2º Semestre • 2014 | 14ª edição
CURIOSIDADE
Games podem ser fortes aliados no desenvolvimento cognitivo e emocional de crianças e adolescentes, basta usá-los da forma adequada.
DIA A DIA
Saiba como as aulas imersivas transformam teoria em prática, potencializando o aprendizado do aluno.
BAGAGEM CHEIA A um passo da universidade e do mercado de trabalho, Ensino Médio Marista foca nos processos seletivos e na formação do cidadão.
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Combinação única de bons valores e excelência.
O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que, diariamente, vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e dos jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da
educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas, a ação social está presente
BRASÍLIA Colégio Marista de Brasília - Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400
Superior Provincial Ir. Joaquim Sperandio Presidente do Grupo Marista Ir. Delcio Afonso Balestrin Superintendente Executivo do Grupo Marista Paulo Serino Diretor da Rede de Colégios Ir. Vanderlei Siqueira dos Santos Diretor de Marketing E COMUNICAÇÃO Stephan Younes
Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho Curitiba-PR | Prédio Administrativo PUCPR 8º andar - CEP: 80215-901 | Tel.: (41)3271-6500
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14ª Edição | 2º Semestre 2014 Periodicidade Semestral EDIÇÃO Diretoria de Marketing e Comunicação do Grupo Marista Eduardo Correa e Vivian Lemos REDAÇÃO Jornalista responsável: Rulian Maftum / DRT Nº 4646 Supervisão: Maria Fernanda Rocha (Lumen Comunicação) Edição de arte: Julyana Werneck PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê | semduble.com
com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores e excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.
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Capa Débora Gouveia, estudante
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FOTO DE CAPA Gilberto do Rosário
do Colégio Marista João Paulo II, de Brasília (DF)
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nos Colégios Maristas os alunos recebem, além do preparo para o vestibular, subsídios para o ingresso na vida universitária e no mercado de trabalho com pensamento crítico.
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dia a dia
entrevista
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Atenta aos novos anseios e pensamentos dos jovens de hoje, a educação Marista foca em formação integral, de forma a contribuir para as futuras decisões dessa geração.
Conheça algumas iniciativas de atividades práticas que enriquecem a construção do conhecimento e tornam visível a integração entre os aprendizados de dentro e de fora da sala de aula.
essência
solidariedade
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Irmãos Maristas comentam sobre a formação integral, cujo objetivo é formar cidadãos preparados para todas as provas da vida.
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Na tentativa de assegurar os direitos da criança, Rede Marista de Solidariedade assume creche da Penitenciária Feminina do Paraná.
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Saiba o que fazer quando o temido vilão bullying está à nossa volta.
Além de muito divertida, a arte circense pode proporcionar aos alunos o desenvolvimento motor, a convivência e o trabalho em equipe.
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Fabio Viviurka Correia nos conta como o Circuito Projeto de Vida está acontecendo nos Colégios Maristas e quais são os benefícios que o projeto pode trazer aos alunos envolvidos.
Confira dicas de sites, revistas, filmes e programas de TV indicados pelos professores dos Colégios Maristas.
A psicóloga Marina Vasconcellos propõe a reflexão de um assunto polêmico. Para que serve, afinal, a Lei da Palmada?
seu colégio
Confira as matérias elaboradas exclusivamente para o seu Colégio.
Antes considerados ameaçadores e perigosos, games se revelam eficientes ferramentas para estudo e desenvolvimento de habilidades.
1ª impressão
Educação Marista, formação integral
para a vida
atividades que contribuam com a formação acadêmica, mas também humanista, social e transcendental. No Ensino Médio, esse trabalho continua. A excelência na aprendizagem, que iniciou na Educação Infantil e prolongou-se no Ensino Fundamental, é continuada nesse segmento. A preparação dos alunos para os testes e as provas que precisarão enfrentar, já iniciada nas séries anteriores, agora recebe novos contornos, sem que, no entanto, se deixe de lado o justo equilíbrio entre excelência acadêmica e formação de valores. Essas duas tarefas tão importantes são o tema de capa desta edição da revista Em Família Marista. As boas notas obtidas por nossos alunos anualmente no Exame Nacional do Ensino Médio e os altos índices de aprovação nos principais vestibulares mostram que estamos estruturados para prepará-los para esses desafios. Porém, prepará-los para obter o sucesso almejado somente nessa fase não representaria nosso jeito Marista de educar. O que esperamos é formar cidadãos éticos e íntegros que alcancem seus objetivos por toda a vida. E nessa perspectiva de formação integral, estamos cada vez mais preocupados em trabalhar com nossos alunos não somente a profissão que querem seguir, mas ajudá-los na construção de um projeto maior. Um meio para isso, é “Circuito Projeto de Vida”. No site circuitoprojetodevida.com.br, os estudantes encontram um conteúdo com a linguagem deles, que tem o objetivo de
ajudar os jovens a descobrir o que eles realmente esperam da vida e como podem caminhar rumo à conquista de seus objetivos. Ao pensar o estudante na sua inteireza e propor aprendizagens conectadas com a vida, a Educação Marista quer formar cidadãos éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade, por meio de processos educacionais fundamentados nos valores do Evangelho.
[...] é papel da escola estar atenta às novas expectativas dos jovens e pensar na melhor forma de ajudá-los a tomar as melhores decisões para as suas vidas.
ir. vanderlei Siqueira dos Santos Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios
© Foto: João Borges
Quem nunca perguntou a uma criança o que ela quer ser quando crescer? Muitas, espontaneamente, nos falam sobre as diversas possibilidades que surgem em suas mentes criativas: bailarinas, bombeiros, mágicos, astronautas e tudo mais que a imaginação fértil permitir. Quando nossos jovens entram no Ensino Médio, talvez um pouco antes, a mesma pergunta ganha uma roupagem mais adulta: “Você já escolheu a profissão que vai seguir?”. É nessa fase que uma grande responsabilidade recai sobre os ombros dos estudantes – a escolha da carreira. Como se não bastasse essa dúvida, ainda acumula-se a pressão pelos bons resultados em provas como Enem e aprovação nos vestibulares mais concorridos. O que por si só já parecia complicado, agora ganha novos elementos com a mudança de perfil das novas gerações. Os nascidos a partir da década de 1990 não enxergam o futuro como um cenário de escolhas únicas, em que precisam se decidir entre uma profissão ou outra. A lógica mudou e, agora, eles pensam em atividades paralelas, em fazer uma coisa e muitas outras simultaneamente. Com esse novo comportamento, é papel da escola estar atenta às novas expectativas dos jovens e pensar na melhor forma de ajudá-los a tomar as melhores decisões para as suas vidas. Os professores e gestores dos Colégios Maristas têm essa preocupação em todas as fases da educação, promovendo
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dia a dia
visita à cidade de Santos preparou os alunos da 3ª série do ensino Médio do Marista nossa Senhora da Glória para o vestibular.
alunos do Marista Paranaense têm diversas aulas com atividades práticas e tarefas nada convencionais.
Mão na massa Atividades práticas auxiliam o aprendizado e oferecem diversas vantagens para as mais variadas faixas etárias de estudantes Por Mahani Siqueira
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Qual é o aluno que não gosta de sair de sala por algumas horas e participar de atividades práticas em ambientes diferentes daquele em que passa a maior parte do tempo? No entanto, mais do que simplesmente oferecer novos ares e – muitas vezes – oportunidades de relaxar um pouco do conteúdo das disciplinas, as aulas externas e atividades práticas são uma excelente forma de reforçar o aprendizado e proporcionar novas experiências aos estudantes das mais variadas faixas etárias. Na Rede Marista, são várias as iniciativas que propõem tirar os alunos da sala de aula sem afastá-los dos conteúdos previstos. O Colégio Marista Glória, de São Paulo (SP), organiza um projeto que envolve quase todas as turmas – até a 3ª série do Ensino Médio –, e levando os alunos para saídas pedagógicas com atividades interdisciplinares relacionadas aos assuntos abordados dentro de sala. Cada turma (à exceção do Infantil 3 e da 3ª série do Ensino Médio, que fazem apenas uma saída) vai a dois locais por ano e nenhuma série repete o destino visitado. Em 2014, alguns dos roteiros envolveram o Museu da Língua Portuguesa, o Instituto Butantan, o Teatro Municipal de São Paulo, o MASP e a fábrica da Volkswagen, entre vários outros.
Batizado de Estudo do Meio, o projeto passa por três etapas. Primeiro, os alunos são contextualizados sobre o local que será visitado. Depois, já no destino, eles recebem uma aula prática e, para finalizar, preparam um trabalho apostilado sobre o conteúdo aprendido na visita, sendo que o tema também pode ser utilizado em questões de provas. Segundo Keila Castro, coordenadora do Núcleo Cultural do Marista Glória, a vivência é o principal ponto positivo ofertado pelas atividades práticas. “Ver, ouvir e presenciar fixa muito mais o conteúdo do que somente ler sobre aquilo. As experiências vividas nas aulas práticas, fora da sala de aula, são momentos de grande aprendizado e que os alunos poderão levar para a vida inteira. Essas aulas práticas não são apenas passeios, mas sim parte fundamental do aprendizado, em que são cobradas até presença e nota. Mas o mais importante é que os estudantes têm uma grande oportunidade de enriquecimento cultural em cada uma dessas saídas”, opina Keila. A declaração da coordenadora é validada pelos alunos da 3ª série do Marista Glória. Mariana Alves Dainese e os irmãos gêmeos Eduardo e Fábio Rodrigues Murad Cassiano se preparam para o vestibular no fim do ano e
© Fotos: Acervo dos Colégios
Viagens ao litoral são alguns dos programas mais aguardados pelos estudantes do Marista Paranaense.
asseguram que a experiência de ter visitado a cidade de Santos fez muita diferença na hora dos estudos e, principalmente, caso o assunto esteja presente nas temidas provas. “Eu acho importante sair um pouco de sala para poder ver de perto tudo aquilo que os professores e os livros nos contam. Em Santos, fomos a museus, conhecemos o bondinho da cidade e pudemos presenciar vários detalhes de um assunto que estávamos estudando no Colégio”, comenta Mariana, seguida por Fábio, que não hesita quando perguntado sobre a confiança no tema para o vestibular. “Se cair algo relacionado a Santos, eu já tenho grandes chances de acertar, porque vou me lembrar da viagem e de tudo que aprendemos”, completa o estudante. Coordenadora pedagógica do Colégio Marista São Luís, em Santa Cruz (RS), Marta Gonzatto vê as experiências práticas como fundamentais no processo educacional. Segundo ela, as atividades enriquecem a construção do conhecimento e tornam visível a integração entre os aprendizados de dentro e de fora da sala de aula. Ela reforça, ainda, que a compreensão de diferentes temas pode ser facilitada com a elaboração de aulas que não se limitam às salas e aos quadros negros. “O aprendizado é um todo que abarca o que está fora da sala de aula e o que se deseja ensinar em classe, tudo faz parte do processo de conhecer o mundo. Assim, os estudantes podem ver na realidade as coisas que estudam, facilitando o entendi-
O Museu da Língua Portuguesa foi o destino escolhido para as atividades da 2ª série do Ensino Médio do Marista Nossa Senhora da Glória.
mento. O professor pode estimular a curiosidade proporcionando a construção do conhecimento de maneira descontraída e momentos de socialização. Assim, a compreensão e o estabelecimento de relações são potencializados”, afirma Marta. A coordenadora pedagógica ressalta, no entanto, que o professor deve ter bem definido o objetivo e o planejamento pedagógico para que qualquer atividade prática seja coerente com os estudos que pretende desenvolver. Ela também indica que é importante preparar experiências condizentes com as habilidades exigidas na disciplina e que estejam de acordo com a faixa etária dos estudantes. “É importante que o professor conheça o espaço e as possibilidades que ele pode gerar, levando em consideração o fator segurança. Esses cuidados poderão permitir que a prática faça maior sentido e traga resultados mais significativos para os estudantes”, completa. No Colégio Marista Paranaense, de Curitiba (PR), são várias as atividades práticas oferecidas aos alunos, tanto dentro quanto fora da escola. Além de visitas a museus, usinas de reciclagem, aterros sanitários e cidades do litoral paranaense e catarinense, os estudantes podem fabricar sabonetes, vivenciar experiências sensoriais de degustação e manipulação de alimentos e até participar da produção de queijo e achocolatados. Para a coordenadora psicopedagógica do Colégio, Neiva Pinel, as práticas só têm vantagens a oferecer.
