Revista EXATO - Ed 05 - Setembro 2019

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ANO I

EDIÇÃO 5

SETEMBRO DE 2019

NOVAS MEDIDAS DIFICULTAM CONCESSÃO DO GREEN CARD Página 54

RECESSÃO ECONÔMICA À VISTA: O QUE SABEMOS E O QUE PODEMOS ESPERAR Página 36

Leonardo Soares Sucesso do sushi ao sashimi Página 48

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A revista que leva você a fazer bons negócios Uma grande oportunidade para movimentar o seu negócio.

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PSICOLOGIA

ÍNDICE

Volta às aulas: um novo desafio a cada ano

12.

FAMÍLIA

Proteja seu filho da mídia

16.

20.

24.

TECNOLOGIA

TURISMO

Privacidade em tempos de Redes Sociais

Lua de Mel

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CAPA

Leonardo Soares: Sucesso do sushi ao sashimi

48.

ECONOMIA

36.

Recessão econômica à vista: o que sabemos e o que podemos esperar ORGANIZAÇÃO

40.

Organização no Home Office POLÍTICA

44.

1619: Os primeiros escravos chegam nos Estados Unidos IMIGRAÇÃO

54.

Novas medidas dificultam concessão do Green Card MODA

56.

A hora e a vez DELES GASTRONOMIA

60.

Bolo delicioso ENTREVISTA

64.

30.

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Desenhista faz sucesso no Instagram transformando anônimos e celebridades em Simpsons

32.

FINANÇAS

EMPREENDEDOR DO MÊS

O seguro morreu de velho?

De craque da seleção brasileira à empresário bem sucedido

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REVISTA MENSAL ANO 1 | EDIÇÃO 5 SETEMBRO DE 2019

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NA CAPA CAPA: Leonardo Soares FOTO CAPA: Fábio Nascimento


EDITORIAL

A ARTE do empreendedorismo POR SIMONE ROHDE

Psicólogos chamam de “fuga do negativo” a perspectiva de que pessoas têm, geralmente, duas maneiras de tomar uma decisão: fuga e medo de algo negativo, como por exemplo, não ter que trabalhar dentro de um horário inflexível ou ter um chefe importunando; ou por amor a uma causa. É neste ponto que a maioria dos empreendedores de sucesso se diferenciam: eles empreendem não para fugir de algo, ou até mesmo porque tiveram uma ideia genial, mas porque veem o empreendedorismo, a atividade em si, como seu propósito de vida. Eles se identificam e sentem prazer com os ingredientes da vida empreendedora, como riscos, incertezas, altos e baixos, mercados, metas e sonhos. Algumas das razões pelas quais pessoas decidem empreender são: sair da zona de conforto e mudar de vida, maior liberdade de horário, assumir o negócio da família e implementar uma ideia. Vá até a reportagem especial de capa com Leonardo Soares (pág. 48) e se inspire numa história de superação e oportunidades. É clichê comentários como “você só tem uma vida”, entretanto, quando nos deparamos com algum desafio que ameaça nosso futuro e todos nossos sonhos (às vezes já traçados desde a infância), vê-se

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que isso é tão real e as oportunidades que a vida nos concede realmente não devem ser desperdiçadas. O atual presidente americano, Donald Trump, certa vez quando questionado sobre o que lhe dava mais prazer na vida, disse: “Fazer negócios. De preferência grandes negócios. Essa é a minha arte e o que me faz vibrar todos os dias”. Tranformar sua paixão e ideias em empresas lucrativas e num novo estilo de vida pode compensar todos os desafios do empreendedorismo. Qual a sua arte empreendedora? Boa leitura!

Simone Rohde

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PSICOLOGIA

Volta às aulas: um novo desafio a cada ano Por Manuella Regina

O

início de um novo ano escolar chegou e junto a ele muitas novidades, oportunidades de conquistas, e desafios também. É um tempo de reflexão para todos os envolvidos no processo acadêmico dos alunos, desde a primeira infância à vida universitária. A esta reflexão cabem as práticas, estratégias, escolhas e valores. O início de um novo ciclo escolar para algumas crianças é de muitos desafios, onde cada uma em seu desenvolvimento socio-cognitivo enfrenta novas oportunidades e fortalecimento de laços. A transição escolar é sempre um aspecto que deve ser bem acompanhada em parceria pelos pais e educadores, não havendo transferência de papeis, uma vez que cada um reage de forma singular a cada contexto enfrentado. O ambiente escolar pode ser fundamental no desenvolvimento da auto-confiança do aluno. Alunos recém-chegados a uma nova escola, nova cultura e nova língua, podem sofrer uma baixa no seu resultado acadêmico. No en-

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tanto, um ambiente acolhedor, com experiências positivas, e profissionais assertivos trazem resultados motivacionais e segurança no novo ambiente escolar. O adolescente busca a interação social através da sua inclusão em grupos de identificação. No entanto, é importante que os pais façam um constante acompanhamento dos seus “teenagers”. Afinal, é nesta fase de identificação social - que perdura pela vida adulta - que podem acontecer situações irreversíveis. Atualmente, vem aumentando o número de suicídio e tentativas de suicídio entre adolescentes. No entanto, estudos mundiais apontam para o crescimento nos índices de suicídio e tentativas, em adolescentes que vivenciam experiências e relacionamentos frustrantes, ameaçadores e cumulativos. Todavia, uma reação positiva ou negativa diante da percepção da auto-imagem, pode resultar positivamente ou não sobre o auto-conceito deste adolescente frente ao seu desejo de ser aceito em um determina

do grupo social, resultando em alto ou baixo desempenho escolar, uso ou não de álcool/drogas e doenças psíquicas (depressão/ ansiedade). É importante, para um bom desempenho escolar, que a criança/adolescente possua um canal de diálogo aberto e assertivo junto aos pais e professores, respeitar que cada criança/adolescente tenha seu tempo de adaptação ou readaptação ao novo contexto escolar, utilizando-se de coping skills individualizado. Pais de alunos: saibam seus direitos em procurar programas de suporte e intervenção junto a cada necessidade, programas de adequação, programas de desenvolvimento de competências centrados na nova realidade de cada aluno e etc. Uma variedade de apoio que cada família pode encontrar com o objetivo de promover um melhor ambiente escolar a cada ano para o seu filho.

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Dra. Manuella Regina Psicóloga, com especialização em Psicologia Clínica Hospitalar e Familiar. Contato: manuellaregina@hotmail.com

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FAMÍLIA

Proteja seu filho da mídia Por Marisa Lobo

O

crescimento do materialismo entre jovens e crianças de hoje se dá em função da mídia. Muitos casos de “birras”, agressividade e até roubos entre jovens ocorrem por não se poder ter o que se deseja, o que se vê na mídia. A relação descartável que as crianças desenvolvem com os brinquedos, por exemplo, pode servir de ensaio para outros modelos afetivos, pois são relações de pouca importância, descartáveis e isso pode interferir nas relações interpessoais futuras e atuais. Além disso, o consumo desenfreado vai além dos sintomas físicos, como obesidade, colesterol etc., e podem gerar transtornos psicológicos como compulsão por compras, por exemplo, onde o indivíduo para conseguir comprar o que deseja, compra muitas vezes mais do que possui em sua conta bancária, apenas para satisfazer sua compulsão, ainda que não use nada do que compre. Sabemos que o consumo e

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que a mídia é necessária para o funcionamento da sociedade, que é capitalista, pois os produtos e serviços fazem parte de nossa vida. O que estamos alertando aqui é sempre o equilíbrio em não permitir que nossas crianças sejam vítimas do consumo desenfreado, ocasionado pela mídia. Devemos ficar alertas, pois, filmes, vídeos, programas de TV, desenhos, propagandas, personagens infantis, revistas de forma geral estimulam o consumo desenfreado de tudo. Se nós mudarmos, formos mais exigentes, e não acreditarmos em tudo que falam do produto apresentado, o marketing mudará. Segundo o antropólogo Everaldo Rocha, a ideia é apoiar a publicidade ética, incentivando-a a ações voltadas para a promoção da saúde, cuidados com o meio ambiente, fazendo consumo mais consciente. Os pais devem conversar com os filhos sobre o impacto que certos produtos causam, mas não podem deixar que se perca o significado de presentear alguém, por exemplo. O que estamos pedindo aqui é que haja um equilíbrio,

para não virar um consumismo patológico. Temos que explicar às crianças, por exemplo, antes de ir às compras, que só compraremos o que for necessário. Acordar antes é uma grande estratégia.

