Revista elo setembro 2016 site

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Ano XXXVI - nº 405 - Setembro/2016

Distribuição Gratuita. Venda proibida.

A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração


Índice

Apresentação

Estimados leitores, saúde e paz! O mês de setembro, para toda a Igreja no Brasil, tornou-se um momento oportuno para aprofundarmos o amor, o conhecimento e a obediência, para com a prática do que a Sagrada Escritura traz em suas páginas. Somado a esta realidade importante, celebramos também no dia 29 a memória litúrgica dos Santos Anjos a três anjos, cujos nomes próprios as Escrituras Sagradas nos dão a conhecer: Miguel, Rafael e Gabriel, daí surge a razão pela qual esta edição de nossa revista Elo contempla, em sua capa, a imagem dos três arcanjos. Da mesma forma, nosso bispo emérito, Dom Redovino faz uma bela explicação sobre quem são e o que fazem os anjos, vale a pena conferir. Na palavra do pastor, nosso bispo diocesano, Dom Henrique, salienta a importância de nossa intimidade com a Palavra Deus, uma vez lida ela deve tornar-se luz para a nossa caminhada. Na palavra de vida: “Tudo é vosso, vós sois de Cristo e Cristo é de Deus” (1Cor 3, 22-23), Pe. Fábio Ciarde traz um belo ensinamento, através dela podemos fecundar ainda mais a nossa experiência com Deus. Na página testemunho de vida, temos o belo exemplo de São Pedro Claver, que é conhecido em toda a Igreja como o “apóstolo dos escravos africanos”, leia e se encante com este belo testemunho. “Não confundam felicidade com um sofá”, diz Papa Francisco aos jovens na Vigília da JMJ na Polônia, seu apelo se estende para todos nós e assim temos um desafio a viver. Não deixe ainda de conferir a página a Igreja é notícia, voltando a sua atenção para as mais diversas notícias da Igreja no mundo todo. Vivenciaremos logo mais o período de eleições municipais, e para que possamos, de fato, estar atentos a esta realidade de grande importância em nossa vida, leia o artigo de Dom José Alberto Moura, CSS Arcebispo de Montes Claros – MG, “Oposição e vitória”, e clarifique ainda mais os seus propósitos neste ano eleitoral. Ainda temos os círculos bíblicos, preparados por nossa equipe, para que você e seu grupo possam vivenciar um encontro profundo com a Palavra de Deus, rezando e partilhando. No dia 05 de setembro também comemora-se o dia do irmão, por isso a página vida em família, trata sobre a realidade familiar entre os irmãos, como se portar diante algumas situações delicadas da convivência. Por estarmos no mês da bíblia, a página a Igreja em serviço, apresenta o CEBI, importante serviço prestado por este centro de estudos bíblicos. Mantenha-se ligado no que acontece em nossa vida diocesana, conferindo a página a Diocese em revista, e incentive você também a evangelização e interatividade de nossas crianças na página crianças em foco. Atualize a sua agenda com a nossa agenda diocesana, veja os compromissos de nosso bispo, eventos da diocese, e as datas significativas deste mês. Fraterno abraço e uma abençoada leitura! Pe. Marcos Roberto P. Silva

padremarcosrobertop.silva@gmail.com

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A Palavra do Pastor

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Palavra de vida

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Testemunho de vida

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A Palavra do Papa

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Opiniões que fazem opinião

Palavra de Deus que ilumina nossas vidas! “Tudo é vosso, vós sois de Cristo e Cristo é de Deus” (1Cor 3, 22-23)

São Pedro Claver

JMJ: Não confundam felicidade com um sofá, diz Papa aos jovens Oposição e vitória

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Círculos bíblicos

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Quem são e o que fazem os anjos?

Pergunte e responderemos

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Vida em Família

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A Igreja em Serviço

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A Diocese em revista

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Crianças em foco

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Fique por Dentro!

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Patrocinadores

Entenda como pode surgir ódio entre irmãos

Cebi: disponibilidade para o Reino!

Expediente Revista Elo - Setembro/2016 - Ano XXXVI - nº 405 Diretor: Pe. Marcos Roberto P. Silva Equipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Andreia Ramos; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria. Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz Propriedade: Mitra Diocesana de Dourados Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911 Site: www.diocesededourados.com.br Contatos e sugestões: elo@diocesededourados.com.br Impressão: Gráfica Infante Tiragem: 17.260 exemplares


A Palavra do Pastor

Palavra de Deus que ilumina nossas vidas! É com alegria que quero refletir com vocês, responder ao seu chamado através dos dons, talenneste mês de setembro, a importância da Palavra de tos. Sobre vocação, há uma coisa muito importante a Deus em nossas vidas, em nossas famílias, em nossas Comunidades, em nossa Igreja de Cristo nos dias de hoje. Primeiro lugar devemos sempre ressaltar a importância da Palavra de Deus. Vejamos: apesar da multiplicidade de autoria e da diversidade de línguas a qual ela é traduzida, o Livro Sagrado apresenta uma impressionante unidade de conteúdo e de revelação. É a mesma e única revelação divina que se vai cumprindo e ampliando pelos séculos afora. Não se encontraria nenhuma explicação para tal harmonia e unidade de textos bíblicos, através de séculos e de barreiras diversas, a não ser aquela que parte da segurança de que Deus é o inspirador de tudo o que nela está escrito. Os textos bíblicos são, sem dúvida, palavras de homens, proferidas por homens. Mas são o resultado de uma relação particular, existente entre os que os escreveram e o Absoluto: Deus. Neles, o crente identifica a Palavra de Deus que a ele se dirige. Através deles, o próprio Deus se revela. Por isso, a Bíblia é sempre importante em nossas vidas, desde os primeiros livros dela, o Gênesis até o último, o Apocalipse. Cada livro tem sua dimensão espiritual, histórica, política e social. E, cada livro também está dentro de um tempo e referente a um povo. Assim ela é rica em espiritualidade e situações que, muitas vezes, se parecem com as nossas situações, nosso tempo. Quando cada um de nós contemplarmos a Palavra de Deus, com certeza vamos senti-lo falando conosco. Porém, para isso, precisa-se da fé, de um pouco mais de conhecimento, para que Deus possa falar de Verdade. Pois, podemos correr o risco de achar que Deus está falando e não ser verdade, serem ilusões humanas. Como às vezes percebemos pelo mundo afora. Precisamos de métodos e um deles muito conhecido é a “Lectio Divina”. Como ler, meditar, contemplar, acolher e aplicar a Palavra de Deus em minha vida primeiro, e não simplesmente na vida dos outros. Os Profetas contemplavam a Palavra de Deus. Jesus nos Evangelhos por mais que trabalhasse atendendo as pessoas, tirava um bom tempo para contemplar a Palavra do Pai. Ali, com certeza, num diálogo profundo com seu Pai e nosso Pai, Ele ia entendendo o Projeto de Salvação do mundo e assumindo-o em sua vida. Através da contemplação da Palavra de Deus, vamos compreendendo o que Ele quer de cada um de nós. Assim, temos forças para

