Revista Fácil - Edição 186

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ANO XXII - 2018 - Edição 186- R$ 15,00 - www. revistafacil.net

Brasil tem maior população de domésticas do Mundo A Lisboa de Fernando Pessoa

A dificuldade de investigar e comprovar no Brasil e no mundo FÁCIL | Lazer e Negócios NE

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Sumário

Trabalho

Economia

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Capa Trabalho Economia Cinema Idéias e desafios Ambientação Gastronomia Internacional Coluna PB

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Internacional

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Capa

Texto – Jefferson Victor / Com colaboração dos professores da USP, UFMG e LSE / Fotos: Divulgação e Google

Corrupção: A dificuldade de investigar e comprovar os casos no Brasil e no mundo

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orrupção, por natureza, é um crime que se mantém nas sombras. E, quanto mais alta a posição ocupada pela pessoa julgada, menores são as chances de que deixe rastros óbvios dos crimes cometidos. Por isso, um conjunto de provas, que incluem delações e relatos de testemunhas, acaba sendo usado para juntar as peças do quebra-cabeça. E essa dificuldade em comprovar casos de corrupção não é exclusividade brasileira. Segundo especialistas sobre o assunto, encontrar provas diretas de propina, especialmente quando há políticos e empresários poderosos envolvidos, é um “desafio global”. Os mais críticos, contudo, afirmam que interpretações baseadas em evidências indiretas podem ferir a presunção de inocência e trazer riscos ao devido processo legal. “Parte da dificuldade de análise acadêmica e também jurídica é justamente a coleta de dados. No caso da corrupção, o

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desafio é coletar evidências de links causais do tipo A pagou B que passou para C que, por sua vez, se beneficiou de algo”, observa o pesquisador brasileiro Armando Martins de Castro, da universidade britânica London School of Economics (LSE), Enquanto pesquisadores normalmente usam medidas que se baseiam na percepção da corrupção ou experimentos para medir níveis de tolerância ou como as pessoas se comportam em determinadas situações, policiais, procuradores e juízes têm se fiado cada vez mais no relato de colaboradores para tentar coletar indícios.

Rede complexa de corrupção O envolvimento de diversas pessoas expõe uma rede de corrupção que está cada vez mais aumentando e se modernizando. O professor Alamiro Velludo Salvador Netto, do Departamento de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP), destaca que as práticas de corrupção ganharam sofisticação ao longo do tempo. Grandes corporações, com


divisão de tarefas internas, passaram a adotar práticas corruptas, inclusive com ramificações no exterior, aponta ele.

denar”, defende Alamiro, especialista em Direito Penal, que discorda da interpretação atual do Supremo.

“Hoje o fenômeno da corrupção não é só aquele do particular com o funcionário público, com uma repartição clara de benefícios. Temos grandes empresas com divisão de tarefas. E, na medida em que essas empresas são grandes, há também uma infiltração internacional”, destaca.

Ocultação do dinheiro

“É muito diferente do pagamento ao guarda de trânsito. A corrupção envolve, às vezes, compras internacionais, obras internacionais, e tudo isso leva a uma dificuldade maior na identificação dos atores.” O pesquisador Martins Castro, da London School of Economics, destaca que esquemas “mais sofisticados de corrupção têm intermediários, que usam offshore (empresa ou conta aberta em um território com menor tributação) e contas secretas para receber e fazer pagamentos”, o que dificulta identificar os reais beneficiários do dinheiro e os mandantes.

Outro argumento usado pela defesa do ex-presidente Lula no processo em que foi condenado é o de que o Ministério Público não foi capaz de identificar o chamado “caminho do dinheiro”, ou seja, a relação entre o dinheiro usado pela OAS para as reformas do tríplex e recursos desviados de contratos da Petrobras. Essa dificuldade em especificar claramente o “trajeto” e origem dos recursos usados em trocas de propina existe em grande parte das investigações de esquemas de corrupção no Brasil e no mundo, apontam os especialistas. Sem citar o caso do ex-presidente, Martins de Castro, da London School of Economics, explica que dificilmente dinheiro da corrupção aparece como tal na contabilidade das empresas.

“Se não tiver um colaborador ou um denunciante, fica quase impossível rastrear empresas de fachada usadas normalmente para fazer transferências em poucas horas e em jurisdições onde não há obrigatoriedade de se revelar quem são os titulares das contas ou o dono do dinheiro”, completa o pesquisador, que também leciona no departamento de administração da LSE.

‘Nenhum político inteligente deixa rastro’ Para Alamiro Velludo Salvador Netto, professor na USP, em São Paulo, em “lugar nenhum do mundo é fácil comprovar corrupção entre autoridades graduadas”. Por isso, alguns tribunais deixaram de exigir a existência comprovada de um “ato de ofício” concreto por parte do agente público em troca da vantagem indevida que recebeu. Isso aconteceu no julgamento do mensalão, em 2012, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) fixou o entendimento de que a oferta da vantagem e o aceite por parte do funcionário público já caracterizam o crime de corrupção. Alamiro defende que, na falta de uma prova que aponte um “link direto”, é possível justificar uma condenação a partir da existência de uma “preponderância” de evidências que apontem para o crime de corrupção. “É importante compreender que os julgamentos de casos de corrupção, muitas vezes, precisam se fiar numa preponderância de evidências. Não há, normalmente, uma clara troca de um benefício por outro, mas sim evidências que, juntas, apontam para a ocorrência do crime”, diz. “No caso do Brasil, seria necessária uma mudança no Código Penal brasileiro para permitir condenações sem a comprovação de um ato concreto do agente público direcionado a retribuir a propina. Esse tipo de construção demanda uma alteração legislativa. No caso brasileiro, temos dificuldade em fazer isso, porque os dispositivos que tratam de corrupção fazem referência direta aos atos de ofício”. “Outros países já superaram isso na legislação. Compete ao Parlamento rever se, para tornar efetivo o combate da corrupção, é adequado ou não suprimir o ato de ofício ao con-

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Itália? Através do sistema de colaborações. Os criminosos passaram a não se sentir mais invencíveis. É uma escolha utilitária, mas fundamental.»

É possível confiar no delator? O professor de Direito Penal da USP Alamiro Velludo Salvador Netto também destaca o caráter “secreto” do crime de corrupção. “Na medida em que eu não tenho uma vítima concreta, todas as pessoas que participam do delito estabelecem uma lógica comum de ocultá-lo”, diz. As delações, portanto, servem como instrumento para estimular a quebra desse “contrato de sigilo”. Mas, para Netto, a colaboração de suspeitos só serve como ponto de partida para as investigação e para facilitar a obtenção de provas, não para embasar condenações. “O dinheiro da corrupção normalmente não é colocado em balanço de empresa. Algumas empresas da Lava Jato, por exemplo, afirmaram que pagavam propina por meio de consultorias”, diz o pesquisador, que se dedica a pesquisar corrupção, com foco nas empresas, mas sempre observando a interação do mundo privado com o público.

