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Ao longo de uma trajectória de 50 anos, a Grafopel afirmou-se como um importante fornecedor e parceiro de confiança da indústria gráfica. Uma parceria construída PORTO Av. Mário Brito, n.º 4644, Apartado 5023 4456-901 Perafita Tel:+351 229 990 100 Fax:+351 229 990 169 mail@grafopel.pt
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através da alta tecnologia dos seus equipamentos, da qualidade dos serviços técnicos e, principalmente, pelo conceito de seriedade e compromisso com os seus clientes.
Esta edição foi feita a pensar em si!
editorial
Ana Paula Cecília DIRECTORA
anapcecilia@intergraficas.com.pt
C
onheci a indústria gráfica de Angola. Tinha-a imaginado várias vezes, imaginava como seria, que trabalhos encheriam as máquinas de impressão, que condições teria o mercado, a formação do pessoal, a tecnologia dentro das empresas... Confesso que, apesar de tudo o que tinha pensado, não tinha uma ideia concreta e muita da minha visão tinha sido construída com as narrativas de profissionais gráficos portugueses que trabalham no país , ou mesmo de gráficos angolanos que tinha conhecido em Portugal, em eventos, em feiras locais ou internacionais. Mas a realidade é sempre diferente e a oportunidade de ter estado em Luanda, de ter visitado muitas gráficas, falado com os gestores que comandam o destino de cada empresa teve um enorme impacto na minha opinião. Em oito dias fiz parar o tempo para poder ver todas as gráficas que consegui! O dia de trabalho começou sempre e invariavelmente à 8 da manhã e, terminou muitas vezes depois da 21h. Já noite cerrada, a minha curiosidade era maior do que o cansaço ou a fome. Deslumbrei-me nas gráficas pequenas, nas mais artesanais, naquelas onde a evolução tecnológica ainda
não chegou, mas deixei cair o queixo de admiração em muitas outras pelo elevado nível tecnológico instalado. Estou habituada a ver as mais modernas empresas gráficas, noutros países da Europa ou mesmo em outros continentes e por isso tenho termo de comparação. Em Angola estão algumas das mais modernas empresas gráficas do mundo! Em algumas gráficas angolanas encontrei, por exemplo, equipamentos que não existem em Portugal. Mas o que encontrei também, foram pessoas extraordinárias, gestores fora de série, profissionais que vestem a camisola pela sua arte, pela sua empresa, pela indústria gráfica. Percebi que há em todos eles uma vontade expressa de evoluir, de saber mais, de seguir as tendências do mercado, de servir cada vez melhor os clientes, de executar uma impressão de excelência. Em conversas informais fui questionada sobre o a minha opinião da indústria gráfica em geral, sobre as feiras do mundo, o que penso desta ou daquela tecnologia e isso fez-me ter certeza de que poderia oferecer às gráficas e fornecedores angolanos uma publicação que reunisse todas estas matérias, que os colocasse em contacto uns com os outros, que desse voz e mostrasse o rosto de todos quantos fazem a indústria gráfica neste país. Decidi avançar com o projecto e apesar de todas as dificuldades, orgulho-me do resultado. Creio que a dedicação com que produzi esta edição especial para o mercado gráfico angolano reflecte o enorme carinho e respeito que tenho pelo povo angolano em geral e pelos profissionais
em particular. Espero ter correspondido às expectativas e desejo sinceramente que esta edição sirva de alavanca para um sector que pretende crescer e fazer-se notar dentro da economia angolana. Da minha parte, resta-me agradecer a todos os que me receberam em Luanda, aos que me apoiaram nesta aventura, em especial ao engenheiro Paulo Monteiro da Grafopel, que me encaminhou nesta visita e teve a paciência de responder a todas as minhas dúvidas! Agradeço também à Inapa Angola e à Imprimarte por terem acreditado neste projecto e na mais valia que pode representar para todos os que fazem a sua actividade nesta indústria. Desejo que a esta edição se sigam outras que possam mostrar o potencial da área gráfica angolana, que possa colocar em contacto as empresas, e que contribua para a difusão de notícias e mesmo para trazer artigos de fundo e temas relacionados com a formação profissional. Esta edição foi feita para si, e a pensar em si. Espero que a aprecie!
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REDACÇÃO
ANA PAULA CECÍLIA anapcecilia@intergraficas.com.pt
COLABORADORES AUGUSTO MONTEIRO, JOÃO FELGUEIRAS, DANIEL FURET
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A Müller Martini participa com orgulho e satisfação no desenvolvimento da indústria gráfica em Angola.
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Opinião Paulo Monteiro presidente executivo da Grafopel paulo.monteiro@grafopel.pt
Muito Obrigado!
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›› Uma coisa é certa do seu estado actual: é uma indústria em sentido ascendente, bem sucedida e cada vez mais bem estruturada.
as minhas andanças por território angolano, vou observando um país a caminhar por conta própria, dando o melhor de si e a transformar-se progressivamente numa terra de oportunidades. Não me canso de ver e de pasmar, por exemplo, como o mercado gráfico, na última década, tem vindo a crescer de forma consistente. Por um lado, os gráficos tradicionais foram investindo em tecnologia e recursos humanos; pelo outro, novas unidades de produção operando ou a iniciar a sua actividade, com decisões estratégicas claramente estabelecidas. Actualmente, podemos encontrar em Angola empresas gráficas com a mesma tecnologia que é utilizada na Europa, Estados Unidos, Brasil ou Japão. Faltará certamente o volume, mas o produto final não desmerece em nada do que é produzido no resto do mundo. A Grafopel tem o privilégio de ter vindo a colaborar, em parte, para a conversão de muitas empresas e de assistir à transformação positiva da indústria gráfica no seu todo. É óbvio, que o sector gráfico angolano aponta várias dificuldades, tais como: obtenção de matéria-prima, estabilidade da energia eléctrica, manutenção eficaz, instalações adequadas, profissionais com formação específica, etc., de forma a tornar as suas empresas mais flexíveis e aliviadas dessas contrariedades. Faltará, igualmente, uma descentralização, pois a província de Luanda terá cerca de 90% das gráficas nacionais, seguida pela província de Benguela. Daí que, a implantação de novas unidades gráficas no Lubango, Huambo, Namibe, Malange, Cabinda, etc., fariam todo o sentido. Uma coisa é certa do seu estado actual: é uma indústria em sentido ascendente, bem sucedida e cada vez mais bem estruturada. Haja vontade dos clientes para adjudicarem os seus trabalhos em Angola e os industriais gráficos saberão como fazer crescer as suas empresas e maximizar a produtividade, em função do volume de encomendas. Exemplo disso, a forma como quase de repente várias gráficas se especializaram na produção de livros escolares e hoje, Angola, é praticamente autónoma na sua impressão e acabamento. Não queria deixar de mencionar a forma sempre muito acolhedora e, por vezes, até familiar, como sempre sou recebido pelos empresários gráficos e profissionais do sector. Aprendi muito a conviver e fruir dessa intimidade e de experimentar o prazer de poder colaborar, na medida das minhas possibilidades, para o engrandecimento do sector gráfico angolano. Os meus sinceros agradecimentos.