ressaltar: vocação não refere-se somente à Vida Religiosa Consagrada, a ser padre. Santo Afonso Maria de Ligório, no século XVII, já afirmava com muita segurança em seus escritos, que todo aquele que vive uma vida dignamente, como um bom profissional em todos os sentidos, um bom esposo, uma boa esposa, o esforço de vivenciar a vida familiar, é dom de Deus! Quando entendemos isso em nossas vidas, tudo fica mais fácil, pois, compreendemos o Dom de Deus, mesmos nas horas difíceis. Outra coisa importante, em se tratando da Bíblia são os livros que mais nós nos identificamos. É muito importante entender isso, às vezes a pessoa quer ler toda a Bíblia de uma vez para entendê-la ou por compromisso com a Palavra de Deus. Não é necessário. Busque os livros que mais você se identifica ou os mais populares: Gênesis, principalmente do capítulo 12 em diante; Profetas, os mais conhecidos, Isaías e Jeremias; Salmos, praticamente todos; 1º e 2º Samuel; Judite uma mulher de grande experiência e fé, diante de tantas tribulações; Ezequiel; Daniel; Sabedoria; Eclesiástico, etc, todos do Antigo Testamento. No Novo Testamento, partindo dos evangelhos, podemos ler todos. O livro do Apocalipse é o mais delicado, por causa do tipo de linguagem usada no seu tempo. Uma vez que, de outra forma, a mensagem não chegaria aos destinatários, por causa da perseguição aos cristãos no séc. I, início da Era cristã. É através da Palavra de Deus que vamos percebendo o rosto de Jesus nas pessoas, comprometidas com a causa do Reino de Deus. Isso nos fortalece para também respondermos ao chamado d’Ele em nossa vida e formamos Comunidade: Comunhão! Vamos juntos meditar mais a Palavra de Deus em nossas vidas e nos comprometer com o avanço do Reino de Deus em nosso meio. Nos alegrando com aqueles que se alegram com a Palavra e despertando e alimentando os que sofrem para fazerem o mesmo. Deus abençoe a todos neste mês da Bíblia, no despertar da Palavra de Deus! O nosso coração está no nome do Senhor: Que fez o céu e a terra! Dom Henrique A. de Lima, CSsR Bispo Diocesano

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Palavra de Vida

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“Tudo é vosso, vós sois de Cristo e Cristo é de Deus” (1Cor 3, 22-23)

stamos na comunidade dos cristãos de Corinto, muito viva, cheia de iniciativas, animada internamente por grupos ligados a diversos líderes carismáticos. Daí, também, a existência de tensões entre pessoas e grupos, divisões, culto de personalidade, vontade de aparecer. Paulo intervém com decisão, lembrando a todos que, em meio à riqueza e variedade de dons e lideranças da comunidade, algo de muito mais profundo liga seus membros em unidade: o fato de pertencerem a Deus. Ressoa, mais uma vez, o grande anúncio cristão: Deus está conosco. Não estamos desnorteados, órfãos, abandonados a nós mesmos. Mas, sendo filhos Dele, pertencemos a Ele. Como verdadeiro pai, Ele cuida de cada um, sem deixar-nos faltar nada daquilo que precisamos, para o nosso bem. Mais ainda, Ele é superabundante no amor e nas dádivas: «Tudo vos pertence – afirma Paulo – o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, tudo é vosso!». Ele nos deu até mesmo o seu Filho, Jesus. Como é imensa a confiança da parte de Deus ao colocar tudo em nossas mãos! Por outro lado, quantas vezes abusamos dos seus dons: agimos como se fôssemos donos da Criação, até o ponto de saqueá-la e degradá-la; donos dos nossos irmãos e irmãs, até o

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ponto de escravizá-los e massacrá-los; donos das nossas vidas, até o ponto de arruiná-las no narcisismo e na degeneração. O imenso dom de Deus – “Tudo é vosso” – exige gratidão. Muitas vezes nos lamentamos por aquilo que nos falta, ou nos dirigimos a Deus somente para pedir. Por que não olhamos ao nosso redor e descobrimos as coisas boas e bonitas que nos rodeiam? Por que não mostramos a Deus a nossa gratidão por tudo o que Ele nos doa, dia após dia? “Tudo é vosso” é também uma responsabilidade. Ela exige de nós solicitude, ternura, zelo por aquilo que nos foi confiado: o mundo inteiro e cada ser humano; o mesmo zelo que Jesus tem por nós (“vós sois de Cristo”), o mesmo zelo que o Pai tem por Jesus (“Cristo é de Deus”). Deveríamos saber alegrar-nos com quem está na alegria e chorar com quem chora, prontos a recolher cada gemido, divisão, dor, violência, como algo que nos pertence. E compartilhar tudo, até que seja transformado em amor. Tudo nos é dado para que possamos levá-lo a Cristo, ou seja, à plenitude de vida, e a Deus, ou seja, até a sua meta final, restabelecendo assim em cada coisa e em cada pessoa sua dignidade e seu significado mais profundo. Um dia, em 1949, Chiara Lu-

bich experimentou uma profunda unidade com Cristo, chegando a sentir-se unida a Ele como a esposa ao Esposo. Imaginou, então, qual seria o dote que apresentaria a Ele e entendeu que deveria ser toda a Criação! Ele, por sua vez, daria a ela em herança todo o Paraíso. Lembrou-se então das palavras do Salmo: “Pede-me e te darei como herança as nações e como tua posse os confins da terra” (Sl 2,8). “Nós acreditamos e lhe pedimos; e deu-nos tudo para levarmos tudo a Ele, e Ele nos dará o Céu: nós, a Criação; Ele, o Incriado”. Perto do final de sua vida, falando do Movimento que ela havia feito nascer e no qual ela se via refletida, Chiara Lubich assim escreveu: «Qual o meu último desejo agora e por enquanto? Quisera que a Obra de Maria [o Movimento dos Focolares], no final dos tempos, quando estiver à espera de comparecer perante Jesus abandonado-ressuscitado, em bloco, pudesse repetir-lhe – fazendo eco às palavras do teólogo belga Jacques Leclercq, que sempre me comovem: “No teu dia, meu Deus, caminharei em tua direção... Caminharei em tua direção, meu Deus e com o meu sonho mais desvairado: levar para ti o mundo em meus braços”».

Pe. Fábio Ciardi


Testemunho de Vida

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São Pedro Claver

o canonizar o Padre Pedro Claver, no dia 15 de janeiro de 1888, o Papa Leão XIII afirmou: «Pedro Claver é o santo que, depois de Cristo, mais me impressionou!». Nascido a 26 de junho de 1580, em Verdú, na Espanha, Pedro Claver passou à história da Igreja como o “apóstolo dos escravos africanos”. Era jesuíta, mas diferentemente de vários dos primeiros colegas, que provinham de famílias nobres e abastadas, como Luiz Gonzaga, Francisco Xavier, José de Anchieta, Francisco Borja e o próprio Fundador, Inácio de Loyola, Pedro era filho de agricultores simples e analfabetos. Contudo, apesar de pobres, eles o encaminharam aos estudos, convencidos de que era esta a melhor garantia para o seu futuro. Enquanto frequentava a universidade de Barcelona, sentiu o chamado a uma vida espiritual mais plena e profunda. Em 1601, aos 21 anos, pediu para ingressar na Companhia de Jesus. Aceito, foi enviado para Palma de Maiorca, nas Ilhas Baleares, a fim de frequentar o curso de filosofia. Ali teve a graça de conviver com um irmão leigo, Afonso Rodriguez, que muito o ajudou com sua santidade vida e seus conselhos. De fato, certo dia, Pedro perguntou a Afonso: «O que devo fazer para amar verdadeiramente a Deus? Ele me inspira grandes desejos de ser todo dele, mas não sei o que fazer». Afonso, que estava muito por dentro da triste realidade enfrentada pelos escravos africanos na América do Sul, lhe respondeu: «É lá que Jesus o espera. Se você soubesse o grande tesouro que Ele lhe preparou! Mas lembre-se: quem não sabe sofrer, não sabe amar». Fez o noviciado em Tarragona e iniciou o curso de teologia em Barcelona, mas o interrompeu em 1610, quando seus supe-

