PUBLICAÇÃO
Ano 20 Nº114 Jan/Fev 2014
ISSN 2318-8162
R$12,00
CARNAVAL
QUAL E A BEBIDA QUE NAO PODE FALTAR EM SEU ESTOQUE? pesquisa inédita aponta a bebida preferida dos brasileiros para suas comemorações
Cerveja Artesanal
Cervejeiros do Brasil todo se unem para fortalecer setor
Especial Vinhos - 2ª parte
Vinhos brasileiros ampliam participação no mercado interno
Ah, o Carnaval!
Conheça o “Sem Excesso”, projeto da ABRABE sobre o consumo consciente de bebidas alcoólicas
EDITORIAL
Palavra
ADIBE
Alguns comportamentos são altamente prejudiciais para as empresas e os principais deles são: desculpas, fofocas, mau humor e preguiça. Esses artifícios corrompem os relacionamentos, alteram o clima organizacional da empresa, prejudicam o bom andamento das atividades e destroem as ideias e iniciativas que poderiam ser colocadas em prática. O bom de tudo isso é que existe um potente remédio, o de apresentar novos conceitos e ideias. Só muda o comportamento quem muda o pensamento e a forma de pensar. Portanto, temos que criar e colocar em prática algumas ações para atingirmos o ego de cada um para que as pessoas possam mudar o seu modo de pensar e de agir. Vamos rever cada um dos problemas: Desculpas: Cada um tem a sua justificativa: “pode ser para amanhã?”, “hoje não vai dar”, “tenho muita coisa para fazer”, e por aí vai. As pessoas querem realmente se justificar. Fofocas: Elas só trazem prejuízo para quem conta, para quem ouve e para a empresa. Quando a fofoca se espalha, ninguém segura os desentendimentos entre as pessoas, acaba-se criando o mal-estar, a desmotivação e uma grande tensão entre os colaboradores.
Mau humor: Se não contagia, acaba trazendo mal-estar às pessoas. Os mal-humorados resmungam o tempo todo, ficam de cara feia, colocam a culpa nos outros, batem o telefone, são grosseiros com as pessoas e se tornam mal-educados. Assim não dá! E o pior de tudo isso: sabe o que o mal-humorado ganha? Nada! Nem ele, nem os outros colaboradores e nem a empresa. Esse é o tipo de comportamento “perde-perde”. As pessoas mal-humoradas deveriam se olhar no espelho e se auto avaliarem, com o intuito de enterrar o seu mau humor e se transformarem em pessoas mais cordiais no trabalho. Preguiça: Nada mais é do que enrolar a si mesmo. Muitas pessoas pensam que trabalham para os outros: para o chefe, para o patrão, para a empresa. Se não tem ninguém olhando se dão o direito de ficar na preguiça. Chega! Passe a trabalhar para você. Quando você se tocar que trabalha para você mesmo, começa a melhorar sua vida, sua posição na empresa, seu salário, e aí vai ficar mais fácil de vencer a preguiça. Você passará a ter alguém sempre te observando: você mesmo! Não veja tudo isso como uma afronta, e sim como um alerta sobre algo que acontece em nosso cotidiano. Pense, repense e lembre-se de que a cada novo dia temos novas e imensas oportunidades de mudanças e isso é uma grande dádiva divina. Aproveite bem as oportunidades que Deus oferece.
Mário Ferreira
Diretor Executivo
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Sucesso.
É a melhor palavra para descrever a nova Revista da ADIBE . Você não pode ficar de fora. Se você gosta de grandes retornos, anuncie, as pessoas que buscam seus produtos e serviços estão folheando esta revista. Caso você ainda não seja um associado, associe-se e aproveite todas as vantagens que a ADIBE preparou para você e sua empresa.
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DIRETORIA
Associação das Distribuidoras de Bebidas do Brasil
Diretor Executivo Mário Ferreira São Paulo / Zona Norte (Sede ADIBE) Conselho de Gestão Michael Alexander Abdalla Diniz Presidente - AMA Arujá Dist. de Produtos Alimentícios Ltda, Arujá (SP) Marcelo Fruet Vice-Presidente - Dobel Com. de Bebs. Ltda, Itu (SP) Brauner Caetano Pereira Tesoureiro - Com. de Bebs. e Doces Viena Ltda, São Paulo (SP) André Perlatti Secretário de Redação - Distribuidora de Bebidas JC, Jundiaí (SP) Leila Aiach Fonseca Secretário de Protocolo - Dist. de Bebs. Pirituba Ltda, São Paulo(SP) Conselho Consultivo Odair Morelli Mauá (SP) Gilberto Milanésio Osasco (SP) Anderson Minaré Barretos (SP) Jonas Bertucci Bilac (SP) Administrativo / Financeiro Rita de Cássia Feijó São Paulo / Zona Norte (Sede ADIBE) Credibesp José Eduardo O. de Freitas Gerente Financeiro (Sede ADIBE) Suellen Tragueta Xavier Rodrigues Auxiliar Administrativo (Sede ADIBE) Contato ADIBE Rua Alfredo Guedes, n° 72 - 1° Andar Cj. 12/13 - São Paulo - CEP 02034-010 Telefone: 55 (11) 2221-7343 E-mail: adibe@adibe.com.br Site: www.adibe.com.br
Publicada desde 1995 a revista Dose Dupla é o veículo de informação e consulta destinada aos empresários, executivos e profissionais do setor de bebidas. Com foco editorial para empresas distribuidoras e atacadistas de bebidas, varejistas, adegas, prestadoras de serviço, indústria, fornecedoras de insumos, tecnologia e equipamentos a Revista Dose Dupla se apresenta como uma excelente ferramenta para quem quer se comunicar e gerar negócios com essa importante vertente da economia nacional, seja por meio de publicidade, matérias, artigos, releases e informes publicitários. A Revista Dose Dupla conta com apoio permanente da ADIBE – ASSOCIAÇÃO DOS DISTRIBUIDORES DE BEBIDAS DO BRASIL que é uma das principais entidades do setor de bebidas no país, dirigida por um Conselho de Gestão, que congrega os interesses das mais conceituadas indústrias, empresas de distribuição, comércio e fabricantes de insumos em todo território nacional. Edição nº114 / Ano 20 - Janeiro / Fevereiro 2014 Editora e Agência de Comunicação BigHead Brand Creativity Conselho Editorial Mário Ferreira, Rita de Cássia Feijó, José Eduardo O. de Freitas, Henrique Favery e Daniela Oliveira Diretor Editorial Henrique Favery Jornalista Responsável Humberto Kaoru Kinjô MTB0198 Redatora Responsável Daniela Oliveira Edição Daniela Oliveira Assistente de Redação Gilberto Damante Assistente de Arte Fabrizio Ravanelli Revisora Responsável Fernanda Santos Ilustrações BigHead Brand Creativity Publicidade - Inforamo Serviços e Marketing Raul Urrutia - (11) 9 8131-3685 / comercial@adibe.com.br Marketing e Relacionamento Rogério Oliva - (11) 9 7138-1709 / marketing@adibe.com.br Fale com a Dose Dupla (11) 2221-7343 / 2223-7373 / marketing@adibe.com.br Participe das Edições Envie sugestões de pautas ou novidades para redacao@revistadosedupla.com.br Tiragem / Circulação 2.100 Exemplares / Nacional Distribuição ADIBE em parceria com os Correios
Projeto Editorial Comunicação Projeto Gráfico Comercialização
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FILIE-SE À ADIBE E MANTENHA-SE EM SINERGIA COM O MERCADO. A ADIBE - Associação de Distribuidores de Bebidas, convida sua empresa a integrar ao nosso quadro de associados. Com um pequeno investimento mensal sua empresa terá a disposição serviços gratuitos que farão a diferença no seu dia-a-dia. A participação de sua empresa junto aos demais associados fortalecerá o grupo que trabalha em prol do desenvolvimento e defesa dos interesses dos empresários do setor. Fundada em 25 de outubro de 1991 e dirigida por um Conselho de Gestão, sob a liderança do Diretor Executivo, Mário Ferreira, a ADIBE promove o desenvolvimento do setor distribuidor de bebidas por meio de uma gestão atuante, com informações e serviços agregados e com força representativa. Nosso quadro de associados é composto por um seleto grupo de distribuidores, atacadistas, varejistas, adegas, pelas mais conceituadas indústrias, fabricantes de insumos e prestadores de serviços. Outra atribuição da ADIBE é aproximar todos os elos que envolvem o setor, criando um ambiente sinérgico e propício para a troca de ideias, identificação de tendências e desenvolvimento de assuntos de interesse coletivo. JUNTE-SE A NÓS, FAÇA DA ADIBE A SUA VOZ!
