Ano XXXVI - nº 406 - Outubro/2016
Distribuição Gratuita. Venda proibida.
A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração
APRESENTAÇÃO: Caríssimos leitores! Um novo mês inicia-se e, junto com ele, gostaríamos de apresentar-vos a Revista Elo com a cara nova. Pensamos que um novo formato – mais claro e dinâmico – fosse do agrado de todos os nossos leitores. O mês de outubro é um mês que nos convida a continuarmos a refletir sobre o nosso chamado a ser cristãos autênticos, capazes de ir ao encontro do outro. Na página A Palavra do Pastor (p. 3) Dom Henrique nos recorda o nosso chamado Missionário, que recebemos no nosso batismo. A Palavra de Vida (p. 4) deste mês, nos reafirma que a misericórdia e a oração é a forma de responder as ofensas, vale a pena conferir a reflexão feita pelo Pe. Fabio Ciardi. A Palavra de Deus se espelha no Testemunho de Vida dos santos e santas de Deus, neste mês o Testemunho de Vida retrata a história de Santa Margarida Maria Alacoque, uma grande propagadora da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da nossa diocese. O tema da misericórdia retorna em nossa revista neste mês na página a Palavra do Papa. Com 5 pontos, o Papa Francisco nos faz refletir sobre os obstáculos que nos impedem de sentir a presença de Deus. Temos também um questionamento relacionado à questão política que estamos vivendo no nosso país, um texto muito claro de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte – MG. Outubro é também o mês que comemoramos o dia da padroeira e rainha do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Neste mês teremos a abertura do Ano Mariano (p. 7) em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de terracota nas águas do rio Paraíba. Poderemos aprofundar o tema mariano e missionário nos encontros do Círculo Bíblico (p. 9-12), preparado pela equipe da Revista Elo. No dia 12 de outubro comemoramos também o dia das crianças, por esse motivo pensamos que seria interessante pensar em nossas crianças e no uso das tecnologias (p. 14), como podemos ajudar os pequeninos e a usarem bem os meios tecnológicos, que hoje tomam mais espaço na vida das nossas crianças. As crianças nos presenteiam com um belo exemplo de evangelização e missionariedade. A Infância Missionaria é uma forma de conscientizar e de envolver as crianças no âmbito da comunidade cristã. A Igreja em Serviço (p. 15) nos traz um resumo desta bela realidade, que nasceu na França em 1843. Enfim, não nos resta outro que desejar uma boa leitura a todos. Que a Revista Elo deste mês nos ajude a prosseguir sempre avante, no projeto de Amor que Deus tem para cada um de nós. Abraço fraterno! Pe. Marcos Roberto P. Silva
padremarcosrobertop.silva@gmail.com
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ÍNDICE
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A PALAVRA DO PASTOR
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PALAVRA DE VIDA
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TESTEMUNHO DE VIDA
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Discípulo Missionário a partir de Cristo!
“Perdoa ao próximo que te prejudicou: assim quando orares, teus pecados serão perdoados” (Eclo 28,2)
Santa Margarida Maria Alacoque
A PALAVRA DO PAPA
Papa lista 5 obstáculos que impedem de sentir a presença de Deus
OPINIÕES QUE FAZEM OPINIÃO
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Perplexidades Cidadãs
09
CÍRCULOS BÍBLICOS
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PERGUNTE E RESPONDEREMOS
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Intolerância religiosa
VIDA EM FAMÍLIA
Uso da tecnologia por crianças: benefício ou perda da infância?
A IGREJA EM SERVIÇO
Crianças, protagonistas da evangelização
A DIOCESE EM REVISTA CRIANÇAS EM FOCO FIQUE POR DENTRO! PATROCINADORES
EXPEDIENTE Revista Elo - Outubro/2016 - Ano XXXVI - nº 406 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Equipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Andreia Ramos; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria. Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesededourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesededourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.160 exemplares
A PALAVRA DO PASTOR
DISCÍPULO MISSIONÁRIO A PARTIR DE CRISTO! Aos queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus, que todos os meses nos encontramos através desta Revista ELO, Graça e Paz. No mês de outubro, dentro do Ano Litúrgico, refletiremos sobre Missão: Mês Missionário. Resposta ao Chamado de Deus a cada um de nós. Fazendo uma pequena retrospectiva, vamos perceber que nos meses de agosto, setembro e outubro celebra-se o CHAMADO de Deus em nossas vidas. Vejamos, em agosto celebramos todas as VOCAÇÕES. No primeiro domingo celebramos a vocação Diaconal/ Presbiteral, chamado de Ministérios Ordenados; no segundo domingo celebramos a vocação dos Pais e junto dela a SEMANA NACIONAL DE ORAÇÕES PELA VOCAÇÃO DA FAMÍLIA; no terceiro domingo, a vocação para a Vida Religiosa e Consagrada, à qual estão formadas e representadas por inúmeras Congregações religiosas masculinas e femininas, e os de Vida Consagrada, também masculina e feminina; no quarto domingo celebramos a vocação do CATEQUISTA E A DE TODOS OS CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS engajados através das Pastorais, Movimentos e Serviços, na vida da Igreja de Jesus Cristo. No mês de setembro refletimos sobre a PALAVRA DE DEUS, A BÍBLIA. Quando sentimos o chamado de Deus em nossas vidas podemos nos sentir angustiados, indecisos, sem saber que rumo tomar. A Palavra de Deus ilumina o CHAMADO em nossa vida. É meditando, contemplando e rezando a Palavra no dia a dia, que iremos entender o que Ele quer de nós, na missão de anunciarmos a Boa Nova do Senhor Jesus. A palavra de Deus é luz que reflete, ilumina, alimenta, nos traz paz interior e nos impulsiona à Missão. O mês de outubro vem em sintonia com os dois meses anteriores. Pois, toda a liturgia estará voltada para os aspectos missionários da Igreja. A resposta ao chamado de Deus. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil tem assumido essa dimensão missionária de maneira mais aprofundada desde 2007, quando aconteceu a V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe em Aparecida-SP. Dessa Conferência saiu um documento riquíssimo, que nos ajuda a refletir a caminhada da Igreja, hoje de maneira mais missionária. O Documento de Aparecida tem uma expressão muito forte para aqueles que querem seguir Jesus mais de perto e incentivar a outros a fazerem o mesmo, ser Discípulo Missionário de Jesus Cristo. Esta expressão cabe a todos nós batizados. Discípulo, aquele que escuta Jesus através da Palavra meditada, rezada e contemplada. Missionário, aquele
que anuncia o que ouviu de Jesus, através da oração, meditação, contemplação. Assim se esforçará para falar o que ouviu de Cristo e não suas próprias ideias. É muito significativo o sentido desta expressão a cada um de nós. Nos faz refletir muito o como estamos respondendo ao chamado de Deus, através da missão. Esse espírito do Discípulo Missionário de Cristo tem motivado a Igreja do Brasil a buscar novos métodos de Evangelização, bem como as Santas Missões Populares, o novo método na Catequese a partir do Documento de Estudos da CNBB, INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ. A catequese se torna mais envolvente entre os catequistas, catequizandos, pais e familiares e a Comunida/Paróquia. Tudo com enfoque missionário, fazendo com que os catequizandos estejam mais próximos da vida da Igreja como um todo: Histórica, Mística e Missionária. Junto com a dinâmica e o trabalho das Santas Missões Populares, criou-se a Setorização, um jeito de Igreja em Saída. Famílias visitando famílias, rezando com ela, formando pequenos grupos dentro de uma Comunidade/Paróquia, fazendo com que ela, esteja mais próxima das pessoas distantes da mesma. Que essas famílias/ pessoas possam sentir-se mais próximas do Evangelho de Cristo e de Sua Igreja! É um grande desafio, pois vai em contrapartida com o jeito do mundo contemporâneo, o fechamento, o isolamento e o individualismo. Porém, esse modelo do mundo não traz paz interior. Somos criados por Deus para nos amar, conviver, nos ajudarmos mutuamente, enfim ser Família Missionária de Deus no Mundo. O Papa Francisco tem nos motivado muito para uma Igreja Missionária: uma Igreja em saída. Vamos continuar atentos ao CHAMADO de Deus em nossas vidas e responder à Luz de Sua Palavra, para sermos Discípulos Missionários de Jesus Cristo. Bom Mês Missionário a todos. Juntos, somos uma Igreja forte, uma Igreja Missionária de Cristo Jesus. Sagrado Coração de Jesus: Nós temos Confiança em Vós!
