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ÍNDICE Editorial
01 “Florestas – A Natureza à Seu Serviço” 05 Fique por dentro!
11 Espécies mais ameaçadas de extinção
13 Como descartar corretamente o óleo de cozinha 14 Artigos
16 Práticas em Educação Ambiental
18 Água – Um recurso cada vez mais escasso
FALE CONOSCO Participe desse processo! Críticas e Sugestões são bem vindas. Cláudia Genúncio revistaeducambiental@hotmail.com claudia.mg11@hotmail.com
Esta revista é parte integrante do Projeto “Educando para a Sustentabilidade” Módulo 01 Periodicidade: trimestral
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Editorial
Prezados leitores (as)!
Essa edição é dedicada ao Dia Mundial do Meio Ambiente que ocorreu em 05 de junho de 2011 e ao Ano Internacional das Florestas.
As Florestas são tão importantes quanto o ar que respiramos. Ela nos dá o alimento, regula o clima, e nos proporciona muitos benefícios. Portanto, protegê-las é garantir a nossa sobrevivência e o futuro das próximas gerações.
As alterações sobre o meio ambiente influenciam diretamente em nosso modo de vida e por isso devemos pensar em ações e atitudes mais sustentáveis que preservem o meio ambiente para que possamos ter uma qualidade de vida melhor. Nesta edição, vamos dar um “giro” pelo Brasil e o litoral norte de São Paulo, em particular, para saber o
que tem acontecido de novidade com relação as nossas florestas e à preservação do Parque Estadual da Serra do Mar: as intervenções e programas que estão em andamento e em vias de concretização, para sua preservação. Vamos também dar um giro pelo mundo por acontecimentos que causaram impactos social, econômico, ambiental, dentre outros.
A questão da Educação Ambiental também terá um foco especial nesta edição, na tentativa de incentivar sua prática como condição básica de transformação para o desenvolvimento sustentável, como vimos fazendo através de nossa revista. E a grande novidade fica por conta da nova sessão “Artigos”.
Sei que não temos muito a comemorar e que a cada dia precisamos mudar e nos adaptar às mudanças. Assim, depois de três edições, esperamos que
pelo ao menos, uma boa parte de todas as pessoas que nos acompanham nesse projeto, tenha mudado um pouquinho sua relação com a Natureza e o meio onde vive. Boa Leitura!
Cláudia Genúncio
Claudia.mg11@hotmail.com
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“Florestas: a Natureza à Seu Serviço”
Índia foi a Anfitriã Global do Dia Mundial do Meio Ambiente em 2011
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) elegeu a Índia, umas das economias que mais crescem no mundo e que está trilhando o caminho para uma Economia Verde, como o país para sediar o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 2011.
Diante do cenário global ambiental pouco animador, a campanha internacional encabeçada pela ONU quis evidenciar também as desvantagens para a humanidade trazidas pela diminuição da área verde.
As Nações Unidas lembram que o desaparecimento das florestas coloca em xeque o abastecimento sustentável de água, o fornecimento de plantas medicinais à indústria da saúde, o risco do aumento da propagação de doenças como malária. E, o que é mais ameaçador, a sobrevivência dos próprios seres humanos.
Nesse ano, o site do PNUMA WWW.unep.org/WED informou e envolveu pessoas através de atividades interativas, informações e estatísticas na conservação de florestas. Além disso, trouxe uma plataforma onde pessoas de todo o mundo puderam registrar suas atividades, campanhas de rede social e competições para que todos pudessem estar envolvidos nos eventos.
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Conheça um pouco a Índia
A Índia é um país que tem uma população atual de 1,2 bilhões de pessoas, que continua exercendo uma forte pressão sobre as florestas, especialmente em áreas de grande concentração de pessoas, aonde o cultivo em terras marginais e o intenso pastoreio vem contribuindo em muito para a desertificação.
Se por um lado, a pressão sobre as florestas tem sido absurda, por outro lado o país implantou um sistema de plantio de árvores com o objetivo de combater a degradação da terra e a desertificação, incluindo quebra-ventos e abrigos para proteger a terra agrícola. “A Índia está desenvolvendo um dos maiores projetos de energia verde do mundo que irá gerar 20.000 megawatts de energia solar e 3.000 megawatts de parque eólico em 50.000 acres no sudoeste da Índia”
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acaso. Há uma lógica. Da mesma forma, as espécies animais que o habitam, possuem características para se adaptarem aquele local.
Florestas
As florestas, não podem ser vistas apenas como um grupo de árvores, mas como fornecedores de benefícios vitais. Elas são um importante fator econômico no desenvolvimento de diversas cidades, fornecendo madeira, alimento, abrigo e recreação e possuem um potencial ainda maior que precisa ser percebido em termos de provisão de água, prevenção de erosão e remoção de carbono.
Cerrado piauense
Para se ter uma idéia maior da complexidade desse bem, a derrubada da floresta também agrava os efeitos das mudanças climáticas, e esta atividade é responsável por até 20% das emissões mundiais de gases do efeito estufa.
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As florestas, além de transformarem gás carbônico em oxigênio por meio da fotossíntese, são importantes reguladores do clima, pois ajudam a controlar as temperaturas e o regime de chuvas.
