Revista Força Junho 2011

Page 1

PEDAGOGIA

Tchau cegonha Dicas de como falar sobre sexo com seu filho

DICAS DE CONSTRUÇÃO

Andrea Ottoni na Casa Campinas 2011

w w w. r ev i s t a f o r ç a .c o m . b r ano II - nº 10 junho de 2011 R$ 7,50

junho de 2011 • FORÇA • 1




Editorial Na edição que você vai ler agora, encontrará informações sobre as expectativas da Região Metropolitana de Campinas – RMC, devido ao desenfreado crescimento dos negócios que permeiam os investimentos que o mundo está canalizando para esta região. Os negócios não envolvem apenas investimentos financeiros imediatos, o que já se percebe nas notícias veiculadas nos diversos tipos de mídias que nos rodeiam, inclusive em classificados, é a especulação do setor imobiliário. Em algumas pesquisas que realizamos sobre anúncios veiculados, nos deixaram perplexos com promessas que alguns negociantes estão fazendo. Então fica de nossa parte um alerta em relação às promessas que você também poderá receber. Sugerimos que quando a oferta do vendedor for exagerada e demasiadamente houver insistência por

DESIGN GRÁFICO E EDITORAÇÃO

Thiago Sallati

parte do vendedor do serviço ou produto, desconfie e se resguarde. REVISORES

A Revista Força irá dentro dos próximos dias lançar uma campanha para divulgação em massa de sua marca. O plano de mídia que já está em fase

Jéssica Carvalho Nilzamara Sartori de Oliveira Sérgio Luis Margato MTB 50.946 Vera Lucia Argente Prando

de execução prevê pedágios em estabelecimentos comerciais, outdoors, e mídia escrita. Em breve você poderá receber uma visita de nossos representantes caso possua uma empresa ou seja prestador de serviço. Será um prazer ter sua marca publicada em nossas edições, participe de uma revista que sabe o principal caminho para obter sucesso neste meio de

REPORTAGENS

Michele Trevisan

RESPONSÁVEL PELO PROJETO

Força Contábil Ltda Cnpj 09.414.196/0001-35

comunicação, que é ter respeito e levar até você informação de qualidade sem tomar partido dos fatos. Essa é nossa identidade.

COMERCIAL

revista@revistaforca.com.br 19 3026.6365 • Ramal 213

Fiquem com Deus e boa leitura. Luís José Sartori Diretor Editorial CONSELHO EDITORIAL

Luís José Sartori Maurício Borte EDITOR

Luís José Sartori DIRETOR ADMINISTRATIVO

Maurício Borte

COLABORADORES

SITE OFICIAL

Dr. Luiz Alberto Lazinho Dr. Marco Antonio Pizzolato Dr. Reinaldo César Spaziani Dr. Luis Fernando Matsuo Maeda Gabriela Alves Corrêa Sartori Covolan Indústria Textil Ltda Osmídio Antônio Buck de Godoy Bruno Badan Marcos Antônio de Oliveira Ângela Carrascosa Storolli

www.revistaforça.com.br Sugestões / Críticas / Elogios

DIRETOR DE REDAÇÃO

JORNALISTA

Luís4José Sartori • FORÇA • junho de 2011

Juliana Leone - MTB 26449/RJ

revista@revistaforca.com.br Para assinar ligue: (19) 3026.6365

www.revistaforça.com.br


Índice

Edição 10 | Ano 2

6 • Entrevista José Antonio Cardinalli

Especial Capa 12 • Viracopos: Conexão com o mundo 17 • Rápidas

Economia 19 • Universitário, como o mercado de trabalho vê você? 24 • Cabeceira de investidor 28 • TAV promete desenvolvimento para a região

Espaços 55 • A importância da água 57 • Resgate do samba 60 • Tivoli Shopping: O principal centro de compras e lazer da região 63 • Com a palavra: Vereador Luis Yabikn

19 Universitário, como o mercado de trabalho vê você?

Pedagogia Esporte

66 • Tchau cegonha!

32 • Debutantes nas olimpíadas do Rio de Janeiro

28

Social Dicas de Construção 36 • Pintura que reduz calor 42 • Andrea Ottoni cria projeto para a Campinas Decor 2011

68 • Raphael Claus

TAV promete desenvolvimento para a região

Tecnologia

Jurídico

72 • O barato que sai caro

46 • Acidentes do trabalho parte final 48 • Cooperativas - Contribuição previdenciária sobre faturas de serviço - Inconstitucionalidade 51 • Documentos: Registros médicos e dentários

Moda 78 • Os acessórios do inverno 2011

42

Gastronomia

Andrea Ottoni cria projeto para a Campinas Decor 2011

87 • Sabores do inverno

História de minha vida 92 • Delegado faz hostória na polícia de Indaiatuba

Saúde 96 • Remédio tem hora certa

Orações

6

Entrevista José Antonio Cardinalli

101 • Dia 16 de julho comemora-se o dia de Nossa Senhora do Carmo 104 • Quem é feliz?


Entrevista José Antonio Cardinalli QUESTÕES SOBRE O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR LEI 8.078 de 11 de março de 1990, com entrada em vigor em 11 de março de 1991. No mês de março de 2011 completaram-se 20 anos da entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90). Que avanços trouxe o estatuto para o aprimoramento das relações de consumo? R. O Código de Defesa do Consumidor, embora não tenha causado uma revolução, tem contribuído sensivelmente, e de forma eficaz, para garantia dos direitos dos consumidores. Um dos principais avanços diz respeito à responsabilidade dos fornecedores pela qualidade dos produtos e serviços que põem em circulação. O consumidor passou, com isso, a ser muito mais exigente. Outro aspecto relevante é o reconhecimento jurídico da fragilidade do consumidor perante o fornecedor (a denominada vulnerabilidade), que gera reflexos no processo, com a hipossuficiência do consumidor que permite, por exemplo, inverter o ônus da prova. A coibição da publicidade enganosa e a intervenção judicial eliminando cláusulas consideradas abusivas, e a possibilidade dos consumidores se reunirem ajuizando ações coletivas são também exemplos de medidas que vêm aprimorando as relações de consumo no País. Que princípios jurídicos norteiam e estruturam o Código de


Entrevista Defesa do Consumidor? R. Segundo o artigo 4º do Código, que trata da Política Nacional das Relações de Consumo, os princípios norteadores da legislação consumeristas são: I – da vulnerabilidade do consumidor, que reconhece ser este a parte mais fraca da relação, o que reflete na tomada de medidas protetivas de seus direitos. II – do dever

...é o reconhecimento jurídico da fragilidade do consumidor perante o fornecedor (a denominada vulnerabilidade)

governamental, pelo qual o próprio Estado, como fornecedor, há de promover, constantemente, a racionalização e melhoria dos serviços

R. Consumidor é todo aquele que ad-

públicos; III – da garantia da adequa-

quire produto ou serviço como desti-

ção, calcada no binômio qualidade-

natário final. Fornecedor, por sua vez,

-segurança, em que o fornecedor res-

é aquele que de alguma forma oferece

ponde pela falta de adequação de um

o produto ou o serviço, que o coloca

produto ou serviço posto no mercado,

em circulação. Todos os agentes que

em defesa da dignidade, saúde, segu-

participam da cadeia produtiva de

rança, interesse econômico e qualida-

bens e serviços são considerados for-

de de vida do consumidores; IV – da

necedores: produtores, construtores,

boa-fé nas relações de consumo, que

importadores, comerciantes etc.

um dever de não lesar ninguém; e V

Quais os principais direitos que a lei confere ao consumidor no sentido de lhe conferir efetiva proteção? R. São os elencados no art. 6º do Código de Defesa do Consumidor. Servem, pois em suma, para garantir a efetividade na defesa dos interesses do sujeito que como vimos é a parte

sistema vigente?

tem lastro em um conceito ético, em

pelas instituições financeiras.

Os Bancos se submetem ao Código

– da informação, pelo qual o fornece-

de Defesa do Consumidor?

dor é obrigado a proceder a todo es-

R. Sim. Houve discussão ao longo de

clarecimento necessário relativo a um

vários anos, debatendo-se os tribunais

produto ou serviço.

se os Bancos estariam sob a incidência das regras impostas pelo Código

Quais são as partes envolvidas na

de 1990. Recentemente, o Supremo

relação de consumo?

Tribunal Federal decidiu afirmativa-

R. São denominadas de consumidor e

mente, com acatamento das cortes e

fornecedor.

juízos inferiores, de modo que toda a proteção emanada do estatuto con-

Quem é considerado consumidor e

sumerista serve para os clientes ban-

quem é considerado fornecedor de

cários, que são assim considerados

produtos e serviços de acordo com o

consumidores dos serviços prestados

mais frágil da relação jurídica. São eles: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados quando o fornecimento de produtos e serviços é perigoso ou nocivo; II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços; III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços. Devem ser especificadas corretamente a quantidade, características, composição, qualidade e preço. O consumidor deve ser alertado sobre os riscos que apresentem; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, e contra as práticas e cláusulas abusivas ou impostas decorrentes do fornecimento de produtos e serviços; V - a modificação das cláusulas contratuais em favor dos consumidores; VI - a prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais e coletivos; VII o acesso aos órgãos judiciários e administrativos para prevenir ou reparar de danos patrimoniais e morais, individuais e coletivos; VIII - a facilitação junho de 2011 • FORÇA • 7


Entrevista José Antonio Cardinalli da defesa dos direitos do consumidor,

responsabilidade pode se dar pelo

dever de reparar os danos causados

inclusive com a inversão do ônus da

fato do produto ou do serviço ou pelo

independentemente de ter agido com

prova, a seu favor, no processo civil,

vício do produto ou do serviço.

culpa, ou seja independentemente de

IX - a prestação adequada e eficaz

ter sido negligente ou imprudente na O que é responsabilidade por fato

colocação do produto ou do serviço

do produto ou do serviço?

no mercado. Dizemos que ele respon-

Quais são os deveres atribuídos aos

R. Fato do produto ou do serviço é o

de objetivamente, nesse caso.

fornecedores de produtos e servi-

mesmo que defeito. Mas um defeito

ços?

grave, que põe em risco o patrimô-

Qual é o prazo para que o consumi-

R. Resumem-se em garantir a quali-

nio, a saúde, a integridade física, ou

dor possa pleitear em juízo indeni-

dade dos produtos e serviços que ofe-

mesmo a vida do consumidor, direta

zação decorrente de fato do produ-

recem, sob pena de responder quase

ou indiretamente (caso de o risco ser

to ou do serviço?

sempre sem necessidade de se provar

relativo ao meio-ambiente, por exem-

R. O prazo é prescricional – prescri-

culpa. Diz-se que a responsabilidade,

plo). O fato denomina-se também

ção é fenômeno temporal que atinge a

nesse caso, é objetiva. Na divulgação

acidente de consumo. Um exemplo

pretensão de pedir indenização – e de

dos produtos ou serviços, na publici-

prático: um aparelho de telefone ce-

5 anos a contar da data do evento que

dade e propaganda, portanto, o forne-

lular que explode, ferindo pessoas.

causa o dano.

cedor se obriga a prestar as corretas

O acidente de consumo muitas vezes

informações sobre as qualidades,

atinge sujeitos que não são consumi-

O que é responsabilidade por vício

durabilidade, riscos, da mercadoria,

dores diretos do produto ou do servi-

do produto ou do serviço?

por exemplo. Será responsabilizado o

ço, mas são equiparados a eles para

R. O vício do produto ou do serviço é

fornecedor que promover as chama-

fins de proteção. O fornecedor tem o

uma falha que estes apresentam que

dos serviços públicos em geral.

das propagandas abusiva, enganosa

não põe em risco o patrimônio, a

e proibida. É importante observar

saúde, a vida dos consumidores.

também uma outra hipótese: tudo

Podem ser aparentes (de fácil cons-

que o fornecedor pratica a título de oferta integra o contrato de consumo. A oferta vincula o fornecedor, portanto, compelindo-o a honrar o que tenha divulgado e anunciado quando o consumidor o procura para celebrar o negócio. Como se dá a responsabilidade dos fornecedores de produtos e serviços perante os consumidores e em face da qualidade do fornecimento? R. Basicamente de dois modos. A 8 • FORÇA • junho de 2011

...os profissionais liberais respondem, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, apenas se agirem com culpa...

tatação) ou ocultos (de difícil constatação). Interferem no valor do bem ou em sua utilidade. Autorizam, em qualquer caso, a devolução da mercadoria ou do serviço, ou pedido de abatimento no preço, ou ainda rescisão do contrato. São chamados vícios redibitórios, palavra que significa autorizadores de devolução, justamente. De igual modo, a culpa aqui é irrelevante. Basta que o vício exista para que se possam pleitear as medidas cabíveis (desde que o consumidor não tenha aceito as condi-


Entrevista ções que o produto apresentava).

sua vontade, e portanto, o contrato.

consumidor e cláusula incompatível

As cláusulas contratuais de um ins-

com a boa-fé e a equidade. Exemplo:

Qual é o prazo para que o consu-

trumento de adesão devem ser sem-

cláusula de seguro saúde que limi-

midor reclame judicialmente em

pre interpretadas em favor do consu-

ta o tempo de internação do pacien-

midor, como o vulnerável da relação.

te em unidade de terapia intensiva.

E cláusulas abusivas são riscadas da

Eleição de foro (local de propositura

avença. É como se não existissem.

da demanda) é outro exemplo. VII -

Por exemplo, podemos citar: I - Cláu-

Cláusula que estabeleça a inversão do

sula de não indenizar. É proibida,

ônus da prova. VIII - Cláusula cria-

pois a reparação civil é direito básico

dora de vantagens especiais ao forne-

do consumidor. II - Renúncia ou dis-

cedor. Art. 51, IX a XIII. É proibida,

posição de direitos pelo consumidor.

por exemplo, a resilição unilateral ou

partir da sua constatação.

Exemplo: cláusula que impeça o con-

variação de preço unilateral, pelo for-

sumidor de requerer rescisão contra-

necedor. Cláusulas que possibilitam a

De que forma se opera a responsa-

tual. III - Limitação da indenização

violação de normas ambientais (meio

bilidade dos profissionais liberais

ao consumidor. Não se pode estabe-

ambiente natural, urbanístico, cultu-

conforme dispõe o Código?

lecer teto máximo para pagamento de

ral, do trabalho).

R. Os profissionais liberais respon-

indenização, seja material, seja moral;

dem, nos termos do Código de Defe-

exceção: consumidor pessoa jurídica.

