Revista Lubes em Foco - Edição 69

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Out/Nov 18 Ano XII • nº 69 Publicação Bimestral

EM FOCO

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00069

A revista do negócio de lubrificantes

Teste de laboratório compara desempenho do óleo no motor

Ferramenta determina a eficiência energética do óleo em uso .

Ponto de Fluidez: buscando equilíbrio O papel dos aditivos PPD no desempenho do óleo lubrificante a baixas temperaturas, mesmo com básicos de qualidade.


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Editorial A expectativa da indústria automobilística é bastante animadora. Com base na recuperação econômica do país e nos incentivos oferecidos pelo Programa Rota 2030, as montadoras podem esperar um ano promissor, tanto em produção como em lucratividade. Na esteira de uma recuperação da indústria, segue o mercado de lubrificantes, que já vem apresentando este ano uma movimentação interessante. Nos quatro primeiros trimestres de 2018, o mercado apresentou um crescimento de 3,2%, com relação ao mesmo período do ano passado, e projeta fechar o ano nesse mesmo patamar, com avanços em tecnologia e inovação. Interessante notar que, apesar de ter percorrido um caminho tortuoso, em termos de volume, o mercado de lubrificantes nunca deixou de evoluir no que diz respeito a tecnologia e inovação. Os motores e equipamentos mais modernos vão exigindo cada vez mais melhores desempenhos com viscosidades mais baixas, fazendo com que os óleos tenham que suportar altas temperaturas e pressões, mantendo a película lubrificante rsistente e não sofrendo perdas por evaporação significativas. Tudo isso leva a formulações com insumos de melhor qualidade e, a exemplo do que acontece em todo mundo, à utilização de básicos dos grupos II e III, que aumenta consideravelmente, em detrimento do grupo I, que fica cada vez mais direcionado à área industrial. Já é sabido e bastante lembrado em todos os eventos de lubrificantes que as duas únicas refinarias brasileiras que produzem óleos básicos parafínicos, só fabricam o tipo do grupo I, ficando com a rerrefinadora Lwart Lubrificantes a única produção local possível de grupo II . Assim, o país caminha direto para se tornar um grande importador de óleos básicos, sendo necessário também entender que, mesmo para trabalhar somente com importados, existe a necessidade de investimentos em infraestrutura de transporte e portos, tanques de armazenagem e um grande planejamento para compensar possíveis variações do dólar e do preço internacional do petróleo, além de uma grande torcida para que a temporada de furacões não faça estragos que interrompam o fornecimento das refinarias americanas, a exemplo do que tem ocorrido em várias ocasiões. Para o Brasil, investir em novas refinarias pode não ser um caminho viável a curto e médio prazo, e as possibilidades de parcerias internacionais devem ser consideradas com cuidado. Entretanto, é muito importante que as autoridades competentes e todo o mercado de lubrificantes estejam atentos, pois será muito fácil para possíveis investidores e/ou parceiros ter o foco voltado aos combustíveis, por serem mais críticos ao abastecimento do país, e não contemplar a produção de óleos básicos em seus projetos de refino. Os Editores

Publicado por: EDITORA ONZE LTDA. Rua da Glória 366 - sala 1101 - parte CEP 20241-180 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (5521) 2224-0625 e-mail: comercial@lubes.com.br Conselho Editorial Gustavo Eduardo Zamboni Pedro Nelson Abicalil Belmiro Jornalista Responsável Angela Maria A. Belmiro - reg. 19.544-90-69

Editor Chefe Pedro Nelson A. Belmiro Diretor de Arte Gustavo Eduardo Zamboni Capa Gustavo Eduardo Zamboni Layout e Editoração Gustavo Eduardo Zamboni Revisão Angela Belmiro Impressão Grafitto Gráfica e Editora Ltda

Publicidade e Contato Comercial Shirley Barbosa (5521) 2224-0625 R-22 shirley@editoraonze.com.br

E-mail dos leitores e site leitores@lubes.com.br www.lubes.com.br Cadastramento de leitor e assinaturas Portal Lubes www.portallubes.com.br

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Dez/Jan 17 Ano X • nº 58 Publicação Bimestral

EM FOCO

A revista do negócio de lubrificantes

Abril/Maio 16 Ano VIII • nº 54 Publicação Bimestral

EM FOCO

A revista do negócio de lubrificantes 00058

Out/Nov 16 Ano X • nº 57 Publicação Bimestral

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EM FOCO

A revista do negócio de lubrificantes

Onde estão as evidências?

A evidência inicial de uma falha mecânica pode ficar muito descaracterizada pela falha real. Como proceder?

Monitoramento volta à cena no mercado Entrevista esclarecedora sobre a retomada do PML, seus pontos e objetivos principais para a melhoria da qualidade dos lubrificantes.

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Tecnologia Start-Stop

Uma ótima solução para a economia de combustíveis e um grande desafio para as formulções de lubrificantes.

Troca de óleo em motores 4T

Uma tarefa simples mas de grande importância para uma maior produtividade de equipamentos móveis.

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6º Encontro com o Mercado

O principal evento de lubrificantes da América do sul, integrando tecnologia, mercado, sustentabilidade e legislação.

Filtração eficiente prolonga vida do óleo Testes realizados em grandes motores de equipamentos de mineração comprovam grande economia com eficiência dos filtros.

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Ago/Set 16 Ano X • nº 56 Publicação Bimestral

EM FOCO

11/08/2016 14:07:02

A revista do negócio de lubrificantes

Jun/Jul 16 Ano VIII • nº 55 Publicação Bimestral

EM FOCO

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Lítio no Brasil: Estímulo à cadeia ou Reserva de mercado ?

Análise da situação e os impactos nos produtores de graxas.

Locomotivas e a evolução do óleo

Como tem sido a evolução da tecnologia em motores ferroviários e as pressões atuais e futuras sobre o lubrificante.

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A revista do negócio de lubrificantes

Carros autônomos e a ética experimental Uma discussão sobre responsabilidade, ética e adaptação legal de novas tecnologias. Afinal de quem seria a culpa por um acidente?

Usando óleos de automóveis em motos

Um hábito que pode aumentar custos e reduzir a vida útil do motor.

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Editora Onze

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Sumário 6

Novo Centro de Excelência em lubrificantes

8

As graxas são todas iguais?

A Petronas inaugura um dos mais modernos centros de inovação e tecnologia, com certificação ISO.

Especialista do setor mostra as vantagens e desvantagens do uso de graxas à base de sulfonato de cálcio.

13

O gerenciamento do Ponto de Fluidez A importância da utilização de aditivos abaixadores do ponto de fluidez nas formulações de lubrificantes.

16

Estudo compara teste de laboratório com campo Trabalho realizado por especialistas da ICONIC compara o envelhecimento de óleos em laboratório com testes de campo.

20

Educação de jovens para trabalho seguro

24

O mercado em foco

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Programação de Eventos

Dr. Newton Richa relata uma experiência de sucesso realizada na Alemanha com jovens para o trabalho com químicos.