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SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO PARA O SEU NEGÓCIO
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Opinião João Felgueiras Director para o Mercado Português do Grupo Portucel Soporcel joao.felgueiras@portucelsoporcel.com
Angola já não está em guerra!
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uitos perguntarão: porquê esta afirmação? Então não é óbvio? A resposta é: Nim! Na realidade, Angola, vista pelos telejornais e pelos outros meios de comunicação que nos vão relatando a vida política e administrativa do
país, não está em guerra. Observando Angola com os olhos do visitante que vem 2 ou 3 vezes por ano a este jovem país, também não está em guerra. A tropa está nos quarteis a polícia nas ruas e a sociedade evolui a bom ritmo. Basta ver os magníficos prédios que nascem diariamente em Luanda, a recuperação de vias e o melhoramento de espaços. Basta olhar para a Av. Marginal da lindíssima baía de Luanda ou para a Ilha, para se sentir a dinâmica, que só a Paz possibilita. Basta ver a recuperação das infraestruturas em cidades como Huambo, ou Benguela, ou Lobito. Basta atravessar a ponte do Catumbela e percorrer a estrada de Lobito para Benguela, para se sentir o ritmo da Paz a marcar a vida de Angola. Por outro lado, se tentar gerir uma gráfica em Angola, já parece muito menos óbvio que a guerra tenha, de facto acabado. Quando o país estava em guerra, era muito difícil fazer chegar papel e outros consumíveis aos gráficos Angolanos. Demorava muito tempo e saía muito caro. Por isso, cada gráfico tentava arranjar uma estrutura de apoio na Europa, normalmente em Portugal, para lhe ir enviando os materiais de que necessitava, constituindo o seu próprio stock, a partir do qual teria que fazer os trabalhos que aparecessem, fossem eles o que fossem. Como consequência, a imobilização de capital era elevadíssima e, mesmo assim, impunha-se simplificar o stock a um mínimo de itens – no caso dos papéis, um só formato (70x100) e o mínimo indispensável de gramagens e qualidades. Resultados: • Trabalhos perdidos para a importação – Quando os criativos apresentam uma proposta que não é compatível com o stock do gráfico, o tempo de aprovisionamento dos materiais para realizar o trabalho é tão longo, que importar o produto final de uma gráfica estrangeira se torna muito mais rápido. • Acréscimo acentuado de custos – Desde logo os decorrentes da grande imobilização de capital em stock de matéria-prima. Mas, principalmente um desperdício louco. Na verdade, se um gráfico receber uma encomenda que pode ser executada no formato 43x61 e tiver que a executar a partir de 70x100, tem 2 desperdícios:
> Uma operação de Corte em Guilhotina, completamente dispensável. > A diferença de área entre 2 vezes 43x61 e 70x100 que corresponde a 25%. Num quadro de estabilidade, sem guerra, seria normal que existisse em Angola uma rotina de aprovisionamento de materiais para a Indústria Gráfica, semelhante ao que se encontra em qualquer país europeu: Armazenistas com um stock permanente de uma vasta gama de alternativas, que cubram no essencial as possíveis prescrições dos criativos. Um gráfico deve poder encomendar e receber em 24h a maior parte das suas necessidades, possibilitando assim um tempo de resposta melhor do que a concorrência estrangeira. Na verdade, já há um Armazenista presente – a INAPA – mas para que a gama ›› Se tentar gerir disponível possa crescer e para que outros se possam encorajar uma gráfica em vir complementar esta oferta, Angola, já parece aé importante compreender muito menos que, no melhor interesse dos óbvio que a gráficos Angolanos, a preferência guerra tenha, de por fornecedores consistentes facto acabado. e estáveis em alternativa a tradings, (cujo modelo de negócio assenta na oportunidade e não na continuidade), constitui um passo indispensável para reforçar a indústria nacional. Foi exatamente nessa lógica que, quando há 10 anos visitei Angola pela primeira vez, percebi que a melhor proposta que podia aportar ao mercado neste país, era assegurar o melhor nível de qualidade, com disponibilidade regular, com estabilidade de preços e de qualidade, com garantia de assistência e oferecendo aos nossos parceiros Angolanos, a confiança que lhes permite assumir compromissos a longo prazo a contar connosco, na certeza de que não lhes falta o fornecedor, nem terão surpresas com o produto. Haverá nas tradings propostas mais baratas, mas a consistência e a confiança de que falo, valem muito mais do que a miragem da pechincha do momento.
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reflexão por João Mateus*
PRO
Inicia
A impressão digital...
...e a sua crescente importância nos pequenos formatos
A impressão digital de pequenos formatos está a ganhar terreno dentro das empresas gráficas. Hoje ao lado de equipamentos offset estão máquinas digitais que respondem às reais necessidades do mercado e exigências dos clientes.
A
impressão digital é hoje uma realidade nas empresas gráficas de muitos países e sobretudo quando se fala de impressão digital de pequenos formatos SRA3, pode dizer-se que esta tem vindo a ter uma importância muito relevante no sector da artes gráficas, graças à sua versatilidade e qualidade de impressão . Nos últimos anos têm-se assistido a uma evolução tecnológica muito avançada nesta área. Hoje em dia já não existe gráfica que possa passar sem ter um equipamento de impressão digital de pequeno formato, como complemento às tradicionais máquinas de impressão offset. A qualidade actual destes equipamentos assim o exige. Gostava de salientar como factor determinante na Impressão digital, a sua capacidade de personalização, a sua versatilidade bem como a capacidade para imprimir cada vez mais e
melhor uma quantidade de impressos onde a qualidade do primeiro ao ultimo exemplar não sofre alterações. Os equipamentos mais avançados possuem hoje gavetas de alimentação do papel por sucção que eliminam os encravamentos de papel , além disto, a velocidade de impressão hoje já é uma constante independentemente da gramagem do papel. Aliado a isto existe toda uma panóplia de módulos de acabamento que permitem ao cliente obter um produto totalmente acabado, seja de revistas com agrafos, livros acabados, acabamento para colocação de Ring Wire, vários tipos de dobra, etc. Destaco dos últimos equipamentos da Konica Minolta , os modelos C1085 e C1100, pela sua qualidade de impressão, durabilidade dos consumíveis e peças, que trazem a impressão digital para um patamar mais elevado na arte de imprimir. Entre as caracteristicas principais dos equipamentos C1085 e C1100 está a resolução de 1.200x1200dpi x 8 bit, a gramagem de 55 a 350 gramas, o duplex de 55 a 350 gramas, os formatos do papel. 330 x 487mm, o formato máximo de imagem de 321x480mm, a velocidade máxima de 85 e 100ppm , no formato A4 e a velocidade máxima de 46 e 53 ppm no formato A3. Com a impressão digital as empresas gráficas têm hoje uma maior oportunidade para poder responder a todas as necessidades dos seus clientes, conseguindo assim ser mais competitivos no mercado. *Director comercial da Emetrês, empresa fornecedora de equipamentos gráficos em Angola.
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impressão por Ana Paula Cecília
Unidade Gráfica de Segurança Já está a produzir!
Angola tem desde Maio último uma nova Unidade Gráfica de Segurança, integrada na Imprensa Nacional.
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epois de rigorosos testes, formação e implementação, este projecto surgiu para dar vida à impressão de produtos que exigem uma elevada segurança e que garantem a sua autenticidade. A UGS foi inaugurada há oito meses e está a responder às necessidades do estado angolano. Este projecto da UGS foi inaugurado no dia 9 de Maio de 2014 por sua excelência o Secretário do SCM Dr. Frederico Cardoso e nasceu para responder tanto às necessidades das instituições públicas, como das entidades privadas na produção de documentos de segurança e prestação de serviços como impressos, formulários (DAR, DLI, DU, DERVA, Bloco de Multas, diplomas, certificados, personalização, codificação e numeração seguras.) O objectivo é garantir a autenticidade e aumentar a segurança dos suportes gráficos e responder à luta contra a falsificação, contrafacção e desvios com a utilização de papéis e tintas de segurança, elementos gráficos complexos, hologramas, codificação e personalização. Para dar seguimento a este projecto da Imprensa Nacional, foi preciso equipar a Unidade com alguns equipamentos principais e isso passou pela aquisição de uma rotativa com unidade de processamento, uma linha de alcear e numerar, um Computer-to-plate Térmico e uma linha de estampagem e aplicação de hologramas. Em termos de equipamentos auxiliares foi preciso criar uma sala de UPS com sistema de extinção automática de incêndios, central de climatização e ventilação, sistemas integrados e automáticos de detecção de incêndios e gazes, detenção de intrusão e alarme, sistema de controlo de acessos biométrico e de vigilância de vídeo CCTV em toda a extensão da unidade gráfica. Para dar vida a esta unidade foi ainda preciso ter em atenção a questão da formação dos técnicos e por isso, numa primeira fase
a empresa deu formação a três impressores e um chefe de produção que estiveram quatro semanas no exterior do país. Foram ainda formados três técnicos de manutenção e um chefe da área da manutenção e assistência técnica. Já numa segunda fase houve lugar a duas acções de formação on job durante 2 semanas ministradas por instrutores da empresa fornecedora dos equipamentos aos impressores da Imprensa Nacional. A par disto, houve ainda participação dos técnicos de manutenção da Imprensa Nacional em todo o processo de instalação e montagem das máquinas. Por se tratar de um projecto de grande envergadura, a produção está ainda a trabalhar a meio gás, em virtude das afinações e adaptações de alguns equipamentos e matéria-prima. Ainda assim, a Unidade está já a responder com a produção de impressos e formulários diversos. Segundo a Imprensa Nacional, esta Unidade tem uma grande capacidade disponível para produzir projectos gráficos para as entidades do Estado como títulos de transportes públicos, tickets para eventos desportivos, bilhetes de passagem, lotarias, estacionários, etc. Para dar vida a este projecto de Impressão de Segurança foi necessário implementar um grande rigor no controlo das instalações, dos recursos humanos e do processo produtivo sendo esta uma obrigação para garantir a credibilidade e
›› Este projecto surge
para imprimir produtos que exigem uma elevada segurança e que garantem a sua autenticidade confiança perante os clientes. Em termos de instalações o edifício da UGS tem 2 perímetros de segurança, uma de média segurança, que abrange o gabinete do director da gráfica, o centro design, a sala de reuniões e a copa e WC’s. Os controlos são feito através do 1º acesso biométrico, por efectivos da policia nacional e vigilância monitorizada por vídeo). O outro nível é de alta segurança, abrangendo os pavilhões de produção, o gabinete do PCA, os armazéns de matéria-prima, de produtos semiacabados e acabados. Neste caso, os controlos fazem-se com o 1º acesso biométrico, por efectivos da policia nacional e o 2º acesso biométrico e individual através da porta de segurança Kaba e vIgilância monitorizada por vídeo.
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evento por Ana Paula Cecília
Grafopel 50 anos de actividade!
A Grafopel, que representa entre outras marcas o gigante do mundo a impressão, Heidelberg em Angola comemorou 50 anos de existência e actividade na indústria gráfica.
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ara assinalar a data, a empresa convidou clientes, colaboradores e amigos preparou um jantar que marcou meio século de vida. O fundador da Grafopel, Augusto Monteiro lançou o livro “ Fazer a vida acontecer”, uma obra que narra na primeira pessoa as emoções de uma vida cheia! Na festa estiveram presentes clientes da indústria gráfica angolana, que se deslocaram propositadamente a Portugal para participar na comemoração que decorreu no Casino de Espinho. Durante cinquenta anos, a Grapel afirmou-se como uma referência no mercado e mais do que isso, tem sido parceira de negócios dos seus clientes, prestando um serviço que, desde sempre foi além da simples comercialização de equipamentos. No jantar de comemoração dos 50 anos de actividade estiveram presentes alguns dos seus clientes de Portugal continental e insular, de países como Angola, São Tomé e Cabo Verde que fizeram questão de homenagear a empresa. A Grafopel é hoje uma empresa que tem hoje seguidores na geração dos seus filhos e mesmo de alguns netos e nos discursos que foram tendo lugar ao longo da noite, ficou claro que o sucesso da empresa passou pelo facto de ser familiar, mas fortemente liderada por um homem de visão que soube trazer para o mercado português marcas de equipamentos de grande prestígio e qualidade. Como forma de reconhecimento pelo enorme trabalho desenvolvido no mercado português , responsáveis da Heidelberg estiveram no jantar Um duplo aniversário Num discurso emocionado Augusto Monteiro relembrou as cinco décadas da sua vida contidas em outras tantas de empresa Grafopel, salientando o papel de muitas pessoas que tiveram influência directa no seu caminho e que o ajudaram em momentos conturbados e de incerteza. Os convidados cantaram os parabéns por duas vezes, uma para celebrar os 87 anos de Augusto Monteiro completos no dia 19 de Novembro e os 50 anos da Grafopel atingidos neste 2014.
de comemoração dos 50 anos da empresa e falaram sobre a organização e espírito de iniciativa que têm permitido à Grafopel liderar o mercado. Durante várias décadas a empresa dedicou-SE essencialmente à área dos equipamentos de impressão e acabamento mas mais recentemente entrou no segmento da impressão digital com a marca Ricoh e com consumíveis da completa gama de produtos Saphira. O jantar contou com mais de 400 pessoas e vários discursos de homenagem a Augusto Monteiro, onde se incluiu os dos seus filhos e dos colaboradores da Grafopel que dirigiram palavras de carinho e reconhecimento pela liderança e exemplo que sempre incutiu a todos quantos com ele trabalharam, e ainda trabalham. O ponto alto da noite passou ainda pela exibição de um vídeo que contou a história profissional de Augusto Monteiro, do nascimento e percurso da Grafopel, em jeito de story telling e ainda por um outro vídeo que mostrou a forma como foi produzido o livro escrito pelo fundador da Grafopel e que aborda a sua vida pessoal e profissional.
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Design do produto on-line Para os clientes, desenvolvemos uma plataforma amigável e intuitiva que permite desenhar o produto on-line, usando HTML5 pode ser executada em qualquer dispositivo. Isto garante à indústria gráfica e ao cliente um produto final de alta qualidade. InterGráficas / 17
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entrevista por Ana Paula Cecília
“Imprimarte está a ganhar dimensão”
Novo projecto gráfico aposta na qualidade dos equipamentos e na formação dos recursos humanos.
A
frente da Imprimarte está o gestor e profissional gráfico Francisco Nunes que tem vindo a construir uma equipa que quer crescer e apoiar os clientes nos seus projectos. Para além de máquinas offset planas, a empresa está também a instalar uma rotativa.
Como surgiu o projecto Imprimarte? Quais os motivos que estiveram na sua origem? O projecto Imprimarte surgiu há seis anos. Na altura a capacidade de produção nesta área era muito reduzida. O objectivo era suprir essa deficiência. Nesta, como noutras áreas, era e continua a ser necessário, substituir importações, evitando ou reduzindo a saída de divisas para as pagar. Produzindo localmente criamos postos de trabalho, evitamos importações e contribuímos directa e indirectamente para o crescimento da economia. Que necessidades veio a Imprimarte colmatar no mercado gráfico angolano? A verdade é que existe uma enorme capacidade instalada em Angola, principalmente em Luanda, isto se a medirmos pela quantidade de equipamentos instalados. No entanto, quando começámos a bater às portas dos clientes ou clientes potenciais, ficámos surpreendidos pela quantidade de pessoas que desconheciam o que se pode fazer nesta área. Muitos achavam que só lá fora seria possível imprimir com qualidade ou fazer determinados tipos de trabalhos gráficos. Acho que continua a haver necessidades ou deficiências ao nível da qualidade e do serviço. Queremos situar-nos aí, a fazer com qualidade, cumprindo prazos e acompanhando e aconselhando os nossos clientes. O que diferencia a Imprimarte de outras gráficas já existentes no mercado angolano? A Imprimarte pretende prestar um serviço de qualidade a preços competitivos. O que queremos é ter um quadro de colaboradores competentes, que se sintam bem na empresa e que gostem de trabalhar na Imprimarte. A nossa atitude é de grande proximidade com os nossos clientes pois gostamos de falar com eles, aconselhá-los, visita-los e, naturalmente gostamos que nos visitem.
Quais as maiores dificuldades na “edificação” deste projecto? Em Angola há ainda algumas dificuldades que são comuns a todas as indústrias e que dizem respeito a deficientes infraestruturas (energia, água, transportes públicos e comunicações), o que obriga as empresas a grandesinvestimentos para suprir estas deficiências. Um exemplo é a existência de pessoal pouco qualificado o que, associado às dificuldades na obtenção de vistos para os expatriados, torna muito difícil a estabilização da capacidade produtiva, a aquisição de matérias primas no exterior, com custos elevados, mas principalmente com prazos muito longos e difíceis de prever. A Imprimarte está a funcionar em pleno? Há quanto tempo? A gráfica ainda não está a funcionar em pleno. Só no primeiro trimestre do ano passado foram criadas as condições para a produção com qualidade e, só a partir daí começámos a desenvolver actividade comercial. Não se justificava ir à procura de clientes sem garantia de que prestaríamos um bom serviço. Neste momento trabalhamos apenas a um turno e quando necessário com horário alargado. Pretendemos, até ao final do ano, arrancar
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aumentado.Um outro aspecto importante é que no futuro muito próximo teremos uma maior capacidade comercial o que nos vai permitir ter mais clientes e trabalhos.
As nossas perspectivas são de continuar a crescer em número de colaboradores e, especialmente, em facturação e em eficiência.
com o segundo turno. A empresa está a ganhar dimensão e isso virá também com a rotativa que está agora a ser instalada. Quantos colaboradores tem a empresa? Neste momento a Imprimarte tem menos do que 50 trabalhadores mas queremos ultrapassar este número durante este ano. A questão da formação é importante para a empresa? A formação é vital para as empresas e para o próprio país. Como há muito pouco pessoal com experiência e formação, temos que ser nós a dar-lhes a formação e a experiência. Esta é a única forma de assegurar a capacidade produtiva da empresa. Temos um núcleo pequeno, mas bom, de expatriados cuja missão é formar operadores angolanos que gradualmente irão assumindo a condução das máquinas.
gráficos, produzimos livros escolares e outros, edições gerais, revistas periódicas e não periódicas, desdobráveis, cartazes, etc. Estamos ainda a estudar a possibilidade de produzir outros tipos de produtos, mas nada está ainda decidido. Quais são as perspectivas a médio prazo? As nossas perspectivas são de continuar a crescer em número de colaboradores e, especialmente, em facturação e em eficiência. A nossa produtividade por homem ou por kuanza investido ou por kuanza pago ao pessoal é ainda muito baixa e isto tem de ser
De que forma a Imprimarte pode contribuir para a evolução da indústria gráfica angolana? Preferia falar da contribuição das empresas que produzem localmente para a economia em geral. As empresas que produzem localmente estão a contribuir para o aumento do produto, para a substituição das importações, evitam a saída de divisas, com impacto no crescimento económico, aumentam o emprego directa e indirectamente, aumentam o consumo interno favorecendo o crescimento económico e promovem a formação de pessoal. Apenas voltaria à questão das dificuldades referidas acima e que acho que estão na agenda governamental.Fiquei muito supreendido pelo elevado nível de conhecimento e sensibilidade para estas questões da Senhora Ministra da Indústria num encontro com empresários. O governo está a investir muito na formação de quadros. Mas até se notar na nossa actividade ainda vai levar algum tempo. Para resolver a questão da formação, o governo poderia fazer parcerias com algumas gráficas para a formação de impressores e operadores de acabamento. Mas a preocupação do momento é o impacto que a baixa dos preços do petróleo vai ter na economia angolana em geral e no mercado gráfico em particular. Provavelmente o volume de trabalho vai diminuir, porque a economia irá estagnar e as importações de matérias-primas vão ser mais difíceis pela escassez de divisas. Também vislumbramos uma vantagem nesta conjuntura: vai ser mais difícil obter divisas para pagar os trabalhos gráficos feitos no exterior, o que poderá trazer mais trabalho para Angola.
As instalações da gráfica foram projectadas de raíz
Que tipo de clientes tem a empresa actualmente? A empresa está também a produzir livro escolar? Temos todo o tipo de clientes. Contamos com pequenos clientes, médios e grandes, desde o Estado, editoras, agências, brokers e outros tipos de empresas. Temos clientes angolanos e portugueses. Quanto ao tipo de trabalhos InterGráficas / 19
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impressão por Ana Paula Cecília
Speedmaster SX 74 A combinação ideal de inovação e estabilidade Inovações de desempenho em conjunto com a garantia de uma plataforma de máquina vencedora: A Speedmaster SX 74 combina tecnologia inovadora e orientada para o futuro da gama XL com a plataforma de sucesso Speedmaster SM 74.
C
om esta tecnologia beneficiará de uma maior eficiência e eficácia em termos de custos, que se traduzem em tempos de acerto mais reduzidos, maior produtividade e operações na máquina mais ergonómicas. Altamente versátil e com elevada rentabilidade em toda a sua extensão – a Heidelberg Speedmaster SX 74 é a nova referência na faixa de formato 50x70 cm. O conceito tecnológico da Speedmaster SX 74 é a resposta ideal para fazer face aos cada vez mais exigentes requisitos do mercado em relação à qualidade, versatilidade e preço. Este equipamento dá às gráficas a vantagem competitiva decisiva que lhes permite reagir de forma ideal a todos os tipos de necessidades dos seus clientes. A configuração Speedmaster SX 74 pode ser personalizada. A sua gama varia entre dois a dez corpos de impressão, podem ser incorporadas, opcionalmente, com dispositivo frente-e-verso ou unidade de verniz. Com o dispositivo frente-e-verso poderá oferecer elevada e consistente qualidade de impressão em ambos os lados da folha. Dependendo dos requisitos, a Speedmaster SX 74 pode ser equipada com um número de componentes -
como AutoPlate Pro, unidade de controlo da temperatura da tintagem ou Prinect Auto Register. O resultado final é uma máquina feita à sua medida, que abre o caminho para a produção rentável.
Speedmaster SX 74 – Mais de 500 corpos de impressão vendidos A Heidelberg utilizou a Drupa 2012 como plataforma de lançamento para seus novos modelos Speedmaster SX. Estes modelos combinam a tecnologia de ponta da classe Speedmaster XL com a plataforma mais que testada da série Speedmaster SM para formar uma nova classe de desempenho. Com mais de 40.000 corpos de impressão vendidos, a Speedmaster SM 74 é a máquina de impressão mais bem sucedido, em todo o mundo, no formato médio. Baseadas neste sucesso, as máquinas SX pode ser configuradas para ir ao encontro do modelo de negócio da sua empresa – desde máquinas de impressão menos automatizadas às de elevada produtividade, já totalmente automatizadas. O resultado obtido nos mais diversos
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›› As máquinas SX pode ser configuradas para ir ao encontro do modelo de negócio da sua empresa – desde máquinas de impressão menos automatizadas às de elevada produtividade, já totalmente automatizadas.
