Revista EXATO - Edição 31 - Novembro 2021 by revistaexato

NOVEMBRO DE 2021

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ÍNDICE

JOSIAS TEÓFILO

SORAIA PEREIRA

30.

Instituições americanas de ensino VERNAN W. AURÉLIO

36.

Incerteza e desaceleração econômica nos EUA RICARDO DIAS MUNIZ

40.

Corrida Espacial: enriquecer ou destruir a humanidade? MARISA LOBO

54.

A agenda de gênero em desenhos infantis: um breve alerta aos pais RICARDO VENTURA

60.

CAPA

34.

“Nem tudo se desfaz”: Documentário que narra a ascensão e vitória de Bolsonaro, será lançado nos EUA

RODRIGO CONSTANTINO

12.

Política Pop

EMPREENDEDOR DO MÊS

16.

Conheça a baiana que conquistou Massachusetts com os cachos perfeitos NOVEMBRO DE 2021

MATÉRIA

64.

CARLOS JÚNIOR

22.

“Passaporte sanitário não faz sentido algum”

De onde vem o espírito empreendedor norte-americano?

Renomada Chef de cozinha brasileira faz sucesso em eventos da comunidade de MA JOÃO MAIA

68.

FERNANDA MELO

26.

A Linguagem Silenciosa dos golpes e relacionamentos abusivos

Descomplique-se: uma abordagem para simplificar a ansiedade RENATO R. GOMES

70.

As discrepâncias no direito

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COLABORADORES

DANIEL ROHDE CEO da revista EXATO, designer de marcas, catarinense, casado, formado em Administração pela Universidade Católica de Brasília. Gosta de ouvir música e tecnologia.

Instagram: @danielwrohde

SIMONE ROHDE Comercial da revista EXATO, paranaense, casada, formada em Administração pela Universidade Católica de Brasília, e pós-graduanda em Investimentos e Private Banking pelo Ibmec. Gosta de viajar e ler nas horas vagas.

Instagram: @simonewrohde

THAÍS P. VICTORELLO Jornalista, assessora de imprensa, colunista, produtora e editora chefe da EXATO. Paulistana, formada em jornalismo pela Universidade Cidade de São Paulo, cristã, casada e mãe de três filhos. Gosta de viajar e de estar com a família.

Instagram: @thaisvictorello

SAMUEL ANDRADE Fotógrafo de casamentos, lifestyle e retrato. Com mais de 15 anos no mercado, vem buscando trazer para as pessoas uma experiência incrível, eternizando momentos através da arte da fotografia.

Instagram: @samuel.stp

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EDITORIAL

THANKSGIVING POR SIMONE ROHDE

em uma frase muito bonita de Willie Nelson que diz: “When I started counting my blessings, my whole life turned around” (em tradução literal: “Quando comecei a contar minhas bênçãos, toda a minha vida mudou”). Tenho certeza que você conhece alguma pessoa que é o tal do “copo meio vazio”, que sempre está reclamando, seja do frio ou do calor, da muita ocupação ou do tédio, etc. Apesar de que cada pessoa tem uma personalidade diferente e para alguns é mais natural reclamar enquanto para outros, agradecer até pelas menores coisas da vida seja de fácil execução, a gratidão não precisa ser um sentimento, é algo aprendível. Quando decidimos no que queremos focar, decidimos pelo menos um pouco o rumo da nossa vida. Você pode me lembrar que estamos ainda em meio a uma pandemia mundial, e que os governos estão decidindo muitas coisas por nós, mas se olharmos novamente para a história, vemos pessoas que se destacaram por suas vitórias e que mesmo em meio a tempo difíceis (por vezes bem mais difíceis que os atuais) conseguiram focar nos seus objetivos e “parece” que tudo contribuiu ao seu favor para a realizaçao dos mesmos. Isso acontece por causa do foco. Talvez você já tenha ouvido falar sobre o Vision Board, há os adeptos e os que afirmam que não funciona. Acontece que ele não é uma estratégia mágica, mas de foco. Por exemplo, se você quer muito comprar um carro novo e nunca guarda dinheiro para tal, dificilmente cairá um carro do céu num passe de

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magia, entretanto, se você todo dia lembrar do objetivo e gastar menos em supérfluos e guardar mais grana ou trabalhar mais para isso, pode realizar tal objetivo em até menos tempo que o previsto, portanto, você foi o responsável pela ação e resultado. Quando falamos em gratidão, é esse mesmo olhar que vai determinar se temos motivos pelos quais agradecer, mesmo em meio a desafios, dificuldades, ou tempos de impossibilidades. Pelo que agradecer? Por ter acordado hoje é um deles. Pela família que temos, amigos, trabalho, empregadores, um teto sobre a cabeça, um cobertor quentinho, o alimento a mesa... não importa o que da lista você tem e o que você não tem, comece agradecendo pelo que dispõe, e quanto mais agradecer, mais motivos vão aparecer. Isso porque você aprende a ter um olhar mais aberto, positivo, criativo, outside the box, o resto é consequência. Desejo que por acasião do Thanksgiving, você aproveite para praticar a gratidão e ser o efeito “janela quebrada” entre seus colegas de trabalho, amigos e familiares. No meio do caos, ainda possuímos muito, não vamos nos esquecer. Até a próxima edição. E obrigada por estar sempre aqui,

Simone Rohde REVISTAEXATO.COM

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EXPEDIENTE

REVISTA MENSAL ANO 3 | EDIÇÃO 31 NOVEMBRO DE 2021 CEO/FOUNDER: COMERCIAL:

Daniel Rohde

Simone Rohde

EDIÇÃO/DIAGRAMAÇÃO:

Daniel Rohde

DESIGNER GRÁFICO:

Daniel Rohde

AGÊNCIA DE PUBLICIDADE: JORNALISTA E EDITORA-CHEFE: FOTÓGRAFO: COLUNISTAS E ARTIGOS:

CAPA: Josias Teófilo

BRAUS Marketing Agency

Thaís Partamian Victorello / MTB: 45.072/SP

FOTO CAPA: Equipe

Samuel Andrade Thaís P. Victorello . Marisa Lobo Fernanda Melo . Renato Gomes . Soraia Pereira Vernan Wolf . Ricardo Ventura . Carlos Júnior Ricardo Dias . Rodrigo Constantino

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ARTIGO

POLÍTICA

POLÍTICA POP O BRASILEIRO DESPERTOU E DEIXOU DE SER IGNORANTE SOBRE POLÍTICA, TANTO QUE O POVO JÁ SABE MAIS SOBRE A ESCALAÇÃO DOS MINISTROS DO STF DO QUE DA SELEÇÃO DE FUTEBOL

POR RODRIGO CONSTANTINO FOTO: GOOGLE

RODRIGO CONSTANTINO Colunista da Gazeta do Povo e Revista Oeste, Escritor, Economista e palestrante. Instagram: @rodrigoconstantino1976

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inha colega, Ana Paula Henkel, comentou comigo após o 7 de setembro, quando milhões foram às ruas numa manifestação patriótica, que mal conseguia andar pela Av. Paulista e que nunca vira nada igual, nem em seus tempos de atleta olímpica. A multidão a parava pedindo fotos, agradecendo por seu trabalho, por dizer a verdade. Em nossa conversa sobre o episódio, ficamos refletindo sobre a demanda reprimida por posicionamentos mais conservadores na mídia nacional, e como a simples coragem de dizer o óbvio se transformou em heroísmo em nosso país. Estava há um ano sem vir ao Brasil. Pode-se alegar que no dia 7 de setembro a multidão nas ruas era alinhada, ou seja, há

um viés de amostra aqui. Mas fiquei espantado com a mudança em um ano. Os taxistas e motoristas de Uber me reconheceram, o garçom do restaurante se disse meu fã, e o chef quis tirar uma foto comigo. O cortador de grama do condomínio dos meus pais no Rio disse que me acompanha, e circular nas ruas ou no shopping hoje é impossível no anonimato. Em suma, um comentarista de política virou uma espécie de celebridade, tratamento reservado antes aos atores globais. Como foi que isso aconteceu? É preciso compreender o fenômeno, pois ele não é natural. Jornalistas são reconhecidos, claro, e recebem elogios ou críticas. Faz parte. Mas o que está se passando é algo bem diferente. A própria Ana Paula escreveu

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uma coluna após o 7 de setembro usando a alegoria platônica da caverna para mostrar o despertar do povo, que resolveu deixar a ignorância política de lado. O feedback mais comum que recebemos é justamente o de que damos voz a essa gente toda, conseguimos concatenar seus pensamentos de forma concisa, ajudar nas reflexões. Os quatorze anos de petismo foram cruciais para esse despertar. A democracia quase foi destruída, e a economia mergulhou numa crise sem precedentes. O povo buscou mais informações, confiou em quem havia alertado para esse risco desde o começo. As redes sociais furaram a bolha da hegemonia esquerdista na imprensa, e uma maioria até então silenciosa se descobriu maioria, e com voz. A defesa de valores morais, a luta pela liberdade, a verdadeira resistência democrática, tudo isso uniu uma multidão até então dispersa, que se sentia órfã não só na política, como também nos debates públicos.