Quando o consumidor tem seu di-

sa do Consumidor, apenas se agirem

Lembrar do caso do transporte aéreo,

reito lesado ou suprimido, como

com culpa (dolo, negligência, impru-

quando ocorra atraso ou extravio de

deve fazer para minimizar os pre-

bagagem, se o passageiro não tiver

juízos?

declarado o conteúdo da mala. Apli-

Recomenda-se que num primeiro mo-

ca-se não a Convenção de Varsóvia,

mento contate a Fundação de Proteção

mas o Código de Defesa do Consumi-

e Defesa ao Consumidor – PROCON

dor. Prevalece a abusividade da cláu-

de sua cidade. A reclamação e formu-

sula que tarifar a indenização naquela

lada, com a conseqüente decisão que

hipótese. IV - Vedação de reembolso

o órgão tomará, podem solucionar a

de quantia paga. Sempre haverá o

questão. Por vezes, sobretudo quan-

direito do consumidor em reaver os

do se fala em indenização, a medida

valores pagos. V - Transferência de

viável será a ação judicial. Pode ser

pelo fornecedor, ao qual o consumi-

responsabilidade a terceiros.Exem-

(e geralmente é) ajuizada perante o

dor simplesmente adere, aceitando as

plo: agências de turismo, fornecedo-

Juizado Especial Cível (JEC), impor-

cláusulas que não foram por ele dis-

ras diretas de pacotes, que pretendem

tante instituição de acesso à Justiça e

cutidas. Pode ser expresso - verbal ou

transferir a responsabilidade para as

que possui normatização toda volta-

por escrito – ou tácito, neste último é

operadoras, transportadoras e hotéis.

da para a celeridade, informalidade e

o comportamento das partes que fixa

VI - Desvantagem exagerada para o

economia processual.

virtude de existência de vício do produto ou do serviço? R. O prazo é decadencial – decadência é a perda do direito de reclamar – e de 30 dias para bens não duráveis e de 90 dias para bens duráveis. Conta-se o prazo a partir da entrega do produto ou do serviço se o vício é aparente; se o vício for oculto, conta-se o prazo a

dência, imperícia). Qual é o instrumento utilizado pelos fornecedores na denominada contratação em massa? Que tipos de cláusulas contratuais seriam tomadas por abusivas e, portanto, questionáveis pelo consumidor, em juízo? R. O instrumento é o contrato de adesão, aquele previamente redigido

junho de 2011 • FORÇA • 9


10 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 11


Especial > Capa

VIRACOPOS: CONEXÃO COM O MUNDO As perspectivas para a RMC ao abrigar o maior aeroporto da América Latina

P

ense numa mercadoria produzida em Campinas e que precisa chegar a uma loja na cidade vizinha de Santa Bárbara d’Oeste. Qual seria o jeito mais fácil e rápido de transportá-la? Certamente você pensou em transportar a carga de caminhão pelas rodovias que ligam as duas cidades. E de fato é a forma indicada. Mas, e se não tivesse as rodovias? Mesmo com a pequena distância entre os municípios, ou a produção não chegaria, ou chegaria com um custo alto e não tão rápido. Realidade difícil de ser imaginada em pleno século XXI, permeado por tecnologias e pela necessidade de 12 • FORÇA • junho de 2011

otimizar tempo e recurso na sociedade. E quando um produto é produzido em outro país e precisa ser importado? Não há forma mais rápida de transportá-lo do que de avião. Na sociedade capitalista em que vivemos, é inerente à rotina o uso de tecnologias que permitam rapidez e trocas - independente de onde estejamos. E, neste sentido, os meios de transporte foram uma bela de uma invenção. Do ponto de vista do passageiro, é possível se locomover de um lugar a outro, seja de carro, de moto ou de avião. Do ponto de vista das mercadorias, é possível levá-las de um canto ao outro do mundo. E do ponto de vista econômico, as empresas

deixam de ter uma produção local para explorar novos mercados. Em suma, toda a cadeia está em movimento. O homem consome, a indústria produz em larga escala e a economia cresce. Isso é resultado da conexão. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas) tudo está conectado, interligado. Por terra, passam por aqui as principais rodovias do país. Importante eixo de escoamento de produção. Por ar, cruzam milhares de vôos por mês. Com pessoas e cargas de todos os cantos do mundo. O cenário que já é bastante favorável para as 19 cidades que compõem o bloco econômico, vai ficar ainda me-


lhor. Até 2015, o Aeroporto Internacional de Viracopos deve se tornar o maior da América Latina, com extensão de 17 km². Até 2030, o aeroporto também será o maior centro cargueiro da América Latina, estruturado para receber anualmente de 470 a 510 mil aeronaves, 720 mil toneladas de carga e 60 milhões de passageiros. Na prática, a expansão de Viracopos projetará Campinas e região como porta de conexão para o comércio internacional no Brasil. Serão intensificadas as vantagens competitivas da RMC nas relações comerciais com outros estados. Viracopos se tornará um pólo ainda maior de atração para a indústria, serviços, tecnologia, pesquisas, educação, turismo e cultura - tanto em função da área geográfica privilegiada em que se situa quanto em função da infra-estrutura que já tem nas áreas de educação, pesquisa, tecnologia e indústria. “O Aeroporto Internacional de Viracopos é extremamente estratégico para toda a região. Ele não pode mais ser considerado apenas um terminal de Campinas. Já é muito maior do que isso. Sua estrutura está localizada em uma área do Estado com 2,5 milhões de pessoas. Temos um grande potencial industrial e de serviços aqui, um valor agregado que favorece a exportação de produtos. Investir em Viracopos é uma forma de dinamizar também toda a área industrial da região, que pode se conectar mais facilmente com o mundo. Com o aeroporto, as pessoas chegam com mais facilidade para comprar e também para vender”, analisa o Professor doutor da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Edison Favero, em reportagem sobre os 50 anos do aeroporto, publicada no Portal

de Serviços Viracopos. “Sendo assim, a região de Campinas precisa estar ligada com todas as grandes cidades do Brasil”, completa. Viracopos terá ligação direta com pelo menos duas capitais do país. Isso porque junto com a expansão do aeroporto, a RMC deve ganhar o TAV (Trem de Alta Velocidade). Os dois meios de transportes estarão conectados com os três grandes aeroportos: Galeão, no Rio; Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas —, garantindo acesso do passageiro entre os terminais. Com a conexão, Viracopos passará de terminal de vôos para centro de distribuição de vôos. De acordo com o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, o TAV vai ligar 20% da população brasileira, que vivem nas regiões metropolitanas do Rio, São Paulo e Campinas, além dos vales do Paraíba paulista e fluminense. Somado à expansão do aeroporto, vai driblar as deficiências existentes nas grandes cidades. “As grandes cidades hoje levam duas desvantagens muito grandes no seu desenvolvimento. Uma são as deficiências na macrodrenagem, que levam às inundações e param as cidades, como estamos vendo ocorrer com constância em São Paulo. Outra é a mobilidade. Resolver como dar condições para que as pessoas saiam e cheguem é um desafio irreversível” Em números, as perspectivas de crescimento econômico são grandes. Ainda mais se depender do retrospecto. Entre 1995 e 2000, por exemplo, Campinas foi a região que mais atraiu investimentos no Estado de São Paulo. A RMC também se tornou o segundo pólo industrial do país, ao elevar de 4,8% para 6,2% sua participação da produção industrial brasileira, entre 1996 e 2000, segundo Pesquisa Industrial Anual do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, está entre as dez principais regiões do Brasil. “Se ampliarmos um junho de 2011 • FORÇA • 13


Especial > Capa pouco mais a área de análise — de Jundiaí a Ribeirão Preto, por exemplo —, teremos o segundo maior PIB (Produto Interno Bruto) do País, só perdendo para a Região Metropolitana de São Paulo”, relata Edison Favero, sobre as perspectivas de crescimento. Mas, o Professor da Faculdade de Ciências Econômicas da PUC-Cam-

pinas com pós-doutoramento pela Unicamp, Josmar Cappa, pondera, em análise feita à reportagem sobre os 50 anos do aeroporto: “Viracopos é estratégico para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e, dependendo da condução de sua ampliação, poderá ou não alavancar o desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas.A ampliação de Viracopos precisa ocorrer em harmonia com a RMC, para assegurá-lo como infra-estrutura en-

14 • FORÇA • junho de 2011

dógena do desenvolvimento regional. Caso contrário, os impactos ambientais e os obstáculos à mobilidade urbana reduzirão a competitividade da RMC e a qualidade de vida”, destaca. Se os patamares econômicos serão atingidos ou não, só a prática das operações dirá. Mas, dentre todos os possíveis benefícios da expansão de Viracopos, o certo mesmo é que o passageiro ganhou uma solução para desafogar o espaço aéreo da capital paulista. De acordo com o plano já aprovado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), até 2014 a capacidade saltará dos atuais 3,5 milhões para 10 milhões de passageiros atendidos por ano. A expectativa é que, em 2030, o número bata em 60 milhões. Medida que evitará, e muito, as filas de espera nos aeroportos de Cumbica e Congonhas, que chegam a ter espera de até duas horas para embarque e desembarque.


Especial > Capa

MOVIMENTAÇÃO DE AERONAVES EM 2010: ATÉ AGOSTO A MOVIMENTAÇÃO FOI DE 47.904, AUMENTO DE 42,33% EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO NO ANO ANTERIOR. MÉDIA DIÁRIA DE POUSOS E DECOLAGENS (CARGUEIROS E PASSAGEIROS): 204 OPERAÇÕES, APROXIMADAMENTE. ATÉ 2030 VAI ATENDER: 60 MILHÕES DE PASSAGEIROS 570 MIL OPERAÇÕES DE POUSO E DECOLAGEM 720 MIL TONELADAS DE CARGA R$ 6,4 BILHÕES – ESSE É O VALOR TOTAL ESTIMADO DOS INVESTIMENTOS EM VIRACOPOS ATÉ 2020

VIRACOPOS EM NÚMEROS HOJE: CAPACIDADE ANUAL DO TERMINAL DE PASSAGEIROS: 3,5 MILHÕES. MOVIMENTAÇÃO MÉDIA DE PASSAGEIROS/DIA: 14,9 MIL (AGOSTO) MOVIMENTAÇÃO DE AERONAVES EM 2009: 55.263 POUSOS E DECOLAGENS (+ 70,57% EM RELAÇÃO A 2008).

junho de 2011 • FORÇA • 15


Jaguariúna é a número

em geração de empregos na RMC

Levantamento de dados realizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego revela que, das 19 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Jaguariúna foi a que mais gerou empregos proporcionalmente à sua população em 2010.

16 • FORÇA • junho de 2011


Rápidas FOTO DIVULGAÇÃO

“... devo muito ao Flamengo... pretendo continuar fazendo algo pelo futebol...”

Meu pai é palmeirense, mas eu sou são-paulina. Tô realizando um sonho

Vou esperar a decisão da Procuradoria Geral da República para me decidir

FOTO DIVULGAÇÃO

PETKOVIC, em sua despedida dos gramados se derrete de amor pelo Flamengo.

MARIA MELILO, a nova musa do Tricolor Paulista está na revista do São Paulo.

“... é a alternativa mais convincente, que seja o broto de feijão...

FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO DIVULGAÇÃO

PALOCCI, ao ser questionado se pedirá demissão com no ano de 2006.

GERT LINDEMANN, Ministro da Agricultura na Alemanha, fala sobre o surto de bactéria que está amedrontando a Europa. junho de 2011 • FORÇA • 17


18 • FORÇA • junho de 2011


Economia

UNIVERSITÁRIO, COMO O MERCADO DE TRABALHO VÊ VOCÊ? Um diagnóstico do que o mercado pede e do que você deve oferecer

junho de 2011 • FORÇA • 19


Economia

P

ense na seguinte oportunidade de trabalho: “Empresa X contrata universitários para estágio remunerado na área Y, sendo quatro horas diárias de atividade prática e duas horas de treinamento”. Teoricamente,

uma oportunidade dessas é ideal para jovens sem experiência no mercado de trabalho. Afinal, que empresa oferece um estágio remunerado e ainda está disposta a ensinar e ambientar o jovem à prática? Na verdade, nenhuma. Esse tipo de empresa e vaga não existe e universitários, que buscam esse tipo de estágio, também não “existem” para o mercado. A realidade é fácil de ser explicada. Quando o tão sonhado primeiro emprego chega, existe uma divergência de expectativa entre universitário e empresa, segundo o consultor de Recursos Humanos, Scher Soares. “A universidade e o aluno pensam no 20 • FORÇA • junho de 2011

estágio como aprendizado, e a empresa vê o universitário como recurso”. Esse tipo de situação é mais comum do que se pensa. Quem nunca ouviu reclamações como: “Ah! Lá na empresa eles querem que eu faça o que eu ainda não aprendi no curso” ou “Não aguento mais fazer sem ter ninguém pra me ensinar como é?”. Soares completa: “O aluno que pensa no estágio como aprendizado precisa de programas específicos. Porque no estágio ele vai ser cobrado como profissional, vai sofrer pressão e se não souber equilibrar pode se frustrar”. Quem se identifica com esse tipo de situação e sabe que precisa, por si só, se ambientar ao trabalho dá muitos passos à frente. Mas, o mercado espera mais. E, neste caso, não cobra somente os estagiários. Universitários recém-formados e que deixam para ter a primeira experiência profissional após a formação não são bem vistos pelas empresas. “Se formar para depois trabalhar na área faz com que as empresas tenham receio. A não ser em casos específicos, como cursos que exigem período integral. As empresas não vêm com bons olhos jovens com pouca massa crítica, descontextualizados com o mercado. Então, vale a dica de que estágios e experiências profissionais em outras áreas são válidos nessa hora”, orienta o consultor de RH. É o que faz o mineiro de Ibiá, Willian Silva. Estudante de zootecnia, no Instituto Federal de Minas Gerais, o jovem trabalha em uma conceituada multinacional. “Eu não pude esperar uma experiência


Economia

MACHADO TRANSPORTES

na minha área para começar a trabalhar. Porque além de ficar tarde para entrar no mercado de trabalho e precisava de recursos para me manter”, conta. Quando questionado sobre a adaptação em outra área, revela que sofreu com os erros. “No começo eu errei muito e sofri com a pressão. Ninguém me ensinou o que fazer. Mas, com o tempo aprendi a desempenhar a função. Hoje, vejo que essa é a melhor forma de aprender, com o erro. E, claro, sem medo de arriscar. Aqui é uma grande empresa e pede profissionais arrojados”, relata. As empresas também estão de olho na instituição de ensino que o candidato se formou ou vai ser formar. Sabe aquele ideia de aluno de universidade pública é visto pelo mercado com mais apreço do que os de instituição privada? Então, ela faz toda a diferença para as empresas. Estudantes de universidades públicas possuem duas características fundamentais para admissão em grandes empresas, segun-

do Scher Soares. “As empresas valorizam nesse aluno o foco em desafios, aquele que não optou pelo caminho mais fácil e venceu a concorrência por vagas e valoriza nesse aluno as qualidades que o credenciaram a essa concorrida vaga”, conta. Quando o assunto é universidade privada, todo cuidado é pouco ao escolher onde estudar. Estudantes de universidades com baixo nível de ensino estão sendo excluídos do processo de seleção. A explicação? “O número de instituições particulares explodiu. Como qualquer outro negócio, cresceu. Algumas dessas instituições privadas são conhecidas pelo péssimo nível de formação. Sem grade adequada e sem professores qualificados. A grande empresa observa a faculdade onde o candidato estudou e, dependendo, de seu nível de formação o excluí”, relata o consultor. Exceções existem. E são muitas. Segundo o consultor de RH, Scher Soares, são inúmeras as instituições com-

Seu produto entregue com segurança

R. Peregrino de Oliveira Lino 272 Vila Linópolis Santa Bárbara d´Oeste SP Fone 19 3454-5987 / 9169-4397 machadocuppi@vivax.com.br

junho de 2011 • FORÇA • 21


Economia prometidas com a formação e com a qualidade de ensino. E que, inclusive, estão bem cotadas entre grandes empresas. “Existem universidades empenhadas na boa formação, que têm excelentes conceitos. Essas universidades maiores têm condições de metodologia mais completa. Professores conceituados. As empresas sabem O diagnóstico que se faz da relação de empregabilidade entre mercado de tradisso e também consideram esses balho x universitário é objetivo, segundo Scher. “As empresas não estão com tempo para investir no universitário. Por isso, eles precisam chegar à empresa alunos potenciais”, explica. A barbarense Suzana Carrascosa ambientados à questão prática”. Neste caso, não é a universidade pública ou Storolli é exemplo do perfil de aluno uma particular conceituada que vai garantir a vaga e, sim, a produção de copotencial, oriundo de instituição par- nhecimento do jovem. Sua capacidade de abraçar novos desafios, de colocar ticular. Aos 24 anos, a estudante de em prática o conhecimento adquirido, de se adaptar a uma nova situação e jornalismo está em seu segundo inter- de se contextualizar à realidade do mercado. Afinal, a empresa busca recurso câmbio e atualmente mora no México. e você experiência. “Aproveite essas dicas e as oportunidades para crescer. Há cinco meses vive uma experiência Quanto mais conhecimento e experiência você agregar, melhor preparado você enriquecedora e já colhe frutos. “Eu vai estar”, finaliza o consultor de RH, Scher Soares. vim pra cá para aperfeiçoar o espanhol. Na universidade daqui aprendo coisas que não temos na grade curricular do Brasil, como aulas práticas de programa de auditório, produção cinematográfica. Em poucos meses aqui eu me tornei correspondente do site da MTV. Conto as novidades daqui, as curiosidades. Tem sido uma exper iência maravilhosa”, ressalta a jovem em entre“As empresas não estão com tempo para “Na universidade daqui aprendo coisas que não temos na grade curricular do Brasil, investir no universitário. Por isso, eles vista via twit- como aulas práticas de programa de auditório, produção cinematográfica”, conta ao precisam chegar à empresa ambientados à posar em frente a Univerisidade mexicana em foto de arquivo pessoal. questão prática”, sobre o que as empresas cam. esperam de estagiários e recém-formados.”

