Ano XXXVI - nº 400 - Abril/2016
Distribuição Gratuita. Venda proibida.
A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração
Índice
Apresentação
Amigo leitor! “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”. Inicio a apresentação desta edição, citando as palavras do Papa Francisco contidas na exortação apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), que nos leva à reflexão do anúncio do Evangelho no mundo atual. Esta encíclica tornouse uma fonte inspiradora e uma das bases das reflexões realizadas e debatidas na Assembleia Diocesana de Pastoral, que ocorreu nos dias 19 e 20 de março deste ano. Este encontro teve como objetivo refletir e avaliar a caminhada diocesana, além de planejar e definir as prioridades pastorais para os próximos anos. Esta assembleia além da presença do nosso bispo Dom Henrique, também reuniu os padres, diáconos, religiosos, religiosas e leigos engajados que atuam nas 37 paróquias, que compõem a Diocese de Dourados. Por se tratar de um momento muito importante para nossa Igreja, presente em Dourados, convido você leitor a tomar contato com os conteúdos mais relevantes da Assembleia Diocesana, começando pelas palavras do bispo diocesano na página A Palavra do Pastor (p.3) e a assumirmos verdadeiramente, enquanto igreja paroquial e diocesana, suas conclusões, apresentadas nas página 16, A Diocese em revista, confira! Ademais, como de praxe, nossa revista Elo está repleta de bons conteúdos, fotos, imagens, notícias e subsídios que sempre nos ajudam no enriquecimento eclesial e pessoal. Por isso, amigo leitor, através de uma boa leitura, desfrute desta edição preparada com carinho para você, sua família e comunidade! Abraço fraterno. Pe. Marcos Roberto P. Silva
padremarcosrobertop.silva@gmail.com
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A Palavra do Pastor
04
Palavra de vida
05
Testemunho de vida
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A Palavra do Papa
08
Opiniões que fazem opinião
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Círculos bíblicos
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A Assembleia Diocesana
“Todas as vezes que fizestes isso a um destes pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,40) Santa Joana Beretta Mola
Discurso do Papa em encontro com jovens no México
Zika, microcefalia, aborto
Pergunte e responderemos
Sou Sebastião Vaz dos Santos, o marido da Mariana, a quem o Sr. escreveu no Elo de Março. Em sua resposta o Sr. fala do Purgatório. Ele existe mesmo? Em que consiste? A maioria das Igrejas Ortodoxas e Evangélicas não o admite...”.
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Vida em Família
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A Igreja em Serviço
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A Diocese em revista
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Fatos em foco
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Fique por Dentro!
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Patrocinadores
Responsabilidade dos pais na educação para o uso das novas tecnologias Seminário Sagrado Coração de Jesus: 25 anos de História
Expediente Revista Elo - Abril/2016 - Ano XXXVI - nº 400 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Equipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Adriana dos Santos Gonçalves; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria. Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesededourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesededourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.430 exemplares
A Palavra do Pastor
A Assembleia Diocesana C
om este assunto, quero refletir também a importância das Assembleias na vida da Igreja. Sejam elas Assembleias de reflexão, de formação, eletiva ou de resolução de prioridades. Elas são importantes porque nos ajudam a direcionar, dar um ‘Norte’ diante das necessidades que existem ao nosso redor. É nas Assembleias que ouviremos os clamores, através das lideranças: os padres, os religiosos, as religiosas, as lideranças, os leigos engajados. Em se tratando de assembleia, uma coisa é muito importante. Iniciar ouvindo as bases. Numa Paróquia, por exemplo, como devemos articular a Assembleia Paroquial? Fazendo as Assembleias nas Comunidades. Ali está o ‘chão’ da vida da Igreja, da vida de uma Paróquia. Isto é muito bom, porque traz para junto da vida da Paróquia realidades importantíssimas. Quando chegar ao nível de uma Assembleia Paroquial, tem elementos fundamentais para refletir a caminhada daquela Paróquia. Após as reflexões chega-se à conclusão daquilo que é importante para a vida das Comunidades, isto é, da Paróquia. O que gera uma força muito grande na vida pastoral, porque não se fica perdido naquilo se deve fazer. Sem esse trabalho, enfraquece a paroquialidade. Como é bom caminhar juntos! E aquilo que não é comum a todas as Comunidades continuará sendo refletido naquela comunidade. Por ser uma necessidade e isso é normal. Nunca podemos ser iguais em tudo. Cada realidade é uma realidade. Porém, há várias coisas em comum. Aí sim deve-se pensar juntos e buscar soluções juntos. Ah! Mas se a Paróquia não tem comunidades? Mais simples ainda e até mais fácil. Faz-se a mini Assembleia com as Pastorais, Movimentos e Serviços, gerando força para a Assembleia Paroquial. E quando se trata de um Assembleia Diocesana? Ela é muito mais ampla, por ter tantas Paróquias ligadas à ela. Porém, entre as Paróquias e a Diocese tem o que chamamos de Foranias. É bom que para acontecer a Assembleia Diocesana, primeiro deve acontecer as Assembleias Comunitárias, Paroquial e também a Foranial. Quando todo esse material refletido chega à Assembleia Diocesana, ele terá muito mais peso e facilidade para as reflexões e decisões. Esse material menos denso, mais enxuto, mais claro, facilita o trabalho de criar as prioridades diocesanas. A nossa última Assembleia Diocesana foi muito boa porque todos os materiais foram colhidos das Paróquias que, com certeza, foram colhidos das Comunidades. Isto gerou reflexões e muitas coisas
foram ouvidas e, entre elas, algumas se tornaram prioridades para a Diocese, o que acaba também sendo prioridade nas Foranias e consequentemente nas Paróquias. Vale a pena lembrar que existem realidades distintas. Por exemplo: realidade Universitária. Tem em todas as Paróquias? Em várias Paróquias existem a realidade universitária. Porém todas as Paróquias estão em sintonia e em acordo com aquela prioridade. Agora, há prioridades que atingem todas as Comunidades da Diocese. Por exemplo: Catequese Permanente (Iniciação à Vida Cristã e Matrimônio). É o cerne da Vida Cristã. Outra prioridade que se trabalha de acordo com as necessidades locais é a Pastoral Social. Há diferentes necessidades para cada Paróquia e até mesmo Comunidades. Porém, é uma prioridade que se tornou diocesana. Outra prioridade: o das Pequenas Comunidades. Essa deve ser trabalhada em todas as Comunidades da Diocese, por ser um novo jeito de conduzir pastoralmente a Igreja hoje. São reflexões muito bonitas, fortes, profundas e ao mesmo tempo preocupadas com a missão evangelizadora da Igreja no mundo. Ao entrar nesta reflexão podemos notar que, de fato, é enriquecedor essa Dinâmica Evangelizadora da Setorização. Aliás, é uma prioridade na Igreja do Brasil, desde a criação do Documento de Aparecida, que aconteceu na V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe em maio de 2007, em Aparecida-SP. Uma das premissas para vivenciar as Prioridades Diocesanas é, ao voltar para a vida nas Paróquias e refletir em cada Forania. Ali o entendimento torna-se bem mais forte. E se uma paróquia precisa de ajuda, a Forania terá forças para ajudá-la ou até mesmo solicitar à Equipe Diocesana para aquele trabalho pastoral. O Encontro pode ser paroquial ou Foranial. A Paróquia nunca se sentirá sozinha, diante da imensidão de coisas a serem realizadas na vida paroquial. Trabalhando assim, a Diocese continuará forte, terá condições de levar adiante as reflexões tidas como prioridades. Todos saem felizes com o resultado pastoral, porque conseguiu alcançar o objetivo e, com certeza, outras prioridades surgirão. A Igreja de Jesus Cristo é assim. Nunca para de caminhar. Sempre em frente com a evangelização, sempre lendo os sinais dos tempos na força do Espírito Santo. Amém! Dom Henrique A. de Lima, CSsR Bispo Diocesano
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Palavra de Vida
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“Todas as vezes que fizestes isso a um destes pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,40)
or que será que apreciamos tanto estas palavras de Jesus e são mencionadas com tanta frequência nas Palavras de Vida que escolhemos para cada mês? Talvez seja por isso: elas são o coração do Evangelho. São as palavras que Jesus vai nos dirigir quando nos encontrarmos diante dele, no fim da vida. Serão elas a matéria do exame mais importante da vida, para o qual podemos preparar-nos, dia após dia. Ele nos perguntará se demos de comer e de beber a quem tinha fome e sede, se acolhemos o forasteiro, se vestimos quem estava nu, se visitamos o doente e o preso... Trata-se de gestos pequenos que, no entanto, têm o valor da eternidade. Nada é pequeno daquilo que é feito por amor,
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daquilo que é feito a Ele. Com efeito, Jesus não só esteve ao lado dos pobres e dos marginalizados, curou os doentes e confortou os sofredores, mas amou-os com um amor de predileção, chegando a chamálos de irmãos, a identificarse com eles, numa misteriosa solidariedade. Também hoje, Jesus continua presente nos que sofrem injustiças e violências, nos que procuram trabalho ou vivem em situação precária, nos que se veem obrigados a abandonar a própria pátria por causa das guerras. Quantas pessoas ao nosso redor sofrem por muitas outras causas e imploram, por vezes sem palavras, pela nossa ajuda! Elas são Jesus que nos pede um amor concreto, capaz de inventar novas “obras de misericórdia” que respondam às novas necessidades. Ninguém está excluído. Se uma pessoa idosa e doente é Jesus, como é possível não providenciar para ela o devido alívio? Quando eu ensino a língua a uma criança imigrada, eu estou ensinando a língua a Jesus. Quando ajudo a mãe na limpeza da casa, eu ajudo a Jesus. Quando levo esperança a um preso ou consolo a quem está na aflição, quando perdoo a quem me feriu, estou me relacionando com Jesus. E toda vez experimentaremos o fruto: não somente daremos alegria ao outro, mas nós mesmos sentire-
mos uma alegria ainda maior. Quando doamos, recebemos. Sentimos uma plenitude interior, sentimo-nos felizes porque, mesmo sem sabê-lo, encontramos Jesus: o outro, como escreveu Chiara Lubich, é como um arco debaixo do qual devemos passar para chegar a Deus. Era assim que ela relembrava o impacto que esta Palavra de Vida produziu, desde o início de sua experiência: «O nosso modo anterior de considerar e amar o próximo mudou completamente. Se Cristo, de algum modo, estava presente em todos, não podíamos fazer discriminações nem ter preferências. Desmoronaram todos os esquemas intelectuais que classificam os homens: compatriota ou estrangeiro, ancião ou jovem, bonito ou feio, antipático ou simpático, rico ou pobre. Cristo estava por trás de cada um, Cristo estava em cada um. E cada irmão era realmente “outro Cristo”. Vivendo assim, percebemos logo que o próximo era para nós o caminho para chegar a Deus. Ou melhor, o irmão era semelhante a um arco debaixo do qual precisávamos passar para encontrar Deus. Nós experimentamos isso desde os primeiros dias. Como era grande a união com Deus, na oração da noite ou no recolhimento, após tê-Lo amado o dia inteiro nos irmãos! Quem nos dava aquela consolação, aquela unção interior tão nova, tão celestial, senão o Cristo que vivia o “Dai e vos será dado” do seu Evangelho? Nós o tínhamos amado o dia todo nos irmãos, e eis que agora Ele nos amava»
Pe. Fábio Ciardi
Testemunho de Vida
Santa Joana Beretta Mola
Joana nasceu em Magenta, nas cercanias de Milão, norte
da Itália, no dia 4 de outubro de 1922, décima segunda filha do casal Alberto Beretta e Maria de Micheli, membros da Ordem Terceira Franciscana. Tendo a graça de crescer numa família unida e fortalecida por sólidos princípios cristãos, desde pequena a menina fez de Deus o ideal de sua vida. Seu irmão Alberto tornou-se médico, capuchinho e missionário em Grajaú, no Maranhão, de 1949 a 1981. Dele também foi iniciado o processo de canonização. Outros irmãos, José e Pedro, tornaram-se também sacerdotes. Após o ensino fundamental e médio, Joana frequentou a faculdade de Medicina na Universidade de Pavia, onde se formou em 1949. Apesar de se dedicar com afinco aos estudos, sempre encontrava tempo para concretizar sua fé, participando da pastoral da juventude na Ação Católica e do serviço aos pobres e doentes nas Conferências de São Vicente. Em 1950, abriu seu consultório em Mesero, nos arredores de Milão, dedicando uma atenção fraterna e carinhosa a todos os pacientes, sobretudo às gestantes, às crianças, aos idosos e aos pobres. Em 1952 para qualificar a profissão – que considerava uma missão – especializou-se em pediatria na Universidade de Milão. Através da oração pessoal e da direção espiritual com seu confessor, optou pela vocação matrimonial, com o desejo de «formar uma família realmente cristã», como a de seus pais. Inicialmente, se perguntou se não deveria unir-se ao seu irmão, Padre Alberto, o qual, auxiliado por outro irmão, Francisco, havia fundado um hospital na cidade de Grajaú, no Maranhão. Pediu conselhos ao bispo, que a ajudou a entender que sua missão era ser fermento na sociedade, no
casamento. Por isso, agradeceu a Deus quando encontrou o engenheiro Pedro Molla, um jovem que partilhava dos mesmos ideais de vida, com quem iniciou uma caminhada rumo ao matrimônio, celebrado no dia 24 de setembro de 1955, por seu irmão, Padre Pedro. Durante o noivado, escreveu a Pedro: «Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde Deus reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões, guie os nossos programas”. Poucos dias antes da celebração, escreveu ao futuro esposo: «Você não acha interessante fazermos um tríduo de orações para nos prepararmos espiritualmente ao casamento? Nos dias 21, 22 e 23, Santa Missa e Comunhão, você em Ponte Nuovo e eu no Santuário de Nossa Senhora da Assunção. Nossa Senhora acolherá as nossas preces e desejos e, porque a união faz a força, Jesus não poderá deixar de nos escutar e ajudar». Joana sentia-se realizada e agradecida. Acolheu como dons os filhos com que Deus foi enriquecendo a sua família: em novembro de 1956, Pedro Luís; em dezembro de 1957, Maria Zita e, em julho de 1959, Laura. Com simplicidade e serenidade, harmonizava os deveres de mãe, esposa e médica, demonstrando sempre uma contagiante alegria de viver. Em setembro de 1961, no final do segundo mês de uma nova gravidez, iniciou uma nova etapa em sua vida, dolorosa e jamais esperada: um fibroma no útero. Alguns dias antes do parto, abandonando-se completamente à vontade de Deus – e acreditando em
seu amor – disse ao médico que a atendia: «Se deves decidir entre salvar a mim ou o filho, não hesite – e isto o exijo – salve a criança!». Na manhã do dia 21 de abril de 1962 nasceu Joana Manuela. Apesar dos esforços para salvar a vida de ambos, na manhã de 28 de abril, em meio a atrozes sofrimentos e após ter repetido centenas de vezes: «Jesus eu te amo!», morreu santamente, aos 39 anos de idade. Seus funerais se transformaram numa grande manifestação popular de profunda comoção, fé e oração. Tanto para a sua beatificação (24 de abril de 1994), como para a canonização (16 de maio de 2004), os milagres necessários foram realizado no Brasil, levando o bispo emérito de Grajaú, Serafim Spreafico, a afirmar: «Santa Joana formou-se como missionária e como tal viveu, ligada ao Brasil por vocação específica. Ela agradeceu ao Brasil por tal vocação, obtendo de Deus os dois milagres oficiais para a Igreja». Sobre ela o cardeal Carlos Maria Martini escreveu: «A santidade de Joana é semelhante à de cada um de nós; ela enfrentou as mesmas dificuldades que enfrentamos no dia-a-dia, na vida profissional, na atenção à família, no acolhimento ás visitas; teve paciência nas vicissitudes de cada dia». Outro cardeal, José Saraiva Martins, afirmou quando Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos: «Viveu o matrimônio e a maternidade com alegria, generosidade e absoluta fidelidade à sua missão». Sua memória é celebrada no dia 28 de abril, data de sua entrada no Paraíso.
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A Palavra do Papa
Discurso do Papa em encontro com jovens no México
Queridos jovens, boa tarde! Quando cheguei a esta terra, fui recebido com boas-vindas calorosas, podendo assim constatar algo que já intuíra há tempos: a vitalidade, a alegria, o espírito festoso do povo mexicano. Agora mesmo, depois de vos ouvir e sobretudo depois de vos ver, constato de novo outra certeza, algo que disse ao Presidente da nação, na minha primeira saudação: um dos maiores tesouros desta terra mexicana tem um rosto jovem, são os seus jovens. É verdade! Sois vós a riqueza desta terra. Eu não disse a esperança desta terra, mas a sua riqueza. Não se pode viver a esperança, pressentir o amanhã, se antes a pessoa não consegue estimar-se, se não consegue sentir que a sua vida, as suas mãos, a sua história têm valor. A esperança nasce, quando se pode experimentar que nem tudo está perdido, mas para isso é necessário exercitar-se começando «por casa», começando por si mesmo. Nem tudo está perdido. Não estou perdido, valho… e muito! A principal ameaça à esperança são os discursos que te desvalorizam, fazem sentir-te um ser de segunda classe. A principal ameaça à esperança é quando sentes que não interessas a ninguém, ou que te puseram de lado. A principal ameaça à esperança é quando sentes que tanto vale estares como não estares. Isto mata, isto aniquila-nos e é porta de entrada para tanta amargura. A principal ameaça à esperança é fazer-te crer que começas a valer qualquer coisa, quando te mascaras com roupas de marca, do último grito da moda, ou que ganhas prestígio, te tornas importante por teres dinheiro, mas, no fundo do teu coração, não crês ser digno de carinho, digno de amor. A principal ameaça é quando uma pessoa sente que tudo aquilo de que precisa é ter dinheiro para comprar tudo, inclusive o carinho dos outros.
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A principal ameaça é crer que, pelo fato de ter um grande «carro», és feliz. Vós sois a riqueza do México, vós sois a riqueza da Igreja. Compreendo que muitas vezes se torna difícil sentir-se tal riqueza, quando estamos continuamente sujeitos à perda de amigos ou familiares nas mãos do narcotráfico, das drogas, de organizações criminosas que semeiam o terror. É difícil sentir-se a riqueza duma nação, quando não se tem oportunidades de trabalho digno, possibilidades de estudo e formação, quando não se sentem reconhecidos os direitos levando-vos a situações extremas. É difícil sentir-se a riqueza dum lugar, quando, por serdes jovem, vos usam para fins mesquinhos, seduzindo-vos com promessas que, no fim, se revelam vãs. Mas, apesar de tudo isto, não me cansarei de dizer: vós sois a riqueza do México. Não penseis que vos digo isto, porque sou bom ou porque já vejo tudo claro! Não, queridos amigos, não é por isso. Digo-vos isto, e digo-o convencido, sabeis por quê? Porque, como vós, creio em Jesus Cristo. E é Ele que renova continuamente em mim a esperança, é Ele que renova continuamente o meu olhar. É Ele que me convida continuamente a converter o coração. Sim, meus amigos! Digo-vos isto, porque em Jesus encontrei Aquele que é capaz de estimular o melhor de mim mesmo. E é graças a Ele que podemos abrir caminho; é graças a Ele que sempre podemos recomeçar; é graças a Ele que podemos ganhar coragem para dizer: não é verdade que a única forma possível de viver, de poder ser jovem seja deixar a vida nas mãos do narcotráfico ou de todos aqueles que a única coisa que fazem é semear destruição e morte. É graças a Ele que podemos dizer que não é verdade que a única forma que os jovens têm de viver aqui seja na pobreza e na marginalização: marginalização de oportunidades, marginalização de espaços, marginalização da formação e educação, marginalização da esperança. Jesus Cristo é Aquele que desmente todas as tentativas de vos tornar inúteis, ou meros mercenários de ambições alheias. Vós sois a riqueza deste país e, quando tiverdes dúvidas sobre isto, olhai para Jesus Cristo, Aquele que desmente todas as tentativas de vos tornar inúteis ou meros mercenários de ambições alheias.
A Igreja é Notícia
Sexta-feira da misericórdia: Papa faz visita surpresa a dependentes químicos e alcoólicos
Romaria do Terço dos Homens reúne mais de 50 mil peregrinos em Aparecida - SP
Por ocasião do Ano Santo e das “sextas-feiras da misericórdia”, o Papa Francisco fez uma visita surpresa a um grupo de dependentes químicos e alcoólicos em Roma. O Santo Padre chegou ao Centro Italiano de Solidariedade Dom Mario Picchi (CEIS), onde saudou um grupo de internos e, em seguida, dialogou com eles. “Não tenham medo”, disse-lhes Francisco na conversa. O CEIS, assinala sua página Web, “promove atividades e intervenções que procuram prevenir e enfrentar a exclusão social das pessoas, especialmente dos jovens e de família”.
Mais de 50 mil homens de todo o Brasil participaram da VIII Romaria Nacional do Terço dos Homens, que aconteceu nos dias 19 e 20 de fevereiro, no Santuário de Aparecida (SP). O número impressionou e levou o Bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci José Nicioli a brincar: “A casa ficou pequena... Acho que teremos que construir uma nova Basílica”. Neste ano, a romaria teve como tema “Compromisso com o Evangelho – Ação e Fé” e contou com a presença do Arcebispo de Juiz de Fora (MG) e referencial no Brasil para o Terço dos Homens. A Romaria foi encerrada com a Reza do Terço, no Altar Central do Santuário, seguida pela consagração dos Homens à Nossa Senhora Aparecida.
Imagem de Nossa Senhora Aparecida fica intacta em meio a um incêndio Uma casa em Dracena (SP) foi destruída por um incêndio. Mas, em meio às cinzas e aos materiais queimados, uma cena comoveu o bombeiro que atuou na ocorrência e logo teve grande circulação na internet: uma imagem de Nossa Senhora Aparecida que ficou intacta. O que mais chamou a atenção foi o fato de a imagem da Virgem de Aparecida resistir às altas temperaturas. O bombeiro Anderson Batista, que trabalhou com sua equipe para aplacar o incêndio, ao entrar na casa, ficou impressionado e compartilhou a cena que o surpreendeu em seu Facebook. Para Anderson Batista, foi realmente “um milagre, pois a temperatura era muito alta para uma simples imagem resistir”.
Posto de saúde para sem-teto é aberto na Praça de São Pedro O Papa Francisco está promovendo mais uma iniciativa em prol dos sem-teto do Vaticano: um posto de saúde na colunata da Praça de São Pedro, para oferecer consultas médicas e terapias aos moradores de rua. “Agradecemos o Papa Francisco, que quis abrir este ambulatório médico, dando mais um sinal concreto às pessoas sem moradia ou com dificuldades”, expressou a diretora da associação ‘Medicina Solidária’, Lucia Ercoli, em nota. O Papa Francisco já ofereceu outros serviços aos sem-teto na Praça de São Pedro, como por exemplo, a instalação de duchas e uma barbearia.
Frei Antônio Moser morre durante assalto no Rio de Janeiro O frei Antônio Moser, de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, foi morto a tiros, na manhã de quarta-feira dia 9/03/2016. Ele foi abordado por assaltantes na Rodovia Washington Luiz, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu por volta das 6h10m, na pista sentido Rio da estrada. Mesmo ferido, o religioso, de 75 anos, ainda conseguiu dirigir o Honda Civic prata até o acostamento. Os bandidos, que estariam de moto, conseguiram fugir. O Ministro Provincial dos franciscanos, Frei Fidêncio Vanboemmel, pediu orações e lamentou a morte trágica de Frei Moser: “A dura realidade que povoa com frequência os nossos noticiários bate à nossa porta. Com susto e tristeza recebemos a notícia da partida repentina de um irmão, vítima da violência, que infelizmente tem se tornado cada vez mais comum”.
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Opiniões que fazem opinião
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Zica, microcefalia, aborto
unca se falou tanto em mosquito! E não é por nada, pois o bichinho não só é capaz de fazer musiquinha chata no ouvido na hora que a gente quer dormir, mas pode causar uma série de problemas à saúde, transmitindo vírus causadores de doenças perigosas, como febre amarela, dengue, chikungunya e zika. Sua carga viral pode causar danos irreparáveis à saúde dos bebês por nascer. Mesmo sem haver ainda uma comprovação científica cabal até este momento, tudo indica que o vírus zika, transmitido pelo pernilongo pintadinho, chamado com o nome erudito de aedes Egypti, é causador da microcefalia nos fetos e crianças em gestação. A preocupação é grande no Brasil e no mundo inteiro. Não se pode vacilar e, além de usar proteções diversas para não ser picado pelo mosquito, é preciso lutar para acabar com ele. Nessa guerra contra o inimigo público comum, ninguém está dispensado: nada de água parada descoberta, pois é lá que ele bota os ovos e multiplica sua força de ataque virulenta. Vasos de flor, frascos, pneus velhos ou quaisquer recipientes de água deixados por aí, até as belas bromélias e outras flores podem virar criadouros do mosquito. O cuidado para não ser picado pelo aedes Egypti já não basta; são várias as formas de transmissão do vírus zika, causador da microcefalia: pelo sangue, a saliva e pela urina de quem está infectado. Até as relações sexuais poderiam favorecer a proliferação do vírus. Todo cuidado, portanto, é recomendado a quem tem ou teve uma febre por causa do vírus zika, para não passá-lo a outros. A supervisão médica é recomendada em todo caso. Como era de se esperar, o aumento dos casos de microcefalia nesses tempos de zika reanimou os defensores da “descriminalização” do aborto: querem aproveitar a psicose geral para conseguir a aprovação do Congresso Nacional, ou pelo casuísmo no Supremo Tribunal Federal, as possibilidades de mais um caso de “aborto legal”. Até uma
autoridade da Organização Mundial da Saúde, da ONU, recomendou, com ênfase, que os países onde anda o vírus zika, devem descriminalizar o aborto. Compreendo a aflição das mulheres, que se veem na situação de gerar um filho com microcefalia. Elas precisam ser amparadas e preparadas para terem seu filho e cuidar dele adequadamente. E a mulher tem uma grande capacidade de acolher e amar o que é pequeno, frágil e necessitado de proteção e amparo. Que outra coisa poderia ser feita, sem deixar de ser uma decisão nobre e digna da condição humana? Afinal, por quais motivos, tanta insistência no aborto neste momento? Não é o caso de insistir muito mais no combate ao mosquito e na pesquisa científica, em vista de uma vacina eficaz contra os efeitos do vírus? Por que os fetos e bebês por nascer têm de ser as vítimas do zika e também da sociedade, que não quer saber de indivíduos com defeitos ou deficiências? Que cálculos são esses, que levam logo à petição da pena de morte para esses nascituros, já prejudicados pela natureza impiedosa? Insiste-se em suprimir a vida de seres humanos e inocentes porque são indesejados; ou porque terão um “padrão de qualidade” inferior ao sonhado e estabelecido pela sociedade dos fortes, belos e sadios. De fato, a lógica parece simples: serão seres com baixa capacidade intelectual e renderão pouco para a sociedade; serão pesados a ela e não serão capazes de competir e se afirmar num mundo exigente, que despreza os fracos. Enfim, não serão “vidas viáveis” para eles próprios, nem adequados às expectativas de futuro para a sociedade. Haveria outros motivos mais convincentes, para decidir pela supressão de seres humanos, antes mesmo de nascerem? A pressão pela legalização do aborto de seres humanos com deficiência é contrária à misericórdia. Quer resolver o sofrimento e o desconforto, suprimindo o ser humano que, sem culpa sua, possa ser o motivo de desconforto. A misericórdia, própria de Deus e ensinada por Jesus, leva a acolher o pequeno, o frágil, o indesejado, o feio, o incapaz, o rejeitado... E a amar com amor infinito, restaurando sua deficiência. Aborto de crianças com microcefalia está em aberto contraste com a misericórdia. De que lado ficamos?
Cardeal Odilo P. Scherer Arcebispo de São Paulo
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1º Encontro
Círculos Bíblicos
“Misericordiosos como o Pai” Acolhida: Preparar Bíblia, vela, flores. Animador/a: Bem-vindos e bem-vindas para este nosso encontro! É o próprio Deus que nos acolhe aqui! Por isso: “Estejam conosco a graça, a misericórdia e a paz, que vêm de Deus Pai e de Jesus Cristo, na verdade e no amor!” (2 Jo 3). Todos: “Que a Igreja nunca se canse de oferecer MISERICÓRDIA, e esteja sempre paciente a confortar e perdoar!” (Papa Francisco). Canto: “O povo de Deus!” ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Estamos no ano extraordinário da Misericórdia! Na sua carta pastoral, “O Rosto da Misericórdia”, o Papa Francisco nos convoca a sermos: Todos: “Misericordiosos como o PAI!” Leitor/a 1: Misericórdia vem da palavra “coração”. Isto é; ter um coração sensível, comovido, compassivo com a miséria, ou com a dor humana, material ou espiritual. Sensível e compassivo também com a Nossa Casa Comum, a “Mãe-Terra”, ferida e pisada sem compaixão! Todos: “Sejam compassivos, cheios de amor fraterno, misericordiosos e de espírito humilde!” (1 Pd 3, 8). Leitor/a 2: “A Igreja tem a missão de anunciar e irradiar, por palavras e atos, a misericórdia de DEUS, coração pulsante do Evangelho!” (Papa Francisco). Por isso, neste
Ano de misericórdia, nós todos, cristãos e cristãs, nos sentimos chamados ainda mais: Todos: A cuidar das feridas; a aliviá-las com o óleo da consolação; a enfaixá-la com a misericórdia; e a tratá-las com muita atenção e solidariedade! ORAÇÃO
(Salmo 147) Todos: Louvemos o Senhor; cantar é tão bom! Glorifiquemos o nosso Deus; Ele gosta muito de nosso louvor! Leitor/a 1: O Senhor cuida dos corações feridos; e trata das chagas doloridas! Ele conhece o seu povo; e chama a cada um e a cada uma pelo nome! O Senhor acolhe os humilhados; e usa de misericórdia com as pessoas que sofrem! Ele se compraz naqueles que esperam no seu amor fiel; e se alegra com aquele que é solidário com seu irmão! Todos: Este é o nosso Deus! Eterna é sua misericórdia! Cantemos e toquemos para o Senhor com alegria e gratidão! ESCUTANDO A PALAVRA
Animador/a: Jesus colocou a misericórdia, “que dura para sempre”, como um ideal de vida; como critério a orientar a nossa conduta. Já bem antes da chegada de Jesus, o Profeta Isaías nos fala do jejum, do sacrifício, que agrada a Deus: Praticar a justiça; ser solidário com aquele ou aquela que sofre! Canto de Aclamação:
Leitor/a 3: Leitura do Profeta ISAÍAS 58, 6 - 11 (proclamar 2x). a) O que chamou mais sua atenção neste texto bíblico? Por quê? b) “No entardecer desta vida, seremos julgados pelo amor misericordioso!” (São João da Cruz) Que acha disso? REZANDO A PALAVRA
Todos: “Lembra-te, Senhor, da tua MISERICÓRDIA e do teu AMOR, pois eles existem desde sempre!” (Salmo 25, 6). Animador/a: colocar intenções espontâneas. Rezemos juntos: Pai Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai... ASSUMINDO A PALAVRA
Animador/a: Não podemos escapar das palavras de Jesus, a partir das quais seremos julgados: Leitor/a 2: Se demos de comer a quem tem fome; e de beber a quem tem sede! Se acolhemos o estrangeiro; e vestimos quem está nu! Se reservamos tempo para visitar: quem está doente ou preso! (Cf. Mt 25, 31 - 46). Em cada um destes “pequeninos”, está presente o próprio Jesus. c) Qual espaço tem os “pequeninos” ou os “últimos” em nossa comunidade? Sabemos acolhê-los? BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: Que Deus, sempre compassivo e misericordioso, nos acolha com seu amor e ternura! Que Ele tenha compaixão de nós e nos guarde na palma de sua mão! Que Deus guie os nossos passos e nos dê a paz! Que Deus nos abençoe, hoje e sempre: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! Canto: “Pelas estradas da vida” (Abraço de paz)
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Círculos Bíblicos
2º Encontro
Obras de misericórdia espirituais: consolar e animar Pai e o Espírito Santo. Amém.
Acolhida: Preparar um altar com a imagem de Jesus Misericordioso, a Bíblia e algumas velas e flores. Animador/a: O tema de hoje, lembra-nos as obras de misericórdia espirituais: consolar e animar. A palavra misericórdia significa abrir o coração ao miserável. Quando se fala em obras de misericórdia, lembramos de imediato a Jesus que é a face estampada do rosto misericordioso de Deus, pois, Ele sempre agiu com misericórdia. Façamos o sinal da Cruz, dizendo todos juntos: Em nome do Pai e Filho... Canto: É por causa do meu povo machucado que acredito em religião libertadora. É por causa de Jesus ressuscitado que acredito em religião libertadora. É por causa dos profetas que anunciam, que batizam, que organizam e denunciam. É por causa de quem sofre a dor do povo. É por causa de quem morre sem matar. ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: O Papa Francisco na sua entrevista, “O nome de Deus é Misericórdia”, afirma que o primeiro e único passo necessário para experimentar a misericórdia, é reconhecer que necessitamos de misericórdia: “Jesus vem em nosso auxílio quando reconhecemos que somos pecadores”. Jesus disse que não veio para os justos, mas para os pecadores. ORAÇÃO INICIAL do Ano Santo da Misericórdia Lado a: Senhor Jesus Cristo, Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele. Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos!
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Lado b: O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro; a adúltera e Madalena de buscar a felicidade nas criaturas; fez Pedro chorar depois da traição e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido. Todos: Fazei-nos ouvir como dirigidas a nós mesmos as palavras que dissestes à mulher samaritana: “Se tu conhecesses o dom de Deus!” Lado a: Vós sois o rosto visível do Pai invisível, do Deus que manifesta sua onipotência, sobretudo no perdão e na misericórdia. Senhor Ressuscitado e glorioso, fazei que a Igreja seja no mundo o vosso rosto visível. Lado b: Vós quisestes que os Vossos ministros fossem, também eles, revestidos de fraqueza, para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro: aos que deles se aproximarem, fazei que se sintam acolhidos, amados e perdoados por Deus. Todos: Congregai-nos com a unção do Vosso Espírito para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor e a Vossa Igreja, com renovado entusiasmo, anuncie a alegre notícia aos pobres, proclame a liberdade aos presos e oprimidos e a recuperação da vista aos cegos. Isso vos pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia, a Vós que sois Deus com o
ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: Jesus é o rosto visível do Pai invisível, que manifesta sua onipotência, no perdão e na misericórdia que está profundamente ligada à fidelidade de Deus.
Canto: Palavra de Salvação, somente o céu tem pra dar. Por isso, o meu coração se abre para escutar. (2X) Leitor/a 1: Leitura da primeira Carta de São Pedro 1, 6-9 (proclamar o texto duas vezes). PARTILHANDO A PALAVRA a) São Pedro fala que devemos nos alegrar mesmo diante das provações, o que é que nos anima em meio a essas situações? b) Qual é o consolo que devemos levar aos que passam por tribulações? REZANDO A PALAVRA Animador/a: Rezemos o Pai Nosso lembrando e acentuando as palavras que falam da misericórdia. ASSUMINDO A PALAVRA Leitor/a 1: O Papa Francisco afirma que Deus não quer que ninguém se perca, sua misericórdia é maior que o nosso pecado. Ele espera que abramos ao menos uma pequena fresta, para que possa agir em nós com seu perdão, com sua graça. c) Você age com misericórdia com quem errou ou com quem se acha longe da graça Divina? BÊNÇÃO FINAL Abençoe-nos Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! Canto à escolha.
Círculos Bíblicos
3º Encontro Cultura de perdão e reconciliação Acolhida: Preparar ambiente com altar da Palavra, flores e um Quadro de Jesus Misericordioso. Animador/a: Queridos irmãos, vivemos em uma sociedade onde impera o egoísmo, que considera o perdão como uma fraqueza e incentiva a violência. Por outro lado, a Igreja nos convida ao exercício da misericórdia e do perdão. Iniciemos esse encontro, acolhendo-nos uns aos outros como irmãos em Cristo Jesus. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo... Canto: Reunimo-nos aqui para glorificar o Rei Jesus... ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: Fazemos parte de uma sociedade na qual a ausência de Deus torna insensível o coração das pessoas. Temos dificuldade em perdoar, vivemos uma cultura de morte, violência e vingança, provocada pelo egoísmo. Devemos refletir no convite que o Senhor nos faz, ao longo desse ano, para usarmos de misericórdia para com os nossos irmãos. Leitor/a 1: O Senhor nos exorta que, antes de fazermos a nossa oferta, exercitemos o perdão e a reconciliação. Leitor/a 2: O Senhor nos manda perdoar sempre, pois, quando perdoamos, nos assemelhamos a Deus, que é Pai de misericórdia. Canto: Conheço um coração tão manso, humilde e sereno... ORAÇÃO INICIAL Animador/a: Entoemos o Cântico das Misericórdias Divinas: (Salmo 102) Todos: Bendize, ó minha alma ao Senhor, e tudo o que existe em mim, bendiga o seu Santo Nome! Leitor/a 1: Salmo 102, 2-5 Leitor/a 2: Salmo 102, 6-10
Canto: Te louvo em verdade...
fiéis a essa proposta?
ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: A proposta de Jesus para nós é direta e clara. Viver segundo a sua Palavra é ter reta intenção. Jesus aperfeiçoa a Lei, nos ensinando que as nossas más intenções ofendem a Deus tanto quanto as nossas más ações. Canto: É como a chuva que lava...
Animador/a: Irmãos, neste ano da Misericórdia, somos chamados a intensificar nossas atitudes e gestos de amor. Ser misericordioso, acima de tudo, é viver segundo o coração do Pai, que usa de misericórdia para conosco, apesar das nossas misérias. Sejamos instrumentos vivos de misericórdia para que possamos contrapor à cultura de ódio e morte, uma cultura de perdão e reconciliação.
Leitor/a 1: Proclamação do Evangelho segundo Mt 5, 21-26 Animador/a: Celebrar sem perdoar é uma contradição que não agrada a Deus. Para que nossas orações e nossas oblações sejam acolhidas por Deus, faz-se necessário que tenhamos o coração livre das amarras provocadas pelo ódio e pela falta de perdão. PARTILHANDO A PALAVRA Leitor/a 1: O Sermão da Montanha tem sua explicação nas considerações que Jesus faz, sempre iniciando com a frase: “ouvistes o que foi dito...” e concluindo com um: “Eu porém vos digo...” O que Jesus diria para nós hoje? Leitor/a 2: Ser discípulo de Jesus não significa apenas conhecer os seus mandamentos, mais que isso, implica em vivê-los com fidelidade e reta intenção. Com estas considerações o Senhor nos convida a vivermos até as últimas conseqüências a cultura do amor, da misericórdia, do perdão e da reconciliação. Até que ponto estamos sendo
Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2016 REZANDO A PALAVRA Animador/a: Clamemos a misericórdia do Senhor para nós. Homens - Senhor, dá-me olhos misericordiosos, para que meu olhar possa ver a necessidade em cada lugar. Mulheres - Senhor, dá-me uma boca silenciosa, para que só pronuncie palavras de amor e de luz. Homens - Senhor, dá-me um caminho humilde, para que meus pés caminhem pela senda da simplicidade. Mulheres - Senhor, dá-me ouvidos cristalinos, para que só ouça Tuas palavras em todo lugar. Homens - Senhor, dá-me um coração puro, para que guarde a esperança e, em Tua Divina Misericórdia, alcance a redenção. Mulheres - Senhor, dá-me mãos prodigiosas, para que só doe e sirva aos necessitados de Ti. Todos: Amém ASSUMINDO A PALAVRA Animador/a: Irmãos, nesta semana, a exemplo de Jesus, sejamos para o mundo instrumento de perdão e reconciliação em todos os lugares e situações da nossa vida. BÊNÇÃO FINAL Canto Final e abraço da paz.
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Círculos Bíblicos
4º Encontro
Suportar, com paciência, os sofrimentos
Acolhida: Colocar sobre a mesa um crucifixo, recortes de revistas que ressaltem o sofrimento de pessoas e o título deste encontro.
Animador/a: Irmãos e irmãs em Cristo, sejam todos bem-vindos! Estamos num tempo favorável para deixar Deus cuidar de nós, sarar nossas feridas corporais e espirituais. Neste ano da misericórdia, Ele quer nos fortalecer, nos irrigar com sua graça, para que, também nós, sejamos misericordiosos com nossos semelhantes que sofrem, quer estejam perto ou longe de nós. Confiantes, iniciemos invocando a Santíssima Trindade: em nome do Pai... Canto: Só porque você veio, é festa no céu, é festa aqui (bis) Dê um aperto de mão, um abraço apertado, Um sorriso bem largo Vamos louvar ao Senhor, Ele está aqui, Ele está ao seu lado! ABRINDO OS OLHOS PARA VER
Animador/a: Somos chamados por Deus e pela Igreja a refletir e a agir com compaixão, em favor dos mais pobres, dos mais sofridos de nossa sociedade. Na Bula “Misericordiae Vultus”, O rosto da Misericórdia, o Papa Francisco nos faz um apelo: “Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito pedindo ajuda”.
