Internacional
Por: Rogério Almeida / Fotos: Turismo de Veneto (www.veneto.eu)
Basílica de São Jorge Maior
Veneza
La Sereníssima Uma viagem pelo tempo
Q
ue imã poderoso atrai o mundo para a Itália? Já dizia Richard Wagner e mesmo com o fenômeno da Água Alta (Acqua Alta), que em 2019 inundou Veneza, com água na altura de 1 metro e 45 centímetros, e que causou tantos prejuízos na cidade. E o que dizer que a população residente de Veneza, La Sereníssima, está deixando a cidade em virtude da grande horda de turistas? A cidade já encolheu de 157 mil para 50 mil habitantes. Moradores reclamam do alto custo de vida, dos aluguéis e dos 25 milhões de turistas, dos quais 14 milhões lotam as ruas num só dia e deixa as pequenas vielas intransitáveis, além de lixo incalculável. Certa vez saí da Praça São Marcos e entrei em uma das ruas de Veneza. Em certo momento, eu não conseguia nem retornar para a Praça, devido a multidão que enchia todos os espaços. A cada cinco minutos, um turista se perde pelas ruas extremamente lotadas da cidade na alta estação.
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Mesmo assim, Veneza é única e todo o mundo deseja passar pela cidade, nem que seja uma vez na vida. Para chegar a Veneza obrigatoriamente tem se que vir pelo mar, pois a cidade está numa laguna do Mar Adriático. Quando os visitantes se aproximam, já de longe se vê as torres da Basílica de São Marcos, do século XI e sede da arquidiocese católica desde 1807. Ao lado está o Palácio dos Doges e tudo diante da imensa Praça de São Marcos, ponto de encontro e de início e fim de um tour a pé pelas ruas de Veneza. A cidade inteira nos faz voltar ao século XV, como se tivesse sido transportada daquela época para os dias atuais. A Basílica de São Marcos, numa planta em cruz grega, é baseada na Basílica de Santa Sofia e na Basílica dos Apóstolos, de Constantinopla. Aqui acredita-se que está enterrado o corpo do Apóstolo Marcos. A Praça quando não está com a Maré Alta, é lotada de mesas e cadeiras, e a disputa é grande principalmente