Em Família | Brasilia Maristão

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1º SEMESTRE/2012

Eu, digital Como a nova geração interage com a tecnologia


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você aprende com o mundo


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Expediente Combinação única de bons valores com excelência. O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que diariamente vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas a ação social está presente com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor.

Presidente das Mantenedoras: Ir. Delcio Afonso Balestrin Superior Provincial: Ir. Joaquim Sperandio Superintendente ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza Rede de Colégios: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina Michelan Azevedo Comunicação e Marketing ABEC/UCE: Fabiane Campana, Patrícia Fatuch, Camila Schmid, Bruno Bonamigo, Tiago Ienkot, Fábio Egg Mais, Patrícia L. Egashira, Kelen Y. Azuma, Silvia S. Tateiva,, Alexandre L. Cardoso Comunicação e Marketing Colégios: Bruna F. Gonçalves, Caroline D. Mertens, Cristiane R. Santos, Eros A. A. Martins, Eziquiel M.

brasília • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400 Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900 CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel PR - 85812-011 - (45) 3036-6000 CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332 CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma SC - 88811-503 - (48) 3437-9122 CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552

Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza,

Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR 82200-210 (41) 3074-2500

Luana M. D. dos Santos, Luiza B. Fleury, Mateus Vitor Tadioto,

goiânia • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440

Mayara A. Haudicho, Raquel A. Bortoloso, Renato M. Pereira,

St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875

Samira D. Dutra, Tatiane Pereira

JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313 JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC 89600-000 - (49) 3522-1144

Rua Imaculada Conceição, 1155 Prado Velho – Curitiba – PR Prédio Administrativo PUCPR – 8º andar CEP: 80215-901 Tel.: (41)3271-6500

LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600 MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224 PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374

www.marista.org.br

RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400

Em Família | 9ª Edição | 1º Semestre 2012

SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444 Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866

Capa: Teresa Bernadete Medina Ferreira, aluna do Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR) Foto: Pablo Contreras

Jornalista Responsável: Luís Fernando Carneiro / Registro Profissional MTB Nº 3712 | Diagramação: Clarice Fensterseifer e Maria Andrade | Publicidade: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br Periodicidade da publicação: semestral Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.


Primeira impressão

Um Desafio de Valor Por Ir. Paulinho Vogel

P

ermitam-me pais, alunos e professores fazerem-lhes uma constatação: o uso efetivo das tecnologias de informação e comunicação em minhas atividades profissionais e estudantis foi iniciado quando já contava com 21 anos de idade e com 25 passei a usar telefone celular. Todo o meu desenvolvimento físico, mental e espiritual já estava praticamente finalizado quando comecei a ter contato com as novas tecnologias da informação. Hoje fico impressionado, e encantado ao mesmo tempo, quando assisto à integração, quase que natural, dessas e outras novas tecnologias, no cotidiano da vida das crianças em plena fase de desenvolvimento. Outro dia meus dois sobrinhos de 3 anos de idade, falavam-se ao celular. Certamente esta constatação não é uma descoberta só minha e com certeza alguns devem estar mais preocupados e/ou impressionados. Mas a preocupação/encanto/surpresa aumenta na medida em que

nos damos conta das transformações que estão sendo operadas no comportamento de todas as pessoas, impactadas constantemente pelo, já nem tão novo, fenômeno chamado INTERNET (muitos afirmam que não vivem mais sem ele). A internet trouxe mais do que uma revolução tecnológica. A revolução comportamental, advinda da facilidade de comunicação entre as pessoas, cria uma nova percepção relacionada aos saberes, competências e habilidades e tantas outras aplicações das áreas do conhecimento humano. O que a internet proporcionou à humanidade é, sem dúvida, sem precedentes na sua história. A educação, nesse contexto, passa a ser não mais responsabilidade apenas da escola, mas uma tarefa natural da sociedade. Neste sentido, aprende-se em espaços formais, organizados pelo colégio, e em espaços informais que a internet proporciona: Orkut, Facebook, You-

Tube, MSN, em livros impressos e/ou digitais, na televisão, no cinema, no teatro. Aprende-se em todo lugar e de diversas formas, uma vez que se amplia o espaço pedagógico. Esses espaços ampliados de conhecimento possibilitam amplo acesso aos mais variados campos do conhecimento, e de todos os tipos de conhecimento. Mas, pode o aluno, em plena fase de desenvolvimento, ter a sabedoria necessária para verificar de que maneira irá utilizar o que aprender e se tal conhecimento vale à pena? Esse talvez seja o espaço de trabalho da instituição escolar quando, convicta dos valores a que se propõe, ensina e educa seus alunos oferecendo-lhes as condições necessárias para que optem pelos conhecimentos que agregarão valor às suas vidas. Uma boa leitura a todos, na certeza de que podemos nos educar cada vez mais e melhor, para a leitura crítica e atenta dos conhecimentos gerados pela humanidade.

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios

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Entrevista


A comunicação na era digital Especialista explica por que as redes sociais e a tecnologia podem ser, com cautela, bons aliados tanto para a educação como para os negócios

A

ndré Telles é pai de aluna Marista, publicitário e especialista em comunicação digital. Foi o primeiro brasileiro a publicar, em 2005, livro sobre marketing nas redes sociais, o “Orkut.com”. Em 2008, lançou o “Geração Digital” e depois “A Revolução das Mídias Sociais”. Acostumado a dar palestras em todo o Brasil sobre as novas tecnologias, nesta entrevista ele fala sobre a relação e os limites entre a era digital e a educação. André tem uma filha na terceira série do Marista e, segundo ele, ela adora jogar os aplicativos do iphone, além de praticar esportes e ser uma ótima aluna. Para ele, na era digital e entre tantos avanços e informações que recebemos diariamente, o segredo está no equilíbrio.

Por que você se interessou por se especializar na área digital? O que te chamou a atenção? Sempre fui um apaixonado por novas mídias, estratégias guerrilheiras de marketing e mídias alternativas. Quando percebi as redes sociais online como uma possibilidade de relacionamento entre consumidores e empresas, além da falta de atenção que se dava ao tema, decidi estudar o assunto e publicar meu primeiro livro sobre o tema, em 2005. Acredito que tenha cumprido a missão que me motivou, contribuindo para abrir um segmento de mercado até então pouco explorado e com poucos profissionais especializados. Hoje, temos cursos

de pós-graduação em marketing digital, um novo mercado para os profissionais de comunicação e as empresas já tem noção da importância de um trabalho profissional de Social Media Marketing nas diversas mídias sociais. Aqui no Brasil este desenvolvimento se diferencia dos outros países? Estamos entre os três países que mais acessam mídias sociais mundialmente. Dos 81,3 milhões de internautas brasileiros, 90% estão presentes em alguma mídia social. Sem dúvida, o brasileiro adora participar de mídias sociais, nossas características de interagir facilmente são transpostas para o mundo virtual.


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Entrevista

E a educação, como pode se beneficiar com a tecnologia? A aprendizagem é um ato fundamentalmente social. Nossa habilidade intrínseca para aprender em conjunto pode ser facilitada pelas tecnologias emergentes que estendem, alargam e aprofundam nosso alcance. As inovações tecnológicas permitem um novo tipo de ecossistema construído no conhecimento e com as pessoas na posição central. Os pais devem dar algum tipo de limite aos seus filhos? Quais? De que maneira? Acredito que tudo que é em exagero é prejudicial. As novas tecnologias podem ser potentes aliados na educação de crianças e adolescentes. Temos aplicativos para dispositivos mobile focados neste público, assim como temos à nossa disposição mecanismos de busca (Google) que substituíram as imensas enci-

clopédias do meu tempo de estudante. Quanto à questão de limite, cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar. Para onde estamos caminhando com a era digital? Surgirão cada vez mais inovações tecnológicas ligadas à geolocalização, realidade aumentada, vídeos e fotos. O compartilhamento destas informações será cada vez mais facilitado por meio dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Quais são seus próximos projetos? Algum livro em vista? Sim, há um quarto livro para ser lançado em 2012. Atuo como consultor e professor em pós-graduações ligadas ao Marketing Digital, além de ser sócio da agência especializada em comunicação digital, a Mentes Digitais.

Cada família deve buscar informação sobre como orientar seus filhos para os riscos e benefícios que a internet e novas tecnologias podem proporcionar.



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Capa

Tudo a um toque Adolescentes e crianças nasceram com celulares, notebooks, tablets e uma infinidade de acessórios que sentem que tudo faz parte delas. Qual o limite desta interação? Por Sandra Solda


Adoro acompanhar blogs e sites sobre arquitetura. Adoro tecnologia, mas é preciso ter cuidado para que ela não atrapalhe os estudos e até mesmo o tempo que a gente tem para fazer outras coisas.