Dom Henrique A. de Lima, CSsR
Bispo Diocesano
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PALAVRA DE VIDA
“PERDOA AO PRÓXIMO QUE TE PREJUDICOU: ASSIM QUANDO ORARES, TEUS PECADOS SERÃO PERDOADOS” (Eclo 28, 2)
Em uma sociedade violenta como esta em que vivemos, é difícil abordar um assunto como o do perdão. Como é possível perdoar a quem destruiu uma família, a quem cometeu crimes bárbaros ou a quem, mais simplesmente, atingiu nossa honra em questões pessoais, arruinando a nossa carreira, traindo a nossa confiança? A primeira reação instintiva é a vingança, é pagar o mal com o mal, desencadeando uma espiral de ódio e agressividade que torna a sociedade cada vez mais violenta. Ou então, é cortar todo tipo de relacionamento, guardar rancor e aversão, numa atitude que deixa a vida amargurada e as relações envenenadas. A Palavra de Deus irrompe com força nas mais variadas situações de conflito e propõe, sem meios termos, a solução mais difícil e corajosa: perdoar. Desta vez, quem nos faz chegar esse convite é um sábio do antigo povo de Israel, Ben Sirac. Ele mostra como é absurdo uma pessoa dirigir a Deus um pedido de perdão, quando ela mesma não sabe perdoar. Num antigo texto da tradição hebraica lemos: «A quem é que Deus perdoa os pecados? Àquele que, por sua vez, sabe perdoar». Foi isso que o próprio Jesus nos ensinou, na oração que dirigimos ao Pai: «Pai, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». Também nós erramos, e cada
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vez que isso ocorre, gostaríamos de ser perdoados! Suplicamos e esperamos que nos deem uma nova chance de recomeçar, que nos considerem ainda dignos de confiança. Se isso acontece conosco, será que também não acontece com os outros? Não devemos amar o próximo como a nós mesmos? Chiara Lubich, que continua inspirando a nossa compreensão da Palavra, comenta assim o convite ao perdão: Perdoar «não é esquecer, o que muitas vezes sig-
nifica não querer olhar de frente a realidade. Perdoar não é mostrar fraqueza, ou seja, fechar os olhos diante de uma atitude injusta, com medo do outro que a cometeu, por ser ele mais forte. O perdão não consiste em considerar sem importância aquilo que é grave, ou dizer que é bom aquilo que é mau. O perdão não é indiferença. O perdão é um ato de vontade e de lucidez, portanto de liberdade, que consiste em acolher o irmão tal como ele é, apesar do mal que praticou contra nós, do mesmo modo que Deus acolhe a nós, pecadores, apesar dos nos-
sos defeitos. O perdão consiste em não responder à ofensa com ofensa, mas em fazer aquilo que diz Paulo: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem”». O perdão consiste em abrir, a quem comete uma injustiça contra você, a possibilidade de um novo relacionamento; portanto, a possibilidade, para ele e para você, de recomeçar a vida, de ter um futuro em que o mal não tenha a última palavra. A Palavra de Vida nos ajudará a resistir à tentação de responder na mesma altura, de pagar o mal com o mal. Ela nos ajudará a ver com olhos novos aquele que tem inimizade contra nós, reconhecendo nele um irmão, ainda que mau, um irmão que precisa de alguém que o ame e o ajude a mudar. Será essa a nossa “vingança de amor”. «Vocês dirão: “Mas isso é difícil” – continua Chiara no seu comentário –. “É lógico. Mas essa é a beleza do cristianismo. Não por acaso você é discípulo de um Deus que, morrendo na cruz, pediu a seu Pai o perdão para aqueles que o tinham levado à morte. Coragem! Comece uma vida dessa qualidade. Asseguro que encontrará uma paz nunca antes experimentada e muita alegria, ainda desconhecida».
Pe. Fábio Ciardi
TESTEMUNHO DE VIDA
SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE Por ocasião de sua elevação à condição de Diocese, em 1957, o Papa Pio XII deu a Dourados, como padroeiro e modelo, o Sagrado Coração de Jesus. Nada mais natural, portanto, que, pelo menos uma vez, a revista diocesana escolha, como “Testemunho de Vida”, uma santa que muito trabalhou pela implantação desta devoção na Igreja: Santa Margarida Maria Alacoque. Última entre cinco irmãos, ela nasceu no dia 22 de agosto de 1647, na França. Foi batizada três dias após o nascimento por seu tio, Pe. Antônio. Seu pai era juiz e tabelião, e morreu quando Margarida ainda era muito jovem. Após a morte do pai, ela foi morar com a família de um tio, mudança que lhe trouxe muitas humilhações. Margarida viveu num período da Igreja dominado – pelo menos na França – por uma doutrina conhecida como “jansenismo”: tratava-se de uma maneira de viver o cristianismo baseado muito mais no rigorismo do que do amor, o que afastava os fiéis da recepção dos sacramentos. Deus era apresentado como um juiz distante, insensível e sempre “chateado” com os pecados do povo. Com a devoção ao Coração de Jesus, Margarida tentou reverter essa situação. Tudo começou no dia 27 de dezembro de 1673, festa de São João Evangelista, o apóstolo que mais parece ter descoberto a identidade de Deus: o amor. Ela estava com 25 anos. Fazia dois anos que ingressara, em Paray-le-Monial, na Congregação da Visitação, fundada por São Francisco de Sales. Recolhida em oração diante do Santíssimo Sacramento, teve a graça da primeira manifestação
visível de Jesus, que se repetiria por outros dois anos, toda primeira sexta-feira do mês. Puseram-na de ajudante de uma religiosa que, de caráter muito forte, se desesperava ao ver que Margarida era tranquila e calada. Uma de suas companheiras de noviciado deixou escrito: «Margarida deu sempre bom exemplo às irmãs por sua caridade; jamais disse uma só palavra que pudesse ofender a alguém. Demonstrava uma grande paciência ao suportar as duras reprimendas e humilhações que recebia frequentemente». Em 1675, logo após a solenidade do Corpo de Deus, Jesus se manifestou a ela com o peito aberto e, apontando com o dedo para seu coração, exclamou: «Eis o Coração que amou tanto os homens a ponto de nada poupar, até se exaurir e consumir para lhes demonstrar o seu amor. Em troca, não recebo senão ingratidão da maior parte deles». Durante 18 meses, Jesus apareceu à jovem religiosa. Numa das ocasiões, pediu-lhe que fosse celebrada a festa do seu Coração cada ano, na sexta-feira da semana seguinte à solenidade do Corpo e o Sangue de Cristo. Ao falar dessas visões, Margarida passou por incompreensões e julgamentos precipitados. Foi, então, escolhido o jesuíta, São Cláudio de la Colombiére – canonizado pelo Papa São João Paulo II, em 1992 – para acompanhá-la e guiá-la no caminho da santidade, tarefa que ele executou admiravelmente. Nos últimos anos de sua breve
vida, Margarida foi nomeada mestra de noviças, a quem procurou incutir a verdadeira devoção ao Sagrado Coração, sobretudo revivendo a bondade e a humildade de Jesus com os irmãos e confiando totalmente nele. O progresso na santidade foi visível. Através do Pe. Cláudio de La Colombiére, os jesuítas passaram a comprovar que, nas casas onde se praticava a devoção ao Coração do Jesus, as pessoas se tornavam mais fervorosas. Foi assim que eles acabaram sendo seus grandes propagadores, até os dias atuais. Margarida faleceu no dia 17 de outubro de 1690, aos 43 anos de idade. Foi canonizada pelo Papa Bento XV em 1920, mas a data da sua festa foi antecipada de um dia para não coincidir com a de Santo Inácio de Antioquia. Numa de suas conversas com Jesus, Margarida lhe perguntou: «Por que você não escolhe outra pessoa, que seja santa, para propagar estas mensagens tão importantes? Eu sou muito pecadora e muito fria para amar a meu Deus». Jesus lhe respondeu: «Escolhi a ti, que és um abismo de miséria, para que apareça mais claramente o meu poder. E quanto à sua frieza para amar a Deus, te dou de presente uma chama do amor de meu Coração». E em outra ocasião, para fazer frente aos males causados na Igreja pelo jansenismo, lhe disse: «Se quiser me agradar, confie em mim. Se quiser me agradar mais, confie mais. Se quiser me agradar imensamente, confie imensamente em mim».
