Hebraica

4º - Letícia L Costa

AJCZO Fragoso

5º - Katia Luz de Paula

Cipalam

Infanto-juvenil - B Sub 13 - Masculino Super-ligeiro - 28kg 1º - Ramon Fernando Carneiro

AJCZO Fragoso

2º. Kevin Leonel Moraes

Jequiá

Ligiero – 31 kg 1º - Gabriel ApArecido Santos

Corinthians

2º - Mharlon A. Jesus

Aliança

3º - Victor Yvys Ramos

Jequiá

3º - Douglas da Silva Vareiro

Maracaju

Meio-leve – 34 kg 1º - Kaio Henrique B Maciel

Cipalam

2º - José Martins F Neto

IFPA

3º - Mauro Marques Lopes

M. T. C.

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Avança Judô

Leve – 38 kg 1º - Mateus Fernandes Rios

Monte Branco

2º - Lucas C Sodré Peçanha

Flamengo

3º - Luiz Fernando G Ribeiro

Praia Clube

3º - Madson Oliveira

Hebraica

5º - Felipe Monte Negro Jacobi

Praia Clube

5º - Leonardo Augusto Ferraz

Meio-leve – 34 kg

5º - Gabrielle da Costa Viana

5º - Matheus Filipe

S. Agostinho

Meio-médio – 42 kg 1º - Eric Arcas Kita Gonçalves

Corinthians

2º - Lucas Amarantes

Cachoeiro

3º - Fabrício N Frazão

Monte Branco

3º - Renato P Rodrigues

E. Guiness

5º - Pedro Henrique Senechal

Praia Clube

5º - Matheus Barbosa Silva

Cipalam

Médio - 47 kg 1º - Lucas Pinheiro

Jequiá

2º - Rudmiller R Reis

Sealp

3º - Luis Felipe Rodrigues

Escala

3º - Anderson Souza Jr

Valparaiso

5º - Lorenzo de Paula

Semear

5º - Rafael de Carvalho Silva

Cipalam

Meio-pesado – 52 kg 1º. Matheus Cassiano

Jequiá

2º - Lucas Froes

JCZO Fragoso

3º - Marcos Emanuel Duarte

Avança Judô

3º - Jose Vitor Tinto

AJCZO Fragoso

5º. Cleiton Junior G Silva

Avança Judô

Pesado + 52 kg 1º. Gabriel Barros

Sogipa

2º - Matheus Joaquim Lopes

Águia Branca

3º - Kauê Silva dos Santos

Corinthians

3º - Arthur dos Santos Silva

Jequiá

5º. Luan Maciel V Metran

AJCZO Fragoso

5º. Pablo Alexandre Tessarolo

Yamate

Pré-juvenil Sub-15 Feminino Super-Ligeiro – 36 kg 1º - Bruna Tomomi Chibana

Corinthians

2º - Victoria C Tiburcio

Flamengo

3º - Wabia Gontijo Paz

Valparaiso

Ligeiro – 40 kg 1º - Kamila Gomes Caixeiro

C. Atleta

2º - Bruna Lopes P de Jesus

E. Guiness

3º - Thais Coutinho Vieira

Flamengo

4º - Jessica Gomes Francisco

Cipalam

Meio Leve – 44 kg 1º - Amanda Chrystal S Lima

E. Guiness

2º - Julia Matiko Chibana

Corinthians

3º - Natalia M N Jacobi

Praia Clube

3º - Rafaela Arce Santana

Maracaju

5º - Roberta Tayalla Corrêa

Flamengo

5º - Paula Clark Silveira

M. T. C.

Leve – 48 kg 1º - Ana Paula Prates

Sealp

2º - Larissa Graziele Santos

Corinthians

3º - Letícia Azevedo

AJCZO Fragoso

3º - Beatriz F. Nakazawa

Registrense

5º - Jessica da Silva Miranda

AABB Recife

5º - Raquel Viana A Oliveira

Flamengo

Médio – 58 kg

Médio – 58 kg

Meio-pesado – 64 kg

1º - Diana Souza de Freitas

E. Guiness

1º - Carlos Henrique Carvalho

APA

2º - Ana Paula Higa

Sealp

2º - Arthur Felipe

E. Guiness

3º - Karla Rodrigues da Silva

Flamengo

3º - Davi Kaled Loureiro

Intensivo Al

3º - Karolaine Barbara Souza

Cipalam

3º - Michel Baptista Santos

Piquete

5º - Evelin Souza de Lacerda

Jequiá

5º - João Victor

Semear

5º - Valdiele Queiróz

Sealp

5º - Vítor A Pompermayer

Yamate

Meio-pesado – 64 kg

Pesado + 64 kg

1º - Letícia de Carvalho Gols

E. Guiness

1º - Caike Abreu

2º - Milena Mauricio Barbosa

A. A. Matos

2º - Breno Longo Braga

M. T. C.

3º - Emanuela P Barbosa

AABB Recife

3º - Antônio Marcos Rodrigues

Cachoeiro

3º - Thayna J. T. Paiva

Registrense

3º - Lucas de Mello Lima

Flamengo

5º - Tayane Cristine Carneiro

M. T. C.

5º - Lucas Mello

Jequiá

5º - Ariana Ingrid R Silva

Avança Judô

5º - Henrique M. G. Pereira

M. T. C.

Pesado + 64 kg

Sealp

Juvenil Sub-17 Feminino

1º - Elizandra Teixeira Ramos

Moura

Ligeiro – 44 kg

2º - Letícia Oliveira Vilela

Silvio Rosa

1º. Jéssica Vaz Aguiar

APA

3º - Lorena de Jesus Gomes

Avança Judô

2º - Raissa F Clemente

Fragoso

4º - Letícia Domingues

Registrense

Meio-leve – 48 kg

Pré-juvenil Sub-15 Masculino

1º - Karen Mitiko Chibana

Super-ligeiro - 36 kg

2º - Gabriela Elias Dantas

Corpo Arte Matsunaga

Corinthians

1º - Felipe Sanshiro Chibana

Corinthians

3º - Thalyman Alves Moura

2º - Marco Antonio Feitosa

Valparaiso

3º - Ana Paula M Romanelli

Itanhandu

3º - Lucas Borges

Flamengo

5º - Caroline Dingo do Lago

JCRJ

3º - Lucas Salandra Alcântara

Flamengo

5º - Fabíola Costa Viana

C. Betim

5º - Alex Sandro Araujo Braga

Flamengo

Leve – 52 kg

5º - David G. da Silva

Hebraica

1º - Jéssica Pereira

UCB

2º - Jéssica Massako Kohatsu

Corinthians C. Betim

Ligeiro – 40 kg 1º - Leonardo de Arruda

Jequiá

3º - Milena Lopes Silva

2º - Leandro Alves de Freitas

Irmãos Nagai

3º - Stephanie Dativo Soares

APA

5º - Luana Paré Ferreira

Maracaju

3º - Wander Candido dos Santos 3º - Marco Julio M Teixeira

E. Guiness

Meio-médio – 57 kg

5º - Felipe Albuquerque Garcia

Jequiá

1º - Ana Carla R Grincevicus

Sealp

5º - Yuri Marques Lourenço

Sealp

2º - Beatriz Lina Pinheiro

UCB

3º - Duanni Gama da Cunha

APA

Meio-leve – 44 kg 1º - Gustavo Feliciano Aprígio

Corpo Arte

3º - Caroline G Magalhães

APA

2º - Bruno Matheus Viana

Registrense

5º - Fiama Celly Reis Souza

Águia Branca

3º - Filipe Moreira Pinheiro

APA

5º - Cinara Nogueira Rodrigues

Mikage

3º - Ariel Lewi

Hebraica

Médio – 63 kg

5º - Wellerson Araujo Dias

Flamengo

1º - Luana Viviane A Santos

5º - Matheus Franco Araújo

M. T. C.

2º - Karina Y. R. Uchida

Registrense

3º - Beatriz Silva Siqueira

Corinthians Sealp

Leve – 48 kg

APA

1º - Matheus Bernardes S Silva

UCB

3º - Talita Domingues

2º - João Pedro R Almeida

M. T. C.

5º - Waleska Franco Lopes

A. A. Matos

3º - Lélio Francisco P. Júnior

M. T. C.

5º - Ariane de Matos Teixeira

C. Betim

3º - George H. O. Souza Filho

Veleiro

Meio-pesado - 70kg

5º - Etienne da Silva Júlia

Praia Clube

1º - Giovana Silvério da Silva

Meio-médio – 53 kg

Praia Clube

2º - Jenifer Santos Oliveira

Judô Katas

1º - Rodrigo Costa Carlos

Jequiá

3º - Sabrina Isabely Silva

Avança Judô

2º - Mauro Ygor Souza Cunha

Veleiro

4º - Melina de Sá Scárdua

F. T. C

3º - Cristhofer M Monteiro

A. A. Matos

Pesado + 70 kg

3º - Fernando Martins Ramos

CRES

1º. Isabela Resende Sanches

M. T. C.

5º - Antônio Ricardo C Araujo

Methodus

2º. Pamela Lorrane Silva

C. Betim

5º - Ibrahim Abdala Kehdi

Praia Clube


Juvenil Sub-17 Masculino

Meio-leve – 52 kg

3º - Renata Rocha

Sealp

Super- ligeiro – 50 kg

1º - Jéssica Pereira

UCB

Meio-médio – 81 kg 1º - Matheus Felipe

Flamengo

4º - Aline Sete C de Oliveira

Semear

1º - Marlon S. Kurosawa

Registrense

2º - Gabriela Shinobu Chibana

Corinthians

2º - Gabriel Carvalho A Vieira

M. T. C.

Pesado +78kg

2º - Silvio Shaymon Rodrigues

Veleiro

3º - Thais Stephanie B Marques

Sealp

3º - Lucas Samir Duran Brito

Corpo Arte

1º - Paula Montagener

3º - Fellipe Dias de Almeida

JCRJ

3º - Mayra Gabrielle M Silva

M.T.C

3º - Ricardo de Abreu Serrão

R Sampaio

Sênior Masculino

3º - Paulo Vitor S Santos

UCB

5º - Jessica Massako Kohatsu

Corinthians

5º - Felício Martinelli Neto

Nippon

Super-ligeiro – 55 kg

5º - Taylon Roger S Santos

Águia Branca

5º - Stephanie Dativo Soares

APA

5º - Philip Matheus Moura

Flamengo

1º - Gabriel Pedro L Silva

5º - Eduardo Inácio T Lima

Moura

Leve – 57 kg

Ligeiro – 55 kg

1º - Giullia Penalber

Médio – 90 kg

Hebraica

Corpo Arte

2º - Diego Henrique Ribeiro

M. T. C. Monte Branco

UCB

1º - Caio Perondi De Melo

R. Sampaio

3º - Ronald Souza Araujo

1º - Rodrigo Santos Braga

E. Guiness

2º - Amanda Limborço A Ribas

M. T. C.

2º - Lucas Urtiga

E. Guiness

3º - Zildomar Silva

M. T. C.

2º - Leonardo Tavares

Jequiá

3º - Thamara Cezar de Paula

Flamengo

3º - Bruno Luis Silva Assis

M. T. C.

5º - Anderson de Souza Reis

JCRJ

3º - Denis Romon Inácio

Itanhandu

3º - Ana Carla R Grincevicus

Sealp

3º - José Cristovão Santos Jr

Flamengo

5º - Edgar Rodrigues da Silva

Flamengo

3º - Lucas Hiromori Chibana

Corinthians

5º - Caroline G Magalhães

APA

5º - Kauay Abreu

Sealp

Ligiero – 60 kg

5º - Bernardo Tambellini

Jequiá

5º - Amanda Costa Drezza

C. Olímpico

5º - Walter Vieira P Junior

Sealp

1º - Daniel Santos Moraes

5º - Leonardo Cavalcante

Jequiá

Meio-médio – 63 kg

Meio-leve – 60 kg

Meio-pesado – 100 kg

M. T. C.

2º - Gabriel José da Silva

M. T. C.

1º - Rafaela Lopes Silva

Reação

1º. André Felipe C Ferreira

M. T. C.

3º - Paulo Felippe C Cabral

Corinthians

1º - Luiz Marcos Freire Filho

Reação

2º - Franciele Diniz Carvalho

APA

2º. Victor Hugo Peçanha

Jequiá

3º - Alex Pessanha Panchaud

UCB

2º - Thelmo Gomes

Jequiá

3º - Luana Viviane A Santos

APA

3º. Felipe Alves

Sealp

5º - Jorge Luiz Santos Alves

UCB

3º - Bruno Luiz Nmartins

Reação

3º - Bárbara Souza de Carvalho

M. T. C.

Pesado + 100 kg

5º - Michel Marcos do N Lima

Reação

3º - Lucas Mateus L Pereira

Sealp

5º - Barbara Faustino Gomes

Flamengo

1º - Ruan Isquierdo

5º - Mateus Henrique Pegorer

E. Guiness

5º - Karina Y. Uchida

Registrense

5º - Lucas de Castro Silva

Flamengo

Médio – 70 kg

Leve – 66 kg

Praia Clube

3º - Ana Caroline Silva

Matsunaga

3º - Tomas Bevilacqua Almeida

M. T. C.

4º - Monica Zimmermann Costa

Silvio Rosa

3º - Fábio Camargo Rosa

Praia Clube

Meio-pesado – 78 kg

5º - Ryan J O Gandra

Aprom

1º. Beatriz Mendonça

Fragoso

5º - Eduardo Lauar Silva Pinto

M. T. C.

2º. Renata Rocha

Sealp

Pesado +78 kg

1º - Gustavo Henrique S Assis

M. T. C.

1º. Paula Montagner

2º - Rodrigo Germoliato

Corinthians

Júnior Sub-20 Masculino

3º - Gabriel Serra Chaves

M. T. C

Super-ligeiro – 55 kg

3º - Vitor Neves

E. Guiness

1º - Gerson Vieira

AJCZO Fragoso

5º - Bernardo Lunna Rodrigues

Hikari

2º - Thalles Silva Farias

Kodokan

5º - Jose Sebastião Lima Jr

Monte Branco

3º - Gabriel Pedro Silva

Corpo Arte

3º - Lucas Caetano Rodrigues

M. T. C.

Hebraica

1º - Lucas Samir Duran Brito

Corpo Arte

5º - Celso Moises Noronha

AJCZO Fragoso

2º - Jose Antonio B Almeida Jr

Flamengo

5º - Rodrigo Braga

E. Guiness

3º - Duan Rodrigues F Praia

APA

Ligeiro – 60 kg

3º - Pedro Henrique Silva

Jequia

1º - Guilherme Minakawa

Hebraica

2º - Marcos Akira Miyagi

Corinthians

1º - Walter Vieira P Junior

Sealp

3º - Mike Massahiro Chibana

Corinthians

2º - Kauay Abreu

Sealp

3º - Gabriel José da Silva

M. T. C.

3º - Matheus H. de Sousa

Registrense

5º - Lucas Miraglia Ribeiro

M. T. C.

4º - Vitor C. de Lima

Registrense

5º - Bruno Luiz N Martins

Reação

Meio-leve – 66 kg

1º - André Felipe C Ferreira

M. T. C.

1º - Walberci Aiva

Flamengo

2º - Felipe Alves

Sealp

2º - William F. Aprígio

Corpo Arte

3º - Paulo Cesar Insfran

Silvio Rosa

3º - Daniel Faustino Gomes

Flamengo

3º - Dennis Caetano Nins

Leão de Judô

3º - Walker Xavier Silva

E. Guiness

Júnior Sub 20 - Feminino

5º - Alex Avelino dos Santos

UCB

Super-ligeiro – 44 kg -

5º - Elvis da Silva G de Souza

M. T. C.

1º. Jéssica Vaz Aguiar

APA

Leve – 73 kg

2º. Jessica Lorraine Ramiro

C. Betim

1º - Arthur Limborço A Ribas

M. T. C.

3º. Raissa F Clemente

Fragoso

2º - Gustavo Henrique S Assis

M. T. C.

3º - João Marcelo B. Alencar

Moura

Ligeiro -48 kg

1º - Marcos Eduardo Seixas

Usipa

2º - Paulo Leonardo dos Santos

UCB

Cachoeiro

3º - Leonardo Ferreira Silva

JCRJ

Júnior Sub-20 Masculino Equipe

2º - Giovana Silvério da Silva

Corpo Arte

Pesado + 90 kg

Yamate

3º - Juscelino A Nascimento Jr 4º - Victor Gonçalves Rangel

Jequiá

Meio-pesado – 90 kg

2º - Júlio César Baitella

Flamengo

2º - Wililiam F. Aprigio

Médio – 81 kg

Meio-leve – 66 kg

1º - Caroline Sant ‘Anna Cunha

1º - Willian Custódio

Meio-médio – 73 kg

Flamengo

1º - Nathália Castelan Brígida

M. T. C.

3º - Igor Pereira

UCB

2º - Gabriela Elias Dantas

Corpo Arte

5º - Daniel Dantas

Flamengo

3º - Karen Mitiko Chibana

Corinthians

5º - Iuri Marques dos Santos

Flamengo

4º - Ana Paula M Romanelli

Itanhandu

1º - Minas Tênis Clube

M. T. C.

2º - Flamengo

Flamengo

3º - Ass. Registrense

Registrense

4º - Ass. Pais E Atletas

APA

Sênior Feminino Ligiero – 48 kg 1º. Nathália Castelan Brígida

M. T. C.

2º - Karla Ferreira Cardoso

Flamengo

Meio-leve – 52 kg 1º - Lívia Cristina M Oliveira

Flamengo

2º - Gabriela Shinobu Chibana

Corinthians

3º - Crislaine Luiz Pereira

Maracaju

3º - Mayra Gabrielle M Silva

M.T.C

5º - Paula Rodrigues Loureiro

UCB

5º - Amanda N. O. Miashita

Registrense

Leve – 57 kg 1º - Ketleyn Lima Quadros

M. T. C.

2º - Giullia Penalber

UCB

3º - Thamara Cesar de Paula

Flamengo

3º - Amanda Limborço Ribas

M. T. C.

Meio-médio – 63 kg 1º - Rafaela Lopes Silva

Reação

2º - Katherine Campos

Flamengo

3º - Cliselma Braga Paré

Maracaju

3º - Camila Minakawa

Hebraica

5º - Karina Oliveira

UCB

5º - Aline Santos De Oliveira

M. T. C.

Médio – 70 kg 1º - Helena Ribeiro Romanelli

M. T. C.

2º - Yasmim Santos Valverde

UCB

3º - Juliana Velásquez

Flamengo

3º - Andrea Alves Oguma

Corinthians

5º - Danielle Daltro Barros

Jequiá

5º - Caroline Sant’Anna Cunha

Flamengo

Meio-Pesado – 78 kg 1º - Daiana Corrêa Neto

Flamengo

2º - Paula Lopes

Flamengo

M. T. C.

3º - Hernando Henrique Amorim

Sealp

5º - Thomaz Hideo Numata

Corinthians

5º - Cleyanderson Silva

Veleiro

Leve – 73 kg 1º - Vitor de Paula Ferraz

UCB

2º - Yuri de Sousa Miranda

M. T. C.

3º - Gabriel de Mello Vacc

Corinthians

3º - Reinaldo Ribeiro da Costa

Esmac

5º - Dennis Barbosa

M. T. C.

5º - Igor Pereira

UCB

Meio-médio – 81 kg 1º - Roberto Vicente Gomes

Flamengo

2º - Jacques Daud

M. T. C.

3º - Marcelo Cruz de Souza

UCB

3º - Marcelo Theotonio

Tayoba

5º - Mauro Henrique Moura

M. T. C.

5º - Ricardo de Abreu Serrão

R Sampaio

Médio – 90 kg 1º - Nacif Elias Junior

M. T. C.

2º - Eduardo Bettoni da Silva

M. T. C.

3º - Matheus Theotonio

AAFP

3º - Bruno Felipe C. Ferreira

Flamengo

5º - Robson Pio de Freitas

M. T. C.

5º - Vinicius Marcel C Nunes

M. T. C.

Meio-Pesado – 100 kg 1º - Takashi Haguihara Junior

Nikkei

2º - Leonardo Ferraz

Flamengo

3º - Osvaldo Pereira

UCB

3º - Thiago Oliveira da Costa

Flamengo

5º - Luiz Carlos Feitosa

Flamengo

5º - Guilherme Henrique Ito

Corinthians

Pesado + 100 kg 1º - Luciano Ribeiro Correa

M. T. C.

2º - Gabriel Santos

M. T. C.

3º - Ruan Isquierdo

Flamengo

3º - Emanuel Lucio Tannus

Fragoso

5º - Daniel Pontelo Barbosa

Hikari

5º - Juscelino Nascimento Jr

Usipa

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Ippon

Por Paulo Pinto Foto Roberto Stuckert (INFRAERO)

Paulo Wanderley Deturpa a Realidade

Destacando a Descentralização de Sua Gestão Na abertura do Campeonato Brasileiro Em nossa primeira edição, entrevista- Wanderley afirmou que sabe do trabalho Sub-23, realizado em Curitiba no dia 17 de mos o presidente da Federação de Judô incansável que federações, clubes e técnijulho, o presidente da Confederação Bra- do Amapá, e só porque o ele disse o que cos imprimem para atender ao grande núsileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, pensava sobre algumas coisas com as mero de torneios impostos pelo calendário destacou a descentralização do judô na- quais não concorda, Paulo Wanderley da CBJ, e finalizou afirmando que esse é o cional, uma política cada vez mais aplica- promoveu uma série de retaliações visan- preço do crescimento do judô. da pela CBJ. do a causar problemas administrativos ao Discordamos veementemente desta Perguntamo-nos: em que planeta Pau- dirigente amapaense, que se defendeu afirmação, pois esta avalanche de evenlo Wanderley está vivendo? à altura, neutralizando as ações de seu tos, sobrepondo-se uns aos outros, é coisa A quem ele acha que convence com agressor. criada por ele, que precisa arrecadar cada afirmações como esta? Soubemos recentemente, por dirigentes vez mais com eventos semanais. E esse é Será que o dirigente máximo do judô de vários estados, que quem conceder en- o preço que nossos judocas pagam para brasileiro acha que lida apenas com gente trevista para a revista Budô será banido do ele, pois é ele quem se está beneficiando desprovida de intelecto? grupo que forma a base política do dirigen- desta quantidade descabida de eventos. Como pôde ter tido a audácia e o des- te, e perderá todas as regalias oferecidas. O judô verde-amarelo não precisa da plante de falar em descentralização? O presidente da CBJ quer o controle de compaixão ou do pedido de desculpas do Um homem que assumiu o poder todas as ações, e para isso não mede seus presidente, pelos erros e abusos cometida CBJ há uma década, e hoje acumula atos, atropelando quem atravessa seu ca- dos. Precisa de investimento concreto na cargos em três entidades, como pode de- minho. Este fator, associado à falta de visão base e liberdade para escolher o que é monstrar tanta soberba? de alguns e à conivência dos que o apoiam, melhor para cada estado da Federação. Uma pessoa que quer para si O que é bom para o Piauí não serve o controle do judô estadual, napara o Paraná, e vice-versa. cional, continental e mundial não Descentralizar é democratizar poderia ter a pretensão de aboros recursos milionários que a CBJ dar tal tema. arrecada anualmente com o esforço Após o golpe perpetrado condestas pessoas e entidades, que ele tra a UPJ, Wanderley se está aumesmo apontou como vítimas do sistointitulando vice-presidente da tema voraz criado por ele e sua direFederação Internacional de Judô, toria. além, é claro, de ser o presidente Descentralizar é parar de cobrar da Confederação Pan-Americana anuidades de federações paupérride Judô, entidade que ele mesmo mas, que nem escritórios possuem, inventou para despedaçar a UPJ. e não apenas isentar delas as entiNa esfera estadual ele “decidiu” Paulo Wanderley com Murilo Marques Barbosa, presidente da Infraero e Carlos Nuzman dades que formam sua base política. que as carteirinhas dos faixas pretas, que tem facilitado as coisas para Wanderley, Descentralizar é reverter para o judô sempre foram confeccionadas pelas enti- que sonha ser o senhor absoluto do judô. ao menos parte da receita que o esporte Como na esfera continental não lida com gera, e não se apossar desses recursos, dades estaduais, agora deverão ser feitas gente despreparada, jamais conseguiu ele- que são gerados pelos estados, pois é lá pela CBJ. Descentralizar significa dar autonomia ger-se à presidência da União Pan-America- que o judô é fomentado verdadeiramente. administrativa a terceiros, e isso passa na de Judô. Cargo que há anos era visado, e Descentralizar significa não querer pela não interferência, pela não ingerência após várias tentativas achou por bem armar controlar as carteirinhas dos filiados das o golpe de estado que está inviabilizando federações estaduais. e pela liberdade de ação. Há uma década no poder, Paulo Wan- economicamente a entidade continental que Numa equação simples e realista, atrederley não apenas se revelou um dos diri- existe há 42 anos. Em conjunto com o pre- vo-me a lembrar ao nosso presidente que gentes mais centralizadores do desporto sidente da FIJ e dirigentes europeus, Paulo descentralizar é somar e, às vezes, dividir – nacional, como um dos dirigentes mais cru- Wanderley criou uma entidade fantasma e não apenas subtrair. E é exatamente isso o éis no que diz respeito à perseguição im- desprovida de legalidade que, aos poucos, que ele e sua diretoria fazem. Apenas subplacável que exerce contra seus opositores. está minando a UPJ, destroçando assim traem, sem agregar absolutamente nada. É público que Paulo Wanderley descrimina toda a tradição e credibilidade que o judô A pirâmide está de cabeça para baixo seus opositores aplicando punições de todo pan-americano havia conquistado após qua- e, se não houver mobilização, em breve tipo, e sua arma principal é não dar a estes se meio século de muita luta. nada restará. No mesmo dia em que proferiu este o mesmo tratamento e o apoio financeiro depoimento infeliz sobre descentralização, que oferece aos que o bajulam e apoiam.

