ISSN 2447-7737 Ano 8 • 16a edição 2o semestre 2018
FLAT DESIGN DAVID BOWIE
SOCIAL MEDIA
BLOQUEIO CRIATIVO
Nessa edição, nos despedimos da DOT. Encerra-se um ciclo. Foram inúmeros aprendizados na equipe responsável pela revista mais querida da FAAL. Na 16a edição o tema é querido por todas as pessoas: música, e acrescentando a nossa paixão, vamos falar do design na música. Além de abordar outros temas dentro das várias áreas do design, trazemos aos leitores nossa dedicação em manter e representar esse projeto tão especial para os estudantes de design gráfico, a DOT. Não poderia faltar o espaço para mostrar os portfólios dos alunos, que sempre surpreendem a todos! Esperamos que a tradição de ilustrar a nossa paixão, design, se mantenha para as proximas edições, cada vez mais se superando e ensinando a todos os envolvidos no projeto. Que venham novos desafios e novas edições para nossa querida DOT!
Ano 8 • 16ª edição 2º semestre 2018
DOT é uma revista desenvolvida pelos alunos do curso Design Gráfico da Faculdade de Administração e Artes de Limeira FAAL. Publicação semestral ISSN: 2447-7737 Veja todas as edições em nosso ISSU ARTE CAPA: Luis Felipe da Silva DIAGRAMAÇÃO: Hugo Zuffo
DIREÇÃO Monica Tomazela Hugo Zuffo ARTE Aline Toshie Onoue Luis Felipe da Silva REDAÇÃO Thiago Teixeira da Silva Ygor Schimdt PROMOÇÃO Raquel Cristina Roverssi
ORIENTADOR Gustavo Lucas
Flat Design Cor nos Quadrinhos Quero Ser Social Media O Design na MĂşsica David Bowie O Mundo das Estampas Bloqueio Criativo PortfĂłlios
FLAT DESIGN
Redação: Ygor Schimdt
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A tendência do flat design O conceito de flat design parte de formas planas e limpas. Vindo do minimalismo, com formas que geralmente são bidimensionais, cores chapadas primarias ou secundarias, análogas ou complementares, e com um layout mais limpo. Partindo da famosa filosofia do design de que "menos é mais", o projeto sempre deve ser funcional e coeso. Geralmente são usado formas geométricas simples como retângulos, círculos ou quadrados. Apesar de ter como princípio a ideia de simplificar a arte, o flat design pode se tornar tão complexo como qualquer outro design. Quando bem planejado, tem seu foco nas formas, cores e tipografia, já que normalmente os demais elementos de composição não são muito chamativos.
Pode-se dizer que o precursor dessa tendência do flat design foi o Google, que começou a aplicar o conceito em praticamente todas suas plataformas na web e seus aplicativos. Mas é inegável também a forte influência da Apple, que parte da mesma tendência na interface de todos seus aparelhos recentes, principalmente no iPhone. Sendo sua interface composta completamente por flat design, foi muito aprovada por conseguir ser agradável para o jovem, que pede uma linguagem menos formal; e ao mesmo tempo para o público mais velho, por facilitar o uso e entendimento dos aplicativos.
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A composição do flat design geralmente contém cores fracas como o azul, o salmão, o verde, entre outros. Mas a clareza nos elementos deve sempre ser predominante, com a forma de um layout mais simples, variando com chanfros, relevos, pouco gradiente, com ferramentas que consigam adicionar profundidade a arte. No entanto ela deve ser sempre menos carregada do que normalmente é visto em websites, e claro abusando de ícones, indicando tudo com a intenção de reduzir ao máximo o uso de textos. Mas quando for necessária, a tipografia deve ser muito bem planejada, de maneira que se encaixe ao projeto, passando a informação de uma forma muito clara a todos, se necessário pode ser aplicado o texto em negrito, para que haja clareza da informação, e ao mesmo tempo incentive o uso daquela opção.