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A PALAVRA DO PAPA
PAPA LISTA 5 OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM DE SENTIR A PRESENÇA DE DEUS Ao presidir a Audiência Geral desta quarta-feira, 7 de setembro, o Papa Francisco lembrou que é a misericórdia que salva, por meio de Jesus Cristo, que não veio para punir os pecadores, mas chamá-los à conversão. “Deus não mandou seu Filho ao mundo para punir os pecadores muito menos para destruir os maus. A eles é feito o convite à conversão para que, vendo os sinais da bondade divina, possam reencontrar a estrada do retorno”. Ao recordar novamente o Evangelho de Mateus, no trecho em que Jesus diz “bem-aventurado aquele que não vê em mim motivo de escândalo”, o Papa explicou que “escândalo significa obstáculo”. “A advertência de Jesus é sempre atual: também hoje o homem constrói imagens de Deus que lhe impede de sentir a sua real presença”. A partir desse aviso, Francisco elencou 5 destes obstáculos atuais: 1.“Alguns tecem uma fé ‘faça você mesmo’ que reduz Deus ao espaço limitado dos próprios desejos e das próprias convicções. Mas esta fé não é conversão ao Senhor que se revela, ao contrário, impede-O de provocar a nossa vida e a nossa consciência”.
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2. “Outros reduzem Deus a um falso ídolo; usam seu santo nome para justificar os próprios interesses ou até mesmo o ódio e a violência”. 3. “Para outros, Deus é somente um refúgio psicológico, no qual estar seguro nos momentos difíceis: trata-se de uma fé dobrada em si mesma, impermeável à força do amor misericordioso de Jesus, que conduz em direção aos irmãos”. 4. “Outros ainda consideram Cristo somente um bom mestre de ensinamentos éticos, um entre tantos na história”. 5. “Finalmente, há quem sufoca a fé em uma relação puramente intimista com Jesus, anulando o seu impulso missionário, capaz de transformar o mundo e a história. Nós, cristãos, acreditamos no Deus de Jesus Cristo, e o seu desejo é aquele de crescer na experiência viva do seu mistério de amor”, afirmou o Papa e concluiu: “Tenhamos o compromisso de não colocar nenhum obstáculo ao agir misericordioso do Pai, e peçamos o dom de uma fé grande, para que, também nós, sejamos sinais e instrumentos de misericórdia”. Artigo extraído do site www.cancaonova.com
A IGREJA É NOTÍCIA CANTOR GLOBAL TESTEMUNHA A VIVÊNCIA DA CASTIDADE Felipe Alcântara, vocalista de “Os Gonzagas”, revelou no programa “Encontro”, que irá subir ao altar em novembro deste ano. Entre namoro e noivado já se vão quase quatro anos, mas o que chamou atenção foi uma revelação que o músico fez: o casal optou por não ter relações sexuais até o casamento. “Fizemos um voto de castidade, mas não foi no início do namoro. Foi depois de um tempo. Após o meu pai morrer, tive uma experiência extraordinária com Deus. Logo após, começamos a frequentar uma comunidade católica. Depois que a gente se aprofundou no conhecimento e tentar seguir o que a igreja nos pede, sentimos a necessidade de viver cada fase do nosso relacionamento”, explicou Felipe.
O FRADE SKATISTA QUE EVANGELIZA NAS PRAÇAS PÚBLICAS Este extraordinário frade franciscano chamou a atenção da National Academy of Television Arts and Sciences. No final de 2015, seu trabalho em vídeo conquistou um Emmy. Frei Gabriel começou a andar de skate muito antes de ser conquistado pela vida religiosa. Durante sete anos, ele aperfeiçoou suas habilidades. Depois disso, trocou o skate pela batina. No instituto religioso, ele ficou quase seis anos sem praticar seu esporte favorito. Mas então um dia seu superior lhe deu uma ordem incomum: pegue o skate, vá para a pista pública uma vez por semana e evangelize sobre rodas. O obediente frade não pestanejou. Através do skate, ele alcançou tantos jovens que chegou a fazer um filme sobre seu testemunho de contracultura, que agora roda o mundo.
PAPA FRANCISCO MINISTROU O SACRAMENTO DA CRISMA A UM JOVEM DE 16 ANOS GRAVEMENTE DOENTE O rito aconteceu no “Arco delle campane”, à porta que conduz à Praça de São Pedro, justo antes de começar a Audiência Jubilar. Giuseppe é natural da cidade de Mazzarino, na Sicília, e atualmente está internado na Unidade de Oncologia do hospital Meyer de Florença. O jovem chegou ao Vaticano de ambulância. Depois de abraçá-lo, o Santo Padre ministrou o sacramento a Giuseppe, sentado numa cadeira de rodas, doandolhe em seguida um terço e pedindo ao rapaz que não se esqueça de rezar por ele.
CNBB DECRETA ANO MARIANO A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) publicou decreto que institui um ano jubilar mariano no Brasil, que terá início em 12 de outubro de 2016 e segue até 11 de outubro de 2017. O período especial, a ser vivido pela Igreja no Brasil, integra as comemorações pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Será um ano de graça, de modo especial para o Brasil: um momento de louvor e agradecimento a Deus por tudo aquilo que Ele tem feito por nós, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira e nossa Rainha”, disse o cardeal Raymundo Dasmasceno Assis.
FRANCISCO ALMOÇA COM 13 JOVENS E PARTILHA UM POUCO DE SUA VIDA O almoço do Papa, foi na companhia de 13 jovens de cinco continentes. Um dos jovens perguntou o que ele sentiu quando foi eleito. “Senti paz – respondeu Francisco – uma paz que é uma graça de Deus e me acompanha também agora”. Respondendo a outras perguntas, disse confessar-se a cada 1520 dias com um franciscano e explicou que não é necessário ter vergonha de dizer os próprios pecados. Francisco recordou a sua confissão aos 17 anos, na Argentina, que acabou tornando-se decisiva para a sua vocação. Precisamente ali experimentou a misericórdia de Deus. Para ele, a confissão é deixar-se olhar pelo amor de Deus, que tudo perdoa. Depois afirmou que o desafio maior para os jovens é o de não perder a esperança e de não submeter-se àquilo que impõe o mundo.