Um resumo do mercado brasileiro de lubrificantes e a participação das empresas do setor

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INDÚSTRIA

Inovação e Tecnologia Centro de Excelência em lubrificantes é destaque mundial

Por: Pedro Nelson A. Belmiro

ocorreu em um período de grande queda do mercado Com um investimento de US$ 8 milhões em uma área brasileiro de lubrificantes. “Nesse período, a empresa de 2.400 m2 e ampla capacitação técnica de seus cobuscou a inovação e tecnologia, com planos de longo laboradores, a Petronas construiu, em suas instalações prazo para o Brasil e América Latina. Contratamos de Contagem (MG), no Brasil, o mais moderno Cenpessoal especializado e investimos em capacitação tro de Tecnologia em lubrificantes da América Latina, técnica e retenção de talentos para um melhor suporte como parte integrante de uma rede de unidades intetécnico aos clientes”, comentou Capanema. gradas dentro do grupo Petronas PLI. A unidade de A Coordenadora de Controle de Qualidade para a Contagem foi inaugurada e apresentada ao público no América Latina, Sabrina Fernanda T. Alves, explica dia 12 de setembro deste ano, e é interligada aos demais que foi muito importante para a empresa a obtenção polos de tecnologia da empresa, na Itália, Estados Unida acreditação na norma ISO 17025, uma norma dos, China e África do Sul. internacional para laboratórios de testes em geral. A preocupação com a redução de emissões de CO2 fez Referência mundial, a norma ISO/IEC 17025 possicom que a empresa direcionasse para essa finalidade bilita que os laboratórios produzam resultados alta75% de seus projetos futuros em Pesquisa e Desenmente confiáveis e, dessa volvimento, dando ênfase à tecnologia e engenharia forma, demonstrem que são tecnicamente comde produtos lubrificantes petentes. O órgão que especializados. realiza a certificação e a Segundo o diretor de Tecacreditação na norma é o nologia, responsável globINMETRO que, por inal pelo desenvolvimento termédio de sua Divisão de lubrificantes industriais, Marcelo Capanema, de Acreditação de Laboratórios de Calibração, um ponto importante em atua em conformidade todo esse processo de in- Sabrina Fernanda T. Alves – Coordenadora de Controle de com procedimentos investimento é que tudo isso Qualidade para a América Latina 6


Da esquerda para a direitra: Marcelo Capanema, Andrew Holmes, Eric Holthusen, Ravi Tallamraju

ternacionais constantes da ISO/IEC Guide 25. De acordo com o órgão, e com o objetivo de disponibilizar ao país uma infraestrutura de serviços básicos para a competitividade, em atendimento à demanda, foi estimulada a criação da Rede Brasileira de Calibração – RBC. Constituída por laboratórios acreditados pelo Inmetro, a RBC congrega competências técnicas e capacitações vinculadas às indústrias, universidades e institutos tecnológicos, habilitados à realização de serviços de calibração. A acreditação subentende a comprovação da competência técnica, credibilidade e capacidade operacional do laboratório. “Atualmente, o Centro de Excelência da Petronas possui 25 ensaios acreditados, sendo que todo o laboratório está inserido no sistema de gestão requerido pela norma ISO 17025. Além disso, todos os ensaios, mesmo aqueles para os quais ainda não solicitamos a acreditação, seguem os procedimentos de calibração estipulados pela Rede Brasileira de Calibração – RBC. Contamos atualmente com 30 cientistas e estamos habilitados a executar 105 diferentes metodologias de ensaios disponíveis, todas elas baseadas na ASTM (American Society for Testing and Materials). Somos o primeiro produtor de lubrificantes da América Latina a obter a acreditação ISO/IEC 17025 com um escopo de ensaios ligados exclusivamente a lubrificantes.”, afirmou Sabrina. Durante a inauguração do novo Centro de Pesquisas e Tecnologia, a alta direção da Petronas Lubricants

International (PLI), afirmou sua crença nas ambições de crescimento do Brasil, e reafirmou o compromisso com a meta da empresa em atender às exigências do mercado da maior Economia da América do Sul. O investimento realizado no país ultrapassou, nos últimos seis anos, a casa dos R$ 350 milhões. De acordo com a direção da Petronas, o foco do empreendimento no Brasil é o segmento industrial, entretanto acredita que com isso irá também facilitar a integração com os outros centros da empresa, trazendo vantagens interessantes para o segmento automotivo. “Como brasileiros, temos a responsabilidade de sermos o centro global de desenvolvimento dos lubrificantes industriais, o que representa um portfólio de mais de 200 diferentes produtos criados nos últimos dois anos e meio, incluindo fluidos hidráulicos, redutores, turbinas, geração de energia, óleos motores industriais, graxas, entre outros, globalizando a oferta de produtos Petronas para diversos segmentos industriais”, disse Capanema.

Pedro Nelson Belmiro é Engenheiro Químico, Consultor Técnico em lubrificantes, Co-autor do livro Lubrificantes e Lubrificação Industrial e coordenador da Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do IBP.

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LUBRIFICAÇÃO

Graxa é graxa, certo? Graxas à base de sulfonato de cálcio: vantagens e desvantagens Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

a

z z Dessemelhantes de outras graxas, as graxas

re s p o s t a n ã o é t ã o s i m p l e s a s s i m , p o rq u e

à base de sulfonato de cálcio possuem propriedades

existem muitos tipos de graxa. Se a graxa

inerentes de Extrema Pressão (EP);

Graxa

adequada

é

graxa,

não

certo?

está

Infelizmente,

sendo

utilizada

no

m a q u i n á r i o , é s e g u ro q u e e s t ã o o c o r re n d o

z z Podem ser formuladas como graxas “ food

grade ” atendendo à especificação NSF H-1.

g a s t o s e x c e s s i v o s e m p e ç a s d e re p o s i ç ã o . P o r o u t ro l a d o , o u s o d e g r a x a a d e q u a d a a u x i l i a o equipamento a operar longos períodos sem necessidade de manutenção. O ponto em questão é saber que graxa deve ser utilizada para determinada aplicação. Figuras 2/3 - Graxas à base de sulfonato de cálcio: condições EP e “food grade”

Figura 1 - Graxa é graxa, certo? Errado. Há variados tipos de graxa

Há disponíveis, no mercado, variados tipos de espessantes para graxas, possuindo, cada qual, os seus pontos fortes e as suas debilidades. De forma

As graxas à base de sulfonato de cálcio já existem

resumida, podemos dizer que as graxas à base de

há mais de 50 anos e possuem duas peculiaridades

lítio (as mais comuns) são compostas por um ácido

bem interessantes que as tornam bastante atraentes

graxo, usualmente ácido 12-hidroxiesteárico, e uma

em relação a outros tipos de graxa:

base de lítio para produzir um sabão que atua como

8


espessante da graxa. Aditivos são, então, adicionados

lubrificante e o espessante. Por terem Ponto

para dar à graxa características EP (Extrema Pressão)

de Gota bastante mais elevados em relação a

e outras propriedades adicionais que permitam aos

alguns tipos de graxa (ex. graxa à base de sabão

maquinários operar em condição máxima de esforço.

de lítio), as graxas à base de sulfonato de cálcio são muito propícias para uso em aplicações em que ocorram elevadas temperaturas de serviço.