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Hoje está claro que os velhos monstros do pântano não vão largar o osso docilmente. Lula está solto e elegível, colocado como favorito por pesquisas suspeitas, enquanto o primeiro presidente que se assume de direita é perseguido de forma implacável. Bolsonaro não é perfeito, e os jornalistas independentes não são bolsonaristas, em que pese o rótulo colocado pelos militantes esquerdistas. O povo percebe o jogo sujo, sente que sua liberdade está ameaçada, que a própria democracia está em perigo, e não aceitará passivamente ver o Brasil virar uma nova Venezuela. Ou seja, as circunstâncias nos levaram a essa situação inusitada, em que mais brasileiros sabem a escalação dos ministros do STF do que da seleção de futebol. Há uma maior politização, alguns até diriam excessiva. A mídia fala em polarização, mas na prática isso quer dizer que a velha estratégia das tesouras entre PT e PSDB chegou ao fim, e a direita liberal e conservadora busca seu

espaço legítimo no debate. A reação da esquerda, na política e na imprensa, tentando desqualificar e demonizar todos os conservadores, acaba jogando mais lenha na fogueira. Essa parcela significativa do povo brasileiro está determinada a fazer valer seus princípios, e não mais ficará calada diante das narrativas oficiais impostas por uma imprensa vendida. Há um grande senso de propósito no ar, uma missão mesmo de luta por liberdade, uma cruzada da qual pessoas de diversos perfis fazem parte. E não uso cruzada por acaso: estamos numa guerra política, cultural e, acima de tudo, espiritual. O recado chegou em todas as classes, e é uma mão de via dupla. No fundo, comentaristas como eu e a Ana, entre outros, estamos simplesmente dando cara e voz a esse sentimento difuso, que vem do povo. Em nossas conversas particulares, já questionei como era essa sensação de carregar o peso da bandeira nacional representan-

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ARTIGO

POLÍTICA

Alegoria da Caverna é uma história metafórica narrada por Platão sobre o conhecimento humano - Foto: Google

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do toda a nossa nação nos Jogos Olímpicos. Não é algo fácil de descrever, disse-me a Ana. Hoje quero crer que entendo um pouco melhor isso. Ao andar pelas ruas e ser abordado por gente de todo tipo, elogiando e agradecendo, pedindo para nunca lhes abandonar ou trair, desejando força e orando por nosso trabalho, percebo o peso dessa responsabilidade. É um reconhecimento que muito me honra, sem dúvida. Uma honra que vem carregada desse senso humilde de servir a uma causa muito maior do que eu. Não sou apenas mais um comentarista político; estou ali, nos vários veículos de comunicação, representando uma multidão cansada da velha imprensa e da velha política, angustiada com a possibilidade de perdermos essa guerra e a esquerda voltar ao poder, escravizando todos, destruindo suas esperanças, seu futuro. Noto um receio em muitos de que eu poderia trai-los, virar a casaca, abandonar o barco, desistir do país. É compreensível, quando vemos quantos jornalistas agiram assim, mudaram de forma abrupta e incompreensível, tornaram-se militantes sem qualquer compromisso com a Pátria. Descobri também que nessa minha área a quantidade de pavões é incrível, e o ego se deixa seduzir pelo poder com frequência. Mas fiquem tranquilos. Tenho os pés no chão para saber que só estou onde estou por conta de vocês, e meu compromisso é com meu país e com a liberdade, uma paixão antiga que jamais sacrificaria em prol de qualquer coisa. Nosso Brasil merece muito mais, e contem comigo nessa batalha!

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EMPREENDEDOR DO MÊS

NEGÓCIOS

CONHEÇA A BAIANA QUE CONQUISTOU MASSACHUSETTS COM OS CACHOS PERFEITOS MORANDO NOS EUA HÁ POUCO MAIS DE 2 ANOS, BRASILEIRA CONQUISTOU O SEU “LUGAR AO SOL” E ACABA DE INAUGURAR SALÃO ESPECIALIZADO EM CACHOS

POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO Instagram: @thaisvictorello

ascida em Feira de Santana, no interior do estado da Bahia, a empresária, cabeleireira e instrutora de educação profissional na área de beleza, Danielly Estrela, decidiu investir em seus sonhos e junto com o marido e o filho do casal, mudou-se para os Estados

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Unidos, mais precisamente para o estado de Massachusetts. A mudança de vida e de país ocorreu no final do mês de agosto de 2019, poucos meses antes do início da pandemia do Coronavírus. Por isso, junto aos desafios comuns de uma mudança geográfica e cultural, veio

também o receio de passar por um momento tão complexo, longe dos familiares e dos amigos. Mas isso não fez com que Danielly e a família mudassem de planos, pelo contrário. Determinada e certa de onde queria chegar, passada a fase mais complicada da pandemia, Danielly, que já tinha uma

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vasta experiência profissional no Brasil, trabalhou como cabeleireira em alguns salões na região de Boston e em pouco tempo, a profissional tornou-se referência em cabelos cacheados na região de Massachusetts. Os meses se passaram e Danielly decidiu que era o momento de investir em seu próprio negócio e, com apenas dois anos morando nos Estados Unidos, a profissional acaba de inaugurar o Danielly Estrela Curly Hair Specialist, salão especializado em transição capilar e cabelos cacheados, uma área ainda não muito explorada no estado de Massachusetts, um dos estados americanos com a maior comunidade brasileira nos EUA. EXATO: Qual foi a sua primeira oportunidade profissional nos EUA? Danielly Estrela: Assim que cheguei, logo já consegui trabalhar na minha área... Trabalhei em um salão especializado em cabelos cacheados, em Boston. EXATO: Como surgiu a ideia de se especializar em cabelos cacheados? Danielly Estrela: No ano de 2008 eu fiz o meu processo de transição capilar, deixando de usar produtos para deixar os cabelos lisos e voltando a ter os cachos. Nessa época não existia nenhum espaço especializado, então tive a ideia de buscar informações sobre o processo... Mas foi só em 2011 que eu consegui fortalecer esse serviço na minha cidade, porque naquela época não existia tantas referências na minha região, então eu revolucionei chegando com o cabelo curto e bem cacheado.

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Danielly Estrela é empresária, cabeleireira e instrutora de educação profissional na área de beleza Foto: Divulgação

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EMPREENDEDOR DO MÊS

NEGÓCIOS

EXATO: Na sua família existem outros profissionais que atuam profissionalmente no ramo da beleza? Danielly Estrela: Minha mãe fazia tranças... Ela e minhas tias costumavam fazer os cabelos a ferro, como era chamado o processo de alisar os cabelos antigamente... Isso, de certa forma, me chamou a atenção e despertou a vontade de trabalhar na área. EXATO: Qual a importância de incentivar mulheres e homens a aceitarem os seus cabelos desde pequenos? Danielly Estrela: Desde muito cedo criamos diversas referências e na grande maioria são homens e mulheres de cabelos lisos... Sempre desejamos ser imagem daquilo que, quando criança, nos falam que é mais bonito, é comportado e fácil de cuidar. Por cau-

Devemos incentivar a beleza natural dos fios, incentivar o olhar amoroso para si mesmo quanto a se enxergar natural e isso constrói um ser humano decidido... A empresária acaba de inaugurar o Danielly Estrela Curly Hair Specialist, em Massachusetts Foto: Divulgação

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Minha meta é abrir uma unidade em cada um dos estados americanos.

sa dessa construção, decidimos que o cabelo liso é o melhor padrão, daí vem a desvalorização da autoimagem. Assim procuramos por mudanças drásticas nos cabelos, como os alisamentos em geral. Permanecemos insatisfeitos com os cabelos, porque não vai existir liso em cabelo crespo, mas sim cabelo alisado que tem uma textura que é uma forma totalmente diferente e assim segue-se padrões impostos pela sociedade. O fato é que devemos incentivar a beleza natural dos fios, incentivar o olhar amoroso para si mesmo quanto a se enxergar natural e isso constrói um ser humano decidido, original, despreocupado com a opinião alheia e com autoestima em dia. EXATO: Manter um cabelo saudável e cacheado dá trabalho? Danielly Estrela: Não, desde que se tenha produtos específicos e um profissional adequado, especialista para indicar o caminho dos cachos perfeitos. A empresária baiana se especializou em cachos - Foto: Divulgação

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EXATO: Há muita procura do público masculino?

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EMPREENDEDOR DO MÊS

NEGÓCIOS

No ano de 2008 eu fiz o meu processo de transição capilar, deixando de usar produtos para deixar os cabelos lisos e voltando a ter os cachos.

Danielly Estrela: Sim, esse não é um cuidado específico para as mulheres... Cada vez mais o público masculino cacheado e crespo também tem se rendido aos cuidados com os fios. Eu estou achando incrível como os homens têm se cuidado no que diz respeito à imagem... Isso é maravilhoso. EXATO: O que tem feito com que cada vez mais mulheres abandonem os alisamentos para assumirem os cabelos cacheados? É um modismo ou veio para ficar? Danielly Estrela: As mulheres estão cada vez mais poderosas e cheias de si... Eu acho que hoje as referências, tais como: artistas e influenciadoras digitais, tem contribuído muito para a aceitação dos fios e outro fator é que hoje existem espaços profissionais, como o meu, que estão prontos

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A profissional mudou-se com a família para os EUA há pouco mais de 2 anos - Foto: Divulgação

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na área.

Eu estou achando incrível como os homens têm se cuidado no que diz respeito à imagem... Isso é maravilhoso.

para atender e acolher essas poderosas de maneira única, devolvendo a elas a autoestima e a valorização de quem somos. EXATO:Atualmente existem bons produtos no mercado, que ajudam a manter um cabelo cacheado em casa? Danielly Estrela: Sim, muitos! O mercado de produtos para cabelos cacheados tem crescido muito, tanto produtos profissionais, como também linhas incríveis, para fazer a manutenção em casa. É um mercado em crescimento. EXATO: Você acredita que o mercado de profissionais especializados em cacheados também tem aumentado? Danielly Estrela: Sim, com certeza! Hoje existe uma demanda em potencial de crespas e cacheadas e as instituições de ensino, assim como as linhas de produtos, estão cada vez mais ensinando técnicas e formando grandes especialistas

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EXATO: Quais os principais desafios para um empreendedor imigrante nos EUA? Danielly Estrela: Certamente a burocracia das licenças para a abertura legal de empresas e também o idioma. EXATO: Como e quando surgiu a ideia de abrir o seu próprio salão? Danielly Estrela: Eu sempre tive meu espaço de atendimento no Brasil... Quando cheguei aqui nos Estados Unidos, trabalhei para dois salões e vi que havia um público para minha área... Foi a partir daí que eu comecei a planejar e a sonhar com meu espaço... E não é que deu certo? (risos) EXATO: O que seus clientes poderão encontrar de diferencial no seu atendimento? Danielly Estrela: Um atendimento intimista, personalizado para que o cliente sinta-se acolhido, com direito a uma boa conversa e, claro, um cafezinho. EXATO: Você pensa em futuramente abrir outras unidades ou mesmo franquias? Danielly Estrela: Sim... Minha meta é abrir uma unidade em cada um dos estados americanos. EXATO: Qual é o seu maior sonho? Danielly Estrela: Ser conhecida no mundo como a Rainha dos Cachos e participar do programa da Oprah... Sou bem sonhadora, tenho muitos outros sonhos que no futuro vocês saberão (risos).