O equilíbrio do planeta é ameaçado à medida que a vegetação sofre alterações em função das mudanças climáticas, pois as plantas interferem em todo o ecossistema que as envolve. Cada região do planeta possui condições propícias para o desenvolvimento de espécies diferentes. Fatores como altitude, latitude, pressão atmosférica, iluminação e forma de atuação das massas de ar determinam o tipo de vegetação a ser encontrada em cada local da Terra. Portanto, nada é por um
Floresta Amazônica
Conhecendo as Florestas! As florestas equatoriais, entre elas a Amazônica, crescem em locais quentes e úmidos e são responsáveis por abrigar a maior parte da biodiversidade do planeta. As árvores são de grande porte com folhas largas com um tom de verde bem definido. Os solos em geral são pobres, mas a quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos faz com que esse tipo de floresta seja conhecida como
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autofágica – alimenta-se de si mesma.
Um número menor de espécies é encontrado nas florestas tropicais, localizadas na faixa litorânea entre os trópicos. Apesar disso, elas reservam tipos de vidas que não existem em outros locais.
De acordo a Organização de Alimentação e Agricultura da ONU, as florestas densas (tropicais e equatoriais) cobrem aproximadamente 3 bilhões de hectares da Terra. Outros 1,3 bilhão de hectares da superfície terrestre são ocupados por florestas abertas – as savanas ou cerrados. Esse tipo de vegetação é comum no centro-oeste do Brasil, centro da África, litoral da Índia e norte da Austrália. As savanas ou cerrados são plantas rasteiras e as árvores pequenas; as folhas caem no período de seca para impedir o ressecamento do solo. Os troncos geralmente são espessos para o armazenamento de água. As savanas e cerrados
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costumam crescer em áreas de transição entre outros biomas e abrigam grande diversidade vegetal.
A pouca umidade impede o crescimento de árvores nas regiões de clima temperado continental, onde surgem os campos ou pradarias. O centro-oeste da Rússia, o sul do Canadá e o norte dos Estados Unidos, da China, da Argentina e do Uruguai são os locais em que se costuma ver um tapete herbáceo conhecido como gramíneas. São florestas secas.
Gramíneas
As denominações variam entre pampas, pradarias e estepes, mas a espécie é a mesma.
Coníferas
Entre os pólos e os trópicos ficam as florestas temperadas, vistas no Canadá, leste asiático, Estados Unidos e Europa onde as estações do ano são bem definidas. Assim, durante a primavera as plantas apresentam muitas flores; o verão caracterizase pelas folhas verdes, que se tornam avermelhadas no outono e caem no inverno. A maior parte dessas florestas foi destruída na Europa e nos Estados Unidos para dar espaço à agricultura. Acima das florestas temperadas, nas regiões subpolares da Terra (como norte do Canadá, da Rússia e da Europa) encontram-se
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a floresta de coníferas, também conhecida como taiga ou floresta boreal. Nesses locais, as árvores coníferas e os pinheiros formam uma densa cobertura, impedindo o solo de receber luz intensa. As temperaturas são baixas (entre -54ºC e 20ºC), mantendo a água e o solo congelados por boa parte do ano - o que faz com que as plantas levem muito tempo para crescer.
curto período de degelo durante a estação "quente" das regiões de clima polar, a tundra é formada apenas por espécies de reprodução rápida e que suportam temperaturas extremamente baixas. Essa vegetação é um enorme bioma que ocupa aproximadamente um quinto da superfície terrestre, presente no norte do Alasca e do Canadá, na Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria.
Até nas áreas onde não existe nenhuma vegetação fixa, como os desertos, surgem ervas rasteiras em certos locais após as chuvas. Em áreas onde há lençol subterrâneo de água, ainda existe a possibilidade de surgirem oásis com palmeiras. A vegetação rasteira é pouco representada, mas aparecem musgos, líquens e alguns arbustos, que caracterizam também a vegetação típica das regiões polares: a tundra. Proveniente do material orgânico que aparece no
Assim, o equilíbrio de cada um desses ecossistemas terrestres será mantido à medida que as suas condições de sobrevivência forem preservadas.
A intervenção humana na vegetação traz conseqüências que afetam diretamente a vida no
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planeta, pois altera habitat e regime de alimentação animal, desvia curso de rios, modifica regime de chuvas e reduz a biodiversidade.
FIQUE POR DENTRO! Desmatamentos
Entre agosto de 2010 e abril de 2011, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou um aumento de 27% de desmatamento nos nove estados incluídos na Amazônia Legal.
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Comparado ao mesmo período em 2010, a área teve um acréscimo em torno de 400 km2, passando de 1.455 km2 para 1.848 km2.
Dentre os nove estados pertencentes a chamada Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão), Mato Grosso foi o que mais desmatou.
Como se não bastasse os inúmeros desmatamentos, ainda revelam também um aumento na degradação das florestas.
