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ÍNDICE
POLÍTICA
12.
A “democracia” brasileira não é para amadores TECNOLOGIA
18.
2021: Uma odisseia na Terra EMPREENDEDORISMO
22.
Preparando sua empresa para 2021 CINEMA
26.
A grande aposta ECONOMIA
30.
O impacto do corte de impostos MATÉRIA
46.
36. 4
Empreendedor lança canal de turismo no Youtube EMPREENDEDOR DO MÊS
CAPA
Rodrigo Constantino: Sem medo da patrulha da esquerda “politicamente correta”
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50.
De maquiadora à empresária de sucesso
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COLABORADORES
Daniel Rohde CEO da revista EXATO, designer gráfico, catarinense, casado, formado em Administração pela Universidade Católica de Brasília. Gosta de ouvir música e tecnologia. @danielwrohde
Simone Rohde Comercial da revista EXATO, paranaense, casada, formada em Administração pela Universidade Católica de Brasília, e pós-graduada em Administração com Ênfase em RH pela Unigran. Gosta de viajar, ler e escrever nas horas vagas. @simonewrohde
Thaís P. Victorello Jornalista, assessora de imprensa, colunista social, produtora e editora chefe da revista EXATO; Paulistana, formada em jornalismo pela Universidade Cidade de São Paulo; cristã, casada e mãe de três filhos. Gosta de viajar e de estar com a família.
@thaisvictorello
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Samuel Andrade Fotógrafo de casamentos, lifestyle e retrato. Com mais de 15 anos no mercado, venho buscando constantemente trazer para as pessoas uma experiência incrível, eternizando momentos através da arte da fotografia. @samuel.stp
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EXPEDIENTE
REVISTA MENSAL ANO 2 | EDIÇÃO 21 JANEIRO DE 2021 CEO/FOUNDER: COMERCIAL:
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EDIÇÃO/DIAGRAMAÇÃO:
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DESIGNER GRÁFICO:
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JORNALISTA E EDITORA-CHEFE:
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FOTÓGRAFO: COLUNISTAS E ARTIGOS:
Samuel Andrade Thaís P. Victorello . Antônio J. Fonseca Fernanda Melo . Renato Gomes . Vernan Wolf Ed Saraiva Jr A REVISTA EXATO é uma publicação mensal. O conteúdo da revista, bem como artigos e anúncios são de inteira responsabilidade de seus autores e anunciantes. Pessoas sem registro em nosso expediente, não estão autorizadas a falar em nome da Revista. Na dúvida, entre em contato conosco. CAPA: Rodrigo Constantino FOTO CAPA: Divulgação
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EDITORIAL
ENTRAMOS NA NOVA DÉCADA! POR SIMONE ROHDE
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uem aí tá feliz que entramos num novo ano? Eu estou. Muito! Sei que as coisas não mudaram só porque virou o calendário, mas dá uma sensação de alívio de termos finalmente deixado para trás um dos piores anos que nós já tivemos, não é? Sem falar que muitos não tiveram essa oportunidade! Toda vez que terminamos um ciclo (um mês, uma estação, etc.) renovamos nossas esperanças, é algo humano. Reescrevemos projetos e objetivos e nossas forças se revigoram. Queremos começar logo a nova fase! Então, espero muito que isso tenha acontecido com você, apesar de todos os pesares... Cá entre nós, vocês viram quantas histórias de sucesso tivemos no ano passado? Eu, particularmente, acho que o brasileiro é um dos povos mais criativos que existem, e penso que as dificuldades diárias que enfrentamos em nosso país natal nos moldaram para isso. Vimos literalmente pessoas “vendendo lenços” e fazendo muita grana - e aqui não me refiro a situações ilegais, mas a forma de empreender. Uma das formas de me manter motivada e focada é ler bons livros e ouvir podcasts de pessoas bem-sucedidas ou que tem boas histórias para compartilhar. Algumas pessoas usam os exercícios físicos ou a medita-
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ção (e outras várias técnicas que super funcionam) para se motivarem, o importante é não deixar a “peteca” cair porque essa fase vai passar!! Para esse primeiro mês do ano trazemos uma entrevista exclusiva com Rodrigo Constantino, um grande conhecedor do mercado financeiro e comentarista sobre política (pág. 36) e também uma coluna sobre o tema com o mestre Renato Gomes (pág. 12), afinal é a pauta que está 24/7 em todos os meios de comunicação. Conheça também a Empreendedora do Mês, histórias de brasileiros que fazem a diferença em terras americanas (pág. 50) entre outras incríveis colunas. No demais, em nome da Exato, desejo que esse ano você empreenda com sabedora e criatividade e que tenha o melhor ano de sua vida! Com carinho,
Simone Rohde
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POLÍTICA
A “DEMOCRACIA” BRASILEIRA NÃO É PARA AMADORES A “inconstitucionalização” do voto impresso.
POR RENATO R. GOMES
RENATO R. GOMES Natural de Niterói - RJ Mestre em Direito Público (UERJ05-07) Ex-oficial da Marinha do Brasil (EN9093) e Escritor. @renatorgomesoficial
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ativismo judicial criminoso e o deboche da toga para com a soberania popular, que lhe é inerente. A gracinha “democrática” da vez foi a “inconstitucionalização” do voto impresso. É realmente duro comentar isso! Mas o faço, em consideração aos cidadãos de bem, leitores que buscam esclarecimentos intelectualmente honestos e torcem para o Brasil virar a página, encerrando definitivamente o ciclo de mais de três décadas de redemocratização de araque, de badernas, estagnação, pilantragens, insegurança e cerceamento gradual e homeopático das liberdades individuais. Pela análise lógica, absolutamente nenhum dos argumentos usados para inconstitucionalizar o voto impresso foi válido, pois o argumento só é válido quando suas premissas são verdadeiras e a conclusão delas derivada também o seja. Tanto no aspecto dedutivo (lógica formal), quanto na justificação pelos fatos e pelas provas (lógica in-
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formal). Infelizmente, não foi o caso. Em síntese, os ministros disseram que a impressão do voto violaria i) o sigilo e a impessoalidade, bem como ii) o princípio da proibição do retrocesso social, devido ao alto custo da implementação e à ineficiência administrativa, o que seria a supressão de uma “conquista” popular. Quanto ao primeiro argumento da quebra do sigilo, a falta de lógica é gritante. O eleitor aperta os botões da urna e finaliza seus votos. Automaticamente, o extrato do voto é impresso, sem identificação pessoal. Ele o confere, dobra e deposita no coletor. E, assim, fica garantida a possibilidade de recontagem futura. Legitimidade da democracia representativa ficaria reforçada. Onde estaria o risco de violação de sigilo? Só em mentalidades distópicas. Usemos a forma lógica irrefutável do silogismo hipotético, para desmascarar a suprema fraude argumentativa: “Se A, então B (premissa 1). Se B, então C (premissa 2).