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OPINIÕES QUE FAZEM OPINIÃO
PERPLEXIDADES CIDADÃS A política brasileira tem configurado cenários que deixam os cidadãos perplexos. Palco de muitas aventuras e disparates, a política, que deveria ser instrumento de construção do bem comum, é vivida de modo inadequado. E as consequências são evidentes: inúmeros prejuízos que pesam sobre os ombros do povo. Candidatar-se é fácil, e talvez nem seja tão difícil obter algum sucesso no processo eleitoral. Exigente é cultivar a competência para garantir o bem do povo, por meio da execução de projetos que busquem o desenvolvimento integral. Essa fragilidade, no perfil de representantes eleitos, surpreende ao assistirmos muitos deles exercerem a função de juízes sem a necessária competência e seriedade moral. Faz até lembrar o conhecido episódio dos conterrâneos religiosos de Jesus que trouxeram uma mulher, surpreendida em flagrante adultério, para que fosse condenada. Bastou uma indicação do Mestre - “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra” - para que todos eles, um a um, se afastassem da condição de juiz. Os vícios terríveis no mundo da política, dos conchavos à defesa de privilégios e benesses, que injustamente corroem o erário, emolduram o conjunto das peças que produzem outra perplexidade cidadã: a falta de credibilidade nos discursos dos representantes do povo. A política parece ser o lugar da falácia, em vez de ambiência marcada pela transparência e honestidade. Grande é a perplexidade diante das feridas que vão sendo abertas na democracia, em razão de operações que ferem legalidades. Faz-se o que quer, por interesses partidários e eleitoreiros, e o pior: verifica-se a perversidade quando se passa por cima de pessoas e histórias, desrespeitando a população. Vale tudo para se alcançar a vitória partidária. Prevalecem os interesses particulares ou de pequenos grupos. Em segundo plano, fica o compromisso com o desenvolvimento integral. Há uma miopia que satisfaz governantes, políticos e construtores da sociedade no leito de suas garantias e deixa o Brasil paralisado, convivendo com a vergonha da miséria e das exclusões, com a carência de infraestrutura e a incompetência para
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valorizar as riquezas do país. Esse cenário de atrasos alimenta a violência, o ódio e a discriminação rancorosa, vingativa. Agrava feridas abertas que deveriam fazer com que muitos assumissem suas responsabilidades - especialmente os que detêm poder e influência. Mas para isso, a primeira indicação é cultivar a simplicidade de uma postura séria no exercício da política e em diversas outras circunstâncias. Uma qualidade que define competências para se buscar o bem comum. Com seriedade, é possível eliminar certos hábitos culturais de quem tem gosto por assentar-se em inverdades. Sem seriedade, cedo ou tarde, haverá a ruína de projetos, o comprometimento de serviços e o enfraquecimento da democracia. É ilusão achar que há força democrática em muitas situações ocorridas no mundo político. Por isso, com frequência, o povo não identifica credibilidade em seus representantes, inclusive quando os eleitos ocupamse da tarefa de julgar. Julgar, pelo bem da verdade e da justiça, é um ato de extrema nobreza. Porém, esse exercício exige seriedade e, sobretudo, moralidade pública. Caso contrário, sobram hipocrisias, hegemonias de grupos, riscos de retrocessos, visões ultrapassadas e comprometedoras do bem maior. O exercício da política só merecerá crédito quando se tornar efetiva a prática que busca solucionar as causas estruturais da pobreza e de outros descompassos vergonhosos. Política que não resolve os problemas enfrentados pelos mais pobres permanece mergulhada na lama de mazelas que tornam a sociedade e sua democracia muito frágeis. Consequentemente, faz surgir novas crises. É incontestável que a desigualdade é a raiz de todos os males sociais. Por isso, diante de tantas perplexidades advindas da política, espera-se que a promoção da dignidade de cada pessoa seja reconhecida como pilar. E esse caminho começa pela via da seriedade, única forma de eliminar as perplexidades cidadãs. Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte - MG
CÍRCULOS BÍBLICOS
1º ENCONTRO “Magnificat”: o Cântico de Maria Acolhida: Preparar Bíblia, vela, flores e imagem de Maria. Animador/a: Em nome de Jesus, sejam todas e todos bem vindos! Iniciemos, cantando o Sinal da Cruz. Canto inicial: “Maria de Nazaré...” Animador/a: O Evangelho segundo Lucas é o Evangelho da alegria. Lucas nos convida a acolher Jesus com alegria. Quem, por primeiro, escuta este convite é MARIA. Todos: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”. Animador/a: A própria Maria canta: Todos: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor; meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador!” Animador/a: O nascimento de Jesus, Filho de Maria, é motivo de grande alegria! Todos: “Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor!” Animador/a: É gente, pulando de alegria. O próprio Jesus convida: Todos: “Alegrem-se nesse dia, pulem de alegria, pois será grande a recompensa de vocês no céu!” ORAÇÃO Todos: (Refrão) Cantai ao Senhor Deus um cântico novo, pois Ele fez maravilhas! Leitor/a 1: O Senhor manifestou a sua salvação e revelou aos povos a sua justiça! Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade em favor do seu povo! (Refrão). Leitor/a 2: Ó terra inteira, aclame ao Senhor e dê gritos de gratidão! Batam palmas os rios todos e as montanhas pulem de alegria diante do
Senhor! (Refrão). Leitor/a 1: Todos os povos da terra, seus líderes e governantes, jovens, adultos, velhos e crianças; vocês todos, louvem o Nome do Senhor! Porque Ele e só Ele é digno de nosso louvor! (Refrão). ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: O cântico de Maria é o cântico dos pobres. Maria proclama um Deus revolucionário; um Deus “que derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; enche de bens os pobres e despede os ricos sem nada”. Maria assume a defesa dos pobres, fracos e humilhados. Canto de Aclamação: “É como a chuva que lava...” Leitor/a 3: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1, 46-55. a) O que chama mais sua atenção neste Cântico de Maria? b) “Só pode ser feliz quem se esforça de fazer os outros felizes!” Que acha disso? REZANDO A PALAVRA Leitor/a 1: Maria, Mãe de Jesus, Senhora das pessoas que peregrinam; Todos: Tu que foste sempre fiel a Deus e à esperança de teu povo; ensina-nos também a sermos fiéis ao Evangelho: na partilha e no serviço, na alegria e na dor; na denúncia da morte e na defesa da vida! Leitor/a 2: Maria, caminheira do Povo de Deus, nossa Senhora da América; Todos: ilumina a nossa caminhada; ar-
ranca a miséria; alivia a pobreza; elimina a ganância; anima-nos na esperança; olha para nós com carinho e caminha sempre conosco! Amém! ASSUMINDO A PALAVRA Animador/a: Maria, em seu Cântico contempla a misericórdia de Deus. Diz Papa Francisco: Leitor/a 3: “O nosso pensamento volta-se agora para Maria, Mãe de Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanha neste Ano Santo para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. O seu Cântico de louvor foi dedicado à misericórdia, que se estende “de geração em geração”. Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites; ela alcança a todos, sem excluir ninguém! Que Maria nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, no rosto de seu Filho, Jesus!” a) Como estamos vivendo o “Ano da Misericórdia”? ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Rezemos juntos uma dezena do Terço. (Cada um/a pode colocar uma intenção e puxar uma Ave Maria). Animador/a: Vamos nos abençoar mutuamente: Todos: Senhor, volta para nós teu olhar amoroso, cheio de bênção e de graça! Que a luz da tua presença brilhe para nós e nos guie em nossa caminhada! Que teu amor nos acompanhe! Pai, Filho, Espírito Santo! Canto (abraço).
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CÍRCULOS BÍBLICOS
2º ENCONTRO Maria, mãe das dores Acolhida: Preparar mesa com imagem de Nossa Senhora, a Bíblia e flores. Animador/a: Queridos irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos ao nosso encontro, neste mês dedicado a Maria e às missões. Invoquemos a Trindade Santa em nosso meio, cantando: Em nome do Pai... ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: Queremos hoje rezar e contemplar Nossa Senhora como “Maria, mãe das dores”. Leitor/a 1: Maria de Nazaré, imaculada e santíssima, jamais tocada pela sombra do pecado, mergulhou no oceano do sofrimento, a ponto de ser identificada como a Mãe das Dores. As raízes de seu sofrimento estão plantadas na paixão de seu Filho Divino. Canto: Maria de Nazaré. Animador/a: rezemos em dois grupos. Grupo 1: Santa Maria. Mãe de Deus, Vós destes ao mundo a luz verdadeira, Jesus, vosso Filho, Filho de Deus. Grupo 2: Entregastes-vos completamente ao chamado de Deus e assim vos tornastes fonte da bondade que brota dele. Grupo 1: Mostrai-nos Jesus. Guiai-nos para Ele. Ensinai-nos a conhecê-lo e amá-lo, Grupo 2: Para podermos, também nós, tornar-nos capazes do verdadeiro amor e de ser fontes de água viva no meio de um mundo sedento. Todos: Amém. ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: Em Maria o sofrimento foi um componente de sua vida, da compaixão com seu Filho. No Calvário Maria repete seu “sim” conscien-
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te, unindo a oferta de si mesma ao ofertório salvador do Filho, na força e na graça do mesmo Espírito Santo da Anunciação. Acolhamos com fé a Palavra de hoje. Canto: Aleluia, a minha alma abrirei. Leitor/a 3: Proclamação do Evangelho segundo Lc 2, 28-35 Leitor/a 1: No momento em que Maria levou o Filho ao templo para consagrá-lo, segundo a Lei de Moisés, o velho Simeão, tomando o Menino em seus braços, o proclamou “luz das nações” e “salvação dos povos”. Acrescenta, porém, “Ele será um sinal de contradição e tu, Maria, terás a alma transpassada por uma espada”. Leitor/a 2: Comenta São João Paulo II: “As palavras de Simeão colocam sob uma luz nova o anúncio que Maria tinha ouvido do Anjo. Aquilo que Simeão diz apresenta-se como uma segunda Anunciação a Maria, pois indica que o Filho realizará a sua missão na incompreensão e na dor. Maria vivia na ansiosa expectativa de quando e como isso ocorreria, até que Jesus se dirigiu ao Horto das Oliveiras. PARTILHANDO A PALAVRA Animador/a: Foi grande o sofrimento de Maria, vendo o precioso sangue de Jesus escorrer sobre a terra. As dores de Maria representam as angústias e incertezas de cada mãe, decorrentes do amor incondicional por seus filhos. a) Como mãe, consigo enfrentar os sofrimentos com fé, como Maria? b) O que uma mãe sabe enfrentar para amar seus filhos? REZANDO A PALAVRA Animador/a: Ao contemplar Maria, a Mãe das dores, aprendemos que a salvação é fruto do sofrimento.