“São experiências muito significativas para os alunos. Nelas, além de aprenderem conteúdos acadêmicos e de terem acesso à tecnologia de última geração, eles interagem com o meio, atuam com mais autonomia e responsabilidade, amadurecem as relações sociais, aprendem a fazer uma leitura mais ampla dos contextos culturais e, por meio da observação, constroem conhecimento, senso crítico e posicionamento político diante das realidades encontradas”, finaliza Neiva.
O aprendizado é um todo que abarca o que está fora da sala de aula e o que se deseja ensinar em classe, tudo faz parte do processo de conhecer o mundo. Assim, os estudantes podem ver na realidade as coisas que estudam, facilitando o entendimento. Marta Gonzatto Coordenadora pedagógica do Colégio Marista São Luís, em Santa Cruz (RS)
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Eu me vejo como uma cidadã que se preocupa com o próximo, acho que esse é o maior legado Marista que levo. Atualmente, gosto do trabalho de liderança da turma e de representar meus colegas. débora Gouveia Aluna da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Marista João Paulo II, de Brasília (DF)
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Ensino Médio focado nas provas da vida Mais que preparar o jovem para o vestibular, é preciso ampará-lo para a escolha certa da carreira e lhe dar subsídios para o ingresso na vida universitária e no mercado de trabalho com pensamento crítico
© Foto: Gilberto do Rosário
Por Michele Bravos
Até parece que o cérebro dos jovens nascidos na década de 1990 funciona de um jeito diferente dos demais. E talvez seja isso mesmo. Essa geração, chamada de Geração Z, nasceu conectada e sua consciência foi influenciada, desde a maternidade, pela velocidade da tecnologia. Segundo dados do Ibope, para a maioria dos jovens Z, o estudo é prioridade e sete em cada dez deles desejam ingressar em uma universidade. O desafio atual da educação, principalmente nos anos do Ensino Médio – fase de transição –, é como trabalhar o ensino-aprendizagem em novos formatos, atendendo às expectativas desses jovens e do mercado de trabalho que os espera. Lucca Roth, do Terceirão do Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre (RS), faz parte desse núcleo de pessoas multitarefas, questionadoras, curiosas, ávidas por tecnologia. Ele sonha em ser professor e atribui a vontade aos exemplos que teve. “Essa convicção nasceu da grande admiração que tenho pelo papel fundamental do professor na sociedade e dos ótimos exemplos que vejo no Colégio e na minha família”. Em um mundo que não é cartesiano, Flávio Sandi, diretor-educacional da Rede de Colégios Maristas, lembra que preparar essa e as gerações futuras para a vida não é treiná-las para uma prova de vestibular. O foco deve estar além. “Não é na lógica que encontro tudo com o que me relaciono no mundo. Precisamos falar de transcendência, desenvolvendo sensibilidade estética, olhando o mundo por meio da dança, por exemplo, trabalhando as dimensões espiritual, corporal e social de forma interligada”.
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Lucca Roth, do Terceirão do Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre (RS), e a mãe Carla Domingues.
Para a fisioterapeuta Carla Domingues, 42 anos, mãe de Lucca, a partir do momento em que a escola se propõe a formar um cidadão, ela, junto com a família, deve ter como objetivo a busca pela plenitude da realização pessoal tanto na sua individualidade quanto como parte da sociedade. A consciência de que ter uma formação cidadã caminha paralelamente ao sonho de ser biomédica da aluna Débora Figueiredo, da 2ª série do Ensino Médio, do Colégio Marista João Paulo II, de Brasília (DF). “Eu me vejo como uma cidadã que se preocupa com o próximo, acho que esse é o maior legado Marista que levo. Atualmente, gosto do trabalho de liderança da turma e de representar meus colegas”. Os sonhos profissionais não ficam tão distantes das carreiras já conhecidas. O que muda é a forma como tudo tem se desenrolado. No artigo A chegada da Geração Z no mercado de trabalho, de Caio Lauer, o autor reforça que esses jovens esperam que o mundo ao seu redor – aí se inclui o mercado de trabalho – seja
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semelhante ao seu próprio mundo: “conectado, aberto ao diálogo, veloz e global”. Diante dos muitos anseios e sonhos, como os de Lucca e Débora, é preciso um esforço em torno dos Zs, lembrando-os de que é necessário ter foco para atingir o que se almeja. Os caminhos, mesmo que múltiplos, devem ter um objetivo. A diretora educacional Márcia Rosa, do Colégio Marista São Francisco, de Chapecó (SC), afirma que as formas de se relacionar, de socializar, estudar e aprender mudaram e que o Ensino Médio (período em que essa geração se encontra no momento) deve proporcionar “vivências favoráveis ao espírito decidido e questionador da idade como caminho à composição de diferentes olhares sobre o mundo”. Foram esses aspectos, que vão além de ensinar um conteúdo, que fizeram com que a pesquisadora associada da Universidade de Brasília Adelaide Figueiredo, 57 anos, e mãe de Débora, escolhesse o Colégio Marista para a filha. “Sei que ela não está só aprendendo o conteúdo necessário para seu acesso à universidade, mas também está valorizando o respeito pelas diferenças e pelas pessoas, o esporte, os conceitos de disciplina e de ordem. Tudo isso em um ambiente saudável”. Os novos formatos de socialização mostram jovens que interagem com tudo e com todos muito bem intermediados pela tecnologia, mas que se subestimam nas relações presenciais. O diretor-educacional Flávio Sandi pontua o quanto é importante que o jovem seja instigado sobre as relações pessoais e a sua presença no meio, para que tenha sucesso no mercado de trabalho. “No mercado de trabalho, certamente contratamos pela competência do indivíduo, mas demitimos pelo relacional”.
A proposta Marista é mediar todas essas facetas com plataformas digitais, que instigam o aprendizado dessa geração por meio da linguagem que mais faz sentido para ela, mas também desafiando o aluno a vivências que desenvolvam outras habilidades e formas de relacionamento. “Olhar o mundo sob a ótica das relações, das conexões e das interações de fato permite aos jovens novas possibilidades de inclusão e desenvolvimento integral”, afirma Márcia. A diretora ainda complementa que reconhecer a diversidade como campo de atuação e de identificação é fundamental. “É importante permitir aos jovens experiências colaborativas, inovadoras, o reconhecimento dos resultados e seu valor. Os alunos devem ser entendidos como fundamentos da autonomia e da criticidade”.
Não é na lógica que encontro tudo com o que me relaciono no mundo. Precisamos falar de transcendência. Flávio Sandi Diretor-educacional da Rede Marista de Colégios © Foto: Gilberto do Rosário
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PreParaÇÃo Lucca entende que os processos seletivos representam uma pequena fração do que os exames, de fato, significam. Ele ainda afirma que o cotidiano da vida escolar Marista compreende uma verdadeira gama de valores sendo transmitidos, auxiliando na formação do caráter. O professor diz que a 3ª série Marista não é um cursinho, uma vez que mantém seu foco no aprendizado, mas os professores empenham seus esforços para garantir que o aluno ingresse em uma universidade e possa fazer valer o conhecimento adquirido durante os anos no Colégio. “Quero ser lembrado como o professor que contribuiu para que essa nova fase fosse possível”. Pipoca, professor no Colégio Marista arquidiocesano, em São Paulo (SP).
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A construção de um raciocínio crítico passa pelo aprendizado individual. “Aprender é internalizar algo, é atribuir significado pessoal ao externo”, diz Sandi. Esse processo se inicia nas séries do Fundamental e segue até o Ensino Médio. O diretor questiona a postura de pais que ainda acham que os filhos precisam de respostas prontas para perguntas prontas. “Isso é cópia e não ensinar a aprender. Quem acerta mais respostas em uma prova não é aquele que aprendeu mais. Memorizar fórmulas não é aprender, uma vez que esse ato exige construir caminhos”. É o aprendizado que vai tornar esse jovem um cidadão transformador. O professor Celso de Miranda Junior, conhecido entre os alunos como Pipoca, estudou dez anos em Colégios Maristas – Santa Maria, em Curitiba (PR), e Arquidiocesano, em São Paulo (SP). Depois, ingressou como professor no Colégio paulista. Entre idas e vindas, como estudante e professor, são mais de 40 anos de envolvimento com a Instituição. Formado em Física e Engenharia Eletrônica e com passagem pelo cursinho mais visado de São Paulo, ele garante que sua especialidade é o vestibular e a revisão de conteúdos. “Por tudo o que já vivi, percebo que a pessoa que faz cursinho tem foco em acertar questões de uma prova. Normalmente, ela já fez o Terceirão e agora precisa revisar alguns pontos”. Achar que a 3ª série pode ser substituída por um cursinho é um engano. “Toda a diferença está no desenvolvimento do aluno ao longo dos anos anteriores. A parte conceitual é a mais importante de todas e isso é a base. Na fase de vestibular, a decoreba, com músicas e esquemas, só fará sentido se houver embasamento”. O professor lembra que mais importante que saber uma fórmula é saber utilizá-la e entender o sentido dela aplicada no mundo.
No Colégio Marista de Brasília, o projeto Conexão Universidade apresenta o conteúdo do Enem e do vestibular da Universidade de Brasília em aulas preparatórias que têm como objetivo trazer mais clareza para o estudante, além de capacitá-lo para a tomada de decisões.
eSCoLha CerTa A fase que sucede o Ensino Médio é a preparação mais avançada para o mercado de trabalho. A orientação para essas novas fases faz parte da formação do jovem e também
deve ser amparada pelo Colégio. No Colégio Marista São Francisco (SC), durante a disciplina de Orientação Profissional, os jovens discutem suas afinidades e seus interesses, conhecendo um pouco mais sobre os desafios de diferentes profissões. A farmacêutica Yara Battazza, 48 anos, mãe de Bianca Batazza, da 3ª série do Colégio Marista Arquidiocesano, acredita que esse formato de educação influencia na busca da carreira a ser seguida. “Acho que com essa formação, o aluno busca uma profissão em que possa ser importante e útil na vida de alguém, de maneira justa”. Outra ação implantada em todos os Colégios e que contribui para as escolhas nessa fase é o Circuito Projeto de Vida, lançado neste ano (saiba mais sobre o projeto na página 14). Por meio de várias linguagens, entre elas a tecnológica, com uso de aplicativos, os alunos são incentivados a pensar sobre seus interesses e suas escolhas. A diretora Márcia explica que o projeto propõe temáticas como solidariedade, protagonismo, amizade, afeto entre outros que sugerem aos jovens analisar suas relações e seus sentimentos, suas inquietações e aspirações.
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ConheCiMenTo na PrÁTiCa A dinâmica em tempos atuais é de mesclar o saber com o fazer, a reflexão com a prática. “A memorização nesse contexto é substituída pelas memórias; a decoreba, por reflexões e repertórios de conhecimentos assegurados no domínio de habilidades e competências”, diz Márcia. Adelaide acredita que, hoje, conteúdo já não é “o mais relevante”, por-
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que isso está disponível facilmente na internet, por exemplo. “Analisar e criticar esse conteúdo é que é o grande desafio do professor atual. Por isso, acho que o diferencial do Marista está em contribuir com a educação continuada de um estudante, mostrando-lhe como aprender a aprender e não apenas como passar no vestibular”. A diretora afirma que o próprio Enem aponta para esse caminho de compreensão conceitual e técnica aplicada à prática da realidade. “É sabido que, há um tempo, a ênfase era nas práticas de domínio de conteúdo. Neste momento, temos o desafio de dar sentido e utilidade aos conteúdos trabalhados”, diz. Nesse contexto, potencializam-se as diversas formas de aprendizado e a visão ampla sobre o ensino e a formação do jovem. O professor Junior enfatiza: “Os pais devem almejar que o filho se torne um cidadão e não o primeiro lugar em uma universidade”. Ele, que também é pai Marista, conta que estava ciente de que se os filhos não passassem no vestibular mais concorrido do país, isso não os diminuiria. “A minha filha escolheu uma profissão para ajudar as pessoas, ela é terapeuta ocupacional em uma comunidade vulnerável. O meu filho tem um derança, de articulação espírito de liderança,
de pessoas muito forte. Eles são cidadãos e muito disso é por conta do Marista”.