BENEFÍCIOS PARA OS ASSOCIADOS ADIBE
Para que você e sua empresa possa ter acesso à todos os serviços e facilidades que a ADIBE proporciona, convidamos você a compor nosso seleto quadro de associados. Conheça algumas das nossas principais atividades:
• ESPAÇO DO ASSOCIADO (UTILIZAÇÃO DA SEDE DA ADIBE); • ASSESSORIA JURÍDICA E CONTÁBIL GRATUITA; • SERVIÇOS JURÍDICOS; • SERVIÇOS CONTÁBEIS; • ACESSO DIRETO À SECRETARIA DA FAZENDA; • TREINAMENTOS ESPECÍFICOS; • TREINAMENTOS IN LOCCO (NA SEDE DAS EMPRESAS ASSOCIADAS); • LINHAS DE CRÉDITO E INVESTIMENTO; • SEGUROS; • AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS PESADOS (CAMINHÕES) COM MELHORES PREÇOS; • DESCONTOS PARA ANUNCIAR NA REVISTA DOSE DUPLA; • ACESSOS À BIBLIOTECA E VIDEOTECA ESPECIALIZADA DO SETOR; • CICLO DE PALESTRAS; • DIVULGAÇÃO DE SUA EMPRESA E MIX DE PRODUTOS POR MEIO DO SITE DA ADIBE; • RECEBIMENTO DE NEWSLETTERS E INFORMATIVOS; • SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E MARKETING; • SERVIÇOS GRÁFICOS.
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TRABALHANDO POR UM SETOR CADA VEZ MELHOR!
ÍNDICE
02 EDITORIAL 09 NEWS 14 ADIBE EM AÇÃO
FOCO: TEXTO DE MOTIVAÇÃO E SUCESSO POR LUIZ MARINS
15 ADIBE EM AÇÃO
PERGUNTE AO CONSULTOR: HOLDING FAMILIAR - UM BOM NEGÓCIO? POR LUIS CARLOS GROSSI
16 MERCADO
CERVEJA ARTESANAL: O SETOR SE UNE
20 a cachaça brasileira
na contramão por ricardo gonçalves
CAPA
22 CARNAVAL
qual é a bebida que não pode faltar em seu estoque? Pesquisa inédita aponta a bebida preferida dos brasileiros para suas comemorações
24 ESPECIAL VINHOS - 2ª PARTE
VINHOS BRASILEIROS AMPLIAM PARTICIPAÇÃO NO MERCADO INTERNO
28 CONSCIÊNCIA SEM MODERAÇÃO
AH, O CARNAVAL! CONHEÇA O PROJETO DA ABRABE sobre consumo consciente de bebidas alcoólicas e as ações preparadas para esta época do ano
30 SAIA DA ROTINA
tubaína bar - nostalgia e tradição paulista
31 CURTA SEU MOMENTO
DRINK TROPICAL - POR CERESER
NÃO FAZ PARTE DO ANÚNCIO
OBSERVAÇÃO Esta é apenas a simulação da página sendo dobrada pelo leitor. O anúncio impresso original mostra sobre esta imagem uma linha pontilhada onde está escrito: “DOBRE AQUI”.
NEWS
REDES SOCIAIS SÃO MEIO DE ATENDIMENTO MAIS EFICIENTE, APONTA ESTUDO As redes sociais são o meio de atendimento ao consumidor mais eficiente. Isso é o que mostra o estudo “Qualidade do Atendimento ao Consumidor no Brasil,” feito pela eCRM 123, empresa que atua no desenvolvimento de soluções para o gerenciamento do relacionamento do consumidor nas redes sociais. “Auto-atendimento”, “telefone” e “chat online” são os demais meios bem avaliados pelo consumidor, respectivamente. O levantamento mostra que 90% dos consumidores brasileiros já vivenciaram experiências de consumo desagradáveis no que tange o atendimento recebido na hora da realizar suas compras ou contratar serviços, incluindo o comércio tradicional e online. Após terem problemas no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), 64% dos entrevistados fizeram suas queixas nas redes sociais, em especial o Facebook e o Twitter. O estudo, que ouviu em profundidade 70 diferentes perfis de consumidores em todo o país, aponta que o pós venda (26%) é a etapa que o consumidor mais necessita atenção; 17% apontam a entrega do produto como a de maior necessidade de acompanhamento das empresas.
UNIDADE DE PIRASSUNUNGA DA CIA. MÜLLER DE BEBIDAS RECEBE CERTIFICAÇÃO OHSAS 18001 Sempre em busca da melhoria de suas práticas de gestão, a Companhia Müller de Bebidas – Unidade Taboão, em Pirassununga (São Paulo), acaba de obter a certificação OHSAS 18001, especificação de auditoria internacionalmente conhecida para sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional, conferida pelo Lloyds Register Quality Assurance. A certificação permite que a empresa tenha controle e conhecimento de todos os riscos relevantes resultantes de suas operações e melhore o seu desempenho. “A conquista deste certificado comprova o atendimento à legislação trabalhista brasileira e define a segurança e saúde dos nossos colaboradores como uma diretriz importante da empresa”, salienta Ricardo Gonçalves, diretor superintendente da Müller. A unidade paulista da Cia. Müller de Bebidas conta ainda com as certificações: ISO 9001 e ISO 14001, referentes às gestões da qualidade e de meio ambiente, respectivamente. Hoje, a Companhia Müller de Bebidas é a maior e mais importante produtora de cachaça do país e do mundo. E sempre teve como política liderar o mercado de bebidas alcoólicas, buscando ser o referencial de excelência no setor. Além da Cachaça 51, a empresa produz ainda a 51 Ice Sabores e 51 Ice Sensações, a Caninha 29, o Terra Brazilis 51, a Mix 51, o Conhaque Domus, a 51 Ouro, a Reserva 51 e a vodka Polak. revistadosedupla.com.br
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NEWS
LINHA DE SUCOS GLUG’S É IDEAL PARA A VOLTA ÀS AULAS DA GAROTADA MAIS UMA NOVIDADE: MAGUARY PRONTO PARA BEBER DE 2 LITROS
Uma das maiores preocupações das mamães está relacionada com a merenda dos pequenos. Para resolver essa questão e garantir uma dieta saudável também na escola, a Superbom apresenta a Linha Glug’s, com deliciosos sabores que prometem encantar a criançada.
Em embalagem cartonada, é nova opção nutritiva e saborosa para a família.
Com néctares deliciosos que contribuem para o crescimento saudável dos pequenos e no tamanho ideal para a lancheira, os sucos não possuem conservantes e nem corantes e estão disponíveis nos sabores maracujá, maçã, pêssego e uva.
A Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos (ebba), detentora da marca Maguary, lançou uma inédita embalagem cartonada de 2 litros de Maguary Néctar pronto para beber, nos sabores uva, tangerina, pêssego e maracujá. “A embalagem de dois litros é uma inovação no portfólio da Maguary, marca pioneira em sucos no Brasil, que possui 60 anos de história, e é reconhecida pela qualidade de seus sucos saborosos e saudáveis, produzidos com as próprias frutas. Além do mix variado, que reflete a riqueza dos sabores brasileiros, a marca atende aos anseios dos consumidores que procuram qualidade de vida e bem-estar”, afirma Lilian Yokota, gerente de desenvolvimento da ebba. A linha Maguary Néctar 2 litros é feita com frutas selecionadas e não contém conservantes. Maguary Néctar pronto para beber é vendido em embalagens cartonadas de 1 litro e de 200 ml, em latas de 335 ml e, agora, em embalagem cartonada de 2 litros. O portfólio inclui os sabores tangerina, maçã, pêssego, caju, laranja, goiaba, maracujá, uva e manga, na versão regular, além dos sabores em edição limitada morango e abacaxi. Na versão light, os sabores são tangerina, maçã, uva, laranja, pêssego, maracujá, caju, goiaba e manga.
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Sobre a Superbom Com mais de oito décadas de história, a Superbom investiu no último ano R$ 6 milhões em um projeto de expansão de suas fábricas e vem ampliando cada vez mais sua linha de produtos, que contempla diversos itens, como os sucos integrais Superbom, Frutt’s, Geleias Superbom, Melville, Cevada e Soygood, entre outros.
CHEGA AO MERCADO UMA NOVA CERVEJA: A PETRA PILSEN
LEI ANTIÁLCOOL PARA MENORES MULTA DOIS ESTABELECIMENTOS POR DIA EM SP Em dois anos, fiscais da Vigilância Sanitária e Procon inspecionaram 487,2 mil estabelecimentos; índice de cumprimento é de 99,7%. Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, em média, dois estabelecimentos comerciais do Estado são multados por infringirem a Lei Antiálcool para menores, que entrou em vigor há dois anos para combater a ingestão precoce de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes. Desde novembro de 2011, os agentes da Vigilância Sanitária Estadual, vigilâncias municipais e Procon-SP realizaram 487,2 mil inspeções e aplicaram 1.540 multas. O índice de cumprimento da lei é de 99,68% entre os estabelecimentos vistoriados. As fiscalizações são feitas em locais que comercializam bebidas alcoólicas, como: bares, restaurantes, supermercados, lojas de conveniência, padarias e danceterias. Entre as regiões do Estado com o maior número de multas aplicadas estão a capital, com 476 multas, seguida da Baixada Santista, com 225 e a região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, com 167 autuações.
Sanções
A Lei Antiálcool do governo paulista prevê sanções administrativas para estabelecimentos que venderem, oferecerem ou permitirem o consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos em seu interior, mesmo que acompanhados de pais ou responsáveis. Os estabelecimentos infratores estão sujeitos a multas de até R$ 96,8 mil e, no caso de reincidências, podem ser interditados por 15 a 30 dias, e até mesmo perderem a inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, que significa o encerramento das atividades comerciais.
Grupo Petrópolis aposta em uma cerveja pilsen para posicionar mais um produto entre os mais consumidos, atingindo um público cada vez mais exigente e que cresce em todo o país. O Grupo Petrópolis, segunda maior cervejaria do país e a maior do setor com 100% do capital nacional, lança a Petra Pilsen. Com a mesma qualidade das demais cervejas da família Petra, a Petra Pilsen é uma cerveja de qualidade superior, feita com ingredientes selecionados, com um toque a mais de malte. Ela será vendida nos formatos: garrafas 1 litro, 600 ml e long neck 355 ml, latas 350 ml e 269 ml. A decisão de lançar o produto aconteceu depois de uma intensa investigação de mais de um ano e meio com o mercado: bares, restaurantes e vários tipos de consumidores. “Percebemos que existe um mercado exigente, que em todo o verão, procura por opções leves, mas com qualidade. Assim, decidimos lançar o sabor que faltava na família Petra”, afirma o diretor de Mercado do Grupo Petrópolis, Douglas Costa. A previsão de produção inicial é de 200 mil hectolitros por mês. A Petra Pilsen será produzida em Boituva, Petrópolis, Rondonópolis e Alagoinhas e distribuída em todos os estados em que o grupo tem atuação.
NEWS
COM O ANO DE 2013 MARCADO POR CONQUISTAS, O INSTITUTO BRASILEIRO DA CACHAÇA - IBRAC, TRAÇA NOVAS METAS PARA 2014 O ano de 2013 foi marcante para a Cachaça. O reconhecimento do produto pelos EUA foi um marco histórico culminando 12 anos de negociações. Além dessa, muitas outras conquistas foram obtidas. Nesse momento, é bom relembrar algumas importantes realizações do IBRAC para o setor: • O desenvolvimento dos projetos de planejamento estratégico, comunicação, branding e exposições internacionais, proporcionados pelo convênio com a APEX-Brasil; • Os convênios assinados com o SENAC para a formação de sommelier especializado em cachaça e programas de eficiência e melhoria de processos de produção com o SENAI; • As parcerias e o convênio em negociação com o SEBRAE com objetivo de apoiar pequenos produtores; • Os avanços na construção das regras de uso e controle da denominação geográfica ‘Cachaça’, de bebida exclusiva e genuína brasileira, para evitar fraudes e irregularidades pelo mundo afora, a exemplo da Tequila, com ações de acompanhamento de leis, instruções normativas de regulação do setor, evitando distorções e prejuízos; • Aumento em 10,7% das exportações. 2013 foi um ano de muito trabalho em que o setor conseguiu avançar em muitos pontos. E os desafios para 2014 continuam grandes, porém com a organização do setor, novas conquistas podem ser conseguidas, tais como: • A implementação de regras tributárias mais justas, como o retorno da Cachaça e da Aguardente ao regime tributário especial denominado ‘SIMPLES’, ou a construção de um regime tributário diferenciado que o substitua;
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• Aumento das exportações; • Maior reconhecimento dos consumidores para que a Cachaça ocupe seu espaço entre as demais bebidas destiladas; • Maior estímulo à formalidade, mais restrições à informalidade, especialmente nos pontos de venda, e a incorporação de boas práticas de produção, visando elevar a qualidade e seu reconhecimento por consumidores em todo o mundo; • O reconhecimento da indicação geográfica ‘Cachaça’ na Europa, Ásia e Oceania, e sua defesa em todo mundo; • Participação em eventos nacionais e internacionais, ótimas oportunidades para colocar a Cachaça em destaque nas mais importantes vitrines do mundo. Merecendo destaque o evento que ocorrerá no início de junho, o Concurso Mundial de Bruxelas, tradicional evento mundial de destilados, que pela primeira vez será realizado no Brasil, em Florianópolis. O IBRAC espera que o ano de 2014 seja tão bom quanto 2013, almejando alcançar todos objetivos para que a Cachaça cresça mais ainda. “O grande desafio é colocar a cachaça no seu devido lugar como bebida de orgulho nacional, patrimônio histórico e cultural de nosso país”, afirma Vicente Bastos, presidente do IBRAC.