ORAÇÃO INICIAL
Leitor/a 1: Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos conduza, a fim de que este encontro produza frutos de confiança em Deus, e perseverança na caminhada, mesmo enfrentando dificuldades, rezando: Todos: Vem, Espírito Santo, e envia sobre nós um raio de Tua luz. Homens: Vem, Pai dos pobres, doador da divina graça e luz dos corações humanos. Mulheres: És consolador e defensor. És alívio incomparável, descanso no trabalho, brisa no calor ardente e consolo na aflição. Homens: Sem Ti não pode haver no homem inocência nem bondade. Livra-nos do pecado e cura nossas feridas. Mulheres: Dá-nos a graça de vencer a apatia e superar o egoísmo. Guardai-nos sempre no bom caminho e nos conceda os Teus sete dons, para amar a Deus e enxergá-Lo nos irmãos. ESCUTANDO A PALAVRA
Animador/a: Tão trágico quanto uma morte inesperada, um desastre natural catastrófico, uma doença incurável e, outros males, é uma pessoa passar por tanta dor, sofrimento, e não aprender nada com eles. Pior que qualquer sofrimento é não ver neles a oportunidade de ser uma pessoa melhor, de buscar o consolo em Deus e na sua misericórdia. Abramos nosso coração e tenhamos os ouvidos atentos ao que a Palavra de Deus nos diz sobre isso! Canto: Louvor e glória a Ti, Senhor! Cristo Palavra, Palavra de Deus! (bis) Leitor/a 4: Leitura da Carta de Tiago 5, 7-11
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PARTILHANDO A PALAVRA
a) Nos momentos difíceis da vida, me revoltei contra Deus por não ter meus pedidos atendidos e não vi nesses momentos Sua presença? b) Às vezes não entendo o porquê do meu sofrimento e de outras pessoas. Por isso, desacreditei de Deus? Ou mantenho minha fé e persevero com paciência? REZANDO A PALAVRA
Leitor/a 2: É difícil, neste mundo tão corrido, onde impera o imediatismo, mantermos o dom da paciência. Não raro, aplicamos isso a Deus, exigindo Dele o que queremos, no nosso tempo. Os ensinamentos de Jesus não nos prometem bênçãos mágicas, soluções relâmpagos! Leitor/a 3: Precisamos crer em Deus, no seu amor por nós, mesmo quando sofremos, quando os milagres não acontecem. Deus não quer nossos sofrimentos! Ele os permite porque nos purificam, santificam e nos aproximam mais do caminho da salvação. Digamos como Santa Tereza D’Ávila: Todos: “Nada te perturbe, nada te amedronte. Tudo passa, a paciência tudo alcança. A quem tem Deus, nada falta, Só Deus basta”. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai) ASSUMINDO A PALAVRA
c) Leia novamente o texto bíblico e escolha um versículo ou palavra que lhe tocou e comente. BÊNÇÃO FINAL
Animador/a: Na espera paciente em Deus, que nos dá vida plena, continuemos unidos: Em nome do Pai... Canto: Santa Mãe, Maria, nesta travessia...
Pergunte e Responderemos
“Sou Sebastião Vaz dos Santos, o marido da Mariana, a quem o Sr. escreveu no Elo de março. Em sua resposta, o Sr. fala do Purgatório. Ele existe mesmo? Em que consiste? A maioria das Igrejas Ortodoxas e Evangélicas não o admite...”.
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doutrina sobre o Purgatório faz parte das verdades da fé da Igreja Católica. Mas, se ela fosse bem entendida, penso que também as outras Igrejas não teriam dificuldade em acolhê-la. Para começo de conversa, vejamos o que ensina o “Catecismo da Igreja Católica”, publicado pelo Papa São João Paulo II, em 1992. Como perceberemos, o texto não fala de “lugar” nem de “tempo” depois da morte (pois já não existem), mas de “estado”. Citamos dois números, que nos parecem elucidativos: «Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após a sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador» (Nº 1030/1031). A meu ver, a menção ao fogo purificador pode ter surgido de um texto de São Paulo, texto que não poucos teólogos aplicam ao Purgatório: «Que cada um veja como constrói. Ninguém pode pôr outro fundamento diferente do que já foi posto: Jesus Cristo. Sobre esse fundamento, alguém pode construir com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha. A obra de cada um ficará visível. De fato, o Dia a tornará conhecida, pois ela será revelada pelo fogo. E o fogo vai pôr à prova a qualidade da obra de cada um. Se a obra construída sobre o fundamento resistir, seu construtor receberá uma recompensa. Se a obra for queimada, seu construtor será castigado. Mas ele será salvo como que através do fogo» (1Cor 3,10-15). Falando de fogo, no passado, havia muitas ideias equivocadas sobre o Purgatório. Vejamos, por exemplo, a imagem reproduzida neste artigo. Nela aparecem Nossa Senhora, anjos, almas e fogo: sem dúvida, fruto da fantasia dos pregadores e de algumas “revelações” de santos, que chegavam a afirmar que determinada pessoa ficava no Purgatório até o final do mundo, ou então seria libertada no primeiro sábado após a morte, se tivesse sido devota de Nossa Senhora, carregando seu escapulário... A realidade é diferente. Após a morte, entramos na eternidade. Por isso, como já disse, o Purgatório não pode ter nem lugar nem tempo. O que é, então? O derradeiro ato de amor de um Deus que quer ver seus filhos felizes no céu. Por isso, de acordo com os teólogos atuais, na hora da morte, você rece-
be uma luz divina tão profunda e santa, que lhe dará a graça de rejeitar tudo o que o impediria de acolher o paraíso. Sebastião, não sei se você lembra que, na resposta que dei à sua esposa, eu citei uma frase de São Pedro: «O amor apaga uma multidão de pecados» (1Pd 4,8). À medida que a nossa vida se transforma num ato de amor, na hora da morte perceberemos que já fizemos o nosso Purgatório aqui na terra. É o que diz o próprio “Catecismo da Igreja Católica”: «Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte, o cristão deve se esforçar para aceitar, como uma graça, essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por meio de obras de misericórdia e de caridade, como também pela oração e por diversas práticas de penitência, a despojar-se completamente do “homem velho” para revestir-se do “homem novo”» (Nº 1473). Portanto, a melhor maneira de enfrentar o Purgatório é... vivê-lo aqui na terra, acolhendo e transmitindo a misericórdia de Deus em nossos relacionamentos com os irmãos. Pela graça que é a “comunhão dos santos” – e porque, diante de Deus, não existe tempo, mas só eternidade –, podemos partilhar nossas preces e nosso amor com toda a Igreja, inclusive com os irmãos que morreram, morrem e morrerão. É por isso que a Igreja nos convida a tê-los sempre presentes, costume, aliás, já existente no Antigo Testamento: «Fizeram uma coleta, reuniram duas mil moedas de prata e mandaram a Jerusalém, para que fosse oferecido um sacrifício pelo pecado. Judas agiu com grande retidão e nobreza, pensando na ressurreição. Se não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos. Mas, considerando que existe uma bela recompensa guardada para aqueles que são fiéis até a morte, então esse é um pensamento santo e piedoso» (1Mc 12, 43-44). Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo Emérito
Envie sua pergunta para: redovinorizzardo@gmail.com
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Vida em família
Responsabilidade dos pais na educação dos filhos para o uso das novas tecnologias O direito e dever educativo dos pais qualifica- anonimato. Crimes são cometidos em blogs e comuse como essencial, ligado como está à transmissão da nidades virtuais porque o usuário acredita que não vida humana; como original e primário, em relação ao dever de educar dos outros, pela unidade da relação de amor que subsiste entre pais e filhos; como insubstituível e inalienável e, portanto, não delegável totalmente a outros ou por usurpável.” (João Paulo II – A missão da família cristã no mundo de hoje, 36.)