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Intercâmbio Técnico

Por Paulo Pinto Fotos Budopress

Anderson Dias de Lima Ministra Curso no Maranhão São Luís (MA) - O renomado professor Anderson Dias de Lima, coordenador pedagógico da Federação Paulista de Judô - 6º Dan e professor de Educação Física, ministrou curso de Princípios da Educação Física Infantil e Conceitos Pedagógicos Aplicados ao Ensino do Judô para os professores de judô do Maranhão. O curso foi promovido pelo Centro de Treinamento Emilio Moreira com o apoio da Federação Paulista de Judô e da Federação Maranhense de Judô. Ao todo 34 professores do judô maranhenses participaram do curso, que focou os seguintes temas: habilidades motoras básicas e habilidades motoras específicas, a especialização precoce e suas implicações no ensino do judô, conceitos pedagógicos no ensino do judô, conceitos didáticos aplicados ao ensino do judô e vivências práticas do conteúdo. Para Anderson Lima, o curso realizado em São Luís representa a manutenção de um sonho antigo. “Acho que o desenvolvimento de ações que fomentem o estudo e a pesquisa em torno dos temas pedagógicos do judô fará a modalidade se desenvolver cada vez mais. Professores e formadores têm de ter maior consciência da importância do trabalho que fazem, pois assim estarão propiciando o desenvolvimento natural de seus alunos nos tatamis e prolongarão a manutenção deles na atividade.” O professor de Limeira (SP) destacou a cordialidade e a simpatia dos judocas maranhenses. “Ao todo foram oito horas de curso, quando pude usufruir simpatia e da cordialidade dos judocas maranhenses, que participaram ativamente dos trabalhos. Agradeço a Roberto Dualibe Cassas e a toda a diretoria da FAMA - Faculdade Atenas Maranhense, que nos disponibilizaram o anfiteatro, que possui recursos audiovisuais de última geração. Lá foi realizado o Módulo Teórico na parte da manhã.” Anderson finalizou agradecendo a atenção dos dirigentes maranhenses. “Por último, quero agradecer ao professor Emílio Moreira pelo convite, ao Chico Neto, presidente da Federação Maranhense de Judô, e ao seu vice-presidente professor

Roberto Dualibe Cassas, que é também diretor administrativo da FAMA. Fui muito bem recebido por eles, que elogiaram bastante o conteúdo do curso. O presidente Chico Neto irá exigir o curso como currículo obrigatório para o próximo Exame de Graduação da FMJ. Ambos os dirigentes maranhenses enalteceram e agradeceram a possibilidade do intercâmbio com a FPJ.” Emilio Moreira, o responsável pela realização do curso, avaliou positivamente o trabalho realizado pelo colega paulista. “Ficamos satisfeitíssimos com o curso ministrado pelo professor Anderson Lima. Já conhecia a qualidade de seu trabalho e fiquei muito feliz por poder estar proporcionando seus conhecimentos aos meus colegas maranhenses. Na pessoa do professor Francisco de Carvalho, agradeço à Federação Paulista de Judô, que viabilizou esta oportunidade ao judô maranhense. Agradeço o apoio recebido pelo Francisco Neto, nosso presidente, que apoiou incondicionalmente esta ação. Esperamos rever o professor Anderson muitas vezes no Maranhão.

Os professores Emílio Moreira e Anderson Dias

Chico Neto presidente da FMJ discursa na abertura do curso

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Comprometimento e Boas Parcerias Fortalecem a

Associação Desportiva

Prefeitura de Santo André

Santo André

Uma gestão baseada no comprometimento e no profissionalismo faz da A. D. Santo André uma das melhores equipes do judô paulista. Realista e extremamente racional, José Gildemar de Carvalho, o Gil, viu que somente com uma administração fundamentada no trabalho da base, no amor pela cidade e no comprometimento de todos os envolvidos seria possível enfrentar as equipes de maior poderio financeiro. Veja quais caminhos o dirigente andreense percorreu para colocar sua equipe entre os principais times do judô verde-amarelo Sua trajetória nos tatamis ocorreu em Santo André? Meu trabalho foi fundamentado desde o início em Santo André, onde o judô vive hoje um momento extremamente importante em termos técnicos e estruturais. Em 2000 fundamos a nossa própria instituição, a Associação Desportiva Santo André, e a partir daí as coisas tomaram um formato mais profissional. Vocês trabalham apenas com judô? Desenvolvemos atividades em outras modalidades, mas o judô é carro chefe. Aliás, a razão de tudo isso existir. Nosso dojô tem 200 metros quadrados e

Kevin, Matheus, Agne, Rodrigo e prof. Gil

Prof. Gil

92

dispõe de equipamentos de musculação de última geração, numa uma área de 150 metros quadrados, à disposição dos atletas com a orientação do preparador físico. Nossa área total é de 600 metros quadrados, onde trabalhamos da base ao alto rendimento. Nosso setor de musculação e fisioterapia atende plenamente às necessidades dos nossos atletas que precisam de alta performance nas competições. Em termos de estrutura médica, temos o Centro Integrado Saúde do Atleta - CISA, no qual nossos atletas recebem assistência médica total e são atendidos por ortopedistas, fisioterapeutas, fisiologistas e preparadores físicos, que trabalham em conjunto com nossos professores e técnicos.

Quem está à frente do treinamento? Atualmente coordeno o departamento técnico de judô, mas quem está à frente dos treinamentos são os professores Cristiano Carrion, Adriano Amorim e Bolívar Belchior, que está trabalhando com o judô formativo. Entre estes destaco o professor Cristiano Carrion, que foi vicecampeão dos Jogos Abertos em 2009, que além de ser um excelente atleta é um grande instrutor. Os professores Adriano Amorim e Bolívar Belchior também fazem parte da equipe principal. Qual é a posição do judô no cenário esportivo andreense? O judô está entre as modalidades que conquistam melhores resultados para


Santo André, e a razão disso é o grupo que formamos. Nossa equipe é composta por atletas da cidade e alguns de fora, contratados para completá-la. Mas tudo isso se deve aos parceiros que possuímos, e entre estes destaco a Prefeitura Municipal de Santo André e o Auto Shopping Global.

blocos: até o pré-juvenil trabalhamos apenas o judô social e lúdico; a partir daí buscamos detectar quais são os judocas que têm potencial para competir e passamos a trabalhar de outra forma. Como nós só disputamos competições a partir do pré-juvenil, nas categorias menores participamos apenas de festivais.

A parceria com a Prefeitura foi fundamental no processo de profissionalização da equipe? Politicamente estamos muito bem estruturados e isso nos possibilitou concretizar um sonho antigo, que era a criação do nosso próprio centro de treinamento. Hoje estamos capacitados para treinar as equipes de pré-juvenil a sênior, bem como preparar os futuros atletas. Temos cerca de 150 alunos, e destes apenas 60 são federados, porque só disputamos nas categorias acima de pré-juvenil. Na realidade, temos duas equipes: feminina e masculina, e ambas são fortíssimas. Acho que podemos dizer que tecnicamente estamos no nível da A. D. São Caetano e da Associação de Judô Rogério Sampaio. O que nos falta é o respaldo financeiro que aquelas equipes possuem, mas estamos lutando para atingir o patamar ideal. Vislumbramos coisas boas para 2011, pois em função da troca de governo no ano passado tivemos de fortalecer-nos com as novas lideranças, e aos poucos as coisas estão sendo reconduzidas ao patamar ideal.

Competitivamente quais são as prioridades para esta temporada? Em nível competitivo priorizamos três grandes eventos para o segundo semestre. O primeiro será o Grande Prêmio Paulista, que tem a participação de quatro grandes clubes de São Paulo: A. D. São Caetano, A. D. Santo André, Grêmio Recreativo Barueri e Associação de Judô Rogério Sampaio. De quebra, estamos classificados para o Grand Prix Nacional, que terá a participação dos 12 maiores clubes do Brasil. A primeira fase será realizada em Salvador (BA), em outubro, e a segunda, em São Paulo, no mesmo mês. Em seguida participaremos dos Jogos Abertos do Interior, em novembro, na cidade de Santos.

Vocês trabalham na formação de novos atletas? Na questão de formação de novos atletas dividimos nosso treinamento em dois

E as demais equipes paulistas, como estão posicionadas no GP Nacional? Das cinco equipes paulistas, apenas Santo André, São Caetano e Barueri estão classificadas. A Associação de Judô Rogério Sampaio ainda terá de classificar-se para participar este ano, e o Esporte Clube Pinheiros vai pleitear uma das duas vagas que restam.

Se esses clubes entrarem, teremos cinco equipes paulistas. A classificação final do GP 2009 teve o Minas Tênis Clube em 1º lugar, A. D. São Caetano em 2º, e G. R. Barueri em 3º. Minha análise é que hoje as seis melhores equipes do Brasil são: Minas Tênis, E.C Pinheiros, A. D. São Caetano, Sogipa e G.R Barueri e A. J. Rogério Sampaio sem desmerecer as demais é claro. Em quais categorias vocês estão com mais força? Estamos muito bem no sênior feminino e masculino, e temos grandes promessas no juvenil e júnior. Nossa meta é destinar

Tamires de Paula com Prof GIl

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mais recursos para as categorias menores na próxima temporada, porque precisamos renovar a equipe. Vamos desenvolver esse trabalho com base nas promessas que temos em Santo André, e por meio de nossa parceria com a Prefeitura vamos trazer alguns judocas da categoria júnior para viver e treinar aqui. Dessa forma teremos a renovação que buscamos e fortaleceremos as equipes da base. Nossa intenção é começar a investir mais na base em 2011, assim teremos em 2013 e 2014 um grupo extremamente forte. Consequentemente, esse trabalho nos dará continuidade na categoria sênior. Como vê o trabalho feito no feminino? No feminino já temos obtido resultados expressivos nas categorias menores, mas pretendemos desenvolver um projeto voltado especificamente para o judô feminino, que hoje no Brasil não mostra renovação. Temos poucas meninas no judô de alto rendimento. Minha análise é que o judô feminino fora do Brasil evoluiu até mais que o masculino, porém aqui encontramos uma ou duas atletas em cada peso na seleção. Nossa meta é fazer um trabalho para fomentar o crescimento do judô feminino em nossa região, mas para isso precisamos de maior investimento e apoio das iniciativas pública e privada. Sem investimento o esporte não sobrevive e não pode haver planejamento. Como disse antes, acho que em 2011 teremos maior apoio, pois as coisas estarão mais definidas, saberemos quem é quem, quais modalidades são efetivamente importantes e dão retorno para a nossa cidade. Nesse sentido o judô tem sido extremamente eficiente. Damos o devido retorno a Santo André e para o Auto Shopping Global, nosso grande parceiro.

Quais são os destaques do feminino? Temos cinco meninas em que acredito muito: Tamires de Paula e Marília Oliveira da Costa, campeã na Copa São Paulo; no juvenil, Rayane de Souza e Agne Emiliano, duas atletas que a partir do ano que vem integrarão a equipe principal; Natalia Evelyn é outra excelente atleta que ainda não estamos colocando para competir muito, porque estamos fazendo um trabalho extremamente dirigido. E no masculino? No masculino temos dois atletas das categorias de base que são o Rodrigo de Freitas, do super-ligeiro que já esta participando dos Jogos Abertos na equipe principal. No meio-médio o Kelvin de Paula tem um potencial gigantesco. Estamos focando nosso trabalho para 2014 pensando nesses dois meninos, e temos planos de contratar mais quatro judocas da categoria júnior, mas não vou revelar o nome deles porque a negociação ainda está muito precoce. No pesado sênior temos um atleta que já esteve na seleção júnior, o Marco Antonio Lima Jr. Ele é de Peruíbe e neste ano integra a nos-

sa equipe. Nos Jogos Regionais fez uma excelente luta contra Carlos Honorato na equipe e fez final com o Elton Fiebig de São Caetano, mas perdeu na bandeirada. Temos um menino de 14 anos na categoria pesada com um potencial enorme. Tem muita qualidade e mesmo sendo pré-juvenil pesa 117 kg e mede 1,90 m. Estamos investindo muito nele. Buscamos meninos com potencial desde o préjuvenil, e faremos de tudo para não perder nenhum deles para outras cidades, oferecendo a estrutura necessária para a permanência deles aqui. Temos a casa do atleta para o feminino e o masculino. Qual é a prioridade agora? Nossa prioridade é manter o crescimento de nossa equipe de forma gradativa, sem perder nenhum atleta para as outras equipes. Não temos como vislumbrar grandes investimentos para estar em primeiro ou em segundo lugar no ranking, e sabemos que, se tivermos um atleta extremamente técnico, dificilmente vamos conseguir segurá-lo. Os clubes com maior poderio financeiro estão sempre contratando os melhores atletas, e eticamente não poderíamos impedir a ida deles para esses clubes. Eles não podem perder as oportunidades que surgem. Somos nós que temos de conseguir recursos para suplantar as propostas que aparecerem. Como é o trabalho que fazem na base? Felizmente demos um grande passo no trabalho desenvolvido com a Prefeitura de Santo André, federando os judocas que mais de destacam nas escolinhas da Prefeitura. Posteriormente eles são trazidos para a A. D. Santo André, onde passam a receber um treinamento mais específico, com recurso da Prefeitura de Santo André. Temos hoje uma política pública comprometida com o desenvolvimento do esporte de base. Acho que

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Coordenador: José Gildemar de Carvalho – Gil Técnico do Masculino: Adriano Amorim Técnico do Feminino: Cristiano Carrion Preparador Físico: Fernanda Parmejani Fisioterapeuta: Rodrigo Nomyama Fisiologista: Lovian Henrique Nutricionista: Alessandra Xavier

daqui a dois anos estaremos investindo também nos adultos. Dessa forma em breve poderemos ter uma equipe formada genuinamente em Santo André, que terá nossa identidade e a nossa cara. Uma equipe com o comprometimento de defender a sua cidade. Qual é a proporção de judocas da cidade? Hoje nossa equipe é formada quase totalmente por atletas daqui. Cerca de 80% dos judocas são de Santo André, e posso assegurar que o trabalho que vem sendo feito ao longo desses anos deu resultado, pois apenas 20% dos nossos judocas são de fora. Mas acho muito importante salientar que esse trabalho é feito na base do amor e do comprometimento. De minha parte, e também dos professores envolvidos. Não basta apenas a Prefeitura investir, porque, se não gostarmos realmente do que fazemos e não acreditarmos verdadeiramente nos objetivos traçados, a coisa não avança. Todos nós temos de ser cúmplices do mesmo objetivo. Dirigentes, professores e atletas têm de acreditar e trabalhar com foco naquilo que buscamos.

Como vocês vêm a questão do comprometimento com os atletas? A partir do momento em que dividimos nossos sonhos com estes meninos e meninas, não podemos mais voltar atrás, porque eles deixam suas vidas e o lazer para investir no sonho que é, no mínimo, concluir uma faculdade e estar entre os melhores do Brasil e, quem sabe, participar das Olimpíadas do Rio 2016. Mostramos a eles que o judô é um bom caminho a ser trilhado, no qual encontrarão excelentes oportunidades em termos de estudo e formação profissional. Assim construímos um sonho juntos e todos fazem a sua parte. Sei que o apoio que recebemos ainda não é o ideal em termos de competir com as grandes equipes do país, mas em longo prazo podemos fazer uma boa projeção. Hoje temos condição de fazer nossa base, mas não temos condição de mantê-la por muito tempo, e esse é o grande desafio. Mas não vamos parar enquanto não atingirmos nossos objetivos, que é fazer o judô de Santo André ainda maior e brigar para estar entre os melhores do país.

Patrocinadores:

Prefeitura de Santo André

Equipe Sênior Feminino 1-Larissa Chibana 2- Marieta Clozel 3- Natalia Evelyn 4- Rayane de Souza 5- Natalia Ceratti 6- Kátia Cristina 7- Marília Oliveira 8- Tamires de Paula 9- Fernanda Parmejani 10- Agne Emiliano

Masculino

Prof. Bolivar, David, Victor, Izabelly, Victor Zonta e Alisson

1- Rodrigo Canova 2- Jhonny Chibana 3- Bolívar Belchior 4- Rodrigo Palmeira 5- Kelvin de Paula 6- Cristiano Carrion 7- Eugênio Diniz 8- Rodrigo Nomyama 9- Danilo Paulino 10- Adriano Amorim 11- João Paulo Zago 12- Marcos Antonio de Lima Jr.

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Por Paulo Pinto

Registro Fotos Budopress

Sedia Campeonato Paulista Sub-11 e Sub-13

Registro (SP) - Tradicional reduto da colônia japonesa no estado de São Paulo, a cidade de Registro sediou no 26 de junho o Campeonato Paulista Sub-11 e Sub-13. Há muito à frente da 14ª Delegacia Vale do Ribeira, o experiente sensei Mauro Sakai mais uma vez realizou um grande evento esportivo. Uma competição à altura de toda a tradição que a cidade de Registro construiu no judô, neste primeiro século da migração japonesa. Um dos berços do judô brasileiro, Registro é uma das cidades que marca maior presença nos certames do judô paulista. Entre as inúmeras associações e escolas da região, destacamos o trabalho desenvolvido pelas principais escolas do Vale do Ribeira, a Associação Ilhacompridense de Judô, Associação Yoshida de Judô, Associação Registrense de Judô – ARJU e Associação Cultural Beneficente NipoBrasileira de Jacupiranga - ACBNIBRA. O evento, promovido pela Federação Paulista de Judô, foi aberto oficialmente pela prefeita de Registro, Sandra Kennedy Viana, e outras autoridades políticas e esportivas. Entre estas destacamos o professor Farah, vereador da cidade de São José do Rio Preto; Benedito Onorio Ribeiro Filho, presidente da Câmara Municipal de Registro; Neusa Kobori, presidente da Associação Registrense de Judô; Artemio Rodrigues, secretário de Esportes e Lazer

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Dados da Competição São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba

Botucatu Presidente Prudente Bauru Marília

Campinas São José dos Campos Sorocaba

Vale do Ribeirão

e São

Grand

Paulo

Campeonato Paulista Sub 11 e Sub 13 Classes: Infantil e Infanto-juvenil Atletas Inscritos: 541 Atletas Associações Participantes: 148 Municípios Participantes: 88 Data: 26 de Junho de 2010 Local: Ginásio Municipal de Registro Mário Covas Cidade: Registro Delegacia: 14ª Delegacia Regional – Vale do Ribeira Delegado Regional: Mauro Sakai Total de Áreas: 6


14ª

Delegacia Regional – Vale do Ribeira Delegado Mauro Sakai

Artemio Rodrigues – Presidente da Secretaria de Esportes e Lazer de Registro

Benedito Onorio Ribeiro Filho, presidente da Câmara Municipal de Registro

Os professores Dante, Farah e Mazinho

Os professores Chico e Farah

O apresentador José Jantália

A equipe Alviverde foi o grande destaque em Registro

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de Registro; Jair Álvaro, representando o deputado estadual Samuel Moreira; o presidente da Apecvar, Gilson Fantin; o presidente do Bunkyo, Kuniei Kaneko, e Milton Naoji Kinno, representado o RBBC. A competição teve a participação de 541 judocas e 148 clubes e associações de todo estado. Realizado um dia após um jogo da seleção brasileira de futebol, este evento mostra a força e a pujança do judô paulista, que, mesmo num dia de jogo da Copa do Mundo, arrastou para o extremosul do estado judocas de quase 150 associações. Colaboraram para a realização do evento: Hotel Valle Sul, Lito Palace Hotel, Farma - R, Magário Comércio de Frutas, Agromaq, Bunkyo, Decel, Departamento Municipal de Saúde de Registro, além de uma equipe de voluntários dos pais, atletas e amigos da Associação Registrense de Judô.

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14ª

Delegacia Regional – Vale do Ribeira Delegado Mauro Sakai

Neusa Kobori – Presidente da Associação Registrense de Judô e Francisco de Carvalho

Joji Kimura e Celso Leite

Palmeiras Fatura Sete Ouros

Nos tatamis o que se viu foi uma garotada determinada, e com muita garra, nas duas categorias. Entretanto, a equipe da Sociedade Esportiva Palmeiras foi o grande destaque em Registro. Das 32 medalhas de ouro colocadas em disputa, o time alviverde conquistou sete, e atingiu a impressionante média de 22% de medalhas de ouro, numa competição disputada por nada menos que 148 clubes. Destacamos e parabenizamos a marca expressiva da equipe comandada pelos professores Edson Puglia, Lennon Pescarmona e Paulino Namie.

Professor Paulo Pi com sua equipe Professor Mauro Sakai o competente delegado da 14ª Delegacia Regional com sua esposa Neide Sakai

Os campeões da S. E. Palmeiras

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FEMININO - SUB 11 Super Ligeiro

MASCULINO - SUB 11

FEMININO - SUB 13

Super Ligeiro

Super Ligeiro

1º - Daniele Kaori Kurosawa

Associação Registrense de Judô

1º - Yohana Dhara dos Santos

Clube Camp Regatas E Natação

1º - Guilherme de Oliveira Ribeiro

Sociedade Esportiva Palmeiras

2º - Manuela P. Lima de Jesus

Clube Atlético Tremembé

2º - Monike de Abreu Cardoso

A. D. E.S Equilibrium

2º - Luis H. Kumakura Coelho

Floresta Atlético Clube

3º - Mayara de Jesus Martins

Assoc. Bras. A Hebraica

3º - Maria Jasmin P. da Silva

Associação Bras. A Hebraica de SP

3º - Felipe Dias Geronimo

Associação de Judô de Divinolândia

3º - Joisy Kelly Gomes de Oliveira

Assoc. Amparense de Judô e D. P.

3º - Tatiane Santana de Moraes

Esp Cl Osasco/Yanaguimori

3º - João Vitor Souza

Unimes-Univ.Metropolitana Santos

Ligeiro

Ligeiro

Ligeiro

1º - Natalia Andrade Tarosso

Clube Atlética Lindoya-Bioleve

2º - Laura Louise Nunes Ferreira

Adrearma - A. D. R. A. Marciais

3º - Maria Heloiza Costa

Fúlvio Miyata Fitness & Sports

3º - Maythe Del Rosso Pirolo

Unimes-Univ.Metrop.Santos

Meio Leve 1º - Kenia Astrom de Souza

Associação Bras. A Hebraica de SP

2º - Beatriz de Paula Oliveira

ADUC- Assoc. Desp. União da Coma

3º - Luana do Valle L. G.Santos

Clube Esportivo da Penha

3º - Hadasha Mattos Carvalho

Clube de Regatas Bandeirantes

Leve

1º - Gabrielle da Silva Anjos

Sociedade Esportiva Palmeiras

1º - Rafael Toshikazu Mizuno

Associação de Judô Budokan Peruíbe

2º - Ana Carolina Repulho

Floresta Atlético Clube

2º - Isaac Neper Oliveira Santos

Clube Internacional de Regatas

3º - Izabela Sommer Franco

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

3º - Rony Henrique Fernandes

Adpm - Reg.S .J. C.