A cada invocação rezemos: Maria, mãe das dores, rogai por nós. Pela dor que sofrestes ao ouvir a profecia de Simeão, de que uma espada transpassaria o seu coração. Maria... Pela dor que sofrestes quando fugistes para o Egito. Maria... Pela dor que sofrestes pela perda do Menino Jesus durante três dias. Maria... Pela dor que sofrestes quando viste Jesus com a Cruz a caminho do Calvário. Maria... Pela dor que sofrestes assistindo à morte de Jesus, crucificado entre os dois ladrões. Maria... Pela dor que sofrestes quando recebestes o corpo de Jesus morto, entre os teus braços. Maria... Pela dor que sofrestes quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro. Maria... Rezemos 10 Ave Marias. ASSUMINDO A PALAVRA c) Façamos o propósito de expressar nossa solidariedade sincera para com as mães que sofrem e lutam ao lado de seus filhos doentes, sofridos, mortos. BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Dai-nos Senhora a graça de compreender vossos sofrimentos e vosso amor, para que aprendamos a permanecer de pé, diante da cruz, com fé e coragem. Por vossa intercessão nos abençoe Pai... Canto final: Santa Mãe Maria, nessa travessia...
CÍRCULOS BÍBLICOS
3º ENCONTRO Missão é servir: necessidade de todos! Acolhida: Preparar o altar como de costume, duas crianças para entrar com as imagens, ou vestidas de Santa Teresinha e São Francisco Xavier padroeiros das missões. Fazer uma calorosa recepção a todos na chegada do encontro. Animador/a: A Missão é um dom de Jesus Ressuscitado, quando diz aos seus discípulos: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15). Disse-lhes ainda: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. (Jo 20, 21). Cantemos o sinal da cruz. Canto: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar. (2x) 1. Somos povo escolhido, na fronte assinalados com o nome do Senhor que caminha ao nosso lado. 2. Somos povo em missão, já é tempo de partir. É o Senhor que nos envia, em seu nome a servir. 3. Somos povo esperança. Vamos juntos planejar: ser igreja a serviço e a fé testemunhar. ABRINDO OS OLHOS PARA VER Leitor/a 1: O Papa Francisco afirma que “Uma Igreja missionária não pode deixar de ser uma Igreja em saída, pois ela não tem medo de encontrar, de descobrir as novidades, de falar da alegria do Evangelho a todos, sem distinção”. ORAÇÃO INICIAL Oração do Mês Missionário 2015 Todos: Pai de infinita bondade, que enviaste Jesus Cristo para servir, ilumina, com o teu Espírito, a Igreja discípula missionária para testemunhar o Evangelho a partir das periferias e, com a proteção de Maria servidora, manifestar o teu Reino em todo o mundo. Amém!
evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria” (Papa Francisco). Pois, a missão para Jesus, tema do nosso encontro de hoje, não seria pregar uma nova doutrina, mas anunciar uma nova realidade, a manifestação do amor que liberta e restaura a vida. Canto: Como são belos os pés do mensageiro, que anuncia a Paz. Como são belos, os pés do mensageiro, que anuncia o Senhor. Ele vive, Ele reina, Ele é Deus e Senhor. (2x) Leitor/a 1: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lc 22, 24-27. PARTILHANDO A PALAVRA a) Nessa catequese de Jesus com seus discípulos, como se realiza a verdadeira missão? b) Somente anunciar o Evangelho é suficiente? O que é uma “missão serviço”? REZANDO A PALAVRA Leitor/a 2: A missão do Reino de Deus, promove relações verdadeiras, sejam internas ou externamente à vida das comunidades, porque o encanto pessoal por Jesus e o anúncio do seu Evangelho faz o discípulo humanizado e transformado, assim como a realidade e a “casa comum” onde ele vive. c) Na comunidade onde vivo, que missão ou serviço sou chamado a assumir?
Canto: O Deus que me criou, me quis, me consagrou para anunciar o seu amor! (2X) Eu sou como a chuva em terra seca. (2X) Pra saciar, fazer brotar, eu vivo pra amar e pra servir! (2X) É missão de todos nós, Deus chama, eu quero ouvir a sua voz! (2X) Eu sou como a flor por sobre o muro. (2X) Eu tenho mel, sabor do céu. Eu vivo pra amar e pra servir. (2X) É missão de todos nós, Deus chama, eu quero ouvir a sua voz! (2X) ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL Oração Missionária de 2016 Pai de misericórdia, que criaste o mundo e o confiaste aos seres humanos. Guia-nos com teu Espírito para que, como Igreja missionária de Jesus, cuidemos da Casa Comum com responsabilidade. Maria, Mãe Protetora, inspira-nos nessa missão. Amém. Animador/a: Rezemos ao Pai de misericórdia por todas as missionárias e missionários. Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Abençoe-nos o Deus amoroso e cheio de misericórdia: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! Canto: Santa mãe Maria nessa travessia, cubra-nos teu manto cor anil. Guarda nossa vida, Mãe Aparecida, Santa Padroeira do Brasil. Ave, Maria! Ave, Maria! Ave, Maria! Ave, Maria!
ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: “Jesus é o primeiro e o maior evangelizador”. “Quem
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CÍRCULOS BÍBLICOS
4º ENCONTRO Missão é sair: as periferias chamam! Acolhida: Preparar uma mesa com Bíblia, vela, imagem de Nossa Senhora, flores, panos coloridos e um mapa. Animador/a: Sejam bem-vindos e bem-vindas para mais um encontro de escuta, partilha, oração e compromisso. Estamos em pleno mês missionário! Somos chamados a assumir a nossa missão como discípulos missionários de Jesus Cristo em nossa família, em nossa comunidade e em nossa Igreja. Para esta missão não estamos sozinhos! Invoquemos a Santíssima Trindade: Em nome do Pai, do Filho... Canto: O Senhor necessitou de braços,/ para ajudar a ceifar a messe, e eu ouvi seus apelos de amor,/ então respondi: aqui estou! Aqui estou! 1.Eu vim para dizer que eu quero te seguir / eu quero viver com muito amor o que aprendi. ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: Na vida de comunidade, o amor cria laços e se abre para a missão. Se olharmos para Jesus percebemos que sua vida não se resume apenas com palavras, mas vida e missão passam por uma integração profunda e concreta do amor a Deus e ao próximo. Jesus passou para a outra margem; Ele andou pelas periferias; Ele viu a realidade, se sensibilizou e teve compaixão de seu povo. Leitor/a 1: A Missão de Jesus, é missão de todos nós! “Somos chamados a ser pessoas-cântaro para dar de beber aos outros” (EG 86). Há muitas pessoas que precisam de nós, pois sozinhas não encontram forças para dar passos significativos à sua vida cristã. Há muitas pessoas que estão nas periferias e estão expostas ao mundo das drogas, da prostituição, da violência desenfreada e do abandono. Todos: Senhor, que sejamos missio-
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nários do vosso amor! Leitor/a 2: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16,15). O Evangelho desafia aqueles e aquelas que aderem à missão de Jesus Cristo. Constata-se que são muitas as dificuldades do missionário/a no mundo de hoje, mas é preciso perseverar. A missão pertence a todos e a Boa Nova precisa chegar a todos os povos, sobretudo aos mais necessitados. Todos: Senhor, que sejamos missionários de vosso amor! ESCUTANDO A PALAVRA Animador/a: Com o canto acolhamos o Evangelho Canto: Fazei ressoar (ressoar) a Palavra de Deus em todo lugar! (bis) Leitor/a 1: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10,1-11 Animador/a: O evangelista Lucas apresenta Jesus organizando uma missão para os povoados que vai visitar. Jesus envia 72 discípulos, para indicar que a missão não é exclusiva dos Doze, mas de toda a comunidade eclesial. a) O que o Evangelho nos diz? b) Estamos indo às “periferias” do nosso bairro para evangelizar aqueles que ainda não são evangelizados? REZANDO A PALAVRA Animador/a: “A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos missionários, é uma alegria missionária. Experimentam-na os 72 discípulos, que voltam da missão cheios de alegria (Lc 10,17)”. (EG 21) Leitor/a 2: Não deixemos que roubem de nós o entusiasmo missionário. Jesus conta conosco em nossa
comunidade. Animador/a: Neste momento rezemos juntos a Oração Missionária 2016. Todos: Pai de misericórdia, que criaste o mundo e o confiaste aos seres humanos. Guia-nos com teu Espírito para que, como Igreja missionária de Jesus, cuidemos da Casa Comum com responsabilidade. Maria, Mãe Protetora, inspira-nos nessa missão. Amém. Pai Nosso, 03 Ave Marias. ASSUMINDO A PALAVRA c) Vimos que “a messe é grande e os operários são poucos” e diante desta realidade somos enviados por Jesus. O que podemos fazer para entusiasmar e/ou motivar as pessoas a fim de que participem mais dos círculos bíblicos e da própria vida da comunidade? BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Que Deus nosso Pai misericordioso nos abençoe: Pai, Filho, Espírito Santo. Todos: Amém! Canto final: Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder./ Na alegria te quero servir, e anunciar o teu Reino de Amor. R: E pelo mundo eu vou, cantando teu amor,/ pois disponível estou, para servir-te, Senhor!:
PERGUNTE E RESPONDEREMOS
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA Dom Redovino, não consigo entender como, em pleno século XXI, a intolerância religiosa continue crescendo e matando. Penso sobretudo nos muçulmanos. São centenas os cristãos que, nestes últimos anos, morreram nas mãos dos fundamentalistas islâmicos. De outro lado, quando eles são acolhidos por outros países, não escondem suas exigências... (João da Silva Barros). Quando o homem se esquece de que é «imagem e semelhança de Deus» (Gn 1,26), vai criando um deus à sua imagem e semelhança. Um deus horrível, sedento de vingança e de sangue. Um deus diante do qual você se converte ou morre. Um deus que patrocina as guerras santas. Um deus que tem pavor da liberdade humana. Infelizmente, há religiões – ou melhor, pessoas ligadas a elas – que se prestam ao jogo. Até o cristianismo, em séculos passados, não fugiu à regra. Contudo, como você diz, é absurdo encontrar “fiéis” que, em pleno século XXI, se servem da religião para expressar suas inseguranças, seus medos e seu ódio. O pensamento de milhões de europeus e de americanos que acolhem em seus países migrantes e refugiados muçulmanos é que eles sejam tão tolerantes e tão seguros de sua fé, que possam respeitar sem medo as leis da nação que os recebe. Com razão, o Papa Francisco não quer que se fale em guerra de religiões, porque alguns destes terroristas nem frequentam as mesquitas e a melhor maneira de acabar com o ódio é a tolerância. Mas não se pode negar que, pela sintonia entre política e religião que vigora entre eles, o elemento religioso tem uma importância capital. De fato, os assassinos do Pe. Jacques Hamel, no dia 26 de julho, em Rouen, norte da França, gritaram antes de degolá-lo: «Vocês, cristãos, querem acabar conosco». Para Hassan al-Banna, fundador da Irmandade Muçulmana, «o Alcorão escolheu os muçulmanos como guardiões da humanidade, que ainda não atingiu sua maioridade, e lhes concede os direitos de soberania sobre o mundo a fim de realizar esta sublime tarefa» «O mandamento é claro: matar os infiéis como Alá mandou», foi a resposta do Estado Islâmico, no início de agosto, ao Papa Francisco em artigo publicado na revista Dabiq, intitulada “Destruir a Cruz”, na qual afirma que odeia o ocidente cristão e acusa o Pontífice de querer
destruir a nação muçulmana: «Francisco continua ocultando atrás de um véu enganoso de boa vontade suas intenções atuais de acabar com a nação muçulmana», assinalou a revista do grupo fundamentalista, que também criticou o governo da França por afirmar que «o autêntico Islã e uma leitura apropriada do Corão são opostas a toda forma de violência». Os redatores da revista são muito precisos: «Esta é uma guerra justificada divinamente entre a nação muçulmana e as nações dos infiéis. Certamente, implantar a jihad – difundindo a lei de Alá pela espada – é uma obrigação encontrada no Corão, a palavra do nosso senhor. O sangue dos infiéis deve ser derramado de maneira obrigatória. O mandamento é claro. Matar os infiéis, como Alá mandou: “Matem os politeístas onde quer que estejam”». Finalmente, o grupo terrorista adverte que «os cavalheiros sedentos de sangue do califado continuarão sua guerra. Não tenham dúvidas de que ela só acabará com a bandeira negra do Tawhid (monoteísmo islâmico) balançando sobre Constantinopla e Roma, e isso não é difícil para Alá». Para a maioria dos muçulmanos é um desafio transferir-se para países dominados pelo secularismo e pela liberdade religiosa. Grande número deles se sente enviado por Alá para eliminar, inclusive com a força, os inimigos que não desejam converter-se. É assim que se explicam, sobretudo na Europa, inúmeros casos de agressões a sacerdotes e religiosos, bem como a profanação da Eucaristia e de imagens sagradas. Esses casos de intolerância religiosa são praticados por extremistas islâmicos, tanto em seus países de origem como de chegada, alegando que suas atitudes estão alicerçados no Alcorão. Não é por nada que, na Igreja Católica, o Vaticano instituiu uma comissão para a correta interpretação dos textos bíblicos. Caso contrário, nós os católicos, cairíamos nos mesmos equívocos. Outra graça que os católicos temos – e que falta no Islã – é uma autoridade central, com a missão de orientar e, se for o caso, determinar e legislar. Se isso acontecesse entre os muçulmanos – mas não só entre eles – certamente o número de mártires cristãos diminuiria sensivelmente...
Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo Emérito Envie sua pergunta para: redovinorizzardo@gmail.com
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VIDA EM FAMÍLIA
USO DA TECNOLOGIA POR CRIANÇAS: BENEFÍCIO OU PERDA DA INFÂNCIA? Num mundo cada vez mais marcado pela tecnologia, é fácil encontrar crianças, que ainda não sabem nem amarrar os sapatos, navegando na internet e usando smartphones ou tablets. Mas será que essa inserção tão precoce no mundo da tecnologia é benéfica para os pequenos? Uma pesquisa realizada pela AVG Technologies no ano passado com famílias de todo o mundo mostrou que 66% das crianças entre 3 e 5 anos de idade conseguia usar jogos de computador, 47% sabia como usar um smartphone, mas apenas 14% era capaz de amarrar os sapatos sozinhas. No caso das crianças brasileiras, o levantamento apontou que 97% das crianças entre 6 e 9 usam a internet e 54% têm perfil no Facebook. Embora ainda não haja consenso entre os especialistas, muitos apontam consequências sombrias do contato excessivo das crianças com as novas tecnologias: Superexposição. Segundo ela, a superexposição da criança a celulares, internet, iPad e televisão está relacionada ao déficit de atenção, atrasos cognitivos, dificuldades de aprendizagem, impulsividade e problemas em lidar com sentimentos como a raiva. Outros problemas comuns seriam a obesidade (porque a criança passa a fazer menos atividade física), privação de sono (quando as crianças usam as tecnologias dentro do quarto) e o risco de dependência por tecnologia. Por causa desses riscos, no ano passado a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria recomendaram limites para a exposição das crianças a todo tipo de mídia (televisão, games, internet, smartphones etc.). Para as entidades, o ideal é que apenas depois dos 2 anos de idade as crianças comecem a ter contato com esses aparelhos e por tempo limitado. Até os 5 anos, as crianças só deveriam ficar no máximo 1 hora diante das telas. O tempo aumenta para 2 horas para crianças de 6 a 12 anos e para 3 horas a partir dos 13 anos. “Nós precisamos encontrar uma maneira de educar os pais de hoje, e também os futuros pais, sobre prejuízos e benefícios das mídias eletrônicas e ajudá-los a fazer escolhas positivas para seus filhos”, alerta Susan Linn, escritora e cofundadora da organização americana Coalizão pelo Fim da Exploração Comercial Infantil. Imposição de regras não funciona se os próprios pais exageram Embora pareça difícil encontrar um ponto de equilíbrio entre o estilo de vida atual – cada vez mais marcado pelo uso de novas tecnologias – e a regulação do uso de mídias eletrônicas, os pais devem estabelecer regras e trabalhar para que os pequenos não acabem exagerando na hora de usar os dispositivos eletrônicos. Para isso, a primeira coisa que os pais devem fazer é se perguntar se eles mesmos não estão usando smartphones, tablets e computadores demais. Não adianta nada
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impor regras aos filhos e dar mau exemplo. Outro ponto é não estimular antes do tempo as crianças a manipulares os equipamentos. O melhor é deixar que elas mesmas demonstrem interesse e só depois disso os pais podem mostrar a elas como usar os aparelhos de forma correta. Manter o diálogo e investir em atividades familiares é outra forma de ajudar os pequenos a não se tornarem dependentes da tecnologia. Segurança. Os pais precisam também ficar atentos à questão da segurança dos pequenos ao usar dispositivos que permitem o acesso à internet. Infelizmente, são comuns os casos de crianças e adolescentes que acabam sendo vítimas de pedófilos através da rede. Para diminuir os riscos de que isso aconteça, é importante orientar as crianças a usar de forma adequada a internet, evitando, por exemplo, conversas em chats com desconhecidos e divulgação de dados pessoais. A instalação de ferramentas de monitoramento ou bloqueio de alguns conteúdos da internet é outra forma de proteger os pequenos. Manter o computador numa área comum da casa, com a tela sempre visível e limitar o tempo de uso do equipamento também pode ajudar. Mas, o mais importante é manter diálogo com a criança, mostrando-se disposto a esclarecer dúvidas e explicar os motivos pelos quais é preciso usar com cautela as novas tecnologias. Entidade norte-americana recomenda smartphone só depois dos 13 Se há alguns anos as crianças sonhavam em ganhar bicicletas ou vídeo games, hoje o objeto de desejo são os smartphones, que, além de servirem como celular, oferecem acesso a internet, jogos, troca de mensagens e muitas outras funcionalidades. Mas por mais que os pequenos insistam, nem sempre é recomendável ceder. A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria recomendam que apenas a partir dos 13 anos as crianças tenham acesso a dispositivos móveis, como tablets e smartphones. E, mesmo assim, devem ser orientadas a usar de forma adequada o aparelho. Desligá-lo durante as aulas ou refeições, por exemplo, é uma prática que deveria ser universal, mas raramente é cumprida pelos adolescentes. Os pais precisam avaliar se há necessidade de a criança ter um smartphone. Para crianças que começam a sair de casa sozinhas, o smartphone se torna uma ferramenta de comunicação importante, inclusive para os pais. Por outro lado, não parece razoável que crianças com 5 anos de idade já tenham o aparelho.
A IGREJA EM SERVIÇO
CRIANÇAS, PROTAGONISTAS DA EVANGELIZAÇÃO As crianças celebram com muita alegria, no dia doze, o dia delas. No mesmo dia, celebramos também o dia da Nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida. Permita-me trazer ao seu conhecimento neste mês de outubro, um pouco sobre a Pontifícia Obra de Infância e Adolescência Missionária (IAM), que faz parte das Pontifícias Obras Missionárias (POM). Grande é a missão e o trabalho que será desenvolvido por este movimento nos próximos dias, em nossa diocese. Na linda Paris em 1843, Dom Carlos ForbinJanson, para salvar vidas de crianças inocentes, funda a Infância Missionária, onde outras crianças ajudariam as crianças em situações de vulnerabilidade, mas também rezando com elas. Para o mundo inteiro espalhou-se o trabalho da Infância Missionária, com o resgate, batismo, sustento e a educação das crianças que não conheciam Jesus Cristo, estes foram desde o início, os objetivos principais. Salvar as crianças da morte e da miséria, batizá-las e educá-las como cristãs, preparálas para serem apóstolos de outras crianças, orientando-as na vocação e profissão foram definições propostas pelo fundador, que gerou simpatia e acolhida, enquanto expressão de caridade cristã e solidariedade universal. No dia 06 de janeiro deste ano o Papa Francisco recordou o Dia Mundial da Infância e Adolescência Missionária, dizendo: “Recordemos também que a Epifania é o dia Mundial da IAM, é a festa das crianças que, com a sua oração, e com seus sacrifícios, ajudam os coetâneos mais necessitados, fazendo-se missionários e testemunhas de fraternidade e de partilha.”. Recordando os doze apóstolos, os grupos da Infância Missionária são formados por doze crianças. Jesus confiou aos apóstolos à missão da evangelização do mundo (cf. Mt 28, 16-20). São crianças e adolescentes dos 7 aos 14 anos, que atuam como fermento missionário na escola, na família e na comunidade. Cada grupo escolhe uma criança ou adolescente como coordenador, que anima os encontros e distribui as atividades, com a ajuda de um assessor adulto. Os grupos devem inserir-se na pastoral de conjunto da paróquia e/ ou diocese e cultivar uma comunicação constante com o pároco, com as coordenações missionárias e com os conselhos de pastoral. Na Infância Missionária, os protagonistas são as crianças e
adolescentes. Acredite, a coordenação dos grupos é por conta deles. Legal né? O adulto que os auxilia é apenas um assessor, que com muita responsabilidade, atua com espontaneidade e liberdade, fomentando assim o espírito missionário universal nos grupos, como formador criativo e perseverante. O assessor também programa a ação missionária, de forma continuada, no plano de evangelização da comunidade, sendo sinal de unidade e comunhão para os grupos, garantindo que o trabalho esteja integrado na pastoral de conjunto da comunidade local e prepara, com os coordenadores de grupo, os encontros semanais e outras atividades. A Infância Missionária começou em nossa diocese durante o episcopado de Dom Alberto Först, em meados de 1992, com as Paróquias Bom Jesus, Imaculada Conceição (Catedral) e São José Operário. Os responsáveis atualmente são: Seminarista Cristiano Santos, como coordenador diocesano, Irmã Adriana, como Colaboradora Espiritual e Maria Giovanna, Coordenadora do Regional. O grupo na diocese passa por um momento de reestruturação, para bem começar os trabalhos em 2017, sem perder o carisma fundamental, que é a criança evangelizando a criança. A coordenação procura pessoas que amem este trabalho missionário, para dinamizar e contribuir com este movimento. Você que quer ajudar esta pastoral de evangelização, precisa somente de uma qualidade: amar crianças. Entre em contato pelo e-mail: cristiano@progresso. com.br.
