Revista EXATO - Ed 12 - Abril 2020

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ÍNDICE

14.

TECNOLOGIA

Tecnologia embarcada ou internet das coisas

20. 24.

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Mercado imobiliário de Metrowest

EMPREENDEDOR DO MÊS

Inglês para brasileiros nos EUA

30. 4

IMÓVEIS

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MODA

Moda primavera/verão 2020

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TURISMO

34. Mendoza, a terra do vinho

CINEMA

40. Gênio indomável MARKETING

44. Encare o instagram

como um negócio de verdade ECONOMIA

52. O impacto do COVID-19 na economia CULTURA

58. Páscoa: tempo de esperança e renascimento

EMPREENDEDORISMO

64. Como regularizar sua

empresa de alimentos nos EUA ESPORTES

68. Estratégia do marketing

48.

esportivo

CAPA

Josy Fernandes: Com uma ideia simples ela mudou de vida

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COLABORADORES

Daniel Rohde CEO da revista EXATO, designer gráfico, 30 anos, catarinense, casado, formado em Administração pela Universidade Católica de Brasília, graduando em Produção Publicitária na Unigran. Gosta de ouvir música e tecnologia. @danielwrohde

Simone Rohde Comercial da revista EXATO, paranaense, casada, formada em Administração pela Universidade Católica de Brasília, e pós-graduanda em Administração com Ênfase em RH na Unigran. Gosta de viajar, ler e escrever nas horas vagas. @simonewrohde

Thaís P. Victorello Jornalista, assessora de imprensa, colunista social, produtora e editora chefe da revista EXATO; Paulistana, formada em jornalismo pela Universidade Cidade de São Paulo; cristã, casada e mãe de três filhos. Gosta de viajar e de estar com a família. @thaisvictorello

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Fábio Nascimento Contador, 39 anos, casado, paraense, Graduado em Contabilidade pela Universidade da Amazônia, fotógrafo oficial da Revista EXATO. Gosta de tecnologia, tocar piano e saxofone. @fabiof_n

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EXPEDIENTE

NA CAPA

REVISTA MENSAL ANO 1 | EDIÇÃO 10 FEVEREIRO DE 2020 CEO/FOUNDER: COMERCIAL:

Daniel Rohde Simone Rohde

EDIÇÃO/DIAGRAMAÇÃO:

Daniel Rohde

DESIGNER GRÁFICO:

Daniel Rohde

AGÊNCIA DE PUBLICIDADE: JORNALISTA E EDITORA-CHEFE: FOTÓGRAFO: COLUNISTAS E ARTIGOS:

BRAUS Digital Marketing Thaís Partamian Victorello Fábio Nascimento Thaís P. Victorello . Antônio J. Fonseca Érica Nascimento . Gabriel Basso Ed Saraiva Junior . Vernan Wolf Aurélio Rafaela S. Fonseca . Hellen Lima Maraiza Teixeira . Fernanda Melo Fábio Borges A REVISTA EXATO é uma publicação mensal. O conteúdo da revista, bem como artigos e anúncios são de inteira responsabilidade de seus autores e anunciantes. Pessoas sem registro em nosso expediente, não estão autorizadas a falar em nome da Revista. Na dúvida, entre em contato conosco.

CAPA: Josy Fernandes FOTO CAPA: Elakal Fotografia

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EDITORIAL

EMPREENDEDORISMO EM TEMPOS DE CRISE Por Simone Rohde

“Para fazer mudanças drásticas em sua vida, você precisa de inspiração ou de desespero.” Tony Robbins

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claro que sempre buscamos inspiração para qualquer mudança em nossas vidas, pois quem seria doido a ponto de “escolher” o desespero? Entretanto, estamos passando por uma fase em que o desespero está presente mesmo para quem não escolheu mudar nadinha de nada da rotina que vivia. Somos uma revista de empreendedorismo e nossa missão é espalhar histórias de sucesso (como a que contamos na matéria de capa na página XX) e assim inspirar outros sonhadores, mas hoje, quero deixar uma mensagem de ânimo e positividade extra aqui. Já que o desespero está sendo a “única” opção, que tal usá -lo a seu favor? Sabemos que funcionou para outras pessoas (se ainda não foi até a matéria de capa, vire as páginas até lá), então porque não funcionaria para você? A atual pandemia virou de cabeça para baixo a vida de muitos empreendedores e funcionários -, mas que lição podemos tirar desse momento e aplicar à nossa realidade? São muitas perguntas, e no

momento poucas respostas, mas te encorajo a pensar um pouco fora da caixinha – maaais um pouco! Sabemos que um empreendedor tem que ter sangue frio, prever o futuro, ser hábil em lidar com imprevistos... ser quase um deus, mas somos humanos, é claro! Não passe por isso sozinho. Se precisar trocar ideias, chame um amigo ou profissional para estudar a melhor forma ou estratégia adequada para seu negócio nesse momento. Distanciamento social não inclui internet, então use e abuse da tecnologia usando-a a seu favor. Tem que haver uma saída e acreditamos que sempre há uma saída! Desejo do fundo do meu coração que você consiga fazer desse momento assustador um novo ciclo de sucesso para sua vida ou seu negócio. Stay safe!

Simone Rohde

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António J. Fonseca

TECNOLOGIA

Analista de Sistemas

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TECNOLOGIA EMBARCADA OU INTERNET DAS COISAS Por António J. Fonseca

Uma novidade que já está em nossas vidas há anos

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ocê já ouviu falar em tecnologia embarcada? E internet das coisas? Pois bem, estes nomes representam uma realidade há muito presente nas nossas vidas, muitas vezes sem que nos demos conta delas. Mas, estão lá. Nos anos 1980, Bill Gates disse, num evento, que gostaria de ver os computadores atingirem um grau de integração nas casas das pessoas, que nem seriam percebidos, ou vistos, assim como uma geladeira, um fogão, uma televisão. E a partir daí, muitas coisas foram acontecendo para que isso se tornasse realidade. A miniaturização de placas e componentes, o avanço das comunicações sem fio e da internet, o crescente interesse das pessoas pela tecnologia e pelas facilidades que ela proporciona, etc. E a tecnologia começou a “embar-

car” em utensílio e “coisas” que fazem parte do nosso dia-a-dia. Primeiro foram os carros, que começaram a receber inovações como injeção eletrônica, computadores de bordo que podem informar um problema no veículo antes mesmo que ele aconteça, além de poderem controlar a tração das rodas, o consumo de combustível e até - em alguns carros - qual a melhor relação de marchas para o tipo de estrada em que o veículo se desloca. Vieram os aparelhos de GPS, que facilitaram a navegação por cidades e estradas, (já antes utilizados nas navegações aérea e marítima), ficaram mais populares, em aparelhos menores e mais baratos, até o ponto de caber no nosso celular. Aliás, este é outro exemplo: o telefone, que era fixo e utilizava cabos metálicos para transmitir a

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TECNOLOGIA

comunicação, passou a ser móvel, utilizando frequências de rádio. E foram diminuindo de tamanho, ganhando mais funções e importância nas nossas vidas. Daí para a criação de inúmeros aparelhos e para a implementação de tecnologia em diversos eletrodomésticos já corriqueiros nas nossas casas. Deu-se então o surgimento das “casas inteligentes”, onde os moradores podem controlar a intensidade das luzes, programar a abertura e fechamento de cortinas, programar máquinas de fazer pão e café, para que ao acordarem esteja tudo pronto. E a tecnologia foi embarcando nas coisas mais banais da nossa vida: geladeiras, fogões, televisões, lavadoras e secadoras de roupas, carros, relógios, lâmpadas, fechaduras, banheiras, etc. E em outras coisas mais abrangentes, como sinais de trânsito, sensores nas ruas e estradas, ônibus, trens... Mas, esta evolução acontece de forma tão intuitiva, que muitas vezes nem nos damos conta. Às vezes até chegamos a pensar que aquilo sempre foi daquela forma. E para as novas gerações, essa é a realidade. A partir dessa evolução e com uma internet cada vez mais