1º CAMPEONATO DE SOMMELIER DE CERVEJAS DO BRASIL A ABS-SP (Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo) e o Instituto da Cerveja Brasil, promovem entre os dias 08 e 09 de março, o 1º Campeonato Brasileiro de Sommeliers de Cerveja do Brasil. O evento será liderado pelo presidente da ABS-SP, Mario Telles Jr. e pelos diretores do Instituto da Cerveja Alfredo Ferreira, Estácio Rodrigues e Kathia Zanatta, e tem como objetivo contribuir para o reconhecimento e disseminação da profissão de Sommelier de Cervejas no Brasil. Para participar, o candidato deve ter mais de 18 anos e ter certificado de Sommelier de Cervejas em qualquer instituição, de dentro ou fora do país. Ao todo, serão aceitas 150 inscrições para a competição que será dividida em três etapas: prova de múltipla escolha e prática de identificação de estilos de cervejas, que apresentam caráter eliminatório, seguidas pela final composta por prova de degustação e prova de serviço com caráter classificatório. Dois dos principais e mais renomados Mestres Cervejeiros do mundo compõem a comissão julgadora: Garrett Oliver e Martin Zuber, das cervejarias Brooklyn e Paulaner, respectivamente. A presença dessas importantes personalidades evidencia o olhar mundial sobre o crescimento do mercado de cervejas especiais no Brasil. Além deles, o júri contará com a participação de nomes importantes do mercado cervejeiro do Brasil, como do ex-proprietário da Cervejaria Eisenbahn, Juliano Mendes, o sócio do Aconchego Carioca SP Edu Passarelli, o mestre cervejeiro e consultor Paulo Schiavetto, o diretor executivo e de cursos da ABS-SP Arthur Azevedo e o burgomestre Sady Homrich. Para os idealizadores do Campeonato, “este evento é a consolidação de um trabalho que começou em agosto de 2010, quando fizemos o primeiro curso de Sommelier de Cervejas do Brasil. É uma grande oportunidade para darmos visibilidade a esta nova profissão cada vez mais requisitada no mercado,” afirmam entusiasmados. Mais informações pelos sites: www.institutodacerveja.com. br e www.abs-sp.com.br.
CHOPES ESPECIAIS GANHAM MERCADO E ASHBY APOSTA EM BEBIDAS DIFERENCIADAS EM EVENTOS Produção cresce e a cervejaria do interior de São Paulo investe na entrada de produtos nobres em festas. As cervejas especiais já caíram no gosto do brasileiro. Mas, em geral, a apreciação é restrita a casa do consumidor com poucos amigos ou em bares especializados. Mas o crescimento do setor fomentou outra oportunidade de negócios, o chopp especial ou nobre. A vantagem é consumir um produto de qualidade superior com um grupo maior de pessoas, em festas ou eventos. Retrato disso é a Cervejaria Ashby, localizada em Amparo, região do Circuito das Águas Paulistas. A empresa, fundada em 1993 como uma microcervejaria, já conta com aproximadamente 100 pontos de distribuição de chopp em cinco estados: São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás. A meta é dobrar o número de representantes. Além de bares que comercializam Ashby, boa parte das vendas estão concentradas em festas e eventos, e também na entrega de chopp em domicílio. “Levar um chopp diferenciado para a sua festa dá muito valor ao evento. Cria uma exclusividade, cada vez mais buscada por quem organiza um evento, seja um profissional ou quem quer simplesmente fazer um bom churrasco. Nossa experiência é de que uma vez consumido o chopp nobre, a fidelidade do cliente é conquistada”, destaca o fundador e proprietário da cervejaria, Scott Ashby. Diferenciado O cervejeiro explica que a principal diferença dos chopes nobres é a autenticidade. Para atender o elevado padrão de exigência dos consumidores, a Cervejaria Ashby trabalha apenas com malte e lúpulo importados das melhores regiões produtoras do mundo e água cristalina, direto da Serra da Mantiqueira, no Circuito das Águas Paulistas. “Somos uma empresa que preza pela qualidade”, ressalta o gerente comercial da cervejaria, Erivelto Cotrim. Outra característica é a singularidade de produtos. A cervejaria da Ashby produz quatro variedades de chopes: Pilsen, Porter, Black e Weiss de Trigo. Além do Coller de Vinho, muito apreciado pelo público feminino. revistadosedupla.com.br
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ADIBE EM AÇÃO
FOCO por Luiz Marins
Texto de Motivação e Sucesso
Daniel Goleman, festejado guru da atualidade, autor de ‘Inteligência Emocional’ e professor de Harvard, lançou, em outubro de 2013, seu novo livro: ‘FOCUS – O condutor escondido da excelência’. Ao saber do lançamento, um leitor e assinante do meu livro ‘15 anos de Motivação e Sucesso – 780 mensagens’ me enviou a seguinte mensagem: “Exatamente na semana de 24 a 30 de outubro de 1993, exatos 20 anos antes deste novo livro de Daniel Goleman, o senhor escreveu uma mensagem chamada ‘É Preciso ter Foco’. Novamente o senhor escreveu sobre o tema em 1998, 2003 e 2006, sem falar da história do EMU contada há décadas para ilustrar o conceito de foco. Parabéns, professor!”. Agradecendo e atendendo ao pedido desse leitor e dada a atualidade do tema, aqui vai a mensagem escrita em 1993 para ser repensada hoje:
Prof. Luiz Marins
“Um dos maiores problemas que tenho visto em empresas, empresários, executivos, gerentes, supervisores e até mesmo em funcionários em geral é a falta de foco naquilo que fazem ou deveriam fazer. A verdade é que a maioria das empresas e das pessoas que trabalha em funções de chefia não sabe exatamente o que está buscando, o que deve fazer prioritariamente. Ciscando o dia todo como galinhas num galinheiro, o empresário ou o executivo termina o dia com a sensação de que nada fez de concreto, de real, de palpável pelo seu negócio. É preciso ter foco. Sem foco, sem objetivos e metas claros, os subordinados não podem ser seriamente avaliados. Lembro-me de um gerente que me disse estar cansado de ser avaliado sem objetividade pelos seus superiores. ‘A cada momento querem uma coisa diferente’, dizia ele. Sem saber para onde ir, esse gerente estava desmotivado, sem entusiasmo, e perdeu toda a capacidade de lutar por alguma coisa concreta, séria e objetiva. Quando se fala em objetividade deve-se lembrar da ‘objetiva’ de uma câmera fotográfica – que é o que leva ao ‘foco’. Nas relações com os clientes, tenho visto empresas que também perderam o foco. Não sabem realmente o que vale a pena incentivar, propor, exigir, oferecer. Os programas 14
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de qualidade e de produtividade têm perdido muito o sentido, exatamente por falta de foco. Afinal, o que vamos fazer primeiro? O que é essencial, importante e acidental? Sem foco, as empresas perdem muito tempo com coisas acidentais e nunca têm tempo para o que realmente é essencial. Sem capacidade para decidir o que seja essencial, as empresas perdem tempo e energia que deveriam ser focados para o seu negócio principal ou ‘core business’, como dizem os americanos. Nesta semana, gostaria de sugerir que você e seus executivos mais graduados fizessem uma análise fria de sua empresa e verificassem se ela está realmente empregando todo o talento, tempo e energia no negócio principal. Verifiquem se a empresa tem foco, se os executivos e subordinados são cobrados com base nesse foco, ou seja, por coisas concretas, comportamentais, verificáveis e mensuráveis. Sem foco, a empresa de hoje perde competitividade, os funcionários ficam perdidos, os clientes não identificam o valor da empresa e todo o negócio perde. Pense nisso novamente em 2014, agora com o ‘aval’ de um dos maiores gurus do mundo.” Sucesso! Luiz Marins
Foto BigHead
Por Dr. Luis Carlos Grossi
PERGUNTE AO CONSULTOR HOLDING FAMILIAR – UM BOM NEGÓCIO?