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Logo, se A, então C (conclusão).” A estrutura do argumento falacioso, mascarado de verdadeiro, ficaria: “Premissa 1. Se houver impressão do voto (A), haverá risco de quebra de sigilo ou fraude (B). Premissa 2. Se houver risco de quebra de sigilo ou fraude (B), será inconstitucional (C). Conclusão. Logo, se o voto for impresso (A), será inconstitucional (C). A dedução foi correta; porém, as premissas e a conclusão são plenamente falsas. Argumento logicamente inválido. Se preenchermos o conteúdo com informações realistas, dúvidas desaparecem. Qualquer cidadão intelectualmente honesto, alfabetizado e bem-informado sabe que esse argumento é não só formalmente falso, como
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também não tem o mínimo suporte no mundo dos fatos, sendo, por isso, insustentável. Primeiro, porque nunca existiu no passado experiência similar, que pudesse respaldar uma prognose de fraude. Segundo, porque, sem qualquer registro histórico passado, tal conclusão não passa de especulação individual, aleatoriamente criada, fácil e intencionalmente dirigida ao atendimento dos próprios interesses inconfessáveis de seus defensores. E mais: mesmo que houvesse histórico anterior de fraude ou quebra de sigilo do voto, não significaria que, no futuro, ela se repetiria. Agora, o argumento do retrocesso social. Retrocesso social significa criação de qualquer medida legislativa, política socioeconômica,
obra pública ou lapso de achismos que, aos olhos de semideuses justiceiros sociais e garantidores de “minorias oprimidas”, cause prejuízo social moralmente inadmissível. “Moralmente”, no sentido de conveniência atribuído à moral por “especialistas”, progressistas de esquerda, fomentadores espiritualmente inconscientes da perversão moral em franco processo de corrosão de valores tradicionais. Obviamente, tudo sob o aval da ditadura institucionalizada do politicamente correto, ora em seu ápice, após transcorridas três décadas de corrupção incessante da linguagem, da cultura, da contextualização. Para ilustrar a ideia de retrocesso social, além da “inconstitucionalização” do voto impresso, vale ci-
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POLÍTICA
tar mais duas nulidades ou “pérolas” supremas, de natureza fachiniana, típicas bebês tupiniquins de Rosemary. No Rio de Janeiro, polícia agir como polícia, combatendo o crime nas favelas, está proibido (“Tadinhos dos narcotraficantes! A população escravizada pode aguentar mais um tantinho, né?”). Às favas com o art.144, da CF. Presumida e paradoxalmente, polícia eficiente traduz espécie de “retrocesso social”. Força Nacional de Segurança Pública, atuando em favor da ordem pública, por determinação do ministro da Justiça, simboliza supostamente “retrocesso social” (“Os pobrezinhos dos invasores de terras são tão bonzinhos…! São vítimas da sociedade capitalista opressora.”). Ao lixo com os art.1.º e art.3.º, da lei 11.473/07. Voltando à decisão que invalidou o voto impresso, estruturemos o argumento do retrocesso social, também forma lógica do silogismo hipotético, de validade inconteste: “Premissa 1. Impressão de voto eletrônico atenta contra eficiência administrativa (A). Premissa 2. Violar a eficiência administrativa conquistada pelo povo é retrocesso social (B). Conclusão. Logo, voto impresso viola o princípio da proibição de retrocesso social. Novamente, a composição atual do STF demonstrou ter uma carência grave de capacidade de raciocínio lógico. Sob o aspecto formal, a dedução está correta, não obstante as proposições (premissas e conclusão) serem falsas. Associando agora os fatos ao argumento supremo, podemos objetar: por que garantir-se a segurança do voto pela impressão implicaria ineficiência administrativa? O que tem a ver eficiência administrativa com a
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não impressão de votos eletrônicos, impossibilitando-se a recontagem a posteriori? Se nenhum equipamento eletrônico é 100% inviolável, como afirmar que a impressão do voto eletrônico afetaria conquista da democracia representativa, se, na prática, a não impressão é o que a ameaça, pela possibilidade de legitimar fraudes nos códigos-fonte das urnas e a consequente farsa eleitoral? O retrocesso social não seria, de fato, a impossibilidade de recontagem de votos, tal como era possível há décadas? Aliás, onde na Constituição está previsto esse “princípio” da proibição do retrocesso social? Pois é: essa é a nossa “democracia”, na qual “as instituições funcionam”, mas de costas para a população e sem dar-lhe a mínima satisfação pelos descalabros produzidos dia sim, outro também, com danos incalculáveis ao Brasil. Não à toa, perguntinha que minha voz interior buzina a todo instante em minha consciência e cuja resposta gostaria muito de saber, para encerrar o quebra-cabeça “democrático”: por que nenhum luciferiano está em cana?
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TECNOLOGIA
2021: UMA ODISSEIA NA TERRA O que esperar da tecnologia nesta década.
POR ANTÓNIO J. FONSECA
ANTÓNIO J. FONSECA Arquiteto, Analista de Sistemas, Auditor de Sistemas da Qualidade e Segurança da Informação, Consultor de Empresas, criador do treinamento Empreenda-se™ e CEO da bITs Tech Solutions. @antoniojfonseca
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uem já passou dos 35, 40 anos de idade, certamente já assistiu ao desenho animado “Os Jetsons”, que mostrava a vida cotidiana de uma família no distante futuro de 2020... E o futuro chegou! Entretanto, 2020 chegou de uma forma diferente das previsões feitas por Hanna e Barbera, autores de ”Os Jetsons”. Ainda não moramos em casas futuristas, semelhantes a discos voadores, os carros ainda não voam e as empregadas domésticas e, em alguns casos os professores, ainda não são robôs. Mas o quão distante estamos dessa fantasia? Como chegamos a 2020 e o que esperar da tecnologia nos próximos anos? Desnecessário dizer que 2020 começou diferente de todos os outros anos, com o invisível ditando a velocidade e a amplitude das nossas ações. Mudando formas de pensar e de agir. Suprimindo capacidades de raciocinar, em muitos casos, e liberdades. Dando
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poder a quem não sabe ou soube usar, tornando alguns em “soberanos” e muitos em submissos espectadores da história que se cria e se vive. 2020 foi um ano difícil, longo na sua mesma duração de todos os demais. Curto para encampar tudo o que aconteceu. E a tecnologia esteve sempre presente, ajudando a causar ou amenizar os problemas deste ano estranho. As comunicações mudaram, com programas e aplicativos de videoconferência, com Zoom, Google HangOuts, Microsoft Team e uma dezena de outros, se aperfeiçoando ou surgindo para o mercado, oferecendo possibilidades pouco conhecidas da maioria das pessoas. Popularizando tecnologia já existente há muitos anos. As escolas mudaram. Passaram a utilizar os novos ou inovados meios de comunicação por vídeo, além de outros recursos, como o Google Classroom, para que as