22 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 23


Economia

CABECEIRA DE INVESTIDOR Conheça os livros que todo aspirante ou veterano na bolsa deve ler

A

inda que seja o sonho de dez em dez pessoas, não existe fórmula para ficar rico. Se o ponto de partida para ganhar dinheiro começa em investimentos na bolsa, saiba que também não existe fórmula para arrebatar milhões de dólares. O que todo investidor bem sucedido tem é disciplina e muito, muito, estudo do mercado. E aí vem uma realidade para quem é novato no mundo das ações: muitos não se dão

conta do quanto não sabem sobre o mercado de investimento e tomam decisões erradas. Resultado? Os investimentos acabam se tornando um jogo de azar. Um das armas mais usadas por investidores para adquirir todo conhecimento necessário do mercado está nos livros. Sim, é possível ampliar o conhecimento técnico e a visão de mundo lendo. Há livros destinados aos profissionais do mercado e obras para iniciantes nas finanças ou para quem busca apenas uma leitura envolvente. A biblioteca à disposição dos investidores é ampla e possui títulos para todos os gostos. Mas, especialistas alertam: livros que prometem tornar alguém rico não funcionam. O segredo do sucesso não é revelado, mas investidores bem sucedidos têm na cabeceria da cama livros que todo aspirante ou veterano na bolsa deve ler. Confira a seguir a lista, desenvolvida pela DINHEIRO, com os títulos mais vendidos:

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: CORPORATE FINANCE Com abordagem didática, o livro expõe as ideias contidas na chamada “moderna teoria de finanças”. Os principais conceitos são ilustrados com fartos exemplos tirados de empresas e situações reais. Stephen A. Ross, Randolph W. Westerfield, Jeffrey F. Jaffe Editora Atlas 776 páginas R$ 138,00 24 • FORÇA • junho de 2011


Economia AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Fundamental para quem busca entender o processo de avaliação de uma empresa, bem como a projeção de fluxo de caixa. Uma leitura mais técnica, o livro oferece exemplos reais e atuais de empresas de diversos países, inclusive do Brasil. Aswath Damodaran Editora Prentice Hall 480 páginas R$ 127,80 WARREN BUFFETT E A ANÁLISE DE BALANÇOS O livro aborda a forma como o megainvestidor Warren Buffett acumulou uma fortuna de bilhões de dólares analisando os balanços de empresas com vantagem competitiva de longo prazo. Especialistas nos métodos do investidor, David Clark e Mary Buffet (que foi casada com Peter, filho caçula do bilionário) escrevem um guia prático em linguagem acessível. Mary Buffett e David Clark Editora Sextante 160 páginas R$ 19,90

DESAFIO AOS DEUSES - A FASCINANTE HISTÓRIA DO RISCO Em narrativa que se assemelha a um romance, o autor conta a história das tentativas de se administrar o risco ao longo da história, explicando os conceitos de probabilidade, amostragem, teoria dos jogos e tomada de decisões. Peter L. Bernstein Editora Elsevier Campus 408 páginas R$ 115,00 junho de 2011 • FORÇA • 25


Economia OS AXIOMAS DE ZURIQUE O autor defende que qualquer um pode ser bem-sucedido no mundo das finanças a partir da experiência de banqueiros suíços. Isso, desde que siga sua intuição e algumas regras básicas na gestão do risco. Fundamental para quem busca entender os princípios básicos para um bom investimento. Bela visão de como evitar certas armadilhas. Max Gunther Editora Record 160 páginas R$ 34,90 OS MERCADORES DA NOITE Romance ambientado no mercado financeiro, o livro conta a história do megaoperador Julius Clarence e de como ele arquiteta um plano de vingança que detona uma crise financeira global. Ivan Sant’Anna Editora Sextante 448 páginas R$ 24,90 FINANÇAS COMPORTAMENTAIS A tentativa de gerenciar emoções e lucrar com isso é o mote do livro que, em linguagem leve e didática, discorre sobre a distância que separa as decisões de investimento dos modelos econômicos tradicionais baseados na racionalidade. Aquiles Mosca Editora Elsevier Campus 160 páginas R$ 20,90

26 • FORÇA • junho de 2011

CARTAS A UM JOVEM ECONOMISTA Em Cartas a um Jovem Economista, Gustavo Franco – presidente do Banco Central no governo FHC – narra sua trajetória pessoal e profissional, além de dar dicas para aqueles que atuam na área. Gustavo Franco Editora Elsevier Campus 208 páginas R$ 39,90

MUNDO FINANCEIRO O OLHAR DE UM GESTOR Alexandre Póvoa, profissional com anos de experiência no mercado na gestão de recursos, relata não apenas suas experiências, mas também traz opiniões e dicas de carreira. De forma leve, o texto aborda também técnicas de gestão de recursos e seus novos conceitos de mercado. Alexandre Póvoa Editora Saraiva 568 páginas R$ 64,00


Economia

junho de 2011 • FORÇA • 27


Economia

TAV PROMETE DESENVOLVIMENTO PARA A REGIÃO Deputado federal Jonas Donizette analisa criação do escritório da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav), em Campinas.

A

Jonas Donizette entrega ao relator do projeto Carlos Zarattini (PT/SP) o abaixo-assinado que garantiu o escritório da Etav em Campinas.

criação da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. (Etav) e a instalação de um escritório da companhia em Campinas devem representar um novo impulso ao desenvolvimento regional. Essa é 28 • FORÇA • junho de 2011

a análise do deputado federal Jonas Donizette (PSB/SP), que desempenhou papel de destaque nessa conquista. Jonas Donizette organizou um abaixo-assinado junto à bancada paulista na Câmara dos Deputados para garantir o escritório da Etav em Campinas. Ele conseguiu a as-

sinatura de 50 dos 70 parlamentares do Estado, o que assegurou papel de destaque à cidade no desenvolvimento e manutenção do primeiro trem-bala do País. Em entrevista à Revista Força, o parlamentar destacou a importância da iniciativa para a região. Confira trechos da entrevista. abril de 2011 • FORÇA • 28


Que vantagens o Brasil tem ao implantar o projeto do trem-bala? Jonas Donizette - Trata-se de um meio de grande capacidade de transporte, de alta eficiência energética e extremamente seguro, com pouquíssimos registros de acidentes nos países em que o modal já existe há tempo. O TAV vai ajudar também no trânsito de São Paulo, reduzindo a circulação de veículos nessa cidade, por onde passam cerca de 60% da carga que é distribuída no nosso País. Não só isso, mas também vai diminuir o desequilíbrio modal hoje existente em nossa

matriz de transporte, que nos deixa atualmente muito dependentes das rodovias. E por que Campinas foi escolhida para abrigar o escritório da Etav? Jonas Donizette – A cidade é parte essencial do trajeto e a criação do escritório aqui vai abrir novos postos de trabalho, inclusive os de alta tecnologia. É um primeiro passo de uma proposta mais ampla, que criará oportunidades de negócio e desenvolvimento social, econômico e tecnológico para nossa comunidade. Em 1992, durante

meu primeiro mandato de vereador em Campinas, participei de uma comissão que estudava o trajeto desse trem de alta velocidade. Durante meus três mandatos de vereador, discutimos muito essa questão na Câmara Municipal. Depois, nos meus dois mandatos como deputado estadual em São Paulo, também criamos uma comissão para tratar do assunto do TAV. E Deus me deu a alegria de, nos meus primeiros meses do mandato de deputado federal, representando a minha região, poder votar e, mais que isso, ver aprovada matéria tão importante. junho de 2011 • FORÇA • 29


30 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 31


Esporte

DEBUTANTES NAS OLIMPÍADAS DO RIO DE JANEIRO Golfe e Rúgbi estreiam como esportes olímpicos em 2016

D

e julho a agosto do próximo ano acontecem as Olimpíadas de Londres, mas o mundo já está de olho em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O cenário será uma das mais belas cidades do mundo. Um atrativo e tanto! Somado a isso, é a primeira vez que a maior competição do mundo desembarca na América do Sul. Mas, as novidades não param por aí. Existem, pelo menos, mais dois atrativos: a edição carioca das

32 • FORÇA • junho de 2011

olimpíadas terá 28 modalidades. Esporte pouco praticado no Brasil, Rugbi e Golfe debutarão na Era Moderna dos jogos. Isso porque essa não é a primeira vez que as duas modalidades irão fazer parte de uma Olimpíada. O golfe já foi disputado nos Jogos Olímpicos de Paris-1900 e St. Louis-1904. A disputa prevê uma jornada de 72 buracos, com participação de homens e mulheres, e 60 competidores por cada campo. Os 15 melhores do mundo teriam classificação automática,

e os torneios teriam que mudar a agenda para não chocar com o programa olímpico. Já o rúgbi foi praticado em Olimpíadas pela última vez em 1924, no formato de 15 jogadores para cada lado. A proposta atual prevê apenas sete atletas para cada time, masculino e feminino. A federação internacional estaria disposta a acabar com a Copa do Mundo de rúgbi 7, a fim de deixar claro que as Olimpíadas são o principal evento da modalidade


Esporte

junho de 2011 • FORÇA • 33


Esporte Para integrar a seleta lista de esportes olímpicos, ambos obtiveram dois terços da maioria dos votos dados pelos representantes do COI (Comitê Olímpico Internacional) em outubro do ano passado. Além disso, têm – no mínimo – 52 países praticando cada uma dessas modalidades; quesito básico para entrar na votação. Para o presidente do COI, Jacques Rogge, golfe e rugby serão “grandes adições aos Jogos”.”Golfe e rugby pontuaram bem em todos os critérios. Eles têm apelo global, a diversidade geográfica de atletas de alto nível e a ética que destaca o ‘fair play’ (jogo limpo)”, disse Rogge. Para as Olimpíadas de Londres, no próximo ano, o programa olímpico terá 26 modalidades, sendo: ATLETISMO (provas de pista, decatlo, maratona e maratona aquática), BADMINGTON, BASQUETE, BOXE, CANOAGEM, CICLISMO, ESGRIMA, ESPORTES

AQUÁTICOS (natação, nado sincronizado, pólo aquático, saltos ornamentais e maratona aquática), FUTEBOL, GINÁSTICA (artística, rítimica e de trampolim), HANDEBOL, HIPISMO (adestramento, saltos e concurso completo de equitação), HÓQUEI SOBRE A GRAMA, JUDÔ, LEVANTAMENTO DE PESO, LUTAS (greco-romana e livre), PENTATLO MODERNO, REMO, TAEKWONDÔ, TENIS, TENIS DE MESA, TIRO (tiro esportivo e tiro com arco), TRIATLO, VELA e VOLEI (quadra e de praia). Em 2016, soma-se a essas Golfe e Rugbi. Com histórico olímpico, mas pouco praticadas no país, estas modalidades não são muito populares por aqui. Nada que não possa ser revertido até 2016! Confira as informações básicas sobre estes dois novos esportes olímpicos:

GOLFE Golfe é um esporte de origem escocesa, inspirado num jogo romano chamado Paganica. Consiste em arremessar com um taco uma bolinha e colocá-la em buracos espalhados em um percurso. No campo de golfe geralmente o trajeto até o buraco tem obstáculos como lagos, areia e árvores. Vence quem colocar a bolinha nos buracos com o menor número de tacadas possíveis. A chegada do golfe ao Brasil ocorreu de forma curiosa. No final do século XIX, engenheiros ingleses e escoceses que construíam a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, a São Paulo Railway, convenceram monges beneditinos a ceder parte do terreno do Mosteiro de São Bento para a construção do primeiro campo de golfe do país, na região atualmente situada entre a Estação da Luz e o rio Tietê. O país tem hoje cerca de 20 mil golfistas e aproximadamente 130 campos. A modalidade está passando por um período de expansão, graças ao desenvolvimento de novos projetos e ações de marketing que visam propagar o golfe em todo o país. RÚGBI SEVENS (DE SETE) Disputado em mais de 120 países, é extremamente popular sobretudo nas partes do mundo de forte influência inglesa, como nas Ilhas Britânicas, na Austrália (Wallabies), na Nova Zelândia (All Blacks) e na África do Sul (Springboks), além da França (Les Bleus), sendo essas as grandes forças do esporte. É também popular na Itália (Gli Azzurri), na Argentina (Los Pumas) e no Uruguai (Los Teros). A modalidade de rúgbi foi escolhida para os Jogos principalmente pelo seu dinamismo e curto tempo de competição. A disputa do sevens na Olimpíada do Rio de Janeiro está inicialmente planejada para durar três dias.

