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Ano XXXVI - nº 401 - Maio/2016

Distribuição Gratuita. Venda proibida.

A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração


Índice

Apresentação Ensina-nos, Maria, o teu jeito de amar! Caro leitor, Maio, por ser considerado o mês mariano e também das mães, nada mais propício que nos fazermos aprendizes e imitadores do jeito amoroso, puro e sincero de Maria mãe. Dom Henrique, de forma muita clara, na Palavra do Pastor (p.3), apresenta-nos que o grande desafio hoje, sermos verdadeiramente missionários. Esta propriedade constitutiva da Igreja, não pode, de modo algum, ser negligenciada por nós, seguidores do Mestre Jesus. Nosso bispo citando o Papa, destaca que “o anúncio do evangelho é a primeira e constante preocupação da Igreja”, é o seu compromisso essencial, o seu maior desafio e fonte de renovação. As páginas 4 e 5, são dedicadas ao nosso crescimento espiritual. A primeira, através da proposta de vivermos a comunhão com Deus, com os outros e com toda a criação. A segunda, com o grande testemunho de vida de Santa Joana d’Arc. Maio também se inicia com o dia dedicado a todos os trabalhadores, portanto, nossa revista traz na página A Palavra do Papa, um trecho do discurso do Papa, no Encontro com o Mundo do Trabalho, sediado no México, em sua Viagem Apostólica, em fevereiro. Acompanhe as notícias da Igreja no mundo, na página 7. Estamos vivendo, também, um momento delicado no cenário político e econômico de nosso país, preocupados com esta situação, nossos bispos reunidos em Aparecida, para a 54ª Assembleia Geral da CNBB, emitiram uma declaração que podemos ver na página 8. Na vivência do Ano da Misericórdia, a equipe dos Círculos Bíblicos, preparou um belo material, para celebramos e refletimos nos grupos das pequenas comunidades. Nosso bispo emérito, Dom Redovino, com uma boa reflexão, nos responde a uma pertinente dúvida, presente na mente e no coração de muitos brasileiros, vale a pena ler. Já que estamos do mês das mães, qual será seu papel na criação dos filhos? Quem nos ajuda para clarear essa questão é o professor Felipe Aquino, na página Vida em Família (p. 14). Que tal conhecer um pouco mais sobre o Cursilho? Este é, com certeza, um importante instrumento de evangelização, presente em nossa Diocese. Também não podemos deixar de conferir nas páginas, A Diocese em Revista (p.16 e 17) e Fatos em Focos (p. 17), alguns relevantes eventos, que aconteceram em nossa Igreja Diocesana, bem como, os que irão ocorrer durante esse mês, na agenda Diocesana, que traz o dia do aniversário dos padres, diáconos, religiosos e religiosas que atuam em nossa Diocese, confira! Boa leitura abraço fraterno! Pe. Marcos Roberto P. Silva

padremarcosrobertop.silva@gmail.com

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A Palavra do Pastor

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Palavra de vida

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Testemunho de vida

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A Palavra do Papa

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Opiniões que fazem opinião

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Círculos bíblicos

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A CNBB é comunista? Petista?

Igreja em saída!

“Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus” (Ap 21,3) Santa Joana d’Arc

Encontro com o Mundo do Trabalho

Ser uma “boa pessoa” não é o suficiente

Pergunte e responderemos

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Vida em Família

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A Igreja em Serviço

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A Diocese em revista

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Fatos em foco

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Fique por Dentro!

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Patrocinadores

O papel da mãe na criação dos filhos

Cursilho de Cristandade e o Quarto Dia

Expediente Revista Elo - Maio/2016 - Ano XXXVI - nº 401 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Equipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Adriana dos Santos Gonçalves; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria. Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesededourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesededourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.380 exemplares


A Palavra do Pastor

Igreja em saída! O

grande desafio da Igreja hoje é o de ser missionária. Desafio extremamente necessário para a sua vitalidade e crescimento. “Como gostaria de encontrar palavras para encorajar uma estação missionária mais ardorosa, alegre, generosa, ousada, cheia de amor, até o fim, e feita de vida contagiante,” diz Papa Francisco. Ele lembra que o anúncio do evangelho é a primeira e constante preocupação da Igreja, é o seu compromisso essencial, o seu maior desafio e fonte de renovação. Essa missão será sempre desafiadora. No dia em que ela deixar essa dimensão de lado, nada mais lhe resta a fazer nesta terra. Hoje, o problema maior não é a falta de dinheiro, distância geográfica, recursos humanos etc. e sim falta de missão mesmo. Isto é, vontade de fazê-la. Vivemos num mundo de pessoas bem mais acomodadas, mais isolados uns do outros, individualista. A cultura do eu. O outro é apenas mais um. Muitas vezes não é visto como irmão, irmã. Isso faz parte da cultura contemporânea, exclusivista. Como Igreja, precisamos estar atentos. O grande desafio é cuidar da missão. Gerar cultura missionária. Transformar estruturas paroquiais em algo decididamente missionário. Não é difícil celebrar sacramentos: eucaristia, batismo, matrimônio, penitência e unção dos enfermos. Há uma expressão interessante, diante desse desafio da Igreja em saída: o desafio imperioso de transformar essa prática milenar em missão, capaz de gerar vida nova, na vida das pessoas (cf. DAp 370). Na maioria das vezes, ficamos presos à práticas devocionais. Isso é bom, mas não leva adiante o desafio missionário. É mais fácil ficar na igreja que sair nas ruas. Visitar pessoas que estão distantes da

vida da Igreja. que estão nas periferias da vida, da sociedade, da política. Como chegar a elas? Fazendo grupos de rua com elas e despertar o valor de suas vidas para Deus e para a sociedade. É importante trazê-las para o meio, sair da periferia da “vida”. A missão tem essa força. Da Palavra de Deus pode suscitar anseios, desejos, aspirações para viver melhor o valor da vida, em todos os sentidos. Isso é desafiador! Os Agentes (discípulos missionários) precisam sair; deslocar da vida da igreja (edifício) e lançar-se, para fora. Precisa-se de coragem, aprendizado, discernimento, fé e despojamento. Ao olharmos os evangelhos, percebemos que Jesus está sempre em movimento, deslocando-se de um lugar para outro. Em algum momento ele diz que precisa ir a outros lugares, porque lá também estão as ovelhas que precisam entrar no seu redil. Desde o lançamento do Documento de Aparecida em 2007, com o Papa Bento XVI, a Igreja Católica do Brasil vem debruçando em esforços para colocar isso em prática contínua. Muitos lugares já estão avançados nessa nova maneira de evangelizar, com experiências fortes e aprofundado, em se tratando de missionariedade. Não podemos perder de vista o projeto maravilhoso da Igreja do Brasil, porposto pelo Documento de Aparecida. Nossa Diocese, inclusive mais de uma vez, entrou, nas prioridades diocesanas, essa temática. E queremos aprofundá-la cada vez mais. Algumas paróquias têm experiências bem positivas que, inclusive, podem orientar outras paróquias que, por ventura, ainda não entraram nessa dinâmica. Outras até já fizeram, mas ficou no modelo de missionariedade temporária. O que a Igreja pede hoje é que esse modelo seja contínuo, perene, permanente. Nesse trabalho é importante destacar o protagonismo dos Leigos na Igreja. O padre, sozinho, não vai conseguir muita coisa. É preciso que todo o corpo da Igreja se envolva, para que tenhamos bons resultados e perseverança, na missão de evangelizar! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo: para sempre seja louvado! Dom Henrique A. de Lima, CSsR Bispo Diocesano

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Palavra de Vida

“Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus” (Ap 21,3)