Figuras 4/5 - Há disponíveis variados tipos de espessantes para uso em graxas

Graxa à base de sabão de lítio

Figuras 8/9 - Mancais de rolamento em digestores e uniões rotativas com passagem de vapor: boa aplicação para graxas à base de sulfonato de cálcio

Graxas de sulfonato de cálcio

Para se formular uma graxa à base de sabão

Com respeito à produção de graxas à base de

complexo de lítio, parte do ácido graxo é substituída

sulfonato de cálcio, é necessário certo grau de

por outro tipo de ácido (usualmente um diácido),

expertise para que o fluido detergente utilizado

tendo como resultado um sabão complexo. A

em sua composição possa ser convertido de

estrutura híbrida do sabão complexo de lítio tem

forma eficiente em graxa, uma vez que o modo e

a particularidade de suportar temperaturas de

a intensidade com que esta conversão é realizada

operação mais elevadas em relação ao sabão de lítio,

afetarão profundamente o desempenho EP (Extrema

sem que ocorram alterações na estrutura mecânica

Pressão) e o Ponto de Gota da graxa.

da graxa, ou separação entre o espessante e o óleo lubrificante. Ou seja, Ponto de Gota mais elevado.

Figuras 10/11 - A produção de graxas à base de sulfonato de cálcio, como em outros tipos de graxa, tem muito de artesanal

Figuras 6/7 - Complexo de lítio x Lítio: Ponto de Gota mais elevado

Podemos dizer que o processo de produção de graxa assemelha-se a uma atividade artística, em grande parte artesanal, e que varia de fabricante para

O Ponto de Gota (temperatura em que a graxa

fabricante. A experiência conta muito na formulação

passa do estado sólido ou pastoso ao estado

e produção de graxas. As graxas à base de sulfonato

líquido) serve como indicação da temperatura

de cálcio são formuladas por meio da conversão de

máxima à qual determinada graxa pode operar

um fluido detergente contendo carbonato de cálcio

sem que ocorra excessiva separação entre o óleo

amorfo em graxa com partículas de calcita. 9


Tendo em vista que as partículas de calcita têm naturais

Taxas de aplicação de sulfonato de cálcio

propriedades lubrificantes, em algumas situações pode ser desnecessário o uso de aditivos contendo enxofre,

Para complicar mais ainda a situação, vamos

fósforo ou zinco. Eis, então, o motivo de graxas à base de

analisar as taxas de aplicação de sulfonato

sulfonato de cálcio serem particularmente interessantes

de

para uso na indústria alimentícia e farmacêutica e de

Ciclo Diesel 4T demandam taxa de aplicação

cosméticos.

de, aproximadamente, 5%, ao passo que, em

cálcio.

Motores

de

combustão

interna

graxas, a taxa de aplicação varia entre 20% e 50%. Esta substancial diferença na taxa de aplicação impacta sobremaneira nos custos de graxas à base de sulfonato de cálcio. Outros dois pontos a serem mencionados quando se considera o uso de graxas à base de sulfonato Figuras 12/13 - Graxas à base de sulfonato de cálcio: indústrias alimentícias, farmacêuticas e de cosméticos

de cálcio são a bombeabilidade e o desempenho

Custo da graxa de sulfonato

Off com Água (ASTM D4049-99 ou Método de

no popularmente conhecido Ensaio do Spray Ensaio Padrão para Determinação da Resistência

Muito embora as graxas à base de sulfonato

de Graxa Lubrificante ao Spray de Água).

de cálcio tenham muitas propriedades desejáveis, um fator que inibe o seu uso em maior escala é o seu custo. A produção de partículas de calcita são o alvo principal no processo produtivo de graxas à base de sulfonato de cálcio, mas os custos para se chegar a esse ponto são elevados. A produção de sulfonato de cálcio, atualmente, é limitada, com preços crescentes, mesmo com as plantas operando à capacidade máxima,

Figuras 16/17 - Bombeabilidade e Ensaio do Spray Off

visto não ser este composto utilizado apenas na produção de graxas.

A questão da bombeabilidade em graxas

Sulfonato de cálcio é utilizado como aditivos

à base de sulfonato de cálcio não é algo

em óleos lubrificantes para uso em motores de

preocupante, visto que essa propriedade pode

combustão interna 4T (Ciclo Diesel/Ciclo Otto)

ser otimizada por meio da seleção adequada do

, fluidos para metalworking , fluidos para uso

óleo básico empregado em sua formulação. O

em transmissões automáticas, óleos lubrificantes

Ensaio do Spray Off com Água (ASTM D4049-

para uso em caixas de engrenagens automotivas

99) consiste em se colocar delgada camada de

e industriais e em várias outras aplicações.

graxa em placa de dimensões padronizadas e pulverizá-la com água durante determinado período de tempo. Após o término do ensaio, o percentual de graxa perdida é calculado e, nesse aspecto, algumas formulações de graxas à base de sulfonato de cálcio apresentam desvantagens em relação às graxas à base de sabão complexo

Figuras 14/15 - Sulfonato de cálcio: outras aplicações além do uso em graxas

10

de lítio.


Quando usar? Surge então a pergunta: quando é vantajoso, então, o uso de graxa à base de sulfonato de cálcio? Uma resposta seria: quando os benefícios valerem a pena em relação ao custo. Se em determinada aplicação as exigências técnicas do equipamento móvel ou industrial forem tais que justifiquem o uso de graxas à base de sulfonato de cálcio, então valeria a pena pagar mais caro por esse tipo de graxa.

Figuras 18/19 - Graxas à base de sulfonato de cálcio: excelentes avaliações EP nos ensaios Four-Ball e Timken

Como exemplo, podemos dizer que graxas à base de sulfonato de cálcio têm excelente desempenho em

Algumas formulações de graxas à base de

condições que requeiram propriedades de Extrema

sulfonato de cálcio têm excelente desempenho

Pressão (EP), o que pode ser averiguado através do

na lubrificação de mancais planos e de rolamento

Ensaio do Método Four-Ball (ASTM D2596 - Método

em equipamentos móveis e industriais que

de Ensaio Padrão para Medição de Propriedades de

operam em ambientes submetidos à névoa

Extrema Pressão em Graxa Lubrificante) e do Ensaio

salina, tais como embarcações, equipamentos

do Método Timken (ASTM D2509 - Método de Ensaio

móveis de construção civil operando no litoral,

Padrão para Medição da Capacidade de Suportar

equipamentos

Cargas em Graxa Lubrificante).

acionamento em pontes móveis etc.

portuários,

mecanismos

de

11


de cálcio podem superar os 800 kg. A explicação para isso é que as partículas de calcita presentes nas graxas à base de sulfonato de cálcio têm estrutura lamelar (escamas ou wafer) e formam planos de cisalhamento entre as superfícies metálicas em movimento. As citadas estruturas Figuras 20/21 - Larga aplicação em equipamentos móveis e industriais

lamelares criam uma camada de sacrifício sobre as superfícies metálicas em movimento, que

Graxas à base de sulfonato de cálcio vêm tendo uso

sofrem

cisalhamento

permanente

quando

o

crescente na lubrificação de mancais planos e de rolamento,

componente mecânico está em operação. Afinal

juntas universais, juntas esféricas, uniões rotativas, em

de contas, será de menor custo o cisalhamento

chassis, fitas transportadoras, moinhos de bolas, britadores

das partículas que o arrancamento de material

de mandíbulas, equipamentos de fundição, de laminação,

das superfícies metálicas em movimento por

de lingotamento contínuo, de equipamentos móveis e

desgaste adesivo.

industrial utilizados nas atividades da construção civil, agrícolas e da indústria em geral (alimentos, farmacêutica, mineração, papel e celulose, siderurgia, fundição, laminação de aço, petróleo etc.). As graxas à base de sulfonato de cálcio têm bom desempenho na prevenção à ferrugem, sendo muito boa, também, a estabilidade à oxidação desse tipo de graxa. Os inibidores da ferrugem, geralmente, são surfactantes que neutralizam os compostos ácidos que possam agredir as superfícies metálicas dando origem ao desgaste corrosivo, atuando como uma barreira para impedir o processo

Figuras 24/25 - Sulfonato de cálcio: outras aplicações além do uso em graxas

de formação de ferrugem nas superfícies metálicas de elementos de máquina.