riores atenderam a seu pedido e o enviaram para Nova Granada – como então era denominada a atual Colômbia. Seus primeiros passos na América Latina foram dados em Bogotá, onde concluiu os estudos de teologia e se inculturou na nova realidade. Recebeu a ordenação sacerdotal a 19 de março de 1616, com 35 anos de idade. Foi, então, enviado para Cartagena, um dos mais importantes centros comerciais espanhóis no Novo Mundo e principal porto negreiro. Nele chegavam em torno de 10 mil escravos por ano, que eram confinados em verdadeiros pardieiros, até serem adquiridos por algum senhor. Sua miséria material só encontrava símile na miséria moral. Na época, a escravidão era considerada inteiramente normal. Os negros eram vendidos nas costas da África, às vezes por gente de sua própria tribo, ou de outras das quais haviam se tornado escravos, como prisioneiros de guerra. Estudos divulgados em 1770 asseveravam que, até aquela data, a América recebera de oito a nove milhões de africanos. Durante mais de quarenta anos, Pedro se considerou e atuou como “escravo dos escravos”, colocando-se inteiramente ao seu serviço. Não se contentava em gritar contra a escravidão: por esse motivo, por mais vezes sofreu ameaças de morte e emboscadas. Ele se dedicava a cada escravo com o amor de um pai e de uma mãe. Por serem considerados sem alma por alguns fazendeiros, os negros eram tratados como animais. Por

isso, uma das primeiras tarefas do Pe. Pedro era prepará-los para o batismo, para que se sentissem e fossem tratados como “gente”, iguais a seus patrões. Mas, entendia que não podia parar apenas na doutrinação. Dizia: «Nós não nos comunicamos com eles com palavras, mas com as mãos e os fatos, pois se não dermos algo para alimentá-los, as palavras são totalmente inúteis». No dia 3 de abril de 1622, ao fazer a profissão religiosa perpétua, acrescentou o voto de se doar para sempre e inteiramente à promoção dos negros, passando-se, então, a assinar: “Pe. Pedro Claver, escravo dos africanos para sempre”. Cumpriu heroicamente o voto, cuidando dos negros como se o estivesse fazendo para o próprio Jesus. Ele mesmo garante que, ao longo do período em que atuou em Cartagena, tenha batizado mais de 300.000 africanos. Faleceu na festa da Natividade de Nossa Senhora, dia 8 de setembro de 1654, aos 74 anos de idade, em consequência da peste que, em 1650, atingira a população local, e que ele também contraíra, deixando-o fragilizado e paralítico, mas não o suficiente para que se sentisse dispensado de atender às dezenas de pessoas que, todos os dias, o procuravam em busca de confissão e de orientação. Se o Papa Leão XIII viu nele um santo que, depois de Cristo, mais o impressionou, São João Paulo II percebeu que seu exemplo continua válido também nos dias atuais, e estendeu sua festa litúrgica – celebrada no dia 9 de setembro – para toda a Igreja de rito latino.

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A Palavra do Papa

JMJ: Não confundam felicidade com um sofá, diz Papa aos jovens S

“ im, julgar que, para ser felizes, temos necessidade de um bom sofá”, diz Papa na Vigília de Oração com os jovens da JMJ O “Campus Misericordiae” estava repleto de jovens neste sábado, 30, para a Vigília da JMJ, em Cracóvia. Sob sol forte e céu azul, mais de um milhão e meio participou do evento, segundo informou a Rádio Vaticano. O Papa Francisco chegou ao local para presidir a Vigília; passou pela Porta Santa junto com cinco jovens que representavam os continentes; depois, quebrou o protocolo e convidou-os para um giro no papamóvel. Surpresos, os jovens embarcaram para um passeio com o Pontífice. No discurso, Francisco comentou os testemunhos dos três jovens, que iniciaram o encontro. Ele destacou o de Rand, uma jovem síria que contou como a guerra tem destruído seu país e seu povo. O Papa afirmou que, diante desse sofrimento, a resposta da Igreja e dos cristãos não deve ser o ódio, a violência ou o terror, mas a fraternidade. “Jesus convida-te, chama-te a deixar a tua marca na vida, uma marca que determine a história…”, disse Francisco. “Não queremos vencer o ódio com mais ódio, vencer a violência com mais violência, vencer o terror com mais terror. A nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade, chama-se irmandade, chama-se comunhão, chama-se família”, afirmou. O Santo Padre disse que o medo, experimentado pelos jovens que testemunharam, não deve causar paralisia. “A paralisia faz-nos perder o gosto de desfrutar do encontro, da amizade, o gosto de sonhar juntos, de caminhar com os outros”. Mas, para o Papa, há outra paralisia ainda mais perigosa e difícil de identificar: a paralisia que brota quando se confunde a felicidade com um sofá! “Sim, julgar que, para ser felizes, temos necessidade de um bom sofá”. “Certamente, para muitos, é mais fácil e vantajoso ter jovens pasmados e entontecidos que confundem a felicidade com um sofá; para muitos, isto resulta mais conveniente do que ter jovens vigilantes, desejosos de responder ao sonho de Deus e a todas as aspirações do coração”, afirmou o Papa.

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“Mas a verdade é outra! Queridos jovens, não viemos ao mundo para “vegetar”, para transcorrer comodamente os dias, para fazer da vida um sofá que nos adormeça; pelo contrário, viemos com outra finalidade, para deixar uma marca. É muito triste passar pela vida sem deixar uma marca. Mas, quando escolhemos a comodidade, confundindo felicidade com consumo, então o preço que pagamos é muito, mas muito caro: perdemos a liberdade”, completou. Neste sentido, o Papa afirmou que Jesus é o Senhor do risco, não o Senhor do conforto, da segurança e da comodidade. Para seguir a Jesus, afirmou o Pontífice, é preciso ter uma boa dose de coragem, é preciso decidir-se a trocar o sofá por um par de sapatos que te ajudem a caminhar por estradas nunca sonhadas. “O tempo que hoje estamos a viver não precisa de jovens-sofá, mas de jovens com os sapatos, ainda melhor, calçados com as botas. Aceita apenas jogadores titulares em campo, não há lugar para reservas”, ressaltou. O Papa pediu aos jovens que ensinem os adultos a conviverem na diversidade, no diálogo, na partilha da multiculturalidade não como uma ameaça mas como uma oportunidade: “tende a coragem de nos ensinar que é mais fácil construir pontes do que levantar muros!” “Aceitais? Que respondem as vossas mãos e os vossos pés ao Senhor, que é caminho, verdade e vida?”, perguntou-lhes concluindo o discurso.


A Igreja é Notícia

O segredo da cidade Bósnia onde jamais houve um divórcio

O Brasil se destaca na Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia

Na cidade de Siroki-Brijeg, na Bósnia e Herzegovina, nenhum divórcio ou família separada jamais foi registrado entre os seus mais de 26 mil habitantes! Qual seria o segredo de seu sucesso? Quando os noivos vão à igreja para se casar, carregam um Crucifixo com eles. O padre abençoa o Crucifixo e quando o casal faz os votos matrimoniais, a noiva coloca a sua mão direita sobre o Crucifixo, e o noivo coloca a sua mão direita por cima da dela. Eles são unidos entre si e unidos à Cruz. Depois, os dois beijam primeiro a Cruz, e não um ao outro. Se um abandonar o outro, ele abandona o Cristo na Cruz. Eles perdem Jesus! Após a cerimônia, os recém-casados atravessam a porta de casa para entronizar aquele mesmo Crucifixo num lugar de honra. Ele se torna o ponto de referência de suas vidas, e o local de oração da família. O jovem casal crê firmemente que a família nasce da Cruz.

Cracóvia recebeu o grande encontro de jovens pela segunda vez: a bela cidade do sul da Polônia também foi a sede da JMJ de 1991. São João Paulo II, que idealizou as jornadas e realizou a primeira em 1986, em Roma, foi homenageado na missa de abertura. O Brasil, que sediou a edição passada no Rio de Janeiro, teve importante presença no encontro de Cracóvia: apesar da distância, trata-se do terceiro país em número de peregrinos na Polônia, atrás da própria Polônia (com 25,5% dos jovens inscritos) e da Itália (com 13,6%). Parte da grande participação brasileira se deve ao sucesso da JMJ no Rio, que superou todas as expectativas de público.

