Revista Elo julho de 2015

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Ano XXXV - nº 392 - Julho/2015

Distribuição Gratuita. Venda proibida.

A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração


Índice

Apresentação Amigo leitor! Esta edição está repleta de ótimos conteúdos, começando pela síntese elaborada por dom Redovino, acerca do trabalho pastoral, realizado pelos bispos de nossa amada diocese, desde a sua fundação, no ano de 1957. Através da Palavra do Pastor, você poderá saber mais da pessoa e do trabalho realizado por cada um daqueles que amaram, se esforçaram e se doaram para bem governar a igreja diocesana de Dourados, os bispos que por aqui passaram ao longo de seus quase sessenta anos de existência. Na página Palavra de Vida, você encontrará um artigo que faz revigorar a nossa confiança e alegria no seguimento de Jesus, pois, infunde em cada um a esperança viva de que toda tribulação, enfrentada neste mundo, já foi ou será vencida pelo mistério pascal de Cristo. Na página 6, está publicada a carta que o Papa Francisco endereçou à Dom José Luís E. Alas, Arcebispo de São Salvador e presidente da Conferência Episcopal de El Salvador, por ocasião da beatificação de D. Óscar A. Romero Galdámez, bispo morto enquanto celebrava a Eucaristia, deixando para Igreja um rastro luminoso de luta, em defesa de todos aqueles que sofrem as injustiças da violência. A página Opiniões que fazem opinião (8), apresenta o artigo de D. Odilo Pedro Scherer, cardeal e arcebispo de São Paulo, nele o cardeal descreve com muita sensatez o que significa realmente amor e respeito, em contra posição às ofensas que andam acontecendo, por tudo aquilo que se refere ao Sagrado e seus símbolos. Os grupos de pequenas comunidades e reflexão em geral, terão à disposição, nesta edição, um ótimo roteiro de Círculos Bíblicos que, com certeza, muito ajudarão na vivência cristã pessoal e comunitária; se assumidos verdadeiramente na vida. Quem pode ser padrinho ou madrinha de batismo? Esta é uma dúvida muito frequente no ambiente das secretarias paroquiais e, que será respondida por um sacerdote da nossa diocese, na sessão Pergunte e Responderemos (13). Aliás, página esta dedicada a você caro amigo leitor, que pode aproveitar esse espaço de comunicação, para interagir e tirar suas dúvidas! Portanto, faça uso desse recurso à sua disposição, através do e-mail: pergunteeresponderemoselo@ hotmail.com. Vale à pena conferir as fotos e notícias contempladas nas páginas A diocese em revista, bem como o artigo do professor Felipe Aquino, na página 15, que dá ótimas dicas às pessoas que precisam amar e cuidar dos pais, quando estes se encontram na velhice. Qual a obra social apoiada pela igreja diocesana e, que será mostrada neste mês? Confira na página a Igreja em serviço (17). Fique por dentro do que aconteceu e que acontecerá na igreja de Dourados, através das paginas 18 e 19. Enfim, desejo a você um mês abençoado e feliz. Boa leitura! Pe. Marcos Roberto P. Silva

padremarcosrobertop.silva@gmail.com

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03

A Palavra do Pastor

04

Palavra de vida

05

Testemunho de vida

06

A Palavra do Papa

08

Opiniões que fazem opinião

09

Círculos bíblicos

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Pergunte e responderemos

14

A Diocese em revista

16

Vida em Família

17

Obras em Destaque

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Fatos em foco

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Fique por Dentro!

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Patrocinadores

Bendito o que vem em nome do Senhor!

“Tende coragem! Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33)

São Cristóvão

Beatificação de Dom Oscar Romero: carta do Papa Francisco

Parada Gay: respeitar para ser respeitado

Existem critérios para a escolha do padrinho ou madrinha de batismo?

Como enfrentar o envelhecimento dos pais?

Casa da Esperança

Expediente Revista Elo - Julho/2015 - Ano XXXV - nº 392 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesededourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesededourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.520 exemplares


A Palavra do Pastor

Bendito o que vem em nome do Senhor! C

om alegria e esperança, a Igreja Católica presente na Diocese de Dourados se prepara para acolher seu novo pastor, escolhido e enviado pelo Papa Francisco. Numa Diocese que comemorará seu 60º aniversário em 2017, ele será o sexto bispo diocesano. A Diocese de Dourados foi criada a 15 de junho de 1957, pelo Papa Pio XII. Contudo, seu primeiro bispo diocesano, Dom José de Aquino Pereira – presbítero da Diocese de São Carlos, no Estado de São Paulo – só chegou no dia 26 de maio de 1958. Na ocasião, as paróquias não passavam de nove. Por sua vez, os sacerdotes eram 17, membros de quatro Institutos religiosos: Capuchinhos, Franciscanos, Redentoristas e Salesianos. Uma das primeiras iniciativas de Dom José foi a abertura de um seminário, na quadra onde hoje se situa a Paróquia São José Operário. Infelizmente, sua permanência na Diocese foi extremamente curta: a 26 de março de 1960, era nomeado bispo de Presidente Prudente. Como segundo bispo veio para cá o Franciscano Carlos Schmitt, natural de Gaspar, no Estado de Santa Catarina. Sagrado em Roma, por São João XXIII, a 28 de outubro de 1960, chegou a Dourados no dia 8 de janeiro de 1961. Ele teve a alegria de participar de três sessões do Concílio Vaticano II. A 2 de dezembro de 1961, ordenou o primeiro sacerdote diocesano, Pe. Wilbert M. da Silva. Muito ativo, Dom Carlos substituiu o seminário de madeira por um novo, em alvenaria, inaugurado no dia 7 de julho de 1966, com a presença do Núncio Apostólico, Dom Sebastião Baggio. Criou quatro paróquias. Construiu a residência episcopal, hoje transformada na casa paroquial da Paróquia São José Operário. Trouxe para a Diocese as Irmãs de São José de Chambéry e os Irmãos Maristas, e, no final de seu governo, quatro padres da Diocese de Caxias do Sul. Apesar de tudo isso, no dia 14 de fevereiro de 1970, “por motivos pessoais e circunstanciais”, como ele mesmo escreveu numa nota explicativa, renunciou ao governo da Diocese e voltou para Santa Catarina. O terceiro bispo, também Franciscano, foi Dom Teodardo Leitz, até então pároco da catedral de Dourados. Ordenado na Alemanha, no dia 13 de fevereiro de 1971, tomou posse no dia 27 de março. Sua eleição não foi bem recebida por alguns sacerdotes, por seu caráter forte e ríspido. Contudo, ao longo dos 19 anos de episcopado, conquistou o coração de todos – do clero e da população – pela magnitude de suas realizações. Tendo como lema episcopal “Evangelizar os pobres”, esteve sempre ao