Gabriel Fernandes
Apresentador do programa Sintonia da Paz na Rádio Coração 95,7 FM aos sábados, 13h. gfscoficial@gmail.com
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A DIOCESE EM REVISTA
COLETA PRÓ-VOCAÇÕES 2016
COLETA ÓBOLO DE SÃO PEDRO 2016 Amambai
1.397,00
Paróquias Diocesanas Aral Moreira
200,00
Antônio João
450,20
Caarapó – São Francisco de Assis
305,00
Aral Moreira
130,00
Caarapó – Senhor Bom Jesus
958,85
Caarapó – São Francisco de Assis
340,00
Dourados – Bom Jesus
1.307,90
Dourados – N S da Conceição
3.624,10
Caarapó – Senhor Bom Jesus Coronel Sapucaia
1.725,50 300,00
Deodápolis Douradina Dourados – Bom Jesus
306,70 1.570,00
Dourados – Rainha dos Apóstolos
936,50
Dourados – Santa Teresinha
1.183,50
Dourados – Santo André
1.194,20
Dourados – São Carlos
631,00
Dourados – N S Aparecida
325,00
Dourados – São Francisco
2.380,40
Dourados – N S Auxiliadora/ Indápolis
372,05
Dourados – São João Batista
1.035,00
Dourados – N S da Conceição
3.520,00
Dourados – São Pedro/Vila São Pedro
391,00
Dourados – N S de Fátima
2.771,20
Laguna Carapã
672,20
Dourados – N S do Carmo Dourados – Rainha dos Apóstolos
Maracaju – N.S.Aparecida 572,00
Maracaju – N S Auxiliadora
100,00 217,00
Dourados – Sagrado Coração de Jesus
1.807,90
Ponta Porã – Divino Espírito Santo
Dourados – Santa Teresinha
1.191,35
TOTAL
Dourados – Santo André
944,55
Dourados – Santo Elias
350,00
Dourados – São Carlos
1.785,00
Dourados – São Francisco
2.012,25
Dourados – São João Batista Dourados – São José Operário
833,75 2.420,45
Dourados – São Pedro/ Vila São Pedro
704,75
Fátima do Sul
700,00
Glória de Dourados
800,00
Itamaraty
270,00
Itaporã
1.220,00
Laguna Carapã
389,15
Maracaju – N S Aparecida
2.326,00
Maracaju – N S Auxiliadora
1.570,00
Nova Alvorada do Sul Ponta Porã – Div Espírito Santo
365,00
Ponta Porã – São José Ponta Porã – São Vicente Rio Brilhante Vicentina TOTAL
16
455,00 2.103,00 500,00 36.527,80
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1.793,00
16.929,65
JORNADA DIOCESANA DA JUVENTUDE
A DIOCESE EM REVISTA
6/8: Dourados - Missa solene do Padroeiro da Paróquia Bom Jesus
8 a 12/8: Brasília - Encontro dos Bispos Novos
14/8: Nova Alvorada do Sul - Crisma na Paróquia São Cristovão
14/8: Dourados - Missa de Renovação de Votos das Irmãs da Toca de Assis
Ponta Porã - Novena de São Miguel Arcanjo na Paróquia Divino Espírito Santo
18/8: Dourados - Tríduo da Família na Paróquia São Carlos
19/8: Dourados - Assembleia da Pastoral da Criança no IPAD
20/8: Dourados - Nigthfever na Casa de Retiro da RCC
20/8: Dourados - Encontro Vocacional na Chácara do Clero
21/8: Dourados - Missa em Ação de Graças aos 50 anos de Vida Religiosa da Irmã Ana Maria Dan na Paróquia Rainha dos Apóstolos
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CRIANÇAS EM FOCO
CRUZADINHA Complete com as palavras
Descubra quem são as 12 crianças que começaram a catequese este ano!
Brincadeira – Coração – Infância – Escola – Saúde – Alegria – Oração –Amor – Imagem – Imaculada Conceição
SUPER DICA Evite o consumo excessivo de refrigerantes. Existem sucos naturais deliciosos! Que tal fazer estas misturas sugeridas?
Opção 1: Laranja com maçã Bata 1 copo de suco de laranja com 2 maças. Opção 2: Maracujá com banana Bata 1 banana nanica, 1 maracujá e 1 ½ copos de água. Coe. Use açúcar só se necessário. Sirva com gelo. Opção 3: Acerola com laranja Bata 6 acerolas com 80ml de suco de laranja e ½ copo de água. Coe. Adoce só se necessário. Sirva com gelo. Opção 4: Manga com laranja Bata ½ manga cortada em pedaços com 1 copo de suco de laranja. Coe. Sirva com gelo. Opção 5: Goiaba e maçã Bata 2 goiabas maduras com 1 maçã grande e 1 litro de água. Coe. Adoce, só se necessário. Sirva com gelo.
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VAMOS COLORIR 12 de Outubro é dia das Crianças!
FIQUE POR DENTRO!
AGENDA DIOCESANA OUTUBRO 01 - Missa Solene do bispo diocesano na Paróquia Santa Teresinha, pela passagem do dia da Padroeira. 02 - Crisma na Paróquia São João Batista. 07 a 09 - Encontro dos Focolares, no IPAD. 08 - Crisma na Paróquia Sagrado Coração de Jesus. 09 - Crisma na Paróquia Nossa Sra da Glória em Glória de Dourados. 09 - Festa do Padroeiro da Paróquia São Francisco de Assis em Caarapó. 12 - Romaria ao Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, na Vila São Pedro. 14 - Reunião dos bispos em Campo Grande. 15 - Assembleia Regional de Pastoral em Campo Grande. 21 e 22 - Escola Catequética, no IPAD. 22 - Crisma, na Paróquia São Carlos. 23 - Encontro Diocesano da Legião de Maria em Naviraí. 23 - Formação para Ministros Atuantes e Novos Forania de Ponta Porã. 23 - Investidura dos Ministros Novos Forania de Ponta Porã. 23 - Crisma, nas Paróquias Bom Jesus e São Francisco de Assis em Caarapó e Paróquia São Pedro, na Vila São Pedro. 25 a 27 - Semana Teológica para leigos na Catedral. 28 a 30 - Assembleia Regional da Pastoral da Criança. 28 a 30 - DeColores, no IPAD. 30 - Jornada Diocesana da Juventude, no Colégio Imaculada.
DATAS SIGNIFICATIVAS 01 - Santa Teresinha do Menino Jesus 02 - Anjos da Guarda 04 - São Francisco de Assis 07 - Nossa Senhora do Rosário 12 - Nossa Senhora Aparecida – Dia da Criança 18 - São Lucas 21 - Dia da Valorização da Família 22 - São João Paulo II 23 - 30º Domingo Comum / Dia das Missões e Infância Missionária / Coletas para as Missões 25 - Santo Antônio de Sant´Ana Galvão 28 - São Judas Tadeu
ANIVERSARIANTES Religiosos/as Nascimento 05. Ir. Laís Maria de Nossa Senhora dos Anjos, osc 06. Ir. Maria de Fátima da Santíssima Trindade, osc 13. Ir. Maria Jesuína do Divino Espírito, osc 20. Ir. Ellen Maria do Coração de Jesus, fpss 24. Ir. Julieta Welter, fpcc 25. Ir. Maria F. do Sagrado Coração de Jesus, osc 27. Ir. Maria José Silva, Irmãs Servas de Nossa Senhora da Anunciação 27. Ir. Adriana Aparecida do Rosário, sjs 27. Ir. Márcia da Paz Barros Dias, mps 30. Ir. Maria Lina Simão, Orionitas 30. Ir. Aretuzia C. de Souza, fpcc 31. Ir. Miriam Terezinha Beuren, mesc Profissão Religiosa 13. Ir. Mariana da Encarnação do Verbo, fpss 27. Ir. Joana Aparecida Barbosa, mps 27. Ir. Márcia da Paz Barros Dias, mps
Padres e Diáconos
Nascimento 20. Pe. Neuton Cesar Vieira 20. Pe. Clarindo Redin, sac 28. Pe. Flávio Silveira de Alencar 30. Pe. Alex Gonçalves Dias
Ordenação 01. Diác. Nelson Carniel 02. Pe. Valmor D. Righi, sac 10. Fr. Monízio Silvio de Campos, ofm 11. Fr. Rogério Viterbo de Souza, ofm 22. Diác. Leonildo Bigatão
Outubro de 2016
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