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empre foi este o desejo de Deus: morar conosco, o seu povo. Desde as primeiras páginas da Bíblia nós o vemos na atitude de descer do Céu, passear pelo jardim e entreter-se com Adão e Eva. Não foi para isso que nos criou? O que deseja aquele que ama, senão estar com a pessoa amada? O livro do Apocalipse, que sonda o projeto de Deus na história, nos dá a certeza de que esse desejo de Deus será realizado em sua plenitude. Deus já começou a morar em nosso meio desde a chegada de Jesus, o Emanuel, o “DeusConosco”. E agora que Jesus ressuscitou, a sua presença não está mais limitada a um lugar ou a um tempo, mas se dilatou sobre o mundo inteiro. Com Jesus, se iniciou a construção de uma nova comunidade humana muito original: um povo composto por muitos povos. Deus quer morar não somente na minha alma, na minha família, no meu povo, mas entre todos os povos chamados a formarem um só povo. Além do mais, a atual mobilidade humana está mudando o próprio conceito de povo. Em muitos países o povo já é composto por muitos povos. Somos bem diferentes pela cor da pele, pela cultura, pela religião. Olhamo-nos muitas vezes com desconfiança, suspeita, medo. Ficamos fazendo guerra uns contra os ou-

tros. E, no entanto, Deus é Pai de todos, ama-nos a todos e a cada um. Não quer morar com um povo – “o nosso, naturalmente”, é o que se pensa logo – e abandonar os outros povos. Para Ele somos todos filhos e filhas Dele, somos uma única família. Vamos então exercitar-nos, orientados pela Palavra de Vida deste mês, em valorizar a diversidade, em respeitar o outro, em olhá-lo como uma pessoa que me pertence: eu me identifico com o outro, o outro se identifica comigo; o outro vive em mim, eu vivo no outro. Começando pelas pessoas com as quais convivo todo dia. Desse modo podemos abrir espaço para a presença de Deus entre nós. Será Ele que irá compor a unidade, que vai salvaguardar a identidade de cada povo, criar uma nova socialidade. Chiara Lubich já tinha intuído isso em 1959, numa página de extrema atualidade e de incrível profecia: «Se um dia os homens, não como indivíduos, mas como povos souberem pospor-se a si mesmos, a ideia que têm d e

suas pátrias, se fizerem isto pelo amor recíproco entre os Estados, que Deus exige, como exige o amor mútuo entre irmãos, aquele dia será o início de um tempo novo, porque naquele dia Jesus estará vivo e presente entre os povos. Estes são os tempos em que cada povo deve ultrapassar os próprios confins e olhar além. Chegou o momento em que a pátria do outro deve ser amada como a própria, em que o nosso olhar deve adquirir uma nova pureza. Não basta o desapego de nós mesmos para sermos cristãos. Hoje os tempos exigem algo mais do seguidor de Cristo, uma consciência social do cristianismo. Nós esperamos que o Senhor tenha piedade deste mundo dividido e disperso, destes povos trancados na própria casca a contemplar a própria beleza – para eles sem igual – limitada e insatisfatória, a defender com dentes cerrados os próprios tesouros – a resguardar até aqueles bens que poderiam servir a outros povos nos quais se morre de fome – e faça cair as barreiras e jorrar em fluxo ininterrupto a caridade entre terra e terra, torrente de bens espirituais e materiais. Esperamos que o Senhor componha uma ordem nova no mundo, Ele, o único capaz de fazer da humanidade uma família, e de preservar as distinções entre os povos para que, no esplendor de cada um, posto a serviço do outro, reluza a única luz de vida que, embelezando a pátria terrena, faz dela a antessala da Pátria eterna».

Pe. Fábio Ciardi 4


Testemunho de Vida

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Santa Joana d’Arc

oana nasce em Domremy, pequeno povoado na fronteira entre a França e a Lorena. Os seus pais são camponeses abastados, conhecidos por todos como cristãos excelentes. Deles recebe uma boa educação religiosa, com uma notável influência da espiritualidade do nome de Jesus, ensinada por São Bernardino de Sena e propagada na Europa pelos franciscanos. Ao nome de Jesus está sempre unido o de Maria e, assim, por detrás da religiosidade popular, a espiritualidade de Joana é profundamente cristocêntrica e mariana. Desde a infância, ela demonstra uma grande caridade e compaixão pelos mais pobres, pelos doentes e por todos os que sofrem, no contexto dramático da guerra. De suas próprias palavras sabemos que sua vida religiosa amadurece como experiência mística a partir dos 13 anos. Através do arcanjo São Miguel, Joana se sente chamada por Deus a intensificar a sua vida cristã e a comprometer-se pela libertação do seu povo. A sua resposta imediata, o seu “sim” é o voto de virgindade, com um novo compromisso na vida sacramental e na oração: participação quotidiana na missa, confissão e comunhão frequentes, longos momentos de oração silenciosa diante do Crucifixo e da imagem de Nossa Senhora. A compaixão e o compromisso da jovem camponesa diante do sofrimento do seu povo tornam-se mais intensos graças à sua relação com Deus. Um dos aspectos mais originais da santidade desta jovem é precisamente este vínculo entre experiência mística e missão política. Depois dos anos de vida escondida e de amadurecimento interior, segue-se o biênio breve, mas intenso, da sua vida pública: um ano de “ação” e um ano de “paixão”.

No início de 1429, Joana começa a sua obra de libertação. Os numerosos testemunhos nos mostram esta jovem de apenas 17 anos como uma pessoa forte e determinada, capaz de convencer homens inseguros e desanimados. Superando todos os obstáculos, encontra o futuro rei Carlos VII que, em Poitiers, a submete a um exame por parte de alguns teólogos da Universidade. O juízo é positivo: nela eles não veem nada de mal, mas só uma boa cristã. A 22 de março de 1429, Joana dita uma importante carta ao rei da Inglaterra e aos seus homens que assediam a cidade de Orléans. A sua proposta é de paz na justiça entre os dois povos cristãos, à luz dos nomes de Jesus e de Maria. A proposta é rejeitada. Desta forma, Joana tem que partir para a luta pela libertação da cidade, o que ocorre no dia 8 de maio. O momento culminante da sua obra é a coroação de Carlos VII em Reims, no dia 17 de julho de 1429. Em seguida, durante um ano inteiro, Joana vive com os soldados, realizando no meio deles uma verdadeira missão de evangelização. São numerosos os testemunhos relativos à sua bondade, à sua coragem e à sua pureza extraordinária. A “paixão” de Joana inicia a 23 de maio de 1430, quando cai prisioneira nas mãos dos seus inimigos. No dia 23 de dezembro é conduzida à cidade de Rouen. É ali que se realiza o longo e dramático “Processo de Condenação”, que começa em fevereiro de 1431 e termina a 30 de maio, com a fogueira. É um processo solene, presidido por dois juízes eclesiásticos, o bispo Pierre Cauchon e o inquisidor Jean le

Maistre, mas, na realidade, inteiramente orientado por um grupo de teólogos da célebre Universidade de Paris, que participam no processo como assessores. Este processo é uma página triste da história da santidade, mas também uma página iluminadora sobre o mistério da Igreja que, segundo as palavras do Concílio Vaticano II, é «simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação». É o encontro dramático entre uma santa e seus juízes, que são eclesiásticos. Joana é condenada como herege e enviada à morte na fogueira. O apelo de Joana ao juízo do Papa, a 24 de maio, é rejeitado pelo tribunal. Na manhã de 30 de maio, ela recebe pela última vez a sagrada comunhão e é conduzida ao suplício na praça do velho mercado. Pede a um dos sacerdotes que conserve diante da fogueira uma cruz de procissão. Assim, morre contemplando Jesus Crucificado e pronunciando várias vezes e em voz alta o nome de Jesus. Cerca de 25 anos mais tarde, o “Processo de Nulidade”, aberto sob a autoridade do Papa Calisto III, conclui-se com uma solene sentença, que declara nula a condenação. Joana d’Arc será canonizada por Bento XV, em 1920. Apraz-me recordar como santa Joana d’Arc teve uma profunda influência sobre uma santa da época moderna: Teresa do Menino Jesus. Numa vida completamente diferente, transcorrida na clausura, a carmelita de Lisieux sentia-se muito próxima de Joana, vivendo no coração da Igreja e participando nos padecimentos de Cristo para a salvação do mundo. A Igreja reuniu-as como Padroeiras da França, juntamente com a Virgem Maria. (Bento XVI, audiência pública do dia 26 de janeiro de 2011).

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A Palavra do Papa

Encontro com o Mundo do Trabalho

Trecho do discurso do Papa em sua Viagem Apostólica ao México, Ciudad Juárez, fevereiro 2016.