Normalmente não é adicionado nenhum tipo de sombreamento, efeito ou cores fortes. A arte deve chamar a atenção do usuário por si só, nunca deve ser feito de forma “apelativa” ou mesmo gritante. Outra importante característica do flat design é não utilizar nehuma imagem realista, ou mesmo criar personagens muito proximos da realidade.
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O flat design veio com a ideia oposta ao conceito do material design, o Skeumorfismo, que foi a base criada no início das composições de interfaces no meio digital. Quando houve a migração dos códigos de programação para criação de interfaces, tinha-se como concepção criar ícones com formas extremamente realistas para a melhor compressão do usuário que até então desconhecia esse aprimoramento tecnológico. Sendo criado com muitas texturas e gradiente para tentar mostrar um pouco da realidade em sua composição.
A temática do flat design sempre deve ter como definição que é desnecessário encher o usuário de informação. Existe um ótimo exemplo no cinema com o filme “A Lista de Schindler” de Steven Spielberg, que possui um roteiro tão complexo que o diretor resolveu tirar as cores do filme, por ser um fator de distração a menos para as pessoas prestarem atenção, assim podem entender melhor a história, prestar menos atenção nas cores e mais ao roteiro. Ainda o diretor consegue usar as cores de forma estratégica em determinadas cenas importantes. Destaca com vermelho determinados objetos, roupas ou animais, atraindo assim o público com um excelente resultado final.
SKEUMORFISMO
O flat design sempre deve partir da ideia que sobrecarregando menos o usuário, ele se distrai menos e foca mais no resultado final, se identificando com o mínimo de informações, para fornecer ao usuário uma compreensão total do assunto abordado.
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C o r no s Q u ad rin ho s Redação: Luis Felipe da Silva
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Quando abrimos uma história em quadrinhos e nos deparamos com aqueles desenhos coloridos de alto nível, talvez ficamos curiosos para saber qual o processo ou qual o caminho que foi trilhado para chegar a tal resultado. Para quem se interessa por pintura e deseja algum dia estar em algumas das maiores editoras do ramo, como Marvel, Dark Horse, Vertigo, DC, entre outras, saiba que há um grande caminho pela frente.
Para ingressar na área, pode ser que demore um longo tempo de trabalho para pintar grandes títulos. Em uma palestra de Marcelo Maiolo, colorista da Marvel e DC, que já trabalhou em grandes títulos publicados, como: O velho logan da Marvel Comics ou Batman Beyound da DC, ele recomenda que você entre como alguém que só irá aplicar as cores básicas, deixando mais evidentes as áreas de traços que fazem ou não parte de uma mesma composição. Esse processo serve para agilizar o trabalho do colorista.
Pra ser chamado para participar de um projeto é importante estabelecer contatos, ir a eventos, divulgar seu trabalho e dedicar um bom tempo para seu portfólio. Algo comum pra quem está começando é trabalhar como freelancer, que no começo consegue trabalhos menores com valores ajustáveis.
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A parte da finalização de página, na maioria das vezes, fica com o colorista. Antes a arte e arte final passa por um processo de esboço, do qual o colorista recebe em preto e branco. A quantidade de páginas que pode chegar ao processo de coloração não é exatamente específica, e depende da forma que cada profissional trabalha e leva o andamento do projeto. O colorista em suas pesquisas deve procurar referências ou inspirações para seus projetos, pois é importante deixar sua própria identidade no projeto. Isso é comum de identificar nas paletas de cores, que vão ficando reconhecidas conforme o estilo de cada artista. Mas para cada cena sempre é bom estudar e identificar qual será a melhor composição para tal situação, pois nem sempre a paleta favorita será totalmente precisa, além do uso de texturas que deixam a marca do artista mais evidente.
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Umas dos softwares mais comuns e mais utilizados é o Adobe Photoshop. Se a arte vêm em preto e branco, um dos processos iniciais, segundo Maiolo, é usar o Hue/Saturation para chegar à tonalidade azulada, pois assim fica mais fácil de se identificar os traços e não se perder na composição. Nesse software é comum fazer uso de efeitos de luz e aplicações de texturas. Além disso, as ferramentas mais utilizadas são as de seleção, preenchimento e pincéis.