A degradação na Amazônia Legal aumentou 35% em comparação a março do ano passado. O crescimento de cerca de 80 km2 de março deste ano para março do ano
passado, eram 220 km2 e hoje são 299km2, os estudos também apontam que a degradação das florestas, quando a mata é cortada apenas parcialmente ou sofreu queimadas, acompanha os números do desmatamento total registrados pelo órgão federal.
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O novo código Florestal Avanço ou retrocesso?
Mato Grosso foi considerado o estado mais responsável pela degradação (73%), seguido de Rondônia (23%).
As alterações no Código Florestal foram propostas pelo deputado Aldo Rebelo e apresenta mudanças significativas.
Entre elas estão:
- a redução das áreas de preservação permanente (APPs), como matas ciliares e topos de morro, e as reservas legais (RLs), que são partes de propriedades privadas que não podem ser desmatadas.
Pelo que vimos até agora, o polêmico plano que altera o Código Florestal parece
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caminhar na contramão do Ano Internacional das Florestas...
As mudanças que mais estão causando polêmica e merecem destaque, são: - a redução de 30 metros para 15 metros das áreas de preservação permanente nas margens de rios;
- a isenção de reserva legal para a agricultura familiar;
- e o perdão para quem nunca obedeceu a legislação vigente. Ou seja, quem desmatou de forma criminosa não precisará pagar por isso.
Parque Estadual da Serra do Mar
O Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) abrange o território de 28 municípios paulistas e se estende do litoral sul de São Paulo à divisa com o Estado do Rio de Janeiro.
Alguns perigos que estão ameaçando-o
O novo Código Florestal irá para o Senado onde finalmente terá o seu desfecho. Vamos acompanhar! Na 5ª edição da nossa revista vamos abordar esse tema com maior profundidade. Aguardem!
São Sebastião. A audiência pública foi organizada pela Federação Pró Costa Atlântica (ONG). Os assuntos em pauta foram: 1) as irregularidades construtivas permitidas pela lei de uso e ocupação do solo;
Em São Sebastião a lei limita as construções em dois andares. Contudo, há no texto um item que permite construir mezanino. Protegidos pelos meandros da lei, os proprietários constroem mezaninos, e depois os fecham, para transformálos em suítes. 2) Rio Camburi desassoreamento
Rio Camburi – São Sebastião/SP
“O litoral norte de SP está ameaçado por sérias agressões ambientais”
No dia 1º de julho de 2011, aconteceu uma audiência pública para tratar os problemas ambientais de
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Após enchente que atingiu o local em 2010, muitas famílias ficaram desalojadas.
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Assim, a Prefeitura ao invés de limpar o leito; eliminar troncos, galhos mortos e outros obstáculos que impediam o rio de seguir seu curso, utilizou uma escavadeira e desmatou toda a margem do rio.
Uma abordagem sobre o problema
Sabemos que os rios tem seu curso natural e a preservação da mata ciliar é fundamental para a preservação destes. Uma vez que as margens foram devastadas, perdendo a proteção ciliar, aumentou ainda mais o risco de enchentes. Caso venha a chover com a mesma intensidade que ocorreu no início deste ano, os danos deverão ser ainda maiores..
O que sabemos até o momento, é que a Secretaria do Meio Ambiente vai replantar a área e que os problemas foram denunciadas ao Ministério Público para análise. A audiência foi organizada pela FPCA - Federação Pró Costa Atlântica que reúne
18 associações das seguintes praias da costa sul de São Sebastião: Baleia, Barra do Una, Barra do Sahy, Barequeçaba, Boissucanga, Boracéia, Cambury, Engenho, Juquehy, Juréia, Maresias, Toque Toque-Grande e Toque-Toque Pequeno.
Semana do Meio Ambiente São Sebastião Litoral Norte de São Paulo A Prefeitura de São Sebastião, através da Secretaria do Meio Ambiente, realizou de 31 de maio a 11 de junho, a Semana do Meio Ambiente. Com atividades em todo o município, o objetivo foi alertar a população em relação às causas ambientais.
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A programação contou com algumas palestras sobre Resíduos Sólidos e nova política e Coleta Seletiva do Lixo, trilha Ribeirão do Itu, em Boiçucanga, oficinas de Reciclagem de Papel, de Mobiliário de PET, Vivência Ambiental, na Fundação Mar, além do 2º Ambiental Fashion com roupas e acessórios confeccionados com materiais recicláveis e naturais, um Sarau Ambiental e um curso de Formação de Aquaviários.
Essas atividades ocorreram em vários pontos da cidade: desde o Centro Cultural São Sebastião ‘Batuíra’, Fundação Mar, Teatro Municipal, Videoteca e na 1ª Igreja Batista.
Além da programação local, a cidade também participou do II Encontro Regional de Educação Ambiental do Litoral Norte, no Teatro Mário Covas, em Caraguatatuba/SP.
Outras atividades que também estiveram na cidade foram: a exposição “Vistorias”, uma mostra de trabalhos resultantes de
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vistorias ambientais realizadas no município.
A exposição “Planeta Sustentável” foi uma mostra de trabalhos educacionais, envolvendo escolas municipais, estaduais, particulares e de todas as modalidades de ensino.