Q ueridos irmãos e irmãs! Quis encontrar-me convosco nesta terra de Juá-

rez, devido à relação especial que esta cidade tem com o mundo do trabalho. Agradeço-vos não só a saudação de boas-vindas e os vossos testemunhos que revelaram as ânsias, as alegrias e as esperanças que sentis na vossa vida, mas gostaria também de vos agradecer esta oportunidade de intercâmbio e reflexão. Tudo o que pudermos fazer para dialogar, para nos encontrar, para procurar melhores alternativas e oportunidades já é uma conquista que merece apreço e destaque. Obviamente não é suficiente, mas hoje não podemos permitir-nos o luxo de cortar qualquer possibilidade de encontro, discussão, confronto, pesquisa. Esta é a única maneira que temos de poder construir o amanhã: ir tecendo relações duradouras, capazes de gerar a estrutura necessária para, pouco a pouco, se reconstruir os vínculos sociais consumidos pela falta do mínimo de respeito requerido para uma sadia convivência. Obrigado e que esta instância sirva para construir futuro, seja uma oportunidade boa para forjar o México que o seu povo e os seus filhos merecem. Quereria debruçar-me sobre este último aspecto. Hoje encontram-se aqui várias organizações de trabalhadores e representantes de câmaras e associações empresariais. À primeira vista, poderiam considerar-se antagonistas, mas une-os uma responsabilidade comum: procurar criar oportunidades de trabalho digno e verdadeiramente útil para a sociedade e sobretudo para os jovens desta terra. Um dos maiores flagelos a que estão expostos os vossos jovens é a falta de oportunidades de instrução e trabalho sustentável e rentável, que lhes permitam lançar-se na vida; isso gera em muitos casos situações de pobreza. E esta pobreza torna-se o terreno favorável para cair na espiral do narcotráfico e da violência. Um luxo que ninguém se pode conceder é deixar só e abandonado o presente e o futuro do México. Infelizmente, o tempo em que vivemos impôs o paradigma da utilidade econômica como princípio das relações pessoais. A mentalidade dominante pretende a maior quantidade possível de lucro, a todo o custo e imediatamente. Não só provoca a perda da dimensão ética das empresas, mas esquece também que o melhor investimento que se pode fazer é investir no povo, nas pessoas, nas suas famílias. O melhor investimento é criar oportunidades. A mentalidade dominante coloca o fluxo de pessoas ao serviço do fluxo de capitais, provocando em muitos casos a explo-

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ração dos trabalhadores, como se fossem objetos que se usam e jogam fora (cf. Enc. Laudato si’, 123). Deus pedirá contas aos escravagistas dos nossos dias, e nós devemos fazer todo o possível para que estas situações não ocorram mais. O fluxo do capital não pode determinar o fluxo e a vida das pessoas... Que mundo queremos deixar aos nossos filhos? Nisto, julgo que a grande maioria está de acordo. Eles são precisamente o nosso horizonte, são a nossa meta: por eles, hoje, devemos unir-nos e trabalhar. Se é sempre bom pensar no que gostaria de deixar aos meus filhos, também é uma boa medida pensar nos filhos dos outros. Que quer o México deixar aos seus filhos? Quer deixar-lhes uma recordação de exploração, de salários insuficientes, de pressão laboral? Ou deixar-lhes na memória a cultura de um trabalho digno, um teto decente e terra para trabalhar? Em qual cultura queremos ver nascer aqueles que virão depois de nós? Que atmosfera vão respirar? Um ar contaminado pela corrupção, a violência, a insegurança e desconfiança ou, pelo contrário, um ar capaz de gerar alternativas, gerar renovação e mudança? Sei que aquilo que proponho não é fácil, mas sei também que é pior deixar o futuro nas mãos da corrupção, da brutalidade, da falta de equidade. Sei que muitas vezes, numa negociação, não é fácil harmonizar todas as partes, mas sei também que é pior e acaba por fazer um dano maior a falta de negociação e a falta de avaliação. Sei que não é fácil viver de acordo num mundo cada vez mais competitivo, mas é pior deixar que o mundo competitivo acabe por determinar o destino dos povos. O lucro e o capital não são um bem superior ao homem, mas estão ao serviço do bem comum. E, quando o bem comum é forçado a estar ao serviço do lucro e o único a ganhar é o capital, a isto chama-se exclusão. Comecei por vos agradecer a oportunidade de estar juntos, agora quero convidar-vos a sonhar o México, a construir o México que os vossos filhos merecem; onde o pai tenha tempo para jogar com o seu filho, e a mãe tenha tempo para brincar com o seu filho. Isso conseguirão negociando, perdendo para que ganhe todos. Um México, onde não haja pessoas de primeira, segunda ou quarta classe, mas um México que saiba reconhecer no outro a dignidade de filho de Deus. A Guadalupana, que Se manifestou a Juan Diego demonstrando como os que aparentemente não contam sejam as suas testemunhas privilegiadas, vos ajude e acompanhe nesta construção.


A Igreja é Notícia

Comissão Nacional da CNBB lança o “Hora da Família” 2016

54º Assembleia Geral da CNBB

Temática central do subsídio está em sintonia com o Ano da Misericórdia, proclamado pelo papa Francisco. Com o tema “Misericórdia na Família: Dom e Missão”, o subsídio Hora da Família 2016 contém roteiros para sete encontros, além de celebrações como via-sacra em família, para o Dia dos Pais, dos Avós e das Mães. O material, produzido pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) e pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. Com uma proposta moderna e explicativa, o material é organizado de forma interativa, sugerindo encontros participativos e celebrativos, buscando envolver a comunidade, famílias, lideranças, crianças, jovens e adultos.

A Conferência Nacional do Bispos do Brasil – CNBB – esteve reunida entre os dias 06 e 15 de abril, em Aparecida, São Paulo. A Assembleia Geral é o órgão supremo da CNBB e uma expressão de colegialidade e corresponsabilidade dos bispos da Igreja no Brasil. É uma oportunidade para conhecer os colegas bispos e para partilhar as alegrias, projetos e preocupações. Na Assembleia foram tratados prioritariamente assuntos pastorais que envolvem a evangelização. O tema central deste ano foi sobre a missão do cristão leigo na Igreja e na sociedade. Deste estudo resultará um documento para subsidiar a Igreja.

A Irmã Dulce dormiu durante 30 anos em uma cadeira de madeira. Mas seu sacrifício maior foi a entrega da própria vida por amor aos mais pobres A beata irmã Dulce, muito reconhecida no Brasil pela grande obra de caridade que levou adiante em prol dos mais necessitados, dormiu durante 30 anos em uma cadeira de madeira. A penitência foi feita em ação de graças a Deus pela recuperação de sua irmã, Dulcinha, que, em 1955, tinha passado por uma gravidez de alto risco. A religiosa cumpriu sua promessa durante 30 anos com muita dificuldade, já que tinha um enfisema pulmonar. Em 1985, os médicos a convenceram a encerrar essa penitência – mas não foi fácil, porque a Irmã Dulce pretendia continuar fazendo o sacrifício. “O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós” (Irmã Dulce)

Papa Francisco pede libertação de Pe. Tom e de todos sequestrados em zonas de conflito No final da Oração do Regina Coeli, no domingo, 10 de abril, o Papa Francisco renovou seu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito, de maneira especial o Pe. Tom Uzhunnalil, sequestrado em 4 de março pelos terroristas muçulmanos que atacaram o convento das Missionárias da Caridade em Áden (Iêmen). “Na esperança a nós doada por Cristo ressuscitado, renovo o meu apelo pela libertação de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito armado; em particular desejo recordar o sacerdote salesiano Tom Uzhunnalil, sequestrado em Áden, no Iêmen, no último dia 4 de março”, expressou o Pontífice ante os fiéis presentes na Praça de São Pedro.

Luterana convertida à Igreja será declarada santa pelo Papa Francisco O Papa Francisco vai canonizar, no próximo dia 5 de junho, a religiosa sueca Maria Isabel Hesselblad. Nasceu no vilarejo de Faglavik, sudoeste da Suécia, no dia 4 de junho de 1870. Foi durante uma viagem a Bruxelas, enquanto acompanhava suas amigas católicas em um procissão do Santíssimo na Catedral de São Miguel e Santa Gudula, que Isabel teve um encontro pessoal com Jesus na Eucaristia. Em 15 de agosto de 1902, já com 32 anos, Isabel finalmente recebe o Batismo e mais tarde o sacramento da Confirmação e descobriu que devia dedicar toda a sua vida a rezar pela unidade dos cristãos. Em 1906, ela recebe a permissão do Papa São Pio X para tomar o hábito da Ordem do Santíssimo Salvador, fundada por Santa Brígida. Cinco anos depois, passados inúmeros percalços, ela consegue estabelecer em Roma uma casa das brigidinas, dando início a um novo ramo da comunidade.

