GESTÃO, Revista de Negócios da Acieg
Empresas & Produtos
www.acieg.com.br
Ano VI - Nº 31 - Outubro de 2013
R$ 7,00
O desafio e a estratégia para a microempresa enfrentar um cenário nublado
Material especial ACIEG-SEBRAE, para a micro e pequena empresa goiana, sobre os desafios para novos negócios em uma economia estagnada e a importância das entidades na proteção e apoio ao setor.
CÓDIGO DO CONTRIBUINTE É APROVADO NA ASSEMBLEIA
OS GARGALOS DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
conversa com o leitor
expediente
O guarda-chuva das empresas Os negócios estão em constante mutação. Já ouviu isto em algum lugar? É mais uma verdade incompleta, que de tanto ser repetida, se torna verdade única. Assim como os relacionamentos, os negócios têm princípios dinâmicos, mas fortemente estabelecido e imutáveis. A ética, por exemplo, não está em mutação. Assim como a hierarquia, a responsabilidade social e jurídica ou a honestidade do negociante. Preservados estes princípios imutáveis, o empresário deve sim atentar diariamente para estar atualizado quanto aos itens que evoluem diariamente, que estão muito relacionados aos processos de produzir, vender ou gerir. Mas, mesmo nisso, existe uma tempestade de informações sobre tudo e muita informação até atrapalha. Uma dica constante de revista Gestão é que se busque ajuda para não ficar perdido no mar de informações. Um exemplo clássico é: quer emagrecer, melhor ir ao nutricionista que fará um verdadeiro diagnóstico do que ir direto à internet. Essa ajuda para o empresário é vital. Evita perda de dinheiro e tempo. O industrial, o comerciante, o prestador de serviço e o produtor rural em Goiás são bem atendidos por entidades experientes. Nesse guarda-chuva de proteção do setor empresarial, inclui-se o Sebrae-Goiás, uma casa de amigos dos empresários, com orientação e soluções inovadoras para fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas. Outubro é o mês da micro e pequena empresa, e também é o tema principal desta revista Gestão, com matérias e entrevistas especiais. Confira, ainda, entrevista com Bel Pesce; gargalos da legislação trabalhista; a inflação no bolso do empresário; defina qual carreira seguir; a aprovação do Código do Contribuinte; os avanços do Vapt Vupt; o CadFor; o Clube do Desconto do Servidor; o novo site da Acieg; marketing digital; colunas e uma centena de notícias sobre empresas goianas. Boa leitura!
42ª Diretoria Presidente Helenir Queiroz MISSÃO DA ACIEG Atuar na defesa incondicional do setor produtivo, fomentando e desenvolvendo ações que viabilizem a sua integração com a sociedade.
GESTÃO,
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GESTÃO, Empresas e Produtos
22 MicrOeMpresa
DesafiOs e DileMas De
eMpreenDer
A Acieg e o Sebrae-Goiás prepararam uma matéria especial nesta edição de outubro, mês do empreendedor, sobre empresas que saíram na chuva (crise) e venceram, usando inovação e capacidade empresarial. Além dos méritos empresariais, estas empresas compreenderam que têm nas entidades do setor um guardachuva, que oferece proteção e apoio. Ilustra a capa uma instalação muito criativa realizada nas ruas da pequena cidade de Águeda, em Portugal, ocorrida há dois anos, onde vários guarda-chuvas criam uma bonita e útil sombra. A cena acima representa artisticamente o papel coletivo das entidades.
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BEl PEsCE Essa menina é referência mundial de empreededorismo. Confira sua entrevista à Gestão.
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INFlaÇÃO NO PraTO O preço subiu pra todo mundo. Empresários sofrem no bolso.
gargalOs
Legislação trabalhista não acompanha avanços do País. Custos altos limitam expansão.
Colunas
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CÓDIgO DO CONTrIBUINTE Assembleia Legislativa aprova Código e promove avanço histórico
10 VaPT VUPT
14 TECNOlOgIa
22 mil atendimentos no 1º ano do Vapt Vupt da Acieg
Confira dicas de aplicativos e programas.
20 PrEsIDENTEs
32 hOmE OFFICE
2º Fórum de Presidentes foi destaque no Estado.
Trabalhar em casa? Sonho que pode virar pesadelo.
56 arTIgO
36 COmUNICaÇÃO
48 CONCIlIaÇÃO
twitter.com/acieg
58 galErIa
Acieg atualiza seu site que agora tem perfil de portal.
Empresários usam 1ª Corte para resolver problemas.
flickr.com/acieg
6 DE PrImEIra 16 mUNDO EXECUTIVO 18 ParaDa OBrIgaTÓrIa 38 CENÁrIO ECONÔmICO 52 armaZÉm 53 FIm DE sEmaNa
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Acompanhe a Acieg: facebook.com/acieg
de primeira
"Os elefantes demoram a se adaptar, já as baratas sobrevivem em qualquer ambiente.” PETER DRUCKER
Nova gestora
Balanço da segurança
A administradora de empresas Christiane Pock (foto) assumiu a Gestão Executiva da Acieg em junho deste ano com o objetivo de aplicar sua experiência em projetos e planejamento para modernizar e padronizar os processos internos da Associação. Com MBA em Gerenciamento de Projetos, Christiane Pock tem 18 anos de experiência no setor, sendo que 10 destes como líder em gestão. Entre as novidades vindas com a nova gestora estão a implantação do sistema de controle e gerenciamento de atividades, por meio de sistema de Customer Relationship Management (CRM), início da implantação de processos e sistema de qualidade de atividades, apoio profissional aos colaboradores com a realização da Semana do Colaborador da Acieg e palestra para líderes. Na área de infraestrutura, a gestora inaugurou nos últimos meses a modernização dos sistemas de informação e tecnologia a partir da contratação de serviços terceirizados de TI, reforma no depósito de materiais, e para os próximos meses espera iniciar e concluir a reforma das salas administrativas e de eventos da entidade. Segundo Christiane Pock, o objetivo é melhorar os serviços oferecidos pela entidade sem burocratizar os processos.
Segundo balanço da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), entre janeiro e agosto deste ano, foram realizadas mais 216 mil visitas comunitárias e aproximadamente 8 mil solidárias. A maioria delas com a finalidade de orientar e auxiliar empresários, comerciantes e líderes do setor produtivo e comunitários na prevenção de crimes. De acordo com o comandante geral da PMGO, coronel Silvio Benedito Alves (foto), além do expressivo número de visitas, o ano de 2013 teve como diferencial a implantação do Sistema de Controle Operacional (Siscop) que permite acompanhamento real de ocorrências, informações sobre locais, dias e horários de incidências de crimes, bem como número de policiais, viaturas e operações em andamento. O balanço foi apresentado em reunião institucional realizada na Acieg no dia 4 de setembro.
Café com a presidente A Acieg lançou em setembro projeto para novos associados, o “Café com a presidente” que consiste em um encontro com 20 novas empresas filiadas à entidade, a presidente da Acieg, Helenir Queiroz, e diretores da Casa. Durante o café, os empresários podem conhecer mais sobre a história da entidade, os serviços da Acieg e como utilizá-los, além de receber orientação sobre gestão de negócios e competitividade. 6 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013
AGILIDADE ◄► Serviços
1º ano do Vapt Vupt Empresarial Acieg Mais de 22 mil atendimentos No dia 22 de agosto de 2013, o Vapt Vupt Empresarial da Acieg fechou o primeiro ano de atividade com o total de 22.648 atendimentos realizados. Detalhe é que, além do alto número de atendimentos, o índice de satisfação daqueles que utilizaram os serviços disponíveis é de 99%. Uma marca histórica para unidade pioneira no Brasil que diminuiu o tempo para a resolução de diversos processos do setor produtivo com o poder público e que foi comemorada em reunião de Diretoria da Acieg realizada na mesma data. Durante o evento, a presidente da Acieg relembrou grandes ações realizadas por meio da unidade, entre elas o acesso facilitado ao crédito, o cadastro de fornecedores do Estado (CadFor), o encontro com o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Leonardo Vilela, e a renegociação de dívidas tributárias. “O Vapt Vupt permitiu que o
O quE TEM NA AGêNCIA Acieg Sebrae Goiás Prefeitura de Goiânia Agência de Fomento Procon Goiás Juceg Sefaz Multifuncional Certificado Digital Corpo de Bombeiros CRC-GO 1ª Corte de Conciliação
empresário ficasse mais próximo da resolução dos seus problemas. E vamos fazer muito mais, vamos trazer novamente o Recuperar, e ainda a SIC, a AMMA, e tudo aquilo que for anseio dos empresários porque esta é sua casa.” Helenir Queiroz ressaltou ainda os dados de satisfação como demonstração da importância do Vapt Vupt Empresarial da Acieg para o setor produ-
tivo, já que quase 100% dos empresários atendidos saiam da unidade “muito satisfeitos” com a resolução das pendências e o tratamento recebido. “Era um sonho antigo de todos os empresários, foi nossa plataforma de campanha e uma conquista imensurável”, disse a presidente. Por meio do Vapt Vupt Empresarial da Acieg o processo para abertura de empresas teve o tempo reduzido em 75 dias, passando de 120 para apenas 45 dias dispensados. Já o licenciamento do Corpo de Bombeiros, que podia durar meses, é feito para pequenas empresas em três dias e para grandes em 15 dias, em média. Dentre os órgãos, o mais procurado desde a inauguração do órgão é o da Prefeitura de Goiânia, seguido da Junta Comercial do Estado de Goiás e da Corte de Conciliação e Arbitragem, além do Sebrae e do Corpo de Bombeiros Militar. (ANA HElENA BORGES)
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entrevista Bel Pesce
Uma menina empreendedora
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entrevista: BEl PESCE
C
onhecida como “A Menina do Vale”, a paulista Bel Pesce é uma referência mundial de empreendedorismo no setor de tecnologia de informação. Com um currículo que inclui passagens pela Microsoft e Google, a empreendedora é considerada uma das “100 pessoas mais influentes do Brasil”, pela revista Época, foi nomeada “Jovem Empreendedora do Ano” pelo Prêmio Jovem Brasil em 2012, e teve seu livro – A Menina do Vale – eleito como o melhor livro do ano pela Arata Academy. Em maio deste ano, ela esteve em Goiânia, para ministrar uma curso de empreendedorismo intensivo de habilidades. Em entrevista para a rádio CBN Goiânia, ela conta como desenvolveu o espírito empreendedor que a levou a se aventurar em startups que têm como produtos aplicativos reconhecidos mundialmente, como a carteira digital Lemon Wallet. MARílIA RODRIGuES
Você sempre sonhou em ser empreendedora? O que é interessante é que desde a minha infância eu sempre criei muitos projetos, mas somente fui conhecer a existência da palavra “empreender” por volta dos 17 ou 18 anos. Eu acho que nunca tive o sonho de ser empreendedora porque eu não sabia o que era isto, quando descobri, já na faculdade, percebi que sempre fui mesmo sem saber que era. Isto porque, as minhas diversões quando criança já possuíam uma estrutura organizada e bem empreendedora. Aos 10 anos, por exemplo, eu adorava um game chamado “Game Boy” e criei várias ideias para games, anotava tudo sobre como seria, sugestões, história, o que acontecia e coloca em pastinhas que ficavam sempre comigo e falava delas para todos. Cheguei até a entrar em contato com pessoas que poderiam coloca-las em prática, falei até mesmo com estúdios de games. Além disto, já vendi bijuterias, montava e desmontava computadores, que de certa forma são pequenas criações, vendas de visões. Mesmo amadora já possuíam estrutura empreendedora. Como é investir em startup? É muito difícil pelos riscos da inovação? Quais são os benefícios? Fazer startup é muito difícil. O maior risco é você acabar criando algo que ninguém quer porque o empreendedor cria produtos ou serviços que têm potencial para ser utilizado pelas pessoas,
mas pode ser que não seja exatamente como elas queriam para solucionar algum problema ou sanar uma necessidade. Mas, o lado legal é saber que com seu trabalho, com suas ideias, você pode auxiliar a vida das pessoas. O Brasil tem trilhado o caminho para tornar o empreendedorismo uma das suas principais atividades? No mundo todo empreender continua muito difícil. E no Brasil não é diferente. Empreender é difícil pela própria natureza da prática porque significa tomar decisões diante de informações incertas. A legislação também não facilita a abertura de empresas pequenas, há diversos fatores que influenciam e aumentam a dificuldade. Mas, cada vez mais, são disseminadas informações do que é realmente o empreendedorismo. Isso em um primeiro momento é muito interessante porque, até alguns anos atrás, ser empreendedor não era visto como forma de carreira, e as pessoas verem que empreender é uma opção é um passo muito importante para a cultura empreendedora. E como estão as mulheres em relação ao empreendedorismo no setor de tecnologia? Não é uma tradição tão forte ter mulheres no setores de engenharia e tecnologia, porém, o cenário tem mudado muito nos últimos anos. Cada vez mais, a mulher tem percebido que elas possuem características muito necessárias, principalmente, para as startups. Lidar com pessoas é uma das
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principais e é muito bem feito pelas profissionais do sexo feminino. Um ponto interessante a se observar em relação ao crescimento do número de mulheres no setor é o aumento expressivo da quantidade de empresas fundadas por mulheres. O que não pode faltar em uma pessoa que deseja ser empreendedora ? No livro “A Menina do Vale”, que inclusive está disponibilizado on-line, há algumas historinhas que são essenciais. Em resumo: uma delas é ter cabeça bem aberta para aprender, com a consciência de que você não sabe de tudo e que você vai aprender no dia-a-dia. O pior empreendedor é aquele que sabe de tudo e, por isto, não percebe se o cliente deseja ou não o produto ou serviço. Outra dica legal é a importância da equipe, pessoas são tudo, então, é preciso procurar pessoas com quem você possa crescer, aprender, se divertir. Há diversas dicas, mas eu julgo que equipe e humildade são as mais importantes. Quem quiser saber mais sobre seu trabalho, onde deve procurar? No Youtube há um canal meu, chamado Caderninho da Bel no qual eu posto o que eu aprendi durante o dia. Tenho também um site, o www.fazinova.com.br, é o nome da minha escola que lancei recentemente sobre empreendedorismo, e já tem três cursos: inovação, empreendedorismo e habilidades de como lidar com pessoas. No meu site também, o ameninadovale.com.br, há muita informação disponível.