E não menos importante, para área digital, é sempre bom ficar atento em algo simples, mas que talvez por uma falta de atenção possa passar despercebido, que é o tipo de mídia que o produto final será disponibilizado. Há uma diferença, pois temos o produto impresso e o digital, e para qual utilizar os sistema de cores RGB ou CMYK. O RGB, usado em monitores para mídias digitais, emite luz, e correspondente a Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul). Já o CMYK, reflete luz, vem das cores primárias de impressão: Cian (ciano), Magenta (magenta), Yellow (amarelo) e blacK (preto), e suas misturas geram uma grande gama de novas cores.
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QUERO SER
SOCIAL MEDIA... POR ONDE EU COMEÇO? Re d
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Atualmente o universo digital se torna parte da vida cotidiana de todos nós, o que contribui para o crescimento de conteúdos, e maior unificação de empresas e clientes dentro do meio digital. Com isso as empresas têm investido sempre no relacionamento com os clientes, e nas estratégias de marketing digital, buscando visibilidade e credibilidade. Dentro deste cenário digital, surgiu a profissão social media,
ainda recente dentro do mercado de trabalho, mas muito procurada e muito ampla, principalmente para empresas que estão buscando, expandir sua marca dentro das redes sociais. E você caro leitor, que tem interesse em redes sociais, e que deseja um dia trabalhar com isso, mas não sabe nada sobre esta profissão, vem com a gente! Nesta matéria, vamos te informar sobre tudo que você precisa saber.
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Primeiro de tudo, o que é Social Media? As mídias sociais são os canais e plataformas, que realizam a comunicação de usuários do sistema. Há sempre um social media por trás de tudo, pois é ele quem planeja, cria, posta, interage com o público, analisa os resultados e faz a mágica acontecer. O que faz um Social Media? É ele, quem cuida de todo o planejamento de conteúdo, atualiza, faz todo o monitoramento, e cria esse conteúdo interativo dentro das páginas de redes sociais das empresas, para as quais prestam serviço.
Este conteúdo deve ser relevante, causar interesse ao público, e fazer que haja o engajamento do conteúdo com o tema da página. Como trabalhar com Social Media? Muitos profissionais já formados dentro de áreas como, design, jornalismo, marketing, publicidade e propaganda, letras e relações públicas, podem atuar como social media. Entretanto, deve-se investir em especializações, para entender a dinâmica de cada uma das redes sociais, cada uma com sua particularidade, quais são as ferramentas utilizadas, as funções mais avançadas, e ao final como analisar gráficos e resultados. Além de precisar ser um bom comunicador, e ser adaptável a mudanças e novidades que surgem constantemente dentro desse meio. Veja a seguir quais são as áreas possíveis de atuação Planejamento Fica responsável pela análise de mercado. Deve estar sempre por dentro das tendências, desenvolver estratégias de comunicação, conteúdo e de ações publicitárias adaptadas para cada uma das redes sociais, e seus canais de comunicação. Conteúdo Encarregado pela criação e organização de conteúdo, seja institucional ou promocional da marca. Logo será ele que colocará em prática, cada uma das estratégias planejadas e desenvolvidas anteriormente. É através dessa organização, que todo o conteúdo da marca será desenvolvido dentro das redes sociais, e comunicadas por designers e redatores.
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Monitoramento Não apenas com estratégias se faz um social media. E é exatamente por isso que o monitoramento é tão importante, pois com ele tudo que for comunicado na página, é analisado, mensurado, e compilado, para que haja a comprovação, ou não, de que as operações aplicadas estão tendo sucesso. E se não estiverem sendo proveitosas, ele deve aplicar medidas corretivas, para reverter a situação. Liderança O responsável por este cargo, é encarregado da gerência e da gestão das mídias sociais. Também coordena a demanda de atividades, avaliando os projetos, e todo o conteúdo desenvolvido. Os dados são coletados a partir da análise durante o monitoramento, sempre buscando resultados favoráveis. Ferramentas e Softwares Agora você compreendeu o que é um social media e em que campo se pode atuar dentro desta área. Chegou a hora de entender quais são os softwares usados dentro do campo de trabalho que o auxiliam muito no seu cotidiano. Cada uma das ferramentas devem ser estudadas para atender as reais necessidades de acordo com cada cliente.