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aulas não deixassem de acontecer, permitindo que crianças, jovens e adultos continuassem seus estudos, mesmo isolados em suas casas, em grandes centros urbanos ou em localidades remotas. As empresas mudaram. Muitas tiveram que se adaptar e adotar o home office, ou trabalho remoto, utilizando-se das tecnologias para que seus colaboradores, do conforto ou desconforto de seus lares e em isolamento, continuassem a produzir e a colaborar, criando um ambiente de trabalho virtual. Mas ainda não temos carros voadores ou faxineiras robôs. Será mesmo? Então olhe em volta... Talvez não sejam como no desenho animado, mas algumas dessas invenções futuristas já chegaram e muitas pessoas nem perceberam. Veja, por exemplo, aparelhos como o iRobot, aspirador de pó autônomo. Ou os assistentes virtuais, como a Alexa da Amazon, a Siri da Apple, o Google Assistant do Google, que,
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integrados a outros dispositivos, conseguem efetuar tarefas pelo simples comando da voz, ou através de rotinas programadas. Geladeiras que controlam a validade de alimentos e podem, inclusive, fazer pedidos no seu supermercado de preferência, lavadouras de roupas, fornos e fogões que interagem conosco, informando a quantidade correta de detergente e amaciante de roupas, sugerindo receitas para o jantar e orientando sua preparação e muitos outros que, talvez, você nem tenha percebido. Mas o que esperar de novo? Bem, o 5G - tecnologia de internet móvel de quinta geração - será popularizada em 2021, apesar da briga entre China e Estados Unidos sobre seu desenvolvimento e uso. Cada vez mais, veremos carros com baixas emissões de gases e automóveis, com recursos de segurança para evitar acidentes. Inteligência artificial é outra área onde veremos muitos avanços
nos próximos anos, com mais interação entre máquinas e humanos, onde a AI ajudará profissionais na tomada de decisões. E as comunicações não vão parar por aqui. O Whatsapp vem liberando aos poucos, em caráter experimental, as chamadas de voz e vídeo nas versões desktop, ou seja, nos computadores. Até então, as chamadas de voz e vídeo somente eram possíveis no WahtsApp em telefones. Outra área em que veremos avanços num futuro próximo é a segurança cibernética. Com o aumento considerável de usuários na internet, trabalhando ou estudando, tendo acesso a sistemas empresariais e governamentais, os ataques de hackers também aumentaram na mesma proporção, usando como porta de entrada para tais ataques, o ponto mais vulnerável da cadeia de comunicação: o usuário em home office ou home school, que não conta com sistemas de proteção de suas redes caseiras, antiví-
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TECNOLOGIA
rus robustos, utilizam senhas como firewalls e até mesmo fracas ou, na grande maioria, as senhas padrão de seus modens e roteadores, definidas nas fábricas e não alteradas durante a instalação por parte da provedora de serviço de internet. A computação em nuvem e o uso de servidores remotos e virtuais também deverá aumentar de forma exponencial, com custo mais baixo e, com a evolução da internet, com maior velocidade, permitindo usar um sistema remoto com a mesma performance de um sistema local. Os carros também deverão evoluir muito nos próximos anos, com as maiores montadoras desenvolvendo seus modelos de carros autônomos. Além disso, diversas empresas vem fazendo testes bem sucedidos com veículos que podem tanto trafegar sobre rodas, quanto voar pequenas e médias distâncias, ou “levitar” como um hovercraft. Também veremos mais
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drones nos céus, fazendo entregas de encomendas ou levando sua pizza até você. O desenvolvimento de medicamentos e vacinas também será impactado, devido aos aprendizados que o 2020 proporcionou, com o rápido mapeamento de DNA de um vírus e simulações cada vez mais precisas, de reações clínicas a certos elementos. O retorno do homem à Lua também será uma realidade em pouco tempo, com a criação de uma estação lunar que permitirá que astronautas e pessoas comuns, como pesquisadores e cientistas, possam morar na Lua e realizar suas pesquisas nesse ambiente, além de permitir o lançamento de outras naves para planetas mais distantes, como Marte, com menos esforço e com menos uso de combustível, uma vez que não será necessário vencer a gravidade da Terra. Também veremos grandes avanços na agricultura, já que a tec-
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nologia de GPS e veículos autônomos não é exclusividade de carros urbanos. Tratores que preparam o solo, semeadeiras e colheitadeiras, com uso de AI, dados de GPS e de nanorobôs espalhados pelos campos, farão o preparo, o plantio e a colheita no momento certo, aumentando a produtividade e a eficiência das produções, reduzindo o tempo de preparo e colheita e minimizando, ou quase eliminando, o desperdício. Muito ainda está por vir. Muitos avanços serão alcançados nos próximos anos e, com certeza teremos uma década repleta de inovações e criações que nos trarão facilidades e comodidade, com melhor qualidade de vida. Então vamos continuar atentos e observando cada nova conquista rumo ao mundo dos Jetsons. Até o nosso próximo encontro.
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EMPREENDEDORISMO
PREPARANDO SUA EMPRESA PARA 2021 Para crescer no ano que se inicia é preciso entrar em campo preparado.
POR FERNANDA MELO
FERNANDA MELO Consultora de Empresas @femelo.co
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odo empreendedor de sucesso nos EUA tem algo em comum. Eles já entenderam a importância dos KPIs (Keys Performance Indicator) que são os Indicadores-chave de desempenho de uma empresa. A partir do bom monitoramento desses dados é possível entender o desempenho completo de uma empresa. Os KPIs funcionam como o exame médico anual que os médicos recomendam para realizar um check-up geral de seu paciente. São os KPIs que vão medir a saúde da empresa, assim como os exames vão revelar a saúde (ou doença) do paciente. Isso é importante para monitorar o desempenho de uma empresa, mas também é essencial para planejar os alvos e metas do futuro. Um empresário para traçar às metas para um novo ano precisa tanto dos KPIs, como um médico precisa do exame médico para recomendar um tratamento ao seu paciente. No final de cada ano, uma prá-
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tica muito comum entre às empresas americanas é a reunião de Budget ou planejamento. Nessa reunião, acontece uma revisão geral de 2 KPIs: o do ano anterior, e o do ano atual. A partir dos comparativos traça-se uma meta para o ano seguinte. De forma bem simples, qualquer empreendedor pode incorporar isso em seu negócio, independente do tamanho de sua empresa. Para fazer isso, basta um empreendedor fazer um levantamento dos KPIs de algumas áreas cruciais de seu negócio: • Quanto a empresa vendeu no ano de 2019 e 2020? • Quanto a empresa investiu em ‘marketing’ em 2019 e 2020? • Quantos clientes a empresa atendeu em 2019 e 2020? Se um empreendedor escrever em uma folha de papel esses dados, ele consegue ter informação suficiente para criar um Budget/ Planejamento para sua empresa em 2021.
