Caderno Aire

Caderno de AIRE Residência AIRE

Pelo “AIRE” se conectam pessoas de todas as origens sociais e culturais. ‘Somos todos um na Mãe Terra’.

CÍRCULO DOS SONHOS - AIRE 23/12/2020

“O que esse projeto precisa ter, para que depois de 13 semanas (aprox. 3 meses) você possa dizer que essa foi a melhor forma que você já investiu seu tempo?”

Sebas: Que seja uma vivência amistosa Sheila: Que possibilite a compreensão para as pessoas que nós somos natureza Tadeu: que o vento traga resposta e sentidos sobre memórias que seja bom para todos Eduardo: que a gente possa ter uma comunicação fluida entre os participantes e comunidades Mariana: que permita muitas conexões Helder: Que o AIRE possa proporcionar encontro de corações através da arte, e unir esses corações com bons sentimentos, boas ideais e esperança Nhenety: Mostrar como é viver consciente no planeta terra.

Anna: Sentir as pessoas motivadas e com energia positiva ao longo do projeto Thea: Indígenas e artistas trabalhem unidos, lado a lado, todos são artistas Sebas: Que as diferentes línguas venham provocar diversão. Que seja tudo divertido!

Sheila: que a comunicação seja suave, que seja como um rio

Tadeu: Busco todos os lados (indígenas e não indígenas…) no sentido de humanidade… sonho que que possamos respirar o mesmo ar e partilha (partilhar, ser solidários) Mariana: que a gente tenha muita criatividade e muito respeito pelo que vai surgir (e respeito uns dos outros).

Helder: que a arte seja a linguagem de união entre as pessoas, esses povos Nhenety: que esse AR que alimenta a fogueira seja a união da diversidade do grupo Thea: Poder acompanhar como pesquisadora, sem ocupar o lugar de ninguém Sebas: Que a fumaça da fogueira leve mensagens para muitas pessoas, nossos círculos mais próximos.

nossas e bem além dos

Sheila: que esse projeto consiga ampliar os laços irmãos latino americanos

com nossos

Tadeu: que o AIRE possa ser um planetário, um mirante, para ver a fogueira como um sinal de humanidade Nhenety: que mostre a harmonia e amplidão da nossa arte para o mundo Mariela: Transmitir uma mensagem universal do cosmo, não somente da mãe terra, para todos. A humanidade precisa recordar as mensagens ancestrais.

Ter música, dança cerimônia e ritual, transmitir isso como uma forma de se comunicar e se conectar com o sagrado Mariela: transmitir mensagem de esperança que abrace a todos ----o texto de abertura esta feito!

---o projeto ja começou!

A FOGUEIRA ORIGINAL No princípio da criação o Avô do Ar formou uma nebulosa na escuridão do espaço cósmico, em evolução a nuvem de poeira se condensou formando uma esfera incandescente , nascendo o Avô do Fogo criando a Avó Terra , com transpiração do Avô Ar foi criada a nossa Avó Água. A união dos Quatro Avô dois masculinos Ar, Fogo e dois femininos Terra , Água deu origem a nossa Mãe Terra. Nessa combinação química , física de formas e cores nasceu a arte da vida. A primeira Fogueira Cósmica foi acesa pelo nosso Avô Fogo criando os elementos do Universo. Os seres fenomenais filhos da Mãe Terra foi criando paisagens, montanhas, praias, florestas, rios, mares, atmosfera, ilhas, vulcões, animais, peixes e aves numa explosão de cores. Na Terra chegando numa evolução fenomenal do ser humano , com sua arte vem aprendendo com a Mãe Terra , pela energia original da criação faz a conexão com todos seus irmãos numa união de amor a vida. A Fogueira é Nossa Reunião no Zoom , onde dialogamos em conexão via internet com os artistas ao redor dessa energia planetária da Mãe Terra. Nessa fogueira podemos criar mostrando nossa arte em áudio visual, difundir nos Sinais de Fumaça imagens, textos, sons com cantos, músicas, poesias, histórias, pinturas e desenhos de forma animada em vídeos para todo o mundo. Essa fogueira só poderá estar acessa com nossa energia criativa, a luminosidade dessa luz vai depender de nossa conexão harmônica por um mundo melhor pela vida na Mãe Terra.