lado dos pequenos e marginalizados. Graças ao grande número de congregações religiosas que chamou para Dourados, conseguiu criar 20 paróquias: 4 em Dourados e 16 nos municípios do interior. No intuito de renovar a pastoral, realizou o Sínodo Diocesano (1987/1989). Fundou o então boletim “Elo” e a Livraria Damasco. Construiu a nova residência episcopal, o Instituto Pastoral de Dourados (IPAD), o Instituto de Teologia e o Seminário Interdiocesano de Campo Grande. No dia 11 de fevereiro de 1990, com a presença do Núncio Apostólico Carlo Furno, celebrou a dedicação da catedral, depois de sua reforma e ampliação. A 13 de maio deste mesmo ano, quando se despediu da Diocese para voltar à Alemanha, a festa foi tamanha, que não pôde deixar de anotar no livro-tombo: “Que diferença entre a minha entrada e a minha saída da Diocese!”. Nascido na Alemanha, o quarto bispo diocesano, o Carmelita Alberto Joannes Forst, foi ordenado em Dourados, no dia 7 de setembro de 1988, e sucedeu a Dom Teodardo a 12 de maio de 1990. Sua primeira atividade foi a construção do Seminário Sagrado Coração de Jesus, inaugurado a 25 de março de 1991. Durante a sua gestão, foram ordenados doze sacerdotes diocesanos: Antônio R. Catarino, Edson N. Lima, Wilson C. de Sá, Paulino C. de Oliveira, Elizeu A. R. Acosta, José Marcos C. Vargas, Otair Nicoletti, José Doé Silva, Moacir M. dos Santos, Flávio S. de Alencar, Teodoro Benitez e José Adriano Stevanelli; e os três primeiros diáconos permanentes: Nilson Domingos, Alceu de A. Quadros e Argemiro C. Dias. No ano santo de 2000, reformou a catedral, enriquecendo-a com um dos maiores mosaicos do Brasil, e fundou o santuário diocesano de Nossa Senhora Aparecida. Criou cinco paróquias. Sempre voltado para os irmãos necessitados, fundou a Casa da Esperança e o Centro de Integração do Menor Dom Alberto (CEIA). Deixou o comando da Diocese a 5 de dezembro de 2001 e, em fevereiro de 2009, regressou à Alemanha, onde veio a falecer no dia 1º de novembro de 2014. Como 5º bispo foi nomeado o abaixo-assinado que, na medida do possível, deseja seguir o conselho de São Paulo: “Não quero julgar a mim mesmo”, “mas uma coisa eu faço: esquecendo-me do que fica para trás e avançando para o que está adiante, corro em direção à meta, o prêmio que vem de Deus em Cristo Jesus” (1Cor 4,3; Fl 3,13-14). Dom Redovino Rizzardo, cs Bispo Diocesano

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Palavra de Vida

“Tende coragem! Eu venci o mundo!” (Jo 16,33) Com essas palavras con- ter vencido, Ele parece ter sido tra- des, provações, tentações – “sabecluem-se os discursos de despe- ído, rejeitado, reduzido a nada e, rás vencer também esta minha aflição. dida dirigidos por Jesus aos discípulos na sua última ceia, antes de morrer. Foi um diálogo denso, em que revelou a realidade mais profunda do seu relacionamento com o Pai e da missão que este lhe confiou. Jesus está prestes a deixar a terra e voltar ao Pai, enquanto que os discípulos permanecerão no mundo para continuar a sua obra. Também eles, como Jesus, serão odiados, perseguidos, até mesmo mortos. Sua missão será difícil, como foi a Dele: “No mundo tereis aflições”, como acabara de dizer. Jesus fala aos apóstolos, reunidos ao seu redor para aquela última ceia, mas tem diante de si todas as gerações de discípulos que haveriam de segui-lo, inclusive nós. É a pura verdade: entre as alegrias espalhadas em nosso caminho, não faltam as “aflições”: a incerteza do futuro, a precariedade do trabalho, a pobreza, as doenças, os sofrimentos causados pelas calamidades naturais e pelas guerras, a violência disseminada em casa e entre os povos. E existem ainda as aflições ligadas ao fato de alguém ser cristão: a luta diária para manter-se coerente com o Evangelho, a sensação de impotência diante de uma sociedade, que parece indiferente à mensagem de Deus, a zombaria, o desprezo, quando não a perseguição aberta, por parte de quem não entende a Igreja ou a ela se opõe. Jesus conhece as aflições, pois as viveu em primeira pessoa. Mas diz: “Tende coragem! Eu venci o mundo”. Essa afirmação, tão decidida e convicta, parece uma contradição. Como pode Jesus afirmar que venceu o mundo, quando pouco depois é preso, flagelado, condenado, morto da maneira mais cruel e vergonhosa? Mais do que

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portanto, ter sido clamorosamente derrotado. Em que consiste a sua vitória? Com certeza é na ressurreição: a morte não pode mantê-lo cativo. E a sua vitória é tão potente, que faz com que também nós participemos dela: Ele se torna presente entre nós e nos leva consigo à vida plena, à nova criação. Mas antes disso ainda, a sua vitória consistiu no ato de amar com aquele amor maior, de dar a vida por nós. É aí, na derrota, que Ele triunfa plenamente. Penetrando em cada canto da morte, libertou-nos de tudo o que nos oprime e transformou tudo o que temos de negativo, de escuridão e de dor, em um encontro com Ele, Deus, Amor, plenitude. Cada vez que Paulo pensava na vitória de Jesus, parecia enlouquecer de alegria. Se é verdade, como ele dizia, que Jesus enfrentou todas as contrariedades, até a adversidade extrema da morte e venceu, também é verdade que nós, com Ele e Nele, podemos vencer todo tipo de dificuldade. Mais ainda, graças ao seu amor somos “mais que vencedores”: “Tenho certeza de que nem a morte, nem a vida, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus, que está no Cristo Jesus, nosso Senhor” (1Cor 15,57). Então se compreende o convite de Jesus a não ter medo de mais nada: “Tende coragem! Eu venci o mundo”. Essa frase de Jesus poderá nos infundir confiança e esperança. Por mais duras e difíceis que possam ser as circunstâncias em que nos encontramos, elas já foram vividas e superadas por Jesus. É verdade que não temos a sua força interior, mas temos a presença Dele mesmo, que vive e luta conosco. “Se tu venceste o mundo” – diremos a Ele nas dificulda-

Para mim, para todos nós, ela parece um obstáculo intransponível. Temos a impressão de não dar conta. Mas com tua presença entre nós encontraremos a coragem e a força, até chegarmos a ser mais que vencedores”. Não é uma visão triunfalista da vida cristã, como se tudo fosse fácil e coisa já resolvida. Jesus é vitorioso justamente no drama do sofrimento, da injustiça, do abandono e da morte. A sua vitória é a de quem enfrenta a dor por amor, de quem acredita na vida após a morte. Talvez também nós, como Jesus e como os mártires, tenhamos de esperar o Céu para ver a plena vitória sobre o mal. Muitas vezes temos receio de falar do Paraíso, como se esse pensamento fosse uma droga para não enfrentar com coragem as dificuldades, uma anestesia para suavizar os sofrimentos, uma desculpa para não lutar contra as injustiças. Ao contrário, a esperança do Céu e a fé na ressurreição são um poderoso impulso para enfrentar qualquer adversidade, para sustentar os outros nas provações, para acreditar que a palavra final é a do amor que venceu o ódio, da vida que derrotou a morte. Portanto, em qualquer dificuldade, seja ela pessoal ou de outros, renovemos a confiança em Jesus, presente em nós e entre nós: Ele venceu o mundo e nos torna participantes da sua própria vitória, Ele nos escancara o Paraíso, para onde foi preparar-nos um lugar. Desse modo encontraremos a coragem para enfrentar toda provação. Seremos capazes de superar tudo, Naquele que nos dá a força.