Cantor sertanejo faz público chorar com arrepiante testemunho de fé em Nossa Senhora O programa “Terra da Padroeira“, transmitido pela TV Aparecida aos domingos, recebeu na edição passada, 17 de julho, a jovem dupla sertaneja Hugo e Tiago, que impactou e levou o público às lágrimas com um testemunho de fé de arrepiar. Os dois irmãos compartilharam a sua dramática vivência recente da enfermidade do pai, que enfrentou uma severa pneumonia, agravada pelo fato de só ter um pulmão. A culminação do drama familiar veio no dia em que, mesmo depois que a família tinha se unido com grande fervor na oração do rosário, “seu” Alcides ficou à beira da morte. Naquele dia, Tiago entrou no quarto do pai e sentiu um forte odor de flores e rosas. Chamou a mãe e a irmã e, todos juntos, correram para o hospital. Três horas depois que o pai tinha praticamente morrido, os médicos chamaram a família e fizeram uma declaração surpreendente, que milagrosamente seu Alcides tinha se recuperado, relata o próprio Tiago aos prantos de emoção.

“Chuva” de vocações após a JMJ: 7 mil jovens dizem sim a Deus Em um encontro vocacional do Caminho Neocatecumenal que reuniu aproximadamente 200.000 jovens em Cracóvia (Polônia), 3.100 homens, 4.000 mulheres e 2.000 famílias se mostraram dispostos a entrar em um seminário, na vida religiosa ou sair em missão para qualquer lugar do mundo. O encontro foi realizado por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia. O evento do Caminho aconteceu em uma área do Campus Misericordiae, o mesmo local no qual foi celebrada a Vigília e a Missa de encerramento da JMJ. O encontro foi guiado pelo iniciador do Caminho Neocatecumenal, Kiko Argüello, e o Pe. Mario Pezzi, responsáveis a nível mundial desta iniciação cristã de adultos.

Belém se prepara para o XVII Congresso Eucarístico Nacional A cidade de Belém (PA) sediou o XVII Congresso Eucarístico Nacional. O evento aconteceu de 15 a 21 de agosto e teve como tema “Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária” e lema “Eles o reconheceram no partir do Pão” (Cf. Lc 24,35). Milhares de pessoas de todo o país se fizeram presentes no evento, que acontece em diversos pontos da cidade. O objetivo do evento, de acordo com Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém, “é tornar visível em todo o Brasil a força da Eucaristia”. Além disso, em 2016, celebram-se 400 anos da fundação de Belém e de atividade missionária da Igreja na Amazônia. Ainda de acordo com o arcebispo, este congresso teve como objetivo “tornar visível a ação missionária na Amazônia, de um povo de fé, que testemunha com a sua cultura e maneira de ser, uma Igreja viva no norte do Brasil”.

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Opiniões que fazem opinião

Oposição e vitória M

uitos acham que se vencem os opositores maquinando e realizando atos, projetos, armadilhas, processos, calúnias, difamações e até mentiras e outros meios desonestos. Dessa forma, podem constranger, vingar-se e tirar da concorrência os de diferentes ideias, ideais e pleitos. Na política isso acontece com muita frequência. Julgam, assim, que vencem na marra, porque se apropriam do lugar concorrido por outros. Confundem, mesmo propositalmente, conforme a conveniência, adversários com inimigos. Aliás, a boa concorrência é salutar quando realizada dentro da ética, da lei e do respeito aos outros. A vitória, no entanto, não é simplesmente a de quem ganhou, lícita ou ilicitamente. É, sim, de quem contribui para o benefício social, dentro das regras do humanismo e do respeito à dignidade humana, mesmo perdendo uma disputa de cargos e funções. Jesus é o maior vencedor, mesmo na aparente derrota, imposta por quem conseguiu matá-lo. Do alto da cruz pediu ao Pai o perdão para seus algozes. Sua ressurreição foi a maior vitória. Seguindo-O, aprendemos a ganhar, quando damos vez e até perdoamos a quem nos faz o mal. Ensina-nos a pagar o mal com a misericórdia e a realização do bem a quem nos ofende. O ganho não está na vitória em relação a um pleito disputado. Está mais na grandeza de se esforçar, para servir e colaborar com os opositores para eles realizarem o maior benefício à coletividade. Concorrer com meios éticos e métodos cidadãos, mesmo perdendo, vale mais do que a vitória com meios desonestos, ilegais e imorais. Só a pessoa de bom caráter sabe usar os meios lícitos para a disputa. Na época do profeta Jeremias, ele foi

perseguido por dizer e defender a verdade. Colocaram-no em cisterna com barro para ele morrer de fome. Foi salvo porque foi defendido por pessoas de bem. Estas foram instrumentos divinos para salvar um inocente, das mãos de pessoas vingativas e maldosas. A carta aos hebreus lembra o quanto Jesus sofreu e suportou a infâmia, enfrentando a oposição por parte dos pecadores, dando o exemplo para a pessoa de bem não se abater nem desanimar. É preciso resistir à tentação da corrupção e do pecado, não caindo na armadilha de quem usa meios anti-cidadãos para vencer a qualquer custo. O desafio de Cristo é grande para se conviver e se impor em relação aos que usam de meios imorais para se projetarem. Ele até diz: “Eu vim lançar fogo sobre a terra... vim trazer a divisão” (Lucas 12, 49.50). Seu método não é aceito por quem é egoísta e não pratica a justiça, opondo-se a quem promove o bem com honestidade, verdade e respeito aos valores morais. A vitória acontece para quem dá de si, em proveito do semelhante, tudo fazendo para favorecer os outros de modo justo, solidário e fraterno. O ditado “rouba, mas faz” não está no dicionário de quem tem grandeza moral e não tira o que é dos outros, em vantagem própria ou de grupos privilegiados. Roubar do próximo é roubar de Deus! A pessoa que assim o faz vai ter que prestar contas ao Criador. Neste ano da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, precisa-se chamar a atenção dos que participam das eleições municipais, eleitores e elegíveis, para terem misericórdia da sociedade, principalmente dos mais deixados de lado na justiça social, para usarem dos meios éticos no eleger e serem eleitos. Comprar e vender votos é uma grande injustiça para com todos. Vence quem tem grandeza de caráter e contribui, com meios lícitos, para um bom pleito.

Dom José Alberto Moura, CSS Arcebispo de Montes Claros - MG

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Círculos Bíblicos

1º Encontro Miquéias: profeta em defesa da vida

Acolhida: Preparar Bíblia, vela, e flores! Animador/a: Acolhamo-nos carinhosamente como irmãs e irmãos, colocando-nos na presença de Deus e cantando o Sinal da Cruz! Canto: “Senhor, quem entrará... Animador/a: “Oh homem! O que é bom; o que Deus exige de você: Todos: Praticar a Justiça; amar a Misericórdia; caminhar humildemente com o seu Deus!” (Mq 6,8). Animador/a: É isso também que Deus pede de nós, suas filhas e seus filhos! É isso que nos faz verdadeiramente felizes! ORAÇÃO (Salmo 85) Leitor/a 1: Senhor, Deus Salvador, sempre foste amigo dos seres humanos! Torna a ser novamente nosso amigo! Mostra-nos outra vez teu amor fiel, e dá-nos tua Salvação! Todos: Quero ouvir o que o Senhor vai dizer! Certamente, nos vai falar de Paz; a nós, seu povo e seus amigos; e a todas e todos que se converterem de coração! Leitor/a 1: Sim, a Salvação está muito perto dos que O amam e nossa terra verá de novo sua presença radiante! Todos: Neste dia, amor e fidelidade se encontrarão; justiça e Paz se abraçarão! À sua frente, o Senhor enviará sua Justiça, abrindo entre nós um caminho para a Paz!

ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: O Profeta Miquéias nasceu em Morastí; uma vila no interior de Judéia, uns 40 quilômetros de Jerusalém. Era, portanto, de origem camponesa! Miquéias exercia sua profecia entre os anos 740 a 700 antes de Cristo. Vindo da roça, tornou-se porta-voz do povo pobre da terra, fazendo ouvir seu grito de dor! Miquéias denunciava bravamente os males, que atingiam o povo camponês: Leitor/a 2: - a permanente exploração e roubo do campo pela cidade; - o acúmulo das terras em poucas mãos; - as constantes guerras e violência sangrenta; - a cobiça e corrupção dos governantes! Dizia àqueles que deveriam zelar pela justiça e pela paz: Todos: “Vocês têm horror à Justiça e entortam tudo o que é reto!” (3, 9). “Acabou-se a paciência do Senhor!” (2, 7b). “Cobiçam campos e os roubam. Assim oprimem o homem e à sua família!” (2, 2). “Inimigos do bem e amantes do mal, vocês são gente que devora o carne do meu povo; quebra seus ossos e os faz em pedaços!” (3, 2 -3). ESCUTANDO A PALAVRA

Canto de Aclamação. Animador/a: Miquéias não só denuncia os males; também sabe animar! Nem tudo está perdido! Deus se serve do povo pobre, fraco, mas fiel, para construir uma sociedade diferente: uma sociedade sem armas, sem acúmulo, sem cobiça; um mundo de Paz, de vida feliz e

tranquila, fruto da justiça, da solidariedade, da partilha! “Deus, Ele próprio, será a Paz!”(5,4). Leitor/a 3: Leitura do Profeta Miquéias 4, 1 - 5 (proclamar 2 x). a) Nesta leitura, o que mais chamou sua atenção? b) “Eu quero a Misericórdia e não o sacrifício!” (Mt 9,13). Que significa isso para mim? ASSUMINDO A PALAVRA

Animador/a: Diante de tanta desigualdade, ganância, corrupção, consumismo exagerado, também no Brasil, fica evidente e atual a profecia de Miquéias: Todos: “Um povo não vai mais pegar em armas contra outro; nunca mais aprenderão a fazer guerra! Cada um poderá sentar-se debaixo da sua parreira ou da sua figueira, sem ser perturbado!” (4, 4). c) Que posso fazer, de concreto, para que este sonho de Deus aconteça em nosso meio? ORAÇÃO E BÊNÇÃO

Leitor/a 1: Senhor, Deus da Paz, nós vos agradecemos por nos terdes enviado Jesus, amigo da vida, autor de todo bem, vínculo de toda fraternidade! Todos: Senhor, fonte de vida! Ensina-nos o milagre da solidariedade e partilha! Então haverá Paz nesta Terra da Santa Cruz! Todos: Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai... Animador/a: Que o Deus misericordioso, cheio de compaixão, acenda em nós o fogo de seu amor, e nos abençoe, agora e sempre! Amém! Canto final (abraço).

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Círculos Bíblicos

2º Encontro A paciência de Deus tem limites?

Acolhida: Arrumar o altar como de costume, não esquecendo de expor a Bíblia, a bandeira do Brasil, que nos lembra a Pátria e outras imagens, se for possível. Animador/a: “A paciência de Deus tem limites?” Esta frase irá nortear o nosso encontro de hoje; ela perpassa algumas partes do livro do profeta Miquéias, o qual estamos estudando neste mês. Coloquemo-nos no seio da Santíssima Trindade, cantando com alegria o sinal da Cruz: Em Nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo. Amém. Amém, aleluia. Amém, aleluia. Amém, aleluia. Aleluia, amém!

Canto: Senhor se Tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: eis-me aqui. (2X) PROFETAS te ouviram e seguiram tua voz, andaram mundo afora e pregaram sem temor. Seus passos tu firmastes sustentando seu vigor. PROFETA tu me chamas: vê Senhor, aqui estou. ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: O profeta Miquéias nos mostra em sua mensagem, que Deus além de repreender o povo pelo pecado e de falar sobre as consequências da desobediência, revela e afirma vários pontos importantes da mensagem de Deus para seu povo. ORAÇÃO INICIAL

Todos: Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor, enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovarei a face da terra. Ó Deus que instruís os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que

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apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém! ESCUTANDO A PALAVRA

Leitor/a 01: Uma das acusações de Deus contra seu povo, conforme fala Miquéias, é que este seria castigado por causa da injustiça e opressão. Deus se refere diretamente aos ricos e líderes que usam as suas posições de poder, para maltratar os pobres. Canto: Tua palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor. Lâmpada para os meus pés, Senhor. Luz para o meu caminho (2x) Leitor/a 02: Leitura do Livro do Profeta Miquéias 2, 1-2. 8-10 PARTILHANDO A PALAVRA

Animador/a: O poder, econômico, político ou religioso, não deve ser usado para ganhar vantagem sobre os menos favorecidos. Mas a serviço da vida. a) O profeta fala de campos e casas que são tomadas, oprimindo ao homem e à sua família. Deus usaria de paciência com o opressor mesmo sabendo da injustiça? b) Em nossa sociedade pós-moderna, quem são as pessoas destituídas do necessário para uma vida digna?

ASSUMINDO A PALAVRA

Animador/a: Quando o povo de Deus se instalou na terra prometida, tudo foi sorteado de forma fraterna, onde cada família tivesse seu espaço para viver. Mas a ambição de alguns em adquirir grandes fortunas, fez com que muitos ficassem sem seu terreno e isso gerou a miséria e a desintegração da própria nação de Israel, ao ponto de cair em poder de outro povo, ficando exilado. c) Para que nossa sociedade, nossas famílias, nossa Igreja não venham fracassar em si mesmas e não morram reféns de sua própria ganância, qual deve ser o nosso compromisso cristão? REZANDO A PALAVRA

Salmo 57 Leitor/a 01: Piedade, ó Deus, tem piedade de mim, pois eu me abrigo em ti; eu me abrigo à sombra das tuas asas, até que passe a desgraça. Todos: Eleva-te sobre o céu, ó Deus, e tua glória domine a terra inteira! Leitor/a 02: Eu clamo ao Deus Altíssimo, ao Deus que faz tudo por mim. Do céu ele me enviará a salvação confundindo os que me atormentam! Deus enviará seu amor e sua fidelidade! Todos: Eleva-te sobre o céu, ó Deus, e tua glória domine a terra inteira! ASSUMINDO A PALAVRA

“Abramos nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade...” Papa Francisco – Misericordiae Vultus. Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai. Canto a escolha...


Círculos Bíblicos

3º Encontro O Messias, líder verdadeiro Acolhida: Preparar uma mesa com Bíblia, flores, crucifixo, vela e palavras: justiça, paz, solidariedade, amor... Animador/a: Queridos Irmãos e Irmãs como é bom estarmos juntos para mais um encontro. Estamos aprofundando, neste mês, o livro do profeta Miquéias que, com sua coragem profética, revela a grandeza do agir de Deus na história. Iniciemos em nome do Pai, do Filho... Todos: Amém! Canto: Indo e vindo, trevas e luz/ tudo é graça Deus nos conduz. (bis) ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Animador/a: A luz projetada por Miquéias para transformar as relações se faz presente em Jesus de Nazaré. O Filho abraça, na radicalidade, a vontade do Pai e aponta o caminho com sua prática, ensinada pelos profetas. Ainda hoje esse projeto se torna visível nas pessoas de boa vontade. Leitor/a 1: Quando Deus Pai enviou Jesus ao mundo, Ele o fez para estender a todos a sua misericórdia. De todos os lugares em Judá, Deus escolheu a pequena cidade de Belém-Éfrata, como origem do Messias, aquele que governará Israel (Mq 5,1-2). Canto: - Nossa alegria é saber que um dia,/ todo este povo se libertará,/: pois Jesus Cristo é Senhor do mundo, nossa esperança realizará. - Vendo no mundo tanta coisa errada/ a gente pensa em desanimar/: Mas quem tem fé sabe que está com Cristo,/ tem esperança e força pra lutar.