O impacto publicitário Toda comunicação mercadológica diz para crianças e adolescentes que eles serão mais felizes se possuírem ou usarem determinado produto ou serviço. Isso é feito também para adultos, com a diferença de que as crianças não compreendem a complexidade das relações de consumo e acreditam naquilo que é apresentado. Essa influência pode causar distúrbios alimentares, erotização precoce, dependência de tabaco e álcool, predominância de valores materialistas, estresse familiar, entre outros, segundo o Instituto Alan. Procure, então, fazer atividades que não envolvam a mídia, como brincar com jogos, ler livros, cozinhar, participar de atividades culturais, ler devocional infantil, fazer passeios em parques, pescar etc.

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Planeje o lanche de seu filho com ingredientes nutritivos quando ele estiver indo à escola. Não dê dinheiro para ele comprar lanche na cantina. Quando forem ao shopping, ou supermercado, por exemplo, certifique que as crianças não estejam com fome e conversem sobre o que será comprado. Se puder, coloque-as no carrinho, para que não alcancem as prateleiras e peguem apenas o que está sendo oferecido na TV.

O CONSUMO DESENFREADO VAI ALÉM DE SINTOMAS FÍSICOS.” Marisa Lobo

Levar seu filho pequeno a megalojas de brinquedos é arrumar confusão, pois ele vai querer tudo o que está lá, e não vai entender porque não podem comprar tudo o que quer. Crianças têm dificuldades para controlar seus impulsos. Quanto às TVs, é legal ter televisor nos quartos, mas para a criança isso é muito prejudicial, ela vai se isolar e ficar muito tempo sozinha com a TV, e você nunca vai saber o que ela está assistindo, a não ser que consiga

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bloquear os canais. Mesmo assim, o ideal é dividir este tempo da TV com a família. Com o tempo eles vão aprender a negociar, cooperar e entender que nem sempre podemos fazer tudo que queremos, e que nem sempre o que queremos é bom. É importante que os pais saibam dizer não, e tenham a consciência de que estão formando cidadãos e futuros consumidores conscientes.

Estágio do consumidor infantil Recém-nascidos: têm preferências bem definidas para gostos e cheiros e preferem o sabor doce, podem distinguir algumas imagens e gostam de cores primárias. 4 e 5 meses: desenvolvem interesse por programas de televisão, preferem os personagens com fantasias coloridas e alegres.

8 a 18 meses: começam a ficar no assento do carrinho de compras, admiram os produtos coloridos e brilhantes. Depois de alguns meses, começam a tirar os pacotes das prateleiras. 18 a 24 meses: reconhecem com mais facilidade objetos e rostos familiares, fazem conexões entre anúncios da TV e produtos da loja, surgem os primeiros pedidos aos pais. 3 anos: não distinguem realidade de ficção e desenvolvem uma relação de afetividade com os personagens de TV, concentram a atenção em um único traço chamativo de um objeto ou imagem e não conseguem esquecê-lo facilmente, o que desencadeia a “pirraça”. 4 anos: começam a brincar com outras crianças da mesma idade e a fantasia se torna mais social. 5 anos: desenvolvem um leque de estratégias de negociação com os pais.

6 anos: pensam que a informação dos comerciais é verdadeira e encontram dificuldade em distingui-los de programas de TV. 7 anos: prestam atenção em detalhes e na qualidade, colecionam bonecas ou figurinhas dos heróis em outro tipo de interação com os colegas. 8 anos: gostam de coisas mais dinâmicas e acham chato programas com personagens amigáveis e cenários familiares, ficam mais receptivas a informação verbal, personagens complexos, formas mais sofisticadas de humor e mais inclinadas a interpretar emoções. 9 a 10 anos: desenvolvem interesse pelo mundo real, assumem postura crítica em relação ao entretenimento, interessamse pela vida real, desportistas e estrelas de cinema, perdem interesse em brinquedos e se voltam para produtos com uma função social, como instrumentos musicais. 11 a 12 anos: têm costume de visitar diferentes tipos de lojas e fazer compras várias vezes na semana. São fiéis aos nomes de marcas e aumentam suas estratégias de negociação, influenciam mais nas compras da família, se comportam como consumidoras, ainda que de forma rudimentar.

Dra. Marisa Lobo Psicóloga Palestrante, Pesquisadora, Teóloga e Escritora Cristã. Instagram: @marisa_lobo

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TECNOLOGIA

Privacidade em tempos de Redes Sociais Não dê “cheque em branco” Por António J. Fonseca

É

curioso ver como o conceito de privacidade tem mudado com o tempo. E em pouquíssimo tempo, este conceito foi completamente desestruturado e com o aval das pessoas que navegam pelas redes sociais diariamente. Se alguém lhe pedisse o seu endereço e a chave da sua casa para fazer uma cópia imitando uma chave da século 19, você daria? Ou para fazer uma cópia numa base das “Princesas da Disney”? Ou parecendo com o “Batmóvel”? Ou você daria um cheque assinado em branco para ver como ele ficaria se fosse feito num pergaminho do século 1? Ou o número do seu cartão de crédito e a senha? Pois é… Acho que você respondeu “não” a todas as perguntas acima, estou certo? Assim como você, 100% das pessoas também responderiam “não”. Mas a tecnologia evoluiu. E evolui dia-

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diariamente. No passado, guardávamos nossos segredo e tesouros em cofres, com segredos. Depois, em arquivos com senhas numéricas, alfanuméricas, surgiu a criptografia com 8 bits, 16, 32, 64. Hoje temos criptografia de 256 bits. Mas surgiu a biometria. Leitura de digitais para abrir seu telefone, acessar seu computador, sua conta no banco. E também a biometria evoluiu. E passamos a ter o reconhecimento da íris, reconhecimento facial. Cada vez fica mais fácil criar um bloqueio forte para guardar suas informações no celular ou no computador. Voltando à época das senhas, para ter acesso “não autorizado” à conta do banco, ao celular ou computador, era necessário pesquisar inúmeras possibilidades, usar técnicas avançadas de quebra de criptografia, usar quando possível, vírus e keyloggers para capturar as teclas digitadas em determinado momento, ou aplicação de “engenharia social”. E é aí que voltamos à nossa conversa inicial. A “engenharia social” é uma técnica de abordagem que consiste em uma conversa desinteressada com uma pessoa, com assuntos simples, do dia a dia,

com animação e empatia pelo interlocutor, de forma a deixar a “vítima” bem à vontade, confiante. Com essa conversa, vai-se conseguindo nomes de filhos, animais de estimação, locais preferidos, datas de aniversários, cor predileta, comida favorita… Parece bobo, não é mesmo? Mas, saiba que mais de 80% das senhas que são usadas no mundo são exatamente datas de aniversários de filhos, cônjuges, casamento, nomes de filhos ou animais de estimação, cores e comidas. Mas a “engenharia social” também teve que se adaptar aos novos tempos. Com a expansão exponencial de usuários em redes sociais e o uso da biometria, mais especificamente o reconhecimento facial, a “engenharia social” precisava sair do ponto de “um a um”, buscando vítimas de forma direcionada para ir ao ponto de criar forma de capturar informações em massa. Assim começaram os “desafios” para você colocar sua foto de quando era criança no dia das crianças, ou usar um aplicativo para ver sua foto se você fosse do sexo oposto. Ou com alguns anos a mais. Ou para saber com que animal você se identifica etc.