“Não nego que é um meio de obtenção de prova útil. O problema é saber até que ponto a palavra do delator tem força. Ele vai receber benefícios na exata medida da informação que der. Então, no afã da obtenção de maiores benefícios, ele vai tentar falar tudo o que sabe e talvez até o que não sabe”, argumenta.

Além disso, ressalta ele, assumir o envolvimento com casos de corrupção compromete a imagem das empresas e assusta acionistas. Isso seria mais um motivo para manter oculta ou tentar dar fachada legal a transações ilícitas.

Salvador Netto defende ainda que as delações sejam oferecidas de forma estratégica, com a finalidade de penalizar os chefes das organizações criminosas. Para ele, a possibilidade de firmar delações está sendo oferecida de forma indiscriminada no âmbito da operação Lava Jato.

O uso de delações como meio de prova Na Lava Jato, a atuação do Ministério Publico e do Judiciário também tem sido alvo de polêmicas pelo amplo uso de delações de investigados interessados em reduzir as próprias penas. O ex-procurador italiano Raffaele Cantone, que atuou na investigação da máfia Camorra, destaca que, no crime de corrupção, normalmente não há “conflito de interesses” entre os criminosos envolvidos. Portanto, as provas costumam ser eficientemente ocultadas, o que torna o mecanismo da delação essencial para a investigação, segundo ele. “A descoberta da corrupção só surge através desses mecanismos (de colaboração), porque, por sua natureza, não há conflito de interesses que possa tornar esse crime público”, diz Cantone, que é atualmente presidente da Autoridade Nacional Anticorrupção da Itália, órgão administrativo responsável pela supervisão das medidas de prevenção. “A corrupção é baseada na omertà (o silêncio cúmplice típico da máfia). Se não criarmos uma vantagem para quem optar por colaborar, enviamos a mensagem ao corrupto de que vale à pena tentar. Como ganhamos da máfia na

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“Vejo que as colaborações são oferecidas para um número indistinto de pessoas. Às vezes, as mesmas operações têm diversos colaboradores. Não se sabe nem mais quem é réu e quem é colaborador. E os benefícios oferecidos ultrapassam os previstos na lei.” No caso do julgamento de Lula, a defesa do ex-presidente argumentou que o Ministério Público baseou as acusações em delações de colaboradores, principalmente de ex-executivos da construtora OAS. O petista é acusado de receber, a título de propina, um apartamento tríplex no Guarujá. Em troca, teria atuado para beneficiar a OAS em contratos com a Petrobras. Para o professor Leonardo Avritzer, da Universidade Federal de Minas Gerais, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que condenaram Lula a 12 anos e um mês de prisão, se dedicaram em demonstrar que basearam a decisão em um conjunto variado de evidências que se complementam e que incluem provas documentais, relato de testemunhas e delações. “Não há uma troca clara de um benefício específico pelo apartamento. Mas o tribunal procurou responder a isso


Novas discussões Na avaliação de Martins de Castro, a Lava Jato em alguns casos tem adotado determinados posicionamentos similares ao chamado “direito comum”, ou “common law”, que teve origem na Inglaterra. No direito inglês, um juiz se baseia na jurisprudência, ou seja, em interpretações de decisões anteriores, e em costumes comuns. As decisões são tomadas por um juiz por meio da troca de argumentos e provas apresentados por defesa e acusação, sem a necessidade de ter normas pré-definidas escritas. O sistema jurídico adotado pelo Brasil é diferente. Chamado de “civil law”, segue leis e uma série de códigos e regras escritas. Assim, o que não está especificado no texto não pode ser tido como ilegal.

Ex-presidente Lula / Foto Ricardo Stuckert

mostrando que havia uma preponderância de evidências de diferentes fontes, incluindo documentos relacionados ao apartamento e a nomeação de diretores da Petrobras. A coleta de evidências relacionadas a crimes de corrupção tende a ser mais complexa, justamente pela natureza oculta das transações.” “Em diversos casos você não tem a prova material, mas o conjunto probatório aponta para uma mesma direção”, avalia o professor, que pesquisa e já organizou livros sobre corrupção.

No caso de corrupção, o Código Penal brasileiro tem, segundo especialistas, uma descrição restrita. Pelo texto da lei, limita-se na forma passiva a solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem indevida. E, na forma ativa, oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público. “Julgamentos como o do Lula abrem caminho para novas discussões tanto no Legislativo quanto no Supremo sobre a forma como se segue e interpreta as leis no país”, afirma Martins de Castro, dizendo que ao aplicar elementos do “common law” em países como o Brasil pode gerar insegurança jurídica.

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Trabalho

Texto – Jefferson Victor Fotos: Divulgação

Brasil tem a maior população de domésticas do mundo

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e organizasse um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil reuniria uma população maior que a da Dinamarca, composta majoritariamente por mulheres negras, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo dados de 2017, o país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor - o maior grupo no mundo. São três empregados para cada grupo de 100 habitantes - e a liderança brasileira nesse ranking só é contestada pela informalidade e falta de dados confiáveis de outros países. Com um perfil predominante feminino, afrodescendente e de baixa escolaridade, o trabalho doméstico é alimentado pela desigualdade e pela dinâmica social criada principalmente após a abolição da escravatura no Brasil, afirmam especialistas. Um estudo feito em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento, e a ONU Mulheres, braço das Nações Unidas que promove a igualdade entre os sexos, compilou dados históricos do setor de 1995 a 2015 e construiu um retrato evolutivo das noções de raça e gênero associadas ao trabalho doméstico. Os resultados demonstram a predominância das mulheres negras ao longo do tempo.

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Em 1995, havia 5,3 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil. Desses, 4,7 milhões eram mulheres, sendo 2,6 milhões de negras e pardas e 2,1 milhões de brancas. A escolaridade média das brancas era de 4,2 anos de estudo, enquanto que das afrodescendentes era de 3,8 anos. Vinte anos depois, em 2015, a população geral desses profissionais cresceu, chegando a 6,2 milhões, sendo 5,7 milhões de mulheres. Dessas, 3,7 milhões eram negras e pardas e 2 milhões eram brancas. O nível escolar das brancas evoluiu para 6,9 anos de estudo, enquanto que, no caso das afrodescendentes, chegou a 6,6 anos. “Ainda hoje o trabalho doméstico é uma das principais ocupações entre as mulheres, que são a maioria no setor em todo o mundo, cerca de 80%. No Brasil, permanece sendo a principal fonte de emprego entre as mulheres”, diz Claire Hobden, especialista em Trabalhadores Vulneráveis da OIT. Em 2017, o trabalho doméstico respondeu por 6,8% dos empregos no país e por 14,6% dos empregos formais das mulheres. No começo da década, esse tipo de serviço abarcava um quarto das trabalhadoras assalariadas.