Pe. Fábio Ciardi


Testemunho de Vida

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partir da reforma litúrgica efetuada na Igreja Católica em 1969, São Cristóvão deixou de ser incluído no calendário dos santos. Como acontece em relação a outros colegas antigos, nada de verdadeiramente histórico se sabe sobre quem passou a ser considerado padroeiro dos motoristas e viajantes. Contudo, sua devoção é uma das mais antigas e populares da Igreja, tanto no Oriente como no Ocidente. São centenas as igrejas que lhe foram dedicadas em vários países do mundo. Ele faz parte dos “Catorze Santos Auxiliadores” invocados – sobretudo em alguns países europeus, como a Alemanha – para interceder pelo povo nos momentos de aflições e dificuldades. A lenda nos diz que se tratava de um homem alto e musculoso, portador de uma força hercúlea, nascido na Palestina. Seu nome original teria sido Réprobo. Qual outro gigante Golias, não havia quem o superasse na força física. Talvez foi por isso que escolheu como profissão colocar-se às ordens dos inúmeros “senhores da guerra” que pululavam na Ásia Menor. Um dia, cansado de se prestar aos caprichos deste ou daquele rei, foi procu- rar o maior e mais poderoso de todos, para servir somente a ele. Foi assim que se colocou a serviço de Satanás, pois não havia quem não se curvasse de medo simplesmente ao ouvir o seu nome. Mas ele também o decepcionou. Réprobo percebeu que toda vez que seu chefe tinha de passar diante de uma cruz, mudava

São Cristóvão de caminho. Intrigado, decidiu abandonar o anjo do mal e descobrir quem era Jesus. Procurou um monge que morava numa gruta das montanhas, dizendo-lhe, porém, desde logo, para evitar mal-entendidos, que não estava preparado nem para longas horas de oração nem para intermináveis dias de jejum ou para outras penitências corporais. O religioso lhe respondeu que, para encontrar a Deus, o melhor caminho era abandonar as armas e colocar-se a serviço dos irmãos necessitados. E sendo que morava na Ásia Menor, uma região muito procurada pelos peregrinos, Réprobo passou a prestar ajuda aos andarilhos. Dia e noite, ficava às margens de um rio onde não havia pontes, transportando os viajantes de uma margem para outra. Certo dia, apresentou-se um menino, pedindo para ser levado para a outra orla. Réprobo aceitou, mas, quanto mais avançava pelo rio, mais a criança pesava, tanto que só a muito custo e sofrimento conseguiu depositá-la com segurança na outra margem. Perguntou-lhe: “Como pode ser isso? Parece que carreguei o mundo nas costas!”. O menino respondeu: “Você não carregou o mundo, mas o seu Criador”. O gigante mudou seu nome para Cristóvão, que significa “carregador de Cristo”, e passou a cumprir com maior desvelo e carinho o seu serviço. Falava de Jesus a todos que encontrava, e converteu inúmeras pessoas. Por este seu apostolado foi denunciado às autoridades pagãs de Antioquia,

que o mandaram prender e decapitar. É provável que, originalmente, Cristóvão tenha sido apenas um mártir e, como tal, lembrado pelos antigos martirológios. A ideia vinculada a seu nome, primeiramente entendida no sentido espiritual, como “aquele que carrega Cristo no coração”, foi tomando um sentido mais literal por volta dos séculos XII e XIII, acabando por se tornar o principal feito do santo. O fato de ser frequentemente chamado de “grande mártir”, pode ter dado origem à história de que fosse dotado de uma estatura enorme. O rio e o peso da criança podem ter sido acrescentados para identificar as provações e as lutas de um cristão, que tem que enfrentar as tentações e os desafios do mundo. Em 1969, a Igreja Católica examinou todos os santos de seu calendário para verificar não apenas a sua existência, mas também sua santidade de vida. Assim como aconteceu com outros santos – por exemplo, São Jorge e Santa Úrsula –, Cristóvão teve seu nome retirado do calendário universal, ficando seu culto restrito a comunidades locais. Nada de estranho em tudo isso, quando se sabe que «toda dádiva boa e todo dom perfeito descem do céu, do Pai das luzes, em quem não existem mudança nem sombra de variação» (Tg 1,17) e que «um só é o mediador entre Deus e os humanos: Jesus Cristo, o homem que se doou para a salvação de todos» (1Tm 2,56). Todas as graças nos vêm do Pai através de Jesus, mesmo quando invocamos os santos. É o que se lê na vida de São João Maria Vianney, que atribuía os milagres com que ia em socorro dos irmãos a Santa Filomena, a qual, pelo que tudo indica, nunca existiu...

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A Palavra do Papa

Beatificação de Dom Óscar Romero: carta do Papa Francisco

P rezado Irmão Dom José Luís Escobar Alas, Arcebispo de São Salvador e Presidente da

Conferência Episcopal de El Salvador

A beatificação de D. Óscar Arnulfo Romero Galdámez, que foi Pastor da sua amada Arquidiocese, é motivo de grande alegria para os salvadorenhos e para nós, que beneficiamos do exemplo dos melhores filhos da Igreja. D. Romero, que construiu a paz com a força do amor, deu testemunho da fé com a sua vida dedicada até ao extremo. Deus nunca abandona o seu povo nas dificuldades, mostrando-se sempre solícito para com as suas necessidades. Ele vê a opressão, ouve os clamores de dor dos seus filhos e vai ao seu encontro para os libertar da angústia e para os conduzir rumo a uma terra nova, fértil e espaçosa, que “mana leite e mel”. Como um dia escolheu Moisés a fim de que, em seu nome, guiasse o seu povo, assim continua a suscitar Pastores segundo o seu coração, a fim de que apascentem a sua grei com sabedoria e prudência. Neste bonito país centro-americano, banhado pelo Oceano Pacífico, Deus concedeu à sua Igreja um Bispo zeloso que, amando Deus e servindo os irmãos, se tornou a imagem de Cristo Bom Pastor. Em tempos de convivência difícil, D. Romero soube guiar, defender e proteger o seu rebanho, permanecendo fiel ao Evangelho e em comunhão com a Igreja inteira. O seu ministério distinguiuse por uma atenção especial aos mais pobres e aos marginalizados. E no momento da sua morte, enquanto celebrava o Santo Sacrifício do amor e da reconciliação, recebeu a graça de se identificar plenamente com Aquele que entregou a vida pelas suas ovelhas. Neste dia de festa para a Nação salvadorenha, e também para os países irmãos latino-americanos, damos graças a Deus porque concedeu ao Bispo mártir a capacidade de ver e de ouvir o sofrimento do seu povo e plasmou o seu coração a fim de que, em seu nome, o orientasse e iluminasse, a ponto de fazer do seu agir uma prática repleta de caridade cristã. A voz do novo Bem-aventurado continua a ressoar hoje para nos recordar que a Igreja, convocação de irmãos ao redor do seu Senhor, é a família