Dr. Luis Carlos Grossi é Presidente da AGL Contabilidade. agl@aglcontabilidade.com.br
A expressão ‘Holding’ no Brasil significa a sociedade constituída com o objetivo de exercício do controle acionário de outras empresas e a administração dos bens das empresas que controla. O uso de empresas Holdings é cada vez mais conhecidas e utilizadas pelos empresários, principalmente quando se tem uma empresa familiar.
Quais os tipos de Holdings
Existem as Holdings Operacional, Patrimonial e Familiar. A Holding operacional é constituída para participar de outras sociedades, ou seja, ter a participação no capital social de empresas e normalmente nas empresas de negócios da família. Se os acionistas e controladores da Holding Operacional forem membros da família, ela se torna uma Holding Operacional Familiar. Com a Holding Patrimonial, o empresário visa preservar o Patrimônio e garantir a continuidade da administração dos negócios e a segurança dos herdeiros. Além de preservar o Patrimônio, a Holding Familiar pode facilitar a transferência dos bens no caso de um falecimento, nascimento ou até mesmo em um divórcio, facilitando o processo de inventário. A Holding Patrimonial visa manter sob sua responsabilidade os bens patrimoniais da família com intuito de preservá-los e mantê-los em segurança, mas também pode ser uma ótima opção de planejamento, uma vez que na maioria das vezes se consegue uma economia tributária na incidência de diversos impostos.
As vantagens desse tipo de sociedade
Na transferência de um patrimônio da pessoa física a seus herdeiros, seja por falecimento ou por uma simples transferência patrimonial, teremos a incidência do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis ou Doação), de âmbito Estadual com alíquota de até 8% sobre o valor da transação.
Além disto, temos também o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Inter Vivos) de âmbito Municipal, com alíquota de 2% sobre o valor atribuído pelas prefeituras ou valor de mercado. Quando fazemos esta operação pela Holding, não estamos transferindo o imóvel, e sim, as quotas ou ações da empresa, e assim não temos a incidência do ITBI. No momento da constituição da Holding, devemos conferir os bens da Pessoa Física para a Pessoa Jurídica. Neste momento, se estivermos transferindo bens que não serão objetos de geração de receitas ou rendimentos (aluguéis, arrendamentos, etc), também não teremos a incidência do ITBI. Outros dois fatores relevantes para análise da constituição da Holding se referem quanto ao recebimento de aluguéis e uma eventual venda de algum imóvel. No caso do recebimento de aluguéis, utilizando-se do recebimento pela Holding, teremos uma grande economia de impostos, pois quando recebemos pela pessoa física, somos obrigados ao recolhimento do Imposto de Renda, que pode chegar a uma alíquota de 27,5%. Já se recebermos pela Holding, os impostos incidentes ficarão em torno de 11,33%. Se existir uma eventual venda de algum imóvel e fizermos pela Holding, ao invés de pagarmos 15% de Imposto de Renda sobre o lucro auferido, na operação teremos a incidência de 7%, em média, sobre o mesmo lucro. Desta forma, acreditamos que existe uma considerável economia de impostos com o uso de uma Holding Patrimonial Familiar. No entanto, é importante que os empresários façam os devidos planejamentos visando a proteção patrimonial, bem como a economia tributária. Em parceria com a AGL, a ADIBE disponibiliza todo o suporte necessário para auxiliar no planejamento adequado. revistadosedupla.com.br
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ARTESANAL:
O SETOR SE UNE
Cervejeiros de todo o país lançam a Associação Brasileira de Microcervejarias, em busca de desenvolvimento do setor. Em outubro, durante o maior evento de bebidas nacionais do país – 5ª Expobev/Confrebras 2013, foi lançada a Associação Brasileira de Microcervejarias. A entidade nasce com o objetivo de representar as mais de 300 microcervejarias existentes atualmente no país e lutar pela realização de ações que promovam o desenvolvimento do setor. Marcelo Carneiro da Rocha, da Cervejaria Colorado, presidirá a entidade, que tem como meta defender uma tributação mais adequada para o segmento, de maneira que possa ter condições de ampliar sua posição no mercado, hoje predominantemente dominado pelas grandes corporações. “Atualmente, os 300 microcervejeiros existente no Brasil têm uma participação de menos de 1% do mercado. Somos pequenos, mas somos brasileiros e o governo precisa nos ajudar a crescer”, diz Marcelo. Segundo o presidente, a carga tributária do setor atinge mais de 60% do valor do produto. Além disso, a maioria dos microcervejeiros trabalha com matérias-primas mais caras. “Não temos oportunidade de disponibilizar a bebida a um preço atraente no mercado por dois motivos: a alta carga tributária e a concorrência esmagadora de um setor oligopolizado por estrangeiros. Precisamos reverter esse cenário e oferecer mais opções aos consumidores brasileiros”. 16
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A Associação é composta ainda pelo vice-presidente Jacir Cavalheiro, da Beer Hoof; pelo tesoureiro Jorge Henrique Glitzes, que também é diretor da Associação Gaúcha das Microcervejarias; e pelo secretário, Fernão Sérgio de Oliveira, da Cervejaria Joinville. De acordo com a diretoria eleita e empossada, a Associação Brasileira de Microcervejarias orientará as ações para alcançar diversos propósitos, entre eles, o desenvolvimento de um mercado justo, competitivo e corretamente regulado. Além disso, segundo Carneiro, a Associação manterá a representação do setor de cervejarias artesanais perante a sociedade, as diversas entidades do governo e as instituições pertinentes em temas relacionados a melhoria do ambiente de negócios. Conversamos com Marcelo Carneiro sobre os objetivos da Associação Brasileira de Microcervejarias e os desafios do mercado. Acompanhe!