Legado da escravidão O professor e pesquisador americano David Evan Harris é um dos especialistas que defendem que o cenário do trabalho doméstico no Brasil atual é herança do período escravagista.


“O Brasil foi um dos últimos países do mundo a acabar com a escravidão. Se olharmos para quem são as empregadas, veremos que elas tendem a ser pessoas de cor”, diz o acadêmico, formado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e mestre pela USP. “Analisando cidades como Rio e São Paulo, percebe-se que as domésticas muitas vezes são pessoas que migraram do Norte e Nordeste para o Sul e Sudeste. E, como se sabe, o Nordeste é para onde boa parte das populações de escravos foi originalmente trazida. Há uma situação de dinâmica geográfica, histórica e social que continua até hoje.” Segundo a historiadora e escritora Marília Bueno de Araújo Ariza, mesmo após a abolição, em 1888, mulheres e homens negros continuaram sendo servos ou escravos informais, o que também deixou seu legado no mercado de trabalho. As domésticas de hoje são majoritariamente afrodescendentes porque “justamente eram essas pessoas que ocupavam os postos de trabalho mais aviltados na saída da escravidão e na entrada da liberdade no pós-abolição”, afirmou ela à BBC Brasil. A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas regiões semiurbanas do século 19, segundo Ariza. “A escravidão brasileira foi diversa, mas foi sobretudo uma escravidão de pequena posse. No Brasil, todo mundo tinha escravos. Quando as pessoas tinham dinheiro, elas compravam escravos com muita frequência.” Em São Paulo, por exemplo, muitas famílias - mesmo as relativamente pobres, muitas delas chefiadas por mulheres brancas - “tinham uma ou duas escravas domésticas para realizar afazeres na casa ou na rua”.

‘Racismo estrutural’ Ariza acredita que o Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma “profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida” e “um racismo estrutural”. “Essas duas coisas combinadas nos levam a um quadro contemporâneo que usa racionalmente o trabalho doméstico porque ele é mal remunerado e, até recentemente, não tinha quaisquer direitos reconhecidos”, resume. A ratificação pelo Brasil da Convenção Internacional sobre Trabalho Doméstico (convenção 189 da OIT) ocorreu neste mês de fevereiro e foi considerada um avanço na proteção dos direitos desses trabalhadores. O compromisso vem no lastro da adoção da emenda constitucional 72 de abril de 2013, conhecida como a “PEC das Domésticas”, e da lei complementar 150 de 2015, iniciativas

para coibir a exploração, dar mais amparo e formalização ao emprego. “Apesar dos esforços dos governos recentes em trazer essas empregadas para a formalidade, o que se vê hoje é o aumento da informalidade”, pondera o professor e doutor em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Coutinho da Costa. Na sua visão, que as relações sociais do trabalho doméstico não têm necessariamente vínculo com a escravidão em si, mas, sim, com a dinâmica racial que se estabeleceu após a alforria, a partir de 1888. “Era muito comum tanto no pós-abolição imediato, quanto ainda nos dias de hoje, as pessoas dizerem (a negros e pobres): ‘ponha-se no seu lugar’. Mas que lugar é esse ao qual os pobres pertencem?”, indaga. “Quando acabou a escravidão, todas aquelas relações de dominação caíram por terra. Foi um período muito próximo do fim da monarquia também, então todas as relações se modificaram e ficaram pairando no ar. Foi necessário criar uma ordem para manter a hierarquia, e a solução encontrada foi a racialização das relações.”

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os trabalhadores domésticos no Brasil e nos Estados Unidos. Para ele, em ambos os países os empregados são explorados, apesar das diferenças culturais. No Brasil, diz Harris, predomina o discurso da proximidade afetiva, na qual a empregada é tratada “praticamente como se fosse alguém da família”. Já nos EUA, elas costumam ser terceirizadas e recrutadas via empresas de serviços de limpeza. Essa profissionalização daria o distanciamento necessário para que a “culpa” e o “constrangimento moral” das famílias americanas por causa da desigualdade social fossem mitigados. “Se formos observar os diferentes países ao redor do mundo e quantos serviçais eles têm, ou quão predominante a ocupação doméstica é, veremos, grosso modo, que o número de empregadas por porcentagem da população corresponde ao nível de desigualdade daquele país”, afirma Evans. “Há dois fatores majoritários que são muito importantes para avaliar se um país vai ter uma grande população de serviçais. Primeiro, desigualdade e, segundo, acesso a educação de qualidade pública, para que as pessoas consigam alcançar oportunidades que vão além do trabalho doméstico.”

Para isso, diz ele, foram criados mecanismos na sociedade brasileira “para impedir que certo grupo ascendesse socialmente, porque havia o desejo de construir no Brasil essa relação de classe”. Já que o trabalho formal é um meio de ascensão, as oportunidades nesse âmbito foram administradas por um viés racial, no qual negros foram encaminhados aos postos inferiores, mais precarizados, para que não evoluíssem economicamente, diz Coutinho da Costa. “Se você pegar os anúncios de vagas daquela época vai perceber que a maior parte especificava a cor da pessoa. Eram empregos normalmente de subalternidade, de trabalho de faxineira, copeira, cozinheira, e pedia-se literalmente assim: procura-se mucama da cor preta para trabalhar em afazeres domésticos”, exemplifica. “Isso foi se perpetuando na história. Se pararmos pra pensar, até a década de 60 ainda se buscavam pessoas pela cor. Quando isso cai em desuso porque pega mal, abandona-se a terminologia cor e passa-se a usar a expressão ‘boa aparência’, mas o efeito é o mesmo: impedir que um certo grupo tenha acesso ao emprego formal.” Desigualdade Em sua tese de mestrado na USP, o pesquisador americano David Evan Harris comparou a relação da sociedade com

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De acordo com a OIT, os Estados Unidos têm 667 mil empregados domésticos, cerca de um décimo do Brasil. Lá, porém, o setor também tem nichos de informalidade, e imigrantes não documentados ficam de fora das estatísticas. Oficialmente, a segunda nação com maior número de trabalhadores domésticos no mundo é a Índia, com 4,2 milhões de pessoas. A OIT admite, entretanto, que muitos empregados não estão registrados e, considerando-se o tamanho da população, o total verdadeiro poderia chegar a dezenas de milhões, ultrapassando o Brasil. As cinco maiores concentrações de trabalhadores domésticos ocorrem em nações com marcante contraste social. No ranking da OIT, após o Brasil e a Índia vem a Indonésia (2,4 milhões), seguida pelas Filipinas (1,9 milhão), pelo México (1,8 milhão) e pela África do Sul (1,1 milhão). É importante ressaltar que a China não fornece estatísticas confiáveis sobre o assunto. Todos esses países que figuram entre os maiores empregadores de serviço doméstico são nações com coeficientes de desigualdade que variam entre médio e alto, segundo o ranking de desenvolvimento humano organizado pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (UNDP). A OIT não chega a afirmar que haja uma dinâmica de causa e consequência, mas reconhece que ambos os aspectos alta incidência de trabalho doméstico e desigualdade social - estão de alguma forma relacionados.