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Por exemplo, se uma empresa vendeu 100 mil dólares em 2019 e 175 mil dólares em 2020, a empresa teve um crescimento de 75%. Se a mesma empresa investiu 20 mil dólares em 2019 em marketing para atender 225 clientes, e 35 mil dólares em 2020 para atender 300 clientes, já fica claro que para um aumento de 75% no investimento de marketing houve um aumento de 75% de clientes, o que aumentou às vendas em 75%. Com esses números pode-se construir um Budget atingível para 2021 de: • Meta de vendas, anual: 307 mil
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dólares Investimento de marketing: 62 mil dólares • Meta de clientes: 526 clientes Lógico, que esse exemplo possui números perfeitos, para ilustrar uma ideia, mas independente dos números fica claro que qualquer empresário que não sabe seus KPIs dos anos anteriores, não vai conseguir traçar metas para o ano seguinte. “Um time que joga um jogo de futebol sem placar, não vai ter estímulo nenhum de vencer o jogo.” Metas funcionam como um •
placar, elas motivam o time, e ajudam o técnico a desenvolver uma estratégia para alcançá-la. Se existe uma expectativa para o crescimento no ano de 2021, um empresário (ou técnico), já precisa entrar em campo com seu planejamento estratégico e seu placar em mente, o que passar disso é como dizem os americanos: “wishful thinking”, pensamentos positivos que fazem bem às emoções, mas não produzem resultados reais. Só vai crescer em 2021 que entrar em campo preparado para o jogo.
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CINEMA
A GRANDE APOSTA Uma obra que retrata a grande crise do mercado imobiliário nos EUA. POR ED. SARAIVA JR.
ED. SARAIVA JR. Jornalista @edsaraivajr_escritor
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Em tempos de crise sanitária, investir alto pode ser considerado loucura por muitos apostadores, entretanto, uma grande oportunidade para aqueles que sabem onde e como gerar lucro. Um bom exemplo disso, está no longa “A grande Aposta” (2015) do diretor Adam McKay que retrata a história real da grande crise do mercado hipotecário nos EUA, em 2008. A trama apresenta um grupo de investidores que nota fraudes e falhas nos setores imobiliários, uma fonte de riqueza para muitos, mas uma bomba relógio para os gênios: Michael Burry (Christian Bale), um economista renomado, o oportunista Jared Vennet (Ryan Gosling), o empresário honesto Mark Baum (Steve Carell) e a dupla de jovens empreendedores vividos por Finn Witrock e John Magaro auxiliados pelo aposentado Ben Rickert (Brad Pitt). Juntos apostam contra esse mercado, embora o cenário fantasioso indique o contrário, o que é considerado um grande absurdo por outros grupos de investidores. Aqueles que perceberam o iceberg no horizonte, estudaram e analisaram o mercado e seus números de
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uma maneira mais profunda enquanto outras pessoas enxergavam rios de dinheiros sem ao menos saber onde estavam pisando. “A grande Aposta” (2015) é um filme divertido que diversas vezes quebra a quarta parede para tentar explicar o que está acontecendo para espectador. A obra roteirizada por Adam McKay e Charles Randolph, procura esclarecer aquele cenário frenético de investidores dando a vida por suas apostas, uma verdadeira selva dentro de grandes capitais estadunidenses e como pessoas vão do céu ao inferno por causas das ações em que apostam. Dentro da narrativa é possível perceber como o mundo dos negócios pode ser perigoso quando há arrogância e prepotência dos investidores. É necessário estudo, pesquisa, empatia com o cliente e calma para construir algo lucrativo. A grande aposta está disponível no catalogo da Netflix e recebeu o Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, em 2016.
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Sinopse: Ano: 2016 (2h 11min) Direção: Adam McKay Elenco: Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling Gênero: Drama, Comédia. País de origem: EUA
Avaliações: 4.3
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ECONOMIA
O IMPACTO DO CORTE DE IMPOSTOS E como esse corte ajudou a amortecer o impacto da destruição econômica causada pelos lockdowns durante a pandemia de Covid-19, em 2020. POR VERNAN W. AURÉLIO
VERNAN W. AURÉLIO Economista
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o longo das últimas décadas, economistas de diferentes escolas de pensamentos eram praticamente unânimes em afirmar que o salário médio dos americanos estava estagnado. “Os empregos estão voltando, mas os salários não. A mediana dos salários ainda está abaixo de onde estava antes da Grande Recessão de 2009”, disse em 2015 Robert Reich, ex-Secretário de Trabalho do governo Clinton. Com efeito, não é difícil encontrar dados mostrando que o salário real médio dos americanos praticamente não aumentou desde a década de 1970 — dados estes que muitos utilizam para açular a guerra de classes. Embora tais dados corroborem a tese de que a abolição do padrão-ouro foi a grande responsável pela crescente disparidade desde
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1971, o fato é que há muitos problemas com a alegação de que os salários reais (ajustados pela inflação) estão estagnados há anos. O mito dos salários estagnados Como o economista Don Boudreaux sempre ressalta, há importantes fatores sendo desconsiderados nesta análise. Nas últimas décadas, por exemplo, os benefícios não-salariais dos americanos explodiram. Hoje, eles recebem vários tipos de auxílios para deslocamento e para realocação, recebem planos de saúde pagos pelo empregador, recebem cobertura odontológica e oftalmológica, recebem cuidados médicos que também se estendem a seus filhos, possuem participação em generosos fundos de pensão, e
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recebem do empregador seguro de vida corporativo (há empregadores que pagam as creches dos filhos dos funcionários). Há também férias pagas e o direito de se faltar ao trabalho 6 vezes ao ano sem ser descontado. Há lojas que dão desconto a funcionários de determinadas empresas. Tudo isso chega, no mínimo, a 40% do salário do indivíduo! Adicionalmente, no geral, os preços de vários bens de consumo importantes desabaram. Coisas como fogão, geladeira, televisão e todos os tipos de sistemas de entretenimento doméstico, lava-louças, churrasqueiras, microondas, forno elétrico, panelas especiais, torradeiras, esteiras de ginástica, aspiradores de pó etc. ficaram 76% mais baratos, em média. Já os preços de vários utensí-
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lios domésticos caíram 81% entre 1960 e 2013 em termos de horas de trabalho necessárias para comprar esses itens. Ou seja, os benefícios não-salariais (não computados nas estatísticas) dos trabalhadores aumentaram 40% e os preços nominais caíram entre 76% e 81%. Portanto, a narrativa dos salários estagnados nos EUA sempre foi majoritariamente um mito. Os próprios dados do Federal Reserve (que utilizam um índice de preços ponderado de acordo com mudanças de hábitos de consumo) mostram um substantivo aumento no crescimento dos salários nos últimos anos. Ainda assim, pelo bem da argumentação, vamos usar os mesmos dados convencionais que estes economistas utilizam para fazer sua
argumentação. O resultado, prometo, será surpreendente. Utilizando os dados convencionais Se utilizarmos os dados do Bureau of Labor Statistics (equivalente ao Ministério do Trabalho) para mensurar a renda das famílias ao longo das duas últimas décadas, a fotografia de fato fica um tanto mais sombria. Na verdade, ficava. Agora, não mais. As estatísticas do governo que utilizam o Índice de Preços ao Consumidor para mensurar a inflação - mostram que, de 2002 a 2015, a mediana dos salários semanais praticamente não se mexeu. No entanto, entre 2018 e 2020 ela disparou. Note que, de 1999 a 2015, os
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ECONOMIA