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É claro que tanto as redes sociais quanto os desenvolvedores desses aplicativos e “desafios” afirmam categoricamente que não utilizam essas informações para fins não autorizados, ou que mantém tais imagens e dados guardados em seus servidores. Mas já há relatos de situações em que pessoas tiveram seus dados roubados usando reconhecimento facial para desbloquear contas em locais em que tais pessoas nunca estiveram. Outra situação bastante comum é os usuários das redes sociais publicarem todos as suas atividades diárias, fotografias de seus filhos pequenos, muitas vezes em praias, em trajes de banho, ou com o uniforme da escola em que estudam. Ou que estão saindo de férias, ou indo a um determinado cinema, dando check-in em um tal restaurante ou boate. E tudo isso de forma pública. É sabido que criminosos, os mais diversos, ficam nas redes sociais à procura de suas vítimas. E somos nós mesmos que lhes damos todas as informações de

que precisam para nos atacarem, invadirem nossas casas enquanto viajamos para a praia ou usar fotos de nossos filhos e filhas para fins pornográficos e de pedofilia. Quando se trata da sua privacidade e segurança, sua e de sua família, reveja seus conceitos e volte ao tempo em que nossos avós nos diziam “não fale com estranhos”. Guarde para si informações que possam ser usadas para lhe causar algum dano, torne seu perfil nas redes sociais, privado. Se tiver que ser público, por algum bom motivo, não compartilhe qualquer coisa nele só por compartilhar. Pense duas vezes antes de divulgar informações pessoais. Preserve-se. Pense na utilidade de tais “desafios” e aplicativos que podem obter, ou pedem claramente, dados seus, da sua vida cotidiana. Lembre-se: não existe “desafio” ou aplicativo “inocente”. Cuidem-se e mantenham-se em segurança Até à próxima.

António J. Fonseca Arquiteto, Analista de Sistemas, Auditor de Sistemas da Qualidade e Segurança da Informação, Consultor de Empresas, criador do treinamento Empreenda-se™ e CEO da bITs Tech Solutions

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TURISMO

Lua de Mel Você sabe planejar a sua? Por Rafaela S. Fonseca

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erimônia, festa, decorações, convites, convidados, vestidos... Todos sabemos a infinidade de coisas a serem organizadas quando se trata de um casamento. Mas, onde fica o planejamento da tão sonhada Lua de Mel? Você sabe como planejar a sua? O grande momento do casamento envolve muitas coisas, e sabemos como pode ser estressante e sobrecarregar o casal. Por isso, o planejamento da viagem dos sonhos deve ser prazeroso e também especial. Para ajudar a todos os casais que estão passando por esse momento lá vai uma listinha do que devemos levar em conta.

1. Orçamento Quando começamos a planejar um casamento sabemos a necessidade de um orçamento. Orçamentos para a festa, vestidos e com a Lua de Mel não é diferente.

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É importante avaliar todos os gastos do casamento e saber quanto estará disponível para a viagem. Lembrando que além dos gastos com passagem, hospedagem, passeios, e em caso de viagens internacionais, a moeda local, que poderão ser pagos previamente, vão haver outros gastos como alimentação, lembranças e até outros passeios que só poderão ser pagos no destino.

2. Gosto pessoal

ano. E se essa lista ainda não for o suficiente para ajudar os casais soterrados de trabalho, aqui vai um bônus muito especial. A tendência atual é mapear as tendências de consumo, o que as pessoas buscam, escolhem e compram. Com casais em busca da Lua de Mel perfeita não é diferente. A Magazine Trivago e o site iCasei se uniram e realizaram uma dessas pesquisas e publicaram o Top 10 destinos mais buscados pelos casais em Lua de Mel.

Façam uma lista com todos os lugares que os dois gostariam de conhecer, levem em conta o que for além do simples gostar. Coloquem seus sonhos, essa viagem vai ser a mais especial da vida de vocês. E com toda certeza irão chegar a um lugar em comum ou até mais de um, o que tornará a viagem ainda mais especial. Uma boa dica aqui é tenham opções.

3. Época do ano Chegamos até aqui! Com o orçamento decido e as opções de destinos na nossa frente chegamos ao momento da decisão final. E como faremos isso? Como fazemos com todas as viagens, é necessário avaliar a época do

A TENDÊNCIA ATUAL É MAPEAR AS TENDÊNCIAS DE CONSUMO.” Rafaela S. Fonseca

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10º lugar: Fernando de Noronha Conhecido pelas águas claras, vasta vida marinha e badalação, o mais famoso arquipélago brasileiro vai além dos cenários deslumbrantes, que garantem fotos perfeitas do casal. Noronha conta com uma rede hoteleira super preparada para receber este público e não são raras as pousadas e hotéis que oferecem serviços exclusivos para pombinhos apaixonados. 9º lugar: Buenos Aires O que mais esperar da capital argentina, além de romance? Terra do tango, ótimos vinhos e gastronomia de primeira, a cidade é considerada por muitos como a “Paris da América do Sul”. Convenhamos, o lugar respira amor, e a melhor parte é que Buenos Aires não costuma ser uma opção salgada para uma viagem. 8º lugar: Nova York Seja fazendo um picnic no Central Park ou um incrível espetáculo na Broadway, o casal está em boas mãos em Nova York. Um dos destinos mais procurados por brasileiros no exterior, a cidade não decepciona quando o assunto é romance. No próprio Central Park, por exemplo, dá para organizar um passeio de carruagem a dois e ainda contratar um fotógrafo para uma sessão de fotos inesquecível. 7º lugar: Roma A capital italiana é a opção perfeita para quem sempre sonhou em viver um conto de fadas. As ruelas de pedra, piazzas e fontes da “Cidade Eterna” são

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natural com a agitação da vida noturna do Recife que fica a apenas 60km de Porto de Galinhas.

fogos do Castelo da Cinderella.

5º lugar: Maragogi

Nos últimos anos, Punta Cana despontou como destino de férias para famílias no Caribe – muito por conta da sua vasta gama de resorts all-inclusive. E são estes mesmos resorts, com opções ilimitadas de serviços e mimos, que chamam a atenção de casais em Lua de Mel. Afinal, quem não adora um mimo e curtir a incrível paisagem do local?

Uma opção mais em conta e menos badalada do que Porto de Galinhas, mas igualmente incrível é Maragogi. Com uma das águas mais claras do Brasil, o famoso “Caribe Brasileiro” é uma opção para casais que buscam tranquilidade e conforto no ponto certo. O sol brilha no céu o ano inteiro e isso facilita na hora de escolher o destino da Lua de Mel. 4º lugar: Miami Um dos melhores destinos de compras para brasileiros nos Estados Unidos, Miami é também o 4º mais pesquisado para Lua de Mel. Destino certeiro para casais que curtem badalação, a cidade dá um show no quesito festa. E em Miami Beach tem badalação o dia inteiro, para os casais que curtem esse tipo de programa, e para um final de tarde mais romântico, não deixe de tomar um champagne a dois em um dos gazebos enquanto o sol se põe.

2º lugar: Punta Cana

1º lugar: Cancún Na mesma pegada de Punta Cana, o destino número um em buscas para Lua de Mel também tem nos resorts all-inclusive o seu atrativo para casais apaixonados. O famoso balneário mexicano de Cancún traz praias incríveis, cavernas com rios subterrâneos de tirar o fôlego, além da incrível cultura mexicana e vida noturna. E agora, ficou mais fácil? Espero que sim! Já que acabou de ler todas essas informações importantes, é hora de colocar a mão na massa, se planejar e boa viagem!