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Economia

Texto: Klopr.com/ Fotos: Evaldo Parreira e Jorginho Luis

Cavalo, um mercado promissor

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ol e mar sempre foram destaques marcantes do turismo em Pernambuco. As praias, o clima quente, a infraestrutura litorânea movimentam milhões de pessoas todos os anos, entretanto, com o passar do tempo o estado não só tem recebido turistas interessados nesses cenários. Pernambuco tem aumentado em 7,9% a movimentação turística no interior e na zona rural, a cada ano. Apesar disso, ainda há uma necessidade latente de uma divulgação dos centros de cidades como Petrolina, Triunfo, Garanhuns e Gravatá, que já contam com uma estrutura consolidada para receber turistas de toda parte do mundo. Desde os anos 90, a Empresa de Turismo de Pernambuco S/A - EMPETUR já traz para a rota turística do estado a valorização de grandes engenhos de açúcar da Zona da

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Mata por meio do lazer rural para quem é interessado em vivenciar o dia a dia no campo. Desde a alimentação até as famosas cavalgadas em meio a natureza, as casas grandes do interior pernambucano viraram verdadeiros pontos turísticos não só para os amantes da vida bucólica mas também para os apaixonados por cavalos. “Não são os restaurantes, nem as piscinas, ou mesmo quadras de tênis. Na verdade o cavalo é citado como um dos principais atrativos neste segmento e a cidade de Gravatá tem uma grande concentração de equipamentos de turismo ligados à criação de cavalos”, explica Pio Guerra, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Pernambuco (Faepe). A paixão por cavalos tem movimentado a economia rural no Brasil em proporções que vão além do turis-


mo. Anualmente a atividade gera R$16,15 bilhões, mais de 610 mil empregos diretos e 2.430 indiretos. Os olhares para o setor agro também se abrem às possibilidades de gerar novos negócios a partir de um segmento ainda carente no que se refere a tecnologia.

Foto: Jorginho Luís

Pensando nas demandas que envolvem o cavalo, jovens empreendedores criaram uma plataforma que tem o propósito de conectar o mundo equestre: a Klopr.com - Rede Social do Cavalo. A startup pernambucana é pioneira em dar uma solução digital para o segmento e é única loja virtual na América Latina voltada exclusivamente para cavalos. A rede social já atinge milhares de usuários entre criadores, fornecedores, profissionais e admiradores do animal. FÁCIL | Lazer e Negócios NE 13


Foto: Jorginho Luís

Soluções como essas estimulam a criação de novos negócios e ajudam ainda mais a economia do Brasil a crescer. Ao gerar conexões e o encontro entre o setor, a Klopr identifica as necessidades do mercado e promove um aumento nas transações de agentes ligados ao cavalo. Ter um espaço exclusivo na internet para promover a união da indústria, é elevar o segmento a outro patamar: o empoderamento individual, seja ele por parte dos micro ou pequenos empresários, que podem concorrer com grandes empresas, seja por parte do indivíduo que está diretamente ligado ao setor e não consegue hoje acompanhar toda a movimentação ao mesmo tempo. Cavalgadas, vaquejadas, copas de marcha, exposições, campeonatos de tambor, atividades relacionadas aos Foto: Jorginho Luís

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Foto: Jorginho Luís

esportes equestres fazem do cavalo um agente de grande relevância para o desenvolvimento do Nordeste e do país como um todo, pois, ele promove crescimento da economia e da interação da sociedade, uma vez que gera emprego, renda, diverte a população, reúne amigos e familiares. Seja no litoral o ou interior, o cavalo muda a vida das pessoas. Dentre as mais diversas atividades, o animal mudou a forma com que a sociedade se relaciona com as paisagens, as atividades econômicas, o meio ambiente e consigo mesmo, visto que ele passou a ser um companheiro nas jornadas diárias de muitas pessoas. Essas mudanças estão diretamente ligadas ao desenvolvimento do estado e ao interesse que o pernambucano tem de fazer as coisas acontecerem.


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Coluna Cinema

Por Jefferson Victor / Fotos: Divulgação

De obra prima ao Melhor Filme: Conheça a “Forma da Água” O filme de “Guillermo Del Toro’’ é o grande vencedor do Oscar2018

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diretor mexicano Guillermo del Toro é um aficionado por cinema de monstros e construiu sua car-

reira em cima disso. Sua paixão por criaturas foi o que fez seu nome e lhe deu status em Hollywood, permeando todos os seus filmes, inclusive os mais sérios, que possuem algo a dizer além dos seres míticos. É exatamente aonde se encaixa “A Forma da Água (Shape Of Water), que teve o maior número de indicações ao Oscar 2018, e saiu da grande festa do cinema com os prêmios de melhor filme, direção, direção de arte e trilha sonora, afirmando-se como o principal ganhador da cerimônia. A Forma da Água também é um conto de fadas, uma fábula como as que o diretor está acostumado a recriar, e um romance entre seres de espécies diferentes – o que é uma forte analogia para o mundo xenofóbico ainda existente, além do pano de fundo aqui, ou seria o foco, a paranóia anticomunista. Até mesmo sua abordagem para este tema é diferente, já que a intenção do cineasta, como dito em entrevistas, era criar um filme de monstro no qual a criatura ficasse com a mocinha. Tudo chama atenção no filme, como os cenários montados pela direção de arte, que saltam aos olhos e remetem instantaneamente a uma era na qual fazer cinema era fingir e nada soava real. A produção de design de Paul D. Austerberry

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(Assalto à 13ª DP e 30 Dias de Noite) é belíssima e os sets nos fazem querer visitá-los. Temos, por exemplo, o prédio aonde mora a protagonista Eliza e seu vizinho Giles, localizado acima de um velho cinema, daqueles com estrutura de anfiteatro – claro que o cineasta não deixaria de homenagear a sétima arte e seus templos (ainda temos diversos filmes clássicos passando na TV, como os de Carmem Miranda, já que o personagem Giles é um aficionado). O local de trabalho da protagonista é outro chamariz, uma base militar, com toda pompa de cenário de ficção científica B. Assim adentramos no mundo particular e na mente de Guillermo del Toro, que criou a história e escreveu o roteiro ao lado de Vanessa Taylor (Game of Thrones). Na trama, no auge da Guerra Fria, década de 1960, um agente do governo, interpretado por Michael Shannon, descobre e captura uma criatura monstruosa e humanóide, a versão de del Toro para o Monstro da Lagoa Negra como dito, de um país da América do Sul. Em um diálogo, o cineasta resolve a charada e nossa curiosidade sobre de onde surgiu este ser, abrindo um leque de possibilidades e não dando nenhuma definição concreta – como tinha que ser. Os militares querem estudá-lo, acreditando que possa ser uma resposta para combater os comunistas russos, e até vencê-los na corrida espacial que já havia tido largada. A paranóia toma-