É sabido que, há um tempo, a ênfase era nas práticas de domínio de conteúdo. Neste momento, temos o desafio de dar sentido e utilidade aos conteúdos trabalhados. Márcia Maria rosa Diretora educacional do Colégio Marista São Francisco, de Chapecó (SC)
© Foto: Gilberto do Rosário
Débora conta que o Colégio teve papel fundamental na escolha do curso de Biomedicina. “Ele me deu várias oportunidades, como palestras e semanas vocacionais, para eu chegar a essa conclusão do curso”. “Sabemos que é um momento de dúvidas e que elas são naturais. Nosso maior desafio está em auxiliar os jovens a se reconhecer nos processos e desafios vividos. A disciplina de Orientação Profissional, juntamente com a equipe de Pastoral e o Núcleo Psicopedagógico, faz o acompanhamento das reflexões com estudos dirigidos, palestras com diferentes profissionais, teste vocacionais, entre outras atividades. Esse trabalho contribui no processo de amadurecimento dos jovens e na compreensão das suas escolhas, minimizando a ansiedade e estabelecendo uma relação mais segura de expectativas sobre os desafios da vida profissional e do futuro”, afirma Márcia. A professora universitária Maria Teresa Trevisol, mãe de Gabriel Trevisol, da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Marista São Francisco, de Chapecó (SC), analisa que com um conjunto de conhecimentos e competências construídos, o aluno terá melhores condições de se posicionar diante das inquietações e dos desafios do cotidiano, seja na opção pelo curso superior ou nos encaminhamentos do cotidiano profissional.
o TerCeirÃo MariSTa A 3ª série Marista está envolta por muitas emoções, que nem as fórmulas explicam. O professor Junior lembra que o perfil do aluno Marista dessa etapa é majoritariamente de jovens que estudaram anos no Colégio. Portanto, esse é um ano de passagem, de despedida. Quem pratica dança ou esporte sabe que é o último ano que fará aquilo pelo Colégio. Dessa forma, o ritmo de aula também precisa estar adequado a esse momento. “Isso precisa ser respeitado e vivido por eles”, diz o professor. Já se o aluno tem expectativa de entrar em uma universidade extremamente concorrida, é preciso estar ciente de que o ritmo nos estudos deve ser mais puxado.
UMa vaGa na USP À procura de emprego, certa vez o pai de Allan Deusdará, 24 anos, deixou seu currículo no Colégio Arquidiocesano. “Eu me lembro de estar andando com o meu pai pela cidade, entregando currículos. Lembro quando passamos no Arqui”. Nem pai nem filho poderiam imaginar o que esse currículo renderia no futuro. O pai de Allan foi chamado para trabalhar na portaria do Colégio. Tempos depois, Allan conseguiu uma bolsa integral para estudar o Ensino Médio no Marista. “Eu estudei toda a minha vida em escola pública. Quando comecei a estudar no Arqui, foi bem puxado. Eu não tinha base e alguns assuntos do 7º ou 8º ano eu nunca nem tinha visto”. Allan conta que foi só na 2ª série que ele conseguiu acompanhar melhor o ensino. Nesses três anos de Ensino Médio, ele conta que se dedicou bastante aos estudos e quando decidiu prestar vestibular somente na USP e na Unicamp, os esforços redobraram. “Eu dedicava boa parte do meu tempo para os estudos. Fazia simulados, revia o conteúdo nos fins de semana”. O esforço não foi em vão. Allan passou nos dois vestibulares que prestou e, hoje, exerce a profissão de engenheiro químico em uma empresa do segmento, em São Paulo. O legado Marista que ele traz consigo até hoje é o valor da amizade. “Eu me tornei amigo de muitos professores do Arqui. Foram eles que me ajudaram a superar as falhas que eu tinha, devido ao ensino público. Percebia que eles ficavam felizes em ver o meu progresso. Quando disse que queria fazer USP ou Unicamp, muitos me alertaram que seria difícil, mas me apoiaram dizendo que se era o que eu queria, eu deveria me esforçar e eu poderia conseguir”.
Os pais devem almejar que o filho se torne um cidadão e não o primeiro lugar em uma universidade. Celso de Miranda Jr. Professor do Terceirão do Colégio Marista Arquidiocesano, de São Paulo (SP)
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Projeto de vida
baseado em
valores Por Janaína Fogaça
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nessa nova época, torna-se cada vez mais difícil escolher uma coisa só ou assumir um compromisso para a vida toda. O projeto é pessoal e intransferível e tem como base o registro das memórias vividas com base em pequenas experiências que são fundamentais para cultivar as lembranças do ser humano. Por isso, vale a pena registrar cada momento, pensando nos próximos passos. Importa mais a
O Circuito é um instrumento para que os jovens se permitam projetar sua vida de forma não-linear, descolada e com propósito. Em um mundo com tantas possibilidades e escolhas diárias, é necessário ir além do vestibular, da profissão e do senso comum. Acreditamos que pensar continuamente nas escolhas que vão sendo feitas ao longo do caminho contribui para a formação dos nossos jovens. Nos Colégios Maristas, além de preparar os alunos para os conteúdos curriculares, preparamos para a vida. E a vida é a referência. Como diz Sêneca, "para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve". Dessa forma, o conceito principal do projeto é: conecte-se com sua memória histórica e pense nos próximos passos. O Grupo Marista ajuda! Resumidamente, o Circuito Projeto de Vida propõe aos jovens e adolescentes a construção de projetos pessoais de vida.
Para quem o projeto é direcionado?
A princípio, ele é direcionado aos jovens em geral. Qualquer pessoa pode acessar o aplicativo do Circuito. Nos Colégios e nas Unidades Sociais Maristas, estão sendo realizados pilotos que envolvem os alunos do Ensino Médio e a comunidade educativa. Serão dedicados tempo, espaço e subsídios para inspirar os jovens a construir seu projeto de vida.
Onde o projeto já foi implantado e está acontecendo efetivamente?
O piloto do Circuito está acontecendo em três Colégios, quatro Unidades Sociais, no TECPUC e na PUCPR. Estima-se que 5 mil pessoas sejam atingidas diretamente nesse primeiro ano, sem contar as que terão acesso pela web. O público-alvo são jovens de 15 a 18 anos.
© Foto: Gilberto do Rosário
O que é o Circuito Projeto de Vida e a que ele se propõe?
distância percorrida em direção aos nossos sonhos do que o próprio destino de chegada. Afinal, projetar a vida é uma arte. Em entrevista para a revista Em Família Marista, Fabio Viviurka Correia, um dos responsáveis pela implantação do projeto, falou sobre como ele está acontecendo na prática nos Colégios do Grupo Marista e os benefícios que ele pode trazer aos envolvidos.
© Foto: Elaine Cezaro | Colégio Marista São Francisco
Ter um projeto de vida e mantê-lo a longo prazo não é tão simples, mas quando uma reflexão mais ampla é proposta, o que era um projeto torna-se rotina. E é dessa forma que o Circuito Projeto de Vida, lançado pelo Grupo Marista, propõe uma reflexão acerca de questões sobre o que as pessoas estão vivenciando, norteada por “o que quero ser aqui e agora”. Diante de tantas possibilidades oferecidas
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© Foto: Gilberto do Rosário
entrevista
Como o projeto funciona na prática?
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Na prática, o site (aplicativo) está no ar: circuitoprojetodevida.com.br. Nas unidades Maristas, os Núcleos Pedagógicos e professores estão sendo capacitados e instrumentalizados para aplicar o projeto em sala de aula. Cada aluno receberá um kit com uma caixa de memórias, adesivos, um livreto impresso chamado scrapbook com inspirações, revistas didáticas e brindes. Com esse material, vamos estimular os jovens a anotar suas memórias e queremos rechear suas vidas com atividades que os ajudem a pensar nas suas escolhas, nos próximos passos. Ao receber o kit, os alunos receberão também uma tarefa que deverá ser cumprida em 24 horas. Essas tarefas foram batizadas de “nanoatitudes”, que são ações para tornar a sociedade melhor. Entre as nanoatitudes incentivadas estão: ficar 24 horas sem celular, para fortalecer as relações off-line; elogiar uma pessoa em público; e pagar um lanche para um colega. No total, são 31 nanoatitudes. Com isso, queremos estimular comportamentos positivos entre nossos alunos. Em seguida, o professor motiva um bate-papo sobre temas específicos e, depois, indica o site para que os alunos compartilhem as nanoatitudes nas redes sociais, por meio de hashtags, e continuem suas reflexões durante o ano. A Pastoral retomará as reflexões em momentos específicos.
Vamos estimular os jovens a anotar suas memórias e queremos rechear suas vidas com atividades que os ajudem a pensar nas suas escolhas, nos próximos passos. Quais as temáticas abrangidas como projetos de vida?
De que forma o aplicativo está dividido?
O Circuito Projeto de Vida propõe reflexões aos educandos em 16 temáticas, chamadas de “inspirações”, entre elas o afeto, a amizade, a carreira, o consumo, a família, o futuro, o protagonismo, a solidariedade e os sonhos. Em sala de aula, o professor titular de cada turma apresentará os conteúdos relacionados à temática escolhida pelos alunos e, por meio do aplicativo, eles continuarão a refletir a respeito do tema e a trocar experiências.
O aplicativo possui uma área para que o usuário crie listas por tema. Entre os temas estão: profissional, afeto, interrogações, sonho de consumo, sonho coletivo, super-sonho, futuro, entre outros. Nesse espaço, o usuário vai anotando seus sentimentos mais significativos, criando, assim, a sua memória histórica. O aplicativo traz, ainda, testes vocacionais e uma área dedicada a compartilhar histórias de pessoas que, com seus projetos de vida, fazem a diferença na sociedade.
índice
POR keLLY erdeMann
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Folhetim Marista, projeto que partiu do interesse dos alunos do ensino Médio, incentiva o protagonismo entre os estudantes.
destaque
com a palavra
ed. infantil
ens. fundamental
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Desde a Educação Infantil alunos são estimulados a pensar na profissão que terão quando adultos.
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O aprendizado de um novo idioma proporciona inúmeros benefícios no processo de aprendizagem e abre as portas para o mundo.
ens. médio
diz aí
caleidoscópio
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O que pensa a Direção.
Mais do que uma competição, a Olichamp contribui para a construção do protagonismo e dos valores dos alunos.
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“O que eu quero ser quando crescer?”. Saiba o que seu filho pensa sobre isso.
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você sabia?
gente nossa
ser melhor
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Sequência didática mostra que é possível facilitar o desenvolvimento da escrita das crianças por meio do domínio da tesoura.
Os ex-alunos Leonardo e Cristina, hoje, à frente do Studio Lisboa, relembram trajetória no Colégio.
Relembre os principais acontecimentos do Colégio.
