Revista Design-se

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DESIGN SE!

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Editorial E agora, será que escolhi a profissão certa?

de produtos inteira dele, mesmo você explicando que não sabe fotografia? Seu cliente precisa saber que você trabalha por dinheiro, assim como ele. Que você está comprometido com o sucesso daquele projeto para que ele ganhe dinheiro, e te procure novamente. Então você precisa cobrar o suficiente para que, se um dia tiver seu dia completamente lotado de trabalhos, esteja bem de vida. O quão bem de vida? Aí é contigo. Cada um com seus sonhos...

Porque no frigir dos ovos, médicos, advogados e engenheiros vão ao supermercado, e resolvem comprar um produto em detrimento do outro porque a embalagem ou a marca lhe passou mais confiança. Compram carros porque são mais bonitos. Vestem roupas que combinam com estilos de vida que um designer ajudou a criar. Portanto, enquanto os aliens não chegam, você é sim, parte importante da sociedade em que vivemos, e merece ser pago pelo que faz.

De um modo ou de outro, a mudança desse panorama passa por discussões sérias, onde cada lado vai ter que apresentar argumentos sólidos para convencer o outro. Porque, indo cada um para um lado, como está, não iremos a parte alguma.

Projete a imagem de si que você quer que os outros vejam Saiba que seu cliente tem uma visão de você. E que você o ajudou a construir essa visão.

O que ninguém falou

Não é bem assim...

Em novembro de 2014 a Comissão de Assuntos Sociais aprovou o projeto que regulamenta a profissão de designer. Pela proposta, fica vedada a entrada no mercado de trabalho de pessoas sem a adequada qualificação para realizar atividades envolvendo desenhos industriais, pesquisa, magistério, consultoria e assessoria, conexas aos desenhos. Além disso, o fruto do trabalho do designer passa a ser protegido pela Lei dos Direitos Autorais. A decisão somente seguiu o caminho natural de qualquer profissão. O difícil é achar que isso ajuda a mudar qualquer coisa desse panorama. Ok, temos uma lei que diz que precisará de diploma para exercer a profissão, mas e daí? Se o mercado não valoriza uma profissão por si só, uma lei vai fazer isso? Alguém acha que a Regulamentação vai obrigar um patrão pagar R$ 10.000 para um diretor de arte? Que vai impedir que fiquemos trabalhando até as 3 da matina para entregar layout a troco de pizza (mesmo que na lei seja proibido, mesmo sem regulamentação nenhuma)? Que um cliente pague a um designer o suficiente para que ele possa viver dignamente e dedique a quantidade de horas necessária para que ele lhe entregue um trabalho realmente de primeira? Aceite: o mundo sempre vai precisar mais de médicos, engenheiros e advogados. Se fossemos atacados por alienígenas hoje, iríamos precisar especialmente dos dois primeiros. É do jogo. Mas isso não quer dizer que precisemos ganhar menos do que a secretária de um médico.

Em meados de 2013 a Forbes divulgou um estudo com a lista de profissões menos rentáveis nos EUA. E imagina quem estava lá? Nosso querido Design Gráfico, com um dos 8 piores níveis salariais do país. Ou seja, se nos Estados Unidos o quadro é preocupante, imagina em terras tupiniquins... Então, o que fazemos?

Vejamos. A pesquisa diz que estamos na base da cadeia alimentar. Somos devorados por todos. No cenário atual ainda somos uns dos primeiros a ser descartados quando a situação aperta nas empresas. Isso transformou o setor numa certa meca, um local de sonhos, onde as empresas mais parecem clubes, cheias de gente interessante, inteligente, com valores pessoais tão grandes… E dura, sem grana. É preciso que se saiba, que estamos entre as áreas mais demandadas da economia atual. O design exerce um papel cada vez maior da escolha de compra do consumidor. Em alguns casos, é o fator central. Muito dinheiro é feito sob o nosso valioso trabalho. Trabalhe por dinheiro! Existem diretores de arte num estúdio de médio porte recebendo por volta de R$ 3.000,00 , bruto. E para merecer esse salário, ele vai ter que dominar o pacote master Adobe, saber HTML, CSS, PHP, ter noção de algum software de programação, animação 3D e edição de vídeo. É preciso aprender a dizer não. E isso é mais difícil do que se espera. Afinal, como deixar passar aquele job de logo para um Pet Shop que surgiu de repente, mas que a dona não tem grana no momento para te pagar? Como recusar aquele pedido de redisign da marca de uma pizzaria em troca de um mês de pizza grátis? Ou como deixar de pegar o catálogo só porque o dono da empresa quer que você também tire fotos da linha