3º - Larissa Vitoria M.Teixeira

Unimes-Univ.Metrop.Santos

3º - Jhonatan Luciano Justino

Assoc.Kiai Kam

Meio Leve

Meio Leve 1º - Janaina Gabriela Souza

Rio Preto Automóvel Clube

2º - Natayana Iguarino Gomes

Associação Aliança de Judô e Artes

3º - Giovanna Zillig Garcia

Associação de Judô Budokan Peruíbe

3º - Agatha Cristina Machado

Floresta Atlético Clube

Leve

Sociedade Esportiva Palmeiras

2º - Nicolly Alexandra dos Santos

Unimes-Univ. Metropolitana de Santos

1º - Vitoria Aparecida Hemmel

Associação de Judô Budokan Peruíbe

3º - Gabriella Mantena de Moraes

Associação de Judô de Caieras

2º - Marina Giraldi Horta de Lima

Clube Concórdia

3º - Sabrina do Nascimento

SEDUC - Praia Grande

3º - Paula Regina Gomes

Judô Torres

3º - Ryanne Couto de Lima

Associação Hirakawa de Judô

1º - Sandy Vieira de Souza

Associação Marcos Mercadante Judô

Meio Médio

2º - Bruna Silva Siqueira

Sport Club Corinthians Paulista

1º - Mariana Mayumi Minakawa

3º - Rafaela Heloisa M de Souza

Sec. Mun. Esp. Ribeirão Preto

3º - Lais Sayuri Cirico Nishi

Bragança Judô Clube

Médio 1º - Gabriela Alves Boaventura

Associação de Judô Budokan Peruíbe

2º - Andressa Santos Cavalcante

Associação Bras. Hebraica de SP

3º - Luma Rosendo

Clube Internacional de Regatas

3º - Kamaria Kinda da Silva Alves

A. D.C Santana Pedreira

Meio Pesado 1º - Giulliana de Jesus P. Rod

Associação Spessoto de Judô

2º - Gabrielle Martins Ribeiro

Clube Atlético Tremembé

3º - Raissa Ferreira Torres

A D Ateneu Mansor

3º - Samea Calderari da Silva

Tênis Clube Vargem Grande do Sul

Pesado 1º - Millena Ribeiro da Silva

Associação de Judô Budokan Peruíbe

2º - Manuela Freire de Oliveira

Associação Colossus de Judô

3º - Julia de Paula Andrade

Associação Moacyr de Judô

3º - Maria Laura da Costa

A. Desp. Centro Olímpico

2º - Thamiris Anacleto Cabral

Associação Bras. A Hebraica de SP SEDUC- Praia Grande

3º - Laura Takako Kohatsu

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Bruna Helena Moreira

Associação Másters de Judô

Médio 1º - Gabriela Silva M.Clemente

Sociedade Esportiva Palmeiras

2º - Stephanie D. do Carmo

Academia de Judô Pissarra

3º - Gabriela Alves A.Costa

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Ketelyn Araujo Nascimento

Clube Atlético Tremembé

Meio Pesado 1º - Daise Maria Locatelli

Associação de Judô de Divinolândia

2º - Gabriele Cristina Soares

São João Tênis Clube

3º - Agnes F. da Costa Motta

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Kelly Crystynah G. de Azevedo

Associação Guairense de Judô

Pesado

2º - Ingryd Beatriz de Vito

Fundesport – Araraquara

3º - Pamella Barbosa Palma

Associação de Judô Hombu Budokan

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Giovana Oliveira Mendes

Associação Desp. Carlos Fossati

2º - Gabriela de Souza Miguel

Associação Bras. Hebraica de SP

Super Pesado

3º - Juliana Aparecida de Assis

A. D. Bandeirantes Sorocaba

1º - Viviane F. da C. Motta

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Marina de Marco Santucci

Clube Camp Regatas E Natação

2º - Gabriela de Souza Miguel

Associação Bras. Hebraica de SP

3º - Juliana Aparecida de Assis

A. D. Bandeirantes Sorocaba

3º - Marina de Marco Santucci

Clube Camp Regatas E Natação

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3º - Felipe Carvalho da C. Santos

Associação Cult Esportiva de Tucuruvi

3º - Matheus Orpinelli Mercadante

Associação Marcos Mercadante de Judô

1º - Matheus Julio Oliveira

Judô Clube Mogi das Cruzes

2º - Alvaro dos Santos Alves

Colégio Dom Macário Schimidt

3º - Rodolfo de Freitas Coelho

Assoc. Marcos Mercadante de Judô

3º - Gustavo Oshiro Correa

Assoc. Amaro de Judô

1º - Guilherme Kenji S. Guimarães

Associação Judô Trajano A. Marciais

2º - Vinicius Rastelli Fernandes

Ateneu Barão de Mauá

3º - Rodrigo Breda Granço

Associação Marcos Mercadante de Judô

3º - Matheus Avesani S. Janaudes

Associação de Judô de Divinolândia

Médio

Associação de Judô Budokan Peruíbe

1º - Viviane F. da C. Motta

Sport Club Corinthians Paulista

Meio Médio

1º - Beatriz Rodrigues de Souza

Super Pesado

Sociedade Esportiva Palmeiras

2º - Renan Tsutsumi

Leve

1º - Taina Oliveira da Silva

Meio Médio

1º - Willian de Sousa E Lima

1º - Marcelo Augusto S. Gomes

Associação de Judô Belarmino

2º - Victor Hugo Sousa

Associação Registrense de Judô

3º - Leonardo Takashi Sakashita

Associação Integr. Esp. Amadores De

3º - Pietro Marmorato F. A. Muhlfar

São João Tênis Clube

Meio Pesado 1º - Gilberto Bernardo de Souza Net

Associação de Judô Vila Sonia

2º - Diego Soares Shinobe

Associação de Judô Vila Sonia

3º - Ulisses Gabriel Alves Santana

Associedade de Judô de Piquete

3º - Luis Fernando Moura Vieira

Colégio Dom Macário Schimith

Pesado 1º - Guilherme Ramos Bellotti Neto

Itapira Atlético Clube

2º - Kelvin Yuri de Santana

Assoc. Cultural de Arujá

3º - Henrique Carmo de S. Franco

Sociedade Esportiva Palmeiras

3º - Lucas Alexandre Barbosa Formis

Assoc. Judô Trajano C. A. Marciais

Super Pesado 1º - Kewin Nicholas do C. Ferreira

A.D.C. Mercedes Benz

2º - Leonardo Sindeaux Ramos Lima

Associação Amaro de Judô

3º - Ruan Pedro Olivio Franco

Associação Guairense de Judô

3º - Heitor Terciotte

Ribeirão Pires Futebol Clube

Extra Pesado 1º - Pedro Henrique Serrano

Fundesport – Araraquara

2º - João Paulo Assunção Rocha

Associação Bras. A Hebraica de SP

3º - Vinicius Marques Campanini

Associação Desp. E Cult Fabrica De

3º - Carlos Eduardo Lourenço

Liga de Judô do Litoral


14ª

Delegacia Regional – Vale do Ribeira Delegado Mauro Sakai

MACULINO - SUB 13 Super Ligeiro

Associações e N°de Participantes A D Ateneu Mansor - 2

Assoc. Judô Cho Do Kan Itanhaém - 3

Centro Esportivo de Ourinhos - 3

A J Cerejeira Votuporanga -2

Assoc. Judô Musc Tigre S. Carlos - 1

Clube Atl.Lindoya-Bioleve - 1

1º - Sergio Seda Escudeiro Filho

Associação Esportiva Guarujá

2º - Michael Saiki Amorim

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz

3º - Kaue Serafim da S Guilherme

Assoc. Cult Nipo Bras. Vila Carrão

A J Morimoto Lins - 6

Assoc. Judô Trajano C. A.Marciais - 3

Clube Atlet Taboão da Serra - 3

3º - Paulo Ricardo Fernandes

Adpm. - Reg. S. J. C.

A J São Carlos - 3

Assoc. Luso Brasileira de Bauru - 4

Clube Atlético Tremembé - 10

A. D. Bandeirantes Sorocaba - 9

Assoc. Mercival de Judô - 2

Clube Camp Regatas E Natação - 4

A. Desp. Centro Olímpico - 4

Assoc. Moacyr de Judô - 6

Clube Concórdia - 3

A.D. C Santana Pedreira - 7

Assoc. Pedreirense de Judô - 1

Clube de Campo Bragança - 1

A.D.E.S Equilibrium - 3

Assoc. Piedadense de Judô - 1

Clube de Campo de Piracicaba - 1

A.De P.A.SESI Votorantim-Apaju - 3

Assoc. Registrense de Judô - 8

Clube de Regatas Bandeirantes - 5

Academia Calasans Camargo - 8

Assoc. Takahashi de Cult Física - 1

Clube Esportivo da Penha - 2

Academia de Judô Pissarra - 5

Assoc. Marcos Mercadante de Judô - 13

Clube Internacional de Regatas - 4

Ligeiro 1º - Mike Silva Pinheiro

São João Tênis Clube

2º - Eduardo Guilherme de Souza

Associação Marcos Mercadante Judô

3º - Gabriel Ap. Dias dos Santos

Sport Club Corinthians Paulista

3º - João Paulo dos Santos Correia

Associação Marcos Mercadante Judô

Meio Leve 1º - Felipe Fernandes Teles

Clube R. Suzano Judô Terazaki

2º - Jonathan Renan Lemos Martins

Rio Preto Automóvel Clube

3º - João Victor dos Santos Silva

Adpm – Reg. S. J. C.

3º - Caio Henrique Dias da Silva

Associação Esportiva Guarujá

Academia de Judô Taboão Sbc Lt - 10 Academia Equilíbrio - 1

Leve 1º - Michael Vinicius O. Marcelino

Tênis Clube São Jose dos Campos

2º - Everton E. Moreira Damião

Associação Sekai De Judô

3º - Marcos Vinicius D.Campos

Clube Atlética Taboão da Serra

3º - Vitor Silva Souza

São João Tênis Clube

Academia Fôlego - 1 Adc General Motors S. Jose C. - 1 Adc Mercedes Benz - 2 Adpm-Reg.S. J. C. - 7

Meio Médio 1º - Jeferson Luiz dos Santos Jr.

Adpm - Reg. S. J. C.

Adrearma -As.Desp. Rec. Artes Ma - 4

2º - Lafaiety Claudino de O. Braz

Vila Souza Atlético Clube

Aduc-Assoc. Desp. União da Coma - 4

3º - Eric Arcas K Gonçalves

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Thiago Gomes Vital

Sociedade Esportiva Palmeiras

Médio

Amajjuka - Assoc. Martinopolense - 1 Apaju Vargem Grande Paulista - 2 Assoc. Anastaciana de Judô - 2

1º - André Akira R. Takahashi

Sociedade Esportiva Palmeiras

2º - Lucas Arlindo Salles

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz

Assoc. Bras. A Hebraica de SP - 12

3º - Matheus Delboni de Castro

Associação de Judô de Bastos

Assoc. Colossus de Judô - 4

3º - Felipe Masaharu Ishizawa

A. D. Ateneu Mansor

Meio Pesado 1º - Rafael Carlos Batista Pereira

Fúlvio Miyata Fitness & Sports

Assoc. Corpo e Mente de Judô - 2 Assoc. Cult E Esp de Pompéia - 2

2º - Igor da Silva Morishigue

Associação de Judô de Bastos

Assoc. Cult E Esp Paraguaçu - 1

3º - Thiago R. Marques Franco

Associação Colossus de Judô

Assoc. Cult Esp de Tucuruvi - 4

3º - Igor Maximiano da Silva

A.D.C Santana Pedreira

Assoc. Cult Esp Rec de Tupã- 8

Pesado

Assoc. Cult Nipo Bras. Vila Carrão - 3

1º - Vinicius Yuji Sacamoto

Associação Judô Trajano A. Marciais

2º - Leonardo Lara Lopes

Clube Concórdia

3º - Raul dos Santos Soares

Associação de Judô Ichikawa

Assoc. de Judô Budokan Peruíbe - 11

3º - Lucas Alberto dos S. Pedro

Associação de Judô de Piquete

Assoc. de Judô Butantã Budokan

Assoc. de Judô Alto da Lapa - 1

Assoc. de Judô de Bastos - 9 Assoc. de Judô de Piquete - 6 Assoc. de Judô Fernandópolis - 2 Assoc. de Judô Hinode - 1 Assoc. de Judô Hombu Budokan - 4 Assoc. de Judô Ichikawa - 2 Assoc. de Judô Kenshin - 1 Assoc. de Judô Messias - 1 Assoc. de Judô Nakashima - 3 Assoc. de Judô Padovan - 1 Assoc. de Judô Vila Sonia - 6 Assoc. de Judô Yoshida - 5 Assoc. Gonçalves Mubarac de Judô - 1 Assoc. Guairense de Judô - 9 Assoc. Hirakawa de Judô - 2 Assoc. Itapevense de Judô - 2

Assoc. Sta Barbara de Judô - 2 Assoc. de Judô de Adamantina - 3 Assoc. Masters de Judô - 4 Assoc. Atlética Ponte Preta - 1 Assoc. de Judô de Divinolanda - 4 Assoc. Desp E Cult Fabrica De - 4 Assoc. Desp. Ribeirão Pires - 2 Assoc. Esportiva de Ubatuba - 5 Assoc. Ibj Judô - 2 Assoc. Judô Araçariguama - 1 Assoc. Judô Caieras - 2 Assoc. União de Judô – Itatiba - 2 Assoc. Aliança de Judô e Artes - 2 Assoc.Amparense de Judô Def. Pe - 2 Assoc. Bushido Pais e Amigos - 6 Assoc. Cultural de Arujá - 2 Assoc. Desp. Carlos Fossati - 1 Assoc. Desportiva Judô na Faixa - 5 Assoc. Integr. Esp. Amadores de - 2 Assoc. Itapetininga Kodokan - 2 Assoc. Kiai Kam - 1 Assoc. Proj. Budô de Artes Marciais - 1 Assoc. Sekai de Judô - 2 Assoc. Branco Zanol de Judô - 3 Assoc. de Judô Gulo - 1 Assoc. de Judô Umino - 1 Assoc. Lincoln de Judô - 2 Assoc. Ippon Kids - 2 Assoc. Amaro de Judô - 9 Assoc. de Judô Carvalho - 1 Assoc. Esportiva Guarujá - 4 Assoc. Judô Belarmino - 2 Assoc. Judô Ilha Solteira -3 Assoc. Judô Nery - 2 Assoc. Spessoto de Judô E - 3 Ateneu Barão de Mauá - 2 Bragança Judô Clube - 3 Bushikan-Dojo - 1

Clube Rec.de Suzano Judô Teraz - 8 Colégio Cermac - 1 Colégio Eduardo Gomes - 4 Colégio Dom Macario Schimitt - 3 D.E.R.L.A / Aguai - 1 Esp Cl Osasco/Yanaguimori - 2 Esporte Clube Castelo - 1 Floresta Atlético Clube - 4 Fúlvio Miyata Fitness & Sports - 6 Fundesport – Araraquara - 3 Grêmio de Judô Nado Livre - 2 Grêmio Recr D Servidores Mun D - 1 Guaru Educação Social E Desporto - 1 Itapira Atlético Clube - 6 Judô Clube Itararé - 6 Judô Clube Mogi das Cruzes - 6 Judô Makoto - 1 Judô Torres - 1 Liga de Judô do Litoral - 8 Nosso Clube - 1 Palestra Esporte Clube - 1 Proj.Olímpico de Judô de Guara - 5 Ribeirão Pires Futebol Clube - 2 Rio Preto Automóvel Clube - 11 São João Tênis Clube - 8 Sec.Mun.Esp. Ribeirão Preto - 3 Secr. Mun. Esp.de Caraguatatuba - 1 Seduc - Praia Grande - 8 SESI - SP - 5 Shintai Serv. Ativ. Fisicas - 3 Sind.Ser.Pub.Mun. São Sebastião - 6 Soc. Esportiva Palmeiras - 24 Sociedade Harmonia de Tênis - 1 Sport Club Corinthians Paulista - 8 Tênis Clube S Jose Campos - 8 Tênis Clube Vargem Gde do Sul - 1 Unimes-Univ.Metrop.Santos - 8 Vila Souza Atlético Clube - 4

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Fotos Washington Alves/FOTOCOM.NET

RICARDO Borges/FOTOCOM.NET

Tiago Lima/FOTOCOM.NET

Japão é campeão da Copa do Mundo por Equipes e Brasil fica com Bronze

Salvador (BA) – A Copa do Mundo por Equipes reuniu oito das principais escolas do judô mundial durante cinco dias de competição. A primeira fase foi disputada em Belo Horizonte, enquanto Salvador sediou duas rodadas, as semifinais e a grande final. Após as cinco rodadas disputadas no Chevrolet Hall, em Belo Horizonte (MG), três países já estavam matematicamente garantidos na semifinal: Coréia do Sul, Japão e Brasil. Japão e Coréia do Sul dividiam a liderança com 13 pontos. O Brasil estava em terceiro, com 12 pontos. Na competição por equipes, os países se enfrentam nos cinco pesos, e os combates podem acabar empatados, com a vitória valendo três pontos e o empate, um. Para a fase de Salvador a seleção brasileira teve duas novidades. Maicon França e Bruno Altoé substituíram os lesionados Leandro Guilheiro e Hugo Pessanha, respectivamente. Para o baiano Maicon, a chance de voltar a lutar pela seleção, em casa, foi mais que especial.

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Seleção da Coréia do Sul Seleção do Japão no pódio comemorando o ouro

Seleção Brasileira

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Após as sete rodadas que definiram os semifinalistas, o Brasil enfrentou a Coréia, e Portugal pegou o Japão. Os coreanos venceram a equipe verde-amarela, enquanto nossos patrícios foram superados pelo Japão.

Final emocionante No dia 31 de julho, mais de 2 mil torcedores lotaram a arena montada no Centro de Convenções da Bahia, e viram o Japão ser o primeiro campeão da história da Copa do Mundo por Equipes. O time nipônico ficou com o ouro ao bater a Coreia do Sul por 2 a 1. O Brasil conquistou o bronze ao vencer Portugal por 4 a 0. Na disputa do bronze, o Brasil estreou com vitória de Bruno Mendonça (-73kg) por yuko sobre Jorge Fernandes. Na luta seguinte, o baiano Maicon França (-81kg) empatou com João Neto. O Brasil fez 2 a 0 com Tiago Camilo, que bateu Diogo

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válido de Masahiko Tomouchi. Na sequência, Masashi Nishiyama bateu o coreano, o atual campeão mundial Kyu-Won Lee, por wazari. O Japão chegou ao segundo ponto com Yasuyuki Muneta (+90kg), que venceu por ippon Sung-Min Kim. Na última luta, Tatsuaki Egusa e o campeão olímpico Min-Ho Choi empataram. “Gostei da competição e o nível foi muito bom. O Japão teve muita união e estratégia para ser campeão desta Copa do Mundo”, diz o bicampeão mundial Yasuyuki Muneta. Lima por yuko. Na luta seguinte, Luciano Corrêa (+90kg) levantou a torcida com um ippon em João Taveira e Alex Pombo (-66kg) fechou o placar em 4 a 0 com ippon em Sergiu Oleinic. “O evento foi de alto nível, com a maioria dos atletas que estão aqui confirmados no Campeonato Mundial do Japão, em setembro. É muito legal competir por equipes, quando a torcida vê o Brasil enfrentando outra nação. O envolvimento dos torcedores e dos atletas é diferente. O judô é um esporte individual, mas neste tipo de torneio mostra o quanto cada parte do grupo é importante. O torneio por equipes é a prova de quanto cada um precisa do outro no dia a dia”, disse o campeão mundial Luciano Corrêa. A final entre Japão e Coreia do Sul foi emocionante. Após o empate na primeira rodada entre o japonês Riki Nakaya (-73kg) e o coreano Gui-Man Bang, a Coréia fez 1 a 0 no placar com Ki-Chun Wang (-81kg), que foi favorecido por um golpe in-


Seleção Brasileira

Coréia 1 x 1 Japão Portugal 3 x 2 Grã-Bretanha

Alex Pombo

(- 66 kg)

Leandro Cunha

(- 66 kg)

Bruno Mendonça

(- 73 kg)

Flávio Canto

(- 81 kg)

Maicon França

(- 81 kg)

Tiago Camilo

(- 90 kg)

3ª Rodada

Bruno Altoé

(- 90 kg)

Japão 3 x 0 Brasil

Luciano Corrêa

(+ 90 kg)

Espanha 3 x 1 Portugal

Walter Santos

(+ 90 kg)

Rafael Silva

(+ 90 kg)

Tabela fase de classificação 1º Japão - 19 pontos, 26 vitórias 2º Coréia - 19 pontos, 24 vitórias 3º Brasil - 15 pontos, 23 vitórias 4º Portugal - 9 pontos, 13 vitórias 5º Itália - 9 pontos, 12 vitórias 6º Espanha - 9 pontos, 11 vitórias 7º Inglaterra - 3 pontos, 9 vitórias 8º França - 0 ponto, 6 vitórias Resultados 1ª Rodada Brasil 5 x 0 França Itália 3 x 1 Espanha

2ª Rodada Brasil 4 x 0 Espanha Portugal 4 x 1 Itália Coréia 3 x 2 Grã-Bretanha Japão 4 x 0 França

Coréia 5 x 0 Itália Grã-Bretanha 2 x 1 França 4ª Rodada Brasil 5 x 0 Portugal Japão 4 x 1 Grã-Bretanha Coréia 4 x 0 Espanha Itália 4 x 1 França 5ª Rodada Brasil 5 x 0 Grã-Bretanha Coréia 3 x 2 Portugal Japão 4 x 0 Itália Espanha 4 x 1 França 6ª Rodada Itália 3 x 1 Grã-Bretanha Japão 5 x 0 Espanha Coréia do Sul 4 x 1 Brasil Portugal 3 x 2 França 7ª Rodada Coréia do Sul 4 x 1 França Grã-Bretanha 1 x 3 Espanha Japão 5 x 0 Portugal Brasil 3 x 1 Itália Semifinais Japão 4 x 0 Portugal Coréia do Sul 3 x 1 Brasil Disputa de Bronze Brasil 4 x 0 Portugal FINAL Japão 2 x 1 Coréia do Sul

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Dirigente em Foco

Por Paulo Pinto Fotos Budopress

Goiás Faz Um Judô

Cada Dia Mais Forte

Reeleito em chapa única em março passado, Josmar Amaral Gonçalves pôs Goiás na rota do crescimento e da conquista de resultados. Nascido em Anápolis (GO) em 5 de abril de 1964, ele é professor de judô, faixa coral 6º Dan, e graduado em direito, pela Faculdade de Direito de Anápolis. Depois de reunir o judô de todo o estado em torno de uma proposta de crescimento, transformou a FEGOJU numa das federações que mais crescem e apresentam melhores resultados no país Quais caminhos o levaram a presidência da JEGOJU? Foi um longo caminho. Em 1972 ingressei no judô, sou professor desde 1984, árbitro, técnico, dirigente e, atualmente, professor na Academia Ippon em Anápolis. É muito trabalho em prol do judô no estado. A FEGOJU, em 2005, estava vivendo um momento crítico na questão administrativa, e em determinado momento tivemos de tomar algumas atitudes que resultaram numa composição, e, com isso, houve a saída do ex-presidente e eu assumi a entidade. Quando iniciou seu primeiro mandato? Nosso ex-presidente, Zedequias de Oliveira, assumiu a vice-presidência da CBJ em março de 2005 e, em seguida, por vacância do cargo, fui levado à presidência. Em março de 2006, tivemos eletivamente nossa primeira gestão. Em março passado, fui reeleito para um segundo mandato, tendo o Júnior como vice-presidente, em ambas as ocasiões. Após terem assumido houve mudanças estruturais concretas? Sim, é lógico, principalmente pela grande vontade de todos de melhorar a qualidade da modalidade em nosso estado, em trazer credibilidade à entidade, resgatando os professores e praticantes de todo o estado que estavam afastados. Havia muita gente distante, até mesmo o sensei Lhofei Shiozawa, um ícone dos tatamis, um professor que era referência nacional e internacional, estava afastado. Após termos assumido, ele retornou e passou a fazer parte da diretoria como membro efetivo do conselho fiscal, e isso deu grande estímulo e credibilidade ao judô goiano e a todos nós.

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No campo técnico e esportivo Goiás também avançou? Sim. Com a participação de maior número de atletas e professores que retornavam para a entidade, o nível técnico aumentou muito. É claro que nós também tomamos certas medidas visando a esta evolução técnica. Primeiro, colocamos o professor Lhofei Shiozawa à frente da Comissão de Graus da FEGOJU e como técnico da seleção nos eventos nacionais de que o estado participasse. Ele treinava toda a garotada para os brasileiros, e de imediato disputamos o Campeonato Brasileiro Regional em Ji-Paraná, onde conquistamos muitas vagas para o brasileiro nas fases finais. Tivemos vários atletas campeões, e os resultados começaram a fluir. Quantas associações havia quando assumiu e quantas há agora? Em 2005 tínhamos apenas oito associações filiadas, e já na primeira eleição participaram 19 associações com direito a voto. Hoje contamos com aproximadamente 35 associações devidamente filiadas.