E m re s u m o , s e a a p l i c a ç ã o re q u e r g r a x a lubrificante que atenda à especificação de g r a x a N S F H - 1 ( g r a u a l i m e n t í c i o ) , re s i s t ê n c i a ao calor e tolerância à ação da água, pode ser que o uso de graxa à base de sulfonato d e c á l c i o j u s t i f i q u e o p re ç o m a i s e l e v a d o

Figuras 22/23 - Bom desempenho na prevenção à ferrugem e na estabilidade à oxidação

É importante frisar que um bom desempenho referente

em mais

re l a ç ã o

às

baratos,

graxas em

face

com da

espessantes melhoria

confiabilidade do maquinário.

à resistência à oxidação de uma graxa dependerá do tipo e qualidade tanto do espessante como do óleo básico utilizados em sua formulação. Marcos Thadeu Giacomini Lobo

Estruturas lamelares

é Engenheiro Mecânico e Consultor Técnico em Lubrificação da Petrobras

Cargas de Soldagem medidas pelo Ensaio do Método Four-Ball (ASTM D2596) em graxas à base de sulfonato 12

Distribuidora S.A.

na


LUBRIFICANTES

Gerenciamento do ponto de fluidez de lubrificantes com PPDs

Por: Equipe técnica da BASF

Os aditivos abaixadores do ponto de fluidez

moléculas responsáveis pela diminuição da fluidez

(Pour-Point Depressants – PPDs) são necessários

em baixas temperaturas, as parafinas. Ainda assim,

para

o óleo desparafinado contém algumas moléculas

uma

grande

variedade

de

aplicações

lubrificantes e ajudam a melhorar suas propriedades

parafínicas,

em temperaturas mais baixas. A estabilidade a

n-alcanos lineares que possuem cadeias de carbono

menores temperaturas permite que o lubrificante

com comprimento superior a C14 podem causar

seja comercializado nos mais diversos climas.

problemas em baixas temperaturas, mesmo em

Equipamentos utilizados em ambientes com baixa temperatura devem ser capazes de operar sem perda

classificadas

como

n-alcanos.

Os

pequenas quantidades, afetando negativamente a fluidez do óleo.

de lubrificação, uma vez que a redução do ponto

Conforme os óleos parafínicos começam a

de fluidez do lubrificante nessas condições poderia

diminuir em temperatura, os componentes cerosos

acarretar danos ao equipamento. Entre os exemplos

começam a cristalizar, ocasionando a turbidez

de aplicação em que os lubrificantes precisam

do fluído. A temperatura na qual isso acontece

manter o desempenho a baixas temperaturas estão,

é chamada de ponto de nevoa, e é testada

óleos de motor, óleos de engrenagem, óleos de

utilizando-se o método padrão ASTM D2500.

transmissão e óleos hidráulicos.

Conforme a temperatura vai caindo, os cristais

Os óleos básicos são produzidos por meio do

processamento

de

óleo

meio

estruturas tridimensionais parecidas com agulhas,

de técnicas como a destilação, extração por

que se aglomeram à medida que a temperatura

solventes,

hidrotratamento,

é reduzida, aprisionando o óleo não cristalino

hidrocraqueamento, entre outros. A etapa de

dentro da matriz cerosa. Isso restringe o fluxo do

desparafinação

óleo. A temperatura na qual esse processo ocorre

desparafinação, remove

uma

cru,

boa

por

crescem nas placas, eventualmente formando

parte

das

13


é chamada de pour point (ponto de fluidez) do

da

fluído. O método manual original com o qual isso é

o lubrificante atinja o limite de especificação

mensurado é ASTM D97. Também existem métodos

pretendido, o PPD foi executado com eficácia.

temperatura

de

cristalização

permita

que

automáticos para determinar o ponto de fluidez

A utilização de PPDs na aplicação pretendida

que estão correlacionados com ASTM D97, tais

permite que o fluido acabado seja aprovado

como ASTM D5949 (método de pulso de pressão

por outras especificações de OEMs. A medição

automático), ASTM D5950 (método de inclinação

Brookfield de Baixa Temperatura (Low Temperature

automático), ASTM 5985 (método rotacional),

Brookfield - LTB -ASTM D2983) é uma especificação

ASTM D6982 (inclinação robótica) e ASTM D7346

crítica para lubrificantes hidráulicos e aplicações

(sem ponto de fluxo e ponto de fluidez).

em transmissões, como lubrificantes de transmissão

Os PPDs são alguns dos aditivos de lubrificantes

(automática e manual) e de engrenagens. Para outras

mais antigos, e vêm sendo utilizados desde 1930.

aplicações, como óleos de motor, a capacidade de

Os aditivos PPD utilizados com maior frequência

bombeamento de um lubrificante é mais crítica.

em formulações lubrificantes nos dias de hoje são

Isso nunca foi mais aparente do que nos invernos

poliméricos. Alguns exemplos dos tipos de classes

do início dos anos 80 na Europa e na América

químicas que são utilizados como PPDs são os

do Norte, onde houve falhas generalizadas nos

acrilatos, metacrilatos, fumaratos, vinil acetatos,

motores. Em muitos casos, os motores ligavam, mas

estirenos alquilados, alfa-olefinas, dentre outros.

o óleo do motor no cárter solidificava, causando a

Embora

sido

inanição do motor. A partir dessa catástrofe, o teste

empregadas ao longo do tempo, o mecanismo

de bancada do Viscosímetro Mini Rotativo (Mini

pelo qual esses aditivos ajudam a controlar a

Rotary Viscosity - MRV - ASTM D3829) foi modificado

cristalização permanece o mesmo. Conforme o

e o MRV (ASTM D4684),teste de 48 horas, foi

lubrificante é resfriado, os PPDs cocristalizam com

desenvolvido. A mudança no tempo de teste de 16

os cristais cerosos menores para evitar que cresçam

horas para aproximadamente 48 horas oferece uma

em redes tridimensionais. Os PPDs não interrompem

boa correlação com o desempenho do motor.

diferentes

formulações

tenham

o processo de cristalização, apenas impedem que

Outro

importante

teste

de

bancada

que

grandes placas se aglomerem. Um ponto de fluidez

auxilia na determinação do melhor PPD com base

será eventualmente atingido à medida que o

na capacidade de bombeamento é o Teste de

lubrificante resfria e o aumento da viscosidade reduz

Varredura Brookfield (Scanning Brookfield - ASTM

o fluxo do lubrificante. Desde que o abaixamento

D5133). O teste de Varredura Brookfield ajuda a

IRGAFLO® P

Abaixador do Ponto de Fluidez (PPD) Tecnologia PMA de alto custo-benefício Eficiente a reduzidas taxas de tratamento Suporte de laboratório para desempenho otimizado