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Regulamentação

Junto da lista da Forbes, há uma outra matéria. Que diz que as profissões ligadas a arte e ciências estão entre as menos bem pagas nos EUA. Na matéria, a frase que chamou a atenção foi: “Quando conseguem um emprego, o salário médio é de apenas US$ 28 mil por ano, em comparação com ganhos iniciais de um engenheiro mecânico, de US$ 58 mil anuais”. Fazendo as contas, US$ 28 mil por ano dá, em valores de hoje, algo em torno de R$ 6000 mensais. O que mostra que aqui, na brasilândia vamos ter que melhorar um tanto para ficar “ruim” assim. Ou seja, se você não quer fazer um curso técnico e mudar de profissão, é melhor começar a fazer algo para mudar.

Quem fez

Filipe Almeida Diagramação e conteúdo

Maria Aparecida Oliveira Ilustração e conteúdo


Conteúdo

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Porque estudar linguagem visual? Níveis de significação da linguagem visual

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Características do plano básico

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Elementos básicos da linguagem visual

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Técnicas visuais

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Gestalt

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Por que estudar linguagem visual? Para os que somente veem, a atividade requer pouca energia; os mecanismos fisiológicos são automáticos no sistema nervoso do homem, tudo parece muito natural e simples, sugerindo que não há necessidade de desenvolver nossa capacidade de ver e de visualizar, e que basta aceitá-la como uma função natural. A visão define o ato de ver em todas as suas ramificações. Enxergamos com detalhes, aprendemos e identificamos todo material visual de nossas vidas para manter relação mais competente com o mundo. Aprendemos instivamente a compreender e a atuar psicofisiologicamente no meio ambiente e, intelectualmente, a conviver e a operar com esses objetos mecânicos tão necessários para nossa sobrevivência. Tudo isso é parte do processo de aprendizagem visual. Para falar ou entender uma língua, não é preciso ser alfabetizado, assim como não é necessário ser visualmente alfabetizado para fazer ou compreender mensagens. Essas faculdades são intrínsecas ao homem, e, até certo ponto, acabam por manifestar-se com ou sem o auxílio da aprendizagem de modelos. No ato de desenhar, pintar ou esculpir, estão implícitos processos de organização de espaço, definição de formas e composição de planos. Para atingir um entendimento mais profundo de tais conhecimentos, faz-se necessário um estudo dos elementos básicos da linguagem visual, das estratégias e opções das técnicas visuais. A complexidade das composições visuais se reflete na natureza, percepção e comportamentos de cada indivíduo. Acredita-se que tais mecanismos podem contribuir na com-

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preensão de métodos capazes de instruir as pessoas, ou contribuir de alguma forma em seu aprendizado nos âmbitos de linguagem (língua falada e escrita). Desta forma, é importante que o futuro designer “saiba ver”, busque entender os símbolos e os significados, compreenda o contexto e faça uso das técnicas de composição para construir e comunicar de forma clara e objetiva. O alfabetismo visual tem sido e sempre será uma extensão da capacidade exclusiva que o homem tem de criar mensagens.


Níveis de significação da linguagem visual A mensagem visual pode ser expressa e percebida em três níveis de significação: Representacional Trata-se de um modelo de construção mental, aquilo que é visto e identificado com base no meio ambiente e na experiência, não existe um modelo previamente construído. A apresentação é colocada em cima de uma estrutura abstrata.

Simbólico “O vasto universo de sistemas simbólicos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribuiu significados” (DONDIS, 1997). A representação simbólica é feita a partir da simplificação e redução de detalhes visuais. Para que seja eficaz, um símbolo não deve ser apenas visto e reconhecido, mas lembrado e até mesmo reproduzido. Porém, quanto mais abstrato o símbolo, mais intensa deverá ser sua penetração na mente do público para educá-lo quanto ao seu significado. O símbolo deve ser simples e referir-se a um grupo, ideia ou atividade.