É

impossível imaginar, pelo menos para uma pessoa que tenha menos de vinte anos, uma vida sem tecnologia. Não estamos falando de televisão, rádio, eletrodomésticos, mas de computadores, celulares, notebooks, tablets e mais uma infinidade de coisas que a cada dia se multiplica e atrai pessoas de todas as idades. Os pais fazem parte do grupo dos “imigrantes digitais”, aquela geração que apesar de não nascer com esta tecnologia passou a usar e dominar tais equipamentos. Essa turma sempre terá uma certa resistência em algum ponto, algum resquício ou saudosismo de equipamentos – como o fax – que as crianças de hoje não sabem nem o que é. Afinal, elas nasceram em outro momento e utilizam a tecnologia e seus acessórios como uma extensão do seu corpo. E como fica este encontro de gerações? Como fica a situação em casa, na escola, na vida social? Para a Profª Drª Helena Sporleder Côrtes (Faculdade de Educação – PUCRS) a tecnologia como um conjunto de processos e produtos eletroeletrônicos, ágeis e acessíveis a uso, promove cada vez mais o conforto e a interação sociocultural da vida humana. “É parte integrante e indissociável do universo das crianças e adolescentes contemporâneos”, explica. Segundo ela, os chamados “nativos digitais” certamente desenvol-

veram novas formas de aprender, de pensar, de sentir e de perceber o mundo. “O maior desafio educacional dos nossos dias é, tanto em casa como na escola, formar crianças, adolescentes e jovens para que se tornem usuários críticos da tecnologia”, afirma a professora, que acredita que tudo isto está sendo criado pelo homem para seu conforto, para viver melhor e mais facilmente atingir seus objetivos; desde o instrumento mais simples, como um lápis e uma folha de papel, até o computador mais avançado. Para Helena, na essência, a tecnologia por si só não é boa ou má, isso dependo do uso que é feito dela. Educação e Tecnologia Há muita discussão hoje em dia sobre a tecnologia empregada na educação, em até onde ela auxilia, onde pode prejudicar, onde é essencial e como deve ser utilizada em sala de aula, em casa ou em atividades extracurriculares. O que todos concordam é que, por trás de toda tecnologia, deve ter uma boa equipe pedagógica. Caso contrário, ela se torna mais um meio que será inutilizado por não ser bem orientado por profissionais da educação.

Teresa Bernadete Medina Ferreira, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)


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Capa

“De acordo com estudos da neurociência, o cérebro estabelece conexões neuronais em frente à tela do computador ou videogame que se diferenciam das conexões que se dão ao escrever ou desenhar no papel. Estes dois tipos de conexão são essenciais para o desenvolvimento do indivíduo e, por isso, deve haver um equilíbrio entre os dois”, explica a supervisora educacional Viviane Marie Truda, da Província Marista do Rio Grande do Sul. Ela afirma também que, em virtude da velocidade de seu avanço, a tecnologia e o mundo digital devem ser vistos como ferramentas de apoio pedagógico e de comunicação, e não uma única condição básica para a educação. Por esta razão, os meios digitais precisam ser considerados meios importantes. É fundamental que os profissionais da educação estejam preparados para lidar com esta tecnologia e adaptar-se à nova realidade. “Se o professor não refletir regularmente sobre suas práticas, para, quando necessário, ajustá-las às necessidades e características do estudante de hoje, ou seja, à sua forma de pensar e de aprender, aumentará o fosso que separa essas gerações. É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar em sala de aula”, ressalta Viviane. Por outro lado, os estudantes também precisam ser conscientes e aprender a usar com inteligência tudo

que recebem de inovação. “É um problema quando um estudante acredita que a tecnologia vai resolver todos os seus problemas. Por exemplo, quando ele , em vez de ler um livro, procura o resumo na internet e se dá por satisfeito com isso”, alerta a supervisora. Iniciação ao mundo digital Viviane explica que a criança, adolescente ou jovem, ao ficar na frente de um computador, celular, ou seja qual for o meio, deixa de fazer outras coisas, como brincar, correr, estar com os amigos, praticar esportes, o que é fundamental para a construção do indivíduo. Ela pula etapas. “Acho um problema sério uma criança de quatro ou cinco anos com um celular na mão”.

"É preciso saber lidar com estas diferenças e encontrar formas eficientes e interessantes de trabalhar os conteúdos de ensino." Por outro lado, a supervisora acredita que a tecnologia e a internet, bem utilizadas e na idade recomendada, complementam a educação e a vida e trazem informações rápidas nos ambientes cooperativos e interativos. As redes sociais aproximam as pessoas: muitos pais e filhos só trocam afetividade por

uma conversa online ou mesmo por email, coisas que não conseguem dizer pessoalmente. “A comunicação via internet deve ser só um complemento. As relações pessoais devem existir. As pessoas se comunicam com o mundo, mas não estão mais dialogando. Para tudo na vida existe um tempo e uma hora certa, e com a tecnologia também deve ser assim. O limite deve ser dado aos filhos, e os pais devem ficar atentos porque, principalmente a internet, é um espaço aberto para problemas, como o assédio moral, sexual, e outros crimes que vemos por aí”, pondera Viviane. Para Helena, as chamadas gerações X e Y, filhos diretos da renovação tecnológica que vem arrasando a forma de viver da sociedade atual, seguidamente comportam-se como dependentes desta tecnologia: não vivem mais sem o gadget da hora, passam o dia a enviar/receber mensagens de texto e a tuitar (que já virou um verbo), vivendo muito mais a vida virtual que a vida real. “Independente de uma reflexão mais aprofundada, que investigue os problemas de natureza psicológica e sociocultural que envolvem a questão, talvez o primeiro ponto a destacar seja a falta de limites que a família e a escola têm deixado de estabelecer, no que diz respeito às formas e aos momentos mais indicados para o uso destes artefatos”, enfatiza.


Para mim a internet é como um mundo à parte, onde encontro jogos e uma série de coisas que gosto. Por outro lado, é onde encontro muitas informações que preciso para estudar e conversar com meus amigos. João Francisco Montiel Soares, 11 anos, Colégio Marista Paranaense – Curitiba (PR)


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Capa

Mercado promissor É um caminho que não há volta: a cada dia teremos mais avanços, e isto é fato. Os fabricantes estão cada vez mais apressados em lançar seus produtos ou serviços, assim como os consumidores também estão ávidos por comprar – muitos passam horas e dias em filas para serem os primeiros a ter tal produto e pagam mais caro por isso. É inerente ao ser humano, não adianta querer ignorar, pois isto acontece em todos os setores, em todas as áreas e não só na tecnológica. Uma análise do comportamento de mercado é objeto de estudo de economistas e hoje, mesmo os leigos, são capazes de perceber que as novas ferramentas tecnológicas são responsáveis por um volume enorme de vendas, todos objetos de desejo de consumo dessa geração de adolescentes e crianças.

Isso é muito claro: o Brasil possui hoje mais celulares ativos que seu número de habitantes. Outra informação importante é que o poder aquisitivo das classes mais populares aumentou, que agora têm mais acesso a televisores, notebooks, tablets, mp4, demonstrando que é um mercado cada vez mais promissor.

Como o caminho é este e o avanço deve ser cada vez mais rápido, é fundamental que todos pensem que devem fazer da tecnologia uma aliada, e não ficar dependente dela. Usá-la para estreitar laços, sejam de amizade, profissionais, familiares, e nunca substituir as relações reais pelas virtuais. Não trocar um passeio, uma viagem, uma brincadeira ou conversa por uma atividade online. Tecnologia também é aprendizado, entretenimento e comunicação, mas viver a vida real com pessoas ao lado é muito melhor e mais importante.


A força das redes sociais Os espaços digitais e as redes sociais, se bem utilizadas, tornam-se grandes aliados na comunicação com os jovens. Qualquer empresa, organização ou instituição precisa, basicamente, ter no mínimo um site para começar a relação. Mas só isso não basta, é apenas uma vitrine. Segundo Bruno Bonamigo, analista de Comunicação do Grupo Marista, foi criado, em 2009, um twitter para a comunicação com os estudantes. No ano seguinte foram mais além e criaram uma página no Facebook. “Apenas o site não atraía mais, era muito estático, precisávamos ter uma interação, estar mais próximos dos alunos”, diz. A entrada nas redes sociais foi um sucesso, atingiu muito mais os estudantes, que passaram a usar também como um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Inicialmente foram priorizados o Ensino Fundamental 2 e o Médio, que abrangem estudantes de 11 a 17 anos. “Precisamos sempre nos adaptar à nova realidade, sempre implementando tecnologias que nos aproximem do nosso público, além de ser imprescindível que agreguem conteúdo sempre aliado à área pedagógica”, explica Bruno.

“Gosto muito de ver vídeos, escutar música, usar os aplicativos do iTunes e, principalmente, usar as redes sociais, como o Facebook, o Twitter, o Skype e o Instagram. Atualmente estou me conectando muito mais pelo iPhone, mas também utilizo o meu computador e o Ipad da família. Eu conseguiria ficar sem a internet, mas seria muito difícil. Há um tempo, não conseguia passar muitas horas sem conferir as atualizações do Facebook, sem tuitar ou postar imagens no Instagram. No final do ano passado, percebi que minha diversão tinha se tornado uma obsessão e tomei uma atitude. De lá para cá, só entro na internet quando realmente tenho tempo, ou quando preciso tirar dúvidas e realizar trabalhos.” Nicole Dupont, 13 anos, Colégio Marista Pio XII – Novo Hamburgo (RS)

“Uso a internet pelo notebook, cerca de 2 a 3 horas por dia, durante a semana. Já nos finais de semana, chego a usar mais, de 4, chegando até 7 horas diárias. Não me considero ‘viciada’ e consigo passar alguns dias tranquilamente sem acesso à internet. Acesso as redes sociais (Orkut e Facebook), jogos online e sites de busca para pesquisas, como o Google e Wikipédia. Acho muito boa toda esta tecnologia pelo fato de poder fazer qualquer pesquisa sem necessariamente recorrer a livros. Aproveito também para conversar e ficar mais perto dos meus amigos e da minha família. O que eu mais gosto é conversar com amigos via Facebook e MSN, brincar e fazer pesquisas.” Isabella Decesaro, 11 anos, Colégio Marista Santa Maria – Santa Maria (RS)