O número de pódios nacionais aumentou? Desde que assumimos, nossa presença nos pódios foi aumentando a cada ano. Terceiros lugares, segundos lugares e muitos campeões brasileiros. Atletas que foram disputar sul-americanos e pan-americanos. Posteriormente, tivemos muitas participações na classe Máster e no Veteranos. Tivemos o atleta Joseph Kleber Guilherme, ex-integrante da seleção brasileira na época de Aurélio Miguel, que conquistou o bi-campeonato mundial Máster, e, posteriormente, outros atletas do Máster o seguiram: o Edson Rogério, Geracino Bonfim, João Arce, José Iasbech. Fizemos, inclusive, uma final contra São Paulo em Porto Alegre (RS), no sul-americano por equipes, e fomos campeões. Isso foi um marco importantíssimo para todos nós, e comemoramos muito esta vitória. Ganhar sempre é bom, mas ganhar de São Paulo é melhor ainda, porque sabemos que lá estão a nata e o celeiro do judô brasileiro. Qual é a participação de seu vice na gestão da entidade? Na realidade nós vivemos para o judô, e não do judô. Dessa forma, acabamos fazendo uma administração meio que familiar, por sermos envolvidos com o objetivo de melhorar a modalidade no estado. Somos literalmente uma família trabalhando em prol do esporte, levo inclusive minha esposa e filhos para trabalharem em todos nossos eventos. Ter o Luiz Fernandes de Araújo Júnior como vice-presidente tem sido de suma importância em nossa gestão, pois ele soma em nosso trabalho. Administramos com base no amor que temos pelo judô, e com o Júnior não é diferente. Além de participar das decisões de nossa diretoria, ele trabalha na área da captação de recursos para a FEGOJU. Qual é o seu balanço do mandato realizado no quadriênio 2006/2010? Tivemos um trabalho árduo e sempre focado no bem comum dos praticantes de judô do estado, dando incentivo e motivação aos nossos clubes filiados, sempre com o respaldo da Confederação Brasileira de Judô, no aspecto de estar trazendo eventos para Goiás. Fizemos um brasileiro em 2005, o Brasileiro Regional em 2008, e agora em 2010 estamos trazendo o Brasileiro Sub-15 para Anápolis. Graças à CBJ, que nos tem honrado e confiado a realização destes eventos, que acabam trazendo crescimento para a federação e o esporte na região. Foram muitas atividades: criação do ranking estadual,

criação de nosso site, o www.judogoias. com.br, competições por equipe, competição de Nage no kata, que nunca havia sido realizada em Goiás. A participação maciça de atletas resultou na conquista de muitas medalhas e Goiás apareceu em nível nacional em muitas ocasiões. Surgiram vários talentos, entre os quais cito a bi-campeã brasileira Renata Dantas, de Anápolis, judoca que atuou na Seleção Brasileira e já competiu no Japão e Alemanha. Tivemos também o atleta Carlos Otávio, bi-campeão brasileiro. Outro grande destaque é o Thalles Silva Faria, de Caldas Novas, peso ligeiro na classe júnior, que sempre tem-se destacado no cenário nacional. Recentemente, a atleta Fernanda de Araújo Pimentel foi campeã do US OPEN nos Estados Unidos(2010). Um fator importantíssimo é que antigamente o judô se concentrava apenas em Goiânia. Tudo acontecia lá. Hoje Anápolis está aparecendo nas ações do judô goiano. E não somente Anápolis, mas a tendência é disseminar a modalidade em todo o estado, Caldas Novas, Goiânia, Inhumas, Rio Verde, Jataí e várias cidades no entorno de Brasília, que antes, pela proximidade, preferiam estar em Brasília, na Federação Metropolitana. Agora, porém, estão competindo em Goiás, que oferece mais opções e uma boa qualidade técnica. Um exemplo disso é a cidade de Valparaíso de Goiás, que participa maciçamente de todos os nossos eventos. Quais são as principais metas para esse novo mandato? O grande desafio dos mandatos anteriores foi a reestruturação da FEGOJU, e a prioridade era trazer todas as associações de volta para a entidade, para dividir conosco a responsabilidade de zelar pelo judô goiano e o fazer cada vez maior e organizado. Hoje nossa preocupação é buscar recursos para estar ativos nos principais eventos nacionais e internacionais. Para isso, estamos desenvolvendo ações junto à Agência Goiana de Esportes e Lazer (AGEL), através de incentivos ao atleta no Bolsa Atleta e no Pró-Esporte. Firmamos dois convênios importantíssimos com a Prefeitura Municipal de Anápolis, o primeiro visando à criação de uma escolinha de judô para 500 praticantes em vários setores da cidade, levando o esporte às pessoas menos favorecidas por meio do programa Esporte para Todos, e o segundo visando à realização do Campeonato Brasileiro de Judô Sub-15, nos dias 27 a 29 de agosto, evento seletivo para o Sul-Americano e o Pan-Americano, que promete ser um marco na eficiência

e realização de eventos em Goiás. Todos estes convênios contam com o apoio do secretário municipal de Esportes, Ademir Marinho, e do prefeito de Anápolis, Antônio Roberto Gomide, que faz uma administração impecável à frente do esporte na cidade, tendo sido dele a iniciativa de chamar a FEGOJU para discussão e implementação das ações. Anápolis vive hoje um momento muito importante, politicamente e qualitativamente, tendendo a levar o judô às comunidades carentes de Anápolis, e com isso popularizar ainda mais nosso esporte. Cabe ressaltar que a Federação Goiana de Judô tem sede na cidade de Anápolis. Estamos buscando essas parcerias e a implementação de vários convênios com as prefeituras dos principais municípios goianos. Este é o grande desafio, agora. Quais são os professores que compõem sua equipe de trabalho? Politicamente, todos os que estão na chapa que foi eleita, mas a minha leitura é que todos os nossos filiados fazem parte desse processo e fazemos o judô de Goiás juntos. Mas, além do grupo eleito, tenho os coordenadores na área técnica, professor Wesley Oliveira Luiz, assessorado por Anderson Santos Souza, pessoas com grande empenho e conhecimento técnico. Já na área da arbitragem, temos o Dr. Leonardo Ângelo Sttaciarini de Resende, advogado e professor de educação física que é FIJ B assessorado pelo professor Michel Gomes de Oliveira. Nosso coordenador jurídico, Dr. Casil Franzon Neto, o professor Iransé Oliveira Silva, coordenador de eventos da federação e grande estudioso das atividades educativas do judô, além de ser diretor de esportes da Secretaria Municipal Anápolis. Na verdade, dividimos com todas as associações filiadas o sucesso de nossa gestão e o crescimento do judô goiano. Falar em nomes é até injusto, porque teria de destacar todos professores, árbitros e amigos que nos dão apoio. Qual foi a importância da migração do sensei Shiozawa na década de 70? Por onde passou, ele agregou muita qualidade técnica, e houve aquela questão do antes e o depois. Onde ele esteve o judô mudou e evoluiu abruptamente. Por seu alto conhecimento técnico e pela pessoa que foi, sensei Shiozawa formou centenas de judocas e fez o judô goiano evoluir muito. Quando veio para Goiânia, o judô no estado ainda era muito pobre no aspecto técnico. Era um judô feito na base do amor, da determinação e da dedicação. Quando queríamos aperfeiçoamento técnico, tínhamos de ir para

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São Paulo, para Brasília e outros grandes centros. Eu mesmo sofri muito com isso, e cito como exemplo os treinamentos de Nage no Kata. Era uma enorme dificuldade, e, quando o sensei Shiozawa veio para cá, passamos a ter uma referência. Ele sempre nos ensinou tudo que sabia e passava todo o seu conhecimento. Não segurava nada e buscou sempre fazer a transmissão de seu vasto conhecimento técnico. Ele mudou totalmente o cenário técnico em Goiás. Houve uma geração na década de 80 que bombou devido à força do trabalho dele na Faculdade de Educação Física ESEFEGO e no Jóquei Clube, para onde ele veio dar aulas, inicialmente. Mais tarde, deu aulas na Uni-Evangélica de Anápolis, onde também fez vários discípulos. Por onde ele passou, o judô prosperou e desenvolveu-se. Ele nasceu numa colônia de japoneses em São Paulo, em julho de 1941, aprendeu judô com os ases do judô brasileiro, depois migrou para Salvador (BA), onde fez escola e, graças a Deus, germinou uma nova geração de judocas em Goiás. Sua morte foi uma perda irreparável para o esporte goiano e, sem dúvida, para o cenário nacional e mundial. Sendo ele referência no judô e membro ativo da oposição à CBJ, você acha certo apoiar a entidade? Nesta última eleição da CBJ, nosso voto não foi individual e não representou simplesmente a vontade do presidente, mas, sim, da maioria dos representantes dos clubes filiados à Federação Goiana de Judô. Fizemos uma assembleia, para dar oportunidade a todos de expressarem seus anseios e ideias, com participação, inclusive, de árbitros e professores. Fomos efetivamente democráticos. A escolha foi do Estado de Goiás, posição que assumimos e temos orgulho em dizer “decisão tomada pela FEGOJU, e não apenas pelo presidente ou vice-presidente”. Goiás recebe um tratamento especial por parte da CBJ? Somos tratados como federação e cumprimos nosso trabalho institucional. Apesar dos momentos críticos na última eleição, todos os pedidos que fizemos profissionalmente e institucionalmente para a CBJ foram atendidos pelo presidente Paulo Wanderley. O presidente da CBJ tem feito seu trabalho, e não queremos intrometer-nos no cenário nacional, que tem trazido muita visibilidade à modalidade no país, além de um grande momento internacional que o judô experimenta. Neste instante, temos de focar a melhoria de estratégias para a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro.

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Goiás está satisfeito com a ajuda que recebe? Penso que, se o Brasil quiser mesmo tornar-se uma potência olímpica e mostrar seus valores, devem ser criadas políticas que fomentem o desenvolvimento do esporte na base. Não posso dizer que nada está sendo feito, pois seria utopia e política oposicionista; precisamos juntar esforços, democratizando o esporte, e trabalharmos para isto. Goiás não está satisfeito, mas porque sabemos que precisamos melhorar e aprimorar, reciclar. Precisamos profissionalizar-nos; o mundo anseia por bons gestores. No momento ímpar que vivemos, com perspectiva de uma Copa do Mundo de Futebol e uma Olimpíada no Rio de Janeiro, devemos aproveitar os investimentos que virão. Dependemos somente de nós mesmos, cada qual deve fazer sua parte. Vocês fazem uso das leis de incentivo fiscal? Iniciamos com a AGEL – Agência Goiana de Esporte e Laser o incentivo do Pró-Esporte, que dará parte da logística do Campeonato Brasileiro Sub-15 em Anápolis, abrindo perspectivas para projetos maiores em parceria com o governo do estado e municípios goianos. Buscar o incentivo do poder público é dever, mas também queremos buscá-lo na área privada, por meio de empresas que se identificam com o judô. A FEGOJU tem algum projeto de incentivo fiscal em andamento? Temos um projeto no Pró-Esporte, junto à Agência Goiana de Esporte e Lazer (AGEL). O projeto foi aprovado, mas ainda estamos na fase de captação. Desenvolvemos um convênio junto à prefeitura de Anápolis, no qual o prefeito Antônio Roberto Gomide e o secretário de esportes Ademir Marinho nos dão apoio e são favoráveis a desenvolvermos um trabalho que leve o judô para toda a população. Temos certeza de, que com a realização dessas ações, a FEGOJU crescerá e terá maior autonomia, principalmente na cidade em que tem sede. Quais entidades apoiam a FEGOJU? Temos a Agência Goiana de Esportes e Lazer (AGEL), que nos ajuda com passagens aéreas para nossos atletas participarem das competições nacionais e internacionais. Este ano estamos viabilizando o Campeonato Brasileiro Sub-15, em Anápolis, como já foi enfatizado. O SESC e a UniEvangélica também são nossos parceiros, e agora estamos implementando a parceria com as prefeituras de Anápolis e de Goiânia, através das secretarias de Esporte.

A CBJ cogita assumir o controle das carteiras dos faixas pretas do Brasil, como vê isso? Essa situação nos foi colocada na última assembleia, e acho certo que a CBJ tenha um cadastro e algum tipo de controle dos faixas pretas de todo o país. Acho até que isso deveria ter sido feito antes. Precisamos saber quem é kodansha e quem são os praticantes graduados do Brasil, e por aí vai. Mas, ao mesmo tempo, temos de tomar muito cuidado com essa questão que não pode ter um contexto comercial. A CBJ não pode visar ao lucro com isso. Acho que a CBJ deve ter a preocupação, o cuidado e o devido respeito para com as entidades estaduais. A CBJ não pode pretender lucro,pois emitir as carteiras dos judocas é uma prerrogativa das federações. Não podemos perder este direito, pois além da questão da receita em si, esta é uma prerrogativa nossa. Sem contar que nós não temos nenhum tipo de incentivo e não podemos perder até esta arrecadação. Felizmente a CBJ tem recursos de sobra e acho que não precisa de mais. Com exceção da Federação Paulista, que tem recursos próprios, as federações em geral precisam dos recursos provenientes dessa receita. Somos entidades pobres e isso fará muita falta. Não podemos perder esse direito nem tampouco onerar ainda mais nossos filiados com taxas maiores. Acho que a CBJ não está preocupada com a receita e sim com o controle, caso isso aconteça será exploração comercial. No campo social, a Federação Goiana desenvolve alguma ação? Não somos uma entidade com finalidade filantrópica, a FEGOJU é entidade de organização da prática desportiva estadual, principalmente na área de rendimento, mas desenvolvemos parcerias importantes com algumas entidades, entre as quais destacamos a ONG Atitude da cidade de Inhumas, que é presidida pelo vice-presidente Júnior. Essa entidade desenvolve um trabalho filantrópico excelente e, entre outras iniciativas, leva o judô para quase uma centena de crianças extremamente pobres e carentes, proporcionando a convivência destas crianças com a filosofia criada por Jigoro Kano. Desenvolvemos outras ações com entidades de Goiânia e de Anápolis. Acreditamos que, por meio da parceria com a prefeitura de Anápolis, poderemos implementar vários projetos com estes objetivos. Na medida do possível, faremos tudo que estiver ao nosso alcance para promover a inclusão social através do esporte, no Estado de Goiás.


Por Renato Klein/Esporte na Net

Judô Máster: Ouro que vem do Cerrado Entre competições e política, o Tocantins vem ganhando espaço no judô brasileiro Palmas (TO) - Mesmo longe dos centros mais tradicionais de judô, o Tocantins tem conseguido aparecer com resultados expressivos, tanto nas categorias de base quanto nas categorias máster. O atleta que surge como o expoente do estado nesta categoria para judocas a partir de 30 anos é Fred Guerra, hoje com 36 e apenas 10 anos de judô, muito pouco quando se fala de máster. Desde 2006, o cearense “apadrinhado” pelo Tocantins representa o estado do Centro-Oeste brasileiro. Em Budapeste, na Hungria, atingiu a importante marca de cinco participações em mundiais. Antes disso, integrou a delegação brasileira em quatro mundiais (França, Brasil, Bélgica e Estados Unidos), dois Pan-Americanos (Canadá e Estados Unidos) e dois SulAmericanos, ambos em Porto Alegre. Em 2009 foi um dos poucos brasileiros a conquistar medalhas nos individuais Sul-Americano (ouro), Pan-Americano (prata) e Mundial (bronze), além das medalhas por equipe também nas três competições, entre elas o ouro. Seu técnico desde a faixa branca, Georgton Pachêco, sete vezes campeão brasileiro e hoje presidente da Federação de Judô do Estado do Tocantins (FEJET), tem sido um dos seus maiores incentivadores. “No judô não há milagre. E fica fácil orientar um atleta que não falta aos

Fred e bandeira do Tocantins

treinos e corre atrás do que for necessário para participar de treinamentos e competições”, conta Pachêco, que aposta hoje no máster estadual como ferramenta de aprimoramento técnico dos senseis formadores. O penta-campeão Mundial Máster, Artêmio Caetano, também tece elogios ao judoca tocantinense: “Sempre acompanho as lutas do Fred, principalmente nos mundiais, e sua evolução me impressiona a cada ano. Isso sem contar o belo trabalho que realiza Fred Guerra e Ton Pachêco no Mundial da Bélgica 2008 na área de divulgação do judô e ção às regras, e com isso o judô de base marketing esportivo”. Fora dos tatames, além do projeto crescerá competitivamente”, avalia Fred. E a argumentação vai além. Após 12 social que mantém em Palmas, a luta de anos sendo realizado pela World Master, Guerra tem um cunho mais político: ele ainda quer ver “a valorização que o judô o mundial máster passou a ser organimáster merece”. Recentemente campeão zado pela Federação Internacional (FIJ), dos Jogos Brasileiros Máster, no Rio de entidade máxima do judô no mundo, que Janeiro, o atleta viu o interesse do Comitê hoje reconhece a classe como de “renBrasileiro do Esporte Máster (CBEM), em dimento”. O grande exemplo tivemos na prestigiar a categoria, inclusive por meio competição realizada na capital húngade bolsa-atleta. “Eu sei que para isso se ra, que recebeu mais de 1.400 judocas, tornar uma realidade deverá haver uma vindos de aproximadamente 50 países. negociação que provavelmente envolveria “Temos de treinar o ano inteiro, comprar atletas, Ministério dos Esportes, CBJ e o melhores equipamentos, fazer fisioterapróprio CBEM, mas vejo claramente que, pia, consultar nutricionista, viajar para luapostando no máster, os professores se- tar e, quando subimos ao pódio, levamos rão mais completos, atualizados com rela- a bandeira do Brasil e ouvimos o nosso hino. Não vejo por que isso é importante apenas quando feito por atletas mais novos”, conclui. Seguindo os passos da FIJ, a CBJ já vê a possibilidade de organizar um Brasileiro Máster oficial, o que representaria um pódio na luta do tocantinense pelo reconhecimento definitivo da importância do Judô Máster. Campeão Panamericano 2007 - Canadá

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Aurélio Miguel Premiou

Os Destaques do Judô Paulista de 2009 São Paulo (SP) - Em sessão solene realizada na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador e campeão olímpico Aurélio Miguel homenageou os melhores do judô paulista de 2009. Em sua quinta edição, o já tradicional evento, que se realizou no dia 31 de maio, no Salão Nobre do Palácio Anchieta,premiou os campeões paulistas de judô de 2009 nas categorias Pré-juvenil, Juvenil, Júnior, Sênior, Máster, Kata e por Faixas, nas classes masculina e feminina. Além dos judocas, seus técnicos também foram homenageados. Aurélio Miguel, o campeão olímpico que hoje é um dos vereadores mais atuantes na Câmara Municipal de São Paulo, falou da penetração que o judô está conquistando no cenário esportivo nacional. “Estou muito feliz por ver o nível que nosso esporte está atingindo. Estive no Grand Slam realizado no Rio de Janeiro e fiquei impressionado com a capacidade que nosso pais atingiu no sentido de organizar grandes eventos. Isso se deve, logicamente, ao evento que tivemos aqui em 2007, os Jogos Pan-Americanos e, posteriormente, ao Campeonato Mundial. Fui ao Grand Slam com o medalhista olímpico Walter Carmona e ficamos surpresos com a organização do evento. Tivemos também a Copa do Mundo etapa São Paulo, da qual participei em conjunto com a Prefeitura de São Paulo, por meio da emenda parlamentar que destinou recursos junto à Secretaria Municipal de Esportes para a realização deste evento em nossa cidade. Temos o compromisso com a FIJ, CBJ, FPJ e Secretaria Municipal de

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Esportes de reeditar em 2011 e 2012 outras etapas do Mundial de Judô aqui, pois sem dúvida alguma a realização desses eventos em São Paulo será importantíssima para o desenvolvimento do judô paulista e brasileiro. Aqui na Câmara Municipal de São Paulo também tenho tido muita felicidade, pois estamos atingindo nosso principal objetivo, que era fortalecer cada vez mais o esporte, um segmento que sempre foi esquecido pelas autoridades. Hoje observamos que muitos políticos estão querendo ingressar em nosso segmento porque finalmente se conscientizaram da importância que do mesmo na formação de crianças e jovens. Mas acho que eles viram também a força política que o esporte possui quando é feito com seriedade e comprometimento. Estou na Câmara Municipal desde 2005 e o balanço de nossas ações voltadas para o esporte é bastante expressivo. Conseguimos destinar aproximadamente 13 milhões de reais para as federações e confederações esportivas que realizaram eventos na cidade de São Paulo. Conseguimos também destinar 9 milhões de reais para a revitalização dos espaços para a prática esportiva de nossa cidade. Temos aqui o testemunho do professor Kimura, que atua na região do Butantã, onde nós conseguimos transformar a região num centro olímpico e, vamos melhorá-la ainda mais. Atualmente estamos em negociação com o Secretário Municipal de Esportes, para colocarmos em todos os clubes da cidade o judô e o taekwondo, que é também um esporte olímpico. Esta iniciativa deve-se à aprovação que já obtivemos aqui na Câmara. Além das modalidades de luta, estamos desenvolvendo ações pontuais em várias modalidades, e uma delas foi o Polo Aquático, uma modalidade que ninguém incentivava. Através da Secretaria de Esportes, conseguimos implantar 15 escolinhas espalhadas em clubes da capital, onde já temos 1.500 atletas inscritos e treinando. Isso é uma grande vitória, pois estamos conseguindo incentivar o desenvolvimento de modalidades que estavam literalmente estagnadas. Lembro que nosso foco é o esporte, mas atuamos em todos os segmentos da administração pública, e tenho certeza de que estamos dando uma contribuição muito grande à sociedade paulistana. É importante destacar que este é um ano de mudanças na presidência, nos governos estaduais, no Congresso, e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Antônio Carlos Rodrigues, que é

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do meu partido e pertence às executivas nacional, estadual e municipal, convidou o José Jantália a postular uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Ele me consultou, avaliou e se lançou nessa empreitada. Todos nós sabemos que será uma luta muito difícil, aliás muito mais difícil do que o que nós aprendemos no judô, mas ele acreditou e está trabalhando muito para atingir esse objetivo. Lembro que ele precisa muito do apoio de toda a comunidade do judô. Todos nós o conhecemos e sabemos de sua humildade e pré-disposição em promover e ajudar a fazer aquilo de que nós mais gostamos, que é o Judô. Além de vice-presidente da Federação Paulista, ele é um apaixonado pelo esporte que luta por nossa causa. Ele sabe que pode contar com meu total apoio nesta empreitada, da mesma forma que sei que ele poderá contar com total apoio da comunidade judoística de nosso estado. Espero que a Federação Paulista de Judô e todos da imensa família do judô paulista vistam esta camisa e realmente retribuam a colaboração que este grande judoca tem prestado ao nosso esporte. Da minha parte, Jantália, você pode contar que eu vou conseguir que sejam direcionados para você todos os votos de minha casa, de minha família, amigos e conhecidos. Vamos trabalhar unidos para que este sonho se torne realidade a sua candidatura represente mais uma importante vitória para o judô paulista.Tenho certeza absoluta de que, se atingirmos esse objetivo, iremos replicar todo o trabalho que estamos fazendo na cidade de São Paulo no resto do estado. Com a sua vitória teremos um representante à altura, e mostraremos a força que o judô e o esporte, unidos, possuem.” Francisco de Carvalho Filho, presidente da Federação Paulista de Judô, cumprimentou o anfitrião pela criação do Dia do Judô. “Em primeiro lugar quero cumprimentar o

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Aurélio Miguel, não só pela iniciativa de promover uma premiação tão significativa para o judô de São Paulo, mas também pelo trabalho que vem desenvolvendo na Câmara Municipal, demonstrando que a política passa a ter outra importância quando temos pessoas competentes e comprometidas com o segmento que representam. Quero cumprimentar o vereador Aguinaldo Timóteo, por estar abrilhantando este importante evento do esporte paulista. Pela importância que dá ao esporte, temos certeza que de-

sempenha um importante papel nesta casa, zelando pelos interesses da população paulistana. Quero cumprimentar José Jantália, nosso vice-presidente e chefe de gabinete do vereador Aurélio Miguel, que sempre faz o elo entre a FPJ e os órgãos de administração pública, e não tem medido esforços na realização desta importante festa do judô paulista. Ratifico aqui meu total apoio a sua candidatura, que será a candidatura do judô e do esporte do nosso estado.” O dirigente lembrou o verdadeiro significado de ser judoca. “Aproveito este momento tão emblemático da família judoísta de São Paulo para propor uma reflexão sobre o que o judô representa na vida de cada um. Façamos uma avaliação sobre o que o judô representa em nossas vidas, para assim dimensionarmos qual é o espaço que ele ocupa na vida de cada um. Costumo dizer que existe uma enorme diferença entre aqueles que praticam esporte, e aqueles que praticam judô. Os praticantes de judô devem ter uma conduta diferenciada dos demais esportistas porque nossa modalidade não foi criada para ser apenas um esporte competitivo ou de rendimento. Jigoro Kano criou o judô com o intuito de dar ao seu praticante um corpo mais forte e saudável e, ao mesmo tempo, formar o caráter de seus praticantes por meio da disciplina mental e moral. Nosso esporte é um esporte de contato direto, e mesmo assim os professores conseguem que meninos e meninas treinem juntos e com o devido respeito. Se um dia tivermos de separar esse treinamento, significará que o judô perdeu a disciplina na filosofia e na formação como complemento educacional. É importante que todos nós tenhamos consciência de que o judô não significa apenas ter uma faixa amarrada na cintura, e sim ter a faixa amarrada no coração. Parabéns Aurélio Miguel pelo Dia do Judô.”

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Atletas Premiados Infanto-juvenil Masculino

Lincon Duarte Araujo – Técnico Paulino Namie

Wilson Carvalho Caldeira – Técnico Farah Junior

Mike Silva Pinheiro – Técnico Fernandes

Vinicius Trevisan – Técnico Marcos Elias Mercadante

Faixa Roxa Feminino

Rafael Freitas – Técnico Kenji Yamamoto

Fernando Estevan Sanches – Técnico Henrique Guimarães

Talita Libório Moraes – Técnico Mishiaro Sogabi

Guilherme Ricci – Técnico Henrique Guimarães

João Pedro Godói Macedo – Técnico Fúlvio Miyata

Raul Batista Soares – Técnico Eduardo Melaço Pré-juvenil Feminino Julia Matiko Chibana - Técnico Gabriel Moretti Natalia Cárnio – Técnico Alberto Silva Bittencourt Raiane Ferraz de Souza – Técnico Marcio Okada Pâmela Pastorello Souza – Técnico Marcos Mercadante Tawany Gianelo da Silva – Técnico Fernando Vagner Raquel A. Laurindo – Técnico Paulino Namie Nathalia Mercadante – Técnico Marcos Mercadante Natalia Cássia F. Dias – Técnico Gerardo Oscar Birbier Raiane Ferraz de Souza – Técnico Marcio Okada Aine Dalete Schimidt – Técnico Paulino Namie Amanda Judice Rosielo – Marcos Shigemassa Kohatsu Joice Nascimento Pré-juvenil Masculino Nikison Roberto Carneiro – Técnico Paulino Namie Bruno Loverdos – Técnico Massao Shinohara Juliano Costa Carvalho - Técnico Fúlvio Myiata Juliano Costa Carvalho - Técnico Fúlvio Myiata Paulo Tadao Ijichi Tanaka – Técnico Massao Shinohara Luiz Augusto Beretta Filho – Técnico Marcos Mercadante Lucas Gongora Ribeiro – Técnico Henrique Guimarães Tiago Bastos Gabriel – Técnico Rogério Quintela Tiago Henrique Silva Juvenil Feminino Gabriela Shinobu Chibana – Técnica Solange Pessoa Tais Borges dos Santos – Técnico Celso Manzano Tamires da Silva – Técnico Henrique Guimarães Fernanda Senado – Técnico Galileu Paiva Gabriela Mattioli de Siqueira – Técnico Daniel Marques Thais Carnio - Técnica Danusa Shira Bittencourt Priscila Jacinto Faccioli Samanta Cristina Couto Juvenil Masculino

Alan Heiji Uahara Sênior Feminino Ageda Cristina de Arruda – Técnico Paulo Pi Maria de Lourdes Portela – Técnico Henrique Guimarães Rubiane Pereira – Técnico Rubens Pereira Regina Célia M. Rissi – Técnico Samir Guedes Salomé Ana Paula de Andrade Elizeu Vanessa Cristina Billard Sênior Masculino Paulo Sergio de Aquiles Técnico – Mario Tetsui Máster 1 Masculino André Oliveira Sawakuchi – Técnico Rioti Uchida Danilo Azevedo Sanjiorato – Técnico Márcio Okada Wilson Carvalho Caldeira – Farah Junior Wlamir Ferreira Dias Máster 2 Masculino Milton Ramos Junior – Técnico Terêncio Neto Tiago Gonçalves – Técnico João José Antonelli Fabio Dilermando Lenci – Técnica Solange Pessoa Denílson Soldani Santos – Técnico Carlos Borges Paulo Roberto Dias – Técnico Rodrigo Teixeira Willian de Camargo – Técnico Rodrigo Lima Máster 3 Masculino Samir Guedes Salomé Máster 4 Masculino Maciel Anselmo Santos - Técnico Paulo Pi Marcos Antonio Precioso – Técnico Paulino Namie João Carlos de Souza Cristian Cesário Máster 5 Masculino Luiz Carlos Moreira – Técnico Ailton Calado Máster 6 Masculino

Guilherme Kogi Minakawa – Técnico Edson Minakawa

Sérgio Honda – Técnico Cleber

Nicolas Felipe A. dos Santos – Técnico Jefferson dos Santos

Mario Francisco da Silva – Técnico Milton Correia Luiz de Araujo Pereira – Técnico Milton Correia

Fabiano Aparecido Rodrigues – Técnico Henrique Guimarães

Jorge Fernandes Ribas – Técnico Figueroa

Luiz Felipe Ribeiro – Técnico Henrique Guimarães

Faixa Verde Feminino

Henrique Martins – Técnico Sérgio Marco Aurélio Trinca – Técnico David Trinta Caio Peronte de Melo Junior Feminino Agueda Cristina de Arruda – Técnico Paulo Pi Camila Minakawa – Técnico Edson Minakawa Débora Nascimento – Técnico Marcos Húngaro Junior Masculino Murilo Donizete da Silva – Técnico Marcos Elias Mercadante Ayrton Massaro Mitsuishi - Henrique Guimarães Leandro Gonçalves Silva – Técnico Leandro Saib

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Jiro Oyama Mayra Tebaldi Miranda – Técnico Wellington Gabelha Roseane de Souza – Técnico Paulo Graça Faixa verde masculino Wellington Marcelo de Oliveira – Técnico Ailton Calado Andrio Carvalho de Queiroz – Técnico Márcio Okada Everson Linhares Soares - Técnico Márcio Okada Faixa Roxa Masculino Regis Carvalho de Souza – Técnico Márcio Okada Guilherme Lazaro Pinheiro - Técnico Jairo Andrade Gilberto Machado Junior – técnico - Tsutomo Nitsuma Cleuber Neto - Técnico Jairo Andrade Édipo Willian de Camargo – Rodrigo Lima

Faixa Marrom Masculino Marcel Ricardo Pavarelo – Técnico Eduardo Freire Rosangela de Oliveira – Técnico Luiz Aquino Faixa Preta 1º Dan Masculino Emerson da Silva Lima – técnico – José Fernandes Dias Wilson Carvalho Caldeira – técnico – Farah Junior Cristian Cesário Faixa Preta 2º Dan Masculino Paulo Roberto Ferreira – Técnico Paulino Namie Willian Lima Martins de Oliveira – Técnico Lincon Oliveira Faixa Preta 2º Dan Feminino Talita Libório Moraes – Técnico Mishiaro Sogabi Larissa Thabida M. Silva – Técnico Tadashi Kimura Kata Yudan Masculino Vinicius Gersol – Técnico Rioti Uchida Roberto Nardi Albanezi – Técnico Rioti Uchida Kata Yudan Misto Aline Akemi Lara Sukino – Técnico José João Antonelli Roger Uchida – Técnico José João Antonelli Kata Yudan Femenino Aline Akemi Lara Sukino – Técnico José João Antonelli Juliana Tiaki Osako Maesta – Técnico João José Antonelli Kata Dangai Masculino Elvis Nobuyoshi Tashiro - Técnico Paulo Kohara Gabriel Pinto Nunes - Técnico Paulo Kohara Kata Dangai Feminino Laís Farolo – Técnico Vinicius Gersol Renata Andrade – Técnico Vinicius Gersol Kata Dangai Misto Felipe Beltrão Martins – Técnico Vinicius Gersol Renata Andrade – Técnico Vinicius Gersol Nage no Kata Yudan Masculino Wagner Uchida – Técnico Paulino Namie Paulo Roberto Alves Ferreira – Técnico Paulino Namie Nage no Kata Yudan Misto Rodrigo Guimarães – Técnico Rioti Uchida Juliana Tiaki Osako Maesta – Técnico João José Antonelli Nage no Kata Dangai Feminino Maria Emilia – Técnico Vinicius Gersol Aline Trevisan Pereira – Técnico Vinicius Gersol Ju no Kata Yudan Masculino Wagner Tadashi Uchida – Técnico Paulino Namie Paulo Roberto Alves Pereira – Técnico Paulino Namie Ju no Kata Yudan Misto Rodrigo Guimarães Motta – Técnico Rioti Uchida Aline Akemi Lara Sukino – Técnico José João Antonelli Ju no Kata Yudan Feminino Aline Akemi Lara Sukino – Técnico José João Antonelli Juliana Siaki – Técnico José João Antonelli Ju no Kata Dangai Masculino Elvis Nobuyoshi Tashiro - Técnico Paulo Kohara


Gabriel Pinto Nunes - Técnico Paulo Kohara

Nádia Bagnatori Merli – Pedro Antonelli

Antonio Henrique Corsi – Diretor de Esportes de Lindóia

Ju no Kata Dangai Feminino

Sub-18 Masculino

Coronel Antonio Marins – PM SP

Maria Emilia de Cillo – Técnico Vinicius Gersol

Rafael Batista da Silva – Técnico Silvio Roberto

Dr. Antônio Aiacyda – Prefeito de Mairiporã

Laís Farolo – Técnico Vinicius Gersol

Mike Chibana – Técnico André Alves

Ju no Kata Dangai Misto

Fabiano Rodrigues – Técnico Henrique Guimarães

Dr. Glauco Tadeu de Souza Costa – Secretário da Saúde de Mairiporã

Gabriel Trevisan – Técnico Vinicius Gersol

Murilo Trevisan – técnico – Marcos Elias Mercadante

Laís Farolo – Técnico Vinicius Gersol

Guilherme Augusto Santana – Técnico Zaqueu Rodrigues

Atletas Indicados Pela Liga Paulista

João Godói de Macedo

Mateus Lopes de Oliveira Lima

Técnicos

Ricardo Bispo dos Santos

Maria Aparecida de Oliveira Lima

Gabriel Ribeiro Silva

David Leandro Santos

Fabio Maciel Belizário

Carlos Alberto dos Santos

Mateus Rodrigues Santos

Rafael Lopes

Campeões Paulistas

Felipe Harada – Associação Vila Sonia

Rodrigo Myiuki

Mauricio Kauahara – Associação Vila Sonia

Julia Chibana

Veículos de Comunicação

Ian de Souza Lima

Carlos Cunha: Medalha pela criação do Site Judo Paulista

Pedro Macedo Pessoa

Claudinei Domingues: Medalha pela criação pelo Site Judo ao Vivo

Marcos Kohatsu Amanda Judice Rosielo Gabriel Moreti Aine Dalete Schimidt Elaine Vitto Infantil Juvenil Feminino Heloisa Lima Flores – Técnico Reinaldo Viana Isabela Tavares – Técnico Henrique Guimarães Sub-18 Feminino Ticiana Dell Amore Priolli – Técnico Paulo Pi Jessica Kohatsu – técnico – Toni Chibana

Everton Monteiro – Boletim Osotogari Marcos Vinicius Flora - Equipe Jita Kioei Homenagens Especiais Professor Lourival Rosa – Associação Tucuruvi Professor Dário Mello – Projeto Olímpico Aurélio Miguel Jean Lopes – Vereador de Mogi das Cruzes Dr. Osmário Clímaco – Delegado da Policia Federal Milton Correa – Associação Messias de Judô Eduardo Pinho – Presidente da Federação do Estado do Pará Massao Shinohara – Associação de Judô Vila Sonia

Sergio Redó – Jornalista Tenente Manoel Esperidião – PM SP Major Ricardo Ferreira de Jesus – PM SP Professor José de Andrade


Campeonato Paulista VETERANOS

Máster Resgata Princípios do Judô

Amparo (SP) – A Federação Paulista de Judô realizou o Campeonato Paulista Máster (Veteranos) 2010, uma das competições mais esperadas da temporada. O ginásio Poliesportivo do Floresta Atlético Clube presenciou excelentes combates protagonizados por professores, árbitros e judocas com idade acima de 30 anos. Só mesmo o judô permite a realização de competições de luta numa faixa etária tão elevada. O mais interessante é que mesmo valendo medalhas e a classificação para competições nacionais e internacionais, o clima de cordialidade prevalece e a competição nesta categoria tem outro valor. O máster resgata os princípios do judô essência e faz uma tradução perfeita do significado da palavra judô, a arte da suavidade. Ao todo 94 associações participaram da disputa e 221 atletas disputaram as 98 medalhas que estavam em disputa. O professor Mercival Daminelli recebeu sua faixa de 5º Dan e agora faz parte do seleto grupo de Kodanshas do estado de São Paulo.

118

Dados da Competição São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba

Botucatu Presidente Prudente Bauru Marília

Campinas São José dos Campos Sorocaba

e São

Grand

Vale do Ribeirão

Ana Maria Pereira do Santos Camargo secretária Municipal de Esportes e Lazer de Amparo

Paulo

Atletas Inscritos: 221 Associações Participantes: 95 Municípios Participantes: 59 Data: 12 de junho Total de Áreas: 6 Local: Ginásio Poliesportivo do Floresta A. C. Cidade: Amparo – SP Delegacia: 15ª Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Regional: Celso de Almeida Leite


15ª

Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

Professor Admir Nora tesoureiro da 15ª DR - Grande Campinas e é o técnico do Floresta Atlético Clube de Amparo Professor Mercival Daminelli da Associação Mercival de Judô sendo promovido a 6º Dan

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FEMININO Máster 1 Meio Leve 1º - Rosana Dourado

Sec. Mun.Esp.Lazer Amparo

2º - Laryssa Thabyda M. Silva

Judô Kimura

Leve 1º - Thais Nagib Moreira

Assoc. de Judô Mata Sugizaki

2º - Angélika Marques Borsari

Soc. Esportiva Sanjoanense

3º - Maria Lucia G. Pontes Campos

A.A.D. Mesc São Bernardo

3º - Rosilene Dourado

Sec.Mun.Esp.Lazer Amparo

Meio Médio 1º - Vanessa Cristina Billard

Assoc. Ippon Kids

Médio 1º - Claudia Sclaffani

Assoc. de Judô Ichikawa

Meio Pesado 1º - Fernanda Rojas Pelegrini

São Paulo Futebol Clube

2º - Patrícia Dutra Gundim Balera

Academia de Judô Taboão Sbc Lt

Pesado 1º - Roseane de Souza

Clube Rodoviário de Judô

Máster 2 Meio Médio 1º - Andrea Moraes da Silva

Itapira Atlético Clube

2º - Ana Karina Pacheco Missono

Assoc Esportiva Paulinense

Médio 1º - Kelly Cristina Miranda

Esp Cl Osasco/Yanaguimori

2º - Silvia Cristina de Oliveira

Sayao Futebol Clube

Pesado 1º - Rogéria Conzendey da Silva

Sind.Ser.Pub.Mun. São Sebastião

Máster 3 Meio Leve 1º - Edneia Carvalho do S.Teixeira

Academia de Judô Taboão Sbc Lt

Leve 1º - Elza Santos de Lima

Seduc - Praia Grande

Meio Médio 1º - Rosangela de Oliveira

Colégio Jean Piaget

Médio 1º - Antonia Gonçalina Giorgiano

Sayao Futebol Clube

Pesado 1º - Natalia Isac de Jesus

120

Aduc-Assoc. Desp. União da Coma


15ª

Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

MASCULINO Ligeiro 1º - Carlos Leonardo Borges Silva

Seduc - Praia Grande

2º - Cristian Cezario

Guaru Educação Social E Desporto

3º - Sidney de Lima

Assoc. de Judô Nakashima

3º - Dener Aparecido de Andrade

Assoc. Esportiva Piracicaba

Meio Leve 1º - Guilherme Ramos

Seduc - Praia Grande

2º - Marino João de Souza Junior

Sind.Ser.Pub.Mun. São Sebastião

3º - Jefferson Pereira Arakaki

Assoc. de Judô Hinode

3º - Jefferson Stolf Januzelli

Assoc. Esportiva Paulinense

Leve 1º - Milton Marques Antunes Silva

Rio Preto Automóvel Clube

2º - Marcelo Bariani

Bragança Judô Clube

3º - Rodrigo da Silva Braiani

Assoc. de Judô Kenshin

3º - Danilo Azevedo Sanjiorato

Assoc. de Judô Mauá

Meio Médio

Médio

Assoc. Guairense de Judô

2º - Danilo Simões de Andrade

Assoc. Sekai de Judô

3º - Danilo Tadeu C. Pietrucci

Assoc. de Judô de Divinolanda

3º - Rodrigo da Silva Santana

Assoc. de Judô Mauá

Médio 1º - Luis Carlos de Farias

Tênis Clube S Jose Campos

2º - Kleber Fernando S. Serinoli

Assoc.Desportiva Indaiatubana

3º - Leonidas I. Machado

SESI - SP

3º - Jose Augusto Antunes Barbosa

Clube Concórdia

Meio Pesado 1º - Wilson Carvalho Caldeira

Rio Preto Automóvel Clube

2º - João Sergio G. Oliveira

Secret. Mun.Esp.Lazer Amparo

3º - Marciel Martins De Souza

Assoc. de Judô Vila Sonia

3º - Eduardo Albino T Fortaleza

Sec.Mun.Esp. Ribeirão Preto

Pesado

Assoc. Judô Trajano C.A.Marciais

Soc. Esportiva Palmeiras

Meio Médio

2º - Fernando Mauro Siqueira

Assoc. Fagundes de Judô

1º - Marco Aurélio Trinca

Assoc. Ippon Kids

3º - Fabio dos Santos

Sayao Futebol Clube

2º - Franco Valério Ribeiro Gatto

Assoc. de Judô Messias

3º - Paulo Afonso

3º - Lucimar Rocha

Soc. Esportiva Palmeiras

Meio Pesado

3º - Roberto Macchia

Assoc. de Judô Previato

1º - Alexandre Aparecido dos Santos

Assoc. Hirakawa de Judô

Médio

2º - Glauber Diniz Aragão

Judô Clube Mogi das Cruzes

1º - Reinaldo Seiko Tuha

Assoc. Judô Nery

3º - Uatila Ferreira dos Santos

Sind.Ser.Pub.Mun. São Sebastião

2º - Sergio Aparecido Coltre

Secret.Mun.Esp.Lazer Amparo

3º - Rodrigo C.A.B.A. Aziz Cunha

Assoc. Subaru de Karate E

3º - Luis Claudio Andrade Assis

Assoc. Ippon Kids

Pesado

Meio Pesado

1º - Elton Quadros Fiebig

Assoc Desportiva São Caetano

1º - Jose Iasbech Morais da Silva

A J São Carlos

2º - Alexandre Mangueira Roque

Tênis Clube S Jose Campos

2º - Francisco Valderico Andrade Jr

Assoc. De Judô Mauá

3º - Ricardo Aguiar Simoes

Soc. Esportiva Palmeiras

3º - Giovanni Ianovale Neto

São Paulo Futebol Clube

3º - Regis Vasconcelos Amedi

Assoc. De Judô Hinode

Pesado

Máster 3

1º - Diogo Lopes

Ligeiro 1º - João Donizetti de Oliveira

1º - Stefanio Bonvino Stafuzza

3º - Emilio Nishiama

1º - Alexandre de Souza Gaspar

Soc. Esportiva Sanjoanense

Meio Leve 1º - Jorge Mizuguti Yamamoto

2º - Aiydano Carneiro

Assoc. Fagundes De Judô

3º - Edson Leite de Melo

Assoc. Judô Trajano C. A. Marciais

Máster 5 Judô Clube Mogi das Cruzes

Leve

Ligeiro 1º - Oscalino Faria de Almeida

Adc General Motors S. Jose C.

1º - Rodrigo Guimarães Motta

Assoc. de Judô Alto da Lapa

2º - Sergio Primiani da Silva

Assoc. Ippon Kids

2º - Sergio Kazuo Noda

Judô Clube Mogi das Cruzes

Meio Leve

3º - Jose Carlos Marques

Assoc. Bushido Pais E Amigos

1º - Julio Kawakami

3º - Klayton Sérgio da Costa Ferreira

Academia Qualivida Judô

Leve

Meio Médio

1º - Nelson Hirotoshi Onmura

Clube Atlet Taboão da Serra

1º - Jefferson Brito Delgado

Esp Cl Osasco/Yanaguimori

2º - Dairo Pimentel Junior

Assoc. dos Amigos Cohab Bandeir

2º - Rogério Shinobe

Assoc. de Judô Vila Sonia

3º - Carlos Leme Penteado Neto

Academia Judô Gambatê

3º - Douglas Wilson Duarte

Assoc. de Judô Fernandes

Meio Médio

3º - Paulo Cesar Ribeiro

Sec.Mun.Esp. Ribeirão Preto

1º - Antonio Marcos Naldi

Bragança Judô Clube

2º - Carlos Alberto de O. Ardito

Academia Calasans Camargo Assoc. Moacyr de Judô

Médio 1º - Lairton Cesar Secches Mansor

Rio Preto Automóvel Clube

3º - Florisvaldo Gomes Sena

2º - Nilton Graziano Jr

A. D. Bandeirantes Sorocaba

Médio

1º - Gustavo Cesar Marini

Sec.Mun.Esp.Ribeirao Preto

3º - Sergio Barrocas Lex

Assoc. de Judô Alto da Lapa

1º - João Carlos Alves de Souza

Assoc. Moacyr de Judô

2º - Vinicius Fernandes Cury

Fulvio Myata Fitiness & Sports

3º - Jurandir de Lira Matos da Silva

Assoc. de Judô Mauá

2º - Cezar Taglieri Serafim

Assoc. de Judô Messias

3º - Fernando Lopes S. Romeiro

Assoc..Atl.Ferroviaria

Meio Pesado

3º - José Eduardo Cleto Gonzaga

A. D. Bandeirantes Sorocaba

3º - Leonardo Augusto P. Arashiro

Assoc. Guairense de Judô

1º - Luis Cesar Merli

Meio Pesado

Máster 2

2º - Antonio Carlos Amaral

Assoc. de Judô Aleixo-M.F.

1º - Pedro Ribeiro da Cruz

Ligeiro

3º - Mauricio Andre Cataneo

Assoc. de Judô Kanayama

Pesado

Assoc. Judô Nery

1º - Peterson Antunes de Campos

1º - Luciano Santos da Silva

Seduc - Praia Grande

3º - Sandro Fernandes Camacho

2º - Marcos Cavalcanti de Souza

Assoc. de Judô Rogerio Sampaio

Pesado

3º - Fabricio Tiago Ueno

A.J.Shoorikan Niitsuma&Andrade

1º - Marcelo Zanetti Denardi

Clube de Campo de Piracicaba

Ligeiro

2º - Ricardo Jose Goncales

Assoc. Limeirense de Judô

1º - Sergio Honda

Meio Leve A. D. Bandeirantes Sorocaba

3º - Marcos Francisco da Silva

Assoc. Cult.Ben.Desp.Rio Claro

2º - Jose Sinésio Vanzella

2º - Alessandro Marcos Moreira

Bragança Judô Clube

3º - Everton Monteiro

Assoc. Judô Trajano C.A.Marciais

Leve

3º - Fabio Dilermando Lenci

Sport Club Corinthians Paulist

Máster 4

1º - Jose Raimundo da Silva

Assoc. Limeirense de Judô

Ligeiro

Meio Médio

Leve

Sec.Mun.Esp. Ribeirão Preto

Máster 6

1º - Vlamir Ferreira Dias

3º - Francisco Ivan Chagas

Assoc. Func Robert Bosch Brasil

Soc. Esportiva Sanjoanense

A. J. Shoorikan Niitsuma&Andrade

1º - Magdiel Anselmo Granado Santos

Academia Personal

1º - Irahy Tedesco

1º - Fernando H. Borges Hirakawa

Assoc. Hirakawa de Judô

2º - Sidnei de Andrade Peres

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz

Médio

2º - Ricardo André Alonso Netto

Assoc. de Judô Alto da Lapa

3º - Renato Lima de Mauro

Assoc. Fagundes de Judô

1º - Jairo Baptista de Arruda

Assoc. Spessoto de Judô E

3º - Cesar Oliveira Rocha

Fúlvio Miyata Fitness & Sports

Meio Leve

2º - Tomio Takayama

Assoc. Takayama de Judô

3º - Emerson Franchini

Grêmio Recreativo Barueri

1º - Carlos Roberto Peres

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz

Meio Pesado

Meio Médio

2º - Alberto Hiroshi Bando

Assoc. Uniao de Judô - Itatiba

1º - Luiz Robles Santalla

Assoc. de Judô Germano

1º - Denison Soldani Santos

Seduc - Praia Grande

3º - Mauricio de J.B.Neves

Assoc. de Judô Messias

2º - Luis de Araujo Pereira

Assoc. de Judô Messias

2º - Wadson Pinheiro Dantas

Assoc. de Judô Butantã Budokan

3º - Mitsuo Luiz Tengan

Sport Club Corinthians Paulista

3º - Teofilo Coimbra Rojas

Assoc. Judô Trajano C. A.Marciais

3º - Alexandre Bauchino Bradbury

Assoc. de Judô Messias

Leve

3º - Anderson Casio dos Santos

A.A.D. Mesc São Bernardo

1º - Luiz Carlos Eugenio Brígida

São João Tênis Clube

2º - Marcos Masayoshi Ejima

Judô Clube Mogi das Cruzes

3º - Nerival Cervantes da Silva

Assoc. Bushido Pais E Amigos

Pesado 1º - Jorge Fernandes Ribas

Assoc. Cult E Esp Irmãos Ribas

121


Associações e № de Judocas A J São Carlos - 2

Assoc. Desportiva Indaiatubana - 3

A. D. Bandeirantes Sorocaba - 4

Assoc. dos Amigos Cohab Bandeira- 1

A. A. D. Mesc São Bernardo - 2

Assoc. dos Serv. Publicos Mun.Ca - 1

A. J. Shoorikan Niitsuma &Andrade - 3

Assoc. Kiai Kam - 1

Academia Calazans Camargo -3

Assoc. Sekai de Judô - 1

Academia de Judô Taboão Sbc Lt - 7

Assoc. de Judô Aleixo-M.F. - 3

Academia Judô Gambat - 3

Assoc.de Judô Fernandes - 2

Academia Personal - 1

Assoc. Fênix de Judô - 1

Academia Qualivida Judô - 2

Assoc. Subaru de Karate E - 3

Adc General Motors S.Jose C. - 1

Assoc. Takayama de Judô - 1

Aduc-Assoc. Desp. União da Coma - 1

Assoc. Ippon Kids - 5

Assoc. Atlética Banco do Brasil - 2

Assoc. Amaro de Judô - 2

Assoc. Borges de Judô - 1

Assoc. Esportiva Piracicaba - 1

Assoc. Cult E Esp. Irmãos Ribas - 1

Assoc. Judô Nery - 2

Assoc. de Judô Alto da Lapa - 5

Assoc. Spessoto de Judô E - 1

Assoc. de Judô Butantã Budokan - 1

Bragança Judô Clube - 4

Assoc. de Judô Germano - 1

Clube Atlético Taboão da Serra - 1

Assoc. de Judô Hinode - 4

Clube Concórdia - 2

Assoc. de Judô Ichikawa - 1

Clube de Campo de Piracicaba - 1

Assoc. de Judô Kanayama - 1

Clube Rec. de Suzano Judô Teraz - 4

Assoc. de Judô Kenshin - 1

Clube Rodoviário de Judô - 2

Assoc. de Judô Mata Sugizaki - 1

Clube Sem. de Cult. Artística - 2

Assoc. de Judô Mauá - 4

Colégio Jean Piaget - 1

Assoc. de Judô Messias - 6

Esp Cl Osasco/Yanaguimori - 2

Assoc. de Judô Nakashima - 1

Fúlvio Myata Fitness & Sports - 3

Assoc. de Judô Previato - 4

Grêmio Recreativo Barueri - 2

Assoc. de Judô Rogério Sampaio - 1

Guaru Educação Social e Desporto - 1

Assoc. de Judô Vila Sonia -2

Itapira Atlético Clube - 1

Assoc. Fagundes de Judô - 4

Judô Clube Mogi das Cruzes - 5

Assoc. Func Robert Bosch Brasil - 1

Judô Kimura - 2

Assoc. Guairense de Judô - 2

Nosso Clube - 1

Assoc. Hirakawa de Judô - 2

Primeiro de Maio F. C. - 2

Assoc. Judô Trajano C. A. Marciais - 4

Ribeirão Pires Futebol Clube - 1

Assoc. Moacyr de Judô - 2

Rio Preto Automóvel Clube - 3

Assoc. Atlética Ferroviária - 1

São João Tênis Clube - 1

Assoc. Limeirense de Judô - 3

Sayão Futebol Clube - 3

Assoc. Máster de Judô - 2

Sec.Mun.Esp. Ribeirão Preto - 5

Assoc. de Judô de Divinolândia - 1

Secretaria Mun.Esp.Lazer Amparo - 6

Assoc. Desp. e Cult Fabrica - 1

Seduc - Praia Grande - 6

Assoc. Desportiva São Caetano - 1

SESI - SP - 1

Assoc. Esportiva Paulinense - 2

Sind.Ser.Pub.Mun. São Sebastião - 4

Assoc. Serv.Pub.da Est. Balnera - 1

Soc. Esportiva Palmeiras - 5

Assoc. União de Judô – Itatiba - 3

Soc. Esportiva Sanjoanense - 5

Assoc. Bushido Pais E Amigos - 3

Sport Club Corinthians Paulista - 4

Assoc. Cult. Ben. Desp.Rio Claro - 1

São Paulo Futebol Clube - 3

Assoc. Cultural de Arujá - 2

Tênis Clube S Jose Campos - 3

Assoc. de Judô Mito - 3

122

Tênis Clube Vargem Grande do Sul - 2


15ª

Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

Competidores Ademar Dias Baeta Filho Adilson Galhardo Agenor Laurindo Amaral Filho Aiydano Carneiro Alberto Hiroshi Bando Alberto Koiti Sogabe Alessandro Marcos Moreira Alessandro Santiago dos Santos Alexandre Aparecido dos Santos Alexandre Bauchino Bradbury Alexandre de Souza Gaspar Alexandre Mangueira Roque Alexandre Martins Venâncio Ana Karina Pacheco Missono Anderson Cássio dos Santos Andre Franz Hadzic Andre Luiz Bolonha Ferreira Andrea Moraes da Silva Angélika Marques Borsari Antonia Gonçalina Giorgiano Antonio Carlos Amaral Antonio Carlos da Silva Antonio Donizete Guilherme Antonio Marcos Naldi Carlos Alberto de O.Ardito Carlos Eduardo Araujo Carlos Eduardo Munno Carlos Leme Penteado Neto Carlos Leonardo Borges Silva Carlos Roberto Peres Cássio Serafim Cesar Oliveira Rocha Cezar Taglieri Serafim Charles Rodrigues Cruz Claudia Sclaffani Claudiney Moreira da Silva Cleber Leandro Machado Cristian Cezario Dairo Pimentel Junior Daniel Garcia da Silva Daniel Marques Loto Danilo Azevedo Sanjiorato Danilo Simões de Andrade

