Revista Estilo 61

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Ano 11 N0 61 R$ 4,95

Festa gourmet Um encontro inédito: 8 chefs e suas fabulosas receitas

VERÃO COMBINA COM BAHIA KETTLEBELL, A VERDADEIRA REVOLUÇÃO RUSSA


Projeto arquitetônico:

1 3 7 m2 3 SUÍTES 2 OU 3 VAGAS

Perspectiva ilustrada da fachada

AQUI DENTRO, A SUA SUA VIDA VIDA VA VAI SE TRA TRANSFORM NSFORMA AR. No melhor ponto da Rua Cabral, você conta com a conveniência de ter um Zaffari de bairro só para você. Em frente ao Colégio Leonardo da Vinci e a poucos minutos do Parcão, o empreendimento exclusivo traz ainda uma estrutura de lazer jamais vista na região. Ima gens ilustra tivas


AN T E CI P E- S E AO P R É - L A N Ç A M E N T O

LAZER INÉDITO E A COMODIDADE DE TER UM ZAFFARI NO PRÓPRIO EMPREENDIMENTO. PARA CABER TANTA COISA BOA ASSIM, SÓ MESMO NUM QUARTEIRÃO INTEIRO.

Perspectiva ilustrada da piscina aquecida

Perspectiva ilustrada da piscina externa

Perspectiva ilustrada da brinquedoteca

SÃO MAIS MAIS DE 15 OPÇÕES OPÇÕES DE LAZER PARA A SUA DIVERS DIVERSÃO EM 5 MIL M2 DE TERRENO. É SÓ ES ESCOLHER E APROVEITAR:

Fitness | Quadra de tênis | Quadra poliesportiva | Piscina adulto e infantil | Piscina aquecida | Brinquedoteca | Playground | Sala de jogos Cineminha | Salão de festas | Salão de festas ao ar livre | Espaço gourmet | Spa ao ar livre | Solarium | Sauna | Estar relax.

Parcão

Ru a Li b e rd ad e c om R u a Pa r a gu a i | Te l . : ( 5 1 ) 3 0 9 3 - 0 1 1 4 ww w. m eln ic k ev en . c om . b r / q u a r t i e r

Av. Goethe

VI S I T E O NOS S O P L AN TÃO :

Rua Paraguai

IPA

Rua Liberdade

Quartier Rua Cabral

Colégio Leonardo da Vinci

Vendas:

Incorporação e construção:

As unidades apenas serão comercializadas após o registro do competente Memorial de Incorporação no respectivo Cartório de Registro de Imóveis. As condições de pagamento e reajuste apenas estarão disponíveis nos plantões de vendas participantes após o início da comercialização. Projeto em aprovação e sujeito a alterações, de acordo com o Memorial Descritivo do empreendimento. As imagens ilustrativas deste material apresentam sugestão de decoração. Os móveis e utensílios são de dimensões comerciais e não fazem parte do contrato de compra e venda do imóvel. Projeto arquitetônico e de decoração de interiores: Roseli Melnick Arquitetura & Interiores SS, CAU 12360-9. Projeto paisagístico: Tellini Vontobel, Crea 26677. Lopes, Creci 22461-J. Melnick Even Vendas, Creci 22620-J. Brasil Brokers, Creci 22496-J. Todas as imagens são ilustrativas. Croqui de localização sem escala.



N OTA

D O

E D I TO R

A hora do encontro

Aqui está a Estilo Zaffari de dezembro de 2012. Honrando a tradição dos últimos anos, preparamos uma edição especial da nossa revista. Especial não apenas por ter mais páginas ou matérias mais elaboradas, mas fundamentalmente porque tudo foi feito com o pensamento de trazer diversão e inspiração para o final de ano e as férias dos nossos leitores. Dezembro é época de festas, comemorações, momento de se despedir de um ano e pensar no outro que vem chegando. Mas, sobretudo, dezembro é a época dos encontros, reencontros, reuniões. Esta é, afinal, a melhor parte do final de ano e da virada: rever pessoas, trocar abraços, festejar a vida, a família, as amizades, os sucessos, as alegrias. E, de preferência, tudo isso em torno de uma mesa linda, coberta de coisas deliciosas. Nas páginas desta revista você vai presenciar – e sentir-se participante – de um dos encontros mais memoráveis de 2012. Reunimos 8 talentosos e prestigiados chefs gaúchos com a ideia de produzir uma surpresa para os nossos leitores: uma festa gourmet, recheada de receitas inéditas, ótimas para inspirar todos os tipos de comemorações. Carlos Kristensen, Marcelo Schambeck, Vico Crocco, Felippe Sica, Marcelo Gonçalves, Luciano Lunkes, Elisa Prenna e Andrea Schein são as estrelas desta edição da Estilo Zaffari, que, com certeza, merece o status de item de colecionador. Afinal, não é sempre que se consegue juntar profissionais tão requisitados, atarefados e talentosos como esses 8. E não é sempre que se consegue um resultado tão bom e uma integração tão verdadeira, que rendeu emoções, novas amizades e muitas delícias, delícias sem fim... Gentis, os 8 chefs cozinharam juntos durante um dia inteiro, dividindo bancadas, fogões, utensílios. Generosos, revelaram algumas de suas mais queridas receitas. Despretensiosos, ofereceram seus quitutes aos colegas, trocaram ideias, elogios, truques, experiências. Felizes, brindaram juntos ao final de um dia exaustivo, mas muito alegre, produtivo, rico, diferente. O encontro promovido pela Estilo Zaffari rendeu cerca de 50 páginas e um presentão para os leitores da revista: 25 receitas fantásticas de entradas, pratos principais, acompanhamentos, sobremesas e até mimos para a hora do cafezinho. Tudo assinado por esse time de chefs estrelados e queridíssimos. E tem mais! Para entrar de verdade no clima de final de ano, produzimos uma festa completa, com direito a mesa decorada, luz de velas, brindes. Para isso contamos com o auxílio luxuosíssimo de duas artistas que admiramos demais: Heloisa Crocco e Zuca Feijó. Heloisa compôs a cena da festa da Estilo Zaffari, escolheu pratos, talheres, copos, enfeites. É ela quem assina todo o styling da festa. Zuca espalhou seu talento de florista pelas mesas, trazendo para a festa da Estilo Zaffari suas ideias sempre inovadoras e o infalível bom gosto. Comece logo a percorrer as páginas da sua revista e confira todos os detalhes desse evento pra lá de especial. Estamos apostando que você vai adorar a festa da Estilo Zaffari e que vai aproveitar mil ideias para as próximas comemorações da sua vida. Inspire-se, delicie-se. Comemore! Feliz 2013, boas férias, bom verão! OS EDITORES


Milene Leal milene@contextomkt.com.br

EDITORA E DIRETORA DE REDAÇÃO REDAÇÃO Cris Berger, Loraine Luz, Milene Leal REVISÃO Flávio Dotti Cesa DIREÇÃO E EDIÇÃO DE ARTE Luciane Trindade ILUSTRAÇÕES Banco Estilo Zaffari - Nik Neves FOTOGRAFIA Letícia Remião, Carin Mandelli, Cris Berger COLUNISTAS Cherrine Cardoso, Fernando Lokschin, Lenice Zarth Carvalho, Luís Augusto Fischer, Martha Medeiros, Malu Coelho, Roberta Gerhardt, Tetê Pacheco EDITORA RESPONSÁVEL Milene Leal (7036/30/42 RS)

Izabella Boaz izabella@contextomkt.com.br

DIRETORA DE ATENDIMENTO A revista Estilo Zaffari é uma publicação trimestral da Contexto Marketing Editorial Ltda., sob licença da Companhia Zaffari Comércio e Indústria. Distribuição exclusiva nas lojas da rede Zaffari e Bourbon. Estilo Zaffari não publica matéria editorial paga e não é responsável por opiniões ou conceitos emitidos em entrevistas, artigos e colunas assinadas. É vedada a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem prévia autorização e sem citação da fonte.

Ano 11 N0 61 R$ 4,95

TIRAGEM 25.000 exemplares IMPRESSÃO Gráfica Pallotti

ENDEREÇO DA REDAÇÃO Rua Cel. Bordini, 487/40 andar – Porto Alegre/RS – Brasil – 90440 000 (51) 3395.2515 (51) 3395.2404 (51) 3395.1781 estilozaffari@contextomkt.com.br

Festa gourmet

VERÃO COMBINA COM BAHIA KETTLE BELL, A VERDADEIRA REVOLUÇÃO RUSSA

8 chefs e suas fabulosas receitas

CAPA: FOTO DE LETÍCIA REMIÃO



Conheça um novo conceito em Agência de Viagens em PORTO ALEGRE Pacotes, Cruzeiros Marítimos, Passagens Aéreas, Locação de Veículos

Correio RECADOS AMABILÍSSIMOS QUE RECEBEMOS NA FANPAGE DA ESTILO ZAFFARI NO FACEBOOK: (REFERENTES À ESTILO ZAFFARI 60) Adorei tudooooooo... dá vontade de entrar na revista. Parabéns a todos que produzem páginas e páginas de sonhos. JÔ DARTORA Parabéns pela bela revista! ANA REGINA BICUDO Gente, muito obrigada por mais uma edição. Vou correndo para o Bourbon comprar a minha. Já estava em cólicas por esta nova edição... Abraços de uma fã incondicional. DANIELA VICENTE DA COSTA Já vou providenciar a minha! Na última edição ainda estava grávida da minha filhota Livia, e como estava perto da cesárea já marcada pensei em guardar pra ler na maternidade do Mãe de Deus. Mas confesso que não aguentei e li antes! Todas são uma delícia, impossível resistir!!! FRANCIELE FONSECA Já comprei a minha, está demais!!! ELIANE MACHADO Parabéns!! Está maravilhosa e as dicas dos restaurantes e bares de Porto estão ótimas.bj. DANIELA MEDEIROS As meninas da Contexto Editora, Izabella Truda Boaz e Milene Kraemer Leal, se superam a cada nova edição da revista! IVAN DANIEL Gurias, a revista está demais!!! Cheia de fotos lindas e matérias gostosas!!! AMEI! CARIN MANDELLI UN BRAVOOOOO... Por las mejores fotos de La Patagonia Chilena! Bravo Cris Berger!!! CHRISTIAN ADRIAN MANSILLA

Porto Alegre | Shopping Rua da Praia, 7º Andar | 51 - 3216 5500


Como está a temperatura dos seus negócios?

Megarrevista, e como plus desta edição, foi bom achá-la no Higienópolis bem cedo, parabéns à distribuição do Zaffari... até porque o conteúdo é de primeiríssima e o que é bom deve ser compartilhado com presteza e agilidade. PAULO MONTEMAGGIORE

Planejamento Estratégico

Mais um exemplar fantástico!!! Estou com a minha na bolsa, pois tem muito o que ler. Parabéns, vocês são d+ e um superparabéns para a Vera Moreira, que tem 3 artigos, cada um melhor que o outro. bjs, ARTE FREDDO

Comercial

A Patagônia é linda! A revista deve estar show, ainda mais feita por quem foi! MARINA F. NASCIMENTO

Já garanti a minha. Está demais. Parabéns, meninas! LISIANE SCARDOELLI

Gestão em Produtividade

epilottocomunicação

Eu já comprei a minha e já estou lendo tudinho!!! Tá linda demais, bjs e sucesso sempre!!! LIZE JUNG

Financeiro

Recursos Humanos

UM E-MAIL MAIS DO QUE ESPECIAL

Recrutamento e Seleção

Bella Recebemos hoje a revista com a matéria sobre a Patagônia. Emoção é a palavra exata para definir o que senti. As palavras desenham cada paisagem e as fotos mostram o que foi possível imaginar. Enviamos um pdf para a equipe do Hotel, que junta sua voz à nossa para cumprimentá-las. Um grande abraço MARINA VIEIRA, AD COMUNICAÇÃO & MARKETING

UM MOMENTO ESTILO ZAFFARI! Nossa querida colaboradora Cris Berger aparece feliz da vida com um exemplar da Estilo Zaffari 60 em frente à loja Zaffari do Bourbon Shopping São Paulo. Cris é a autora da foto da capa e das imagens da reportagem sobre a Patagônia Chilena.

Nós ajudamos você a chegar no clima ideal para sua empresa crescer ainda mais.

ANOS

Rua 24 de Outubro, 1623/03 51

3237-4805 / 3237-4806 l cesarapcosta.com.br


Cartas

8

Cesta Básica

12

Cotidiano

26

Coluna Me gusta

76

O Sabor e o Saber

78

Criaturas Humanas

92

Comer, Comer

102

Moda

106

Coluna Equilíbrio

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Palavra

110

KETTLEBELL A VERDADEIRA REVOLUÇÃO RUSSA Conheça as bolas de ferro que estão transformando corpos e mudando radicalmente o jeito de fazer exercícios com peso. Ah, elas não são exatamente uma novidade: foram criadas na Rússia Antiga

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VERÃO COMBINA COM BAHIA

A vida sob uma nova perspectiva... A perspectiva do relax, do prazer, dos bons tratos. Onde? No Kiaroa Eco Luxury Resort, em plena Península de Maraú

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FESTA GOURMET: 8 CHEFS E SUAS RECEITAS FABULOSAS Promovemos um encontro inédito entre 8 dos mais incensados chefs de Porto Alegre. Juntos, eles prepararam o menu de uma noite de festa. Inspiração mais que perfeita para as comemorações dos nossos leitores

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Cesta básica

NESTA SEÇÃO VOCÊ ENCONTRA DICAS E SUGESTÕES PARA CURTIR O DIA A DIA E SE DIVERTIR DE VERDADE: MÚSICA, MODA, CINEMA, LUGARES, OBJETOS ESPECIAIS, COMIDINHAS, PASSEIOS, COMPRAS. BOM PROVEITO!

T E X TO S :

LO R A I N E

LU Z

PP, IMPOSSÍVEL NÃO AMAR PP, de Py e Petula, a dupla formada por dois grandes talentos individuais que se juntaram para fazer acontecer uma ideia ecologicamente correta e tão simples como cheia de estilo. Amanda Py e Petula Silveira estão à frente de uma grife de couro diferente em cada detalhe, em cada minúcia: a PP. A proposta é trabalhar o couro excedente da indústria calçadista da forma mais pura: cru e com acabamento a fio, em um processo totalmente sustentável. Toda bolsa, bijuteria, t-shirt é produzida à mão pelas designers. Na loja-ateliê, recentemente inaugurada, Amanda e Petula recebem pessoalmente as clientes, que podem conferir de pertinho esse processo criativo extremamente singular e natural. Embrenhadas em couros, agulhas e linhas, as criadoras enchem de atenção e carinho cada visitante. No ateliê das PPs, assinado pela arquiteta Lúcia Reis, a sensação é de estar em casa e fica difícil resistir à tentação de se jogar no sofazão de oito metros que ocupa a linda área externa (com wi-fi, é claro), bebericando uma taça de espumante e batendo um papo de muito estilo. As PPs têm outra novidade nesta temporada: a coleção Fada Madrinha. Nessa linha, Amanda e Petula convidam pessoas bacanas de Porto Alegre para pensar em uma peça de couro de seus sonhos. E realizam o desejo. Um mimo, como tudo que é assinado por essa dupla.

LOJA-ATELIÊ PP | RUA DINARTE RIBEIRO, 18 MOINHOS DE VENTO | PORTO ALEGRE 12

Estilo Zaffari


CENÁRIO E CONFORTO DOS SONHOS Não sei se você tem aí, à mão, uma edição recente do Condé Nast Johansens, considerado “O” guia de luxo quando o assunto é hotelaria. O guia avalia a excelência das instalações, a localização, a culinária, a qualidade dos serviços, a decoração, o conforto e o ambiente. Algumas dezenas de hotéis brasileiros estão indicados lá, entre eles, a Ponta da Piteira, no litoral de Santa Catarina, região da qual os gaúchos se sentem tão íntimos. Por isso, vai ficar fácil entender o Condé. A Ponta da Pinteira é um hotel boutique que se deixa abraçar pela Lagoa da Ibiraquera. O visual, não importa a suíte que você escolher, é de tirar o fôlego – daqueles que as fotos parecem não conseguir fazer justiça totalmente a tudo que o olho vê. Um visual daqueles que faltam palavras para descrever, mas sobram sensações. Já valeria a indicação em todos os guias de turismo de luxo. Conhecedor que você é das

PONTA DA PITEIRA | LAGOA DE IBIRAQUERA | SC 48 3356.0232 | www.pontadapiteira.com.br

belezas catarinenses, talvez nem precise de um guia para se convencer disso. Mas a Ponta da Piteira dá sinal verde para a imaginação. Comece a sonhar. Você olha para tudo aquilo, horizonte afora, e pensa “não preciso de mais nada”. Pensa mais um pouco e, ok, vá lá: “Já imaginou uma varanda aqui?”. A Ponta da Pinteira tem. Aí, você se permite sonhar mais um pouco, sem fechar os olhos, claro, para não perder aquele espetáculo de cores da natureza, e pensa: “Ah, uma cama enorme aqui, para eu me esparramar”. A Ponta da Pinteira tem: quatro metros quadrados sobre lençóis e edredons de algodão egípcio. Empolgado, você se permite delirar: “Eu aqui, numa Jacuzzi?”. Tem também. Dupla, inclusive. Então, a conta total ficou assim: vista exclusiva e deslumbrante, estrutura de sonho e serviço que prima pelos detalhes. Demorou, hein, Condé?!


Cesta básica

DIRETO DA CAIXINHA

MESA FARTA DE AMOR A rigor, devíamos falar de sabores, ingredientes e dicas bacanas de forno e fogão. O marocagastronomia.com, uma microempresa especializada em experiências gastronômicas personalizadas para grupos pequenos, aulas de culinária e consultoria, oferece isso tudo, mas como uma consequência. A chefe (e chef) da microempresa se chama Marina Emília, nome composto para homenagear cada uma das bisavós (Maroca era o apelido da bisa Marina, da qual a chef se lembra bem), e seu ofício, uma maneira de reverenciar a família toda. A avó Lucinda, especialmente, protagonista de lembranças culinárias inesquecíveis na infância, assim como a tia Anna. Marina conta tudo isso para provar a quem bisbilhota o seu blog que ela nasceu numa família que se cuida, se orgulha de quem veio antes e de quem chegou depois, que adora comer bem e que sempre fez das refeições um momento para promover e fortalecer o amor de uns pelos outros. E é com essa herança que ela toca a sua microempresa. “A hora da refeição é muito mais do que o fato de apenas se alimentar, é a hora em que realmente nos olhamos, trocamos ideias, brigamos, contamos as novidades. Por isso criei a Maroca: para ajudar as famílias a resgatar ou manter essas memórias valiosas na vida das crianças e dos adultos”, escreveu a chef no blog que promove o seu trabalho. Marina tem larga experiência. Foi responsável pela cozinha do hotel Saint Andrews, de Gramado, por exemplo, e só para citar mais uma, que rende frutos agora: ela também passou por cozinhas na Disney, com a função de desenvolver cardápios para crianças. Vem daí o Maroquinha, que – não podia ser diferente – tem fortes motivações familiares. Os sobrinhos de Marina são loucos por gastronomia. Inspirada neles e talvez nela mesma quando pequena, Marina organiza aulas na casa da própria criança, que poderá juntar seus amiguinhos em grupos de até seis participantes.