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de Deus, onde não pode haver divisão alguma. A fé em Jesus Cristo, retamente entendida e vivida até às suas derradeiras consequências, gera comunidades construtoras de paz e de solidariedade. A isto é chamada hoje a Igreja em El Salvador, na América e no mundo inteiro: a ser rica de misericórdia e a tornar-se fermento de reconciliação para a sociedade. D. Romero convida-nos ao bom senso e à reflexão, ao respeito pela vida e à concórdia. É necessário renunciar à violência da espada, do ódio, e viver a violência do amor, que nos deixou Cristo pregado numa cruz, aquela que cada um deve fazer a si mesmo para vencer os próprios egoísmos e a fim de que não haja desigualdades tão cruéis entre nós. Ele soube ver e experimentou na sua própria carne o egoísmo que se insinua em quantos não querem ceder o que é seu para alcançar os outros. E, com um coração de pai, preocupou-se com as maiorias pobres, pedindo aos poderosos que transformassem as armas em foices para o trabalho. Quem considera D. Romero um amigo na fé, aqueles que o invocam como protetor e intercessor, quantos admiram a sua figura possam encontrar nele a força e a coragem para edificar o Reino de Deus e para se comprometer a favor de uma ordem social mais equitativa e mais digna. É o momento favorável para uma verdadeira reconciliação nacional, diante dos desafios que se enfrentam hoje. O Papa participa nas suas esperanças e une-se às suas orações, a fim de que germine a semente do martírio e se fortaleçam nos caminhos autênticos os filhos e as filhas desta Nação, que se gloria de ter o nome do divino Salvador do mundo. Estimado Irmão, peço-te, por favor, que rezes e faças rezar por mim, enquanto concedo a Bênção apostólica a todos aqueles que se unem de vários modos à celebração do novo Bem-aventurado. Fraternalmente, Francisco Vaticano, 23 de maio de 2015


A Igreja é Notícia

Palmadas, não; aborto, sim!

Para conhecer um pouco mais o Papa Francisco

Em entrevista concedida a um jornal argentino no final de maio, o Papa Francisco respondeu às diversas críticas que recebeu há alguns dias por referir-se ao castigo das crianças no processo educativo e assinalou a contradição que se vive em países que proíbem toda forma de castigo às crianças, mas permitem o aborto: «É verdade, hoje em dia as maneiras de castigar as crianças mudaram, pois são mais sensíveis. No meu tempo de criança, davam dois tapas na cara, e pronto! Sempre digo: “Nunca dê um tapa na cara de uma criança porque o rosto é sagrado, mas duas ou três palmadas no bumbum, isso não faz mal”. Mencionei isso numa audiência uma vez, e alguns países me criticaram. São países que têm leis rigorosas de proteção aos menores. O Papa não pode dizer isso... Mas, curiosamente, esses países, que até punem o pai ou a mãe que dá umas palmadas no menor, possuem leis que permitem matar as crianças antes do seu nascimento. Essas são as contradições que vivemos atualmente».

Em entrevista concedida no final de maio ao jornal argentino “La voz del Pueblo”, o Papa Francisco se fala de coisas pouco ou nada conhecidas sobre sua vida, que revelam algo de seus hábitos e costumes. 1. - Televisão: «Não assisto televisão desde o ano de 1990. Foi uma promessa que fiz a Nossa Senhora do Carmo, na noite do dia 15 de julho de 1990». 2. – Jornais: «Leio apenas “La Repubblica”, um jornal de classe média. Normalmente leio de manhã, e a minha leitura não dura mais de 10 minutos». 3. - Internet: «Nada!», foi a sua resposta imediata quando lhe perguntaram se navegava na Internet. 4. - Messi: Quando quiseram saber o que achava de Messi, o Santo Padre revelou que não assiste futebol e conhece o jogador somente porque este o visitou no Vaticano. 5. - San Lorenzo: Nunca deixou de ser torcedor do San Lorenzo, mas não assiste os jogos do seu time, porque não vê televisão. Entretanto, se mantém informado sobre o campeonato argentino graças a um guarda suíço que, cada semana, lhe passa os resultados. 6. – Quanto tempo dedica ao sono: «Tenho um sonho tão profundo que deito e durmo logo. Durmo seis horas. Normalmente, às nove da noite estou na cama, e leio aproximadamente até às dez. Quando começo a lacrimejar, apago a luz. Durmo até às quatro da manhã, e me levanto sem despertador, com meu “relógio biológico”». 7. - Sesta: «Durante o dia, preciso do “cochilo da tarde”. Descanso de 40 minutos a uma hora. Tiro os sapatos e deito na cama. Também então durmo profundamente. Nos dias em que não descanso, sinto falta». 8. – Chora? «Não choro em público. Duas vezes estive no limite, mas me contive no momento exato. Eu estava muito comovido, inclusive algumas lágrimas escaparam, mas fiz como se nada tivesse acontecido e, depois de um momento, enxuguei o rosto. Lembro que foi em relação à perseguição dos cristãos no Iraque. Estava falando disso, e me comovi profundamente quando pensei nas crianças». 9. - Contato com as pessoas: «Não consigo viver sem pessoas ao meu lado, não tenho vocação para monge. É por isso que fiquei morando na Santa Marta. É uma casa que tem 210 quartos. Nela residem 40 pessoas que trabalham no Vaticano. As demais são hóspedes: bispos, padres e leigos que passam por aqui. Eu gosto muito disso. Sou sacerdote para estar com as pessoas. Agradeço a Deus por continuar sendo assim». 10. – Cheiro das ovelhas: «Sempre gostei de estar na rua. Quando era cardeal, eu adorava pegar ônibus, metrô. Eu adoro a cidade; penso que não poderia viver na roça. Sinto saudades do tempo em que caminhava pelas ruas com tranquilidade. Ou ainda de ir a um restaurante e saborear uma gostosa pizza».

Aplicativo para evangelização de crianças é um sucesso no Brasil A Associação Católica Pequeninos do Senhor é a responsável pela iniciativa do primeiro aplicativo da Igreja Católica para levar a mensagem de amor ao próximo para crianças conectadas ao mundo virtual. “Quando pensamos em desenvolver um aplicativo, foi com o intuito de ter um produto 100% voltado para as crianças, para que, também de modo lúdico, e com uma mensagem indireta, elas se aproximassem dos ensinamentos de Jesus e caminhassem junto com Ele também no mundo virtual”, destaca Rachel Abdalla, presidente da Associação. Disponível para smartphones e tablets, na App Store e no Google Play, o Aplicativo é totalmente gratuito e conta com jogos, desenhos para colorir, orações, orientação para catequistas, histórias em texto e áudio, contadas pelos seis personagens do projeto.

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Opiniões que fazem opinião

Parada Gay: respeitar para ser respeitado E

u não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados. Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?! “Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus. A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna. Quem apela para a Constituição Nacional para

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afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer. A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher. Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade? As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.