salários não se moveram. Não houve crescimento. De 2015 a 2018, há uma reação. Já em 2019, eles disparam a uma taxa jamais observada nas duas décadas anteriores. Tal fato já foi observado na grande mídia. Na Bloomberg, o economista Karl Smith descreve o crescimento na renda utilizando uma métrica ligeiramente distinta, a mediana real da renda das famílias. “Em 2016, a mediana real da renda das famílias era de $62.898, apenas $257 acima do nível de 1999”, escreveu Smith. “Nos três anos seguintes, ela cresceu quase $6.000, indo para $ 68.703”. De fato, a mediana da renda das famílias aumentou de $64.300 para $68.700 somente em 2018 — um aumento de $4.400. Colocando de outra maneira, em apenas um ano, a mediana da renda dos americanos aumentou mais do que em todos os 20 anos anteriores combinados. (A renda das famílias era de $61.100 em 1998 e de $64.300 ao fim de 2017). A causa A pergunta, obviamente, é por que os salários dos americanos repentinamente explodiram após décadas de crescimento tépido? A resposta não é difícil de ser encontrada. No ano de 2017, o governo Trump implantou um grande programa de desregulamentações em conjunto com a aprovação de um acentuado corte na alíquota máxima do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. Estima-se que as desregulamentações trouxeram uma poupança de $2 trilhões para o setor privado. Mas o corte do imposto de
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renda sobre empresas foi um fator ainda mais crucial. Antes de 2017, os EUA possuíam a maior alíquota de IRPJ em todo o mundo desenvolvido: 35%. Esta alíquota superava a da China e até mesmo a da Venezuela (a do Brasil está hoje em 34%). Após o corte, a alíquota máxima sobre empresas caiu para 21%, tornando-se uma das menores do mundo desenvolvido. Consequentemente, as empresas passaram a ter uma fatia menor de seus lucros confiscada. Em outras palavras, as empresas passaram a ter mais capital disponível. E aí aconteceu exatamente aquilo previsto pela teoria econômica: pagando menos impostos, empresas passaram a ter mais capital disponível para crescer, investir, contratar mão-de-obra e, claro, pagar melhores salários. Lucros são o que possibilitam as empresas a fazer novos investimentos, a adquirir mais maquinários, a expandir suas instalações e, com isso, aprimorar sua capacidade produtiva. São também os lucros que possibilitam a contratação de novos empregados e a concessão de aumentos salariais. São os lucros, portanto, que permitem que as empresas contratem mais pessoas e paguem maiores salários. Quando o governo tributa o lucro, ele faz com que o capital que poderia ser utilizado para contratar mais pessoas e pagar maiores salários seja direcionado para o mero consumismo do governo, ficando sob os caprichos de seus burocratas, obstruindo a formação de capital. Já menos impostos sobre as empresas, além de permitir mais
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contratações, também aumentam a recompensa de se assumir riscos empreendedoriais, de se aprimorar técnicas, de se criar novas tecnologias e de se aumentar os investimentos em capital. Isso aumenta a produtividade dos trabalhadores e, consequentemente, seus rendimentos. Portanto, sim, tão logo a alíquota máxima do IRPJ caiu de 35% para 21%, as empresas prontamente se viram com mais capital disponível para investir, para se expandir, para aumentar a produtividade e para contratar mais trabalhadores (a taxa de desemprego caiu, estava nas mínimas históricas até imediatamente antes da Covid-19). E poucas coisas atraem mais trabalhadores do que salários mais altos. Com efeito, impostos sobre as empresas afetam muito mais os trabalhadores do que as próprias empresas. Especialistas tributários apontam que aproximadamente 70% do que as empresas ganham em lucros são pagos aos trabalhadores na forma de salários e outros benefícios. Sendo assim, não é de se surpreender que estudos comprovem que os trabalhadores arcam com, entre 50 e 100%, do fardo dos impostos sobre pessoa jurídica. A mídia, como sempre, errou À época do anúncio dos cortes de impostos, a mídia escarneceu da possibilidade de que cortes de impostos sobre empresas pudessem resultar em aumentos salariais para os trabalhadores. Hoje, porém, os dados falam por si: as famílias viram suas rendas crescerem mais rapidamente do que em qualquer outro período de sua geração. Adicionalmente, embora a
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mediana dos salários tenha subido, mostrando que os benefícios foram para todos, o fato é que cada segmento da sociedade se beneficiou desses ganhos salariais: o quintil mais baixo teve um aumento da renda maior do que o aumento vivenciado pelo quintil mais alto. Apenas para deixar claro, a redução do IRPJ não foi o único fator responsável pelo aumento dos salários, mas é provável que tenha sido o maior. Esse aumento na renda das famílias certamente ajudou a amortecer o impacto da destruição econômica causada pelos lockdowns durante a pandemia de Covid-19, em 2020.
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RODRIGO CONSTANTINO:
SEM MEDO DA PATRULHA DA ESQUERDA “POLITICAMENTE CORRETA” Sem papas na língua, Constantino bate um papo sobre política, economia, pandemia e a nova fase profissional.
POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO
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ascido na cidade do Rio de Janeiro em meados da década de 70, economista por formação (com uma vasta experiência no mercado financeiro), o comentarista e escritor Rodrigo Constantino é fruto do casamento de um estatístico e de uma bióloga e psicóloga. Casado há quase duas décadas e pai de dois filhos, ele mudou-se com a família para o estado americano da Flórida em 2015, logo após Dilma Rousseff ser reeleita como presidente do Brasil. “Eu já nutria o desejo de morar nos Estados Unidos, mas ali foi a gota d’água.” Interessado por política desde muito jovem, ao
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longo de sua bem sucedida trajetória na comunicação, Rodrigo trabalhou como colunista político em diversos veículos brasileiros de mídia, mesmo após mudar-se para os EUA. Em novembro de 2020 Constantino se viu “no olho do furacão”, após emitir uma opinião em uma transmissão ao vivo em uma de suas redes sociais e sofrer o temido “cancelamento” por parte da patrulha do “politicamente correto” na internet. A repercussão da polêmica foi tamanha, que o profissional teve alguns de seus contratos literalmente cancelados. Não demorou muito (no mesmo mês), ele foi convidado para ir para a TV aber-
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EXATO: Quando e qual foi a sua primeira oportunidade profissional? Rodrigo Constantino: Em 1997 entrei como estagiário no Banco Modal, mas fiquei apenas dois meses, pois tinha enviado currículo para o FonteCindam junto, e fui chamado apenas depois. Lá a oportunidade era analista de empresas, o que me atraía mais do que o departamento de macroeconomia do Modal. Quando veio a crise cambial em 1999 e o FonteCindam faliu, fui para a JGP, na qual Paulo Guedes era sócio-fundador. Fiquei seis anos lá. EXATO: Como e quando surgiu a oportunidade de se tornar colunista? Capa do livro “Esquerda Caviar”, um dos livros de autoria de Constantino Foto: Divulgação
ta, aceitou o convite e está de casa nova, integrando o time de colunistas fixos do programa “Opinião no Ar”, comandado pelo jornalista Luís Lacombe, na Rede TV. A Exato bateu um papo com exclusividade com Rodrigo Constatino, onde ele fala sobre trajetória profissional, política, pandemia, cancelamento, família e novos projetos. Confira a seguir:
Rodrigo Constantino: O Paulo Guedes me recomendou livros de economistas austríacos, e quando peguei, não consegui largar. Comecei a ler muito sobre filosofia também, para entender mais da natureza humana, de olho no mercado financeiro ainda. Escrevia al-
ACHO LEGÍTIMO DESCONFIAR DE QUALQUER VACINA FEITA ÀS PRESSAS, EM TEMPO RECORDE E COM TECNOLOGIA REVOLUCIONÁRIA.