MAROCAGASTRONOMIA.COM

Não continue a ler este texto se estiver com fome – a menos que você tenha um aparelho de telefone à mão. Vai em frente? Pois então. Pense em massas frescas feitas com farinha especial e textura al dente. Imagine recheios para elas. Ajudamos com algumas descrições: tortelone de gorgonzola com cebola caramelada e molho bolonhesa (composto de molho basilico e carne moída); tortelone de frango com molho basílico (composto de cebola, alho, tomate e manjericão); tortelone de quatro queijos com molho pesto (composto de manjericão, rúcula, nozes, queijo parmesão e azeite de oliva extravirgem). Ou um nhoque de batata com molho parisiense (composto de presunto, champignon, molho béchamel e vinho branco). Ou uma massa fresca penne com molho funghi (composto de funghi, nata e molho béchamel). E então? Deu água na boca? É só ligar, escolher a massa, depois o molho e em seguida o tamanho da porção. O pedido chega em caixinhas. É sabor diferenciado aliado à praticidade do fast food.

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Cesta básica

UM LUGAR NO SELETO RELAIS & CHÂTEAUX Arquitetura inspirada nos castelos europeus e serviços impecáveis e personalizados, para que o hóspede se sinta, de fato, um rei. Vista para o vale do Quilombo em Gramado. Traslado exclusivo. Chofer e mordomo. Suítes impecáveis que são preciosas desde o nome: topázio, ônix, rubi, esmeralda, cristal, diamante... O Saint Andrews, em Gramado, é um endereço e tanto na galeria de hotéis espetaculares (Melhor Hotel de Luxo do País pelo Guia Quatro Rodas 2012). Agora, ganhou uma chancela que é como um sobrenome de luxo internacional: Relais & Châteaux. O seleto grupo Relais & Châteaux reúne alguns dos melhores hotéis, chefs e restaurantes do mundo. Em todo o globo, apenas 500 membros fazem parte da cadeia Relais & Châteaux. Os hotéis que ganham

este selo, após rigorosa inspeção, sempre à paisana, comprovam oferecer aos clientes uma combinação de excelência: experiências únicas, serviços elegantes e personalizados, com requinte e forte personalidade. O Saint Andrews é reservado a apenas 22 privilegiados visitantes, que podem desfrutar do atendimento exclusivo oferecido pela equipe de 33 profissionais extremamente qualificados. O pré-requisito principal para ganhar a chancela do Relais & Châteaux é que o lugar ofereça uma experiência que não pode ser repetida em outro lugar do mundo. Para ser aceito, além de atender a uma série de rigorosos padrões de qualidade que incluem serviços e gastronomia, os hotéis devem ter menos de cem apartamentos e o local em que estão deve ser considerado um cenário espetacular.

RUA DAS FLORES, 165 | VALE DO BOSQUE | GRAMADO | RS | RESERVAS@SAINTANDREWS.COM. BR CENTRAL DE ATENDIMENTO: 54 3295.7700 | 0800 644.8088

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Estilo Zaffari



Cesta básica É NUTRITIVO, É DIVERTIDO A Milkshakeria é gaúcha e, originalmente, praieira. Combina a determinação empreendedora de quem nasce por aqui com um produto leve, nutritivo, refrescante e jovial: o milkshake. A empresa começou há dois anos, na praia de Capão da Canoa – haveria cenário ideal para o espírito dessa bebida-diversão, para saborear com toda a galera? De lá para cá, se espraiou: Bombinhas e Camboriú (SC), Fortaleza (CE), Campo Grande (MS), Londrina (PR), Presidente Prudente e São Paulo, em São Paulo. Agora, oferece sua primeira operação “express” em Porto Alegre, na Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento. São centenas de opções de sabores – sim, você leu certo, cen-te-nas – nas linhas Super, Premium, Top, Fun, Power, Fruta, Shaketel e Shaketel Premium. A unidade da capital gaúcha desenvolveu também uma linha de YogoFrozen, o sorvete de iogurte de baixo teor calórico, ao qual podem ser adicionados vários toppings: caldas, frutas secas, frustas frecas e cereais. A marca criou, ainda, o milkshake quente, alternativa para o invernão gaúcho. Tem linha waffles, acompanhados de frutas e coberturas. Hummmm...

MILKSHAKERIA I RUA PADRE CHAGAS, 330 MOINHOS DE VENTO (NO THOMAS PUB)

A SERRA MUITO ALÉM DAS DICAS CLÁSSICAS Dos programas a dois às diversões para toda a família. Dos hotéis megaconfortáveis às pousadas campestres. Do fondue ao pão colonial. O Guia Essencial Gramado e Canela (da Pulp Edições) chega às livrarias de todo o Brasil neste final de ano com centenas de dicas gastronômicas, bares, atrações, compras e roteiros pelos arredores das região (Nova Petrópolis, Três Coroas, São Francisco de Paula e Bento Gonçalves). E mais: com segredinhos que fogem dos tradicionais pontos turísticos. A convite da Pulp Edições (que produz guias descolados de viagens como “Minha Nova York”, de Didi Wagner; “Guia Miami”, de Romero Britto; “Europa de Cinema”, de Vicente Frare; entre outros), a publicitária e blogueira Alexandra Aranovich replicou suas experiências e descobertas sobre a Serra gaúcha em 95 páginas recheadas de sabores e de muita diversão. Autora de dois blogs sobre viagens e gastronomia – o www.cafeviagem.com e o www.destemperadinhos.com. br (do grupo Destemperados) –, Alexandra conta que após muitas idas e vindas à Serra gaúcha achou que a região merecia um guia que valorizasse seus encantos. “Gosto do cheiro, dos sabores, das pessoas e das emoções que Gramado e Canela proporcionam.” O guia ainda conta com a participação especial de cinco pessoas que deram suas dez dicas imperdíveis sobre o destino: chef Rafael Jacobi (restaurante Wok em POA e espaço Casabranca em Gramado), Evelise Silveira (diretora do Gramado Zoo e Parque Gaúcho), Marilia Daros (jornalista e historiadora natural de Gramado), Milka Wolf (estilista e idealizadora do Museu da Moda de Canela) e Dea Candiago (psicóloga).

GUIA ESSENCIAL GRAMADO E CANELA: PULP EDIÇÕES AUTORA: ALEXANDRA ARANOVICH

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Estilo Zaffari


Pra você, para os amigos, para quem você ama

Especializada em presentes, papelaria, peças de design e objetos cheios de criatividade, a Lascaux encerra 2012 com novidades: a loja do Moinhos Shopping foi toda renovada, ficou linda, maior e muito mais funcional. O mix de produtos também cresceu, tanto no Moinhos como na loja do Bourbon Country. A Lascaux tem presentes pra você, para a sua casa, o escritório, os amigos, pra todo mundo e todas as ocasiões.

MOINHOS SHOPPING 1º PISO 51 3062. 0992

BOURBON COUNTRY 1º ANDAR 51 30222818

WWW.FACEBOOK.COM/LASCAUXPRESENTES


Cesta básica

CASADOS E (NÓS) FELIZES PARA SEMPRE Não se trata exatamente de “como ninguém pensou nisso antes?!”. É quase o contrário: se pensava, sim, nessa ideia, no auge de uma incursão imaginativa pelo mundo da gula. Porém, logo se caía em si: não, é bom demais para ser verdade. Sorvete e fondue juntos?! Nãããão. Não pode ser. É loucura. Isso não é coisa para este mundo. Mas é. Está aí a Arte Freddo para provar. E o bom disso tudo é que a gente pode provar também. Provar e se esbaldar. O fondue de sorvete da Arte Freddo é um kit com minibolinhas de sorvete acompanhado de uma linda panelinha de porcelana com chocolate derretido (para aquecer no micro-ondas). É abrir a caixa e... bem, você sabe o que fazer. A loja aconselha a aquecer o chocolate a 50 graus Celsius. Uma delícia do inverno + uma delícia do verão juntas, para acabar de vez com a ditadura da estação. Embora a novidade tenha sido lançada no inverno, agora não importa o clima, porque a sobremesa está justificada com qualquer temperatura: sorvete geladinho e chocolate quentinho. A caixa com 25 minibolinhas de sorvete tem diversos sabores: dulce de leche, gianduia, coco, morango com espumante, laranja e manga (os dois últimos são sorvetes sem lactose e sem gordura).

ARTE FREDDO BOUTIQUE DE SORVETES RUA GIORDANO BRUNO, 13 PORTO ALEGRE | 51 3028.6013

ARTE E NATUREZA Coqueirais, dunas alvas, piscinas naturais, mar cor de esmeralda. Visual bem brasileiro que pode ser apreciado a partir do conforto de bangalôs-suítes. Onde? No Orixás Art Hotel, na bucólica aldeia de Flecheiras, a 120 km de Fortaleza (Ceará). Uma construção arrojada em harmonia com a natureza: materiais orgânicos, pedras, madeira, fibras. O rústico convive com o sofisticado, combinando a exuberância de verdes e flores com a beleza das artes. O hotel está ligado a profundas motivações artísticas e culturais. A Casa Orixás surgiu em 1978, em São Paulo, com o propósito de estudar, desenvolver e preservar a cultura brasileira em suas raízes ameríndias, africanas e europeias. Na década de 1990, a ideia chegou a Sintra, em Portugal, e em 2001 começou a construção do Orixás Art Hotel, que congrega toda essa história. A cultura afro-brasileira se espalha em detalhes pela decoração. Cada suíte recebe o nome de um deus do panteão africano. Para curtir o lugar, opções diversas: passeios às dunas do Rio Mundaú, passeios de jangada em Flecheiras com visita ao cultivo de algas marinhas, excursões para Jericoacoara, Delta do Rio Parnaíba e Lençóis Maranhenses, além das próprias atrações no local, como spa e um delicioso restaurante. O Orixás Art Hotel dispõe de horta cultivada sem agrotóxicos nem fertilizantes para consumo dos hóspedes. Quer privacidade? Que tal as piscinas privativas nos bangalôs?

HOTEL ORIXÁS I AV. BEIRA MAR 574 I FLECHEIRAS TRAIRI/CE I www.orixashotel.com.br

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Estilo Zaffari


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Cesta básica CULINÁRIA THAI ROOTS Quando se fala em culinária tailandesa, lembramos logo de pratos aromáticos, exóticos, com especiarias mil e muitos frutos do mar. Do lado de cá do mundo, tudo isso só costuma estar disponível em restaurantes sofisticados. Pois agora uma proposta do chef Felippe Sica vai tornar esses sabores muito mais acessíveis, preservando o que há de mais típico e original na culinária tailandesa. É o Thai Street Food Project, que consiste em jantares sob encomenda, elaborados onde o cliente determinar. As ruas de Bangkok não são as mesmas sem os carrinhos vendendo desde sopas de macarrão de arroz com legumes, porco ou frango até misturas com ingredientes irreconhecíveis à primeira vista de um ocidental. O projeto de Felippe, um apaixonado pela culinária thai, resgata as receitas clássicas que são feitas nas ruas de Bangkok. O chef atende na casa dos clientes e leva todos os insumos para uma noite especial, repleta de aromas e sabores exóticos dessa gastronomia que é tão fascinante. As opções são variadas. Exemplos: entrada + prato + sobremesa ou entrada + prato 1 + prato 2 + sobremesa ou entrada 1 + entrada 2 + prato 1 + prato 2 + sobremesa. Em tempo: Felippe atenderá no litoral norte gaúcho durante a temporada, mas os agendamentos já começaram.

THAI STREET FOOD PROJECT I 51 9997.7574 CHEF FELIPPE SICA

DEGUSTAÇÃO DE PRAZERES Mais do que um bar de vinhos, o Scantinato di Peppo é um lugar para criar e expandir uma nova relação com a bebida. Tem ambientação, serviço e carta para isso. A proposta é promover a democratização do vinho na prática, dando tempo, clima e motivo para os visitantes. O cliente pode provar diferentes rótulos em pequenas doses, essa é a ideia. Um bar de experiências e para experiências, que congrega vinhos, espumantes, champanhes e algumas cervejas especiais. Para se surpreender, mudar de ideia ou confirmar certezas sobre este ou aquele rótulo. O Scantinato quer compartilhar a paixão pelo vinho e acredita que a melhor maneira de aprender sobre a bebida é experimentando. Scantinato, em italiano, significa porão, e peppo, um apelido usado pelos italianos para seus meninos queridos. O porão com projeto arquitetônico e de decoração charmoso e acolhedor comporta também eventos e tem ótimo localização, o badalado bairro Moinhos de Vento. Os vinhos são vendidos como na Itália, em taças e jarras. E há os “voos de vinhos” (termo usado para descrever uma seleção de vinhos, geralmente entre três e oito taças, algumas vezes mais de 50, servidas para efeitos de amostragem e comparação). Pedro Hoffmann assina o cardápio do Scantinato. Ele e sua sócia e esposa, Andrea Martins, montaram a estrutura e comandam a equipe neste novo projeto, com a colaboração do gerente Sidi Tarallo. O casal já é proprietário do Becco Restaurante (no Hotel Blue Tree Millenium Porto Alegre), Becco Restaurante Bela Vista (no Hotel Blue Tree Towers Porto Alegre) e Peppo Cucina (na Rua Dona Laura), de onde vem a melhor referência para o Scantinato. A carta da casa foi minuciosamente escolhida pelo casal Andrea e Pedro Hoffmann, sommeliers formados pela Associação Italiana de Sommelier, certificado internacional reconhecido pela Worldwide Sommelier Association.

SCANTINATO DI PEPPO I RUA MARIANTE, ESQUINA DONA LAURA MOINHOS DE VENTO PORTO ALEGRE I RS 51 3019.7979 I www.scantinato.com.br


LAS CHICAS – LIVRO DE ANIVERSÁRIO Num ambiente pequeno e gracioso, o Las Chicas – Gourmet Garage é o segundo restaurante da gaúcha Carla Pernambuco – em sociedade com sua amiga e parceira de fogão Carolina Brandão. Tão acolhedor que você pode chegar a qualquer hora do dia: para tomar café da manhã, almoçar (bufê com pratos que variam todos os dias), fazer um lanchinho à tarde, beliscar algo bem delicioso e gourmet à noite, como num bistrô, ou mesmo comprar e levar para casa alguma das delícias: bolos, pães, quiches. Agora, você pode também tentar repeti-las em sua cozinha. Essa graciosidade, essa tom acolhedor e essa variedade gastronômica ganharam uma versão impressa. O Las Chicas Gourmet Garage, editora Leya, é o oitavo livro de receitas de Carla Pernambuco, que se destaca, por escrito ou pela TV, com o seu jeito descomplicado de ensinar os pratos. Tem fotos de Rômulo Fialdini, projeto gráfico de Dado Motta e textos assinados por Pablo Alejandro Fabián. O livro celebra os dois anos do restaurante, o Las Chicas. A edição segue a rotina do lugar: receitas para café da manhã, almoço, doces e salgados da tarde e jantar bistrô.

LAS CHICAS – GOURMET GARAGE: EDITORA LEYA AUTORAS: CARLA PERNAMBUCO E CAROLINA BRANDÃO

Queremos multiplicar sorrisos em 2013. Que esta alegria contagie a todos. Boas Festas e feliz Ano Novo. Dra. Fabiane Gabardo e equipe Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial

Av. Cel. Lucas de Oliveira, 1955 | Fone: 3333.0233


Cesta básica

RÓTULOS PARA TODOS OS PALADARES A churrascaria e galeteria Komka está completando 45 anos neste final de ano, e o brinde até podia ser com espumante, acompanhando o clima dos tradicionais tim-tins das festas de dezembro, mas a Konka quis fazer diferente. Escolheu a bebida preferida pelos clientes da casa e ampliou a oferta. Desde novembro, são mais de 60 rótulos na nova carta de cervejas, entre claras, vermelhas e escuras. Um presente para os apreciadores da melhor escolha quando o que vem para a mesa é o churrasco. A Carta foi dividida em quatro grandes grupos: Feitas Aqui (no Rio Grande do Sul), Nacionais, Importadas e Escuras. Dependendo da sede e da companhia, há cervejas de todos os tamanhos, desde a pequenina Stella Artois, com 275ml, até a “robusta” Abadessa Helles (com casco retornável de dois litros). Entre as novidades estão três rótulos da cervejaria Baldhead, que produz cervejas artesanais de alto padrão no bairro Tristeza, na zona sul de Porto Alegre (a Pale Ale, a Kölsch e a Dark Strong Ale). Também são feitos na Capital, no bairro Anchieta, os dois rótulos da Cervejaria Seasons (a Funhouse e a Green Cow IPA). Outra estreante é a espanhola Estrella Damm Daura, sem glúten, uma atenção especial aos clientes celíacos. Segundo Edésio Komka, proprietário do restaurante, “procuramos aprimorar o serviço incluindo principalmente cervejas com aromas e sabores marcantes e intensos, que melhor harmonizam com o churrasco. Depois de quase um ano trabalhando com carta própria para o produto, já sabemos que o cliente aprecia a diversidade de marcas e estilos, o que oportuniza escolhas para todas as ocasiões. Ou seja: há cervejas para refrescar, celebrar e até mesmo surpreender”, conclui o empresário.