ORAÇÃO INICIAL

Animador/a: Deus conduz a nossa história e se mostra fiel. “Deus está ao nosso lado, caminha conosco e nos espera sempre” (Papa Francisco). Rezemos o Salmo 24 (25): Lado A: Mostrai-me, Ó Senhor, vossos caminhos e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação. Lado B: O Senhor é piedade e retidão e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça e aos pobres ele ensina o seu caminho. Lado A: Verdade e amor são os caminhos do Senhor para quem guarda a sua aliança e seus preceitos. O Senhor se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua aliança. ESCUTANDO A PALAVRA

Animador/a: Com a escuta da Palavra, abramos o nosso coração para que sejamos homens e mulheres de esperança. Canto: Tua Palavra é! Luz do meu caminho! Luz do meu caminho, meu Deus! Tua Palavra é! Leitor/a 2: Leitura do profeta Miquéias 5,1-4a (Ler duas vezes) a) O que mais chamou a atenção no texto? b) Em quais versículos se vê claramente o plano de Deus para o seu povo? Comente. REZANDO A PALAVRA

Animador/a: Miquéias era um homem de esperança. Ele lembra como era a vida do povo no passado, bem no começo, “nos

dias da saída da terra do Egito” (Mq 7,15). Como todo o povo, o profeta ansiava por uma nova sociedade, na qual existiria paz, liberdade e justiça. Havia uma grande expectativa em relação à vinda do Messias, o líder verdadeiro. Esta expectativa do profeta tornou-se presente para a humanidade, por meio de Jesus de Nazaré. Canto: Quando o dia da paz renascer/ quando o sol da esperança brilhar/ Eu vou cantar! / Quando o povo nas ruas sorrir/ E a roseira de novo florir/ Eu vou cantar! R: Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo!/ No olhar da gente a certeza do irmão, reinado do povo (bis) Animador/a: Juntos, de mãos dadas, acreditando na força de sermos irmãos e irmãs, rezemos: Todos: Pai Nosso ASSUMINDO A PALAVRA

c) Diante do que refletimos neste encontro, que compromisso podemos assumir como expressão de solidariedade em nossa comunidade? BÊNÇÃO FINAL

Animador/a: O Senhor nos abençoe e nos guarde. Todos: Amém! Animador/a: O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e nos conceda a misericórdia. Todos: Amém! Animador/a: O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz. Todos: Amém! Animador/a: Bendigamos ao Senhor! Todos: Demos graças a Deus! Canto a escolha

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Círculos Bíblicos

4º Encontro Deus, pastor e guia do seu povo!

Acolhida: Dispor sobre a mesa a Bíblia, vela, flores e objetos, imagens ou figuras que fazem lembrar Deus como pastor e guia do seu povo.

Animador/a: Queridos irmãos e irmãs, sejam todos bem vindos! É motivo de alegria nos reunirmos para celebrar, rezar e meditar, à luz da Palavra de Deus. A imagem de um Deus – Pastor é muito comum no Antigo Testamento, conduzindo seu povo, como um pastor conduz o rebanho, procurando as melhores pastagens, água limpa e sombra, onde pudessem descansar e repousar. No Novo Testamento, o próprio Jesus se autodenomina Pastor, relacionando-se com o seu povo de modo amoroso, acolhendo, curando e exortando ao bom caminho! Iniciemos, confiantes no amor do Deus Trino: Em nome do Pai... Canto: O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Ainda que eu ande, pelo vale da sombra da morte Não temerei, não temerei, não temerei (2 x) ABRINDO OS OLHOS PARA VER

Leitor/a 1: Nem sempre nós, filhos de Deus, temos a consciência de que Ele conhece os caminhos que nos levam à vida, e que se Nele confiarmos, como pastor e

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guia, seremos levados a um lugar que nem podemos imaginar. Mas, ao contrário, ficamos batendo cabeça, caindo nos espinheiros da vida, distantes Daquele que deseja nos conduzir por caminhos seguros. Leitor/a 2: Rezemos o Salmo 94

PARTILHANDO A PALAVRA

a) Na minha condição de ovelha, tenho buscado a comunhão, a intimidade com Deus – Pastor? Como? b) Em que situações tenho sido uma ovelha rebelde, desobediente ou infiel? Comente. REZANDO A PALAVRA

Todos: Senhor, somos tuas ovelhas, queremos ouvir tua voz, ser conduzidos por tuas mãos.

Leitor/a 1: A cada prece, rezemos: Todos: Jesus, bom pastor, perdoai-nos e socorrei-nos!

Homens: Vinde, manifestemos nossa alegria no Senhor, aclamemos o rochedo de nossa salvação.

- Pelas vezes que nos distanciamos da Igreja, da Palavra e da comunidade: - Por ficarmos surdos aos apelos do Pai à conversão e à vida nova; - Por endurecermos o coração ao perdão e à misericórdia com o próximo; - Por tantas vezes que menosprezamos o amor de Deus e nos embrenhamos em maus caminhos. (Outras preces)

Mulheres: Ele é nosso Deus; nós somos o povo de que Ele é pastor, as ovelhas que suas mãos conduzem. ESCUTANDO A PALAVRA

Animador/a: Pela boca do profeta Miquéias, o povo eleva a Deus sua prece, suplicando ao Senhor, que pela sua infinita misericórdia, venha em auxílio às suas fraquezas, sem, contudo, considerar sua iniquidade, seus pecados. Canto: Pela Palavra de Deus, saberemos por onde andar, ela é luz e verdade, precisamos acreditar. (refrão) Cristo me chama, ele é Pastor, sabe meu nome. Fala, Senhor! Leitor/a 3: Ouçamos: Miquéias 7,14-15.18-20

ASSUMINDO A PALAVRA

c) O que me proponho (ou nos propomos) a fazer, a fim de que tantas ovelhas desgarradas voltem ao redil do Bom Pastor? BÊNÇÃO FINAL

Animador/a: Peçamos a intercessão de Nossa Senhora, para que sejamos obedientes e dóceis à vontade de Deus. Ave Maria, Salve Rainha. Abençoe Nosso Deus, rico em misericórdia, Pai... Canto: Pelos prados e campinas...


Pergunte e Responderemos

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Quem são e o que fazem os anjos?

« om Redovino, no dia 29 de setembro a Igreja celebra São Miguel, São Rafael e São Gabriel e, no dia 2 de outubro, os anjos da guarda. Diga-nos algo a respeito, pois, diferentemente de quando eu era criança, tenho dúvidas sobre a sua existência e o poder que eles têm para nos defender das tentações e dos perigos» (Márcia Sanches). Na manhã do dia 5 de julho de 2013, após rezar a missa na Casa Santa Marta, o Papa Francisco dirigiu-se aos jardins do Vaticano para inaugurar uma estátua de São Miguel Arcanjo, padroeiro do Vaticano. No seu discurso, o Papa explicou: «Miguel significa “Quem é como Deus?”. É o campeão do primado de Deus, de sua transcendência e poder. Miguel luta para restabelecer a justiça divina; defende o povo de Deus de seus inimigos e, sobretudo, do inimigo por excelência, o diabo. São Miguel vence porque é Deus que age nele». No dia 29 de setembro, a Igreja recorda três desses anjos de grau “mais elevado”: os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. Cada um exprime uma modalidade da presença de Deus entre os seres humanos. Miguel é o defensor contra as artimanhas do maligno; Gabriel nos traz as mensagens de Deus, assim como fez com Maria; e Rafael socorre os fracos, os doentes e as famílias. Eles nos mostram o rosto de um Deus amoroso e, ao mesmo tempo, nos convidam a sermos, nós mesmos, “anjos da guarda” para o próximo. Francisco voltou ao assunto em outras ocasiões, como, por exemplo, no dia 2 de outubro de 2014, quando lembrou que a doutrina sobre os anjos não é fantasia, mas uma realidade. E fundamentou suas palavras sobre alguns textos da Sagrada Escritura: «Deus ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te conduzirão na palma da mão, para que teus pés não tropecem nas pedras» (Sl 90, 11-12). «Cuidado para não levar ao pecado a nenhum destes pequeninos, pois eu lhes digo que seus anjos contemplam continuamente o rosto de meu Pai que está nos céus» (Mt 18, 10). O Papa concluiu sua exortação questionando os presentes: «Como é a relação com o meu anjo da guarda? Escuto-o? Digo-lhe “bom dia”, de manhã? Digo-lhe: “Guarda-me durante o sono”? Falo com ele? Peço-lhe conselho?». Independentemente de nossas crises de fé, que muitas vezes são salutares para nos purificar e amadurecer, para a Igreja a existência, a presença e a missão dos anjos junto aos seres humanos é uma verdade de fé. O 4º Concílio de Latrão, realizado em Roma no ano de 1215, afirmou que Deus «criou conjuntamente do nada, desde o início do tempo, ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, os anjos e o mundo terrestre; em seguida, o ser humano, que tem algo de ambos, por se compor de espírito e de corpo».