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ARTIGO

PASSAPORTE SANITÁRIO

“PASSAPORTE SANITÁRIO NÃO FAZ SENTIDO ALGUM” TAL MEDIDA INEFICAZ É CONTROLE SOCIAL PURO E SIMPLES

POR CARLOS JÚNIOR FOTO: GOOGLE

N CARLOS JÚNIOR Jornalista Instagram: @carlosjunior_cp

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o começo da pandemia, lembro-me de um artigo que fiz para o Instituto Liberal intitulado “O mundo pós-coronavírus e o desafio do liberalismo”. Nele eu alertei para o crescimento do tamanho dos poderes do Estado, um fato corriqueiro em crises estritamente econômicas. Como diria o ex-prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, você nunca deixa uma crise ser desperdiçada. A esquerda no mundo inteiro parece ter aprendido bem a lição. Se por socialismo entendese controle estatal de qualquer setor de nossas vidas, a coisa não

se limita apenas no campo econômico. Existem campos mais decisivos que o Estado almeja interferir, fato muito bem exposto pelo filósofo Olavo de Carvalho no livro “O Jardim das Aflições”. E é justamente disso que se trata o passaporte sanitário, essa bizarrice transformada em norma obrigatória pela nomenklatura ocidental. Todos sabem a ideia: exigir um comprovante de vacinação para o acesso a determinados locais. Os defensores justificam o combate ao coronavírus como elemento validador, pois a necessidade do maior número possível de vacina-

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Protestos na França contra a obrigatoriedade do passaporte sanitário - Foto: Google

dos é condição sine qua non para deixarmos este inferno para trás. Tal medida iria estimular a população a se vacinar e acelerar o fim da pandemia. Tais argumentos favoráveis ao passaporte sanitário são completamente irreais. No campo da saúde a ideia não se sustenta, e no âmbito político – sim, essa insanidade tem um forte componente político – a coisa só piora.

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Uma breve análise das consequências da adoção basta para desencorajá-la. Observem os dados da vacinação nos países ocidentais. Em praticamente todos há uma certa regularidade, um número semelhante de vacinados em termos percentuais. Alguns adotaram na marra o tal passaporte de vacina, outros não. Argumentar pela implementação da medida alegando

um estímulo maior da população a aceitar de bom grado a vacina é de uma fragilidade sem par. Só para dar um exemplo: o Brasil não adotou o passaporte sanitário e tem 75% da sua população vacinada com pelo menos uma dose. Já os Estados Unidos foram na direção contrária e contam com 67% dos americanos imunizados parcialmente. Se na área da saúde o bendito

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PASSAPORTE SANITÁRIO

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passaporte não se justifica como medida eficiente, por que diabos a insistência em adotá-lo? Qual a intenção “oculta” nessa peleja? A resposta é uma só: controle social. Políticos, burocratas e tutti quanti sempre sonharam em concentrar o máximo de poder possível em suas mãos, e para isso inventaram os pretextos mais estapafúrdios possíveis. Seja o combate à pobreza ou ao terrorismo, tudo vale na hora de obter mais e mais poderes. Ainda que convincentes em um primeiro momento, tais desculpas viravam pó na medida em que a opinião pública e a imprensa tinham a liberdade de contestarem os donos do poder. É justamente a liberdade que é atacada aqui. A partir do momento que o Estado tem o poder de controlar o que pode ser dito e quem pode ir a determinados lugares ou não, tal poder é praticamente absoluto. No caso das vacinas, há inúmeros casos de publicações removidas nas redes sociais pelo simples fato de colocarem-nas em xeque. O controle do debate precede o das medidas insanas – como no caso do passaporte sanitário. O precedente aberto pelo passaporte de vacina é gigantesco e não menos perigoso. É simplesmente inaceitável obrigar todo mundo a aceitar vacinas desenvolvidas em pouquíssimo tempo. Eu defendo a vacinação e fiz uso dela quando chegou a minha vez, mas não considero razoável obrigar os recalcitrantes a isso, tampouco retirar seus direitos e garantias fundamentais. Quem deseja é aspirante a tirano e deve ser tratado como tal.

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EMPREENDEDORISMO

DE ONDE VEM O ESPÍRITO EMPREENDEDOR NORTE-AMERICANO? QUANDO AS COLÔNIAS DECLARARAM SUA INDEPENDÊNCIA, A AMÉRICA JÁ ERA O LUGAR MAIS RICO DO MUNDO PER CAPITA

POR FERNANDA MELO FOTO: ENVATO/GOOGLE

M FERNANDA MELO Consultora de Empresas Instagram: @femelo.co

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uitos podem considerar como algo pequeno e insignificante, quando uma mulher começa a vender bolos caseiros, porque ela percebeu que mulheres ao seu redor vão querer comprar. Acontece com tanta frequência nos EUA, que às vezes poucos reparam no vizinho que colocou uma placa na frente da sua casa oferendo serviços de carpintaria, porque percebeu que ninguém naquela comunidade fazia isso.

Contudo, um dia um aluno que abandonou a faculdade, entra em seu porão e decidir tentar ajudar as pessoas a se conectarem, se comunicarem e enviar dados. Esse aluno se torna dono de uma das maiores empresas do mundo, seu nome é Steve Jobs. O tamanho da Apple pode fazer muitos lembrarem de Steve Jobs, mas o mesmo espírito que leva uma mulher a começar a fazer bolos em casa, levou Steve Jobs a criar a Apple: o espírito empreendedor.

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Por trás de muitas humildes ideias de negócios, a América desfruta hoje de uma infinidade de lojas familiares, bem como de muitas empresas de renome que empregam milhares em todo o mundo. A iniciativa e a criatividade desses empreendedores nos alimentam, nos vestem e revolucionaram a forma como as pessoas se comunicam em todo o mundo. Foi a iniciativa e criatividade de empreendedores e empreendedoras americanos que conduziu os EUA a ser uma das maiores economias do mundo. Esses homens e mulheres são também responsáveis pela grande

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maioria dos empregos criados nos Estados Unidos. Toda essa prosperidade não foi por acaso, existe uma força cultural nos Estados Unidos que nasceu com a própria nação. Os primeiros colonizadores americanos já vieram para a América no intuito de escapar das estritas regulamentações da Europa, que visavam controlar desde sua forma de cultuar a Deus até como buscavam seu sustento. A liberdade é uma das mais importantes características da cultura americana, desde do nascimento da nação. Muitos especialistas econômicos atribuem

o sucesso econômico americano a essa liberdade de regulamentação, e muitos concordam que foi exatamente essa liberdade que levou a nação a produzir tantos empreendedores principalmente no século XIX. Foi a época em que regulamentações em cima dos cidadãos eram as menores. Quando as colônias declararam sua independência da Inglaterra, a América já era o lugar mais rico do mundo per capita, e foi o empreendedorismo que impulsionou essa riqueza. No final da era colonial, a América já fornecia produtos como ferro-gusa para o resto do mundo. Apenas 100 anos

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EMPREENDEDORISMO

Andrew Carnegie, um dos maiores fornecedores de ferro-gusa dos EUA - Foto: Google

depois, estavam produzindo mais do que a Inglaterra e a Alemanha juntas. Provavelmente poucos americanos vão conseguir expressar o espírito empreendedor mais que Andrew Carnegie, um dos maiores fornecedores de ferro-gusa dos EUA. Andrew Carnegie era um imigrante pobre da Escócia que chegou aos EUA em 1840, e foi o empreendedorismo que levou Carnegie a se tornar um dos maiores empresários do mundo. Em

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1901, quando ele finalmente vendeu seu negócio para J.P. Morgan, Morgan disse que Carnegie era “o homem mais rico do mundo”. O espírito empreendedor americano não nasceu por acaso, ele foi gerado por um desejo de crescer, prosperar, inovar e resolver problemas. Os pais fundadores dos Estados Unidos buscavam um lugar livre, e muitos tiveram que derramar sangue para construir o que hoje conhecemos como Land of the Free and Home of the

Brave, que poderia ser facilmente traduzido como Terra dos livres, devido ao sacrifício dos corajosos. Pode passar desperecido aos olhos quando uma pessoa resolver abrir um negócio na América, mas na história do mundo o espírito empreendedor americano que ajudou a construir uma das maiores economias do mundo, nunca será ignorado.

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EDUCAÇÃO NOS EUA

INSTITUIÇÕES AMERICANAS DE ENSINO CONHEÇA AS DIFERENÇAS ENTRE COMMUNITY COLLEGE, COLLEGE E UNIVERSITY

POR SORAIA PEREIRA FOTO: GOOGLE/ENVATO

O SORAIA PEREIRA Consultora Educacional Instagram: @soraia.s.pereira

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ensino superior (higher education) nos Estados Unidos possui mais de 4.000 instituições de ensino. São instituições públicas e particulares oferecendo cursos e programs nas mais variadas áreas e que atraem milhares de estudantes do mundo inteiro. Os cursos de ensino superior são oferecidos em diversas instituições e as mais conhecidas são: community colleges (faculdades comunitárias), colleges (faculdades) e universities (universidades). A diversidade de instituições traz muitas vezes o questionamen-

to quanto a escolha da instituição certa, portanto entender algumas diferenças entre elas é essencial para o seu sucesso acadêmico e profissional. Community College (Faculdade Comunitária): • cursos de graduação de 2 anos, • diploma de Associate, • cursos de menor duração (Certificado), • requisitos de admissão menos rígidos, • institutições públicas

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(subsidiadas pelo governo) e mensalidades muito mais acessíveis, • salas de aula menores (25-35 alunos) com aulas mais individualizadas, • não oferece moradia para os estudantes, • muitos community colleges são associados a uma universidade para que os estudantes consigam a transferência diretamente no terceiro ano para um programa de Bachelor, sem precisar fazer novamente o processo de admissão.

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College (Faculdade) • cursos de graduação com duração de 4 anos e pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado), • diploma de Bachelor’s, Master’s e Ph.D., • requisitos para admissão mais rígidos, • instituições particulares, sem nenhum subsídio do governo e com mensalidades de custo muito elevado, • custo adicional devido a

moradia e alimentação (room and board), • salas de aulas com mais alunos e menos individualizadas, • muitos colleges são renomados e tecnicamente considerados uma universidade apesar de ter o nome ‘college’, • campus menor e com menos cursos do que as universidades oferecem. University (Universidade) • cursos

graduação

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EDUCAÇÃO NOS EUA

com duração de 4 anos e de pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado) conferem o diploma de Bachelor’s, Master’s e Ph.D., • campus diversificado com grande oferta de cursos em diferentes áreas e professores altamente conceituados, • requisitos de admissão rígidos incluindo testes específicos para alguns programas, • podem ser instituições públicas (com mensalidades mais acessíves) ou particulares com o custo muito elevado e que resultam em grandes dívidas para os estudantes, • as universidades públicas oferecem um valor de mensalidade reduzido para os residentes do estado (in-state tuition), • custo adicional devido a moradia e alimentação (room and board), • salas de aulas com mais alunos (algumas disciplinas comuns de graduação podem ter até 300 alunos) e ensino pouco individualizado, • instituições dedicadas a pesquisa com grandes instalações e laboratórios, • as universidades podem ser formadas de vários colleges, ou institutos. A escolha de estudar em um community college, college ou university depende do objetivo de cada aluno. É importante conhecer e entender as diferenças para não errar ou se arrepender da escolha. Independetemente, todas elas oferecem uma educação de qualidade com uma bagagem cultural que é valorizada no mercado de trabalho, tanto nos Estados Unidos como também no Brasil. Harvard University de Boston, Massachusetts - Foto: Google