CHURRASCARIA E GALETERIA KOMKA AV. BAHIA, 1.275, ESQUINA COM A VIENA I SÃO GERALDO PORTO ALEGRE I FONE 51 3222.1881 I www.komka.com.br



Cotidiano M A R T H A

M E D E I R O S

MEU TIPO DE FESTA

Ela começaria cedo, ao entardecer, quando o sol estivesse se pondo, deixando o horizonte alaranjado. Assim que a noite caísse, a temperatura se estabilizaria nos 24 graus, sem vento. O céu estaria mais estrelado do que o normal, e é fácil explicar por que: a festa aconteceria numa casa em estilo toscano, afastada da região central, junto a um vasto jardim com colinas ao fundo. As estrelas, sem a concorrência das luzes dos edifícios, fariam uma exibição típica de um deserto. Quantas! Deixe eu falar mais dessa casa. Ela teria tons de terracota e damasco, com heras subindo pelas paredes e emoldurando as janelas. A ação do tempo seria visível, o que só acrescentaria em charme. Muita pedra e madeira de demolição. Pé-direito alto. Decoração aconchegante, simples e de bom gosto. Cerâmicas, tapeçarias, flores coloridas. Uma autêntica propriedade do campo, mas quem quer ficar dentro de casa com uma noite fresca e agradável como a que está fazendo? Tranquilize-se: a casa não está longe. Não é um sítio. Fica na cidade mesmo, mas não dentro de um condomínio fechado. O terreno é só dela. Porém, não estando nos bairros que você costuma frequentar, a anfitriã providenciou uma série de sedãs para fazer traslados. Muitos motoristas impecáveis e educados estarão disponíveis para levar você de volta na hora que desejar. O jardim é rústico, mas não descuidado. A iluminação da piscina causa impressão. Muito champanhe brut gelado. Vinho, uísque, água. Pessoas conhecidas e várias desconhecidas. A música não vem de um DJ, é escolha pessoal dos donos da casa, que sabem misturar o jazz clássico com novidades que ninguém conhece. Não tem pista de dança, mas quem quiser dançar, à vontade, o jardim é de todos. Não há telões. Não passam vídeos. Não tem bolo, nem parabéns a você. Aliás, ninguém está de aniversário. É apenas um garden party oferecido por

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quem teve um súbito desejo de celebrar a vida. Cerca de 150 pessoas, todas na mesma faixa etária, ou seja, entre os 30 e os 60 anos, ou com aparência de. Nenhuma criança num raio de mil km. Nenhumazinha. Os homens não usam gravata. As mulheres estão lindas, com um bronzeado saudável, natural. Me belisque: os iPhones estão todos esquecidos dentro dos bolsos e das clutches. Muito mais agradável conversar com quem está na festa do que com quem não está. Não oferecem prato quente, mas os finger foods são variados, quentinhos, deliciosos e não engordam na-da, palavra do chef, que, dizem, é um novo talento a ser descoberto. Doces? Pequenas trufas de chocolate que derretem na boca. Só. Há duas atrizes talentosas entre os convidados, um político, três músicos, quatro jornalistas, e o Fabrício Carpinejar está impossível. Um dos músicos resolveu dar uma canja. Ai, será que deve? Ele é a cara do Eric Clapton. Espere aí: é o Eric Clapton. Mas ele prometeu tocar apenas uns 40 minutos e não vai cantar, só dedilhar a guitarra, então tá. Às 23h30 você se dá por satisfeita, pisca o olho a distância pro seu marido, num código que ambos conhecem, e voltam pra casa no próprio carro, pois ele está tomando antibiótico e não bebeu álcool – liberado para dirigir. Ao chegar, descalçam os sapatos, ligam a tevê e descobrem que está reprisando Acossado, mas assistem só pela metade, pois deu vontade de continuar a festa entre eles. E o dia seguinte é domingo. MARTHA MEDEIROS É ESCRITORA



Festa


Festa gourmet

8 chefs e suas fabulosas receitas P O R

M I L E N E

L E A L

F OTO S

L E T Ă? C I A

R E M I Ăƒ O


Festa A foto ao lado é o documento oficial de um encontro memorável. Com a missão de produzir uma matéria especial para esta edição, a Estilo Zaffari convidou 8 dos mais badalados chefs de Porto Alegre e lançou um desafio: juntos, no mesmo dia e no mesmo local, eles deveriam preparar o que chamamos de Festa Gourmet, um evento com pelo menos 20 pratos diferentes, harmonizados para compor uma linda e variada mesa de delícias. Desafio mais do que aceito, os 8 se reuniram em uma segunda-feira no contêiner-cozinha do chef Vico Crocco e lá produziram uma verdadeira Festa de Babete. Além do anfitrião, nosso time foi composto das seguintes feras: Carlos Kristensen, Marcelo Schambeck, Felippe Sica, Marcelo Gonçalves, Luciano Lunkes, Elisa Prenna e Andrea Schein. Desde as primeiras horas da manhã, o contêiner e o jardim do atelier de Heloisa Crocco foram ocupados por essa turma de gente talentosa, disposta, inventiva, alegre. Compartilhando bancadas, fogões e utensílios, eles fizeram mil e um quitutes, trocaram receitas, ingredientes e experiências, se divertiram e trabalharam muito. Ao final do dia, os chefs foram os comensais de um jantar único, inimitável, que aconteceu sob a copa das árvores, à luz de velas. Nas páginas a seguir você vai

AQUI, MOMENTO MUVUCA NA COZINHA

ver tudo o que os nossos queridos convidados prepararam.

DO CONTÊINER. NA FOTO MAIOR, NOSSO

São 25 receitas fabulosas, escolhidas dentre as prediletas

TIME DE SUPERCHEFS + A MINICHEF

dos chefs. Nossa Festa Gourmet tem entradinhas, saladas,

MARTINA, FILHA DO MARCELO GONÇALVES

diversas carnes, massas, frutos do mar, sopas frias, legumes, acompanhamentos variados, sobremesas e até docinhos para acompanhar o café. Inspiração das mais férteis para festas de todos os tipos e tamanhos. Delicie-se!

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Estilo Zaffari


VICO CROCCO, FELIPPE SICA, CARLOS KRISTENSEN, MARCELO GONÇALVES, MARCELO SCHAMBECK, ANDREA SCHEIN, ELISA PRENNA, LUCIANO LUNKES E MARTINA


Festa


Legumes Grelhados e Marinados PIMENTÃO VERMELHO E AMARELO, FUNCHO, TOMATE DE BICO, BERINJELA, ABOBRINHA, CEBOLA, BATATA-DOCE Modo de fazer: Faça um fogo com lenha e coloque os legumes na grelha. O pimentão deve ficar preto, para depois poder tirar a casca; mesmo se ficar um pouco de casca queimada, não é problema, tem muito sabor. Para tirar a casca pegue uma pano de prato velho e envolva um por um nele e dê uma rolada sobre uma mesa, a casca sai quase toda sem estragar a estrutura do pimentão. Depois abra e tire toda a semente. Funcho, tomate e abobrinha corte ao meio e coloque direto na grelha. Coloque um pouco de óleo de oliva neles e cuidado que a abobrinha é bem rápida. O tomate deve ser somente levemente desidratado, para não perder a estrutura. Cebola com casca até ficar preta ou espetando um garfo ela escorregar rapidinho do garfo, aí está pronta. Para limpar ela sem fazer bagunça, segure no lado da raiz com um guardanapo e cortando o outro lado aperte, o miolo sairá perfeito e limpo. berinjela deve ser cortada ao meio, faça cortes ao comprido na polpa, coloque alecrim, alho e tomilho, um pouco de óleo de oliva e coloque na grelha com a casca para baixo. Quando a berinjela já estiver se desmanchando e a casca queimando, está na hora de tirar do fogo. Ela deve ser virada na grelha como se fosse um churrasco. Batatas semicozidas na grelha até o ponto. Tempere cada legume de uma maneira diferente, pois assim teremos surpresas de sabores… mas sempre usando de base óleo de oliva e vinagre de maçã ou da serra gaúcha (aqueles de galões maravilhosos) e muitas ervas frescas.

CHEF VICO CROCCO

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Recém-chegado da Europa, onde desenvolveu sua história de paixão pela cozinha, Vico Crocco trouxe para Porto Alegre uma experiência ímpar, obtida ao lado de chefs incensados como o alemão Harald Hüssel e o belga Peter Goossens, dois gigantes da gastronomia mundial. Aqui, Vico encontrou o local perfeito para elaborar sua culinária profundamente autoral: um contêiner vermelho, instalado sob as árvores de um jardim na zona sul, que ele chama de Laboratório. Criativo, inquieto, curioso e perfeccionista, ele já viveu o dia a dia insano de um restaurante classificado com três estrelas Michelin (Hof van Cleve, na Bélgica), e hoje cria receitas, compõe jantares personalizados e prepara delícias exclusivas para felizardos comensais. vicocrocco.wordpress.com

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Spätzle de Manjericão 750 G DE FARINHA DE TRIGO 50 G DE SAL 75 ML DE ÁGUA 8 OVOS MANJERICÃO A GOSTO Modo de fazer: No liquidificador misture água, manjericão e ovos até ficar um caldo homogêneo, cuide para não bater demais, pode acabar esquentando a massa. Misture o líquido com a farinha e sal e bata com a mão ou com uma colher de pau; vai ficar bem borrachuda ou meio seca, mas se continuar batendo ela vai se soltando e ficando bem elástica, tem que fazer grandes bolhas para saber que está no ponto de cozinhar. Se estiver muito seca coloque um pouco de água, mas com cuidado... para não ficar muito líquido. Antes de começar a fazer a massa já coloque um panela com água e sal para cozinhar. Prepare também uma tigela com água e gelo (bastante gelo). É muito importante tirar o Spätzle da água fervente e colocar direto na água fria (gelada). Quem não tem uma maquininha de fazer Spätzle deve então usar a forma tradicional: uma tábua e uma paletinha… coloque um pouco de massa nessa tábua e bem rápido vá tirando as lasquinhas direto na panela com água fervente, volta e meia molhe a tábua e a massa para facilitar o trabalho (é bem difícil e só se aprende praticando, desaprender é também bem fácil). Como se fosse um escorredor de massa. A massa fica um minuto na água fervente (importante estar sempre fervendo). Na Alemanha se diz que quando a massinha sobe e fica rindo do cozinheiro é que está pronta. Tire com uma espumadeira e coloque direto na água gelada. Deixe escorrer e armazene num tuperware e na geladeira. Na hora de servir dê uma boa dourada numa frigideira antiaderente com óleo de oliva ou manteiga e sirva com o molho de tomate. Existem várias receitas de Spätzle, essa é uma que ganhei de uma colega de trabalho que era da região de Schwabing, na Alemanha, o Spätzle é tradicional dessa região… Sempre usamos essa receita no restaurante aqui no Brasil e resolvemos dar uma incrementada/mudada nela colocando o manjericão, mas podemos fazer outros sabores (tomilho, beterraba, cenoura, alecrim, tempero verde…)

Dressing de Iogurte para a Salada ERVAS MISTAS DO MERCADO OU DA HORTA IOGURTE NATURAL ÓLEO DE OLIVA LIMÃO

Molho de Tomate

SAL E PIMENTA

10 TOMATES DE BICO BEM MADUROS (QUASE PASSANDO)

VINAGRE

1 A 2 DENTES DE ALHO PICADO OU ESMAGADO

Modo de fazer: Misture tudo no liquidificador e tempere a gosto. Leve, fresco, saboroso, com pouca caloria e saudável.

ÓLEO DE OLIVA SAL E PIMENTÃO MANJERICÃO

CHEF VICO CROCCO 34

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Modo de fazer: Tire o umbigo dos tomates e coloque todos numa panela com um pouco de água, mais ou menos um copo. Coloque para ferver. Depois de ferver por uns 5 minutos, tire a água em excesso (coando), bata no liquidificador até ficar bem cremoso. Coloque de volta à panela e, em fogo baixo, cozinhe junto com o alho e vá adicionando aos poucos óleo de oliva, vai bastante óleo. No final adicione manjericão e tempere a gosto.


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Festa


Ceviche com Manga 400 DE FILÉ DE PEIXE BRANCO FRESCO SUCO DE 6 LARANJAS SUCO DE 3 LIMÕES 1 CEBOLA ROXA CORTADA EM TIRAS FINAS 1 MANGA CORTADA EM PEQUENOS CUBOS 1 PEPINO JAPONÊS CORTADO EM PEQUENOS CUBOS

CHEF MARCELO SCHAMBECK

1 PIMENTA DEDO-DE-MOÇA EM TIRAS 1 MAÇO DE COENTRO 1 COLHER (CHÁ) DE AÇÚCAR SAL Modo de fazer: Corte o peixe em cubos médios e tempere com sal. Misture todos os ingredientes com os sucos. Por fim, coloque o peixe nesta marinada e sirva depois de dez minutos. Finalize com as folhas de coentro. Rendimento: 4 porções.

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Marcelo Schambeck é bem mais do que um talento precoce. Criativo, caprichoso, tranquilo e competentíssimo, ele é um mestre, do alto dos seus 24 aninhos. Schambeck comanda um dos restôs mais charmosos de Porto Alegre, o Del Barbiere, instalado no centro da cidade. Diplomado pelo Curso Superior em Gastronomia da Unisinos, já cozinhou com chefs consagrados como Flávia Quaresma (de quem foi estagiário), Jorge Nascimento, Neka Menna Barreto e Helena Rizzo. Foi indicado pela revista Veja Porto Alegre entre os chefs revelação de 2008 e em 2010 e 2011 como chef do ano. www.delbarbiere.com.br

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Festa

Brandade de Bacalhau e Palha de Batata-Doce 400 G DE BACALHAU DESFIADO E DESSALGADO 500 G DE BATATA-DOCE 2 DENTES DE ALHO 1 CEBOLA 200 ML DE AZEITE DE OLIVA SAL E PIMENTA-DO-REINO A GOSTO NOZ-MOSCADA A GOSTO 4 FATIAS DE PÃO ITALIANO TOSTADO PALHA DE BATATA-DOCE 1 BATATA-DOCE ÓLEO PARA FRITAR Modo de fazer: Cozinhe as batatas em água fervente. Faça um purê com a ajuda de um processador misturando uma boa quantidade de azeite. Corte a cebola em tiras e o alho em lâminas, refogue e acrescente o bacalhau, dê uma leve salteada. Misture o bacalhau com o purê, tempere com noz-moscada e pimenta-do-reino, se necessário ajuste o sal. Em um laminador, faça fios com a batata. Aqueça o óleo e frite até dourar. Sirva a brandade com o pão tostado e a palha de batata-doce. Rendimento: 4 porções.

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CHEF MARCELO SCHAMBECK


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DIQUINHA: DECORE AS SOPAS GELADAS USANDO CUBOS DE GELO COM FLORES COLORIDAS DENTRO. O EFEITO É LINDO!

CHEF ELISA PRENNA

Ela demorou um pouco para se descobrir chef de cuisine, e nem gosta desse título. Prefere se dizer “cozinheira de alma”. E alma é o que não falta na cozinha de Elisa Prenna, uma ex-administradora de empresas que hoje rege a orquestra do pitoco e megacelebrado bistrô Chicafundó, em Porto Alegre. Junto com os parceiros de cozinha Mat Moreno e Leo Xerez, Elisa abusa da intuição e do coração para criar receitas que deixam seus comensais enlevados, felizes, realizados. Ela é uma entusiasta da comfort food, faz comidinha de vovó, de mãe, de Tia Anastácia. Impossível não amar. www.chicafundo.com.br

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Nuvem de Frutas para o Verão PARA A NUVEM 250 G DE CLARA DE OVO 250 G DE AÇÚCAR GOTINHAS DE EXTRATO DE BAUNILHA PARA O CREME DE CHANTILLY 200 ML DE CREME DE LEITE FRESCO 2 COLHERES DE AÇÚCAR DE CONFEITEIRO GOTAS DE EXTRATO DE BAUNILHA PARA A CALDA DE MARACUJÁ 1 MARACUJÁ AZEDO 100 G DE AÇÚCAR ÁGUA Q.B. FRUTAS MORANGUINHOS UVAS SEM SEMENTE CUBINHOS DE BABA KIWI

Modo de fazer a Nuvem: Bata bem as claras com uma pitada de sal, quando estiverem bem firmes acrescente o açúcar e bata por alguns minutos a mais. Em um tabuleiro, previamente untado com manteiga, distribua o merengue bem lisinho com no máximo 2 cm de altura. Ligue o forno e aqueça até 2000C. Quando atingir esta temperatura desligue e imediatamente, coloque o tabuleiro no forno, não abra. Deixe o tabuleiro por cerca de 4-5 horas ou até que o merengue cresça e encolha um pouco e pequenas gotinhas de caramelo comecem a subir. Corte em quadrados. Modo de fazer o Creme de Chantilly: Em outro recipiente bata o creme de leite fresco com açúcar e extrato de baunilha até ficar firme. Modo de fazer a Calda de Maracujá: Derreta o açúcar até que fique caramelo, abra o maracujá direto sob o caramelo e em seguida acrescente um pouco de água. Cuidado para não se queimar, pois pode criar bolhas no caramelo. Deixe cozinhar até que fique em ponto de calda. Desligue e deixe esfriar. Montagem: Monte a nuvem colocando uma colherada do chantilly sob o quadradinho de merengue, regue com a calda de maracujá e distribua as frutinhas picadas como preferir. Rendimento: 15 porções.

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Festa

Sopa Verde

Sopa Fria de Beterrabas

2 PEPINOS MÉDIOS SEM CASCA E SEM SEMENTES

3 UNIDADES DE BETERRABA

350 G DE FOLHAS DE AGRIÃO

1 UNIDADE DE CEBOLA

150 ML DE CREME DE LEITE LIGHT

3 COLHERES (SOPA) DE ÓLEO DE ARROZ

SAL E PIMENTA A GOSTO

1/2 LITRO DE CALDO DE VEGETAIS

1/2 LITRO DE ÁGUA PARA BRANQUEAR O AGRIÃO

1 COLHER DE SUCO DE LIMÃO CASCA DE 1 LARANJA, SOMENTE A CASCA, SEM A PARTE BRANCA

Modo de fazer: Descasque e tire as sementes do pepino e corte-o em pedaços grosseiros. Retire somente as folhas do agrião e em uma panela coloque água e sal, e deixe ferver em fogo baixo. Acrescente rapidamente as folhas de agrião por no máximo 3 minutos, escorra e leve ao liquidificador, acrescente então os pedaços de pepino, sal, pimenta e o creme de leite light. Bata e leve a gelar por no mínimo 1 hora. Sirva com miniagrião por cima. Rendimento: 4 porções.

CHEF ELISA PRENNA 42

Estilo Zaffari

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SAL E PIMENTA A GOSTO Modo de fazer: Ferva as beterrabas com casca e tudo. Quando estiverem macias, retire-as da água e esfregue-as com as mãos em água fria corrente, para soltar a pele. Corte-as em cubos, reserve. Numa panela junte o óleo e a cebola e frite até ficarem translúcidos, acrescente a beterraba e frite com a cebola por alguns minutos. Em seguida coloque o caldo de legumes e a casca de uma laranja. Ferva por 20 minutos e desligue. Quando a beterraba estiver morninha, elimine a casca da laranja e passe-a pelo liquidificador aos poucos, voltando para a panela. Quando o creme estiver bem liso, ligue novamente o fogo e deixe apurar por alguns minutos. Acerte sal e pimenta e ao desligar o fogo coloque a colher de suco de limão espremido na hora. Deixe esfriar. Para guarnecer pode-se usar uma colherada de creme de leite fresco no centro de cada prato ou algo mais elaborado como cubos de tzatziki, que é o iogurte natural dessorado, misturado com um pouquinho de sal, pimenta preta e alho bem picadinho; coloque em forminhas de gelo e leve para o congelador. Na hora de servir desenforme e jogue no centro de cada potinho. Rendimento: 4 porções.