Danilo Tadeu C. Pietrucci Decio Missao Asano Dener Aparecido de Andrade Denison Soldani Santos Diogo Lopes Douglas Clementino da Silva Douglas Vicente da Silva Douglas Wilson Duarte Ediwaldo Antonio Fazzolari Edneia Carvalho do S. Teixeira Edson Leite de Melo Eduardo Albino T. Fortaleza Eduardo Severiano de Oliveira Elton Quadros Fiebig Elza Santos de Lima Emerson Franchini Emilio Nishiama Everton Monteiro Fabio Augusto Pêra de Souza Fabio Dilermando Lenci Fabio dos Santos Fabricio Tiago Ueno Fernanda Rojas Pelegrini Fernando Ap. Marques de Brito Fernando H. Borges Hirakawa Fernando Haenni Infante Fernando Lopes S. Romeiro Fernando Matumoto Fernando Mauro Siqueira Fernando Zenkiti Nakazato Flavio Henrique Chapela Florisvaldo Gomes Sena Francisco Ivan Chagas Francisco Valderico Andrade Jr. Franco Valério Ribeiro Gatto Gilberto R. Machado Junior Giovanni Ianovale Neto Glauber Diniz Aragão Glauber Fortini Guilherme Ramos Gustavo Cesar Marini Hamilton de Mattos Harley Damião Pereira Arruda Hebert Richers A. de Oliveira Icaro Augusto Villa Menezes Irahy Tedesco Ivo La Puma Jadenir Rosa da Silva Jairo Baptista de Arruda Jefferson Brito Delgado Jefferson Pereira Arakaki Jefferson Stolf Januzelli João Carlos Alves de Souza João Carlos Felipe João Donizetti de Oliveira João Sergio G. Oliveira Jorge Fernandes Ribas Jorge Mizuguti Yamamoto José Augusto Antunes Barbosa José Carlos Marques

José Carlos Tchian José Iasbech Morais da Silva José Raimundo da Silva José Sinesio Vanzella José Eduardo Cleto Gonzaga Julio Kawakami Jurandir de Lira Matos da Silva Kedley Massi Kelly Cristina Miranda Klayton Sérgio da Costa Ferreira Kleber Fernando S. Serinoli Koiti Nelson Ogawa Lairton Cesar Secches Mansor Laryssa Thabyda M. Silva Leandro Said da Costa Leonardo Augusto P. Arashiro Leonidas I. Machado Luciano Lima Pereira Luciano Santos da Silva Lucimar Rocha Luis Carlos de Farias Luis Cesar Merli Luis Claudio Andrade Assis Luis de Araujo Pereira Luiz Antonio Junior Luiz Carlos Eugenio Brigida Luiz Claudio Bastos Licurci Luiz Costa Sobrinho Luiz Robles Santalla Magdiel Anselmo Granado Santos Marcelo Bariani Marcelo Zanetti Denardi Marciel Martins de Souza Marco Antonio Domingues Marco Aurélio Trinca Marco Aurélio Gomes Marcos Cavalcanti de Souza Marcos Francisco da Silva Marcos Masayoshi Ejima Maria Lucia G. Pontes Campos Marino João de Souza Junior Mario Roberto de M. Silva Mauricio Andre Cataneo Mauricio de J.B. Neves Mauro Pedro dos Santos Maximilian Escobar de Oliveira Michael Reyne Mendes Milton Marques Antunes Silva Milton Soares Carollo Jr. Mitsuo Luiz Tengan Natalia Isac de Jesus Nelson Hirotoshi Onmura Nerival Cervantes da Silva Nilton Graziano Jr Ohad Salzstein Oscalino Faria de Almeida Osdinei Madureira de Jesus Patricia Dutra Gundim Balera Paulo Afonso Paulo Cesar Ribeiro Paulo Sergio da Silva Paes Pedro Ribeiro da Cruz

Pedro Rogério de Lima Fagundes Peterson Antunes de Campos Rafael Nunes de Souza Regis Vasconcelos Amedi Reinaldo de Freitas Junior Reinaldo Seiko Tuha Renato Lima de Mauro Ricardo Aguiar Simoes Ricardo André Alonso Netto Ricardo de Almeida Ricardo Deogines Oliveira Ricardo Jose Goncales Roberto Augusto de Macedo Roberto Macchia Roberto Roschi Orsi Rodrigo C.A.B.A.Aziz Cunha Rodrigo Cesar S. Capelucci Rodrigo da Silva Braiani Rodrigo da Silva Santana Rodrigo Eduardo Vidoti Rodrigo Guimaraes Motta Rogerio Seiji Nishimura Rogerio Shinobe Rogerio Sperti Possari Rogéria Conzendey da Silva Rosana Dourado Rosangela de Oliveira Rosanio Coelho Gonçalves Roseane de Souza Rosilene Dourado Sandro Fernandes Camacho Sebastião Alexandre da Cunha Sergio Aparecido Coltre Sergio Barrocas Lex Sergio de Oliveira Fernandes Sergio Honda Sergio Kazuo Noda Sergio Primiani da Silva Sidnei de Andrade Peres Sidney de Lima Silvia Cristina de Oliveira Stefanio Bonvino Stafuzza Teófilo Coimbra Rojas Thais Nagib Moreira Tomio Takayama Uatila Ferreira dos Santos Valmir dos Santos Gomes Vanessa Cristina Billard Vinicius Fernandes Cury Vlamir Ferreira Dias Wadson Pinheiro Dantas Wellington Robson Balera William Silvério de Freitas Wilson Carvalho Caldeira Wilson Shinoda Winther Ramos Costa

123


Campeonato Paulista

de Kata

Fonte FPJ Fotos Marcelo Lopes

Dados da Competição

São José do Riuo Preto Ribeirão Preto Araçatuba

Botucatu Presidente Prudente Bauru Marília

Campinas São José dos Campos Sorocaba

Vale do Ribeirão

124

e São

Grand

Paulo

Dados Técnicos da Competição Atletas Inscritos: 58 duplas Data: 12 de Junho Total de Áreas: 6 Local: Ginásio Poliesportivo do Floresta A. C. Cidade: Amparo - SP Delegacia: 15a. Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Regional: Celso de Almeida Leite


15ª

Delegacia Regional Grande Campinas Delegado Celso de Almeida Leite

Campeonato Paulista de Nage No Kata Classe Yudan Masculino

CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

PONTOS

1

TORI

WAGNER TADASHI UCHIDA

ACADEMIA FOLEGO

UKE

PAULO ROBERTO ALVES FERREIRA

ACADEMIA FOLEGO

831

2

TORI

ROGER TSUYOSHI UCHIDA

A.E.PIRACICABA

UKE

EDUARDO MAESTÁ

A.E.PIRACICABA

807

3

TORI

VINICIUS RODRIGUES JERSCHOW

GUARU

UKE

ROBERTO DE NARDI ALBANESE

PROJETO BUDO

793

4

TORI

ANTONIO ROBERTO COIMBRA

TENIS CLUBE S.J.C

UKE

LEANDRO ALVES PEREIRA

TENIS CLUBE S.J.C

746

5

TORI

NELSON EISHIN UETI

SANTA IZABEL

UKE

LEONARDO LUIZ VENDRAME

OKINAWA IPIRANGA

718

6

TORI

FABIANO RODRIGO DE BARROS

BRAGANÇA J.C.

UKE

ANDERSON LUIZ NEVES DA SILVA

BRAGANÇAJ.C.

663

7

TORI

LEONARDO AUGUSTO P ARASHIRO

ASSOC GUAIRENSE

UKE

STEFANIO BONVINO STAFUZZA

ASSOC. GUAIRENSE

640

8

TORI

LUIS CLAUDIO ANDRADE ASSIS

ASSOC. IPPON KIDS

UKE

SERGIO PRIMIANI DA SILVA

ASSOC.IPPON KIDS

607

9

TORI

MATHEUS DE CILLO ARANTES

PROJETO BUDO

UKE

MARCUS VINICIUS SILVA FLORA

A.D.SAO CAETANO

605

10

TORI

IVO LA PLUMA

ASSOC. JUDO FERNANDES

UKE

LEONARDO ANTUNES VIEIRA

ASSOC.JUDO FERNANDES

586

11

TORI

ICARO AUGUSTO VILA MENEZES

GAMBATE

UKE

DIEGO FRANCISCO SANCHES

GAMBATE

518

12

TORI

DIEGO FRANCISCO SANCHES

GAMBATE

UKE

ICARO AUGUSTO VILA MENEZES

GAMBATE

493

13

TORI

LEONIDAS ISMAEL MACHADO

ASSOC.LIMEIRENSE

UKE

RICARDO PEREIRA DOS SANTOS

ASSOC.LIMEIRENSE

482

Classe Yudan Misto CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

RODRIGO GUIMARAES MOTTA

ALTO DA LAPA

UKE

JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA

A.E.PIRACICABA

PONTOS 743

2

TORI

ANDERSON CASSIO DOS SANTOS

MESC SÃO BERNARDO

UKE

MARIA LUCIA G.PONTES CAMPOS

MESC SÃO BERNARDO

662

3

TORI

NANCI CAROLINA FERRARI

A.GUARDAS MUN.R.CLARO

UKE

FELIPE LAMANO DE ANDRADE

A.GUARDAS MUN.R.CLARO

598

Classe Yudan Feminino CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

ALINE AKEMI LARA SUKINO

A.E.PIRACICABA

UKE

JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA

A.E.PIRACICABA

PONTOS 808

2

TORI

NANCI CAROLINA FERRARI

A.GUARDAS MUN.R.CLARO

UKE

ALINE HAMMERSCHIMIDT

A.GUARDAS MUN.R.CLARO

611

3

TORI

LARISSA THABIDA

UKE

MARIA LUCIA G PONTES CAMPOS

MESC SÃO BERNARDO

483

Classe Dangai Masculino CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

RAFAEL NUNES DE SOUZA

ALTO DA LAPA

UKE

EDUARDO GAUDENCIO ADRIANO

ALTO DA LAPA

PONTOS 631

2

TORI

GEORGE ERWIN T A. OLIVEIRA

PROJETO BUDO

UKE

GABRIEL TREVISAN DE ARAUJO

PROJETO BUDO

622

3

TORI

MARCELO PEREIRA DE SOUSA

OKINAWA IPIRANGA

UKE

TALUAN NOGUEIRA

OKINAWA IPIRANGA

594

3

TORI

RAFAEL RICARDO DA SILVA

ASSOC.JUDO CAIEIRAS

UKE

BRUNO MATIAS MELO

ASSOC.JUDO CAIEIRAS

585

4

TORI

CHARLES RODRIGO CRUZ

FENIX

UKE

CESAR AUGUSTO PINHEIRO

FENIX

496

5

TORI

KLEBER ALESSANDRO GRANDO

ACADEMIA EQUILIBRIO

UKE

ROGERIO GRANDO

ACADEMIA EQUILIBRIO

476

6

TORI

DANIEL GARCIA DA SILVA

TENIS CLUBE V.G.SUL

UKE

GUILHERME N. MARTINATTI

TENIS CLUBE V.G.SUL

459

7

TORI

AGUINALDO SEGATTI

ALTO DA LAPA

UKE

CASSIO SERAFIM

ALTO DA LAPA

369

Classe Dangai Feminino CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

MARIA EMILIA JESUS DE CILLO

PROJETO BUDO

UKE

ALINE TREVISAN DE ARAUJO

PROJETO BUDO

PONTOS 508

2

TORI

SARAH MUND

PROJETO BUDO

UKE

LAIS PAROLO

PROJETO BUDO

474

Classe Dangai Misto CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

MARIA EMILIA JESUS DE CILLO

PROJETO BUDO

UKE

GABRIEL TREVISAN DE ARAUJO

PROJETO BUDO

PONTOS 586

2

TORI

GEORGE ERWIN T DE A.OLIVEIRA

PROJETO BUDO

UKE

ALINE TREVISAN PEREIRA

PROJETO BUDO

535

3

TORI

GUILHERME PAES LEME LOUREIRO

MESC

UKE

PRISCILA NAPOLITANO VIEIRA

MESC

535

125


Campeonato Paulista de Ju No Kata Classe Yudan Masculino

CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

PONTOS

1

TORI

WAGNER TADASHI UCHIDA

ACADEMIA FOLEGO

UKE

PAULO ROBERTO ALVES FERREIRA

ACADEMIA FOLEGO

487

2

TORI

VINICIUS RODRIGUES JERSCHOW

GUARU

UKE

ROBERTO DE NARDI ALBANESE

PROJETO BUDO

471

3

TORI

LEANDRO ALVES PEREIRA

TENIS CLUBE S.J.CAMPOS

UKE

ANTONIO ROBERTO COIMBRA

TENIS CLUBE S.J.C

414

4

TORI

MATHEUS DE CILLO ARANTES

PROJETO BUDO

UKE

FELIPPE BELTRÃO MARTINS

PROJETO BUDO

369

5

TORI

JOSE FERNANDEZ DIAS

ALTO DA LAPA

UKE

EMERSON DA SILVA LIMA

INDAIATUBANA

355

Classe Yudan Misto CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

ROGER TSUYOSHI UCHIDA

A.E.PIRACICABA

UKE

JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA

A.E.PIRACICABA

PONTOS 468

2

TORI

RODRIGO GUIMARAES MOTTA

ALTO DA LAPA

UKE

ALINE AKEME LARA SUKINO

A.E.PIRACICABA

438

Classe Yudan Feminino CLAS 1

TORI

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

ALINE AKEMI LARA SUKINO

A.E.PIRACICABA

PONTOS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

RAFAEL NUNES DE SOUZA

ALTO DA LAPA

UKE

JULIANA TIAKI OSAKO MAESTA

A.E.PIRACICABA

487

Classe Dangai Masculino CLAS 1

TORI

PONTOS UKE

EDUARDO GAUDENCIO ADRIANO

ALTO DA LAPA

404

Classe Dangai Feminino CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

MARIA EMILIA JESUS DE CILLO

PROJETO BUDO

UKE

LAIS PAROLO

PROJETO BUDO

PONTOS 378

2

TORI

SARAH MUND

PROJETO BUDO

UKE

ALINE TREVISAN PEREIRA

PROJETO BUDO

257

Classe Dangai Misto CLAS

DUPLA

ASSOCIAÇÃO

1

TORI

GABRIEL TREVISAN DE ARAUJO

PROJETO BUDO

UKE

LAIS PAROLO

PROJETO BUDO

345

2

TORI

FABIO DOS SANTOS KISHIDA

A.J.FERNANDES

UKE

FERNANDA FORESTIERO

A.J. FERNANDES

299

126

PONTOS


Arbitragem

Por Emilio Moreira Fotos Budopress

Novas Regras de Arbitragem

Resgatam o Verdadeiro Judô Atualmente, as competições de judô sofrem grande impacto com as mudanças ocorridas nas regras determinadas pela FIJ. Fato que desagradou muitos professores, enquanto outros se regozijaram. Os satisfeitos são os professores que tiveram escola e professores puristas, adeptos do verdadeiro judô criado pelo professor Jigoro Kano, fundador da Kodokan. Não era mais possível ver atletas com baixo nível técnico e sem nenhuma plástica serem campeões brasileiros depois de lutar o tempo todo abaixados, esperando para puxar um pé ou a perna do adversário, e conseguindo um mísero koka. Os atuais dirigentes do departamento de arbitragem da FIJ são comprometidos com o verdadeiro judô da Kodokan. Vejamos o que afirmam os documentos emitidos pela entidade máxima do judô sobre os propósitos das mudanças. Segundo o diretor geral de arbitragem da FIJ, Juan Carlos Barcos, o desejo da FIJ é defender os valores fundamentais do judô. A FIJ, especialmente, se dedica a preservar e desenvolver a educação física e mental, que são trunfos do judô. O interesse da FIJ é que, sendo o judô um esporte que está muito na mídia hoje, as regras devem ser mais simples e claras, visando a maior credibilidade para a arbitragem perante o público, atletas e técnicos. Para isso tem de haver evolução nas regras, eliminando toda e qualquer influência de outras lutas. Para que essas propostas se concretizem, é fundamental a participação dos árbitros que são professores. As entidades que dirigem o judô, por intermédio de suas coordenações e comissões de arbitragem, em consonância com a Comissão Nacional de Graus da CBJ, devem urgentemente capacitar mais ainda os árbitros do quadro na-

cional com cursos de filosofia de judô e capacitação técnica, principalmente no aspecto de luta no solo shime-waza. Todos nós sabemos que, no judô moderno, existe uma infinidade de variações técnicas, porém, muitos árbitros não sabem e, por isso, acabam prejudicando os competidores sinalizando o matê. Outra questão que deve ser discutida diz respeito à ética; sim isso mesmo. Os senhores árbitros devem estar imbuídos da maior postura no quesito imparcialidade. Sendo eles administradores dos combates, é fundamental que a imparcialidade prevaleça de forma inexorável. É importante que os árbitros levem em consideração que os competidores treinam até a exaustão e que não podem ser prejudicados por preferências regionais ou clubistas. Na condição de coordenador de arbitragem da Federação Maranhense de Judô (FMJ), costumo dizer aos árbitros que o meu desejo é sentir por parte deles o poder da cultura dos samurais, a paz mental: é o extraordinário sentimento de confiança. Sugiro que os árbitros professores assimilem profundamente o que está a seguir. “O judô é fundamentado em valores éticos e humanitários profundos, que visam à prática do equilíbrio entre corpo e mente esboçada na disciplina, nos movimentos harmoniosos da física cosmológica, no aparecimento do “eu individual”, na superação do aspecto marcial, na fraternidade, no desenvolvimento interior, na estética e eficiência, na superação da força, entre outros princípios antigos e firmemente alicerçados na cultura milenar japonesa, porque não dizer dos mestres orientais.” (BORGES, 2005, p.2)

Juan Carlos Barcos diretor de arbitragem da FIJ

Há 36 anos sou árbitro. Já arbitrei campeonatos estaduais, campeonatos nacionais, copas, seletivas olímpicas, seletivas para mundial, sul-americanos, jogos escolares, mas, confesso que nunca me senti tão feliz como agora, arbitrando competições do “verdadeiro judô” ensinado por nossos velhos mestres. Emilio Moreira é

Árbitro Regional Sul-Americano-FIJ Kodansha 6º Dan - Reg. 6/1424 Coordenador de Arbitragem da FMJ CREF5 00445-P/MA Pedagogo

127


Psicologia no Esporte

Por Vera S. Sugai

Psicologia e Lutas Por ocasião das últimas Olimpíadas e em razão de os resultados da nossa equipe terem ficado aquém do esperado, assistimos a inúmeros debates sobre a importância do preparo psicológico dos atletas. Passado algum tempo, o tema parece que voltou ao esquecimento, principalmente nas modalidades de lutas. O que é uma pena. Um dado curioso: quando converso com atletas e técnicos, percebo os equívocos quando falam sobre a necessidade do acompanhamento psicológico. Eles entendem que tal necessidade surge dependendo dos resultados, como nos dois exemplos abaixo: 1- Quando o atleta é um grande campeão e está vivendo uma boa fase, ele e seu técnico afirmam que está tudo bem —traduzindo: não há nada de errado com o atleta, portanto, não há necessidade alguma de qualquer intervenção de um profissional da psicologia. 2- Quando o atleta não está obtendo resultados satisfatórios — entenda-se: há algo errado com o atleta, portanto, seria aceitável um acompanhamento psicológico para descobrir a causa dos fracassos. É até bem conhecida a afirmação que pelo menos 70% das possibilidades de um bom desempenho competitivo devem-se ao fator psicológico. Mas como temos resolvido esta questão e em que momento devemos requisitar a ajuda de um psicólogo? Outros profissionais, como o preparador físico ou o nutricionista, são solicitados em que medida? Serão levantadas questões como estas abaixo: *É de fato necessário um bom nutricionista, visto que o nosso atleta está com o peso sob controle, não fica doente, e se alimenta bem? * Haveria alguma dúvida sobre a necessidade de um nutricionista, quando o atleta vive acima do peso ou muito abaixo, se fica resfriado com certa frequência e se alimenta muito mal? *Seria um preparador físico necessário a um atleta forte e saudável, quando está entre os primeiros colocados na maioria das competições, se tem boa resistência orgânica, peso equilibrado e tem poucas ocorrências de problemas físicos? * Quando um atleta se depara com problemas de peso corporal, episódios de pouca resistência e muitas ocorrências de problemas físicos, logo lhe indicariam um bom preparador físico, não? *Quanto à questão técnica, imagino que ninguém questione a necessidade de um

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bom orientador, um que se ocupe o tempo todo do aperfeiçoamento técnico de seu atleta, que o perceba minuciosamente em seus vários desempenhos. Mas, seriam os critérios acima descritos os mais adequados para se pensar e projetar a preparação de um atleta de alto nível? Principalmente quando pensamos em trabalho técnico para um alto rendimento, acreditamos que todos esses profissionais são imprescindíveis. São eles que conduzirão o competidor ao seu potencial máximo, evitando esforços desmedidos tão perigosos para a saúde, prolongando a sua capacidade competitiva e assim aumentando as possibilidades de bons resultados. Não é o caso de simplesmente avaliar se um atleta está bem ou mal em determinadas ocasiões para então tomarmos as providências necessárias. No caso de um trabalho psicológico, detectar a necessidade de colaboração com este raciocínio simplista dificulta a questão mais ainda, visto que: *Uma grande dificuldade pessoal ou psicológica pode esconder-se em uma falha de ordem tática. *Ela pode expressar-se nas dificuldades de uma tomada de decisão estratégica em momentos de grande pressão, coisa que somente acontece em plena competição, jamais nos treinos. *Na falta da precisão quando da entrada de um golpe ou nas paralisações que geram as perdas de oportunidades para atacar ou contragolpear. *Dificuldade da descoberta de novos caminhos que permitam as transformações necessárias, capazes de motivar verdadeiramente os que já se sagraram campeões. Eles precisam continuar suas carreiras com novos desafios, ou o tédio tomará conta dos treinamentos sob o sintoma sutil da pouca produtividade. As verdadeiras dificuldades não se apresentam tão somente no destempero de um atleta ao perder uma luta, no desalento exagerado ou na falta de estímulo para continuar a competição com entusiasmo. Nem na ansiedade extrema dos momentos iniciais ou nas crises existenciais que permeiam uma carreira sempre estressante. Tais episódios dramáticos, por mais incrível que pareça, são os mais banais, apesar dos grandes focos de luz que, dirigidos a eles, aumentam sua importância. Acredite, eles não são os mais comprometedores. Eles são apenas sinto-

mas gritantes de problemas na coordenação de toda a equipe. Os nossos bloqueios mais sérios agem de forma extremamente sutil. Eles são encobertos sempre por pequenos erros. São lapsos de falta de atenção em momentos cruciais que acabam provocando impedimentos bem sérios, como as doenças recorrentes, os acidentes frequentes e a falta do menor talento estratégico. E o pior: a inconsciência total a respeito desses assuntos é compartilhada pelos técnicos, que tiveram em seus desempenhos passados exatamente as mesmas dificuldades, e que também foram solenemente ignoradas. A tarefa de um psicólogo esportivo é estimular o crescimento interno, objetivando o fortalecimento pessoal, não somente do atleta, mas de todos os membros da equipe, incluindo os técnicos. Muitas vezes percebo que o técnico, justamente por ser o sustentáculo da equipe, é o que mais necessita desse tipo de colaboração. Quando falo das dificuldades ocultas nos maus desempenhos competitivos, gostaria de assinalar que elas são, pelo menos, 50% de inteira responsabilidade do técnico. Principalmente quando ele não as apontou e não tomou providência para que elas fossem rapidamente resolvidas. Tenho percebido que o peso da responsabilidade por um fracasso é atribuído somente ao competidor que, em geral, mergulha num oceano de culpas. A orientação psicológica ajuda a ampliar muito a percepção do técnico, visando a uma observação mais objetiva de toda a teia de relacionamentos da qual ele é parte. Se as relações entre os membros do grupo estão harmoniosas, ótimo; do contrário, muitos mal-entendidos desnecessários ocorrem, dificultando o bom andamento do projeto de treinamento. Por outro lado, afora pouquíssimos psicólogos, quase sempre corporativos ou esportivos, a maioria dos profissionais desta área tem pouco conhecimento das especificidades de cada modalidade e pouca vivência do mundo esportivo. E, de maneira geral, nós psicólogos aprendemos a procurar indícios que confirmem patologias, em vez de incentivar mais a descoberta da grandeza dentro de cada um nós. E, infelizmente, não conseguimos diminuir no senso comum a fama de que psicólogo é para quem não está bem da cabeça. E ainda falamos demais e adoramos o nosso poder verbal.