Bel Pesce, a menina do Vale Nasci em São Paulo, em uma família simples. Foi somente aos 17 anos que aprendi sobre o MIT, uma das melhores universidades do mundo e não demorou muito para ele se tornar meu maior sonho. Mas esse era um sonho muito distante. As chances estavam contra mim: apenas 100 pessoas ao redor do mundo são aceitas a cada ano. Quantos prestam MIT? Mais de 3,5 mil. E a grande maioria desses aplicantes são os melhores de seus países. Além disso, seria praticamente impossível conseguir pagá-lo. E para dificultar as coisas um pouquinho mais, eu só descobri sobre o MIT alguns dias antes do prazo para entregar todos os documentos. O processo de aplicação é extenso e complicado. Já havia passado a data para me inscrever na prova de múltipla escolha SAT e também para ser entrevistada por um ex-aluno do MIT. O ‘não’ eu já tinha. Queria ver se conseguia transformar aquele ‘não’ em ‘sim’. Todo mundo me falou que era muito tarde e que eu devia desistir. Mas aprendi cedo que ter perseverança e dar o melhor de si pode fazer milagres. Se eu não fizesse nada, com certeza não seria aceita. Então parti para a missão de tornar o “não” em “sim”. Fiz duas coisas um tanto malucas. Primeiro, descobri o endereço de um ex-aluno do MIT em São Paulo e fui bater na sua porta. Como eu não sabia o que era essa tal de entrevista coloquei tudo que fiz na vida em uma caixa de papelão, que levei comigo para mostrar ao exaluno que trazia meu coração e minha vida para aquela entrevista. Segundo, apareci nas provas do SAT e implorei por um exame, mas infelizmente as provas vinham contadas dos Estados Unidos. Pedi para esperar e ver se havia alguém que faltasse, mas me asseguraram que isso não iria acontecer. Em uma cena dramática, fiquei ali à porta, vendo as pessoas entrarem e sentarem em frente aos seus exames. Mas um assento continuou sempre vago e acabei fazendo. No dia 18 de março de 2006, recebi uma carta dizendo que eu havia sido aceita no MIT. Nossa, eu não acreditava. Sabia que minha vida iria virar de cabeça pra baixo depois daquilo! Mas a celebração foi rápida, pois tinha que focar em uma nova missão: como pagar o MIT? No mesmo dia que recebi a carta de admissão, saí correndo para o meu colégio, o Etapa, para pedir um emprego. O MIT era meu sonho e não o sonho dos meus pais, e então eu queria pagá-lo com meu próprio dinheiro, ao invés de enterrar meus pais em empréstimos. Um dos
diretores do colégio, o Ed, concordou em me dar o emprego. Sempre amei tecnologia e negócios, e decidi que tinha que aprender o máximo sobre esses dois tópicos. Primeiro foquei em tecnologia, estudando Engenharia Elétrica e Ciências da Computação. Aprendi como desenvolver software e design novos telefones celulares. Depois disso, resolvi estudar Matemática. Para colocar em prática esses aprendizados, trabalhei em diversas companhias. Na Microsoft, trabalhei no Windows Mobile e depois gerenciei a equipe do Touchless. Na Google, trabalhei no Google Translate, inovando os sistemas por trás do tradutor. No MIT Media Lab, fiz vários projetos de pesquisa. Para me tornar uma engenheira mais completa, focando também nas habilidades com pessoas. Como também sou apaixonada por negócios, comecei um diploma de Administração na MIT Sloan School. De contabilidade a operações a finanças, aprendi muitas coisas novas. Trabalhei em Wall Street, no Deutsche Bank, depois comecei um diploma em Economia. Também trabalhei como consultora, analisando relatórios anuais de companhias para aprender quais estratégias estão sendo usadas para maximizar rendimentos. Descobri a minha maior paixão, empreendedorismo, quando participei de uma competição de planos de negócios, a MIT 100K Entrepreneurship Competition. Com alguns amigos, criei uma equipe e fizemos um projeto muito interessante que chamamos de MeshPhone, que visava aumentar a cobertura de celulares nas áreas rurais da África. A ideia era a seguinte: todo celular tinha uma antena com um alcance de 15 quilômetros e poderia falar de graça com os outros celulares. Mas aqui está o segredo: se você estivesse a 15 quilômetros de mim e eu estivesse a 15 quilômetros do seu amigo, você ainda poderia falar com o seu amigo de graça, roteando a ligação pelo meu telefone. Nós montamos um protótipo, testamos em Gana e criamos um plano de distribuição. Fomos finalistas da competição. Com esse projeto, aprendi que o meu maior sonho era criar uma companhia que tocasse milhões de vidas de uma forma positiva. Além de hardware, também comecei uma companhia focada em software, What If, um website que estimula a criatividade e chama a atenção para o valor da colaboração. Em junho de 2010, me formei e, depois disso,
decidi me juntar a um programa único entre Google e MIT, no qual eu podia fazer o mestrado na Google, no Vale do Silício. Fiz metade do programa e percebi que estava vivendo uma vida dupla: durante o dia, eu programava e elaborava novas pesquisas. Durante a noite, ia a eventos sobre empreendedorismo e conhecia pessoas e projetos novos. Então o meu sonho de empreender falou mais alto. Conheci três funcionários da Google que tinham acabado de sair da empresa para fazerem a própria companhia, a Ooyala. Trabalhar lá foi sensacional. Na época que conheci a empresa, haviam 20 funcionários. Quando sai, haviam mais de 200. Nela eu tive a oportunidade de ser gerente de produto e liderar três times de engenheiros. Além disso, continuei o meu mestrado no MIT e durante esses anos lancei a Tisk-Task, um organizador de tarefas voltado para comunidades. Depois de um ano e meio na Ooyala, decidi que queria dedicar 100% do meu tempo a uma companhia que eu pudesse ver crescer desde o primeiro dia. Encontrei dois empreendedores da América Latina e me juntei a eles para fazer a Lemon acontecer. A Lemon é um aplicativo que cria uma réplica digital da sua carteira. Lançamos o produto em Outubro de 2011 e o crescimento tem sido acelerado, com mais de 1 milhão de usuários após 3 meses do lançamento. Enquanto a Lemon crescia resolvi compartilhar algumas lições que mudaram minha vida. Em Maio de 2012, lancei o livro digital “A Menina do Vale”. Nesse meio tempo, fui escolhida TED Fellow, um programa maravilhoso que engloba participar da conferência TED e conhecer pessoas dos mais diversos ramos. Não desgrudei dos que trabalhavam com educação. Em Fevereiro de 2013, depois de 7 anos estudando, trabalhando e empreendendo nos Estados Unidos, resolvi me mudar de volta ao Brasil e trabalhar com empreendedorismo e educação, fundando a FazINOVA. Em Abril, os primeiros cursos FazINOVA foram lançados e desde então, cerca de 500 alunos passaram por algum curso presencial dela. Ao longo da minha vida, ouvi muitos conselhos. Conheci mentores que mudaram minha vida para sempre e me ajudam muito a crescer. O meu conselho para você é para se cercar de pessoas inteligentes, motivadas e apaixonadas pelo que fazem. E daí trabalhar arduamente em algo que você ama. Não há como dar errado com essa receita.
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TECNOLOGIA◄► Mobilidade
Aplicativos para empreendedores
O
sucesso de um novo negócio envolve muitos fatores e etapas, que vão do planejamento até a divulgação, passando por desenvolvimento e contratação de pessoal. Felizmente, existem aplicativos e
serviços que podem ajudar na escalada até o topo. São programas e serviços online gratuitos e pagos. Eles são úteis em cada um desses passos e podem tornar a vida do empreendedor menos complicada. Confira abaixo algumas sugestões
da GESTÃO de aplicativos úteis para facilitar o empreendedor na abertura de sua empresa – considerando opções para iOS e Android. Mande sugestões para esta coluna, trazendo também livros virtuais e programas para computador pessoal.
Jobvite e linkedIn
Trello Antes de colocar um projeto para funcionar, é preciso primeiro organizar todas as tarefas relacionadas a ele. E uma boa ferramenta para isso é o webware gratuito Trello, que permite criar listas completas para cada um de seus projetos, com coisas a fazer, em andamento e feitas. Assim, dá para manter os sócios atualizados sobre o andamento de tudo e ainda designar funções a quem estiver trabalhando com você.
TeamViewer Acessar computadores remotamente e compartilhar telas pode ser muito útil na hora do trabalho em equipe. E o aplicativo mais popular no ramo é o TeamViewer. Multiplataforma (versões para Windows, Mac, Linux, Android, iOS e Windows Phone), o app permite acessar outras máquinas à distância.
Não é preciso depender de métodos tradicionais para encontrar funcionários. Sistemas como o do Jobvite podem ser de grande ajuda. O diferencial é o apelo social: ele pode se conectar a Facebook, Twitter e Linkedin para divulgar a vaga disponível e ainda ajudar você a conhecer mais sobre os possíveis contratados.
Fábrica de Aplicativos O site de um empreendimento é acessível tanto por computadores quanto por dispositivos móveis. Mas, no segundo caso, em vez de fazer um usuário abri-lo no navegador, por que não criar um app que dá acesso direto ao conteúdo da página? É mais fácil do que parece, e há serviços como a gratuita Fábrica de Aplicativos que tornam as coisas ainda mais simples.
IntenseDebate
Cryptocat Privacidade é essencial na hora de discutir algo relacionado ao empreendimento, e não dá para deixá-la de lado na internet. Por isso, o Cryptocat é altamente recomendável: apesar de simples, este serviço de bate-papo permite trocar mensagens criptografadas com outras pessoas, de forma que possíveis intrusos tenham bastante dificuldade para lê-las.
Além de um fórum e de tickets, um sistema de comentários no site de seu empreendimento é uma boa maneira de manter um canal direto de contato com clientes. Compatível com os serviços de blog WordPress, Blogger, TypePad e Tumblr, o InstenseDebate é ótimo para isso. O sistema é gratuito.
iBrainstorming
userVoice Uma boa forma de melhorar seu serviço é receber um feedback frequente de usuários, e é justamente para isso que serve o UserVoice. O webware oferece aos assinantes uma ferramenta de fórum, um sistema de tickets para clientes enviarem solicitações e uma base de dados, útil para responder às principais dúvidas e encontrar informações.
Em um grupo, uma boa forma de se “ter” uma ideia é partir de um brainstorming. O aplicativo pode ser usado por até quatro pessoas ao mesmo tempo, e todas podem colocar e editar os post-its na tela, estabelecendo ligações entre eles até, quem sabe, chegar a uma boa ideia.
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Toctao Engenharia
mundo executivo
A Toctao Engenharia recebeu um dos mais relevantes reconhecimentos do setor da construção civil, o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social, a ser entregue pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), durante a solenidade de abertura do 85º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic).
ESTÁCIO
PÃO DE AÇÚCAR O Grupo Pão de Açúcar (GPA) renovou a marca corporativa. Desde setembro, a companhia passa a se chamar ‘GPA’. “Somos uma companhia multinegócios e multiformatos. A marca corporativa precisa traduzir a dimensão e amplitude do nosso negócio”, disse Enéas Pestana, CEO do GPA. A companhia reúne as marcas Pão de Açúcar; Extra; Assaí; além de Pontofrio e Casas Bahia, que formam a Via Varejo; e a Nova Pontocom (comércio eletrônico), além do GPA Malls.
A Estácio e a Harvard Business Publishing acabam de firmar uma parceria: estudos de caso da instituição americana farão parte da ementa dos cursos de pósgraduação da universidade brasileira. O projeto tem início, já em outubro, com as novas turmas dos cursos de MBA em Marketing, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, MBA em Gestão de Projetos e MBA em Gestão Empresarial. Os quatro cursos têm carga horária de 360 horas.
MITSuBISHI Um dos grandes frutos do programa Anhanguera II, que prevê o investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica da Mitsubishi Motors em Catalão. Desde julho, o Mitsubishi ASX ganha nacionalidade brasileira. "O programa Anhanguera II ainda prevê a produção de outros modelos e a ampliação de nossa fábrica em Catalão, no estado de Goiás. Tudo isso com capital 100% nacional", afirma Robert Rittscher, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil.
TENDTuDO Dando continuidade aos seus investimentos no mercado eletrônico, a TendTudo acaba de lançar a sua loja virtual para aparelhos de internet móvel, chamado também de e-commerce. Com isto, a empresa espera aumentar ainda mais sua presença neste segmento. De acordo com o diretor de e-commerce da TendTudo, Patrick Scripilliti, cerca de 8% das visitas às páginas das lojas são realizadas por meio de aparelhos como tablets e smartphones. Com a novidade, espera-se fidelizar este público e facilitar a ação de compra na página.“A partir do momento que o IP mobile do aparelho é identificado, a página é alterada para este tipo de navegação. Além disso, a página carrega apenas os elementos essenciais para a compra, simplificando o tráfego de dados e garantindo maior velocidade e conforto ao usuário”, explica o diretor. Tendência de consumo. Segundo dados da consultoria e-Bit, o e-commerce deve crescer em torno de 25% em 2013, o que corresponde a um faturamento de R$ 28 bilhões. Desta fatia, aproximadamente R$ 2 bilhões serão obtidos por meio de compras via mobile.
JORDÃO PuBlICIDADE
PAGÚ PROPAGANDA
Acompanhando o momento positivo do mercado publicitário nacional e confirmando as previsões de crescimento para o ano de 2013, a Jordão Publicidade alcançou já no primeiro semestre, a meta traçada em 2012, que previa incremento de 50% em sua carteira de clientes. Depois de assumir contas como Provenda Imobiliária, O Popular e Jornal Daqui (assinaturas e circulação), Rival Calçados, Drogaria Santa Marta, NEO Incorporadora e Talismã Sítios de Lazer, a agência conquista o sétimo cliente no ano: a São Jorge Shopping da Construção.
A Pagú Propaganda preparou uma campanha repleta de bom humor para a Saga Motors, um de seus grandes clientes. O foco do trabalho é a chegada da linha 2014 do Toyota Corolla. Visto como um automóvel de luxo, o Corolla tem público específico, no entanto, a Pagú lembra em sua campanha que um bom carro é capaz de agradar a todos os gostos e usa para isso o slogan “Todo mundo vai cantar de alegria”, mostrando que até o navegador, item de série do Corolla 2014, é capaz de se animar com o novo modelo da Toyota. As três divertidas peças preparadas pela agência de publicidade já fazem parte da programação da TV e no YouTube.
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"Se você criar um caso de amor com seus clientes, eles próprios farão sua publicidade." PHILIP KOTLER
DuCATI
qG
Foi inaugurada em setembro, em Goiânia, a 4ª concessionária Ducati no Brasil. A abertura da loja faz parte da expansão da marca no País, que deve totalizar oito concessionárias exclusivas. A Ducati Goiânia é do Grupo Voar, que possui tradição no setor de duas rodas, e funcionará no Bueno. Na foto ao lado, o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Susini, e a empresária goiana, Ana Flávia Abrão.
A rede de alimentação qG Jeitinho Caseiro amplia sua presença em Goiânia. A nova franquia abriu na Plaza D'Oro Shopping, no Bairro Eldorado, localizado na região Sudeste. Com a inauguração do espaço, a rede QG Jeitinho Caseiro passa a contar com 15 lojas na capital. A expectativa é de que circulem, nesta unidade, cerca de 10 mil clientes por mês.