3º lugar: Disney

convites para curtir um romance ao ar livre. Ah! E não esqueçam de fazer um desejo na Fontana di Trevi. 6º lugar: Porto de Galinhas Se você ainda não visitou as famosas piscinas naturais deste balneário pernambucano, a chance é escolhê-lo como destino para lua de mel. Combina a tranquilidade de um paraíso

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Sim! Grande parte dos casais brasileiros em Lua de Mel buscam reviver a adorada infância na Disney. E quem somos nós para julgar: o parque tem tanta opção de diversão, que dá para ir várias vezes na vida. Além disso, também conta com shoppings, restaurantes incríveis e até hotéis. Se a ideia é visitar a Disney, então a dica é vestir as orelhas do Mickey Mouse e brincar de ser criança com o seu amor e ainda curtir os famosos

Rafaela S. Fonseca Turismóloga, com experiência em Planejamento Turístico, Políticas de Turismo, com atuação em agências de viagens e criadora da Rosa dos Ventos Consultoria de Viagens

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FINANÇAS

O seguro morreu de velho? Por Jaime Zimmer

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m provérbio antigo que se refere ao fato da pessoa ser precavida, cuidadosa, pra morrer de velhice e não de doença ou acidente, etc, é o “melhor prevenir que remediar“. A vida é curta... Mesmo que você não queira pensar nisso, a despedida desta vida chegará um dia. Então, pense bem, já que é inevitável a partida, não há realmente nenhuma razão para você não estar preparado para o inevitável. É para isso que existe o Seguro de Vida. Mesmo que você seja saudável, coma alimentos naturais, seja um esportista e medite antes de sair da cama todos os dias, mais cedo ou mais tarde - e desejo que seja bem tarde - a despedida vai acontecer! Agora muita coisa mudou. Além dos seguros corriqueiros, algumas seguradoras antenadas ao mercado, resolveram oferecer o melhor de dois mundos: os seguros de vida conjugados a seguros com benefício em vida e os seguros até com a possibilidade de retorno financeiro com valida-

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de até o fim da vida. Mais de 100 anos se passaram e até que enfim as seguradoras atualizaram seus sistemas e tipos de coberturas, como por exemplo, os “Seguros de Vida em Vida”. É claro que sempre deveria ter sido assim, mas na verdade eram Seguros de Vida “de Morte”, pois o segurado nunca via nada de cobertura em vida e sim, seus beneficiários. Seguro de Vida Pra Vida Toda? E ainda com Recebimento em Vida? Já ouviu falar? Também conhecido como o seguro de vida em que poderemos não dispender dinheiro, pois ele poderá render receita e ainda pagar renda garantida futura. Mesmo que você seja jovem, o “Seguro de Vida Pra Vida Toda” (permanente) poderá ser a escolha mais acertada para você, por ser a maneira mais segura de Seguro de Vida em vários aspectos. E ao contrário do seu irmão mais conhecido “Seguro de Vida” que cobre a vida por um tempo limitado ao que você determina em anos, o Seguro de Vida Permanente dura tanto quanto sua vida durar. Mas não é só isso. Ele tam-

bém funciona de forma diferente do Seguro de Vida comum, com algumas grandes vantagens. O Seguro de Vida Permanente conta com aditivos de acumulação de valor: seu dinheiro cresce ao longo do tempo, parecido com uma conta de poupança só que muito mais lucrativa, pois acompanha o mercado quando cresce (até um limite) mas não perde-se o dinheiro, quando fica negativo (congela no ponto, grande sacada!) e você poderá também pegar dinheiro emprestado do seu valor acumulado para gastar, comprando um carro, por exemplo. Outra característica é: ele é flexível. E ainda lá na frente, no vencimento do contrato, quando quisermos usar o dinheiro optando por receber mensalmente, ele é totalmente livre de imposto de renda (imposto = zero). No caso dos seguros de vida mais atuais, eles vêm com algo incrível, o “Benefício em Vida” que cobre muitas situações críticas que acontecem em vida. Várias doenças crônicas são cobertas e até casos de invalidez, realmente um upgrade em seguros! Como educador financeiro tenho estudado vários tipos de pro-

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teção da família e estes seguros com benefícios em vida são os que escolhi para todos em minha família, inclusive para gerar renda garantida, atuando como previdência privada. Os custos normalmente são os mesmos dos outros oferecidos no mercado e a cobertura é incrivelmente mais ampla. O seguro morreu de velho - e esperamos que nós também!

Jaime Zimmer Educador Financeiro, Coach de Empreendedores, Empresário, Escritor e Palestrante. Contato: (508) 579.6101 www.okforever.com

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EMPREENDEDOR DO MÊS

De craque da seleção brasileira à empresário bem sucedido Por Thaís Partamian Victorello

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uem é fã de futebol desde a década de 70, certamente se lembra do jogador carioca Wilson Costa de Mendonça, mais conhecido como “o xodó da vovó”. Wilson iniciou no esporte aos 12 anos de idade nas categorias de base, se destacando no Vasco da Gama. Daí por diante ele não parou mais. Aos 18 anos, se profissionalizou jogando no clube Cruzmaltino de 1976 a 1981, onde atuou no ataque junto a Roberto Dinamite. Nesse ínterim, no ano de 1978, Wilson chegou no que, até hoje, é o ápice da carreira e um sonho para qualquer jogador de futebol: ele foi convocado para jogar na Copa do Mundo daquele ano, onde chegou a jorgar na partida amistosa contra o Milan, no estádio do Maracanã. Meses após a primeira convocação, Wilsinho sofreu uma ruptura dos ligamentos do joelho em um amistoso contra a Chapecoense. O incidente o impediu de permanecer nas convocações seguintes da Seleção Brasileira, porém ele continuou jogando na Região Nordeste do Brasil e por dois

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meses, no Huelva, da Espanha. Em 1982 ele foi transferido para o Flamengo, onde jogou por seis meses e foi consagrado como vice-campeão carioca. No início de 1983, foi a vez de integrar o time do Fluminense, sendo tricampeão carioca entre 1983 e 1985 e campeão brasileiro de 1984. Em 1987 atuou no America -RJ e no Volta Redonda no ano seguinte. Graduado na Escola de Educação Física do Exército e com toda esta bagagem profissional, mesmo após sair de cena como jogador, ele permaneceu nos campos com auxiliar técnico e técnico. Casado, pai de dois filhos e avô de três netos, nos últimos anos Wilson tornou-se um bem sucedido empresário no ramo do futebol, descobrindo novos talentos. O maior empreendimento do ex-jogador será uma escolinha de futebol infanto-juvenil em Massachusetts, em parceria com um outro grande craque dos gramados. A primeira unidade da escola deve ser inaugurada ainda este ano.

PERFIL NOME: Wilson Costa de Mendonça NATURALIDADE: Rio de Janeiro - RJ RESIDENTE: Rio de Janeiro - RJ RAMO DE ATIVIDADE: Futebol FRASE DE SUCESSO: “O meu sucesso veio com muita disciplina, humildade e perseverança. Depois que parei de jogar, me tornei técnico e logo veio o sonho de abrir uma escolinha de futebol para crianças e adolescentes nos EUA, para dar a elas a oportunidade de se tornarem atletas disciplinados e talentosos. Eu só tenho que agradecer a Deus por ter a oportunidade de realizar mais este sonho”.

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Foto: Arquivo pessoal

Wilson Costa de Mendonรงa Empresรกrio




ECONOMIA

Recessão econômica à vista: o que sabemos e o que podemos esperar Por Vernan Wolf Aurélio

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m dos argumentos da administração do presidente Trump na defesa de suas políticas econômicas – redução de impostos sobre as corporações, desburocratização sobre pequenos negócios, imposição de tarifas sobre produtos importados da China, dentre outras políticas – é o excelente desempenho do mercado de trabalho, com baixas taxas de desemprego e forte criação de novos postos de emprego, somados a robusto crescimento do PIB (produto interno bruto) americano com inflação controlada, na casa de 1,6% ao ano. A taxa de desemprego atingiu 3,6% da população em condições de trabalhar, a mais baixa desde 1969, quando Richard Nixon ainda nem havia renunciado após a crise do Watergate. Desde que Donald Trump assumiu a presidência, em janeiro de 2017, o crescimento médio do PIB americano por trimestre é de 2.8%, robusto para uma economia industrializada. Então, como num cenário tão positivo, como o descrito acima,

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podemos estar falando em ameaça de recessão e crise econômica? Longe de mim ser o mensageiro da desgraça, mas de fato alguns sinais do mercado financeiro nos levam a crer que sim, a economia americana pode estar prestes a entrar em um momento de ajuste e cenário recessivo. Por mais elegantes e rigorosos que possam ser os modelos econométricos usados por analistas e pelo meio acadêmico, nao podemos prever o futuro, infelizmente. Pretendo aqui resumir o que sabemos até o momento e o que podemos esperar da economia americana - claro que sempre com certos graus de incerteza. Na edição anterior abordei as razões e os perigos impostos pela guerra comercial entre EUA e China. Visando combater certas práticas do governo do Partido Comunista Chinês, que a administracao Trump considera injustas – como manipulação da taxa de câmbio e a roubo de tecnologias de empresas americanas na China – o governo dos EUA impôs tarifas sobre produtos importados da China. A próxima rodada de tarifas será de 10% sobre um total de US$300 bilhões de produtos importados.