“Eu uso notebook, PSP (Playstation Portable) e celular todos os dias. Ainda não tenho iPad, mas espero ganhar no ano que vem. Acho legal por poder baixar mais jogos; é um celular maior e mais moderno. Primeiro uso a internet para ver o Facebook e jogar, além das pesquisas do colégio. Não consigo ficar sem a tecnologia. Quando viajei nas férias, não fiquei um dia sem o PSP. Cheguei a ir numa lanhouse e acessar a internet pelo celular do meu pai para saber o que estava acontecendo. Por outro lado, muitas vezes meu pai reclama: vai ler um livro! Como eu também gosto muito de ler, desconecto do mundo virtual e vou ler.” Alexandre Schawantes Brião, 9 anos, Colégio Marista Rosário – Porto Alegre (RS)


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Dia a dia

Use com moderação Família conta como dosar bem a internet para os filhos e criar um ambiente de interação, segurança e confiança

U

m dos desafios que intriga pais, mães e educadores hoje em dia são os limites que devem ser dados ao uso da internet às crianças e aos adolescentes. Sabemos que não é possível simplesmente proibir, uma vez que a maioria das crianças já nasce falando essa língua. A questão é que é preciso que não façam disso um hábito que não seja saudável, ou mesmo que deixem de fazer outras atividades necessárias para uma boa formação. Por um lado, a internet traz um mundo novo, com pesquisas que são necessárias para o estudo, a comunicação com amigos via chat, a interação nas redes sociais, que pode completar e reforçar algumas amizades já existentes, ou ainda o entretenimento, com jogos que desafiam a memória, estratégia, concentração e outras habilidades positivas, além de trazerem diversão e alegria. Ao mesmo tempo, essa mesma tecnologia pode trazer inúmeros problemas se não for devidamente utilizada. Desde downloads impróprios, que estragam o computador, até sérios casos de pedofilia online, invasão de privacidade, enfim, diversos problemas que já existem na vida real são aumentados na internet devido à possibilidade do anonimato que o mundo virtual permite. Rogerson Luiz de Rossi, pai de dois adolescentes - Fábio, de 13 anos e Alexander de 9 - encontrou um

método simples de proteger a família e, ao mesmo tempo, não deixar os filhos fora desta realidade online que hoje não há volta. “O segredo é criar uma disciplina com responsabilidade. Desenvolvemos uma rotina que deve ser respeitada, o que dá segurança aos meus filhos”, conta.

Regras Em Londrina (PR), na casa de Rogerson e Iris, a mãe, há um ambiente certo para o uso da internet. É um cômodo com dois computadores, que não devem ser retirados de lá. Os filhos têm o acesso ao mundo virtual limitado e, segundo Rogerson, não criam problemas por causa disso. “Eles podem utilizar ao chegar da escola até o horário do almoço, por mais ou menos meia hora, e no fim do dia, depois de feitas as atividades escolares, por mais uma hora”, explica. Aos sábados e domingos, eles acessam a internet por mais uma hora por dia, a regra é clara. “Acreditamos que eles não precisem de mais tempo no computador. Por outro lado, estimulamos e participamos de outros tipos de entretenimento com nossos filhos, dentro e fora de casa, como jogos, conversa, leitura e atividades ao ar livre” comenta Rogerson. “A internet é uma porta aberta para a entrada na nossa casa e na nossa vida. Faço esta comparação com a porta de

casa para que eles entendam que é perigoso deixá-la aberta. Assim como no mundo real, pode acontecer de tudo. Existem inúmeras situações desagradáveis que podem existir e converso abertamente com eles sobre todos os riscos da rede”, pondera.

Exemplo Os filhos de Rogerson e Iris usam mais o computador ou a internet para pesquisas ou jogos. Fábio tem Facebook e e-mail, porém Alexander não está conectado desta maneira, já que os pais acham que ainda não é o momento. Da mesma maneira como ensinam, os pais utilizam a internet apenas para algumas pesquisas ou conversas, muito raras, para trabalho ou com amigos que já conhecem e confiam. Segundo Rogerson e Iris, o segredo da boa convivência com o mundo on-line é resultado de uma boa educação, muita conversa, bons exemplos e amor incondicional que sentem pelos filhos. “É muito importante a consciência que devemos ter da nossa responsabilidade em educar em todos os sentidos: moral, intelectual, espiritual, afetivo, etc. Estamos tentando e até hoje este modelo tem dado certo”. E a família Rossi encontrou um caminho para os limites e necessidades dos filhos que está agradando a todos da casa.


ê o exemplo a seu filho. Em qualquer D sentido da vida, em qualquer área. Ele, seguramente, irá seguir e repetir o que aprendeu e está acostumado a observar. Tenha uma relação de confiança e esteja sempre na vida de seus filhos, desde muito pequenos.

Como usar

Saiba o que ele está fazendo, participe, não tenha medo de perguntar diretamente a ele o que precisa saber.

Confira as dicas da

Converse sobre os perigos que existem no mundo virtual.

uma utilização saudável

Responda claramente sempre o que seus filhos perguntam.

família De Rossi para da internet

Oriente seus filhos a não conversarem com estranhos na internet, assim como na rua, no shopping ou em qualquer outro lugar.


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Olhar

Todos curtem Facebook tem 845 milhões de usuários no mundo, mas é preciso saber usar Por Sandra Solda

H

oje não há quem não comente, curta ou discuta assuntos via Facebook. Novos amigos são feitos e os antigos são reencontrados, compartilham-se fotos, mensagens, textos, ideias ou mesmo o que se está pensando no momento ou em qual lugar se está. É impossível ficar de fora desta grande rede. Ela está disponível em mais de 70 línguas e, apenas no Brasil, são mais de 30 milhões de usuários ativos. Todos os dias, 483 milhões de pessoas se conectam e, quase metade delas, pelo celular. A atividade mais popular na rede é o

compartilhamento de fotos, o que chega a 250 milhões por dia. Ao mesmo tempo em que é uma ferramenta para entretenimento, pode ser uma porta aberta para qualquer tipo de crime ou violência. É necessário que adultos e crianças fiquem sempre atentos ao utilizar esta rede, e que os pais tenham uma conversa aberta e sincera sobre o assunto com os filhos. Ao lado algumas orientações e dicas para os pais, sugestões de como devem se comunicar com os filhos que estão cada vez mais online e conectados ao Facebook.

Não basta ser pai, é preciso acompanhar • Pode ser difícil acompanhar a tecnologia. Não tenha medo de pedir que seu filho esclareça suas dúvidas. • Caso você ainda não use o Facebook, considere registrar-se. Assim, você poderá entender como ele funciona! • Crie um grupo do Facebook para a sua família para que você tenha um espaço privado para compartilhar fotos e manter contato. • Ensine aos seus adolescentes as noções básicas de segurança online para que eles possam manter seus perfis do Facebook (e outras contas online) privados e seguros.

Como falar com seu adolescente • Você acha que consegue conversar comigo sobre problemas na escola ou online? • Ajude-me a entender por que o Facebook é importante para você. • Você pode me ajudar a criar um perfil do Facebook? • Quem são seus amigos no Facebook? • Quero ser seu amigo no Facebook. Você concorda? O que faria você concordar?

Fonte: Assessoria de imprensa Facebook Brasil


Um novo mundo Ao longo de toda esta edição da sua revista EM FAMÍLIA

utilizadas para complementar uma educação de verdade,

apresentamos discussões sobre as novas tecnologias a

fundamentada em valores éticos, morais e cristãos. Nas

serviço da Educação. Como sempre, educadores, alunos

próximas páginas você encontra as histórias, personagens,

e famílias devem compor um trio em perfeita sintonia

projetos e ideias do Colégio Marista de Brasília. Fique por

para que a internet e todas as suas possibilidades sejam

dentro deste novo mundo em que seu filho vive.


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Com a palavra

Andréa Studart Corrêa Galvão - Diretora Educacional

Pensando grande O

Maristão tem se dedicado à educação de excelência, atuando na formação humana de jovens e investindo no alto desempenho acadêmico. Assim tem sido há quase quatro décadas, em que valores humanos e cristãos estão consolidados em um currículo sintonizado com as demandas de cada época. Ao assumir a Direção Educacional do Maristão, foi me imposto o desafio de dar continuidade ao projeto educacional institucional, voltado não somente para a formação intelectual dos estudantes, mas também para a formação humanística. Dessa forma, o compromisso com a comunidade educativa envolve o pensar a educação e o seu fazer pedagógico, consolidando projetos planejados ou já iniciados, alinhados ao desenvolvimento de competências acadêmicas, pessoais e sociais necessárias à formação do aluno Marista, centralidade do projeto educativo. Dentre os projetos pensados para 2012, vale citar a segunda edição do projeto Maristão Faz Ciência, cujo

principal objetivo é fortalecer o ideal marista de formação do aluno pesquisador. Além disso, oferece a estudantes e professores a oportunidade concreta de organização de grupos de pesquisa, com vistas ao aprendizado adequado do modo de proceder do fazer científico, uma vez que entendemos a pesquisa como princípio da prática pedagógica. Em 2011, vários trabalhos foram apresentados, e o destaque foi o intitulado “O cotidiano da vida representado no Twiter: juventudes e socialização no Ensino Médio Privado”, orientado pelos professores Anderson Nascimento e Germano Costa. Os projetos de 2012 estão em pleno desenvolvimento, e no final do ano conheceremos o produto do trabalho de todos os envolvidos. A internacionalidade de eventos acadêmicos continua em pauta para ampliar os horizontes dos nossos alunos. Em fevereiro passado, o professor Luiz Alberto, de matemática, e um grupo de estudantes, acompanhados por um pesquisador brasileiro, professor

Frederico Pedroso, visitaram a Universidade de Kyoto, no Japão, quando conheceram os programas e projetos das engenharias. Foi uma experiência que agregou valor cultural, social e acadêmico aos envolvidos. Nessa perspectiva, outros intercâmbios científico-culturais estão em andamento, como o projeto de pesquisa sobre recursos hídricos no Brasil e na Nova Zelândia. O uso de ferramentas tecnológicas, ampliando estratégias pedagógicas, para a melhoria de resultados de aprendizagem é também destaque da escola. Nesse contexto, três grandes projetos estão em pleno desenvolvimento: a Sala Interativa Marcelino Champagnat, inaugurada em 2011, o Projeto Piloto Tablet e a plataforma interativa e-Maristão, que visam aumentar a interatividade entre estudantes, professores e conhecimentos, lançando desafios e agregando valor ao aprendizado individual e coletivo. Iniciativas como essas certamente colaboram para continuidade da excelência educativa do Maristão.