clientes, um pouco por todo o mundo, tem sido altamente satisfatório, vejamos alguns comentários: • Sparn Druck de Magden na Suíça colocou a sua confiança na nova plataforma Speedmaster SX, ao adquirir uma Speedmaster SX 74 a oito cores com retroverso (frente-e-verso), unidade de verniz e Autoplate Pro (mudança totalmente automática de chapas) “Esta máquina assenta perfeitamente no nosso modelo de negócio. Nós produzimos predominantemente materiais publicitários em tiragens curtas e médias, mas produzimos igualmente tiragens grandes”, diz o proprietário e Diretor Patrick Sparn. “Esta é a nossa primeira máquina de impressão a oito cores, pelo que com ela poderemos duplicar a nossa produtividade. Tudo de uma vez só – incluindo verniz. Com o automatismo AutoPlate Pro temos tempos de acerto extremamente curtos, o que nos permite garantir entregas mais rápidas aos nossos clientes”, acrescenta Sparn. Nesta empresa trabalham onze funcionários e produzem desde brochuras para a indústria farmacêutica, materiais publicitários, tais como revistas, folhetos, relatórios anuais, e folhetos de agências de viagem. • Schürch, na Suiça Tempos de preparação ultra-rápidos com Speedmaster SX 74 “A nossa produtividade aumentou em pelo menos 20 % com a nova Speedmaster SX 74 com AutoPlate Pro. Agora fazemos a completa mudança das chapas em
menos de dois minutos e os tempos de acerto também foram reduzidos drasticamente”, diz Markus Siegenthaler, diretor-adjunto. “A unidade de verniz reduziu consideravelmente o nosso tempo de produção. Agora conseguimos imprimir na parte da manhã e entregar de tarde. O sistema de medição da cor Prinect Axis Control garante que o trabalho seja impresso de forma muito mais estável e com muito menos flutuação de cor.” Esta gráfica emprega 24 funcionários e produz material publicitário, tais como brochuras, folhetos, livros, convites, jornais para o comércio, indústria, agências de publicidade, associações e órgãos públicos. A Speedmaster SX 74 apresenta um cilindro de transferência com diâmetro ajustável, o que permite reduzir os tempos de acerto, principalmente quando se muda de substratos muito grossos para muito finos. • Garsu Pasaulis na Lituânia- Aumento de 60 a 70% em termos de produtividade com Speedmaster SX 74 “A instalação e a formação obtida foram simplesmente perfeitas. Seis meses depois da sua instalação podemos
O conceito tecnológico da Speedmaster SX 74 é a resposta ideal para fazer face aos cada vez mais exigentes requisitos do mercado em relação à qualidade, versatilidade e preço. Este equipamento dá às gráficas a vantagem competitiva decisiva que lhes permite reagir de forma ideal a todos os tipos de necessidades dos seus clientes.
afirmar que esta máquina de impressão dá-nos uma produtividade 60% a 70% a mais relativamente à máquina que dispúnhamos”, explica Jonas Jonaitis. “A estabilidade na condução da folha, o sistema de tintagem e da molha e a facilidade de utilização são característica fora-de-série nesta máquina de impressão.” Mais de 90% por cento dos trabalhos são impressos em papel metalizado envernizado com uma gramagem de 65-80 gsm. A máquina funciona em três turnos - 7 dias por semana. “A nova Speedmaster SX 74 permitenos produzir mais de 1 milhão de folhas por mês, mesmo quando a maioria dos nossos trabalhos precisam de diferentes tintas Pantone, o que causa tempos de preparação e de lavagem maiores. Também aqui a Speedmaster SX 74 excede as nossas expectativas. Isto não era possível com a máquina de impressão que tínhamos antes. Acrescenta Jonaitis, “Outra vantagem é a facilidade de uso que se obtém com o Prinect Press Center. Agora é possível operar a máquina inteira através da consola central”. O sistema de condução da folha desde o marginador de correia de sucção até à saída assegura estabilidade total. “Para nós que utilizamos papel metalizado, o nosso tempo de paragem durante a produção caiu para quase zero”, destacou Jonaitis. “A qualidade de impressão é tipicamente Heidelberg simplesmente perfeita”.
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entrevista por Ana Paula Cecília
“Na próxima década vão surgir elevados investimentos no sector gráfico” Assunção Barros, é Presidente do Conselho de Administração da Imprensa Nacional, cargo que desempenha há cinco anos. Em entrevista à IG, falou sobre a IN e a indústria gráfica angolana.
S
em fazer comparações com administrações anteriores falou com a revista Intergráficas sobre o novo ciclo que a Imprensa Nacional atravessa para explicar de que modo esta instituição desempenha um papel fundamental junto do estado angolano, como estão as gráficas do país a acompanhar a evolução tecnológica, qual a importância do livro escolar, o que será feito em matéria de formação de recursos do sector e ainda sobre os projectos de futuro.
Há quanto tempo exerce o cargo de PCA da Imprensa Nacional? Sou Presidente do Conselho de Administração da Imprensa Nacional desde Setembro de 2009. Portanto, presido este Conselho há aproximadamente há 5 anos. O que mudou na Imprensa Nacional desde que assumiu o cargo? Deixe-me dizer-lhe que me sinto desconfortável para responder a esta questão. Isto porque, para uma abordagem mais consentânea, teria que comparar com o passado, o que nunca me agradou, e por uma questão de ética, nem aos meus antecessores. Contudo, dentro da humildade que me caracteriza, vou procurar, de forma reduzida, passar algumas ideias que considero fundamentais na mudança de paradigma e da notável evolução no seio da Imprensa Nacional de Angola. Um dos atractivos do trabalho desenvolvido foi a criação de uma equipa de trabalho. A empresa conta hoje com colaboradores comprometidos com a organização, sendo estes os principais motores da implementação das políticas traçadas pelo Conselho de Administração. Em 2010, como facto inédito, foi possível apresentar à tutela o Plano Estratégico para o período 2011-
2015, bem como os correspondentes Planos de Negócio e Orçamentos Plurianuais. Este Plano permitiu definir as acções fundamentais para a modernização que se impunha, dados os efeitos da globalização e a afirmação em todas as latitudes do globo da Era Digital. Face à evolução verificada no decurso dos primeiros anos da sua implementação, o Plano Estratégico foi revisto e actualizado em Setembro de 2013. Embora mantendo inalterável a Missão e a Visão da Imprensa Nacional, essa actualização teve como foco as vertentes estratégicas e as de ordem táctica. Acresce referenciar que nas vertentes estratégicas foi revisto o posicionamento estratégico no mercado gráfico nacional e actualizado o alinhamento dos objectivos estratégicos. Na dimensão táctica foi redefinido o plano táctico operacional, o Plano de Investimentos e a consolidação da informação económica e financeira. Tudo isto, como resultados tangíveis, é de notar que, em atendimento ao objectivo primário que é servir o Estado e o Cidadão, a produção e a publicação das leis e distintos diplomas emanados pelos órgãos de soberania, como acção de eficácia legislativa, passou a ser garantida dentro dos prazos estipulados. A capacidade produtiva foi substancialmente modernizada para elevados padrões de eficiência, fruto da atenção que se dispensa num dos factores indissociáveis ao processo evolutivo: a formação dos quadros.