Anfíbio humano interpretado pelo o ator Doug Jones

Momento do primeiro contato entre Eliza (Sally Hawkins) e o Anfíbio (Doug Jones) no filme

Guillermo del Toro e elenco de ‘’A Forma da Água’’ recebendo o troféu de ‘’Melhor Filme’’ do Oscar 2018

va conta do país e a tensão pode ser sentida a cada cena que envolve o personagem de Michael Shannon, um sujeito que é a representação do estresse e de cobranças. As cenas envolvendo seu personagem são algumas das melhores do longa, donas de diversas camadas a serem debatidas. Como de costume, Shannon está um monstro e cria um dos melhores, quiçá o melhor vilão do ano. Um vilão que oscila e, apesar de extremamente duro e mais monstruoso que o verdadeiro monstro do filme, em momentos de fraquejo exibe o ser humano debaixo de sua carapaça. A Forma da Água é um filme tão maravilhoso que necessitaria de um texto muito mais longo para lhe fazer jus. Ah, acho melhor falar dos protagonistas. Eliza, uma mulher muda, trabalha como faxineira na instalação militar, ao lado da melhor amiga, Zelda (Octavia Spencer). Em casa, tem uma relação de pai e filha com o solitário vizinho Giles (Richard Jenkins), um homem atrás de uma segunda chance profissional. Todos esses personagens possuem suas subtramas distintas e dignas, nas quais podemos ler muito mais do que um único vislumbre seria capaz. Temos ainda o cientista vivido por Michael Stuhlbarg, igualmente dono de seu arco dramático importante para o roteiro. Só de escrever sobre o filme, e lembrar de cada detalhe em sua minuciosa construção, sinto vontade de conversar horas debatendo-o. Sim, este é um daqueles filmes. A personagem Eliza é interpretada por Sally Hawkins, a atriz tem um dos melhores desempenhos de sua carreira e também do ano. Para começar, sua performance é toda realizada através de linguagens de sinais e expressões faciais, e a atriz impressiona. Além, da ousadia do filme de del Toro, que de conto de

Eliza (Sally Hawkins) e Zelda (Octavia Spencer) em uma das principais cenas do filme

fadas leve e politicamente correto não tem nada. Este é um filme sujo, sangrento, muito violento, bem sacana – com diversas cenas de nudez, masturbação e até mesmo sexo interespécie. Apesar da intensidade e fervor, A Forma da Água tem tempo para desenvolver seus personagens, suas situações e apresentar momentos calmos e belos, como a cena poética passada dentro do banheiro da casa de Eliza entre ela e o monstro. Acima de tudo, o filme é uma história romântica. Uma história de amor, como só o cineasta sabe contar. Uma história linda de amor, onde gatos fofinhos perdem a cabeça, gargantas são rasgadas com garras e dedos necrosados arrancados à força. Uma marca importante de ‘’A Forma da Água’’ no Oscar é o fato de que trata-se do primeiro vencedor da categoria principal do Academy Awards protagonizado por uma personagem feminina desde Menina de Ouro, estrelado por Hilary Swank em 2005. De lá para cá os “campeões” sequer tiveram concorrentes na categoria melhor atriz (fraudulentas ou não), apenas coadjuvantes. Mais uma curiosidade é a incontestável vitória do filme sem ter sido indicado ao SAG de melhor elenco, coisa que só aconteceu anteriormente uma vez, com Coração Valente. Com o filme, Guillermo del Toro usa todas as ferramentas do cinema para criar um universo mágico, cheio de alegorias, que ilumina aqueles que não se encaixam. Se algum dia você já sentiu só no mundo, essa é a sua praia. Ou o seu tanque. Colaboração – Viciados por Filmes (Instagram: @viciadosporfilmes e Facebook: Viciados por Filmes)

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Idéias e desafios Por José Artur Paes Vieira de Melo Fotos: Divulgação

A HISTÓRIA DO RISO

O

Carnaval domina a todos e a tudo, e tem como principal sinônimo a alegria. Esta, por sua vez, nos conduz, invariavelmente, ao Bom Humor. Em assim sendo, vamos focar nesta edição alguns fatos registrados em várias fontes desde a antiguidade, pois sabemos que no século IV A.C, Hipócrates, o pai da medicina, já utilizava animações e brincadeiras na cura de pacientes. E Darwin, pioneiro no estudo dos movimentos expressivos da comunicação não-verbal, classificou em seu livro “A expressão das emoções nos homens e nos animais” (1872), o sorriso e o riso entre os movimentos expressivos inatos e universais. Modernizando, encontramos registros que na França, Jeanne Luisie Calmet, falecido em 1997 aos 122 anos, afirmou que o segredo da longevidade é sorrir sempre. E lá longe, na Índia algumas empresas têm o costume de fazer uma sessão de riso antes de iniciar a jornada diária de trabalho. O resultado é um aumento considerável na produção, em decorrência do bem-estar físico e emocional dos trabalhadores.

“Exemplar nº 1 – Julho / 2014

A medicina está atenta aos resultados dos risos largos, pois, no final de novembro de 2001, estudo feito pelo Centro Médico da Universidade de Maryland (EUA), com a presença de especialistas de vários países, mostrou que rir protege contra infartos e doenças coronárias.

Na atualidade, estamos acostumados a assistir palestras, reportagens e declarações categóricas de um Mestre deveras conhecido, o Dr. Dráuzio Varella que fundamenta o tratamento médico na capacidade que cada um de nós tem de saber rir sempre. Ele, inclusive, adota um refrão categórico para o conjunto das suas ações ao chamá-las

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de A arte de não adoecer. E afirma: “Se não quiser adoecer, não viva sempre triste. O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. Alegria é saúde e terapia. O bom humor nos salva das mãos do doutor”. Coincidentemente, Charles Chaplin, um dos mais inteligentes comediantes do mundo, externou a sua preocupação com o comportamento do Homo Sapiens ao refletir sobre o nosso dia-a-dia social. Afirmou ele: “Tenho a impressão de que a humanidade está perdendo o dom de rir”. E ele estava tão certo sobre a eficácia desse dom de rir que, modernamente, surgiu uma terapia para enfrentar o stress: a RISOTERAPIA, aplicada até em hospitais. Este método terapêutico existe desde a década de 1960, quando Hunter Adams, no papel de Patch Adams, já implantava o método em hospitais e escolas desde a sua época de estudante. Era comum vê-lo atender seus pacientes com nariz vermelho ou peruca de palhaço.

Há 60 anos a Seleções de Reader’s Digest prega que “Rir é o melhor remédio”. Mas este conceito nunca foi tão levado a sério como nos últimos tempos. Tanto que o clínico geral e homeopata, Eduardo Lambert, escreveu um livro que resume tudo: Terapia do Riso - A Cura pela Alegria, da Editora Pensamento. E este médico ainda avisa: “É bom lembrar que sorrir nas adversidades é privilégio dos fortes.”. Influenciado por tudo isto, lancei em 2009 o livro HUMOR LEVADO A SÉRIO. E estou pretendendo atualizá-lo e publicá-lo novamente, como forma de colaborar para a “Felicidade geral da nação”, como diria Dom Pedro I.


