5 minute read

Veneza

Next Article
Intercâmbio

Intercâmbio

Basílica de São Jorge Maior

La Sereníssima Uma viagem pelo tempo

Advertisement

Que imã poderoso atrai o mundo para a Itália? Já dizia Richard Wagner e mesmo com o fenômeno da Água Alta (Acqua Alta), que em 2019 inundou Veneza, com água na altura de 1 metro e 45 centímetros, e que causou tantos prejuízos na cidade. E o que dizer que a população residente de Veneza, La Sereníssima, está deixando a cidade em virtude da grande horda de turistas? A cidade já encolheu de 157 mil para 50 mil habitantes. Moradores reclamam do alto custo de vida, dos aluguéis e dos 25 milhões de turistas, dos quais 14 milhões lotam as ruas num só dia e deixa as pequenas vielas intransitáveis, além de lixo incalculável. Certa vez saí da Praça São Marcos e entrei em uma das ruas de Veneza. Em certo momento, eu não conseguia nem retornar para a Praça, devido a multidão que enchia todos os espaços. A cada cinco minutos, um turista se perde pelas ruas extremamente lotadas da cidade na alta estação.

FÁCIL | Lazer e Negócios NE 34 Mesmo assim, Veneza é única e todo o mundo deseja passar pela cidade, nem que seja uma vez na vida. Para chegar a Veneza obrigatoriamente tem se que vir pelo mar, pois a cidade está numa laguna do Mar Adriático. Quando os visitantes se aproximam, já de longe se vê as torres da Basílica de São Marcos, do século XI e sede da arquidiocese católica desde 1807. Ao lado está o Palácio dos Doges e tudo diante da imensa Praça de São Marcos, ponto de encontro e de início e fim de um tour a pé pelas ruas de Veneza. A cidade inteira nos faz voltar ao século XV, como se tivesse sido transportada daquela época para os dias atuais. A Basílica de São Marcos, numa planta em cruz grega, é baseada na Basílica de Santa Sofia e na Basílica dos Apóstolos, de Constantinopla. Aqui acredita-se que está enterrado o corpo do Apóstolo Marcos. A Praça quando não está com a Maré Alta, é lotada de mesas e cadeiras, e a disputa é grande principalmente

Campanário

Regata em Veneza

Ponte de Rialto

Veneza foi durante séculos, a porta do Oriente, onde por aqui chegavam as especiarias como a seda, o café. Hoje, uma horda de turistas chineses, japoneses, tailandeses e indianos, lotam a cidade, o que a torna novamente como a Porta do Oriente na Itália.

Veneza é formada por 118 ilhas e possui 150 canais, e 450 palácios, mesmo assim o que os turistas visitam em sua grande maioria é o que está próximo à Basílica de São Marcos.

Durante o carnaval, novamente milhares de pessoas, lotam as ruas de Veneza. Apesar do frio e uma música que não se compara ao carnaval brasileiro, os foliões apresentam suas belas e imensas fantasias e à noite, se preparam para os grandes bailes carnavalescos, que remontam ao Renascimento.

Afinal, muitos nomes da música e literatura escreveram e habitaram em Veneza, como Goethe, Casanova, Wagner, Mozart, Verdi, Stravinsky, Hemingway e tantos outros.

Há quem visite Veneza para ver o dedo com que São Tomé tocou as chagas de Cristo, ou a cabeça de Santo Estevão ou as relíquias de São Marcos. Mas a grande maioria vem mesmo para flanar pelas ruas e praças, passear de gondola ou de vaporetto ou simplesmente admirar a paisagem.

Veneza nasceu no dia 25 de março de 421. Atingiu o apogeu na Idade Média, conquistou o mundo. E um símbolo disso é o leão alado de San Marco, no alto de uma coluna na entrada da cidade, que caracteriza o domínio por Veneza, dos mares e do comércio pelo mundo.

Torre do Relógio

para quem opta pelos bares Florian´s ou Quadri, ambos do século XVIII, ou o Harry´s Bar, onde os comerciantes cobram e lucram muito por um simples sorvete italiano, o melhor do mundo ou pelo coquetel Bellini, mistura de champanhe com pêssego. Turistas do mundo inteiro também fazem filas para um passeio de gôndolas, com os gondoleiros com suas camisas listradas e chapéus de palha com fitas coloridas e cobrando horrores. Todos se preparam para um selfie quando passam debaixo da Ponte do Suspiros. Apesar do romantismo de hoje, quando os casais passam abraçados, na verdade era o caminho onde os presos condenados à morte deixavam seu último suspiro.

Há muito o que se ver em Veneza. Além da Basílica de São Marcos, que merece um dia, o visitante pode subir os 98 metros do Campanário de San Marco e ter uma bela vista da cidade. Também merece uma visita ao Palácio dos Doges, ou Palácio Ducal, uma obra prima do gótico veneziano e que foi construído entre 1309 e 1424, antiga sede da magistratura local. Na caminhada recomendo ir a Ponte do Rialto, em arco e mais antiga e mais famosa sobre o Grande Canal de Veneza e construída em 1181. Depois ir a Accademia de Belas Artes de Veneza, um museu e galeria de arte especializada em arte pré- XIX, e que possui obras de artistas como Ticiano, Tintoretto, Bellini e tantos outros. Quem tiver tempo recomendo ir visitar os artesãos de cristal de Murano, comprar material de couro e percorrer as ruas de Burano com suas casas coloridas. ONDE FICAR: Veneza possui hotéis de alto luxo, como o Cipriani, preferido dos milionários e celebridades como Elton John, Madonna, e Angelina Jolie. Até acomodações bem simples, que podem ser acessadas pelo Airbnb. Quem deseja ficar bem próximo da Praça de São Marcos, existe também o hotel Palazzo Gritti (San Marco, 2467), também caríssimo. O QUE VER: Basílica de São Marcos, Campanário, Palácio dos Doges, Ponte dos Suspiros, Ponte de Rialto, Accademia, Praça de São Marcos, Basílica de São Jorge Maior e Torre do Relógio. INFORMAÇÕES TURÍSTICAS: Com o turismo de Veneto: www.veneto.eu DICA DO AUTOR: Evite Veneza no verão, na alta estação. Além do calor insuportável e a multidão de turistas, torna-se difícil andar e visitar as atrações. E você pode se perder ou entrar numa rua e que você não conseguirá sair facilmente.

Praça de São Marcos

This article is from: