Revista Educacion@l - Especial PISA 2009

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REVISTA EDUCACION@L

EDITORIAL

Caminhando para a finalização de mais um ano letivo repleto de realizações e perspectivas, temos o prazer de apresentar aos educadores maristas a segunda edição da Revista Educacion@l. Preparada com muito carinho para vocês, a edição do mês de Dezembro vem como edição Especial, tratando do tema o PISA - Programa Internacional para a Avaliação de Estudantes, promovido pela CESE - Comparative Education Society in Europe e a participação da PMBCN no Simpósio Internacional sobre o PISA, ocorrido na Espanha em Novembro. Nesta edição vocês poderão conhecer melhor os objetivos dessa organização, seu campo de atuação e perspectivas de estudos. A relevância da participação de grupos de estudo do Brasil em eventos como este, reflete a importância de refletirmos sobre os processos de avaliação em todas suas facetas, contradições, polêmicas, erros e acertos nos convidando a repensar a forma como temos desenvolvido nossa prática dentro da escola. Por fim, teremos a oportunidade de ler e aprender com as experiências vividas pela equipe que representou o Brasil no Simpósio e saber um pouco mais sobre quais contribuições eles trouxeram do evento para o Brasil e quais contribuições eles deixaram para os participantes acerca de nossas experiências. Assim, depois desta que, temos certeza, será uma leitura profícua, agradecemos a todos os materiais enviados e lembramos que estamos recebendo material para as próximas edições da revista. Em nome da Gerência Educacional, desejamos que neste Natal o menino Jesus abençoe a sua família e que 2010 seja um ano maravilhoso, pleno de saúde e alegrias! Boa leitura a todos, Carla Floriana Martins Analista Educacional

GERÊNCIA EDUCACIONAL | PROVÍNCIA MARISTA BRASIL CENTRO-NORTE | ano 01 | número 02


Educadores Maristas participam do SIMPÓSIO INTERNACIONAL DO PISA Jaqueline de Jesus Gerente Educacional

Durante os dias 23 a 26 de novembro um grupo de cinco educadores maristas, a saber: a gerente educacional Jaqueline de Jesus, a analista educacional Maria Ireneuda de Souza Nogueira, o professor Paulo de Tarso Motta Ferreira, do Colégio Marista de Varginha, a professora Maria Adelina Maria Fonseca Nunes de Oliveira, do Colégio Marista de Natal e a professora Valéria Pereira Boechat, do Colégio Marista Dom Silvério marcaram presença, em La Palma, nas Ilhas Canárias espanholas, no Simpósio Internacional do PISA Programa Internacional para a Avaliação de Estudantes. O evento foi promovido pela CESE - Comparative Education Society in Europe - organização que tem como propósito apoiar e promover estudos comparativos e internacionais no campo da educação por meio do estímulo à pesquisa, publicação e intercâmbio entre especialistas da área de educação, dos diferentes países. A nossa participação, como educadores maristas, únicos representantes brasileiros presentes no evento, foi visionariamente apoiada pelos Irmãos componentes do Conselho Provincial (gestão 2007-2009) por reconhecerem, em tal oportunidade de interação e formação, grandes possibilidades de construção de conhecimento capaz de ser revertido em qualidade educacional na nossa Rede Marista. Todas as palestras, resultados de pesquisas realizadas, apresentavam associações entre o bom ou insuficiente desempenho dos países no Pisa e as políticas públicas desenvolvidas pelos mesmos.

O evento teve a participação de vários expoentes mundiais, pesquisadores de grandes universidades, tais como: David Scott, catedrático de Currículo, Pedagogia e Avaliação do Instituto de Educação da Universidade de Londres; Thomas S. Popkewitz, catedrático de Currículo e Ensino na Universidade de Winconsin-Madison –USA; Donatella Palomba, catedrática de Pedagogia Geral na Faculdade de Filosofia da Universidade de Roma; Robert Cowen catedrático emérito de Educação Comparada do Instituto de Educação da Universidade de Londres e Pesquisador Sênior de Oxford; entre outros. Devido ao número restrito de participantes (éramos 70 ao todo) tivemos a oportunidade de estabelecer importantes relacionamentos. Entre eles, com a brasileira radicada em Londres, professora Maria de Figueiredo Cowen, professora do Instituto de Educação de Londres, responsável pelas relações interinstitucionais daquela Universidade com outros organismos das Américas. Como resultado dessa agradável interação a Gerência Educacional está hoje iniciando um processo de negociação de uma parceria com a Universidade de Londres e a Província Marista Brasil CentroNorte para a realização de Mestrado Interinstitucional, a ser realizado no Brasil. Possivelmente os próximos passos serão dados no início do mês de fevereiro, quando, se aprovado pelo novo Conselho Provincial, iremos à Londres para conhecermos com maiores detalhes o programa. Comprovamos, por meio das discussões realizadas, que a Educação é cada vez

mais assumida como um grande capital. No final do século XX a economia e os sistemas produtivos tem conhecido profundas e cada vez mais rápidas mudanças: a desregulação dos mercados, a rápida difusão da novas tecnologias da informação e comunicação, a transição de uma economia industrial para uma economia de serviços. As redes e as qualidades relacionais assumiram importante papel, fazendo emergir uma nova economia do conhecimento, onde o que é verdadeiramente importante são as idéias postas a serviço da inovação. Esse cenário fez com que organismos internacionais se mobilizassem frente à necessidade de conhecer de fato qual a real contribuição do sistema escolar para a formação desse individuo que precisa estar preparado para viver o que a contemporaneidade apresenta como realidade. O PISAPrograma Internacional para a Avaliação de Estudantes - consiste, no cenário mundial - num dos acontecimentos educativos mais famosos das últimas décadas. Em suas últimas provas (2009) participaram 62 países, incluindo 27, dentre esses o Brasil, que não são membros do OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, promotor do programa). Por meio do PISA, tem-se difundido, de maneira rápida e eficaz, informação de caráter educativo acerca da qualidade de ensino desses países. Infelizmente para nós, brasileiros, os resultados de nosso país no PISA é alarmante. Podemos conferir analisando os dados seguintes.


Resultados do Desempenho em Ciências 2000 Clas. 1

País COREIA

2003 Média

Clas.

552,12

1 2

2006 Média

Clas.

País

Média

FINLANDIA

548,22

1

FINLANDIA

563,32

JAPÃO

547,64

2

HONG KONG

542,21

539,50

3

CANADÁ

534,47

538,42

4

CHINA (TAIWAN)