34 • FORÇA • junho de 2011


Esporte Por aqui, o rúgbi só começou a ser praticado com regularidade no país a partir de 1925, em São Paulo, no São Paulo Athletic Club. Neste ano, o Sr. Gordon Rule reuniu jogadores que moravam em São Paulo e que por acaso tivessem praticado esta modalidade de esporte. Cerca de 40 pessoas foram agrupadas em duas equipes que jogavam entre si nos fins de semana, no campo do Floresta e subsequentemente no do C.R. Tietê e no do C.A. Paulistano. Posteriormente, passaram a utilizar-se do Campo do São Paulo Athletic Clubem Pirituba - o campo dos ingleses, como era chamado. As Seleções Brasileiras de Rúgbi servem como um bom referencial do otimismo e evolução do esporte do país. Nos últimos 3 anos o Brasil projetou-se da 45ª para a 27ª posição no ranking da International Rugby Board (IRB) na categoria Masculina Adulta.Além disso, desde 2008, o Brasil conquistou o direito de participar da divisão de elite do Campeonato Sul-americano de Rugbi, que conta com apenas os 4 países melhores qualificados na CONSUR (Confederação Sul-americana de Rugbi). Já no Feminino, a Seleção Brasileira conquistou a 10ª posição no último Campeonato Mundial realizado em Dubai-EAU em 2009 – a melhor posição alcançada por uma equipe brasileira em Mundiais. Nessa mesma categoria, a seleção disputou no mês de Julho o Campeonato Mundial Universitário, onde terminou na sexta colocação.

35 • FORÇA • abril de 2011

junho de 2011 • FORÇA • 35


Dicas de Construção

PINTURA QUE REDUZ CALOR Tinta cerâmica reduz até 35% do calor interno e 25% do uso do ar-condicionado; técnica, vinda dos Estados Unidos, ganha força na região

T

rabalhar em um ambiente arejado e livre do calor é o sonho de qualquer funcionário. Eliminar gastos excessivos com ar-condi-

cionado é o sonho de qualquer empregador. Dificilmente esses dois desejos podem serrealizados. Para a maioria das empresas, proporcionar um ambiente fresco depende, e

Aplicação não interfere mo processo de produção da empresa. 36 • FORÇA • junho de 2011

muito, do ar-condicionado. Realidade que já não existe nos Estados Unidos e começa a ser mudada no Brasil. É possível reduzir o calor interno sem utilizar refrigeração e


A DIFERENÇA É CLARA Recuperação de Coberturas Industriais e Isolamento Térmico Cerâmico Antes da aplicação da tinta cerâmica

Depois da aplicação da tinta cerâmica

REDUZ A TEMPERATURA INTERNA EM ATÉ 35% RUA PROFESSOR CARLOS LIEPIN, 312 BELA VISTA | NOVA ODESSA | SP 19

3466.4010 | 19 8841.4141

WWW.ISOCER.COM.BR


Dicas de Construção de uma maneira prática: com tinta branca. Sabe aquela história de que quanto mais claro o ambiente, maior é a ventilação e a sensação de conforto térmico? Então, ela faz sentido, mas não é qualquer tinta branca que tem esse efeito. Técnica usada nos Estados Unidos há pelo menos duas décadas, só agora os brasileiros resolveram se render aos benefícios da tinta cerâmica (Termoshield, em Inglês). É ela a responsável por fazer o isolamento térmico do telhado. A explicação é simples: diferentemente das tintas brancas comuns, a tinta cerâmica possui um sistema de isolamento térmico a base de partículas que resistem ao intemperismo e a irradiação ultravioleta. Ou seja, quando o calor chega ao telhado com o sistema de isolamento ele bate e volta, devido á sua alta refletividade. A técnica é garantia de economia; reduz até 35% do calor interno e até 25% do uso do ar-condicionado. Em números gerais, a pintura térmica cerâmica aplicada na área externa do telhado reflete 87% da irradiação solar. A tinta cerâmica não faz milagre, mas tem muitos outros benefícios. Ela também reduz até 30% os ruídos de chuva, elimina o choque térmico e controla a corrosão das coberturas metálicas. A pintura pode ser feita em qualquer tipo de cobertura externa, como em telhados metálicos, de fibrocimento ou pré-moldados novos ou velhos. Mas, se além do telhado outra área da empresa so38 • FORÇA • junho de 2011

fre com irradiação solar, a técnica permite pintura em paredes e até reservatórios para armazenamento de álcool e produtos voláteis. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), por exemplo, a demanda mais que dobrou nos últimos anos. Segundo os diretores e sócios da empresa, Isocer- uma das poucas empresas especializadas em isolamento térmico cerâmico no Brasil -, Fernando Ferreira e Jair Augusto Ferreira, a técnica, além de ter baixo custo, é de fácil instalação. “A pintura do telhado com a tinta térmica cerâmica não interfere nos processos de produção da empresa. Enquanto os funcionários da empresa trabalham, nós aplicamos sem nenhum problema. Além disso, a aplicação é rápida. Fazemos em torno de 500 metros quadrados por dia”, relata Jair. Um telhado com isolamento térmico, segundo Fernando Ferreira, não depende somente da pintura. Mas, de um processo de recuperação da coberturae da estrutura. “Antes de aplicar a pintura, é preciso verificar o estado do telhado como um todo, fazer as vedações necessárias, dos parafusos, grampos. Além disso, é preciso eliminar as fissuras e fazer uma limpeza geral da cobertura com hidro-jateamento, explica. A medida visa não só a eficácia da técnica, mas também a durabilidade da cobertura. “A vida útil desse tipo de telhado chega a aproximadamente 20 anos, tendo a cada cinco anos a necessidade de limpeza apenas, ou

seja, ele deve ser lavado”, conta o empresário Fernando Ferreira. A decisão de aplicar a pintura cerâmica não é levada em conta somente pela redução dos gastos e da vida útil do telhado. Do ponto de vista sustentável, a técnica é um grande bem à natureza. Levando-se em conta que 25% da superfície de uma cidade é formada por telhados (Ilhas de calor) se a maioria deles forem tratados com sistemas térmicos , os níveis de poluição, de consumo de energia e de doenças relacionadas ao calor atingirão baixos patamares. O telhado branco tem ação eficiente no combate ao aquecimento global. Tanto é verdade que a técnica tem o apoio do programa OneDegreeLess, que busca a redução da temperatura em grandes centros urbanos em um grau. Para se ter uma ideia dos benefícios do isolamento térmico cerâmico para a natureza, cada 100 metros quadrados pintados compensam dez toneladas de emissão de CO². Nos Estados Unidos, um dos países que mais poluem no mundo, iniciativa para a adesão da tintura cerâmica não falta. Multinacionais só estabelecem parcerias com empresas que tenham consciência ambiental e um dos pré-requisitos é ter pintura térmica no telhado – técnica vista como selo de qualidade na América do Norte. “Por aqui não vai demorar muito tempo para que uma grande parte das empresas tenham o isolamento, a fim de eco-


Dicas de Construção

39 • FORÇA • abril de 2011

junho de 2011 • FORÇA • 39


Dicas de Construção nomizar e preservar a natureza”, finaliza Jair Ferreira, diretor e um dos sócios da Isocer.

Telhado metálico antes da restauração e da pintura.

40 • FORÇA • junho de 2011

O mesmo telhado restaurado e com a pintura da tinta cerâmica


junho de 2011 • FORÇA • 41


Dicas de Construção

ANDREA OTTONI CRIA PROJETO PARA A CAMPINAS DECOR 2011 Arquiteta projeta o Living da Estação Cultura, confira como ficou o ambiente. Inspirado no jeito de morar paulista, o LIVING retrata um dos prazeres campineiros, que é reunir amigos com boa música e conforto. A sala apresenta o aconchego dos sofás generosos, madeira e tons calmantes. Quadros, peças trazidas de viagens e mobiliários assinados, trazem história, diversidade cultural e informação e formam um acervo pessoal. Homenageando os designers brasileiros, os móveis são assinados por: mesa de centro JULIA / designer Rô Schmitt, com acabamento em laca brilhante; sofá LIFE / designer André Cruz, com revestimento em linho; aparador BOUTIQUE / designer Guilherme Torres, com acabamento em laca brilhante turquesa, todos da Artzzi. Em local de destaque apresenta a tela de Carlos Araújo, CAVALO série AZUL, avaliado em R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) em tons de azul, com 1,60 x 1,80. O azul foi a cor eleita para pontuar algumas peças no ambiente. A razão para tal escolha foi que esta é uma das cores mais profundas e remete ao céu, ao horizonte, a calma e a tranqüilidade. E é esta sensação que hoje o mundo precisa; pois passa por profundas transformações ambientais, reflexo de anos de destruição e desrespeito à natureza. Esta é a nossa cor eleita, cor da lógica e ponderação, evocando um horizonte de contemplação, respeito á natureza e o uso urgente de energias mais limpas. Sobre o aparador boutique, há 02 telas da artista OLIVIA NIEMEYER da série CONSTELAÇÕES uma com 1,40 x 1,65m e a outra com 1,50 x 2,50m. Um horizonte de reunir amigos para celebrar a vida, a boa vida! Logo na entrada do ambiente, há um mosaico de madeira, de 1,50 x 3,60m, feito com o

42 • FORÇA • junho de 2011

revestimento de madeira Niterói, da Mosarte, que é inspirado nas curvas e arcos doMuseu de Arte Contemporânea de Niterói, projetado por Oscar Niemeyer. O modelo Legno, demadeira, serve para revestir paredes internas. As placasmedem 29 x 29 cm, e os desenhos são formados por um mosaico de peçasmenores com cortes precisos,


Dicas de Construção obtidos através da técnica do jato d’água. O mosaico, devido ao tamanho, já veio montado pelo próprio fabricante em placas de mdf. Foi fornecido pela Ceramick. Esse conceito artístico reflete um momento da história da arquitetura brasileira e consequentemente se tornamais um dos elementos de arte reunidos no ambiente do LIVING. Compondo a ambientação no centro do ambiente, a lareira, com 2,34 x 4,28m, é feita de gesso e revestida externamente com TECHLAM, um produto espanhol da LEVANTINA COLLECTIONS. O techlam é um revestimento cerâmico com 3mm de espessura (extremamente fino) e altíssima resistência. É utilizado para revestimento de pisos e paredes, e a chapa tem 1,00 x 3,00m, o q permite ampla variedade de tamanhos e modulações das placas, que já vem cortadas diretamente do fornecedor, a Pedragrande Marmoraria. Esta recebe uma lareira ecológica da ECOFIREPLACES, modelo ECO21, é abastecida com biocombustível, e não requer dutos nem chaminés, sendo instalada em um recorte no corpo da lareira. A lareira, que pesa apenas 10kgs e tem 1,00 x 0,08 x 0,15m (LxAxP), tem capacidade para 5 litros de bio fluido e aquece uma área aproximada de 50m², durante 10 a 18 horas. As Lareiras Ecofireplaces funcionam com Bio Fluido líquido especialmente desenvolvido pelo fabricante e licenciado para este fim. Não produz fumaça, resíduos inalantes, junho de 2011 • FORÇA • 43


Dicas de Construção

nem cheiro, e a emissão de CO2 é baixíssima, menor que o equivalente à nossa respiração, sendo assim um produto com sustentabilidade e respeito á natureza. Nas janelas estão persianas Luxaflex da linha Country Woods, fabricadas com lâminas de madeira em tons naturais, modelo Genuine Wood 50mm, na cor hickory, sem fita decorativa (devido ao acionamento motorizado). Foram fornecidas pela própria Luxaflex, através da Santa Rita House Decor. Entre os objetos decorativos, estão algumas peças de diferentes culturas, como caixas marroquinas de 44 • FORÇA • junho de 2011

osso com delicados trabalhos em marchetaria; carimbos de madeira, usados até os dias atuais na estamparia de tecidos na índia e Indonésia, e pincéis para escrita utilizados na china. Um bracelete de prata antigo indiano, comumente utilizado pelas mulheres da região foi transformado em uma singular petisqueira, demostrando as infinitas possibilidades quando pensamos criativamente em reciclagem de materiais ou simplesmente enxergamos novos usos para antigas peças. Todos os objetos decorativos são da loja Kamasan. O tapete, feito em tear manual, é indiano, com

fios de chenille e barbante, e foi fornecido por Cleide Teller. O mobiliário e espelho foram fornecidos pela Artzzi / Anexo. As dimensões da sala são 5,38 x 6,47m, na área dos sofás, q vai da janela até a escada, e a área do mosaico, na entrada do ambiente, tem 1,97 x 2,83m. As paredes foram pintadas com tinta acrílica acetinada, e as tintas utilizadas são da renner, nas cores 516-4 / ashen, nas paredes (mais claras) e 516-5 / stone gray, nos painéis (mais escuras).


junho de 2011 • FORÇA • 45


Jurídico

Dr. Reinaldo Cesar Spaziani

ACIDENTES DO TRABALHO PARTE FINAL Como já dissemos na edição anterior, a coluna deste mês continua e conclui a matéria sobre o tema em referência, devido à quantidade de dados que o tema exige. ço, o pagamento do salário compete ao empregador. A partir do 16º dia consecutivo de afastamento, o encargo pecuniário se transfere ao INSS que concederá ao acidentado o benefício de auxilio doença acidentário que consistirá numa renda mensal correspondente a 91% do salário de benefício. Assim, recomenda-se ao empregador observar sempre o documento coletivo (acordo coletivo) da categoria profissional a que o acidentado pertença a fim de verificar a eventual existência de cláusula determinando a complementação de salário do beneficiário.