Para curadoria de conteúdo: Flipboard, Storify, Pearltrees. Para monitoramento das métricas: Facebook Ads, Google Analytics, RD Station, HubSpot. Ferramentas Nativas Em alguns casos, existem ferramentas nativas que são de grande utilidade dentro das próprias redes sociais. Além disso as plataformas, das redes sociais, oferecem certificação digital, o que é muito importante para quem quer aprender mais sobre as ferramentas, e se especializar. Algumas das melhores e mais solicitadas dentro do mercado de trabalho são Facebook, Google Adwards, Analytics, . Por isso se você tem interesse na área, pesquise-as e busque conhecimento. Onde posso atuar no mercado de trabalho? Existem diversos cargos que se expandem juntamente com o crescimento do mercado. Além de atuar dentro de agências publicitárias, pode atuar em pequenas empresas, startups ou como freelancer. Reforçamos que procure sempre se manter atualizado, sobre tudo à sua volta, afinal, o trabalho do social media é a ponte de comunicação entre clientes e empresa.
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Redação: Ygor Schimdt A música está interligada ao design, pelo fato de ser possível, muitas vezes, transmitir na arte da capa o que os músicos querem passar com suas composições. A arte da música se torna completa, fazendo a ligação entre o músico, o designer e o ouvinte. A influência do design em todos os seguimentos artísticos é notória, desde ilustrações, cinema, teatro, e na música é muito mais do que aparenta, auxiliando fortemente na elaboração de composições, ritmos e principalmente na criação de capa dos discos. O conceito de criar artes para as capas de discos, teve início em 1939 com Alex Steinweiss (foto) designer gráfico norte americano apaixonado por música. É considerado o “pai das capas de discos modernas” por que resolveu inovar as capas que até então eram feitas com papel cartão, contendo na frente somente o nome do cantor. Steinweiss, sugeriu a modernização com cores vivas, novas
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tipografias, e artes diversificadas para cada disco da gravadora Columbia Records, onde trabalhou como diretor de arte. No entanto foi considerado, que a proposta de Steinweiss acarretaria um grande aumento de custo de produção para a gravadora, mesmo assim os seus superiores resolveram aceitar o desafio, acreditando no impacto visual que iria causar aos consumidores. Sua postura como designer teve muito sucesso ao sistematizar seu processo criativo, sendo o criador de parâmetros para projetos, originando essa conexão semântica entre as artes das capas e o conteúdo dos discos, e contribuindo ao aumento do consumo da música. Sendo que em apenas 6 meses a Columbia registrou um aumento de quase 900% em vendas, deixando a gravadora como líder absoluta nas vendas, assim formando o hábito de apreciar as capas dos discos ao ouvir as músicas.
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AS MELHORES
CAPAS JÁ CRIADAS
A revista Rolling Stone realizou uma enquete em seu site, para que os leitores elegessem as dez melhores capas de disco já criadas até então. Em seguida faremos uma análise detalhada de cada arte dos encartes, de todos os 10 discos, e uma breve apresentação de cada designer!
10- Todos os olhos – Tom Zé A capa demonstra o extraordinário trabalho de Décio Pignatari, publicitário e amigo de Tom Zé. O objetivo era uma afronta à censura da ditadura militar. A ideia inicial era uma bolinha de gude no centro de um ânus feminino. Reinaldo Moraes, sócio de Décio, foi quem tirou as fotos. Convidou uma fã do tropicalismo e foram realizar as fotos em um motel de caminhoneiros. Porém ao analisar as fotos no estúdio, consideraram ser muito explicitas, então, surgiu a ideia de tirar as fotos de um lábio segurando a bolinha de gude. Na casa de uma amiga tiraram a foto com uma leve maquiagem na modelo, contraindo levemente os lábios. Tom Zé só soube que não se tratava de um ânus, após a capa ser impressa.