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do Estado, defendendo as leis e dedicando-se ao serviço público com zelo, inteligência e aptidão. Que produtos são desenvolvidos e produzidos inteiramente pela Imprensa Nacional? A produção e a prestação de serviços é bastante diversificada. De uma forma geral a Imprensa Nacional publica o Diário da República em 3 séries, produz e imprime colectâneas de legislação, livros escolares, científicos e também de temática diversificada, teses académicas e monografias, revistas, certificados, diplomas, títulos e documentos de identificação, incluindo os que contêm elementos de segurança incorporados, entre outros. De igual modo produz diversos impressos e formulários utilizados na função pública, alguns dos quais em regime de exclusividade, produtos publicitários e estacionários.
›› O mercado gráfico nacional regista
actualmente um forte crescimento, devido o surgimento de novas gráficas e o reatamento de outras que se achavam paralisadas. Essas novas gráficas que se juntam às poucas existentes aparecem com uma tendência competitiva Qual é, na sua perspectiva, a importância e papel da Imprensa Nacional no contexto económico angolano? Como é reconhecido em todo o mundo, fruto da paz alcançada em 2002, a economia angolana, mesmo num ambiente de crise económica mundial, é uma das economias que mais cresce e se desenvolve à escala mundial. Segundo dados do Banco Nacional de Angola, entre 2004 e 2008 a taxa média anual de crescimento do PIB foi cerca de 12,5%, tendo atingido o pico em 2005, ano em que esse indicador cresceu em mais de 60%, comparado com o ano anterior e 14% em 2007. Embora se saiba que até 2019 a retoma do crescimento económico não se fará com a mesma intensidade desse período (a que podemos designar como mini-idade de ouro para Angola), note-se que nos últimos anos
a economia angolana tem crescido muito menos, situando-se à volta dos 6-8% ao ano, a sua tendência tem sido apresentada numa perspectiva de crescimento, dados os esforços do governo de Angola para a saída de uma economia de enclave para uma economia diversificada. No papel de motor da economia, cada unidade organizacional é chamada a dar o seu contributo, na missão que lhes é incumbida para o sucesso almejado. A importância e o papel desta empresa nesse processo vem definida pela sua missão, que se consubstancia em desenvolver, produzir e fornecer bens e serviços essenciais ao bom funcionamento das relações das pessoas e organizações entre si e com o Estado angolano, com elevados padrões de segurança e fiabilidade, cooperando nos fins superiores
Recentemente a Imprensa Nacional abriu uma Unidade Gráfica de Segurança. Esta Unidade vem dar resposta a que necessidades do estado Angolano? Podemos orgulhar-nos de ter sido um facto inédito para o país, pois, até lá todo o produto gráfico que requeresse grau de segurança e autenticidade teria que ser produzido no exterior do país. A abertura da Unidade Gráfica de Segurança permitirá à Imprensa Nacional posicionar-se como uma empresa diferenciadora no mercado, uma vez que, por via disso passará a adquirir competências que a diferencia dos seus concorrentes. Doravante, o país pode contar com uma Unidade Gráfica preparada para produzir documentos com elementos de segurança, dificultando a contrafacção. Longe de ser erradicado esse fenómeno, esta nova actividade vai contribuir significativamente para a redução dessas práticas criminais. O grau de sofisticação varia de níveis desde os mais ou menos complexos, dependendo da natureza do documento que se pretende autenticar. Para isso, essa Gráfica utiliza tecnologia de ponta e conta com equipamentos modernos utilizados em grande parte dos países desenvolvidos. O objectivo estratégico definido nessa vertente do negócio é, naturalmente, converter a Imprensa Nacional no parceiro privilegiado do Estado para a gestão e fornecimento de documentos de segurança no país. Que investimentos foram realizados para erguer esta Unidade Gráfica de Segurança? Como não será difícil de perceber, a montagem de uma Unidade Gráfica com essa categoria conduze a avultados investimentos, desde os que se relacionam com o espaço físico e seu acondicionamento, os equipamentos a utilizar, as tecnologias empregues e sobretudo a formação e capacitação dos técnicos a enquadrar em InterGráficas / 23
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toda a cadeia produtiva. Estamos a referirnos não só os operadores de máquina mas também os gestores, inventores, designers, vendedores, etc. etc. Realço o facto desta Unidade ser apenas o início de uma função bastante complexa e de grande dimensão para um Estado soberano. As fases subsequentes deverão capacitar a Imprensa Nacional para que o país deixe de depender do exterior na produção de qualquer produto ou serviço gráfico que exija elementos de segurança. A Imprensa Nacional, é por natureza, o monopólio da segurança documental de que o país se serve para proteger a sua soberania. A Imprensa Nacional é uma empresa respeitada pelas empresas gráficas angolanas. Há algum tipo de colaboração entre a Imprensa Nacional e o conjunto das gráficas comerciais do país? Na verdade, a indústria gráfica tem crescido bastante na última década; trata-se de uma indústria outrora marginalizada, tendo em conta o contexto político económico e social pré-existente. O mercado gráfico nacional regista actualmente um forte crescimento, devido o surgimento de novas gráficas e o reatamento de outras que se achavam paralisadas. Essas novas gráficas que se juntam às poucas existentes aparecem com uma tendência competitiva não só a nível nacional como até mesmo internacional, empregando equipamentos modernos de alta tecnologia e congregando técnicos especialistas na arte gráfica criando condições para o estabelecimento de um mercado de acirrada competitividade, não dando margens ao surgimento de monopólios, facto bastante benéfico para os consumidores de tais produtos e serviços. Contudo, o jogo competitivo não iliba o bom relacionamento que deve existir entre os operadores deste mercado. Por tal razão, a Imprensa nacional tem relações de mútua colaboração com todas as gráficas a operar no país. A área do livro escolar tem um peso considerável na produção gráfica da Imprensa Nacional? A maior parte dos produtos comerciais desta empresa é produzida por uma das nossas Unidades de produção designada por Fábrica do Livro. Estamos a referir-nos ao livro de forma genérica, onde integra, evidentemente o livro escolar. Mas confesso que nos últimos anos, o livro escolar, apesar de importante, dános actualmente uma ocupação de metade do
ano, atendendo à capacidade actual instalada. Basta referir que a Fábrica tem capacidade para produzir anualmente 10 milhões de livros e o programa de produção do livro escolar do ano em curso é de pouco mais de 4 milhões. A Fábrica do Livro tem conseguido dar resposta às necessidades de produção do livro escolar?