P

ara recordamos, lembramos que a edição anterior tratou da caracterização e conceito de acidente de trabalho, da comunicação de acidente de trabalho – CAT, da interrupção do contrato de trabalho durante o afastamento do empregado por acidente do trabalho e o contrato de experiência na vigência do afastamento do empregado por acidente do trabalho. Nesta parte final vamos tratar das 46 • FORÇA • junho de 2011

verbas devidas pelo empregador frente ao acidente de trabalho, da estabilidade provisória do acidentado e dos benefícios previdenciários. VERBAS DEVIDAS PELO EMPREGADOR I – SALÁRIO MENSAL Durante os primeiros 15 dias de afastamento do empregado ao servi-

II – 13º SALÁRIO O entendimento dominante em nosso sistema judiciário trabalhista, consubstanciado na Súmula 46 do TST, é que as ausências decorrentes de acidente de trabalho do trabalho não são consideradas para efeitos de cálculos do 13º salário. Assim, quando acontecer de um empregado ficar afastado pelo INSS percebendo benefício de auxílio doença acidentário, o 13º salário do ano em questão deverá ser pago ao empregado acidentado da seguinte forma: A – a empresa efetuará pagamento proporcional ao período efetivamente trabalhado (anterior e posterior ao afastamento), sendo considerados para esta apuração também os primeiros 15 dias de atestado médico, cuja remuneração


Jurídico cabe ao empregador; B – o INSS efetuará pagamento proporcional ao período de afastamento, a contar do 16º dia até a data de retorno ao trabalho, com denominação “Abono Anual”, geralmente pago junto à última parcela do benefício; C – a empresa deverá verificar o valor pago pelo INSS e somá-lo ao valor pago por ela. Se o valor recebido pelo empregado (no total) for inferior ao que o acidentado perceberia se houvesse trabalhado durante todo o ano (a empresa deverá efetuar o cálculo comparativo), caberá à empresa efetuar o pagamento desta di ferença como “complementação de 13º salário”. III – FÉRIAS Determina o artigo 133, inciso V da CLT que o empregado que permanecer afastado por mais de 6 meses recebendo prestações de acidente do trabalho ou de auxílio doença dentro do mesmo período aquisitivo de férias, ainda que descontínuos, perderá o direito à percepção de férias. Todavia, a Convenção no. 132 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) trouxe a obrigatoriedade de pagamento de férias proporcionais ainda que o empregado tenha ficado afastado por período superior a 6 meses, devendo verificar o número de avos (mais ou igual há quinze dias em cada mês) trabalhados, pagando a proporcionalidade. O Decreto no 3.197 de 05 de outubro de 1.999 pacifica e obriga o empregador a aplicar no todo a Convenção acima mencionada. Portanto, acreditando que dificilmente algum trabalhador ainda esteja afastado desde antes da vigência da Convenção da 132 da OIT que foi revisada em 24 de junho de 1.970, hoje

o pagamento das férias proporcionais ao acidentado, ainda que há mais de 6 meses, é obrigatório. IV – FGTS A Lei 8.036/90, em seu artigo 15, § 5º, determina a obrigatoriedade de o empregador permanecer efetuando os depósitos de FGTS durante todo o período em que se encontrar afastado o trabalhador em decorrência da licença por acidente do trabalho. ESTABILIDADE PROVISÓRIA O empregado acidentado terá garantia a manutenção de seu contrato de trabalho pelo prazo de 12 meses, contados da data da cessação do auxílio doença acidentário conforme o artigo 118 da Lei 8.213/91, regulamentado pelo artigo 346 do Decreto 3.048/99. Todavia, em se tratando que o empregado foi contratado por prazo determinado, a rescisão contratual poderá ser efetuada no término do prazo pactuado, não havendo que se falar em estabilidade. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS Em caso de acidente do trabalho, o acidentado e os seus dependentes têm direito, independentemente de carência,

aos seguintes benefícios previdenciários: I – Segurado: auxílio doença, aposentadoria por invalidez, auxílio acidente; II – Dependentes: pensão por morte. Terá direito ao auxílio acidente o segurado que apresentar, após a consolidação das lesões decorrentes do trabalho de qualquer natureza, seqüela definitiva que implique: A – redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e se enquadre nas situações discriminadas no Anexo III do Decreto 3.048/99;

B – redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente; ou C – impossibilidade de desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após o processo de reabilitação profissional nos casos indicados pela perícia médica do INSS. junho de 2011 • FORÇA • 47


Jurídico

Dr. Luiz Alberto Lazinho

COOPERATIVAS CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE FATURAS DE SERVIÇOS INCONSTITUCIONALIDADE A exigência de contribuições destinadas à seguridade social incidentes sobre faturas de prestadores de serviços por intermédio de cooperativas de trabalho instituída pela Lei 9.876/99 no percentual de 15% tem sido debatida pela doutrina e jurisprudência quanto à inconstitucionalidade da base de incidência.

A

referida exação foi instituída pela Lei 9.876/99 ao acrescentar o inciso IV no artigo 22 da Lei 8.212/9 em quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho Na dicção do texto legal, a empresa contratante dos serviços não contrata a pessoa física como o segurado empregado ou autônomo, não mantém com este quaisquer vínculos, sendo que o objeto contratual reside exclusivamente na cooperativa de trabalho. Trata-se portanto de instituição de nova exação via lei ordinária, o que é vedado pelo parágrafo quarto do artigo 195 da Constituição Federal combinado com o inciso I do artigo 154, onde viés institucional somente seria regular se o fosse por Lei Complementar, face a novel base de incidência tributária ser estranha à folha de salários, à receita e ao faturamento.

48 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 49


Jurídico

Ainda que se reconheça incidir a referida exação sobre faturamento, o contribuinte é aquele que contrata e não o contratado, isto é aquele que fatura. Neste sentido é a ação direta de inconstitucionalidade ADI 2594, onde o Procurador-Geral da República, Antonio Fernando Souza, manifestou-se junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a favor do pedido de ação direta de inconstitucionalidade proposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em face do inciso IV, artigo 22 da Lei nº 8.212/91 que estabelece a base de cálculo para a contribuição social. A CNI sustenta que a norma impugnada, após redação dada pelo artigo 1º da Lei nº 9.876/99, viola o disposto nos arti50 • FORÇA • junho de 2011

gos 195, inciso I, alínea "a" e parágrafo 4º e 154, inciso I da Constituição Federal. Segundo a confederação, a inserção do inciso IV no artigo 22, na Lei nº 8.212/91, cria nova base de cálculo para a contribuição social e contrasta com o artigo 195, inciso I, da Constituição Federal. O Procurador Federal, Dr. Antonio Fernando destaca que a Constituição determina que a contribuição a ser paga pelo empregador, empresa ou entidade deve ser calculada com base em montante pago ou creditado à pessoa física, em razão de uma relação de trabalho. "Por certo a situação legal prevista no artigo 22, IV, da Lei nº 8.212/91 não se amolda ao comando do artigo 195, I, "a", da Constituição Federal, pois, em realidade,

envolve relação havida entre empresa e cooperativa, uma vez que os cooperados não são os reais contratados. Conclusão: Há incompatibilidade da base de cálculo fixada no artigo 22, inciso IV, da Lei nº 8.212/91 com a prevista no artigo 195, I, "a" da Constituição da República que determina o cálculo sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados e que a norma ao considerar todos os acréscimos existentes no valor bruto da nota fiscal ou fatura emitida, agrega à hipótese estabelecida na Constituição da República, criando nova base de cálculo, maculando portanto a referida exação de inconstitucionalidade.


Jurídico

Dr. Marco Pizzolato

DOCUMENTOS: REGISTROS MÉDICOS E DENTÁRIOS

E

ncerrando essa pequena série de análise sobre documentos, a necessidade de guardá-los e o uso dos mesmos como prova, tratamos neste segmento dos registros médicos e odontológicos. Aqui a ideia de documento e registro dá a exata dimensão de que sejam registros necessários, desvinculados da tradicional ideia de documento papel, posto que, na área médica/odontoló-

gica, um registro pode ser feito por lançamentos gráficos em um prontuário, através de exames radiográficos, ou mesmo moldes, como no caso daqueles que são tirados da arcada dentária. Muitas vezes ouvimos falar que uma determinada pessoa foi reconhecida, após seu decesso, por sua arcada dentária e, tal situação já demonstra a importância do arquivamento de tais registros. Tais documentos, ao registrar situações referentes às características físicas e ou ocorrência de enfermidades, tratamentos cirúrgicos, próteses, são a princípio revestidas de sigilo, porém, referem interesse público. Considerando a importância das informações que contém esses documentos, via de regra são padronizados, na modalidade formulário para, por seus campos específicos, possam encerrar

junho de 2011 • FORÇA • 51


Jurídico um conjunto de informações mínimas necessárias à compreensão do estado de saúde da pessoa, tratamento realizado e resultado obtido, ou mesmo, o estado da pessoa unicamente. Assim tais documentos integram o que chamamos de prontuário que, é composto por um conjunto de documentos, como dissemos padronizados onde são lançadas as informações do perfil do paciente (situações de enfermidades pretéritas, enfermidades crônicas, medicações usadas, tratamentos realizados, etc.), causa do atendimento, diagnóstico inicial, evolução do tratamento, confirmação do diagnóstico e resultado e, quan-

do de internação, esse prontuário a comunicação entre os membros de uma equipe multiprofissional, possibilitando a continuidade da assistência com toda segurança. As anotações no prontuário ou ficha clínica devem ser feitas de forma legível, permitindo, inclusive, identificar os profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente. O Código de Ética Médica, por seu artigo 69 determina: “É vedado ao médico deixar de elaborar prontuário médico para cada paciente”. Tal normatização é complementada pelo artigo 39, do mesmo estatuto, que dispõe:: “É vedado ao médico

receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar em branco folhas de receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos.” Como todo documento, os prontuários destinam a preservação das informações de atendimento médico/odontológico, tratando-se de um Instrumento valioso para a paciente, para o médico e demais profissionais de saúde. O correto e completo preenchimento do prontuário tornam-se grandes aliados do médico para sua eventual defesa judicial junto a autoridade competente.

DOCUMENTOS PADRONIZADOS DO PRONTUÁRIO MÉDICO Um prontuário médico deve conter, em todas suas folhas, o nome completo do paciente e é composto pelos seguintes documentos:

1. Formulários com dados de identificação. 2. Folha de anamnese e exame físico. 3. Evolução e prescrição médica. 3.1. nos doentes internados a evolução e prescrição devem ser diárias, com data e horário em que foram realizadas. 3.2. nas Unidades de Terapia Intensiva, a evolução e a prescrição podem ser realizadas em folhas separadas, devido ao grande número de informações e medicamentos usados. 4. Evolução e prescrição de enfermagem e de outros profissionais assistentes (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, etc). 4.1. nos doentes internados a evolução e prescrição devem ser diárias, com data e horário em que foram realizadas. 4.2. nas Unidades de Terapia Intensiva, a evolução e a prescrição podem ser realizadas em folhas separadas, devido ao grande número de informações e medicamentos usados. 5. exames complementares (laboratoriais, radiológicos, ultra-sonográficos e outros) e seus respectivos resultados. 5.1. devem ser colocados em ordem cronológica para facilitar a consulta pelos profissionais envolvidos. 5.2. exames radiológicos devem ficar em envelopes ou pastas próprias. 6. formulário de descrição cirúrgica.

52 • FORÇA • junho de 2011


Jurídico

7. partograma (em obstetrícia). 8. anestesia – ficha de avaliação pré-anestésica, ficha de anestesia, ficha da sala de recuperação pós-anestésica. 9. formulário de débitos do centro cirúrgico ou obstétrico (gastos de sala). 10. formulários de interconsultas. 10.1. quando há necessidade de consultar médico de outra especialidade. 11. resumo de alta. 12. outros. 12.1. atendimento ambulatorial ou de urgência – devem ser anexados e arquivados juntamente com o prontuário médico. 12.2. formulário da Comissão de Controle da Infecção Hospitalar (CCIH).

No que concerne a manutenção destes registros, segundo a Resolução CFM nº 1331/89, o mesmo deve ser mantido permanentemente pelos médicos e nosocômios, podendo ser utilizado, pelos interessados, como meio de prova até que decorra o prazo prescricional de 20 (vinte) anos, contados do último registro. No que concerne aos documentos originais que integram um prontuário, os mesmos devem ser mantidos por 10 anos e a partir daí podem ser arquivados por qualquer meio possível, como microfilme, arquivos magnéticos, com a possibilidade de recuperação de tais registros, podendo os originais serem destruídos. O médico, em seu consultório e, os diretores clínicos ou técnicos nos nosocômios, possuem a obrigação de depositários de tais documentos.

O acesso do titular do prontuário é ilimitado e garantido pelo artigo 70 do Código de Ética Médica, já que tais informações e seus registros pertencem ao paciente. Não obstante o médico obriga-se ao sigilo sobre as informações médicas, salvo se necessária a quebra do sigilo em favor do paciente, ou ainda, se determinado judicialmente. É situação rotineira os convênios médicos e as seguradoras solicitarem dos médicos informações sobre seus pacientes, no entanto, é vedado que tais informações sejam fornecidas, salvo se autorizado pelo paciente. junho de 2011 • FORÇA • 53


54 • FORÇA • junho de 2011


Espaços Luiz Henrique Cirilo

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA

Á

gua, bem natural e um dos elementos essenciais à vida de todas as espécies que convivem no planeta Terra. Planeta, aliás, que deveria se chamar Planeta Água, considerando que dois terços da superfície do mundo são cobertos com água. A primeira avaliação que deve ser feita é justamente sobre a enorme quantidade de água existente no planeta. Em um primeiro momento, isto significaria uma enorme disponibilidade de água para a manutenção da vida, mas ocorre que a maior parte (mais de 97%) dos recursos hídricos é salgada, não pode ser utilizada imediatamente pelo ser humano e demais espécies. Restam menos de 3% de água doce, e deste volume, mais de 80% estão nos pólos, na forma de gelo. Sobram então cerca de 0,01% de água, que estão em rios, lagos e outras formas em que pode ser utilizada para a continuidade da vida. Esta já é uma grande dificuldade: a quantidade de água doce disponível no planeta é sempre a mesma. Não vai acabar nunca, em função do ciclo da água, mas sua qualidade só faz piorar e seu volume que é cada vez mais disputado por várias fontes de consumo, a primeira delas, o próprio ser humano, cuja população continua crescendo de modo acelerado, principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Ou seja, a água doce existente hoje, quando a Terra tem mais de 6 bilhões de pessoas, é a mesma que havia há mil ou dois mil anos. Quanto maior a população, enfim, maior a disputa pela água. E quanto maior a população, maior também a necessidade de produção agrícola, para alimentar as pessoas. Como mais de 70% da água doce consumida são aplicados justamente na agricultura, para irrigação, a consequência é que uma população em constante crescimento levará a uma necessidade igualmente crescente de recursos hídricos. Sem falar nos usos industriais e energéticos da água, que também significam pressão constante sobre a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos disponíveis. Tudo isso somado, leva à conclusão de que a enorme quantidade de água, junho de 2011 • FORÇA • 55


Espaços aparentemente existente no Planeta, não é tão grande assim. É fundamental, nesse sentido, uma nova forma da sociedade humana considerar o elemento água. E essa nova visão da água é relevante sobretudo para uma região como a de Campinas, onde a pressão sobre os recursos hídricos é ainda maior. Os municípios que compreendem a Região Metropolitana de Campinas estão situados, como se sabe, na área das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A situação de estresse hídrico é histórica nessa região, onde já se consome muito mais do que os rios são capazes de prover. Além disso, trata-se de uma região muito urbanizada, com enorme produção de esgotos urbanos, o que tem sido fonte permanente de poluição dos rios. Neste quesito o município de Campinas tem sido um exemplo, com a rápida ampliação da capacidade de tratamento dos esgotos urbanos, como fruto do trabalho conjunto do governo federal, governo municipal e Sanasa e órgãos regionais, como o Comitê das Bacias do PCJ e o Consórcio Intermunicipal da Bacia do Piracicaba. Mas a Região Metropolitana de Campinas pode dar um exemplo muito maior, se de fato a sua população em geral, em parceria com os poderes públicos e organizações sociais, 56 • FORÇA • junho de 2011

investirem em escala sistemática em novos métodos para a economia e o uso racional da água e também em educa-

ção ambiental. O que precisamos é uma nova cultura de uso da água. Afinal, como alertam os órgãos inter-

nacionais, mais de 4 mil crianças de até cinco anos de idade morrem hoje, todo dia, por falta de acesso ao saneamento básico. Isto quer dizer falta de no mínimo água limpa para mais de dois bilhões de pessoas no planeta. Campinas e Região, ao darem o exemplo de cultura de uso racional da água, estarão assim assumindo um compromisso ético com a sociedade como um todo. Um compromisso com as atuais e futuras gerações, como pede o modelo de desenvolvimento sustentável tão esperado e falado pelos mais importantes órgãos internacionais de defesa do meio ambiente e da vida em geral. Para o ser humano, cujo corpo é constituído em mais de 70% por água, é necessário olhar de um modo mais crítico e consciente em relação ao estado atual e perspectivas dos recursos hídricos no planeta. E para os moradores da Região metropolitana de Campinas, a temática da água precisa, assumir uma importância cada vez maior, com objetivo claro de aprofundar os avanços já obtidos, a partir de práticas, individuais e coletivas, apontando para um jeito novo, respeitoso e consciente, de percepção da importância que a água tem e deve ter para todos nós, a água é sinônimo de vida.