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abrangente, rápida e confiável, surgiu o conceito atualizado da tecnologia embarcada, passando a ser chamada de “internet das coisas”, interligando todas as “coisas” com seus usuários através da internet. Hoje você pode saber se deixou sua lavadora de roupas ligada e se ela já terminou de lavar a roupa através do seu celular. Ou desligar o fogão ou o forno, que estava assando seu jantar. Você pode ligar e desligar as luzes da sua casa, mesmo estando a milhares de quilômetros de casa. Você pode usar um relógio que monitora sua pressão arterial e informar ao seu médico em tempo real. Sua geladeira pode controlar a validade dos produtos que nela estão guardados e fazer o pedido no seu supermercado favorito quando o leite acaba, por exemplo. Além de apresentar receitas para você preparar o almoço ou jantar com os produtos que você tem na geladeira. Seu espelho no banheiro pode informar sobre diversos assuntos do seu interesse enquanto você escova os dentes, faz a barba ou acerta a maquiagem, mostrando a melhor rota para chegar naquele compromisso, cotação da bolsa de valores, notícias do dia, meteorologia, ou até mesmo, fazer uma ligação de

vídeo para um familiar. Seu carro pode decidir ir por uma ou outra rua de acordo com informações recebidas em tempo real sobre o trânsito: o tempo que cada sinal na sua rota demora para abrir, a quantidade de veículos à sua frente ou a frequência de passagem de ambulâncias ou outros veículos de emergência. Isso sem falar nos veículos autônomos, cada vez mais desenvolvidos, em várias partes do mundo. A China foi o primeiro país a autorizar o uso de micro-ônibus elétricos autônomos, completamente sem o uso de motorista ou de assistente para a direção. E seguindo essa tendência, a cidade de Aveiro, em Portugal, acaba de apresentar seu modelo. Em ambos os casos, se você quer utilizar estes serviços, você pode se cadastrar num aplicativo e receberá informações dos horários em que o ônibus vai passar no seu ponto, podendo planejar melhor suas atividades diárias, sem perder tempo parado esperando um ônibus, trem ou metrô. Fique atento às evoluções, saiba utilizar os benefícios que elas oferecem e viva feliz. Um grande abraço e até à próxima edição.

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Gabriel Basso

IMÓVEIS

Corretor de Imóveis

/gabrielzbasso

MERCADO IMOBILIÁRIO DE METROWEST Por Gabriel Basso

Série: Orlando Parte 2

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Metrowest é uma região de Orlando criada em 1980 por um desenvolvedor americano e hoje conta com aproximadamente 10.000 unidades residenciais, 1.4 milhões de pés quadrados de escritórios e 762 mil pés quadrados de restaurante e espaços comerciais. Localização é o forte dessa região, pois fica a poucos minutos da Universal Studios, International Dr, faz divisa com Dr Phillips, fica a 25 minutos de Winter Garden e Windermere. Hoje com muitos acessos, como exemplo pela Kirkman Rd, Conroy, e Old Winter Garden, acredito ser uma das melhores regiões em termos de localização. O Metrowest tem alguns parques como o Bill Frederick Park com muitas atrações, como parquinho, locais para churrasco, passeio de canoa e caiaque, áreas de piquenique, trilhas de caminhada,

quadras de esportes, entre outras atrações. Também tem um lindo campo de golfe, o Metrowest Golf Club, que já foi considerado o melhor campo de golfe de Orlando. Além disso, tem o maior campus do Valencia College, uma das mais conhecidas faculdades da Florida. No Metrowest existem muitos condomínios de casas, de townhouses e apartamentos e vários deles contam com toda a estrutura de lazer; e do Elementary até a High School, todas as escolas da região são boas. Não se sabe quando Metrowest virou o local preferido da comunidade brasileira, mas há quem diz que após os anos 2000 muitos brasileiros começaram a se mudar para lá e hoje, sem dúvidas, é a região de Orlando com a maior concentração de brasileiros vivendo em um mesmo local. Isso trouxe alguns benefícios e facilidades para os imigrantes brasileiros, pois hoje conta com a maior estrutura

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para a comunidade com restaurantes, mercados, pizzarias, advogados, contadores, imobiliárias, enfim, encontra-se quase todos os serviços em português (isso visto por outro lado é um ponto negativo, pois na maioria das vezes nem é preciso falar inglês, então se não

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tomar cuidado, a pessoa acaba morando por anos nos Estados Unidos e não aprende o idioma). Acredita-se que a comunidade brasileira gosta muito dessa região também devido ao custo que é mais baixo que regiões como Windermere e Winter Garden.

Aluguéis de apartamentos de um quarto são encontrados a partir de $1,000 e para compra, em torno de $90 mil, portanto, um ótimo local para se viver, muito bonito, ótima localização, boas escolas e um custo mais baixo que outras regiões.

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EMPREENDEDOR DO MÊS

INGLÊS PARA BRASILEIROS NOS EUA Por Thaís Partamian Victorello

Formado em comércio exterior, empreendedor desenvolveu metodologia que está sendo utilizada por alunos no Brasil e agora também nos EUA

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ormado na China em comércio exterior pela Nankay University, o empresário paulista Samuel Fernandes, nasceu em Campinas (São Paulo). Com apenas 26 anos de idade e a experiência de já ter vivido em outros países, como os Estados Unidos, Equador e China, em 2018 ao lado do sócio Felipe Tasselli Moreno, graduado em gestão de recursos humanos e pós-graduado em gestão de pessoas, Samuel criou uma metodologia de ensino de idiomas, baseada em andragogia e construtivismo, que transforma o processo de aprendizagem em um caminho personalizado, assertivo e acelerado. “Nossos alunos adquirem naturalidade na fala em 4 meses. Em 1 ano e 6 meses capacitamos pessoas para o domínio do inglês, isto é, fluência para se comunicar usando o idioma”, afima Samuel. Assim, nasceu a Unity Language Consulting, empresa que atua na área de educação e ensino

@thaisvictorello

de idiomas. Decidido a, cada vez mais, incentivar as pessoas a aprenderem um novo idioma de forma prática, fácil e rápida, Samuel conta como foram os seus primeiros contatos com a língua inglesa. “Sou de origem humilde. Iniciei meu processo de aprendizagem com missionários mórmons, quando tinha 13 anos. Este processo foi livre de ‘amarras’, já que não pude estudar em uma escola regular. O contato e a conversação com missionários me expunham de forma que, cada momento de diálogo era uma conversação. Eventualmente fui voluntário dando aulas de inglês na comunidade”, recorda. Além de português e inglês, Samuel também fala em italiano e mandarim, idioma que aprendeu durante os anos que morou na China. Criativo, após tornar-se fluente em inglês, antes de desenvolver a metodologia da Unitity, Samuel chegou a lecionar em algumas das

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PERFIL NOME: Samuel Fernandes NATURALIDADE: Campinas (SP) RESIDENTE: Campinas (SP) RAMO DE ATIVIDADE: Educação – Ensino de Idiomas CONTATO DA EMPRESA: (19) 3241-2826 SITE: www.unityconsulting.com.br FRASE DE SUCESSO: “Apesar de jovem, já vivi experiências que marcaram minha vida. Sempre digo que conheci extremos e para mim, sucesso é dar frutos para quem está a minha volta. Acordar todos os dias e transformar ideias em formas de tornar um mundo melhor é sucesso.”