CHOPP BRAHMA A unidade Chopp Brahma Express de Goiânia possui show room de 220 m² e é administrada pelos empresários Rodrigo Dias Gobbo e Marco Antônio de Melo Oliveira. O Chopp Brahma Express, uma boutique de chope que permite aos consumidores levar para residência, além do produto, toda a ambientação e clima de um autêntico boteco, celebra cinco anos de atuação em Goiânia. A loja tem proporcionado uma experiência completa do mundo do chope. "Os serviços que dispomos permitem que os consumidores apreciem o produto em casa, antes restrito a bares e restaurantes", explica um dos franqueados, Marco Antônio Melo.
lG SISTEMAS A empresa goiana lG Sistemas, anunciou em agosto, a formação de uma parceria com uma das principais empresas de private equity do mundo, a H.I.G. Capital, que mesmo sem os valores e porcentagens revelados passa – conforme nota publicada pela H.I.G. – a ter “participação relevante” nos negócios da LG. Em entrevista para o site da Acieg, o diretor-presidente da empresa goiana, Gustavo Teixeira, comentou a aquisição da private equity. Segundo o Teixeira, com a participação da H.I.G., a LG Sistemas deve acelerar sua entrada no mercado internacional, e aumentar a suíte de produtos e serviços.
COMFORT HOTEl GOIÂNIA
FuJIOKA Com 49 anos de atuação, o Fujioka, referência em áudio e vídeo, cine e foto, informática, telefonia, ótica e serviços fotográficos, sempre se manteve atento à inovação dos produtos e a qualidade no atendimento. E no dia 3 de outubro, a empresa apresentou para convidados, uma loja conceito, que passa a ser a maior unidade de rede em Goiânia. O local escolhido para apresentar o novo conceito de experimentação, layout moderno e produtos exclusivos, é a loja localizada próxima à Praça Tamandaré. Inaugurado em 1991, o espaço é referência pela tradição, atendimento, localização de fácil acesso, além de contar com amplo estacionamento, o que proporciona ainda mais conforto aos clientes.
Mais uma bandeira de sucesso chega ao mercado hoteleiro goiano, o Comfort Hotel Goiânia. Classificado na categoria Midclass - entre a classe econômica e superior, complexo é administrado pela Atlantica Hotels e aposta na filosofia de oferecer atrativos essenciais ao turismo de negócio agregando soluções para surpreender seus clientes. A estratégia, segundo os empreendedores, reflete a evolução dos serviços e estrutura que eram oferecidos no Sleep Inn desde a inauguração. “A evolução do empreendimento vem sendo reconhecida em âmbito nacional e internacional, já que no início de 2013, conquistamos pelo segundo ano consecutivo o Platinum Awards, a mais importante condecoração entregue pela administradora hoteleira norte-americana Choice Hotels International, parceira da Atlantica Hotels no Brasil, e proprietária da marca Comfort Hotel”, explica o gerente geral André Luiz Bomfim.
GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 17
parada obrigatória
“Estamos sempre pagando para conhecer as pessoas." MOACIR GARCIA, especialista em RH
Feirão do Imposto O Fórum de Jovens Lideranças Empresariais de Goiás, em parceria com a Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), realizou, no dia 21 de setembro, a 7ª edição do Feirão do Imposto em Goiás. O evento visa a alertar a população sobre o valor que os impostos implicam no preço final de produtos e serviços no Brasil. Para isso, foram sorteados o direito sem a cobrança de tributos, além da promoção de almoço livre de impostos promovido pela Acieg Jovem, no Cateretê, no dia 18. A ação contou com a participação de mais de 19 Estados, e os participantes foram incentivados a aderirem ao “Assina Brasil”, documento de apoio ao Movimento Brasil Eficiente (MBE), que visa solicitar a redução e simplificação dos impostos no Brasil, estabelecendo cinco grupos de tributos, além da criação de um Conselho de Gestão Fiscal para ajustar o sistema fiscal brasileiro.
Case
Craques da Paz
A proprietária da marca Havaianas, Angela Hirata, ministrou palestra voltada para empreendedores em Goiânia no dia 24 de setembro. Durante a apresentação, a executiva paulista, responsável por transformar o tradicional chinelo brasileiro em sucesso de vendas em mais de cem países, contou sua história e como o chinelo brasileiro se tornou uma referência mundial no setor de calçados.
Entre os dias 18 e 21 de setembro o Instituto Soldados da Paz, e parceiros, promoveu a cultura de paz durante o Festival Craques da Paz, realizado no Palácio da Música, no Oscar Niemeyer. A programação foi composta por palestras, oficinas, apresentações culturais e rodada de negócios sociais. Um dos destaques foi a Rodada de Negócios que reuniu gestores de organizações sociais, profissionais que atuam em projetos sociais, de responsabilidade social e de investimentos social privado, visando a interlocução entre os diversos atores que desejavam apoiar projeto do terceiro setor. 18 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013
FÓRUM ◄► Presidentes
Inovação estratégica “A partir do que foi apresentado por palestrantes e participantes do Fórum podemos perceber que o tema desta edição foi assertivo, porque é quase um consenso de que a inovação será a chave para o crescimento econômico.” José Alves Filho, presidente do Grupo José Alves e da Adial Brasil
“Goiás vive importante momento de transformação, que o tornará o maior centro logístico do País. Desde 2011, o setor privado investiu R$ 30,1 bilhões no Estado.” Alexandre Baldy, secretário de Indústria e Comércio de Goiás
“Para garantir a eficiência, é necessário avaliar gestão de receita, redução de custos logísticos e de distribuição, redução de custos fixos e redimensionamento de pessoal. Às vezes, empresas pequenas são mais eficientes porque têm o olhar do dono mais próximo.” Gustavo Pierini, presidente da Gradus Consultoria
R
ealizado no dia 1º de outubro, a segunda
edição do Fórum dos Presidentes – promovido pelo Grupo José Alves e Acieg – reuniu aproximadamente 250 empresários no Hotel Mercure, em Goiânia, para discutir a inovação estratégica e sua influência para o cenário econômico dos próximos anos. Segundo as análises dos palestrantes, a inovação será o motor da retomada do crescimento e sobreviverão ao atual cenário econômico as empresas que utilizarem a atual conjuntura para projetar o amanhã, tendo em vista o aumento da produtividade e o atendimento de um consumidor cada vez mais exigente. “Como Crescer com a Economia Estagnada”, “Gestão Pública Inovadora”, “Potencialidades de Goiás”, “Cenário Macro Econômico”, “Inovação e Investimentos em Goiás” também estiveram entre os temas debatidos.
Marconi Perillo, governador de Goiás
“Inovar é ver com um novo olhar, e é isso que as empresas precisam agora: não se conformar com as limitações e barreiras e lutar para crescer.” Helenir queiroz, presidente da Acieg
“O Brasil precisa de reformas política, tributária, trabalhista, previdenciária e administrativa efetivas para diminuir a burocracia e continuar a crescer. E para isso, é preciso conversar com os empresários, escutá-los e dar maior atenção a eles.”
“Vivemos na era da ‘revolução criativa’, da informação, da conectividade. O que torna uma empresa competitiva é a quantidade de boas ideias que ela tem e a excelência em tornarem viáveis. A competitividade é uma jornada sem fim.” Gian Martinez, diretor de Excelência Criativa da Coca-Cola
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“Num momento em que as condições de financiamento e do mercado de capitais não são tão favoráveis, é uma alternativa a empresa buscar sócios e continuar crescendo. O Brasil tem um mercado de capitais organizado, o que pesa para o investidor.” José Berenguer, presidente do JP Morgan Brasil
Os anseios dessa juventude ‘internetizada’, que conhece o mundo e tem informação instantânea, são outros. Ser um grupo consolidado já não é garantia de sobrevivência porque as cartas mudam de mãos rapidamente. luiz Paulo Rosenberg, presidente da Rosenberg Associados
“Os líderes precisam estar atentos às novas tecnologias e utilizá-las para acelerar o crescimento, a partir do emprego delas como fonte de inovação e também pela incorporação de conhecimento tanto por pessoas como em processos.” Antônio luiz Schuch, Diretor da Google Entreprise Latin America
CAPA ◄► ESPECIAL ACIEG-SEBRAE
Hora de abrir o guarda-chuva
No mês da Micro e Pequena Empresas, Sebrae Goiás e Acieg trazem especial sobre como empresários inovam para crescer 22 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013
WARlEM SABINO
No dia 5 de outubro, comemorou-se o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. A data foi instituída, de maneira simbólica, em 1999, para marcar o início da vigência do primeiro Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Pelo Brasil afora, uma série de eventos marca a data. No entanto, em Goiás, a comemoração se estenderá por 31 dias. Outubro, para o Sebrae Goiás, será o Mês da MPE. A programação inclui 375 ações diversas, como cursos, palestras, seminários, oficinas, workshops, mesas-redondas, clínicas tecnológicas, mostras, feiras e encontros empresariais. O público-alvo do Mês da MPE são empresários de micro e pequenas empresas, empreendedores individuais e futuros empreendedores. A expectativa de público é de 25 mil pessoas nas capacitações. "Nosso objetivo é reforçar para a sociedade organizada, instituições de classe e órgãos governamentais formadores de políticas públicas para as MPE, a importância da micro e pequena empresa. Demonstrar
Manoel Xavier: Qualidade
As micro e pequenas empresas representam 99% do total de empresas do País, geram 52% dos empre-
gos formais e são responsáveis por 40% da massa salarial. Segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), 70% dos empreendedores iniciaram o próprio negócio por oportunidade; 30%, pela necessidade. "Isso é sinal de melhoria na qualidade das empresas, pois as pessoas se planejam antes de abrir o primeiro negócio", adverte Manoel Xavier. "As micro e pequenas empresas sempre deram uma grande contribuição para ajudar a resolver aspectos fundamentais da socioeconomia, como o combate à pobreza pela geração de trabalho, emprego e melhor distribuição da renda; a redução da informalidade; a interiorização do desenvolvimento pela promoção de iniciativas locais e dos arranjos produtivos; e o incremento da atividade produtiva nacional", finaliza Manoel. Para celebrar o mês, a revista Gestão publica matéria especial e aborda, em várias colunas e reportagens da publicação, o tema. Nas páginas a seguir, confira algumas histórias de empresas que mudaram para vencer a turbulência ou a estagnação do próprio negócio e da economia.
Marcelo Baiocchi: Organização
Helenir Queiroz: Inovação
de forma clara a participação das MPE na economia", explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás, Marcelo Baiocchi Carneiro. "As ações de capacitação somamse ao trabalho que o Sebrae vem desenvolvendo ao longo do ano no Estado, mas recheado com atividades voltadas ao fortalecimento das micro e pequenas empresas, principalmente nas áreas que elas mais demandam, como políticas públicas, palestras, seminários, inovação e acesso ao crédito", afirma o diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Manoel Xavier Ferreira Filho. Para Helenir Queiroz, Goiás tem uma preocupação especial com o setor, com entidades e organizações fortes sempre a frente do debate e defesa do segmento. “É preciso liberdade, inovação e estímulo para produzir, além de justiça tributária. Buscamos dar oportunidade a quem procura aproveitar as oportunidades”, diz a presidente da Acieg. FORÇA DA MPE
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CAPA◄► Especial Acieg-Sebrae
Restaurante cheio de vantagens
Reginaldo Alves Machado, de 35 anos, sempre soube que não passaria muito tempo como motorista de uma empresa de Goiânia (GO). A vontade de crescer e de alcançar seus sonhos fez com que conseguisse se tornar empreendedor de sucesso. Ele até esperou três anos por uma oportunidade de mudança de cargo no estabeleEmpreendedor do município de Ipameri (a 198 km de Goiânia), Ademir Vaz está confiante de que a sua empresa, a Esteio Produtos Agropecuários, ainda terá muitos anos de bons negócios pela frente. Após participar do Programa Banho de Loja do Sebrae Goiás, ele deixou para trás fatores como a falta de organização do estoque. “Há 20 anos no mercado, eu sabia que precisava mudar algumas coisas, mas sempre adiava. Com a orientação empresarial do Sebrae, percebi que já tinha perdido muito tempo.” Com o programa do Sebrae, Ademir percebeu que era preciso aumentar o quadro de funcionários, a variedade de produtos, organizar e informatizar a loja. Com as mudanças colocadas em prática, contabiliza o acréscimo de 5% nas vendas. “Mesmo faltando terminar de pintar as paredes e colocar um toldo na fachada, é impres-
cimento em que atuava. Mas, como não recebeu a chance, decidiu mudar os rumos da sua vida por conta própria. Hoje, Reginaldo é proprietário do Restaurante Kabutiá, que tem duas unidades na capital – uma no Jardim Planalto e outra no Setor Goiânia Viva. A ideia de servir refeições surgiu ainda quando trabalhava como motorista. Um dia, sentado em frente à empresa, observou que muitas pessoas buscavam marmitas em restaurantes próximos ao local. Foi então que se lembrou do tempero da irmã Ana Rita, de 39 anos. “Fiz o desafio e ela aceitou”, conta. Mesmo sem muitos recursos, em 2006, os irmãos compraram um restaurante no Goiânia Viva por R$ 5 mil, valor parcelado pela antiga dona. O começo foi difícil. Eram poucas panelas, mesas e quase nenhum capital de giro. Eles trabalhavam sozinhos e, até conquistarem freguesia, passaram
apertos, perderam alimentos já preparados e quase não vendiam. Reginaldo conta que, quando conseguiam vender R$ 30, o dia era de alegria. Em 2009, ele expandiu o negócio e abriu uma filial do Kabutiá na Avenida T-9. Foram gastos R$ 70 mil para deixar o local aconchegante e atrativo. A persistência e o investimento valeram a pena. Hoje, cada uma das unidades do restaurante atende 280 pessoas por dia. No total, 22 funcionários auxiliam no atendimento e o faturamento anual dos estabelecimentos chega a R$ 1,6 milhão. A cada dia, Reginaldo percebe que o crescimento é real e aposta nisso. Ele recebe orientações do Sebrae Goiás, por meio do projeto Agentes Locais de Inovação (ALI). Atento às mudanças do mercado, ele investe em inovações e, principalmente, em ações de marketing.
Empresa se renova após 20 anos sionante como os clientes já notaram o que foi feito”, disse. Ademir e outros 14 empresários, de vários segmentos, receberam certificado do programa em setembro, na sede da Associação Comercial e Industrial de Ipameri (Aciipa). Durante cinco meses, os empreendedores participaram de oficinas, consultorias individuais e dos cursos Planejamento Estratégico, Gestão do Visual de Loja, Gestão Financeira na Medida, Gestão de Pessoas (atendimento ao cliente) e Gestão de Estoques. O Programa Banho de Loja é subsi-
diado e ministrado pelo Sebrae e tem como objetivo fortalecer as micro e pequenas empresas, principalmente nas áreas de qualidade, produtividade, gestão, marketing, faturamento e aumento de vendas. É voltado a qualquer tipo de comércio ou serviço, de confecção a oficina mecânica.