Abstrato É a qualidade sinestésica de um fato visual reduzido a seus componentes visuais básicos e elementares, enfatizando os meios mais diretos, emocionais e mesmo primitivos da criação de mensagens. “Todos esses níveis de resgate de informações são interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções suficientes entre eles, de tal modo que possam ser analisados tanto em termos de seu valor como tática potencial para a criação de mensagens quanto em termos de sua qualidade no processo da visão” (DONDIS, 1997).

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USO DO CENTRO PERCEPTIVO Centro perceptivo Centro geométrico

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Velocidade - A favor do sentido da leitura

Potência - Contra o sentido da leitura

DIRECIONAMENTO DE LEITURA

O plano básico é o espaço compositivo. Tem por finalidade estabelecer com o leitor visual a transmissão de sensações. Suas características são: O formato, orientação, centro perceptivo, centro geométrico, e peso visual. A distribuição dos elementos no plano básico podem, por exemplo, expressar a sensação de peso quando posicionado acima ou abaixo do centro perceptivo; pontos de atenção, quando posicionados no meio ou na área indicada pela composição ou até mesmo força, quando se opõe aos padrões de entrada da imagem.

ÁREA DE ENTRADA E SAÍDA

Características do plano básico


Elementos que, quando articulados, tornam viável a comunicação visual são eles: ponto, linha, forma, textura, tom, cor, escala, dimensão, direção e movimento. “A estrutura da obra visual é a força que determina quais elementos visuais estão presentes, e com qual ênfase essa presença ocorre.“ (DONDIS, 1997).

Elementos básicos da linguagem visual Ponto: O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e mínima. Qualquer ponto tem grande poder de atração visual sobre os olhos. Quando próximos, ligam-se e tornam-se capazes de dirigir o olhar e juntos criam linhas, forma, tom, cor, textura, dimensão, escala e movimento. Linha: A proximidade dos pontos torna pos-

sível a identificação individual, aumentando a sensação de direção e transforma-se no elemento visual linha. A linha é um elemento visual inquieto, possui grande energia. Pode adotar diversas trajetórias e expressões.

Forma: Existem três formas básicas, o quadra-

do, o círculo e o triângulo equilátero, são planas, bidimensionais e simples. A forma é a articulação de uma linha. Exemplos de associações das formas: • Círculo: proteção, infinitude; • Quadrado: retidão, honestidade, precisão; • Triângulo equilátero: ação, conflito, tensão;

Direção: Todas as formas básicas expressam

três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical (equilíbrio); o triângulo, a diagonal (é dinâmica); o círculo, a curva (abrangência, à repetição). Todas as

forças direcionais são de grande importância para a intenção compositiva voltada para um efeito e um significado definidos.

Tonalidade: A partir do uso da linha é pos-

sível representar um esboço rápido. Já um projeto elaborado, ou até mesmo uma representação da realidade, deve recorrer ao uso da justaposição de tons, ou seja, de intensidade da obscuridade ou claridade de qualquer coisa vista. O meio em que vivemos é tridimensional, e o tom é um dos melhores instrumentos de que dispõe o visualizador para indicar e expressar essa dimensão.

Escala: Promove a noção de tamanho compar-

ativo. Todos os elementos visuais são capazes de se modificar e de se definir uns aos outros. Em termos de escala, os resultados visuais são fluídos e não absolutos.

Dimensão: A dimensão existe no mundo real. “A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a convenção técnica da perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal”, através do claro-escuro, a variação de luz e sombra. Textura: A textura é o elemento visual que

com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido: o tato. Na verdade, porém, podemos apreciar e reconhecer a textura tanto através do tato quanto da visão, ou ainda mediante uma conjugação de ambos.

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Onde existe uma textura real, é possível percebê-la a partir do tato ou até mesmo da visão, pois não é representado como tom e cor, mas de uma forma específica, que permite à pele e ao olho uma sensação individual.

Movimento: O movimento é com frequência implícita na composição visual, uma vez que se usa uma imagem estática para passar a sensação de movimento. Cor: A percepção da cor é o mais emocional dos elementos específicos do processo visual, ela tem grande força e pode ser usada com muito proveito para expressar e intensificar a informação visual.