Vichyssoise

Pudinlícia da Chica

30 G DE MANTEIGA

800 G DE DOCE DE LEITE PASTOSO

1 CEBOLA MÉDIA BEM PICADA

2 XÍCARAS DE LEITE DE VACA

2 UNIDADES DE ALHO-PORÓ BEM PICADO

8 GEMAS PENEIRADAS

3 UNIDADES DE BATATA BRANCA DESCASCADAS E CORTADAS EM CUBOS

100 G DE AÇÚCAR PARA O CARAMELO

1 BOUQUET GARNI

ÁGUA Q.B.

CALDO DE FRANGO Q.B. 50 ML DE CREME DE LEITE FRESCO Modo de fazer: Em uma panela derreta a manteiga e acrescente as cebolas até que fiquem translúcidas, junte o alho-poró previamente picado e a batata, misture e deixe cozinhar por alguns minutos. Acrescente o caldo de frango, até que fique quase cobrindo as batatas, o bouquet garni. Cozinhe em fogo médio por cerca de 30/40 minutos. Retire do fogo e passe tudo pelo espremedor. Um creme liso e grosso deve ser o resultado. Leve para a geladeira por cerca de 2 horas. Na hora de servir incorpore o creme de leite. Guarneça com cebolete francesa picadinha ou lascas de amêndoas tostadas; um fio de azeite de trufas cai muito bem. Rendimento: 4 porções.

Modo de fazer: Misture o doce de leite e o leite numa panela e somente amorne para que misture melhor; não esquente muito, peneire as gemas e jogue o líquido de doce de leite e leite sobre as gemas, misture delicadamente, reserve. Em uma panela derreta o açúcar, quando estiver em cor de caramelo coloque um pouco de água. Cuidado com a formação de bolhas, deixe secar um pouco e veja: se necessário acrescente um pouco mais de água, talvez o açúcar empelote um pouco – não se preocupe, deixe no fogo que logo ele irá se dissolver, faça uma calda mais líquida. Desligue. Separe ramekins ou forminhas de alumínio que preferir, mas tem que ser recipientes que possam ir ao forno. Coloque o caramelo ainda quente nas forminhas, cuide para cobrir todo o fundo. Preencha as forminhas com a mistura e leve ao forno por cerca de 40 minutos a 1550C. É importante manter o forno a baixa temperatura para que o pudim fique cremoso. Quando a superfície estiver bem firme, desligue o forno e retire imediatamente. Espere para desenformar. Para desenformar, passe uma faca nas laterais das forminhas e desenforme no prato em que será servido; pulverize canela. Rendimento: 8 a 10 porções, dependendo do tamanho das forminhas.

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Torta de Chocolate Amargo, Avelãs e Hibiscos PARA O MOUSSE 8 GEMAS 2 COLHERES (SOPA) DE AMARETTO 1 COLHER (CHÁ) DE EXTRATO NATURAL DE BAUNILHA 1/2 XÍCARA (CHÁ) DE HIBISCOS BEM FORTES DE 4 A 6 SACHETS DE HIBISCOS EM PÓ 3 COLHERES (SOPA) DE AÇÚCAR 150 G DE CHOCOLATE 70% PICADO PITADA DE SAL 2 COLHERES (SOPA) DE AÇÚCAR 1 XÍCARA DE CREME DE LEITE GELADO PIMENTA CAIENA (OPCIONAL) 2 COLHERES (SOPA) DE CACAU EM PÓ PARA A MASSA 350 G DE CHOCO 70%, PICADO 170 G DE MANTEIGA 6 OVOS GRANDES 1 XÍCARA DE AÇÚCAR MASCAVO 1/3 DE XÍCARA DE LICOR DE AVELÃS (FRANGELICO) OU DE AMÊNDOAS 1 XÍCARA DE AVELÃS TORRADAS E SEM PELE, PROCESSADAS ATÉ VIRAR UMA FARINHA GROSSA PITADA DE SAL 3 COLHERES (SOPA) DE FARINHA DE TRIGO 6 SACHÊS DE CHÁ DE HIBISCOS (PÓ)

Modo de fazer o Sabayon: Leve uma panela média ao fogo com 4 dedos de água. Deixe a água ferver. Em uma bacia inoxidável grande, junte as gemas, o amaretto, a baunilha, o chá de hibiscos (frio), o açúcar e o pó de hibiscos. Coloque a bacia encaixando na embocadura da panela que está no fogo, de forma que o fundo da primeira não toque a água fervente. Com o auxílio de um batedor de ovos, bata vigorosa e constantemente os ovos até formar um creme espesso. Não pare de bater em nenhum momento ou os ovos talharão. Quando o creme estiver formado, remova a bacia imediatamente da panela e continue batendo até esfriar. Em uma outra bacia inoxidável, coloque o chocolate picado e proceda da mesma forma, encaixando esta sobre a embocadura da panela com água fervente. Derreta o chocolate mexendo constantemente. Deixe-o esfriar levemente, misture o chocolate com os ovos. Deixe esfriar completamente. Bata o creme de leite em chantilly. Acrescente o açúcar, a pimenta caiena. Incorpore o chantilly na mistura de chocolate e ovos juntamente com o pó de cacau. Leve à geladeira e deixe gelar completamente. Modo de fazer a Massa: Em uma bacia de inox, coloque a manteiga e o chocolate picado. Encaixe a bacia na embocadura de uma panela no fogo com 3 dedos de água fervente. Derreta o chocolate e a manteiga, misturando-os homogeneamente. Desligue. Deixe esfriar. Bata os ovos e o açúcar. Incorpore a mistura de chocolate e manteiga. Misture bem. Acrescente o licor. Misture bem. Acrescente a pitada de sal, o pó de hibiscos, a farinha de avelãs e a farinha de trigo. Misture. Coloque em uma forma untada e leve ao forno à temperatura de 1200C até assar por completo, de 30 a 45 minutos. Retire do forno. Deixe esfriar completamente. Desenforme. Coloque o mousse gelado e firme no saco de confeiteiro. Enfeite o topo da torta com o mousse. Polvilhe com o cacau em pó. Leve à geladeira até a hora de servir. Sirva em fatias moderadas, pois trata-se de uma torta bastante substanciosa. Rendimento: 18 porções.

CHEF LUCIANO LUNKES

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Sorte nossa que o Luciano Lunkes resolveu voltar para Porto Alegre. Depois de alguns anos arrasando em New York ele agora está por aqui, cozinhando para eventos, dando aulas e prestando consultoria. Diplomado em Culinary Arts no French Culinary Institute/ NYC, Luciano foi private chef de Donatella Versace por três anos, trabalhou em vários restaurantes nova-iorquinos e empresas de catering entre 2000 e 2006. Em 2005, foi destaque no caderno de domingo do New York Times. Chique! Detalhista, perfeccionista, ele elabora pratos que, além de deliciosos, são obras de arte, lindos de ver. Luciano também gerencia um blog de gastronomia, opatoempratado.blogspot.com, em que compartilha receitas, dicas, segredos e histórias saborosíssimas.

Estilo Zaffari

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Festa

Patê de Camarão, Vermute e Açafrão PARA A GELATINA DE VERMUTE E AÇAFRÃO 1 BULBO PEQUENO DE FUNCHO, CORTADO EM CUBOS PEQUENOS 2 TALOS DE AIPO, CORTADOS EM CUBOS MEIA CEBOLA BRANCA, CORTADA EM CUBOS 1 CABELA DE ALHO, CORTADA WITHDSWAYS 125 ML DE VERMUTE SECO 3 COLH. (CHÁ/10 G) DE GELATINA SEM SABOR INCOLOR EM PÓ 1 COLHER (SOPA) DE LIMÃO SICILIANO 1/4 COLHER (CHÁ) DE AÇAFRÃO (ESTIGMA) 1 COLHER (CHÁ) DE ENDRO FOLHA DE LOURO, ORÉGANO PARA O PATÊ 350 G DE CAMARÃO, DESCASCADO E VEIAS REMOVIDAS 10 G DE MANTEIGA 1/2 CEBOLA EM CUBOS 4 DENTES DE ALHOS, LAMINADOS FOLHA DE LOURO PEQUENA 2 COLHERES (CHÁ) DE FARINHA DE TRIGO 1/2 COLHER (CHÁ) DE PÁPRICA DOCE

Salada de Arroz Selvagem, Alcachofra, Favas e Aspargos, Vinagrete Cítrico

1 COLHER (CHÁ) RASA DE ENDRO

300 G DE ARROZ SELVAGEM, COZIDO COMO SE FOSSE PASTA, ESCORRIDO

PIMENTA CAIENA OU PRETA A GOSTO

5 FUNDOS DE ALCACHOFRA, CORTADOS EM PEDAÇOS PEQUENOS

2,5 COLH. (CHÁ/10 G) DE GELATINA EM PÓ, SEM SABOR E INCOLOR

5 ASPARGOS, CORTADOS EM LÂMINAS TRANSVERSALMENTE

125 ML DE CREME DE LEITE FRESCO

1 COLHER (CHÁ) DE RASPA DE LIMÃO SICILIANO 1/2 COLHER (SOPA) DE SUCO DE LIMÃO 1 COLHER (SOPA) DE PERNOD RICARD, OU OUTRO LICOR DE ANIS 4 FILEZINHOS DE ANCHOVAS, LAVADOS E ESMAGADOS 3 TIRAS DE BACON

250 G DE FAVAS (OPCIONAL) 100 G DE ERVILHAS FRESCAS BROTOS DE ERVILHAS (OPCIONAL) FOLHAS DE HORTELÃ PICADAS FINAMENTE PARA O CITRONETTE CASCA RALADA DE 1 A 2 LIMÕES SICILIANOS RASPAS E SUCO DE UMA LARANJA 1 DENTE DE ALHO PICADO FINAMENTE 2 COLHERES (SOPA) DE SUCO DE LIMÃO 12 COLHERES (SOPA) DE ÓLEO DE OLIVA EXTRAVIRGEM SAL E PIMENTA-DO-REINO A GOSTO E PITADA DE AÇÚCAR Modo de fazer: Cozinhe todos os vegetais separadamente em água salgada até ficarem al dente. Escorra. Mergulhe-os imediatamente em água gelada. Deixe esfriar. Escorra e reserve. Modo de fazer o citronette: Misture a casca do limão e da laranja, o alho e os sucos. Com o auxílio do fuê, incorpore o azeite. Tempere com sal e pimenta. Num recipiente, misture os componentes da salada. Tempere com o citronette, sal e pimenta. Rendimento: 10 porções.

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Estilo Zaffari

Modo de fazer a Gelatina: Coloque o funcho, o aipo, a cebola, o alho, o vermute e 3 xícaras de água numa panela e ferva por 30 minutos em fogo baixo. Coe e reduza o líquido até obter 1 ½ xícara. Leve novamente ao fogo ½ xícara desse líquido juntamente com o açafrão. Esquente até a gelatina derreter. Desligue e misture ao restante do líquido. Acrescente o suco de limão. Distribua em 6 forminhas e leve à geladeira por uma hora. Modo de fazer o Patê: Coloque o bacon num prato fundo, leve ao micro-ondas e cozinhe até ficar levemente crocante. Retire e corte em cubos bem pequenos. Reserve os cubos e gordura separadamente. Numa panela, aqueça a manteiga e cozinhe o alho, a cebola. Acrescente a páprica e a farinha e cozinhe por um minuto. Inclua 180 ml de água ou fundo de peixe, ramos do funcho, o louro e cozinhe até engrossar levememente. Inclua o camarão e cozinhe-os. Acrescente o licor de anis, o sal e a pimenta. Desligue e deixe esfriar. Retire os ramos do funcho. Bata no processador até formar uma pasta. Dissolva a gelatina em 100 ml de água quente. Com o processador rodando. inclua a gelatina na pasta de camarão, o suco, a raspa do limão, os cubinhos de bacon e o creme de leite. Misture até ficar homogêneo. Distribua o patê nas forminhas que contêm a camada de gelatina. Leve à geladeira por 5 horas. Desenforme mergulhando as formas ligeiramente na água quente para o patê se desprender da forma. Sirva com folhas verdes e torradinhas. Rendimento: 12 porções


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CHEF LUCIANO LUNKES


Festa


Jardim TERRA 100 G DE FARINHA DE SEMENTE DE UVA 1 PACOTE DE PÃO PRETO ALEMÃO 50 G DE SEMENTE DE LINHAÇA DOURADA 100 G DE GERGELIM PRETO 300 G DE AZEITONAS PRETAS SEM CAROÇO MOLHO 100 G DE MISSÔ 100 ML DE AZEITE DE OLIVA 200 ML DE ACETO BALSÂMICO 50 G DE MEL JARDIM (TODOS INGREDIENTES ORGÂNICOS) 1 BANDEJA DE BROTO DE RABANETE 1 BANDEJA DE BROTO DE ALHO-PORÓ 1 BANDEJA DE BROTO DE BETERRABA 1 BANDEJA DE BROTO DE RÚCULA 1 BANDEJA DE BROTO DE AGRIÃO 1 BANDEJA DE BROTO DE SALSA 10 UNIDADES DE MINIAMOR PERFEITO 10 UNIDADES DE MINIRROSA 10 UNIDADES DE MINIVIOLETA 50 G DE SEMENTE DE ABÓBORA 100 G DE FEIJÃO FRADINHO

5 CHEF CARLOS KRISTENSEN

Em meados dos anos 90, Carlos Kristensen abandonou uma promissora vida como executivo e foi viver na Austrália. Sábia decisão. Viajando pelo mundo ele desenvolveu suas habilidades na cozinha, aprimorou técnicas e conheceu diferentes culturas gastronômicas. De volta ao Brasil, inaugurou em 2005 o restaurante Hashi Art Cuisine, admirado pelo cardápio inventivo, que alia o melhor da cozinha clássica com ingredientes e técnicas contemporâneas. Carlos foi considerado o Melhor Chef de Porto Alegre pela Veja Comer & Beber por três vezes consecutivas (2009, 2010 e 2011) e o Hashi foi eleito quatro vezes como a melhor casa de comida contemporânea. Estrelas não faltam na trajetória desse chef. Bom humor, menos ainda. O sorriso aberto é sua marca registrada. www.hashi.com.br

2 MAÇOS DE CENOURA 1 MAÇO DE RADITE 1 MAÇO DE AGRIÃO 1 MAÇO DE RÚCULA 1 MAÇO DE RABANETE 1 MAÇO DE CEBOLETE 1 MAÇO DE CHICÓRIA 1 MAÇO DE SALSINHA 1 BANDEJA DE TOMATINHO-CEREJA 50 ML DE AZEITE DE OLIVA EXTRAVIRGEM SAL A GOSTO

Modos de fazer a Terra: Desidrate as azeitonas pretas no forno por 4 horas a 50°C. Salteie o gergelim preto e a linhaça em frigideira por alguns minutos. Processe. Processe separadamente todos os demais ingredientes. Misture e reserve. Molho: Emulsione o azeite e o balsâmico. Acrescente a pasta de missô lentamente, mexendo sempre para dissolver bem. Adicione o mel. Jardim: Cozinhe o feijão fradinho até ficar macio e interrompa o cozimento com água e gelo. Tempere com salsinha picada, azeite e sal. Lave bem as cenouras mas mantenha a casca e as folhas. Higienize os demais produtos quando necessário. Montagem: Disponha a terra no fundo de uma travessa e vá “plantando” os demais ingredientes. Sirva o molho à parte.

Estilo Zaffari

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Festa

1 MAÇO DE TOMILHO, DE SÁLVIA E DE ALECRIM 50 G DE ALHO 1 LITRO DE VINHO BRANCO 1 MAÇO DE MANJERONA 100 ML DE AZEITE DE OLIVA SAL A GOSTO PIMENTA-DO-REINO A GOSTO 500 G DE FARINHA DE MANDIOCA 200 G DE LINGUIÇA CALABRESA 100 G DE MANTEIGA 1 MAÇO DE SALSINHA 20 UNIDADES DE PIMENTA-DE-BICO 1 LITRO DE MOLHO RÔTI 1 LATA DE ABACAXI EM CALDA 1 LATA DE PÊSSEGO EM CALDA 1 LATA DE FIGO EM CALDA 100 G DE GOIABADA 10 UNIDADES DE CRAVO-DA-ÍNDIA

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Estilo Zaffari

Modo de fazer: Codorna Marinada: Faça a marinada com o vinho branco, manjerona, alecrim, sálvia, tomilho, alho, sal e pimenta. Deixe a codorna marinando por 24h. Asse a codorna em brasa de carvão e madeira, até estar levemente dourada. Leve a codorna braseada a uma panela funda com azeite de oliva por alguns segundos. Adicione o molho rôti e cozinhe por 10 minutos. Reserve. Farofa Calabresa: Processe a linguiça calabresa. Coloque a manteiga numa frigideira e derreta. Adicione a calabresa moída e frite por alguns minutos. Adicione a farinha de mandioca sempre mexendo, até ficar crocante, levemente dourada. Finalize com a salsinha picada e a pimenta-de-bico. Purê de Frutas: Em uma panela coloque todas as frutas em calda e cozinhe em fogo baixo por 30 minutos, mexendo ocasionalmente. Acrescente a goiabada e cozinhe por mais 30 minutos. Finalize com o cravo. Montagem: Num prato fundo, coloque o purê de frutas e a codorna, regada com o molho rôti. Sirva com a farofinha à parte.

CHEF CARLOS KRISTENSEN

Codorna Braseada ao Molho Rôti com Farofinha de Calabresa e Purê de Frutas

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Vieiras Grelhadas na Manteiga e Flor de Sal com Mousseline do Mar e Pão na Chapa 10 UNIDADES DE VIEIRAS COM O CORAL (GÔNADAS) 200 ML DE MANTEIGA DE GARRAFA 1/4 DE MAÇO DE TOMILHO LIMÃO 2 UNIDADES DE LIMÃO GALEGO 10 FATIAS DE PÃO BAGUETE 50 ML DE CREME DE LEITE 50 ML DE VINHO BRANCO FLOR DE SAL A GOSTO

Modo de fazer as Vieiras: Retire as gônadas (coral, laranja) dos músculos (parte branca) e reserve para a mousseline. Tempere o músculo das vieiras com sal e pimenta-do-reino. Em uma frigideira salteie as vieiras com manteiga de garrafa, rapidamente, até dourar. Esprema o limão galego com as mãos sob as vieiras e adicione as folhinhas de tomilho limão. Reserve. Mousseline do Mar: Leve as gônadas numa frigideira com um pouco de manteiga de garrafa e salteie rapidamente. Adicione o vinho branco. Desligue o fogo. Adicione o creme de leite e processe num mixer. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Pão na Chapa: Esquente uma chapa de ferro e adicione manteiga de garrafa. Coloque as fatias da baguete e deixe dourar dos dois lados. Reserve. Montagem: Espalhe a mousseline do mar em cada fatia de pão. Coloque uma vieira sob a mousseline e tempere com a flor de sal. Sirva ainda quente.