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Buffet investe em trabalho artesanal
O click do sucesso Proprietário da única lan house do Residencial Real Conquista, na região Sudoeste de Goiânia, Eucimar Silva, 43 anos, mostra, com entusiasmo, os dez computadores de seu estabelecimento, a bomboniere, o servidor e a impressora. O espaço é atraente, com baias feitas de mármore, paredes revestidas com cerâmica e ar-condicionado. "É um conforto só", afirma o comerciante, com um largo sorriso no rosto. "O povo aqui fala que eu sou doido, porque eu invisto no meu negócio. Mas não sou doido. Eu apenas me capacitei. Aprendi como trabalhar da maneira correta", emenda Eucimar, que apresenta os diplomas dos cursos realizados no Sebrae Goiás. O foco na gestão e no atendimento ao cliente fez o negócio prosperar. Hoje, Eucimar é referência na região. Raramente alguma de suas baias está vazia. Recentemente, negociou convênio com o único estabelecimento de ensino do bairro - Escola Municipal Renascer. Estudantes que realizarem pesquisa escolar na Click Virtual pagam apenas R$ 1. O valor normal é de R$ 3 a R$ 5. "O bairro é carente de infraestrutura. A internet praticamente não chega aqui, seja via cabo, rádio ou modem 3G. Por isso, conversei com os professores da escola e estabelecemos o convênio. Para ninguém precisar se deslocar grandes distâncias para estudar", explica. Eucimar passou dificuldades para estabelecer seu negócio. O comerciante era um dos ocupantes da Invasão do Parque Oeste, bairro próximo ao Real Conquista. Quando foi despejado, em fevereiro de 2005, mudou-se com os demais invasores para um acampamento improvisado no Setor Grajaú. No ano seguinte, teve início seu negócio, após deixar o trabalho de fiscal de uma empresa de transporte coletivo em Brasília. A partir do momento em que conseguiu a internet dedicada, em 2010, Eucimar decidiu que era hora de formalizar o empreendimento. Ele construiu o cômodo na frente da casa, comprou computadores e fez uma lan house 'de verdade'. Para não perder o rumo do negócio, foi ao Sebrae Goiás para se capacitar.
O buffet As Marias atende casamentos, bodas, festas de 15 anos e grandes inaugurações de lojas, mas faz questão de preparar os alimentos de maneira artesanal. “Ainda prefiro as festas menores, porque fazemos um trabalho artesanal, meticuloso e com carinho”, afirma Maria Cristina Franklin Ferreira, uma das fundadoras. Ela e a irmã, a outra Maria (Maria de Fátima Ferreira Garcia), montaram o negócio há 15 anos. Quando decidiu se aposentar do Tribunal de Contas, Maria Cristina sabia que não queria parar de trabalhar. Juntou-se à Maria de Fátima, que já preparava pratos por encomenda, e montou uma confeitaria especializada em fazer produtos mais finos e elaborados. Surgiu o primeiro obstáculo: os outros negócios da redondeza praticavam preços mais baixos. Com apenas um ano de existência, à época, elas decidiram dar um novo posicionamento ao negócio. A confeitaria fechou e o foco permaneceu nos jantares por encomenda. Nas palavras delas, o serviço rendeu mais e as horas trabalhadas diminuíram. A capacidade de atendimento foi ampliada rapidamente. Iniciou com dez pessoas, logo chegaram a cozinhar para 300. Hoje, servem até três mil. Para seguir as novas demandas, as irmãs procuraram o Sebrae Goiás para assessoria financeira e construção de um site. O site asmariasbuffet.com.br, já no ar, surgiu com a demanda dos próprios clientes e potenciais clientes, principalmente de outras cidades, que queriam ver um pouco do trabalho. Já na tela inicial, o site deixa o internauta com água na boca, com as fotos dos pratos da casa. O contato com os clientes foi aproximado com a construção de um blog, alimentado pela chef Patrícia Garcia, com receitas refinadas. A página foi construída de forma simples e totalmente funcional, e elas afirmam que ficou com a cara da empresa. A intenção agora é aproveitar a credibilidade que o site trouxe, de acordo com as proprietárias, para aumentar a presença on-line.
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CAPA◄► Especial Acieg-Sebrae
“Nosso negócio é auxiliar outros negócios” Um novo conceito de trabalho, relativamente novo no mundo, tornou o Brasil e, principalmente Goiânia, pioneiros no mundo dos negócios digitais e startups. Trata-se dos escritórios de coworking, espaços nos quais profissionais autônomos, novos empreendedores e proprietários de negócios ligados à internet podem trabalhar lado a lado, trocar experiências e até auxiliarem uns aos outros. Goiânia já conta com três espaços do tipo. Um deles, o PontoGet Coworking, inaugurado em agosto de 2012, surgiu da necessidade de abrigar outro negócio já existente e que necessitava de atuar em um espaço mais profissional, a PontoGet Inovação Web. Em 2009, os fundadores da empresa de TI, cinco estudantes de Engenharia da Computação, trabalhavam na casa de um dos sócios, Vandré Sales. Com o aumento dos negócios, eles procuraram escritórios que seguem o modelo tradicional, mas viram que os cus-
tos eram muito altos. Foi aí que eles toparam com o conceito de coworking. No início, nem mesmo a internet ajudava nas pesquisas. Vandré lembra que até o Google falhava no quesito. Naquele ano, os dois primeiros escritórios de coworking do Brasil estavam sendo inaugurados, a Ponto de Contato e o HUB São Paulo, que hoje já espalhou franquias para os cinco continentes. Outra fonte foi a revista digital DeskMag, que falava de iniciativas que, na época, não formavam mais que 100 escritórios em todo o mundo.
O conceito caiu como uma luva, tanto para abrigar a expansão da PontoGet, quanto para abrigar essa demanda que já vinha do mercado de trabalho. Vandré, então, se uniu ao pai, Ronaldo Sales, para fundar a PontoGet Coworking, que, além do ambiente de estações de trabalho, tem escritórios, sala de reunião, auditório, cozinha, banheiro e até uma sala em que os coworkers podem jogar videogame, para ajudar a eliminar o estresse. As idas ao Sebrae Goiás também passaram a ser constantes e chamaram a atenção de consultores. Afinal, o escritório de coworking é um modelo de negócio que auxilia outros negócios, principalmente microempresas e empreendedores que ainda vão se formalizar. “Uma coisa que me ajudou muito foi o curso Empretec no Sebrae. Ele é ideal para quem quer empreender, mesmo que seja na empresa do patrão. Isso devia ser passado ainda no Ensino Médio”, defende Vandré Sales.
Outubro, mês da micro e pequena empresa A abertura do Mês da MPE pelo Sebrae Goiás foi no dia 1º de outubro, em grande estilo, com a peça teatral O monge e o executivo, no Palácio da Música Belkiss Spencière, no Centro de Convenções Oscar Niemeyer. O espetáculo é adaptação do livro de mesmo nome, de James C. Hunter, e mostra que o desenvolvimento da liderança e a construção ou desenvolvimento do caráter são a mesma coisa – ambos exigem mudança. Outros destaques ao longo de ou-
tubro serão a Semana de Inovação, de 21 a 25, o Cine Sebrae Empreendedorismo, a capacitação Preparando para o Natal e o Seminário Desafios para o Crescimento. A Semana de Inovação acontecerá de maneira simultânea em 10 regionais do Sebrae Goiás - exceção de Goiânia, devido ao feriado do aniversário da capital no dia 24. Durante os cinco dias úteis, ocorrerão palestras, clínicas tecnológicas, cursos, consultorias e atendimentos individuais.
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Números 375
atividades de capacitação
5
palestras de alto impacto
36
seminários
29 palestras 88 cursos 68 oficinas 21 clínicas tecnológicas 30 Cine Sebrae 25 mil pessoas deve ser o público nas capacitações
DIREITO ◄► Evolução
Código do Contribuinte: um avanço histórico
Aprovado em segunda e definitiva votação na Assembleia, projeto aguarda sanção do governador para entrar em vigor
ANA HElENA BORGES
O
Estado Goiás pode ganhar ainda neste ano um marco para a regulamentação de direitos e deveres das empresas em processos de fiscalização administrativa tributária. O Código de Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte – intitulado como Código do Contribuinte – foi aprovado por unanimidade nas duas votações na Assembleia Legislativa, sendo a última, e definitiva, realizada em 3 de setembro. De autoria do deputado estadual Fábio
Sousa, elaborado com a participação da Acieg, da OAB-GO e Fórum Empresarial, o projeto de lei aguarda agora sanção do governador do Estado, Marconi Perillo, para se tornar efetivo. Com a normatização das relações entre empresários e governo estadual, Acieg e OAB-GO esperam que o Estado ganhe o diferencial competitivo da segurança jurídica. “Saber como funciona os processos administrativos tributários é indispensável para as empresas porque assim fica mais fácil o empresário saber o que é exigido na área tributária e ainda prever como proceder em caso de fiscalização. Isto é um fator importante na atração de novas empresas”,
explica o presidente da entidade Henrique Tibúrcio. Helenir Queiroz aponta os benefícios para empresário e assinala ainda ganhos para o governo com a queda nos gastos públicos originados com as inúmeras contestações existentes em processos tributários. “Há uma infinidade de normas e regras acessórias, que acabam atrapalhando, pela quantidade de interpretações e exigências que podem vir a surgir em uma fiscalização. O Código do Contribuinte extingue isso e o Estado passa a gastar menos com a demanda dos processos de fiscalização”, apontou. A presidente da Acieg, Helenir Queiroz, afirma estar confiante na apro-
vação do Código tendo em vista que Perillo já havia dito ser favorável ao projeto. “O governador declarou publicamente que é filho de pequeno comerciante e que sabe das dificuldades do empresário em relação à manutenção do negócio”, relatou. CÓDIGO DO CONTRIBUINTE
O que prevê o Código do Contribuinte? a Determinação das datas de início e fim do procedimento fiscalizatório, que não poderá ultrapassar o prazo de 90 dias, com a descrição do objeto de fiscalização e dos documentos que deverão ser disponibilizados para exame; a Dar ciência formal da tramitação ao contribuinte, o que inclui os julgamentos, e das decisões proferidas nos autos de processo tributário; a Ampla defesa do contribuinte poder ser realizada pela entidade classista; a O contribuinte não pode ser obrigado a produzir prova contra si mesmo, considerando nula a prova assim obtida; a A vedação da prática de sanções políticas, inclusive para fins de cobrança extrajudicial de tributos, e a adoção de meios coercitivos contra o sujeito passivo, tais como a interdição de estabelecimento, a imposição de sanções administrativas, a instituição de barreiras físicas, a inserção de seu nome em órgão de proteção ao crédito e cartórios de protesto; a Multa por descumprimento de obrigação acessória passa a ter que observar, sob pena de nulidade, o porte econômico e os antecedentes fiscais do contribuinte; a Caso algum benefício ou incentivo fiscal concedido pelo Estado de Goiás seja julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o contribuinte não poderá ser autuado pelo uso daquele benefício ou incentivo; a Proibição para que o Estado fique impedido de responsabilizar por débitos tributários o sócio administrador sem prévio processo administrativo tributário; a Implantar no prazo de 180 dias contados da data de publicação da lei, um serviço gratuito e permanente de orientação e informação ao contribuinte.
A proposta normatiza a relação entre o contribuinte e a administração pública, dando eficácia a garantias e direitos, como prazos para procedimento fiscalizatório e a preservação do sigilo de dados. A iniciativa já vigora sob a forma de lei em Estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, sendo um importante instrumento para resguardar os direitos das empresas, principalmente, para as de médio e pequeno porte, uma vez que confere a elas tranquilidade para que produzam, gerem empregos e recolham os tributos devidos. Segundo o diretor da Comissão de Direito Tributário da OAB-GO, Thiago Miranda, atualmente um processo de fiscalização pode durar até cinco anos, e durante todo o período a empresa fica com documentação retida e com a possibilidade de ter que apresentar novas documentações ou provas, causando incertezas e dúvidas ao empresário. “O que o Código vai fazer é regular essa relação para que haja mais agilidade, a partir do estabelecimento de prazos até mesmo para a fiscalização que não poderá ultrapassar até 90 dias”, complementou.
Thiago Miranda acredita que o Código é uma das respostas para o anseio da sociedade brasileira de maior transparência dos governos, uma vez que haverá delimitação do que pode ou não ser feito, exigido e em qual tempo. Na justificativa do processo, o deputado Fábio de Sousa relata a importância da minuta: "O Código de Defesa do Contribuinte é uma lei que visa a harmonizar a relação entre o Fisco e o contribuinte, com o intuito principalmente de evitar abusos por ambas as partes. Visa, ainda, a reforçar e regulamentar os direitos e garantias já previstos na Constituição Federal", anotou.