Ambientação

Por Silvio Romero Fotos: Divulgação

A DECORAÇÃO

D

ecorar parece simples, mais não é! Um bom profissional da área mostra todo seu talento quando colo-

cando em prática em um projeto. Ailton Lima Decorações, é uma empresa que organiza decoração para eventos em gerais: Casamentos, buquês para noivas, 15 anos, formaturas, desfiles, recepções, empresas, aniversários, batizados e andor para procissões. O seu diferencial é trazer uma proposta inovadora, e personalizada para cada evento que é único, e deve ter o estilo de cada cliente. Acompanhando o que é tendência e modismo de acordo solicitação dos clientes. Desde criança, ele já tinha uma certa habilidade para a decoração, embora morasse em um sítio de uma pequena cidade do interior de Pernambuco, usava a matéria prima regional para fazer decorações para casa, eventos familiares e eventos da igreja, iniciando sua carreira em 1999. Ailtom relata que é suspeito pra falar das decorações atuais, pois gosta de todas elas por trazerem inspirações diferentes. Porém existem algumas que são propostas diferentes e uma delas que marcou muito a vida do profissional, foi a que realizou ao cair da tarde na praia de Itamaracá. Quando perguntado sobre o relacionamento com o cliente e seus desejos na execução do projeto! Ele falou que procura realizar um projeto que atenda a necessidade do seu cliente. ¨Escuto seus desejos, seus sonhos e a partir daí, eu mostro a tendência, o que combina com o horário, com o ambiente, e dessa forma atendo o desejo do cliente. Porém a tendência deve ser exclusivamente atender o perfil de cada cliente e o local onde será realizado o evento, respeitando os limites”. “Afinal, no meu entendimento não existe uma tendência, existe clientes com personalidades, sonhos e realidades diferentes”. Para Ailton Lima não existe nenhuma decoração mais importante que a outra, existe festas desafiadoras e essas são marcantes . Nos seus projetos de decoração, Ailton, oferece: lustres, passadeiras espelhadas, bandejas para doces, mesas rústicas, vasos de vários modelos, genuflexório, toalhas de mesas de várias cores e inclusive toalhas de jacard entre outros. Perguntamos ao profissional o que as noivas preferem, e ele respondeu de imediato! Elas preferem algo que remetam o original, porém nesse momento estamos numa tendência para o dourado, o vintage. No entanto a dica é procurar elaborar um projeto com flores da época, com harmonia ao ambiente, ao horário e principalmente com o perfil de cada cliente. Há exatamente 18 anos essas mãos talentosas e sofisticadas colocam em prática o que é solicitado pelos clientes o sonho expressado na decoração. ¨Realizar eventos é realizar sonhos, a nossa empresa visa atender o cliente com muito requinte, bom gosto, preço justo e excelente atendimento, essas são marcas essenciais de Ailton Lima Decorações. O profissional pontua que conta com uma equipe que sabe transformar tudo isso em realidade .

Ailton Lima – Decorações Tel: 999544919

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Gastronomia Por Chef Leandro Ricardo

Fotos Cleo Santana - @cleosantana chefleandroricardo@hotmail.com @chefleandroricardo

Receitas para

Semana Santa

S

emana Santa é sinônimo de mesa repleta de receitas à base de leite de coco, muito frutos do mar e principalmente peixes. Pra mudar um pouco o cardápio de sua mesa “Pascualina”, escolhi receitas que fogem um pouco as tradições desse período. Uma delas é a de não comer carne vermelha e nem aves, essa eu preferi manter, até porque está cada vez mais difundido o hábito salutar de comer peixes, principalmente os ricos em ômega 3, como o salmão e a sardinha. Ervas, alho, limão e outros ingredientes combinam bem com peixes e frutos do mar. Um dica importante é você não colocar o suco do limão na carne do peixe crua e deixar por muito tempo, dessa forma ela cozinhará antes de ir pra panela. Ou do contrário se transforma num “Ceviche”, prato típico peruano, onde a carne do peixe é marinada em suco de limão e outros temperos antes de ser consumida crua, o que não deixa de ser uma opção de entrada e se servida com chips crocantes de batata doce. Algumas dicas: Nunca cozinhe por muito tempo nem peixe ou frutos do mar (exceto polvo ou peixes maiores), do contrário o iodo que faz parte da composição química da proteína ficará evidente demais. Nunca tempere com muitos ingredientes, os frutos do mar e peixes normalmente têm carnes de gosto suaves. Além do suco do limão, você pode utilizar um pouco da raspa do limão para temperar. Utilizar vinho branco também é um excelente recurso pra temperar ou marinar. Seus peixes e frutos do mar têm que ter um cheiro suave de mar, se o cheiro estiver forte não tente extinguir com uso de suco de limão ou outros ingredientes, você estará correndo risco de consumir um produto não adequado ao consumo.

CAMARÕES À PROVENÇAL COM ALHO E ERVAS Ingredientes: 50 ml de azeite 500 g de camarões 21/25 03 dentes de alho picados Manjericão, salsa e alecrim a gosto Raspas da casca de meio limão siciliano Sal e pimenta a gosto Tomate cereja Molho de tomate

Preparo:

Tempere os camarões com o sal, pimenta e raspas da casca de limão siciliano, reserve. Numa frigideira bem quente colocar o azeite e em seguida ao camarões. Deixe dourá-los dos dois lados. Depois de dourados, coloque as ervas picadas e o molho de tomate. Deixe mais um pouco abafado pra pegar o sabor das ervas. MOLHO DE TOMATE

Ingredientes:

1 kg de tomates bem maduros 10 dentes de alho picado 1 cebola picada grande 1 folha de louro 20 folhas de manjericão picada 50 ml de azeite Alecrim 1 ramo

Preparo:

Bata no liquidificador os tomates e reserve. Doure no azeite a cebola e o alho, depois acrescente os tomates batidos e deixe reduzir em fogo baixo até formar um purê, por último acrescente o manjericão picado.

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PAELLA MARIÑEIRA Ingredientes:

Meia xícara chá de azeite de oliva Meio pimentão vermelho em tiras Meio pimentão amarelo em tiras 2 dentes de alho picados finamente Meia cebola grande picada 2 unidades de tomates picados sem peles, sem sementes 10 g de açafrão 200 g de polvo 200 g de lula 300 g de camarão 200 g de mexilhões com casca para decorar 100 g de mexilhões sem casca 2 xícaras chá de arroz 1 xícaras chá de ervilha fresca 2 xícaras de caldo de camarão

Preparo:

Numa panela ou paelleira, aqueça o azeite e frite o alho e os pimentões. Refogue a lula e o polvo. Coloque os tomates, refogue mais um pouco. Adicione o arroz e misture bem. Junte as ervilhas. Refogue mais um pouco e coloque 4 xícaras de caldo de camarão. Tempere com sal e pimenta a gosto. Após 10 minutos de cozimento, junte os camarões e mexilhões. Deixe cozinhar por mais 10 minutos. Na hora de servir, adicione os mexilhões (com casca e já cozidos), e os pimentões coloridos.