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ARTIGO

ECONOMIA

INCERTEZA E DESACELERAÇÃO ECONÔMICA NOS EUA

GARGALOS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS, ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA E INCERTEZA CAUSADA PELA CEPA DELTA DO CORONAVÍRUS SEGURARAM O CRESCIMENTO

POR VERNAN W. AURÉLIO FOTO: ENVAT/ENVATO

VERNAN W. AURÉLIO Economista Instagram: @vernanjonas

NOVEMBRO DE 2021

pesar das perspectivas para a atividade econômica seguirem positivas no curto prazo, de modo geral, alguns distritos dos Estados Unidos observaram incerteza crescente e um otimismo mais cauteloso do que nos meses anteriores, de acordo com o Livro Bege, divulgado nesta quarta-feira, 20, pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). De acordo com o documento, um sumário de opiniões que embasa as decisões de política monetária do banco central dos EUA, empresários observaram ritmo de crescimento econômico de modesto a moderado, com diversos distritos notando desa-

celeração em relação ao período anterior. Gargalos na cadeia de suprimentos, escassez de mão de obra e incerteza causada pela cepa Delta do coronavírus seguraram o crescimento. Na maioria dos distritos, entretanto, foram notadas melhoras no consumo. “Porém, as vendas de automóveis foram amplamente relatadas como em declínio devido aos baixos níveis de estoque e preços crescentes”, diz o Livro Bege. O Livro Bege destaca também que a maioria dos distritos dos Estados Unidos “reportou preços significativamente elevados”. Segundo o documento, esse movimento é impulsionado pela crescente demanda por bens

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Obrigatoriedade de vacinação está entre os fatores que reduzem a oferta de trabalhadores, relatou o Livro Bege - Foto: Envato

e matérias-primas. “Há relatos disseminados de altas em custos de produção pelos setores da indústria, motivadas pela escassez de produtos resultando de gargalos na cadeia de oferta”, destaca o Livro Bege. O documento cita pressões sobre os preços com restrições ao transporte e menor estoque de trabalhadores, bem como por problemas na oferta de algumas commodities. “Os preços do aço, de componentes de eletrônicos e os custos

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de frete avançaram notadamente neste período”, diz o Livro Bege. Muitas empresas elevam preços de venda, indicando maior capacidade para repassar aumentos nos custos a consumidores, “em meio à demanda forte”. Já as expectativas para o crescimento futuro dos preços varia, com alguns esperando que os preços sigam elevados, ou mesmo avancem mais, “enquanto outros esperam que os preços moderem ao longo dos próximos 12 meses”, aponta

o documento. Muitas companhias dos setores varejista, industrial e de hospitalidade têm cortado horas de trabalho ou sua produção por conta da baixa oferta de trabalhadores nos Estados Unidos, segundo relatou o Livro Bege do Federal Reserve. O documento resume a atividade econômica recente dos 12 distritos do BC americano. Segundo o Livro Bege, firmas de transporte e tecnologia também estiveram entre as mais

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ECONOMIA

Empresas americanas estão dispostas a pagar um alto salário inicial em busca de mão-de-obra - Foto: Taco Bell, Google

afetadas pela escassez na oferta de emprego. No período avaliado, o emprego cresceu de forma modesta a moderada, segurado pela falta de trabalhadores, apesar da alta demanda das empresas, diz a publicação. Os distritos relataram as “ausências por conta da Covid-19, problemas com cuidado infantil e obrigatoriedade de vacinação” 38

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contra a doença como fatores que reduzem a oferta de trabalhadores, relatou o Livro Bege. Para tentar contornar isso, de acordo com o documento, empresas reportaram aumento de salários iniciais para atrair mais oferta, além de alta nas compensações a pessoas já empregadas, de forma a mantê-las. “Muitas empresas também ofereceram bônus de assinatura

e retenção, horários de trabalho flexíveis ou aumento do tempo de férias para incentivar os trabalhadores a permanecer em seus cargos”, completa o Livro Bege, que ainda informou alto volume de mudanças de empregos entre funcionários e uma maior oferta de treinamento e uso de automação por parte das companhias.

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HUMANIDADE

CORRIDA ESPACIAL: ENRIQUECER OU DESTRUIR A HUMANIDADE? ENQUANTO A SPACEX CONQUISTA O ESPAÇO, OS DITADORES JÁ ESTÃO PRONTOS PARA DESTRUIR A HUMANIDADE

POR RICARDO DIAS FOTO: GOOGLE

U Instagram: @ricardodiasgv

RICARDO DIAS MUNIZ Consultor Empresarial e Político

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m mesmo foguete foi enviado a órbita terrestre e retornou com sucesso 7 vezes. Impossível, quase todos acreditavam, o feito foi realizado pela empresa SpaceX. Por outro lado, ditadores, não ficaram para trás, testaram com sucesso outra quase impossibilidade, um foguete hipersônico capaz de planar na órbita, podendo atingir qualquer cidade com uma bomba atômica, sem possibilidade atualmente de defesa. Entre

a conquista da riqueza do espaço e a destruição do planeta, os ditadores já decidiram se armar. Uma breve recordação, sobre a corrida espacial: com o fim da 2° Grande Guerra, o mundo se polarizou em dois sistemas antagônicos: os comunistas da União Soviética e os liberais do Ocidente. Os soviéticos herdaram dos nazistas os protótipos de foguetes e instalações militares, já os ocidentais atraíram pessoas que buscavam liberdade, os cien-

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Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço - Foto: Google

tistas do 3° Reich, sendo o mais importante deles, nessa área, Wernher von Braun, projetista dos lendários foguetes V2 e Saturno 5. Na Guerra Fria, os comunistas tomaram a dianteira e colocaram em órbita o satélite Sputnik. A cadela Laika foi o primeiro ser vivo em órbita. O ápice, Yuri Gagarin foi o primeiro homem a ver o planeta do espaço. Investir no espaço era estrategicamente relevante, pois, os mísseis balísticos poderiam facilmente atingir Washington, capital política do mundo livre. Os soviéticos tinham problemas com o poder de ataque aéreo, assim os mísseis resolveriam essa dificuldade. Por outro lado, os ocidentais preferiram gastar dinheiro

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com a reconstrução da Europa arrasada pela guerra. Com a população alimentada e a economia fortalecida, a virada na corrida espacial ocorreu durante o governo do Americano John F. Kenedy, com a meta ambiciosa de colocar a humanidade na lua em 10 anos. Esse objetivo foi alcançado em 1969, enfim, a corrida espacial estava equilibrada. Vinte anos após, a União Soviética colapsou, com isso o espaço perdeu protagonismo militar passando ao mero interesse científico. Mas, desde o início do século XXI a realidade novamente foi alterada. O mundo não livre, governado por ditadores, enxergou no espaço novamente uma

forma de combater a supremacia militar dos Estados Unidos. Desenvolveram mísseis com ultra velocidade, sub orbitais e orbitais, os chamados mísseis hipersônicos. Para essas armas não existe, atualmente, defesas. Eles carregam ogivas nucleares que podem destruir todo o mundo. Em terra de mercado livre, por outro lado, a indústria espacial tem se desenvolvido para aproveitar recursos naturais existentes lá. Como o asteroide que pode ter ouro em abundância (16 Psiquê) ou um gás raro na Terra (H3), porém abundante na lua, somente para se ter uma ideia, com uma única carga desse gás, com volume de um foguete, estima-se que

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BRASIL

Elon Musk, CEO da SpaceX - Foto: Google

daria para abastecer com energia todo os Estados Unidos por um ano. Essas riquezas motivaram o salto tecnológico que a empresa SpaceX de Elon Musk está fazendo no espaço. Hoje, sobre defesa, os ditadores do oriente estão melhores posicionados na corrida espacial, até onde se sabe, em relação a mísseis balísticos. Entretanto, o salto de tecnologia provocado

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pelo uso comercial do espaço, os deixará pra trás. Além disso, a revolução na comunicação, na qual funcionará de forma descentralizada e livre, será combustível contra as ideias de autoritarismo. A propaganda oficial não mais terá hegemonia abrindo espaço para abertura dessas sociedades ao mundo livre. Esse padrão foi comum no século XX: liberdade de um povo

provocou sua prosperidade; planejamento central autoritário, ao contrário, aproximou a população do genocídio e morte. Até no espaço essa lógica parece funcionar. A humanidade encontra-se no seu momento mais sensível: ou o sucesso da espécie, ou a completa destruição. Preservar a liberdade nunca foi tão importante.

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“NEM TUDO SE DESFAZ”: DOCUMENTÁRIO QUE NARRA A ASCENSÃO E VITÓRIA DE BOLSONARO SERÁ LANÇADO NOS EUA POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO Instagram: @thaisvictorello

ascido em Recife, o cineasta multifacetário Josias Teófilo, tem a arte correndo nas veias. Neto do também

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cineasta Pedro Teófilo Batista, sobre o qual escreveu o romance “O Cinema Sonhado”, sendo ganhador do prêmio Antônio de

Brito Alves de melhor ensaio da Academia Pernambucana de Letras, além de cineasta, Josias é jornalista, escritor e fotógra-

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Documentário de Josias Teófilo está sendo aguardado pela direita americana - Foto: Divulgação

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JOSIAS TEÓFILO

lançamento tem o apoio de Steve Bannon, ex-estrategista-chefe do ex-presidente Donald Trump. Bannon fez uma importante participação no documentário, sendo uma das personalidades entrevistadas para a obra. A redação da Revista Exato bateu um papo com Josias Teófilo sobre sua trajetória, o lançamento de “Nem tudo se desfaz”, no Brasil e aqui nos EUA. Confira: EXATO: É verdade que você adotou o nome Teófilo em homenagem ao avô, o cineasta Pedro Teófilo Batista?