EXATO: Quando você decidiu estudar economia e o que o motivou a fazer esta escolha? Rodrigo Constantino: Nunca tive muita dúvida. Meu pai era do mercado financeiro e eu queria seguir o mesmo caminho. Achava que economia era a escolha óbvia, apesar de muitos, na época, considerarem engenharia melhor. Não me arrependo. Economia era mais o meu estilo.
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Foto: Arquivo pessoal
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vi em quase todos! Fui colunista do Globo por seis anos, da Veja por dois anos, da revista IstoÉ, escrevia colunas de gestor no Valor Econômico, fui do jornal ZeroHora, do r7 e da RecordNews, comentarista da JovemPan, colunista da revista Voto, do jornal Correio do Povo. Sou colunista da Gazeta do Povo, do Notícias do Dia em Santa Catarina, do Diário de São Paulo, da revista Oeste e comentarista na RedeTV.
Rodrigo é autor de 12 livros Foto: Divulgação
guns textos curtos para uma lista de amigos e familiares, sobre política e economia. Quando o PT foi eleito, passei a me dedicar mais à escrita de textos, e acabei tendo uma coluna publicada no MídiaSemMáscara, site ligado a Olavo de Carvalho. Um editor de BH me pediu autorização para usar alguns trechos num livro de um autor seu, e sugeri um livro todo com minhas colunas. Nasceu meu primeiro livro, “Prisioneiros da Liberdade”. Dali em diante a coisa só cresceu, passei a escrever em outros sites, dar palestras, até que fundei, a pedido de Paulo Guedes, o Instituto Millenium, com outras pessoas. Faziam parte João Roberto Marinho e gente da Veja. Fui convidado para escrever coluna no Globo, mais tarde na Veja, e a carreira deslanchou. Abandonei de vez o mercado financeiro. EXATO: Por quais meios de comunicação você já passou? Rodrigo Constantino: Já escre-
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EXATO: Em novembro de 2020 você foi desligado de veículos de comunicação por opinar em um espaço pessoal. É utopia o pensar que o conservadorismo, apesar de seus recentes avanços, ainda terá um espaço devido dentro da grande mídia? Rodrigo Constantino: Não acho que seja uma utopia, mas será uma luta árdua. As redes sociais furaram a bolha hegemônica “progressista”, e a turma está reagindo, perseguindo, tentando censurar os conservadores. Mas não é viável, e há enorme demanda reprimida. Os donos dos veículos de comunicação percebem isso, não são bobos. Por isso temos cada vez mais comentaristas e colunistas de direita, ainda que uma minoria. Falta um veículo grande com esse viés predominante, mas ainda teremos isso. A bola está quicando. Alguém vai abrir uma FoxNews do Brasil eventualmente. EXATO: Como surgiu o seu interesse por política? Rodrigo Constantino: Difícil até lembrar. Acho que desde sempre. Quando era adolescente, meu professor de História tentava pregar o comunismo em sala de aula, demonizando empresários, como se fossem exploradores. Eu via meu pai como patrão, tenso, cheio de responsabilidade com seus funcionários, trabalhando muito, e a narrativa
O MAIOR DESAFIO É COMPREENDER QUE A LIBERDADE INDIVIDUAL, SEU VALOR MÁXIMO, NÃO SOBREVIVE NUM VÁCUO DE VALORES MORAIS. esquerdista não batia com os fatos que eu já conhecia. Ali eu já tinha o antídoto contra as bobagens da esquerda. EXATO: Em que ano você decidiu mudar com sua família para os Estados Unidos e o que o motivou a esta mudança? Rodrigo Constantino: Foi em abril de 2015, após Dilma Rousseff ser reeleita. Eu já nutria o desejo de morar nos Estados Unidos, mas ali foi a gota d’água. Eu precisava sair do Brasil, respirar ares mais livres. Me incomodava muito o jeitinho brasileiro também, a malandragem carioca, o desrespeito com a coisa pública. Tomamos a decisão em outubro de 2014, empurramos com a barriga, e no começo de 2015 levamos mais a sério e resolvemos tudo em poucos meses.
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Rodrigo Constantino: Considero um governo bom em geral, com ótimos ministros, uma agenda reformista virtuosa, o desejo sincero de acertar em prol do país. Mas os obstáculos são enormes. A questão da governabilidade não é brincadeira num país com Congresso tão fragmentado. O STF tem feito de tudo para boicotar o governo. O establishment joga pesado. E Bolsonaro é cada vez mais refém dessa turma. O resultado final, portanto, acaba sendo apenas regular, mas menos por culpa do presidente do que do restante. EXATO: Como você avalia a gestão da pandemia pelo governo de Donald Trump? Rodrigo Constantino: Acho que ele fez o que podia ser feito, o governo federal agiu rápido para ajudar os estados, ele fechou fronteiras com a China no começo (e foi acusado de xenófobo pelos democratas). Mas há um limite. Os estados têm autonomia, ainda bem. E não era possível impedir todas as mortes. Colocar na conta do presidente cada óbito, como fez a esquerda brasileira também, é pura demagogia barata. EXATO: Você acredita na lisura das eleições brasileiras através do voto eletrônico?
Foto: Redes Sociais
EXATO: Você tem pretensões de voltar a morar no Brasil? Rodrigo Constantino: Não descarto, mas não pretendo, não está em meus planos. Se eu achasse que é o melhor para a minha carreira, para a minha família e para a minha causa, eu poderia morar em São Paulo (não no Rio, decadente
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demais da conta hoje, infelizmente). Mas prefiro viver na Flórida. Tenho melhor qualidade de vida, e acho que isso me torna até mais combativo nas lutas contra a esquerda brasileira. EXATO: Como você avalia o governo do Presidente Jair Bolsonaro?