Festa


Couscous Marroquino com Frutas Secas e Ervas Frescas 200 G DE COUSCOUS MARROQUINO 200 ML DE ÁGUA OU CALDO DE LEGUMES CASEIRO 2 COLHERES (SOPA) DE MANTEIGA 200 G DE TOMATE-CEREJA OU UVA 50 G DE CASTANHA-DO-PARÁ 50 G DE CASTANHA-DE-CAJU 50 G DE TÂMARA SEM CAROÇO

CHEF FELIPPE SICA

50 G DE UVA PASSA BRANCA 1/4 MOLHO DE CEBOLETE 1/4 MOLHO DE MANJERICÃO 1/4 MOLHO DE HORTELÃ 6 COLHERES (SOPA) DE AZEITE DE OLIVA 2 UNIDADES DE LIMÃO SICILIANO SAL E PIMENTA DO REINO A GOSTO Modo de fazer: Ferva a água ou o caldo. Coloque numa tigela grande e misture com o couscous. O couscous só precisa hidratar, fica pronto de 3 a 5 min. Assim que estiver hidratado, coloque a manteiga para dar sabor e misture bem. Reserve na geladeira para esfriar. Corte o restante dos ingredientes em pedaços pequenos. Quando o couscous estiver frio, misture com o tomate, as castanhas, as passas, as tâmaras e as ervas frescas picadas. Tempere com azeite de oliva, suco de limão, sal e pimenta moída na hora. Rendimento: 4 porções.

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Filho de italianos, Felippe Sica desde sempre amou a culinária. Pequenino, ajudava a avó paterna a formatar o fettuccine do almoço e a sovar as balas de coco. Sua outra paixão, o surf, proporcionou viagens mundo afora e o conhecimento da gastronomia de diferentes povos. Em Porto Alegre, Felippe profissionalizou-se no Senac, foi aprendiz no Chez Phillipe, comandou a cozinha do Constantino Café e depois, adorador da culinária asiática, cozinhou no Koh Pee Pee por três anos. Em carreira solo desde 2009, dá consultorias e aulas, além de fazer jantares exclusivos. A última novidade do dinâmico Sica são projetos online e vídeos, como o Receitas Zaffari, em que ensina pratos saborosos e fáceis de fazer. felippesica.blogspot.com.br

Estilo Zaffari

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Festa

Cordeiro Marinado com Minicebolas e Batatas 1 UNIDADE DE PERNIL E PALETA DE CORDEIRO 2 GARRAFAS DE VINHO BRANCO SECO 1 UNIDADE MÉDIA DE CENOURA EM CUBO 2 UNIDADES MÉDIAS DE CEBOLA EM CUBO 2 DENTES DE ALHO PICADO 1 UNIDADE DE ALHO-PORÓ 1 UNIDADE DE BOUQUET GARNI (LOURO, TOMILHO, ALECRIM E SALSA) 2 KG DE MINIBATATAS 2 KG DE MINICEBOLAS SAL E PIMENTA-DO-REINO PRETA A GOSTO

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Estilo Zaffari

Modo de fazer o Cordeiro: Coloque o cordeiro para marinar 24 horas antes de assar. Num recipiente grande junte a cebola, a cenoura, o alho-poró e o alho com as ervas, pimenta e o vinho branco. Retire os legumes e o líquido da marinada. Reserve. Tempere os cortes de cordeiro com sal e pimenta. Leve ao forno numa assadeira grande. Faça uma cama com os legumes da marinada. Cubra com papel-alumínio e cozinhe em fogo baixo por cerca de uma hora. Retire o papel-alumínio, aumente a potência do forno e ligue o gratinador. Está pronto quando a pele estiver crocante por fora e a carne macia por dentro. Modo de fazer a Guarnição: Corte as cebolas ao meio e coloque dentro de uma forma grande com as minicebolas. Salpique tomilho por cima das cebolas e ramos de alecrim por cima das batatas. Regue com oliva, tempere com sal e pimenta, e asse no forno a 1800C, até que estejam macios. Sirva acompanhado de molho de satay e couscous marroquino. Rendimento: 10 porções.


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CHEF FELIPPE SICA


Festa


Presente de Camarão e Pupunha Fresca 10 CAMARÕES GRANDES 150 G DE PUPUNHA FRESCA (FAZENDA CASA VERDE, MINAS GERAIS) CENOURINHAS FOLHA DE CELOFANE (100% CELULOSE – BAITACA) TOMILHO OU ORÉGANO FRESCO ALHO GENGIBRE PIMENTA-DO-REINO SAL Modo de fazer: Tempere o camarão com 4 dentes de alho picadinho, 2 cm de gengibre ralado, 1 colher (chá) de cúrcuma, sal e pimenta-do-reino moída na hora e ½ xícara de espumante ou vinho branco seco. Deixe nesta mistura por uns uns 10 minutos. Cenourinhas bem lavadas com uma escovinha de legumes, cortadas ao meio no sentido longitudinal. Um quadrado de papel celofane com cerca de 40x40cm. Corte a pupunha em fatias finas. Monte o presentinho: No centro do celofane, coloque as fatias de pupunha sobrepostas em forma circular, temperadas com tomilho, sal, pimenta e um fio de azeite. Coloque os camarões em cima e as cenourinhas em volta, temperadas como a pupunha. Feche o celofane em forma de um pacote e amarre com uma tira de celofane. Asse em forno preaquecido a 180°C por cerca de 15 minutos ou até que os camarões comecem a ficar rosados. Ou na grelha da churrasqueira, ao lado das brasas.

CHEF ANDREA ERNST SCHEIN

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Conhecida por seus macarons – comparados com os produzidos pelas melhores marcas francesas –, Andrea Schein acredita no ritual da alimentação como exercício para despertar todos os sentidos. Artista (ela é bacharel em Artes Plásticas), fez cursos técnicos de cozinha e confeitaria no Senai, além de especializações na escola Lenotre (França), na Espainsucre e na Cátedra Ferran Adrià de Cultura Gastronómica y Ciencias de la Alimentación. (Espanha). Andrea vive em busca de novos sabores, texturas e aromas, transitando por técnicas clássicas e contemporâneas. Criou seu próprio Atelier de cuisine, onde dá aulas e produz pequenos eventos, além de atuar como consultora de gastronomia. macaronsdeagastronomique.blogspot.com.br

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Festa Muffin com Creme de Beterraba 2 OVOS 1 XÍCARA OU MAIS DE FARINHA DE TRIGO (PODE USAR INTEGRAL) ½ COLHER DE AÇÚCAR 2 COLHERES (SOPA) DE ÁGUA 2 COLHERES (SOPA) DE ÓLEO 1 DENTE DE ALHO BEM PICADO 1 COLHER (CAFÉ) DE FERMENTO BIOLÓGICO (FERMENTO DE PÃO) 1 COLHER (CAFÉ) DE SAL 2 BETERRABAS MÉDIAS 100 G DE LINGUICINHA 2 A 3 COLHERES (SOPA) DE CREAM CHEESE LÂMINA DE BETERRABA CREME DE BETERRABA 1 BETERRABA MÉDIA 2 A 3 COLHERES (SOPA) DE CREAM CHEESE DECORAÇÃO LÂMINA DE BETERRABA FRITA E FOLHINHA DE BETERRABA

Pavlova na Taça 300 G DE FRUTAS FRESCAS (MORANGO, AMORA, FRAMBOESA, KIWI, MANGA) TUILE DE LARANJA PARA DECORAR (OPCIONAL) MERENGUE 3 CLARAS (CERCA DE 90 G) 180 G DE AÇÚCAR (6 COLHERES DE SOPA) 3 ML DE VINAGRE BRANCO 8 G DE AMIDO DE MILHO (1/4 COLHER DE SOPA) CREME 2 MARACUJÁS FRESCOS 300 G DE CREME DE LEITE FRESCO 35%, PODE USAR O LIGHT FRESCO Modo de fazer o Merengue: Bata as claras em neve com a metade do açúcar até formar picos macios, junte o restante do açúcar e a maisena, batendo sempre. Adicione o vinagre e bata mais um pouco. Unte papel-manteiga e coloque-o na assadeira. Distribua o merengue, colocando uma colher bem cheia de cada vez de forma que fiquem separados por uns 2 cm. Leve para assar em forno bem suave, 120 a 1500C por 1 hora – não deve corar; para forno doméstico, deixe uma fresta na porta do forno. Depois de assado deixe esfriar dentro do forno desligado e semiaberto. Bata o creme de leite com o fouet até começar a espessar e misture 2 colheres de polpa de maracujá. Montagem: Corte as frutas maiores, as frutas pequenas podem ficar inteiras, reserve. Intercale as frutas, merengue, creme e finalize com as frutas e a tuile de laranja.

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Estilo Zaffari

Modo de fazer as Beterrabas: Asse as beterrabas cortadas ao meio envoltas em papel-alumínio no forno por cerca de 30 minutos ou no micro-ondas dentro de um saquinho por cerca de 5 minutos. Deixe esfriar, retire a casca e passe no mixer para formar um purê, reserve. Modo de fazer os Cogumelos: Hidrate o funghi em água morna, retire da água e corte em lâminas finas, reserve. Corte os cogumelos frescos em lâminas. Coloque ½ colher de azeite para aquecer, junte ½ dente de alho, acrescente os cogumelos, o sal e a pimenta. Deixe no fogo até que a água que é liberada dos cogumelos evapore completamente. Deixe esfriar e reserve. Modo de fazer a Massa: Coloque em um recipiente 1 xícara de farinha, misture o açúcar e faça uma covinha no centro. Coloque o fermento biológico e 4 colheres de água(fora do gelo), misture no centro da cova juntando um pouquinho da farinha para formar um creme. Deixe descansar, para que o fermento desperte e comece a formar bolhas de ar. Quando começar a formar bolhas, junte os cogumelos refogados, o óleo, o sal e misture muito bem. Se necessário junte mais água ou farinha para que a massa fique espessa e bem maleável. Unte forminhas de mufin ou cupcake, polvilhe farinha e coloque a massa até a metade do volume. Deixe que dobre de volume e asse em forno preaquecido a 180°por cerca de 15 minutos, dependendo do tamanho da forminha. Coloque um palitinho no centro para verificar se a massa está cozida. Deixe esfriar, coloque a cobertura. Decore e sirva.

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CHEF ANDREA ERNST SCHEIN



Festa


CHEF MARCELO GONÇALVES

MARTINA, FILHA DO CHEF MARCELO GONÇALVES, FOI UMA AUXILIAR E TANTO!

Foi em 1997 que Marcelo Gonçalves começou sua vida de pâtissier em Porto Alegre. Ao pé do Morro Ricaldone, no bairro Moinhos de Vento, ele inaugurou uma pequena boutique-café-pâtisserie. Os doces eram a sua paixão, cultivada durante um período de aprendizado na Suíça. Autodidata, ele logo em seguida começou a cozinhar para eventos. Não demorou muito e um bistrô incorporou-se à pâtisserie. Ingredientes frescos, ambiente acolhedor, pratos saborosos e lindos. Foi com essas qualidades que Marcelo conquistou sua clientela e diversos prêmios da revista Veja Comer & Beber. Hoje o bistrô só funciona com reservas e os jantares contratados multiplicam-se. blogdapatissier.blogspot.com.br

8 Torta Étoile

500 G DE MASSA FOLHADA COMPRADA PRONTA JÁ DESCONGELADA OU PEÇA AO SEU PÂTISSIER GLUCOSE DE MILHO TIPO KARO PARA PINCELAR 100 G DE LEITE INTEGRAL 100 G DE NATA DE MUITO BOA QUALIDADE E MUITO FRESCA 20 G DE GLUCOSE DE MILHO 180 G DE CHOCOLATE 70% CACAU PICADO BEM FININHO 60 G DE MANTEIGA DE BOA QUALIDADE À TEMPERATURA AMBIENTE FRUTAS PARA DECORAR

Modo de fazer a Massa: Recorte um disco de massa folhada crua e bem resfriada, trabalhada em superfície polvilhada de farinha, com espessura aproximada de 1,5mm (bem fininha). Corte pontas como as de uma estrela (étoile) de forma que ultrapassem a borda de uma forma redonda rasa. Forre o fundo da forma com papel-alumínio maior que a forma para sustentar a massa, evitando que as pontas da estrela caiam durante o cozimento. Com a ajuda de um rolo de massa desenrole a massa sobre o papel-alumínio. Forre o fundo de massa com papel-manteiga e encha de feijões secos ou outro peso como pedrinhas, bolinhas de gude, etc., evidentemente higienizadas. Asse a massa, assim com os pesos e tudo, em forno preaquecido até garantir que está bem cozida, garantindo a forma. Pincele com a glucose tipo karo e volte ao forno para dourar caramelizando bem. Se necessário, repita esta operação até obter um caramelizado uniforme. Esfrie, reserve. Modo de fazer a Ganache de Chocolate 70%: Prepare a ganache aquecendo a nata, o leite e a glucose até entrar em ebulição. Fora do fogo, junte o chocolate aos poucos, incorporando delicadamente com o auxílio de uma espátula. Depois de morno, junte delicadamente a manteiga até obter mistura bem lisa e brilhante. Sirva uma camada fininha sobre o fundo de massa e mantenha sob refrigeração até que firme. Decore com as frutas escolhidas e sirva fatias estreitas, lembrando que a quantidade de cacau do chocolate acentua bastante seu sabor.

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Festa Rosbife de Filé 1 FILÉ MIGNON MÉDIO LIMPO 2 DENTES DE ALHO CORTADOS EM FATIAS 2 BANDEJINHAS DE SHITAKE ½ BOUQUET DE SALSINHA LISA ÓLEO DE OLIVA ÓLEO PARA FRITAR (CANOLA, POR EXEMPLO) SAL MOÍDO PIMENTA PRETA DO MOINHO

CHEF MARCELO GONÇALVES

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Modo de fazer: Emparelhe à faca o filé mignon livre de peles e gordura para que tenha espessura ou diâmetro igual em toda a sua extensão. Ate com barbante para que fique redondinho. Tempere com óleo de oliva, sal, pimenta preta e as fatias de alho que vão ser removidas antes de assar. Reserve sob refrigeração por algumas horas para pegar o tempero. Das partes não utilizadas do filé (pontas e cabeça), faça fatias bem fininhas. Frite-as aos poucos em frigideira bem aquecida com um pouco de óleo até que fiquem bem douradas. Polvilhe com um pouquinho de farinha de trigo e descole tudo com água a cada vez. Junte tudo em panela e cozinhe em fogo baixo até que espesse e concentre um bom gosto de carne. Acerte sal e pimenta, passe em coador de tela bem fininha. Reserve. Frite, aos poucos, fatias grossas de shitake em óleo bem quente. Junte rapidamente um pouco de alho esmagado (pode ser aquele que temperou o filé) sem deixar que o alho queime. Junte a salsinha picada e logo reserve. Acerte sal e pimenta. Repita quantas vezes for necessário, reserve. Asse o filé em forno preaquecido forte, 230°C (em forno de convexão), por 12 a 14 minutos, dependendo do ponto desejado ou de cada forno. Se possível, use termômetro para assados e retire a carne do forno ao atingir 35°C medidos no centro da peça assando. Cubra com o molho e os shitakes aquecidos em uma travessa ou sirva individualmente porções como filés altos, ou ainda, faça fatias bem fininhas como para o aperitivo. Pode ser servido à temperatura ambiente com farofa e ou outra guarnição.

Pissaladière 500 G DE MASSA DE PIZZA OU MASSA CRUA PARA PÃO FRANCÊS (PEÇA AO PADEIRO) 5 CEBOLAS MÉDIAS EM FATIAS BEM FININHAS 1 A 2 DENTES DE ALHO ESMAGADOS 1 BOUQUET DE TOMILHO FRESCO 50 G DE FILÉS DE ANCHOVAS DE BOA PROCEDÊNCIA 1 BANDEJINHA DE TOMATES-CEREJA 20 AZEITONAS PRETAS ÓLEO DE OLIVA SAL MOÍDO E PIMENTA PRETA DO MOINHO

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Modo de fazer: Esquente um pouco de óleo de oliva em panela ou frigideira média e refogue as cebolas. Junte o alho e alguns galhinhos de tomilho. Baixe bem o fogo e cozinhe até que as cebolas fiquem bem macias e translúcidas. Reserve. Forre uma forma com a massa e, se for massa crua, faça um pré-cozimento até que branqueie. Sem dourar. Reserve. Cubra a massa com generosa camada com as cebolas cozidas. Acrescente os filés de anchovas e as azeitonas bem lavados e escorridos. Sirva os tomatinhos (facultativo) cortados pela metade e espalhe alguns galhos de tomilho.Volte ao forno bem quente até dourar bem.