Conheça algumas ações da Pastoral.
com a palavra
escolas que
sonham
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Colégio Marista Criciúma
Na escola, o sonho não é difícil de ser alimentado, já que são as próprias crianças que nos dão essa possibilidade. Conviver com elas é ter a oportunidade ímpar de sonhar diariamente.
ingrid Fortunato Martins Diretora Educacional
© Foto: Tamiris Brígido
Gonzaguinha sabia o que estava dizendo quando compôs a música “Semente do Amanhã”. As crianças têm respostas para tudo e são sonhadoras por natureza. O conselho dado pela criança descrita pelo compositor é de olhar o amanhã como fruto das sementes plantadas no presente. Agir assim é ter sabedoria de se responsabilizar pelas atitudes e os resultados que elas proporcionam. Podemos colher bons ou maus frutos, dependendo da qualidade da semente que lançamos na terra. A terra, sendo fértil, dará conta de fazer germinar a semente e contribuir para o ciclo da vida. Na escola, o sonho não é difícil de ser alimentado, já que são as próprias crianças que nos dão essa possibilidade. Conviver com elas é ter a oportunidade ímpar de sonhar diariamente. Nosso investimento durante o ano de 2014 foi no sentido de fundamentar os professores pedagogicamente para que suas aulas proporcionassem mediações consistentes, fazendo com que avançassem além de sua disciplina. Investimos também na qualificação de nossos profissionais de apoio, para que entendessem quais são as necessidades de nossos alunos e suas famílias, qualificando os atendimentos oferecidos. A partir desse trabalho, podemos sonhar que nossas crianças e nossos jovens serão bem atendidos, pois entenderemos suas necessidades. Mas o nosso sonho não fica restrito à nossa Instituição, pois também aspiramos excelência na qualidade da educação no município de Criciúma, seja na escola pública ou particular, para que nossas crianças e nossos jovens vislumbrem melhores possibilidades profissionais e mais qualidade de vida. Como Maristas que somos, nos vemos trabalhando para aumentar nossos índices acadêmicos, sem deixar de sonhar com jovens que saibam utilizá-los sabiamente em suas escolhas. Esse sonho só é possível porque acreditamos no conselho de nossas crianças: “Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. Nós podemos tudo, nós podemos mais!” Portanto, o convite de Gonzaguinha também é o nosso e endereçado a todos que se importam com o presente e o futuro da educação brasileira: “Vamos lá fazer o que será!”
© Foto: Tamíris Brígido
ed. infantil
Sonhar é
preciso e muito bom! A escola tem papel fundamental quando se trata de incentivar nas crianças a vontade de imaginar o futuro
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“Sonhar é acordar-se para dentro”, assim já dizia o poeta Mario Quintana. E se sonhar dormindo pode ser um prazeroso encontro com as próprias perspectivas, melhor ainda é ter a capacidade de imaginar o futuro, supor conquistas e presumir alegrias que ainda virão. Na infância, tudo isso é parte do cotidiano. Rodeadas de brincadeiras e atividades lúdicas, as crianças deixam os sonhos aflorarem e se divertem com cada um deles. Mas conforme os anos passam, alguns desses pensamentos ganham importância e precisam de doses de seriedade para virar realidade. A resposta à pergunta “o que vou ser quando crescer?” é uma delas. Nessa incansável dúvida, a experimentação por meio das brincadeiras infantis pode ser fundamental. E, por isso, a escola tem papel fundamental quando se trata de incentivar a vontade de pensar sobre o
Colégio Marista Criciúma
amanhã. De acordo com Jacqueline N. G. Teixeira, assistente de Educação Infantil do Marista Criciúma, é importante deixar os pequenos sonharem e também alimentar esses anseios. Além disso, ela acredita que cabe ao colégio contribuir para a realização dos sonhos alimentados durante o período escolar. No âmbito profissional, o incentivo aparece por meio do auxílio prestado na busca de caminhos que levam à concretização do objetivo. Para tal, o Marista Criciúma oferece aos estudantes diversas atividades. Entre elas estão orientações profissionais, visita a universidades, direção quanto aos estudos necessários e contato com profissionais das mais distintas áreas de atuação, bem como ajuda na identificação de aptidões. Objetivando as melhores escolhas, o Colégio ainda tem a preocupação de contribuir para que elas sejam feitas de forma
to, devido aos aviões; de caminhoneiro, por causa dos caminhões; e de jogador, em referência à atração pela bola de futebol. Já na rotina das meninas, os sonhos são completamente opostos. A admiração pelas professoras com as quais convivem na escola suscita a vontade de seguir o exemplo e, no futuro, atuar dentro de sala de aula. Por outro lado, estimuladas pelo encantamento transmitido por modelos e atrizes, também se interessam pelas respectivas profissões. Mas como nem sempre os sonhos são concretizados, a escola deve estar atenta ao sentimento de frustração que aparece em consequência de um desejo não realizado. “Conversamos com a criança e mediamos a situação para que ela consiga identificar os motivos de não alcançar seu objetivo. A frustração também é necessária, pois faz com que ela reavalie sua forma de atuação e traz crescimento pessoal”, ressalta Jacqueline. Tudo isso demonstra que independentemente da realização ou não, da frustração ou da alegria, o exercício do sonhar é preciso. Afinal, como lembram as palavras da escritora Clarice Lispector, “sonhar é bom, é como voar suspensa por balões”.
© Fotos: Tamíris Brígido | Acervo do Colégio
consciente. “Isso é possível oferecendo às crianças oportunidades de experimentação por meio de brincadeiras e expressão nas mais variadas linguagens”, destaca a assistente de Educação Infantil. Ela também enfatiza que é papel da escola oportunizar aos alunos experiências nas diversas áreas do saber, incluindo, portanto, as opções profissionais existentes no mercado de trabalho. Mesmo não sendo tema frequente nos planejamentos do Marista Criciúma, as profissões têm espaço garantido no dia a dia dos estudantes. “Elas são apresentadas em alguns projetos de investigação”, explica Jacqueline. Um exemplo divertido é associado ao dentista, que, após dúvidas das crianças quanto aos motivos de os dentes caírem, foi à sala de aula responder perguntas para colaborar com a pesquisa. “Alguns livros de literatura também exploram o tema e, quando lidos para o grupo, destacam profissionais, como, por exemplo, a história de Cid Cientista”, complementa. Com tanta fantasia, a futura escolha profissional é encarada com tranquilidade pelos pequenos. “Eles a percebem de maneira muito natural, pois brincam assumindo diferentes papéis”, enfatiza a assistente de Educação Infantil do Marista Criciúma. Costumeiramente, os primeiros personagens a serem percebidos são aqueles que fazem referência à rotina dos próprios pais. “Geralmente, os pequenos querem a profissão deles porque, na infância, são ídolos a serem seguidos”, afirma. Entre os meninos, porém, ganham força no imaginário coletivo as atividades que transmitem a ideia de aventura, como a de policial e a de bombeiro. As funções relacionadas a objetos de interesse também despertam curiosidade. Na lista, estão os trabalhos de pilo-
Brincadeiras do dia a dia fazem com que as crianças assumam diferentes papéis e, assim, consigam experimentar possíveis profissões para o futuro.
A frustração também é necessária, pois faz com que ela reavalie sua forma de atuação e traz crescimento pessoal. Jacqueline Teixeira, assistente de Educação Infantil do Marista Criciúma
Colégio Marista Criciúma
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portas do mundo Estudo dos idiomas inglês e espanhol oferece inúmeros benefícios para os alunos do Colégio Marista Criciúma
Aprendizado das línguas estrangeiras conta com atividades lúdicas e didáticas sempre focadas nos interesses de cada turma.
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Colégio Marista Criciúma
© Fotos: Tamiris Brigido
Abrindo as
Os benefícios do estudo de vários idiomas são muitos. Independência, versatilidade, comunicabilidade, conhecimento de mundo e empregabilidade formam apenas o início dessa extensa e quase interminável lista. Por isso, para que os alunos possam entrar em contato com ela em sua completude, o Colégio Marista Criciúma possibilita esse aprendizado adicional desde cedo. Incentivando os estudantes a desbravar as diferentes culturas por meio da fala e da escrita, a Instituição oferta aulas do idioma inglês a partir dos seis anos de idade. Já o espanhol entra no cotidiano quando eles chegam ao 6º ano do Ensino Fundamental. Além disso, há também a modalidade opcional do ampliado com ênfase em Inglês. Nele, é possível frequentar turmas dedicadas ao inglês no contraturno. Independentemente do modelo escolhido, é fato que o aprendizado de um segundo idioma possibilita uma análise mais ampla das particularidades dos diferentes países do globo. Mas, além disso, ele também aumenta o poder de inteligência do cérebro, segundo recente pesquisa realizada pela Universidade de Edimburgo, na Escócia. Paralelamente, ain-
da há acréscimos significativos na fluência verbal e de leitura. Com tantos resultados positivos e, ainda por cima, comprovados cientificamente, as línguas estrangeiras merecem atenção redobrada, inclusive das crianças. De acordo com Kleber dos Santos Danielski, professor de Inglês do Marista Criciúma, ter esse conhecimento é algo obrigatório para estar um passo à frente da concorrência no mercado de trabalho. “Antigamente, quem tinha diploma universitário era rei. Hoje em dia, isso é básico e o mesmo já ocorre com as línguas”, afirma. Poucas pessoas se dão conta de que aprender a escrever e conversar em inglês, espanhol ou qualquer outro idioma mantém a mente em forma. Assim, coloca-se o cérebro para funcionar, exercitando-o e retardando o envelhecimento. Para tornar esse processo atraente, contudo, cabe aos professores prestar atenção às predileções de cada aluno e turma. Segundo os professores, o ensino deve ser sempre apresentado aos estudantes de forma interessante. “Normalmente, as crianças requerem material mais lúdico, brincadeiras, cores, movimento. Mas cabe ao professor perceber o que funciona com cada turma a fim de manter o nível de motivação o mais alto possível. Se o grupo é de adolescentes e ainda gosta de brincar, sem problema. No entanto, se é do Ensino Médio e está focado no vestibular, voltamos o foco também a isso”, explica Kleber dos Santos Danielski. Essa preocupação leva em consideração as necessidades de aprendizado nas demais áreas de estudo. “Muitas construções científicas são primeiramente produzidas fora do Brasil, o que permite ao estudante
de um novo idioma ter acesso a elas e estar à frente dos demais sujeitos, exigências impostas pelo mercado de trabalho”, complementa o professor de Inglês Guilherme Medeiros Honorato. Por isso, comenta Danielski, é comum ver adultos procurarem escolas de idiomas devido à dificuldade com textos técnicos pertencentes às suas áreas de atuação, pois não estudaram inglês quando jovens. Levando isso em consideração, Honorato lembra que o estudo dos idiomas deve ser apresentado o mais cedo possível aos alunos. “Quando uma criança começa a estudar um segundo idioma, o seu aparelho fonador ainda não está totalmente desenvolvido, o que a permite produzir os sons desse idioma com perfeição, diferentemente do que acontece com os adultos, em que o aparelho fonador já está formado e resta somente copiar o som. Dessa forma, há uma grande diferença semântica entre reproduzir o som por perfeição e reproduzir por imitação”, diz. Conforme Danielski, por sua própria experiência, um novo idioma precisa ser ofertado às crianças com motivação para que elas sejam sensibilizadas a aprendê-lo. Costumeiramente, os pequenos recebem a novidade com entusiasmo. “Eles respondem com muita curiosidade e satisfação ao associar as palavras ao mundo que os cerca. São palavras e frases que viram na internet, em tablets, celulares, músicas, games, séries de TV, e que estão diretamente ligadas ao dia a dia”, relata, lembrando que os alunos visualizam a aplicação imediata da teoria apresentada. Com isso, o professor os poupa das afirmativas sobre o quanto o estudo pode ser importante no futuro próximo.
De imediato, o aprendizado amplia os horizontes do estudante, já que ele tem acesso a informações mais detalhadas em comparação ao cotidiano comunicado apenas em português. “Com a inserção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na vida das crianças e dos adolescentes, o estudo de um segundo e ou terceiro idioma permite que o aluno alcance informações e amplie sua comunidade virtual de amigos”, relata o professor Honorato. Já o professor Danielski chama atenção ao fato de o estudo ampliar os horizontes dos estudantes. “Ele possibilita ao aluno entender melhor o mundo em que vive, podendo, assim, posicionar-se de maneira ativa em relação às diversas situações que podem ser postas a ele”, comenta.
Quando uma criança começa a estudar um segundo idioma, o seu aparelho fonador ainda não está totalmente desenvolvido, o que a permite produzir os sons desse idioma com perfeição. Guilherme Medeiros Honorato Professor de Inglês do Marista Criciúma
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© Fotos: Tamíris Brígido
Em sua 33ª edição, a Olichamp contou com modalidades esportivas, culturais e solidárias.