532,47

5

ESTONIA

531,39

6

JAPÃO

531,39

7

NOVA ZELANDIA

530,38

8

AUSTRÁLIA

526,88

2

JAPÃO

3

HONG KONG

4

FINLANDIA

537,74

4

COREIA

5

REINO UNIDO

532,02

5

LIECHTENSTEIN

6

CANADA

529,36

6

AUSTRALIA

525,05

7

HOLANDA

529,06

7

MACAU

524,68

8

NOVA ZELANDIA

527,69

8

HOLANDA

524,37

9

HOLANDA

524,86

9

AUSTRALIA

527,50

9

REPUBLICA TCHECA

523,25

10

LIECHTENSTEIN

522,16

10

NOVA ZELANDIA

520,90

11

COREIA

522,15

518,74

12

ESTONIA

518,82

13

ALEMANHA

515,65

14

REINO UNIDO

514,77

15

REP. TCHECA

512,86

16

SUIÇA

511,52

17

MACAO

510,84

18

AUSTRIA

510,84

19

BELGICA

510,36

20

IRLANDA

508,33

21

HUNGRIA

503,93

22

SUECIA

503,33

23

POLONIA

497,81

24

DINAMARCA

495,89

25

FRANÇA

495,22

26

CROACIA

493,20

10

AUSTRIA

550,40

País

540,81

518,64

3

HONG KONG

525,17

11

CANADA

512,13

12

REINO UNIDO

REPUBLICA TCHECA

511,41

13

SUIÇA

512,98

14

FRANÇA

500,49

14

FRANÇA

511,22

15

NORUEGA

500,34

15

BELGICA

508,83

16

ESTADOS UNIDOS

499,46

16

SUÉCIA

506,12

11

IRLANDA

12

SUIÇA

13

17

HUNGRIA

18

ISLANDIA

19

BELGICA

20

SUIÇA

21

ESPANHA

22

513,37

496,08 495,91

17 18

IRLANDA HUNGRIA

518,40

505,39 503,28

19

ALEMANHA

20

POLONIA

490,94

21

ESLOVÁQUIA

494,86

ALEMANHA

487,11

22

ISLANDIA

494,74

23

POLONIA

483,12

23

ESTADOS UNIDOS

491,26

24

DINAMARCA

481,01

24

AUSTRIA

490,98

27

ISLANDIA

490,79

25

ITÁLIA

477,60

25

RUSSIA

489,29

28

LETÔNIA

489,54

26

LETONIA

489,12

29

ESTADOS UNIDOS

488,91

487,09

30

ESLOVÁQUIA

488,43

486,45

31

ESPANHA

488,42

32

LITUANIA

487,96

33

NORUEGA

486,53

34

LUXEMBURGO

486,32

35

RUSSIA

479,47

26 27

LIECHTENSTEIN GRECIA

495,73 495,67

476,10 460,55

27

ESPANHA

502,34 497,78

28

ITÁLIA

460,06

29

NORUEGA

PORTUGAL

458,99

30

LUXEMBURGO

482,76

31

BULGARIA

448,28

31

GRECIA

481,02

32

LUXEMBURGO

443,07

32

DINAMARCA

475,22

36

ITÁLIA

475,40

33

ROMENIA

441,16

33

PROTUGAL

467,73

37

PORTUGAL

474,31

34

TAILANDIA

436,38

34

URUGUAI

438,37

38

GRECIA

473,38

35

ISRAEL

434,14

35

SERVIA

436,37

39

ISRAEL

453,90

36

TURQUIA

434,22

40

CHILE

438,18

41

SERVIA

435,64

42

BULGÁRIA

434,08

43

URUGUAI

428,13

44

TURQUIA

423,83

45

JORDANIA

421,97

46

TAILANDIA

421,01

47

ROMENIA

418,39

48

MONTENEGRO

411,79

49

MÉXICO

409,65

50

INDONÉSIA

393,48

51

ARGENTINA

391,24

52

BRASIL

390,33

53

COLOMBIA

388,04

54

TUNÍSIA

385,51

55

AZERBAIJÃO

382,33

56

CATAR

349,31

57

QUIRZIQUISTAO

322,03

Total

461,48

28

RUSSIA

29

LETONIA

30

460,31

36

MÉXICO

37

CHILE

414,85

37

TAILANDIA

429,06

38

MACEDONIA

400,71

38

MÉXICO

404,90

39

ARGENTINA

396,17

39

INDONÉSIA

395,04

40

INDONÉSIA

393,33

40

BRASIL

389,62

41

ALBANIA

376,45

41

TUNISIA

384,68

Total

470,55

42 43

BRASIL PERU Total

421,54

484,18

375,17 333,34 460,85


Resultados do Desempenho em Leitura

2000 Clas.

País

2003 Média

Clas.

País

2006 Média

Clas.

País

Média

1

COREIA

556,02

2

FINLANDIA

546,87

3

HONG KONG

536,07

1

FINLANDIA

546,47

1

FINLANDIA

543,46

2

CANADA

534,31

2

COREIA

534,09

3

HOLANDA

531,91

3

CANADÁ

527,91

4

CANADÁ

527,01

4

NOVA ZELANDIA

528,80

4

AUSTRALIA

525,43

5

NOVA ZELANDIA

521,03

5

AUSTRALIA

528,28

5

LIECHTENSTEIN

525,08

6

IRLANDA

517,31

6

IRLANDA

7

AUSTRÁLIA

512,89

525,46

7

IRLANDA

8

510,44

7

HONG KONG

LIECHTENSTEIN

524,75

SUECIA

507,64

KOREA

9

8

8

POLONIA

507,31

REINO UNIDO

523,44

9

513,12

10

9

HOLANDA

SUECIA

11

HOLANDA

506,75

10

JAPÃO

522,23

10

HONG CONG

509,54

12

BELGICA

500,90

11

SUÉCIA

516,33

11

REINO UNIDO

507,01

13

ESTÔNIA

500,75

12

BELGICA

506,99

14

SUIÇA

499,28

499,74

15

JAPÃO

497,96

499,12

16

CHINA (TAIWAN)