Festa


Sob a copa das árvores P O R

M I L E N E

L E A L

F OTO S

L E T Í C I A

R E M I Ã O

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Festa

UMA FELIZ MISTURA DE

Ao ar livre, sob a copa das árvores, ouvindo o trá-lá-lá

ELEMENTOS: CESTOS,

dos passarinhos e curtindo a brisa gostosa vinda do

CAIXAS DE MADEIRA, GUARDANAPOS DE LINHO, CASTIÇAIS DE PRATA, TAÇAS DE CRISTAL. NOBREZA

rio. Foi neste ambiente que montamos a Festa Gourmet da Estilo Zaffari, em meio ao jardim do atelier da artista plástica Heloisa Crocco, na Vila Conceição, em Porto

E SIMPLICIDADE, SOFISTICAÇÃO

Alegre. E sobre este cenário mais que perfeito, Heloisa

E DESPOJAMENTO

fez o styling da nossa festa: escolheu louças, talheres, guardanapos, copos, acessórios, enfeites, arrumou as mesas, selecionou os pratos que iriam receber cada uma

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CAIXAS E TÁBUAS SIMPLES DE MADEIRA AJUDARAM A COMPOR UMA MESA COM DIFERENTES ALTURAS. E HARMONIZARAM-SE COM PERFEIÇÃO À PRATARIA, AOS CRISTAIS, À LOUÇA INGLESA

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Festa


das iguarias preparadas pelos chefs. Tudo segundo o

RAMOS DE FUNCHO

conceito que idealizamos: uma festa descontraída, mas

ENFEITARAM A MESA

com glamour; sem frescuras, mas muito bem produzida; despojada e chique; simples e sofisticada. Para maximizar o efeito, Zuca Feijó, artista das flores, também fez

PRINCIPAL. JUNTO AOS PRATOS ELABORADOS PELOS CHEFS, CASTIÇAIS COM VELAS LONGAS E MUITO VERDE

escolhas incomuns. Decorou as mesas com ramos de funcho, alcachofra, clorofila e com um grande vaso de flores brancas (Aster). O resultado, como você pode ver nas fotos, ficou fabuloso. Estilo Zaffari

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HORA DO CAFÉ: XÍCARAS DELICADAS, PRATARIA, TÁBUAS DE MADEIRA CRUA. E GOSTOSURAS: FINANCIERS DE VICO CROCCO E TORTA DE CHOCOLATE DE LUCIANO LUNKES Estilo Zaffari

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Festa

ZUCA FEIJÓ E HELOISA CROCCO EM PLENA ATIVIDADE. ELAS MONTARAM UM CENÁRIO LINDO, PERFEITO PARA INSPIRAR AS FESTAS DOS NOSSOS LEITORES

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A noite caiu, nossa turma acendeu as velas, os chefs

FIM DO DIA, MISSÃO

abandonaram os jalecos. Sobre as mesas, um acervo de

CUMPRIDA. É HORA DE

delícias. Os próprios cozinheiros foram os comensais da festa e juntos festejaram o encontro, a parceria, o sucesso de uma ideia que precisou contar com a dedicação

BRINDAR A ESSE ENCONTRO, QUE TRANSFORMOU UMA SIMPLES SEGUNDA-FEIRA EM INESQUECÍVEL CELEBRAÇÃO

de um enorme time de profissionais para se concretizar. Eis a Festa Gourmet, nosso presente para os leitores da Estilo Zaffari. Cheers! Estilo Zaffari

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Me gusta POR

CARLA

PERNAMBUCO

Na Porto Alegre dos porto-alegrenses Eu nasci aqui e é aqui que eu venho alimentar minha alma e meu coração. Os meus pares de São Paulo dizem que eu sou uma paulista que nasceu no Rio Grande do Sul – até acho que sou uma boa paulista, mas na realidade sou uma gaúcha que, como muitos gaúchos especiais e inquietos, mora fora. O conceito de uma culinária com bases numa variadíssima diversidade étnica se aplica à cultura gastronômica de Porto Alegre e está de acordo com minhas crenças sobre as origens desta atual e contemporânea culinária brasileira. Estou aqui porque “me gusta”. Me gusta Porto Alegre e não é – apenas – porque nasci aqui. Me gustan... as cores, a luz, as pessoas, os cheiros, os sabores, as casas, os bairros, as ruas e avenidas. Me gustan... os parques, as praças, o lado metrópole e o lado interiorano. O guri de bombacha, andando de skate com os braços tatuados. A senhora elegante se alimentando de açaí. Porto Alegre é Brasil, um Brasil tropical em que cai até neve... tão completo que tem até jeito de Buenos Aires. 2013 é o ano pós fim do mundo. 2000 também foi e existiram muitos outros fins de mundo. Eu já aproveitei vários e alguns foram muito divertidos. Desta vez, qual é a programação? Eu já fiz a minha, vou curtir o “comer” em Porto Alegre. Querem me acompanhar? Vamos viajar pelo mundo por meio da culinária sem sair da cidade.

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A ideia é dar uma volta pelos points gastronômicos... explorar de norte a sul, de leste a oeste... o Centro Histórico, a Cidade Baixa, o Bom Fim, Moinhos... o churrasquinho no viaduto da Marli, o cachorro-quente do Rosário, a sobrevivente Galeteria do Marreta nos altos da Bela Vista, o japonês do Mercado, a cantina italiana em Ipanema, o árabe, o indiano, o tailandês, o chinês, a churrascaria tradicional, a parrilla do uruguaio, o pastel, o natureba... tudo... e mais muito a descobrir. Vamos desbravar esta cidade. O guia da rota do gosto bom e do gosto bom, o roteiro gastronômico dos porto-alegrenses. O que há de melhor na culinária deste Porto dos Casais. Na Porto Alegre que “me gusta”, tem redutos de sabores e tem, também, sabores espalhados. Vou atrás de todos. Para iniciar, divido a cidade – inicialmente – em 4 núcleos, mas valem também as adjacências, e à medida que eu for provando, outros caminhos surgirão: Floresta/Moinhos de Vento/Bela Vista Menino Deus/Assunção/Ipanema Centro/Centro Histórico/Cidade Baixa Petrópolis/Rio Branco/Bom Fim Para orientar as visitas e não delirar nas inúmeras possibilidades, vou dividir os sabores em 5 grupos. Na sequência, para ilustrar, alguns exemplos... pitadas do que será.


te gustó? então me passa um e-mail, indicando o teu endereço secreto e preferido da mesa porto-alegrense (carlota.megusta@gmail.com)

prato favorito: o meu prato favorito é aquele que eu estou a fim de comer. É aquele que me faz atravessar a cidade, esperar lugar e quem sabe ter que cancelar algum compromisso. Para almoçar, o meu preferido é o buffet da Julia - Restaurant Suzanne Marie. É o melhor quilo de Porto Alegre, saladas impecáveis, pratos quentes deliciosos e um clafoutis de banana com goiabada dos deuses. Na rua Tobias da Silva, 304, Moinhos de Vento, de segundas a sexta-feiras das 11h30 às 14h30, nos sábados das 12h às 15h. 51 30234549

forno&farinha: refere-se (como o próprio nome sugere) ao que é feito de farinha e sai do forno. Pães, biscoitos, empanados, pizzas e outras tantas que cabem nessa categoria. Sabor de Luna: as medialunas legítimas... aquelas que a gente só come na Argentina e no Uruguai. Raul Copetti trouxe para Porto Alegre junto com outras delícias que merecem ser provadas. Na rua Freire Alemão, 328 e na Comendador Rheingantz esquina com Pedro Ivo. Das 9h às 19h de segunda a sábado. 51 3392.4244

persona grata: s. f. || em linguagem diplomática, pessoa que é recebida ou vista com agrado. F. lat. Persona grata (pessoa bem-vinda). Aqui, a persona nos é grata pelo que oferece à culinária da cidade, nos brinda, surpreende... Durante uma década o chef Felippe Sica foi o responsável pelas caçarolas do tailandês Koh Pee Pee, sucesso estrondoso de público, crítica e orgulho dos gaúchos – na rua Schiller, 83. Hoje, segue pesquisando e fazendo comida boa, toca um buffet que leva o seu nome. Ele é a nossa persona grata desta edição. Obrigado, Felipe.

doce que te quero doce: aqui, é um capítulo à parte. Vício, larica, compulsão, tentação ou a companhia – indispensável – para um chá da tarde. Doce muito doce, feito por mãos mágicas com requintes de sabor (quase perversos). Esses agentes do descontrole (os doces) são encontrados em todos os cantos da cidade, desejados por todos nós, seja em confeitarias especializadas, em padarias tradicionais ou no atelier-cozinha de gentis senhoras que os produzem artesanalmente. Afago de Mama: apresenta Maria Luiza Truda Boaz, uma “doceira de mão cheia”. Há 25 anos adoçando a vida de muita gente com doces delicados, macios, suaves e molhadinhos... os Bem-Casados são uma viagem, uma viagem no sabor e uma viagem no tempo. A receita é de família, de muitas gerações. www.marialuizadoces.com. br – 51 3232.9927 e 51 9344.1372. Me gusta mucho.

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O sabor e o saber F E R N A N D O

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MEL, O SABOR DAS FLORES A palavra flerte brotou do F. fleur; no flertar os enamorados oferecem olhares como fossem flores. As flores estão entre as manifestações mais belas da natureza porque têm a função biológica de seduzir, brotam para chamar atenção. As cores, formas e fragrâncias que atraem os insetos polinizadores também nos encantam – talvez haja até um senso estético comum a espécies afins. E no reino animal, seja a galhada do cervo, a cauda do pavão ou as nádegas da Calipígia, a anatomia exuberante envolve a reprodução. É na expressão da sexualidade que a natureza tem mais formosura. O sabor das flores, o mel serve para alimentar. Não há conflito entre comedor e comida. A flor atrai a abelha a fim de receber pólen de outras flores. A abelha dá o pólen e tira o néctar para fazer mel e nutrir a colmeia. Todos ganham. Os agricultores romanos percebiam seus pomares fecundos na presença de colmeias, mais flores frutificavam. Se a formiga trabalha e a cigarra canta, a abelha reúne labor e arte. Não o zunido, mas a dança da abelha ao voltar à colmeia é uma das formas mais curiosas de linguagem e sua descrição deu o Nobel a Von Frisch (1973). Por voos retilíneos intercalados a manobras circulares a abelha transmite a localização e quantidade de alimento. Outras abelhas acompanham a coreografia e no roçar de antenas e bocas, néctar é partilhado para degustação. Quarenta mil abelhas virgens e estéreis, uma rainha mãe e alguns zangões kamikazes executam um trabalho incessante e disciplinado que, além de sustentar a colmeia e beneficiar as flores, confere mel, cera, própolis e geleia real. A atividade é

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tão coordenada que houve quem considerasse a colônia como ser vivo único, cada inseto uma de suas células. O mel é o concentrado do néctar sugado das flores. Fileiras de abelhas engolem e regurgitam néctar em sucessão até que esteja digerido, rico em glicose e frutose. O produto é depositado em favos de cera e, pelo abanar de asas, ventilado por semanas para que desidrate e se conserve sem fermentar. O cuco africano é um pássaro que localiza e dirige homens e macacos até as colmeias selvagens – daí o nome inglês honeyguide – a fim de aproveitar as sobras. Este comportamento simbiótico foi desenvolvido por seus ancestrais junto aos nossos. Homem e cuco, assim como abelha e flor, sofreram processos evolutivos pareados. Conforme o folclore, se o pássaro não recebe alimento suficiente, vinga-se ‘guiando’ o homem até um grupo de leões... Se a vaca foi domesticada para dar mais leite, a abelha foi domesticada para produzir mais mel. A apicultura já existia na Índia e Egito em 2600 A.C. O Egito Superior era chamado de Terra do Papiro, o Inferior, a Terra do Mel. O hieróglifo que representava o reino era uma abelha e o faraó intitulado Rei das Abelhas. Egípcios, assírios, babilônicos e persas usavam o mel para adoçar confeitos de trigo, fazer poções medicinais, obter álcool por fermentação e embalsamar mortos. Corpos podem ser conservados por séculos em frascos de mel. Um grupo de contrabandistas de relíquias do séc. XIX teria experimentado o sabor do mel de uma ânfora egípcia para logo descobrir imerso no líquido o cadáver de uma criança.


Para obter um quilo de mel, cada abelha cobre um raio de 1,6km e visita mais de 40.000 flores; faz até 40 expedições diárias, trazendo por vez a carga de 0,05g de néctar, a metade de seu peso. A abelha vive de 4 a 9 meses no inverno, não mais de 6 semanas no verão, quando morre de tanto trabalhar. Seriam 5,5 milhões de flores visitadas, 2 milhões de milhas aéreas voadas – 6 voltas ao mundo – para um quilo de mel produzido. Plínio (séc. I) já conhecia o instinto meteorológico das abelhas: se permanecem na colmeia ao alvorecer, chuva na certa. Fez também o curioso registro da abelha surpreendida pela noite longe da colmeia “dormindo de costas para que suas asas não fiquem úmidas e pesadas pelo sereno”. Valorizada pelo mel, a abelha é nominada pelo dano colateral do seu manuseio: o L. apis (diminutivo apicula) deriva do L. apex, ‘ferrão, ponta’ (ápice). Por esta farpa abdominal a abelha injeta seu veneno de defesa. Quando animais de porte são picados, há a perda do ferrão e de órgãos digestivos e vasculares, o que torna a abelha uma vítima fatal de própria ferroada. O açúcar, antes o ‘mel de cana’, só foi conhecido no séc. XVI. Até então o mel era a fonte única da doçura, daí sua importância. Os mistérios da abelha aumentavam sua mítica. Pensava-se que o inseto coletava o mel caído do céu, morada dos deuses, nada menos que o “suor do firmamento ou saliva das estrelas” (Plínio). O desaparecimento das abelhas no inverno e resurgimento na primavera era uma espécie de reencarnação. Por isto os gregos consagravam as abelhas à lua/Diana e concebiam o néctar

ambrosia, alimentos dos deuses, eternidade feita de mel. Os dois termos têm o sentido de imortalidade (néctar: nekes, ‘morte’; tar, ‘vencer’ – ambrosia: am, ‘não’; brotós, ‘mortal’) e conservam o vínculo com doçura: nectarina, nectar de frutas e ambrosia, o doce. A infinidade de insetos no enxame dava a ideia de fertilidade. No chinês, a palavra ‘mi’ significa ‘mel’ e ‘prazer sexual’. Diversas culturas empregam o mel em ritos de fecundidade e acasalamento como na expressão ‘Lua de Mel’. Na comida, a primeira metáfora da sexualidade, o adocicado rivaliza com o picante. Numa das passagens mais sensuais da Bíblia, canta Salomão: Os teus lábios, ó esposa, destilam mel virgem / O mel e o leite estão sob tua língua / Entro em meu jardim/ como o favo com o mel. Como Salomão, os ameríndios conheciam e valorizavam o mel. Há registro do comércio entre goitacazes e portugueses: foices, miçangas e aguardente em troca de peixes, frutas, cera e mel. Mas as abelhas nativas não são boas melíferas. Além do néctar, coletam resinas vegetais, dejetos e matéria decomposta, seu ‘mel de pau’ pode ser escasso, ácido e tóxico. Carentes de ferrão, estas abelhas são atraídas pelo suor e cavidades corporais: uma das mais conhecidas é a lambe-olhos. Na viagem pelo Rio Grande do Sul (1821), Saint-Hilaire sofreu 12h de delírio e indigestão ao provar o mel de abelha do campo, a lechiguana. Mesmo o mel cultivado pode estar contaminado pelo bacilo botulínico, daí a interdição a crianças pequenas, de trato intestinal imaturo. O mel de azaleias, espirradeiras e oleandros pode ser tóxico mesmo a adultos.

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Desembarcando nas mesmas caravelas, a apis mellifera adentrou a geografia americana precedendo os outros europeus. Tanto o pele vermelha dos Apalaches como o índio do Xingu percebiam no encontro do inseto o terrível augúrio, sinal da aproximação da gripe e da pólvora. Plínio chamava a rainha de rei. Trabalhadoras incansáveis, as abelhas eram do sexo feminino, mas o líder supremo era o rei. Afinal a colmeia era a ‘monarquia exemplar biológica’, soberano e súditos cumprindo perfeitamente seus papéis. Quando Swammerdam, anatomista holandês, mostrou que a colmeia era um matriarcado (1737) – a autoridade máxima com ovários e não testículos –, houve enorme impacto. Ao se autocoroar Imperador (1804), Napoleão usou um manto de abelhas bordadas a ouro. Por ironia, a abelha substituía a Flor de Liz, brasão dos Bourbon depostos, que os semiologistas dizem ser a imagem estilizada da própria abelha. O que importa na cultura fala no idioma. As imagens de doçura e trabalho cunharam nomes femininos: Débora, Melissa e Melita significam ‘abelha’ em hebraico, grego e latim. Melitta Bentz (1908) era a dona de casa alemã que ficou milionária ao usar o mata-borrão escolar do filho para filtrar café – o primeiro descartável depois do papel higiênico. Nome masculino, só para a vespa, a prima mais agressiva: o imperador Vespasiano e Americo Vespúcio. Pamela é grego, pan-meli, ‘toda de mel’. O tupi tem Arapuã ‘abelha brava’ e Iracema, ‘enxame’, personagens de José de Alencar (1865). O ilha de Malta era antes Melita, como Canã, ‘terra do leite e mel’. A via Apia surgiu por Apio Claudio, um clã apicultor. Abelhudo é o bisbilhoteiro. Marmelo veio do G. melimelon, ‘maçã de mel’. Melindre era ‘bolo de mel’ e tornou-se ‘sensibilidade’; melindrar ficou ‘magoar’ e melindrosa, a mocinha doce, mas afetada. Melado e melaço saem do açúcar e lembram o mel; meleca e remela saem do nariz e olhos e também lembram. Já o zangão deve o nome ao zumbido no voar. Carente

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de ferrão, o porte e obstinação bélica criaram zanga e zangado. O termo inglês para zangão, drone passou aos modernos dispositivos voadores não tripulados – juntos o zunido e a beligerância. Como a linguagem, a religião não deixa de lado nada importante. No judaísmo o mel é um alimento kosher (permitido) proveniente de uma criatura não kosher, um inseto – o único outro exemplo é o leite materno. Na cerimônia de ano novo, os judeus adoçam o futuro com maçã untada em mel. Já o Corão dedica todo um capítulo à abelha, o profeta era fã do mel, “o alimento mais nutritivo e saudável” e “a cura para a humanidade.” Parte do antigo uso medicinal do mel sobrevive. O pH ácido, o poder desidratante e a lenta liberação de água oxigenada conferem uma ação antibiótica ao mel, por isto o uso em faringites, queimaduras e feridas infectadas. Há estudos que sugerem que o mel acalma a tosse e diminui a dor de garganta. O mel é mágico. João Batista sobreviveu no deserto comendo gafanhotos e mel. Pitágoras viveu 90 anos com uma dieta de mel. Foi a boca besuntada de mel ao nascer que teria deixado Platão mais sábio, Píndaro mais poético e Ambrosio (e o nome é adequado) mais santo. Demócrito, o filósofo risonho, com o tempo foi ficando chato. O prazer que atribuía à moderação passou à privação. Decidiu renunciar a uma coisa boa a cada dia de sua existência. Foi vivendo cada vez mais com menos, até que no Festival de Demeter, deusa da fecundidade, já estava famélico e caquético e só restava o mel para abandonar. Não querendo morrer em data inapropriada, passou o dia respirando o aroma do mel. Na manhã seguinte afastou o pote do nariz e parou de respirar. Viveu 109 anos que pareceram a própria eternidade. FERNANDO LOKSCHIN É MÉDICO E GOURMET fernando@vanet.com.br


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PRAIA, BANHO DE MAR, BRISA MARINHA, PÉ NA AREIA, DIAS MAIS LONGOS, PELE BRONZEADA, SORVETE NO PALITO, FRUTAS, ÁGUA DE COCO...