Samuel Fernandes Empresário Foto: Divulgação

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principais escolas de idiomas do Brasil e conta que desenvolveu metodologias de ensinos para algumas marcas conceituadas no mercado de idiomas. “Desenvolvi metodologias para marcas brasileiras também. Ao todo fui responsável pela idealização e construção de outras três metodologias usadas no mercado nacional”, conta. Com foco no público adulto (de 25 à 60 anos), que tenha a necessidade de aprender inglês rapidamente e que busque alternativas diferentes dos métodos convencionais, de ensino a Unity recebeu a proposta de levar a metodologia de aprendizado rápido de inglês para a comunidade brasileira residente nos Estados Unidos, iniciando pelo estado de Mssachusetts, através de uma parceria com a FATEC USA, do grupo FATEC Paraná. Preocupados em levar o melhor conteúdo para seus alunos, a FATEC USA já está disponibilizando os cursos de inglês da Unity, no polo da instituição, situado em Framingham, uma das cidades americanas com o maior número de brasileiros nos Estados Unidos. “O inglês é um desafio para os brasileiros que vivem nos Estados Unidos e desejam crescer. Seja para um novo trabalho ou para a busca de novos negócios o idioma é essencial. O método Unity de aprendizagem acelerada na FATEC USA ensina gramática de forma simplificada. O aluno aprende de forma natural, baseado em conversação o aluno é exposto a situações reais do dia dia de quem precisa usar o idioma para construir pontes no país. Em sala, o professor é um facilitador. Cada aluno é protagonista do seu próprio processo de aprendizagem. Em sala eles constroem,

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Samuel Fernandes com seus alunos.

Fotos: Divulgação

se expressam através de dinâmicas constantes de conversação, trazendo seus desafios diários com o idioma para aprenderem a vencer em sala”, conta Samuel. O empresário está entusiasmado e confiante no sucesso dessa parceria com a FATEC USA, que tem como missão auxiliar os brasileiros a se sentirem seguros e fluentes no idioma do país que escolheram viver, trazendo uma nova perspectiva de aprendizagem do idioma em aulas que ocorrem duas vezes por semana, com duas horas de duração cada, em um curso intensivo de quatro meses de duração cada módulo. “Os Estados Unidos é um país grande e a força do brasileiro de conquistar novos caminhos também. Desenvolver o inglês para desafios diários em ambito instrumental e pessoal é parte da missão de nossos programas nos EUA. A FATEC USA e a Unity trabalham já na viabilização de um segundo curso para nossa comunidade em Massachusetts. Em breve teremos mais novidades relacionadas ao ensino do inglês e acadêmico também. Nossa missão é contribuir para a informação e formação da comunidade brasileira”, afirma o empreendedor. Feliz com as conquistas que tem alcançado e pensando na expansão de sua empresa, quando questionado sobre quais conselhos daria para quem deseja empreender, Samuel dá a dica: “Seja disciplinado, informe-se, construa boas relações, seja fator de soma na vida das pessoas a sua volta. Seja resiliente e de preferência, faça de sua paixão seu negócio.”

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Érica Nascimento

MODA

Consultora de Moda

/meublognana

MODA PRIMAVERA/ VERÃO 2020 Por Érica Nascimento

Saiba tudo sobre o que vai estar em alta nas vitrines e nas ruas nessa temporada.

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moda primavera verão desse ano veio com tudo! A variedade, mais uma vez, tomou conta dos looks com a finalidade de alcançar os mais diferentes gostos e estilos e com certeza em algum deles você irá se encontrar. Como já é esperado, essa temporada vem trazendo muito colorido, isso sem dúvida é a principal marca da moda primavera verão. Contudo, a paleta de cores desse ano trouxe tons mais calmos do que nos anos anteriores, como por exemplo, o verde mint que promete ser o grande protagonista do verão 2020. Mas, antes de falar sobre as cores, vamos as estampas, elas estão bem abrangentes também. O tie-dye, uma estampa clássica que foi muito usada no movimento hippie dos anos 60 e 70, volta agora em todo tipo de peça, desde blusas, vestidos, lenços ou biquínis. O tie-dye é caracterizado por suas cores vibrantes e extremamente criativas, e as cores sempre são colocadas de forma mais desconexas, sem um padrão de

uniformidade. Outra estampa que estará de volta diretamente dos anos 40 e 50 é o Xadrez Vichy, porém não nas cores mais convencionais (preto x vermelho) e sim em cores mais alegres e delicados como azul claro, rosa e verde água. As estampas florais, poá e animal print continuam como tendências para essa temporada, então se você já investiu antes em peças com essas estampas, vai poder fazer uso delas novamente. Listras também estarão em alta, agora não somente no azul ou preto, mas em tons coloridos tanto em cores mais quentes como em cores mais calmas. Os babados, assim como as mangas bufantes em camisas ou vestidos, prometem ser os queridinhos dessa estação, trazendo um ar mais romântico e formando um look cheio de leveza e delicadeza. Mais uma tendência que retorna é o corte em saias ou vestidos mais curtos na frente e uma leve calda na parte de trás, o chamado mullet. Agora vamos as cores? A

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grande aposta das principais marcas é o verde mint. Esse tom de verde traz uma proposta de cor menos vibrante e mais fresh, o que combina perfeitamente com a estação. Outra cor trend é o amarelo em uma tonalidade mais escura, fechado que foi denominada de mellow yellow, uma cor bastante elegante e marcante. O papaya é uma cor que também promete fazer sucesso nos looks, sua tonalidade semelhante ao salmão é delicada e ao mesmo tempo de muito bom gosto. E como um contraponto temos o laranja, que é bem a cara do verão, com diversas pos-

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sibilidades de combinações, uma forte tendência com certeza. As que amam o pink podem comemorar, pois ele veio para o conjunto de cores dessa temporada, em contrapartida, para as que não gostam tanto assim dessa cor, o rosa claro ou rosa chiclet também veio marcar presença, trazendo equilíbrio para a cartela de cores. E quem veio acompanhando esse rosa claro, foi o azul. Na cartela de cores de primavera verão, o azul vem em uma proposta mais calma, mais baby blue, também podendo compor looks super elegantes, pois é uma cor com ar romântico

e sofisticado. Além desses tons o marrom, bege, nudes e branco (areia), estarão em alta nessa estação. E por fim, não podemos esquecer dos acessórios. As bolsas de palha que nunca saem de moda no verão, sandálias de tiras coloridas, com brilho, ou ainda as de bico quadrado, estarão em alta. Para os cabelos, presilhas e lenços coloridos irão fazer diferencial no resultado final do look. Escolha o que mais combina com você e use a moda a seu favor.