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Educa�

Uso de tablet na sala de aula: modismo ou oportunidade? Por José Leão da Cunha Filho

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scola é, por natureza, casa do conhecimento. Por essa razão, deve manter-se aberta à novidade; sempre virada de frente para o futuro, anunciado pelas novas gerações que a acessam. Nos dias atuais, marcados irreversivelmente pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), a escola é desafiada a alinhar-se. São muitas e tentadoras as possibilidades: desktops, laptops, lousas e projetores interativos, plataformas colaborativas, tablets, smartphones, geolocalização com GPS, realidade aumentada, jogos virtuais, editores de vídeos, sons, fotos etc. Esse bombardeio de alternativas ativa expectativas várias por parte de gestores escolares, professores, alunos e pais. A vedete do momento é o tablet. A possibilidade de uso na sala de aula tem despertado o interesse de educadores e até da imprensa. As escolas parecem pressionadas a aderirem ao uso, sob pena de receberem rótulos indesejá-

veis. É evidente o risco de adesão prematura. Escolas precisam acompanhar as inovações, mas devem fazê-lo criticamente. Para fins de aprendizado, tecnologias são meio, não fim. Devem ser usadas para melhorar e ampliar as estratégias pedagógicas. O Maristão também está discutindo o uso do tablet, pois o entendemos como oportunidade para dinamizar o espaço/tempo da aula. O uso do tablet na sala de aula pode contribuir para criar um ambiente de aprendizagem no qual professor e estudante sejam deslocados dos lugares tradicionalmente ocupados. Aos poucos, o professor continua deslocando-se da posição de quem apenas transmite e aplica provas para assumir o lugar de quem desafia, orienta e avalia. O estudante, por sua vez, desloca-se da posição de quem apenas escuta, copia e memoriza para assumir o lugar de quem questiona, investiga, elabora e comunica. José Leão da Cunha Filho, Diretor Geral


Sobre o assunto, no Maristão algumas ideias estão claras: a) O tablet não é isca para matrículas; b) Não é necessariamente substituto do livro nem do caderno, mas possibilita uma relação interativa e lúdica com o conteúdo e registros; c) E, por meio da internet, liberta a sala de aula dos limites das quatro paredes, ampliando as possibilidades de professores e estudantes. Nesse sentido, em 2012, implantaremos um projeto-piloto com uma das turmas de 1º ano. Todos os componentes curriculares dessa turma serão trabalhados com o apoio do tablet. Em dezembro passado, os professores envolvidos receberam os tablets e participaram de treinamento para manuseio específico do equipamento. Em continuidade, serão orientados ao longo do ano pelo núcleo psicopedagógico quanto ao desenho das atividades a serem desenvolvidas com uso do tablet. Por sua vez, os estudantes da turma escolhida para o piloto também receberão os tablets como empréstimo da escola para o uso durante o processo de adaptação. O piloto será desenvolvido ao longo de todo o ano de 2012, porém os

dois primeiros trimestres é que serão selecionados para análise. O piloto será acompanhado e avaliado por uma comissão formada por representantes do núcleo psicopedagógico, da assistência de tecnologia educacional e por uma comissão de três pais convidados pela escola. A avaliação do piloto ocorrerá nos meses de setembro e outubro. A partir disso o Maristão decidirá sobre como será o uso do tablet em toda a escola. Quando afirmamos que o uso de tablet no Maristão é uma oportunidade, estamos querendo dizer um pouco mais. O equipamento completará uma iniciativa cuja estratégia é articular sala interativa, plataforma colaborativa (AVA) e aplicativo de relacionamento para tablet. Essa estratégia visa, por um lado, induzir o corpo docente ao uso crítico e criativo das TICs em sala de aula e, por outro lado, contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de interatividade em toda a escola. O tablet pode ser um modismo. O uso de dispositivos móveis para apoiar o ensino e a aprendizagem é uma oportunidade gerada pelo avanço tecnológico. Sinais dos tempos, diria Marcelino Champagnat, nosso fundador.


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Ser melhor

Rede do bem Como a internet pode fazer a diferença no trabalho pastoral Por Marcelo Coutinho

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entre os diversos desafios que a pastoral escolar precisa enfrentar para chegar ao coração dos jovens, a comunicação parece ser um elemento crucial. A rede marista de escolas realizou em 2010 uma pesquisa denominada Aspectos Culturais e Crenças da Juventude Marista com 11.509 jovens de todo o Brasil Marista. Nessa pesquisa, atestamos que a nova terra que buscamos para a evangelização passa pelas redes sociais. Constatou-se que nossos jovens gastam, em média, oito horas por dia na internet; 95% deles recorrem à internet como fonte de informações, sendo que os campeões de acesso são as redes sociais e programas de mensagens com 80,5% de frequência. Em razão desse fenômeno, a pastoral vem caminhando para se apropriar de nova estratégia de evangelização.

Até o momento utilizávamos as redes sociais para a divulgação e organização de nossos principais projetos, consagrando o twitter e o facebook como ferramentas funcionais apenas. O grande salto para 2012 será a realização dos fóruns de juventude em parceria com as disciplinas de língua portuguesa e ensino religioso. Além de considerar as redes sociais como objeto de desenvolvimento da ética, cidadania e evangelização, estará em foco a ação pedagógica dessas disciplinas. A realização dos fóruns permitirá as trocas de experiências com outras organizações e instituições sociais e eclesiais voltadas para a juventude, e a participação dos jovens contribuirá significativamente para uma experiência antenada com a interação tecnologia-ensino. Os fóruns acontecerão em três momentos e terão como público-alvo os alunos do Maristão (2ºs anos) e

Maristinha (9ºs anos), com a promoção de um espaço de discussão ampliada entre os jovens, a partir de uma temática relacionada à realidade juvenil. O primeiro momento será em ambiente virtual organizado pelos professores de língua portuguesa, ensino religioso e pastoral. Após a articulação virtual, montaremos uma equipe composta por educadores e alunos que articularão o fórum presencial para 460 pessoas. Ao final dos fóruns, as escolas sistematizarão as discussões por meio de artigos, relatos de experiências de trabalhos significativos com juventude ou utilizando-se das múltiplas linguagens (músicas, desenhos, vídeos etc.). Estaremos conectados em rede, sem descartar o foco na evangelização e na aprendizagem, priorizando a troca de experiências e a criatividade juvenil. Marcelo Coutinho é coordenador da Pastoral


Destaque

Sayonara, Maristão Com muita dedicação e apoio dos professores consegui uma bolsa de estudos de três anos no Japão Por Camille Montenegro Luzardo Bicca

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jornada começou com um intercâmbio cultural que fiz para a Nova Zelândia no 1º ano do ensino médio. Passei um ano lá e, quando voltei, a ideia de sair para conhecer novas culturas estava fixada em minha cabeça. Voltei para o Maristão e conheci vários professores que me apoiaram e ajudaram a realizar essa ideia. O principal deles foi o professor Bruno, de matemática. Embora ele nunca fora meu professor realmente, nos tornamos amigos por termos gostos em comum e foi ele quem me contou que várias embaixadas ofereciam programas de bolsa de estudos. Especificamente, ele ressaltou a embaixada da Rússia e do Japão. Desde pequena sou apaixonada pela cultura japonesa, não só pelas animações e pop culture, mas por aspectos do cotidiano e pelo folclore daquele povo. Então, parti em busca da aprovação para conseguir uma bol-

sa de estudos. Fui à embaixada japonesa, lá há um grande apoio às pessoas que concorrem a bolsa. Como o curso que escolhi, cinema, foi considerado na área de humanas foi necessário fazer três provas na primeira etapa da seleção: inglês, matemática e japonês. As provas foram bem difíceis, mas estudei muito e, graças ao apoio e ajuda dos professores Jorge e Rialdo, acabei passando. A segunda etapa foi uma entrevista. Perguntaram sobre aspectos da minha vida como, por exemplo, se eu fazia esporte, qual a carreira que gostaria de trabalhar no futuro e hobbies. As perguntas alternavam em inglês e português, com um pouquinho de japonês. Recebi a notícia de que havia passado na seleção nacional para a bolsa quando estava participando do cursinho para o Enem oferecido pelo Maristão. Mal pude conter minha felici-

dade, porém para efetivamente ganhar a bolsa japonesa era necessário passar na seleção mundial feita pelo governo japonês. Os critérios para essa seleção são desconhecidos pela embaixada japonesa aqui no Brasil, então o máximo que poderia fazer era aguardar a resposta. Depois de muitos meses na expectativa, recebi a ligação que mudou o rumo da minha vida escolar. E, assim, consegui uma bolsa de estudos de três anos no Japão, sendo que no primeiro ano farei um intensivo da língua para conseguir cursar os outros dois anos em japonês. Minha escola no primeiro ano se chama Bunka Gaikokugo Senkko Gakko, em Shinbuya-Tokyo. Onde estudarei nos anos seguintes ainda é um mistério, entretanto, penso que isso é o que deixa a viagem mais emocionante. Não me arrependo de ter tentado, afinal essa será uma experiência única.