Desastre tecnológico Vazamento de petróleo no Golfo do México
Em 20 de abril de 2010, um acidente com a plataforma Deepwater Horizon da British Petroleum (BP) foi responsável pelo vazamento de 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México ao longo de três meses.
Um ano depois, o meio ambiente e a economia ainda enfrentam desafios. A economia do Golfo do México continua enfrentando dificuldades, e os pescadores permanecem desestimulados. Porém, alguns deles conseguiram o que parecia impensável: enriquecer com as consequências do vazamento.
16 bilhões de dólares gastos até agora pela BP com a limpeza e a indenização aos que foram prejudicados pelo maior desastre ecológico da história do país, é um dos resultados. A batalha por salvar o ecossistema da região é outro desafio que se estenderá por décadas. Como consequência da profundidade que o petróleo derramado atingiu
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- 1.500 metros - grande parte dessa matéria-prima se confunde com a areia do fundo do mar, enquanto outra grande porção se dissolveu, o que, por enquanto, impossibilita medir seu impacto no futuro. Embora a maioria das praias já esteja aberta, não se pode descartar novos prejuízos nos mais de 4.800 quilômetros de costa e restingas que foram atingidas pelo vazamento de petróleo.
Em alto-mar, apenas 2.500 quilômetros quadrados em que a pesca foi proibida após a catástrofe continuam fechados, embora a deterioração das restingas impeça que camarões e ostras que sustentavam a economia do litoral prosperem. Muitos animais da região também estão prejudicados, em particular as mais de 400 tartarugas que correm risco de extinção e que foram contaminadas, enquanto algumas espécies estão quase totalmente
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recuperadas, como os pelicanos, que pouco após o vazamento apareceram em várias fotografias com suas asas manchadas.
“São Paulo aprovou uma lei que proibirá a distribuição de sacolas plásticas pelo comércio da cidade a partir de janeiro de 2012”
Mudanças Climáticas COP-16 e seu final
Uma delas foi a criação do “Fundo Verde” que até 2020 deverá liberar US$ 100 bilhões por ano com o objetivo de apoiar os países em desenvolvimento.
Quem sabe, o tão esperado acordo climático que vá oficializar e até obrigar os países a reduzirem suas emissões, saia na COP-17, em Durban em 2012, na África do Sul. Vamos aguardar!
Usina de Belo Monte
do deslocamento de mais de 20 mil indígenas e o desmate de 50 mil hectares em zona de mata na Floresta Amazônica.
Lâmpadas incandescentes devem ser retiradas do mercado até 2016
A preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem a boa iluminação conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização, foram os motivos para mudanças do produto.
Lâmpada Incandescente
Apesar
de já termos o conhecimento de que a COP-16 não terminou com um grande acordo sobre a redução de gases do efeito estufa, algumas surpresas positivas vieram de Cancún.
Protesto contra construção da Usina
Saiba que para realizar a obra de construção da Usina de Belo Monte será necessário um gasto de mais de R$ 19 bilhões, além
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Cada vez mais, as lâmpadas incandescentes estão dando lugar às lâmpadas fluorescentes pois podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente.
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Assim, as lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado substituindo-as por versões mais econômicas. Essa medida trará ao país uma economia escalonada até 2030 de cerca de 10 terawatts-hora TWh/ano).
No mercado brasileiro existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes etiquetadas, de quatro fabricantes diferentes. Estima-se que a lâmpada incandescente seja responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil.
Os geradores e os desenvolvedores de parques eólicos a partir desta etapa iniciarão a consolidação de uma fase de crescimento, que cada vez mais irá se acelerar. Existem hoje, 50 empreendimentos em operação.
Essa meta foi atingida com a entrada em operação do parque eólico Elebrás Cidreira 1, pertencente à associada EDP Energias do Brasil, localizado no município de Tramandaí, no Rio Grande do Sul.
“O mercado brasileiro consome atualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas”.
Energia Eólica Um passo para o futuro A Associação Brasileira de Energia Eólica comemorou em maio de 2011, a marca de 1 GW de potência eólica instalada no país.
Parque eólico – Tramandaí/RS
De acordo com dados da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica - as usinas eólicas já respondem por quase 1% da energia outorgada.
A expectativa é que a geração eólica represente 5,2 GW na matriz brasileira até 2013.
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Presidente Dilma lançou Sistema Nacional de Prevenção de Desastres
Desmoronamento em Nova Friburgo/RJ Janeiro/2011
Vimos, ao longo do tempo, levantando questões importantes sobre mudanças climáticas e condições adversas de tempo, riscos e prevenção de desastres naturais e tecnológicos, bem como chamado bastante a atenção para a importância de estarmos preparados para situações de emergência e catástrofes. Para evitar novas tragédias como as que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro e outras áreas do País, o governo federal anunciou o lançamento do
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Sistema Nacional Prevenção e Alerta Desastres Naturais.
de de
A expectativa do governo federal é de que o sistema esteja em pleno funcionamento dentro de quatro anos. A idéia é implantar ações, pelo menos nas áreas mais críticas, antes do próximo verão de 2012. O sistema de alerta vai prevenir os desastres naturais mais comuns no Brasil, tais como deslizamentos de terra, inundações, ressacas, secas e vendavais. “O sistema terá uma sede nacional e outras cinco distribuídas entre as regiões brasileiras”.