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Rafaela S. Fonseca

TURISMO

Turismóloga

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MENDOZA, A TERRA DO VINHO Por Rafaela S. Fonseca

A charmosa cidade emoldurada pelos Andes é a responsável por 70% da produção dos vinhos da Argentina

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ituada na Argentina, Mendoza, é capital da província de mesmo nome. Foi fundada em 02 de março de 1561. Possuiu um revelo acentuado, o que atrai montanhista do mundo todo. Seu clima é árido e com poucas chuvas. No verão (dezembro a março) a temperatura chega a 25º C e no inverno (junho a setembro) vai abaixo do 10º C. A moeda corrente é o peso argentino. Localizada no lado leste dos Andes, a cidade é muito visitada por quem busca aventura. Se é isso que você procura, achou! Através da Ruta Nacional 7, principal estrada entre Buenos Aires e Santiago, você consegue atravessar Mendoza e ainda aproveitar tudo de mais radical que a cidade tem a oferecer, como rafting, caminhadas, cavalgadas e montanhismo, até chegar no Aconcágua, a montanha mais alta fora da Ásia. Mas, nem só de aventura vive o turista que visita Mendoza. A charmosa cidade emoldurada pelos Andes e cortada por canais que desviam o curso da água, proveniente do degelo das cordi-

lheiras, é a responsável por 70% da produção dos vinhos da Argentina. E para apreciar o melhor do vinho que Mendoza tem para oferecer, algumas vinícolas oferecem visitas guiadas. Assim, o turista pode ver desde a plantação das uvas até o produto final, e entender como a combinação de clima seco e o solo local dão origem a um dos melhores e mais conhecidos vinhos do mundo. Além do tour, da degustação e de aprender sobre a produção a atmosfera local, com suas bodegas e montanhas, é super romântica, o que faz Mendoza agradar a diversos públicos. Para quem gosta mais de ficar pela cidade, tem opções também. O citytour começa na Plaza Independencia onde é o marco zero de Mendoza. Tem o tamanho equivalente a quatro quarteirões, um ótimo lugar para observar os hábitos dos mendocinos que enchem a praça praticamente o dia todo (menos no horário da siesta entre 13h e 17h). Entre árvores e fontes, a área abriga a feira de artesanato, apresentações artísticas e musicais, o Museu de Arte, o Teatro

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TURISMO

Municipal e quiosques com petiscos argentinos. Outra opção é o Parque General San Martin, considerado o maior da América Latina, um patrimônio florestal com quase 300 espécies vegetais de todo o continente. Com 400 hectares de área, abriga um estádio de futebol, um anfiteatro, um museu de ciências naturais e restaurantes. E ainda conta com o extenso lago artificial permitindo praticar atividades aquáticas. Ponto de encontro dos moradores locais no fim de tarde, este passeio se encontra com o Cerro de la Gloria, onde os turistas e locais sobem para assistir ao pôr do sol, que é considerado um programa imperdível. Para saber um pouco mais sobre a cultura local e da história de Mendoza, vale fazer o circuito de

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museus na cidade. O Museo Histórico General San Martín é uma homenagem à figura que lutou para a independência da Argentina, com itens pessoais, armas, uniformes e imagens da época. O Museo del Area Fundacional e o Museo del Pasado Cuyano narram a história de Mendoza no período colonial. Por fim, o Museo Municipal de Arte Moderno apresenta mostras de artistas locais. Caso você goste de se aventurar pela culinária local, que tal uma passadinha no Mercado Central? Lá é possível experimentar presunto cru, embutidos nacionais, frutas frescas e secas, vinhos da região, etc. Todas as iguarias da cidade distribuídas em pequenas lojas, com simpáticos vendedores fazendo de tudo para chamar sua atenção. Definitivamente, um lugar

de encher os olhos! E se você não é da turma do vinho, não se desespere! Em Mendoza você encontra um excelente beertour, porque nem só de malbec vive a cidade. Para quem gosta de cerveja, o passeio pode começar pela Good Dog, cervejaria artesanal no bairro de Godoy Cruz, que tem uma visita guiada entre uma e duas horas para mostrar as bebidas criadas por um americano e um argentino. O roteiro segue para a região de Maipú, na fábrica da Pirca, uma marca criada há 15 anos por um grupo de amigos aventureiros no assunto. A excursão termina na Chachingo Craft Beer, um negócio paralelo do enólogo Alejandro Vigil, da vinícola Catena Zapata, onde é possível degustar uma gelada de qualidade harmonizada com petiscos e iguarias regionais.

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Ed. Saraiva Jr.

CINEMA

Jornalista

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GÊNIO INDOMÁVEL Por Ed. Saraiva Jr.

O filme do diretor Gus Van Sant mostra que não basta ter boas ferramentas, mas que é preciso saber usá-las.

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erald Lambeua (Stellan Skarsgard), um premiado professor universitário, deixa um teorema no quadro do corredor da faculdade, afim de testar o conhecimento de seus alunos e ganhar reconhecimento no ramo da matemática. Misteriosamente, a fórmula é resolvida, mas para a surpresa de Gerald, nenhum de seus alunos é o autor daquela façanha e mais tarde, descobre que Will Hunting (Matt Damon), um jovem que trabalha como servente da universidade, é a mente brilhante por trás daqueles cálculos. Gerald enxerga um grande potencial em Will e passa a procurá-lo, mas o rapaz não mostra interesse em ouvi-lo. Ao saber que o jovem foi condenado a prisão por agredir um policial, o professor faz a proposta de monitorá-lo e transformá-lo em um grande matemático. Apenas dessa forma Will consegue ter a pena absorvida, mas além disso, a justiça determina que ele faça terapia, algo que o irrita bastante.

Aos poucos, Will revela-se relutante e não leva a sério as sessões de terapia. Entretanto, após cinco analistas desistirem do caso, Gerald reencontra um velho amigo, o psicólogo e professor Sean Maguire (Robin Williams) que decide ajudá-lo e fazer com que Will, enfim, consiga livra-se dos fantasmas de seu passado. Gênio Indomável (1997) é um filme sobre empatia, humildade e persistência. O longa roteirizado e estrelado pelos amigos Matt Damon e Ben Affleck, retrata que os heróis da vida real têm fragilidades, mas que conseguem ter êxito quando estes admitem os seus erros e procuram o caminho correto. Em 1998, o longa dirigido por Gus Van Sant venceu o Globo de Ouro de Melhor Roteiro Original e o Oscar, na mesma categoria, e, também, rendeu o Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Robin Williams. Gênio Indomável (1997) encontra-se no catálogo da Amazon Prime e também da Netflix.

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Sinopse: Ano: 1998 (126 minutos) Direção: Clint Eastwood Elenco: Minnie Driver, Casey Affleck, Stellan Skarsgård, Cole Hauser, John Mighton, Matt Damon, Robin Williams , Ben Affleck. Gênero: Drama

Avaliações: 4.2

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País de origem: EUA

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Maraiza Teixeira

MARKETING

Consultora em Marketing Digital

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ENCARE O INSTAGRAM COMO UM NEGÓCIO DE VERDADE Por Maraiza Teixeira

Aprenda como criar uma Vitrine de sucesso na rede social do momento

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m Muitos empreendedores ainda não “acordaram” para a realidade de que o Instagram não é apenas uma rede social para postar fotos pessoais, paisagens ou comida. Quem acha que Instagram é apenas uma modinha, está bem enganado, pois faz tempo que ele deixou de ser só mais uma rede social e tornou-se um lugar para fazer negócios e dinheiro. Enquanto alguns abrem perfis no Instagram apenas para marcar o checklist e estar “presente” nessa ferramenta, outros enxergaram o verdadeiro poder dele, e estão ganhando dinheiro - muito dinheiro, diga-se de passagem simplesmente porque entenderam como ele funciona e aplicando o que aprenderam. O segredo para tirar o melhor proveito do Instagram é encará-