14 www.performancechemicals.basf.com/ev/internet/fuel-lubricant-solutions


Teste de ponto de fluidez.

determinar um índice de gelificação e correlaciona

uma estrutura tipo hidrocarboneto ceroso pode

a temperatura em que isso ocorre. O PPD escolhido

contribuir negativamente para o desempenho em

precisará atender às especificações MRV e do Teste

baixas temperaturas. É por isso que é aconselhável

de Varredura Brookfield, além do ponto de fluidez,

testar os PPDs em uma formulação completa e não

a fim de ser aprovado para uso em uma formulação

apenas na presença de um óleo base.

de óleo de motor. Não é suficiente medir apenas a

Como

o

refinamento

de

óleos

básicos

redução no ponto de fluidez que um PPD alcança

continua com a tendência para volumes maiores

para selecionar o melhor PPD para um lubrificante

de óleos minerais do grupo II e III ao redor

específico. Dois PPDs diferentes podem apresentar um

do mundo, a necessidade de PPD continuará

bom desempenho de ponto de fluidez e ter perfis de

presente. Ainda existem constituintes cerosos

bombeamento drasticamente diferentes. Portanto, é

que fazem parte do perfil do óleo mineral. Além

imperativo realizar todos os testes de baixa temperatura

disso, sempre haverá outros aditivos que são

específicos da aplicação, com o objetivo de encontrar

empregados em formulações de lubrificantes,

o PPD de melhor desempenho para o lubrificante.

que

A

inclusão

de

um

óleo

secundário

na

na

desempenham performance

em

um

papel

baixas

importante

temperaturas,

formulação do lubrificante adiciona outra fonte de

nas quais os PPDs estarão disponíveis para

complexidade à seleção do PPD, especialmente se

equilibrar a fluidez.

for um óleo base com alta viscosidade. Além do óleo base, existem outros aditivos que também podem introduzir cera na formulação do lubrificante. As fontes dessas ceras podem incluir o modificador de viscosidade e diferentes componentes que fazem

Por: Equipe técnica da BASF

parte da embalagem do inibidor de detergente, mas não estão limitadas a eles. Um aditivo que exibe 15


TECNOLOGIA

A TRIBOLOGIA

como ferramenta para avaliação da eficiência energética do óleo lubrificante durante o seu uso

Por: Hugo Cavalcante Peixoto, Beatriz Vasconcelos Rodrigues de Assis, Pamela Fernandes de Oliveira Barreto, Amanda Pereira Franco dos Santos, Daiane Carbonera Spadari Divisão de Tecnologia, ICONIC Lubrificantes S.A.

INTRODUÇÃO

Uma solução para novas reduções do consumo de combustível e emissões de poluentes é redesenhar

O setor automotivo tem passado por grandes mudanças

o motor e transmissão para diminuir perdas por atrito.

nas últimas décadas, motivadas, dentre outras, pelas questões

Revestimentos de baixa fricção, texturização de superfícies

de desempenho e, sobretudo, ambientais.Há uma tendência de

e aditivos para lubrificantes são também algumas das

se reduzir a emissão de gases poluentes e tóxicos provenientes

ferramentas promissoras.

da combustão e da própria evaporação da gasolina, por serem

A engenharia automotiva desenvolveu tecnologias

fontes básicas de poluição atmosférica causada por substâncias

como motores menores (downsizing), injeção direta (GDI)

tóxicas. Para reduzir a toxicidade dessas emissões, estudos têm

e turbo compressor (turbocharger), que caracterizam um

sido conduzidos para melhorar o projeto do motor, modificar a

ganho siginificativo em eficiência energêtica. Entretanto, esses

composição da gasolina, utilizar novos tipos de combustíveis e

avanços tecnológicos provocaram um desafio maior para o

conversores catalíticos.

óleo lubrificante, resultando em especificações mais exigentes,

Em julho de 2018, o Governo Federal publicou a Medida Provisória n° 843, que institui o Programa Rota 2030 –

necessidade de melhores tecnologias e lubrificantes com menor grau de viscosidade.

Mobilidade e Logística. Esse programa tem como objetivo apoiar

O lubrificante com baixa viscosidade requer uma

o desenvolvimento tecnológico, a competitividade, a inovação, a

tecnologia de aditivação diferenciada para manter e/ou

segurança veicular, como também, a proteção ao meio ambiente,

melhorar o seu desempenho na região de lubrificação

a eficiência energética e a qualidade dos automóveis, caminhões,

limítrofe, coforme apresentado na Curva de Stribeck na

ônibus, chassis com motor e autopeças.3Além disso, o Conselho

Figura 1. A curva de Stribeck é uma forma gráfica de ilustrar

Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, através do Programa

e de identificar os diferentes regimes de lubrificação que

de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores –

podem ser observados entre duas superfícies móveis. Os

PROCONVE, criou regulamentos para reduzir as emissões de

parâmetros normalmente correlacionados nessa curva são o

gases de efeito estufa e melhorar a economia de combustíveis do

coeficiente de atrito e o número de Hersey, que correlaciona

veículo para diminuir o uso de energia no setor de transportes,

a viscosidade do lubrificante, a velocidade do deslizamento

que hoje representa cerca de 20%.

e o carregamento normal externo.

16


A região de lubrificação limítrofe necessita de uma redução

velocidades de rotação. Tanto as análises de PDSC

do coeficiente de atrito, e uma das tecnologias utilizadas são

quanto de Tribologia foram realizadas também

os aditivos modificadores de atrito, que possuem justamente a

nas duas amostras SAE 5W-30 do Teste de Campo

função de atuar nesta região de forma a reduzir o coeficiente

de Tecnologias diferentes e compararam-se os

de atrito, sendo uns dos direcionadores na busca do aumento

resultados obtidos com as amostras envelhecidas

da eficiência energêtica para o lubrificante.

no laboratório. O Teste de Campo foi realizado em veículo comercial, motor 1.8, gasolina/etanol e com volume do cárter de 4,3 L. Ao longo do teste foram coletadas amostras diretamente do cárter, em intervalos de quilometragem pré-definidos, e enviadas para o Centro de Tecnologia Aplicada e da Qualidade – CTAQ/ICONIC para realização das análises. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Figura 2(a) apresenta o resultado obtido de

Figura 1.Curva de Stribecke regimes de lubrificação. (Adaptado de: Lubricants additives – Chemistry and applications)

Calorimetria Exploratória Diferencial Pressurizada – PDSC do óleo envelhecido no laboratório. Observa-se

Este trabalho consistiu no desenvolvimento de

que, à medida que o óleo é envelhecido no laboratório,

uma metodologia de laboratório para simulação

o tempo de indução de oxidação diminui. Esse tempo

do comportamento do óleo lubrificante durante o

é definido como o tempo decorrido a partir da

seu uso, utilizando a Tribologia como ferramenta

primeira exposição à atmosfera oxidante até o tempo

para esta avaliação.