Cardeal Odilo Pedro Scherer


Círculos Bíblicos

1º Encontro “Deus nunca nos abandona!” Acolhida: Preparar Bíblia, vela, flores e figuras com pessoas angustiadas. Animadora/a: Em nome de Jesus, boas vindas para o nosso encontro semanal. Coloquemo-nos na presença de Deus uno e trino, fazendo o Sinal da Cruz. ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: São Marcos escreve o relato da tempestade no mar da Galiléia para as comunidades perseguidas e hostilizadas dos anos 70 depois de Cristo, para animá-las! Elas se sentem como um barquinho, perdido no mar da vida. Os discípulos estão angustiados; a qualquer momento podem afundar. Mas não há motivo para as comunidades cristãs terem medo da tempestade; isto é, das ameaças e perseguições. Jesus está presente! Ele é o Senhor, não nos abandona! Canto inicial: Se as águas do mar da vida quiserem te afogar; segura na mão de Deus e vai! Se as tristeza desta vida quiserem te sufocar; segura na mão de Deus e vai! Segura na mão de Deus (2x); pois ela, ela te sustentará! Não temas, segue adiante e não olhes para trás! Segura na mão de Deus e vai! ORAÇÃO (Cf. Salmo 107)

Todos: Agradeçam a Deus, porque Ele é bom! Porque eterno é o

seu amor. Leitor/a 1: Eles andaram pelo deserto solitário, sem achar o caminho! Estavam famintos e sedentos; a vida deles já desfalecia! Todos: Na sua angústia clamaram a Deus, e Ele os libertou de suas angústias! Leitor/a 2: Deus os guiou pelo caminho seguro, para que andassem na direção da terra prometida! Todos: Que eles agradeçam a Deus o seu amor; as maravilhas, que faz pelos seres humanos! Leitor/a 1: Levantou-se um vento impetuoso, que elevou as ondas do mar! A vida deles se agitava na desgraça! Todos: Na sua aflição chamaram por Deus. E Ele os libertou de suas angústias! Leitor/a 2: Deus transformou a tempestade em leve brisa; e silenciaram-se as ondas! Então se alegraram com a bonança! E Deus os guiou ao porto que desejavam! Todos: Eles viram as obras de Deus; suas maravilhas em alto mar! ESCUTANDO A PALAVRA

Animador/a: O lago da Galiléia é cercado de altas montanhas. Às vezes, o vento cai em cima do lago e provoca tempestades repentinas: Vento forte, mar agitado, barco cheio de água! Os discípulos são pescadores experientes. Se eles acham que vão afundar, então a situação é perigosa mesmo! Jesus nem sequer acorda e continua dormindo. É expressão da confiança tranquila que Ele tem em Deus! Jesus acorda, não por causa das ondas, mas por causa dos gritos desesperados dos discípulos! Primeiro se diri-

ge ao mar e diz: “Fique quieto!” E logo o mar se acalma! Em seguida, se dirige aos discípulos: “Por que vocês têm medo? Ainda não têm fé?” Já dizia Deus pela boca de Isaías: Todos: “Quando passares pelas águas agitadas, eu estarei contigo!” Canto de Aclamação Leitor/a 3: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4, 35-41. a) Qual o ponto deste texto que você mais gostou? Por quê? b) Qual é o mar agitado para nós, hoje? REZANDO A PALAVRA

Todos: Senhor, liberta-nos do medo! Leitor/a 2: “Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas que não podem matar a alma!” “Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos passarinhos!” “Não fique perturbado o coração de vocês! Confiem em Deus e confiem também em mim!” “Não sejam covardes! Tenham coragem; eu venci o mundo!” Pai Nosso, Ave Maria, Glória. Canto: Se a jornada é pesada e te cansas da caminhada! Segura na mão de Deus e vai! Jesus Cristo prometeu que jamais te deixará! Segura na mão de Deus e vai! Segura na mão de Deus... BÊNÇÃO

Fica conosco, Senhor! Fica conosco, guiando-nos nas tempestades da vida! Fica conosco, hoje e sempre! E abençoa-nos: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém

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Círculos Bíblicos

2º Encontro Jesus conduz à vida nova!

Acolhida: Preparar a mesa com crucifixo, flores e figuras de Jesus acolhendo alguém ou pessoas acolhendo o próximo.

Animador/a: Caros irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos! Que alegria nos acolhermos neste encontro. Na certeza de que Jesus acolhe a todos que Dele se aproximam, iniciemos invocando, confiantes, a Santíssima Trindade. Em nome do Pai... Canto: Amigo, que bom que você veio, foi Jesus quem te chamou, e você aceitou. Amigo, amigo, que bom que você veio. (2x) Amiga, que bom que você veio... ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: O amor e a misericórdia de Deus, revelados nas ações de Jesus, nos dão a certeza que não estamos sozinhos! Enquanto caminhava, Jesus ia ensinando, exortando, mas principalmente, ia ao encontro das pessoas que mais sofriam. O amor, que demonstrava a todos, gerava transformação e por isso, tantas vezes, tocava e curava as pessoas dando-lhes a possibilidade de uma vida nova. ORAÇÃO INICIAL

(cantada ou lida em dois coros) Lado A: Senhor, eu sei que tu me sondas/ sei também que me conheces/ se me assento ou me levanto/ conheces meus pensamentos/ quer deitado ou quer andando/ Sabes todos os meus passos/ E antes que haja em mim palavras/ Sei que em tudo me conheces. Todos: Senhor, eu sei que tu me sondas (4x) Lado B: Deus, Tu me cercaste em volta/ Tuas mãos em mim repousam/ tal ciência é grandiosa/ Não alcanço de tão alta/ Se eu subo até o

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puros”? Comente. REZANDO A PALAVRA

Animador/a: Confiantes no amor misericordioso de Deus, que nos ampara nas dificuldades, nos cura e caminha conosco a cada dia, elevemos a Ele nossas preces. céu/ Sei que ali também Te encontro/ Se no abismo está minh’alma/ Sei que aí também me amas. Todos: Senhor, eu sei que tu me sondas (4x)

Leitor/a 2: Por todos os doentes que se encontram nos hospitais, nas clínicas ou em suas casas, peçamos: Todos: Toca, Senhor, com tuas mãos de amor!

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS

Leitor/a 3: Para que saibamos amar, acolher e encorajar os doentes na busca da cura de suas enfermidades, peçamos:

Animador/a: O Evangelho de hoje nos apresenta uma realidade que, segundo o olhar humano, parecia impossível de ser modificada. Esta Palavra mostra-nos a força da fé de uma mulher que, acometida pela enfermidade no corpo, também fora atingida pela dor na alma. Por sofrer com um fluxo de sangue, era considerada impura, não podia tocar em ninguém, restava-lhe apenas o desprezo e a marginalização social. Aclamação: Meu coração transborda de amor/ Porque meu Deus é um Deus de amor/ Minh’alma está repleta de paz/ Porque Jesus é a minha paz Eu digo aleluia, aleluia, aleluia. Aleluia, aleluia, eu digo por que. Eu digo aleluia, aleluia, aleluia. Aleluia, aleluia, aleluia, amém. Leitor/a 1: Evangelho de Jesus Cristo segundo Mc (5, 25-34) PARTILHANDO A PALAVRA

a) A atitude da mulher, ao se aproximar de Jesus, demonstra confiança e ousadia de sua parte. Por quê? b) O fato de a mulher ficar cheia de temor e trêmula era por causa de Jesus ou pelos preceitos e normas da época, em relação aos “im-

Leitor/a 4: A fim de que sejamos capazes de aproximar os que sofrem, da pessoa de Jesus, para que tocando-O fiquem curados dos mais diversos males, peçamos. (preces espontâneas) ASSUMINDO A PALAVRA

c) A cura acontece quando a pessoa, interessada em recebê-la, dá passos na fé. Que outras curas Jesus fez e que são relatadas nas Escrituras? E em nossa vida, elas acontecem? BÊNÇÃO FINAL

Animador/a: Maria percebia a dor das mães, e de tantas pessoas que recorriam ao seu Filho Jesus, para aliviarem seus sofrimentos. Certamente ela aprovava e se alegrava com os milagres que Ele fazia. Por isso peçamos à Maria que interceda também por nós. (Rezemos uma dezena do terço). Por intercessão de Nossa Senhora, nos abençoe o nosso Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Canto: Uma entre todas foi a escolhida...