Olichamp contribui para a construção do protagonismo e dos valores dos alunos do Marista Criciúma
Momento de interação, coletividade e solidariedade Muito mais do que uma competição, a Olichamp é um momento singular na vivência dos alunos do Colégio Marista Criciúma. Durante as disputas, os estudantes têm a oportunidade de interagir, fazer amigos, consolidar parcerias e aguçar o espírito desportivo. Contribuindo de maneira significativa para a construção do protagonismo entre os jovens, a iniciativa faz aflorar os valores propostos no dia a dia da Instituição. “A contribuição se dá a partir do momento em que nossos alunos são estimulados a participar do evento não somente pensando na competitividade, mas também em fazer dos jogos, das tarefas e das campanhas momentos de mágica solidariedade”, destaca a professora Denise Iara Vieira. Essa preocupação aparece embutida já na organização da Olichamp. Mesclando alunos de diversas turmas, as equipes são convidadas a discutir ideias a respeito dos temas propostos e transformá-las em uma identidade para cada um dos grupos participantes. Durante as reuniões, formam-se relações e, por meio delas, surge muita troca de conhecimento e experiências. De acordo com a professora, embora as composições sejam feitas por representantes de séries diferentes, o que prevalece é o espírito de equipe. “Valores humanos de respeito e solidariedade sempre levam ao desfecho emocionante, no qual todos comemoram a vitória de todos”, comenta. Por isso, para os alunos, a importância da participação está no estímulo à reflexão sobre as diferenças presentes no ambiente onde vivem. Assim, diante delas, os estudantes percebem que fazer parte de um grupo e aprender com ele tem mais importância frente à vitória. De acordo com Denise, na Olichamp fica evidente que a diversidade precisa ser tratada com respeito e sensibi-
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Colégio Marista Criciúma
lidade e que todos podem ser vitoriosos apesar das próprias limitações. Ela comenta, ainda, que para o Marista de Criciúma o grande mérito da competição é perceber nitidamente os valores absorvidos pela comunidade escolar durante todo o processo. “Nada é mais prazeroso para um educador Marista do que assistir ao protagonismo de seus alunos em um evento tão grandioso”, confessa. Em 2014, a Olichamp aconteceu no início do mês de julho. Essa foi a 33ª edição do evento, que contou com modalidades esportivas, culturais e solidárias, tendo a participação efetiva de todos os alunos Maristas.
?
diz aí
Qual é a
sonhos
LUCaS dario MinaTTo Turma 22 A 15 anos
SUZan reMor STeiner Turma 22 C 16 anos
niCoLe FiGUeredo Turma 23 C 17 anos
“Desde pequenos, já pensamos na profissão que gostaríamos de exercer no futuro. Com o passar dos anos, nossa visão do mundo vai se modificando junto com nossos gostos e nossas aptidões. Quando crianças, achamos que temos certeza de com o que queremos trabalhar no futuro, mas percebemos que estávamos errados e tudo isso vira uma enorme confusão. Agora, perto do momento em que temos que escolher qual profissão seguir, surgem diversas dúvidas e incertezas. Sabemos que não é tão fácil seguir uma carreira como pensávamos quando éramos novos. Eu gostaria de fazer Economia, penso que essa é uma área em que me sairia bem.”
“Não tenho uma profissão dos meus sonhos, mas, sim, várias profissões que me atraem. Estou conhecendo mais sobre as características dessas profissões para acertar na escolha. Quero ser uma profissional dedicada, entusiasmada, comprometida, competente e realizada e, para isso, estou buscando me informar um pouco mais sobre cada uma para, assim, na hora adequada, fazer a melhor escolha e me realizar profissionalmente.”
“Quando perguntam aos estudantes qual profissão querem seguir no seu futuro, muitos não sabem o que responder. Quando perguntam a mim, respondo com toda a certeza que quero cursar Artes Cênicas. Admiro o modo com que os artistas se entregam ao papel que estão exercendo e o tamanho de sua dedicação. O que sentimos quando estamos em cima do palco interpretando um personagem é inexplicável. Criar outra personalidade, outro modo de ver o mundo, outra forma de agir, fazer quem assiste se identificar com alguma cena, poder ver a reação do público a cada ato, tudo isso me encanta porque, além de criarmos experiências e aprendizado, faz com que eu tenha vontade de seguir a carreira no meu futuro.”
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Colégio Marista Criciúma
© Fotos: Tamiris Brigido
profissão dos seus
Vinicius Zerbato Turma 21 A 14 anos
Giovanna Costa Turma 23 A 17 anos
Mariana de Bem Turma 22 A 16 anos
“A profissão dos meus sonhos e em que eu quero investir é a fotografia. Já tentei entrar em cursos de fotografia, mas não deu muito certo, pois não tenho o equipamento necessário e a idade certa ainda. Mesmo assim, não desisti. Assisti a alguns vídeos na internet, comecei a tirar fotos como um hobby, gostei e montei até uma página para colocar minhas fotos e conseguir embarcar nessa carreira. Quando fotografo, eu me sinto bem, vejo as coisas com outro olhar e a profissão me faz sonhar alto. Quero uma câmera profissional. Futuramente, quero montar um estúdio e fazer o que eu mais sinto vontade.”
“Transformar ambientes, reconstruir algo destruído pelo tempo, enxergar as possibilidades e utilizar criatividade e bom gosto foram apenas alguns dos motivos que fizeram da arquitetura meu sonho. Ela permite projetar algo que dure por gerações e que faça parte da história e da personalidade de um determinado lugar, como museus, casas, teatros e pontes. A arquitetura de uma cidade é sua marca registrada. Sinto que ela me fascina, pois cada estilo de construção conta a história de um povo e fornece uma nova oportunidade para se fazer arte. Proporciona também uma visão privilegiada de cidade e comunidade com seu estilo de vida.”
“Falar sobre os sonhos é sempre algo complicado, mudamos de ideia a todo instante, principalmente durante a adolescência. Parece que temos que decidir o restante de nossas vidas nesse momento – o que é realmente assustador. Porém, acho que esse é o exato momento de cometermos erros, ‘quebrando a cara’. Quero fazer algo significativo, que faça a diferença no mundo, na vida das pessoas. Para mim, não há nada mais importante e gratificante do que poder mudar algo ou salvar a vida de alguém. Esses são alguns dos ‘porquês’ de eu ter em mente a medicina como profissão dos sonhos.”
Opinião da Educadora Os alunos do Ensino Médio, além dos desafios vivenciados no segmento, têm maior preocupação com experiências mais concretas da vida. Revelam o desejo da conquista da autonomia. No nosso Colégio, esse é o momento em que o projeto de vida é iniciado. Como educadores Maristas, estamos sempre atentos às novas possibilidades que o cenário da vida tem a oferecer aos nossos alunos para que eles se tornem bons cristãos e virtuosos cidadãos.
Karin Patricia Reis
Coordenadora psicopedagógica do Ensino Médio
Colégio Marista Criciúma
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caleidoscópio
Com o tema Padaria, as famílias Maristas aprenderam várias novas receitas de amor e diversão.
2014
Um momento muito especial para crianças da Educação Infantil foi a inauguração do parque, que foi revitalizado e traz o estimulo de vivências de muitas linguagens.
ACONTECIMENTOS
As belas apresentações e comidas típicas foram as grandes atrações da Festa Junina 2014.
ESPIRITUALIDADE
A confecção dos tapetes da celebração de Corpus Christi é uma grande demonstração de fé e união dos educadores, pais e alunos Maristas.
As crianças do Colégio Marista fizeram uma releitura da Via Sacra e a exposição das fotografias emocionou toda a comunidade escolar.
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Colégio Marista Criciúma
A 33ª edição da Olichamp foi marcada pelo tema Copa do Mundo, que fez todo o Colégio entrar no clima de diversão e solidariedade.
© Fotos: Tamiris Brígido
O Terceirão 2014 está sempre agitando os intervalos de sexta-feira com seu bom humor e sua criatividade.
FORMAÇÃO
DIVERSÃO Para comemorar o início do semestre e a Semana do Estudante, aconteceu a primeira edição do Marista Night Class – evento que trouxe o jornalista e comunicador Marcos Piangers.
Os alunos Maristas alcançaram ótimos índices de aprovação nos vestibulares de inverno. Orgulho Marista!
A edição deste ano do Seminário de Profissões contou com a presença do jornalista e apresentador Helton Luiz, que falou aos alunos sobre os desafios da escolha profissional.
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© Fotos: Tamíris Brígido
destaque
Folhetim Marista aborda notícias regionais, estaduais e mundiais que, frequentemente, pautam as provas dos vestibulares.
ideia notícia
Uma que virou
Folhetim Marista, projeto que partiu do interesse dos alunos do Ensino Médio, incentiva o protagonismo entre os estudantes 30
Colégio Marista Criciúma
Ideias e mais ideias. As mentes dos jovens costumam ter muitas delas. E para incentivar o protagonismo entre os alunos, o Marista Criciúma estimula que elas sejam colocadas em prática gerando benefícios coletivos. Um exemplo disso é o Folhetim Marista. Projeto totalmente organizado por estudantes do Ensino Médio, ele tem como objetivo principal sugerir aos jovens a preferência pela leitura de jornais impressos, mesmo quando cercados pela tecnologia. “Geralmente, entramos na internet para usar redes sociais e outras coisas do gênero e nos esquecemos de buscar as notícias. Os vestibulares, hoje, têm focado muito em atualidades, então, para a nossa preparação, é indispensável que adotemos o hábito de nos informarmos”, destaca João Vitor Sônego, aluno que ocupa o cargo de diretor de marketing do veículo. Percebendo essa situação, o grupo de estudantes, liderado pelo idealizador do projeto, Alex da Rosa, passou a se reunir para discutir a possibilidade de implantar a ideia. “Após consultar várias pessoas, como professores e colaboradores, o Folhetim começou a ser desenvolvido e foi apresentado ao Colégio em maio de 2014”, explica Karin Reis, coordenadora do Ensino Médio. Abordando conteúdos frequentemente percebidos em vestibulares, ele é voltado aos alunos das séries finais do ensino regular e jovens da região. Além de enfocar as notícias de interesse dos estudantes que se preparam para as provas, o projeto também os faz treinar a produ-
ção de textos e experimentar funções comuns ao mercado de trabalho. No Folhetim, cada um dos envolvidos tem seu próprio cargo e deve respeitar hierarquias, o que exemplifica as futuras experiências profissionais. Nesse sentido, João Vitor ressalta que o projeto os ensina, sobretudo, a ter responsabilidade. “Para que se alcancem bons resultados, é preciso comprometimento de todos”, ensina. Já Alex explica que, a partir do dia a dia, os alunos aprendem a dinâmica do processo de uma empresa. Isso porque o Folhetim, incialmente subsidiado pelo Colégio, é levado a sério pelos estudantes. Eles, inclusive, têm a intenção de transformá-lo em uma iniciativa rentável a curto prazo, por meio da comercialização de anúncios e exemplares. Com reuniões semanais, o grupo experimenta uma rotina semelhante à de um jornal. Nos encontros, discutem pautas e estratégias. Para organizar as tarefas, há o presidente Alex, um redator-chefe – Artur Bú-
rigo –, uma equipe de marketing e também um aluno responsável pelo setor financeiro – Gustavo Martins Quadrado. “A experiência é vista como uma preparação. Mesmo sendo um projeto protagonizado por jovens, é possível termos uma ideia de como será o mercado de trabalho em que estaremos inseridos”, afirma João Vitor. Para Alex, o grande diferencial é a dupla significância do projeto aos envolvidos. De um lado, ele auxilia nas questões escolares. Do outro, ajuda na experimentação prática das atribuições profissionais da vida adulta. Já aos que se beneficiam do Folhetim apenas pela leitura, os resultados não são menos construtivos. Conforme o presidente, o objetivo é atingir o público jovem, tornando-o atualizado. Com a primeira edição lançada no dia 21 de agosto, o Folhetim é um sucesso. Segundo os responsáveis pela publicação, o surpreendente foi, porém, a grande procura de in-
teressados em fazer parte da iniciativa. “Na primeira reunião aberta aos interessados, o espaço estava cheio, e todos demonstraram real desejo de aderir”, lembra o diretor de marketing João Vitor. A experiência ressalta a vontade dos alunos em aprender. De acordo com a coordenadora de Ensino Médio, é desenvolvendo o protagonismo entre os estudantes que se oferece uma formação integral. “O Folhetim Marista foi proposto e colocado em prática por alunos que realmente estão desenvolvendo o seu ofício dentro do Colégio Marista”, completa Karin. Ela também comenta que é necessário exercer a atenção nos sinais de discursos, de ações e de ideias em circulação entre os alunos. “Aproveitemos essas oportunidades para ajudá-los a compreender o mundo e, juntos, criar e recriar as realidades que nos envolvem e nos transformam”, finaliza.