Nhenety KX

AIRE AR AR é um lugar de vida. É a conexão mais profunda que podemos ter com o mundo, e também a mais sutil. Nesse momento de pandemia, pensar em AR é um paradoxo entre a vida e a morte. Se por um lado é o que me conecta com algo divino e com a consciência cósmica, é também o que desconecta quando as pessoas são acometidas mais gravemente pela COVID, e têm dificuldades de respirar. Compreender a respiração é saber que estamos imersos num meio que nos penetra com a mesma intensidade que nós o penetramos. Há uma simbiose nessa relação com o ar. A conexão com a respiração é uma das formas mais eficientes de consciência. De ampliar as percepções do mundo. Simplesmente respirar. Para perceber o ar é preciso compreender que ele gera um movimento, um deslocamento, um gesto sutil por onde ele passa, o vento, pois só podemos ver os vestígios por onde ele está passando, ou por onde passou. Um corpo que respira é um corpo livre, solto, fluido por onde a energia vital nunca deixa de fluir.

Valéria Scornaienchi

A de Arte e de Ancestralidade e Amor I de indígenas, de Imaginação e Idealismo R de Residência, de Regeneração e de Remix E de Eletrônico, de Empatia e Entusiasmo.

“ ar é elevação, circulação, renovação, direção...comunicação que vibra em nosso corpo quando faz ecoar sons em nossa garganta. É a afinação sagrada dos tons que saem do nosso corpo/flauta, na sabedoria ancestral do povo Guarani. O ar sempre é leve e os bons ventos estão dando passagem ao compartilhamento de muita riqueza nesse encontro”.

Sheilla Souza

“O ar que é tão essencial para a nossa sobrevivência, está mais valorizado diante deste contexto pandêmico. “AIRE tornou-se uma palavra tão importante como respirar para todos os seres. Agora, sentimos e valorizamos quando tiramos as nossas máscaras, ou quando regressamos da cidade. Enchemos os nossos pulmões com ele, celebramos que respiramos.

Aqueles que estão rodeados pela natureza tem o privilégio de poder simplesmente respirar ar puro, sem medo”.

Aruma

“El aire son nuestros ancestros”.

Mariela

“AIRE se conecta a inspiração, inspirar el AIRE e agir de forma coletiva. Promover encontros e nos inspirar na fonte dos povos originários para cocriar ARTE”.

Anna

O lugar da comunicação entre os seres me parece ser um lugar borrado, talvez pela forma as quais nos comunicamos com as pessoas. Seja pela linguagem, pela entonação, pelos muitos significados de uma mesma palavra, pela forma como recebemos as palavras, ou mesmo pelas leituras que fazemos daquilo que recebemos. Para além dessas questões está a relação da mulher nesse universo masculino e pensado a partir de um ponto de vista colonizado. A voz da mulher existe, tem força, mas para que seja realmente ouvida, precisa de uma disposição.

Disposição interna e externa. Se abrir para essa comunicação verdadeira.

Processos Valéria Scornaienchi para o projeto Atucse.

“O descanso é uma condição básica para o reflorestamento. Essa é uma fala da indígena Geni Nunez, a qual eu trago para dialogar nesse trabalho. O descanso do corpo, da alma, do espirito. O descanso dos papéis que desempenhamos na sociedade e nas relações que nos rodeiam. Pensar o descanso representado pelas mãos. A parte do nosso corpo designada às delicadezas, ao pegar, ao acariciar, ao fazer, ao oferecer, e ao receber. Pausa.

Para recomeçar e refazer e reconstruir, e regar para florescer.

Ritual de limpeza e proteção, união com o sagrado.

Mergulhar as mãos em uma bacia com sais e ervas, e me conectar com o sensível que há em mim, mergulhada em um som profundo de ninar. Perceber a textura, respirar o odor, sentir o peso, a leveza, a sensação, a confiança, e a alegria em um gesto simples de apenas se conectar. “ Valéria Scornaienchi Do coletivo A edição do vídeo que teve a participação das artistas Anna Carolina de Barros Campagnac, Carina Desana, Sheilla Souza e Shiraigo Lanche e Valéria Scornaienchi, e as falas de Shiraigo Lanche, Mariela Túlian, Valéria Sconaienchi e Carina Desana foram colocadas invertidas na intenção de borrar a comunicação, como forma de manifesto das mulheres na sua relação com a sociedade. Há apenas uma voz que não está invertida e que não se reconhece como não invertida.

sal grosso

rosas

alecrim arruda

sálvia artemísia

Se a noite chega O silêncio interrompe A fala cansada Palavras mansas Desgastadas Deslizando pelas beiras Impressas na fronteira De ser um ou ser outro Por simplesmente, não ser Valéria Scornaienchi

atucse “E se estivessem nos ouvindo há 20 anos? O que teríamos evitado? ”.

Carina Desana

“A ideia é refletir sobre a incompreensão de nossas falas, pensamentos, desejos e necessidades. Que são resultado de posturas machistas e violentas, que ainda matam, machucam e desrespeitam mulheres em diferentes culturas de todo planeta”.