RISOTO DE BAIÃO DE 2 DE BACALHAU Ingredientes:

500 g de arroz parboilizado 300 g de feijão verde 1kg de lascas de bacalhau 1 vidro pequeno de azeitonas pretas 1 vidro pequeno de champignons 1 copo de vinho branco seco ½ pimentão vermelho picado 2 dentes de alho picados 1 cebola pequena 1 lata de creme de leite com soro Azeite a gosto Castanhas de caju inteiras a gosto Pimenta Salsinha para decoração Manjericão, de preferência fresco

Preparo:

Faça o arroz conforme instruções da embalagem, colocando um pouco menos de água, para, quando quase cozido, acrescentar o copo de vinho branco. Cozinhe o feijão verde em água e sal. Reserve. Para o molho: Doure o alho e a cebola no azeite, acrescente o pimentão vermelho, deixe refogar em seguida o tomate. Deixe amolecer bem. Coloque as lascas de bacalhau, (deixe umas lascas maiores para finalização). Quando já tiver fervido um pouco (cerca de 5 minutos), acrescente as azeitonas, os temperos de sua preferência e os champignons. Não é necessário

continuar no fogo por muito tempo, para não amolecer demais as azeitonas e os cogumelos (mais uns 4 a 5 minutos). Desligue o fogo e coloque o creme de leite. Corrija o sal. Em uma travessa grande, misture o arroz, o feijão verde, e o molho. Decore com as lascas maiores de bacalhau e as castanhas salteadas na manteiga e salsinha picada.

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Internacional

Texto e Fotos: Rogério Almeida

Estátua de Fernando Pessoa no Café a Brasileira

Depois fomos à Praça D. João Câmara onde morava a sua namorada Ofélia Queiroz que foi lembrada em muitos versos do poeta. Na Praça de Dom Pedro IV (que é o nosso D. Pedro I) e conhecida como Largo do Rossio, e que Fernando Pessoa chamava de “o coração de Lisboa”, está o Café Nicola, do século XVIII e um dos preferidos do poeta. Aqui ainda hoje se pode encontrar o seu café preferido e comprar um dos 25 diferentes tipos da bebida. Saindo da Praça do Rossio pela Rua Augusta se chega à Praça do Comércio, também conhecido como Terreiro do Paço. No centro da praça está a estátua equestre do rei Dom José I, “fundida em Portugal, em uma só peça, em 1774”, como descreve Pessoa. Aqui no número 3, está o Café e Restaurante Martinho da Arcada, de 1778, que ainda preserva a mesa onde Fernando Pessoa costumava sentar e trabalhar todos os finais de semana em seus últimos dias de vida. E foi aqui onde escreveu “Mensagem” e o “Livro do Desassossego”. O café ainda possui uma mesa com seus objetos pessoais, e que é muito visitado pelos apaixonados pela vida e obra do maior poeta português.

A Lisboa de

Fernando Pessoa

F

ernando Pessoa, o mais universal poeta português, nasceu e morreu em Lisboa e aqui viveu seus amores e escreveu seus romances.

Como fã do poeta, resolvi seguir os seus passos visitando os mesmos locais, que ainda hoje sobrevive na capital portuguesa. Nosso passeio começa na casa onde nasceu o poeta no dia 13 de junho de 1888, no número 4 do Largo de São Carlos, e que fica bem defronte do Teatro São Carlos, no centro de Lisboa.

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Depois seguimos para a Igreja dos Mártires, onde Fernando Pessoa foi batizado. Quando jovem Pessoa visitou os inúmeros cafés das tertúlias literárias e morou em vários quartos alugados. Em seguida visitamos a Rua dos Dourados do Livro de Desassossego. Passamos pela Biblioteca Nacional, onde o poeta autodidata passava muitas horas. No local se encontra um acervo com obras raras e rascunhos assinados pelo próprio Fernando Pessoa.

Depois seguimos para a Praça da Figueira, outro lugar onde Pessoa percorria diariamente para visitar os amigos e clientes. Livro de Fernando Pessoa “Lisboa O Que o Turista Deve Ver”


Praça Luís de Camões

Monumento a Eça de Queirós

Café A Brasileira

Mirador de Lisboa Miradouro de São Pedro de Alcântara

Subindo o Chiado chegamos à Praça Luís de Camões e onde está localizado o Café A Brasileira, que tinha Pessoa, como um dos frequentadores assíduos.

a do Ouro, a Augusta que possui um arco triunfal da Praça do Comércio em seu final e passava diante da Câmara Municipal, considerada pelo escritor um dos edifícios mais belos de Lisboa.

Mas nada é mais simbólico do que se sentar ao lado da estátua do poeta e fazer uma “selfie”, como milhares de pessoas todos os dias.

Em 1925, Fernando Pessoa escreveu um roteiro turístico por Lisboa. Trata-se de um passeio imaginário pelas principais atrações turísticas da capital Portuguesa.

Fernando Pessoa era um profissional autônomo, que trabalhava como correspondente comercial e tradutor para várias empresas. Na Baixa Chiado no centro de Lisboa ele era bastante conhecido pois frequentava os saraus e vários amigos em longas conversas pelos bares e restaurantes do bairro. Daí Fernando Pessoa percorria diariamente a pé as ruas do comércio, como

O poeta escreveu o livro em inglês, pois sua intenção era divulgar ao mundo a sua cidade natal, Lisboa. O título: Lisbon: What the Tourist Should See, que pode ser encontrado em sua versão em português: Lisboa: O Que o Turista Deve Ver, onde o poeta dá dicas, faz comentários e conta parte da história da cidade e cujo texto ainda está muito atual.

Depois do Chiado descemos para a Praça dos Restauradores e em seguida a Avenida Liberdade, a mais chique do centro de Lisboa, rumo à Praça Marquês de Lisboa, conhecida como Rotunda, pelos alfacinhas (nome dado à quem nasce na capital portuguesa). Na praça está o Banco do Brasil, com a bandeira do nosso país. Percorrendo a Avenida da República chegamos à Praça de Touros do Campo Pequeno, e como dizia Fernando Pessoa: “que data de 1892 e foi construída em tijolo no estilo árabe”. Hoje, a Praça de Touros se transformou em centro comercial e realiza grandes shows internacionais e também na temporada a tradicional tourada portuguesa, diferente da espanhola, já que a Portugal não mata o touro.