Por isso, lembra o “Catecismo da Igreja Católica”: «Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus» (Nº 336). Como se sabe, a maioria dos textos bíblicos, sobretudo dos salmos, que se referem aos anjos, lhes atribui como tarefa principal o louvor, a alegria, a unidade com Deus, mas, assim como aconteceu com Jesus e Maria, podemos ter a certeza de sermos, nós também, constantemente acompanhados por um anjo da guarda. Vejamos as “sete” atitudes – sete é um número bíblico! – que os anjos da guarda nos oferecem – ou pedem – em nome de Deus: 1ª = Anunciação: como Maria, somos olhados com amor e ternura por Deus, que nos dá um anjo para nos comunicar sua santa vontade a nosso respeito. 2ª = Natal: eis a confortadora missão do anjo da guarda: «Eu vos anuncio uma grande alegria: nasceu um Salvador para vós!» (Lc 2,10). 3ª = Perseguições: quanto mais autêntica a nossa vida, mais é objeto de perseguições. É o que lembrou o anjo a José: «Toma o menino e vai para o Egito» (Mt 2,13). 4ª = Opções fundamentais: é sobretudo nas decisões mais importantes que os anjos da guarda se fazem presentes: «Quando o diabo o deixou, os anjos se aproximaram e se puseram a servi-lo» (Mt 4,11). 5ª = Consolo nas provações: «Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua». Veio, então, um anjo do céu que o confortava» (Lc 22, 43). 6ª = Testemunhas da Ressurreição: «Eis que lhes apareceram dois homens em vestes brilhantes, que lhes perguntaram: “Por que procurais entre os mortos a quem está vivo?”» (Lc 24, 5). 7º = Ascensão: apareceram dois homens vestidos de branco, que os incentivaram a atuar pela construção do Reino de Deus: «Homens da Galileia, por que ficais aí parados olhando para o céu? Esse Jesus virá da mesma forma como o vistes partir para o céu!» (At 1,11). Dom Redovino Rizzardo, cs

Bispo Emérito

Envie sua pergunta para: redovinorizzardo@gmail.com

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Vida em família

Entenda como pode surgir ódio entre irmãos Sentimentos ruins entre os filhos podem ser evitados pelos pais

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té mesmo o mais antigo documento escrito pelo homem, a Bíblia, revela uma triste história, comum até mesmo nos dias atuais, a briga entre irmãos. Segundo o livro, Caim matou Abel por inveja, ou seja, é realmente possível existir sentimentos negativos entre irmãos? É possível existir até ódio entre irmãos. O primeiro sinal desse sentimento pode partir do ciúme, em uma primeira fase, podendo evoluir para inveja e chegar a uma situação extrema que é o ódio. A chave de uma bom relacionamento entre irmãos são os pais. Eles são o coração da família, por isso devem desde cedo, observar as atitudes dos filhos. Os pais devem ficar atentos ao comportamento dos filhos desde os três anos de idade, que é a fase em que a criança descobre que ela e a mãe não são a mesma pessoa. É nessa fase de descoberta que o filho aprende a lidar com a frustração e saber que a mãe não é única e exclusivamente dele. Até quando ciúme entre irmãos é considerado normal? O relacionamento entre irmãos será sempre marcado pelo ciúme, que, aliás, é saudável em qualquer relação, mas até determinado estágio. Os pais devem observar, em qualquer idade, se o ciúme e as brigas são apenas para chamar a atenção dos pais ou se ultrapassam limites, com agressão física e palavras ofensivas. Geralmente, as crianças e adolescentes disputam a atenção dos pais para chamar atenção.

Na fase infantil, essa situação é aceitável até certo limite. Os pais devem tomar atitudes mais enérgicas quando a situação se torna perturbadora. Não há como saber quem briga mais, se os meninos ou as meninas, mas adianta que irmãos do mesmo sexo tendem a se entender melhor. Ao contrário do que se imagina, irmãos gêmeos não armam disputas entre si, mas as comparações são inevitáveis. A melhor maneira de lidar com a comparação é impor limites. O primeiro passo para aprender a enfrentar as comparações é não deixar a baixa auto-estima tomar conta de um dois irmãos. Dicas para a família conviver em harmonia: - Os pais devem estipular, desde cedo, que os filhos têm que respeitar o espaço dos irmãos, ou seja, aprenderem a dividir. - Devem ficar atentos também na questão da preferência. O filho caçula e o primogênito não devem ser privilegiados pela família. Isso pode causar traumas irreversíveis de baixa auto-estima. - Irmãos gêmeos devem ser criados como duas pessoas diferentes. A convivência facilita que os pais identifiquem dificuldades e pontos fortes em cada um e tentem descobrir maneiras em que os dois filhos possam se ajudar mutuamente. Artigo publicado em 15/01/2009 no site www.minhavida.com.br

Alexandre Bez

Psicólogo especialista em relacionamentos, ansiedade e síndrome do pânico

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A Igreja em serviço

CEBI: disponibilidade para o Reino!

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ês da Bíblia, palavra de Deus que alimenta o coração do homem! Não sou um bom cantor, mas já cantei muitas vezes e imagino que você também cantou a música do Padre Zezinho: ‘Toda bíblia é comunicação, de um Deus amor, de um Deus irmão (...)’. Ou aquele canto mais popular ainda: ‘É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, Tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal (...)’. Em setembro, quero compartilhar contigo sobre um trabalho de evangelização através deste conjunto perfeito que Deus nos deu de 73 livros, a Bíblia com três vértices em permanente interação: a realidade da pessoa, a realidade da comunidade e a realidade da sociedade. Frei Carlos Mesters é um dos fundadores do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI) no Brasil, hoje difundido em vários países do mundo. O Cebi tem como missão, levar ao povo a compreensão dos textos bíblicos, com o aprofundamento e consolidação da leitura biblista, com a defesa e promoção da vida nas comunidades eclesiais, grupos populares e movimentos sociais. Eu e, com certeza, você já deve ter se perguntado: por que a bíblia começa com o livro do Gênesis? O que são os livros apócrifos? Foi Moisés ou é possível saber quem realmente a escreveu? O que é o método histórico-crítico? Respostas para estas perguntas são dadas através do trabalho deste organismo ecumênico. Ecumênico, pois além de leigos, sacerdotes e religiosos, vários membros de outras denominações religiosas colaboram com o aprofundamento das inúmeras perguntas, como estas que acabei de citar. Por curiosidade, para nós católicos, a Bíblia é composta por 73 livros divididos em 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Para os protestantes, a Bíblia tem 66 livros, 39 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Mas o que é preciso para entendê-la? Muita