Após consultar várias pessoas, como professores e colaboradores, o Folhetim começou a ser pensado em dezembro de 2013 e foi apresentado ao Colégio em maio de 2014. Karin Reis Coordenadora do Ensino Médio
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você sabia?
a PerCePÇÃo Durante as atividades cotidianas das crianças nas turmas do Infantil 5, as professoras perceberam a necessidade que elas tinham de desenvolver melhor as habilidades de recorte e colagem. Ampliando a coordenação motora fina e o domínio da tesoura, é possível também facilitar o desenvolvimento da escrita.
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a reLaÇÃo O interesse das crianças do Infantil 5 por Maria Cininha foi tanto que elas passaram a se corresponder e firmaram uma forte relação de troca. Pela internet, a artista responde às perguntas dos alunos com publicações em sua página do Facebook e em seu site, elevando ainda mais a importância desse processo de ensino-aprendizagem.
a viSiTa Celebrando a relação formada entre a artista e as crianças do Infantil 5, o Marista Criciúma programou uma visita de Maria Cininha ao Colégio. O intuito foi que ela conhecesse pessoalmente os personagens principais desse projeto de investigação e, em troca, fez uma exposição de suas obras, levando ainda mais interação e conhecimento aos estudantes. Maria Cininha foi recepcionada no Colégio com uma linda noite Cultural em sua homenagem.
Colégio Marista Criciúma
© Colagem: Bruno Serrano
Para despertar o interesse dos estudantes na temática, as professoras do Marista Criciúma iniciaram uma pesquisa em torno de artistas que utilizam a técnica de recorte e colagem em suas obras. Nessa procura, encontraram os trabalhos assinados por Maria Cininha, artista plástica e arte-educadora que vive em São Paulo e conseguiu provocar encantamento imediato nas crianças.
© Colagens: Bruno Serrano | Augusto Czermak | Luana Zanatta | Paola Zanatta
Toda criança gosta de se divertir imaginando histórias. Mas essa brincadeira fica ainda mais interessante quando os pequenos podem construir seus personagens com as próprias mãos. E, para isso, basta uma tesoura, alguns materiais de recorte e muita criatividade. Foi objetivando desenvolver tal habilidade nos alunos que o Marista Criciúma apresentou às turmas do Infantil 5 a sequência didática Desenhando com a Tesoura. Com ele, é possível perceber a importância do processo de ensino-aprendizagem por meio de conteúdos adicionais, que partem da observação dos professores quanto às necessidades dos estudantes.
a PeSQUiSa
© Foto: Acervo do Colégio
Sequência didática tem como objetivo ampliar a coordenação motora das crianças do Infantil 5
© Foto: Laura Kochhann
diversão e aprendizado com as
© Fotos: Studio Lisboa
gente nossa
Da escola para o cinema Ex-alunos do Marista, hoje à frente do Studio Lisboa, relembram trajetória no Colégio Como uma segunda casa. É assim que Leonardo Rafael de Souza Dal Bó e Cristina Silveira do Amaral Lisboa percebem o Colégio Marista, Instituição que, no passado, os abrigou como estudantes. E com uma referência tão importante, eles a levam, ainda hoje, para as vivências do cotidiano. À frente do Studio Lisboa, os ex-alunos buscam proporcionar aos frequentadores da escola de cinema as mesmas sensações daquele período: tranquilidade, aprendizado, diversão e valores alicerçados. Confira entrevista com a dupla.
Como foram as suas trajetória como alunos Maristas? Leonardo: Tenho lembranças inesquecíveis. Hoje, consigo claramente perceber que minha educação e meu conhecimento tiveram o início e grande carga na instituição Marista. O mais interessante é que, às vezes, me pego pensando sobre o fato de o Marista não se resumir a um espaço físico, mas, sim, ser algo sensorial. Hoje, sou formado em Cinema e
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digo sempre que um bom filme tem que saltar da tela. Acho que o Marista faz isso, gera conteúdo fora de seu lugar de nascença, informação e discussão o tempo todo, tem alma. Cristina: Tive grandes professores, que contribuíram significativamente para a minha construção enquanto ser humano. Fiz grandes amigos e posso dizer que o Colégio me proporcionou uma base forte, estruturada.
Quais as lembranças que guardam desse período? Leonardo: Guardo lembranças simples, de correr pelos lugares, de professores (tias), de risadas, das provas difíceis, dos jogos. Acho que lembro isso tudo, pois fez parte da construção da minha personalidade. Cristina: Sempre gostei muito de esportes e o Colégio Marista sempre apoiou os atletas da Escola. O meu gosto pelo basquete, por exemplo, um esporte incrível, que me auxiliou no trabalho em equipe, foi fortalecido nas quadras do Colégio.
Colégio Marista Criciúma
o que aprenderam no Marista e levam até hoje em suas vidas? Leonardo: Levo comigo o ambiente, que, como nossa casa, é um lugar onde se pode relaxar, em que se sente realmente à vontade. Tenho muito orgulho de minha educação para com as pessoas, faz parte de mim ser educado e tratar as pessoas muito bem, acho que isso é algo que se adquire em lugares e com pessoas que pregam a mesma atitude. Cristina: Os princípios básicos de uma educação saudável, que levamos para o resto de nossas vidas, sempre foram fortalecidos pelo Colégio Marista. A solidariedade, o companheirismo e a ética são, com certeza, elementos importantes na construção do meu caráter e grande parte disso foi trazido ao longo dos anos na Escola. Por meio do esporte, no Colégio Marista, aprendi que não devemos ter medo de arriscar, devemos ter coragem, força, foco e fé! Tenho orgulho de ter feito parte de uma instituição que se preocupa de fato com a formação enquanto ser humano de seus alunos!
ser melhor
Contato com a natureza que estimula a
cooperação e a amizade No Acampa Marista, estudantes se divertem em meio à natureza É também enfrentando desafios que as amizades se solidificam e o espírito de equipe aflora. Por isso, o projeto Acampa Marista é tão importante para os alunos, que, em meio à natureza, podem se divertir fazendo novas parcerias. Idealizado pelo Núcleo de Pastoral, o projeto existe desde 2013 e busca a formação das infâncias e juventudes, tendo em vista o protagonismo a partir de um processo educativo-pastoral que promove o conhecimento, a vida e os valores inerentes ao Evangelho. “O Acampa Marista nasceu com o objetivo de realizar experiências formativas por meio de desafios, jogos cooperativos, reflexões e trabalho em equipe”, destaca o coordenador de Pastoral, José Carlos Pereira. Saindo do convívio familiar e social por alguns dias, os alunos se abrem a novas experiências. Eles ficam acampados em barracas montadas em área de mata e, assim, têm acesso às descobertas proporcionadas pela fauna e flora da região. Trilhas, desafios, atividades diversas
e jogos proporcionam uma agenda repleta de cooperação, divertimento, espiritualidade, aventura e partilha. Neste ano, o Acampa Marista já aconteceu duas vezes só no primeiro semestre. Os acampamentos envolveram cerca de 120 alunos dos 6º e 7º anos e também dos 8º e 9º anos. “Trabalhamos o projeto com o Fundamental II, respeitando o momento formativo, pois os jovens pertencem a uma faixa etária que, além de participar efetivamente, pode contribuir na construção do evento. Com os alunos do Fundamental I, há um projeto semelhante, chamado Acantonamento, que acontece em uma tarde durante o semestre”, explica Pereira. A iniciativa é realizada a partir de um cronograma organizado pelos monitores da PJM e pela equipe de Pastoral. O grupo leva em consideração o segmento e o momento formativo e também inclui os pais, que, além de marcar presença significativa no acampamento, auxiliam nas atividades e nos trabalhos relacionados.
© Fotos: Acervo do Colégio
Atividades do Acampa Marista reúnem jogos cooperativos, brincadeiras e contato com a fauna e a flora da região.
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Colégio Marista Criciúma
Segundo o coordenador, o projeto oferece resultados facilmente identificados em curto prazo. “Os alunos retornam alegres, com novas amizades e abertos ao novo”, enfatiza. Já com o passar do tempo, eles ampliam essa condição participando de grupos de Pastoral dentro e fora do Colégio. “Os educadores e familiares constatam rapidamente que os jovens trabalham com mais cooperação, respeito e partilha dentro das salas, no Colégio como um todo e na própria casa”, explica.
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essência
Formar jovens atuantes e comprometidos com o
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conhecimento e o cultivo de valores fazem parte da vida do estudante em nossos Colégios. E, assim, formamos cidadãos comprometidos com o presente e o futuro. Isso tudo é um compromisso de nossa visão e resultado de um processo contínuo de educação cristã e Marista, que vê o indivíduo de forma integral, cuja experiência ele carregará para toda a vida. Igualmente, ao olharmos para a história da educação Marista, encontramos o mesmo amor e empenho educativo. Na própria memória do caro leitor devem haver diversas experiências inesquecíveis envolvendo estudantes e familiares nas escolas Maristas. São muitos os Irmãos e professores que têm orientado e desafiado os jovens a superar as próprias metas e a construir com dignidade a vida profissional e vocacional.
Acima de tudo, como repetia São Marcelino Champagnat aos primeiros Irmãos: “Para bem educar uma criança é preciso antes de tudo amá-la!” – princípio este que precisa se tornar prática em cada época. Assim, continuamos hoje partícipes com a família, primeira educadora, na formação integral das crianças e dos jovens a nós confiados. Por isso, convido todos a repensarem, contarem e escreverem sua própria experiência de formação integral e seu significado para a vida.
irmão onorino Moresco Diretor do Colégio Marista Rosário (RS)
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© Foto: Acervo pessoal
Num certo dia, há um ano e meio, entrou pela portaria do Colégio Marista Rosário um senhor de cabelos brancos. O ex-aluno foi recebido e acolhido como de costume. Aproximo-me, dizendo meu nome, e, com singeleza, ele me pede permissão para ver o pátio do Colégio. Eu o acompanho e quando chegamos ao destino, com um olhar longínquo, ele demonstra querer ficar só. Meia hora mais tarde, passo pelo local e o vejo sereno. Eis que o visitante diz: “Obrigado, Irmão, revivi a vida de estudante neste pátio pelo qual passei”. Em sua sabedoria e agradecido, foi saindo de mansinho após contemplar parte de sua trajetória. Esse e tantos outros relatos e vivências com que nos deparamos diariamente remetem à riqueza do jovem como protagonista de sua história. Os desafios em diferentes áreas do
maristas
2017
um novo começo
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maristas maristas
um um novo novo começo começo
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La Valla
solidariedade
Crianças encarceradas
© Fotos: João Borges
e uma casa de direitos
Na tentativa de assegurar os direitos da criança, Rede Marista de Solidariedade assume creche da Penitenciária Feminina do Paraná. Formação pautada em valores e amor é o foco dessa mudança Por Michele Bravos
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Atrás do portão verde de ferro da Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, uma das penitenciárias estaduais de segurança máxima do país, estão em clausura, além de pouco mais de 400 presas, cerca de 40 crianças entre zero e 3 anos de idade. Em casos em que a mulher é presa grávida, seu bebê nasce em cárcere e, por lei, lá ele pode permanecer até os 6 anos de idade. A mesma justiça também prevê, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), “o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas”, compreendendo-se que liberdade é poder ir e vir, conviver em ambiente familiar e comunitário sem discriminação, brincar, praticar esportes e se divertir.