9- A Saucerful of Secrets – Pink Floyd Gravado em 1968, o segundo álbum de estúdio da banda, foi feita pelo grupo Hipgnosis, onde Storm Thorgerson e Aubrey Powell iniciaram suas contribuições para o rock. Foram usadas treze sobreposições de impressões com cores, realizado nos estúdios da Royal College of Art, que não dispunha de muitos recursos técnicos. O resultado foi muito satisfatório e Bryan Morrison, empresário do Pink Floyd na época, os contratou futuramente para outros trabalhos. Foi a segunda vez que a produtora EMI permitiu que designers de fora da gravadora produzissem a arte gráfica para as bandas, sendo os Beatles os primeiros a terem esse “privilégio”.
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08- Revolver – The Beatles Klaus Voormann, em 1965, recebe uma ligação de John Lennon, pedindo que fizesse a arte da capa para o LP seguinte dos Beatles. No ano seguinte, criou a identidade visual do álbum Revolver, que marca a mudança no som da banda. O artista passou essa mudança para capa, misturando fotos dos integrantes com seus desenhos. Voormann queria manter o padrão em torno dos cabelos dos integrantes, criando um esboço do perfil, utilizando apenas a lembrança de cada um, colando fotos dentro e em volta do desenho. Em 1966 a capa do disco ganhou o Grammy de Melhor Capa de Álbum - Arte Gráfica do ano.
7- Physical Graffiti – Led Zeppelin Um dos melhores álbuns do rock, no topo da Billboard, consegue ser completo como poucos e demonstra a melhor fase técnica do Led. A capa é um prédio de 5 andares, de Nova York, que foi sugerido pelo designer Peter Corriston, pela simetria da construção. Foi removido o quarto andar do prédio, para ter o enquadramento exato, e as janelas abertas ilustram algumas celebridades como o astronauta Neil Armstrong, Elizabeth Taylor, Cleópatra, o King Kong, o assassino de JFK, entre outros. Sendo uma foto diurna do prédio, e uma noturna na traseira.
6- The Velvet Underground – The Velvet Underground & Nico
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“A capa mais emblemática do rock” é trabalho de Andy Warhol, que foi idealizador e diretor da banda. Lançado em 1966 marca a estreia do grupo, um fracasso de vendas no início, ignorado pela crítica musical da época. Hoje se tornou uma das capas mais influentes da música popular. Seu apelido “álbum da banana” veio nas primeiras edições com um convite ao público a descascar lentamente e ver, ao tirar um adesivo da banana em baixo encontrava-se uma banana com a cor de carne. Posteriormente a banana da capa se tornou ícone da banda.
5- Aladdin Sane – David Bowie Lançado em 1973 é seu sexto disco, e visto como essencial para sua sensacional carreira. A capa traz Bowie com o raio pintado no rosto, que se tornou o ícone do musico. Considerada como “a Mona Lisa das capas”, foi fotografada por Brian Duffy, que colaborou em Ziggy Stardust, The Man Who Fell to Earth, Scary Monsters (and Super Creeps) e Lodger. Bowie sugeriu incluir um raio para a capa, inspirado pelo símbolo da banda de Elvis, a TCB Band. O músico escolheu o raio cortando sua face, que passa sobre seu olho direito.
4- Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band – The Beatles Como era frequente na carreira dos Beatles, o disco traz uma sonoridade totalmente inovadora: uma capa, um som e um design simultaneamente complexo, misturado com a tendência psicodélica do fim dos anos 60. A capa foi concebida pelos artistas da pop art Peter Blake e Jann Haworth, feito a partir de um desenho em tinta de McCartney. Na frente da capa estão os quatro integrantes com uniformes de soldados militares, e várias bugigangas, e no final da arte com algumas colagens de famosos. Foi conquistado prêmio Grammy de melhor capa de álbum em 1968.
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3- Abbey Road – The Beatles Lançado em 1969 traz uma das capas ícones da música mundial. O disco que leva o mesmo nome da rua e do estúdio de Londres. Apesar de ser o penúltimo álbum dos Beatles com músicas inéditas, é considerado um dos melhores da banda.