Precisamos pensar que o atleta vive o seu corpo – corpo que se comunica muito, mas sempre de maneira silenciosa. Entretanto, é preciso ouvi-lo bem, isto é, com muita sensibilidade, para colocar-se inteiramente e sem barreiras em profundo e íntimo diálogo com ele. O atleta e seu corpo devem ser observados nesta bonita interação, para ajudarmos a compor a tríade harmoniosa desse corpo com a sua mente, afetos ou coração. É inimaginável a retribuição que podemos receber de volta. Uma boa notícia é que dispomos atualmente de uma gama de terapias alternativas que podemos associar de forma agradável à grande carga de treinamentos. Algumas técnicas poderiam ser adequadas aos primeiros momentos de condicionamento físico, antes e após o treinamento normal. É preciso apenas que os técnicos se mostrem mais abertos às inovações, pois o mundo está em permanente transformação, alterando tudo ao nosso redor constantemente. Um bom exemplo para entendermos as consequências dessa transformação tão radical é o uso intensivo de equipamentos digitais. Eles alteram o nosso modo de pensar, de sentir e de agir, diminuindo o uso dos nossos recursos cerebrais, alterando o processo dos nossos neurotransmissores. No caso dos lutadores, isto afeta por demais a atenção, além de causar muita ansiedade,

o que dificulta enormemente qualquer concentração. Neste caso é preciso criar novas conexões neuronais com procedimentos práticos adequados. A ciência já se está ocupando deste tema. Então, essas e outras dificuldades que não foram mencionadas exigem que se criem tanto novas formas de treinamentos quanto de preparação pessoal. Com bom treinamento de força, resistência e um amplo arsenal técnico, iniciamos a preparação para uma boa disputa, mas somente um sentir extremamente aguçado e afinado antecipa a intenção do adversário, coisa que ajuda enormemente. É somente com este recurso pessoal que conseguimos afastar o medo e nos sentimos livre para um desempenho inteligente, resultando sempre em estratégias brilhantes. E não dá para ser um bom lutador sem pensamento estratégico. Reconhecidamente, nós brasileiros possuímos o maior talento para viver as alegrias das vitórias. Mas temos muita dificuldade de transformar momentos adversos em grandes possibilidades de sucesso. Como crianças deslumbradas, partimos alegremente para a luta até o primeiro sinal de perigo. Quando isto acontece, esmorecemos e, assustados, entregamos o jogo. É importantíssimo o treinamento para um eventual fracasso. É mais do que necessário refletir sobre isso com honestidade, da mesma maneira que é opor-

tuno refletir sobre a nossa morte com mais frequência do que fazemos. Somente esta preparação desenvolve a virtude da coragem, e ela vem do coração. É justamente por tudo o que já falamos que são poucos os grandes lutadores, e dá para ver que não o são somente pelos seus recursos técnicos. Recurso técnico é como uma espada bem afiada, cuja alta qualidade da lâmina somente se mostra na habilidade e na energia de quem a empunha. Os samurais bem sabiam, e em virtude disso mergulhavam numa preparação pessoal sofisticadíssima desde muito cedo, e não somente por ocasião das guerras, na beira do campo de batalha, ou quando perdiam. O treinamento físico era um trabalho como qualquer outro, mas em tudo o que faziam enfatizavam sempre o aperfeiçoamento pessoal. Como vimos, preparar-se de corpo e alma para qualquer combate não é uma simples questão de estar bem ou mal. É uma parte importantíssima de qualquer bom treinamento, e é um empenho de toda uma vida.

Vera S. Sugai é escritora, psicóloga, shodan de judô, nidan de aikidô, professora de yoga e terapeuta de EMF


Por Renato Klein/Esporte na Net

Palmas Faz Ciclo de Palestras e Treinamento com

Sensei Paulo Duarte Palmas (TO) - Entre os dias 24 e 31 de julho Palmas sediou o importante ciclo de treinamento com o professor Paulo Duarte. Já no dia 25 pela manhã foi iniciado o treinamento de campo no dojô Aurélio Miguel, na Ulbra, onde 108 judocas – provenientes de oito associações palmenses, duas do interior do estado, uma de Minas Gerais e duas de São Paulo – puderam receber os ensinamentos do renomado professor. Felipe Landgraf, judoca revelado no Tocantins e que hoje representa o Esporte Clube Pinheiros (SP), decidiu perder a primeira semana de aulas na capital paulista para participar do treinamento. “Mesmo treinando em São Paulo, onde encontramos inúmeros professores de alto nível, não é sempre que temos a oportunidade de ter o sensei Paulo Duarte cinco horas por dia, durante uma semana, ensinando e tirando nossas dúvidas”, conta Landgraf, que participou do Shochu-gueiko com seu pai, Marcos Landgraf. Cedido à Federação de Judô do Estado do Tocantins (FEJET) pela Federação Paulista de Judô (FPJ), Paulo Duarte ministrou 35 horas de treinamento que incluiu iniciação esportiva, alto rendimento e formação de professores e instrutores.

Sensei Paulo Duarte com professores do Tocantins

Segundo Aécio Lima, professor de judô e educação física, a visita de Paulo Duarte foi um divisor de águas no judô tocantinense. “A passagem do sensei Paulo em Palmas mudou até a filosofia de treinos por aqui. Esta visita foi mais um dos di-

visores de águas do judô em nosso estado.” E se até mesmo os judocas mais experientes se animaram com os encontros, imaginem as 200 crianças do Projeto Carrossel, do SESC. Mais en-

Ton Pachêco presidente da Federação Tocantinense com o professor Paulo Duarte

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cantadas que elas, só mesmo o sensei. “Foi tudo lindo aqui no Tocantins, mas por essas crianças eu não esperava. Fiquei realmente sem palavras”, falou Paulo Duarte, visivelmente emocionado. E o próprio Paulo Duarte teve a sensação de missão cumprida. “Estive aqui em 2004, logo após a formação da primeira turma de faixas pretas no Estado. Desta vez pudemos avançar bem mais nos detalhes técnicos, pois houve uma sensível evolução na qualidade dos atletas.” O técnico destacou ainda o trabalho da FEJET nos últimos meses, com uma série de treinamentos, competições e intercâmbios, que geram comentários muito positivos nacionalmente sobre o judô tocantinense.

Ciclo de palestras Unindo filosofia, teologia e ensinamentos diversos acumulados em décadas de judô, Paulo Duarte ministrou uma série de palestras motivacionais nos auditórios da Ulbra, do SESC/Fecomércio e do SEBRAE. Cerca de 450 pessoas puderam aprender sobre confiança, superação, fé e planejamento, itens que foram primordiais na “saga de um atleta da vida”, que precisou se reerguer após ter uma perna amputada aos 18 anos, em plena carreira judoística. A mesma tragédia que tomou um atleta do judô nacional acabou por presentear o Brasil com um dos seus maiores estudiosos e renomados professores.

Paulo Duarte contou com grande público em suas palestras

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Paulista Máster e Supermáster

Supera Expectativas São Paulo (SP) - A Federação Paulista de Judô Máster e Supermáster (FPJMS) realizou no dia 7 de agosto o II Campeonato Paulista Máster e Supermáster de Judô. O evento realizado nas dependências do Clube Atlético Juventus teve a colaboração do site O judô, de membros da diretoria da Associação Colossus de Judô e de colaboradores do Clube Juventus. Em sua segunda edição, o evento recebeu apoio da Secretaria Municipal de Esportes, Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo, e do vereador e campeão olímpico Aurélio Miguel. Ao todo 20 associações e clubes participaram da competição. Segundo Rubens Pereira, o apoio destas entidades permitiu isentar os participantes das taxas de inscrição. “Quando formatamos a segunda edição de nosso campeonato, buscamos realizar algo que contemplasse todos os atletas inscritos, a participação gratuita. Felizmente, graças ao apoio recebido, conseguimos atingir as metas previstas, e ninguém pagou para competir.”

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Rubiane, Antônio José, René Castoprio, Rubens Pereira e Andélcio Fernandes


O Judoca Castellano faz o juramento Andélcio Fernandes

Antônio Greco

Rubens Guarino, Rubens Pereira e Nelson Omura

Rubens Pereira e Andélcio Fernandes

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O dirigente destacou a importância do intercâmbio e do desenvolvimento de uma categoria que ainda está em formação. “O objetivo deste evento, é fazer com que o Judô Máster se desenvolva e se fortaleça, dando oportunidade aos atletas que ingressaram tarde na prática deste esporte de conhecer outros atletas e o mais importante, saibam o que é participar de uma competição, subir ao pódio e receber uma medalha.” Rubens falou dos planos para 2011. “A categoria máster ainda está se firmando e buscando formar uma identidade, e temos certeza de que em breve o máster terá um tratamento mais adequado. Percebemos que existe espaço para realizarmos eventos maiores e com mais regularidade. Projetamos duas competições para a temporada 2010, e se Deus quiser atingiremos este objetivo”, finalizou o dirigente. Na contagem geral a Associação de Judô Franco da Rocha ficou com a primeira colocação, somando 56 pontos. Na vice-liderança ficou a tradicional Academia Mito, e em terceiro ficou o Judô Hinode.

134


Classificação Geral Feminino

MASTER 1 Meio Leve 1º Laryssa Thabyda Silva

Kimura

2º Maria Lucia Silva

Mogi das Cruzes

Meio Médio Lilian Dias dos Santos

Franco da Rocha

Patrícia de Jesus Barbosa

Rodoviários Jacareí

Médio Vivian Paula Correia

Franco da Rocha

Janayna Diniz Martins Dias

Colossus

Meio Pesado Ana Lucia Coutinho de Faria

Franco da Rocha

Tabata Cristina Paz Andrade

Colossus

MÁSTER 2 Meio Médio Lucinere Pessoa de Freitas

Colossus

Claudia Natalia Ferreira

Colossus

Eliane Vaz

São José dos Campos

Pesado Viviane Domingues Reis

Makoto

Mariane Rodrigues Amaral

Franca

MÁSTER 3 Pesado Adriana Cristina de Souza

Franco da Rocha

Carolina Coelho Andrade

Mogi Guaçu

MÁSTER 4 Médio Marisa M. Takahashi

Ribeirão Pires

Valdeiria Barbosa Nascimento

Mauá

Pesado Roseane de Souza

Rodoviários Jacareí

ABSOLUTO + 63 K Roseane de Souza

Rodoviários Jacareí

Ana Lucia Coutinho Alvin

Franco da Rocha

Marisa Takahashi

Ribeirão Pires

Adriana Souza Arruda

Franco da Rocha


Classificação Final Masculino MÁSTER 1 Ligeiro Cristian Cesário

Guarulhos

Leandro Salomão

Hinodê

Jeferson Pereira Arakaki

Hinodê

Meio Médio Daniel Talles de Menezes

Hinodê

Cleber Leandro Machado

Amaro

Fabrício Campos

Fernandes

Médio Ricardo de Almeida

Mito

Frederico Nery Kemmerich

Amaro

Itapuã Ribeiro

Colossus

Meio Pesado Arnaldo Calazans

Franco da Rocha

Marcelo Andre Franchini

Hinodê

Pedro Renato Martins Dias

Colossus

MÁSTER 2 Leve Marco Antonio de Oliveira

Fernandes

Hoolyver Assolant Ferreira

Vila Matilde

Herval Antunes

Freguesia do Ó

Meio Médio Anderson Cássio dos Santos

Mito

Marcelo Correia

Makoto

Antonio Osmar dos Santos

Franco da Rocha

Roberto Augusto de Macedo

Messias

Pesado Ricardo Aguiar Simões

Palmeiras

Regis Vasconcelos Amedi

Hinodê

Andre Dias

Hinodê

Ademilson Lindolfo Nascimento

Taboão

MÁSTER 3 Ligeiro Damião da Silva Alves

Mito

Paulo Silva Junior

Franco da Rocha

Michael Oliveira Jr

Colossus

Meio Médio Paulo Castelano

Hinodê

Roberto Macchia

Previato

Médio Marcos Roberto Pinto Silva

Pissarra

Wilson de Souza Bravo

Taboão

Jose Nilton Ferreira de Araujo

Franco da Rocha

136


Meio Pesado Mario Roberto Silva

Mito

Wilson Shinoda

Ribeirão Pires

Paulo Eduardo Leme Santos

Franco da Rocha

MÁSTER 4 Ligeiro Magdiel Anselmo Santos

Makoto

Mario Barbosa

Franco da Rocha

Meio Médio Pedro Luis Fernandes

Fernandes

Lucimar Rocha

Palmeiras

Eduardo Minematsu

Ribeirão Pires

Celso Takeda

Ribeirão Pires

Médio Ediwaldo Antonio Fazzolari

Mito

Benedito Bezerra

Palmeiras

Mauricio Brambilla

Colossus

SUPERMASTER Ligeiro Julio Kawakami

Palmeiras

Seiko Komesu

Okinawa

Médio Claudio Sguela Pereira

Moacyr

Carlos Alberto Ardito

Calazans

ABSOLUTO M1, M2, M3 e M4 Mario Roberto Silva

Mito

Ruither M. Pereira

Hinodê

Paulo Castelanos

Hinodê

Ediwaldo Fazzolari

Mito

ABSOLUTO SUPERMÁSTER Carlos Hugo Gaitan

Messias

Luis Araujo Pereira

Messias

Carlos Alberto Ardito

Rodoviários Jacareí

137


A Força do Interior Paulista

Equipe de judô de Ribeirão Preto prepara atletas de alto rendimento, que disputam competições nacionais e internacionais A equipe de judô Barão de Mauá surgiu da iniciativa do técnico Rogério Quintela, que aos 6 anos começou a praticar a modalidade. Hoje, a equipe coordenada pelo técnico acumula títulos e conquistas, nacionais e internacionais. Foi na cidade de Batatais, com o professor Beirigo, que Rogério Quintela deu seus primeiros passos no judô. Aos 15 anos mudou-se para Ribeirão Preto, onde prosseguiu com os treinamentos com o professor Francisco Aguiar Garcia, atual delegado regional da Federação Paulista de Judô, um dos pioneiros do judô em Ribeirão Preto. A história entre Rogério Quintela e a Barão de Mauá teve início quando Quintela procurou o Professor Nicolau Spinelli, em 1993 e solicitou uma bolsa de estudos para que pudesse iniciar o ensino médio e representar a escola em competições estudantis. O professor Spinelli não só concedeu a bolsa integral, como sugeriu que Quintela ministrasse aulas para os alunos do Ateneu Barão de Mauá, desde a educação infantil ao ensino médio. “Desafio aceito. O número de alunos interessados pelo judô surpreendeu toda direção, inclusive a mim, que tinha apenas 17 anos de idade”, comentou Quintela. Com a expressiva quantidade de alunos, em 1999, a Direção da Escola, com anuência da Associação de Pais, na época representada por Luiz Soares de Oliviera, implantou um projeto de alto rendimento esportivo, o TAT (Treinamento de Aperfeiçoamento Técnico). O primeiro destaque desse projeto inovador foi o judoca Bruno Henrique Marques, que conquistou os títulos paulista e brasileiro em 2001. No mesmo ano, a equipe conquistou o título do Torneio Beneméritos do Judô no Brasil, realizado em São Bernardo do Campo, na categoria infantil. “Nossos obstáculos são proporcionais às nossas conquistas” ressaltou Quintela.

Toda a equipe

Com os significativos resultados obtidos no decorrer dos anos, em 2010 concretizou-se mais uma parceria de sucesso, desta vez com a Secretaria Municipal de Esportes de Ribeirão Preto. “Sempre com muito orgulho representamos Ribeirão Preto, mas agora seremos conhecidos como SME/Ribeirão Preto/Barão de Mauá, pois temos o apoio da prefeitura e da Barão de Mauá”, declarou o técnico.

O técnico Quintela Em 2008, Quintela acompanhou o atleta Vitor Carvalho Rassi por todo o continente. Venceram o Paulista na Praia Grande, depois o Campeonato Brasileiro em Natal e a grande realização: o primeiro título Pan-Americano para Ribeirão Preto, na cidade do México, no mês de dezembro. No mesmo ano, Flávia Rodrigues da Cruz também conquistou o

Silvio, Quintela, Peterson,(em pé- Diego Cheila e Marcos Cunha)

138

campeonato paulista, em Atibaia-SP, e o campeonato brasileiro por equipe, em Salvador- BA. Em 2009, foi a vez Tiago Bastos: depois de ganhar quatro títulos paulistas, foi duas vezes campeão brasileiro e venceu o Campeonato Pan- Americano, desta vez em Porto Alegre-RS. Também em 2009, Rafael Batista da Silva venceu o Paulista Estudantil e conquistou o título de vice-campeão brasileiro estudantil em Maringá-PR. No mesmo ano, Quintela trabalhou pela primeira vez como técnico da equipe masculina da Federação Paulista de Judô, no brasileiro estudantil, na cidade de Poços de Caldas. “Representar o Estado de São Paulo é uma responsabilidade muito grande, mas os atletas foram extremamente comprometidos e disciplinados. Vencemos o brasileiro, com uma disputa emocionante, na final contra o Piauí”, comentou o técnico.

Secretario de Esporte Palmieri, Bastos, Flávia, Peterson e Quintela


Nossos obstáculos são proporcionais às nossas conquistas” Para finalizar 2009 com chave de ouro, Rogério Quintela foi convidado pela Confederação Brasileira de Desporto Estudantil para coordenar tecnicamente a equipe masculina da delegação brasileira, no Campeonato Sul-Americano Estudantil, em Loja (Equador). O Brasil venceu a competição.

Expectativas para o Pan-Americano 2010 Tiago Bastos Gabriel e Flávia Rodriguez da Cruz conquistaram as vagas na Seleção Brasileira de Judô, para o campeonato Pan-Americano, categoria sub-17 anos, que se realiza de 2 a 5 de setembro, em Orlando, Estados Unidos. Os atletas venceram a seletiva disputada no dia 7 de fevereiro, no Guarujá. “Foi uma seletiva muito difícil, com atletas de alto nível. Pretendo conquistar o bi-campeonato pan-americano para o Brasil”, destacou Bastos. “Tenho certeza de que é um grande orgulho para toda a equipe técnica e para mim trabalhar com estes atletas. A cidade de Ribeirão Preto foi a única do país a classificar três representantes para o campeonato Pan-Americano de judô na categoria sub-17. Além de Bastos e Flávia, Sibilla Faccholli também se classificou; ela é atleta do professor Cleber do Carmo, do Ipanema Clube/Corpore Sano”, enfatizou o técnico Rogério Quintela.

Equipe Técnica - Rogério Quintela (coordenador técnico das Equipes de base) - Peterson Campos (coordenador técnico da Equipe Principal) - Silvio Firmino (técnico) - Marcos Cunha (técnico) - Diego Liberato (técnico adjunto) - Cheila Casagrande (psicóloga)

Perfil do técnico Sua maior paixão pessoal Prof. Sérgio Bim e Enricke Kanematsu terceiro colocado no Pan-americano de 2008

Meus filhos João e Diogo e minha esposa Vanessa O que faz em seus momentos de lazer Churrasco com os amigos e com a família Com quem você comemora suas conquistas, quando chega dos campeonatos?

Quintela no Sul-americano Estudantil no Equador

Letícia Lanza Michelin- 3ª colocada nos Jogos Abertos do Interior 2009

Com a enorme e querida família que ganhei depois que conheci a Vã, minha esposa. Comemoro com meu sogro (Mineiro), minha sogra (Santinha), cunhadas e sobrinhos. E com os meus melhores amigos: Carlos César, Clodoaldo, Toni e Nirto, Rodrigo Rego, Célia e Toninho. Além dos atletas e da sua dedicação, a quem mais você atribui o sucesso da Equipe de Judô Barão de Mauá? Primeiramente a Deus, depois podemos dividir esta resposta em duas etapas: a primeira, à família Spinelli por intermédio do professor Nicolau, Marco Aurélio Carlos César e às professoras Cristina e Fabíola Favaro; atualmente não poderia deixar de citar o Sr. José Capito, Sr. Roberto Palmieri e professor Miguel Jabur. Pergunta complicada, pois são muitas as pessoas que acreditam no sucesso da equipe. Seria impossível citar todos os nomes. A quem você agradece e dedica os resultados do seu sucesso profissional? A Deus, aos meus pais, Vera e Luiz, aos meus grandes amigos e eternos professores, não só de judô, mas na vida: Jesus Beirigo e Francisco A. Garcia, ao Dr. Ernesto Quintella, meu tio, um exemplo de vida, Sr. Paulo Sérgio Zucolotto e às professoras Rosa Ângela Vassimon e Vera Carlotti, são modelos para mim de dedicação, ética e profissionalismo. Pessoas extremamente relevantes na minha formação profissional.

Flavia, Diretor Executivo da Barão de Mauá José Capito, Mantenedor Marco Aurélio, Quintela e Bastos

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Com 72 medalhas, Pará é Campeão do Brasileiro da Região I O Campeonato Brasileiro da Região I foi realizado em 20 de abril em São Luís (MA). Os judocas do Pará conquistaram 70 medalhas e ficaram com a primeira colocação no quadro geral. Foram 21 ouros, 20 pratas e 31 bronzes. Os anfitriões ficaram com a segunda colocação, com 19 ouros, 11 pratas e 31 bronzes. A competição reuniu 458 judocas do Pará, Maranhão, Amapá, Ceará e Piauí. O Pará participou com 100 atletas sendo: 04 (Agostinho Maciel), 09 (APJ- Paragominas), 01 (Baeta Dojô), 02 (Campos Judô), 04 (Clifisio – Marabá), 08 (Escola Dom Quixote), 18 (Esmac), 18 (IFPA), 06 (Escola Mascote), 01 (Maynard), 03 (Pará Clube), 01 (Pólo Seduc), 08 (SEJEL/Rancho), 01 (Sensei Coelho) e 18 (Veleiro). Dentre os medalhistas de ouro destacamos as atletas Kassia Natividade (Associação Veleiro) e Bruna Vilhena (APJ-Paragominas); ambas conquistaram duas medalhas de ouro. No masculino destacamos os atletas Luis Augusto Nogueira Filho e Lucas Lisboa Pinho, ambos da ESMAC, que conquistaram medalhas de ouro e prata, e ouro e bronze, respectivamente, e Silvio Shaymon (Associação Veleiro), que também conquistou duas medalhas, sendo ouro e bronze. Para Eduardo Pinho, presidente da FPAJU, o Pará deu exemplo de organização. “O Pará também foi campeão em organização, na união, no comportamento e na determinação. Este titulo não seria possível sem o apoio e o empenho de

140

Campeonato Brasileiro Região I 2010 Ginásio Castelinho - São Luis MA, 17 a 18 abr 2010 Quadro de Medalhas Colocação

Entidade

Inscritos

Ouro

Prata

Bronze

Total de Medalhas

PA

129

21

20

31

72

MA

106

19

11

31

61

PI

113

16

20

28

64

CE

85

15

14

19

48

AP

87

9

11

16

36

todos, federação, técnicos, atletas, pais e aqueles que vêm contribuindo para este crescimento do judô paraense. Saímos de um quarto lugar em 2008 para o vice-campeonato no ano passado, conquistando o campeonato em 2010, titulo inédito desde que foi implantado este modelo de competição por região.” Para o dirigente, o resultado foi conquistado em Belém. “A atuação de nossa equipe foi extremamente satisfatória, pois conseguimos chegar ao topo do pódio, um objetivo perseguido por todos: comissão técnica, técnicos, dirigentes, atletas e pais de atletas. Esperávamos voltar com o resultado positivo, tendo em vista o planejamento e o trabalho realizados. Trabalhamos duro visando

o Brasileiro Regional e o restante das competições do calendário nacional. Mesmo com toda a preparação e organização, o resultado foi muito comemorado por todos devido às dificuldades encontradas no processo. Afinal de contas, são oito anos de luta para conquistar um determinado objetivo, e hoje podemos dizer com certeza que o judô paraense é sim um judô bastante competitivo e desenvolvido tecnicamen-


te. Conquistamos este título pelo trabalho realizado em casa.” Bruno Leão, diretor técnico da FPAJU, destacou que o resultado já era esperado. “Já esperávamos ter um grande resultado devido ao trabalho e à dedicação de todos. Quando uma equipe se prepara para um grande evento com organização, determinação e planejamento, sempre espera grandes resultados. No entanto, somos uma equipe que busca melhorar cada dia mais. Não foi surpresa porque apenas efetivamos uma meta de trabalho estabelecida desde o início da gestão de Eduardo Pinho, que tinha como objetivo principal deixar o Pará no topo da Região I. Fizemos temporadas de treinamento físico e técnico, sob a supervisão de profissionais altamente qualificados, e chamamos a responsabilidade não só para a comissão técnica da FPAJU, mas também para os técnicos do estado, que abraçaram de tal forma essa empreitada que o resultado não poderia ter sido outro.” O diretor técnico paraense explicou que a evolução foi gradativa. “No primeiro ano de gestão, ficamos em quarto lugar; nos reestruturamos, e tivemos uma crescente constante na qual subimos degrau a

degrau. No ano seguinte ficamos em terceiro, e no ano passado terminamos em segundo. Fomos campeões neste ano, coroando assim todo o trabalho realizado. Nada funciona sem organização e o planejamento de metas concretas. Agora o objetivo é manter o trabalho e continuar crescendo.”