496,24

498,11

17

REINO UNIDO

495,08

18

ALEMANHA

494,94

19

DINAMARCA

494,48

20

ESLOVENIA

494,41

21

MACAO

492,29

12 13 14

AUSTRIA BELGICA ISLANDIA

526,67

507,13 507,13 506,93

6

13 14

NOVA ZELANDIA

NORUEGA SUIÇA

521,55 515,48 514,27

15

JAPÃO

504,74

16

MACAO

ESTADOS UNIDOS

504,42

17

POLÔNIA

496,61

18

DINAMARCA

496,87

18

FRANÇA

496,19

19

SUIÇA

494,37

19

ESTADIOS UNIDOS

495,19

22

AUSTRIA

490,19

20

ESPANHA

492,55

20

DINAMARCA

492,32

23

FRANÇA

487,71

21

REPUBLICA TCHECA

491,58

21

ISLANDIA

491,75

24

ISLANDIA

484,45

22

ALEMANHA

491,36

25

NORUEGA

484,29

490,69

26

REP. TCHECA

482,72

27

HUNGRIA

482,37

28

LETÔNIA

479,49

29

LUXEMBURGO

479,37

30

CROACIA

477,36

31

PORTUGAL

472,30

15

NORUEGA

16

FRANÇA

17

22

ITÁLIA

505,28

487,47

AUSTRIA

23

ALEMANHA

24

LIECHTENSTEIN

482,59

24

LATVIA

25

HUNGRIA

479,97

25

REPUBLICA CHECA

488,54

26

POLÔNIA

479,12

26

HUNGRIA

481,87

27

GRECIA

473,80

27

ESPANHA

480,54

28

PORTUGAL

470,15

28

LUXEMBURGO

479,42

32

LITUANIA

470,07

29

RUSSIA

461,76

29

PORTUGAL

477,57

33

ITÁLIA

468,52

34

ESLOVÁQUIA

466,35

35

ESPANHA

460,83

36

GRECIA

459,71

37

TURQUIA

447,14

38

CHILE

442,09

39

RUSSIA

439,86

40

ISRAEL

438,67 416,75

30

LATVIA

31

ISRAEL

32

LUXEMBURGO

33

483,99

497,64

458,07

23

30

ITÁLIA

490,56

475,66

31

GRÉCIA

441,25

32

ESLOVÁQUIA

TAILANDIA

430,68

33

FEDERAÇÃO RUSSA

442,20

34

BULGARIA

430,40

34

TURQUIA

440,97

35

ROMENIA

427,93

35

URUGUAI

434,15

36

MÉXICO

421,96

36

TAILANDIA

419,91

41

TAILANDIA

37

ARGENTINA

418,25

37

SERVIA

411,74

42

URUGUAI

412,52

38

BRASIL

402,80

43

MÉXICO

410,50

399,72

44

BULGÁRIA

401,93

381,59

45

SERVIA

401,03

46

JORDANIA

400,58

47

ROMENIA

395,93

48

INDONÉSIA

392,93

49

BRASIL

392,89

50

MONTENEGRO

391,98

51

COLOMBIA

385,31

52

TUNISIA

380,34

53

ARGENTINA

373,72

54

AZERBAJÃO

352,89

55

CATAR

312,21

56

QUIRZIQUISTAO

284,71

Total

446,13

38 39

CHILE BRASIL

452,17

409,56 396,03

40

MACEDONIA

372,51

41

INDONESIA

370,61

42

ALBANIA

348,85

43

PERU

327,08

Total

460,36

39

MÉXICO

40

INDONÉSIA

41

TUNÍSIA Total

472,27 469,16

374,62 459,58


Resultados do Desempenho em Matemática

2000 Clas.

País

2003 Média

Clas.