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3º Encontro Jesus: gente com a gente

Acolhida: Preparar a mesa com crucifixo, flores e alguns objetos de trabalho quotidiano, por exemplo: martelo, pregos, serrote e outros.

Animador/a: Caros irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos! Que bom estarmos juntos mais uma vez renovando nossa fé em Deus e a amizade entre nós cristãos. Invoquemos a presença de Deus: Em nome do Pai... Canto: Deixa a luz do céu entrar... ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: Acompanhando Jesus em suas andanças, chegamos com Ele à Nazaré, sua terra. Estamos numa cidadezinha da Galiléia, pouco conhecida na época e considerada desprezível, tanto que no Evangelho de João, Natanael, ao saber que Jesus era de Nazaré, disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?”. Aí Jesus viveu sua infância e adolescência, até iniciar o Anúncio do Reino de Deus. ORAÇÃO INICIAL

Animador/a: vamos rezar com as palavras do Salmo 91 em dois coros. Coro 1: Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Coro 2: Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Coro 1: Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.

Coro 2: No Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Coro 1: Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS

Animador/a: O breve texto nos mostra Jesus numa das suas principais atividades, isto é, ensinando. Ensina na sinagoga, onde as reações dos ouvintes parecem seguir o mesmo esquema: numeroso grupo adere a Jesus e aos seus ensinamentos, outra parte o rejeita. Aclamação: Aleluia, aleluia, a minha alma abrirei. Aleluia, aleluia, Cristo é meu Rei. Leitor/a 1: Evangelho de Jesus Cristo segundo Mc (6, 1-6)

Leitor/a 2: A sabedoria de Jesus surpreende a muitos, porque sabiam que ele não tinha muito estudo, era um cidadão como muitos outros. Ao mesmo tempo encontra grande rejeição, “Este homem não é o carpinteiro, o filho de Maria?”. Leitor/a 1: A presença de Jesus e seus ensinamentos causam escândalo entre seus parentes e seus vizinhos, como ele mesmo afirma:

“Um profeta só é desprezado em sua terra, entre seus parentes e em sua casa”. Leitor/a 2: Pela falta de fé dos seus conterrâneos Jesus não pôde fazer nenhum milagre. PARTILHANDO A PALAVRA

a) Jesus teve problemas com seus parentes e sua comunidade. Desde que você se comprometeu a viver melhor o Evangelho, mudou algo no relacionamento com sua família e com seus parentes? b) Jesus não pôde fazer muitos milagres em Nazaré, porque faltava fé. Hoje Jesus encontra fé em nós, em mim? REZANDO A PALAVRA

Animador/a: No desejo de renovar nossa fé em Jesus Cristo, rezemos espontaneamente pedindo a cada oração: Todos: Senhor Jesus, escutai a nossa prece. (preces espontâneas) ASSUMINDO A PALAVRA

c) Seguir Jesus nem sempre é ser acolhido e aplaudido. Estamos ainda dispostos a segui-lo? BÊNÇÃO FINAL

Animador/a: Rezemos 1 Pai Nosso e 10 Ave Marias. Todos: Ó Pai, alegria e esperança de vosso povo, vós conduzis a Igreja, servidora da vida, nos caminhos da história. A exemplo de Jesus Cristo e ouvindo sua Palavra que chama à conversão, seja vossa Igreja testemunha viva de fraternidade e de liberdade, de justiça e de paz. Enviai o vosso Espírito da Verdade para que a sociedade se abra à aurora de um mundo justo e solidário, sinal do Reino que há de vir. Amém! Pai, Filho e Espírito Santo. Canto final

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Círculos Bíblicos

4º Encontro Jesus provoca a partilha

Acolhida: Colocar sobre o altar um crucifixo, flores, a Bíblia e um pão grande, para a partilha ao final.

Animador/a: No seu itinerário missionário, Jesus sempre se deparou com grandes multidões, às vezes desorientadas e sempre muito carentes da Palavra de Deus, de saúde, de pão e de tantas outras necessidades básicas. No encontro de hoje, o Mestre nos ensinará sobre o dom da partilha e também como deve ser organizada a sociedade, para que seja melhor repartido aquilo que é necessário à vida de cada um. Acolhamo-nos uns aos outros dizendo: “que bom que você veio” e juntos cantemos o Sinal da Cruz. Canto: O Pão da Vida, a Comunhão, nos une a Cristo e aos irmãos. E nos ensina a abrir as mãos para partir, repartir o pão. (2X) Lá no deserto a multidão, com fome segue o Bom Pastor. Com sede busca a Nova Palavra: Jesus tem pena e reparte o pão. ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: No consumismo do mundo atual, a lógica é o acúmulo dos bens nas mãos de poucos, com leis e impostos que, na sua grande maioria, penalizam aqueles que têm menor condição e, às vezes, não revertem ao bem comum. ORAÇÃO INICIAL

Campanha Mundial da partilha Lado A: Senhor Nosso Deus, que nos confiaste os frutos da criação para que cuidássemos da Terra e nos alimentássemos de sua generosidade. Enviaste teu Filho para partilhar sua própria carne e sangue e para ensinar-nos a Lei

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do Amor. Por Sua morte e ressurreição, nos tornamos uma única família humana.

Lado B: Jesus teve grande preocupação com as pessoas que não tinham o que comer. Transformou cinco pães e dois peixes em um banquete que alimentou mais de cinco mil pessoas. Viemos diante de Ti, Senhor, conscientes de nossas fraquezas, mas com muita esperança, para compartilhar o alimento com todas as pessoas da grande família humana. Lado A: Na Tua sabedoria, ilumina os governantes e todos os cidadãos e cidadãs a encontrar soluções justas e solidárias para acabar com a fome no mundo e garantir o direito de cada ser humano à alimentação. Todos: Por isso Te pedimos, Senhor Nosso Deus, que ao nos apresentarmos diante de Ti, possamos nos proclamar como parte de “Uma Família Humana” com “Pão e Justiça para todas as pessoas”. Amém! Axé! Hawere! Aleluia! ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS

Animador/a: Na reflexão de hoje, queremos acompanhar os gestos de Jesus, dos discípulos e da multidão. Não é somente a liderança que tem a solução para as dificuldades do povo. Canto: Não só de Pão o homem viverá, mas de toda a Palavra, que procede da boca de Deus. Aleluia! Aleluia! Leitor/a 1: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mc 6, 3444.