Espaços

RESGATE DO SAMBA Conheça o Projeto Papo de Samba,desenvolvido em Indaiatuba, que preserva e resgata a importância da cultura musical

O

Projeto Papo de Samba nasceu da vontade de um grupo de pessoas determinadas em relembrar sambas antigos e unir a velha guarda e a jovem guarda do samba, além de relembrar as diferentes vertentes culturais da musicalidade do samba juntamente com a dança, como o samba-rock, pagode, umbigada, samba enredo, samba de mesa, entre outros estilos desse ritmo naturalmente afro-brasileiro, não esquecendo a história de seus compositores, bem como a história da música, ou seja, como ela foi composta, qual a inspiração do

compositor naquele momento, buscando desta forma resgatar o nosso samba em todas as vertentes. Voltado para a preservação do samba, os idealizadores do Projeto, buscam não somente a pesquisa e divulgação do samba, mas principalmente o resgate da importância cultural através de palestras, oficinas e apresentações de danças e música, visando também a apresentação e lançamento de novos compositores, grupos musicais e de dança, preocupados em levar a mensagem do samba fazendo música de qualidade. Oportunamente os novos compositores,

grupos de samba e grupos de dança têm um espaço para mostrar o seu trabalho e vê-lo aplaudido pelo público. Em regra, as novas composições preservam o samba de raiz. Idealizado por historiadores e sambistas, o Projeto Papo de Samba, não é somente uma roda de samba, ou um bate-papo entre amigos e admiradores do ritmo, também se preocupa com o lado social através de oficinas de aprendizagem de instrumentos musicais e danças como samba-rock, samba de gafieira, pagode, entre outras. Ao longo do tempo o Projeto mostra que

junho de 2011 • FORÇA • 57


Espaços

Jorge Alves e Renato Nogueira apresentam o Projeto no Plenário da Câmara Municipal de Indaiatuba.

não é apenas voltado para o samba, mas sim, para a cultura negra como um todo, mostrando também que o samba e a paz caminham unidos. O projeto atende através de Cursos Profissionalizantes, Oficinas de Dança, Oficinas de Percussão, encaminhamento para Atendimento (Psicológico, Odontológico e Consultoria Jurídica), Curso Preparatório para formação cultural ligada a historia do samba (Mestre-sala / Porta-bandeira), Capacitação para o Carnaval Paulista (através dos cursos oferecidos pelo SEBRAE), desenvolvimento de grupos de trabalho (artesanato) e principalmente proporcionar sustentabilidade econômica, social e cultural. 58 • FORÇA • junho de 2011

ALGUMAS DAS OFICINAS DESENVOLVIDAS PELO PROJETO: CULINÁRIA SAMBA NO PÉ TEATRO ARTESANATO JAZZ BALLET DANÇA DO VENTRE CANTO/CORAL MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA BATERIA MIRIM



Espaços

TIVOLI SHOPPING: O PRINCIPAL CENTRO DE COMPRAS E LAZER DA REGIÃO Empreendimento oferece mix de lojas diversificado, opções de gastronomia e lazer, além de eventos culturais e ambientais

O

Tivoli Shopping foi inaugurado em 1998 e, desde então, consolidou-se como um dos principais centros de compras e lazer da região. Devido a seu fácil acesso, atrai visitantes de toda a Região do Pólo Textil (RPT), que desfrutam de diversas opções de gastronomia, compras, cinema e de um projeto arquitetônico inovador. O shopping dispõe de uma grande variedade de produtos e serviços, distribuídos

60 • FORÇA • junho de 2011

por mais de 22,1 mil m². Reúne as grandes marcas nacionais e internacionais, formando um mix que atende aos mais diversos perfis de público. No total são 147 lojas de variados setores, como vestuário feminino e mascu-


Espaços

lino, calçados, joalherias, acessórios, moda infantil, entre outras; oito âncoras (Supermercado Paulistão, C&A, C&C Casa e Construção, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Marisa, Ponto Frio e Unimed), 23 lojas de alimentação, entre fast-food, restaurante, cafeteria, doceria e sorveteria e 14 quiosques fixos. Recentemente, o shopping renovou e expandiu a Praça de Alimentação, para atender com mais conforto aos visitantes. Todo o ambiente foi padronizado, mantendo as cores claras, com o visual revitalizado. Os banheiros femininos e masculinos também foram reformados e ampliados. Os banheiros de Portadores de Necessidades Especiais serão anexados aos sanitários do setor B. Já o público infantil ganhou vasos sanitários, mictórios e pias especiais e na altura certa para ele. Além disso, os novos mictórios instalados aliam higiene e sustentabilidade, pois não necessitam de água (mictório a seco) e não causam problemas de maus odores. Os serviços disponíveis no Shopping

ainda atendem às necessidades do dia-a-dia da população. O empreendimento

possui agência bancária, Correios, casa de câmbio e um centro médico. Além disso, os clientes do Tivoli contam com a segurança de ambulatório médico, comodidade de um fraldário e estacionamento com 1.600 vagas. Como uma ótima opção de entreteni-

mento, o Tivoli oferece quatro salas de cinemas, sendo uma delas com exibição de filmes em 3D. O cinema da Moviecom disponibiliza os últimos lançamentos do cinema nacional e hollywoodiano, em salas modernas em formato stadium, com imagem e som digital. Para as crianças e jovens há ainda a opção de jogos eletrônicos variados no Fair Play. Sustentabilidade A administração do shopping se preocupa tanto com a comunidade na qual o está inserido, quanto com o meio ambiente da região. Em 2008 o Tivoli Shopping recebeu a certificação ISO 14001 pela sua Gestão Ambiental. Os serviços do shopping foram pensados de forma a minimizar os impactos

no meio ambiente. Por exemplo, o lixo é separado para reciclagem, os banheiros possuem torneiras automáticas e secadores de mãos. Além disso, todo o projeto de arquitetura do Tivoli Shopping foi planejado para adequar o espaço aos níveis corretos de

junho de 2011 • FORÇA • 61


Espaços

luminosidade e, assim, maximizar a utilização da luz natural e fazer com que o ambiente necessite cada vez menos da utilização da luz artificial. Sendo assim, o empreendimento consome me-

nos energia elétrica e, consequentemente, colabora com o meio ambiente. Desde 2010, desenvolve o projeto de Educação Ambiental “Gestão ambiental – um dever de todos”, que busca conscientizar professores e alunos do Ensino Fundamental ciclo II (8º e 9º ano), sobre a importância do equilíbrio no uso dos recursos naturais, conservação e sustentabilidade ambiental. Horário de funcionamento: de segunda a sábado das 10h00 às 22h00 e aos domingos e feriados das 14h00 às 20h00. Endereço: Av. Santa Barbara, 777 – Vila Mollon – Santa Barbara D’Oeste – SP. Tel.: 19 3457-9966. www.tivolishopping.com.br 62 • FORÇA • junho de 2011


Espaços

COM A PALAVRA: VEREADOR LUIS YABIKU

U

m dos pilares da administração pública moderna diz respeito ao contínuo aprimoramento dos instrumentos que permitam uma relação de maior transparência entre os governos e a sociedade, em especial a partir do surgimento e disseminação das redes sociais. Com a consolidação da democracia em nosso País, ferramentas foram disponibilizadas à população para que acompanhe e fiscalize os atos e propostas dos ocupantes de cargos públicos nos poderes executivo, legislativo e judiciário. Entre as tarefas a serem executadas nessa busca de credibilidade com respeito às ações dos agentes governamentais está a consolidação do conceito de planeja-

mento urbano, que cada vez mais deve obedecer a critérios racionais e não aos interesses ocasionais deste ou aquele grupo político. Nesse sentido, a cidade de Campinas acaba de ganhar um novo instrumento de gestão pública que promete modificar para melhor as relações entre o governo e a sociedade. Foi aprovado recentemente pela Câmara Municipal um projeto de emenda à Lei Orgânica, de nossa autoria que institui a obrigatoriedade de elaboração e cumprimento de um programa de metas pelo Poder Executivo. A medida contou com o apoio maciço dos vereadores e de vários segmentos organizados da comunidade.

O projeto - que agora é lei - prevê que o prefeito, eleito para um primeiro mandato ou reeleito, apresente em um prazo máximo de 90 dias depois de sua posse um programa de metas para sua gestão. Esse documento deverá incluir as prioridades, ações estratégicas, indicativos e metas quantitativas para cada um dos setores da administração pública. Esse planejamento deverá ser feito levando em conta aspectos como a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a universalização de oferta dos serviços públicos municipais. Com isso, torna-se possível compatibilizar as propostas feitas pelo chefe do Executivo enquanto candidato com as medidas que efetivamente adotará quando chegar ao poder. Tenho recebido manifestações de apoio a essa iniciativa por parte de entidades representativas da sociedade civil, o que mostra a organização do povo de Campinas na busca de uma relação mais transparente com a administração. Dessa forma, o conceito do estabelecimento e cumprimento de metas se incorpora ao cotidiano dos administradores públicos com visão de futuro. Experiências como essa mostram que é possível, sim, aprimorar os instrumentos de gestão pública, e que isso deve ser feito sempre em parceria com a sociedade organizada. junho de 2011 • FORÇA • 63


64 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 65


Pedagogia

TCHAU, CEGONHA! O que fazer quando a desculpa de que os bebês vêm da cegonha não convence mais?

C

hega uma fase na vida da criança em que a desculpa de que a cegonha a trouxe para o papai e para a mamãe não convence mais. Se essa criança se aproxima dos sete anos, prepare-se, não vai demorar muito para ela querer entender direitinho de onde veio. Nessas horas os pais são colocados à frente de uma situação desconcertante e, ao mesmo tempo, uma das mais importantes para o desenvolvimento dos filhos. Tratar da sexualidade ainda é tabu para a maioria das famílias. Mas, especialistas garantem que é muito mais saudável responder as dúvidas do que inventar novas desculpas. E se o medo é a forma como tratar do assunto, existem várias formas de explicar sem cair na vulgaridade. A ginecologista e sexóloga Francine Prezotto, orienta: Quando a pergunta desconcertante vier durante o jantar, responda! “Não existe idade certa para falar sobre sexo com o filho, e sim quando existe o interesse dele. E não adiante temer, porque hora ou outra isso vai acontecer. Então, o jeito é abrir o jogo de forma cuida-

66 • FORÇA • junho de 2011

dosa. Primeiro devemos informá-los sobre os órgãos genitais, como funcionam, sobre a higiene, e sobre a diferença entre os gêneros masculino e feminino, dando exemplos do papai e mamãe, irmão e irmã, se for necessário”, orienta a ginecologista. O que conta para aguçar ainda mais a curiosidade das crianças não é a idade, e sim da forma como ela é exposta ao tema. Tudo depende dos estímulos visuais e auditivos aos quais ela está acostumada. Geralmente, a curiosidade para saber de onde vêm os bebês começa com a gravidez da mãe ou de outra pessoa próxima. “Vale lembrar que as crianças abaixo de seis anos não têm memória


Pedagogia auditiva tão aguçada, então não dão tanta importância para a resposta. O que interessa para elas é matar a curiosidade ou chamar a atenção”, explica a sexóloga e ginecologista. Desconversar sobre o assunto, como muitas famílias fazem, não é a melhor opção. Esse tipo de atitude apenas mistifica o sexo e o coloca distante da vida da criança. “Como há muito estímulo visual, algumas vezes é difícil esconder ou dissimular a palavra sexo. Isso é importante para não deixar o assunto como algo proibido ou mágico”, alerta a sexóloga. E nada de ficar constrangida. Na hora de conversar, a naturalidade é importante para o entendimento da criança e facilita a percepção de que o sexo é uma prática constante da vida adulta. E mesmo se não houver perguntas, a partir dos 10 anos, é legal introduzir o tema no papo em casa. É necessário que os pais insiram o assunto nas conversas com as crianças. “Comentar sobre o que é o namoro e como acontece; que as pessoas beijam na boca, se abraçam, fazem carinho pelo corpo da outra”, explica Francine Prezotto. E nada de usar metáforas para explicar. “Não adianta usar palavras do diminutivo para se referir aos órgãos sexuais. Nada de pirulitinho e pererequinha. Falar o nome correto de ambos e até utilizar-se de espelho para identificar as estruturas é muitíssimo importante. Sexo não pode ser relegado eternamente ao ‘felizes para sempre’ do conto de fadas”, finaliza a ginecologista e sexóloga.

ANOTE! Dicas de como falar sobre sexo com seu filho: • Trate o assunto com naturalidade e deixe claro que é uma prática comum da vida adulta. • Vale perguntar o que a criança já sabe sobre o assunto, para especificar a dúvida. • Não esconda que os pais praticam o sexo. Isso estimula os filhos a perceber a união do casal e a compreender que você precisa daquela horinha pra ficar a sós. • Explique que o ato sexual é prazeroso, mas pode trazer transtornos sem algumas precauções: gravidez indesejada, doença sexualmente transmissível, etc. • Tome cuidado com o contexto e as palavras usadas durante o diálogo para não associar o sexo a algo sujo ou feito apenas pelos maus. • É necessário começar a conversa enquanto as modificações puberais estão acontecendo. Deixar para falar depois da primeira menstruação, para as meninas, é tapar o sol com a peneira e pode ser tarde demais!

junho de 2011 • FORÇA • 67


Social > Personalidades

RAPHAEL CLAUS Conheça o destaque da arbitragem paulista

foto: João Garrido.