A saturação (Saturation) é a intensidade ou a pureza da cor, que perde saturação ao aproximar-se do cinza. O brilho (Brightness) é definido pela quantidade de claro/escuro presentes na cor. As tonalidades variam do preto ao mais claro possível. Cores complementares são as cores diametralmente opostas no círculo cromático.

Sistema HSB

Associação da cor • Material Quando se refere à cor de superfície de objeto ou algo muito importante na mensagem a ser transmitida. Exemplo: Natureza com verdes e marrons ou à água azul. • Sensorial Refere-se ao uso dos sentidos para a descrição da cor. Exemplo: Cores frias, quentes, ácidas, leves, etc. • Cultural Usa o que já é sabido em termos de comunicação através da cor pelo público alvo da mensagem. Exemplo: Luto (branco/preto), cores de meninas (rosa) e meninos (azul). Cores como luz – Sistema aditivo Vermelho, Verde e azul (RGB). A mistura destas cores cria o branco. As secundárias do sistema aditivo são as cores: ciano, magenta e amarelo (CMY). Cores como pigmento – Sistema subtrativo Ciano, magenta e amarelo (CMY). A mistura destas cores cria o preto. As secundárias do sistema subtrativo são as cores: vermelho, verde e azul. Sistema HSB : A matiz (Hue) é determinada pela posição de uma cor no espectro de luz. Ou seja, é a cor, propriamente dita.

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Círculo Cromático


Técnicas visuais

O conteúdo e a forma são os componentes básicos, irredutíveis de todos os meios. O conteúdo é fundamentalmente o que está sendo direta e indiretamente expresso; é o caráter da informação, a mensagem. Na comunicação visual, porém, o conteúdo nunca está dissociado da forma. Uma mensagem é composta tendo em vista um objetivo: contar, expressar, explicar, dirigir, inspirar, afetar. Para se atingir esse objetivo, fazemos escolhas de formatos das mensagens através das quais se pretende reforçar e intensificar as intenções expressivas, para que se possa deter o controle máximo das respostas. A composição é o meio interpretativo de controlar a reinterpretação de uma mensagem visual por parte de quem a recebe. O significado se encontra tanto no olho do observador quanto no talento do criador.“ (DONDIS, 1997).

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Contraste: A importância ou ausência de contraste começa no nível básico da visão, através da presença ou ausência de luz. É a força que torna visível as estratégias da composição visual para aguçar o significado, dramatiza o significado e pode torná-lo mais importante e mais dinâmico. É a técnica mais importante para o controle visual da mensagem bi ou tridimensional.

Oposição Compreendemos melhor certas informações. Atráves da oposição podemos classificar e compreender o sabor doce e salgado, liso com o áspero, e o frio com o quente.

A direção da escala, por exemplo, pode colocar o olho ao manipular a força a proporção do objeto e contradizer tudo aquilo que esperamos ver. Contraste tonal A divisão de um campo em partes iguais pode também demonstrar o contrateste tonal, uma vez que o campo é dominado pelo peso dos tons.

CONTRASTE DE ESCALA

Contraste de direção

Contraste de escala

Contraste de cor Através dele temos o entendimento da diferença do sabor e de quantidade. As matizes se contrapõem na mesma associação sensorial; quente e frio, que são as matizes complementares, segundo no espectro cromático, em posição de posicionamento

A cor é a parte mais emotiva do processo visual. Usamos o Contraste de linha nas escolhas das famílias e estilos em um arranjo tipográfico. E também quando fazemos uma ilustração.

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CONTRASTE DE COR

A escala pode ser estabelecida não só através do tamanho relativo das pistas visuais, mas também através das relações com o campo ou com o ambiente.


CONTRASTE DE LINHA

O contraste tem grande importância quando é necessario destacar o que é importante ou principal na mensagem visual, mas cabe ao projetista distribuir as informações e deixar claro o que é de destaque, dentro do contexto de muitas informações parecidas a serem transmitidas.

Contraste de dimensão Pode passar uma mensagem visual leve ou pesada. Os efeitos produzidos podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-escuro.

CONTRASTE DE FORMAS

Contraste de formas A função principal da técnica é aguçar, através do efeito dramático, mas ela pode, ao mesmo tempo e com muito êxito, dar maior requinte à atmosfera e às sensações que envolvem uma manifestação visual.