Camille Montenegro Luzardo Bicca é ex-aluna Marista – 3º ano de 2011

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Caleidoscópi�

Projeto Integração Destinado aos novos colaboradores maristas para conhecimento dos elementos fundamentais da identidade, do carisma e da missão do Instituto Marista no Brasil e no mundo.

Acolhida aos novos alunos O Maristão preparou uma programação especial com a presença da PJM, atrações culturais e uma apresentação do grupo de teatro Simplesmente G7.

Acolhida Marista - 1º de fevereiro A equipe do colégio preparou algumas surpresas para receber os alunos no primeiro dia de aula. No intervalo os estudantes tiveram carrocinhas de pipoca e muita música.

Aprovados no PAS-UnB - janeiro de 2012 A equipe do Maristão foi até a Universidade de Brasília comemorar com os ex-alunos mais essa conquista.

Missão Solidária Marista Ação da Pastoral Juvenil Marista (PJM), que acontece uma vez ao ano, em período de férias. Tem o objetivo de despertar a solidariedade pela experiência vivencial em uma comunidade de vulnerabilidade social.

Acolhida aos Aprovados no Vestibular. Terceirão 2011



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Diz aí

E a vida, como vai? Qual a importância da família, da escola, da religião na sua vida e na sua felicidade?

Família é um refugio onde posso refletir, conversar, discutir e desabafar. Se a família é bem estruturada, se existe harmonia, amor e compreensão entre os membros não há nada que possa destruí-la. A religião me permite pensar em novas oportunidades, abrir novos olhares e deixar minha mente aberta. A religião, assim como a família, são instrumentos acolhedores, são lugares agradáveis em momentos de angústia, raiva e tristeza.

Acredito que a família, a educação e a espiritualidade são os três pilares fundamentais que fazem qualquer ser humano se situar no mundo, bem como dão sentido à vida para chegar à paz e à felicidade. Penso que a minha sorte não se deve totalmente ao acaso, talvez ela tivesse algum tipo de interferência divina, já que num mundo de tantas desigualdades, nasci numa família que, apesar das dificuldades, me garante uma boa educação, afeto e principalmente apoio. Enfim, sou feliz e grato principalmente pela minha família e por todos aqueles que participam e participaram da minha vida ainda em construção, ajudando a fortalecer ainda mais esses pilares fundamentais que dão sentido à minha vida e fazem-na ser maravilhosa.

A vida vai...! Assim como eu, você também, com muita alegria e em conjunto, podemos formar valores éticos, morais e religiosos, se sustentados no pilar da família, a base, e esta estiver comprometida com o amor ao próximo, como a si mesma. Não viemos ao mundo para sermos melhores ou piores que nossos irmãos. Quando a dor do irmão for a nossa, a alegria também o será. Este é o verdadeiro amor, o amor incondicional. A educação é fundamental, a fé, uma certeza! A família, o segredo de nosso sucesso! Não há medidores para diagnosticar se nos alinhamos com o Divino. Independente da religião de cada um, o caminho é um só! Só seremos felizes ao ver a felicidade no próximo. A diversidade da informação nos convida a conhecer experiências externas, mas quão importante é o discernimento em saber que a felicidade não está fora, mas dentro de nós.

Rodrigo Siqueira Barros de Moraes - 1º ano

Glauber da Paz Moreira - 2º ano

Pâmela Gonçalves Gertrudes - 3º ano



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Educa�

Ensino Fundamental

Maristão faz Ciência A Ousadia da pesquisa num projeto educativo para o Ensino Médio Por prof. Germano Costa e prof. Anderson Nascimento

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ensar o Ensino Médio privado, a exemplo de Brasília, como um espaço/tempo para transmitir e sedimentar uma grade de conteúdos específicos e lineares é reconhecê-lo um tênue apêndice à universidade e à sistematização do estudo por meio da pesquisa científica. A postura mecânica e linear de ensinar, compreendida como mecânica preponderante para a formação e o ingresso de muitos estudantes na universidade, instigou o Maristão a repensar a educação e fomentá-la com a natureza pesquisadora, colaborativa e comunicativa. Essa perspectiva de educar ganhou alma com o projeto Maristão Faz Ciência, que possibilitou professores agregarem jovens estudiosos na busca pela compreensão da influência das redes sociais nas relações das juventudes, particularmente com a educação. O artigo científico, como produto da pesquisa sobre as juventudes e o twitter no ensino médio privado de Brasília, se deve ao com-

promisso com a leitura de bons referenciais teóricos, à investigação de campo viabilizada por grupos focais, à solidariedade e ao respeito entre os pesquisadores ao socializarem suas individualidades e conhecimentos para a produção do grupo. Nesse sentido, reuniram-se sete estudantes do 2º e 3º ano e dois professores orientadores, com a convicção de que as juventudes no contexto escolar se apropriam cada vez mais das novas tecnologias de comunicação, como meio de investigar as representações individuais e coletivas com base no pertencimento ao grupo, a fim de compreendê-las nas suas trocas e parcerias tanto presenciais quanto virtuais. O estado da arte sobre a pesquisa juvenil no Brasil, realizada nos anos 1999-2006, sob a organização de Sposito (2009) denunciou que a área de educação revela-se muito tímida nas pesquisas que incluem as juventudes em múltiplos contextos, fato que contribuiu

para a nossa pesquisa sobre a relação entre os eixos juventudes, redes sociais e educação e resultou numa produção documentada. Para analisarmos essa interação entre as juventudes e a rede social Twitter, adotamos como condição metodológica uma pesquisa qualitativa, por meio de grupos focais. Com base em Flick (2009), a ação com tais grupos produz informalidade na entrevista e discussão, simula conversas cotidianas, além de ser uma abordagem que favorece os estudos das relações entre as diferentes categorias sociais, por conta da pluralidade encontrada nesse meio social. A partir dessa proposta procedimental, abordamos três grupos distintos de juventudes estudantis que, de acordo com Bourdieu (1983), representam a ideologia da divisão entre os mais jovens e os mais velhos e retratam a relação de submissão e controle por parte dos mais velhos, caracterizando a luta entre as gerações.

Germano Costa é professor de Filosofia e Anderson Nascimento é professor de Sociologia


A cultura é um dos fatores determinantes para que os jovens se caracterizem de múltiplas formas e construam novas identidades a partir da atitude de socialização. De acordo com Sposito (1996, p.17) “a juventude, como toda categoria socialmente constituída, que atende a fenômenos existentes, se identifica pela dimensão simbólica, embora deva ser compreendida também pelos aspectos fáticos, materiais, históricos e políticos, por meio dos

quais a produção social se estabelece. Outro belo entendimento sobre a juventude diz respeito à “pluralidade dos novos rostos, linguagens, temas e formas de atuação” (ABRAMO, 2005, p.39). A participação juvenil no twitter é reconhecida como uma particularidade também acadêmica ao se introduzir na linguagem e nos temas que veiculam conteúdos e concepções de diversos saberes e na atuação do estudante do Ensino Médio privado, fenô-

meno que caracteriza um movimento e ação que vem ganhando visibilidade nesse segmento e com forte poder transformador. Autores reconhecem a comunicação pelo viés do novo blog como uma rede social que exerce uma intensa penetração na vida da juventude contemporânea, sobremaneira pela facilidade à acessibilidade, fortalecendo uma “nova estrutura social, conceituada como Sociedade em Rede” (CASTELLS, 2010, p.2).


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Educa�

Ensino Médio

Sala de aula interativa Experiências apontam novo desafio para ensino Por Fabiane Gontijo

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aulo Blikstein, professor doutor da Escola de Engenharia da Universidade de Stanford sustenta que, para mudar o que acontece na sala de aula, não basta preocupar-se com questões de gestão da educação, como a administração das escolas ou mesmo a garantia de novas vagas. É preciso pensar um projeto educacional a longo prazo e perguntar-se sobre o que queremos ensinar, quais as demandas do século XXI e que papel cabe ao professor nessa mudança de paradigma Na Sala Interativa buscam-se novas vivências de ensino-aprendizagem por meio da utilização de ferramentas tais como: twitter, facebook, aulas 3D, portais de recursos educativos, seleção de ferramentas web 2.0, dentre outras, que auxiliarão o professor na orientação das atividades escolares, fomentando, assim, um bom uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) na educação, por meio do qual os alunos serão motivados a formar grupos voltados para a pesquisa. O foco não está nos equipamentos eletrônicos, mas no desenho de um

ambiente educativo, organizado para favorecer o desenvolvimento do perfil investigativo e colaborativo dos estudantes, um dos objetivos que o instituto Marista deseja alcançar. Temos como exemplo de sucesso uma aula prática de sociologia do professor Anderson Matias com as turmas de 2ºs anos realizados na Sala Interativa Marcelino Champagnat, que teve como objetivo agregar opiniões a respeito do estudo dos Direitos Sociais, previstos no Capítulo II da Constituição da República Federativa do Brasil, recomendada para a 2ª Etapa do PAS/UnB. A aula foi planejada e articulada de modo a movimentar os alunos e utilizar bem os espaços da Sala Interativa tendo como ferramenta de aprendizagem e discussão o fórum da rede social Facebook. A fundamentação teórica foram os filósofos Thomas Hobbes, John Locke e J. J. Rousseau, autores que contribuíram para a formação do Estado Moderno. A criticidade foi a tônica do fórum sobre a realidade brasileira e provocada pelo filme “Tropa de

elite II: o inimigo agora é outro”, direção de José Padilha. Aspectos dignos de registro nessa atividade foram a metodologia colaborativa, as discussões por temas, as discussões iniciais de entrosamento, o incentivo a autonomia dos alunos. Além disso, os fóruns de avaliação serviram como instrumento para aproximação entre alunos e tutor da plataforma. “Colaborar significa uma ação entre sujeitos que buscam um mesmo objetivo em uma atividade, ou seja, é um trabalho conjunto, em que as atividades realizadas contribuem entre si” (PEREIRA, 2004, p.59) com valorização das trocas de experiências entre os sujeitos; as discussões e atividades em grupos; a organização de conteúdos não-modular.