Praia, banho de mar, brisa marinha, pé na areia, dias mais longos, pele bronzeada, animação, cochilo na rede, sorvete no palito, água de coco, camarão e caipirinha, mergulhos na piscina, chinelinho e canga, natureza mais intensa e colorida! Verão combina com vida à beira-mar, que combina com Bahia, que faz lembrar da bela Península do Maraú. E se você for uma pessoa de sorte, isso tudo remete ao Kiaroa Eco Luxury Resort, localizado no litoral sul, a 180 km da capital. EXCLUSIDADE, SOMBRA & ÁGUA FRESCA Primeira parada: Ilhéus ou Salvador. A partir de Ilhéus, você chega em Maraú por terra. De Salvador, vai pelo ar, de bimotor, aterrissando na pista de pouso do resort. Os dois jeitos são bons. Claro que voar é mais rápido, leva apenas 35 minutos. E ainda tem uma vista daquelas, das dunas de Abaeté. Mas por terra dá para ir parando, fotografando os coqueirais e as praias do Parque de Ilhéus

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e Camamú, comendo uma tapioca aqui, um empadinha ali, pelos 128 km. Uma vez que o destino final tenha sido alcançado – o Kiaroa (!) –, a vida começa a ganhar uma nova perspectiva! É aconselhável jogar o relógio dentro da gaveta, esquecer do mundo externo e entregar-se à preguiça, às sonecas, à fartura da mesa com sabores do mar e da Bahia, às caminhadas na praia, às piscinas naturais, ao mar de águas claras e aos mimos de um hotel cinco estrelas. Diferente de outros resorts gigantescos e apinhados de gente, o Kiaroa tem apenas 14 bangalôs e 8 apartamentos, ou seja, 44 hóspedes, em 20 hectares de mata nativa. Nunca vai estar superlotado. Famílias com crianças são bem-vindas e mesmo assim casais em lua de mel encontrarão um espaço tranquilo para namorar. Como é gostoso caminhar pelos imensos jardins, ir seguindo os caminhos indicados pelas placas de madeira: SPA, restaurante, praia, bangalô Moorea, Bali e Malindi. Brinque de descobrir cada cantinho.


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TAPIOCA COM MEL, TAPIOCA COM GOIABADA, TAPIOCA COM QUEIJO COALHO, BOLO DE TAPIOCA, VIVA A TAPIOCA, DE TODOS OS JEITOS!

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NO KIAROA, O ÚNICO ESFORÇO É CAMINHAR DE UM PONTO A OUTRO DO RESORT. O RESTO, A EQUIPE DE 65 PESSOAS FAZ POR VOCÊ. RELAXE, ESQUEÇA DO MUNDO LA FORA, DESCANSE...

SEU LUGAR AO SOL Na beirinha da praia, foi construído um deque de madeira que é o ponto nobre do resort. O mar está a alguns passos, a praia nunca fica cheia, afinal, são quilômetros e mais quilômetros de areia branca e fina que compõem este pedaço do litoral repleto de coqueiros e piscinas naturais. Tem espaço para todos e entre eles está a turma que foge da muvuca, do agito e do barulho tão comum aos meses de verão. No deque, você contempla o movimento do alto, esparramado em uma espreguiçadeira, com o serviço do restaurante da praia. Dá para matar a fome com porções de camarão, lula e casquinha de siri ou comer uma saladinha com peixe grelhado. O ideal é ficar alternando mergulhos ente o mar de águas calmas e quentes e a piscina de 800 metros quadra-

dos. Quando você cansar de nadar, olhe para o horizonte e veja o azul intenso do oceano e coqueiros por toda parte. Uma visão terapêutica! No meio da piscina, foi projetada uma ilhota com grama natural, espreguiçadeiras e toalhas enroladinhas. O único esforço é caminhar entre um ponto a outro do resort. O resto, a equipe de 65 pessoas faz por você. Bem, este é o conceito e proposta do Kiaroa: oferecer um serviço atencioso, tudo para que os dias de descanso sejam os melhores possíveis. OS PRAZERES Quando o sol se puser, rume para o SPA Armonia. As luzinhas pelos caminhos vão acender, você vai começar a relaxar ainda mais, imaginar a hora de prazer que vem pela frente, a música calminha, o aroma agradável,

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as mãos do massoterapeuta deslizando pelo seu corpo com os óleos essenciais. Logo vai descobrir que o SPA é By L’occitane, que os produtos são ótimos, que ser bem tratado é uma dádiva! No quesito boa gastronomia, o destaque vai para os pratos elaborados com ingredientes baianos e, obviamente, peixes e frutos do mar pescados em Barra Grande ou vindos de Salvador. No café da manhã, tem um espaço chamado Cantinho da Fazenda onde você se delicia com tapiocas, bolinho de estudante, cocada, bolo de milho, banana da terra cozida e o sonho com doce de leite que é um perdição. No buffet, ainda há frutas, pães e croissants recém-feitos, pão de queijo mineiro, cereais, salada de fruta, ovos e frios. No almoço e jantar, reinam absolutos o polvo, o salmão, as moquecas e a lagosta.

EXPERIMENTE O SPA: MÚSICA CALMINHA, AROMA AGRADÁVEL, AS MÃOS DO MASSOTERAPEUTA DESLIZANDO PELO SEU CORPO COM OS ÓLEOS ESSENCIAIS. É O CÉU!

SUSTENTABILIDADE Alguns cuidados que o Kiaroa tem para amenizar o impacto ambiental: uso de energia solar, tratamento de água em estação própria, esgoto sanitário por meio de fossas anaeróbicas, cabeamento elétrico subterrâneo. O projeto do hotel obedeceu a todas as normas de proteção

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ambiental, contratou mão de obra local e usou objetos de decoração confeccionados por artistas nativos, escolheu madeira de reflorestamento para a construção e treinou a equipe com ênfase na conscientização ambiental.

PROGRAMAÇÃO: COCHILOS NA

A VIZINHANÇA Depois de dois, três dias de “ócio criativo” (igual a cochilos na sombra dos coqueiros, massagem no spa, comer divinamente lagosta e camarão, ficar boiando nas piscinas naturais, ler um livro no deque, curtir seu bangalô ou suíte, olhar um céu incrivelmente estrelado), vale explorar a vizinhança. Comece visitandos a lagoa do Cassange, a vilinha da Barra Grande, a praia e piscinas naturais de Itaipú de Fora, a baía de Camamú em um passeio de lancha, a cachoeira de Tremembé, as ilhas da Coroa Vermelha, Pedra Furada, Campinhos, Goió e Sapinho, a vista que se tem de cima do Morro do Farol e do Celular e a Trilha das Bromélias Gigantes. Depois, volte para o Kiaroa e curta o luxo despretensioso do único resort de Maraú, perfeito para quem gosta de uma pitadinha de sofisticação traduzida em conforto e serviço de primeira.

LAGOSTA E CAMARÃO (DIVINAMENTE),

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SOMBRA DOS COQUEIROS, COMER

FICAR BOIANDO NAS PISCINAS NATURAIS, LER UM LIVRO NO DEQUE...



Humanas criaturas T E T Ê

PAC H E C O

O FIM ESTÁ PRÓXIMO Tudo que começa termina. Desde que nascemos sabemos que um dia vamos morrer, e a maioria de nós passa a vida muito mais temendo isso do que entendendo o significado simbólico e grandioso que existe aí. Eu acho bom quando acaba. E não é só o que é bom que acaba. O que é ruim também. Desde pequenininhos aprendemos que acabar é ruim. Choramos se acabou o leite da mamadeira, choramos quando acaba a brincadeira, choramos se o (a) namorado (a) acabou o namoro, não gostamos quando acaba o verão, sofremos quando acaba o casamento, e por aí vai. Temos um apego que nos liga de forma complicada a tudo que fazemos, sentimos, possuímos. Se estamos apegados e ocupados com o curso das coisas, não podemos aproveitar o presente que é a reinvenção permanente de tudo. O começo a partir do novo. Nem sequer conseguimos reconhecer o novo, pois nos ocupamos sempre mais com as perdas do que com os ganhos. Um bom exercício é o de lembrar que às vezes quando acaba é um alívio. Quando acaba o calor e vem a chuva. Quando acaba a dor e vem o bem-estar. Quando acaba o amor e vem outro amor. Sempre. Desde que estejamos abertos. Mais um ano vai acabando. E não é um ano qualquer. É o famoso 2012, o tal ano fatídico, em que o mundo vai acabar. Independentemente de crenças proféticas e dos calendários de

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outras civilizações, que muito respeito, não é uma excelente oportunidade para a humanidade se reinventar? Pare e olhe em sua volta e se pergunte se está bom como está. Nunca vimos e ouvimos tanta violência, tanta falta de qualidade em tudo, tanta falta de amor próprio, tanta ganância por nada, tanta falta de noção, de educação, de delicadeza. Tantas ideias tortas sobre a existência. Dava para enumerar uma a uma. Poderíamos falar do excesso de carros, da falta de bicicletas, da falta do tempo para pensar e amar quem a gente diz que ama. Podemos falar que compramos livros que não lemos, que produzimos coisas das quais não nos orgulhamos, que nos falta senso crítico para parar e dizer: não. A tecnologia nos ajuda a nos conectarmos cada vez mais e melhor, e se não soubermos usar isso a nosso favor, vamos sofrer muito no futuro próximo. Temos muito o que aprender e muito o que fazer. Todos temos. Quem nunca fez, pode começar. Quem já fez e errou, pode recomeçar. E não são grandes exigências. São pequenas, mínimas, cotidianas. O mundo que a gente não quer mais acabou. É um admirável e novo mundo o que vem aí. Com gente fina, elegante e sincera. Abra as suas portas pra ele.

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Kettlebell a verdadeira revolução russa CONHEÇA A BOLA DE FERRO QUE PROMETE ACELERAR OS RESULTADOS DE TREINAMENTOS Preparação física de guerreiros russos, alternativa de fortalecimento muscular em áreas restritas, como dentro de submarinos russos, uso de bolas de canhão para exibições de força (as alças teriam vindo para facilitar)... enfim. A origem exata do kettlebell se perde, mas a maior parte das histórias faz referência à Rússia Antiga. Lá pode ser conhecido também com o nome de gyria. E a medida usada é o pood. Um pood equivale a 16 kg, ponto de partida dos guerreiros russos. As imagens deste site não mentem quanto à antiguidade da coisa toda: www.oldtimestrongman.com. Foi um russo, Pavel Tsatsouline, quem introduziu o treinamento nos Estados Unidos há mais de dez anos, aproximadamente. Por aqui, a chegada foi discreta, entre os lutadores de artes marciais e jiu-jítsu, no início dos anos 2000. “Conheço o kettlebell desde 2004, por meio do Jean Bueno, professor de educação física e colega de treino. Acho que ele foi um dos primeiros no Rio Grande do Sul. O Jean mora hoje em Abu Dhabi”, comenta Caju Freitas, colunista de lutas especialista em MMA.

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PARA NÃO PERDER A POSTURA CORRETA DAS ARTICULAÇÕES, O CORPO DEVE FICAR ESTABILIZADO “QUÉTÉL O QUÊ?” Kettlebell é o nome do peso de ferro que, já bem comum na preparação física de lutadores, agora se populariza nas academias, principalmente nas dedicadas ao treinamento funcional. É uma bola de ferro, ou de aço, com uma alça. Parece uma chaleira, com pesos variados – de 4 kg a 60 kg ou mais até –, que pode ser usada como complemento de uma rotina de treinos, caso você seja praticante de algum esporte, ou isoladamente. Ou seja, ela sozinha pode ser a sua atividade física (ou modalidade esportiva mesmo, porque nos Estados Unidos e na Europa já rolam até competições). E aí você pode optar por uma sequência de movimentos tradicionais (o chamado kettlebell ortodoxo) ou se aventurar no juggling, “malabarismos”, indicado para os guerreiros... digo, para os praticantes mais avançados. O resultado? Um corpo de ferro em alguns meses.

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MÁGICA? Sim e não. A simplicidade visual, tosca mesmo, da esfera de ferro – que parece ter saído da academia do Shrek – contrasta com sua diversidade de uso e ainda mais com o valor de seus resultados, desde que buscados com bom senso, o que para os leigos significa o seguinte: com a orientação de um profissional do ramo. “O kettlebell é muito usado em treinamentos de potência muscular. Poucas ferramentas possibilitam treinar esta valência física”, explica o professor Tiago Proença, da BPro Treinamento Físico Funcional. “Podemos introduzir o kettlebell em treinos cardiovasculares. É possível treinar em várias rotas metabólicas. Além disso, tem o uso das musculaturas estabilizadoras de tronco e ombros. Para não perder a postura correta dessas articulações, o corpo deve estar totalmente estabilizado. A exigência neuromuscular é muito


A RESPIRAÇÃO É IMPORTANTE NA EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO, LEVANDO A UM ESTADO DE ATENÇÃO TOTAL alta e, por isso, os ganhos de força, potência e resistência são espetaculares”, confirma Tiago. E por que motivo halteres ou a musculação tradicional não fazem isso? A ideia de funcionamento de um pêndulo pode ajudar a entender. O pêndulo é um peso que oscila em torno de um ponto fixo, de equilíbrio, certo? No treino com kettlebell, a bola de ferro segura por uma alça é este peso, e o corpo do praticante é necessariamente este ponto estável, firme, teso. A existência da alça, levando para longe da mão o peso em si, faz a diferença: a resistência do kettlebell provoca exigências variadas no corpo, se comparada com um haltere. Para executar os movimentos, o corpo do praticante se transforma numa alavanca – o que na prática se traduz num permanente estado de contração muscular, principalmente na porção central do corpo (abdominais, músculos ao redor do quadril e dos ombros). No swing, um

dos mais tradicionais exercícios do kettlebell training, o quadril se transforma numa dobradiça, com intenso trabalho de membros inferiores e core. A respiração tem um papel importante na execução dos movimentos, o que aumenta o estado de atenção total. É um treinamento que integra, une o corpo todo, enquanto que a musculação tradicional trabalha isoladamente, o que tende a dispersar o praticante. “Na musculação tradicional, a técnica é muito... digamos, linear. Os gestos são muito retos, recrutando determinados músculos. No kettlebell, se treina um maior número de partes da musculatura”, explica André Luiz Estrela, professor da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS. “Imagina a pegada do judô, aquela mão por cima... a tua pegada define o tipo de judoca que você é. Como vou treinar aquilo? O kettlebell permite, te dá opções”, exemplifica André.

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Movimento O professor também explica que, ao emendar um movimento no outro, dando continuidade ao exercício por um determinado tempo, com ou sem intervalos curtos, é possível aumentar a frequência cardíaca, entrando num trabalho cardiovascular que resulta em queima calórica. É por isso que os praticantes de kettlebell relatam ganhos no tônus muscular com perda de gordura. Não há hipertrofia. Os treinos combinados com uma dieta adequada definem a musculatura equilibradamente. É o chamado corpo “rasgado”. Esses resultados mais rápidos e tão precisos impressionaram o empresário Carlos Paulo Fortuna, 44 anos. Praticante de atividades físicas de longa data, com experiência em ciclismo, natação, surfe, yoga, funcional, entre outros, Carlos Paulo se aproximou do kettlebell training quando precisou tratar de uma dor insistente na parte posterior da coxa direita após os longos treinos de bike. “A gente resiste um pouco a mudar... mas eu vou te dizer: hoje eu não toco mais em aparelho de musculação. Eu até faço para variar, porque treino os sete dias da semana e meus descansos são ativos. Mas meu treino hoje em dia está baseado no kettlebell”, conta Carlos Paulo, bem satisfeito. CP, como é conhecido, diz ter percebido avanços na execução de outras atividades, como o surfe e o ciclismo, desde que passou a usar a bola de ferro. Os gestos são mais conscientes, limpos. A força, a resistência e a funcionalidade ganhas com o treino com kettlebell resultam em menor risco de lesões. Cuidadoso com a alimentação, viu seu percentual de gordura reduzir de 6,7% para 5,1% em oito meses de kettlebell. Seus treinos duram cerca de duas horas, incluindo aquecimento, séries e alongamento final. “O alongamento no final é muito importante”, alerta. “O uso constante da força da cintura te energiza. O trabalho é intenso, mas você não sai exausto, mas ligado. Eu chego muito bem ao escritório para trabalhar”, conta. Outra vantagem que os praticantes apontam é a praticidade. É possível levar a bola de ferro para onde você for. Treina-se num parque, na beira da praia e, se chover, em casa mesmo. Não é necessário uma grande área. Basta uma roupa confortável, que permita liberdade de movimentos. CP aconselha, ainda, munhequeiras, que absorvem o suor evitando que a mão fique escorregadia na pegada da alça. A dica protege o punho do contato com a bola, que volta e meia se acomoda ali durante os movimentos. O chef Cléber Vital, 39 anos, é outro entusiasta do kettlebell training. A ponto de em Porto Alegre poder ser conhecido não apenas como o proprietário do Sushi by Cleber, mas o Cleber do kettlebell. Ele fabrica as peças há quatro anos. Conheceu a bola de ferro por meio de seu treinador de jiu-jítsu, em 2007, e viu ali muito potencial. “O kettlebell aparece primeiro entre os lutadores. O

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OUTRA VANTAGEM É A PRATICIDADE: É POSSÍVEL LEVAR A BOLA DE FERRO PARA ONDE VOCÊ FOR. TREINA-SE NUM PARQUE, NA BEIRA DA PRAIA E, SE CHOVER, EM CASA MESMO Fiedor, famoso lutador russo de MMA, divulgou muito”, conta. Cléber é praticante de juggling. “É o tipo de treino com o qual mais me identifico”, diz ele, referindo-se aos malabarismos com a esfera de ferro. Ele também já treina no modelo de competição, que acontece na Europa e nos Estados Unidos: execução sequencial de cerca de 400 movimentos, por 10 minutos sem parar. Cleber foi quem apresentou a novidade para Carlos Paulo, seu amigo, há dois anos. Também na mesma época introduziu a mulher, Anelise Lopes, 35 anos, que não se intimidou com a aparente brutalidade da ferramenta. “A primeira impressão é de uma atividade muito masculina mesmo”, confirma ela. “Eu já fazia musculação e o kettlebell entrou para complementar. É muita diferença. Os resultados em perna e glúteo são muito mais rápidos”, avalia. Orientada pelo marido, Cléber, e com alguma consciência corporal

básica, Anelise começou executando os exercícios com bolas de 12 kg. Hoje, faz com 22 kg. Cléber explica que recomenda bolas pesando 20% do peso corporal da pessoa, no caso de homens, e 10% para mulheres. “Mas pode evoluir para bolas com pesos maiores”, garante. “O kettlebell ajuda para toda atividade que exige explosão”, resume. Não é de agora que técnicas antes restritas ao treinamento esportivo de alto rendimento chegam ao amadores ou leigos. Com o treinamento funcional foi assim. Uma mentalidade que busca mais qualidade de movimento do que repetições. E, por que não, treinos mais dinâmicos e lúdicos. “As pessoas estão aceitando bem essas técnicas porque há uma certa impressão geral de que musculação tradicional é algo limitado. Além disso, um circuito no treino funcional e o kettlebell são muito mais divertidos”, reconhece o professor da PUCRS André Estrela.