Com o objetivo de assegurar os direitos da criança, a Rede Marista de Solidariedade (RMS) assumiu, no segundo semestre de 2014, o espaço Cantinho Feliz, uma creche localizada dentro da penitenciária e que, até então, era mantida pelo Estado. Com a mudança, o espaço passa a se chamar Centro Social Marista Estação Casa. Viviane da Silva, gerente educacional das unidades da RMS, destaca a importância de projetos pautados em valores e, principalmente, no amor em locais de extrema vulnerabilidade, como é o caso da creche na penitenciária. Lá, a urgência é ainda maior por se tratarem de crianças na fase da primeira infância – período determinante para o desenvolvimento cognitivo e social do indi-
víduo. É nessa fase também que a criança passa a ter consciência de sua existência. O novo nome do espaço não é à toa e faz jus ao que ele se propõe a ser: um espaço acolhedor, que promove o fortalecimento de vínculos entre mãe, criança e família, respeitando as culturas infantis e proporcionando às crianças acesso ao mundo que está além-muros. “É um espaço que se diferencia da instituição prisional, com dinâmicas e processos que respeitam as culturas infantis e a maternagem, garantindo a dignidade e promovendo a efetivação de direitos”, afirma Viviane.
Parceria O projeto da RMS é uma consequência de um trabalho que já vem sendo realizado na penitenciária por meio do programa Ciência e Transcendência: Educação, Profissionalização e Inserção Social, idealizado por Fernando Arns e em execução desde 2012. O programa é coordenado pela Pastoral da PUCPR e está sob a coordenação de Cristiane Arns. Até o primeiro semestre de 2014, um dos projetos do programa era aplicado na creche, com foco no resgate do vínculo mãe e bebê, por se entender que uma educação com raízes no amor pode trazer transformações futuras. Cristiane conta o quanto é admirável presenciar a mudança de comportamento das mães com seus filhos. Antes do programa, não havia delicadeza no cuidado com o bebê. Hoje, ouve-se até música de ninar pelos corredores frios e cinzentos. A maioria das detentas mães verbaliza o quanto esse novo olhar para os filhos as fez ver uma nova perspectiva de futuro para elas próprias e poder sonhar um caminho diferente para seus filhos. Em um primeiro momento, atuarão na Estação Casa dois técnicos, sendo um coordenador e um assistente social, além de dois educado-
res. Por ser uma iniciativa inovadora no país, Viviane ressalta a importância de um planejamento que pondera os riscos e desafios de tanta mudança. “É nosso desafio construir um espaço com uma dinâmica que respeite as culturas infantis no contexto complexo de uma penitenciária. Outro ponto de atenção é ampliar as ações que visam humanizar as relações com esse espaço, inclusive extrapolando o tempo da criança na penitenciária. Há de se pensar na saída da criança e na continuidade desse vínculo”, explica a gerente educacional. Segundo Viviane, “as crianças que nascem na penitenciária estão na fronteira da invisibilidade das políticas públicas, fragilizadas pela realidade do cárcere”, por isso, é também desafio para a RMS levar para discussão nacional políticas públicas que assistam às crianças em contexto prisional. Todo o planejamento do Centro Social foi respaldado pela experiência da equipe do Programa e da própria direção do presídio e contou com o auxílio de uma consultoria social.
É nosso desafio construir um espaço com uma dinâmica que respeite as culturas infantis no contexto complexo de uma penitenciária. Viviane da Silva Gerente educacional das unidades da RMS
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© Foto: 123rf.com
como fazer
De olho no
Apesar de relativamente novo, o termo “bullying” apenas define uma série de comportamentos bem mais antigos. O que fazer quando esse temido vilão está à nossa volta? Por Mahani Siqueira
Não faz muito tempo que o termo "bullying" ganhou os holofotes e passou a ser alvo de frequentes e intermináveis discussões por parte de professores, psicólogos e pais. Atos de agressão física ou verbal no ambiente escolar, no entanto, existem há muito mais tempo do que se possa calcular, ainda que sem uma denominação específica. Foi apenas no começo da década passada que a palavra originada de bully (valentão, em inglês) incorporou-se ao vocabulário de verbetes comuns nas conversas de educadores e definiu um nome para a preocupação de inúmeros pais em relação ao comportamento de seus filhos na escola. Muitas vezes, descobrir que as crianças estão praticando ou sendo vítimas de bullying é uma tarefa complicada e que exige atenção detalhada das pessoas à sua volta. Segundo a psicóloga clínica Juliana Potter, especializada em terapia familiar e parceira dos Colégios Maristas, são vários os sinais que os
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filhos podem dar para demonstrar que estão sofrendo provocações ou algum tipo de agressão na escola ou em atividades paralelas. Em todos os casos, de acordo com a psicóloga, é fundamental que os adultos estejam com o radar em pleno funcionamento. “A criança pode se manifestar de diversas maneiras: por meio de dores psicossomáticas (sempre ter dor de barriga na hora de ir para a escola, por exemplo), evitando atividades relacionadas à escola (medo de pegar a van, medo de ser assaltado perto da escola, perder os trabalhos da escola e objetos importantes), diminuição do contato com os amigos, irritação, tristeza, pesadelos, choro frequente, cansaço extremo, abatimento, alterações de apetite, entre outros. É importante dizer que nenhum desses sintomas de forma isolada caracteriza o bullying. Por isso, os pais devem estar atentos sempre para agir com rapidez e de maneira assertiva”, avalia Juliana.
Marilisa Fraga, psicóloga e psicanalista infantil, entende que é importante os pais prestarem atenção para não interpretarem os sinais dos filhos de maneira errada e, na pressa, já definir como bullying um comportamento que, se avaliado com mais calma e cuidado, pode se revelar apenas um episódio isolado ou até mesmo um apelo por mais carinho. Segundo Marilisa, a generalização é um perigo constante quando se trata desse tema. “Os pais devem tomar cuidado para não serem seduzidos pelos afetos direcionados aos filhos e ter a tendência natural de generalizar e tomar o bullying como verdade absoluta antes de uma investigação mais profunda. Uma queixa que o filho chama de bullying pode ter sido apenas uma crítica mais dura de um amigo irritado ou pode estar sendo hiperdimensionada pelo jovem. Outra possibilidade é que se trate de um pedido de atenção fraterna, que acaba simplesmente sendo nomea-
Existem muitas maneiras de lidar com o bullying, mas todas elas envolvem o diálogo entre a criança agredida, a escola, a família e o agressor. Os pais precisam estar envolvidos na vida escolar do filho conversando diariamente e não apenas quando ocorrem problemas.
bullying Juliana Potter Psicóloga
É importante manter um bom contato com a escola para compreender o que acontece e buscar a melhor atitude a ser tomada de maneira conjunta”, comenta a psicóloga. De acordo com Marilisa, a investigação detalhada e a identificação precisa do que acontece com a criança ou com o jovem é o primeiro passo antes de definir qual a atitude mais correta a se tomar. “Nesses casos, os pais devem procurar a coordenação da escola e checar informações do atual comportamento e das atitudes do filho naquele ambiente. Essa é primeira providência a ser tomada pelos pais, pois determina muitas vezes se há ou não reais necessidades de encaminhamento terapêutico para o psicólogo”, complementa. Outra preocupação que deve ser levada em conta pelos responsáveis é saber que o filho pode ser, na verdade, o autor de atitudes consideradas bullying. Nesses casos, o diálogo também se faz fundamental, assim como a
aceitação do fato e seu enfrentamento. É o que garante Juliana. “É importante não negar a situação ou tapar o sol com a peneira. Conversar com o filho sobre a responsabilidade e o impacto das atitudes na vida do agredido pode ser um bom começo. Se a agressão acontece pela internet, os pais devem estar mais atentos e supervisionar as ações do filho de perto. Buscar maneiras de reparação junto ao agredido e atividades que desenvolvam comportamentos mais empáticos. A ajuda de um profissional também pode ser muito importante”, finaliza a psicóloga. © Foto: Acervo pessoal
do com clichês pela criança. É preciso ter muita atenção flutuante para captar o que está sendo dito e o que ele quer dizer simbolicamente com aquela queixa”, opina Marilisa. A partir do momento em que o bullying é constatado, a conversa torna-se uma ferramenta imprescindível para evitar maiores danos e prevenir que os temidos episódios voltem a acontecer. A psicóloga Juliana defende que qualquer solução ou resposta a agressões deve ser buscada em conjunto entre todas as partes envolvidas. Ela garante, ainda, que a comunicação, quando frequente no dia a dia, pode ser um excelente instrumento contra o bullying. “Existem muitas maneiras de lidar com o bullying, mas todas elas envolvem o diálogo entre a criança agredida, a escola, a família e o agressor. Os pais precisam estar envolvidos na vida escolar do filho conversando diariamente e não apenas quando ocorrem problemas.
Marilisa Fraga, psicóliga e psicanalista infantil.
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CoMPanheiroS de viaGeM No livro “Pais e Filhos – Companheiros de Viagem, uma Educação Para a Felicidade”, Roberto Shinyashiki nos presenteia com um conselho ímpar: devemos, como professores e pais, ajudar nossos alunos e filhos a realizar suas próprias vocações, libertando-os de um sonho ou projeto de vida que não lhes pertença. É um livro para a família e os alunos, principalmente para aqueles que estão prestes a encarar os vestibulares e, consequentemente, para a família que vive tudo isso junto. Somos educados para o sucesso ou para a felicidade? Um problema filosófico bem pertinente para o momento de nossos alunos e filhos. Marciel Colonetti, professor de Filosofia no Ensino Médio do Colégio Marista Paranaense - Curitiba (PR)
o QUe QUero Ser QUando CreSCer? A incômoda pergunta "o que quero ser quando crescer?" requer a busca constante pelo autoconhecimento e por informações sobre cursos e carreiras. A família tem papel importante no envolvimento, na preparação e na execução das atividades da escola e de exames externos. O Maristão oferece ações como Orientação de Estudos, Feira de Profissões e Conexão Universidade e demais projetos que buscam orientar a caminhada. Uma boa dica é o Guia do Estudante Abril, que traz sempre conteúdos atuais, que podem ser úteis nos concursos vestibulares de todo o país.
© Fotos: Divulgação
Matheus kaiser Cabral Brandão, assistente psicopedagógico do Colégio Marista de Brasília - EM (DF)
CanaL do enSino Vivenciamos e demonstramos o nosso jeito Marista de ser e de educar por meio da autonomia no desenvolvimento acadêmico de cada estudante, enfatizando a pluralidade de conhecimentos e investindo na capacitação dos nossos jovens de maneira significativa e produtiva. É nossa missão cotidiana fazer com que eles desenvolvam habilidades e competências que os realizem plenamente. O portal Canal do Ensino é uma ótima ferramenta, que pode auxiliar os jovens na busca por capacitação e conteúdos relevantes, tendo a internet como aliada. Maira Bachmann Wroblewski, coordenadora psicopedagógica do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio do Colégio Marista São Luís - Jaraguá (SC)
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o eSTUdo e aS MÍdiaS diGiTaiS Com a liberação da rede wireless na escola, vários professores estão repensando suas aulas e projetos, integrando as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em suas práticas docentes para facilitar o processo de ensino-aprendizagem e a avaliação por meio de aulas criativas, interativas e inovadoras. Por exemplo, produção de texto no Whatsapp, Plataforma Oxford para prática em Língua Inglesa, EDMODO para uma maior interação entre professor e aluno, ferramentas de autoria, dentre outros. nelson Luiz Felipe Coelho, coordenador psicopedagógico do Colégio Marista Londrina (PR)
Treino Para a vida O filme “Coach Carter - Treino Para a Vida” traz a história de um treinador que decide mostrar os diversos aspectos dos valores de uma vida ao suspender seu time campeão por causa do desempenho acadêmico dos atletas. Dessa forma, Ken Carter recebe elogios e críticas, além de muita pressão para levar o time de volta às quadras. A história leva à reflexão além das quatro linhas e pode perfeitamente ser utilizada como suporte de orientação em busca do sucesso ou do acerto em decisões. Fábio acencio, professor do Colégio Marista de Maringá (PR)
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diversão
Arte circense que se aprende na escola Atividade extracurricular privilegia o contato com a arte do circo, proporcionado aos alunos o desenvolvimento motor, a convivência e o trabalho em equipe Por Janaína Fogaça
Tatames, bolas, pratos de plástico, malabares, tecido. Os itens descritos bem podiam representar um legítimo picadeiro, e é exatamente isso que acontece no ginásio de esportes do Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba (PR): aulas de circo. Há cerca de 3 anos, a unidade oferece aos seus alunos a modalidade como atividade extracurricular. "A aposta nas
aulas de circo deu tão certo que, atualmente, além dos 45 alunos matriculados, temos outros 20 em fila de espera", diz o supervisor do Núcleo de Atividades Complementares, Anderson Retechuki. Atualmente, 45 alunos entre 7 e 17 anos participam das aulas que acontecem no contraturno escolar uma vez por semana, durante 50 minutos.