Eu nunca ensino aos meus alunos. Somente tento criar condições nas quais eles possam aprender. Albert Einstein

Fabiane Gontijo é analista de Tecnologia Educacional e Coordenadora da Sala Interativa.



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Gente noss�

Sempre Marista Acredito que hoje sou uma médica mais preparada para lidar com os desafios da profissão graças aos valores ensinados no colégio Por Marina Wanderley Paes Barbosa

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ntrei no Maristinha na 1ª série, quando ainda tinha sete anos. Sempre participei de várias atividades, como feiras de ciências, dias da amizade, passeios culturais, Jovemar, 1ª Comunhão, time de vôlei e viagens esportivas. Não fiz parte da banda Marista, mas ainda lembro a acirrada disputa por uma vaga de pomponete! (e podem acreditar que até hoje eu e minhas amigas sabemos a coreografia de cor e salteado!). Quando a 8ª série chegou ao fim, a ansiedade tomou conta de mim, pois não sabia como seria a vida no Maristão, colégio com muito mais alunos do que eu estava acostumada. Mal sabia eu que, ao começar o ano letivo, encontraria um ambiente tão aconchegante quanto o que eu havia deixado para trás. A atenção e o sorriso dos professores e funcionários me confortaram e a agitação dos novos colegas me deixou animada para a nova etapa. Isso sem falar dos meninos do 3º ano, não é?! A nova fase trouxe mais responsabilidade e, de uma hora pra outra,

me senti mais adulta ao pensar no PAS e no vestibular. As matérias ficaram mais difíceis, tínhamos mais provas, aulas à tarde, aos sábados, mas com o tempo organizei meus horários de estudo e de lazer, me acostumei a nova rotina graças ao apoio dos professores e a ida à escola se tornou cada vez mais prazerosa. Não sei se deveria contar isso a vocês, mas eu nunca fui aquela aluna exemplar, que senta na primeira fileira e leva maçã para o professor. Sim, às vezes eu conversava além da conta durante as aulas e pedia para ir ao banheiro só para fofocar com alguma amiga de outra turma. Em compensação, prestava muita atenção nas aulas, fazia todos os deveres de casa, me concentrava ao máximo em tudo que os professores diziam e tirava todas as minhas dúvidas durante as aulas (e quando eu digo todas, são todas mesmo! Como no dia em que pedi ao professor de física que deduzisse uma fórmula gigantesca!)

Uma das coisas que mais me marcaram durante o Ensino Médio foi fazer parte do time de vôlei. Os treinos, além de terem servido como atividade física prazerosa, me ensinaram a trabalhar em equipe e a reconhecer a importância da disciplina. Além disso, sentia um verdadeiro orgulho em representar o Marista nas diversas competições de que participávamos! Graças ao Maristão, obtive as ferramentas necessárias para passar no vestibular de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde e acredito que hoje sou uma médica mais preparada para lidar com os desafios da profissão graças aos valores ensinados durante a Caminhada Marista, como a importância do desenvolvimento espiritual, da consciência social e da valorização da família. Hoje, com 25 anos, posso dizer que foram anos inesquecíveis que me proporcionaram a chance de conhecer grandes amigos e que me tornaram uma pessoa confiante de que é capaz de fazer a diferença no mundo!

Marina Wanderley Paes Barbosa é ex-aluna Marista (1994 a 2004), cursou Medicina na Escola Superior de Ciência da Saúde – ESCS DF e atualmente faz residência em Ginecologia e Obstetrícia no HRAN.


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Essência

Por que o Marista é o Marista? Convidamos dois irmãos maristas, Ir. João Batista Pereira e Ir. Claudiano Tiecher, para nos contar por que, apesar de mudarem as pessoas e os lugares, o espírito de família sempre faz parte de um colégio Marista

A comunidade como fonte da vida

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esde a sua fundação, no dia 2 de janeiro de 1817, o Instituto Marista se guia pelo seu carisma, um legado deixado por São Marcelino Champagnat, nosso fundador. É esse carisma que faz com que todas as Unidades Educativas do mundo se pautem em um mesmo perfil, seguindo um mesmo fio condutor. O que chamamos de carisma marista, nada mais é do que o SER (= espírito) e o AGIR (= missão) de uma pessoa e/ou de um grupo. Todos, irmãos e leigos, que estão engajados na obra marista são convidados a viver esse carisma, ou seja, o seu jeito de ser e agir, com um mesmo espírito em vistas de uma única missão: “Formar cidadãos humanos,

éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade por meio de processos educacionais fundamentados nos valores do Evangelho, do jeito Marista”. É dessa maneira que se consegue ter essa linha de atuação e essência únicas. Todas as congregações religiosas existentes são desafiadas a viver o seu modo próprio de evangelizar de acordo com a inspiração divina que teve seu fundador. O Instituto Marista, por meio da educação das crianças e jovens, de maneira toda especial os empobrecidos, torna-se único, usando seu carisma, de forma atualizada, em cada realidade inserida nos 5 continentes onde se fazem presentes, colocando dessa forma em prática a missão deixada por São Marcelino Champagnat. São muitos os valores que ali-

cerçam a Obra Marista e que proporcionam a vivência do carisma e nossas ações apostólicas. Destacamos o amor ao trabalho, a simplicidade, a justiça, a presença significativa, a espiritualidade e o espírito de família. O Espírito de Família sempre esteve presente na Instituição Marista desde a sua fundação. O padre Marcelino Champagnat, com este valor, vislumbrava a construção de uma relação de parceria ativa entre as pessoas. Para isso era preciso acolhê-las e compreendê-las como diferentes e complementares. Esse mesmo Espírito de Família valoriza a construção coletiva, a autonomia responsável, a flexibilidade, a ajuda mútua e o perdão. Já na época do Pe. Champagnat e nos dias atuais ousa construir comunidade, com alegria, e fazer dela fonte de vida.”

Irmão João Batista Pereira Grupo Marista


Marista, um centro de fé, cultura e vida

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nossa essência reside em Marcelino Champagnat. Repleta dela, as pessoas, a geografia e a cultura abrem-se para um jeito peculiar de educar, que perpassa gerações e continua sempre atual nos variados contextos e situações em que se encontram as infâncias e as juventudes. Temos em Marcelino – homem que moldou uma educação inovadora para a época, mesclando a formação do cidadão e do cristão – uma personalidade forte, que suportou as adversidades do tempo e da história. Para ele, que tinha uma inteligência prática, a preocupação era formar professores que, antes de ensinarem, recuperassem a dignidade da pessoa, amando-a e preparando-a concretamente para os desafios da vida. Eis a essência do Marista: professores que amam, apaixonados pela missão de educar e evangelizar nos mais diferentes ambientes educativos. Cada estudante é único e respeitado em sua singularidade. Talvez esse seja o elemento-chave quando apontamos uma diferença regional entre os Colégios Maristas e, ao mesmo tempo, nos deparamos com uma igualdade de “espírito”. Impressionante é essa mesma energia contagiar os diver-

sos Colégios Maristas. Podemos afirmar que as pessoas são diferentes, mas o espírito é o mesmo. As atividades podem e devem manifestar a cultura local, mas o que nos envolve e nos faz ser reconhecidos é uma proposta que insiste nos valores de abnegação de si mesmo e abertura aos outros. O que faz um Colégio Marista ser único é a capacidade de se transformar em um centro de fé, cultura e vida. Acredito que a escola Marista é por excelência um movimento intenso de ensino e aprendizagem, em que o educando é o protagonista do próprio futuro. O espírito de família é o que nos diferencia. É feito de amor e perdão, entreajuda e apoio, esquecimento de si, abertura aos outros e alegria. Tudo isso impregna nossas atitudes e nosso proceder, de modo que o irradiamos onde quer que nos encontremos, seja na sala de aula ou em outros ambientes educativos. No dia a dia, construímos tal espírito por meio do amor ao trabalho. Nossas escolas são desafiadas, pelo Projeto Educativo, a serem espaço tempos de construção de relações interpessoais, de confiança recíproca, de perdão, de diálogo, de alteridade e de corresponsabilidade, estabelecendo um elo fraternal, de família, entre os integrantes da comunidade educativa.”

Ir. Claudiano Tiecher | Diretor-Geral do Colégio Marista João Paulo II - Província Marista do Rio Grande do Sul


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Como fazer

Menos ĂŠ mais Movimento sugere que as pessoas diminuam seus ritmos de vida para que o organismo nĂŁo entre em colapso e o planeta seja um ambiente sustentĂĄvel


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iminuir o ritmo para reconectar-se consigo mesmo, com as pessoas e com o ambiente em que se vive. Esse é o objetivo principal do movimento “Slow Life”, que surgiu na Itália, inicialmente conhecido como “Slow Food”, contra as redes de fast food e a produção insustentável de alimentos. Em seguida, vários países uniramse ao movimento e foram ampliando seus objetivos, a ideia era desacelerar não só na alimentação, mas em vários setores: indústria, educação, cultura, tecnologia e em tudo que fosse possível proporcionar ao ser humano menos estresse e ansiedade. “A ansiedade vem de um sentimento de vulnerabilidade. É uma pressão interna que deixa a pessoa acelerada sem um motivo concreto. Estar ansioso sinaliza que ela se sente sob alguma ameaça, que pode vir de dentro ou de fora, de um estado interno que não dá conta ou uma situação que oferece alguma ameaça para ela”, explica a psicóloga Aline Mamede. O ansioso pode se prejudicar no trabalho, nos estudos, na vida afetiva e social. Sua produtividade e rendimento podem cair, sua concentração

pode diminuir e pode vir a ter dificuldades de executar tarefas. “Seu comportamento pode prejudicar não só a si mesmo, como seus colegas de trabalho ou estudo, devido à sua falta de atenção e concentração e seus constantes questionamentos e apreensões”, diz Aline. É extremamente importante desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer. Tudo para que diminua a ansiedade em relação ao mundo, e, consequentemente, ao estresse. “Não temos como fugir, porque vivemos em um corre-corre incessante que nos traz desgaste e estresse. Trabalhar sistematicamente a ansiedade é fundamental para acalmar nosso corpo nas suas impulsividades”, ressalta a piscóloga. Exercícios físicos, relaxamento muscular, dedicação a atividades que tranquilizam, como escutar música, cuidar de plantas, trabalhos manuais, orações, podem ajudar. É importante que haja esta mudança de hábitos no estilo de vida.