Educar na sociedade da informação não é apenas investir em aparato tecnológico e ensinar a usá-lo. Não adianta o jovem saber como utilizar a ferramenta digital; é preciso educá-lo sobre como usála de maneira responsável, ética e segura. É dever do educador orientar o uso correto da rede, indicando as consequências da utilização inapropriada não só para o indivíduo mas também para a sociedade. Os pais desempenham papel importante na educação, mas muitas vezes, sentem-se perdidos em meio a tantas inovações tecnológicas, sem saber quais os limites a serem impostos, ou mesmo sem terem real conhecimento dos perigos que seus filhos correm em virtude da descontrolada exposição online. Também estão confusos quanto ao papel da educação, deixando a cargo da escola, inclusive, o que deveria ser sua obrigação. A educação no âmbito privado (valores morais) é responsabilidade da família, enquanto no âmbito público (cultura, conhecimentos) é responsabilidade da escola. Os pais devem assumir sua parcela como educadores e não cobrar apenas da escola funções que deveriam ser suas. Há modos fáceis de as crianças entrarem em contato com conteúdos inapropriados: propagandas (pop-ups, na maioria), palavras em sites de busca, typosquatting e cybersquatting, email spam, entre outros. As crianças devem conhecer tudo isso para saberem o que fazer. Outro ponto a ser observado é o ensino sobre a diferença entre domínio público e ambiente público. Muitas crianças e adolescentes pensam que se o conteúdo está na Internet é porque pode ser utilizado de qualquer forma, sem ao menos pedir autorização ao responsável por ele. Porém, nem tudo o que está em “ambiente público” (no caso, a Internet) está em “domínio público” (hipótese legal na qual o material pode ser utilizado sem autorização do autor). Da mesma forma deve ser esclarecido o falso
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será identificado, se fizer uso da condição de anônimo. Lembramos que é perfeitamente possível identifcar qualquer usuário na World Wide Web através do número de IP (Internet Protocol), que identifica cada um de nossos computadores conectados. Baixar músicas sem pagar direitos autorais através de programas P2P (Peer-to-Peer) como o Kazaa, eMule, LimeWire, etc., também pode ser um ato inocente causardor de muita dor-decabeça a filhos e pais. A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), com sede em Londres, está engajada em localizar e processar civil e criminalmente qualquer usuário que baixe ou compartilhe músicas ilegalmente, inclusive no Brasil (o que já está acontecendo). Recomenda-se o incentivo de downloads de forma legal em sites especializados em vendas de música. Para tanto, uma idéia é dar uma “mesada” específica para este fim. Mais uma vez: educação sobre valores morais é dever dos pais! Jovens devem pensar mais de duas vezes antes de publicar algo online, pois os resultados podem ser devastadores. Reforcem: cada um é responsável pelo que escreve! Pensando ainda mais longe, a educação para o uso das tecnologias, hoje, pode refletir na vida profissional de seu filho amanhã. Educando-o enquanto jovem, está se preparando um profissional apto a lidar com o ambiente de trabalho. O domínio da tecnologia é um diferencial do profissional moderno e, sem o seguro, responsável e ético uso das ferramentas digitais, o espaço de trabalho diminui, e é prejudicado. Por nos possibilitar a oportunidade de atravessar fronteiras, derrubar barreiras e dividir ideias de forma única, a Internet não é uma vilã, mas uma aliada, que proporciona o aumento da capacidade de leitura (estimulando novas leituras), ajuda a encontrar informações, resolver problemas, comunicar, e sem dúvida a adquirir competências cada vez mais exigidas no mercado de trabalho. Cabe aos pais assumir seus papéis de educadores para que seus filhos tenham uma experiência online positiva.
Dra. Carolina de Aguiar Teixeira Mendes Advogada, Consultora e Palestrante
A Igreja em serviço
Seminário Sagrado Coração de Jesus: 25 anos de história N
o dia 1º de outubro de 1990, sob o episcopado de Dom Alberto Först, inicia-se a construção de um amplo e bonito seminário, ao lado da casa episcopal, em Dourados. Através dos trabalhos rápidos de construção – menos de seis meses - no dia 25 de março de 1991, segunda-feira da Semana Santa, o prédio foi inaugurado e habitado. Na festa de inauguração, fizeram-se presentes, além de Dom Alberto e de quase todos os padres que então atuavam na Diocese, os bispos Dom Teodardo (que residia na Alemanha, mas veio para a inauguração), Dom Onofre Cândido, bispo de Jardim e Presidente do Regional Oeste 1 da CNBB. A partir de então, o seminário contou com a atuação de sete reitores: Pe. Wilson Cardoso de Sá (1991/1994), Pe. Marcos Vargas (1994/1995), Pe. Otair Nicoletti (1996/2002), Pe. José Adriano Stevanelli (2003/2006), Pe. Marcio Bogaz Trevisan (2006/2009), Pe. Teodoro Benitez (2010/2912) e Pe. Alexsandro da Silva Lima (2013/...). Nestes 25 anos de existência, ele já deu à Igreja 21 padres: Junior César Caetano da Silva, Vilmo Nolasco de Souza, Alexsandro da Silva Lima, Luiz Fernando dos Santos, Rubens José dos Santos, Adriano Stevanelli, Marcos Roberto Pereira Silva, Luiz Carlos Pontes, José Fernandes da Silva, Marcio Bogaz Trevisan, Ailton Vicente de Souza, Roberto
Pinto, Ênio Nascimento, Eurico Martins, Sidnei Ribeiro, Osvaldecir Leandro Mendes, Marcos Paulo Fernandes, Fernando Lorenz, Fábio Dias Casado, Jander da Silva Santos e Neuton César Vieira. Deste modo, mesmo tendo presente que alguns deles estão incardinados em outras Dioceses, não se pode negar, que a ordenação de 21 padres em 25 anos de existência é uma média muito considerável. Destaca-se também o apoio da EIC (Escola Franciscana Imaculada Conceição), que sempre ofertou bolsas de estudos aos seminaristas, qualificando-os para realizar o processo seletivo dos vestibulares, e assim entrarem na faculdade para continuar a formação rumo ao sacerdócio. Atualmente, como reitor, o Padre Alexsandro, faz uma retrospectiva desde sua época, e destaca o importante trabalho que vem sendo realizado nos últimos anos pelos psicólogos e terapeutas. Segundo ele mesmo, estas atividades visam à valorização do campo humano e afetivo do jovem seminarista. No dia 25 de março o seminário completou 25 anos de inauguração, no entanto, em virtude de ser Sexta-feira da Paixão os festejos do ‘Jubileu de Prata’ terão início, no domingo dia 03 de abril, com uma missa solene às 19h, na Catedral Imaculada Conceição de Dourados, presidida por Dom Henrique Aparecido de Lima, bispo de Dourados. E no sábado dia 09 de abril, às 21h, acontecerá a festa social, com um jantar dançante, no salão da paróquia São Carlos, no BNH III Plano, em Dourados. Participe você também!
Ozair Dias Sanabria
Comissão Diocesana de Comunicação
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A Diocese em Revista
Conclusões da Assembleia Diocesana Fevereiro/2016
Onde estamos?
Hoje nós estamos em uma diocese com as seguintes realidades: - Grande engajamento por parte das lideranças leigas. Percebe-se uma grande evolução de consciência de sua atuação nas paróquias, através das Pequenas Comunidades – Igreja itinerante; Pró-Vida, consciência do Dízimo, grupos de jovens, leigos assumindo os conselhos paroquiais, como instrumento de comunhão e participação; - O despertar de uma sensibilidade comprometida com os povos indígenas e as Pastorais Sociais; - Um significativo empenho pastoral, por parte de nossas paróquias, no que se refere à formação catequética. Vale lembrar que em muitas paróquias tem-se contemplado a inspiração catecumenal, além da formação para noivos; - A presença atuante das congregações religiosas femininas, com a riqueza de seus carismas; - Estamos numa diocese que ainda necessita de uma conversão pastoral. Um sair da zona de conforto, pois, existem resquícios de uma igreja que dá falsa segurança e comodidade; - Faz-se necessário reassumir as prioridades pastorais elegidas em assembleias anteriores, a saber: Pequenas Comunidades, Família/Juventude, Cáritas e Pastorais Sociais; - Embora a sede de nossa diocese seja numa cidade universitária, ainda estamos muito distante do contexto das mesma;
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Onde precisamos estar, como Igreja discípula missionária e misericordiosa ?
Em conformidade com o que foi evidenciado anteriormente, temos as seguintes propostas para o quadriênio 2016/2019: - Catequese Permanente (Iniciação à vida Cristã e preparação para o Matrimônio); - Família; - Juventude Universitária; - Pastorais Sociais; - Pequenas comunidades; Observação: Todas as pastorais, movimentos e serviços, presentes na diocese deverão estar permeadas por uma Pastoral de Conjunto.
Como Chegar?
- Fortalecer e articular as Foranias; - Buscar mais formação, com metodologia popular no âmbito bíblico, catequético, litúrgico, pastoral, ecológico, humano e social; - Caminhar em unidade, para fortalecer a identidade diocesana; - Fortalecer a catequese, com inspiração catecumenal; - Incentivar a formação de grupos de jovens universitários nas paróquias, para evangelizar outros jovens nas universidades; - Valorizar e usufruir dos meios de comunicação existentes na diocese.