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Movimento

CONSELHO DE PRATICANTES EXPERIENTES E DE TREINADORES: CONHECER O KETTLEBELL PELO TREINAMENTO FUNCIONAL É O CAMINHO MAIS SEGURO. ACROBACIAS SÓ DEPOIS DE MUITO TREINO! Fora dos treinos de lutadores, é nas academias de funcional que o kettlebell pode ser visto em uso mais frequente. Lá, é apenas mais uma ferramenta disponível e se adapta às necessidades e/ou objetivos dos alunos, bem como ao seu histórico como praticantes de atividade física. Conhecer o kettlebell pelo treinamento funcional é o caminho mais seguro. Conselho de praticantes experientes e de treinadores. “Se eu começasse hoje, não iniciaria pela bola de ferro. Faria só funcional, no início”, afirma Carlos Paulo, apesar de todo o seu entusiasmo. “Um iniciante vai passar pelo menos uns três, quatro meses se familiarizando com os exercícios, sem a bola. O kettlebell seria mais indicado para níveis intermediários”, aconselha o professor André. “O praticante precisa desen-

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volver consciência corporal”, explica. O treinador Tiago Proença também faz alertas parecidos: “O grande problema é que, se o kettlebell for utilizado de forma errada, provavelmente vai causar lesões, principalmente na coluna lombar. Os cuidados na execução são cruciais para que não gere nem potencialize alguma lesão já existente. Para que o aluno possa fazer o kettlebell training, é importante que nenhuma etapa do aprendizado seja queimada. No início, ele não treina com o kettlebell, mas com bastões, barras e/ou halteres para aprender como estabilizar a coluna lombar e ombros. A partir deste aprendizado, progredimos para exercícios auxiliares com o kettlebell e depois sim, partimos para o treinamento propriamente dito”.


Com a experiência de quem está há muitos anos no mercado, a Aesthetos caminha em constante aperfeiçoamento, o que se reflete em nossa excelência clínica e estética. Desejamos Boas Festas e um Ano Novo com muita saúde, beleza e felicidade.

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Comer, comer L E N I C E

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FESTA HOJE? SAÚDE TODO DIA! Festa é festa! Remete a alegrias, pessoas queridas, alto-astral, diversão. Só coisas boas. E que assim seja! Que bom quando temos festas! Viva! Nos preparamos para elas, pensamos em estar descansados, um bom banho, uma roupa bonita, que nos caia bem. Nos preparamos para estar bem! Em todos os sentidos... Vamos nos preparar com a alimentação também. Tudo planejado para não ter desconforto nem consequências indesejadas. Quanto mais saudável e cuidadoso na rotina você é, mais pode relaxar nas festas. Infelizmente pessoas diabéticas, hipertensas ou com outros problemas de saúde devem manter-se vigilantes o tempo todo, mas pessoas saudáveis podem relaxar. Tudo depende do momento que você está vivendo. Pense na festa como um momento especial e pontual. Aquele jantar ou aquele coquetel no final da tarde ou... Normalmente a festa é em um determinado horário e não durante todo o dia ou todo o final de semana. Não justifica o descuido prévio e indiscriminado. Não é porque temos um jantar que devemos começar a comer mal no café da manhã, nem deixar de comer para compensar. Sem nutrientes, nosso metabolismo não trabalha adequadamente. Quanto mais saudável for seu dia, mais disposto você estará e menores os prejuízos. Tome seu café da manhã habitual, e se não tiver hábito, acrescente frutas frescas

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que possuem enzimas que auxiliarão na digestão durante o dia. Beba muita água. Mantenha o dia com refeições leves e sempre faça um lanche antes de sair de casa. Frutas com aveia, iogurte com granola ou um sanduíche leve mantêm a saciedade por mais tempo. Chegar à festa com pouca fome o torna mais seletivo. Você comerá o que realmente gosta e não por estar com fome demasiada. Se você gosta de beber, poderá protelar o efeito do álcool e assim se manter bem durante todo o tempo. Selecionar, termo que combina com festas e bem-estar. Comer apenas o que aprecia e sem exagerar, beber o que realmente aprecia sem excessos. Beba água intercalada com qualquer outra bebida, contribui para a remoção das toxinas circulantes. Se você gosta de doces, coma aquele que você mais aprecia, o que realmente lhe proporcionará maior prazer. Aproveite todos os detalhes. Afinal, festa não é só comer e beber! No dia seguinte, comece seu dia comendo bem novamente, desintoxicando, evitando açúcares e gorduras, mantenha alimentação leve em todas as refeições do dia. Beba água de coco ou chás entre as refeições. Afinal, este já é o preparo para a próxima festa e a manutenção do seu peso e da sua saúde durante toda a vida. LENICE ZARTH CARVALHO É NUTRICIONISTA


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N A

C O Z I N H A

Uma fina camada crocante que se desmancha ao contato com a boca, um recheio cremoso, suave, delicado. Assim são os macarons, doces típicos franceses produzidos com farinha de amêndoas e recheios diversos. Eles são a especialidade da chef gaúcha Andrea Ernst Schein. A delicadeza, a textura e o sabor único dos macarons inspiram o conceito do “Atelier de Cuisine – Les Macarons”, um espaço multifuncional recém-inaugurado pela chef no bairro Rio Branco, em Porto Alegre. O atelier vai ser palco de aulas para pequenos grupos até 20 pessoas, jantares especiais para até 12 pessoas e aulas particulares. A ideia é fazer dele um local de encontro, onde a diversão acontece na cozinha. Além das aulas de Andrea, chefs amigos também estarão presentes para ensinar seus truques. Para o próximo ano já há uma programação regular, como o curso de cozinha prática para quem mora sozinho e o curso para recém-casados, além de outros especiais, como: Bases de Cozinha, Confeitaria Básica e Confeitaria Avançada. Na estreia deste último, o chef Wilian Mateus apresentou técnicas de trabalho em chocolate, isomalt e esculturas de açúcar. Outro evento que já bombou por lá foi o “Adivinha quem vem para jantar?”, criado pela publicitária Ana Goelzer para a Oito Endobranding. O projeto foi inspirado nas conversas da família ao redor da mesa. Os convidados são surpresa, a comida é feita com a ajuda de todos, que compartilham sensações e sentimentos, temperos e temperamentos. ATELIER DE CUISINE I LES MACARONS CHEF ANDREA ERNST SCHEIN 51 8118.1652 I chefdea@hotmail.com


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Ser & Vestir R O B E R TA

G E R H A R D T

dicas PARA DISFARÇAR OMBROS CAÍDOS, USE SEMPRE PEÇAS COM ESTRUTURA, COMO PALETÓ OU JAQUETA. CAMISAS DO TIPO POLO, DE MANGAS COSTURADAS EM CIMA DOS OMBROS, ASSIM COMO COLETES, AJUDAM. EVITE COLARINHOS ALTOS, POIS EVIDENCIAM

SÓ VISTA O QUE LHE CAI BEM! Ainda que os homens estejam cada vez mais atentos à sua estética, a ponto de já haver segmentos no mercado voltados especialmente para eles; ainda assim, infelizmente, muitos passam longe do espelho. Entretanto, um homem bem-vestido prescinde de uma consciência real da sua figura. Em outras palavras: antes de sair por aí gastando o seu precioso tempo e dinheirinho buscando peças de roupas e acessórios para renovar seu guarda-roupa, você precisa conhecer a sua silhueta. Muito antes de grife ou mesmo da moda, o que importa é você estar bem-vestido de verdade. E o que é estar bem-vestido de verdade? É você vestir só o que lhe cai bem! Então, como descobrir que o comprimento da calça está errado ou que a sua camisa não favorece a sua silhueta? Como perceber que a abertura do paletó está deixando seu visual deselegante? Impossível sem um bom espelho! Ele ajuda a ter noção da sua proporção. O grande erro é pensar que só existem duas proporções: altura e peso, alto ou baixo, gordo ou magro. Na verdade, há muitas armadilhas nada óbvias. Exemplos? Tronco longo, pernas curtas, ombros caídos, quadril largo. Todas precisam ser conhecidas para que você possa se vestir corretamente, investindo no que lhe favorece de verdade e com isso conquistando uma aparência elegante.

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O CAIMENTOS DOS OMBROS. EVITE MALHAS EM GERAL. TRONCO LONGO E PERNAS CURTAS EXIGEM COLARINHOS MAIS CURTOS E LOOKS MONOCROMÁTICOS. EVITE OMBREIRAS PRONUNCIADAS, PALETÓS COMPRIDOS, BARRA ITALIANA NAS CALÇAS E LISTRAS VERTICAIS EM MALHAS E CAMISETAS. QUADRIL LARGO? APOSTE EM PALETÓ RETO DE ATÉ TRÊS BOTÕES COM DUAS ABERTURAS LATERAIS ATRÁS, BERMUDAS LISAS OU COM PADRONAGENS DISCRETAS. EVITE JAQUETAS CURTAS, CALÇAS DE CORES CLARAS COM CAMISA USADA POR DENTRO.


dicas RESSALTAR E DISFARÇAR Mesmo que a vida comprove que a paz reside em se aceitar; e que a saúde e o equilíbrio é o que mais conta, ainda assim, muitas mulheres lutam para mudar sua silhueta e recorrem incansavelmente à medicina estética; nem sempre com sucesso. Entretanto, há um recurso muito inteligente – e são de certa forma até mais barato – que está ao alcance de toda a mulher: o seu guarda-roupa. Isso mesmo! As suas roupas e acessórios podem e devem lhe trazer a alegria de disfarçar tudo o que você deseja e ressaltar só o que vale a pena mostrar. Para tanto, é necessário, primeiro, se reconhecer nua e crua diante de um bom espelho. Você precisa ter “o olho clínico” para saber o que você de fato precisa e merece ressaltar e disfarçar. Outro bom início é você aprender a vestir corretamente o claro e o escuro. A cor escura emagrece, alonga, disfarça. A cor clara ressalta, expande, contrasta. Assim, nos locais onde você percebe que deve ser disfarçado, vista tons escuros e opacos. Isso mesmo: opaco. Nunca algo escuro brilhante, pois o brilho, assim como os tons claros, expande e cria uma ilusão óptica de destaque. Portanto, não basta ser preto para emagrecer, viu? A simples escolha da roupa e do sapato certo oferece uma grande ajuda para quem gosta de si mesma e deseja apenas valorizar-se dando uma forcinha para a sábia e generosa natureza.

MULHERES COSTUMAM AMAR SAPATOS. MAS POUCAS SABEM QUE PERNAS GROSSAS JAMAIS DEVEM VESTIR SAPATOS DE BICOS REDONDOS. SE ESTE É O SEU CASO, PREFIRA SEMPRE SAPATOS DE BICO PONTUDO. INDEPENDENTEMENTE DA MODA. ASSIM COMO AS CORES ESCURAS, OS TECIDOS LEVES E SECOS DISFARÇAM VOLUMES. JÁ OS TECIDOS PESADOS, FELPUDOS E COM PELOS SEMPRE REALÇAM. ESTAMPAS PODEM ENGORDAR OU EMAGRECER. ATENÇÃO! AS DE ESCALA MENOR SOBRE FUNDO ESCURO SÃO SEMPRE EMAGRECEDORAS, ENQUANTO QUE AS DE QUALQUER TAMANHO SOBRE UM FUNDO CLARO ENGORDAM A SILHUETA.

ROBERTA GERHARDT É CONSULTORA DE MODA, ESTILO E COMPORTAMENTO robertagerhardt@terra.com.br

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Equilíbrio C H E R R I N E

C A R D O S O

ENJOY YOUR LIFE Começar de novo. Dar-se uma nova chance. Fazer algo que você nunca fez. Vivenciar o desconhecido. Investir em algo novo, que promova uma descoberta. Viajar para um lugar inusitado. Voltar a estudar. São tantos os nossos desejos quando o fim do ano vem chegando que enumerá-los daria um trabalhão. Nós nunca sabemos qual é o mais importante e deve ser feito primeiro. Uma boa dica é criar o seu momento. Nunca achei que promessas precisassem de dead line. Acredito que quando queremos algo, precisamos nos permitir, correr o risco. Ir atrás do inesperado com vontade, com anseio, sem medo de ser feliz. Agora! Sabe aquilo do “momento mágico”? Pois é, acredito que o momento mágico é o sempre. Quando despertamos a curiosidade para alguma coisa diferente, este é o nosso momento mágico. Quando você passa na frente de uma escola de inglês e pensa por segundos: “vou começar a estudar inglês”, este é o seu momento mágico. Quando pensa em iniciar uma atividade para gerar mais bem-estar, saúde, disposição, energia, não tem por que esperar a segunda-feira ou o novo ano para começar, seu momento mágico chegou. Aproveite! É assim para tudo. Somos instantes! É como lemos

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em frases de efeito: o passado já passou, o presente é o seu futuro, e o futuro mesmo, quem sabe? A vida vale o prazeroso risco de viver. Aventure-se! Palavra de ordem. O risco aqui não é colocar-se em perigo, ao contrário, é fazer algo que promova o famoso jargão: “Isso me dá borboletas no estômago”. E quem não gosta desta sensação? De sentir aquela ansiedade boa por algo que nunca foi feito? Vá para outro país se você nunca foi. Esgarce os antolhos que limitam o seu crescimento como pessoa. Se não pode, abra um livro e faça a melhor de todas as viagens, a da sua imaginação. Esta, totalmente sem limites, pode te levar aos passeios mais incríveis, até que tenhas condições de vivenciá-los de forma real e objetiva. Se algo não lhe agrada, vença o medo. Desafie a inércia. Movimente-se! Solte o grito de liberdade e busque tudo novo de novo, e quantas vezes for preciso, para que a única sensação permitida em você seja a da felicidade. FORMADA EM JORNALISMO PELA UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, FEZ ESPECIALIZAÇÃO EM PUBLICIDADE & PROPAGANDA E MARKETING. HOJE ATUA COMO INSTRUTORA DE ALTA PERFORMANCE DO MÉTODO DEROSE EM PELOTAS, DIFUNDINDO UMA PROPOSTA DE LIFE STYLE COACHING, UM JEITO DIFERENTE DE SE CUIDAR E DE VIVER. ACESSE WWW.METODODEROSEPELOTAS.COM


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Palavra LU Í S

AU G U S TO

F I S C H E R

O NOME CERTO

Já li em mais de um escritor declarações sobre um sentimento que imagino ocorrer com todo mundo. O grande antropólogo Claude Lévi-Strauss, que teve a graça de alcançar os cem anos de vida em boas condições de saúde (viveu entre 1908 e 2009), em uma série de entrevistas que concedeu a Didier Eribon assim se pronunciou sobre o tema: “Sempre lamento, quando discuto com artesãos, o fato de ser obrigado a usar perífrases pesadas e desajeitadas, quando eles dispõem de termos precisos para cada instrumento, cada elemento, cada gesto”. (De perto e de longe, Ed. Cosacnaify, 2005). Sabe como é? Me ocorre isso com artesãos (o sapateiro, o pedreiro exemplar, o padeiro, o mecânico), mas também com gente do campo, com trabalhadores da terra: quero designar um objeto, uma prática, um produto, e não me sai a palavra, pelo bom motivo de que ela não está registrada na minha cabeça. Para eles, pelo contrário: há palavras precisas sobre cada uma das coisas relevantes em seu mundo. Assim também ocorre com as estrelas do céu, as formas das nuvens, as plantas e as plantações que da estrada se podem ver: gostaria muito de saber seus nomes, mas não sei. Quem lê autores que se dedicam ao tema rural depara com o problema a toda hora. Simões Lopes Neto é um exemplo alto: sendo um sujeito de educação exigente (nascido em família rica e culta, estudou no Rio de Janeiro entre seus 13 e 19 anos, preparando-se para uma carreira universitária que por acaso não aconteceu), escreveu uma grande literatura a partir da vida do homem simples. É o que se lê em sua obra maior, os Contos gauchescos, que completou cem anos neste 2012. Simões Lopes Neto deu a palavra a um narrador que pertence ao mundo gauchesco, o que significa dizer que pertence ao mundo a cavalo, ao mundo do fio do bigode,

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ao mundo da força bruta da natureza e da guerra, em que sobreviver exige mais do que apenas intenção. Este narrador recebeu o nome nada óbvio de Blau Nunes. Por que “Blau”? Sabe-se que, em alemão, “blau” quer dizer “azul”, mas isso não parece resolver o mistério da nomeação. Uma sobrinha, Ivete Simões Lopes Massot, que na maturidade escreveu memórias, atribuiu o nome a um soldadinho de brinquedo, de origem alemã, vestido de azul. O nome “Blau Nunes”, de sonoridade tão familiar, parece ter nascido na origem dos tempos, aqui mesmo no mundo sulino? Só impressão. Os nomes, como as coisas, migram e calham de encontrar seu lugar definitivo em paragens inesperadas. Quando Guimarães Rosa publicou seu sensacional Grande sertão: veredas, em 1956, logo chamou a atenção o nome do personagem-narrador, também ele um sujeito do mundo rural a cavalo e submetido à ética do fio do bigode, mas lá para o norte de Minas Gerais, Goiás, sudoeste da Bahia. Ele se chamava (se chama, porque na literatura o personagem vive enquanto o livro viver) Riobaldo. Soa como coisa conhecida, não é? Arquibaldo, Teobaldo, Wilibaldo. A diferença é o “rio” antes de “baldo”. Aliás, há mais diferenças, porque em português “baldo” equivale a “vão”, “inútil”, como diz a palavra “debalde”, por exemplo. Então Riobaldo vai dar em rio vão, rio que passa inutilmente. E é mesmo? Atrás de todos eles, está outro personagem, desta vez não o narrador de suas desventuras, mas objeto de um clássico absoluto: Dom Quixote. Sabe o que se esconde nesse nome? A coxa. A parte da armadura medieval que cobre a perna se chamava, justamente, “quixote”. Assim simples. LUÍS AUGUSTO FISCHER, PROFESSOR DE LITERATURA E ESCRITOR



Cada ser humano tem um poder especial. Pode ser a inteligência. Ou a força. A capacidade de inventar algo do nada. O talento especial de fazer rir. Ou o talento especial de fazer chorar. Mas quando os seres humanos se sentem menos humanos eles ficam fracos. Sozinhos. E justamente nessa hora é que aparece o principal poder do ser humano: o poder de dar poder. Através de um mecanismo mágico que eles chamam simplesmente de “dar uma força”. E é assim que eles voltam a se tornar humanos. Pode ser um abraço. Ou um copo de leite. Porque, logo depois de nascer, cada ser humano recebe o seu primeiro gole de leite. E o seu primeiro abraço. Uma força pra que ele saiba, desde o início,

Porque nós somos humanos.

o que é ser humano.


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