a neCeSSidade de Ser CriaTivo Tudo começou em 2010, quando a professora Patrícia Dal Molin apresentou o projeto para a direção do Colégio. "Queria apresentar uma proposta nova, de algo que fosse criativo, interativo e diferente. Então, aliei duas paixões: o circo e as aulas", conta a professora, que traz consigo uma bagagem circense, pois a sua avó fazia apresentações no picadeiro quando jovem. Em 2001, Patrícia engravidou, e a rotina das aulas de Educação Física ficou comprometida. "Eu não podia mais exercer as atividades que exercia anteriormente, como a ginástica e a capoeira, foi um momento de adaptação para mim, então, aproveitei os sábados para praticar as atividades circenses e aos poucos ir retomando a rotina", diz a professora, que se orgulha ao mencionar que o filho, de apenas 3 anos, já está iniciando nas atividades circenses. Oferecida como opção de atividade extracurricular, as aulas circenses vêm ganhando espaço por engajarem crianças e adolescentes em exercícios físicos de forma lúdica e estimularem a concentração, a disciplina, a expressão corporal e o trabalho em equipe, incluindo a confiança em si mesmos e nos colegas. Em Curitiba, além do Colégio Santa Maria, o Marista Paranaense também oferece a atividade.
A técnica circense trabalhada pela professora Patrícia durante as aulas foca a coordenação motora para crianças de 5 a 7 anos. A partir dos 10 anos, as crianças começam a ter um contato mais amplo com as técnicas. "Procuro trabalhar com as crianças menores os malabares, a cama elástica e o slackline, pois eles ajudam a desenvolver o equilíbrio, a coordenação motora e psicomotora, além da autoconfiança. Com os maiores, conseguimos ousar um pouco mais nas acrobacias em tecido", afirma Patrícia. Dentre os benefícios oferecidos pela prática estão o favorecimento da força e a valorização do trabalho em equipe, fazendo com que alguns alunos que antes eram tímidos comecem a se "soltar". "Temos relatos de pais e professores que dizem que o aluno era tímido, retraído, e que com as aulas de circo, começou a socializar mais com os colegas e também em casa", conta a professora.
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© Fotos: Gilberto do Rosário
FoCo no deSenvoLviMenTo
Companheiras de acrobacia A estudante do 8º ano do Ensino Fundamental Larissa Serbena estava em busca de uma atividade complementar diferente quando soube das aulas de circo oferecidas pela Escola. "Eu quis saber o que exatamente a atividade oferecia. No início, achei que era mais voltada para a parte de clown (palhaços), mas quando eu vi que tinha atividades em tecido, eu achei muito legal e quis me inscrever", conta a estudante. Em seguida, Larissa convidou a melhor amiga e colega de classe, Giulia Pizzatto, a se inscrever. A relação de amizade e companheirismo entre as duas é nítida e fica mais evidente quando elas desenvolvem atividades juntas. O tecido é a paixão de ambas, e para chegar lá no alto, Larissa conta com a ajuda de Giulia e vice-versa. "Nós nos conhecemos desde os 3 anos de idade, e de um ano para cá, somos amigas inseparáveis. A atividade de circo é algo de que nós duas gostamos muito e costumamos nos ajudar nas acrobacias. Acho fundamental poder ter com quem contar na hora em que estamos desenvolvendo essas atividades", diz Giulia. Além do gosto pela atividade, as duas têm em comum a vontade de ir cada vez mais longe: "Cada vez que a gente consegue se sair bem em um exercício e consegue dominá-lo, tem vontade de partir para outros mais difíceis – inclusive, pesquisamos na internet exercícios que ainda não tenhamos feito e trazemos para a professora nos auxiliar", afirma Giulia. A disposição e o interesse das meninas chamou a atenção da professora. Patrícia conta que Giulia e Larissa pedem para treinar até mesmo depois que aulas acabam. "Normalmente, a aula delas acaba por volta de duas horas da tarde, mas elas pedem para ficar um pouco mais. É gratificante saber que consegui despertar nelas essa vontade e a paixão por esse esporte", conta, emocionada, a professora. No início, os pais ficaram um pouco preocupados com a ousadia das meninas e a vontade de ir cada vez mais fundo no esporte. "Meus pais achavam perigoso, mas hoje já estão mais confiantes. Toda vez que conto para a minha mãe que aprendi um exercício diferente, que envolve acrobacias no tecido, ela fica apreensiva", conta, entre risos, Giulia. Quando perguntadas se pretendem seguir carreira na ginástica ou em atividades relacionadas ao circo, as duas garotas são enfáticas: "Talvez como uma atividade paralela, mas meu sonho é ser médica", diz Giulia. "E o meu é ser arquiteta", completa Larissa.
Investimento A modalidade tem custo simbólico para os participantes. O investimento maior se dá pela Instituição ao adquirir os equipamentos, mas para quem pratica a modalidade, além do interesse e da força de vontade, são necessários os seguintes itens: l l l l
Calça legging Camiseta Colant para apresentações Sapatilha de ginástica rítmica desportiva
Quanto aos acessórios a serem adquiridos pelas Instituições, são necessários malabares, que custam por volta de R$ 200; tecido, R$ 250; trapézio, R$ 600; e lira, R$ 250.
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olhar
Questionamentos sobre a © Fotos: Divulgação
Lei da Palmada
Assunto polêmico esse. Para que serve, afinal, a Lei da Palmada?
Em primeiro lugar, temos que definir o que vem a ser uma palmada: como o próprio nome sugere, é o bater com a palma da mão. Quem já levou uma palmada quando criança de seus pais por algo de errado que tenha feito e sente-se “traumatizado” por isso? Difícil encontrar um exemplo. Estamos falando aqui daquela “palmada corretiva”, quando os argumentos verbais já foram explorados e esgotados sem efeito e os pais sentem-se “obrigados” a partir para uma intervenção física para que a criança entenda de uma vez por todas o que está sendo pedido ou ordenado. Existe sempre a “tática do 1... 2... 3!” antes de bater, que consiste em dizer para a criança que ela está fazendo algo errado e deve parar imediatamente. Você contará até três pausadamente: caso ela não tenha parado no três, levará uma palmada. Dessa forma, está sendo advertida verbalmente e tem a chance de evitar um possível castigo mais severo se não obedecer, tendo a escolha de parar o que está fazendo para não apanhar. Geralmente, elas param antes do três e não é preciso bater. Mas nem todas são tão fáceis de lidar. Há aquelas que insistem em provocar e testar os limites dos pais achando que não acontecerá nada demais, e quando levam a palmada, param instantaneamente, como se a ficha da autoridade dos pais caísse naquele momento, forçando-as a obedecê-los. Estamos falando, aqui, de crianças pequenas, até seus 5 ou 6 anos, algumas um pouco mais. E a palmada é pontual, funcionando como um “basta” ao comportamento a ser corrigido. Nada que deixe marcas no corpo, ou que seja humilhante (como tapa no rosto, inadmissível). Totalmente diferente de surras, em que os pais muitas vezes utilizam objetos para bater nos filhos, deixando, aí sim, marcas visíveis da violência empregada.
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O Estatuto da Criança e do Adolescente condena o uso de maus tratos contra tais vítimas em sua educação, apenas não definindo se são físicos ou morais. A nova lei deixa expresso que não se pode usar “castigo corporal” contra crianças e adolescentes, embora a “palmada corretiva” ainda seja permitida, ao contrário da “palmada agressiva”. Mas quem definirá o limite entre o corretivo e o agressivo? Esse critério é extremamente subjetivo, o que, certamente, dará brecha para inúmeras interpretações. Aí pergunto: como ficam os maus tratos verbais e emocionais contra os menores, que podem ser de longe mais traumatizantes para os futuros adultos, que provavelmente crescerão com marcas psíquicas profundas e, por vezes, incuráveis? Quanto aos aspectos práticos e à eficácia, como prevenir os maus tratos ou o tratamento degradante e cruel quando a lei não prevê sequer pena ao infrator? Talvez essa lei seja útil apenas para trazer o assunto à baila e provocar discussões, forçando-nos a olhar para os inúmeros casos de violência doméstica que acontecem rotineiramente em grande parte das famílias brasileiras. Marina vasconcellos é psicóloga pela PUCSP; especialista em Psicodrama Terapêutico pelo Instituto Sedes Sapientiae; psicodramatista didata pela Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP); e terapeuta familiar e de casais pela Unifesp.
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Aprendizado
virtual
Antes considerados ameaçadores e perigosos, games se revelam eficientes ferramentas para estudo e desenvolvimento de habilidades Por Mahani Siqueira
Por muito tempo, eles foram vistos como inimigos da saúde, causadores de episódios frequentes de mau comportamento, incitadores de atos violentos e perigosos para a formação de qualquer criança ou adolescente. Hoje, os games assumiram um novo papel e, embora ainda despertem alguma desconfiança aqui ou ali, podem ser poderosos instrumentos no processo educativo. A NeuroGames é uma iniciativa que comprova as inúmeras utilidades que os jogos virtuais podem ter para trazer diferentes benefícios. A empresa, que tem como principal área de atuação o desenvolvimento de ferramentas para saúde com foco na educação, já elaborou jogos em parceria com universidades federais e internacionais e, atualmente, cria games capazes de detectar precocemente habilidades cognitivas e socioemocionais de crianças e adolescentes. Segundo Thiago Rivero, neuropsicólogo e um dos fundadores do projeto, são várias as habilidades necessárias na hora de comandar o joystick. “Todos os games exigem o desempenho de habilidades cognitivas e socioemocionais. Quando jogamos,
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atenção, memória, controle do impulso, tomada de decisão, gerenciamento de habilidades sociais e outras tantas são requisitados. Por meio dos jogos, provocamos o uso dessas funções e, assim, podemos construir ferramentas de avaliação e estimulação das habilidades cognitivas. Com isso, podemos conhecer melhor as habilidades dos jogadores e, desse modo, construir, por meio da nossa plataforma e de nossa metodologia, intervenções que sejam ‘adaptadas’ e costuradas para as dificuldades e características individuais de cada um”, comenta Rivero. “Crianças e adolescentes entendem a linguagem simbólica e profunda dos games. Isso nos permite falar diretamente e, principalmente, negociar e explicar o que queremos. Com games, não é possível ser indulgente com as crianças. Elas sabem jogar e jogam bem; portanto, precisamos criar desafios e formas de avaliá-las que sejam motivadores e que tenham sentido. Os games são máquinas eficazes de aprendizado, e quando as crianças decifram seus códigos e suas formas de atuação, elas aprendem”, complementa o psicólogo da NeuroGames.
Para a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUCSP, a interação com os games pode despertar nas crianças uma série de habilidades, desde que sejam escolhidas as opções corretas e que os pais acompanhem o que os filhos têm em mãos. “Todos os games podem ser positivos de alguma maneira. As opções de guerra, por exemplo, exigem muita estratégia. Mas é importante ter sempre em mente qual é o interesse do jovem naquele jogo e saber como ele vê essa diversão”, analisa Luciana. Gerente de inovação e novas mídias da Editora FTD, Fernando Fonseca revela que a empresa já enxerga as plataformas digitais e os momentos de lazer como potenciais ferramentas de aprendizado que podem ser integradas com os livros. Segundo ele, assim também é possível fazer com que o estudo seja mais divertido e prazeroso. “Não há dúvida de que os jogos permitem criar uma experiência de ensino e de aprendizagem mais motivadora para todos, capaz de obter resultados superiores ao que, em geral, o professor consegue com outras estratégias”, finaliza Fonseca.
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