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Opiniões que fazem opinião

Declaração da CNBB sobre o momento Nacional “Quem pratica a verdade aproxima-se da luz” (Jo 3,21).

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ós, bispos católicos do Brasil, reunidos em Aparecida, na 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), frente à profunda crise ética, política, econômica e institucional pela qual passa o país, trazemos, em nossas reflexões, orações e preocupações de pastores, todo o povo brasileiro, pois, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Gaudium et Spes, 1). Depois de vinte anos de regime de exceção, o Brasil retomou a experiência de um Estado democrático de direito. Os movimentos populares, organizações estudantis, operárias, camponesas, artísticas, religiosas, dentre outras, tiveram participação determinante nessa conquista. Desde então, o país vive um dos mais longos períodos democráticos da sua história republicana, no qual muitos acontecimentos ajudaram no fortalecimento da democracia brasileira. Entre eles, o movimento “Diretas Já!”, a elaboração da Carta Cidadã, a experiência das primeiras eleições diretas e outras mobilizações pacíficas. Neste momento, mais uma vez, o Brasil se defronta com uma conjuntura desafiadora. Vêm à tona escândalos de corrupção sem precedentes na história do país. É verdade que escândalos dessa natureza não tiveram início agora; entretanto, o que se revela no quadro atual tem conotações próprias e impacto devastador. São cifras que fogem à compreensão da maioria da população. Empresários, políticos, agentes públicos estão envolvidos num esquema que, além de imoral e criminoso, cobra seu preço. Quem paga pela corrupção? Certamente são os pobres, “os mártires da corrupção” (Papa Francisco). Como pastores, solidarizamo-nos com os sofrimentos do povo. As suspeitas de corrupção devem continuar sendo rigorosamente apuradas. Os acusados sejam julgados pelas instâncias competentes, respeitado o seu direito de defesa; os culpados, punidos e os danos, devidamente reparados, a fim de que sejam garantidas a transparência, a recuperação da credibilidade das instituições e restabelecida a justiça. A forma como se realizam as campanhas elei-

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torais favorece um fisiologismo que contribui fortemente para crises como a que o país está enfrentando neste momento. Uma das manifestações mais evidentes da crise atual é o processo de impeachment da Presidente da República. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil acompanha atentamente esse processo e espera o correto procedimento das instâncias competentes, respeitado o ordenamento jurídico do Estado democrático de direito. A crise atual evidencia a necessidade de uma autêntica e profunda reforma política, que assegure efetiva participação popular, favoreça a autonomia dos Poderes da República, restaure a credibilidade das instituições, assegure a governabilidade e garanta os direitos sociais. De acordo com a Constituição Federal, os três Poderes da República cumpram integralmente suas responsabilidades. O bem da nação requer de todos a superação de interesses pessoais, partidários e corporativistas. A polarização de posições ideológicas, em clima fortemente emocional, gera a perda de objetividade e pode levar a divisões e violências que ameaçam a paz social. Conclamamos o povo brasileiro a preservar os altos valores da convivência democrática, do respeito ao próximo, da tolerância e do sadio pluralismo, promovendo o debate político com serenidade. Manifestações populares pacíficas contribuem para o fortalecimento da democracia. Os meios de comunicação social têm o importante papel de informar e formar a opinião pública com fidelidade aos fatos e respeito à verdade. Acreditamos no diálogo, na sabedoria do povo brasileiro e no discernimento das lideranças na busca de caminhos que garantam a superação da atual crise e a preservação da paz em nosso país. “Todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a se preocupar com a construção de um mundo melhor” (Papa Francisco). Pedimos a oração de todos pela nossa Pátria. Do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, invocamos a bênção e a proteção de Deus sobre toda a nação brasileira. Aparecida – SP, 13 de abril de 2016.


1º Encontro

Círculos Bíblicos

Obra de misericórdia: rezar pelos vivos e pelos mortos Acolhida: Preparar uma mesa com a Bíblia, flores, crucifixo, e figuras de pessoas em oração. Animador/a: Irmãos e irmãs sejam bem vindos! O cristão autêntico busca sempre imitar seu Mestre – Jesus Cristo. Esta, porém, não é uma tarefa fácil, de modo especial quando se trata da oração. Em diversas citações bíblicas, percebemos que Jesus retira-se para rezar. E, quando em suprema angústia, pede aos discípulos que permaneçam em oração, estes encontram grandes dificuldades. Peçamos o auxílio divino para este momento de reflexão e oração. Em nome do Pai... Canto: Com Jesus, tudo pode ser mudado pela força da oração (2x) Tenha fé, acredite no poder de Deus, meu irmão (2x) ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: Nós somos muito voltados às nossas próprias necessidades e preocupações, contudo, uma das obras de misericórdia nos exorta à oração, pelos vivos e pelos mortos. ORAÇÃO INICIAL

Leitor/a 1: Rezemos o salmo 33. Todos: Procurei o Senhor e ele me atendeu! Glorificai comigo o Senhor! Leitor/a 2: Glorificai comigo o Senhor, juntos exaltemos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele me atendeu. Livrou-me de todos os temores. Leitor/a 3: Vede, este infeliz clamou e o Senhor o ouviu. De todas as angústias o livrou. Provai e vede como o Senhor é bom. Feliz o homem que se refugia nele.

Leitor/a 4: Guarda a tua língua do mal, e teus lábios de palavras enganosas. Aparta-te do mal e faze o bem; busca a paz e vai ao seu encalço. ESCUTANDO A PALAVRA

Leitor/a 1: Para Jesus, a oração constitui uma fonte de força e inspiração para seu trabalho. Sua ação missionária é sustentada pela constante intimidade com o Pai. Há uma perfeita coerência entre o que Jesus reza ao Pai e o que realiza. “Não vim fazer a minha vontade, mas a daquele que me enviou” (Jo 6,38). Canto: Aleluia, aleluia, a minh’alma abrirei / Aleluia, aleluia, Cristo é meu Rei. Leitor/a 2: Abramos o coração para acolher a Palavra de Deus: 2º Macabeus 12, 38-46. PARTILHANDO A PALAVRA

a) Judas Macabeu e seus companheiros puseram-se em oração pelos mortos. O que pediram a Deus? b) Leia novamente o versículo 42 e comente: que exortação fez Judas à multidão? Esta exortação vale para nós, hoje? REZANDO A PALAVRA

Animador/a: Sobre a importância da oração nos alerta o Papa Francisco: “Conservemos viva a nossa fé por meio da oração e dos Sacramentos; estejamos vigilantes, para não nos esquecermos de Deus”. Se não alimentamos o corpo morremos. E, quando não rezamos, não nos colocamos na presença de Deus, em oração, fragilizamos o espírito; enfraquecemos a vontade, deixamos de ser altru-

ístas, generosos, misericordiosos e ficamos indiferentes às necessidades do próximo. Leitor/a 1: Seguindo o conselho de Santo Agostinho: “É melhor falar com Deus, do que falar de Deus”, elevemos nossos pedidos: Todos: Pai misericordioso, acolhei nossa súplica! (Leitores espontâneos) - Pelo Papa e pelos ministros ordenados que conduzam a Igreja, segundo a vontade de Deus, rezemos: - Por todos os pecadores, a fim de que voltem seu coração para o Senhor e se convertam, rezemos: - Por todos os cristãos perseguidos, para que tenham sua fé fortalecida e que Cristo os recompense, rezemos: -Pelos governantes do país, do estado e do município para que governem em favor do povo e não dos seus próprios interesses, rezemos: - Pelas almas do purgatório, que alcançadas pela misericórdia divina, cheguem á Luz Eterna, rezemos: - (outras preces) ASSUMINDO A PALAVRA

Leitor/a 2: Em Filipenses 4,6 a Palavra de Deus diz: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, súplicas e ação de graças”. c) É assim que estou agindo? Como posso melhorar minha oração, meu contato com Deus? BÊNÇÃO FINAL

Animador/a: O Senhor volte para nós o seu olhar, nos dê sua paz, nos abençoe: Pai... Canto: Ensina teu povo a rezar, Maria, mãe de Jesus...

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Círculos Bíblicos

2º Encontro

Obras de misericórdia corporais: acolher e socorrer os irmãos necessitados

Acolhida: Preparar o ambiente com Bíblia, vela, imagem de Nossa Senhora, uma foto do rosto de Jesus, flores, cartaz com o tema do encontro.