País

2006 Média

Clas.

País

Média

1

CHINA (TAIWAN)

549,36

2

FINLANDIA

548,36

3

HONG KONG

547,46

4

COREIA

547,46

1

HOLANDA

563,82

1

HONG KONG

550,38

2

HONG KONG

560,45

2

FINLANDIA

544,29

3

JAPÃO

556,61

3

COREIA

542,23

546,84

4

HOLANDA

537,82

5

HOLANDA

530,65

5

LIECHTENSTEIN

535,80

6

SUIÇA

529,66

6

JAPÃO

534,14

7

CANADÁ

527,01

532,49

8

MACAO

525,00

529,29

9

LIECHTENSTEIN

524,97

10

JAPÃO

523,10

11

NOVA ZELANDIA

521,99

12

BELGICA

520,35

4 5

CORIEA NOVA ZELANDIA

536,87

6

FINLANDIA

7

AUSTRALIA

8

CANADA

533,00

8

BELGICA

9

SUIÇA

529,34

9

MACAO

527,27

10

REINO UNIDO

529,20

10

SUIÇA

526,55

11

BELGICA

519,60

11

AUSTRÁLIA

524,27

13

AUSTRÁLIA

519,91

12

FRANÇA

517,15

12

NOVA ZELANDIA

523,49

14

ESTÔNIA

514,58

13

AUSTRIA

514,97

13

REPUBLICA TCHECA

516,46

15

DINAMARCA

513,03

515,11

16

REP. TCHECA

509,86

514,29

17

ISLANDIA

505,54

18

AUSTRIA

505,48

19

ESLOVÊNIA

504,46

20

ALEMANHA

503,79

21

SUÉCIA

502,36

22

IRLANDA

501,47

23

FRANÇA

495,54

24

REINO UNIDO

495,44

25

POLÔNIA

495,43

26

ESLOVÁQUIA

492,11

27

HUNGRIA

490,94

28

LUXEMBURGO

490,00

29

NORUEGA

489,85

30

LITUANIA

486,42

31

LETÔNIA

486,17

14

DINAMARCA

536,16 533,32

514,48

7

14

CANADÁ

ISLANDIA

15

DINAMARKA

514,05

16

FRANÇA

SUECIA

509,77

17

SUÉCIA

509,05

18

IRLANDIA

502,91

18

REINO UNIDO

508,26

19

NORUEGA

499,42

19

AUSTRIA

505,61

20

ALEMANHA

502,99

15

ISLANDIA

16

LIECHTENSTEIN

17

20 21

TCHECOSLOVÁQUIA ESTDOS UNIDOS

514,43

497,58 493,15

IRLANDIA TCHECOSLOVÁQUIA

502,84 498,18

22

ALEMANHA

23

HUNGRIA

488,04

23

NORUEGA

24

RUSSIA

478,33

24

LUXEMBURGO

493,21

25

ESPANHA

476,31

25

POLONIA

490,24

26

POLÔNIA

470,11

26

HUNGRIA

490,01

27

LATVIA

462,81

27

ESPANHA

485,11

28

ITÁLIA

457,35

28

LATVIA

483,37

32

ESPANHA

479,96

29

PROTUGAL

453,74

29

ESTADOS UNIDOS

482,88

33

AZERBAIJÃO

476,00

468,41

34

RUSSIA

475,68

466,02

35

ESTADOS UNIDOS

474,35

465,66

36

CROACIA

467,25

37

PORTUGAL

466,16

38

ITÁLIA

461,69

39

GRÉCIA

459,20

40

ISRAEL

441,86

30 31

GRECIA LUXEMBURGO

489,80

21

510,80

446,89 445,66

22

30 31

FEDERAÇÃO RUSSA PORTUGAL

495,19

32

ITÁLIA

432,30

33

GRÉCIA

BULGARIA

429,62

34

SERVIA

436,87

35

ROMENIA

425,53

35

TURQUIA

423,42

36

ARGENTINA

387,60

36

URUGUAI

422,20

41

SERVIA

435,38

37

MÉXICO

387,29

37

TAILANDIA

416,98

42

URUGUAI

426,80

38

CHILE

383,51

38

MÉXICO

385,22

43

TURQUIA

423,94

39

INDONÉSIA

360,16

44

TAILANDIA

417,07

358,73

45

ROMENIA

414,80

46

BULGÁRIA

413,45

47

CHILE

411,35

48

MÉXICO

405,65

49

MONTE NEGRO

399,31

50

INDONÉSIA

391,01

51

JORDANIA

384,04

52

ARGENTINA

381,25

53

COLOMBIA

369,98

54

BRASIL

369,52

55

TUNISIA

365,48

56

CATAR

317,96

57

QUIRZIQUISTAO

310,58

Total

454,12

32

ISRAEL

33

TAILANDIA

34

39

MACEDÔNIA

432,97

381,33

40

ALBANIA

381,21

41

INDONÉSIA

366,74

42

BRASIL