do início da temperatura extrapolada de início (onset) do pico exotérmico de oxidação. Este comportamento

METODOLOGIA

pode-se verificar nitidamente na Figura 2(b), em que se observa graficamente o tempo de indução de

Inicialmente, a amostra de óleo lubrificante da

oxidação versus tempo de envelhecimento do óleo.

tecnologia SAE 5W-30 SN/RC GF-5 foi submetida

O mesmo comportamento do PDSC foi observado nas

ao envelhecimento induzido no laboratório em

amostras de lubrificantes estudadas no Teste de Campo durante

condições extremas de temperatura, na presença

o seu uso. Os resultados da queda da estabilidade oxidativa para

de um catalisador. Alíquotas foram retiradas a cada

as duas tecnologias estudadas (A e B) ao longo do teste são

três horas para acompanhamento da estabilidade

apresentados na Figura 3. A tecnologia A apresentou valores

oxidativa, por meio da Calorimetria Exploratória

de estabilidade oxidativa superiores aos valores obtidos pela

Diferencial Pressurizada – PDSC, descrita na norma

tecnologia B. Entretanto, observa-se, em ambos os casos, que

base ASTM D6186. Nesse método, a estabilidade

o tempo de indução de oxidação diminui com o aumento da

oxidativa é determinada pelo tempo de indução de

quilometragem de uso dos óleos lubrificantes. A estabilidade

oxidação, que é definido como o tempo, em minutos,

de um lubrificante pode ser afetada pelo ambiente em que ele

para o início da oxidação de uma amostra exposta

está em operação, onde fatores externos, como contaminação,

a um gás oxidante a uma temperatura elevada. Em

temperatura, oxidação e meios ácidos podem influenciar

seguida, as mesmas amostras foram submetidas ao

diretamente na degradação do óleo. Segundo Jaroslav & Miroslav

teste tribológico para avaliação do comportamento

(2004), o desempenho de um determinado parâmetro pode

da

variar durante o uso do óleo, de acordo com sua formulação,

Curva

Stribeck

e,

consequentemente,

a

obtenção do coeficiente de atrito em diferentes

como é o caso da estabilidade oxidativa. 17


Figura 2. (a) Resultado de PDSC das amostras envelhecidas no laboratório. (b) Representação gráfica do tempo de indução de oxidação obtido no PDSC em relação ao tempo de envelhecimento da amostra no laboratório.

Na Figura 4 são apresentadas as curvas de Stribeck do

coeficiente de atrito do óleo envelhecido no laboratório após

óleo lubrificante envelhecido no laboratório (curva azul), do

221h em temperaturas extremas na presença de um catalisador

óleo lubrificante novo (curva vermelha) e do óleo básico

aumentou em relação ao óleo novo, o que indica perda da

sem aditivação (curva laranja). As curvas de Stribeck geradas

eficiência do óleo lubrificante.

para cada amostra analisada forneceram o valor médio dos

Foi observado, tanto na Figura 5 (a) quanto na (b), que

coeficientes de atrito dentro do regime de lubrificação limítrofe.

houve um aumento no coeficiente de atrito após o uso de

O regime de lubrificação limítrofe é caracterizado pela ausência

10.000 km das duas tecnologias (A e B), o que pode nos indicar

de filme lubrificante espesso entre as superfícies, que ficam

a perda das propriedades requeridas do óleo.

separadas entre si apenas pela presença de um tribofilme de

Observa-se semelhança no comportamento tribológico

dimensão molecular aderido nas interfaces. Observa-se que

obtido tanto pelo óleo envelhecido no laboratório após 221h

a curva laranja do óleo sem aditivos apresentou coeficientes

quanto pelo óleo usado do Teste de Campo após 10.000 km,

de atrito elevados em relação à curva referente ao mesmo

conforme mostrado na Figura 6. Este resultado pode indicar que a

óleo na presença de aditivação (vermelho). Aditivos do tipo

metodologia proposta neste trabalho tem grande potencial de ser

modificadores de atrito atuam especialmente no regime de

utilizada previamente para avaliação da estabilidade oxidativa e do

lubrificação limítrofe, formando um filme molecular protetivo

comportamento do coeficiente de atrito do lubrificante, como forma

na interface de contato devido à interação entre moléculas

de auxiliar na ponderação das diferentes tecnologias do mercado.

dos aditivos e as superfícies, de maneira a alterar o coeficiente de atrito (fricção). Observa-se também na Figura 4 que o

Figura 3. Representação gráfica do tempo de indução de oxidação obtido no PDSC em relação à quilometragem de uso das tecnologias A e B

18

Figura 4. Sobreposição das curvas de Stribeck do óleo lubrificante envelhecido no laboratório (221 h) (azul), do óleo lubrificante novo (antes do envelhecimento) (vermelho) e do óleo básico sem aditivação (laranja)


Figura 5. (a) Sobreposição das curvas de Stribeck do óleo lubrificante novo (verde) e do óleo lubrificante após o uso de 10.000 km (laranja) referente a Tecnologia A (b)sobreposição das curvas de Stribeck do óleo lubrificante novo (verde) e do óleo lubrificante após o uso de 10.000 km (laranja) referente a Tecnologia B

CONSIDERAÇÕES FINAIS

do desempenho do óleo lubrificante em uso, pois as amostras envelhecidas no laboratório apresentaram o mesmo comportamento que as amostras do Teste de Campo. O tempo de oxidação induzida reduziu tanto nas amostras envelhecidas no laboratório quanto em campo, e os coeficientes de atrito aumentaram tanto nas amostras de laboratório quanto no campo. A proposta desenvolvida para envelhecimento do lubrificante em laboratório foi eficiente, pois os resultados do tempo de indução de oxidação (PDSC) diminuiu ao longo do tempo de envelhecimento da amostra. Além disso, as variáveis analisadas se mostraram eficientes para o auxílio da avaliação de diferentes tecnologias,

Figura 6. Sobreposição das curvas de Stribeck do óleo lubrificante envelhecido no laboratório (221h) (laranja) e do óleo lubrificante usado no Teste de Campo (verde)

ou

seja,

são

testes

adicionais/

complementares para conhecimento das tecnologias disponíveis no mercado. Para escolher a melhor tecnologia que possua o melhor desempenho, é fundamental relacionar o custo/ benefício e realizar os testes em menor tempo, como a

Os Testes de Campo são excelentes fontes de

metodologia proposta apresentada neste trabalho.

informação para observar o comportamento dos lubrificantes

automotivos

em

condições

reais

de

aplicação, por meio de um monitoramento contínuo e regular e não apenas ao início e final do período de

Os autores desse trabalho, Hugo Cavalcante Peixoto, Beatriz Vasconcelos Rodrigues de Assis, Pamela

troca do lubrificante. No entanto, esses testes possuem

Fernandes de Oliveira Barreto, Amanda Pereira Franco

alta complexidade, demandam altos investimentos e

dos Santos e Daiane Carbonera Spadari são especialistas

elevado tempo de resposta e ainda têm a influência de

da Divisão de Tecnologia da ICONIC Lubrificantes S.A.

fatores externos. Nesse sentido, a metodologia estudada neste trabalho se mostrou apropriada para simulação 19


S.M.S

Educar jovens para o trabalho seguro com produtos químicos Uma experiência de sucesso na Alemanha

Por: Newton Richa

O presente artigo fundamenta-se no Estudo de

manuseio seguro de produtos químicos é uma área

Caso Educating young people about working safely

prioritária da Lehmann & Voss & Co. Os jovens

with chemicals, publicado pela Agência Europeia

trabalhadores da indústria de transformação de

para Segurança e Saúde no Trabalho (EU OSHA).

plásticos podem estar expostos a várias substâncias

A Lehmann & Voss & Co é uma empresa química

perigosas e tóxicas.

fundada em 1894, em Hamburgo, na Alemanha.