Animador/a: Queridos Irmãos e Irmãs sejam bem-vindos ao nosso encontro. Neste mês dedicado a Maria, olhemos para o rosto materno da Mãe e também o rosto de seu Filho Jesus Cristo, que expressam a misericórdia do Pai. Sintamo-nos acolhidos/as e nos revistamos de muita alegria para contemplarmos juntos, a ação misericordiosa de Cristo que revelou nas bem-aventuranças: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” (Mt 5,7). Todos: Em nome do Pai... Canto: Imaculada, Maria de Deus... ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: Jesus Cristo sempre teve compaixão dos sofredores. Os Evangelhos relatam vários momentos em que Jesus acolhe, atende, socorre e liberta. Jesus se desdobrou em misericórdia para com o irmão e a irmã que sofre. João Batista exorta: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa.” (Lc 3,11). Vale lembrar que Maria, mesmo grávida, atravessou montanhas, para ajudar e colocar-se a serviço da sua prima Isabel, grávida de seis meses e idosa. É urgente de nossa parte uma postura orante e atuante diante da realidade que temos hoje. ORAÇÃO INICIAL Animador/a: O discípulo missionário acolhe a Palavra e a põe em prática. Ele escuta o Mestre, aquele que “embora fosse rico, se tornou pobre por causa de vocês, para com a sua pobreza enriquecer a vocês” (2

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Cor 8,9).

Leitor/a 1 – A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve chegar ao coração e à mente de cada pessoa. A Esposa de Cristo assume o comportamento do Filho de Deus, que vai ao encontro de todos sem excluir ninguém. Lado A – Onde tantos incentivam o PRECONCEITO, Lado B – Que nós pratiquemos a TOLERÂNCIA. Lado A – Onde tantos promovem a CONCENTRAÇÃO, Lado B – Que nós sejamos a PARTILHA. Lado A – Onde tantos sofrem o peso da INJUSTIÇA, Lado B – Que nós lutemos pela JUSTIÇA. Lado A – Onde tantos perderam a ESPERANÇA, Lado B - Que nós sejamos a LUZ! Todos: A tua ternura Senhor vem me abraçar... ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: Somos chamados a acolher e socorrer a pessoa humana que se apresenta a nós com vários rostos de sofrimento. Acolher na vida familiar, na convivência, no afeto, na dedicação de nosso tempo, na escuta; abrir espaços e encontrar meios de acolhida. As obras de misericórdia nos interpelam a socorrer sem preconceito. Ter misericórdia não é ter pena de alguém. É exercitar a compaixão, a solidariedade para com a necessidade do outro. Misericórdia é estar perto de quem sofre acolhê-lo e socorrê-lo, mesmo sem entender a extensão do sofrimento, pois a dor na carne é sentida verdadeiramente por quem está machucado. “Crescer

misericordiosos significa aprender a ser corajosos no amor prático e desinteressado”. (Papa Francisco). Canto: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar... Leitor/a 2 – Leitura de São Paulo 2 Cor 8,7-9.13-15 a) Quais são as frases no texto que chamam à atenção? b) Olhando para a comunidade de Corinto como nós estamos vivendo a misericórdia? REZANDO A PALAVRA Animador/a: Somos convidados a contemplar Cristo, que se fez pobre por amor dos homens. Peçamos a Deus que, pela intercessão de Maria, nos ajude a interiorizar esta resposta de São Paulo, para sabermos recorrer a Cristo e à Escritura e podermos fazer as nossas escolhas de acordo com a Palavra. Todos: Pai Nosso... Ave Maria ASSUMINDO A PALAVRA c) Que gesto concreto nosso grupo, dentro das Obras de Misericórdia Corporais, pode realizar nesta semana? BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Coloquemos a nossa mão no ombro da pessoa que está ao nosso lado. Rezemos por todos que necessitam da misericórdia do Pai. (Tempo de silêncio) Pela intercessão de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, peçamos ao Senhor que Ele nos abençoe. Pai, Filho, Espírito Santo. Amém!


Círculos Bíblicos

3º Encontro Visitar as famílias em dificuldade

Acolhida: Colocar sobre o altar o crucifixo, flores, vela, fotos de famílias que estão sofrendo e um pão grande para a partilha ao final. Animador/a: Famílias que vivem o amor são plenamente vivas e o caminho cristão é a melhor direção para encontrar o verdadeiro amor. O impulso missionário pelas famílias e com as famílias, se funda no mandamento do amor, e busca a edificação da Igreja e da sociedade para o bem de cada pessoa e de toda a humanidade. (Hora da Família 2015). Acolhamo-nos uns aos outros dizendo: “que bom que você veio” e juntos cantemos o Sinal da Cruz.

Canto: Que a família comece e termine sabendo onde vai e que o homem carregue nos ombros a graça de um pai que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor e que os filhos conheçam a força que brota do amor. Abençoa, Senhor, as famílias, amém! Abençoa, Senhor, a minha também. (2X) ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: As situações sócio-político-econômicas do mundo de hoje revelam desigualdades, injustiças, corrupções, abusos, violências e exclusões de todo tipo. Este não é o mundo que sonhamos e muito menos o mundo querido por Deus.

Leitor/a 1: Por mais que a vida humana seja preciosa, muitas pessoas não são reconhecidas, valorizadas e são colocadas à margem. É preciso ter quem as acolha e as ajude a reencontrar o verdadeiro valor da vida. As famílias e grupos cristãos devem ser fonte de misericórdia, segurança, ami-

zade e apoio nas inúmeras situações de sofrimentos.

ORAÇÃO INICIAL Lado A: Deus e Pai de todos nós, em Jesus, vosso Filho e Senhor Nosso, vós nos fizestes filhos e filhas na família da Igreja.

Lado B: Que a vossa graça e amor ajudem nossas famílias em todos os lugares do mundo a permanecerem unidas na fidelidade ao Evangelho. Lado A: Que o exemplo da Sagrada Família, com o auxílio de vosso Espírito Santo, guie todas as famílias, especialmente as mais atribuladas, para que sejam lares de comunhão e oração e sempre busquem vossa verdade e vivam em vosso amor. Todos: Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém! Jesus, Maria e José, rogai por nós! (Hora da Família 2015). ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: As famílias se tornam enfraquecidas quando o individualismo e o consumismo batem à nossa porta. Deixamos de viver a verdadeira aliança inaugurada por Jesus Cristo que é o mandamento do amor. Canto: Palavra de salvação, somente o céu tem pra dar. Por isso o meu coração se abre para escutar. Por mais difícil que seja seguir tua palavra queremos ouvir. Por mais difícil, de se praticar, tua palavra queremos guardar.

mos salvos? b) Como podemos viver uma fé prática em meio às famílias com dificuldade? REZANDO A PALAVRA Animador/a: Nosso mundo vive hoje não poucas contradições, seja em relação à vida ou a família, colocando diariamente as pessoas em situações de conflitos, exclusões e sofrimentos.

c) O que uma fé prática exige de nossa parte? Como gesto concreto, vamos nesta semana visitar uma família em dificuldade. Canto: A tua ternura Senhor, vem me abraçar. E a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração, eu quero sentir o calor de tuas mãos. ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Rezemos a oração do Pai Nosso, uma Ave Maria e o Glória por todas as famílias que estão passando por dificuldades, especialmente as mais atribuladas e que precisam de nossa visita e de nossa ajuda solidária. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, que Ele mostre sua face e tenha compaixão, que Ele volva o seu rosto e nos dê a Paz. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Canto: Pelas estradas da vida nunca sozinho está...