Isso porque, de acordo com o governo americano, a China se recusa a cumprir com o que sinalizou fazer, a saber, comprar mais produtos agrícolas dos EUA, gerando assim uma redução no déficit comercial dos EUA, de aproximadamente US$900 bilhões. Antes disso, os EUA já havia imposto tarifas de 25% sobre um montante de US$200 bilhões em importações da China. Sem um acordo em vista para esse impasse entre os dois países, no dia 14 de agosto os mercados tiveram uma forte queda, a maior para um único dia, quando o Dow Jones Industrial Average caiu 2,9%. Até mesmo o Brasil sentiu o solavanco, fazendo com que o real ultrapassasse novamente a barreira dos US$4. Na economia real, a guerra comercial já começa a gerar efeitos negativos no cenário global. A Alemanha anunciou uma queda de seu PIB no 2º trimestre desse ano. Empresas do setor industrial dos EUA, com maior exposição ao comércio global, anunciaram queda de 10% em sua rentabilidade no 2º trimestre desse ano, comparado ao ano anterior. Com tudo isso podemos constatar que,

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caso as negociações entre EUA e China não cheguem a um denominador comum, a guerra comercial é um fator que pode prejudicar a economia americana no médio prazo. Aqui, a ameaça de recessão é real. Passando para uma análise resumida do mercado de dinheiro, mais especificamente o mercado de títulos do governo americano, e da atuação do banco central americano – Federal Reserve – os sinais tambem não são favoráveis. Em sua última reunião, o FED decidiu baixar a taxa de juros anual pela primeira vez desde 2008. Isso causou preocupação nos mercados, uma vez que com taxa de desemprego baixíssima e com crescimento econômico acima da média, usualmente o banco central aumentaria juros visando combater um possível aumento do nível geral de preços e da inflação. A inflação anual projetada para os EUA está abaixo da meta de 2% ao ano determinada pelo FED – deve ficar em cerca de 1,6%. A decisão do banco central de reduzir os juros de 2,5% para 2,25% é surpreendente, devido o momento de aquecimento do mercado de trabalho. As razões para o corte estão, contudo, na expectativa de médio e longo-prazo da economia americana. O FED entende que as tensões comerciais no mercado podem afetar negativamente o desempenho da economia, e por isso já tenta trabalhar para acomodar um possível período recessivo. Nesse caso, a redução da taxa de juros sinaliza que um desaquecimento econômico está no horizonte dos negócios. Outro fator que preocupa eéque, a se verificar um crescimento do PIB dos EUA para o mês de de junho – como parte do cálculo

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do PIB do 2º trimestre de 2019 – esse terá sido o maior período de expansão econômica de sua história, fechando mais de 10 anos de desemprenho positivo do PIB. A última vez que isso aconteceu, foram os 10 anos entre 1991 e 2001 que, não coincidentemente, culminou com a recessão causada pelo estouro da bola das empresas de tecnologia da internet (dot.com bubble).

APERTEM OS CINTOS: TURBULÊNCIA A VISTA!” Vernan Wolf Aurélio

Ao observarmos os dados sobre crescimento econômico de diversos países, nota-se claramente o componente cíclico da economia, ou seja, períodos de expansão são seguidos de períodos de correção e ajuste, ou recessão. A última recessão americana ocorreu em 2008, há mais de 10 anos portanto, e possivelmente esse atual período de expansão – 2008 a 2019 – será seguido pelo subjacente ajuste que as expansões econômicas apresentam. Dessa forma, dado o caráter cíclico da economia e um possível ajuste futuro, podemos entender a razão pelas quais o FED interferiu no mercado de

dinheiro reduzindo as taxas de juros. Mais um motivo para ficarmos alerta com uma possivel recessão. Os sinais positivos do desempenho da economia americana já foram explicitados em artigos anteriores. Analisando dados do mercado de trabalho e de crescimento econômico do PIB, é possível concluir que as políticas econômicas pro-crescimento da administração Trump surtiram o efeito desejado no curto-prazo. Redução de impostos sobre as corporações – de 39% para 21% - e desregulamentação sobre pequenos negócios foram ações positivas. Tudo isso somado a inflação sob controle. A insistência em uma queda de braco com a China, contudo, está afetando negativamente a economia americana, e gerando tensões e incertezas sobre quão duradoura será a expansão econômica do país. Há razões, sim, para ficarmos preocupados, uma vez que a tensão entre as duas maiores economias do mundo tende a gerar efeitos em todo o globo. Se eu tivesse de encerrar esse artigo com uma expressão não muito técnica e de bom entendimento popular, essa expressão seria: “apertem os cintos, turbulência a vista”.

Vernan Wolf Aurélio Economista, mestre em Economia Aplicada pela Clark University, professor de Estatística na Bridgewater State University e fundador da WA Consulting.

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ORGANIZAÇÃO

Organização no Home Office Por Brunna Granells

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Home Office é uma tendência cada vez mais forte no mundo corporativo. E se você trabalha em casa, é fundamental ter determinação para manter o espaço organizado para melhor concentração e produtividade, pois itens fora do lugar e objetos expostos sem necessidade despertam a atenção e tiram o foco. Por ser um ambiente comum à casa, geralmente existe a tendência para a bagunça neste espaço. Tem de haver muita disciplina, então comece tirando tudo de cima da mesa para não deixar coisas em excesso. Você pode ter uma coleção incrível de canetas, mas deixe à vista apenas o que você usa com mais frequência. Precisamos entender a necessidade de cada coisa, o que precisa ficar, o que deve ser guardado em gavetas e armários, e o que realmente faz parte do escritório. Divida a papelada em documentos pessoais, documentos da empresa, contas pagas e contas à pagar. A pasta-arquivo é muito útil quando você a usa da forma correta, etiquetando as divisões e separando os documentos por categoria. E se você não tem tempo para organizar os papéis dia-

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riamente, então coloque tudo em uma pasta durante a semana, e escolha o melhor dia da semana para coloca-los em seus devidos lugares. Os organizadores de gaveta são ótimos para otimizar os espaços, acomodando pequenos objetos como post-its, clips, borrachas e outros (lembrando que gaveta organizada e mais fácil de limpar). E prateleiras e nichos acomodam papéis, livros, pastas e caixas que comportem objetos mais leves, mas, mantenha somente o necessário.

AO ACORDAR SE ARRUME COMO SE FOSSE SAIR PRA TRABALHAR.” Brunna Grannels

Tente delimitar o seu espaço de trabalho. Um lugar em que você olhe e já identifique que é um espaço de trabalho e estudo. Coloque uma mesa, um móvel, um tapete diferente e crie uma atmosfera propícia à concentração. Invista no conforto em seu home Office. Sabemos que não é uma tarefa fácil conciliar casa e trabalho em um mesmo espaço, ainda mais quando há crianças na casa. A família tem dificuldades de dividir as coisas e esse é um exercício cotidiano. Então aqui vai uma dica: ao acordar se arrume como se fosse sair para trabalhar. Crie esse hábito. Se você permanecer o dia inteiro de pijamas por trabalhar em casa, certamente o seu dia não será tão produtivo.

Brunna Granells Personal Organizer

Contato: (774) 778.4395 Instagram: @brunnaorganizer

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POLÍTICA

1619: Os primeiros escravos chegam nos Estados Unidos Faz 400 anos que os americanos tentam conseguir que a população afrodescendente se sinta parte dos EUA Por Giuseppe Regina Jr.