“O que está acontecendo hoje é que é proibido ser pequeno no Brasil”. Dose Dupla: Marcelo, na Confrebras foi decidido que você presidirá a Associação Brasileira de Microcervejarias. De quem foi a ideia e qual é o objetivo da associação? Marcelo Carneiro: A gente foi convocado como um setor para participar da Frente Parlamentar pela Indústria de Bebidas Nacional Brasileira. Essa frente conta com fabricantes de refrigerante, água, e agora, cerveja. Ela foi aprovada e tem feito reuniões, pois os problemas desses três setores são bem parecidos: concentração de mercado e alta carga tributária. Cada produto está em um estágio diferente: em relação aos refrigerantes, em 8 anos, foram fechadas 600 pequenas empresas brasileiras – havia cerca de 900 e hoje são por volta de 300 pequenas empresas de refrigerantes. O movimento cervejeiro está prosperando, estão abrindo cervejarias, mas fechando outras também. Como a associação é recente, calculamos que exista no Brasil algo em torno de 300 cervejarias, mais ou menos o mesmo número de pequenas indústrias de refrigerante. Então, temos que evitar que aconteça com a cerveja o que aconteceu com o refrigerante. Fizemos uma reunião com representantes de associações regionais. Em Santa Catarina e no Paraná já existe um universo bastante grande de cervejarias. Tínhamos que sair da reunião com alguma ação efetiva para poder refinar o que a associação pretende. Fui eleito pelas 3 associações. Em dezembro, vou à Brasília para cuidar de alguns assuntos e já vou começar a estudar os estados para refinar os nossos pleitos, em diferentes níveis. Dose Dupla: As cervejarias de todas as partes do Brasil estão se unindo a esse movimento? Marcelo Carneiro: Sim, por enquanto estamos fazendo contatos telefônicos, mas vamos visitar todas elas. Pretendo fazer isso. Dose Dupla: Você fala sobre concorrência desleal e a alta tributação como entraves para o crescimento do negócio da cerveja artesanal. O que seria essa concorrência desleal? Marcelo Carneiro: São os grandes grupos. Às vezes nem é política oficial de grandes grupos, mas tem caso de comprarem nosso produto para retirar do mercado e até de cortarem o fio da geladeira no ponto de venda. Não digo que são esses grupos. Fora isso, tem a briga da prateleira do supermercado. Um exemplo de prática
desleal: há um benefício fiscal em ter várias embalagens, pois o imposto é calculado pelo número de produtos, só que essa prática empurra o pequeno produtor de cerveja artesanal para fora da gôndola. Daí, eles se aproveitam do poder econômico para sugestionar as compras do consumidor. Então, queremos que exista alguma proteção para o produtor de bebidas: água, refrigerante e cerveja, pois o que está acontecendo hoje é que é proibido ser pequeno no Brasil. Em todos os países desenvolvidos foram criados mecanismos para transformar a causa mais justa. Não é diminuir o grande, mas dar direito de o pequeno existir. Dose Dupla: A cerveja artesanal brasileira tem espaço reduzido nas grandes redes? Marcelo Carneiro: Com certeza. Nem toda grande rede aposta no produto. Porém, ao contrário do que pensam, a cerveja artesanal dá mais lucro para o supermercado. Os principais canais da cerveja artesanal são as delicatesses e bares multicervejas, locais que não estão sujeitos à exclusividade de uma só marca. Acho que em relação às grandes redes de supermercados, a questão da cerveja artesanal ainda não está tão madura. Dose Dupla: Você acha que o grande público já conhece a cerveja artesanal? Marcelo Carneiro: Acho que sim, pelo menos já teve um encontro com a cerveja. Isso não quer dizer que ele a adotou, mas já sabe o que é. Nesse sentido, a cerveja importada ajuda a gente, pois houve uma mudança no padrão de vida do brasileiro, ele está viajando mais e assim, conhecendo o movimento do mundo microcervejeiro. Os países do exterior têm muitas cervejarias, mas esse entusiasmo vem dos Estados Unidos e está influenciando o mundo todo. Dose Dupla: Nesse sentido, qual a importância dos meios de comunicação em disseminar essa cultura cervejeira? Marcelo Carneiro: Eu acho que a pequena indústria tem se sustentado principalmente por meio da internet e das redes sociais do que propriamente da divulgação na grande mídia. Mas isso é outro movimento mundial. Temos menos dinheiro, não dá para anunciar no jornal ou na televisão. Porém, o acesso à informação está um revistadosedupla.com.br
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MERCADO
“Não é diminuir o grande, mas dar direito do pequeno existir”. pouco mais democrático. Há um interesse dos meios de comunicação que não dependem de verba publicitária das grandes cervejarias. Dose Dupla: Você acha que se conseguirem uma diminuição na carga tributária do produto, a cerveja poderá ser vendida por um preço mais baixo ao consumidor final? Marcelo Carneiro: Espero com toda sinceridade que isso aconteça. As pessoas têm uma visão errada sobre o preço da cerveja artesanal. Elas precisam saber que 56% do valor do produto são impostos, que a distribuição é mais cara, que a cevada é mais cara do que para quem produz em larga escala, ou seja, a gente paga mais por tudo. Interessaria até aos grandes que nós crescêssemos. No caso específico da cerveja, estamos valorizando o produto, dando conteúdo ao hábito de beber. Não forçamos o consumo automático. E a cerveja artesanal é assim: é sentir o sabor, saber do que é feita. Acho que isso é benéfico para o mercado. Dose Dupla: Como empresário de sucesso, qual é a dica que você deixa para uma pessoa que deseja iniciar nesse segmento, produzindo cervejas em casa, mas que se vê diante de todas essas dificuldades que falamos aqui? Marcelo Carneiro: Tenho várias dicas e uma delas é: tenha persistência. Não pense que o negócio vai se pagar em um ano, porém, acredite que o Brasil vai mudar. Não olhe seu concorrente de cerveja artesanal como concorrente, ele é seu aliado. Não somos e nem podemos ser inimigos um do outro. Precisamos estar juntos, unidos nos festivais de cerveja artesanal, nos eventos e, principalmente, precisamos brigar juntos pelos nossos direitos. Somos numerosos e 100% brasileiros, o que é muito importante. Tenha persistência porque vai dar certo.
ARTIGO
A CACHAÇA BRASILEIRA NA CONTRAMÃO
Ricardo Gonçalves
Ricardo Gonçalves é Diretor Superintendente da Cia. Müller de Bebidas.
Se há um produto tipicamente nacional cuja história se entrelaça com a do Brasil, desde os tempos da colonização, é a cachaça. Tudo começou, segundo relatos históricos, no início do século XVI, com a fermentação da cana que sobrava da produção de açúcar. A cachaça é brasileira como o uísque é escocês, a vodca é russa, o saquê é japonês e a tequila é mexicana, só para citar alguns dos mais famosos destilados do mundo. Passados cerca de cinco séculos dos primeiros registros do surgimento da bebida no país, a capacidade produtiva anual do Brasil é estimada em 1,2 bilhão de litros, apresentados em mais de 40 mil marcas. É importante frisar que o setor gera mais de 600 mil empregos diretos e indiretos por intermédio de 40 mil produtores. Justamente neste momento, a fabricação de cachaça está diante de uma das ocasiões mais importantes de sua história. Trata-se da tramitação, na Câmara Federal, de um Projeto de Lei (n.º 1.187) que versa sobre a produção, a classificação e outros detalhes com relação a mais tradicional bebida brasileira, que já passou pela Comissão de Agricultura e agora será analisado pela Comissão de Finanças e Tributação. Porém, infelizmente, mudanças no projeto original têm sido motivo de preocupação. A Comissão de Agricultura acatou sugestões do relator, o deputado Jairo Ataíde (DEM-MG), e estabeleceu no projeto a diferenciação por processo de produção ao criar a denominação “cachaça de alambique”. Também introduziu uma nova classificação, a “cachaça ou aguardente de cana aditivada”. E ainda define aguardente de cana em desacordo com a legislação – diz que a graduação alcoólica é de 48% a 54%, enquanto que pela legislação a graduação é de 38% a 54%. As mudanças introduzidas pelo relator na Comissão de Agricultura – e que também será o da Comissão de Tributação e Finanças – seguem na contramão das tendências do mercado. Uma das prioridades, por exemplo, diz respeito ao mercado internacional. Já exportamos para mais de 60 países, mas em quantidades ainda modestas – cerca de 10 milhões de litros anuais. Em 2012, conseguimos que os Estados Unidos reconhecessem a cachaça como de origem exclusivamente brasileira, mas
ainda é preciso obter o mesmo da comunidade europeia e de outros mercados estratégicos. Não há registro de que a Escócia, por exemplo, determine a identificação de uísque artesanal. Como também não se justifica que o Brasil tenha de incluir o “de alambique” no rótulo de suas cachaças. O Projeto de Lei também passou a incluir a possibilidade de adição de produtos naturais à bebida, como frutos, extratos e partes de vegetais, outro complicador aos olhos do mercado internacional. As mudanças no projeto evidenciam uma preocupação com os fabricantes de cachaça de alambique – que, aliás, é a principal atividade econômica do reduto eleitoral do relator. Mas há duas ponderações a fazer. Primeiro, mais de 80% da produção da bebida sai de indústrias. Segundo, se o objetivo é distinguir os pequenos produtores, melhor seria conceder a esses empreendedores um novo regime tributário, mais justo, contribuindo também para a formalização do setor – uma providência, claro, que não é atribuição do PL 1.187. As alterações realizadas no projeto também não tiveram a preocupação de propiciar a flexibilidade necessária para o alinhamento de mudanças nas tendências de mercado e de outros segmentos de bebidas. Também não determinam uma fiscalização mais rigorosa dos padrões de identidade, qualidade e segurança alimentar da cachaça. Atualmente, o que o projeto faz é introduzir alterações nos padrões vigentes de identidade e qualidade da cachaça, com normas estabelecidas por meio de portarias técnicas do Ministério da Agricultura – e já reconhecidas nos principais fóruns internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC). São mudanças, aliás, que beneficiam apenas uma parcela do setor. O setor rejeita as mudanças, o que ficou comprovado na audiência pública realizada para discutir o projeto. Por isso, a forma como o processo está sendo encaminhado é surpreendente, não levando em conta os representantes de 90% do volume de cachaça produzido no Brasil. As proposições podem fazer com que o mercado brasileiro de cachaça corra o risco, quinhentos anos depois de nascer, de dar marcha à ré.