Leitor/a 1: Leitura da Carta de São Tiago 2, 14-18. PARTILHANDO A PALAVRA a) Conforme São Tiago, basta apenas acreditar para que seja-

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Círculos Bíblicos

4º Encontro

“Sejam, portanto, sóbrios e moderados!” (1 Pd 4,7) Acolhida: Preparar Bíblia, vela, crucifixo. Animador/a: Em nome de Jesus, sejam todas e todos bem-vindos! Coloquemo-nos na presença de Deus, Uno e Trino, cantando o Sinal da Cruz! Canto: O Povo de Deus... Animador/a: Uma das Obras de Misericórdia é a SOBRIEDADE. Isto é: viver de um jeito simples, modesto, sóbrio e solidário! Já disse o Livro do Eclesiástico e também São Paulo: Leitor/a 1: “Quem ama o ouro, não se conserva justo; e quem corre atrás de lucro, com ele se perderá! Muitos foram vítimas do ouro, e sua ruína foi inevitável!” (Ecl 31, 5 - 6). Todos: “Não trouxemos nada para o mundo, e dele nada podemos levar!” (1 Tm 6, 7). ORAÇÃO INICIAL

Salmo 49 Leitor/a 1: “Povos da terra! Habitantes do mundo inteiro! Todos, ricos e pobres, grandes e pequenos; prestem atenção! Ouvi o que vou dizer: Por que eu haveria de inquietar-me no tempo da privação, quando sentir de perto a maldade dos meus opressores? Esses que confiam na sua grande fortuna; que se gloriam na quantidade enorme das suas riquezas! Todos: Comprar a vida, ninguém compra! Ninguém poderá pagar a Deus o preço exigido, para viver sempre e escapar da morte! É alto demais este preço; nunca poderá cobri-lo! Morrer; todos morrem; o sábio e o louco! Vão todos juntos, deixando para os outros os seus bens! O cemitério será para sempre sua morada.

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Leitor/a 2: Não te inquietes, vendo que o outro se enriquece! Porque na sua morte não levará nada; sua riqueza não irá atrás dele! Ainda que, em vida, o tivessem elogiado: ‘Parabéns! Você soube viver!’ Irá juntar-se a todos os outros. Nunca mais verá a luz! Todos: Quanto a mim, Deus salvará a minha vida, tirando-me da morte e tomando-me consigo”! ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: Diz Papa Francisco: “O dinheiro deve servir e não governar! Riqueza só é bênção de Deus, se for partilhada!” Leitor/a 1: Quantas situações de precariedade e sofrimento, presentes no mundo atual! Quantas feridas, gravadas na carne de muitos, que não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos ricos!” Animador/a: E Papa Francisco continua, propondo um novo estilo de vida, simples, sóbrio e solidário: Leitor/a 2: “Quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. A obsessão por um estilo de vida consumista só poderá provocar violência e destruição! A sobriedade, porém, vivida livre e conscientemente, é libertadora! A espiritualidade cristã propõe uma vida sóbria e a capacidade de se alegrar com pouco. É possível necessitar de pouco e viver

muito e intensamente!” Todos: “Descobri que eu preciso de pouca coisa para ser feliz!” (Gandhi) ESCUTANDO A PALAVRA

Canto de aclamação Animador/a: “Sejam sóbrios e moderados!” Até na bebida! O vinho pode causar tanto alegria, quanto amargura! Leitor/a 3: Leitura do Livro Eclesiástico 31, 25-31 (ler 2 vezes) a) Nesta leitura, o que mais chamou sua atenção? Por quê? b) “Estou apenas observando quanta coisa que existe de que eu não preciso para ser feliz!” (Sócrates). Comente! ASSUMINDO A PALAVRA

Animador/a: Não é fácil viver de um jeito simples e sóbrio! A idolatria do deus-dinheiro fascina muita gente. Já disse o livro de Provérbios: Leitor/a 1: “A sanguessuga tem duas filhas, chamam-se: “Quero mias”, Quero mais”! Nunca diz: “Chega! Basta!” (Pr 30, 15). c) Que posso fazer para viver mais sóbrio? ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL

Todos: Senhor, Pai e Mãe, dá-nos hoje o pão de cada dia; isto é, o necessário para viver humana e dignamente! Não deixes faltar pão em nenhum lar! Não permitas que a ganância de alguns, arranque da boca de teus filhos e filhas, o pão a que todos e todas têm direito! Amém! Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai. Animador/a: Que o Deus da Vida nos proteja, nos guie e nos abençoe: PAI... Canto final e abraço.


Pergunte e Responderemos

A CNBB é comunista? Petista? N

« o dia 24 de março, durante as celebrações da quinta-feira santa, realizadas na Catedral da Sé, em São Paulo, uma mulher atacou o Cardeal Odilo Scherer, gritando que a CNBB é comunista. A meu ver, mais do que comunista, a cúpula da CNBB continua acreditando no PT, como prova a “Nota sobre o momento atual do Brasil”, divulgada no dia 10 de março. Nela se afirma que “o Congresso Nacional e os partidos políticos têm o dever ético de favorecer e fortificar a governabilidade” – já que (é a conclusão a que chego) a Presidente e os Ministros estão cumprindo com esta obrigação...». (Caio Machado de Souza). Prezado Caio, começo lembrando que, por se tratar de uma organização da Igreja Católica, jamais a CNBB poderá – ou deveria – ser vista como comunista, já que esta ideologia, em vários aspectos, é totalmente contrária à doutrina cristã e ao Evangelho. Quanto ao PT, não nego que, alguns bispos que, em 1980, lutaram para o nascimento de um partido político que levasse adiante os ideais de justiça, igualdade e solidariedade alimentados pela imensa maioria do povo brasileiro, continuem com esta esperança, acreditando que esse partido possa concretizá-la. Contudo, a meu ver, a acusação tem também outra razão, muito mais profunda e... cristã. Costuma-se dizer que o Continente Latino-americano foi batizado, mas não evangelizado. É por isso que, ao longo desses 500 anos, a maioria dos católicos foi motivada para uma fé mais “intimista” do que “comunitária”, mais voltada para o “templo” do que para a “sociedade”. Na verdade, rezar, participar de procissões, fazer promessas, etc. custa muito menos do que atuar decididamente por um Brasil mais justo e solidário e, consequentemente, menos corrupto e menos violento. Não nego: uma coisa completa a outra. Se nossas autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário fossem realmente cristãs, tudo seria mais fácil. Infelizmente, muitas delas, levadas pela ideologia marxista e pela mentalidade secularista cada dia mais em voga na sociedade, combatem a maior parte dos valores que sempre fizeram a grandeza das famílias e da pátria. Assim, juntamente com o descalabro das finanças e da política, o que se vê é também o descalabro dos valores humanos e cristãos. E, se estes desaparecem, salve-se quem puder! É o que percebemos também em outros países, como na França, a pátria da famosa Revolução que, em 1789, “redescobriu” a fraternidade, a igualdade e a liberdade. Na prática, o que é que ela fez até hoje senão insistir apenas na liberdade? Como sabemos, a liberdade sem igualdade social e, pior ainda, sem

fraternidade, pode ser vista como a causa principal da revolta que levou alguns radicais islâmicos a enfrentarem, em janeiro de 2015, o jornal satírico “Charlie Hebdo” e, onze meses depois, em novembro, a promoverem um novo ataque terrorista, matando quase 200 pessoas. Desde o seu primeiro escrito, a Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, publicada no dia 24 de novembro de 2013, o Papa Francisco pediu aos bispos, padres, diáconos e religiosos que não se confinassem nas sacristias: «Os Pastores, acolhendo as contribuições das diversas ciências, têm o direito de exprimir opiniões sobre tudo aquilo que diz respeito à vida das pessoas, dado que a tarefa da evangelização implica e exige uma promoção integral de cada ser humano. Não se pode afirmar que a religião deve limitar-se ao âmbito privado e serve apenas para preparar as almas para o céu. Sabemos que Deus deseja a felicidade dos seus filhos também nesta terra, embora estejam chamados à plenitude eterna, porque Ele criou todas as coisas “para nosso proveito” (1 Tm 6,17), para que todos possam usufruir delas. Por isso, a conversão cristã exige rever especialmente tudo o que diz respeito à ordem social e consecução do bem comum» (Nº 182). Imensa e maravilhosa é a missão do cristão que, levado pela força da fé, se sente escolhido por Deus para renovar a sociedade e a criação. É o que Francisco lembra logo a seguir: «Uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela. Amamos este magnífico planeta onde Deus nos colocou, e amamos a humanidade que o habita, com todos os seus dramas e cansaços, com os seus anseios e esperanças, com os seus valores e fragilidades. A terra é a nossa casa comum, e todos somos irmãos. Embora a justa ordem da sociedade e do Estado seja dever central da política, a Igreja não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça. Todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a preocupar-se com a construção dum mundo melhor» (Nº 183). E isso não porque estamos ligados a um partido político, mas porque somos cristãos! Dom Redovino Rizzardo, cs