Sheilla Souza

Brasil invertido, Joaquín Torres Garcia, 1943

Mapa de Portugal onde está uma das artistas do projeto.

Aqui imagens da edição dos vídeos de Shiraigo, Valéria (acima) e Anna e Sheilla (abaixo).

Na conversa de hoje pensamos primeiramente no nome do vídeo: Elas estão ouvindo (primeira sugestão) Eles não estão ouvindo (segunda sugestão) E por fim entendemos que talvez um nome que não tivesse um significado tão claro pudesse ser interessante. Invertemos a ordem das palavras e surgiu a palavra ATUCSE (que seria escuta ao contrário, e aos mesmo tempo tem uma sonoridade de uma palavra que poderia ser indígena, ou de outros povos.).

Imagens do processo do vídeo de Sheilla Souza.

O gesto do espiral é a conexão entre o ser e o cosmo, é a conexão mais profunda do ser na energia circular do universo.

Cadernos Valéria Scornaienchi

futurismo indígena

“Conseguimos juntar a cosmologia de cada povo, mas também trazer uma proximidade do significado que é comum, abordamos os quatro elementos (terra, ar, fogo e ar) e estamos utilizando a questão do ar que nos envolve o que articula com o AIRE”.

Tadeu Kaigang

“Confirma nossos pensamentos com vozes diferentes no espaço e no tempo, com parentes que idealizam e usam a arte como ferramenta para enfrentar as barreiras que a sociedade nos impõe! Estar AIRE é se sentir revigorada, aonde consigo preencher meu paneiro (cesto tradicional que carrega o sustento) de objetivos concretos e espirituais! Está ligada pela conexão virtual, mas ser e sentir ao lado dos parentes que fazem parte dessa história. Significa estar presente além das telas, sentindo as mesmas dores ou emoções!”.

Carina Desana

“Utilizamos o conceito do Futurismo Indígena, um movimento que consiste em arte, literatura, quadrinhos, música e outras formas de expressão e perspectivas indígenas do futuro, passado e presente. O que se destaca nesse movimento é ter como base a idealização de um futuro no qual nós, povos originários, estamos vivos e somos protagonistas de nossas histórias”.

Kadu Xucuru

resistir aire

O mundo não é uma gaiola, mas é da mente humana que ela é construída.

Tadeu dos Santos Kaingang

Tadeu dos Santos, Andrés =, OzZo e

Angel compartira la Cruz del Sur desde la vision Palta y ANDREs compartira un poco sobre WENUFUYE

Aire liberdade que canto

O mundo não é uma gaiola, mas é da mente humana que ela é construída.

A poética envolve a ideia de clausura, como se nós fossemos pássaros de nossa própria gaiola.

Vendo o mundo sendo corroído, a cada árvore que deita na floresta. O que fica em seu lugar é apenas o silêncio.

Respirar o ar como forma de resistência, deste ar, sonoro. Soa como proposta das experiências interativas e reflexivas sobre o que nos envolve.

O ar que leva mensagem, que em sua leveza possa fluir e avisar a todos. Ele se refresca nas águas do vasto mar. Adentra nos campos e matas acariciando as criaturas. É o sopro divino que entoa o som dos pássaros em liberdade.

Prender o ar é silenciar os pássaros, tornado prisioneiro de nosso devaneio. Ainda exigindo que cante em sua clausura sua tristeza. É reflexo de quanto nos aprisionamos nos emaranhados, como labirinto que nos alimenta, em fio de tempo a nossa prisão.

A vida é expressa em revoada, liberta os pássaros que temos dentro de nós. Voe para um encontro consigo mesmo e encontre seu bando.

Escute o som deles para que possamos encontrar o caminho de casa, respeitar nossa morada, que é cada canto desse chão. Sintonizar com a vida, para que com o canto dos pássaros possamos encontrar nossas origens, que vem das matas.

A cada sobrevoo filtramos nossas ilusões e limitamos a imagem em uma paisagem, que aos olhos dos pássaros seriam como resposta ao que nos afeta.

Somos a chave de acesso livre, sem restrições do tempo, do espaço, da matéria e das crenças.

No nosso modo de interferir, reagindo aos modos de pensar, somos tomados pela força de seguir em frente.

Se o mundo não é gaiola, por que cria armadilhas de incerteza de não saber para onde ir? O ar que passa a influenciar na paisagem não é verde, passa a ser tóxico, como o silêncio que destoa a cada palmo dessa terra que é devorada.

Aos olhos de Topé, nas lágrimas da mãe que vê o mundo sem janelas. Um lugar em que as memórias atravessam pelas frestas. Que ainda possamos escutar o canto do colibri que está longe.