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Rodrigo Constantino: Acho pouco confiável e prefiro ter voto impresso para aumentar a confiança. Em 2014 mesmo houve suspeita de fraude para a reviravolta de Dilma. Tampouco confio no modelo americano com tantos votos pelo Correio este ano. Acho que teve fraude. EXATO: Em época de “polarização” em vários setores da sociedade, como levar os leitores a iniciar uma reflexão sobre a defesa dos princípios e valores
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AS REDES SOCIAIS FURARAM A BOLHA HEGEMÔNICA “PROGRESSISTA”, E A TURMA ESTÁ REAGINDO, PERSEGUINDO, TENTANDO CENSURAR OS CONSERVADORES. que asseguram o exercício da liberdade? Rodrigo Constantino: Justamente por conta da polarização temos que provocar essas reflexões. Às vezes muitos se perdem em discussões mais acaloradas nas redes sociais, tratando política como disputa de futebol, mas é preciso dar um passo atrás para pensar sobre quais valores devemos defender. O debate mais filosófico sobre quais são os principais pilares da nossa civilização nunca esteve tão em falta e nunca foi tão necessário. Afinal, estou convencido de que a ala radical da esquerda, com o silêncio cúmplice dos “moderados”, deseja implodir tais pilares. EXATO: Qual é a sua opinião sobre o sistema de cotas? Rodrigo Constantino: Sou total-
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Rodrigo mora com a família na Flórida desde 2015 - Foto: Redes Sociais
mente contra. Se forem cotas raciais, então, nem se fala. Não consigo ver qualquer lógica em combater o racismo segregando a população com base na “raça”, e não entendo como pode ser justo prejudicar um inocente hoje em nome de injustiças passadas, sendo que o beneficiado com o privilégio sequer foi vítima de fato dessas injustiças. Nem um pai transmite dívida para os filhos. Por que um branco pobre hoje deveria pagar pelo que outros fizeram no passado? EXATO: Qual é o maior desafio do liberalismo? Rodrigo Constantino: O maior desafio é compreender que a liber-
dade individual, seu valor máximo, não sobrevive num vácuo de valores morais. Ou seja, o liberalismo só prospera mesmo se estiver alicerçado por tradições conservadoras e um povo moral, que preserva virtudes. Muitos liberais só focam na economia, e esse é seu maior erro. EXATO: Como surgiu a ideia de escrever Panaceia, o seu primeiro livro de ficção? Rodrigo Constantino: Estava numa casa de praia com minha esposa, e tinha umas ideias nesse sentido já, mas foi um “chamado”. Sentei, comecei a escrever, e não parei até terminar o livrinho com a história de resgate da sociedade,
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não com “a cura”, pois ela não existe, mas sim com um remédio amargo, com efeitos colaterais, que mitigasse os sintomas da doença causada pelo “cole” (coletivismo). Era uma tentativa de diálogo entre liberais e conservadores pragmáticos, cientes de que na vida não há soluções, apenas “trade-offs”. Era um ataque contra os utópicos, idealistas, românticos, lembrando que política é a arte do possível. EXATO: Quantos livros você já publicou? Rodrigo Constantino: São 12 no total, e mais um em co-autoria. A maioria é coletânea de artigos. Meu estilo é mais o de cronista mesmo, escrevo muitas resenhas dos vários livros que leio. Depois acabo reunindo em livro. EXATO: Em tempos de pandemia e polarização, muito se fala sobre possíveis “teorias da conspiração”. Qual é a sua opinião sobre a possibilidade do vírus chinês ter sido criado em laboratório para instaurar o caos mundial? Rodrigo Constantino: Eu não descarto. Não costumo ser adepto de teses conspiratórias, acho que há uma tendência natural no homem em crer nelas, pois simplificam um mundo mais complexo e caótico. Mas é preciso lembrar que conspirações existem. A União Soviética estava repleta delas e enganou muito “dupe” no Ocidente, muito inocente útil que foi instrumento de suas tramas contra o mundo livre. A China hoje assumiu esse lugar, e não podemos ser ingênuos. Os comunistas jogam pesado na busca de seus interesses. EXATO: Você acha legítima a desconfiança em relação a Coronavac? Qual é a sua opinião sobre a obrigatoriedade da va-
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cinação sugerida por alguns governantes brasileiros? Rodrigo Constantino: Acho legítimo desconfiar de qualquer vacina feita às pressas, em tempo recorde e com tecnologia revolucionária. Quando os laboratórios pedem aos governos um “waiver” para ficarem imunes de responsabilização em casos de efeitos colaterais, a desconfiança só aumenta. E quando o processo foi feito por uma empresa com passado de corrupção num país sob um regime ditatorial opaco, sem transparência, e responsável pela pandemia, aí a desconfiança é uma obrigação de qualquer pessoa razoável. Eu não tomaria a vacina chinesa. EXATO: Você acredita que assim como no Brasil, nos EUA a pandemia também foi politizada? Rodrigo Constantino: Foi totalmente politizada, tanto pelos democratas como pela mídia, o que é praticamente sinônimo. Fizeram de tudo para demonizar Trump e elogiar os governadores democratas. Andrew Cuomo, com os piores resultados em Nova York, era tratado pela imprensa como o homem da ciência, enquanto Trump era um obscurantista. O povo mesmo era a última preocupação dessa gente, ambiciosa demais da conta. EXATO: Qual é a sua opinião sobre a eficiência da quarentena, do distanciamento social, do uso de máscaras de proteção e do sitema de lockdown como solução para achatar a curva do vírus chinês? Rodrigo Constantino: Acho que não há respaldo científico para essas medidas, e não levaram em conta seus efeitos não programados em outras áreas. A própria ideia de achatar a curva, usada no começo
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ME INCOMODAVA MUITO O JEITINHO BRASILEIRO TAMBÉM, A MALANDRAGEM CARIOCA, O DESRESPEITO COM A COISA PÚBLICA. como pretexto, foi abandonado, e depois passaram a pregar o lockdown como uma espécie de cura para a doença, o que não faz sentido. A pandemia do Covid-19 não foi sem precedentes, mas a reação a ela sim. Acho que isso se deve à era das redes sociais, e com a mídia abutre disseminando mais pânico, tudo piorou. Os autoritários oportunistas viram aí uma chance para avançar com seus projetos de controle total da população. As liberdades estão ameaçadas hoje no Ocidente por conta disso. EXATO: Você acredita que a esquerda tenta monopolizar as virtudes e a ciência? Rodrigo Constantino: Não resta a menor dúvida! Essa tem sido sua estratégia para impedir o debate. Só a esquerda se preocupa com os pobres, com as minorias, e só a esquerda usa ciência, fatos, enquanto seus adversários são rotulados das
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BATE-BOLA: Prato predileto: Picanha Esporte favorito: Corrida Família: O que mais importa na vida Feminismo: Ressentimento Deus: Paciente Livro de cabeceira: Crime e Castigo, Dostoievski Uma mania: Achar que dou conta de tudo Brasil: Oportunidade China: Ameaça Black Lives Matter: Marxismo PT e PSOL: Lixos Um sonho: Liberdade
piores coisas, são fascistas, racistas, machistas, obscurantistas. Isso mesmo quando é a esquerda que abraça algo totalmente anticientífico como a ideologia de gênero, que ignora a biologia. EXATO: Como surgiu o convite para a sua contratação na Rede TV? Como tem sido essa experiência? Rodrigo Constantino: Lacombe apresenta o programa e se diz fã do meu trabalho, e ele sugeriu à direção que me contratasse. A conversa foi rápida e fechamos. Tem sido ótimo trabalhar com Lacombe e os
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demais, e o programa tem entrevistados de alto nível. Estou gostando muito.
quadro, retomar a austeridade fiscal, dar mais liberdade para os indivíduos.
EXATO: Quais os principais desafios econômicos, resquícios da pandemia, que o mundo deve enfrentar em 2021?
EXATO: Quais são seus projetos para 2021?