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Casa onde nasceu Fernando Pessoa

Igreja dos Mártires

Ruínas do Convento do Carmo

Em 1911 no primeiro andar num quarto alugado viveu Fernando Pessoa

Logo no início do seu livro, Fernando Pessoa detalha “Para o viajante que chega por mar, Lisboa, vista assim de longe, ergue-se como uma bela visão de sonho, sobressaindo contra o azul vivo do céu, que o sol anima. E as cúpulas, os monumentos, o velho castelo elevam-se acima das casas, como arautos distantes deste delicioso lugar, desta abençoada região”.

Uma das passagens interessantes e que visitei foi o Aqueduto de Águas Livres. Construído em 1732 com a finalidade de abastecer Lisboa- apesar do rio Tejo à frente. No livro, Pessoa alerta que o Aqueduto estava fechado devido ao alto índice de suicídios e assaltos. Esta passagem surpreende porque se trata de uma obra para atrair turistas.

No seu livro-guia, Fernando Pessoa percorre todo o centro de Lisboa e o leitor é levado também a pontos mais distantes como o Castelo de São Jorge, o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém.

Do aqueduto, o poeta vai para a região de Belém onde estão os monumentos da Era das Navegações e a Torre de Belém, de 1521 e que se tornou o símbolo de Portugal e local marco da partida das naus para o Novo Mundo. Fernando Pessoa também registra o Mosteiro dos Jerônimos, do século XVI. “Uma visita aos Jerônimos tem, necessariamente, de ser demorada para ser uma verdadeira visita”, escreveu o poeta. Ironicamente aqui estão os restos mortais do próprio Fernando Pessoa, depois de falecer em Lisboa, no dia 30 de novembro de 1935, portanto 10 anos depois de escrever “Lisboa: O que o Turista Deve Ver” O roteiro termina na Casa Fernando Pessoa, onde o poeta viveu seus últimos 15 anos e que hoje é um centro cultural interativo e que preserva a memória do maior poeta da língua portuguesa.

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Onde Ficar A rede hoteleira de Lisboa é bem variada. Para quem deseja fazer o roteiro a pé de Fernando Pessoa, recomendo se hospedar no Hotel Metrópole desde 1917 e que fica bem em cima do Nicola: (www.almeidahotels.pt,), Praça Dom Pedro IV 30, 1100-062 Lisboa, Portugal, Telefone: +351 21 321 9030

Onde Comer Os mesmos restaurantes visitados por Fernando Pessoa ainda estão aqui. O CaféRestaurante Martinho da Arcada (www. martinhodaarcada.pt,), na Praça do Comércio, 3, considerado o café mais antigo de Lisboa. Fone: +351 21 887 9259 e o Nicola: Praça Dom Pedro IV 24-25, 1200-091 Lisboa, Portugal. Fone: +351 21 346 0579. Praça Marquês de Pombal

Telhados de Lisboa com a Praça do Rossio ao centro

O que ver - Casa onde nasceu João Pessoa - Torre de Belém - Mosteiro dos Jerônimos - Câmara Municipal de Lisboa, na Rua do Arsenal - Terreiro do Paço ou Praça do Comércio - Praça D. Pedro IV ou do Rossio, com a estátua de nosso D. Pedro I - Praça Luís de Camões - Café a Brasileira - Casa Fernando Pessoa, centro cultural onde viveu o poeta - Castelo de São Jorge - Ruínas do Convento do Carmo de 1389. - Praça Marquês de Pombal - Aqueduto das Águas Livres

Dica do autor

Castelo de São Jorge

Quem deseja fazer um passeio literário por Lisboa, que nos leva à descoberta da vida e obra de Fernando Pessoa, recomendo entrar em contato com o pesquisador Ricardo Belo de Moraes, que promove no primeiro e terceiro domingo de cada mês, um tour que se inicia às 15h, na joalheria Anselmo 1910, Largo de São Carlos, 1, onde podem ser adquiridos os bilhetes.

Informações Turísticas Para melhor aproveitar o roteiro de Fernando Pessoa, não deve deixar de comprar o livro do poeta, Lisboa: O Que o Turista Deve Ver. Recomendo comprar na Livraria Bertrand, fundada em 1732 e visitada por Pessoa. www.bertrand.pt. A maior e mais antiga rede de livrarias de Portugal. E antes de vir conferir tudo sobre Fernando Pessoa não deixar de pesquisar em www. visitlisboa.com

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Coluna/PB

Por Rogério Almeida (De João Pessoa-PB) rogerioalmeidaturismo@yahoo.com.br

Senador Cássio Lima e Lamir Mota, da Andrade Marinho LMF. (Foto: divulgação)

Fiscais do Ministério do Turismo e funcionários da PBTur (Foto: Nayara Oliveira/MTur)

Fiscalização do Ministério do Turismo Fiscais do Ministério do Turismo realizaram em João Pessoa a operação “Verão Legal 2018”. Cerca de 29 meios de hospedagem foram vistoriados, sendo que 26 deles apresentaram irregularidades e foram notificados. O objetivo da fiscalização foi conferir se os meios de hospedagem estavam de acordo com a Lei do Turismo e devidamente registrados no Cadastur.

Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima Campina Grande acaba de ganhar o Centro Jurídico Ronaldo Cunha Lima, uma moderna torre construída pela Andrade Marinho LMF, com 25 andares e 264 salas que irá abrigar profissionais da área jurídica e próximo ao Fórum, Justiça do Trabalho, Eleitoral, Federal e Ministério Público. Na inauguração esteve presente o filho do homenageado, o Senador Cássio Cunha Lima.

Paraibano é o novo presidente da Atricon O conselheiro do Tribunal de Contas da Paraíba, advogado Fábio Nogueira assumiu a presidência da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon). A solenidade aconteceu em Brasília, na sede do Tribunal de Contas da União. Fábio Nogueira sucede ao pernambucano Valdecir Pascal e é o oitavo presidente na história da entidade. Na cerimônia, também foi empossada a nova diretoria e conselho fiscal.

Marco da coluna Prestes em Piancó (PB) (Foto: divulgação)

92 anos da Coluna Prestes em Piancó (PB) A Câmara de Vereadores de Santana dos Garrotes, a 415 km de João Pessoa, realizou Audiência Pública, em comemoração aos 92 anos da passagem da Coluna Prestes pelo Vale do Piancó na Paraíba. O prefeito de Piancó, Daniel Galdino, recebeu uma delegação de políticos e jornalistas para um debate com a população sobre este momento histórico ocorrido no Sertão paraibano.

Conselheiro Fábio Nogueira. (Foto: divulgação)

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A Coluna Prestes foi um movimento político militar brasileiro liderado por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa. Entre 1925 e 1927, seus integrantes percorreram 25 mil quilômetros pelo interior do país lutando por reformas políticas e sociais. Entre 5 e 12 de fevereiro de 1926, a Coluna Prestes percorreu 330 km por diversas cidades do sertão paraibano.


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