Para cada pássaro na gaiola, pássaro na palavra chave. Oscila no sentido do objeto, na ideia, nos pensamentos e no caminho para qualquer parte.

Entre a natureza e a rua, duas percepções em uma relação que envolve um portal complexo de sistemas para um estado de alerta.

A natureza resiste, emite sinais, fazemos parte do grande cosmos, um molho de chaves, cada ser vivente e muitos encantados que possuem acesso a essa paisagem de AIRE, em uma bela revoada.

Coletivo Kókir

março de 2021

Foto Shiraigo

Suenos profundos

“É sem dúvida uma experiência nova, todos têm diferentes desafios a ultrapassar, no meu caso já tinha deixado a criação usando apenas o computador, sendo uma tecelã que uso sempre as minhas mãos e a materialidade das fibras para criar. Por isso, voltar a criar imagens desta vez com um tablet ou celular é um desafio. Tal como é um desafio utilizar plataformas digitais que eu não conhecia e não tinha tempo para explorar”.

Aruma

Nesse projeto a ideia é juntar fotos de todas as participantes do grupo e criar uma animação, como se fosse um sonho.

A ideia é enviar uma foto e essa foto será transformada em uma imagem de sonho, utilizando um aplicativo chamado deep dream, pela Aru e animado pela Naine.

Imagens Aru e Naine

Essas foram as imagens apresentadas pela Aru e Naine, a partir da qual passamos a pensar as imagens. Na apresentação feita pela Aru, as imagens se movem ao redor do corpo como em um sonho, em uma outra dimensão. A proposta é de trabalhar através de aplicativos de inteligência artificial, em busca de um lugar onírico.

Inicialmente, entendi que iriamos enviar a imagem com algum fundo, então pensei em criar um tipo cocar com os elementos naturais que eu tenho aqui no ateliê e me fotografar com esses elementos ao meu redor, mas como isso seria feito no chão, eu achei que a distância entre os elementos e a minha cabeça poderia ficar estranha. Então resolvi buscar no meu arquivo imagens que poderiam ser colocadas ao redor do rosto e criar uma imagem mais harmônica. Fiz 2 testes um com uma imagem de paisagem fotografada da tela do computador e outra com a imagem de um trabalho que eu fiz em homenagem à Frida Kahlo, onde eu retirei o rosto dela, e coloquei o meu no aplicativo picsart (imagem direita, e a da esquerda foi uma imagem já pronta para a animação, que não foi utilizada no vídeo) (processos Valéria)

A partir dessa imagem enviada pela Aru, no WhatsApp, ela sugere que a gente envie algumas fotos de plantas e texturas que possa se fundir com as fotografias. Assim, envio as imagens abaixo.

Imagem Aru

Imagens enviadas para a produção do vídeo, Sheilla e Shiraigo (acima), Shiraigo e Carina (abaixo).

27/03/2020 Sueño profundo

Imagens de Sheilla, Shiraigo e Valéria (acima, Ângela e Anna (abaixo)

Hoje pensamos na edição desse segundo vídeo no qual as imagens estarão na vertical, e serão unidas e animadas como se estivesse em um sonho. Em um sono profundo.

Em um tempo onírico. Todas as imagens serão unidas pelo canto da Shiraigo.

Cerimônia do 4 ventos

Cerimônia dos 4 ventos

Cerimônia de permissão Faremos uma cerimônia para nos conectarmos com o nosso guerreiro interior, nossa força interior.

Com os olhos fechados e seguindo as minhas sugestões, pedimos permissão aos quatro ventos e as sete direções.

Levamos a nossa atenção ao leste e pedimos permissão ao vento do leste, ao sol, aos espíritos protetores e ancestrais que habitam esse vento. Lhes pedimos que nos acompanhem. Deste vento recebemos a assistência da águia e do condor para nos conectarmos com os nossos ancestrais e seres de luz de todos os tempos. Que assim seja.

Pedimos a permissão ao vento do norte, aos espíritos que nos protegem e aos ancestrais que habitam esse vento, lhes pedimos que nos acompanhem. Desde vento nos acompanham o espírito do uturunko, o homem pumã que protegem as mulheres, a energia feminina universal e que nos ajuda a pensar o comunitário, renunciando a todo individualismo. Que assim seja.

Pedimos permissão ao vento do oeste, aos espíritos e ancestrais que habitam esse vento pedimos que nos acompanhem. Esse vento é habitado pelas corujas as transmissoras dos saberes herdados de geração em geração e pelo espírito da síquiman, do homem jaguar que nos assiste acenando o verdadeiro caminho do guerreiro. Que assim seja.