333,89

43

PERU

292,07

Total

450,44

40 41

TUNISIA BRASIL Total

444,91

356,02 456,38


No Brasil, estamos todos, redes particulares e públicas de ensino, envolvidos em um similar programa de avaliação massiva, o ENEM. Comparativamente, foi discutido no Simpósio, a repercussão midiática dos resultados do PISA e o seu impacto nas políticas públicas dos países. Algo que, por aqui, conhecemos bem. Poderemos comprovar a seguir, por meio da entrevista concedida pelos professores participantes, que foram muitos os frutos obtidos a partir dessa experiência, conforme o que também confirma o depoimento da analista Maria Ireneuda, “Fiquei impressionada e maravilhada em poder participar de um evento de tamanha importância, foram momentos de grande aprendizado e

trocas. Ao lado de pesquisadores renomados pudemos discutir e refletir. Esses momentos proporcionaram uma aproximação com os palestrantes. A oportunidade de participar desse evento abriu portas, pois fomos convidados a participar do próximo Simpósio em 2010 que será realizado em Uppsala, na Suécia, e, desta vez não apenas como assistentes, mas como palestrantes, na categoria Apresentação de Trabalhos. Ficou claro para todo grupo que nós, da PMBCN, estamos no caminho certo na busca pela excelência educacional, ou seja, sermos reconhecidos não só no Brasil, mas também no mundo”, conclui. Nossa participação nesse Simpósio reforçou, para a Gerência Educacional, a relevância da criação do Núcleo de

Estudos sobre Avaliação e Pesquisas Educacionais (NEAPE), em fase de idealização, pois, mais uma vez, confirmamos a necessidade de construirmos conhecimento, por meio de pesquisas e análises dos inúmeros dados que temos em nossa Rede, bem como, buscarmos, por meio de instrumentos apropriados, respostas para as nossas perguntas e indagações. Já entramos em contato com o professor da UFMG, professor Dr. José Francisco Soares, Coordenador do GAME (Grupo de Pesquisa sobre Avaliação e Medidas Educacionais). Em janeiro iniciaremos os estudos acerca das possibilidades de parceria e assessoria.


ENTREVISTA

1. Quais foram as suas impressões gerais sobre o Simpósio? Valéria Boechat - Eu fiquei encantada com a competência, dedicação e simplicidade daquele grupo de cientistas pesquisadores absolutamente envolvidos com o incentivo e promoção de estudos comparativos e internacionais em educação. Participamos, ouvindo e interagindo com o grupo de estudos em educação mais antigo da Europa e foi uma troca tão positiva que fomos convidados a apresentar nosso trabalho no próximo simpósio, em Uppsala, na Suécia. Paulo de Tarso - Tivemos uma ampla visão sobre o PISA e seus desdobramentos nas políticas públicas dos países participantes. Foi um evento seleto , pois, reuniu apenas a nata da “avaliação” do mundo atual. Adelina Maria - Em relação a condução, achei de excelente nível, já que os temas abordados foram tratadas de forma global com preocupações atuais de pesquisadores e cidadãos, entre elas a busca do enriquecimento do capital humano das nações por meio da educação.