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scravidão não é nem nunca foi uma atividade recente do ser humano. Desde que o mundo é mundo, uma tribo ou comunidade mais forte dominou outra mais fraca, com as pessoas dessa se tornando servo ou escravo. Podemos dar dois exemplos: os egípcios escravizaram os hebreus por mais ou menos 400 anos; os romanos escravizaram os povos que conquistaram durante os seus quase 1.200 anos de existência. Portanto, sociedades poderosas de antigamente tinham um

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total desprezo por outros povos. Com a descoberta do mundo novo, as Américas, teve início também o comércio escravagista de colônias Portuguesas da África para diversas partes do mundo dito civilizado da época, mas principalmente para o Brasil, para ser utilizado como força de trabalho no cultivo canavieiro por volta de 1530. Nos Estados Unidos, os primeiros escravos chegaram em agosto de 1619, onde hoje é o Estado da Virgínia. Isso teve um impacto duradouro na história americana, bem como no desenvolvimento socioeconômico do país. A escravidão foi oficialmente abolida nos EUA em 16 de dezembro de 1865 com a ratificação da 13ª emenda à sua Constituição, entretanto alguns historiadores argumentam que os cidadãos afrodescendentes ainda enfrentam racismo institucional e uma quantidade desproporcional de desafios socioeconômicos e políticos ainda no ano de 2019, quatrocentos anos desde a chegada

dos primeiros escravos e mais de 150 anos desde a abolição da escravidão. Bem, os brasileiros podem achar que a situação do afrodescendente norte-americano é igual ao do afrodescendente brasileiro, não é mesmo? Mas aqui nos EUA é ainda pior. Vejamos um exemplo bem simples: no Brasil existe a Igreja Evangélica com suas diversas denominações, nos EUA também, com uma pequena variação, aqui existe os White Evangelicals (Evangélicos Brancos), e os Black Evangelicals (os Evangélicos Negros). Perceba a distinção racista dentro da Igreja Evangélica Americana. Vale notar que existe também o termo White Catholics (Católicos Brancos), e por aí vai. Apesar de existir racismo no Brasil, não chega ao ponto de dividir as religiões. Nos EUA além do racismo existe a segregação racial e a supressão de direitos civis. Mas, como toda essa divisão racial começou? Na época da América colônia britânica, algumas leis foram criadas que foram

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muito eficientes em reduzir a miscigenação entre brancos, índios nativos e negros, tais quais a proibição de casamento entre branco e negros, negros e índios e índios e brancos, além de severas punições para mulheres que tivessem filhos interraciais. Outra situação inusitada, era a existência do escravo branco, que eram criminosos de alguns países da Europa que cumpriam a pena servindo como escravo na colônia por um período de tempo e eram colocados em posição de chefia e/ou guarda de escravos negros. Os

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senhores de terra ou oligarcas da época se utilizaram do artifício de disseminar o conceito de divisão racial para que cada um dos grupos de escravos odiasse uns aos outros para que eles não se rebelassem contras as elites. Um momento marcante na história dos EUA, foi a sua declaração de independência e a conseguinte promulgação de sua Constituição em 1787. Na Constituição Americana, o negro é quantificado como 3/5 de uma pessoa e não tinha direito de voto. A questão da escravidão nos

EUA perdurou por quase 250 anos e só foi resolvida após uma guerra civil, a Guerra da Secessão, que durou de 1861 até 1865. Nesta guerra escravos que fugiram do Sul lutaram pelo exército do Norte juntamente com os escravos já livres do Norte. Vale ressaltar que após a guerra, os soldados negros não receberam as mesmas recompensas que os soldados brancos. Com o passar do tempo, os afrodescendentes foram se integrando a sociedade americana, em alguns estados tinham mais

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facilidade para se integrarem do que em outros, principalmente nos estados do Sul do país, por motivos provenientes desde da época da Guerra da Secessão. Entretanto, a integração era mais na parte da força de trabalho, pois os afrodescendentes só conseguiram o direito ao voto universal em todos os Estados Americanos em 1965, pouco mais de 50 anos atrás. No século passado existiam banheiros para brancos e banheiros para negros, em ônibus os negros tinham que sentar nos bancos de trás - quando podiam sentar. Na área de educação, existiam escolas exclusivas de brancos e escolas exclusivas de negros, apenas em 1954 a Suprema Corte tornou ilegal a segregação racial, mas foi apenas em 1964 que o congresso criou uma legislação federal específica sobre o assunto. Em relação a moradia, o governo federal criou um

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programa de financiamento de baixos juros que todos poderiam ter acesso, contudo a comunidade de afrodescendentes da época já residia em guetos por causa da divisão racial, como no Harlem em New York City, e os bancos que operavam o programa percebiam estes bairros com “mercado em declínio” e o programa vetava o empréstimo para pessoas residentes em áreas em declínio, por conseguinte. Portanto, a comunidade afrodescendente americana além de sofrer os horrores do sistema da escravidão, teve e tem que conviver com racismo, preconceito e discriminação enraizado na cultura americana, institucionalizado nas políticas públicas do país, e na negação de direitos civis básicos pelo simples fato da cor da pele. Por isso, aqui nos EUA o N-word que eles dizem, ou “nigger” que é mesma coisa que “negro”, é

uma ofensa séria, enquanto nós brasileiros estamos acostumados a chamar um amigo ou conhecido de “negão” ou “nego” e achar comum (apesar de já não ser politicamente correto). Só para contextualizar, John Schnatter, o fundador e a face pública da rede de pizzarias Papa John’s, renunciou ao cargo de chairman da empresa horas depois de se desculpar por usar o N-word em uma conference call.

Giuseppe Regina Jr. Consultor de Empresas, MBA em Finanças e Especialista em Finanças Públicas.

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CAPA

Foto: Fรกbio Nascimento


Leonardo Soares: Sucesso do sushi ao sashimi Sem dominar a culinária japonesa, o empresário aceitou o desafio de se tornar sócio de um dos mais promissores restaurantes de Massachusetts Por Thaís Partamian Victorello

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om uma trajetória de sucesso e superação, o empresário mineiro Leonardo Soares tem cada vez mais conquistado o respeito e admiração da comunidade brasileira de Massachusetts. Morando nos Estados Unidos há 17 anos, Léo (como é conhecido pelos mais chegados), é casado com Daise Soares, com quem tem três filhos. Sem, a princípio, sequer conhecer a culinária japonesa, hoje Leonardo é o único brasileiro entre os sócios de um dos restaurantes japoneses mais badalados do estado, o Yoki Japanese. A rede, que já gera 85 vagas de emprego, se prepara para em breve inaugurar a terceira unidade. Com o perfil nato de adminis-

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trador, a primeira oportunidade profissional do empresário ao chegar nos Estados Unidos, foi como gerente de uma empresa de pinturas que pertence ao seu tio. De lá pra cá, ele não parou mais. Junto a esposa, Leonardo investiu em uma marca de roupas fitness e uma empresa voltada para alimentação saudável. Mas nem tudo foram “flores” no caminho do mineiro, nascido no minicípio de Alvarenga. Se parte das suas maiores conquistas aconteceram em solo americano, foi aqui também que ele vivenciou um dos maiores desafios de sua vida. Quem vê o simpático e alegre empresário, não imagina a luta que ele travou contra um câncer nos tecidos ósseos. “Acredito que meu maior desafio tem

sido a doença, sem dúvida”. O que para muitos poderia ser motivo de desânimo, para o empresário foi um combustível para fazer o seu melhor. Sem deixar se abater, Leonardo é hoje um referencial em meio a área empresarial da comunidade brasileira de Massachusetts e a prova de que, independemente das circunstâncias da vida, o profissionalismo e a determinação para vencer são fundamentais para quem deseja ser um empreendedor de êxito. O empresário bateu um papo com a nossa redação, contando aos leitores da revista EXATO um pouco mais sobre essa trajetória de sucesso. Confira a entrevista: REVISTA EXATO: Como surgiu a oportunidade de sociedade no restaurante?