Pedimos permissão aos ventos do sul, aos espíritos e ancestrais que habitam esse vento. Lhes pedimos que nos acompanhem. Desde ventos nos ajudam as tartarugas de água do rio Quilpo, que nos ensinam a transmutar todas as dores e curar todas as tristezas, a regeneração absoluta do ser que somos. Desde vento também nos assiste o espírito do capiango, o homem pantera negra, que nos ensina a superar todo o medo e transformá-lo em Amor. Que assim seja.

Levamos nossa atenção ao céu e sentimos como o nosso coração se conecta com o sol, a fonte geradora da vida, ao coração do universo ou a Deus, a tudo aquilo que tivermos fé pedimos a permissão. Pedimos permissão aos seres ascencionados, aos avós e aos espíritos que habitam a hanan pacha, nós pedimos que nos guiem e que nos acompanhem, sentimos pulsar do universo e vamos acompanhando com o nosso coração esse pulsar. Que assim seja.

Agora levamos o nosso sentimento ao coração da mãe terra, te pedimos permissão, mãe terra, pedimos que nos acompanhe. Te agrademos por tanto que nos dá, pelo alimento, pelos remédios, por abrigar a nós e a nossa família.

Sentimos as batidas do coração da nossa mãe terra, são o pulsar de todas as coisas, e agora estamos pulsando com todas elas. Que assim seja.

Agora levamos nossas mãos ao peito. Pedimos permissão ao ser energia que somos. Pedimos permissão e nos conectamos com o todo, somos um com tudo que nos rodeia, SOMOS UM SÓ SER EM TODO O UNIVERSO. Assim seja.

Agora colocamos toda a nossa atenção ao centro da cabeça que se acende em luz, uma luz branca, brilhante, pura, gelada, por onde entra toda a luz nas nossas vidas, de uma conexão ao coração do universo, à Deus, ao sol, ao superior. Esta luz nos preenche, nos rodeia e nos eleva.

E agora levamos toda a nossa atenção ao peito que se acende em uma luz rosa, um rosa brilhante, puro, caloroso.

Iluminamos nossa vida, nossa família, quem nós amamos com essa luz de amor generoso que a tudo cura, irradiamos.

Agora levamos a nossa atenção a garganta e sentimos como se ilumina com uma luz azul clara, um azul potente, morna e alegre, essa luz tem a frequência da verdade, e tem o poder de curar todo os erros e a toda tristeza provocada pela mentira, irradiamos verdade e tudo vai curando nossa vida, nossa família e nosso mundo. Irradiamos Irradiamos todas as cores, com isso despertamos os poderes do guerreiro, iluminamos amor e verdade nas nossas vidas. O guerreiro deve aprender para ser efetivo, para ser assertivo, deve aprender muito, sua aprendizagem é um caminho, um caminho de vida onde a luz, o amor e a verdade são suas armas mais importantes. Irradiamos.

Mariela Tulián

Fotografias Valéria Scornaienchi, desenhos Carina e Sheilla. Imagens do processo do vídeo

Espíritos protetores desenhado pelas crianças

“A residência Aire me traz um lugar de conexão bem interessante. Novos ares, uma outra forma de respirar. Ouvir os sons, observar as imagens, a força dos gestos dos artistas indígenas me faz pensar em como um lugar da criação precisa ser esse lugar de liberdade e conexão. Como somos atravessados de forma diferente quando a voz é genuína e vem da conexão ancestral. Desperta em mim esse ser ancestral”.

Valéria Scornaienchi

Pinturas do povo Comechingon, Argentina.

DESENHOS FEITOS A PARTIR DA CERIMÔNIA DOS 4 VENTOS

Desenhos de Nayra Yasi Ordoñez Lanche, narradora da cerimônia em espanhol.

CHAMAMOS AO AR CHAMAMOS AO AR Chamamos ao Ar que brinca com o céu de Nhanderú de Tupã Cota Yolé Mãe Terra Chamamos ao Ar Sábio puro do Norte do Sul do Leste do Oeste Mãe Terra CHAMAMOS O AR NORTE, SUL, LESTE E OESTE NORTE, SUL, LESTE E OESTE Chamamos ao Ar Que sopra desde os Andes Das pampas Da Amazônia De mar adentro Mãe Terra Chamamos ao Ar que abraça meu coração a meu irmão a minha irmã a humanidade Toda, inteira.

CHAMAMOS O AR NORTE, SUL, LESTE E OESTE NORTE, SUL, LESTE E OESTE Chamamos ao Ar Energia vital Meu espirito Meu caminho Minha vida Minha liberdade.