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INSTABILIDADE

Depois do contraste, o equilíbrio é o elemento mais importante das técnicas visuais. O equilíbrio é uma estratégia de design em que existe compensação mútua dos pesos ou das forças visuais que atuam na configuração de um objeto. No equilíbrio, os pesos visuais se distribuem “igualmente”. Em lados, localizações ou direções opostas. O Equilíbrio pode ser obtido numa manifestação visual de duas maneiras: simétrica e assimetricamente.

SIMETRIA

Equilíbrio x Instabilidade

Assimetria é ausência de simetria axial. Lados desiguais. Complicado conseguir equilíbrio visual. Requer o ajuste de muitas forças visuais. Cria e valoriza efeitos plásticos. Composições interessantes. A Instabilidade é a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquietante e provocadora. As forças que atuam sobre o objeto não conseguem se equilibrarem mutuamente. O objeto visualmente desequilibrado parece acidental, passa a sensação de ser algo transitório e instável.

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ASSIMETRIA

A Simetria é um equilíbrio axial. Eixos: horizontal, vertical e diagonal. Dá origem a duas ou mais formulações visuais, opostas e iguais.


REGULARIDADE

Regularidade x Irregularidade A Regularidade no design constitui na distribuição uniformidade de elementos, apresentando uma maneira constante e invariavel Seu oposto é a Irregularidade, que, enquanto estratégia de design, inclui elementos inesperados, variando e quebrando a repetição de padrões ao longo da imagem.

IRREGULARIDADE

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ATIVIDADE

Atividade x Estase Atividade é a técnica que reflete o movimento através da representação ou da sugestão. Uso de inclinações, atividades, dinamismo e movimento . A Estase parece imóvel, a força imóvel da representação estática, passiva, estável e calma.

ESTASE

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ATIVIDADE


Simplicidade x Complexidade A Simplicidade se caracteriza por envolver a uniformidade da forma elementar, livre de complicações, elaborações ou forma detalhadas; ultilizando formas fáceis de serem assimiladas, lidas e compreendidas rapidamente. A Complexidade implica quase sempre, uma complicação visual graças à presença de numerosas grupos na mesma mensagem, junção, tanto nas partes como do todo em si. Geralmente, o objeto apresenta baixa pregnância da forma.

Unidade x Fragmentação Em unidade os elementos compostos formam uma tonalidade percebida de imediato pelo observador.

sendo possível prever de antemão como será toda a mensagem. A Espontaneidade predomina a liberdade sugerindo uma falta aparente de planejamento visual. É uma técnica voluntária. É carregada de uma grande carga emotiva e impulsiva em que os elementos trabalhados ou articulados são inseridos de maneira livre.

Transparência x Opacidade Transparência é a técnica em que ultiliza recursos visuais que permitem ver através do que está na frente. É utilizada para transmitir leveza e delicadeza ao objeto. Neste caso, a percepção de transparência que passa uma sensação muito próxima de realidade dos objetos visualizados.

A Fragmentação é a decomposição dos elementos da imagem em partes separadas, que se relacionam entre si mas conservam seu caráter individual.

A Opacidade é das mais óbvias e, naturalmente, implica o bloqueio ou ocultação de elementos visuais em partes do todo. Bloqueio total, o ocultamento. dos elementos que são visualmente substituídos.

Economia x Profusão

Exatidão x Distorção

A Economia é a elaboração da imagem com a presença de unidades mínimas de meios de comunicação visual, aproveitando o próprio vazio.

A Exatidão é a técnica natural da câmera, a opção do artista. Técnica de criação de imagens, procurando reproduzir exatamente as características do objeto ou modelo apresentado. Nossa experiência visual e natural das coisas é o modelo do realismo nas artes visuais.

A Profusão é uma técnica visual que está associada, geralmente, ao poder da riqueza, por exemplo, nos estilos formais gótico, barroco, art dèco, etc. Apresenta-se arregada de elementos visuais infinitamente detalhados a um design básico, os quais, em termos ideais, atenuam e embelezam através da ornamentação exagerada.