-lo como um negócio de verdade. Nada deve ser postado simplesmente por postar nem se fazer qualquer coisa e de qualquer jeito. É preciso ter estratégias e criar um ambiente centrado no público. Entender o que ele gosta e o que ele quer ver no perfil da empresa é essencial para manter o seguidor atento e engajado. Porém, antes de manter a atenção do público, é preciso atrair a atenção do público, e uma das formas mais eficazes de isso acontecer na prática é criando o que eu chamo de “Vitrine” no Instagram. 1. Ter um perfil público - Um erro muito comum é empresas manterem seus perfis privados. Eu sinceramente não vejo lógica nisso, afinal a empresa está numa rede social para se mostrar, se fazer ser vista e atrair pessoas. Ter um perfil privado onde os seguidores preci-

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sam pedir permissão para ver o que você vende, é bem contraditório. Se uma empresa quer usar o Instagram para atrair novas pessoas e transformá-las em clientes deve ter o perfil público, aberto para que todos possam ver e decidir se irão seguir ou não. 2. Ter uma conta comercial Um dos maiores benefícios de ter uma conta comercial são as informações e estatísticas fornecidas pelo próprio Instagram. Essas informações servem para entender sobre os seguidores, como eles se comportam, o que eles mais gostam, criar novos conteúdos e o melhor: criar novas estratégias de vendas. 3. Ter uma descrição estratégica - Aqui é a parte crucial do perfil, é através da descrição do negócio que o seguidor toma ou não a ação de seguir o perfil da empresa. Por isso, ela precisa ser bem clara, simples e coesa. A empresa

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deve informar sobre o que faz, o que vende e pra quem vende. Isso faz toda a diferença. 4. Criar links estratégicos Para onde você quer levar o seguidor? Site, WhatsApp, página do Facebook, blog, catálogo, cardápio? Enfim, usar um link de forma estratégica aumenta potencialmente a venda. Na descrição existe espaço para colocar somente um link, mas é possível usar ferramentas para criar um combo de links e poder divulgar vários canais de vendas e conteúdos para seu público. 5. Usar a localização - É de suma importância incluir o endereço da empresa caso ela tenha uma sede física. O endereço se torna um link onde o seguidor pode clicar e abrir um App como o Google Maps e dirigir-se facilmente até a empresa. 6. Criar conteúdos relevantes - Aqui é o calo de muitas empresas. Não sabem o que pos-

tar. Conhecer o público é a melhor forma de criar conteúdos originais, de alta qualidade para ajudar as pessoas a resolvem problemas. Os conteúdos devem gerar conexões e confiança, passar credibilidade e potencializar vendas. 7. Usar as hashtags de forma estratégica - Muitas empresam ignoram o uso das hashtags, pensam que são apenas uma modinha. Grande engano! As hashtags servem para espalhar o conteúdo na internet e se forem usadas da forma correta, irão atrair um público qualificado e disposto para comprar. Depois que a sua Vitrine estiver pronta, será muito fácil atrair e reter novos seguidores, criar relacionamento e transformá-los em clientes. Se sua empresa ainda não tem uma Vitrine no Instagram, é hora de colocar a mão na massa.

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Josy Fernandes: com uma ideia simples ela mudou de vida Por Thaís Partamian Victorello

Conheça a trajetória de superação da brasileira que viu sua vida mudar ao decidir investir no comércio de pipocas.

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ascida em Petrópolis (Rio de Janeiro), a trajetória de empreendedorismo e superação da empresária Josiane Fernandes da Silva, inspira muitas pessoas simples e que sonham em mudar de vida. Mãe da Gabriella e do Miguel, antes de dar uma “guinada” em sua vida financeira, Josy (como é popularmente conhecida) era vendedora, mas estava desempregada. Um dia ela teve a ideia de investir o pouco dinheiro que havia recebido de um trabalho temporário para tentar a “sorte” vendendo pipocas. Isso mesmo: pipocas! Uma ideia simples, cujo a receita foi milho de pipoca, óleo e sal. Produzida sem conservantes e com o mesmo sabor daquela pipoca que a gente faz em casa, acreditando que daria certo, mas sem imaginar o que estava para acontecer, ela ofereceu o produto em um colégio. A ideia deu tão certo que ela decidiu investir o lucro das vendas abrindo uma empresa.

@thaisvictorello

A marca Palomithas, com sede localizada em Duque de Caxias (RJ), é referência na área e tem conquistado cada vez mais o público, ganhando espaço nos grandes comércios e expandindo a linha de produtos no concorrido mercado alimentício. A Exato conversou com a empresária Josy Fernandes para conhecer uma pouco mais sobre essa incrível história. Confira a entrevista: EXATO: Como surgiu a ideia de empreender em pipocas? Josy Fernandes: A ideia surgiu da cantina do tio do meu ex-esposo e que atualmente é meu sócio. Era um produto que tinha uma boa saída lá, e então a partir daí vi uma alternativa de negócio. EXATO: Como você iniciou esse projeto? Josy Fernandes: É uma história um pouco triste, sempre fico

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A empresária posa no estoque da fábrica da Palomithas, em Duque de Caxias (RJ) - Foto: Marcell Compan

emocionada ao contá-la, mas não podemos fugir da nossa realidade, não é mesmo? Eu estava desempregada, fazia alguns bicos como faxina, pintura de grade de janela e coisas do tipo para colocar uma mistura dentro de casa. Meu marido trabalhava, mas ganhava pouco e eu na época trouxe a minha mãe para morar conosco, então tinha que me virar pra conseguir dar conta do recado. Foi então que a partir de uma faxina feita, eu peguei aquele suado dinheiro e disse para minha mãe: “Hoje nós vamos comer pipoca!”. Comprei milho, óleo e uns pacotes de polietileno. Estourei as pipocas, selei na panela

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e fui atrás do minha primeira cliente em um colégio. Chegando lá ela disse: “Minha filha, isso não vai vender aqui não”. Eu insisti, falei que ela não precisava me dar nada na hora, que ficaria consignado e quando vendesse tudo eu receberia. Ela por fim sensibilizada aceitou. Pra minha maior surpresa, ao chegar em casa o telefone tocou, quem era? Era a fulana dizendo que tinha vendido tudo no primeiro recreio e que era pra passar lá pra receber e levar mais pipocas. E foi assim que a Palomithas surgiu... Na época sem nome, sem marca, sem nada, apenas com a força de vontade de uma menina que se viu em um mo-

mento difícil da vida. EXATO: A Palomithas foi o seu primeiro projeto como empreendedora? Josy Fernandes: Não, na verdade além de trabalhar como vendedora, eu também já vendi churrasquinho na frente de casa, cachorro quente em eventos e até laços para cabelo. EXATO: No início do projeto seus amigos e familiares acreditavam no potencial dele? Josy Fernandes: As pessoas não só acreditavam no potencial do

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negócio, como tentaram copiar. Tivemos familiares que tentaram fabricar o mesmo produto da mesma forma e não obtiveram sucesso.

isso sem falar da alta carga tributária do país, onde a gente acaba não vendo o retorno do que pagamos de impostos.

EXATO: Por que o nome Palomithas?

EXATO: Qual é a linha de produtos das Palomithas atualmente?

Josy Fernandes: O nome foi dado pelo meu irmão, que também trabalha até hoje com a Pipoca. Ele criou a marca e o nome veio de pipoca em espanhol.

Josy Fernandes: A Palomithas hoje conta com 4 produtos: salgada, bacon, manteiga e caramelizada.