Para aprimorar a capacidade de previsão do tempo, serão implantados novos radares meteorológicos e integrar todos os disponíveis, num só sistema. A previsão por satélite dá uma estimativa boa para três dias antes do evento. Os radares captam a chuva que está efetivamente ocorrendo, o que permite avisar sobre o encharcamento do solo.
Além dos radares, pluviômetros (equipamento que capta o volume de chuva) serão adquiridos pelo governo federal. A intenção é fazer o levantamento das condições de solo e geografia do País.
A estimativa é que existem aproximadamente 500 áreas de risco no País, com cerca de 5 milhões de pessoas morando nessas áreas, e existem outras 300 regiões sujeitas a inundações.
Certamente, todos os assuntos abordados aqui ainda terão repercussão nos próximos anos.
Espécies mais ameaçadas de extinção no Brasil
Espardate
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O espadarte é um dos grandes predadores das nossas águas mais pode desaparecer do Brasil
O Brasil possui 627 espécies ameaçadas de extinção, de acordo com pesquisa do Ministério do Meio Ambiente realizada em 2008. O levantamento de 1989 apontava uma lista de 218 animais, mas não incluía peixes e outras espécies aquáticas.
Mesmo se separarmos as espécies na pior categoria "criticamente ameaçadas" -, a quantidade ainda é enorme compreendendo mamíferos, répteis, anfíbios, aves, peixes e invertebrados.
Como isso aconteceu?
O processo de extinção está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou ecossistema.
Semelhante ao surgimento de novas espécies, a extinção é um evento natural: espécies surgem por meio de eventos de especiação (longo isolamento geográfico,
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seguido de diferenciação genética) e desaparecem devido a eventos de extinção (catástrofes naturais, competidores mais eficientes).
O surgimento e a extinção de espécies são eventos muito lentos, e que levam milhares ou até mesmo milhões de anos para ocorrer, a exemplo do que aconteceu com os dinossauros. Porém, o homem vem acelerando muito a taxa de extinção de espécies, a ponto de ter se o principal tornado agente deste processo.
Que situações colocam em risco?
os
Os animais em risco estão muitas vezes sufocados pelo desmatamento provocado pela pecuária, pela abertura de terras, pela poluição e pela expansão urbana.
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que usa grandes extensões muitos banhados, afeta de de território. forma drástica a vida de todos. Eles são de imensa No sul do Brasil também importância para todo o temos o puma, que teve seu ecossistema. território suprimido em boa parte. Podemos vê-los nos Geralmente a população zoológicos e centros de associa animais em recuperação, onde a extinção com espécies reprodução é cada vez mais emblemáticas, como a onça artificial. e a baleia. O fim de áreas úmidas traz prejuízo ao clima, à qualidade da água e a toda uma gama de animais, sejam eles humanos ou não.
Puma “Uma em cada 11 espécies de mamíferos existentes no mundo é encontrada no Brasil (522 espécies), juntamente com uma em cada seis espécies de aves (1.622), uma em cada quinze espécies de répteis (468), e uma em cada oito espécies de anfíbios (516). Muitas dessas são exclusivas para o Brasil, com 68 espécies endêmicas de mamíferos, 191 espécies endêmicas de aves, 172 espécies endêmicas de répteis e 294 espécies endêmicas de anfíbios”.
No Brasil, a onça-pintada, por exemplo, está cada vez mais próxima da extinção porque seu modo de vida requer grandes distâncias, A extinção de pequenos por ser um felino de animais como rãs e sapos comportamento solitário e que estão em risco devido à poluição e extinção de
A lista completa de animais em extinção divulgada pelo Ministério do Meio ambiente pode ser acessada no link
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=c onteudo.monta&idEstrutura=179&idConteudo= 8122&idMenu=8631.
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Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Lei de Resíduos Sólidos é um grande progresso para solucionar a questão do lixo no país. Ela deverá incentivar todo um novo setor da economia baseado na reutilização e reciclagem, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a geração de “empregos verdes”.
Como descartar corretamente resíduos sólidos urbanos? Os impactos causados pelos cidadãos no seu diaa-dia, principalmente no que se refere ao consumo de produtos e o descarte inadequado dos resíduos são muito preocupantes. Nesta tônica podemos citar a disposição irregular de óleo de cozinha, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes entre muitos outros.
Vamos falar dela com mais profundidade na próxima edição. Aguardem!
Este fato se dá, em grande parte, pelo desconhecimento da
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população no tocante a correta destinação final desses resíduos ou mesmo da existência e localização dos pontos de coleta dos mesmos. No estado de São Paulo, a preocupação em reutilizar o óleo resultante da fritura culminou com a assinatura da Lei n° 12.047 de 2005, que institui o Programa Estadual de Tratamento e Reciclagem de Óleos e Gorduras de Origem Vegetal ou Animal e Uso Culinário.