DIREITO ◄► Atraso ANA HElENA BORGES
O que foi uma das maiores inovações na consolidação de direitos e obrigações trabalhistas se tornou um dos maiores marcos do retrocesso brasileiro quando o assunto é setor produtivo. Isto porque após 70 anos da Consolidação da Legislação Trabalhista (CLT) as relações entre empregador e empregado tiveram aproximadamente 500 novos acertos e ainda assim não atende a realidade do País, tornando o número de pedido de alterações ainda maiores: até maio deste ano a Câmara dos Deputados e o Senado computavam 569 propostas parlamentares em tramitação sugerindo mudanças na CLT. Criada por meio de um decreto-lei em 1º de maio de 1943, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas (19371945), a CLT conta com os mesmos 922 artigos desde que nasceu. Entre as novidades nascidas com a regulamentação estavam as férias, fundo de garantia, pagamento de horas extras, segurodesemprego e diversos outros benefícios e exigências que estão relacionados com a época de sua criação, e não à do século da tecnologia e do home office. Segundo informações das casas legislativas as disparidades tornam a CLT uma das legislações com maior alvo de projetos de leis. Do Total, 437 foram iniciados na Câmara dos Deputados e os demais 132 no Senado. Independente da instância o revelado com o elevado número de pedidos é a urgência em mudanças efetivas. Até mesmo porque, constantemente, a legislação trabalhista é motivo para críticas à Justiça brasileira, já que nem mesmo ela tem compreensão única dos textos normativos. “As leis precisam ser mais claras, mais seguras de forma a ser possível que todos entendam as exigências. Hoje até mesmo o TST (Tribunal Superior do Trabalho) não tem uma compreensão unanime e consolidada, o que gera conclusões diferentes sobre o
70 anos de modernidade e retrocesso CLT se tornou um dos maiores indicativos que a legislação brasileira não acompanhou os avanços do País 30 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013
Alexandre Furlan, da CNI mesmo tema”, explica o advogado e presidente do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT), Rafael Lara. Para Lara a modernização da CLT deveria ser tratada como tema urgente, por ela “não refletir mais a realidade do Brasil”. Entre os pontos que devem ser alterados ele destaca a flexibilização das horas, moralização do seguro desemprego, de trabalho e maior objetividade na avaliação do que se refere à saúde e segurança. “O TST diz que tudo que for relativo à segurança e saúde não pode ser negociado, mas se formos avaliar profundamente tudo pode ser considerado questões de saúde e segurança, o que gera insegurança jurídica devido à difícil e contraditória compreensão.” O presidente do IGT diz também que é necessário se pensar nas empresas, tanto nas particularidades de cada segmento – uma vez que atualmente a CLT não faz distinções tendo em vista as especificidades da forma de trabalho de cada setor e tamanho da empresa – quanto em sua proteção. De acordo com Rafael Lara, a falta de proteção à empresa gerou também um ciclo de “maus trabalhadores”, que é mais evidente na construção civil. Isto porque – conforme afirma o advogado – há uma grande parcela da mão de obra que passou a forçar a demissão após seis meses de trabalho, com a finalidade de receber o seguro-desemprego e, ainda, com a possibilidade de mover uma ação contra a empresa por motivo
fútil ou pela falta de informação do empregador que faz, na maioria das vezes, a rescisão direta gerando precedentes para ações indenizatórias. “É impossível não ficar refém, se, por exemplo, a empresa cria algum tipo de benefício para dar maior qualidade de trabalho como extras, bônus, carros, entre outros. É possível que a Justiça possa incorporar a política de valorização no quadro salarial, onerando ainda mais o custo de uma demissão que já é muito alto”, enfatiza. Autora do projeto que resume os pontos mais urgentes de alteração, segundo o setor produtivo, e também sugestões de novo tratamento, chamado “101 propostas para Modernização Trabalhista”, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) há vários anos luta pela consolidação das mudanças e em especial da regulamentação da terceirização. Mesmo sendo comum no Brasil – e uma das principais ferramentas de contratação de serviços especializados em todo o mundo – ainda não possui normatização e é, constantemente, alvo de questionamentos de centrais sindicais. O vice-presidente da entidade, Alexandre Furlan, acredita que o tema (terceirização) não ter recebido convenção jurídica é um dos maiores indicativos que a legislação trabalhista não acompanhou o crescimento do País e sua nova ordem econômica. “É uma necessidade no País e não pressão dos empresários. É uma forma moderna de organizar, de fomentar a especialização, melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a profissionalização, de chamar alguém especializado quando necessário. Não existe empresa que não terceirize. Especialidade é eficiência”, relata. Dados da CNI apontam que o serviço público é um dos maiores beneficiados pelo mecanismo, e que empresas ligadas ao governo federal, como a Petrobrás, chegam a utilizar mais de 80% da mão de obra por meio de terceirização. E que os maiores problemas são oriundos deste setor devido a subsidia-
“A Justiça do Trabalho virou um parque de diversões, os trabalhadores entram com ação contra a empresa mesmo sem direitos apenas por precisão como na há avaliação sobre as necessidades de cada empresa, nem mesmo uma proteção para o setor produtivo, elas quase sempre acabam condenadas, se tornaram vítimas da CLT.” Rafael Lara, advogado e presidente do IGT riedade solidária e a falta de fiscalização. A grande discussão em relação ao tema é a alegação que a terceirização diminuiria os postos de trabalho, possibilidade que o vice-presidente Furlan descarta por assegurar que é hoje a “atividade que mais formaliza trabalhadores”, por ser uma estrutura moderna, sendo essencial para a economia por aumentar os níveis de qualificação de mão de obra e também incentivar o empreendedorismo. Furlan argumenta ainda que se ater a tais prerrogativas demonstram o retrocesso do sistema trabalhista brasileiro em relação ao restante do mundo. “Não é a terceirização que precariza”, ostenta.
GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 31
EMPREGO ◄► Trabalho
Home office, o sonho de muitos Exercer a profissão em casa é opção de muitos profissionais das mais variadas áreas, mas é preciso muita disciplina PAulA AlANA OlIVEIRA
E
quem nunca sonhou em trabalhar em casa? Não precisar enfrentar o trânsito das grandes cidades, poder acompanhar os filhos em seu dia a dia, fazer seu próprio horário e ficar longe do chefe. Sim, o Home Office é a mais nova prática de trabalho adotada por muitos. E o primeiro dia de trabalho em casa é uma festa. Você escolhe uma poltrona macia, coloca o notebook no colo, apóia as pernas sobre uma banqueta. Depois, passa para a cadeira da cozinha, fica ali desajeitado com o computador sobre a mesa. Walison Verissimo, proprietário de uma Agência de Propaganda, tem seu home office há 8 anos. Ele conta que quando montou seu escritório em casa, foi por uma necessidade de se ter um ambiente para estudar, “Montei meu escritório, para fazer trabalhos da faculdade e ter um local para guardar meus livros e demais objetos”, diz. Com a correria do dia a dia, se deslocar de casa e ir até ao local de trabalho, exige paciência e tempo. Com isso, muitos profissionais estão optando por praticidade, montando então um home office em sua própria casa. Segundo a Arquiteta Ana Maria Mil-
Ana Maria Miller, arquiteta ler, não existe um perfil definido para aqueles que optam por um home office, algumas pessoas simplesmente montam um escritório em casa por ser organizado. “Alguns clientes simplesmente buscam este espaço para cuidar da administração da casa ou ter um local onde seus filhos possam estudar”, diz. Walison acabou gostando da ideia após montar seu home office e com o
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Daniel Gomes, gestor de RH trânsito caótico de Goiânia ele começou optar em trabalhar alguns dias da semana em casa. “Com a vida corrida do dia-a-dia, às vezes acabo usando o espaço para fazer as coisas da empresa em casa. Assim tenho mais praticidade e economia de tempo, não preciso gastar mais de 30 minutos para chegar ao escritório”, diz Veríssimo. De acordo com Ana Maria, a demanda por este tipo de projeto em Goiâ-
nia tem crescido demasiadamente, muitos estão entrando na onda do Home Office e adotando a ideia. “Desde o início da minha carreira como arquiteta, meus clientes solicitavam esse ambiente em seus projetos. Só não o denominávamos como home office, e sim, como escritório. “E agora com esse novo conceito, a busca por esse segmento tem sido muito procurada’’, conta. Quem tem filhos sabe o quanto é difícil trabalhar e dar atenção. Muitas mães acabam optando por uma escola de tempo integral, uma babá, ou até mesmo uma creche. Mas este não foi o caso de Daniela Genovese, que optou por montar seu home office e cuidar da filha Debora de 7 anos. “Optei por ficar em casa cuidando da minha filha, pois assim posso acompanhar o crescimento dela e o melhor, posso trabalhar de pijama”, diz Daniela. Ela, que tem seu escritório em casa há 6 anos, e não se arrepende da escolha. “Sou editora de imagens e web designer, sempre gostei de internet, computador, então comecei a fazer sites e gifs animados. Atualmente tenho meu site de molduras e ganho a vida assim, trabalhando em casa perto da minha filhota.” A dificuldade para se concentrar no trabalho lidera o ranking de desvantagens do home office. Muitos acabam perdendo atenção com os filhos e prejudicando o trabalho. Daniela conta que a única desvantagem e a falta de tempo para sua vida pessoal. “Não tenho final de expediente, final de semana nem férias”, conta. Já Walison diz que o psicológico muitas vezes atrapalha muito, pois não consegue diferenciar casa e trabalho. “Esse é o mais difícil de lidar, pois, muitas vezes, por estar em casa a concentração não é a mesma, porém, eu consigo separar as duas coisas”, diz ele. Veríssimo conta que já houve ca-
Dicas para trabalhar em casa a Ter disciplina – Definir os horários para inicio e fim do expediente; a Ter foco – Não se deixar interromper pelos estímulos à dispersão (Filhos, animais, atividades domésticas). a Administrar bem o tempo – Definir com antecedência as atividades prioritárias para o dia, lembrando sempre de separar em torno de 25% do tempo para as demandas emergências que possam surgir no decorrer do expediente. Seria ótimo aproveitar também o tempo extra que este profissional possui, tendo em vista que não gasta tempo com o deslocamento de Casa x Trabalho – Trabalho x Casa, que chega a consumir de 3 a 4 horas diária da maioria dos profissionais; a Ter uma estrutura de trabalho adequada ergonomicamente – Cadeira / Mesa dentro dos padrões de conforto e segurança para evitar fadiga e/ou dores por provocados por constante má postura.
sos em que amigos que também têm home office, para conseguir se concentrar se vestem com terno e gravata, para simular que estão na empresa, e conseguirem desempenhar o mesmo papel que no ambiente de trabalho. Não saber diferenciar trabalho e vida pessoal é uma das grandes reclamações, portanto o profissional que deseja optar em trabalhar em casa deve buscar um consultor para saber se tem o perfil correto. Outra desvantagem é o local inapropriado, muitos que optaram em montar um home não buscam a ajuda de um profissional e acaba comprando uma cadeira desconfortável, um móvel errado. Ana Maria Miller explica: “É de extrema importância que se busque um profissional para um projeto desse tipo, pois assim vamos investir
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em uma boa poltrona, móveis que respeitem os conceitos de ergometria e iluminação adequada à leitura e produção textual, por exemplo.” De acordo com Miller, é possível montar um bom escritório com apenas R$ 1,5 mil. Em um espaço de 5 m2, já é possível se criar um eficiente home office. Perguntamos ao Gestor de Recursos Humanos, Daniel Gomes, qual o perfil que a pessoa deve ter para trabalhar com Home Office. Segundo ele, a pessoa deve ter um perfil empreendedor, ou seja, de um profissional. “É importante que quem for trabalhar remotamente se sinta dono do negócio e que se auto gerencie, que esteja principalmente focado na atividade a ser executada para evitar dispersões e, por consequência, perda de produtividade”, conclui Daniel.
MARKETING ◄► Internet
Compensa investir em mídia digital Especialistas apontam que mídia digital vai receber 20% das verbas publicitárias até 2017 PEDRO NuNES
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previsão dos especialistas é que até 2017, 20% de toda a verba destinada à mídia seja para o mercado digital - o equivalente a 4 bilhões de dólares. Este número foi apresentado na 2º Conferência Internacional de Estratégias de Comunicações Digitais, em junho, promovida pelo jornal A Redação, no Castro’s Park Hotel em Goiânia. Para os palestrantes do evento não há dúvidas: compensa, e muito, investir no meio online. A dúvida aparece na forma de se aplicar. Para o CEO da agência digital DRB, Lucas de Paula Lima, a mídia digital já é uma realidade. Ele conta que as vendas online, apenas no Brasil, já renderam R$ 24 bilhões. Mas para Lucas, o que falta para as agências é um profissional especializado que consiga dominar e vender bem os resultados alcançados com as ferramentas digitais. "Muitas empresas ainda encaram as mídias digitais e seus benefícios como bruxaria, como algo muito difícil de ser atestado. Posso afirmar com toda certeza que não é", avalia. De acordo com o CEO, o diferencial que está mídia oferece, em relação aos outros meios de comunicação, é o poder de saber a origem do usuário, entendendo melhor o cliente e tendo contato direto com o público alvo. “Uma das
Helisson Lemos, do Mercado Livre maiores vantagens em adotar o uso de canais digitais como forma de comunicação é a possibilidade de monitorar tudo o que acontece, desde o clique do usuário, o que ele faz no site até o tempo de navegação em cada página.” Para o diretor-geral do Mercado Livre, Helisson Lemos, o mercado de publicidade caminha cada vez mais para ser digital. “Estamos comemorando o fato de que, pela primeira vez, os investimentos em publicidade online superaram os de mídia imprensa no Brasil, algo que já tinha ocorrido em outros países como
Lucas Lima, da agência DBR EUA e Inglaterra. Isso comprova o potencial deste mercado”, explica o diretor. A empresa online está atualmente entre as 50 maiores da categoria no mundo Helisson lembra que o Mercado Livre era considerado um brechó online e, hoje, 80% dos produtos vendidos na rede são novos. Mas ele conta que a essência da empresa não se perdeu. “Mesmo com essa mudança, os usados ainda têm um efeito complementar muito grande. Nossa linha de automóveis, por exemplo, é a mais procurada no País.”
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COMUNICAÇÃO ◄► Acieg
Site da Acieg agora é o Portal do Empresário Novo site da Acieg traz mais possibilidades de interação e se torna um portal de informações e serviços para o empresário
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ançado no dia 22 de agosto, o novo site da Acieg – o Portal do Empresário – foi desenvolvido pela Agência Putz!, com o objetivo de tornar o hotsite mais interativo e dinâmico para o empresário. Dividido por segmentos, o portal traz novidades como área para o Vapt Vupt, Desconto Empresarial, possibilidade de pré-fi-
liação online e de cadastro de eventos, mais espaço para a veiculação de informações dos parceiros da entidade, além de uma agenda para que o usuário possa acompanhar o dia a dia da Acieg. De acordo com diretor de Marketing da Agência Putz!, Maikell Reis, o novo layout foi desenvolvido com vistas a tornar a navegação mais senso-
rial, com conteúdo disposto de forma sistemática para os empresários, sem que houvesse perdas na identidade imparcial da Associação. “Suavizamos o layout e priorizamos as possibilidades de interação e navegação. A ideia era torná-lo atual, moderno e mais ‘clean’, que fosse uma demonstração da importância da Acieg para a sociedade”, explica.
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A postagem do conteúdo é feita pelo sistema WordPress, que é um dos gerenciadores mais utilizados no cenário nacional, segundo o diretor. “O WordPress foi escolhido por ser uma plataforma de fácil operação, o que torna o processo de postagem e edição de conteúdo mais rápido”, relata. MARKETING DIGITAL
O diretor executivo da Agência Putz! conta que, ao formatar o projeto, a equipe buscou trazer para o empresário um modelo de marketing digital. “É um portal moderno e interativo, que permite o estabelecimento de uma comunicação mais rápida e um suporte de serviços para os associados”, ressalta. A busca por exemplificar as características de um site voltado para o marketing digital reflete as possibilidades do setor, que hoje é um dos maiores influenciadores de consumo: cada consumidor acessa a internet, em média, três vezes para pesquisar o produto ou serviço antes da compra, conforme pesquisa da consultoria norte-americana, McKinsey. E as informações quando positivas e encontradas fa-
Adriano e Maikell, da Agência Putz: projeto prevê marketing digital cilmente – elevam o faturamento da empresa em até 18%. Adriano Pinheiro diz que o crescimento exponencial dos números de performance do “online” nos últimos anos é um indicativo de que as empresas que não trabalharem com a integração entre o “on” e o “off” estão “fadadas a ficarem obsoletas devido à mudança cultural sobre o novo condicionamento da informação na velocidade em que se espera”. Para ele a forma com que a empresa se apresenta no mundo virtual é uma “representação das em-
“O novo site agradou a entidade e aos empresários que começaram a buscar o site para anunciar suas marcas. Esse era um dos objetivos” HELENIR QUEIROZ presidente da Acieg
presas” o que leva à somatória de percepções, ou seja, se a empresa não possui uma boa imagem na internet o consumidor irá concluir que fora do mundo virtual também não, assim como o contrário também ocorre. DIGITAL EFICIENTE
O diretor da Agência Putz comenta que a maior parte de uma imagem positiva na internet provém de um marketing digital eficiente, por isto é necessário ter acompanhamento de profissionais especializados na área.