EXATO: Em algum momento lá no início, você imaginou que a ideia daria tão certo? Em qual momento você identificou que estava no caminho certo? Josy Fernandes: Desde o início vi que era uma oportunidade única e que eu deveria agarrar com unhas e dentes, foi o que eu fiz e olha onde eu vim parar?! Confesso que lá atrás não imaginava tanto, mas hoje eu sei que ainda posso ir muito mais além. Quando eu vi que quem experimentava o produto, gostava, eu sabia que estava no caminho ideal, pois quando você entrega ao seu público um produto com qualidade, você pode ter certeza que terá retorno. EXATO: Quais são as dificuldade de ser um investidor no Brasil? Josy Fernandes: Eu creio que esse ponto seja comum para a maioria dos empreendedores do país, as dificuldades para se abrir e legalizar um negócio no Brasil é algo fora do comum, a demora para um alvará, licenciamento e etc. São coisas que desanimam quem quer empreender de maneira correta,

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EXATO: Há quanto tempo a marca está no mercado? 2003.

Josy Fernandes: Desde de

EXATO: A área de distribuição dos produtos já é nacional? Josy Fernandes: Ainda não, ainda vamos buscar meios de atender todo território nacional, mas por enquanto trabalhamos apenas com o estado do Rio de Janeiro e o público encontra nas Lojas Americanas de São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. EXATO: O que a Palomithas mudou na sua vida e da sua família? Josy Fernandes: A Palomithas simplesmente mudou a minha vida da água pro vinho, me proporciona tudo do bom e do melhor, realizou sonhos, não só meus mas como dos meus familiares também e tenho certeza que realizará muito mais. EXATO: Qual a diferença do seu produto para o mesmo produto de outras marcas?

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A marca está no mercado desde 2003

A empresária tem o sonho de internacionalizar a marca - Foto: Divulgação

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Josy Fernandes: Hoje o nosso diferencial está na qualidade, usamos matéria prima de primeira qualidade, nada de marca inferior. O nosso milho é um milho premium, com sementes importadas e estamos sempre buscando o que há de melhor no mercado para agregar em nossa qualidade, pois entendemos que entregar o melhor sempre trará melhores resultados.

mas ainda é algo preliminar. Entendemos que quando as portas se abrirem, nós entramos. Se tiver que acontecer, será!

EXATO: Você pretende internacionalizar a marca e expandir a venda para outros países?

EXATO: Qual conselho você daria para quem sonha em empreender?

Josy Fernandes: É um sonho, mas que está mais perto da realidade do que antes. Estamos fazendo um estudo para verificar a possibilidade de entrada no mercado Europeu através de Portugal por intermédio de uma Trade Company,

Josy Fernandes: Nunca desista dos seus sonhos, pois se com pouco eu fiz muito, você também pode fazer!!

EXATO: Qual é o seu maior sonho? Josy Fernandes: Meu maior sonho é conseguir alcançar meu objetivo, que é o de vender Palomithas para o mundo!

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Vernan Wolf Aurélio

ECONOMIA

Economista

/vernanjonas

O IMPACTO DO COVID-19 NA ECONOMIA Por Vernan Wolf Aurélio

“Life, safety, and then the economy”, Donald Trump Presidente dos EUA

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o momento em que escrevo esse artigo, isolado em meu apartamento em Massachusetts, o COVID-19 – nova doença causada por coronavírus – já foi declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a Johns Hopkinsn University Medical School, sediada nos EUA, hoje temos mais de 700 mil pessoas infectadas e mais de 34 mil mortes, no mundo (final de março). Nos EUA, onde é hoje o epicentro da pandemia, mais de 137 mil pessoas – que sabemos – possuem a doença, e registrou-se mais de 2 mil mortes. O mundo inteiro sofre com a rápida transmissão do vírus. Ainda não sabemos qual será o total impacto econômico desse desastre, mas já temos uma idéia. E não é nada boa. No estado de Massachusetts, o governador Charlie Baker orientou um “Stay-Home” até o dia 7 de abril. Até lá, a orientação é de

que apenas estabelecimentos essenciais estejam abertos, como supermercados, farmácias, hospitais e postos de gasolina. Há estados em pior situação, como Nova Yorque e Washington, onde o número de óbitos por COVID-19 cresce a cada dia, mesmo com as drásticas medidas de isolamento social adotadas para conter a transmissão e o contágio. A dúvida, no campo econômico, é de quão grande será o impacto no orçamento das famílias e, sobretudo, das empresas que empregam essas famílias. Desde que assumiu a Casa Branca em 20 de janeiro de 2017, um dos grandes trunfos da administração do presidente Trump tem sido o desempenho da economia, mais especificamente do mercado financeiro e do mercado de trabalho. . O índice Dow Jones, que é composto pelas 30 maiores empresas listadas em mercados de ações nos EUA, estava em 19 mil pontos quando Trump iniciou sua

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gestão. Até o final de fevereiro de 2020, esse índice bateu nos 29 mil pontos, com valorização de mais de 50%, um recorde, pois no dia 18 de março de 2020, o índice caiu para os mesmos 19 mil pontos do início da era Trump, numa das maiores quedas de sua história. Outro indicador que será drasticamente afetado está no mercado de trabalho. Durante o mandato de Trump, a taxa de desemprego caiu para seu nível mais baixo dos últimos 59 anos – para 3,2% da população em condições de trabalhar. Ainda não temos dados de desemprego para o mês de março, mas a julgar pelos pedidos

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de seguro desemprego nos EUA, essa taxa irá aumentar consideravelmente. Na semana encerrada no dia 21 de março, mais de 3 milhões de pedidos de seguro desemprego foram solicitados nos EUA. A recessão de curto-prazo, que muitos achavam que viria num possível estouro da bolha de crédito – devido aos juros historicamente baixos – já é uma realidade. Tanto é realidade, que o governo federal decidiu agir de maneira firme – porém, questionável. No dia 27 de março, o presidente Trump assinou o “Families First Coronavirus Response Act”, um pacote econômico de auxílio a famílias e empresas,

visando mitigar os impactos econômicos da pandemia. Os valores são historicamente altos, um recorde em medidas de contenção nos EUA: US$2,2 trilhões de dólares. Colocando esses números em perspectiva, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA foi pouco mais de US$21 trilhões em 2019. O pacote de auxílio será 10% do PIB dos EUA, ou, se preferirem, maior que o PIB nominal do Brasil em 2019, que foi cerca de US$1,8 trilhões. Em outras palavras, o governo está injetando na economia americana o tamanho de toda economia brasileira para evitar um desastre nos EUA. Em outra medida drástica,

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ECONOMIA

o Federal Reserve (FED), banco central dos EUA, baixou a taxa de juros básica da economia – Federal Open Market Commitee (FOMC) – para 0%. Isso mesmo, zero porcento. Sendo assim, descontada a taxa de inflação de cerca de 1,6% ao ano, os EUA possuem, hoje, juros reais negativos, algo muito grave se considerarmos os impactos que isso pode causar nos níveis de poupança de longo-prazo. Com juros reais negativos, não há incentivos à poupança, e isso pode impactar negativamente os investimentos produtivos de longo prazo. O maior receio é que a espiral de recessão seja tão aguda que coloque o país num cenário pior ao da Grande Depressão, que ocorreu após a quebra da bolsa de valores de Nova Yorque em 1929, quando desemprego nos EUA chegou a 25% nos anos seguintes. No final do mês de março, em outra medida polêmica, que visa evitar um possível gargalo no sistema de saúde dos EUA, o presidente Trump invocou o Defense Production Act, que foi assinado assinado em 1950 durante a Guerra da Coréia. A lei dá ao governo americano um controle maior sobre o que deve ser produzido no setor industrial da economia em momentos de guerra. E é exatamente como o presidente está encarando o COVID-19: um inimigo invisível, uma guerra. Entre os círculos políticos mais chegados da Casa Branca, a invocação do Defense Production Act já faz com que Trump seja cha-