2. Qual a relevância dos temas tratados nesse evento para o projeto educacional de nossa província?

VB - A participação nesse evento nos deu a certeza que estamos no caminho certo. O novo ENEM visa a nortear o Ensino Médio no país e se baseia na matriz do PISA. Essa avaliação incentiva a excelência na leitura, na matemática, na investigação e letramento científico, possibilitando, com reflexões acerca dos seus resultados e também com atitudes, a nossa evolução educacional. E olhe que já trabalhamos há 10 anos com o SIMA, nosso sistema interno de avaliação, que tem fundamentos muito semelhantes aos do PISA PT - A teoria do capital humano postulado pela Província está em consonância com o que foi proposto no simpósio e o que foi relatado como uma das contingências que levou a Finlândia de uma país agrícola a campeã mundial em educação. AD - Um tema relevante foi a necessidade de combinar as teorias científicas com a sociologia. Além disso, trataram também de assuntos do nosso interesses relacionados à avaliação, como exemplo: sistemas de comprometimento com monitoramento de resultados voltados para o currículo, pontuação baseada em critérios e ainda,a preocupação com a formação do professor. O Marista busca sempre atualizar a sua proposta educacional dentro de uma visão contemporânea, nesse sentido estamos caminhando em consonância com os temas discutidos no Simpósio, repensar o

currículo para o futuro (evidente preocupação da gerência educacional), outro tema também discutido no encontro foi a preparação desse sujeito (sujeito – história – contexto) para o novo mundo.

3. Um dos palestrantes falou sobre o milagre finlandês e as contingências que levaram a Finlândia ao primeiro lugar no PISA. O que nós Maristas podemos aprender sobre essa experiência? VB - Finlândia e Coreia têm apresentado os melhores desempenhos. São países relativamente pequenos, altamente homogêneos, dedicados à educação, onde os conhecimentos priorizados nas escolas são aqueles necessários para operar com competência em um mundo moderno, tendo por base situações reais onde o uso da linguagem, dos números e das ciências são exigidos. Como no marista acreditamos na educação integral, reafirmo minha convicção de que estamos no caminho certo. PT - Não precisamos aprender mas colocar em prática a espiritualidade Marista tanto com educandos, como com educadores, funcionários e comunidade para estarmos em consonância com o mito finlandês. Está dentro de nós mais do que pensamos. AD - Sabe-se que a Firlândia não observa as políticas de foram


fragmentada, mas é do estado a responsabilidade do estado, uma tendência dos paises desenvolvidos, adotar uma política com metas definidas para o desenvolvimento da educação. Investe em capacitação e valoriza-se a educação, o que respalda todo resultado obtido.

4. Durante o Simpósio alguns palestrantes fizeram menção ao tratamento que é dado pela mídia, nos diferentes países, acerca de resultados do PISA. Há alguma familiaridade com o uso que a mídia, no Brasil, faz acerca do ENEM? VB - Sim. Os rankings divulgados pela mídia são muitas vezes interpretados de maneira absoluta, sem verificação de outras informações como, por exemplo, o valor agregado. Mas existe uma diferença que não pode deixar de ser mencionada: quem gere o PISA é a OCDE, órgão Econômico que congregou em 2009, entre sócios e convidados, 67 países que respondem por mais de 90% do PIB mundial enquanto no Brasil, o ENEM é de responsabilidade do Ministério da Educação. A OCDE é consultada por empresas e governos em várias decisões de âmbito mundial. PT - Em parte, pois, sentimos que o PISA representa, lá fora, com exceção dos EUA, mais um referencial de reflexão que de ranking comparativo em educação para a escolha da escola dos filhos como no Brasil. Acredito que a oscilação entre o céu e o inferno que o ENEM viveu no Brasil este ano não contamina tanto os educadores europeus em relação ao PISA. Lá, o PISA tem seus defensores e críticos assumidos, enquanto que no Brasil a comunidade acadêmica se torna dependente do ENEM ou o despreza de acordo com o que saí na mídia. Portanto, a mídia tem uma influência maior aqui que lá. O ENEM se transformou numa estratégia de marketing e não um