CHAMAMOS O AR Que respira em mi alma

“Para el presente trabajo artístico se ha considerado componer la canción Al Aire: un canto de libertad, letra del artista argentino Sebastián Gerlic. Para la consecución de los arreglos musicales, trabajarán Angel Ramírez, artista del pueblo Palta de Ecuador y la artista indígena Shiraigo de Argentina.”

Nharanderú – Deus do Sol,

“ ... representa una version qué hicimos de una canción lhamada al aire con mi madre y con mi hija, entonces o que quiero es representar las tres generaciones cantando juntas. ” Shiraigo Lanche

Imagens de Shiraigo Lanche.

LLAMAMOS AL AIRE Shiraigo: Llamamos al aire Que juega con el cielo De Nhanderú (De Nhanderú) De Tupac (De Tupac) Cota yolé Madre tierra Kadu Llamamos al Aire Savia pura del norte del sur del este del oeste saber ancestral.

Todos /LLAMAMOS AL AIRE NORTE, SUR, ESTE Y OESTE NORTE, SUR, ESTE Y OESTE/ Shiraigo: Llamamos al Aire Que sopla de los andes De las pampas Del amazonas Del mar adentro Madre tierra Kadu: Llamamos al aire que abraza mi corazón a mi hermano a mi hermana a la humanidade Toda entera.

Todos /LLAMAMOS AL AIRE NORTE, SUR, ESTE Y OESTE NORTE, SUR, ESTE Y OESTE/ Shiraigo: Llamamos al aire Mi energía vital Mi espíritu Mi camino Mi vida Mi liberdad.

Todos /LLAMAMOS AL AIRE Que respira em mi alma

Letra: Sebastián Gerlic Música: Shiraigo Angel Ramírez Arreglos: Shiraigo Angel Ramírez

EL DESPERTAR Sebastián: A Toyane le encanta hacer videos, le gusta usar efectos, edita un poco por el celular y un poco por el computador.

Shiraigo: Aqui estamos “presos” en un departamento, pero vamos a subir a la terraza y filmar… Pasame algunas orientaciones de cómo puedo filmar con el celular.

Sebas: Dejale a tu corazón filmar… E vamos volar a 8 manos y 4 espiritus.

Shriraigo: La generacion de nuestras niñas y a esta edad atraviesa por un conflicto de identidad, tema propio de la adolescencia, eso sumado a la crisis que significa fluir entre dos mundos, el indigena y el occidental, que confunde aprisiona, y más ahora en el que el aislamiento por la pandemia, con la sensibilidad a flor de piel… piel que comienza a mudar como la iguana para renacer y florecer. Ellas están en los inicios y de a poco encontrarán su camino y crecerán, en ambos mundos como pequeños universos, con sus espíritus libres y sus artes naturales… En los espacios escolares por donde caminan, donde la discriminacion por ignorancia aun se asoma, construyen una niñez que niega su origen indigena. Necesitamos seguir trabajando por una educación intercultural multicultural. Espacios como el del proyecto AIRE son importantes, un lugar de encuentros, de lucha para seguir despertando, un trampolín para trabajar por una niñez y adolescencia con identidad y derechos.

EL COLIBRI

A obra trata do ar sob um aspecto dialético entre algo que nos envolve, mas que também está dentro de nós. O ar também é por onde o pássaro voa e observa o ambiente.

Para o artista Ukumari, “o essencial é invisível aos nossos olhos e penso que é a oportunidade de abrir outros sentidos e que o ar exemplifica esta situação, é algo que todos partilhamos, que nos dá vida e que nos impulsiona, nos rodeia e nos envolve silenciosamente e no entanto, sentimos com cada respiração essa energia invisível”.

Encontros AIRES

O caderno AIRE é um caderno de processos, conversas e afetos. Aqui falamos sobre os atravessamentos que nos aconteceram durante o percurso da residência AIRE. Esse caderno não se propõe a falar dos trabalhos finalizados, que estarão dispostos no site https://aei.art.br/aire/