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CAPA
CARNAVAL
QUAL E A BEBIDA QUE NAO PODE FALTAR EM SEU ESTOQUE? pesquisa inédita aponta a bebida preferida dos brasileiros para suas comemorações
Redação: Daniela Oliveira
As festas de final de ano, o Verão, e finalmente o Carnaval... Nestes momentos, nada melhor que uma boa cerveja. E quem diz isso são os próprios brasileiros, conforme pesquisa realizada no final de 2013 pelo IBOPE Inteligência (unidade de negócios do Grupo IBOPE responsável por pesquisas de mercado, eleitorais e de opinião pública). A cerveja combina tanto com festa e o astral do país que quase dois terços dos entrevistados (64%) a definem como a bebida preferida do brasileiro para comemorar os bons momentos. Na lista, bem depois da cerveja estão o refrigerante, espumante e vinho, com, respectivamente, 13%, 12% e 5% das citações. A pesquisa quantitativa em âmbito nacional foi realizada com 1.958 pessoas, entre homens e mulheres com 18 anos ou mais, das classes ABCDE. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. 22
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entrevistados elegeram 64% dos a cerveja como a bebida preferida dos brasileiros;
Dizem que apreciam mais o refrigerante; afirmam que o espumante é a melhor bebida; gostam mais de vinho.
13% 12%
05%
Estados – A Bahia lidera entre os estados, com 81% dos entrevistados mencionando a bebida como a favorita para celebrar os bons momentos. Logo na sequência, vêm o Rio de Janeiro (77%), Minas Gerais (74%) e São Paulo (63%). Regiões – Os moradores do Centro-Oeste e Sudeste são os que lideram na preferência pela cerveja nos momentos de celebração, com 68% citando a bebida. A população nordestina vêm logo atrás, com 65%. Classes sociais – Entre as classes sociais, o destaque vai para o segmento A/B, no qual 67% dos entrevistados apontam a cerveja como a preferida na hora da celebração. A classe C vem logo atrás, com 64%. Entre os integrantes da faixa D/E, 61% mencionam a bebida. Gênero – Homens e mulheres são companheiros também na preferência cervejeira quando o assunto é comemoração. A liderança é masculina, com 67% deles apontando a bebida como a melhor para celebrações. Mas as mulheres não ficam muito atrás, com 62% das menções.
Veja abaixo depoimentos de associados à ADIBE sobre como se preparar para as vendas de carnaval. “A Diserb atua na Baixada Santista, Litoral Sul e Litoral Paranaense, por isso a expectativa em relação às vendas é muito boa. Como o carnaval é só em março, então temos a previsão que fevereiro seja muito bom em relação às vendas. Fora o estoque, estamos com uma promoção em cerveja e trabalhamos em parceria com os promotores das empresas do litoral.” Norberto Paino, proprietário da Diserb.
“Toda empresa precisa reunir o máximo de informações sobre seus produtos para poder identificar a sazonalidade em cada ítem, dessa forma poderão ser exploradas ações de comunicação e marketing específicas para potencializar as vendas. Para garantir o sucesso da ação e atender toda a demanda gerada, é fundamental o planejamento junto aos fornecedores para que não falte e nem sobre produtos no estoque.” Henrique Favery, sócio-proprietário da BigHead Brand Creativity - Agência e editora responsável pela nova Revista Dose Dupla.
ESPECIAL VINHOS 2ª PARTE
Redação: Daniela Oliveira
VINHOS BRASILEIROS AMPLIAM PARTICIPAÇÃO NO MERCADO INTERNO Favorecido por fatores como a aproximação com varejistas e distribuidores, ações de promoção, reconhecimento do consumidor e câmbio, setor registra crescimento de 10,7%, com destaque para os rótulos finos, que tiveram crescimento de 6,9%.
Apresentando um crescimento de 10,7%, o setor vitivinícola comemora o desempenho de vendas acumuladas entre janeiro e outubro frente ao mesmo período em 2012. Entre os destaques, o vinho fino registrou alta de 7,08%, com a comercialização de 16,8 milhões de litros. Os espumantes, por sua vez, ampliaram em 6,65%, com 10,3 milhões de litros, e os vinhos de mesa, 3,55%, com 187,7 milhões de litros. Os dados foram apresentados na Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seapa/RS). Enquanto que em outubro de 2012 a participação no mercado interno dos vinhos finos brasileiros era de 20,85%, no mesmo mês deste ano ela ficou em 23,33%.
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Esta pequena elevação no índice representa 1,5 milhão a mais de garrafas de vinhos finos produzidos no Rio Grande do Sul sendo comercializadas. Os espumantes brasileiros também reforçaram a preferência de consumo, ampliando a participação de 69,8% para 76,7%. Agregando os dados de vinhos finos, de mesa e espumantes, os rótulos nacionais totalizam 77% do mercado. Os sucos de uva 100% naturais mantêm o ritmo forte de expansão registrado nos últimos anos. Nos primeiros dez meses de 2013, a categoria pronta para beber inflou as vendas em 44,8%, com a colocação de 63,3 milhões de litros no mercado interno. Já os concentrados, cresceram 9%, com 28,4 milhões de quilos comercializados.
Na avaliação do diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani, os bons resultados se devem a um conjunto de fatores, a se destacar a aproximação gerada entre o setor vitivinícola e os varejistas e importadores, fruto do acordo de cooperação para a promoção do vinho brasileiro no mercado interno, as mudanças no câmbio que tornaram os produtos nacionais mais competitivos e também o reconhecimento do consumidor a respeito da qualidade dos rótulos brasileiros. Neste último caso, esse resultado é fruto do amadurecimento das estratégias de atuação comercial de um conjunto de empresas e também das ações promocionais feitas pela entidade ao longo do ano. Em comparação com o ano passado, foram duplicadas as ações e atividades realizadas junto ao trade, formadores de opinião e consumidor final. “A campanha de final de ano vem reforçar esta estratégia junto ao mercado, potencializando os resultados a favor do vinho brasileiro em um momento de alta no consumo”, complementa Paviani. Mainardi complementou a avaliação, informando que nos últimos dois anos foi ampliado o repasse de recursos por meio do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Fundovitis), passando de 25% para 50%. A injeção financeira também contribui para o aprimoramento estrutural da cadeia produtiva. “Na prática, estamos aplicando quase 100% dos recursos, pois a outra metade, que não é gerida pelo Ibravin, aplicamos em projetos e ações voltados para o desenvolvimento do setor”, observou. O desempenho positivo observado nos produtos nacionais não se repetiram nos importados, que registraram recuo de 9,14%. A maior retração é verificada nos espumantes, com 25,10%, enquanto que os vinhos finos tiveram queda de 8,06%. As duas categorias contabilizaram a venda de 59,3 milhões de litros até outubro. O desempenho negativo significou que, em relação ao ano passado, 7,9 milhões de garrafas deixaram de ingressar no mercado brasileiro.