É preciso desacelerar, principalmente na era digital que todos são bombardeados de informação, tecnologia, trabalho, compromissos e até muito lazer.


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Como fazer

desacelere Que tal pisar no freio e viver uma vida mais feliz? dentifique as I fontes do estresse

Defina limites

Tente descobrir os desencadeantes. Você se sente ansioso antes de uma prova? Está com a agenda cheia de compromissos? Talvez você esteja além do limite e se sente irritado e cansado. Após identificar as fontes, tente minimizá-las o máximo possível.

Não tenha medo de dizer “não” antes de assumir um grande número de compromissos, especialmente se você está equilibrando seu tempo entre faculdade, trabalho e atividades extracurriculares. É importante definir as prioridades para não se sobrecarregar. Dizer “não” pode, além de ajudá-lo a controlar o estresse, dar-lhe mais controle sobre sua vida.

Fale e compartilhe

Controle a respiração

Expor os sentimentos sem ser julgado é essencial para manter uma boa saúde mental e lidar melhor com estresse. Converse com amigos sobre como está se sentindo. Explique ao seu professor que está tendo problemas com alguma matéria, por exemplo.

eserve mais R tempo para você Antes que você chegue ao limite, procure um tempo para ficar só e fazer o que quiser, longe das preocupações e responsabilidades do mundo. Às vezes este tempo precisa ser obrigatório, ou seja, reservado para uma atividade de relaxamento ou lazer.

Respirar pode medir e alterar o seu estado psicológico, fazendo um momento estressante aumentar ou diminuir de intensidade. Preste atenção em sua respiração. Inspirar profundamente e em seguida soltar o ar lentamente é uma excelente técnica para se sentir mais relaxado.

Exercite-se diariamente Exercícios físicos aumentam a liberação de endorfina, substância produzida naturalmente no cérebro que traz sensação de tranquilidade. Estudos mostram que o exercício, juntamente com o aumento da liberação de endorfina, faz aumentar a confiança, a autoestima e reduzir as tensões. Além do mais, se você já andou por vários quilômetros, sabe como é difícil pensar em seus problemas, quando a sua mente está focada em andar.


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Vida digital Preparamos uma listinha com algumas novidades que podem facilitar sua vida ou deixá-la mais divertida

Software

Áudio-livro

MANUAL DE MÃES E PAIS SEPARADOS (grátis) Educar os filhos não é tarefa fácil, principalmente quando pai e mãe não convivem juntos um com o outro. Esse livro, disponibilizado em áudio para o Windows, foi escrito com o apoio de vários especialistas no assunto – e o mais legal: especialistas brasileiros!

P.O.K. – PROTECT OUR KIDS (grátis)

Sua vida de pai será mais tranquila com esse software instalado no seu Windows. Não é para proibir os filhos de terem relacionamentos com amigos e até com namorado ou namorada, mas para proteger os pupilos diante de ameaças realmente perigosas, como pornografia, abusos e coisas do tipo. Caso, por exemplo, o P.O.K. rastreie uma frase como “Onde você quer me encontrar?”, ele bloqueia a conexão à Internet no computador em que está sendo usado.

Quiz

QUE PAÍS É ESSE? (grátis)

Será que você consegue acertar o nome de cada país recebendo apenas dicas sobre sua história, datas e dados? Junte seu filho, curta um momento ao lado dele e teste seu conhecimento. Quem será que sabe mais?

Aplicativo

BABY MONITOR & ALARM (grátis)

Mamães e papais de todo o mundo que têm smartphone com o sistema Android poderão sair à noite e deixar seus bebês em casa com a babá ou com outro responsável sem dor de cabeça. O aplicativo tem cinco funções, entre elas o “Mum’s Voice”: a mãe grava um recado para o filho e, caso o celular que está próximo à criança reconheça seu choro, o aparelho reproduz a gravação.

Aplicativo

LINA – LOVE IS NOT ABUSE (grátis)

Esse aplicativo para iPad foi criado pensando em esclarecer e educar as pessoas sobre os abusos nas relações digitais, o famoso cyberbullying. Feito especialmente para os pais, o Lina é uma ótima ajuda na hora de identificar esse tipo de problema, geralmente difícil de ser reconhecido.


Prateleira É UM LIVRO Minha primeira indicação é para os pequenos da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Pequenos Leitores, que tal conferir um divertido livro com o título: É UM LIVRO, da autora LANE SMITH publicado pela editora COMPANHIA DAS LETRINHAS. Dois seres muito inteligentes e curiosos, que se encontram numa divertida

aventura, em torno de um “estranho objeto”, rolando uma página após a outra, deixando-se envolver por um bate-papo que leva a uma fascinante descoberta. Que tal um dowload dessa divertida história?

A INVENÇAO DE HUGO CABRET Que tal conferir também o livro: A INVENÇÃO DE HUGO CABRET, do autor BRIAN SELZNICK, e tradutor MARCOS BAGNO, e conferir os detalhes que o filme não traz, se emocionar com o menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris, esgueirando-se por passagens secretas, descobrir sua principal ocupação e responsabilidades, perceber o que realmente fascina seus olhares. Tudo em busca de desvendar uma comovente história

que exige de Hugo coragem para enfrentar muitos riscos, principalmente quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam seu caminho. Que tal ir já para a estação e tomar esse trem agora? Quem indica: Zeneide de Lima, Biblio-

tecária – Colégio Marista São Luis

CYBERBULLYING E OUTROS RISCOS NA INTERNET DESPERTANDO A ATENÇÃO DE PAIS E PROFESSORES - 2011 Autora: ANA MARIA DE ALBUQUERQUE LIMA Editora: Wak Quem indica: Márcia Regina Savioli, Diretora Educacional – Colégio Marista

Nossa Senhora da Glória

Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação. - 2011 Autor: Ismar de Oliveira Soares Editora: Paulinas Quem indica: Irmão Vanderlei Siqueira dos Santos, Diretor Geral – Colégio Marista Pio XII – Ponta Grossa


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Solidariedade

Um jeito diferente de formar educadores C

om a intenção de contribuir com o acesso à formação de qualidade para todo o território nacional, a Rede Marista de Solidariedade (RMS) lança a Formação a distância para educadores da Primeira Infância. Voltado à extensão e pós-graduação de educadores que atuam na Educação Infantil, o projeto — desenvolvido em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) — faz parte de uma série de iniciativas da RMS no Advocacy da Primeira Infância. As aulas contarão com a tecnologia e a experiência em educação a distância da PUCPR, e foram preparadas para atender a demanda daqueles que não têm graduação, com a modalidade extensão, e aqueles que têm graduação, com a modalidade pós-graduação. Um grande diferencial da formação está na sua proposta de trabalhar o currículo da educação infantil com enfoque em direitos da criança e do adolescente. O principal objetivo da RMS ao desenvolver este projeto na modali-

dade de Educação a Distância (EAD) é ampliar o acesso à formação para públicos de diferentes regiões. Por meio de parcerias, o curso tem custos reduzidos e referentes apenas à sua execução. Os conteúdos estão sendo produzidos por especialistas que são referência nacional e internacional nos temas. Cada aluno terá acesso a ferramentas como correio eletrônico, fórum, material didático-online, chats, filmes, links e videoaulas, além do acompanhamento de um tutor especializado para grupos de 50 alunos. Para a obtenção dos certificados de pós-graduação, os alunos deverão apresentar trabalhos de conclusão de curso nos seminários presenciais. A iniciativa conta com o apoio de outras organizações, como a ONG Criança Segura, e está sendo divulgada a instituições e organizações públicas e privadas. A primeira turma terá início no segundo semestre de 2012 e as vagas são destinadas a pessoas jurídicas, por meio de cotas.

O Advocacy da Primeira Infância O termo Advocacy, ainda sem tradução para o português, significa lutar por uma causa, conscientizando a sociedade, capacitando agentes transformadores, mobilizando a população e acompanhando a atuação do poder público. O advocacy na Primeira Infância é realizado a partir das práticas institucionais. A RMS reconhece a importância da primeira infância para o desenvolvimento integral das crianças ao considerar as culturas infantis nos seus diferentes contextos e a concepção de criança enquanto sujeito de direitos. Para isso, integra as diretrizes institucionais com as políticas sociais de promoção humana e cidadã.


Atuação da RMS na Primeira Infância

Contribuição técnica em documentos relevantes para a área, como o Plano Nacional Primeira Infância.

Realização da Formação a distância para educadores da primeira infância.

Grupos de estudo e sistematização das práticas, tendo como resultado duas publicações: Currículo em movimento na Educação Infantil (parceria com a Rede Marista de Colégios) e Cores em composição na Educação Infantil (práticas dos Centros Educacionais e Sociais).