A

68 • FORÇA • junho de 2011

intimidade com o futebol começou cedo, já na infância. Na adolescência integrou as categorias de base do União Barbarense, clube de Santa Bárbara d’Oeste. Assim como milhares de jovens, o sonho de ser jogador não se tornou realidade. Mas, o que Raphael Claus não sabia é que, ainda sim, não deixaria os gramados. Formado em Educação Física, em 2002 entrou para o quadro de arbitragem da FPF (Federação Paulista de Futebol) e desponta como promessa na arbitragem brasileira, após sagrar-se melhor árbitro do Campeonato Paulista 2011. O prêmio de destaque do Paulistão dispensa qualquer apresentação. Mas, nem sempre foi assim. Até o ano passado, dava pra contar nos dedos as partidas que havia apitado pela Série A1. O barbarense, de 31 anos, também era figura pouco conhecida entre torcedores e atletas da elite do futebol paulista. Em poucos meses, Claus se projetou como nunca antes. “Ainda não caiu a ficha de tudo o que está acontecendo. Mas, estou muito feliz com essa fase da minha vida. Ainda mais por ser novo de idade e no quadro da Federação Paulista. Eu estava chegando agora, apitei grandes jogos e ainda ser premiado é uma grande honra”, destaca. Até agora, 2011 é motivo de comemoração. Se não ano passado, o árbitro quase não apitou na Série A1, neste ano até clássico e semifinal esteve na lista. “Apitar essa partida (clássico Corinthians x Santos) foi um sonho realizado. Desde quando você faz a inscrição na Escola de Árbitros pensa em apitar grandes jogos. Depois que sortearam meu nome, passou um filme de toda a minha trajetória iniciada no


Social > Personalidades Sub 15. Quando fui sorteado para apitar a semifinal (entre São Paulo x Santos) também vi um filme. Essas partidas ficarão como marco na minha carreira”, conta Raphael Claus. Sem deixar se levar pela boa fase, Claus não espera grandes mudanças no relacionamento com os jogadores em campo. Mas, garante que a conquista trás respeito. “Eu nunca tive grandes dificuldades no relacionamento com os jogadores. Apesar de ser novato, de existir uma desconfiança, sempre houve respeito. Muitas vezes o relacionamento do jogador é diferente com um árbitro novo e com o mais experiente Mas, agora a história muda um pouco. Como esse reconhecimento, é claro que o respeito vai ser maior em campo.”, garante. A partir de agora, Raphael Claus será figura constantes nos jogos do Campeonato Brasileiro da série A e B. Mérito que divide com quem sempre esteve ao seu lado. “Eu não posso deixar de agradecer a minha família, aos meus amigos que sempre me apoiaram, estiveram ao meu lado. Ao Vinícius Furlan (árbitro barbarense) que me incentivou”, enumera. A nova aposta da arbitragem brasileira também mantém os pés no chão quando o assunto são suas metas. “É claro que quero chegar ao quadro da FIFA, apitar grandes jogos. Mas, não fico criando expec-

tativa. Dou um passo de cada vez. Vivo cada jogo como se fosse o último. Não tem como saber se está no sorteio, então espero sempre a próxima escala e vivo um dia por vez”, finaliza.

junho de 2011 • FORÇA • 69


EDUCAÇÃO CORPORATIVA Excelência na gestão de pessoas, nas competências individuais e organizacionais, você encontra aqui” a partir da próxima edição

REGINA É ESPECIALIZADA EM: PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA PELA SBPNL (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA) - PRACTITIONER

RENASCIMENTO OU RIBIRTHING PELO IRSP (INSTITUTO DE RENASCIMENTO DE SÃO PAULO)

HIPNOSE ERICKSONIANA PELO ACT – INSTITUTE – EUA ATUA NO SEGMENTO DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA DESDE 1997. COORDENADORA DE TREINAMENTOS DE COMUNICAÇÃO E COACH. PREFACIOU O LIVRO “O CAMINHO DO GUERREIRO INTERIOR” AUTOR(IVAM MAIA) – EDITORA ADONIS.

PELA SUNRISE CONSULTORIA ATUA COMO CONSULTORA DE TREINAMENTOS PELA PHRISMA CONSULTORIA ATUA COMO CONSULTORA DE TREINAMENTOS

reginapocay@novaodessa.com.br 70 • FORÇA • junho de 2011


REGINA POCAY PEDAGOGA, PÓS-GRADUADA EM PSICOPEDAGOGIA PELA UNISAL (UNIVERSIDADES SALESIANAS DE AMERICANA).

junho de 2011 • FORÇA • 71


Tecnologia

O BARATO QUE SAI CARO Softwares ilegais aumentam risco de ataques de vírus e falhas operacionais

S

e tratando da tecnologia de softwares, a ideia de que o barato pode custar bem

mais caro do que se imagina faz sentido. É grande o número de consumidores atraídos pelo custo baixo ou zero de programas vendidos em ambulantes ou baixados da internet. Principalmente empresários deslumbrados com possibilidade de utilizar o mesmo software em vários computadores da empresa. Mas, a economia é momentânea e pode trazer muitos prejuízos. E se você ainda não parou para pensar neste risco, estatísticas e estudos

globais confirmam que

ouvidas pela pesquisa, 14% foram vítimas de falhas

o barato sai caro, sim! A Prince $ Cooke, empresa Argen-

graves, suficientes para suspender as atividades.

tina especialista na análise do mercado tecnológico e de

Os problemas podem ser ainda mais sérios, como o

telecomunicações, constatou que mais de 60% das micro,

roubo de senhas de cartões ou dados cadastrais de

pequenas e médias empresas de 12 países latino-america-

clientes.

nos sofreram com ataques de vírus, falhas operacionais

Para se ter uma ideia de como a economia, ao optar

ou problemas nos últimos 12 meses. Das 3.650 empresas

por um programa ilegal, é momentânea, o estudo da

72 • FORÇA • junho de 2011


Tecnologia Prince & Cooke estima em mais de

Por aqui, segundo dados da pesquisa,

menor a empresa, maior a proporção

200 dólares por mês os gastos das

53% das micro e pequenas empresas

da taxa de pirataria.

micro e pequenas empresas com ma-

tiveram gastos inesperados para

“A verdade é que os empreendedo-

nutenção de seus sistemas, quantia

reparação de softwares e 54,8%

res estão preocupados em fazer o

que pode exceder o custo de uso de

disseram que as falhas registradas

negócio crescer e não se voltam para

um software legal e com garantia do

em seus sistemas geraram perda de

os problemas e os sérios riscos que se

fabricante. O preço aparentemente

produtividade. Em parâmetros reais,

tem em programas ilegais”, explica

baixo de um software pirata mascara

o custo de um mês de manutenção de

o profissional da área da TI (Tecno-

os preços altos dos serviços para lim-

computadores ou softwares equivale

logia da Informação), João Carlos

par e reformatar sistemas infectados.

a quatro licenças de sistemas opera-

Navarro. “Além disso, só percebem

A pirataria de software acontece em

cionais, por exemplo. Realidade que

que não fizeram um bom negócio ao

escala global, inclusive, no Brasil.

possibilita a conclusão de que quanto

optar por uma cópia falsificada quan-

ESTACIONAMENTO GRÁTIS NO ATO DA COMPRA

RUA GENERAL OSÓRIO, 1236 - CENTRO- CAMPINAS - TEL. 3367 8397 ( ESQUINA AV. ANCHIETA) AV. BRASIL, 131 - GUANABARA - CAMPINAS - TEL. 3232 7776 ( PROX. OROZIMBO MAIA) www.oticasdiniz.com.br


74 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 75


SCARAZZATTI Informática

do precisa dispor de grande quantidade de dinheiro para salvar seus dados e seu sistema de informação. Às vezes não é possível recuperar informações valiosas”, completa. Mesmo com os números da pirataria crescendo de forma desenfreada, um estudo global encomendado pela Microsoft ao Instituto TNS mostra que o consumidor começa a se conscientizar. Uma de cada duas pessoas já associa a perda de dados e ataque de vírus ao uso de softwares ilegais e se preocupa com isso. A pesquisa, que ouviu 38 mil pessoas em 20 países, mostrou que 70% acreditam que os softwares originais são mais seguros, mais estáveis e

Manutenção Notebooks Monitores LCD Micro Computadores

fáceis de fazer atualizações. O mesmo estudo feito no Brasil apontou que 44% dos consumidores disseram que se preocupam com a perda ou com o roubo de dados. Número considerado pequeno em relação a demanda de pirataria. “Aqui no Brasil ainda é preciso muita conscientização. E não só em relação a softwares, mas também quando o assunto são jogos, músicas e outros aplicativos. Aqui a tendência é que os pequenos empresários e consumidores acreditem que as pernas causadas nos computadores são ocasionais. E não é. É um risco muito grande. Não há lucro nesse tipo de compra”, finaliza o especialista em TI, João Carlos Navarro.

Rua Dos Antúrios 170, Jd. Dulce Santa Bárbara d’Oeste - SP Fone 19 3455-3339 / 9143-0420

scarazzatti@hotmail.com 76 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 77


Moda

OS ACESSÓRIOS DO INVERNO 2011 Ponto alto de qualquer produção, os acessórios também sofrem influência das tendências; conheça as novidades para o inverno

78 • FORÇA • junho de 2011

N

esta edição falaremos de itens que são indispensáveis na moda e fazem toda a diferença. O inverno está chegando, e os acessórios são cada vez mais importantes para complementar o look. Acredite, eles são capazes de transformar qualquer peça, por mais básica que seja. Não raro, eles aparecem para dar mais graça e charme a visuais neutros, sem rebuscamentos. Mas, atenção eles podem levantar ou arruinar de vez uma produção, por isso a escolha dos acessórios ideais exige cuidado e atenção.


Moda

Assim como as roupas, eles também sofrem a influência das tendências de moda, e vêm ganhando cada vez mais destaque nas passarelas. Se depender das grandes e renomadas grifes internacionais, o inverno 2011 promete continuar pesado no quesito acessórios. Para começo de conversa, falaremos do maxi acessório. São peças enormes, e esse tamanho todo não

fica apenas com os colares: são braceletes, brincos e anéis que seguem a mesma linha. Além do tamanho, chama a atenção também a ousadia na escolha e na mistura dos materiais utilizados para a confecção das peças que apareceram nas passarelas. Metais se combinam com pedras sofisticadas, mas também com outros materiais mais rústicos - como madeira e pedras mais brutas – e até mesmo, exóticos - como as plumas. Os braceletes também são mais pesados, cheios de aplicações e mix de materiais. As pulseiras mais leves e delicadas são usadas em grandes quantidades, juntamente com modelos maiores, porém mais simples, fazendo um contraste de proporções, texturas e materiais. A responsabilidade é tão grande que o cuidado na escolha deve ser maior ainda, ou seja, informação visual demais desanda qualquer visual, ainda mais quando são maxi informações. Segue algumas dicas básicas para usar um Maxi Acessório: •

Os acessórios não devem nunca brigar entre si (maxi brincos + maxi colares + maxi pulseiras + maxi anéis sempre irão gerar conflito e muita informação visual. Evite a mistura), muito menos com a roupa escolhida; Eles devem ser o destaque

junho de 2011 • FORÇA • 79


Moda

do look ou então estar em perfeita harmonia com o mesmo. Baixinhas devem apostar nos acessórios medianos. Outros acessórios que devemos investir são os cintos finos, na qual foi tendência da temporada de verão internacional e agora chega para o nosso inverno. Um cinto delicado, ás vezes quase imperceptível, mas que com uma boa combinação traz um look mais sofisticado e fashion. As luvas voltam com status e também sofisticação. Devemos tomar mais cuidado, pois a luva é um acessório diferenciado, não tão usado com freqüência, mas que nesse inverno promete ser a tentação! A pele e o couro vêm ganhando cada vez mais destaque e caminham rumo ao front juntamente de outras tendências invernais, como o brilho metálico do paetê e do lurex. Sendo fake ou le80 • FORÇA • junho de 2011

gítimo, eles acrescentam irreverência aos looks dando mais visibilidade e sofisticação, tornando-se verdadeiros “tem que ter” no seu guarda roupa. Não se limite com o clima: usar pele e couro apenas em acessórios é o grande truque para as que vivem em cidades litorâneas. Procure os acessórios e peças nos tons mais neutros possíveis. O ideal é usar em looks pretos e discretos, a pele fala por si só e dispensa qualquer complemento colorido. Outro item totalmente indispensável são as franjas, elas vêm com tudo. A franja vai marcar presença neste inverno, mas sem sua vocação hippie e com um apelo bem mais chique. Elas apareceram longuíssimas, em bolsas, sapatos, colares e etc. Para dar um ar mais punk, as tachas, ilhóses e spikes deixaram os acessórios com um tempero a mais, para


Moda

quem se adéqua ao estilo, é claro. Os detalhes foram usados em cintos, sapatos e bolsas. Deu para perceber que são inúmeras as opções de acessórios e estilos que teremos nesse inverno, basta saber utilizar as propostas. Use e abuse!

I LOVE SHOES!!! Entre muitas promessas para o inverno 2011, retorna da Inglaterra um sapato que surgiu nos anos de 1640, e popularizou-se na universidade de Oxford. Isso mesmo, o Oxford é uma forte promessa para o inverno. Charmosos e cheios de estilos, estes sapatos, possuem características, que possibilitam identificá-los. Por ser inspirado em sapato masculino, usar o oxford com peças mais delicadas e românticas dá uma suavizada no visual, deixando com um toque mais feminino. Pode ser usado com saias e vestidos curtos, principalmente em estampas discretas e florais.

junho de 2011 • FORÇA • 81


82 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 83


84 • FORÇA • junho de 2011


Moda

O sapato oxford com salto dá um ar mais sexy quando usado com saia ou vestido super curto e acessório vintage. Também combina com calças, tanto as skinny quanto as de modelagem reta, pantalonas, leggings. Os shorts jeans e os de alfaiataria também caem bem com esse tipo de sapato. Abuse bastante da parte de baixo e em cima, utilize blusas sem muito destaque para não deixar o look muito carregado, o grande destaque deve ficar por conta dos sapatos. Aposte nessa tendência, você não irá se arrepender!

DÚVIDAS E SUGESTÕES: Qual assunto gostaria de ler? Encaminhe um e-mail para: moda.consultoria@yahoo.com.br

Bárbara Mello Consultora e produtora de moda

F 85 WWW.HANIER.COM.BR junho de 2011 • ORÇA •


Rudolf GmbH & Co. KG 82532 Geretsried Alemanha Tel: + 49 8171/53-0 Fax: + 49 8171/53-191 P.O.Box 749 Email: rudolf@rudolf.de www.rudolf.de 86 • FORÇA • junho de 2011

Rudolf - Sizing Amidos do Brasil Rodovia Raposo Tavares, S/N, Km 408 Água do Pau D'Alho CEP 19940-000 Ibirarema - SP Tel/Faz (14) 3307-1534 E-mail: rudolfsizing@rudolfsoft.com.br

MANAGEMENT SERVICE


Gastronomia

SABORES DO INVERNO As baixas temperaturas no inverno aguçam ainda mais o paladar. Durante a estação mais fria do ano, o organismo gasta mais energia para manter o corpo aquecido, por isso é comum sentir mais fome. E, é quando a temperatura caí que o corpo busca alimetos quentes e que supram as necessidades diárias. A melhor dica gastronômica para espantar o frio é saborear deliciosos caldos. Confira receitas que vão aquecer o inverno.

junho de 2011 • FORÇA • 87


88 • FORÇA • junho de 2011


Gastronomia

SOPA CREME DE PALMITO Ingredientes - 1 lata de palmito - 2 tabletes de caldo de galinha - 1 litro de água quente - 3 colheres de sopa de farinha de trigo - 1 colher de sopa de margarina - 1 lata de creme de leite - Salsa picada a gosto

SOPA DE GALINHA (CALDO)

Modo de Preparo Dissolva a farinha de trigo com um pouco de água fria e acrescente com o caldo de galinha na água quente. Junte a margarina e a metade do palmito picado e a outra metade do palmito batido no liquidificador. Desligue o fogo e coloque o creme de leite e a salsa picada. Sirva em seguida

Ingredientes - 1 kg de carcaça de frango - 2,5 litros de água - 2 talos de aipo (opcional) - 2 cebolas picadas - 1 cenoura picada - Sal e alho a gosto Modo de Preparo Coloque todos os ingredientes numa panela de pressão e deixe cozinhar por 2 horas. Retire do fogo desosse o frango e deixe esfriar, retirando toda a gordura que vier à superfície. Se preferir passe a sopa em uma peneira fina e deixe no refrigerador para uso de molhos, sopas ou outros pratos (como caldo de galinha). junho de 2011 • FORÇA • 89


Gastronomia

SOPA DE CEBOLA COM QUEIJO Ingredientes - 6 cebolas (médias) - 2 colheres de spa de salsa picada - 2 colheres de sopa de manteiga - 3 cenouras - 1 litro de caldo de legumes - 1 xícara de chá de creme de leite batido - 100gr. de queijo cremoso - 1 pitada de pimenta-do-reino

Modo de Preparo Fritar a cebola na manteiga, mexendo e adicionando o caldo. Reserve. Cozinhar as cenouras até amolecer, bata-as no liquidificador. Acrescente ao caldo e cozinhe por 5 minutos, juntar o queijo e a pimenta misturando bem. Coloque o caldo em pratos fundo adicionando 1 colher de creme de leite e a salsa picada. Acompanha biscoito salgados, torradas, vários tipos de pão e manteiga.