Desse modo, é importante integrar questões de

É uma organização diversificada, que atua na

SST na formação desses jovens o mais cedo possível.

produção, distribuição e comércio, na Europa, Ásia

Resultados negativos resultantes de um ambiente

e Estados Unidos. Concentrada na produção para

de trabalho precário são conhecidos por serem

as indústrias de plásticos e borracha, contava, em

mais frequentes entre os jovens trabalhadores,

2016, com 569 empregados no total, 364 deles em

e o trabalho envolvendo risco os afeta mais. De

Hamburgo.

acordo com alguns estudos, os trabalhadores com

Há muitos anos, a empresa adota, de forma sistêmica,

as

diretrizes

globais

do

Programa

Atuação Responsável como componente-chave de

menos de 25 anos de idade estão mais expostos a substâncias cancerígenas do que os demais (EUOSHA, 2007).1

C

M

Y

sua Política de Segurança e Meio Ambiente. Em

Em 2009, a empresa começou a cooperar com

CM

setembro de 2013, seu sistema de gerenciamento

duas escolas para treinar jovens no manuseio

MY

de Segurança no Trabalho foi avaliado como

seguro de produtos químicos e melhor introduzi-los

exemplar pela autoridade competente, o Escritório

na vida profissional. Wolfgang Reithmeier, professor

CMY

de Segurança do Trabalho de Hamburgo.

de Química na escola distrital de Eidelstedt, em

K

Fornecer aos trabalhadores conhecimento e

Hamburgo,

procurava

uma

oportunidade

de

treinamento em todos os aspectos de Segurança

cooperação com a indústria química. Para as

e Saúde no Trabalho (SST) é importante para a

escolas, as experiências de SST da indústria são

empresa garantir a sua proteção. A educação

relevantes para aulas de Química e o treinamento

de jovens na produção segura de plásticos e no

profissional de alunos.

20

CY


S.M.S. O professor teve como ponto de partida três perguntas principais:

4- Promover a SST entre os jovens; e 5- Atrair futuros candidatos para formação, estágios,

1- Como os alunos podem ter uma visão da

teses e emprego.

realidade das profissões técnicas e científicas?

A cooperação com a escola iniciou-se

2- O que é importante para os empregadores,

c o m o c o n t a t o d o p ro f e s s o r R e i t h m e i e r c o m

além das informações escolares? e

a e m p re s a , n o c o n t e x t o d o s e u m ó d u l o d e

3- Por que a SST é uma questão tão importante na indústria química?

ensino “Nada funciona sem plásticos” (Ohne Kunststoffe geht es nicht). Juntamente como o D r. H e i k o T h o m s , d a L e h m a n n & Vo s s &

Os objetivos da escola eram:

Co, foi desenvolvido um esquema para a

1- Introduzir os jovens no mundo do trabalho;

f o r m a ç ã o e m S S T, n a e s c o l a e n a e m p r e s a ,

2- Aumentar a conscientização sobre SST;

de alunos dos 14 aos 17 anos, baseado

3- Aumentar a competência dos jovens

e m u m a a p re s e n t a ç ã o s o b re a f a b r i c a ç ã o

estudantes em SST; e

d e p ro d u t o s q u í m i c o s e a a p l i c a ç ã o d e u m

4- Garantir um trabalho seguro e saudável no laboratório da escola.

q u e s t i o n á r i o s o b re S S T. Tempo adequado é dedicado à SST durante as aulas de Química. Os alunos aprendem

Os objetivos da empresa eram:

as regras básicas de segurança e saúde em

1- Oferecer locais de trabalho sustentáveis ​​e

laboratórios e obtêm uma licença para usar

saudáveis para ​​ os jovens trabalhadores;

equipamentos, como um bico de Bunsen,

Anuncio_sol-lubrificantes_saida.pdf

1

21/11/17

10:47

2- Fortalecer a Cultura de SST na empresa;

por exemplo. Em seguida, eles estudam as

3- Apresentar-se como uma empresa competente e

propriedades físicas e químicas das substâncias,

segura;

bem como os rótulos e pictogramas de perigo

21


S.M.S. do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS). Isso é feito com o apoio de um vídeo e a transmissão de conhecimento, pelo representante da empresa, sobre questões relevantes de SST nos ambientes de trab alho da indústria química. Além disso, os alunos recebem treinamento prático na empresa no 8º ano e no 10º ano, quando estão com cerca de 14 e 16 anos, tendo a SST como uma questão-chave. O treinamento

começa

com

informações

teóricas

e

práticas

sobre os diferentes tipos de plásticos, suas propriedades e a versatilidade dos materiais. Em seguida, os alunos fazem apresentações previamente preparadas na escola, por exemplo, sobre a cadeia de processo na produção de plásticos, o papel dos retardadores de chama nos plásticos ou aspectos de segurança no processamento de plásticos. Os alu nos discutem questões de SST em pequenos grupos e recebem treinamento especial no gerenciamento de produtos químicos e sobre o maquinário. Para aumentar a conscientização sobre segurança, os alunos devem lidar com instruções de segurança e medidas de prevenção e integrá-las em seus protocolos. Segundo o professor Reithmeier, “pode-se dizer que a SST está se tornando um ritual nas lições experimentais”. Após o treinamento, os alunos visitam as instalações de produção da empresa em pequenos grupos (de três a seis) e, desde 2017, tive ram a oportunidade de fabricar materiais plásticos (como lâminas) em uma planta piloto. Os alunos aprendem, por meio de experiência prática, detalhes sobre a produção e manipulação de produt os químicos e considerações de segurança ao m anusear produtos químicos. Todos os alunos devem usar equipamentos de proteção individual e, durante toda a visita, são super visionados e instruídos sobre medidas técnicas e organizacionais de prevenção. Em relação aos objetivos alcançados, do ponto de vista da escola, o projeto tem sido um grande sucesso: “A cooperação com a Lehmann & Voss & Co é uma vitória absoluta para nós. É uma oportunidade única para os alunos aprenderem sobre a Química dos plásticos, não apenas teoricamente, mas também na prática. Eles conhecem um local de trabalho real e lá aprendem a importância da SST. É sempre muito divertido para todos e é voltado para a carreira”, afirma Reithmeier. O projeto aumentou a conscientização dos alunos em relação à SST, mas também aumentou a conscientização dos professores, e eles ens inam agora esse tópico com mais entusiasmo. Os alunos

22


S.M.S. levam sua segurança e saúde muito mais

integrando a abordagem de questões de SST

a sério, e aqueles que se preocupam com a

em locais de trabalho reais, levando a uma

segurança e a saúde de seus colegas sentem-

compreensão melhor e mais sustentável. Além

se importantes e orgulhosos.

disso, foi essencial o compromisso de todos os

Para a Lehmann & Voss & Co também foi um

atores envolvidos na fase de implementação do

grande sucesso. O treinamento prático aumenta

treinamento: representantes dos trabalhadores,

o interesse dos alunos pela indústria química. Os

gerentes, chefes de divisão e conselhos de

alunos adquirem uma experiência de trabalho

trabalho. O feedback de todos os usuários foi

real e ficam bem informados sobre SST quando se

obtido por meio

candidatam a empregos. A empresa enfatiza que

em grupo durante a implementação do projeto.

de questionários e discussões

o início do treinamento melhorou a sua cultura de

O projeto é considerado transferível para

SST. O projeto foi inscrito em várias competições,

outras escolas e indústrias, em outros países.

inclusive no Prêmio Atuação Responsável 2014, e

Para mais informações:

ganhou alguns prêmios.