as partilhas

18:06:51 De Techi Funes para Todos : Silvia, sale un cartel que dice Grabacion 18:06:59 De sadop Córdoba Silvia Loyola para Todos : si 18:07:50 De Gloria Subils para Todos : silencien los microfonos 18:09:33 De Techi Funes para Todos : ahora no dice mas Grabacion 18:12:20 De Sebastián AIRE para Todos : Deve ser porque no entro con la seña RAIZ 18:15:13 De Javier- para Todos : Hola a todxs!! Complicado con la cámara.. pero los escucho bien.. 18:31:30 De Sebastián AIRE para Todos : https://aei.art.br/aire/cocriacoes/ 18:42:00 De Gilbert Chappex para Todos : Me emocionó escuchar voces de niños como pidiendo permiso a la naturaleza... Valorar las figuras y animarlas !!!... 18:42:55 De Gilbert Chappex para Todos : llevarlas a la animación quise decir 18:43:45 De Gilbert Chappex para Todos : esa plegaria me tocó el alma... quisiera poder brindárselos a los peques mañana 18:43:54 De Sebastián AIRE para Todos : https://aei.art.br/aire/portfolio/cerimonia-quatro-ventos/ 18:45:58 De Gloria Subils para Todos : La inocencia y la alegria propia de la niñez....en algunos mas al alcance que en otros. 18:48:09 De Gilbert Chappex para Todos : partícipes 18:48:19 De Gilbert Chappex para Todos : del ritual 18:48:44 De Techi Funes para Todos : el derecho a expresarnos libremente 18:49:35 De Gilbert Chappex para Todos : nos contaminamos 18:50:49 De Grisly Barberis para Todos : en los niños esta la luz y el camino para reconectarnos con la vida y la gratitud desde su mas pura inocencia genuina y conectada con la esencial de nuestra amada Pachamama EL AMOR!!! 19:00:23 De Grisly Barberis para Todos : GRACIAS GRACIAS GRACIAS 19:03:19 De Sandra Perez-SADOP para Todos : Muchas gracias! 19:13:13 De Liliana para Todos : Cuanta belleza compartida!!! 19:13:18 De Liliana para Todos : Gracias 19:23:10 De Javier- para Todos : Muy lindo. Sensibilizar el pensamiento, la mirada, el obrar, desde la pacha humaniza, armoniza la existencia👏👏👏Muchas Gracias👐 19:23:43 De Grisly Barberis para Todos : BUEN VIVIR PARA TODOS... feliz dia!!! gracias gracias gracias 19:24:49 De beto garione para Todos : si hay artistas que quisieran conocer más, incluso sumarse, es posible? es momento de intentar sumarse? será más adelante? al proyecto digo.... 19:25:35 De Liliana para Todos : Tanto AIRE que necesitamos hoy, para que seamos conscientes del respirar 19:25:41 De Liliana para Todos : Gracias 19:26:58 De Sandra Perez-SADOP para Todos : Muy emotivo, gracias por la invitación !!! 19:27:44 De Gloria Subils para Todos : en que año fue? 19:30:53 De Techi Funes para Todos : Qué belleza!!! Felicitaciones... muy emotivo....

19:31:30 De Gilbert Chappex para Todos : ¡Maravilloso! ¡Gracias por tanto! 19:34:47 De Monica Ehlers para Todos : muchas gracias por todo ... !!! 19:35:22 De Martin Merlo. Prensa Sadop para Todos : Gracias a todos y a cuidar la tierra

Viajar en el tiempo no solo es posible, sino que es necesario, el periodismo utópico viene modelando la vida que queremos. Quiero compartir con ustedes la noticia que encontré en un diario del futuro, en la página 7 de un periódico del día miércoles 17 de febrero del 2071 (si! año dos mil y setenta y uno (MMLXXI)).

50 AÑOS DE UN AIRE NUEVO Excavación digital encuentra pruebas de cómo el arte fue propulsor de nuestro mundo nuevo.

Actualmente muchos historiadores buscan analizar cuáles fueron los factores más relevantes que permitieron o promovieron lo que, segundo las diferentes abordajes, se llamó de: “El retorno a casa”, “Giro Epistemológico”, “La tercera grande virada” o simplemente el inicio de una nueva humanidad. Algunos colocan el surgimiento de la internet como fin del holoceno, otros colocan el boom de la inteligencia artificial como el comienzo de la era de aquarius, otros recuerdan a Trump como el último loco que hablo de crecimiento económico y su caída fue entendida como el nacimiento de la civilización para el sustento de la vida. Entre los muchos abordajes, todos bien justificados, uno me llamo la atención:

Al tiempo que la humanidad completaba su primer año de “lockdown” en de correncia del “covid19”, un grupo de 20 artistas y de indígenas, de lo que a la época se llamaba de Brasil, Bolivia, Argentina y Ecuador quiebran el aislamiento social y se encuentran en hogares digitales alrededor de una página de fuego electrónico. La orden mundial dictaba “quédate en casa” pero los hermanos entendiendo por casa el Planeta Tierra, sin salir de él, hicieron varias reuniones creativas. Al iniciarse el año de 2021, los humanos, en su grande mayoría, habían penado un año sin abrazarse, sin encontrar sus familiares, y fue en medio de la crisis del calentamiento global y el esfriamiento humano, que “los hijos de la Tierra” (como se autoidentificaban) decidieron unir sus corazones al ritmo de Gaia y juntos mandar semillas de esperanza y de consciencia para sus hermanos que dormían. De forma colaborativa crearon el proyecto AIRE – Arte con Indígenas en Residencias Electrónicas. A través del arte esta red fue impactando un número creciente de personas que se unieron a sus hogueras digitales, para cantar, danzar y soñar la nueva Tierra, siendo así que el arte fue protagonista de la última gran mudanza de la humanidad. Entre los años de 2021 y 2031 fueron muchos los cambios, el mundo salió de la dictadura del dinero y del individualismo, para ser o lo que disfrutamos hoy en día, una sociedad de la hermandad, la harmonía y la belleza.

