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7. ENTREVISTA

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TERMO DE ADESÃO

TERMO DE ADESÃO

ENTREVISTA

Homeopatia e Organoterápicos

A organoterapia é uma prática milenar, com origens na pré-história, e que consiste na ação de tratar doenças a partir de extratos de tecidos, órgãos e glândulas hormonais de animais. Revisitando a história, nota-se que tribos primitivas tinham o costume de se alimentar dos órgãos dos mortos com o propósito de absorver parte de suas virtudes. Já durante os séculos seguintes, o uso medicinal de materiais orgânicos voltado a práticas curativas entrou em cena e tornou-se cada vez mais comum. Os organoterápicos não são preparados homeopáticos clássicos ou tradicionais, mas a lei de semelhança é um fator comum entre ambos. Isso porque a organoterapia parte do princípio de que os materiais orgânicos conservam parte de suas propriedades, e sua ingestão pode suprir a insuficiência de órgãos similares. Para falar mais sobre organoterápicos, conversamos com o médico veterinário homeopata e farmacêutico homeopata, Roberto Mangieri Junior (63):

Foto: Caroline Macedo/Arquivo pessoal.

REH: O que são organoterápicos?

Mangieri: São medicamentos preparados segundo as técnicas da Farmacopéia homeopática, produzidos a partir de órgãos sadios. Seu propósito é levar informação correta, de um órgão sadio para um órgão que tem um desvio desta informação.

REH: Como os organoterápicos são usados para complementar o tratamento homeopático?

Mangieri: São usados das mais diferentes formas e nas mais diferentes potências, sempre acima de 12 CH, com o intuito de devolver ao organismo a sua possibilidade de autocura. Vai muito bem quando usado com remédio constitucional e drenadores, remédios que ajudam na eliminação de toxinas do corpo.

REH: Quais são as etapas do processo de produção de organoterápicos, e quais são as funções de cada uma delas?

Mangieri: Acredito que a principal etapa é a coleta adequada do órgão ou da parte que se quer obter o OT (conhecimento de anatomia vegetal ou animal) e do acondicionamento correto. Deve ser mandado o quanto antes ao laboratório para se iniciar o processo de trituração, na maioria das vezes, e então as diluições e sucussões, para se conseguir as diferentes potências.

REH: Há diferenças entre os organoterápicos produzidos para auxiliar no tratamento homeopático e os produzidos para auxiliar nos tratamentos convencionais? Por quê?

Mangieri: Os organoterápicos são obtidos através da mesma técnica de preparação, seja lá qual for o seu uso. Acredito que o tratamento convencional raramente use este recurso.

REH: De quais formas os organoterápicos agem em um organismo adoecido para promover a cura?

Mangieri: Sempre enviando uma informação correta ao órgão ou parte do corpo que está adoecida.

REH: A eficácia dos organoterápicos é maior quando estes estão associados a um tratamento homeopático? Por quê?

Mangieri: Sim, principalmente quando se usa o remédio constitucional do indivíduo, e, quando necessário, os drenadores adequados.

REH: A organoterapia também pode ser considerada como homeopatia? Por quê?

Mangieri: É um assunto controverso. Entende-se como Isoterapia, mas alguns homeopatas fazem bom uso. Independentemente de ser ou não Homeopatia, é um recurso que ajuda bastante, quando bem aplicado.

REH: Os organoterápicos podem ser indicados para tratar qualquer quadro de saúde? Por quê?

Mangieri: Os organoterápicos são indicados quando a condição patológica pede, quando há mal funcionamento de algum órgão, víscera, músculo, etc. Não vejo indicação de organoterápicos para casos como resfriado e vômitos. Logo, é sempre bom consultar um homeopata.

REH: Quais profissionais estão autorizados a receitar organoterápicos de maneira segura?

Mangieri: Todos os profissionais homeopatas estão autorizados, mas nem todos estão seguros para fazê-lo.

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