Josias Teófilo, ao lado de Olavo de Carvalho, durante produção de “O jardim das aflições - Foto: Internet

fo. Seu primeiro curta-metragem “Quarteto Simbólico”, lançado em 2013, foi exibido em mais de 30 festivais e mostras do Brasil, e chegou a receber o prêmio de melhor filme de formação do Festcine no Recife. Em 2015 foi a vez do cineasta pernambucano realizar “O jardim das aflições”, curta metragem que retrata a vida e as ideias do filósofo conservador, Olavo de Carvalho. O documentário foi financiado através de crowdfunding, obtendo mais de 350 mil reais em doações privadas (sem recursos públicos). Foi através desta obra, que Teófilo ficou conhecido do grande público. O filme esteve em cartaz durante nove semanas em circuito comercial e foi exibido em mais de vinte cidades brasileiras. No mesmo ano ele dirigiu “Iconostasis”, filme que trata a arte sagrada do ícone como intermediária entre o mundo divino e o

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mundo humano, partindo do pensamento do filósofo russo Pável Florenski. Em setembro deste ano, Teófilo lançou o tão aguardado documentário “Nem Tudo Se Desfaz”, filme que narra alguns dos episódios mais importantes do Brasil nos últimos anos, traçando um paralelo entre as Jornadas de Junho de 2013; o impeachment de Dilma Rousseff; a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva; e a ascensão, o atentado, e a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas das eleições de 2018. A obra reuniu centenas de pessoas nas salas das diversas cidades brasileiras onde houve o lançamento oficial. Este mês, o cineasta viaja para Miami (FL) e Washington DC para o lançamento de “Nem tudo se desfaz”, que aqui nos Estados Unidos terá o título de “The Brazilian Revolution” e contará com legendas em inglês. O

Josias Teófilo: Sim. Meu avô morreu quando eu tinha dois anos de idade, mas a história dele chegou até mim por vários familiares, e é uma história fascinante. Ele foi inventor, arquiteto autodidata, aviador, fotógrafo e cineasta. Essas duas últimas atividades eu também exerço. E em grande parte por influência dessas histórias que ouvia dele. Meu bisavô, Orlando Teófilo, veio de Portugal e aqui chegou a ser um comerciante bem sucedido. Ele foi dono do Cinema Olympia, que foi projetado pelo meu avô. Lá ele conheceu minha avó, numa sessão de cinema (ele a viu de cima da cabine de projeção). Escrevi um livro sobre ele, O Cinema Sonhado, e adotei o nome dele. EXATO: Qual a influência do seu avô para que você escolhesse também trabalhar com cinema? Josias Teófilo: O livro “O Cinema Sonhado” nasceu como um documentário. Para fazê-lo, eu tive que adquirir cultura cinematográfica e comecei a ver muitos filmes. Mas me faltavam imagens dos filmes que ele fez, até mesmo as fotografias eram poucas, de

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“Nem tudo se desfaz”: documentário tem início com as manifestações das Jornadas de Junho de 2013 - Foto: Divulgação

modo que acabou virando apenas o livro. Mas eu sabia que realizaria filmes e sempre estive pensando em projetos.

arte. De fato, uma reportagem bem realizada pode ser arte sim, assim como bom fotojornalismo pode ser arte. E o cinema documentário tem essa proximidade com o real, então tudo se relaciona.

EXATO: Como surgiu a ideia da exposição O templum-tempus, realizada em São Paulo em EXATO: O seu primeiro curta2014? -metragem, Quarteto Simbólico, de 2013, recebeu o prêmio de Josias Teófilo: Foi uma expomelhor filme de formação do sição de fotos analógicas que fiz Festcine no Recife. Como foi rede uma viagem à Grécia. Fiz tamceber esse importante reconhebém uma extensa matéria para a cimento logo em seu primeiro Revista Continente, também com curta? essas fotos. Josias Teófilo: Foi bom porque EXATO: Ser jornalista e fotógra- eu vivi três meses com o dinheifo te ajuda na percepção artísti- ro do prêmio. Vivi uns três meca no cinema? ses com o dinheiro do prêmio do Cinema Sonhado que a Academia Josias Teófilo: Sim, sem dúPernambucana de Letras me deu. vida. Balzac diz que jornalismo é

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A gente vai se virando (risos). EXATO: Como surgiu a ideia do filme O Jardim das Aflições, que trata sobre a vida e ideias de Olavo de Carvalho? Josias Teófilo: Surgiu quando eu morava em Brasília. Lia Olavo desde 2008 e sabia que não só ele é um gênio, mas também tem uma vida muito interessante imageticamente. Ele fuma, caça, mora num ambiente rural muito bonito da Virgínia. Pensei num filme que ilustrasse o pensamento filosófico de Olavo pela sua vida cotidiana. EXATO: Você foi aluno do Olavo de Carvalho? Josias Teófilo: Fui sim, assisti as aulas do COF online e presen-

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O atentado a facada, cometido por Adélio Bispo contra Bolsonaro, também é narrado no documentário com direção de Josias Teófilo - Foto: Divulgação

cial (lá na Virgínia). Até filmei algumas aulas. Esse curso é muito importante, não só para quem quer aprender sobre filosofia, mas para quem é de humanidades em geral. Eu aprendi muito sobre cinema lá, e ele só fala de cinema raramente. Mas, é que os filmes devem tratar de alguma coisa e os temas que ele trata são muito fecundos para a imaginação e a vida intelectual.

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EXATO: É verdade que O Jardim das Aflições foi inscrito para participar do Festival Cine Pernambuco 2017, e que alguns cineastas cancelaram sua participação às vésperas do evento, alegando motivos ideológicos? Josias Teófilo: Sim, foi uma situação lamentável para eles, demonstrou a intolerância da classe artística brasileira para quem pen-

sa diferente. Diversidade deveria ser de pensamento também, não só sexual. E foi um fato inédito: nunca num festival brasileiro cineastas retiraram seus filmes por causa da presença de um filme. Ao mesmo tempo, deu um destaque tremendo ao filme na imprensa e nas redes sociais. Diria que minha carreira começou ali, foi um impulso e tanto.

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o adversário (Lula) é a corrupção, e é claramente nacionalista. EXATO: Quanto tempo durou o trabalho de pesquisa de imagens e o trabalho de produção como um todo? Josias Teófilo: Três anos, desde a concepção até o filme estar no cinema. Exatamente três anos contando do dia que eu liguei para a produtora contando do projeto, até a estreia no cinema. Claro que teve pandemia no meio, mas isso foi bom para repensar o filme e a montagem várias vezes. O filme cresceu durante a pandemia (digo cresceu no sentido qualitativo, ele diminuiu em tempo). EXATO: Qual foi o critério utilizado para escolher os depoimentos? Josias Teófilo: Eu entrevistei pessoas cujo trabalho já tinha lido e sabia ter importantes contribuições para entender as grandes transformações políticas e sociais que o Brasil passou. Fiz mais entrevistas do que entraram no filme, algumas só vão para os extras que estarão disponíveis no site do filme, no pacote completo.

EXATO: Como surgiu a ideia do roteiro do documentário “Nem tudo se desfaz”? Josias Teófilo: Surgiu inspirado na Sinfonia N.2 de Sibelius. Observei que a sinfonia tinha um material genético que se repetia do começo ao fim, terminando com uma apoteose. Vi que a história do Brasil de 2013 para cá também tem temas que se repetem. Acabei não usando a sinfonia no filme, mas ela o moldou. E os te-

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mas que se repetem desde as manifestações de 2013, até 2018 são: o apartidarismo, as pautas anticorrupção, o patriotismo, e a crítica à grande mídia. Esses temas estão nas manifestações de junho de 2013 e estão em Bolsonaro, que foi o grande beneficiário do efeito das manifestações. Na verdade, esses temas permanecem até hoje em voga. Observe que nós temos um presidente sem partido, que critica a grande mídia todo santo dia, cujo principal discurso contra

EXATO: Como surgiu a oportunidade de convidar Steve Bannon, que foi estrategista-chefe da Casa Branca no governo de Donald Trump, para participar com um importante depoimento no documentário? Josias Teófilo: Bannon visitou Olavo de Carvalho em sua casa, na Virgínia. Por coincidência eu estava lá e o conheci também. Em seguida, ele nos convidou para jantar na casa dele em Washington. Esse jantar, inclusive, ficou registrado no livro do Ben Teitelbaum. Lá,

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você, qual foi o real objetivo central dessas manifestações ocorridas simultaneamente em mais de 500 cidades do Brasil? Josias Teófilo: As Jornadas de Junho são um enigma que ainda vai ser muito debatido e estudado. O certo é que as manifestações começaram com uma pauta estatista, portanto de esquerda, que era o fim do aumento das passagens. Mas, a coisa mudou tanto que é difícil dizer um objetivo central. Eu diria que existia uma insatisfação geral com a situação do país. A solução para essa insatisfação vem sendo debatida e testada até hoje. EXATO: O documentário traz também a ascensão de Bolsonaro, bem como o fatídico episódio da facada, cometido por Adélio Bispo. Você sofreu algum tipo de tentativa de censura em relação ao lançamento de “Nem tudo se desfaz”?

A atriz Regina Duarte e a deputada Carla Zambelli prestigiaram a estreia de “Nem tudo se desfaz” - Foto: Divulgação

eu o propus entrevistá-lo para o “Nem tudo se desfaz” e ele topou. Fizemos a entrevista no flat que ele mora na Park Avenue, em Nova York. Mostramos o filme para ele e ele gostou muito e vai organizar a sessão em Washington. EXATO: Como está sendo a aceitação do público nos eventos de lançamento? Josias

Teófilo:

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Excelente.

Vendemos todos os ingressos das sessões até agora. Foram 14 sessões em 12 cidades. E o filme está em cartaz pela quinta semana no Petra Belas Artes em São Paulo. As pessoas riem, choram, a reação do público tem sido muito forte e muito calorosa. EXATO: O documentário inicia com os protestos ocorridos no Brasil em junho de 2013. Pra

Josias Teófilo: Não posso dizer censura, mas fui muito difamado, especialmente por gente do MBL, que dizia que o filme seria uma propaganda pró-Bolsonaro. Curioso que agora que o filme saiu não falam mais nada... Também fui chamado de fascista, nazista, etc., por fazer esse filme, e processei várias pessoas por isso. Isso não deveria acontecer. Um filme se julga pelo que ele é. Ninguém é obrigado a gostar, mas reagir a ele (ainda em fase inicial) como aconteceu é lamentável. EXATO: Como será feita a distribuição do filme aqui nos EUA em novembro? Josias Teófilo: As cidades confirmadas são Washington e Miami. Vamos também vendê-lo numa

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para algum evento de lançamento oficial? Josias Teófilo: Sim, estarei presente nas duas sessões. EXATO: Qual é a sua expectativa para o lançamento aqui nos Estados Unidos? Josias Teófilo: Muito alta porque, como Bannon disse, o filme trata de fenômenos que não se restringem ao Brasil. A nova direita tem semelhanças no Brasil, na França e nos Estados Unidos. Ela é politicamente incorreta, usa de memes, é bastante forte nas redes sociais e é antiglobalista. Espero exibir esse filme na França também, e lá o filme se chamará “La révolution brésilienne”. EXATO: Você considera este documentário como sendo o trabalho mais importante da sua trajetória como cineasta? Josias Teófilo: Sim, é mais autoral que O Jardim das Aflições, e tem uma linguagem mais ousada – apesar de parecer ser um documentário convencional, com entrevistas e imagens de arquivo. Eu quis que o filme parecesse velho, com cheiro de naftalina, como se tivesse sido tirado de um baú. Acho que consegui esse efeito. EXATO: Quais são os seus próximos projetos?