oração e depois, disposição. Pra quem acompanha o programa ‘Experiência de Deus’ com o Padre Reginaldo Manzotti (no ar na Rádio Coração 95,7 FM de segunda a sábado 09hs), sabe e pode fazer a experiência de aprender e praticar a Leitura Orante da Palavra de Deus. O CEBI pratica essa metodologia, através de um curso que pode ser até aprofundado após o término do curso básico. Vai levar você para conhecer, articular e organizar a prática da Leitura Orante, feita dentro da realidade e da comunidade, despertando a solidariedade e a cooperação na busca de soluções para os problemas do cotidiano. Padre Adriano Van de Ven, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Dourados é o assessor do organismo na diocese. Conhece a história de cada caractere da Bíblia e sempre se dispõem a levar este mesmo conhecimento a outros. Ele é da Congregação do Verbo Divino e autorizado para trabalhar a Bíblia nas comunidades. Hoje, o CEBI atua em Dourados na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Dourados. Após o término desta formação, há ainda o aprofundamento, que é realizado na Paróquia Santo André. Os formadores sempre estão em constante atualização e formação pessoal, para que possam ajudar, e levar com mais compreensão, tamanha obra divina ao conhecimento do povo. Há também escolas em Glória de Dourados, Novo Horizonte do Sul e no Assentamento Itamaraty. O Papa Francisco na Exortação Apostólica EVANGELII GAUDIUM sobre o anúncio do evangelho no mundo atual, cita: ‘A Palavra possui, em si mesma, tal potencialidade, que não a podemos prever. O Evangelho fala da semente que, uma vez lançada à terra, cresce por si mesma, inclusive quando o agricultor dorme (cf. Mc 4, 26-29). A Igreja deve aceitar esta liberdade incontrolável da Palavra, que é eficaz a seu modo e sob formas tão variadas que muitas vezes nos escapam, superando as nossas previsões e quebrando os nossos esquemas’. Estudar a bíblia pode ser um compromisso meu, seu, de todos nós, não só neste mês, mas constantemente. Procure o CEBI mais próximo, vamos juntos ‘mergulhar’ neste oceano tão imenso, que é a Palavra de Deus.

Gabriel Fernandes

Os jovens também procuram o aprofundamento da Palavra de Deus

gfscoficial@gmail.com Apresentador do programa Sintonia da Paz na Rádio Coração 95,7 FM aos sábados, 13h.

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A Diocese em Revista

CONVITE Encontro de Formação Agentes - Cáritas Data: 10 e 11 de setembro de 2016. Local: Centro de Formação São Vicente de Paulo – Distrito de Indápolis – Dourados/ MS. Horário de início: 7h30. Assessores: Alessandra Miranda e Vanderlei Martini (Cáritas Brasileira) Informações: (67) 3424-6721 / 3422-6910 / 996184727 (Josiane) E-mail: caritasdourados@outlook.com

Vila São Pedro, 29 de junho: Missa Solene do Padroeiro da Paróquia São Pedro.

Dourados, 2 de julho: Festa julina das Equipes de Nossa Senhora na Paróquia Bom Jesus.

Dourados, 2 de julho: Missa de envio dos jovens para a JMJ.

Encontro do Clero No dia 15 de agosto, Dom Henrique juntamente com os padres e diáconos se reuniram-se para comemorar o dia do padre (04 de agosto, dia de São João Maria Vianney) e do diácono (10 de agosto, dia São Lourenço). Foi celebrada a Santa Missa às 9h e depois deu-se continuidade com uma confraternização, seguida com um almoço festivo. Foi um belo momento de fraternidade e alegria.

Dourados, 9 de julho: 49 anos de Sacerdócio de Dom Redovino.

Dourados, 14 de julho: Dom Henrique comemora seu aniversário com funcionários da Cúria Diocesana. Dourados, 14 de julho: Missa em Ação de Graças aos 52 anos de vida de Dom Henrique.

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A Diocese em Revista Dourados, 16 de julho: Missa Solene da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora do Carmo.

Dourados, 16 de julho: Missa Sertaneja na Catedral Imaculada Conceição.

Dourados, 20 de julho: Jovens douradenses reunidos na Praça Antônio João rumo a JMJ.

Dourados, 17 de julho: Crisma na Paróquia São João Batista.

Dourados, 20 de julho: Ordenação Diaconal de Edenilson Pereira Domingos, na Paróquia Santo Elias.

Aquidauana, 21 de julho: Visita aos padres Redentoristas, Dom Henrique e sua Mãe Irmã Sebastiana.

Aquidauana, 21 de julho: Missa do Santíssimo na Matriz.

Dourados, 30 de julho: Missa Solene de São Cristovão na Paróquia Santa Teresinha.

Dourados, 30 de julho: Formação dos Coroinhas na Paróquia Bom Jesus.

Dourados, 29 a 31 de julho: Retiro para casais com o tema: É tempo de recomeçar! Paróquia Rainha dos Apóstolos.

Dourados, 1º de agosto: Confraternização dos bispos do regional na casa Episcopal.

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Crianças em foco

CRUZADINHA Complete com as palavras

Encontre o caminho Certo!

Inteligente – Amigo – Simples – Miguel – Rafael – Gabriel – Espírito –Arcanjos – Especial – Mensageiro - Deus

Vamos Colorir

Super Dica Não esqueça de rezar para o seu anjo da guarda logo pela manhã, pedindo a sua proteção para todo o dia.

Santo anjo do Senhor meu zeloso e guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e me ilumine. Amém!

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Fique por dentro!

Agenda Diocesana - Setembro 02 a 04 - Cursilho dos Homens, no IPAD 04 - Formação para Ministros Novos Forania de Amambai 04 - Crisma na Paróquia São José Operário, Dourados 04 - Encontro diocesano dos Coroinhas no Colégio Imaculada 09 a 11 - Cursilho de Mulheres, no IPAD 16 e 17 - Assembleia Diocesana de Catequese, no IPAD

18 - Formação para Ministros Novos Forania de Dourados, no IPAD 24 - Crisma em Amambai 25 - Crisma em Coronel Sapucaia 29 e 30 - Cursilho de Jovens, no IPAD

Datas Significativas 07 - Dia da Pátria – Grito dos Excluídos 08 - Natividade de Nossa Senhora 14 - Exaltação da Santa Cruz 15 - Nossa Senhora das Dores

21 - Santa Ifigênia 26 - São Cosme e Damião 27 - São Vicente de Paulo

Aniversariantes Religiosos/as Nascimento 06. Ir. Laiza Rocha do Amaral, icmes 06. Ir. Elisa M aria Bisol, sts 08. Ir. Aurora Cossu, imc 17. Ir. Rosângela A. do Nascimento, mps 25. Ir. Rosângela da Silva Pinheiro, sjs Profissão dos Votos 03. Madre Maria dos Anjos, ssvm 03. Ir. Maria Chiara da Santa Mãe de Deus, osc 05. Ir. Rosângela da Silva Pinheiro, sjs 06. Ir. Neusabete Sant’ Ana Freitas, isj 16. Ir. Lisadele Mantoet, imc 20. Ir. Selma Oliveira da Rosa, mps 20. Ir. Anete Sens, cifsj

Padres e Diáconos Nascimento 01. Pe. John Henessy, cssr 02. Pe. Cleuber R. Trindade, mps 04. Pe. José Luiz Tomio, sac 10. Pe. Paulino C. de Oliveira 18. Pe. José Nilson de Souza Santos 21. Fr. Alvino Francisco de Souza 22. Pe. Josué Ruivo, mps 24. Pe. Wilbert Maciel da Silva 30. Pe. Wilson Cardoso de Sá Ordenação 04. Fr. Aguinaldo S. Pereira, ofm 08. Pe. Wilibrodus P. Wedho, svd 17. Pe. Leão Pedro Kolbe de Lima 29. Pe. Gregório O. Wuwur, svd

Setembro de 2016 19



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