1- Contato na Lehmann & Voss: Dr Heiko

No início, o planejamento do projeto consumiu

Thoms, Chefe de Assuntos de Meio Ambiente,

muito tempo da empresa e da escola, e não havia

Segurança e Regulamentação; email: Heiko.

a certeza de que o esforço resultaria em uma

Thoms@lehvoss.de;

cooperação bem sucedida. Após a primeira rodada

2- Contacto na escola distrital Stadtteilschule

do projeto em 2010, ficou claro o grande sucesso

Eidelstedt: Wolfgang Reithmeier, professor de

para os parceiros de cooperação e, especialmente,

Química; email: wreithmeier@gmx.net.

para os alunos. Desde então, os tópicos e conteúdos cobertos pelo projeto foram desenvolvidos por ambos os lados. Entre

os

fatores

do

ressaltados

a

estreita

empresa

a

escola

e

sucesso,

devem

cooperação e

o

entre

compromisso

ser a dos

Newton Richa é Médico do Trabalho, Mestre em Sistemas de Gestão, Professor dos Cursos de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Engenharia de Ma-

destaque,

nutenção da UFRJ e Representante da UFRJ

também, a combinação do treinamento teórico

na Comissão Nacional de Segurança Química

com a experiência prática no local de trabalho,

(CONASQ/MMA)

respectivos

especialistas.

Merece

23


O mercado em foco agora no Portal Lubes Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desenvolveu o Sistema de Informações de Movimentação de Produtos (SIMP) que consolida as informações obrigatórias prestadas por todas as empresas registradas como produtores, importadores, coletores e rerrefinadores, além das plantas e bases de armazenamento. O Portal Lubes, no endereço http://portallubes.com.br, publica os principais números do mercado, com análise e comentários especializados, na velocidade que a mídia digital oferece. Apresentamos aqui um resumo dos números do mercado brasileiro de lubrificantes.

Resumo do mercado brasileiro de lubrificantes até setembro 2018 941.942 m3

Vendas totais de óleos lubrificantes:

Óleos Básicos: Mercado Local:

Variação relativa ao mesmo período do ano anterior: + 3,2% Importação de óleos acabados:

43.061 m3

Exportação de óleos acabados:

43.862 m3

Produção nas refinarias: Indústria do Rerrefino:

450.765 m3 192.968 m3

Importação: Exportação:

496.865 m3 2.302 m3

Evolução do mercado brasileiro de óleos lubrificantes - acumulado até setembro

Volume (m 3 ) 140000

117.113

118714 113401 101.427

100.144 94.055

93024

116.597

93616

2018

131.203

123.882

116513

120000

100000

1.138.296 m3

118472

2017 112463 110.977

109727 96.544

84796 80000

60000

40000

20000

0

jan

fev

mar

abr

2018

mai

Obs: As alterações dos dados passados foram realizadas pela ANP em seu último boletim.

24

jun

jul

ago

set


Participação de Mercado de óleos Ano de 2017

17,6%

22,5%

1,5% 1,5% 1,8% 8,2%

14,9%

9% 9,0%

Participação de Mercado de óleos Ano de 2018 - primeiro semestre

14%

BR Ipiranga Cosan/Mobil Chevron Petronas Shell Total Lubrif. Castrol YPF outros

20,5%

19,9% 1,5% 1,8% 1,8%

15%

8,5%

9% 9%

13%

BR Cosan/Mobil Ipiranga Petronas Shell Chevron Total Lubrif. YPF Castrol outros

NOTA: Os dados de mercado correspondentes a anos anteriores podem ainda ser encontrados no PORTAL LUBES, em www.portallubes.com.br, na aba MERCADO.

25


Programação de Eventos Internacionais

Data

ICIS World Base Oils & Lubricants Conference, London, UK Evento

2018 Novembro, 28 a 30

14th. Pan Amercian Base Oil & Lubricants Conference - New Jersey - Estados Unidos - https://www.icisevents.com/

Dezembro, 9 a 13

ASTM Committee D2 Petroleum Products, Liquid Fuels, and Lubricants, Atlanta, GA - https://www.astm.org/MEETINGS/

2019 Janeiro, 22 a 24

SAE International Powertrains, Fuels & Lubricants Meeting, San Antonio, Texas, USA - https://www.sae.org/attend/ipfl

Fevereiro, 18 a 22

ICIS World Base Oils & Lubricants Conference, London, UK - https://www.icisevents.com/ehome/worldbaseoils/home/

Nacionais Data

Evento

2019 Abril, 29 a Maio 3

26ª Agrishow - São Paulo - www.agrishow.com.br

Maio, 7 a 11

Expomaf - São Paulo Expo Rod. dos Imigrantes - KM 1,5 - https://www.expomafe.com.br/pt/Home.html

Junho, 11 e 12

9º Encontro com o Mercado - América do Sul, Hotel Windsor Flórida, Rio de janeiro - RJ - www.portallubes.com.br

Agosto, 6 a 8

Mecshow - 12ª Feira Metalmecânica- Espírito Santo - https://www.mecshow.com.br/site/2019/pt/home

Se você tem algum evento relevante na área de lubrificantes para registrar neste espaço, favor enviar detalhes para comercial@lubes.com.br, e, dentro do possível, ele será veiculado na próxima edição.

26


27


O NOVO LUBRAX VALORA FOI CRIADO COM A MAIS AVANÇADA TECNOLOGIA. OLHA SÓ O LABORATÓRIO.

McLaren F1 é o nosso laboratório sobre rodas. Foi assim que desenvolvemos o novo Lubrax Valora, o primeiro lubrificante do país com a classificação API SN Plus. Sua fórmula totalmente sintética garante mais proteção, economia e desempenho. Lubrax Valora atende às principais montadoras do mercado, em especial os motores turbo de injeção direta (GDI), prevenindo contra o fenômeno de pré-ignição em baixas rotações (LSPI). Chegamos na frente com o lubrificante mais moderno para você e seus clientes. br.com.br/lubrax | SAC: 4090 1337 (capitais) - 0800 770 1337 (demais regiões). O óleo lubrificante usado é um resíduo perigoso que, descartado no meio ambiente, provoca impactos negativos, com consequentes danos à saúde da população. Para descarte do óleo usado e sua embalagem, use os serviços de coleta autorizados, conforme Resolução CONAMA nº 362/05.

28


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