Dicas para se posicionar bem na internet a Sites e redes sociais devem buscar aproximação comercial com o cliente, mas isto tem que ser uma via de mão dupla em que os dois participam. a Nossa vida é bombardeada de informações e publicidade, na internet o poder de escolha do que se quer ver é maior então é preciso despertar interesse do consumidor. Para fazer isto é preciso lançar, promover e transferir informações de interesse dele, e permitir que ele interaja com elas. a A interação é “a alma do negócio online”. a É preciso uma boa estratégia, um bom site, um excelente material digital, presença nas redes sociais. Mas nada adiantará se toda a informação gerada não tiver credibilidade. a Gere informações e responda o cliente em alta velocidade. Não adianta somente estar na internet, é preciso marcar presença.
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cenário econômico NOVO SHOPPING
“A economia é extremamente útil como forma de emprego para os economistas.” JOHN GALBRAITH
CARGA EXTRA CONTA ANTIGA - Os empresários brasileiros ainda pagam ao governo uma conta que já foi quitada em 2012. Hoje, um trabalhador demitido sem justa causa recebe 40% do que tem no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como multa e o empregador paga mais 10% para o governo manter no saldo de patrimônio do fundo. Essa taxa adicional foi criada em 2001 para ajudar a cobrir uma dívida bilionária do FGTS junto a trabalhadores lesados nos planos Verão e Collor 1.
Passeio das Águas O Passeio das Águas Shopping, o maior shopping da região Centro-Oeste do Brasil, abre suas portas no dia 30 de outubro. O empreendimento da Sonae Sierra Brasil, incorporadora, proprietária e administradora de shopping centers, teve investimento de mais de R$ 384 milhões e deve gerar mais de 6.300 empregos diretos. O Shopping contará com 78,1 mil m² de ABL (Área Bruta Locável) distribuídas em 267 operações, sendo 10 lojas âncoras, nove semiâncoras, 206 satélites, entre elas 27 opções de fast-food e nove restaurantes. Marcas renomadas farão parte do novo empreendimento. Entre elas, algumas inéditas na cidade, como Artex (cama, mesa e banho), Etna (móveis e decoração), Striker Boliche, Zelo e outras marcas consagradas, tais como C&A, Cinemark (com sete salas de cinema), Eletrosom, Marisa, MMartan, Renner, Riachuelo e Ri Happy, entre outras. Grifes locais também estarão presentes, como Dolce Vita, Flavio´s Calçados, Fujiclick, Novo Mundo, Pactus, Primetek, Purpurina Flor/Ginger Man, Shopping dos Cosméticos, além da operação de alimentação Jerivá, entre outras.
TAMANHO DA CONTA - Segundo cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante os 11 anos em que a regra esteve em vigor, os empresários desembolsaram R$ 45,3 bilhões para reequilibrar as contas do FGTS. A última parcela das dívidas geradas com os planos econômicos foi paga em junho de 2012. A CNI calcula que, entre julho de 2012 e abril de 2013, os empresários tiveram de arcar com R$ 2,7 bilhões. SEM SENTIDO - Para o economista Cláudio Henrique de Oliveira a cobrança não tem mais sentido. “Essa compensação para recompor o fundo já foi ultrapassada. O que era provisório ficou permanente”, avalia. De acordo com o economista, esse adicional tem servido desde então para outros propósitos, como projetos sociais ou de infraestrutura.
INVESTIMENTO - Para o empresário Antônio
SEFAZ
Recuperar já começou A Secretaria da Fazenda iniciou dia 30 de setembro a adesão ao Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Pública Estadual (Recuperar) para contribuintes em débito de ICMS, IPVA e ITCD. O maior desconto, que isenta o pagamento de juros e multas, é concedido àqueles que pagarem a dívida à vista até 11 de outubro. Segundo o secretário da Fazenda, José Taveira, a expectativa é arrecadar R$ 160 milhões até o final deste ano, mas apenas 40% ficam no Tesouro estadual, após partilha com as vinculações constitucionais.“O Recuperar tem efeitos positivos nos municípios, pois eles também maximizam suas receitas”, declarou. Afinal, os municípios recebem 25% do ICMS e 50% do IPVA. Para 2014, a previsão é arrecadar R$ 111 milhões.
Almeida, da gráfica Pronta Editora, esse adicional poderia ser utilizado para melhorar a sua empresa. “O impacto é muito grande. Com esse valor, que já é alto, mais a multa adicional, eu poderia estar investindo em equipamentos e em tecnologia para a minha empresa. Além disso, poderia melhorar as condições de trabalho e os salários dos meus empregados”, revela.
DIlMA VETOu - Os deputados federais chegaram a aprovar em agosto, por 315 votos a favor e 95 contra, o projeto de lei que extingue a cobrança da multa rescisória de 10% sobre o saldo do FGTS. Porém, a presidente Dilma Rousseff vetou o projeto, alegando uma inadequação orçamentário-financeira e que o projeto “geraria um impacto superior a R$ 3 bilhões por ano nas contas do FGTS”.
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O SONHO DE SER PATRÃO A maioria dos brasileiros prefere ter um negócio próprio a fazer carreira em uma empresa. Virar patrão só perde na lista de anseios para uma viagem pelo Brasil e a compra da casa própria. É o que mostra a pesquisa “GEM – Global Entrepreneurship Monitor: Empreendedorismo no Brasil 2012″.
EVENTOS AGENDE-SE
Fusões e aquisições Acieg e OAB-GO realizam encontro no dia 31 de outubro, às 9 horas, para apresentar um panorama das operações de fusões e aquisições. O evento será na ACIEG, com o advogado Samuel Carvalho Gaudêncio (NGMTLaw), apresentando o tema. O debate ocorrerá com Marlos Nogueira (NOM AC) e Cássius Pimenta (MAROL). O objetivo do evento é debater o contexto em que as tais transações são realizadas e o processo de seu desenvolvimento, a racionalidade dos agentes, as estruturas jurídicas mais utilizadas e a moldura legal aplicável, a compreensão de questões e pontos mais negociados, bem como compreender o pano de fundo global em que estamos inseridos neste mercado são assuntos de interesse para o público goiano.
Google Business Group A AJE Goiás inova e cria o Google Business Group - GBG Goiânia, para promover acesso ao conhecimento do mundo Google voltado para empresas. O grupo é aberto a empreendedores que querem conhecer como o Google pode aprimorar processos de trabalho e como a tecnologia pode ser a grande aliada para o crescimento empresarial. Evento de lançamento será dia 17 de outubro, às 19h. Não deixe para a última hora pois as vagas são limitadas.
Café com a Presidente A próxima edição do Café com a Presidente será realizada no dia 15 de outubro, às 9 horas, na sede da Associação. O evento, lançado em setembro deste ano, visa a dar boas vindas aos novos associados e apresentar a instituição, suas atividades, serviços e benefícios mais profundamente. A partir do encontro feito com vinte empresários, por edição, a Acieg tem a oportunidade de conhecer a realidade das empresas associadas e seus anseios.
Diretoria Acieg O anual Jantar de Diretoria da Acieg de 2013 já tem data marcada: será no dia 5 de dezembro, a partir das 19 horas, também na sede da Associação. A confraternização reúne empresários e gestores das empresas que compõem a diretoria da Associação, bem como seus acompanhantes, em uma noite animada para celebrar as conquistas do período.
NOVA GESTÃO
Acieg Jovem O empresário Leopoldo Veiga Jardim será o novo presidente da Acieg Jovem, com a sucessão a Diego Siqueira Santos ocorrendo no início do próximo ano. No entanto, o planejamento estratégico da nova gestão já começou. No último dia 3, o professor Edward Guimarães conduziu o Laboratório de Diagnóstico Estratégico, uma metodologia criada e amplamente testada pela Bonum Consultoria Empresarial e que permite conhecer profundamente os condicionantes do desenvolvimento organizacional, sendo a primeira etapa para a elaboração de um planejamento estratégico consistente. O mandato da nova gestão vai de 2014 a 2017.
RECORDE
Balança comercial A balança comercial goiana atingiu marca histórica, ao consolidar saldo comercial de US$ 2,018 bilhões, no período de janeiro a setembro deste ano. O valor é maior do que o recorde anterior registrado no ano de 2012 quando o superávit anual atingiu a cifra de US$ 2,011 bilhões. O saldo obtido é fruto das exportações do período acumuladas em US$ 5,346 bilhões e das importações de US$ 3,327 bilhões. Segundo o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, o segredo do sucesso do comércio exterior goiano está na ousadia dos goianos em produzir produtos competitivos, que chegam a mais de 150 diferentes países. Ele admite que a venda de produtos básicos ainda prevalece na pauta dos produtos goianos, entretanto, ele afirma que o Governo de Goiás tem envidado todos os esforços para que o Estado consiga nos próximos anos melhorar a performance dos produtos industrializados. “Estamos trabalhando fortemente para que o nosso Estado se consolide cada vez mais como um centro produtor de manufaturados e semimanufaturados.”
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CARREIRA ◄► Profissões
Em qual profissão vou me dar bem? Será que existe poucas vagas ou profissionais demais? Saiba como fazer a escolha certa entre tantas carreiras em alta PAULA ALANA OLIVEIRA
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scolher quais rumos tomar na hora de decidir uma profissão é uma tarefa difícil. Possivelmente ao entrar em um curso superior à área que escolheu pode estar em alta no mercado, porém ao terminar o curso, talvez outras profissões já tenham ocupado o lugar do ranking de melhores carreiras. Segundo estudos divulgados pela Headhunters, uma das maiores consultorias de recrutamento do Brasil, as mudanças na economia do País, o excesso de formandos no mercado e os avanços tecnológicos colocaram algumas profissões na lista das baixas contratações no mercado de trabalho, entre eles Direito, Jornalismo, Sociologia, Antropologia, Psicologia, História e Geografia.
A maioria das profissões divulgadas na pesquisa está na área de humanas, justamente a área do conhecimento que oferece mais vagas em faculdades e, portanto, colocam mais recém-formados ano a ano disputando espaço no mercado de trabalho. Segundo a presidente da ABRH Dilze Percilio, fazer um teste de aderência profissional é uma boa alternativa para não errar na hora de escolher a profissão. “Primeiramente o profissional precisar ver claramente qual é seu objetivo de vida e de carreira, depois ver quais são suas vocações e se possível verificar o valor de mercado que cada profissão tem. Ou seja, para quais áreas e cargos o mercado paga mais e oferecem mais oportunidades de vagas”. Dilze conta que na hora de optar por um curso superior é de extrema relevância levar em conta o custo do investimento e quanto o mercado remunera esta área escolhida. “Talvez investir em uma formação em nível técnico ou tecnólogo, onde tenha muita demanda e paga quase igual às profissões que exigem curso superior seja uma boa opção profissional”. ESCOLHAS
Anderson Rios que, possui duas graduações na área de humanas, a primeira em Administração e a segunda em Jornalismo, porém trabalha atualmente com marketing em uma grande indústria goiana, por causa das dificuldades encontradas para conseguir uma vaga nas áreas de formação original. “Cursei Administração e depois iniciei o Jornalismo. O primeiro curso é muito abrangente, dificilmente você se especializa em algo então fui tentar outro curso, porém o mercado aqui de Goiânia não oferece grandes oportunidades para profissionais de jornalismo, foi aí que migrei para o marketing” diz Anderson. Anderson Rios conta que se especializou na atual função e não se arrepende das demais graduações. “Levo muito dos meus dois cursos superiores, utilizo o que aprendi diariamente, seja na comunicação como na administração. Hoje olho para trás e não me arrependo das escolhas que fiz, mas se eu pudesse voltar ao passado certamente eu olharia com outros olhos o mercado e procuraria especializar em uma das graduações.” De acordo com a presidente da ABRH, a culpa de existir esse índice de carreiras em alto e baixo mercado é tanto dos empregadores quanto o empregador. “Infelizmente os profissionais são vitimas de dois vilões do mercado de trabalho: o primeiro é o selecionador que não consegue identificar as habilidades dos candida-
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tos, ficando apenas em seu histórico profissional, ou seja, se a vaga é para Gerente de Atendimento, e não existir esse cargo no currículo do candidato, o recrutador nem olha.” Dilze conta que é importante o empregador não fixar apenas itens da vaga descrita, porém ver com outros olhos que aquele profissional formado em jornalismo ou pedagogo poderia ser um excelente profissional de RH no subsistema de Comunicação Interna ou Treinamento. “Mas o maior vilão é o próprio profissional, que não se vê como um ‘complexo de habilidades e competências’, e se define apenas por seu histórico profissional e curso”, diz Dilze.
Ao contrário das carreiras em baixa colocação no mercado, existe aquelas que estão no topo das contratações como revela o estudo realizado pela Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN), a pesquisa trouxe à tona informações importantes sobre as áreas de formação mais relevantes, no que se refere a aumento salarial alcançado e à procura por parte dos empregadores. Constatou-se que áreas como medicina, militar, engenharia (diversas especialidades, influenciadas logicamente pela Copa, Olimpíadas e pelas ações do PAC), além de arquitetura e estatística estão entre as mais valorizadas da última década. A pesquisa da BRAiN se fundamenta
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nos indicadores fornecidos pelos censos de 2000 e 2010 e traça um perfil comparativo entre os rendimentos de profissionais de nível superior e os de nível intermediário. Uma das conclusões a que chegou o estudo é que, em algumas áreas, a diferença salarial entre esses níveis de escolaridade chegava a mais de 250% no ano de 2010. Portanto, ainda vale à pena buscar uma formação que vá além do nível médio geral. Outro dado interessante do estudo diz respeito à permanência do profissional, quando inserido no mercado de trabalho, em sua área de formação. Nesse quesito, profissionais de áreas como medicina e arquitetura se sobressaíram.