Rodrigo Constantino: Seguir com uma agenda de reformas estruturais para conter o rombo fiscal. Os governos quebraram de vez com os pacotes emergenciais de auxílio durante a pandemia. Aqueles que defendem mais estado nunca desperdiçam uma grande crise. É necessário agora reverter esse
Rodrigo Constantino: Não posso negar que 2020, apesar de tudo, tenha sido um bom ano profissionalmente falando para mim. Quero seguir com esses projetos, o meu independente, que está indo muito bem, meu programa de patronos para garantir essa independência, e eventualmente um projeto solo mais ousado ainda, com investidores por trás, pode ser uma ideia.
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EMPREENDEDOR LANÇA CANAL DE TURISMO NO YOUTUBE Fabio Salles decidiu unir a experiência no ramo de turismo e hotelaria, com a trajetória na área da comunicação através do canal “E aí vamos nós!”. POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO
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episódio com atrações para todas as idades, entre piscinas climatizadas e aquecidas, atrações radicais, parque de diversões e hospedagem do Parque Aquático Magic City, um complexo de lazer em meio a Mata Atlântica, localizado em Suzano, a 60km da capital paulista. “No decorrer deste ano de 2021, eu e a minha equipe, vamos mostrar diversos locais que tenho certeza que os internautas irão gostar e se devertir!”, finaliza Fabio. O parque Magic City também foi visitado pela equipe do canal “E aí vamos nós!”, que estreou em janeiro - Foto: Divulgação
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om uma ampla experiência na área da comunicação, hotelaria e turismo, o paulistano Fabio Salles mudou-se do Brasil para os Estados Unidos em 2010, cheio de sonhos e objetivos profissionais. Empreendedor nato, Fabio que é CEO da Revista Revival USA e do Portal de notícias R Plus, tem uma trajetória de sucesso como produtor de shows e comunicador e decidiu a comunicação ao turismo em seu mais novo projeto profissional, para isso recentemente ele lançou o canal “E aí Vamos nós!”, no YouTube. A ideia é levar os internautas a conhecerem diversos pontos turísticos e as belezas naturais de diversas cidades e regiões em todo o mundo, dando dicas de passeios, hospedagens e gastronomia. “Quero levar um entretenimento de qualidade, mostrando ao público o que há de melhor nos Estados Unidos, no Brasil e no mundo”, afirma. No programa de estreia do canal “E aí vamos nós!” Fábio mostrou as belas paisagens e as diversas opções de passeios de Campos do Jordão (São Paulo), além de mostrar
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a pousada frequentada por diversas celebridades brasileiras, a Vila Natal Art Gallery, que mescla o conforto de uma pousada com uma galeria de arte. Para entender melhor o conceito do local e saber as curiosidades, Fabio entrevistou, com exclusividade, os empresários Beto Alves e Debora Sande, proprietários do local. Nos próximos programas Salles irá mostrar imagens da sua última viagem a Las Vegas, além de um
Fabio gravou um dos episódios em Las Vegas - Foto: Divulgação
Salles (ao centro) posa com os proprietários da pousada Vila Natal Art Gallery, em Campos do Jordão - Foto: Divulgação
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EMPREENDEDOR DO MÊS
DE MAQUIADORA À EMPRESÁRIA DE SUCESSO Conheça a trajetória da empreendedora e influenciadora digital que acaba de lançar sua primeira linha de maquiagem
POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO
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ascida em Sapucaia do Norte, um distrito do município brasileiro de Galileia, no interior do estado de Minas Gerais, a empresária, maquiadora e influenciadora digital, Lucinha Barteli é vaidosa desde criança. “Sempre fui muito vaidosa. Puxei a minha mãe”, afirma a empresária que acaba de lançar uma linha de maquiagem que leva o seu nome. Antes de mudar-se para os Estados Unidos, há quase duas décadas, a influenciadora trabalhava em boutiques, até que decidiu ir atrás de seus sonhos na Terra do Tio Sam, mais precisamente na região de New England. “Desde que cheguei em solo americano vivo em Massachusetts”, conta. Ao chegar a primeira oportunidade profissional de Barteli, foi trabalhar como maninure e em uma rede de fast food. O tempo foi passando e, apaixonada por maquiagem, há cerca de 8 anos a brasileira começou a se interessar e se dedicar profissionalmente nesta área, produzindo mulheres para eventos e datas especiais, como festas e casamento. Realizada na vida profissional, um dia ao ouvir um conselho de uma cliente e amiga, a mineira decidiu in50
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vestir em uma área da maquiagem que ela, como profissional, entendeu que existia uma grande demanda que precisava de mais atenção. Foi então que surgiu a ideia de empreender em uma linha de maquiagem para mulheres à partir dos 35 anos, consideradas pelo meio profissional como “mulheres de pele madura”. A maquiadora foi amadurecendo a ideia de criar uma linha de maquiagem voltada para essa faixa etária. Nascia ali o lado empreendedor da influenciadora digital. Exigente quando o assunto é qualidade, tempos depois nascia o primeiro kit de maquiagem com a grife “Lucinha Barteli”, com Corretor (camuflagem das olheiras) concealer, cílios (2 modelos) eyeliner, sendo um normal e outro magnetico, que pode ser usado com qualquer cílios (eyeliner que já vem com a cola). Um kit prático para mulheres que não tem tempo de ir ao salão ou que gostam de se maquiar em casa. “Os produtos são antialérgicos e para qualquer idade, porém voltado para pele madura”, afirma a empresária que tomou gosto pelo empreendedorismo na área da beleza e que ainda este ano deve lançar outros produtos e aumentar www.revistaexato.com
Fotos: Vanessa Lara
PERFIL NOME: Lucinha Barteli NATURALIDADE: Sapucaia do Norte (MG) RESIDENTE: Ashland (MA) RAMO DE ATIVIDADE: Maquiagem REDES SOCIAIS: @lucinhabarteli FRASE DE SUCESSO: “Sucesso para mim é ter a aceitação e respeito do público pelo meu trabalho. Ver que tudo está valendo a pena. Graças a Deus em primeiro lugar”.
Lucinha Barteli Empresária
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a linha que leva o seu nome. “A idéia é que a linha seja usada por várias idades, atendendo a todas as faixas etárias, mas sempre focando em pele madura”. Ao ser questionada sobre qual item de maquiagem não pode faltar em sua bolsa no dia a dia, Lucinha foi enfática. “Na minha bolsa tenho um lip balm”. A empresária, que acumula mais de 200 mil seguidores só em seu perfil pessoal no Instagram, onde dá dicas de beleza e maquiagem, sonha em conquistar o seu espaço em meio as grandes marcas do concorrido mercado da beleza, não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil. “Meu sonho é conquistar meu espaço no que mais amo fazer: área de beleza”, afirma Lucinha. Feliz com a repercussão e aceitação do seu público, a empresária afirma: “Sucesso para mim é ter a aceitação e respeito do público pelo meu trabalho. Ver que tudo está valendo a pena. Graças a Deus em primeiro lugar”.
A empresária reúne mais de 200 mil seguidores em sua página no Instagram - Foto: Arquivo pessoal
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