Mariela Tulián invita el AIRE a participar del Encuentro.

Sebastián Gerlic, artequimista celestino fruto del remix de “La Celestina” (“Tragicomedia de Calisto e Melibea” de Fernando de Rojas en 1500) y “La Profesia Celestina” (una aventura de James Redfield de 1996)… Aprendiz del todo.

Fichas técnicas dos trabalhos Atucse Co-criação:Anna Campagnac, Carina Desana, Naine Terena, Sheilla Souza, Valéria Scornaienchi, aruma (Sandra De Berduccy), Mariela Tulián, Shiraigo Mocoví e Ângela Berlinde.

Edição: Valéria Scornaienchi

Sueño profundo Fotografias: Anna Carolina Barros Campagnac Ângela Berlinde aruma Carina Dessana Coletivo Kókir- Sheilla Souza e Tadeu dos Santos Kaingang Shiraigo Lanche Valeria Scornaienchi Imagens Deep Dream: aruma Animação: Naine Terena y aruma Áudio: Shiraigo Lanche Edição: aruma

AIRE Liberdade que Canto Co-criação:Coletivo Kókir - Sheila Souza e Tadeu Kaingang, Shiraigo Mocoví Baixo, guitarra e edição: Camposanto.

Futurismo Indígena Colagem: Kadu Xucuru Fotografias: Kadu Xucuru Tadeu dos Santos Kaingang Carina Desana Shiraigo Silvia lanche Mocoví.

EL DESPERTAR Composição e cantos: Nayra Yasi e Shiraigo Lanche (desde Argentina).

Dança livre: Nayra Yasi.

Vídeo Arte: Toyane Pankararu e Sebastián Gerlic (desde Brasil).

LHAMAMOS AL AIRE / CHAMAMOS AO AR Co-criação: Angel Ramírez (do povo Palta – Equador) e Shiraigo (do povo Mocoví – Argentina) e Sebastian Gerlic

RESISTIR AIRE Co-criação: Coletivo Kókir (Tadeu Kaingang e Sheila Souza); Kadu Xucuru (Brasil); OzZo Ukumari, Elias Caurey Guarani (Bolivia); Shiraigo Mocoví (Argentina); Rudy Andrés Wiliche – Mapuche (Chile).

El Colibri Co-criação: Tadeu Kaingang (Brasil), OzZo Ukumari, Elías Caurey Guarani (Bolívia) e Rudy Andrés WilicheMapuche (Chile)

CERIMÔNIA DOS QUATRO VENTOS Co-criação: Carina Dessana Coletivo Kókir: Sheilla Souza e tadeu dos Santos Kaingang Mariela Tulián Shiraigo Silvia Lanche Nayra Yasi Ordoñez Lanche Yasmin Moraes Valéria Scornaienchi Joao Vitor Macedo Jhonathan Macedo Maria Clemente Nhenety Kariri-Xoco Sebastián Gerlic

residência AIRE, 2021 Kadu (Xucuru Brasil) Carina (Desana Brasil) Tadeu dos Santos1 (Kaingang Brasil) Sheilla Souza1 (Brasil) Shiraigo (Mocovi Argentina) Nayra Yasi (Mocovi Argentina)

Elias Caurey (Guarani Bolívia) Ángel Ramírez (Palta Equador) Aruma (Bolívia) Andres Peralta (Mapuche Chile) ozZO Ukumari (Bolívia)

Mariela Tulián( Comechingón Argentina)

Naine (Terena Brasil) Nhenety (Kariri-Xocó Brasil) Helder Câmara Jr. (Brasil) Sebastian Gerlic (Brasil) Anna Carolina Campagnac (Brasil) Eduardo Simas (Brasil) Valéria Scornaienchi (Brasil) Margareth Teixeira (Brasil) Thea Pitman (Reino Unido) Dayanne Pereira (Jornalista BR) Ângela Berlinde (Portugal)

1. Coletivo Kókir

O sol do povo Comechingón.

Sonhamos e atuamos para o bem-viver da Aldeia Global, somos comprometidos com a vida em GAIA.