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Leonardo Soares: A oportunidade nasceu da amizade que tenho com o fundador e atual sócio majoritário do Yoki, o empresário Phong Nguyen, que se interessou pelo conceito da empresa alimentícia Forno Health Options, criada por mim, juntamente com minha esposa, Deise Soares. A empresa era voltada para o ramo de alimentação saudável. Com base neste interesse, nasceu uma parceria entre as empresas e o convite para integrar o Yoki surgiu. O Yoki precisava de novas ideias e eu fui convidado a preencher esta vaga. A nossa empresa passava por um momento decisivo e eu não pensei duas vezes em tomar a decisão mais cabal, que foi a de aceitar a proposta do meu amigo, iniciando assim uma linda e promissora história que tem feito com que eu me sinta realizado em vários aspectos. REVISTA EXATO: Você sempre foi um entusiasta da culianária japonesa? Leonardo Soares: Na verdade eu sequer conhecia a comida japonesa. A minha primeira experiência aconteceu em uma das mesas do Yoki Japanese, em 2009. REVISTA EXATO: Qual é o seu prato favorito na comida japonesa e na brasileira? Leonardo Soares: Sushi e sashimi e na brasileira frango com quiabo e acompanhamentos tradicionais. REVISTA EXATO: Você sabe cozinhar? Se sim, qual é a sua especialidade? Leonardo Soares: Sim, até por que a culinária sempre esteve presente em nossas vidas. Cozinhei profissionalmente por vários anos e amo estar na cozinha. É quase uma terapia... Especialidades? Culinária mineira de forma

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geral, mas nenhum prato que eu componha consegue superar a minha especialidade na cozinha tão bem quanto o tradicional cajuzinho de amendoim. Nesse eu me garanto (risos). REVISTA EXATO: Quando você percebeu que tinha vocação para o mundo dos negócios? Leonardo Soares: Eu sempre gostei de estar envolvido com a administração, em qualquer que fosse a oportunidade: eventos, trabalho, festas entre amigos... Eu sempre gerenciava tudo. Assim, quando me tornei adulto e tive que iniciar minha vida profissional, compreendi que empreender era um chamado e não poderia fugir disso. Corro riscos e prefiro enfrentar os obstáculos e desafios de um projeto inovador, a ter que seguir ideias prontas. REVISTA EXATO: A partir da sua experiência pessoal e profissional, qual é o maior desafio para um empreendedor brasileiro nos EUA? Leonardo Soares: Compreender profundamente a cultura deste país e dominar o idioma. REVISTA EXATO: Qual é o segredo do sucesso? Leonardo Soares: Pode parecer clichê, porém não há resposta mais apropriada do que: persistência, resiliência, metas claras e trabalho, muito trabalho. REVISTA EXATO: O restaurante recebe muitos clientes brasileiros? Leonardo Soares: Sim, atualmente entre 60 e 75% de nossos clientes são brasileiros. REVISTA EXATO: O que você mais gosta de fazer nos momentos de lazer? Leonardo Soares: Visitar restaurantes, viajar, estar com meus filhos e esposa, namorar muito, ter tempo em contato com a natu-


reza e aprender. REVISTA EXATO: O que você mais admira na cultura americana? Leonardo Soares: A inconfundível conciência do que é ter caráter, o senso do bem comum, a compreensão de que “eu” não estou sozinho no meio social. O bem de todos depende da minha atitude. Isso me chama a atenção. REVISTA EXATO: Do que você sente mais falta do Brasil? Leonardo Soares: Falando da minha realidade, enquanto morador de uma cidade bem pequena: a forma simples de se levar a vida, tendo tempo pra me atentar para o que realmente importa. REVISTA EXATO: Qual é o seu maior sonho? Leonardo Soares: Difícil essa... Viver em mundo sem preconceito... Um mundo onde as diferenças fossem aceitas naturalmente, onde a religião não fosse “o ópio do povo”, como disse Karl Max. Onde pudessemos viver de forma respeitosa e ser quem somos sem medo, além de viajar o mundo todo e escrever um livro. REVISTA EXATO: A sua história de superação, em relação a saúde, encoraja muitas pessoas que passam pela mesma situação a seguirem em frente. Como foi passar por essa luta? Leonardo Soares: Não foi um experiência agradável passar por todo este processo... É dificil manter o controle diante de um desafio tão grande como este. Não foi fácil em nenhum nível, mas aprendi (desde o início), que teria que manter a calma e fazer a única coisa que me restava fazer: ENFRENTAR COM NATURALIDADE E TER UMA ATITUDE POSITIVA A CADA DIA. Não que eu não tenha tido momentos de desânimo... tive vários, mas deci-

di que iria passar por tudo aquilo de forma natural. Esta é a principal mensagem: encarar a vida e tudo que ela nos apresenta de forma positiva, leve, sem dramas desnecessários, sem se vitimizar, olhando pra frente, tomando as rédeas, mudando hábitos e não se entregar por nada. EXATO: Qual o conselho você daria para quem pretende começar no ramo do empreendedorismo? LEONARDO: Almeje o sucesso, mas esteja preparado para o fracasso. Por mais que isso pareça ruim, o fracasso é a queda que nos dá a bagagem para contruirmos nossos “impérios”. Seja resiliente, nunca desista diante das quedas. Não se deixe desanimar pelo erro. Siga em frente em quaisquer circunstâncias. Citando um de meus maiores influenciadores, Dr. Martin Luther King Jr: “Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito”.

O YOKI PRECISAVA DE NOVAS IDEIAS E EU FUI CONVIDADO A PREENCHER ESTA VAGA.” Leonardo Soares

Foto: Fábio Nascimento REVISTA EXATO

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IMIGRAÇÃO

Novas medidas dificultam concessão do Green Card Por Kelmer Neves

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cada dia que passa são levantados novos rumores a respeito das mudanças que serão impetadras nas leis americanas de imigração. Atualmente o governo americano anunciou uma nova regra que irá limitar a possibilidade de pessoas que recebem certos benefícios do governo, de pleitearem pelo tão sonhado “green card”. Um novo regulamento divulgado recentemente pelo Departamento de Homeland Security (DHS), amplia a possibilidade de negar a residência permanente (green card) à pessoas que usaram assistência do governo. É necessário ressaltar alguns desses benefícios que serão considerados como “mau vistos” pelos oficiais de imigração quando estiverem fazendo a análise da aplicação/petição do green card.

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- Assistência Geral (USA); - Supplemental Security Income; - Medicaid; - Programas habitacionais para subsidiários.

Quais os benefícios que não serão considerados: - Assistência médica de emergência; - Alívio de desastres; - Programas de almoço escolar nacional; - Ajuda saúde para pessoas com idade inferior a 21 anos ou grávidas; - Assistência social e subsídio a adoção; - Financiamento estudantil; - Hipoteca; - Assistência com energia elétrica; - Abrigos para sem tetos; - Programas de Head Start. É muito importante esclarecer que a nova regra somente entrará

em vigor a partir do dia 15 de outubro desse ano, sendo fato que a partir desta data os oficiais irão considerar que os imigrantes que tenham recibos anteriores referentes a benefícios públicos, de uma forma mais negativa. Ainda não se sabe a repercussão que tal medida irá gerar, porém o que se sabe é que ainda haverá grandes repercussões na court a respeito do assunto e a sua forma de aplicação.

Kelmer Neves Palestrante, Assessor Jurídico especialista em imigração, integrante da equipe Saher Macarius Law. Contato: (508) 561.5851

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MODA

A hora e a vez DELES! Por Érica Nascimento

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normal a gente, sempre que fala de moda, logo associar ao público feminino, porém esse conceito já está ultrapassado. Já tem um bom tempo que os homens têm mostrado seu interesse por moda e por estar cada vez mais bem vestidos, existe uma grande procura deste público por produtos e itens que sigam as tendências atuais da moda. Ao que tudo indica, o segmento da moda que era dominado pelo público feminino atingiu um novo alvo. De acordo com a última pesquisa realizada pelo Sebrae, o estudo mostra que 54% dos homens têm interesse por moda. Também comprovou que este mercado movimentou aproximadamente R$ 20 bilhões, em um período de três anos. É um mercado crescente e exigente. O público masculino procura peças que atendam seu estilo próprio, trazendo praticidade ao seu dia a dia. Essa mudança e o crescimento do interesse do publico masculino por moda, veio aumentando gradativamente no decorrer dos anos. O cinema e os grandes artistas como Marlon Brando, Elvis Presley, Beatles, até chegar

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mais tarde nas bandas de Rock à outros estilos musicais que também influenciaram o mundo da moda. O terno que sempre reinou no closet masculino ganhou novas cores, padronagens e cortes modernos. O comportamento dos homens hoje aponta um grau de interesse muito superior ao de anos atrás, quando o mundo da moda era dominado pelas mulheres. As mudanças de comportamento desse público tem sido vista com bons olhos para o mundo dos negócios, grifes famosas como Louis Voitton, Hermès, Salvatore Ferragano, Gucci, Chanel entre outras, tem investido bastante em coleções exclusivas para os homens, o que mostra a força e poder de compra desse segmento. As peças mais comuns como calças jeans e camisetas básicas ganharam composições super fashion com, jaquetas de couro, cachecóis ou lenços, jeans com lavagens diferentes, as camisetas agora tem cores e cortes modernos, sem falar nos acessórios exclusivos para eles, como bolsas e cintos! É uma verdadeira evolução.