Josias Teófilo virá aos EUA para o lançamento oficial do documentário - Foto: Divulgação

plataforma online. EXATO: Aqui nos EUA, o documentário manterá o mesmo título? Josias Teófilo: O título do fil-

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me em inglês ficou “The Brazilian Revolution”. É menos poético do que o título em português, mas resume bem o que aconteceu.

Josias Teófilo: Em 2022, vou lançar o terceiro filme da trilogia. O primeiro é O Jardim das Aflições, o segundo o Nem Tudo se Desfaz e um terceiro que é uma crítica à Semana de 22 no seu centenário. Em breve, pretendo filmar meu primeiro filme de ficção também. Deus ajude.

EXATO: Você virá para os EUA

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DESENHOS INFANTIS

A AGENDA DE GÊNERO EM DESENHOS INFANTIS: UM BREVE ALERTA AOS PAIS CABE AOS PAIS JULGAR SE O QUE DESEJAM ENSINAR PARA SEUS FILHOS É COMPATÍVEL COM OS DESENHOS QUE ELES ASSISTEM

POR MARISA LOBO FOTO: ENVATO/GOOGLE

C MARISA LOBO Psicóloga Palestrante, Pesquisadora, Teóloga e Escritora Cristã Instagram: @marisa_lobo

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ada vez mais comum, o surgimento de desenhos infantis com temática LGBT e outras pautas delicadas não é algo transitório. Infelizmente o embate cultural envolvendo questões polêmicas, como a ideologia de gênero e o feminismo, invadiu o universo infantil, e assim a preocupação dos pais em saber como lidar com essa situação também se tornou legítima, motivo pelo qual escrevo esse artigo. Um dos conteúdos mais básicos para quem estuda psicologia

é o desenvolvimento infantil. Para a psicanálise esse também um tema central, pois é a partir dele que compreendemos boa parte do comportamento humano, incluindo a fase adulta, uma vez que é na infância onde tem início a formação da nossa personalidade. Há muitas teorias da personalidade humana, mas há um consenso no entendimento de que ela começa a se firmar por volta dos 5 anos. Até chegar nessa idade, a criança está em processo de “modelagem”. Se

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Chip and Potato, desenho infantil da Netflix, é repleto de símbolos LGBT- Foto: Google

trata de um período crucial do seu amadurecimento psicológico, físico e comportamental, pois é nele

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onde muitas raízes são criadas e fincadas. É justamente por isso que

devemos nos preocupar com desenhos infantis que trazem conteúdos da ideologia de gêne-

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DESENHOS INFANTIS

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ro e outros movimentos, como o feminista, porque a intenção dos que produzem esse tipo de roteiro não é abordar valores consensuais para a maioria de nós, ou seja, pontos comuns como respeito às diferenças e ao próximo de forma ampla. A intenção é, literalmente, modelar a visão de mundo das crianças de acordo com a agenda ideológica defendida por esses movimentos, porque o simples fato desses assuntos serem abordados através de desenhos voltados até para bebês de 1 a 2 anos, já é uma clara demonstração de militância, visto que crianças não possuem o amadurecimento cognitivo necessário para discernir questões complexas de ordem social e sexual. Quanto mais nova é a criança, mais fácil ela é aliciada ideologicamente e mais difícil será, depois, reverter os efeitos da modelagem comportamental que ela sofreu. Uma estratégia muito utilizada pelo ativismo LGBT com menores de 5 anos é o emprego de mensagens por associação, que funciona basicamente inserindo símbolos associados ao movimento nas cenas dos desenhos. A cor e o arco-íris são os mais aplicados. Em um desenho chamado Chip e Potato, por exemplo, exibido pela Netflix, há um capítulo onde o personagem vai à escola. O lugar é repleto de cores do arco-íris, assim como o próprio arco-íris, começando pela entrada principal. Basicamente para onde se olha na cena é possível ver estes símbolos que, em nossa cultura atual, estão totalmente associados ao movimento LGBT. A intenção com isso é fazer com que a criança se familiarize com esses símbolos, enxergan-

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do-os agora de forma inocente e pura, de modo que essa mesma associação de pureza ocorra mais tarde, tanto com relação a desenhos com personagens LGBTs explícitos, como em relação ao próprio ativismo de gênero. Por fim, cabe aos pais julgar se o que desejam ensinar para seus filhos é compatível com os desenhos que eles assistem. Nós, cristãos, não podemos mais relaxar ao deixar nossas crianças na frente da TV, do computador ou do celular, uma vez que à agenda LGBT vai de encontro aos ensinos judaico-cristãos e ela já faz parte das gigantes de entretenimento infantil como a Disney, a Marvel, a DC Comics e muitas outras. Felizmente também existem conteúdos infantis voltados para o público cristão. Os pais precisam explorar esse lado e oferecer isso aos filhos, substituindo os demais. Fora isso, a supervisão e o acompanhamento dos filhos, afetiva e presencialmente, são requisitos indispensáveis e os mais importantes para garantir que as crianças não absorvam conteúdos nocivos nas mídias digitais. Os pais devem conhecer o que os filhos estão vendo e tendo acesso. Precisam, se necessário, sentar e explicar o que é bom ou ruim. Não há filtro melhor do que o julgamento da família, mas para isso ser eficiente é preciso, também, haver capacitação. Assim, busque conhecimento em mídias confiáveis, promova cursos e palestras, grupos de estudo. Eu mesma já publiquei vários livros buscando preparar os pais, estão disponíveis. Tudo que for para o futuro das nossas crianças é válido. Esse é o meu recado.

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LINGUAGEM SILENCIOSA

A LINGUAGEM SILENCIOSA DOS GOLPES E RELACIONAMENTOS ABUSIVOS POR RICARDO VENTURA FOTO: ENVATO

RICARDO VENTURA Cientista comportamental, psicanalista, escritor e especialista em Linguagem Silenciosa Instagram: @naomintapramimoficial

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Este é um tema polêmico e ao mesmo tempo pouco discutido em função da sensação de vergonha e de impotência das pessoas que vivem este tipo de relacionamento. Por isso, eu resolvi utilizar este espaço para trazer à luz um pouco mais de conhecimento sobre o perfil dos abusadores. Eu espero que você não esteja passando por esta situação, mas talvez conheça alguém que está precisando de ajuda e tem medo ou vergonha de pedir, e o que você vai ler aqui pode te ajudar a

identificar estes abusadores. Quando pensamos em abuso, a imagem masculina logo vem à cabeça, porém isto pode acontecer tanto com mulheres como com homens. Primeiro, precisamos identificar se estamos lidando com um canalha, com um golpista ou efetivamente com um agente de relacionamento abusivo e para isso vamos entender como cada um funciona. Os três perfis comportamentais utilizam-se da mesma ferramenta para conquis-

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tar o que desejam: a sedução. Tenha em mente que todo canalha é um grande sedutor, mas nem sempre um grande sedutor é um canalha, e é por este motivo que não percebemos que estamos sendo enganados. Quando falamos de um canalha estamos nos referindo a pessoas egoístas que não possuem empatia e que, depois de conquistarem quem desejam apenas não dão mais valor à sua conquista. Eles estão mais preocupados em satisfazer seus desejos do que com

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o seu parceiro. O canalha é individualista, costuma ser mentiroso e não sente remorso em trair, porém isso não o qualifica como um abusador. Quando estamos convivendo com um canalha é fácil de identificar, e a melhor atitude a se tomar é se afastar desta pessoa. O canalha quando se sente ameaçado faz falsas promessas e por amor nós procuramos acreditar, porém o seu egoísmo e o seu individualismo o farão repetir os erros. No caso do golpista a coisa é

mais complexa, o golpista investiga o seu comportamento, busca detalhes em suas redes sociais, procura descobrir seus gostos e preferências para gerar empatia, ele precisa fazer com que você se sinta atraída(o) para que consiga alcançar seu objetivo. O golpista te dará atenção, compartilhará sua vida e será muito solícito. Ele chega timidamente e conquista você. Ele se transformará em seu melhor amigo em pouquíssimo tempo, pois só assim ele conseguirá o que deseja: tirar tudo o que

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LINGUAGEM SILENCIOSA

ele puder de você: dinheiro, bens, e/ou amigos. O golpista costuma utilizar a carência da vítima como porta

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de entrada para suas investidas e realiza promessas muito altas como casamento, filhos, viagens e grandes reconhecimentos. Eu vou

dar alguns exemplos de atitudes que você pode tomar para identificar um golpista: • Em casos de compras ou

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encontros onde ele, por algum motivo, diz que esqueceu a carteira, teve seu cartão bloqueado ou te pede ajuda financeira, negue

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ajuda e invente uma desculpa. O golpista não perde tempo, se ele perceber que você sabe se desvencilhar destas situações provavelmente ele desistirá do relacionamento; • Em situações onde ele cita bens dele, casas em cidades distantes, carros caros, aeronaves, viagens caras, faça perguntas satélites do tipo: “Você tem casa em Angra? Qual o endereço? Meu primo mora lá!”, “Você já foi a Barcelona? Como é o clima lá? Conheceu a Cordilheira dos Pirineus? Me conta mais…”, “Que legal! Você tem um helicóptero? Que tipo de combustível ele usa? Quanto custa para abastecer?”; • Peça o endereço dele, mande um presente pelo correio com uma mensagem, pergunte se ele recebeu; • Pesquise o passado dele na internet, veja se as postagens envolvem família, se são apenas parceiros de negócios ou se são apenas fotos solitárias. Pesquise as pessoas que aparecem junto nas postagens. Se você estiver se relacionando com um golpista e se utilizar dessas estratégias ele se afastará naturalmente. No caso do agente abusador tudo começa da mesma forma. Sedução através de atenção, carinho e muitos elogios. O agente abusador é expert em empatia e o desejo dele é controlar você mentalmente. Por padrão, o agente abusador começa tecendo elogios frequentes e enaltecendo suas atitudes, mas com o tempo estes elogios vão sendo substituídos por críticas, conforme os elogios diminuem as críticas começam a aumentar. Ele começa a encontrar defeitos que não existem,

acaba com a sua autoestima e, ao mesmo tempo, começa a distanciar você dos seus amigos e de sua família apontando defeitos e falhas de caráter em todos. É complicado detectar um abusador pois é difícil de acreditar que ele está errado em suas críticas já que você entrega o seu emocional a ele. Mas, é importante ficar atento pois ele pode não ter limites. No início são críticas dolorosas que com o tempo se tornam proibições e agressões verbais e que podem culminar em agressões físicas. Por isso, é tão importante detectar este tipo de comportamento o mais cedo possível. E atenção! Se você acha que pode estar sendo vítima de um agente abusador procure ajuda! Converse com amigos, procure um terapeuta, fale com seu orientador religioso e, se necessário, vá à polícia. E o mais importante, afaste-se o mais rápido possível desta pessoa, pois os danos podem ser irreversíveis! Se você quer entender melhor como estes comportamentos funcionam e aprender como detectar rapidamente todo tipo de pessoa que pode lhe fazer mal, de tempos em tempos eu realizo uma série de aulas gratuitas ao vivo em meu canal no YouTube. Para que eu possa te avisar quando estas aulas acontecerão novamente basta se cadastrar no endereço naomintapramim.com E se você conhece alguém que pode estar sofrendo nas mãos de um agente abusador, envie esta matéria para essa pessoa. Você pode ser responsável por salvar a vida dela.