“Na região do Grande ABC, há um trabalho de coleta do óleo usado, onde todo o óleo arrecadado segue para reciclagem em uma usina, produzindo sabão em pedra e sabonete. O óleo é transformado em matériaprima, também para a produção de material de
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limpeza, cosméticos, fertilizantes, biodiesel”. A legislação brasileira proíbe o lançamento de pilhas e baterias in natura a céu aberto, tanto em áreas urbanas como rurais;
se pode dizer de destinação correta.
sua
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ARTIGOS
1 - Estratégia Sustentabilidade
de
O Desafio da Educação Ambiental - padrões de consumo Por Cláudia Genúncio*
“São consumidas no Brasil cerca de 85 milhões de lâmpadas e, desse montante, apenas 4% são destinadas à reciclagem”.
“São poucos os Estados que apresentam uma legislação específica acerca da disposição destes produtos”. A Resolução CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999, determina que os fabricantes e revendedores são obrigados a recolherem esse tipo de material e encaminharem adequadamente para disposição final.
E as fluorescentes?
lâmpadas
Enquanto o consumo destas lâmpadas aumentou significativamente nos últimos anos, o mesmo não
À semelhança do que vem ocorrendo com o óleo de fritura, pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, evidencia-se que a reciclagem surge sempre como a primeira opção em relação a outros inúmeros resíduos.
A destinação final dos resíduos sólidos urbanos deveria ocupar lugar primordial na pauta das políticas de governo e, nos programas de educação.
Preservação das Espécies, mudança nos padrões de consumo, conciliação entre o uso racional dos recursos naturais e o bem estar, lidar e tratar a questão ambiental no dia-a-dia e a gestão de resíduos são os atuais desafios da educação ambiental para o século XXI. O desafio tem a ver com a organização social e produtiva da sociedade ocidental, que hoje, está baseada no consumismo independente dos efeitos aos recursos naturais. A educação ambiental precisa ser encarada como uma ferramenta de transformação que possibilite qualquer pessoa a
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prática
mais
Há 40 anos, o foco da transformação era o setor industrial, pois a poluição do ar, do solo e das águas, já naquele tempo, era assustador. Hoje, com leis e exigências dos órgãos ambientais mais rígidos que visam proteger o meio ambiente, o foco precisa ser a mudança do comportamento individual do homem para a preservação dos recursos naturais. A melhora na qualidade de vida fez com que o padrão de consumo se tornasse muito grande. Hoje, é um desafio saber o que fazer com os nossos resíduos. Uma medida importante é desenvolver a consciência ambiental na hora de consumir. O que vimos, por toda parte, são pessoas comprando (muitas, compulsivamente) e antigamente, isto não acontecia, pois só comprávamos o que necessitávamos. Mesmo com o bombardeio diário da crescente conscientização e alarme sobre o aquecimento global, a impressão é que o ser humano tem a necessidade de passar por uma grande catástrofe para acelerar as mudanças que precisam ser feitas, não por gosto, mas por necessidade.
Sem Educação Ambiental não haverá Sustentabilidade. Chega de demagogia! *Pós graduanda em Gestão e Auditorias Ambientais
2 – Educação Ambiental Uma abordagem Por Cláudia dos Santos de Medeiros*
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dizer que a questão ambiental tornou-se
uma
questão
de
cidadania, à medida que a humanidade se conscientizou de sua responsabilidade em relação ao
patrimônio
ambiental.
Estudiosos do ramo ressaltam que a educação socioambiental nos
permite
enfrentar
e
Há séculos a preocupação com o
confrontar
meio ambiente já se manifestava,
melhor os cenários, formular
de forma bastante desafiadora e
soluções, enfim, tomar decisões,
complexa.
tendo em vista à minimização
Logo,
tornou-se
valores,
analisar
necessária a busca de novos
de
instrumentos
mecanismos,
Em suma, a Educação Ambiental
formar,
se
deve atingir a todos, seja ela
conhecer e melhor compreender
formal ou informal, pois é um
as inter-relações e dimensões
dos processos mais importantes
existentes
atual.
na história, já que garante ao ser
Importante frisar que a crise
vivo a sua perpetuação e, por
ecológica só foi percebida por
fim, um ambiente equilibrado
todos, amplamente, após a 2ª
ecologicamente.
visando,
e
dessa
no
mundo
Guerra Mundial. Com o passar dos anos, a postura ecológica mostrou-se
mais
presente
e
essencial. O homem passou a refletir mais, agir e promover mudanças
de
valores
e
paradigmas rumo ao esperado, o desenvolvimento
sustentável.
Com base no exposto, pode-se
impactos
socioambientais.
*Bióloga
3 - Propaganda, a Arma do Negócio.