Exagero x Minimização O Exagero trata-se de uma técnica que amplia e intensifica a mensagem, no todo ou em partes definidas do objeto. Quando bem utilizados, podem conferir um caráter de riqueza visual e de chamamento de atenção à mensagem ou ao objeto. A Minimização é uma técnica econômica de ordenação visual, com elementos em condições mínimas, que ocupam pouco espaço no contexto.

Previsibilidade x espontaneidade A Previsibilidade sugere alguma ordem ou plano convencional ma experiencia ou na razão,

A Distorção é a modificação da visão realista. Rompe com a visualidade esperada. Reforça o realismo, dramatiza e pretende controlar seus efeitos desviadores dos contornos regulares.

Planura x Profundidade A Planura trata-se da eleminação de aspectos da tridimencionalidade, eliminando a aparência de volume e profundidade, uso da ausência de perspectiva. A Profundidade imita os efeitos de luz e sombra intensificando a representação de volume e outros que sugerem tridimensionalidade.

Singularidade x justaposição Singularidade é o enfoque em um tema isolado e indepedente. Justaposição é a técnica que coloca estímulos visuais lado a lado estimulando e favorecendo a comparação.

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Agudez x Difusão Através da precisão e do uso de contornos bem delineados e visiveis, o efeito final da Agudez é claro e fácil de interpretar. Ao uso do foco, da precisão. A Difusão é suave, preocupa-se menos com a precisão e mais com a criação de uma atmosfera de sentimento e calor.

Rotundidade x angularidade Na Rotundidade, predomina o uso de linhas e formas curvas. Na Angularidade existe o predomínio de linhas e formas curvas ou redondas.

Interseccção x paralelismo A Interseccção é composta formas tão próximas que compartilham suas áreas. O Paralelismo trabalha com formas afastadas. Sem compartilhar suas áreas.

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A psicologia da Gestalt é um movimento que atua na área da teoria da forma. O design utiliza as leis da Gestalt o tempo todo, muitas vezes até de forma inconsciente. Ele ajuda as pessoas a assimilarem informações e entenderem as mensagens que são passadas.

Gestalt A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, encontrou determinadas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e ideias. Essas leis seriam conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, o que acontece no cérebro, não é idêntico ao que acontece na retina. Os Gestalt estudam os elementos que exergamos em determinado momento, e de acordo com os gestaltistas são chamados de padrões, ou outros vários nomes, como: princípios básicos, fatores ou leis da organização da forma percepetual. Os elementos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade dentre outras. Esses elementos explicam o motivo de vermos as coisas de uma determinada maneira e não de outra. A ilusão de ótica a “exitação cerebral” se processa em função da figura. Toma o todo com muito mais importância do que as partes isoladas.

Nos parece maior do que o outro, no entanto são do mesmo tamanho, porque eles são vistos relativo ao que está em volta.

Segundo Gestalt, “o sistema nervoso central deve possuir um dinamismo autorregulador que, a procura de estabilidade, organiza as formas em todos coerentes e unificados, buscando uma harmonia.”

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Força externas e forças internas Forças externas são constituídas pela estimulação da retina através da luz proveniente do objeto exterior. Essa força tem origem no objeto em que olhamos ou melhor, nas condições de luz em que se encontrar. Forças internas são forças de organização que estruturam as formas numa forma determinada, a partir dos condições dadas de estimulações. Parecem se processar mediante as “leis gerais” que são respostas constantes obsevadas na maneira de estruturar ou, organizar, o que vemos.

Boa continuação: É a impressão visual de como as partes se sucedem através da organização perceptiva da forma, de modo coerente sem quebrar sua trajetória. Clausura: Ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. Estar relacionado ao fechamento visual, tal como se completasse visualmente um objeto incompleto.

O que vemos: (forma simples)

O que não vemos: (forma complexa)

São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt: Semelhança: Eventos semelhantes se agruparão entre si. Esse agrupamento pode ocorrer tanto nos estimulos visuais quanto nos auditivos, se dá por intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma, etc., e se dá em igualdade de condições.

Experiencia passada: Esta associação é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. A experiência passada favorece a compreensão metonímica. O conhecimento previo nos ajuda, pois ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.

Proximidade: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. O aspecto de semelhança é mais forte do que o da proximidade.

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Pregnância: A mais importante de todas, possívelmente, ou pelo menos a mais sintética. Tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada, entendida, memorizada.


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