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EMPREENDEDORISMO

RENOMADA CHEF DE COZINHA BRASILEIRA FAZ SUCESSO EM EVENTOS DA COMUNIDADE DE MA MARY MEDEIROS TEM CONQUISTADO A PREFERÊNCIA DE BRASILEIROS E AMERICANOS QUANDO O ASSUNTO É CULINÁRIA BRASILEIRA

POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO Instagram: @thaisvictorello

ormada em gastronomia pelo Senac São Paulo, a ex-chef executiva da TV Bandeirantes, Mary Medeiros, iniciou sua paixão por cozinhar ainda na infância, quando aos nove anos acompanhava a

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mãe, que trabalhava em um restaurante. “Ela me levava pra ajudar a mexer as panelas de molho”, relembra a renomada profissional. O que era apenas uma brincadeira de criança, tornou-se sua profissão. Apesar de ser especia-

lizada na culinária italiana, Mary é uma profissional versátil, tanto que no badalado Clube Paineiras do Morumby, em São Paulo, onde manteve contrato por mais de 8 anos e fazia diversos eventos, Medeiros tinha a fama de fazer o

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A brasileira Mary Medeiros é formada em gastronomia pelo SENAC SP - Foto: Divulgação

melhor sanduíche de pernil de São Paulo. “Fiz muitos eventos servindo camarim de artistas, como: Priscilla Alcântara, Gabriella

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Rocha, Jô Soares entre outros”, relembra a profissional, que entre os diversos contratos com renomados executivos, também já

trabalhou para a TV Bandeirantes. “Na época assumi o restaurante VIP, que servia 250 almoços por dia. Liderava uma equipe só de

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EMPREENDEDORISMO

A Chef de cozinha decidiu mudar-se para os EUA, onde permanece atuando no ramo da gastronomia brasileira - Foto: Divulgação

homens. Tive que me impor para que eles me respeitassem. Hoje a maioria se tornou meus amigos”, conta. Morando no estado americano de Massachusetts há 2 anos, Mary trouxe toda a sua expertise na culinária e hoje oferece o serviço de Personal Chef em Boston e região, com cardápios personalizados, nos mais diversos eventos. 66

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Além de atender levando um pouco do sabor brasileiro em almoços, jantares, coquetéis e festas da comunidade brasileira e americana, Mary Medeiros aproveitou o período de pandemia e com o aumento no número de pedidos de refeições delivery, decidiu investir em seu lado empreendedor, aproveitando a oportunidade de fazer com que mais pessoas conheçam

sua refeições. “Fazemos marmitas comuns e fitness para entrega. O tempero e sabor são os nossos diferenciais. Comida com sabor de verdade”, conta a experiente chef de cozinha, que tem levado um pouco da culinária brasileira para matar a saudade de brasileiros que residem em New England.

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DICA DE LEITURA

DESCOMPLIQUE-SE: UMA ABORDAGEM PARA SIMPLIFICAR A ANSIEDADE A ANSIEDADE TEM UMA ORIGEM CLARA - E NÃO É O HOMEM!

POR JOÃO PEDRO ANZELOTTI MAIA FOTO: ENVATO

JOÃO PEDRO ANZELOTTI MAIA Influenciador digital, escritor, palestrante, pregador, colunista e estudante de teologia Instagram: @jpmaia

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ocê muito provavelmente já experimentou a ansiedade. Do latim, “angere”, significa, literalmente “estrangulamento”. É a sensação de se sentir “apertado” por dentro. Ela, dentre vários, é um dos maiores problemas enfrentados pela nossa geração. Para tomarmos dimensão disso, 1/3 dos adolescentes brasileiros apresentam algum sofrimento psíquico. Em agosto de 2020, a quantidade de usuários procurando pela palavra no Google era 5

vezes maior do que no mesmo mês em 2014. Mas, seu pico foi atingido mesmo em abril de 2021. Pesquisamos pelo tema 48 milhões de vezes, passando os números na Espanha, Alemanha e Reino Unido. Essa preocupação dos brasileiros quanto ao assunto é reflexo de um tempo delicado, agravado por circunstâncias psicossociais relacionadas principalmente à pandemia global de COVID-19. As ambições desmedidas, aliadas a pressões de um mundo que corre atrás do di-

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nheiro e de felicidade em coisas passageiras torna difícil o estilo de vida simples e não sufocante. Mas, é exatamente esse o trabalho de Richarde Guerra, em seu livro intitulado “Descompliquese”, onde com muita destreza, o autor desbrava o território bíblico para facilitar a vida de quem sofre com esse problema, seja cristão, ou não. Ele disserta que a ansiedade tem uma origem clara, e ela não é o Homem, como muitos tendem a pensar. A ansiedade teria vindo

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como subproduto da queda de Adão, ou seja, quando as coisas não estavam perfeitas (criação). Ele faz isso para mostrar que, se a ansiedade nem sempre fez parte de nós, ela pode deixar de fazer parte (ou ao menos, diminuir sua frequência) do nosso dia a dia. A partir daí, ele trabalha a ansiedade descomplicando-a em três principais áreas da nossa vida: o relacionamento com Deus, com o próximo e com o ‘’eu’’. É importante explicar que a ajuda de um médico psiquiatra

em casos crônicos de ansiedade, bem como citado no livro, é necessário. Mesmo cooperando para a doença, pessoas que são diagnosticadas com ansiedade como doença precisam de apoio médico-profissional. As pessoas não buscam apenas pela felicidade, elas querem paz de espírito. Mas, não apenas isso. Como ele escreve no livro, na página 74: “O que buscamos, na verdade, não é somente a paz de espírito. Queremos redenção, ou seja, o aniquilamento de nossa culpa. Precisamos experimentar aquela sensação de alívio e refrigério de quem não precisa ficar ansioso com nada. Todos querem, de algum modo, experimentar esse tipo de liberdade.” Contudo, só encontraremos paz de verdade no Deus Pai, por meio de Jesus. Ele é o único caminho para o aniquilamento da nossa culpa. Não conseguiremos isso em qualquer outro lugar. Essa redenção se dá por meio da confiança em Cristo como Senhor e Salvador. A fé nele produz paz com Deus, e consequentemente, um relacionamento com ele. Aí, não se trata apenas de malabarismos religiosos, mas de uma pessoa com quem temos mais do que uma relação de amizade qualquer. A partir do conserto da nossa vida com Deus, podemos administrar outras áreas da nossa vida, como as amizades e nós mesmos. Esse compromisso com Deus gera frutos de autogoverno, que serão essenciais para lidarmos com a ansiedade. O autor permanece sua construção de pensamento com a correção do relacionamento com o próximo. Com muita facilidade, ele aborda as corriqueiras dificuldades que podemos ter com

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ENTREVISTA

JP MAIA

nossos amigos e colegas de trabalho. Uma das atribuições mais legais que Richarde faz é a de trabalhar a comparação, uma constante na vida de quem usa o Instagram, por exemplo. Richarde explica que quando olhamos para as diferenças de dons e talentos que cada pessoa possui, não teremos mais tanta dificuldade em lidar com as pessoas. Isso porque estaremos percebendo que cada

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pessoa possui qualidades irrevogáveis e distintas, que cooperam para um propósito maior do que elas mesmas. Assim, para que ficar com inveja de alguém que é diferente de mim, mas que contribui para o que eu faço?! Uma outra abordagem utilizada por Richarde é a da dependência emocional e de rebeldia. Ele escreve sobre como muitos de nós depositamos sobre

o outro um sentido de valor supremo, exagerado, que nos torna dependentes emocionais deles. Mas nunca somos supridos, simplesmente porque aquela pessoa não é Deus. O mesmo ocorre com a rebeldia. Muitos filhos desobedientes aos pais apresentam problemas de desobediência com outras autoridades, como chefes no trabalho, por exemplo. Isso é um problema, porque temos de

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respeitar e honrar aqueles que têm dirigência sobre nós. Podemos lidar melhor com o próximo quando entendemos a posição de cada um. Isso não faz das pessoas mais ou menos especiais, é apenas o modo como as coisas devem funcionar. A última abordagem dele é para com o eu. Quando cheguei nessa parte do livro, percebi que a ansiedade estava em muitas

áreas da minha vida que eu sequer pensava. Tendemos a achar que é apenas conosco que as coisas precisam ser resolvidas e organizadas. Contudo, como vimos acima, é muito mais do que isso. Além de alinhar nossos corações com Deus, mantendo nossas esperanças centralizadas nele, também devemos organizar nossos relacionamentos com o próximo.

Com o eu, as coisas mudam um pouco. Richarde sugere que entendamos quem somos. De modo mais fundamental, ele argumenta que precisamos entender nossa identidade. Não quem somos para nós, mas quem Deus diz que somos, porque tendemos a mudar essa opinião de tempos em tempos. Isso atrapalha nossa busca de paz, porque é inconstante e varia o tempo inteiro. O que Deus diz sobre nós, porém, não é efêmero. Independe dos nossos sentimentos. Os sentimentos, entretanto, são importantes. O livro aborda esse tema através dos temperamentos: sanguíneo, colérico, fleumático e melancólico. Quando descobrimos qual deles somos, fica mais fácil lidar com nossas emoções e humores. A partir do nosso temperamento, entendemos o que nos afeta ou não, simplificando nossa relação com nossos humores volúveis. O autor acrescenta a importância de levar um estilo de vida saudável, que evita se preocupar com o amanhã, confiar em Deus e se alimentar melhor, praticar atividades físicas, além de, para quem está sujeito à avaliação médica, seguir corretamente o protocolo. De modo simplificado, quando resolvemos essas três áreas da vida, lidaremos melhor com a ansiedade. Não é uma tarefa fácil, mas ela foi definitivamente simplificada pelo autor. Recomendo demais a leitura do livro para quem sofre com o “mal do século”, a que chamamos ansiedade. Até o mês que vem, com um tema mais simples e menos “ansioso”! Você encontra o livro “Descomplique-se” de Richarde Guerra na Amazon.