A capa é uma foto tirada por Iain Macmillan dos quatro membros da banda atravessando a faixa de pedestres da rua, faixa que até hoje causa congestionamento por turistas que quererem tirar fotos no local. Algumas características da foto criam especulações, como o fato de Paul estar descalço, de olhos fechados e com o passo diferente dos companheiros, o que incentivou boatos de que “o músico estaria morto”... A capa se difere das demais do grupo, por ser o primeiro a não ter nada escrito, nem mesmo o logo da banda.
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2- Nevermind – Nirvana Um dos discos de maior destaque durante a década de 90 é o segundo álbum de estúdio da banda americana, atingindo o primeiro lugar nas paradas da Billboard desbancando até mesmo Michael Jackson. A capa ficou por conta do fotografo Kirk Weddie, que convidou um conhecido a colocar seu filho na piscina para ser fotografado dentro da água por 200 dólares. O bebê é Spencer Elden, que tinha 4 meses na época, e recentemente recebeu a mesma quantia do fotografo John Chapplepara para recriar a cena, agora com 25 anos.
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1- The Dark Side of The Moon – Pink Floyd Um dos discos mais vendidos da história da música mundial é o primeiro colocado da lista por sua importância em toda história fonográfica. Lançado em 1973, a capa foi produzida pelo grupo Hipgnosis, que fez Storm Thorgerson se tornar um dos principais designers da época, produzindo outros grandes sucessos, como Dirty Deeds Done Dirt Cheap, do AC/DC; Houses of the Holy, do Led Zeppelin; Never Say Die!, do Black Sabbath, entre outros... Na produção do album, o grupo ainda estava muito abalado pela saída de seu principal integrante, compositor e fundador Syd Barret. Passavam por um sério problema financeiro, não conseguiam encaixar um grande sucesso e tinham baixas vendas de discos. Este clima de ódio contra o mundo capitalista, foi favorável ao grupo para produzir um disco falando de suas feridas e críticas sociais, como a soberba, o sentimento de posse exagerado, o orgulho e a megalomania. Hipgnosis fez a capa de uma maneira que cada detalhe fosse milimetricamente calculado. O prisma é atingido pelo feixe de luz branca, que reproduz um fenômeno físico, resultando nas cores básicas do arco-íris. Os designers escolheram o formato triangular para representar a linguagem de signos, que simboliza os sentimentos que eram passados nas músicas, como a ganância e a cobiça.
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David Bowie
MODA ESTILO ANDROGENIA
Ele influenciou a moda por décadas, com seu estilo extravagante, e maquiagens coloridas. David Bowie foi um cantor que deixou seu legado tanto na música quanto na arte e moda. Sua androgenia era um fator que o permitia explorar todas as possibilidades. No começo de sua carreira, Bowie tinha um estilo um pouco mais sério, quase que parecido com o dos Beatles. Mas foi no lançamento de “The Man Who Sold The World” em 1970, que houve uma reviravolta, ele apareceu de vestido! E aí não parou mais, de cabelos vermelhos e salto alto, maquiagens fortes e muita androgenia dominavam o estilo. David foi considerado um camaleão do rock e da moda. Seu estilo variava do clássico ao muito ousado.
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Redação: Monica Tomazela
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AS FASES DE BOWIE Bowie inspirou muitas gerações. No início da década de 70, ele criou o personagem Ziggy! Uma estrela do rock vinda do espaço, que o fez ser tendência do glam rock, com estilo andrógeno, usava plataforma, saltos e muitas cores. A identidade mais marcante do cantor.
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Depois desse sucesso, David se cansou do exagero e partiu para um estilo minimalista e formal, com o uso de alfaiataria e referências mais masculinas. Novamente criou um personagem de sucesso, Thin White Duke do álbum Station to Sation, de 1976. Esse estilo é referência até hoje.
Com o lançamento de um novo album, Bowie mudou mais uma vez seu e s t i l o, e r a n ov a m e n te ousado, porém não como Ziggy. Ele passou a usar looks monocromáticos com cores vibrantes.