PARTILHANDO A PALAVRA

a) O que Jesus poderia estar ensinando à multidão? b) Qual a atitude de Jesus e a dos discípulos diante da situação do povo faminto? REZANDO A PALAVRA

Animador/a: O problema da multidão é a fome e a falta de liderança. A solução não está com Jesus ou os discípulos, mas no meio do povo. Devemos colaborar na solução dos problemas que enfrentamos. Que a compaixão esteja sempre presente em nossas atitudes. c) Nossa oração leva a uma prática de vida no meio dos irmãos? Canto: Por um pedaço de pão e um pouquinho de vinho. Deus se tornou refeição e se fez o caminho. Por um pedaço de pão! Por um pedaço de pão! ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL

Animador/a: Rezemos o Pai Nosso, uma Ave Maria e o Glória por todas as pessoas, que como Jesus, procuram dar o necessário aos que estão passando por necessidade. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, que Ele mostre sua face e tenha compaixão, que Ele volva o seu rosto e nos dê a Paz. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! Canto à escolha


Pergunte e Responderemos

Existem critérios para a escolha do padrinho ou madrinha de batismo?

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brigado pela pertinente pergunta Klenyr! Com ela farei uma exposição sucinta e clara a respeito destes importantes critérios a serem considerados, na escolha dos padrinhos e madrinhas. Essa pergunta é costumeira em diversas secretarias da Diocese de Dourados. É necessário entender primeiro que o sacramento do Batismo é tido como a porta de entrada para os outros sacramentos, pois só sendo batizado é que se podem receber validamente os demais sacramentos; cada um deles necessita de um preparo, que valorize a finalidade de dar culto a Deus e santificar o homem. Nos atendimentos em diversos lugares, várias vezes, escutei a dúvida quanto aos critérios para a escolha dos padrinhos, alguns casos, se escolhem primeiro (às vezes levando em conta fatos sociais, políticos e econômicos) para depois perguntar se realmente têm o perfil e podem assumir o compromisso; portanto vejamos quais são as exigências a serem cumpridas no verdadeiro compromisso de pais e padrinhos perante a Igreja e o batizando. A função do padrinho e madrinha de batismo é acompanhar o afilhado (a) na caminhada cristã e na falta dos pais, assumir essa responsabilidade; o Código de Direito Canônico (CDC) Cân. 873, afirma que a criança pode ter: • Só um padrinho ou só uma madrinha, solteiro(a), sem estar amasiado (morando junto sem o sacramento do matrimônio), maior de 16 anos, que tenha sido batizado(a), e tenha o sido crismado(a). • Um padrinho e uma madrinha, solteiros, sem estar amasiado, maior de 16 anos, que tenham sido batizados e crismados. • Ou a criança pode ter um casal, que seja realmente casado na igreja, e que leve uma vida de acordo com a fé e o compromisso que vão assumir. Nessa fundamentação de comunhão adesão à fé católica, não podemos deixar de lembrar que pessoas de outras denominações religiosas não são permitidas a ocupar tal função, tendo em vista

que professam uma comunhão parcial de fé ou totalmente diferente, e se o batismo é na Igreja católica, a vivência de fé deve ser na mesma, assim pessoas de outras denominações religiosas podem estar presentes, acompanhar a celebração, mas não são considerados padrinhos e não constam seus nomes na certidão de batismo, são apenas testemunhas do ato. E quando os pais acabam de se mudar e não conhecem alguém capaz de assumir esse compromisso na nova localidade, os próprios pais podem ser padrinhos de seus filhos? Essa foi outra pergunta que escutei esses dias, e a resposta foi que, em vista de que repetiriam a função na educação e acompanhamento da fé, que já é papel da família; convém se possível esperar um pouco mais para que possam se inserir na vida da paróquia, e até mesmo pedir ajuda ao pároco na indicação de pessoas capazes de assumir na construção da nova fase de vida; os padrinhos não são simplesmente para dar presente, e de vez em quando, se encontrar para o churrasco no feriado, padrinhos devem participar da vida e do crescimento de seus afilhados, ajudálos na caminhada e dar testemunho de fé e vida. E se o batizando for adulto? Não precisa de padrinhos, pois já é consciente e presume-se que tenha maturidade na escolha da fé, e é capaz de discernir suas escolhas configurando-se a Cristo de maneira livre e autêntica. A partir daí, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser “obediente e dócil” aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição (CIC 1269). Assim como o Batismo é fonte de responsabilidade e deveres, assim também o batizado goza de direitos no seio da Igreja: direito a receber os sacramentos, a ser alimentado com a Palavra de Deus e a ser apoiado com outras ajudas espirituais da Igreja. Pergunta feita por Klenyr Moura Salina - Paróquia Divino Espírito Santo / Ponta Porã – MS

Pe. Fábio Casado

Vigário da Paróquia Divino Espírito Santo - Ponta Porã

Envie sua pergunta para: pergunteeresponderemoselo@hotmail.com

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A Diocese em Revista

13 de junho: Reinauguração da Catedral Chegada do Núncio no aeroporto

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A Diocese em Revista

14 de junho: Romaria do Sagrado Coração de Jesus

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Vida em família

Como enfrentar o envelhecimento dos pais? C

omo se preparar para esta situação ou como lidar com ela? Será que precisamos tomar as decisões no lugar dos nossos pais? Chega um momento da vida em que os filhos se tornam pais dos seus pais, devido à velhice ou doença destes. Assumir esta etapa nem sempre é fácil, pois os filhos estão mais acostumados a vê-los cheios de vitalidade, energia e independência. Como se preparar para esta situação ou como enfrentá-la quando já está presente? A responsabilidade como filhos adultos é velar pelo bem-estar dos pais. Esta não é simplesmente uma maneira de recompensá-los por tudo o que fizeram pelos seus, mas, acima de tudo, um compromisso que confere a tranquilidade do dever cumprido, de entregar todo o amor recebido deles. É preciso aceitar que os pais já não são os mesmos que antes; agora provavelmente estão doentes, começam a ter pequenos esquecimentos, reclamam de algumas dores físicas e podem se tornar um pouco teimosos, o que exigirá cada vez mais cuidados da família. Chega a hora de começar a cuidar dos pais, os papéis se invertem. Esta mudança de mentalidade, ou seja, a assimilação do envelhecimento dos pais, pode ser uma realidade difícil de aceitar para algumas pessoas, e isso se manifesta por vezes mediante raiva, impaciência, exigências com os pais, com frases fortes como “Mãe, eu já lhe disse isso!”, “Será que você não entende?”. A situação obriga a conciliar a própria vida – cônjuge, filhos, trabalho, lar – com as novas exigências dos pais. Esta demanda de tempo por parte dos pais pode provocar problemas no próprio núcleo familiar do filho. Assim, será necessário conversar com o cônjuge e com os filhos; dependendo da sua idade, expor a situação dos avós, explicando suas necessidades e

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deixando claro que a família não os abandonará, e que seu papel de pais/avós continuará sendo o mesmo de sempre. Também é importante pedir seu apoio, pois esta situação será dolorosa e esgotadora. Igualmente, será preciso buscar o equilíbrio sem desatender nenhuma das duas famílias. Algumas maneiras de preparar-se ou enfrentar a situação: – A velhice dos pais requer um trabalho conjunto de toda a família. Os filhos precisam se unir e fazer um ajuste no papel de cada integrante, avaliando sua disponibilidade para este fim, buscando que todos sejam ativos nesta tarefa; a responsabilidade não deve recair apenas sobre uma pessoa. – Se for necessário, também poderão analisar as possibilidades financeiras para buscar ajudas extras (enfermeiras, auxiliares etc.) que sirvam de suporte, mas que de maneira alguma substituirão os filhos em suas responsabilidades. – Alguns estudos indicam que a carga emocional de ter de cuidar de pais idosos poderia ter repercussões negativas em alguns casos. Portanto, é recomendável buscar momentos de lazer, nos quais o cuidador possa se livrar do estresse, isolando-se por alguns instantes desse cenário. – Se for preciso, pode ser importante consultar um profissional especializado nestes casos, como um psicólogo, psiquiatra, geriatra, que darão apoio e orientação para a tomada de decisões, serão um suporte emocional e contribuirão para esclarecer as dúvidas desta difícil e delicada etapa.