A Educação Infantil na RMS é desenvolvida em nove Unidades Sociais Maristas, e promove uma educação de qualidade para 1.304 crianças atendidas anualmente nos municípios de São Paulo (SP), Santos (SP), Ponta Grossa (PR), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Samambaia (DF).

Representatividade em espaços como a Rede Nacional da Primeira Infância e o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, na busca por transformações significativas e duradouras para as infâncias e juventudes.

Aprimoramento do processo de avaliação da Educação Infantil.

Desenvolvimento do Programa Itinerários Formativos, com a realização de eventos de formação com o foco no fortalecimento da rede de atendimento à primeira infância. Em 2012, quatro seminários serão realizados buscando potencializar toda a rede de atendimento à primeira infância.


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Solidariedade

Onde estão as crianças? Guia de fontes revela dados sobre as infâncias

C

om a intenção de dar visibilidade à real situação de crianças e adolescentes brasileiros, a Rede Marista de Solidariedade — por meio do Centro Marista de Defesa da Infância e contando com o apoio do Instituto HSBC Solidariedade — sistematizou ao longo de 2011 um documento que possibilita identificar onde estão as informações sobre a infância e adolescência no Brasil. A publicação FONTES SOBRE A INFÂNCIA: Diagnóstico de fontes estatísticas sobre a criança e o adolescente, lançada em abril, compila informações sobre fontes oficiais, instituições de pesquisas, núcleos e observatórios que abordam indicadores referentes à infância no Brasil, especialmente nos Estados da região Sul do país. O documento também traz elementos que contribuirão com a discussão sobre a criança e o adolescente, além de um resgate histórico da infância. Sem o monitoramento de indicadores específicos — que atualmente são pouco conhecidos, compreendidos ou, até mesmo, inexistentes — as iniciativas de incidência nas políticas

públicas voltadas para a criança e ao adolescente acabam fragilizadas. O diagnóstico realizado pelo Centro de Defesa permitirá revelar aspectos como a disponibilidade da informação, as formas que se apresentam os dados, os direitos que são violados, os programas de ação dos governos, entre outros. A ideia é proporcionar insumos importantes para a formulação/reformulação de indicadores de monitoramento. A melhoria das condições atuais das crianças, adolescentes e jovens e a transformação da sociedade brasileira dependem, em muito, de se dar visibilidade à situação em que elas se encontram. A elaboração de um sistema de indicadores sobre a infância com enfoque nos estados permite a construção de um retrato das nossas infâncias e juventudes. Este sistema pode ser usado como subsídio para argumentos e apontamentos sobre fragilidades e potencialidades; num aspecto jurídico, executivo e legislativo, sobre os direitos das infâncias e juventudes brasileiras.

Para Geliane Quemelo, Coordenadora do Centro Marista de Defesa da Infância, “a Sociedade civil tem um papel muito importante neste monitoramento e desta forma poderá contribuir cada vez mais para que o cenário de violação de direitos não se perpetue. A implementação de um sistema de monitoramento é urgente e oportuna”. O Centro Marista de Defesa da Infância compõe a Rede Marista de Solidariedade, assim como outras 23 unidades sociais que atendem cerca de 11 mil crianças e adolescentes, além de suas famílias e as comunidades onde estão inseridos. Diferente das unidades sociais, que promovem o atendimento direto ao público, a proposta do Centro de Defesa — pioneira no Paraná — está diretamente voltada à defesa dos direitos da infância e juventude. Sua finalidade é contribuir com discussões, pesquisas, publicações, acompanhamento das políticas públicas e assessoramento dos profissionais que atuam na área como forma de melhorar o cenário onde os direitos não são garantidos em sua plenitude.

DVD Direito ao Brincar A Rede Marista de Solidariedade lançou o dvd Direito ao Brincar. Com o apoio da Unicef, o dvd traz vídeos com depoimentos de educadores e educadoras e que mostram brincadeiras e atividades realizadas nas unidades sociais Maristas, além de dicas para atividades com crianças com deficiência, cuidados com o meio ambiente e a adoção de brincadeiras lúdicas e colaborativas.

O dvd faz parte da Campanha Marista pelo Direito ao Brincar. Para assistir aos vídeos das 10 iniciativas pelo Direito ao Brincar e conhecer mais sobre a campanha, acesse o site da Rede Marista de Solidariedade, www.solmarista.org.br.


Acesso e qualidade na Educação Infantil: um direito da criança.

Inscrições so para pessoas mente jurídicas, por meio de co tas.

As cotas de alunos podem ser adquiridas por instituições e organizações públicas e privadas para a formação de atores sociais com vistas ao direito das crianças pequenas à educação de qualidade.

apoio

Mais informações: infancia@marista.org.br solmarista.org.br

realização


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Inspiração

A vitória de Marcus Alegria, atividade intensa e carisma de um aluno mais que especial

M

arcus Neto, como é conhecido no Marista de Goiânia, é um menino doce, alegre e descontraído. Faz todas as atividades, pratica esportes e é popular entre os amigos, professores e funcionários. A vida sorriu para ele e ele soube retribuir, depois do revés que passou quando tinha apenas um ano. A família (Marcus, o pai e a mãe) morava nos Estados Unidos quando foi surpreendida por um incêndio na casa que provocou a morte de sua mãe, por insuficiência respiratória, e deixou graves ferimentos no pai e em Marcus, no dia 24 de dezembro de 2002. No mesmo dia, a sua avó, Maria Alzira Matos de Siqueira, foi ao encontro de todos os que estavam na UTI de um hospital (o neto, o genro e a outra filha). Marcus teve 70% de seu corpo queimado, precisou amputar o antepé e ficou quatro meses na UTI. “Trouxe meu neto para o Brasil entubado com

oxigênio e sonda gástrica. Chegando a Goiânia, ele ficou mais um mês hospitalizado e, somente em maio, foi liberado”, conta Maria Alzira. Marcus precisou aprender novamente a andar, falar e teve um amplo acompanhamento médico e psicológico. A mãe de Marcus havia comentado quase uma semana antes do acidente, que, caso morresse, queria que seu filho ficasse com a sua mãe. “Parecia que ela sabia que algo poderia acontecer”, comentou a avó. Desde que veio ao Brasil, Marcus mora com os avós, agora pais para ele, e leva uma vida completamente normal. “Ele é a razão da nossa vida, minha e do meu marido”, diz Dona Maria Alzira. Hoje com 10 anos, Marcus é um menino que, segundo a avó, tem amigos de todas as idades e em todos os lugares. Pratica judô e natação, toca bateria, adora andar de bicicle-

ta, quadriciclo, tomar banho de rio e ver filmes, principalmente da época em que era neném com sua mãe nos Estados Unidos. Marcus usava prótese, mas este mês fez uma cirurgia, e, segundo Dona Maria Alzira, não quis muito ficar se recuperando; insistiu em ir para a casa. “Ele é uma criança maravilhosa, uma pessoa que não reclama de nada na vida, atura muito bem qualquer tipo de dor”, explica. O pai de Marcus também mora no Brasil atualmente e é uma pessoa super presente na vida do filho. Mas quem tem a guarda do neto é a avó. “Eu nunca deixei ‘cair a bola’. Marcus sempre foi uma criança maravilhosa, é um menino super doce, agradável, preocupado com o bem-estar das pessoas. Ele me chama de avó, às vezes de mãe, além de chamar a madrinha dele de mãe também. Somos uma família muito feliz”, finaliza.



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Marista

Grupo Marista: muito mais que um Colégio D

epois de quase 200 anos de história em educação, é natural que o nome Marista faça você pensar numa grande rede de colégios. Mas o Grupo Marista é muito mais que isso. É uma grande família formada por mais de 14 mil colaboradores que atuam não só na educação, mas também, nas

áreas de saúde, comunicação e uma enorme rede de solidariedade. Na área da educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes con-

dições e necessidades. A área de solidariedade atende diretamente crianças e jovens empobrecidos nas unidades sociais e integra a Rede Marista de Solidariedade, que também compreende iniciativas de todas as áreas de atuação na promoção e defesa dos direitos das infâncias e juventudes.

Bons valores com excelência A missão do Grupo Marista é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor. Conheça nossa família:

EDUCAÇÃO

SOLIDARIEDADE

SAÚDE

Educação Básica | Educação Profissional | Ensino Superior | Editorial

Ampla Rede Marista de solidariedade transversal a todos os negócios do Grupo

6 hospitais, 1 plano de saúde

• 24 mil alunos nos 16 colégios •6 2 mil formandos pela PUCPR •3 mil alunos passaram pelo TECPUC •3 4 milhões de livros vendidos em 2011

• 300 mil atendidos

•2 74 mil atendidos pelos planos de saúde e pelo SUS

COMUNICAÇÃO Lumen Comunicação •6 00 mil impactados na rádio e tv Lumen


A FTD tem livros de literatura tão envolventes, que você corre o risco de ficar mil e uma noites lendo sem parar.

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• Assessoria Pedagógica • Assessoria Comercial • Portal – www.ftdsistemadeensino.com.br Conteúdos multimídia para o Fundamental I e II e Ensino Médio • Banco de Questões para o Fundamental II • Desafio on-line – Português/Matemática do Ensino Fundamental II e todas as disciplinas do Ensino Médio

• Redação para o Ensino Médio – coleção em 3 volumes com vários gêneros textuais • GPS – software com diversas questões: 14000 de Matemática/Português 13000 de Física/Química/Biologia/História 12000 de Geografia 8000 de Inglês 6000 de Espanhol • Bem Lembrado – material desenvolvido para consultas rápidas e estudos de revisão • Enem: Simulados e Caderno Enem

Central de Atendimento 0800 729 3232 atendimento@ftdsistemadeensino.com.br

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