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DIREITO

AS DISCREPÂNCIAS NO DIREITO POR QUE AS INTERPRETAÇÕES SOBRE O MESMO ASSUNTO DIVERGEM TANTO? O QUE (QUASE) NINGUÉM VAI LHE DIZER

POR RENATO R. GOMES FOTO: ENVATO / FREEPIK

N RENATO R. GOMES Mestre em Direito Público (UERJ05-07) Ex-oficial da Marinha do Brasil (EN90-93) e Escritor. Instagram: @renatorgomesoficial

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o artigo anterior, apresentei e justifiquei a primeira e principal causa das divergências interpretativas entre juízes, juristas e advogados. Agora, vou escancarar para você, prezado leitor, a “suprema” causa da subjetividade com que boa parcela de juízes decide. Esta causa está diretamente relacionada àquela originariamente comentada: ao recorte arbitrário da realidade, feito pelo intérprete, para que o contexto dos fatos permita-lhe fundamentar resultado interpretativo que seja conforme a própria convicção (para quem

não leu, recomendo a leitura do meu post “Divergências no direito - Por que as interpretações sobre o mesmo assunto divergem tanto? O que [quase] ninguém vai lhe dizer”) Atribuo ao Supremo Tribunal Federal parte da responsabilidade pelas discrepâncias interpretativas ou mesmo pelos vícios de fundamentação de decisões judiciais que ocorrem no dia a dia. Por quê? Porque, ao ter criado a pior jurisprudência de toda a sua história institucional, legitimou não apenas o recorte arbitrário do mundo dos fatos e no qual é

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“pós-doutor”, mas, sobretudo, deu “carta branca” ao mau juiz para ser relapso, o quanto quiser, no cumprimento de seu dever constitucional de fundamentar as respectivas decisões (93,IX). Sim: o STF autorizou implicitamente qualquer julgador a fazer pouco caso do cidadão, ou mesmo a esnobá-lo, ao endossar a validade de decisões insuficientemente justificadas, normativamente incoerentes ou flagrantemente omissas para quem quiser enxergar o que ele, intérprete, se negou a fazê-lo. O indivíduo – eu ou você, lei-

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tor – aciona o Judiciário porque teve o direito desrespeitado, e – pasmem – recebe resposta argumentativamente insatisfatória, parcial, omissa, atentatória à sua inteligência. O mínimo que poderia se esperar do juiz era uma argumentação robusta, sistematizada, coerente, convincente. Sair-se vencedor no processo vai depender de mera aleatoriedade de a nossa pretensão ir ao encontro da vontade do julgador da ocasião. O que diz o destruidor posicionamento do STF? Lamentavelmente, o seguinte: “O juiz, para atender à exigên-

cia de fundamentação do art. 93, IX, da C.F., não está obrigado a responder a todas as alegações suscitadas pelas partes, mas tão-somente àquelas que julgar necessárias para fundamentar sua decisão.” (AI 417.161-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 21.3.2003). O Superior Tribunal de Justiça foi no mesmo sentido, reforçando a aberração: “O julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão.” (STJ. 1ª Seção. EDcl

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DIREITO

no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi (Desembargadora convocada do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016 (Informativo 585). O que seria “motivo suficiente”? Como poderemos identificá-lo, se, de acordo com o STF e o STJ, o juiz está desobrigado a desfazer incoerências na sua argumentação, exceto de por livre e espontâneo lapso de lucidez? O fato de incoerências terem sido apontadas por argumentos da parte vencida na disputa é descarada, intencional e inconstitucionalmente menosprezado. Fácil perceber o porquê de minha afirmação de ser este entendimento o mais corrosivo à coerência do Direito, à sua credibilidade, à confiabilidade dos cidadãos no Judiciário e, obviamente, a qualquer tentativa de se obter uma uniformidade interpretativa racionalmente compreensível. Ao se recusar a demonstrar à parte perdedora no processo – autor ou réu – as razões de não ter levado em conta, na fundamentação, o argumento A ou B apresentado na petição do interessado, sobretudo quando alguma tese ou fato levantado for capaz de afetar a coerência da decisão judicial em relação ao sistema jurídico como um todo, o juiz, na prática, deixa claro que ele apenas deve satisfação à sua “consciência”, cabendo ao vencido acatar o seu veredicto final. Coerência do Direito? Pacificação de conflitos? Direito nosso de recebermos decisão fundamentada de modo transparente e sem margens para dúvidas quanto à imparcialidade do juiz? Não passam de contingências agradáveis do acaso. Mais especificamente: quando

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o juiz escolhe os argumentos que lhe convêm para tomar a decisão de sua preferência, na verdade, ele despreza todos os outros levados pelas partes e que eventualmente possam evidenciar a incoerência da interpretação que fez dos textos normativos envolvidos na solução do problema. Um aparte para especulação pessoal: será que se juízes ou juristas efetivamente se dedicassem a refutar as objeções sérias às suas argumentações, teriam a mesma facilidade para fazer, com igual arbitrariedade, o mesmo recorte seletivo do mundo dos fatos, visando à justificação de sua preferência moral ou ideológica, por meio de interpretação jurídica (in) coerente de sua conveniência? Infelizmente, no Brasil, há juízes e juristas orgulhosos e vaidosos; raramente mudam o entendimento, independentemente da consistência argumentativa que embase a sua opinião personalíssima. No caso do juiz, como exercer o poder de manter inalterável a sua posição e firmar a respectiva autoridade inconteste, se for sempre obrigado a rebater argumentos com potencial para romper completamente a base de sustentação de sua convicção pessoal, escancarando a incoerência normativa inerente à fundamentação da decisão que proferiu? Regra geral, o autor pede X; fundamenta seu pedido com os argumentos A, B e C. O réu contesta a argumentação com os argumentos D, E e F. O juiz decide, por exemplo, a favor do autor. Fundamenta sua decisão com os argumentos A, B e G. Não diz para o réu por que desconsiderou D, E e F, que demonstravam a incoerência dos argumentos A e B, usados pelo autor e acolhidos na

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decisão. Exemplifico novamente com o caso do furto de celular. O Ministério Público denunciou o ladrão pelo furto de celular (CP,155). O infrator era reincidente na prática de ato ilícito. Foi condenado pelo STJ. Mas o STF mostrou a que veio: prestou-se a manipular o Direito, ao sabor do casuísmo e da iluminação do relator da vez. No caso, atropelou a regra legal proibitiva do furto, sem o minimamente plausível fundamento jurídico; “supremo achismo”! Como decidiu o STF? Furto de celular de 90 reais caracteriza “prejuízo inexpressivo” à vítima. Reincidência criminal? Irrelevante, se o delito anterior foi de “pequeno potencial ofensivo”. Contudo, a “inteligência suprema” omitiu-se em responder as seguintes indagações: i) o legislador proibiu o furto de qualquer objeto, independentemente do preço. De onde veio, portanto, a “luz suprema” para descriminalizar o furto de bens de baixo valor? ii) recusar-se a condenar o furto de celular, em função do preço, não é uma ofensa à dignidade do pobre, que não tem condições de comprar um Iphone 7 ou um Galaxy S8? iii) Como os ministros deduziram não ter havido prejuízo material à vítima? São deuses? iv) E os eventuais registros de dados no aparelho: não são bens imateriais que talvez possam superar, em muito, os 90 reais? v) A expressão “inexpressivo prejuízo” desconsidera o potencial dano psicológico causado à vítima, em razão de furto. Por quê? vi) E se a vítima fosse a filha, o filho, o neto, a neta ou a esposa do ministro: “pau que bate em ‘chico’ bate também em ‘Francisco’?” vii) Superlotação carcerária, por si só,

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DIREITO

autoriza juridicamente o STF a ignorar a aplicação do direito penal e a estabelecer, casuisticamente, critérios seletivos para absolvição contra a lei? Pela clareza da explicação e por sua autoridade doutrinária, homenageio o saudoso jurista Ovídio Baptista: “Sabendo (..) que a norma comporta duas ou mais compreensões; sabendo igualmente que o sentido originário do texto – se é que, em algum momento, ele existiu – pode transformar-se com o tempo, (…) quando o juiz disser que julga de tal ou qual modo porque esse é o sentido da norma aplicável, ele ainda não forneceu nenhum fundamento válido da sentença. Escolhendo “livremente” o sentido que lhe pareceu adequado, sem justificá-lo, o julgador não teria ido além do raciocínio formulado por alguém proibido de explicitar os funda-

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mentos da decisão. (…) Admitindo que a norma pode oferecer – e normalmente oferece – mais de um sentido, caberia indagar qual o sentido a que ele dera preferência; e por quê. Por que rejeitara as demais interpretações igualmente legítimas? Mesmo que o juiz estenda-se em argumentos legais, apoiando-se em outros julgados e pontos de vista doutrinários, o julgamento ainda seria carente de fundamentos válidos, dado que o exame das “circunstâncias” que o julgador é obrigado a fazer, para cumprir o art. 131 [atual art.371 e, especificamente, o art.489,§1.º] do Código de Processo Civil, não seria atendido. (…) A exigência de que a motivação seja “completa”, abrangendo tanto a versão aceita pelo julgador, quanto as razões pelas quais ele recusara a versão oposta, é fundamental para que o convencimento judicial alcance o nível de racionalidade exigido

pela lei. (…) Das sentenças insuficientemente motivadas, poderia o sucumbente dizer: “fui vencido, mas não convencido”, que é o sentimento hoje comum em nossa experiência judiciária.” (Ovídio A. Baptista da.Silva. Fundamentação das Sentenças como Garantia Constitucional. In Direito, Estado e Democracia: entre a (In)efetividade e o Imaginário Social. Revista do Instituto de Hermenêutica Jurídica. v. 1, n.º 4. Porto Alegre: Instituto de Hermenêutica Jurídica, 2006. p. 334-342.) Alguém tem esperança de que o Supremo desperte para a realidade e revogue essa jurisprudência desastrosa para o Direito? Extremamente atuais as palavras do Barão De Itararé, agora, aplicada à “justiça suprema”: “De onde menos se espera é que não sai nada mesmo!”

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