Por Daniel Jung *
Certa vez li um livro que ensinava a praticar exercícios para o cérebro. Chamado de Neuróbica, o livro trazia mais de
______________________________________________________________________ 80 exercícios diários e simples que criavam desafios, fazendo com que aumentasse as sinapses e com isso fortalecesse o sistema cerebral. Nos capítulos iniciais, o autor apresentava uma série de estudos que mostravam a atividade cerebral durante diferentes atividades. Segundo o autor, quanto mais os sentidos (tato, olfato, audição, paladar e visão) são utilizados, mais o cérebro se fortalece. Um dos gráficos de atividade cerebral apresentado em que a pessoa assiste televisão, o cérebro praticamente vegeta. Essa inércia cerebral prejudica as sinapses que fazem com o nosso cérebro perca capacidade de processar, armazenar e produzir informações. Pois bem, estava eu assistindo televisão. Na programação aberta, o que mais me interessa são as propagandas. Não pelo seu conteúdo, mas pela sua capacidade de tentar me vender tudo aquilo do qual eu não preciso. Fico impressionado com a capacidade de transformar futilidades em coisas praticamente imprescindíveis para a minha sobrevivência. Um exemplo disso é a propaganda de escovas dentais. Não que uma escova dental não seja imprescindível, na verdade todos nós precisamos escovar os dentes, mas é impressionante como toda semana surge uma nova e incrível escova dental. Parece até que as empresas de higiene pessoal investem bilhões
em Pesquisa e Desenvolvimento para criar super escovas que limpam cada milímetro da minha boca. A impressão é que a escova da propaganda da semana passada é quase um instrumento rudimentar, utilizado por homens da caverna, em vista da Super, Ultra, Max escova dessa semana. No supermercado, encontro centenas de modelos de escova dental que variam de R$ 1,99 a R$ 13,00. Umas parecem ter sido desenvolvidas pela Nasa. Quanta tecnologia! O cabo da escova é ergométrico - poderia ficar segurando a escova por 15 horas seguidas que minha mão não sentiria nada – também é aderente – se ao invés de cerdas tivesse uma mini picareta de alpinista poderia escalar o Everest que não escorregaria da minha mão. Porém, independente da tecnologia, se eu não escovar os dentes de forma correta, nada disso ajudará. Ou seja, usando a melhor ou a pior escova, o que importa mesmo é como eu escovo meus dentes. E sabe por quê? Por que o que realmente interessa numa escova dental são as cerdas! Aqueles pelinhos na ponta da escova. Bom, voltando a propaganda da escova, fico me perguntando: por que eu preciso sempre comprar toda a escova de dente (cabo e cerdas) se a única coisa que eu realmente gasto são as cerdas? Não poderia comprar apenas um refil, como existe para aparelhos de barbear? Esses cabos de
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escovas dentais são feito de Polietileno de alta densidade (PEAD), em outras palavras: Plástico! Podem durar séculos! E para quem não sabe, o plástico é um produto em que a principal matéria prima é o petróleo, um combustível fóssil, não renovável e grande responsável pela emissão de gases poluentes. As empresas de higiene pessoal investem muito em tecnologia de produtos, mas a tecnologia que realmente precisamos (um refil, por exemplo) fica deixada de lado propositalmente, já que o cabo da escova agrega muito mais valor do que as cerdas. Além disso, a propaganda valoriza o cabo da escova, mostrando detalhes que nos fazem pensar que tal parte necessita realmente de alta tecnologia. Quem sabe seria mais útil que em cada propaganda dessem dicas de como escovar o dentes de forma mais eficiente, ao invés de nos entupirem com tanta futilidade tecnológica. *Tecnólogo Ambiental e professor da FATEC e ETEC de São Sebastião
PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Conhecer onde se vive é fundamental para uma conscientização da necessidade de cuidar e preservar.
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Assim, damos algumas Se na sua região existem dicas práticas para parques ecológicos ou mesmo trilhas, deve-se colocarem em ação. mobilizar a comunidade para participar. 1 Programa de Deve-se buscar o orientação ambiental conhecimento local de O objetivo é levar todos, mesmo que o informação e orientação à ambiente não disponha de comunidade com relação muitos atrativos ecológicos. aos aspectos legais que Afinal, para preservar é envolvem o meio ambiente. preciso conhecer e 2 - Visitas a Museus, entender as necessidades.
criadouros científicos de animais silvestres, parques, centros culturais e outros correlatos; 3 Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios
O objetivo é executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais locais (Pensar globalmente, Agir localmente).
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medida que eventos, locais e fatos se sucedem.
Outra dica é dada para a realização de trabalhos através da feitos observação direta em relação ao ambiente. 6 - Publicações periódicas (jornais, revistas, informes, dentre outros)
Abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região, sua 5 - Passeios em trilhas cultura, seus problemas e ecológicas soluções. É um importante Devem ser trilhas veículo de comunicação interpretativas. Essas com a população local. apresentam percursos nos 7 - Educação ambiental quais existem pontos para empregados de determinados para empresas interpretação com auxílio de placas, setas e outros Treinamento aplicado a todos os trabalhadores indicadores. para orientá-los nos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, Além dessa opção, pode-se chegando ao seu lar e à sua utilizar a interpretação família.
Os temas importantes a serem tratados são: a redução do Consumismo, a reciclagem do lixo, a agricultura orgânica, a arborização urbana e as formas de preservar o ambiente onde vivem. espontânea, na qual Tão importante é inserir monitores estimulam as lições de cidadania e do 4 – Ecoturismo pessoas à curiosidade à ambiente em que vivem, de
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forma a desenvolver a consciência crítica, permitindo assim uma atuação mais efetiva na comunidade onde vive. Questões de Saúde, Segurança e Meio Ambiente devem ser internalizadas nas pessoas.
eles a água. A água em algumas regiões tem se tornado um recurso escasso e com qualidade comprometida.