Perspectivas para as vendas de final de ano
No setor vitivinícola, o último trimestre concentra um terço das vendas anuais do setor. Em função das comemorações de Natal e Réveillon, em alguns segmentos, como o de espumantes, este percentual é ainda mais significativo, chegando a 54%. Apesar da sazonalidade das vendas, os produtores observam a criação de novos momentos de consumo deste produto, contribuindo para a elevação das vendas também nos demais períodos do ano. Favorecidos pelas ações de aproximação com o trade e diretamente com o consumidor realizadas ao longo de 2013 e também pelo câmbio desfavorável aos importados, o setor deve manter os índices de crescimento verificados até outubro. Nos espumantes, caso seja repetido o desempenho comercial do ano passado, que registrou incremento de 12%, serão comercializadas 8,99 milhões de litros da bebida no acumulado dos últimos três meses. De acordo com projeções feitas pelo setor supermercadista, o segmento de vinhos deve registrar alta de 8%, representando 72 milhões de litros, entre rótulos finos e de mesa. “O trabalho realizado pelo Ibravin é motivo de orgulho, pois além de atuar por meio de uma forte articulação com o setor, agora está também estreitando relações com o varejo”, pontuou Mainardi.
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consciência sem moderação
Conheça o ‘Sem Excesso’, projeto da ABRABE sobre consumo consciente de bebidas alcoólicas e as ações preparadas para esta época do ano. O Carnaval está chegando, época de curtição e muita folia, porém, sem excessos. A Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE) trabalha o ano todo (e mais ainda nesta época) para conscientizar as pessoas sobre a importância do consumo consciente de bebidas alcoólicas, afinal, nesta época do ano, há um aumento considerável de acidentes de trânsito envolvendo pessoas alcoolizadas. Com as premissas ‘Se beber, não dirija’, ‘Tolerância zero para menores de 18 anos’ e ‘Consumo consciente’, a Associação lançou, há dois anos, o Portal Sem Excesso, que também possui uma fanpage no Facebook (que ultrapassa 400 mil curtidas), além de um canal no Youtube.
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O Portal Sem Excesso é a consolidação da campanha “Comemore com Sucesso, sem Excesso”, um investimento e um esforço de mais de 50 grandes representantes da indústria brasileira de bebidas em uma iniciativa pioneira no país, que reforça o compromisso da ABRABE com o consumo responsável de bebidas alcoólicas. O SemExcesso.com.br é uma plataforma para conscientizar aqueles que consomem bebidas alcoólicas, para reforçar a tolerância zero no consumo entre menores de 18 anos e incentivar cada vez mais a dissociação de bebidas alcoólicas com direção.
Ações do Sem Excesso para o Carnaval 2014 Durante os quatro dias de folia, a plataforma de comunicação ‘Sem Excesso’ é usada para lembrar aos foliões sobre a importância de curtir o período, mas com responsabilidade. No Carnaval de 2014, o projeto segue com iniciativas que incluem: • spots em rádio de audiência jovem em São Paulo; além de boletins distribuídos para mais de 2 mil rádios do Brasil, com dicas de segurança no trânsito para quem vai pegar estradas e como curtir o período com moderação; • mídia aérea no Rio de Janeiro – um avião percorrerá praias cariocas com uma faixa, divulgando o endereço do Sem Excesso, que no período trará uma série de conteúdos relativos ao Carnaval e a importância do consumo de bebidas com moderação, assim como conteúdos especiais para a fanpage e para o canal do Youtube, que ganhará um vídeo exclusivo e interativo;
• ações constantes de comunicação para campanhas de conscientização realizadas e direcionadas ao público jovem, abrangendo uma população de mais de 200 milhões de pessoas. Em São Paulo, inserções de mensagens em prol do consumo inteligente na rádio de maior audiência junto a esse público jovem são realizadas sempre às vésperas dos feriadões, como Corpus Christi e Carnaval. Salvador, Recife, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia também são mercados estratégicos para a campanha de conscientização e, portanto, boletins com dicas sobre o consumo responsável são distribuídos nas rádios jovens, sempre às vésperas de festividades e feriados importantes.
Comemorar o Carnaval é saudável, a alegria faz bem ao corpo e à alma, mas lembre-se: sempre com moderação e responsabilidade. Boa folia a todos!
SAIA DA ROTINA
TUBAÍNA
BAR
por Daniela Oliveira
Foto: Kire
Nostalgia e tradição paulista.
Já imaginou frequentar um local repleto de diversas marcas de tubaína? Pois esse lugar existe e fica bem próximo. O Tubaína Bar está localizado em São Paulo e como o próprio nome diz, o estabelecimento tem como carro-chefe a tubaína. Lá, são comercializados mais de 20 rótulos, sendo que a maioria é produzida no interior paulista. Fundado em julho de 2009, o Tubaína Bar resgata a nostalgia de muitos paulistas, que costumavam tomar esse refrigerante adocicado nos almoços de família e nas viagens ao interior. Como consequência, os fabricantes tradicionais desses bons refrigerantes ficam felizes com o reconhecimento e a valorização do produto, pois no dia a dia sofrem com a grande concorrência dos gigantes da indústria de bebidas. O Bar tem também representantes nacionais como o Guaraná Jesus (do Maranhão), o Grapette e o Mineirinho (do Rio de Janeiro) e a Cajuína (do Ceará). Há também mais de 20 coquetéis feitos com Tubaína que já vendem mais do que os drinks tradicionais. Entre os mais famosos
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estão o Cosmopolitan do Agreste, a Mojaína, o Supimpa, o Kriptonita e o Fodinha na Praia (versão brasileira do tradicional Sex on the Beach). Entre os títulos, o Tubaína Bar figura entre os oito melhores bares para se comer em São Paulo – segundo a “Revista Época São Paulo”, é o primeiro bar sustentável da cidade.
Tubaína Bar
End.: Rua Haddock Lobo, 74 – São Paulo/SP. Tel.: (11) 3129-4930 Website: www.tubainabar.com.br Horário de Funcionamento: De segunda a quinta-feira, das 18h até 1h/ às sextas-feiras*, das 18h às 3h/aos sábados*, a partir das 13h. (*) Entrada consumível de R$ 25,00.
CURTA SEU MOMENTO
Redação: Daniela Oliveira
DRINK TROPICAL
Por Cereser
Brasil, país tropical. Terra do samba, do futebol e do Carnaval. E por falar em Carnaval, falta pouco para os quatro dias de folia. Por isso, que tal aprender a preparar um drink super refrescante e saboroso para os amigos? A Cereser criou uma receita especialmente para os leitores da Revista Dose Dupla, para que todos possam comemorar a ocasião, mas sempre com moderação. Mãos à obra!
Ingredientes 1 garrafa de Chuva de Prata Branca (660 ml); • ½ xícara de suco de laranja; • ½ xícara de xarope de menta; • 1 lima fatiada; • 1 limão fatiado; • 1 cumbuca de morangos fatiados; • 3 fatias de abacaxi picadas em pedaços bem pequenos; • 2 kiwis picados; • 1 cacho de uvas verdes cortadas ao meio; • 1 galho de hortelã fresca; • 1 xícara de açúcar; • Raspas de limão ou laranja (opcional); • Gelo. •
Modo de preparo:
Em uma jarra grande, coloque a Chuva de Prata, o suco de laranja, o xarope de menta, as lascas de lima ou de limão e o açúcar. Adicione as frutas – morangos, abacaxi, limão, lima, uvas, kiwis – e as folhas de hortelã. Misture levemente. Viu como é fácil? Seu drink está pronto!
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