A jaqueta de Bowie Uma peça que se tornou um ícone foi a jaqueta com cores da bandeira da Inglaterra e marcas de cigarro que foi feita exclusivamente para David. Ele a usou em sua turnê que mostrou exatamente seu estilo: um mix de punk rock com as marcas de cigarro e o clássico da moda inglesa, um corte semelhante à um terno britânico.
Exposição O Victoria and Albert Museum (V&A) realizou uma das maiores mostras sobre o cantor, que recebeu o nome de David Bowie Is, e percorreu Londres, Alemanha, Estados Unidos, Austrália, França, Japão, São Paulo e Canadá. Nessa mostra foram expostos 47 looks do cantor, além de set lists, trechos de filmes, fotografias, entre outros.
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O MUNDO DAS ESTAMPAS Redação: Aline Toshie Onoue
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Conheça as técnicas O mercado da estamparia se torna uma área relevante para designers, pois envolve o processo de criação de artes. Geralmente é possível iniciar uma estamparia com um investimento relativamente baixo obtendo alta demanda. Atualmente há diversas empresas especializadas no mercado. O processo de estamparia consiste na impressão de imagens em tecidos e há algumas técnicas interessantes utilizadas.
Trans fer Ou transferência, em sua tradução, consiste basicamente em transferir do papel ao tecido. A imagem é impressa em papel especial (papel transfer) e é utilizada uma prensa térmica para realização da transferência. Nesse processo a estampa ‘gruda’ na superfície do tecido, ou seja, não é muito resistente a lavagens e tende a sair com facilidade. Tem baixo custo, alta lucratividade e é utilizada geralmente em pequenas tiragens de camisetas que serão descartadas.
Subli mação Similar ao transfer em relação de transferência de estampa. A figura é impressa em papel com tinta sublimatica. Essa tinta passa do sólido ao líquido, e após impressa, é utilizado uma prensa térmica. Nesse processo, diferente do transfer, a estampa não fica apenas na superfície do tecido, a tinta vira vapor e penetra no tecido, aderindo totalmente. São resistentes à lavagens e arranhões, tem baixo custo de produção e permite utilizar cores variadas. Sua desvantagem é que sua utilização é feita apenas em tecidos claros.
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Silk-screen Foil
É um papel bem fino (poliéster) metálico com texturas holográficas. Seu processo é feito aplicando-se cola ao tecido, em seguida coloca-se a folha foil sobre o tecido com cola na prensa térmica. Essa técnica possibilita efeitos diferenciados e atraentes.
ou serigrafia. Uma das mais antigas formas de impressão em tecidos. Seu processo é feito através de impressão por telas, utilizando tintas para tecido e rodo (ou puxador). Para cada cor, é utilizada uma tela, que possuem micro furos por onde a tinta penetra por conta da pressão exercida pelo rodo. Permite criar diversos efeitos, texturas e relevos. Porém, em muitos casos pode ser inviável o seu uso, por conta de seu custo elevado, por ser um processo demorado e custo elevado de mão de obra, comparada a outras técnicas.
impressão digital É a mais recente em termos de tecnologia. Funciona como uma impressora de papel, o desenho ou figura é impresso direto no tecido, o que possibilita figuras com mais detalhes, e sem aparência de adesivo do processo do transfer, além de não ter limites de cores. Tem qualidade semelhante à silk, mas com um processo mais ágil e prático. A desvantagem é o custo mais elevado, por conta da utilização da máquina.
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As mais utilizadas hoje em dia são a de sublimação e transfer, por seu baixo custo. Mas as impressões digitais vêm ganhando cada vez mais popularidade dentro do ramo.
Redação: Raquel Roverssi
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Um belo dia você resolve sentar para fazer um trabalho, e pronto: nada sai bom o suficiente, ou não vem ideias boas para você usar. Essa situação lhe parece familiar? Muitas vezes o designer se depara com esse problema comum entre profissionais que utilizam da criatividade para desenvolver um bom trabalho. Para muitos, um verdadeiro sufoco: o bloqueio criativo. As causas desse mal que nos atinge podem ser stress, preocupações, inseguranças, medos, pressa, entre muitos outros problemas que podem estar bloqueando sua mente. Apesar de ser assustador, não é um bicho de sete cabeças. Com um pouco de esforço e paciência podemos superar este problema. A seguir separamos três técnicas que podem te ajudar!