90 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 91


Histórias de minha vida

DELEGADO FAZ HISTÓRIA NA POLÍCIA DE INDAIATUBA À frente da Polícia Civil de Indaiatuba por 32 anos, Carlos Donizetti de Faria Souza deixou sua marca na história da cidade. Além de muitos amigos, o delegado tem a admiração e simpatia de grande parte da população

H

á 35 anos trabalhando para a Polícia Civil do Estado de São Paulo, Carlos Donizetti de Faria Souza pode ser considerado um expert em segurança pública. Homem forte e determinado é tido por muitos, referência, quando o assunto é a polícia de Indaiatuba -, já que passou a maior parte de sua profissão como delegado titular do município. À frente da Delegacia de Polícia Central, Plantão Policial, Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) e Cadeia Pública Feminina de Indaiatuba, Carlos Donizetti elucidou muitos crimes e projetou o crescimento da polícia indaiatubana. Hoje aos 55 anos, prestes a se aposentar é delegado titular do 5º Distrito Policial de Campinas. Dos anos de profissão, Doutor Donizetti ou Doutor Carlinhos, como é conhecido na cidade, dedicou 14 como investigador e 21 como delegado, passando pelo antigo Degran (Delegacia da Grande São Paulo), hoje Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Derin (Departamento Estadual das Delegacias Regionais de Polícia do Interior), Deinter-2 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) e (Deic

92 • FORÇA • junho de 2011

(Departamento de Investigações sobre Crime Organizado). Como delegado idealizou mudanças e melhorias para a cidade de Indaiatuba. Projetou e participou da inauguração no novo e moderno Plantão Policial, trabalhou para a desativação da cadeia em 2009, fato que deu mais segurança à população, além de ter sido o responsável pelo pedido oficial da superdelacia, que está em fase de construção. PROFISSÃO Carlos Donizetti é um apaixonado pela Polícia Civil, motivo que o leva a trabalhar de forma séria e a se dedicar integralmente aos interesses da população, obtendo grande aceitação por parte de toda a comunidade onde passa. “Participei de quase todos os principais casos de Indaiatuba e esclarecimento da maioria deles, assim como participei e negociei em muitas rebeliões, me dediquei anos à polícia dessa cidade, que tenho como minha casa”, diz o delegado. Dos casos que marcaram história, Carlos Donizetti afirma ter vivenciado inúmeros, que chega a ser difícil se lembrar de todos. “Foram tantos casos marcantes e

Carlos Donizetti dedicou sua carreira aos interesses da população indaiatubana

de repercussão que tive a honra de elucidar junto as minhas equipes, que sempre estiveram ao meu lado, mas um que realmente não tenho como esquecer é ter participado da localização de Ronaldo de Oliveira, da família Oliveira, que chefiava os grandes crimes de sequestro do país; conseguimos localizar o cativeiro deles em Indaiatuba. Um outro caso que vale a pena lembrar é a prisão dos ladrões do carro forte da agência Itaú, ocorrência que também desencadeou a apreensão de 340 quilos de cocaína, caso que foi de repercussão mundial”, lembra. Um trabalho inesquecível e válido foi a resoacialização das presas de Indaiatuba. “Nas tantas melhorias que busquei para a Delegacia Central, principalmente para a cadeia feminina, posso citar a reforma do presídio com a colocação de azulejos e piso frio em todos os compartimentos, a instalação de uma área de trabalho, berçário para as crianças e laboratório, o que proporcionou a resocialização dessas mulheres, com algumas delas trabalhando após cumprir a pena, inclusive em órgão públicos. E isso é muito gratificante”.


Histórias de minha vida PESSOAL Mas não é só de polícia que ele vive. Casado há 18 anos e pai de dois filhos, Carlos Donizetti divide seu tempo livre com a família e o lazer, que para ele está relacionado à convivência com a sociedade de Indaiatuba, onde criou raízes e amigos. Quando não está em seu sítio aos finais de semana pode procurá-lo que ele será encontrado no meio dos cavaleiros ou em recintos populares da cidade, mais precisamente na Zona Sul. “Uma das minhas alegrias é andar de mula com meus amigos, seguir nas romarias, e para se ter uma ideia um dos meus maiores prazeres é festejar meu aniversário com a população e amigos, assim como foi no ano passado, comemoramos em

uma lanchonete do Jardim Morada do Sol, com porco no rolete e tudo mais. Neste ano pretendo fazer outra festa no dia 7 de outubro”, destaca. INDAIATUBA O delegado que esteve à frente da Polícia Civil de Indaiatuba por tantos anos vê uma cidade que se desenvolve rapidamente. “Esse progresso é salutar porque as pessoas têm a chance de crescer junto e ter acesso a maiores recursos”. Como uma iniciativa de visão, Carlos Donizetti ressaltou a instalação das câmeras de segurança nas saídas e entradas da cidade. “Na minha avaliação de cidadão, essas câmeras filmadoras foi uma ação digna de segurança dos últimos tempos que podemos considerar como uma verda-

deira arma contra o crime”. POLÍTICA Apesar de ter uma carreira pública, o delegado diz não ser político, mas também não esconde a sua facilidade para lidar com o assunto, deixando transparecer o seu interesse com os problemas da população. “Não sou político, mas penso que quando me desocupar da carreira policial não hesitarei em contribuir ainda mais com essa comunidade, principalmente com os mais humildes para quem minhas ações sempre foram dirigidas. Espero poder ser ainda mais útil lutando pelos interesses dessa parte da sociedade, buscando sugestões e soluções para amenizar os problemas enfrentados pelos menos favorecidos”, conclui.

Dr. Donizetti acumula em seu currículo o esclarecimento de diversos casos e negociações em rebeliões Foto tirada por César Rodrigues/Agência Anhanguera de Notícias junho de 2011 • FORÇA • 93


94 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 95


Saúde

REMÉDIO TEM HORA CERTA Acertar o horário da medicação com o relógio do organismo aumenta a eficácia do remédio e diminui efeitos colaterais

S

abe aquele relógio que desperta de oito em oito horas, ou de seis em seis horas, em horários estratégicos para avisar que é hora da medicação? Ele nem sempre é a garantia de que a pontualidade é benéfica para a cura de alguma patologia, desde a mais simples às mais complexas. Às vezes tomar remédio às 19h ou às 22h pode fazer uma grande diferença. Isso não significa que os remédios não precisam ser tomados em horários certos. Significa que não basta acertar o relógio de casa, é preciso acertar outro ponteiro: o do organismo. Mesmo que o médico acerte na prescrição do medicamento, todo o tratamento pode ir por água abaixo se não tiver um cronograma bem definido. É preciso planejar os horários levando em conta fatores individuais, como sono, alimentação e trabalho. Um planejamento assim, pode ser a garantia de maior eficácia do remédio e ainda pode diminuir, e muito, os efeitos colaterais. Mas,

como acertar os ponteiros do relógio do organismo? Isso é tarefa para profissionais da cronofarmacologia, ciência que cuida da agenda biológica. Sabendo da importância de um cronograma de horários bem definidos, para melhorar o aproveitamento do tratamento, profissionais do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo estão empenhados em estudar e difundir a disciplina que avalia o melhor momento para consumir cada princípio ativo. De acordo com o fisiologista Luiz Menna-Barreto, da Universidade de São Paulo, em entrevista à revista Saúde, as funções orgânicas oscilam conforme o momento do dia. “Conhecer suas fases e adequar os medicamentos a elas é importante para melhorar o aproveitamento e reduzir reações adversas”, destacando que o planejamento precisa levar em conta tanto aspectos da rotina do indivíduo como certas peculiaridades do funcionamento do organismo, incluindo fatores como sono, alimentação, trabalho, ritmo do sistema digestivo e produção de hormônios. Os recentes estudos têm difundido a importância da cronofarmacologia. A expectativa é que se adotem progressivamente esses novos preceitos na prática clínica e que a bula dos remédios estampe orientações cronofarmacológicas. Segundo Menna-Barreto, “aos médicos cabe lançar mão de instrumen-


Saúde

junho de 2011 • FORÇA • 97


98 • FORÇA • junho de 2011


Saúde tos como questionários de hábitos e monitores de atividade e temperatura corporais para individualizar o plano terapêutico”. Já aos pacientes, quando recorrerem a medicamentos de venda livre, como um antitérmico ou um analgésico, cabe a função de consultar o farmacêutico para saber em que horário ingeri-lo. Conheça alguns exemplos em que o relógio do organismo é benéfico para o tratamento das patologias:Em prol do coração: Segundo especialistas, é por volta das 8 horas da manhã que os níveis de cortisol atingem seu pico, favorecendo problemas cardiovasculares, como o derrame e o infarto. Portanto, é fundamental que os anti-hipertensivos e outros remédios cardiológicos estejam presentes no organismo em concentração suficiente logo nesse início da manhã. A favor da tireóide: Essa glândula produz hormônios- a tiroxina e a tri-iodotironina — que regulam o funcionamento do corpo todo, dos pés à cabeça, literalmente. Mecanismos vitais, como o raciocínio e a respiração, também são de sua alçada. Quando a tireoide falha na fabricação hormonal, quadro conhecido como hipotireoidismo, o jeito é repor essas substâncias. Engolir o comprimido cerca de 20 minutos antes do café da manhã é a condição ideal. Diabete sob controle: A disfunção eclode quando o pâncreas não produz insulina em quantidade suficiente

para transformar açúcar em energia. No caso do tipo 2 da doença, o corpo dá sinais de sobrecarga quando o hormônio, embora secretado, não consegue atuar nas células e cumprir sua obrigação. A ineficiência é classificada como resistência à insulina. A solução seria administrá-lo após as refeições, porque a comida protege o sistema gastrintestinal, atenuando o mal-estar. De quebra, a droga auxilia na conversão da glicose recém-consumida. Quando o pâncreas decreta falência, porém, é necessário apelar para o hormônio sintético. Cabe ao especialista ajustar cuidadosamente os horários com base no monitoramento das taxas de açúcar do paciente. Na defesa das bactérias: Ao receitar um antibiótico, o médico deve conhecer as informações sobre intervalos entre as doses. Ele também tem a função de esclarecer que alguns medicamentos são aproveitados somente em jejum, enquanto outros devem ser engolidos após as refeições. Medicamentos de venda livre: Até mesmo na hora de tomar um analgésico, consulte um profissional. Quem padece com a sensação dolorosa deve se medicar no início da noite, que é quando o corpo fica relaxado das atividades diurnas e a atenção focada na dor. Já os antitérmicos devem ser programados para serem tomados por volta das 23h, quando os picos de febre começam.

junho de 2011 • FORÇA • 99


100 • FORÇA • junho de 2011


Orações Caro Leitor, esta parte de nossa revista é destinada para que possamos sempre lembrarmos do exercício de nossa fé, ou seja, a todo momento, em qualquer lugar que estejamos devemos nos lembrar de agradecer a Deus por tudo que temos, vivemos e somos, e uma das maneiras de se fazer isso é estarmos em sintonia com a palavra de

Deus, encontrada em muitas orações. Caso você possua uma oração ou mensagem de paz e queira vê-la publicada em nossas edições, nos envie através de cartas para rua XV de Novembro 935, piso 1, Centro, CEP 13450044, Santa Bárbara D’Oeste, ou ainda, via nosso e-mail: revista@revistaforca.com.br

DIA 16 DE JULHO COMEMORA-SE O DIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO Neste dia se comemora a Festa de Nossa Senhora do Carmo, ou do Monte Carmelo. A Ordem carmelitana considera seus fundadores o Profeta Santo Elias -- que viveu no Monte Carmelo, na Terra Santa, e que séculos antes da vinda ao mundo de Nosso Senhor já vira sua Santa Mãe simbolizada numa nuvenzinha -- e seu discípulo Santo Eliseu. O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, dado pela Santíssima Virgem a São Simão Stock no século XIII da Era Cristã, é ao mesmo tempo o privilégio maior e o sinal distintivo da espiritualidade carmelitana.

Oração Ó Senhora do Carmo, revestido de vosso escapulário, eu vos peço que ele seja para mim sinal de vossa maternal proteção, em todas as necessidades, nos perigos e nas aflições da vida. Acompanhai-me com vossa intercessão, para que eu possa crescer na Fé, Esperança e Caridade, seguindo a Jesus e praticando Sua Palavra. Ajudai-me, ó mãe querida, para que, levando com devoção vosso santo Escapulário, mereça a felicidade de morrer piedosamente com ele, na graça de Deus, e assim, alcançar a vida eterna.

especial carnaval • fevereiro de 2011 • FORÇA • 101


Orações IMAGENS DE NOSSA SENHORA DO CARMO

102 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 103


Orações

QUEM É FELIZ? Soneto por: Adelino Domingues

Só é feliz quem sabe perdoar, quem faz sorrir alguém que chora e procura sempre se doar pra que a vida seja constante aurora.

Só é feliz quem faz da caridade a moeda corrente da vida e no dia a dia participa com vontade a fim de que a luz seja exercida. Só é feliz quem tem ideal cristão E usa cuidadosamente o coração Pra que a força do bem seja mantida; Só é feliz quem na sua caminhada faz sua parte com moral elevada colocando Deus no centro de sua vida!

104 • FORÇA • junho de 2011


junho de 2011 • FORÇA • 105


106 • FORÇA • junho de 2011


cymk

junho de 2011 • FORÇA • 107


INFORME PUBLICITÁRIO

Já foi o tempo em que posto de combustível era apenas para abastecer o veículo. Hoje, há uma variedade de serviços, que vão desde troca de óleo e lavagem à modernas lojas de conveniência. Algumas viraram, inclusive, ponto de encontro entre amigos. A tecnologia, antes limitada à qualidade

108 • FORÇA • junho de 2011


do combustível e à automação das bombas, já pode ser vista em toda a estrutura do Auto Posto New Vision. Quer reunir os amigos para assistir ao jogo do seu time? No New Vision a arquibancada está montada para o Campeonato Brasileiro. As partidas que não são transmitidas pelos canais abertos, podem ser vistas de televisores HD (High Definition) e até de telões. Quem procura comodidade para se conectar também encontra. A rede Wi-fi (internet sem fio) está disponível para clientes. Além de reunir todos esses atrativos, o Auto Posto New Vision coloca a disposição do cliente inúmeras opções de lanches rápidos e deliciosos, combustível de qualidade e atendimento diferenciado.

junho de 2011 • FORÇA • 109


110 • FORÇA • junho de 2011


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.