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mado de wartime president. Como resultado dessa medida, o governo federal obrigou a montadora de carros General Motors a focar na produção de respiradores (ventilators) para os hospitais, os quais já sofrem com a escassez desse aparelho. Mas, nem tudo é intervenção governamental no combate à transmissão e o contágio do COVID-19. Uma das medidas do governo federal foi reduzir substancialmente a regulação do FDA (Food and Drug Administration) – uma espécia de ANVISA dos EUA – para a produção de novos medicamentos e para a realização de testes em pessoas que possuem os sintomas da doença. Um dos grandes benefícios para os países que obtiveram sucesso na redução do contágio do COVID-19, como Coréia do Sul e Austrália, foi a massiva realização de testes em indivíduos. De acordo com o vice-presidente Mike Pence, após as medidas de desburocratização do FDA, hoje os EUA é capaz de realizar mais de 100 mil testes por dia. O questionamento, a medida que entramos no mês de abril, passa a ser outro: por quanto tempo os EUA continuará adotando medidas localizadas de isolamento social (social distancing), sem que isso impacte mais ainda a economia negativamente. Essa é a questão em outros países, como o Brasil, por exemplo. Em coletiva de imprensa com a Força-Tarefa do Coronavirus, o presidente manifestou o interesse

em flexibilizar as medidas de restrição após o mês de abril, e colocar o país de volta ao trabalho, mas com cautela. As orientações do presidente de “stay-home” foram estendidas até o dia 30 de abril. Na última semana, quando perguntado sobre essa possibilidade, Trump disse que analisaria os números até lá, mas que o lema é: “Life, safety, and then the economy” - colocar em primeiro a vida e a segurança, e depois pensar na economia. Apesar de os números de pessoas infectadas mudarem a cada dia, os dados no campo econômico ainda não são completos, e é justamente por isso que é difícil fazer uma análise mais detalhada. É certo, contudo, que o país enfrentará recessão econômica em decorrência dessa pandemia. Os poucos dados que temos do mercado de trabalho e financeiro mostram essa tendência, infelizmente. Todos os dias os números do COVID-19 se alteram. Uma das características fundamentais da economia americana, contudo, com sua facilidade para abrir – e fechar, se for o caso – novos negócios, é a resiliência. Por resiliência econômica entedemos a rápida capacidade de ajuste em momentos de crise, e de recuperação. A recessão econômica já está aí, mas a economia americana vai se ajustar e, mais importante, se recuperar. Enquanto isso, seja paciente, e tome as precauções necessárias – e não esqueça de lavar as mãos.

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Hellen Lima

CULTURA

Administradora

/hellennsl

PÁSCOA: TEMPO DE ESPERANÇA E RENASCIMENTO Por Hellen Lima

A festa mais tradicional, tanto para os judeus como para os cristãos, traz uma mensagem de esperança e renascimento para o mundo

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Páscoa é a festa mais popular para as duas religiões monoteístas mais antigas do mundo, o Judaísmo e o Cristianismo. Nos Estados Unidos, país colonizado por cristãos e onde os judeus tem uma expressiva comunidade de imigrantes, é natural que ela seja celebrada com grande empolgação. Porém, nem só das tradições judaico-cristãs a Páscoa na América é feita, pois algumas influências pagãs também estão presentes na celebração da Páscoa norte-americana. É interessante notar que em inglês temos dois termos para “Páscoa”: Passover e Easter. Passover é a Páscoa Judaica. O termo vem do hebraico Pessach que significa “passagem”. Para os judeus, a Páscoa é a festa que comemora a libertação dos israelitas da escravidão egípcia. Após, cerca de quatrocentos anos servindo como escravos, os judeus, liderados por

Moisés, foram libertos após Deus enviar as dez pragas contra aquela nação. É a festa mais importante dos judeus. A Páscoa Cristã teve início em uma das comemorações da Páscoa Judaica. Foi durante a festa da Páscoa que Jesus, um judeu, foi crucificado em Jerusalém e ressuscitou no terceiro dia após a sua morte. O dia da ressurreição de Jesus é a Páscoa Cristã. A ressurreição de Cristo representa para os cristãos a libertação da escravidão do pecado e a reconciliação com Deus após o pecado original. O nome, em inglês Easter, aparentemente retoma o nome de um deus pagão chamado Eostre, da Inglaterra pré-cristã, que era celebrado no início da primavera. Como as datas praticamente coincidem, é fácil entender porque no inglês Easter é o termo utilizado para a Páscoa Cristã. Uma particularidade da Páscoa é que ela é uma celebração

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com a data móvel. Cada ano ela é celebrada em um dia diferente. Para saber como calcular o dia da Páscoa é necessário levar em consideração o calendário Solar e Lunar. O ano solar tem quatro dias especiais em seu calendário. Dois Solstícios e dois Equinócios. O solstício é o dia em que o sol atinge a sua incidência limite em um dos hemisférios, ou seja, quando ele atinge a sua incidência máxima no Hemisfério Sul, automaticamente ele atinge a sua incidência mínima no Norte, e vice-versa. Os Solstícios ocorrem nos dias 20 ou 21 de junho e dezembro, iniciando as estações Verão ou Inverno, dependendo do hemisfério. Já o Equinócio ocorre quando o sol está alinhado a Linha do Equador, isto é, nenhum dos he-

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misférios recebe mais ou menos luz do sol, e neste dia, o dia e a noite tem a mesma duração. Os dias de Equinócio ocorrem nos dias 20 ou 21 de março e 22 ou 23 de setembro, e dão início à Primavera e ao Outono. Mas o que tudo isso tem haver com a Páscoa? Alguns feriados estão diretamente ligados à mudança das estações. É o caso do Natal. Na Bíblia não há informações precisas a respeito de que época do ano Jesus nasceu. Alguns estudiosos acreditam que a razão do Natal ser celebrado no dia 25 de dezembro é porque esse é o dia do Solstício de Inverno de acordo com o calendário romano. A partir do Solstício de Inverno, os dias começam a ficar mais claros gradualmente, com o

sol se pondo cada vez mais tarde. Essa era uma simbologia ideal para o nascimento da luz do mundo. A Páscoa tem uma simbologia semelhante, pois é próxima de outro ponto chave no calendário solar: o Equinócio de Primavera no Hemisfério Norte. Para esse hemisfério, a chegada da primavera é recebida com grande alegria e expectativa, pois põe fim aos dias frios de inverno. A Primavera também significa a volta à vida de plantas e árvores que estiveram adormecidas durante o inverno. E é na Primavera (do Hemisfério Norte) que a Páscoa é celebrada. Dado a influência desses simbolismos, é natural que seja celebrada a ressurreição de Jesus nessa época do ano.