CLUBE DO DESCONTO ◄► Canal de venda
Ofereça seu produto aos servidores Empresas cadastradas no Clube do Servidor poderão se beneficiar com descontos em produtos PAULA ALANA DE OLIVEIRA
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om o objetivo de promover a realização de parcerias entre empresas privadas de vários segmentos, o Clube do Desconto foi criado em julho deste ano e deve trazer mais facilidade ao empresário goiano na busca por preços mais competitivos. O projeto, instituído pelo Decreto nº 7.931, faz parte da Política Estadual de Apoio e Benefícios ao Servidor, que integra o Programa de Gestão e Valorização dos Servidores Públicos do Governo do Estado. O clube funciona da seguinte maneira: o dono de uma empresa de um determinado segmento se cadastra oferecendo descontos de seus produtos voltados exclusivamente para o servidor estadual, assim o clube busca atender o servidor em suas diversas necessidades do dia a dia, uma forma de facilitar a vida do funcionário público. A iniciativa já existe em outros Estados do País, como São Paulo, Bahia e Espirito Santo. O servidor terá acesso ao clube por meio do Portal do Servidor
que deve começar a funcionar em setembro. No portal haverá uma lista com as empresas associadas ao clube e o percentual de desconto oferecido. “Os descontos vão do pet shopping à farmácia, da loja de roupas até a fábrica de malhas. Esse projeto é uma ótima oportunidade do servidor público aproveitar os descontos das empresas cadastradas”, afirma a gerente de Apoio e Benefícios ao Servidor, Rosa Donzelli. Segundo a gerente, a empresa escolhe o valor de desconto a ser oferecido conforme sua preferência e necessidade. “Para se ter uma ideia algumas empresas chegam a ofertar 30% de desconto para os cadastrados no Clube e isso de fato é muito importante, pois no final do mês todos os cadastrados terão uma economia significativa em seus orçamentos”, diz Rosa. CADASTRO
O cadastro de participação na rede deve ser feito no Vapt Vupt Empresarial da Acieg, e está disponível desde o dia 1º de agosto. Não há cobranças de taxas e uma vez assinado o termo a empresa terá de oferecer obrigatoriamente
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Rosa Donzelli: oportunidade os descontos propostos no documento. Os documentos exigidos são: contrato social devidamente atualizado e com firma reconhecida; uma linha de telefone fixo; além de ter como responsável pela parceria o diretor ou proprietário da empresa, registrada em cartório, ou terceiro, munido de procuração, mediante comprovação por meio do contrato social.
PREÇOS ◄► Alimentação
Inflação para o empresário Alta generalizada de preços também prejudica empresas Famosa por suas casas noturnas, bares e restaurantes a cidade de Goiânia é uma ótima opção para quem deseja comida gostosa e badalação. Porém, sair para comer e beber fora tem se tornado uma opção quase extinta da lista dos goianienses, pois com a alta na inflação o custo de uma noite vai aos céus. Sem falar no famoso café da manhã, no acumulado de 12 meses, nem o popular pão com ovo escapa da alta dos preços dos alimentos, grupo persistentemente acima da média geral dos principais indicadores. Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação medida pelo IPC-10 dos itens que compõem o café da manhã acumula alta de 14,64%, quase nove pontos superior à média do índice, 5,65%. Prejuízo para João Batista, proprietário da panificadora Bello Pão, há cinco anos. Ele que conta como esta difícil manter o funcionamento de sua padaria com os preços tão altos. “A situação está muito complicada, a inflação tem prejudicado bastante os lucros dos empresários. Já pensei até em deixar o ramo e tentar outro segmento”, diz ele. De acordo com a FGV, os destaques da alta são o pão francês, com alta de 12,45%, puxado pela alta do preço do trigo importado em dólar, e o leite longa vida, vilão do primeiro semestre que continua pressionado, aumentando mais de 30% em 12 meses. João Batista relata que atualmente
Newton Pereira, do Cateretê possui 24 funcionários em sua padaria, mas já pensa em uma solução para não sofrer tantos danos sem não repassar a alta para seus clientes; para isso a dispensa de funcionários é uma opção. “Já estou pensando na implantação de um auto-serviço na panificadora, assim, irei diminuir o quadro de funcionários e não afetarei o bolso dos meus clientes, até por que se o preço aumentar os clientes somem e o prejuízo é ainda maior”. Só na primeira semana de outubro o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para alta de
0,38%, depois de variar 0,30% na última semana de setembro, de acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na atual apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram variações mais altas. A maior contribuição partiu do grupo alimentação, cuja taxa subiu de 0,14% no fim de setembro para 0,41% no início de outubro. Não é apenas o proprietário da padaria que tem sofrido com a alta da inflação nos últimos meses. O dono de um dos grandes restaurantes de Goiânia também demostra a grande preocupação com o aumento desordenado da taxa nos alimentos: Newton Emerson Pereira proprietário do bar e restaurante Cateretê, mostra sua indignação. “Só do começo do ano até agora, tive que reduzir mais de 12% do número dos meus funcionários, pois com a alta nos preços, o movimento tem diminuído bastante e, com isso, o número dos meus funcionários. É uma situação lamentável”, desabafa.
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CANAL DE VENDAS ◄► CadFor
Quer vender seu produto para o governo? Vapt Vupt Empresarial da Acieg realizou 591 cadastros de fornecedores apenas no primeiro semestre de 2013
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m cliente antigo pode estar sendo deixado de lado pelo empresariado goiano: o governo. E este cliente pode ser uma grande oportunidade para a formação de novos negócios e crescimento nas vendas. Seja na comercialização de produtos, ou na prestação de serviços, o primeiro passo para se tornar um fornecedor do Estado é o Cadastro de Fornecedores (CadFor), realizado no Vapt Vupt Empresarial da Acieg, que somente no primeiro semestre deste ano já registrou 591 novos cadastros. O superintendente de Suprimentos e Logística da Segplan, Antônio Eurípedes de Lima, afirma que qualquer empresário que deseja se tornar fornecedor de algum produto ou serviço para o Estado deve passar obrigatoriamente pelo processo de registro no CadFor. De acordo com o superintendente, esta inscrição é ne-
Antônio Lima: Só dois lugares no Estado fazem o Cadfor, na Acieg e Juceg cessária, tanto para a realização de contratações, quanto para a geração de empenhos com o governo. Ele revela ainda que, independente da cidade onde o empresário se encontra, só há dois lugares em Goiás em que é possível fazer o
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cadastramento. “Apenas dois lugares no Estado realizam o CadFor: o Vapt Vupt Empresarial da Acieg e da Juceg.” Segundo Antônio Eurípedes, os locais foram escolhidos por tornarem mais rápida a conclusão dos processos que marcam a rela-
ção entre governo e empresas. “O local é um facilitador, pois nele há todos os órgãos envolvidos, se confere toda a documentação e isso traz mais agilidade para os empresários e para o Estado.” Com a conclusão do cadastro e, não havendo nenhuma pendência nos documentos, há a liberação do Certificado de Registro Cadastral (CRC). A apresentação do CRC substitui documentos como a Habilitação Jurídica e a Regularidade Fiscal, e comprova a qualificação econômico-financeira nos processos licitatórios. Já com o CRC em mãos, o empresário pode concluir a última etapa para se tornar um fornecedor estadual e fazer a sua última inscrição, no site do ComprasNet.go - sistema eletrônico de gestão de compras. Após a conclusão da última etapa, a empresa é considerada apta a realizar serviços ou oferecer produtos para o governo estadual. FACILIDADE PARA O EMPRESÁRIO
Para o supervisor do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), Guilherme Rosa, o CadFor é a forma mais eficaz para se tornar um fornecedor do Estado. Registrado por meio do Vapt Vupt Empresarial da Acieg, o CIEE – conforme relata Guilherme Rosa – passou a ter maiores possibilidades de estabelecer um relacionamento comercial com o governo estadual. “O cadastro de fornecedores traz maior comodidade para nós, empresa. Além de facilitar a concretização de nossos projetos com o governo.” A Associação é agora responsável por administrar programas de estágio de vários órgãos e autarquias estaduais. “Quando surge uma vaga de estágio, entramos em contato com a empresa e depois com os interessados. Caso haja algum interesse das partes, agendamos a entrevista”, afirma.
Passo-a-passo Como se tornar um fornecedor do governo
1º Passo: Cadastro - CadFor A inscrição é necessária para a realização de contratações e para geração de empenhos com o governo. O Cadastro de Fornecedores (CadFor) pode ser realizado no Vapt Vupt Empresarial da Acieg. Este é o primeiro contato com o governo estadual e uma forma de interação entre as partes.
2º Passo: Certificação – CRC Após o cadastramento, não havendo nenhuma pendência na documentação, é emitido o Certificado de Registro Cadastral (CRC) aos empresários. A apresentação do CRC substitui alguns documentos necessários, como: a Habilitação Jurídica e a Regularidade Fiscal, e comprova ainda a qualificação econômica e financeira nos processos licitatórios.
3º Passo: Comércio - ComprasNet.go O ComprasNet.go permite duas modalidades de licitação: dispensa pelo valor e pregão (presencial e eletrônico). Os órgãos públicos, agências e fundações estaduais lançam suas necessidades de compra ou de contratação de serviços no site e aguardam o lance dos fornecedores. No caso de dispensa pelo valor, se negocia os lances. Já no caso dos pregões a negociação se estende até atingir o menor preço.
Vantagens - São várias as vantagens para ambas as partes neste processo. Para o fornecedor é uma forma de estabelecer um novo canal de negócios. - E para o governo, aumenta o poder de compra com a participação de um número maior de fornecedores cadastrados, o que possibilita a geração de ofertas com preços menores e de maior qualidade. O resultado dessa parceria é o fortalecimento da economia regional.
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BENEFÍCIO ◄► Justiça rápida
Empresários usam Corte de Concialiação para resolver pendências Processos que podem demorar de dois a cinco anos são resolvidos num período de 15 a 45 dias na 1º Corte de Conciliação e Arbitragem na sede da Acieg PEDRO NuNES
N
ewton Batista fez um negócio com uma prefeitura do interior e não recebeu o dinheiro. Depois de muitas viagens à cidadezinha e nenhum resultado, ele resolveu procurar a 1º Corte de Conciliação e Arbitragem, localizada na sede da Acieg, para tentar reaver o dinheiro que já era dado como perdido. Para sua surpresa, logo após a primeira audiência de conciliação, ele conseguiu negociar a dívida em algumas parcelas e recuperar o dinheiro. “Na época quando a gente ia atrás do pagamento sumia todo mundo, ninguém nos atendia. E para a minha sur-
O quE é? É uma forma opcional de Justiça que visa solucionar questões relativas a direitos patrimoniais disponíveis, (que possam ser negociados), via conciliação ou Arbitragem, a
presa, logo na primeira audiência, apareceu o prefeito, o tesoureiro e até o presidente da Câmara da cidade. Fizemos o acordo na primeira audiência”, revela. A Prefeitura devia R$ 12 mil e, após a audiência, a dívida foi parcelada em quatro vezes com valor de R$ 3mil. Na época Newton pagou aproximadamente R$ 100 e depois de 15 dias recebeu o primeiro pagamento. Bom negócio? Esse é um exemplo real do que a conciliação pode fazer. Newton Batista é advogado e tem mais de 30 anos de experiência na área. Além disso, ele utiliza a Corte de Conciliação há mais de 15 anos. “Eu sou um frequentador assíduo da Corte. Principalmente pela celeridade, pelo baixo
baixo custo, com rapidez, (15 a 60 dias) eficiência, de maneira definitiva, independente do valor da reclamação.
custo, pela eficácia e até pelo atendimento que se tem lá.” Ele conta que no Poder Judiciário o processo pode demorar de dois a três anos. Já na conciliação esse tempo pode ser reduzido. “Na Corte de Conciliação eu levo de 15 a 30 dias para conseguir um acordo.” Segundo o conciliador e árbitro da 1ª Corte de Conciliação e Arbitragem, José Costa Neto, a conciliação pode ser a solução para os empresários que possuem créditos vencidos. Na opinião do conciliador, a corte acaba com o problema que existia antigamente quando se contratava empresas de cobrança. “Hoje não. A corte faz essa cobrança indiretamente com um
CuSTO?
ONDE FICA
Os valores são de R$ 100 para associados e R$ 120 para não associados da Acieg para se realizar o protocolo da ação/reclamação mais o valor do mensageiro para intimar. Rua 14, 50, Setor Oeste, Goiânia
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corte de conciliação da acieg firma convênio com Universo A 1ª Corte de Conciliação e Arbitragem, localizada na sede da Acieg, formalizou no dia 19 de setembro o termo de convênio junto a Universidade Salgado de Oliveira (Universo), em reunião realizada com a participação dos coordenadores Marcus José de Oliveira e Ageu Cavalcante Lemos. A proposta será voltada para os estudantes de direito que precisam de horas complementares de estágio na área para se formarem. A ideia surgiu após alguns apelos dos alunos da Universidade. “Nós tivemos alguns relatos dos alunos que tiveram dificuldade em poder participar das cortes, mesmo porque eles precisam de horas complementares”, afirma Ageu Cavalcante Lemos, também gestor do Núcleo de Práticas Jurídicas. Para ele, essa parceria será proveitosa para as duas partes. “Penso eu que para a corte também seja proveitosa essa parceria porque acaba divulgando as suas atividades. Já para a Universidade, poder levar a prática aos acadêmicos e permitir que eles visualizem o que aprendem na sala de aula no aspecto prático é de extrema importância.” O professor de direito e representante da parceria com a Universo, Éder Araújo, conta que esse convênio vai capacitar, de maneira específica, os custo bem menor. Isso faz com que a conciliação se torne um produto a ser utilizado pelo empresariado de forma eficaz”, afirma. Independente do montante da ação, os valores são de R$ 100 para associados e R$ 120 para não associados da Acieg para se realizar o
futuros profissionais da área. “O objetivo é levar a Corte até a Universo para que, assim, haja um conhecimento maior dos futuros operadores do direito em relação à atribuição da Corte de Arbitragem no âmbito da solução de qualquer conflito judicial”, revela. Ele revela ainda que será disponibilizada aos alunos uma pauta de audiência por semana e elas serão realizadas dentro das dependências da universidade. As audiências serão abertas para os estudantes do sétimo período, porque a partir desta etapa, já é atividade obrigatória com participações em audiências de conciliação, mediação e arbitragem. As atividades se estendem até o décimo período de diprotocolo da ação/reclamação mais o valor do mensageiro para notificar. “Aqui fazemos a arbitragem de qualquer valor. O mesmo tratamento que temos com as ações de R$ 10 mil, temos com o de R$ 20 milhões. O sistema é o mesmo. No Fórum se paga um valor porcentual, mas na Corte de
reito. De acordo com o conciliador e árbitro da 1ª Corte de Conciliação e Arbitragem, José Costa Neto, esta iniciativa irá amadurecer o instituto arbitral junto aos estudantes e demais usuários. “Quanto mais cedo eles tiverem contato com esse mecanismo, mais eles valorizarão e utilizarão de forma constante.” Ele acredita que, se as gerações futuras entenderem sua eficácia, logo perceberão também que sua utilização é importantíssima para a solução do conflito de forma mais rápida e simples. A intenção de ambas as partes é que as audiências já comecem a ser realizadas ainda neste semestre. Conciliação da Acieg o valor é fixo”, revela o conciliador. José Costa Neto conta que normalmente de 85% a 90% dos negócios protocolados são concluídos em acordo logo na primeira audiência com a assinatura do Termo de Conciliação.