O Brainstorming! Também conhecido como tempestade de ideias, é uma técnica criada por Alex Osborn (1888-1966), e atualmente utilizada por muitas agências como ferramenta principal na criação, pois ajuda como um “aquecimento” para se chegar a uma ideia. Já ouviu aquela frase “duas cabeças pensam melhor que uma”? Pois é, essa é basicamente a essência do brainstorming. Ela consiste em reunir um grupo de pessoas para obter ideias e reflexões, sendo importante deixar fluir os mais diversos tipos de pensamentos. Após a chuva de ideias é realizada uma filtragem para selecionar as melhores sugestões.
Mapas Mentais! “Um Mapa Mental utiliza todas as habilidades do cérebro para interpretar palavras, imagens, números, conceitos lógicos, ritmos, cores e percepção espacial com uma técnica simples e eficiente. Ele nos dá a liberdade de ir aonde quer que nossa mente nos leve.” – Tony Buzan O mapa mental (ou mind map) é uma espécie de diagrama sistematizada por Tony Buzan (1942), que utiliza uma forma simples e objetiva de registrar informações. Uma poderosa ferramenta de estudo e aprendizado, pois atua no raciocínio e no processo de memorização. A ideia é fazer uma estrutura natural que parte do centro e basicamente não há regras, ou seja, não há um jeito certo de fazer: vale usar imagens, desenhos, linhas, símbolos, palavras, imagens, etc. O importante é ser fácil de lembrar e ser bem organizado, operando em harmonia com o cérebro.
Os 6 chapéus!
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Criado por Edward Bono (1933) o método facilita a comunicação, simplifica o pensamento e evita confusão. Os pensamentos são divididos em seis chapéus simbólicos, que são usados por todos e em sessões alternadas, que definem o tipo de pensamento a ser exercido durante uma reunião. São eles: • Preto: Identificar riscos e pontos negativos; • Verde: Relacionado à criatividade, onde são geradas ideias; • Branco: Apurar informações, fatos e ter visão geral do problema; • Vermelho: Expor emoções, sentimentos, palpites e intuições; • Amarelo: Ter visão positiva, identificar pontos positivos e benefícios; • Azul: Representa orientação, planejamento e visão geral, ou seja, ordena a reunião.
Dicas! • Estude: não somente a área em que você atua, procure conhecer outras, além de novas palavras, histórias, culturas, pessoas... expanda seu conhecimento! Quem sabe isso não te ajude em um projeto futuro? A partir de novos conhecimentos surgem novas ideias! • Exercite o corpo e mente: não apenas exercícios físicos – que por si só já trazem grandes benefícios – mas também a mente, para aumentar a velocidade de raciocínio e produtividade. Para isso você pode recorrer a jogos como sudoku, palavras cruzadas, xadrez, e outras atividades que exercitam sua capacidade mental.
• Saia da zona de conforto: ter uma rotina saudável é de extrema importância, pois evita a fadiga mental. Mas não confunda rotina com zona de conforto: fazer as mesmas coisas todos os dias pode estar bloqueando sua criatividade. Procure sair das mesmices do dia-a-dia, como mudar o caminho do trabalho ou trocar a academia por um parque. São pequenas mudanças que podem te trazer inspiração. • Medo: ao sair da zona de conforto, é normal sentirmos medo, mas isso pode vir a ser um problema quando você deixa de agir por conta dele. Permita-se falhar! Erros são parte do processo para evolução!
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s o i l ó t r o P f
Felipe José de Souza 2º Semestre de Design Gráfico be.net/felipesouz84e3
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Maycon Santana 8ยบ semestre Design Grรกfico be.net/MayconBSS
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Laryssa Luiz de Souza 6°Semestre de Artes Visuais. laryssa.luiz145@gmail.com
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Giovanna Andrade 4ยบ semestre de Design de Moda be.net/giovannandrade
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