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CULTURA

Mas, agora temos a pergunta crucial: como calcular o dia correto da Páscoa? Nisto, judeus e cristãos diferem também. A Páscoa Judaica é comemorada no dia 14 do mês de Nissan (primeiro mês do calendário judaico). Nos primeiros séculos do cristianismo, os cristãos comemoravam a sua Páscoa no mesmo dia que os judeus. Porém, em 325 d.C, no Concilio de Nicéia, o imperador Constantino convencionou uma data distinta para a comemoração cristã. A Páscoa Cristã seria comemorada no primeiro domingo após a primeira lua cheia após o Equinócio de Primavera no Hemisfério Norte. Daí a impor-

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tância de entender como funciona o Calendário Solar e Lunar. A data cai sempre após o dia 22 de março e antes do dia 25 de abril. A tradição de incluir o coelho como símbolo de Páscoa vem de uma tradição alemã. A deusa pagã Isthar sempre era representada junto com coelhos e era celebrada também no início da primavera. Ovos decorados já eram usados como presentes na Europa pré-cristã no início da primavera. Ao longo do tempo, essas tradições passaram a fazer parte da Páscoa Cristã. Em um mundo como o nosso, onde a cultura de diversos povos acaba por se fundir em deter-

minados momentos, é natural que diversas referências e influências façam parte de uma festa tão importante. Do judaísmo, temos a lição da libertação da escravidão; do cristianismo, a ressurreição da morte; do início da primavera, o renascimento das árvores; dos símbolos do coelho e dos ovos, a fertilidade. Independente de quais referências usamos nessa época, é inegável a atmosfera de um novo ciclo, de esperança e de renovação. Desejo aos nossos leitores uma Feliz Páscoa! Que essa mensagem de esperança floresça em sua vida em dias tão difíceis como os nossos.

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EMPREENDEDORISMO

Fernanda Melo

Consultora de Empresas

/femelo.co

COMO REGULARIZAR SUA EMPRESA DE ALIMENTOS NOS EUA Por Fernanda Melo

Um negócio na informalidade, principalmente na área alimentícia, é um risco.

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ecentemente o canal de televisão americano Food Network, durante o programa do Guy Fieri exibiu uma matéria contando a história de um food truck de comida brasileira em Austin Texas, chamado Boteco. Guy Fieri foi ao food truck por recomendação do ator americano Matthew McConaughey, vencedor de um Oscar pelo filme Dallas Buyers Club e casado com a modelo brasileira Camila Alves. Na matéria, o brasileiro Fernando Marri, deixa o apresentador impressionado com delícias da culinária brasileira. De coxinhas crocantes a uma feijoada gourmet de dar água na boca, Fernando confirma para todos assistindo a matéria que o Brasil realmente tem a melhor comida do mundo. A comida brasileira é elogiada no mundo todo, e apreciada por americanos e imigrantes aqui nos Estados Unidos. Sem contar com

a comunidade brasileira é uma das maiores comunidades de imigrantes, e que não abre mão de comer comida brasileira. Deve ser por isso que empresários como o Fernando Marri estão conquistando o mercado americano e ajudando os brasileiros a matar a saudade do Brasil. Uma empresa de alimentos brasileiros nos Estados Unidos é um ótimo negócio, e existem muitos brasileiros que já entenderam isso. A maioria começou de forma orgânica, a trabalhar em casa na informalidade e o que começou pequeno acabou crescendo e muitos estão trocando empregos como limpeza de casa, por um negócio de alimentos. O problema é que viver na informalidade, principalmente na área alimentícia é um risco, principalmente com as leis rígidas dos Estados Unidos. Por isso, a regularização deve acontecer o mais rápido possível. Cada tipo de negócio exige

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um tipo de regularização, mas a maioria dos negócios de alimentos vão precisar seguir esses passos: 1. É necessário solicitar uma licença com as autoridades locais e fazer uma inspeção antes de servir comida ao público. Empresas de alimentos são inspecionadas de uma a duas vezes por ano. O valor das taxas de licenciamento pode ser diferente para cada cidade, mas em Boston, por exemplo, os valores atuais vão de $50 a $300. 2. Normalmente é necessário agendar uma consulta e fornecer vários documentos, incluindo: • Um formulário que em inglês é chamado de Food Service Permit Application, • Comprovante de pagamento das suas taxas, • 4 cópias de um plano de negócio que em inglês é chamado de Site Plan, • 1 cópia das especificações dos equipamentos que serão utili-

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zados no preparo e manuseio dos alimentos, • Uma lista completa preenchida com detalhes do negócio, em inglês Food Plan Review Worksheet, • 1 cópia do menu com avisos ao consumidor (se forem necessário), • 1 licença conhecida como Building Permit assinada pelos inspetores da sua cidade. 3. Após a revisão e aprovação inicial dos itens acima, o empresário pode entrar com o pedido para as licenças e certificados finais que são necessário para ter um negócio de alimentos nos Estados Unidos: • Certificado para ocupação do local (no caso de restaurantes), em inglês: Certificate of Occupancy e Certificate of Inspection from the Building Division, • A permissão para servir alimentos, em inglês: Food Service

Permit, • 1 licença para preparar, manusear, servir alimentos, em inglês: Food Manager Certification and Allergen Awareness Certification, • E a licença para fornecer comidas e bebidas, conhecida em inglês por Common Victualler’s License. O processo pode parecer intenso, mas é mais simples do que parece. Existe também a opção de contratar empresas que te ajudam a preencher formulários, criar planos e se preparar para testes e inspeções. Algumas empresas que atuam nessa área são: Avery Restaurant Consulting (617) 970-8566 e Berger Food Safety Consulting (617) 445-1647.

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Fábio Borges

ESPORTES

Educador Físico /fbsportsusa

ESTRATÉGIA DO MARKETING ESPORTIVO Por Fábio Borges

O esporte como ferramenta de comunicação para pequenas e médias empresas.

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Marketing Esportivo utiliza o esporte como ferramenta de comunicação, seja dentro do meio esportivo ou aproveitando as peculiaridades deste segmento para influenciar a aquisição de produtos e serviços e envolver o cliente. Se tem algo que todos nós sabemos e relembramos a cada dia, é que a comunicação é fundamental para a boa relação da marca com seu cliente. No ramo esportivo, isso não é diferente. Quando falamos em Marketing Esportivo, lembramos de marcas ligadas a grandes eventos como Copa do Mundo, Fórmula 1, Olimpíadas, etc., e assim, parece estar muito distante da realidade das pequenas e médias empresas. Entretanto, não é necessário projetar um mega evento para trabalhar com Marketing Esportivo. Imagine que você seja um parente ou amigo próximo de um participante de um evento esportivo

(pequeno, médio ou grande): você está feliz por estar ao lado de quem você ama em uma ação de interação total; você tira fotos, torce, se diverte; chora se o time dele perdeu; ou, vibra, grita, e – chora – se o time dele ganhou. Independentemente do resultado, emoções são geradas dentro de você. Qual a imagem, ou melhor, qual experiência você está levando desse evento? É nessa hora que vem à sua mente: quem está promovendo esta atividade? Já pensou se a sua marca está ligada ao nome do evento, o quanto será relacionada e interiorizada pelos participantes e seus acompanhantes? Estas emoções geram sensações que estarão relacionadas a sua marca, de uma forma totalmente diferente do que você já viu antes. Você grava no interior dos participantes, parentes e amigos do mesmo, o nome de sua marca - e pode ter certeza que ela ficará gravada por muito tempo.

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Além disso, outras estratégias podem ser usadas dentro do mesmo evento, como e-mails informando as novidades de sua empresa, promoções para aqueles que participaram do evento, ativação da sua marca durante o evento nas redes sociais dos participantes e parentes, brindes que sejam realmente de utilidade, etc.

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Essas são ações simples que lhe trarão o que de mais importante uma empresa deseja: a interação das pessoas com sua marca. Mas, cuidado! não adianta sua marca estar envolvida em um belo evento, com várias pessoas envolvidas, se não existirem ações que possam interagir com essas pessoas. Portanto, crie um evento bem

organizado, independentemente da quantidade de participantes, com marcas em evidência, gerando emoções nas pessoas, despertando o interesse e a paixão pelo esporte. Você irá se apaixonar pelas oportunidades que aparecerão usando essa estratégia de Marketing.

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