Uma sub-13 quase imbatível.

medalharam na classe sub-20, mostrando que têm muito talento.” Bruno enfatizou que a qualidade do evento ajudou no desempenho de sua equipe. “A organização da competição foi muito boa. Havia áreas suficientes, o que evitou uma competição desgastante. Horários e programação foram cumpridos à risca e nossa avaliação do evento foi muito boa. A Federação do Maranhão, capitaneada pelo experiente Chico Neto, e a diretoria altamente capacitada tornaramse experts em realizar competições de alto nível.” O dirigente paraense elogiou o nível técnico das demais equipes. “O nível técnico da região I aumentou significativamente nos últimos anos. Não foi só a equipe do Pará que evoluiu. Os outros estados também cresceram, tanto em organização quanto em material humano. Caso contrário não haveria uma competitividade tão grande como a que está havendo. Quem ganha com toda essa evolução é o Brasil, que cada vez está sendo mais bem representado no cenário internacional”, finalizou Leão.

“Podemos dizer que fomos bem em todas as categorias, mas surpreendemos mesmo na sub13, na qual, no feminino, conquistamos seis das oito medalhas de ouro. No sub-20 feminino também tivemos um bom resultado, com a Bruna Vilhena, Sabrina Vilhena, Kassia Natividade, Franciane Barbosa, Suzianny Salazar e Jackeline Garuzi, sendo que a maioria delas ainda pertence à classe sub-17, e

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São Paulo é Campeão do Brasileiro da Região VI Camboriú (SC) – Mesmo não contando com os atletas da elite nas categorias sênior e júnior, São Paulo manteve a hegemonia nacional nos tatamis, ao superar os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, que disputaram a competição com força máxima. O Campeonato Brasileiro Regional de Judô da V Região foi realizada pela Federação Catarinense de Judô, com apoio da Confederação Brasileira de Judô, nos dias 23 e 24 de abril, em Balneário Camboriú (SC), e teve a participação de 371 judocas. Na classificação geral São Paulo levou a melhor, ficando com 44 medalhas de ouro. O Rio Grande do Sul ficou em segundo, com 22 de ouro. As equipes de Santa Catarina e Paraná conquistaram sete ouros cada uma. São Paulo sagrou-se campeão geral após conquistar 80 medalhas, no quadro geral, sendo 44 ouros, 27 pratas e nove bronzes. Dirigentes prestigiaram a competição e entre estes destacamos Paulo Wanderlei, presidente da Confederação Brasileiro de Judô; Luiz Hisashi Iwashita, presidente da Federação Paranaense de Judô; Roberto da Graça, presidente da Federação Catarinense de Judô; e Francisco de Carvalho, presidente da Federação Paulista de Judô. O campeão olímpico Rogério Sampaio, um dos maiores judocas da história do judô verde-amarelo, esteve nos tatamis de Camboriú acompanhando vários atletas de sua escola que defenderam São Paulo. Para o campeão olímpico, o certame foi um grande teste para os judocas paulistas. “Muitos atletas estão fazendo aqui sua estréia em competições nacionais, e sem dúvida alguma o Brasileiro Regional da Região VI dará grande aporte técnico a estes novos competidores, pois o nível técnico foi muito bom”, enfatizou Sampaio. Um dos destaques da delegação paulista foi a presença do presidente bandeirante, que torceu e incentivou os atletas paulistas das categorias sênior e júnior. Para Francisco de Carvalho, a superação e o espírito de equipe prevaleceram, garantindo a supremacia paulista na VI Região. “Muitos atletas que estiveram em Camboriú estavam estreando em competições nacionais, e o fizeram da melhor forma possível. O calendário apertado e algumas dificuldades fizeram com que São Paulo não viesse para esta competição com força máxima, mas isso não interferiu no resultado geral e mantivemos o desempenho

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Campeonato Brasileiro Região V Campo Verde – MT – dias 16 a 18 de abril de 2010 Classe: Todas no Masculino e Feminino Colocação

Entidade

Inscritos

Ouro

Prata

Bronze

Total de Medalhas

4º Lugar

5º Lugar

SP

94

44

27

9

80

4

9

RS

79

22

23

17

62

8

8

SC

100

7

17

31

55

21

24

PR

98

7

13

39

59

18

18

de sempre. Nossa equipe mostrou garra, determinação, e atingiu aquilo que havíamos projetado. Parabenizo toda a nossa comissão técnica e principalmente os judocas que representaram tão bem o nosso estado”, finalizou. Paulo Alvim, o chefe da delegação paulista, comemorou a conquista e parabenizou todos os membros da equipe. “Geralmente os holofotes são dirigidos apenas aos competidores que conquistam medalhas, mas lembro que nossa delegação veio a Camboriú com 94 atletas, cinco técnicos e três dirigentes. Além, é claro, dos familiares de alguns judocas, que somaram esforços e nos ajudaram nesta importante conquista para nosso estado. Todos estão de parabéns e agradeço a cada um pelo esforço e a ajuda que prestaram.” Paulinho Namie, técnico da seleção paulista e da S. E. Palmeiras, ficou satisfeito com o trabalho da equipe. “Achei o desempenho da seleção paulista muito bom, pois ganhamos no geral, no feminino e no masculino. Conquistamos o dobro de medalhas de ouro do Rio Grande do Sul, e penso que a segunda colocação da equipe sênior deveu-se aos desfalques de nossa equipe, que tem muitos atletas na seleção brasileira. Mesmo assim nesta categoria empatamos nas medalhas de ouro e perdemos nas medalhas de prata. Na classe sub-15 obtivemos nosso melhor desempenho, conquistando 12 medalhas de ouro. Certamente vários atletas que aqui estiveram comporão as futuras seleções do Brasil. Sobre a organização do evento, não tenho nada a reclamar, porém, se fosse em São Paulo, levaríamos muito menos tempo para realizar uma competição desse porte.” Jairo Pereira de Azevedo destacou o equilíbrio da seleção paulista. “No masculino, com oito pesos em disputa, fizemos quatro campeões; um vice e dois bronzes; só em um peso não nos classificamos. Já no feminino, dos oito pesos em disputa, fizemos três campeãs, duas vices e três

Delegação Paulista

Presidente: Francisco de Carvalho Filho Vice-presidente Técnico: Alessandro Puglia Diretor de Competições: Marcos Mercadante Chefe de Delegação: Paulo Alvim Técnica: Solange Pessoa Técnico: Paulino Namie Técnico: Fernando Wagner Patti Costa Técnico: Luiz Sergio Ferranti Técnico: Jairo Pereira de Azevedo

bronzes. Não fomos com a equipe principal do adulto e ficamos com a segunda colocação, mas considerei o resultado ótimo e acho que nossa seleção esteve bem equilibrada. No super ligeiro masculino, o atleta Rodrigo da Silva, da Praia Grande, mesmo com o punho machucado, superou-se na final contra o atleta do RS. Quanto à organização, acho que deixou a desejar, pois saí de São Paulo com uma programação, que foi repassada para os atletas, e, bem próximo ao horário da pesagem, fiquei sabendo que haveria mudança. Foi bem trabalhoso reunir os atletas e passar a nova programação que recebemos da organização. A federação organizadora poderia ter fixado a nova programação no hotel. Assim teríamos tido tempo de fazer as coisas normalmente, mesmo porque quase todas as delegações estavam hospedadas no mesmo hotel.” O chefe da delegação comemorou a manutenção da hegemonia paulista. “Os resultados falam por si, e a hegemonia paulista se mantém. Ter o dobro de campeões que o segundo colocado surpreende qualquer estatística. Apesar de todo o intercâmbio que os professores e atletas de outros estados desenvolvem, São Paulo continua sendo o grande celeiro da modalidade. Vi nossa equipe muito disciplinada e com foco total na competição, todos chegaram em Camboriú muito bem preparados e focados.” Paulo Pi destacou a seriedade do trabalho desenvolvido em São Paulo. “Nossa equipe sênior não foi a que obteve a classificação


na Copa São Paulo, por isso não podíamos esperar um grande resultado, e aí tivemos uma surpresa positiva. Mesmo com judocas que em algumas categorias não medalharam na Copa São Paulo, ainda conseguimos empatar com o Rio Grande no número de campeões. Penso que a base do nosso estado está cada vez mais forte. Com o trabalho serio que é desenvolvido no judô paulista, te-

remos renovação por muitos anos.” O dirigente criticou o piso utilizado na competição e elogiou a qualidade dos serviços oferecidos. “A competição em si transcorreu dentro do esperado, porém, a única observação que faço é que um campeonato oficial da CBJ deveria ter um melhor. Acho um absurdo a CBJ realizar uma competição com um

O troféu da categoria sênior do Campeonato Brasileiro da Região VI foi novamente para o Rio Grande de Sul. Atletas gaúchos e paulistas brigaram pela conquista pódio a pódio,num confronto marcado pelo equilíbrio. O número de medalhas de ouro de cada representação ficou igual: sete para cada lado; o que pesou para o Rio Grande do Sul foi o maior número de pratas: seis a três. A Seleção Gaúcha saiu-se vencedora com Taciana Lima (-52 kg), Natália Bordignon (-70 kg) e Rochele Nunes (+78 kg), no feminino; Guilherme Góes (-60 kg), Felipe Braga (-73 kg), Rodrigo Luna (-81 kg) e Renan Nunes (-90 kg), no masculino. Ao todo 79 judocas integraram a Seleção Gaúcha, dos quais 62 subiram ao pódio. “Tivemos a experiência como nossa aliada no Brasileiro Regional”, acredita o presidente da Federação Gaúcha de Judô, Carlos Eurico da Luz Pereira. Ele também ressaltou a qualidade dos competidores: “Quase todos irão representar o Brasil nos próximos torneios internacionais. Quem ainda não está convocado mostrou serviço.” Douglas Potrich, técnico da Seleção Gaúcha aposta no potencial dos seus atletas. “Nossa equipe teve uma boa atuação na média, em todas as classes e naipes. A comissão técnica da FGJ considera que nossos atletas e filiados têm um potencial técnico e competitivo ainda maior do que o apresentado neste evento, e é baseado nesta certeza é que o Rio Grande do Sul pode melhorar seus resultados, principalmente nas categorias de base.” O técnico gaúcho lembrou que o resultado positivo do sênior é fruto do projeto existente no estado. “Em 2009 o Rio Grande do Sul já havia conquistado o mesmo resultado no Brasileiro Regional na classe sênior. A força do judô nesta classe não é do momento em que vivemos, e sim de um projeto de anos trabalhado e liderado pelo coordenador técnico da FGJ (profes-

sor Kiko). Sabíamos que tínhamos condições de conquistar a primeira colocação na classe e, ao mesmo tempo, sabíamos da força das outras seleções estaduais que tinham o mesmo objetivo.” Douglas percebeu evolução técnica no selecionado gaúcho. “Acho que, em especial, o Rio Grande do Sul melhorou seu retrospecto em relação a anos anteriores na classe juvenil, pois tivemos quatro medalhas de ouro, algo que pelo menos há 5 anos não se conquistava mais. Considero o grupo que viajou bastante homogêneo. Não dá para falar especialmente sobre um atleta ou outro, mas, particularmente, gosto muito da qualidade técnica e competitiva de atletas como Manuela Braga, Marcelo Pernoncini e Guilherme Góes, entre outros.” Para o técnico do Rio Grande, a organização foi boa, mas faltou divulgação. “O atendimento dos membros da FCJ é sempre muito receptivo e alegre. O ginásio da competição era novo e ofereceu visão privilegiada. A limpeza na área de competição foi a capricho, o que deixou a desejar foram os banheiros, onde faltou água boa durante parte do evento, causando constrangimento a quem passava em frente ou tinha que usá-los. Mas no restante sentimos que os envolvidos na realização se dedicaram de coração. Sobre divulgação, o judô em si é um pouco fraco neste setor. Tirando algumas iniciativas particulares e isoladas, não temos e também não houve

piso inadequado. Isso, aliás, poderia ter causado uma série de lesões. Entretanto, no aspecto de atendimento, informações técnicas e relatórios, foi tudo excelente. O ginásio era novo e muito bonito, porém sem manutenção. Faltou até água nos banheiros, problema que não foi resolvido durante os dias de competição.”

Gaúchos Faturam o Sênior

neste evento uma divulgação para atrair público para o ginásio, pois as arquibancadas estavam ocupadas apenas pelos parentes de judocas.” O técnico Rodrigo Bilhar fez uma avaliação bastante positiva do desempenho gaúcho na competição. “Penso que foi muito bom, principalmente a categoria sênior, que apresentou um resultado muito bom. Claro que as outras categorias também foram muito bem. No geral fomos muito bem.” A primeira colocação no sênior não foi considerada uma surpresa. “Na minha visão, a equipe sênior é muito boa, e não nos surpreendemos com a conquista nesta categoria. A gente nunca sabe o que vem de São Paulo, e foi muito bom termos vencido. A surpresa ficou por conta do excelente desempenho da categoria juvenil, que tanto no masculino quanto no feminino foi muito bem. Sobre destaques de nossa equipe, o Marcelo Pernoncini, da categoria júnior, tem chances reais de ser um grande atleta.” “Quanto à organização, estava boa, mas o ginásio ficava muito longe e só tinha uma entrada para a de competição, ficava um pouco complicado o acesso. O restante estava a contento.” Rodrigo mostrou otimismo para o Campeonato Brasileiro. “Nossa expectativa é a melhor possível, estamos treinando cada vez mais em nossos clubes visando aos brasileiros de cada classe.”

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Ponto de Vista

Por Paulo Pinto Foto Budopress

Perdemos a Essência

Apresentação da Copa do Mundo realizada em São Paulo onde aparecem, Marius Vizer, Kassab, Nuzman e Paulo Wanderley

Durante a realização do Campeonato Brasileiro Regional entrevistamos um judoca que trabalhou numa das sedes da competição e, ao mesmo tempo, competiu. Um fato inusitado fez com que déssemos maior atenção ao garoto que, além de trabalhar na organização do evento, competiu e foi campeão: o judoca, que é afrodescendente, não tinha judogi. Entrevistamos o menino que, bastante envergonhado, explicou que adora praticar judô, mas não tem recursos para adquirir seu próprio kimono. Este caso inusitado deflagrou uma análise mais profunda sobre a realidade que vivemos no judô verde-amarelo. Um judô eminentemente simples, que nos foi transmitido por imigrantes japoneses que vieram para o Brasil no início do século passado. Gente simples, gente da roça. Mas gente com alma e conteúdo espiritual. Foi este na verdade o grande legado dessa gente que cruzou o planeta, fincou raiz aqui e hoje faz parte da identidade sociocultural brasileira, da mesma forma que fizeram, algumas décadas antes, os ancestrais do jovem que não possui kimono.

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Esta era essência do judô que nos foi transmitido, e paradoxalmente não existe mais. O pior é que, com as atuais políticas desenvolvidas pela FIJ, o que resta de filosófico no judô tende a terminar. Como já foi denunciado por Veitia, o renomado técnico cubano, as políticas desenvolvidas pela FIJ e potencializadas no Brasil pelo presidente da CBJ estão tornando o judô um esporte elitizado. Estão impondo fórmulas de competição e de administração que deram certo em modalidades como o tênis e o futebol, esquecendo que nos tatamis não temos o profissionalismo que existe nestas modalidades. Nossa pergunta é: caso o judoca que não possui kimono consiga pagar as taxas de inscrição para o campeonato brasileiro, consiga recursos para viajar, e vença, como poderá adquirir os dois judogis oficiais exigidos pela FIJ e pela CBJ, se cada kimono custa mais de um salário mínimo? Aí os mais otimistas dirão que, se ele for bom de verdade, certamente aparecerão patrocinadores para custear sua manutenção nos tatamis. Mas aí esbarramos na questão das logomarcas nos kimonos

dos judocas da seleção brasileira. Hoje um atleta não pode ostentar a marca de um patrocinador em seu próprio kimono, pois nele vão as marcas dos patrocinadores da CBJ e não dos apoiadores de cada competidor. Um absurdo impensável que todos os competidores aceitam placidamente, para poder representar o país em competições internacionais. Os judocas hoje pagam para usar judogis “oficiais” fabricados pelo patrocinador da CBJ, e de quebra têm de divulgar as marcas dos patrocinadores da entidade. Aquilo de patrocínios individuais já não existe mais. Ouvimos de muita gente que a CBJ fornece os judogis gratuitamente para os atletas das inúmeras seleções brasileiras, mas fomos atrás e ouvimos de muitos atletas, que estão na seleção sênior, que tiveram de pagar pelos kimonos “oficiais”. Paulo Wanderley criou uma nova fórmula de profissionalismo esportivo, pela qual só a CBJ tem direito de auferir lucro na modalidade. O judô é da CBJ, e o resto que se vire. Nossos dirigentes esquecem que o


judô não é fomentado e não acontece nos saguões luxuosos do aeroporto do Galeão, e sim nas cidades de todo o país. Esquecem que as famílias dos judocas se dedicam anos a fio no desenvolvimento técnico das futuras promessas, e todos esperam a contrapartida. O retorno e o crescimento financeiro não podem restringir-se apenas a quem está sentado na cadeira da presidência da CBJ. Além dos pais e dos judocas, existem clubes, professores e federações, que desenvolvem esforços para o crescimento técnico daqueles que chegam ao topo. Curiosamente, hoje, no judô tudo converge para os que têm o poder nas mãos. Parece que a ganância dos dirigentes da FIJ e da CBJ perdeu todo e qualquer limite, e o pior é que ninguém fala ou contesta absolutamente nada. Não sabemos se o fazem por limitação, deslumbre ou medo, pois já pudemos perceber o clima de terror imposto pelo presidente da CBJ a todos os judocas que o cercam. Tudo é feito de forma velada e com uso da coerção. Tudo é moeda de troca para Paulo Wanderley. Professores são intimidados por meio da graduação e escalas na arbitragem, enquanto atletas e técnicos sofrem pressão na participação nas infinitas seleções criadas pela CBJ. Tudo passa pelo crivo pessoal do dirigente máximo da entidade. A mais nova tacada da CBJ foi a criação das carteirinhas dos faixas pretas, que antes era uma atribuição exclusiva das federações estaduais. Em breve as carteirinhas estaduais serão banalizadas, perderão seu atrativo e, certamente, esta receita engordará ainda mais os cofres da CBJ. Provavelmente os preços das carteirinhas serão majorados, pois a CBJ terá de repassar parte dos lucros auferidos com esta nova operação às entidades estaduais e, mais provavelmente ainda, estes recursos servirão para intimidar os opositores do “comandante em chefe”. Mas não é só a questão financeira que está em jogo, é a autonomia e a isonomia das entidades estaduais que em breve perderão a razão de existir, como resultado da ingerência, participação e controle da CBJ nos assuntos estaduais, hoje. Os presidentes das federações que formam a base política da CBJ ainda aplaudiram esta iniciativa, sem atentar para o risco iminente. Tamanha ingenuidade chega a ser surreal. É assustador ver como a inércia de alguns é devorada facilmente pela ambição de outros. Entretanto, o pior é termos de admitir que hou-

ve maior liberdade, coesão e harmonia, no período em que o professor Mamede estava no poder. Naquela época sabíamos quais atletas faziam parte da seleção brasileira. Hoje se realizam tantas competições simultaneamente, que nenhuma delas é focada com a devida atenção. São trocentas competições por temporada, e várias seleções atuando simultaneamente. Agora temos a indústria de eventos nacionais e internacionais, que “curiosamente” ocorrem em grande parte aqui no Brasil. Com centenas de países filiados, a FIJ, estranhamente, quase todo mês promove um evento internacional no Brasil. Tudo financiado com dinheiro público. Uma receita milionária administrada sem a mínima transparência, já que os eventos internacionais e nacionais realizados pela CBJ passam longe da participação, do controle e da contabilidade das federações estaduais, que não veem absolutamente nada do que é arrecadado pela CBJ em seu próprio território. Nada do que é a arrecadado nestes eventos fica para os estados. Nada vai para o investimento na base ou para quem verdadeiramente fomenta o judô real, aquele que se pratica nas escolas, nas cidades e nos estados de todo o país. Para alguns nem o devido respeito é oferecido, pois na apresentação da Copa do Mundo realizada em São Paulo, que se realizou na sede da Prefeitura Municipal, a Federação Paulista nem foi cita-

da. Francisco de Carvalho, o presidente da entidade, assistiu a tudo sentado entre os atletas e a imprensa. A entidade e seu dirigente foram lembrados e homenageados apenas pelo vereador Aurélio Miguel, que teve a educação e o respeito de cumprimentar o dirigente paulista, o que infelizmente não se deu por parte do presidente da CBJ. Vemos estados paupérrimos propiciando a arrecadação de verdadeiras fortunas para os cofres da CBJ, sem a menor contrapartida para o judô local. É a “indústria do evento internacional e nacional”, angariando recursos públicos e da iniciativa privada, em benefício do enriquecimento cada vez maior da CBJ, que por sua vez nada faz pela base. Um exemplo disso é que, após a saída do professor Mamede, mesmo com tudo que se arrecada e se gasta com as infindáveis viagens que centenas de judocas fazem anualmente para o exterior, nunca mais o Brasil disputou uma final olímpica, e isso já leva exatos 10 anos quando,em Sydney, os paulistas Tiago Camilo e Carlos Honorato conquistaram medalhas de prata. Até a realização da próxima olimpíada, 12 longos anos nos estarão separando de uma final olímpica, e, sem dúvida alguma, este é o pior retrospecto da história olímpica do judô brasileiro.

Pensem nisso!

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DF X GO X TO Interestadual de Judô 2010 Federações dos estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal unem-se e promovem o campeonato interestadual de judô Com a finalidade de propiciar a integração e o desenvolvimento técnico dos atletas da região central do Brasil, as federações do Distrito Federal (FEMEJU), do estado de Goiás (FEGOJU) e do estado de Tocantins (FEJET) promoverão um campeonato para as categorias Infanto-juvenil a máster. A coordenação técnica estará a cargo dos professores Robert (DF) e Wesley Oliveira Luiz (GO). A competição, que terá formato de circuito, vai realizar-se nos três estados. Josmar Amaral Gonçalves (GO), Luiz Antônio Soares Romariz (DF) e Georgton Pacheco (TO), os presidentes das federações que disputarão o certame, estão otimistas com a competição, que promete unir o judô da região CentroOeste e fomentar o crescimento técnico de todos os participantes.

Josmar Amaral Gonçalves, Luiz Antônio Soares Romariz e Georgton Pacheco (TO), presidentes das federações de Goiás, DF e Tocantins

Datas 1ª Etapa – 18/09 em Palmas - TO 2ª Etapa – 23/10 em Brasília - DF 3ª Etapa – 20/11 em Anápolis - GO Horários Horário da Pesagem Início das Lutas ABERTURA 9:00 Infanto 08:30 as 09:00 09:30 Pré-Juvenil 09:00 as 09:30 10:30 Júnior e Máster. 9:30 as 10:00 11:30 ALMOÇO 12:30 as 13:30 Juvenil 13:00 as 13:30 14:00 Sênior 13:30 as 14:00 15:00 Categoria

Tempo de Luta Categoria

Tempo

Infanto, Pré-Juvenil e Máster.

03 Minutos

Gold-Score 01 minuto

Juvenil, Júnior e Sênior.

04 Minutos

02 minutos

Critério Para Classificação Geral por Clubes I - Maior número de pontos, sendo: 1º Lugar: 10 Pts

2º Lugar: 07 Pts

3º Lugar: 05 Pts

4º Lugar: 03 Pts

5º Lugar: 02 Pts

6º Lugar: 01 Pts

As inscrições deverão ser encaminhadas à FEMEJU e à FEGOJU até 17 de setembro, véspera da competição, através dos e-mails: josmaramarl@ig.com.br e femeju@judobrasilia.com.br

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