referencial de qualidade, enquanto que lá fora o PISA é menos suscetível as interpretações da mídia. As discussões são mais profundas que estratégicas ou políticas. AD - A Idéia do PISA é perceber a diferença para unificar, assim explorar o conhecimento prático, o conhecimento científico numa busca de planificar o presente para o futuro e mesmo assim, ainda os resultados provocam choque. Creio que o ENEM também se volta para essa perspectiva e em países como o Brasil, há uma presença muito mais forte dos sindicatos nas escolas e das pessoas e não aceitam muito as mudanças, o que possibilita uma maior resitência o ENEM modifica uma estrutura que ainda mesmo ultrapassada de sistema de avaliação, permanece muito forte na cultura da educação, a exemplo disso, o exame de vestibular, tal pensamento muitas vezes fortalece a mídia para tratar O ENEM com um pouco de resistência. Sem contar que muitos professores e alunos dividem-se nesse posicionamento.

5. Quanto à continuidade do PISA, qual a tendência percebida? VB - Ouvimos enfaticamente do Dr. Thomas S. Popkewitz, Ph.D em políticas do conhecimento, que não haverá nunca uma prova do PISA que não exija conhecimento e conteúdo formal, o que nos leva a crer que estamos no caminho certo: competências e habilidades não dispensam o conhecimento. Ao contrário, juntas formam um estudante mais preparado e de melhor desempenho. PT - A grande discussão é se o PISA é ou não um termômetro confiável para a educação européia e mundial. Mas independente de seu futuro, os europeus não se tornam escravos de um único modelo de avaliação. Portanto, o PISA pode acabar sim, mas a preocupação em avaliar os resultados da educação jamais.

AD - Se adotarão outro sistema, não podemos afirmar, mas está muito claro que os novos modelos de avaliação educacional passam pela proposta de avaliar por competência e habilidades, o que está claro é a preocupação de que os modelos europeus possam discutir os programas no sentido de valorizar os temas de acordo com as necessidades de cada país.

6. Qual foi a participação do Brasil no evento? VB - Éramos cinco brasileiros, cinco educadores Maristas. O grupo de palestrantes registrou, por diversas vezes, que foi a primeira vez que o Brasil esteve representado nesse encontro, que acontece há 23 anos! Foi uma enorme responsabilidade representarmos nossa escola e nosso País! E não posso deixar de agradecer à Gerência Educacional e à Superintendência pela oportunidade. PT - Surpreendentemente, o MEC não mandou nenhum representante e nem nenhuma insituição federal ou particular lá estava, com exceção do Marista. Por estarmos em penúltimo lugar tal fato me surpreendeu. Porém, fomos tão discretos e comprometidos que acabamos por receber o convite para nos apresentar na edição de 2010 em UPSALA, na Suécia. Em especial a professora Jaqueline de Jesus, Gerente Educacional. AD - O governo brasileiro não enviou nenhum representante, embora tenhamos percebido a importância que eles dão ao Brasil, acho que o governo precisava legitimar representatividade em encontros como esses, afinal são decisões que diz respeito a todas as nações, principalmente se considerarmos o contexto da globalização. Por outro lado, nós representantes do Marista, pudemos representar o Brasil e evidenciar uma preocupação de nossa instituição em observar a educação numa proposta contemporânea.

Para saber mais sobre o PISA : http://www.inep.gov.br/internacional/pisa/Novo/oquee.htm


EXPEDIENTE REVISTA EDUCACION@L é uma publicação da Gerência Educacional da Província Marista Brasil Centro-Norte. UNIÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E ENSINO - UBEE UNIÃO NORTE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA - UNBEC DIRETOR-PRESIDENTE Gentil Paganotto SUPERINTENDENTES Dilma Alves Rodrigues José Wagner Rodrigues da Cruz GERENTE EDUCACIONAL Jaqueline de Jesus ANALISTAS EDUCACIONAIS Carla Floriana Claudiane Junqueira Fernando Souza Maria Ireneuda de Souza Nogueira Marina Mara de Silveira Chagas Rita Aparecida Rocha Roberta Valéria Guedes de Lima Thiago Araújo PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Arthur Gomes neto


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