Bispo Emérito

Envie sua pergunta para: redovinorizzardo@gmail.com

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Vida em família

O papel da mãe na criação dos filhos

E

ducar é colaborar com Deus, e é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais. Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. Por isso, educação não se recebe só na escola, mas principalmente em casa. Às vezes se ouve alguém dizer: “Ele é analfabeto, mas é muito educado”. Não adianta ser doutor e não saber tratar os outros como gente; não saber cumprir com a palavra dada; não se comportar bem; trair a esposa e os filhos; não ser gentil; não ser afável, etc. Sem dúvida, a educação é a melhor herança que os pais devem deixar aos filhos; esta ninguém pode lhes roubar nem destruir. O livro do Eclesiástico, capítulo 30, versículo 1, ensina aos genitores: “Aquele que ama o seu filho, corrige-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde”. A educação visa, principalmente, sobretudo colocar o homem no caminho do bem e da virtude, do qual ele sempre tende a se desviar. É aos pais que cabe, sobretudo, dar início a essa tarefa na vida dos filhos. A Igreja nos ensina que: “Pela graça do Sacramento do matrimônio os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os seus filhos. Por isso os iniciarão desde a tenra idade nos mistérios da fé, da qual são para os filhos os ‘primeiros arautos’ (LG,11). Associá-los-ão desde a primeira infância à vida da Igreja” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2225). A tarefa de educar, como dizia D. Bosco, “é obra do coração”, é obra do amor, por isso tem muito a ver com a mãe. Sem o carinho e a atenção dessa figura a criança certamente crescerá carente de afeto e desorientada para a vida. O povo diz que atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher, mas é preciso não esquecer que “esta mulher”, mais do que a esposa, é a mãe. É no colo da mãe que a criança precisa aprender o que é a fé, aprender a rezar e a amar a Deus e as pessoas. É no colo da mãe que o homem de amanhã deve aprender o que é a retidão, o caráter, a

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honestidade, a bondade, a pureza de coração. É no colo da mãe que a criança aprende a respeitar as pessoas, a ser gentil com os mais velhos, a ser humilde e simples e não desprezar ninguém. É no colo da mãe que o filho aprende a caridade, a vida pura da castidade, o domínio de todas as paixões desordenadas e a rejeitar todos os vícios. É a mãe, com seu jeito doce e suave, que vai retirando da sua plantinha que cresce a erva daninha da preguiça, da desobediência, da má-criação, dos gestos e palavras inconvenientes. É ela que vai lhe ensinando a perdoar, a superar os momentos de raiva sem revidar, a não ter inveja dos outros que têm mais bens e dinheiro. É a mãe que nas primeiras tarefas do lar lhe ensina o caminho redentor do trabalho e a responsabilidade. Até o Filho de Deus quis precisar de uma Mãe para cumprir a Sua missão de salvar a humanidade; e Ele fez o Seu primeiro milagre nas Bodas de Caná exatamente porque Ela lhe pediu. Por isso, cada mãe é um sinal de Maria, que ensina seu filho a viver de acordo com a vontade de Deus. Neste mundo, às vezes perverso, que penetra sorrateiro em nossas casas e insiste numa sistemática pregação de antivalores por algumas TVs, mais do que nunca é necessário uma mãe atenta para combater tudo aquilo que prejudica a educação dos seus filhos. Mais do que nunca ela precisa saber conquistá-los, não por aquilo que lhes dá, mas por aquilo que é para eles: amiga de todas as horas, consoladora. Saiba sempre corrigir o seu filho, mas que nunca seja com grosseria, com gritos ou com humilhações. E jamais o faça na frente dos outros. Se você conquistar o seu filho a ponto de ele ter um sagrado orgulho de tê-la como sua mãe, então, você poderá fazer dele o que desejar.

Prof. Felipe Aquino

Professor e Apresentador


A Igreja em serviço

Cursilho de Cristandade e o Quarto Dia Três anos após o fim da Guerra Civil, eis

que surgiu uma luz no horizonte. Da Espanha, para o mundo. O JACE (Juventude de Ação Católica Espanhola) após muita oração e desafios contínuos, realizaram na década de 50 uma peregrinação que não imaginavam tamanha estrada que seria construída, atravessando os cinco continentes. Em Santiago de Compostela surgira, então, o primeiro cursilho, palavra em espanhol que significa pequeno curso. Com a missão de evangelizar os ambientes, alicerçados no tripé oração, formação e ação. Vários cursilhos foram realizados e constatou-se bons resultados e que o movimento realmente podia trazer uma solução universal à ação evangelizadora, pois se apresentava como uma resposta a diferentes pessoas (jovens e adultos, próximos ou distantes da religião) e as diferentes realidades sociais. No Brasil, o MCC se iniciou na Semana Santa de Valinhos (SP) e se espalhou pelas terras de Santa Cruz, alcançando então o MS. De Campo Grande, os dois primeiros cursilhos da Diocese de Dourados aconteceram na Escola Imaculada Conceição. Até hoje, mais de 10 mil pessoas entre adolescentes, jovens e adultos passaram pelo MCC nesta diocese. A família MCC de divide em três ramos: Decolores (14-17 anos), Jovens (18 a 30 anos) e Adultos (este último em retiro separado para homens e mulheres, acima de 30 anos, sendo possível a participação de jovens vivenciando o estado matrimonial, adultos em segunda união ou separados). A abertura do coração é a peça

fundamental para bem vivenciar o cursilho, por isso o cursilho, na fase adulta, é separado para homens e mulheres. Vários sacerdotes ajudam o MCC a caminhar espiritualmente. Padre Duvílio, hoje residindo no RS, é um sacerdote que marcou com sua simplicidade, força de vontade e que encorajou por vários anos a todos com suas palavras e orações. Dom Redovino, hoje bispo emérito, não mediu esforços para alavancar o MCC na Diocese. Atualmente, o MCC conta com a direção espiritual do Padre Alex Dias (Decolores), Padre Toninho Maria (Jovens) e o Padre Rubens dos Santos (Adultos). Há ainda a divisão setorial, com seus respectivos coordenadores para cada ramo do MCC. O MCC é um movimento que trabalha a família: ser um melhor esposo, uma melhor esposa, um melhor filho ou filha, ser fermento e luz em todos os lugares aonde for. Toda semana há as escolas vivenciais para os três ramos, as equipes de trabalho se preparam com antecedência para os retiros e além de tudo isso, a ação é o ponto de destaque no movimento, mostrando o rosto MCC para as comunidades e para as pessoas que mais precisam, tanto do alimento espiritual como corporal. No mês passado, aconteceu o 111º cursilho para homens (1 a 3), para mulheres (8 a 10) e o 33º para Jovens (21 a 24). Neste mês, acontecerá o 28º Decolores (13 a 15). Aos novos cursistas, o pedido do Papa Francisco: “Nunca se cansem de procurar os chamados afastados. Mas para ajudarem os outros a crescerem na fé, é necessário experimentar na primeira pessoa a bondade e a ternura de Deus. Encorajo-vos a seguirem sempre além, fiéis ao seu carisma e terem a coragem de chegar a todas as periferias.”

Gabriel Fernandes

Os retiros serão realizados em breve na Casa do Cursilho e da Acolhida, que está em fase final de construção.

Apresentador do programa Sintonia da Paz na Rádio Coração 95,7 FM aos sábados, 13h.

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A Diocese em Revista

Exemplo de Solidariedade: Campanha “Abra seu coração” Cáritas e CNBB

A respeito da Campanha Emergencial da Cáritas e CNBB “Abra seu coração” – ação de solidariedade aos migrantes e refugiados, a Cáritas Diocesana de Dourados visitou no dia de 12 de abril, uma das mais fiéis doadoras das campanhas emergenciais motivadas pela Cáritas em favor dos mais necessitados e sobreviventes de catástrofes naturais e sociais. Dona Ignês Z. Rossi (aposentada), é um exemplo de solidariedade, de caridade e amor ao próximo. Desde de 2013 ela colabora mensalmente com essas campanhas solidárias, motivadas pela Cáritas Diocesana de Dourados, desde então, com suas doações já ajudou inúmeras pessoas do mundo todo: ao socorro às vítimas do Tufão Haiyan nas Filipinas, através da campanha (SOS Filipinas), aos desabrigados pelas enchentes no sudeste brasileiro, aos sobreviventes da Guerra da Síria (SOS Síria), apoiou também os projetos de socorro às pessoas de extrema pobreza da África (SOS África), aos sobreviventes do terremoto no Haiti (SOS Haiti), às vítimas das enchentes do rio acre da região norte (SOS Enchente Rio Acre), a recuperação e apoio as famílias que sofreram com a catástrofe de Mariana – MG, dentre muitas outras. E atualmente, D. Ignês, mais uma vez, está prestando sua solidariedade aos refugiados/as e migrantes do Brasil, através da Campanha da Cáritas, em parceria com a CNBB “Abra seu coração”. Quando perguntada sobre quais os motivos pelos quais a mesma faz essas doações mensais à essas campanhas sociais e o porquê da escolha da Cáritas como mediadora, a mesma respondeu que: “Escolho a Cáritas por ser mais prática para colaborar e principalmente por saber que a Cáritas é uma entidade responsável com as doações e sempre dá a destinação correta a elas, com transparência. Eu senti a necessidade de fazer alguma coisa para os irmãozinhos que sofrem. Então, nada melhor do que a Cáritas né?!” São exemplos de pessoas como D. Ignês que percebemos como a solidariedade e a caridade são tão importantes na luta pelo combate às desigualdades sociais e no alento àqueles que sofrem. Por isso, mais uma vez pedimos a sua atenção a essa campanha tão importante, abraçada pela Cáritas e CNBB. Ajude a transformar essa realidade cruel pela qual os nossos irmãos refugiados/ as e migrantes passam. Participe desse gesto de solidariedade, faça sua doação!