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Érica Nascimento

Stylist

@meublognana

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CULINÁRIA

Bolo delicioso Por Érica Quidute

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ntramos na reta final do verão. Já, já as aulas recomeçam e a vida vai voltar ao normal. Mas enquanto isso não acontece... ainda temos oportunidade de fazer um picnic pra ver o pôr do sol ou reunir as amigas para um delicioso chá da tarde e colocar o papo em dia. E para isso nada mais apropriado que um delicioso bolo!!! Isso mesmo, nada melhor pra alegrar a vida que uma fatia de bolo, uma xícara de chá e uma boa prosa com as amigas! E esse bolo é de suspirar de tão gostoso e fácil de fazer! Bora começar?

INGREDIENTES: • 1 copo de iogurte natural integral (pode usar desnatado se preferir) • 3 ovos • 1/2 copo de óleo • 1 1/2 de açúcar • 2 copos de farinha de trigo • 1 colher (sopa) de fermento em pó

MODO DE PREPARO:

1. No liquidificador bata todos os ingredientes até que obtenha uma mistura homogênea. Unte com manteiga e açúcar (isso mesmo! Unte com açúcar, esse é o segredinho dessa delícia!) uma forma pequena (com furo no meio) e asse em forno médio por aprox. 30 minutos. Bon appétit!!

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Érica Quidute Chef de Cozinha

Contato: (774) 520.5444 @ericaquidute

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ENTREVISTA

Desenhista faz sucesso no Instagram transformando anônimos e celebridades em Simpsons Graduada em Turismo, a DJ carioca Caroline Ramos descobriu no dom de desenhar e nas redes sociais mais uma fonte de renda Por Thaís Partamian Victorello

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dom de desenhar acompanha a carioca Caroline de Souza Ramos, mais conhecida como Caroles, desde muito cedo. Os traços bem definidos, os detalhes presentes em cada desenho, já chamavam a atenção de todos e se destacavam em meio aos desenhos feitos por crianças da mesma faixa etária. “Eu me lembro da época que meus amiguinhos desenhavam bonecos de ‘pali-

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tinho’ e eu já fazia os corpinhos, mãozinhas, roupinhas... Desenhos muito mais elaborados para a minha idade”, recorda. Sem pretensão de se tornar uma ilustradora profissional, com o passar dos anos Caroles deixou este dom adormecido. A jovem se formou em Turismo, porém, a paixão pela música falou mais alto e foi como DJ que ela decidiu seguir carreira. Realizada na vida profissional, há cerca de dois anos, Caroles nem imaginava que ao produzir o flyer de um evento em que ela tocaria como DJ, despertaria aquele dom de infância que estava há tanto tempo adormecido. Muito criativa, ela decidiu transformar os DJ’s que também tocariam no evento, em personagens de um dos desenhos americanos de maior sucesso da TV de todos os tempos: Os Simpsons. O evento foi um sucesso e as pessoas começaram a encomendar desenhos de outras pessoas com as características peculiares aos personagens da famosa animação. Foi então que Caroles percebeu que aquele hobby poderia sim virar uma profissão e decidiu empreender. Ela focou em se especializar em artes com a temática dos Simpsons, e os desenhos cada vez mais foram ganhando traços ainda mais precisos. Para aprimorar sua técnica, a artista investiu em equipamentos e aos poucos consquistou uma verdadeira legião de fãs e clientes da sua arte através da página @vireumsimpson no Instagram. A ideia deu tão certo que hoje Caroles afirma que a arte de transformar as pessoas em Simpsons, está se tornando a sua principal fonte de renda. A revista EXATO entrou em contato com a DJ

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e desenhista, que mora no Rio de Janeiro, para saber um pouco mais sobre o seu trabalho no Instagram. REVISTA EXATO: Você já frequentou algum curso de desenho para se especializar? Caroline Ramos: Nunca fiz nenhum curso, mas está nos planos fazer para aprender mais ferramentas dentro do illustrator. REVISTA EXATO: Quem é a sua referência nesta área no Brasil e no exterior? Caroline Ramos: Existem milhares de artistas desenhando Simpsons pelo mundo, mas minhas principais referências são: o americano LuieB, o belga Adrien, além do @luibcartoons e @adnz, respectivamente artistas que estão no Instagram e que são muito feras! REVISTA EXATO: Você já trabalhou em alguma editora ou participou da criação de alguma HQ (história em quadrinhos)? Caroline Ramos: Nunca trabalhei em nenhuma editora, só fazia minhas próprias revistinhas em quadrinhos. Quando criança eu era fã da ‘Turma na Mônica’ e criei uma revistinha parecida, mas com meus próprios personagens. REVISTA EXATO: Você é fã de seriados animados? Qual é o seu preferido? Caroline Ramos: Os Simpsons é claro! Gosto muito de ver desenhos em geral, incluindo os infantis. Me amarro no Bob Esponja. REVISTA EXATO: Como se dá o processo de criação do cenário para o personagem a ser criado? Caroline Ramos: Se for algum cenário de Springfield, eu busco referências pelo Google, com cenas do próprio desenho e recrio para que fique em alta qualidade.

Se for algo específico, como reproduzir a loja ou sala de um cliente, eu trabalho em cima das fotos e informações que o próprio cliente me passa. REVISTA EXATO: Quanto tempo em média você precisa para finalizar todo o processo de criação? Caroline Ramos: Varia muito... Eu costumo levar de 1 a 3 horas em cada personagem e de 2 a 5 horas em cenários especiais. Se eu pegar, por exemplo, um trabalho com 13 personagens em um cenário especial, ficarei 3 dias trabalhando só neste projeto. As pessoas às vezes demoram a compreender que não sou um aplicativo que finalizo uma arte em um ‘clique’ (risos). Dá muito mais trabalho do que elas imaginam... Hoje meu prazo máximo é de 20 dias úteis para a entrega, podendo ser antecipado dependendo da demanda. REVISTA EXATO: O processo de criação é individual ou você tem uma equipe de apoio? Caroline Ramos: A maior parte é individual. Desenho o personagem no papel, digitalizo pelo illustrator e finalizo pintando e aplicando no cenário com outros personagens no Photoshop. Quando a demanda está muito grande tenho algumas pessoas que me ajudam a digitalizar pro illustrator, mas ainda assim sou eu que desenho no papel e finalizo no Photoshop. REVISTA EXATO: Quais personalidades você já desenhou? Qual foi a mais difícil de fazer? Caroline Ramos: Até hoje já desenhei bastante gente: Mr Catra, Nego do Borel, David Brazil, Bolsonaro, Eri Johnson, Dynho Alves, Dani Bolina, toda seleção brasileira na Copa do Mundo, vários DJ’s como Alok, Vintage Cul-

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ture, Chemical Surf, Illusionize, Chapeleiro e algumas celebridades de internet. Sempre dou preferência para celebridades onde eu possa ter certeza que vou conseguir entregar e ter a possibilidade real que elas postem também, assim consigo captar clientes reais para o meu negócio. A da Tatá Werneck e do Rafa Vitti na maternidade, já com sua filha nas

mãos, fez o maior sucesso, pois está super divertida! Inclusive a própria Tatá foi difícil de fazer, pois ela tem um rosto muito “normal”. Para nós que desenhamos, quanto mais diferente a pessoa for (cabelo, tatuagem, rosto caricato) melhor pra nós! REVISTA EXATO: Onde o público pode conferir os seus trabalhos?

Caroline Ramos: Todas as minhas artes estão no meu Instagram @vireumsimpson, que é a minha principal fonte de contato. No link da BIO as pessoas tem acesso a tabela de preços e também visualizam o meu e-mail. Estou estudando criar um site num futuro bem próximo.

Com base nas fotos dos clientes, a artista cria o cenário e insere personagens do seriado

Uma das personalidades desenhadas por Caroles que fez sucesso na internet foi o cantor Nego do Borel

O famoso promoter David Brasil também virou um Simpson

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