Prof. Felipe Aquino


A Igreja em serviço

A

Casa da Esperança

“Casa da Esperança” completará neste ano 18 anos de existência. Entidade que acolhe dependentes de álcool e drogas, sem fins lucrativos, foi fundada em 31 de agosto de 1997, pelo Padre Edson Nogueira de Lima (In memoriam), sendo ele assessorado pelo Padre Otair Nicoletti e um grupo de pessoas ligadas ao grupo Familiar Cristão do cursilho. Ela surgiu pela necessidade de atender pessoas dependentes, que procuravam ajuda na casa paroquial, da Paróquia Santa Teresinha de Dourados. Para dar início aos trabalhos desta entidade, foram realizadas inúmeras reuniões no centro Pastoral da Catedral. Pessoas de diferentes segmentos da sociedade ajudaram a pensar o projeto da que seria futuramente a “Casa da Esperança”. A semente que foi lançada pelo Padre Edson começava a germinar, mas também inúmeras dificuldades foram aparecendo para se iniciar os trabalhos, a primeira delas foi o espaço para construir a sede. Dom Alberto sensibilizado pela necessidade e vendo aumentar a procura por tratamento, cedeu uma área da diocese, em regime de comodato, localizada no Travessão Castelo da Lagoa, Km 14, lote 01 quadra 05 – Zona Rural – Dourados-MS. Muitas mãos colaboraram financeiramente e também doaram generosamente seu tempo para ajudar no tratamento dos dependentes. Vale

lembrar alguns nomes que aceitaram o desafio de se colocar a serviço desta entidade são eles: Dom Alberto Forst, Padre Edson Nogueira de Lima, Padre Otair Nicoletti, Áurea Florêncio de Ávila, Onildo Alves Barbosa, Ana Maria da S. Barbosa, Eliza A. Baldasso, Gislaene Maria Cortês Buzzio, Dinalva C. Botti, Maria L.B. Alves, Odil Medeiros Alves, Vanilton C. da Costa e o colaborador Padre Adriano Van de Ven. Além destes citados acima, às repartições públicas, às paróquias, à sociedade em geral ajudam esta obra que procura responder aos apelos do Papa Francisco, olhar por aqueles que vivem nas “periferias existenciais”, dando-lhes a oportunidade de retornar ao convívio da família e sociedade. Esta casa recebe dependentes da nossa região, de outros estados e até de países vizinhos e continua a dar a mão a quem quer se livrar das drogas. O escritório para informações fica no centro, na rua: Major Capilé n° 2597, Dourados-MS, telefone 3421– 1848 ou 8403-1945.

Áurea F. de Ávila

Presidente da Diretoria

Gislaene Maria C. Buzzio Presidente do Conselho

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Fatos em foco Dourados, 17 de maio: crismas na Paróquia Santa Teresinha.

Dourados, 16 de maio: formatura de catequistas que concluíram a Escola Catequética Maria de Nazaré. Dourados, 27 de maio: Formação permanente para padres, diáconos e religiosos/as, no IPAD.

Ponta Porã, 24 de maio: Crisma na Paróquia São José.

Dourados, 29 de maio: Celebração dos 50 anos de matrimônio do Diácono Nilson Domingos e Maria Estela.

Caarapó, 30 de maio: Ordenação presbiteral de Jander da Silva Santos.

Dourados, 01 de junho: Encontro para secretários, cozinheiras e demais funcionários da Diocese, no IPAD.

Dourados, 31 de maio: Ordenação presbiteral de Neuton César Vieira.

Ponta Porã, 6 de junho: Crisma na Paróquia Divino Espírito Santo.

Dourados, 04 de junho: Missa e Procissão de Corpus Christi.

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Assentamento Itamaraty, 7 de junho: Crismas.


Fique por dentro!

Agenda Diocesana 04 – Ordenação diaconal de Matheus Clemente Selhorst, em Amambai 05 – Inauguração da nova igreja matriz de Nova Alvorada do Sul – Missa de Ação de graças pelos 40 anos da presença do Caminho Neocatecumenal na Diocese de Dourados 09 – Reunião de organismos que atuam com a pastoral indigenista 11 – Missa Ação de graças pelos 25 anos da Comunidade Cristo Redentor, em Dourados 12 – Posse do Fr. Silvio José dos Santos, OFM na paróquia São José Operário, em Dourados 13 – Encontro fraterno para padres e diáconos na

Chácara São João Maria Vianney 16 – Festa da Padroeira e dedicação do altar na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Dourados 17/18 – Escola Catequética Diocesana, no IPAD 19 – Crismas em Deodápolis 20/24 – Escola de formação para Agentes de pastoral, no IPAD 25 – Crismas em Coronel Sapucaia 25/26 – Retiro das Equipes de Nossa Senhora, no IPAD

Datas Significativas 03 – São Tomé, Apóstolo – Primeira sexta-feira do mês: Dia de orações pela Igreja Diocesana 05 – 14º Domingo do Tempo Comum 09 – Santa Paulina – Aniversário da ordenação presbiteral de Dom Redovino 11 – São Bento 12 – 15º Domingo do Tempo Comum 16 – Nossa Senhora do Carmo

17 – Santos Mártires das Missões 19 – 16º Domingo do Tempo Comum 22 – Santa Maria Madalena 25 – São Tiago, Apóstolo – São Cristóvão 26 – 17º Domingo do Tempo Comum 29 – Santa Marta 31 – Santo Inácio de Loyola

Aniversariantes Religiosos/as Nascimento 04. Ir. Maria Clara da Misericórdia Divina, ocs 04. Ir. Santina Pasuch, isj 07. Ir. Terezinha Pessini, iascj 07. Ir. Nair Ferreira de Brites, isvpg 11. Ir. Claudete Boldori, iascj 11. Ir. Agraciata do Doce Coração da Virgem Mãe de Deus, fpss 25. Ir. Cristina Souza, cicaf 27. Ir. Maria Aparecida da Cruz, icmes Profissão Religiosa 19. Ir. Francinete Noronha, cicaf 25. Ir. Gema Menegat, isj

Padres e Diáconos Nascimento 11. Pe. João Maria dos Santos 17. Pe. Teodoro Benites 17. Diác. Lourival Centurião Marcelino Ordenação 02. Pe. Pedro Alves Mendes 02. Pe. Clarindo Redin, sac 04. Pe. Casimiro Facco, sac 25. Pe. Ládio Luiz Girardi, sac 25. Pe. José Benito Gonzalez, sdb 26. Frei Bernardo Dettling, ofm 26. Frei Érico Renz, ofm 30. Pe. Ciro Ricardo da Silva Freitas Julho de 2015 19



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