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Formação Litúrgica Duração do Processo Formativo: 3 anos Investimento: R$ 200,00 por disciplina (incluso: hospedagem, material e assessoria) Início: Sexta-feira às 19h30 Término: Sábado às 19h Local: IPAD Inscrições pelo site da Diocese: www.diocesededourados.com.br ou Livraria Damasco Informações: (67) 3422-6910 E-mail: fernandolorenz@hotmail.com

Conteúdo Programático I. Etapa 1. Ciência Litúrgica e Formação Litúrgica 2. As diversas abordagens sobre a Liturgia 3. Teologia Litúrgica II. Etapa 4. História da Liturgia 5. Antropologia Litúrgica 6. Metodologia Litúrgica III. Etapa 7. Bíblia e Liturgia 8. Eclesiologia e Liturgia 9. Mariologia e Liturgia 10. Sociologia e Liturgia 11. Ética Cristã e Liturgia

29 e 30/04 24 e 25/06 05 e 06/08 04 e 05/11

IV. Etapa 12. História e Teologia da Arte Sacra 13. Espiritualidade Litúrgica 14. Ano Litúrgico 15. Direito litúrgico V. Etapa 16. Pastoral Litúrgica 17. A música nos sacramentos 18. Comunicação na Liturgia 19. Catequese e Liturgia VI. Especialização 20. Celebração do Batismo 21. Celebração do Matrimônio 22. Celebração da Palavra


A Diocese em Revista Dourados, 3 de abril: Missa em Ação de graças aos 25 anos do seminário Sagrado Coração de Jesus, na Catedral.

Dourados, 3 de abril: Retiro do RCC, na Capela Santa Cruz.

Dourados, 3 de abril: Missa em ação de graças ao aniversário do padre Fernando Lorenz, na Catedral.

07 de abril: em Missa Núncio Apostólico no Brasil acolhe novos Bispos.

Vila São Pedro, 8 a 10 de abril: 23º Despertar. Participaram 121 jovens (72 despertados e 49).

Aparecida/SP: 54º Assembleia Geral dos Bispos.

Dourados, 9 de abril: Espiritualidade do Apostolado da Oração, Forania Leste.

Dourados, 9 de abril: Jantar do jubileu de prata do seminário Sagrado Coração de Jesus, na Paróquia São Carlos.

Dourados, 10 de abril: Encerramento do Cursilho de Cristandade, no IPAD.

Dourados, 10 de abril: Retiro de Casais, na Paróquia São João Batista.

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Fatos em foco

Ponta Porã, 12 de março: Posse de Pe. Gilmar Fornasier, na paróquia São Vicente de Paulo.

Indápolis, dia 13 de março: Posse do Pe. Amercio, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Bonito, 14 a 17 de março: Retiro do Clero.

Fátima do Sul, dia 19 de março: Posse do Pe. Ademir, na paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Dourados, 21 de março: Missa dos Santos Óleos, na Catedral. Dourados, 20 de março: Missa de Ramos, na Catedral.

Dourados, 25 de março: Celebração Sexta Feira Santa/ Adoração a Santa Cruz, na Catedral.

Dourados, 24 de março: Missa do Lava-Pés

Dourados, 27 de março: Missa de Páscoa e também em ação de graças aos 15 anos de Episcopado de Dom Redovino. na Catedral

Dourados, 26 de março Missa do Sábado Santo, na Catedral.

Dourados, 29 a 30 de março: Assembleia da Vida Religiosa Consagrada, no IPAD.

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Dourados, 10 de abril: Missa Vocacional, na Paróquia Bom Jesus.


Fique por dentro!

Agenda Diocesana 01- Festa do Padroeiro da Paróquia São José Operário, em Dourados - Formação para Ministros Novos nas foranias de Dourados na paróquia São João Batista 07 - Crismas em Dourados (Paróquia Nossa Senhora de Fátima) 08 - Crismas em Dourados (Paróquia Santa Terezinha) 13 - Festa da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Fátima do Sul – DeColores, no IPAD 14 - Crismas em Ponta Porã (Paróquia São José) – DeColores, no IPAD 15 - Crismas em Ponta Porã (Paróquia Divino Espírito Santo e Paróquia São José) – DeColores, no IPAD 18 / 20 - Formação Permanente para padres, diáconos

e religiosos/as, no IPAD 20 / 21– Escola Catequética Diocesana, no IPAD 21- Crisma em Itamarati 22 - Festa da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Amambai - Formação para Ministros Novos nas foranias de Rio Brilhante e de Glória de Dourados, em Rio Brilhante 28 / 29 - Retiro das Equipes de Nossa Senhora, no IPAD 29 - Festa da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, em Vicentina – Formação para Ministros Atuantes na Forania de Amambai, em Caarapó

Datas Significativas 01 - São José Operário 06 - São Domingos Sávio 08 - Ascensão do Senhor / Dia das Mães 15 - Pentecostes

Religiosos/as Nascimento 04. Ir. Gema Menegat, isj 06. Ir. Marlene Odila Thomazini, iascj 08. Ir. Maria Beatriz Medeiros, sjs 11. Ir. Maria Aparecida Betoni, fpcc 12. Ir. Teresinha Maria Schlindwein, cifsj 12. Ir. Elaine Silva Freitas 14. Ir. Pier Luiza Weber, imc 25. Ir. Neusa Maria do Menino Jesus e S. José, osc 31. Ir. Janete Rosane Rojek, fpcc Profissão dos Votos 01. Ir. Maria Ângela do S. Sacramento, osc 05. Ir. Ellen Maria do Coração de Jesus, fpss 06. Ir. Olga Manosso, isj 07. Ir. Agraciata do D. C. da V. Mãe de Deus, fpss 07. Ir. Tereza Maria Vitoria da Cruz, fpss 11. Ir. Maria Pierina Comim, mesc 19. Ir. Ana Maria do Coração Amoroso do Pai, fpss 19. Ir. Cleonice Maria Serva do Amor, fpss 19. Ir. Meire de Cristo Sumo e Eterno Bem, fpss 20. Ir. Maria Beatriz de Cristo Rei, osc 22. Ir. Lisadele Mantoet, imc 31. Ir. Ir. Safira Maria de Cristo Rei, fpss 31. Ir. Hosana Maria da Misericórdia Eucarística, fpss

22 - Santíssima Trindade / Santa Rita de Cássia 26 - Corpus Christi 27 - São Frei Galvão 31 - São Félix de Nicosia

Aniversariantes Padres e Diáconos

Nascimento 05. Fr. Monízio Silvio de Campos, ofm 07. Pe. Miguel N. Netto, cssr 12. Pe. Adriano Stevanelli 12. Pe. Nereu Borin, sac 14. Diác. Rogério da Silva Rosário 17. Diác. Nilson Domingos 20. Diác. Carlos Alberto Afonso 22. Diác. Zenildo José da Silva 24. Pe. Valmor D. Righi, sac 26. Pe. Jander da Silva Santos Ordenação 06. Diácono Carlos Alberto Afonso 15. Pe. Amércio Rezende de Oliveira 30. Pe. Angel F. C. Vicente, ive 30. Pe. Jander da Silva Santos 31. Pe. Neuton Cesar Vieira 31. Pe. Odair José D. Boscolo, sjs

Maio de 2016 19



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