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NOVOS NEGÓCIOS ◄► Evento
Goiás tem Feira de Franquia Pesquisa revela que setor deve crescer 40% em Goiás PEDRO NuNES
A vontade de crescer e expandir os negócios fizeram com que a empresária Paula Stival, proprietária da Lisa Instituto de Depilação, se tornasse uma franqueadora. Voltado para o público feminino, a maior aposta do empreendimento, explica a dona, é a facilidade que a cliente encontra no atendimento sem hora marcada. “A nossa ideia era abrir uma franquia de depilação em que a cliente não precisasse marcar horário. Isso porque hoje em dia a maior dificuldade para a mulher moderna é achar um horário vago nos salões.” Ela e outras cinco empresas goianas tomaram a mesma atitude na primeira Feira de Franquias de Goiás realizada nos dias 9 e 10 de agosto no Centro de Convenções de Goiânia. O proprietário da TRC Sustentável outra empresa goiana que se lançou como franquia na feira -, Anderson Silva, se surpreendeu com o volume de negócios movimentados durante o evento. “Nós esperávamos que a feira tivesse mais um perfil institucional apenas para apresentar o produto ao mercado, mas não. Surpreendeu nossas expectativas porque em apenas três horas nós já conseguimos quatro unidades pré-negociadas em Goiás.” A Feira de Franquias de Goiás movi-
Pedro Bittar, do MGC mentou, aproximadamente, R$ 150 milhões em negócios efetuados e com a expectativa de chegar a R$ 360 milhões a partir de cadastros de potenciais investidores. Ao todo, 250 unidades das 60 franquias expositoras foram comercializadas, além de 400 pré-negócios firmados. Segundo pesquisa inédita realizada em Goiás e divulgada pela BMT Negócios e Franquias durante a feira na capital, o mercado de franchising no Estado está em ascensão e com previsão de crescimento de mais de 40% até 2014. As franqueadoras brasileiras foram responsáveis por registrar R$ 103 bilhões em faturamento em 2012, com os setores de serviços em primeiro lugar (R$ 24 bilhões) e alimentos em segundo (R$ 21 bilhões). Desse total, a estimativa é que Goiás tenha faturado 2.789 bil-
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hões. Os resultados atraem a atenção de empreendedores que buscam uma atividade com menos riscos, o que pode influenciar na abertura de novos pontos de venda. Segundo a diretora da BMT, Louise Moreira, a dificuldade para se começar um novo negócio se dá pela falta de conhecimento e experiência para poder se situar no mercado. O que, para ela, não ocorre com as franquias, pela consultoria especializada e apoio do franqueador. “Além do conhecimento e do Know How é mais tranquilo trabalhar na administração da empresa do que ter que cuidar se ela vai sobreviver ou não. Então um dos motivos pra se abrir uma franquia hoje é para se ter o conhecimento que ela te oferece e que você não vai ter ao abrir uma empresa comum”, afirma. De acordo com o presidente do Movimento Goiás Competitivo (MGC), Pedro Bittar, um dos organizadores da Feira de Franquias do Estado, aproximadamente 55% das novas empresas no mercado encerram suas atividades depois de cinco anos de existência. Já nas franquias esse número cai para 10%. “É um negócio mais seguro para o empreendedor até mesmo para aquele pequeno empresário que esteja começando”, conta.
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SJC BIONERGIA A SJC Bioenergia, joint venture formada em setembro de 2011 pela multinacional de alimentos Cargill e o grupo sucroenergético USJ, inaugurou sua segunda unidade da Usina Rio Dourado, em Cachoeira Dourada, no sul de Goiás, a 240km de Goiânia.
novo armazém CASA OPUS A Casa Opus Vaca Brava será o maior e último empreendimento edificado junto ao parque. Composto por 33 unidades (1 por andar com quatro suítes cada), o Casa Opus impressiona pela distribuição da planta, com aproveitamento máximo dos espaços, com destaque para as áreas para convívio e lazer.
ORGANIQUE A Organique, primeiro energético orgânico do Brasil, acaba de chegar a 110 lojas Pão de Açúcar de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e Curitiba. A novidade também pode ser encontrada no Delivery da marca para essas cidades, o www.paodeacucar.com.br.
MAKE B. O Boticário apresenta este mês, Make B. Rio Sixties, uma coleção completa de maquiagem para as estações primavera/verão 2014. São 23 itens para o rosto, incluindo batons, sombras, delineador, blush e pó iluminador, além de acessórios e uma fragrância surpreendente. Entre os destaques, Make B. Rio Sixties Desodorante Colônia, que une a sofisticação da perfumaria às tendências da moda.
E-BUSINESS A Elmo Incorporações lançou em setembro um empreendimento comercial de alto padrão, em Aparecida de Goiânia: o E-Business Rio Verde, que será construído estrategicamente na região mais nobre da Avenida Rio Verde, em frente ao Buriti Shopping. O edifício contará com 232 unidades, sendo 4 lojas térreas.
FOCKER 320GT
A Villa Náutica traz novamente o que há de melhor em embarcações para Goiânia. Lançamento da Fibrafort, a Focker 320GT é o maior modelo de Lancha Day Cruiser produzido até hoje. Ela é uma versão ampliada da Focker 310GT, líder em sua categoria, atraindo o exigente perfil dos consumidores de artigos de luxo.
FINlANDEK MCDONALD’S O McDonald’s incrementa ainda mais o cardápio da rede com duas novidades deliciosas. Na campanha Grandes Prazeres, Pequenos Preços, o novo produto é o Duplo Bacon. O sanduíche é composto por dois hambúrgueres, duas fatias de bacon, queijo cheddar, cebola, ketchup e mostarda no pão com gergelim. No novo McFlurry Ovomaltine, foram acrescentadas mais gotas de chocolate.
A Finlandek, marca de artigos para casa, apresenta sua coleção Primavera-Verão 2014. A nova coleção conta com mais de 180 produtos como aparelhos de jantar, copos, tacas, faqueiros em inox, canecas, bowls, edredons, lençóis, futtons, almofadas, entre outros, com temas e referências inspirados nas ultimas tendências mundiais em decoração.
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SERRA PElADA Dirigido por Heitor Dhalia o filme brasileiro, Serra Pelada narra a história da corrida pelo Ouro no Pará durante a década de 80. O enredo traz à tona a difícil vida nos garimpos e também a obsessão por ouro, na maior febre pela pedra da modernidade. Como personagens principais estão Juliano e Joaquim, estrelados respectivamente por Juliano Cazarré e Júlio Andrade, que chegam à maior mina de ouro a céu aberto da atualidade como dois grandes amigos cheios de sonhos e ilusões e se tornam rivais devido à ganância desenfreada dos dois. O elenco do longa é composto ainda por Wagner Moura, Matheus Nachtergaele e Sophie Charlotte, que interpretam papéis complexos no longa de drama e ação. A estreia está prevista para outubro.
O TEMPO E O VENTO Dirigido por Heitor Dhalia o filme brasileiro, Serra Pelada narra a história da corrida pelo Ouro no Pará durante a década de 80. O enredo traz à tona a difícil vida nos garimpos e também a obsessão por ouro, na maior febre pela pedra da modernidade. Como personagens principais estão Juliano e Joaquim, estrelados respectivamente por Juliano Cazarré e Júlio Andrade.
fim de semana
HOuSE OF CARDS
A série House of Cards, produzida e veiculada pela empresa de TV pela internet Netflix, é uma adaptação do romance homônimo escrito por Michael Dobbs e da minissérie britânica criada por Andrew Davies que narra a história um impiedoso e ambicioso político que almeja um alto cargo público em Washington. Estrelada por Kevin Spacey como Frank Underwood, a série conquistou sucesso surpreendente com 14 indicações ao Emmy. GESTÃO, Empresas & Produtos | Outubro de 2013 | 53
Em Goiânia fale com Fábio Almeida ʹ Sócio Consulcamp Goiânia | 62 3541.0184 | fabio.almeida@consulcamp.com.br
Associado Conversa com o
Goiânia, outubro de 2013 - Ano VI - n° 18 - www.acieg.com.br
“para ser empreendedor é preciso acreditar, focar e perseverar”
Divino Dias, na Acieg
ANA HElENA BORGES E luANA PIMENTA
Considerada uma das maiores franquias brasileiras, com mais 3,5 mil lojas distribuídas em todo o País, O Boticário desde 2011 é a rede de franchising com maior faturamento. No ano em que superou o, até então, líder em lucratividade, McDonald’s, a rede faturou R$ 5,5 bilhões. E somente no ano passado cresceu 20% e para este ano a previsão é de taxas ainda maiores. Somente em Goiânia são mais de 30 lojas, todas administradas pelo Grupo Vis, que foi fundado pelo empresário Divino José Dias e hoje administra duas outras franquias, a Chopp Brahma e também a recém-inaugurada Quem disse, Berenice? Visionário e inovador, Divino José Dias, juntamente com sua esposa Cândida Maria Gobbo, foram responsáveis por tornar a O Boticário Goiânia a melhor franquia do Brasil, e receberam por ela o “Prêmio IAF” (Instrumento de Análise de Franquia). Segundo Divino José Dias, antes da aquisição de O Boticário ele era gerente regional de uma empresa de
Além de O Boticiário,Grupo Vis atua com franquias da Chopp Brahma e Quem Disse, Berenice?
eletrodomésticos e móveis em Brasília, e a primeira franquia veio após formação de parceria com os amigos Marcos Antônio e Jaci de Oliveira que se tornaram sócios do negócio. HISTóRIA DE VIDA
“O Boticário é o nosso negócio, e mais do que nosso trabalho, são 33 anos somente em Goiânia é uma história de vida”, relatou. Inicialmente a empresa era intitulada como Grupo Natureza, depois de alguns anos foi rebatizada como Grupo Vis. Com 431 colaboradores, os em-
preendedores resolveram ampliar o negócio, abrindo unidades da franquia Chopp Brahma”. Recentemente, o Grupo fez uma nova expansão com a abertura de duas unidades da inovadora rede de maquiagens Quem disse, Berenice? Para o empresário, o sucesso do Grupo está aliado à visão e ao sonho dos empreendedores e dedicação dos parceiros. Exemplos que, segundo ele, deve ser seguido por quem desejar obter os mesmos resultados no setor empresarial. “É preciso acreditar, focar e perseverar”, resume.
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ARTIGOS
a cigarra e a formiga Se alguém tem alguma dúvida sobre a importância das microempresas para o Brasil e o valor que esse contingente de homens e mulheres lutadores tem para nosso país, a Pesquisa 2012 do Global Entrepreneurship Monitor demonstra com clareza que pelo menos 30,2% dos adultos brasileiros são empreendedores, somando 36 milhões de brasileiros envolvidos em algum tipo de negócio. Isto significa que mais de 30% da população brasileira, entre 18 e 64 anos, está envolvida com empreendedorismo, demonstrando a importância econômica e social do tema e a necessidade de ações governamentais para sua consolidação. Fico imaginando quanto se economizaria com Bolsa Família e outras bolsas se houvesse mais investimento para ajudar os pequenos negócios a se consolidarem. As barreiras a superar são claras e nos fazem lembrar da tão conhecida fábula “A Cigarra e a Formiga” : MEDO DE EXISTIR
É a grande causa da informalidade. Primeiro o rito para registro é desanimador: a Indústria dos Alvarás reinante no Licenciamento Ambiental, Uso do Solo, Alvará de Funcionamento, Corpo de Bombeiros e outros passos do Calvário são o primeiro teste de persistência que pode durar meses a fio. Passada essa fase, vem a descoberta das dezenas de taxas que chegam, antes mesmo da primeira venda: Taxa de Funcionamento, Taxa de Propaganda, Taxa de Risco de Incêndio, Sindicatos, Conselhos Profissionais, o famigerado
ECAD que não perdoa nem consultório de psicóloga e por aí vai.... A cada dia é criada uma taxa nova. É preciso muita fibra empreendedora para não desanimar quando se percebe que o lucro final é bem menor do que o valor pago em impostos e taxas. Se o corajoso empreendedor tiver a sorte de enquadrar seu negócio no Super Simples, a dor é um pouco menor nos impostos. Mas há muitos segmentos que mesmo sendo micro empresas estão fora do Simples e pagam como gente grande. Corretoras de Seguros, empresas de informática, transporte de turismo e a maior parte do segmento de serviços não pode usar os benefícios do Simples. Optam pela informalidade, quando seria muito melhor muitos pagando pouco ao invés de poucos pagando muito. Basta o Simples ser aplicável por porte e não por área de atuação. MEDO DE VENDER
As compras governamentais são uma excelente alternativa para melhorar o desempenho das Microempresas mas é sempre bom lembrar que os pequenos negócios têm pouco capital de giro e não resistem a atrasos de pagamento, muito comum em compras de governo. Há que se criar alternativa de garantir o pagamento para quem forneceu corretamente. Sem essa garantia não há como a microempresa fornecer para Estado e Prefeituras. E o pior é que, mesmo sem receber o pagamento por seu trabalho o empreendedor tem que pagar seus impostos. Se atrasar o pagamento a inclusão do Sim-
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HElENIR quEIROZ
ples é cancelada. Por que não viabilizar o parcelamento de débitos tributários para evitar exclusão do Simples e manter o pequeno negócio em operação, gerando mais empregos? MEDO DE CRESCER
Se passar por todas estas etapas nosso heróico empreendedor sonhará em crescer, expandir, contratar mais pessoas, vender mais. Mas só de pensar em enfrentar a pesada carga tributária de quem está fora do Simples, ele faz as contas e descobre que não vale a pena. É melhor ficar pequeno, senão, a fatia do leão cresce mais do que o pequeno negócio pode suportar. Criativo, opta por abrir outra microempresa. Não seria mais eficaz aumentar o limite Receita Bruta Anual Máxima e fazer uma escada para sair do Simples para a realidade das médias empresas? Todas as projeções mostram que essas ações não reduzem a arrecadação, ao contrário, a cada ano o valor pago em impostos pelos brasileiros tem aumentado, crescendo bem mais do que o PIB. E, convenhamos, o Simples contribuiu muito para isso. No mínimo essas ações reduzem a necessidade do paternalismo das bolsas, trocando doação por emprego e incentivando a proliferação de produtivas formigas da economia nacional, ao invés de investir indefinidamente na improdutividade das cigarras; ou, ainda pior, na proliferação dos gafanhotos, mas isso já é assunto para outro artigo.
galeria
Nesta edição, GALERIA traz trabalho de WESlEY COSTA. Na profissão desde 1997, atualmente trabalha como editor no jornal OHOJE.
O MUNDO COMEÇA AQUI. MAPAH, BRASILEIRA COMO VOCÊ.
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ES
Há 13 anos no mercado, a Mapah orgulha-se de contribuir para o crescimento empresarial de nosso país, atuando em todo território brasileiro com filiais em cinco estados.
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