A Diocese em Revista
Ação de Solidariedade aos migrantes, refugiados e refugiadas Campanha Emergicial CNBB e Cáritas Estimados irmãos e irmãs, No mundo existe 60 milhões de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas, migrando para outros países. No Brasil existe cerca de 2 milhões de estrangeiros, de forma regular ou irregular, sendo que 8.400 pessoas são reconhecidas como refugiadas. Segundo o CONARE – Comitê Nacional para Refugiados, o estado do Mato Grosso do Sul está na quarta posição do país que mais recebe essas pessoas, isso se dá, principalmente pelo fato de nosso estado fazer fronteira com dois países – Bolívia e Paraguai e é considerada por alguns, uma rota para chegar aos grandes centros urbanos. Em consonância com o Ano Santo da Misericórdia, lançado pelo Papa Francisco, a Cáritas Brasileira juntamente com a CNBB, lançam a Campanha de Solidariedade aos migrantes e refugiadas/os, como gesto concreto da abertura do Ano Santo. Na Diocese de Dourados, a campanha é motivada pela Cáritas Diocesana - entidade-membro da Cáritas Brasileira. Os recursos arrecadados serão destinados para realizações de ações de sensibilização da sociedade, para a importância da acolhida, solidariedade e ajuda humanitária aos migrantes e refugiados/as; fortalecimento de iniciativas já existentes e apoio a criação de uma rede católica, com o objetivo de formar, integrar e fomentar, em todo o Brasil, o acolhimento, a proteção legal e a integração local e apoio a iniciativas com migrantes e refugiados/as em outros países, por meio da Cáritas Internacional. Conclamamos todas as paróquias, comunidades, congregações, colégios e todas as pessoas de boa vontade de nossa Diocese para a realização de uma grande corrente de oração e coleta de solidariedade, em favor dos migrantes refugiados/as. As ajudas financeiras podem ser depositadas na conta, a cargo da Cáritas Diocesana de Dourados para envio à Cáritas Brasileira. Que o Deus de ternura e de bondade derrame suas bênçãos sobre cada pessoa e sobre as famílias pela colaboração e gesto amoroso, em favor dos menos favorecidos. Dom Henrique Aparecido de Lima Bispo Diocesano Presidente de Honra da Cáritas Diocesana de Dourados Odair Laercio de Lima Presidente da Cáritas Diocesana de Dourados
Irmã Dulce faz milagre em Dourados No final de 2014, a Paróquia Imaculada Conceição (Catedral), construiu e inaugurou no terreno da Capela N. Sra. das Graças, cedido em comodato pela RCC, uma casa com capacidade para acolher 8 pessoas por noite, intitulada Casa Irmã Dulce I. No dia 12 de julho de 2015, em parceria com as Irmãs de São José Chambèry, inaugurou a Casa Irmã Dulce II, nas dependências da antiga residência das irmãs. A Casa Irma Dulce I, acolheu no segundo semestre de 2015, 239 pessoas, totalizando 286 pernoites, 572 refeições. Já a Casa Irmã Dulce II, acolheu no segundo semestre de 2015, 306 pessoas, totalizando 936 pernoites, 1872 refeições. As duas casas, portanto, receberam 545 pessoas, totalizando 1222 pernoites, 2444 refeições. Além disso, a paróquia tem uma funcionária fixa e assume as contas de luz, água, consertos, alimentação, etc. Não se esquecendo dos voluntários que tanto se dedicam neste trabalho do Reino. Só um milagre proporciona que, com poucos recursos e sem ajuda do poder público, estas casas sejam sustentadas. É a misericórdia de Deus, por meio do povo de coração generoso e a intercessão da Beata Dulce dos pobres (Irmã Dulce) que realiza esta obra.
Missa na TV Desde o dia 20 de março, as missas das 19h, na Catedral Imaculada Conceição de Dourados, estão sendo transmitidas ao vivo pela webtv Canal Boa Vida. No Brasil e no mundo, pelo computador ou celular é possível acompanhar em tempo real. Além dos domingos, outros eventos (outros horários de missas festivas) importantes também serão veiculados, por exemplo, o show da cantora Joana, dia 18 de junho na Unigran, promovido pela Catedral. Acesse: www.canalboavida.com.br
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Fatos em foco
Dourados, 06/09 de fevereiro: Carnaval com Cristo, na casa de retiro Nossa Senhora das Graças.
Dourados, 02 de fevereiro: Jubileu de prata do Pe. Wilson de Sá, na Catedral.
Dourados, 13 de fevereiro: Encontro de casais das Equipes de Nossa Senhora ‘Pós Eacre’, no IPAD.
Dourados, 10 de fevereiro: Celebração da Missa de Quarta-Feira de Cinzas, na Catedral.
Dourados, 13 de fevereiro: Troca de coordenação da Mãe Peregrina, na paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Dourados, 14 de fevereiro: Lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, realizada no Jorjão.
Dourados, 19 e 20 de fevereiro: Assembleia diocesana de Pastoral, no IPAD. (1º Assembleia de Dom Henrique como Bispo de Dourados)
Dourados, 19/21 de fevereiro: 3º Retiro do grupo Samuel, Paróquia Rainha dos Apóstolos de Dourados
Dourados, 05 e 06 de março: Encontro de formação do SAV, no IPAD.
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Dourados, 05 de março: Missa em Ação de Graças aos 61 anos de escola Imaculada Conceição, na Catedral.
Fique por dentro!
Agenda Diocesana
01/03 – Cursilho de homens no IPAD 03 – Festa do Padroeiro da Paróquia de Itamarati – Formação para Ministros Novos Forania de Amambaí em Amambaí – Celebração do Jubileu de Prata do Seminário Sagrado Coração de Jesus, na Catedral 06/14 – Assembleia da CNBB, em Aparecida 08/10 – Cursilho de Mulheres, no IPAD 09 – Jantar do Jubileu de Prata do Seminário Sagrado Coração de Jesus, na Paróquia São Carlos 10 – Formação para Ministros novos Forania de Ponta Porã em Ponta Porã Paróquia Divino Espirito Santo
16 – Crismas em Dourados (Paróquia Nossa Senhora do Carmo) – Escola Catequética Diocesana, no IPAD 17 – Crismas em Dourados (Paróquia Nossa Senhora Aparecida) 21/24 – Cursilho dos Jovens, no IPAD 24 – Formação para Ministros atuantes Forania de Ponta Porã em Ponta Porã Paróquia São José 26/27 – Encontro para Agentes Novos, no IPAD 29/30 – Formação Litúrgica para leigos, no IPAD
Edital de Convocação - Assembleia da Cáritas Diocesana
A Cáritas Diocesana de Dourados, através de seu presidente ODAIR LAERCIO DE LIMA, convoca os seus membros, conselho fiscal, Cáritas Paroquiais, parceiros, famílias beneficiadas e apoiadores em geral para participarem da sua Assembleia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 23 de abril de 2016 (sábado), às 7h30 horas, nas dependências da Paróquia Santo André, Rua Adroaldo Pizzini, nº 2.395 – Jd. Santo André - DouradosMS. Para deliberar sobre os seguintes assuntos: - Prestação de Contas do ano de 2015 – Cáritas Diocesana e Cáritas Paroquiais; - Avalição das atividades do ano de 2015;
- Planejamento para o ano de 2016; - Organização e sitematização das Cáritas Paroquiais; - Informes gerais. Nossa Missão: “Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social”. Participe! Juntos construiremos uma Igreja de irmãos. Atenciosamente, ODAIR LAERCIO DE LIMA Presidente da Cáritas Diocesana de Dourados
Datas Significativas 02 - São Francisco de Paula 07 - São João Batista de La Salle 12 - Aniversário de nascimento de Dom Redovino 13 - São Martinho
Religiosos/as
19 - Santo Expedito 29 - Santa Catarina de Sena 30 - São Pio V
Aniversariantes Padres e Diáconos
Nascimento 04. Ir. Severina Erminina, sts 07. Ir. Olga Biss, fpcc 10. Ir. Santina Kestring, cicaf 10. Ir. Lúcia Selli, mesc 21. Ir. Elita Kuhnen, cifsj 21. Ir. Fabio Bettoni (Irmãos Maristas) 27. Ir. Maria Ângela do S. Sacramento, osc
Nascimento 01. Pe. Ciro Ricardo da S. Freitas 02. Pe. Fernando Lorenz 06. Pe. Otair Nicoletti 15. Pe. Raju Devarakonda, svd 15. Fr. Aguinaldo S. Pereira, ofm 22. Diác. Eurípides Alves Junior 23. Pe. Luiz Fernando dos Santos
Profissão dos Votos 05. Ir. Marina Alegria do Cristo Servo, fpss 05. Ir. Rafka Mª do Coração de Cristo Sacerdote, fpss 12. Ir. Maria Chiara da Santa Mãe de Deus, osc
Ordenação 12. Diác. Eurípides Alves Junior 21. Pe. Alex Gonçalves Dias 26. Pe. Junior César C. da Silva 27. Pe. Vilmo Nolasco de Souza
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