A quantidade de água doce no mundo estocada em rios e lagos, pronta para o consumo, é suficiente para 7 Atividades e atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada Campanhas habitante do Planeta Esta é uma forma precisa. interessante de incrementar a participação Apesar de parecer da comunidade, abordando abundante, esse recurso é aspectos relativos ao escasso: representa apenas conhecimento e melhoria 0,3% do total de água no de seu próprio ambiente. Planeta. O restante dos
É possível organizar e incentivar a realização de diversas atividades que envolvam questões da região e suas necessidades.
Água – um
recurso cada vez mais escasso
É fato que as atividades humanas e o estilo de vida e desenvolvimento têm influenciado na disponibilidade de uma série de recursos, entre
2,5% de água doce está nos lençóis freáticos e aqüíferos, nas calotas polares, geleiras, neve permanente e outros reservatórios, como pântanos, por exemplo. Se em termos globais a água doce é suficiente para todos, sua distribuição é irregular no território.
Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas.
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Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos.
O cenário de escassez se deve não apenas à irregularidade na distribuição da água e ao aumento das demandas - o que muitas vezes pode gerar conflitos de uso – mas também no fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação da qualidade da água aumentou em níveis alarmantes.
Atualmente, grandes centros urbanos, industriais e áreas de desenvolvimento agrícola com grande uso de adubos químicos e agrotóxicos já enfrentam a falta de qualidade da água, o que
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pode gerar graves do Rio Marcal – na Hungria, problemas de saúde onde vegetação e peixes pública. fonte: Almanaque Brasil não puderam ser salvos. Socioambiental. Um alerta ao mundo.
Porque preservá-la!
Nosso planeta tem cerca de dois terços de água.
97% da água do planeta está no mar, imprópria para ser bebida ou aproveitada em processos industriais; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta.
Rio húngaro - Marcal - atingido pelo desastre da lama tóxica. Todos os peixes morreram e a vegetação também não pode ser salva
Vegetação e rio poluído. Ambos destruídos
Para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas está disponível apenas 0,007% do total de água da Terra.
Some-se a isto o despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios, matando peixes, além de grandes desastres que causam impactos irreversíveis, como o caso
Um dos grandes problemas da humanidade no Século 21 vai ser a disponibilidade de água potável para suprir as necessidades básicas da população.
A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que até 2030 mais da metade da população mundial viverá em áreas com alto risco de escassez.
Do ponto de vista ecológico e sanitário, a água para as
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habitações é mais considerável, pois se revela como alimento imprescindível, ou seja, aquele que permite ao homem sobreviver em um planeta onde o clima já perdeu a coerência, além de se apresentar como determinante universal no exercício da higiene. A agricultura é responsável pelo consumo de 70% da água doce no mundo em comparação com 17% para a indústria e 13% para uso doméstico e municipal.
Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água.
______________________________________________________________________ Modelo de agricultura sustentável
Colheita de batata
Muitas medidas e técnicas relacionadas à irrigação e como a água é aplicada na agricultura podem ser aperfeiçoadas, o que mais uma vez ajudaria a acabar com a lacuna entre oferta e demanda.
“Vivemos, ainda hoje, como se tivéssemos água em abundância, ainda nos damos ao luxo de desperdiçar 40% da água ao longo da sua distribuição, jogamos esgoto in natura nos cursos d’água. As indústrias e os Municípios ainda continuam captando água a montante e despejando-a a jusante com pouco ou nenhum tratamento”.
Desmatamentos, erosão, assoreamento e lançamento de efluentes, detritos industriais e esgoto doméstico nos cursos d’água têm contribuído com tal situação.
“O número de domicílios particulares permanentes que têm acesso ao fornecimento de água no Brasil passou de 45 milhões para pouco mais de 57 milhões nos últimos dez anos, de acordo com os resultados preliminares do Censo Demográfico 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”
Segundo estudos, a água será a causa principal de conflitos entre nações, mesmo para os brasileiros que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água.
Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.
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Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge regiões de mananciais.
Outro problema são as perdas de água na rede de distribuição por roubos e vazamentos que já atingem entre 40% e 60% da água disponível e tratada, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. Como vimos, os problemas são muitos. Temos que fazer uma mudança e esta precisa ser URGENTE! “Além de ser causa de doenças o despejo de dejetos humanos e águas residuárias ameaçam a segurança alimentar de vários países em desenvolvimento, que obtêm 70% de suas necessidades de proteínas a partir do pescado de água doce, segundo a edição de 2010 do Relatório do Planeta Vivo da WWF (World Wide Fund for Nature)”
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Confira na próxima edição:
Ilha Grande – Um arquipélago com 365 ilhas, uma para cada dia do ano Poluição Saúde
Atmosférica
Curiosidades 2010
do
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Censo
Iniciativas Sustentáveis – 2ª parte Especial Água
Novos artigos e muito mais
Até breve!
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