›› A maior parte dos produtos comerciais desta empresa é produzida por uma das nossas Unidades de produção designada por Fábrica do Livro (...)a Fábrica tem capacidade para produzir anualmente 10 milhões de livros e o programa de produção do livro escolar do ano em curso é de pouco mais de 4 milhões.
O livro escolar da iniciação à 6ª. classe é distribuído no país por orientação do governo, de forma gratuita. Todas as gráficas no país com capacidade para a sua produção participam deste processo, numa tentativa do governo de revitalizar a indústria gráfica nacional. Acho que esta é uma medida acertada, porque com isso o mercado torna-se mais competitivo com resultados benéficos para a economia, tal como já referi acima. Há novos projectos em curso por parte da Imprensa Nacional, para além da recente
Unidade Gráfica de Segurança? Evidentemente que sim, porque de outra maneira não poderia ser. É preciso ter em conta que a actividade gráfica é dinâmica e o mercado tem que saber corresponder a essa evolução. A Unidade de Segurança recentemente inaugurada é apenas um primeiro passo de um conjunto de acções que tenderão a elevar a Imprensa Nacional no cumprimento do seu papel e atingir o patamar que lhe é reservado no contexto da nação. Os desafios são enormes e ambiciosos. O país tem que deixar de depender do exterior no que toca a produção gráfica em geral e construir uma base tecnológica que lhe permita produzir documentos de segurança localmente. E ainda a propósito da Imprensa Nacional o desenvolvimento e consolidação de bases jurídicas digitais que lhe permitam produzir com qualidade as colectâneas de legislação, a prestação de serviços editoriais, concepção e implementação de sites/portais jurídicos. Neste capítulo posso afirmar que vamos muito avançados. Temos desenvolvido e já se encontra em uso em grande parte das instituições do Estado e até grandes empresas e conglomerados, uma Plataforma de base Web denominada JURISNET. Esta base de dados estruturada e relacional de toda a legislação angolana, bem como de todo o património de conexões de dados neles estabelecidos, tais como derrogações, revogações, rectificações, alterações, anulações legislativa e não só, permitindo aos utilizadores pesquisar e consultar toda a matéria jurídica publicada no país desde 1845. Como vê a actual evolução da indústria gráfica em Angola? Existem vários factores que estão a influenciar positivamente o crescimento contínuo da indústria gráfica em Angola. Temos por um lado o crescimento da economia, os programas de diversificação da economia e a necessidade de afirmação de um mercado competitivo, dada a atractividade das margens que esta indústria apresenta. As elevadas taxas de crescimento da economia pode ser aproveitada pelos operadores do mercado gráfico como factor de reforço do posicionamento estratégico deste segmento, que em certa medida, exerce papel fundamental na oferta de vários serviços. Consta-se que Angola tem pouco mais de 40 empresas gráficas, com mais de 2/3 concentradas na capital e cerca de 70% delas possuem equipamentos obsoletos que não funcionam há mais de 20 anos. O país caminha a passos largos para corresponder às necessidades e às oportunidades que o mercado oferece. Estou em crer que a próxima
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década vai ver surgir elevados investimentos no sector, quer em termos de equipamentos como em tecnologia e formação de recursos humanos. Esta dinâmica poderá mesmo induzir outros sectores, fundamentalmente o da produção do papel e da pasta de papel que são totalmente inexistentes no país. A questão da formação na área gráfica é tema que pode ser aprofundado. Na sua opinião, a Imprensa Nacional pode ter um papel agregador no sentido de chamar a si a responsabilidade de prestar formação técnica qualificada em artes gráficas? A formação na área gráfica continua a ser uma grande lacuna no nosso país. Muito trabalho terá que ser feito nessa vertente, na medida em que o país conta com um número bastante reduzido de especialistas nacionais em artes gráficas. A Imprensa Nacional é uma das poucas gráficas que conta no seu seio com um especialista angolano licenciado nesse domínio do conhecimento científico. A maior parte dos técnicos integrados nas gráficas que operam no país são expatriados, até mesmo operários qualificados, não existem muitos no país. Apesar de não existirem estatísticas publicadas no país para confirmar o que acabo de referir, mas esta é, sem dúvida uma realidade, bastante perceptível para que opere
este negócio. Não existem no país em número suficiente operários qualificados em operação de máquinas gráficas, nem mecânicos, nem electrotécnicos, gestores, enfim, não se encontram. Por este facto, a Imprensa Nacional tem organizado para os seus técnicos várias acções de formação intensiva, quer no exterior do país, quer “on job” e até mesmo enviado alguns quadros para a licenciatura em artes gráficas, principalmente em Portugal, onde por razões da língua, proximidade e evolução justifica a opção. Numa perspectiva de médio/ longo prazo o problema da escassez de técnicos poderá ser colmatado com o programa existente de contemplarmos a implantação de vários cursos em artes gráficas aquando da conclusão da nossa IIª. Fase de construção da Fábrica do Livro, não só para preparar especialistas para a Imprensa Nacional, mas para atender o mercado do trabalho. Vamos procurar concertar essas acções de formação com o Ministério da Educação, no sentido de verem contemplarem nos seus programas, cursos técnicos de nível médio direccionados para as artes gráficas e a nossa escola funcionar em regime de complementaridade. Quais são as suas perspectivas para o futuro próximo da Imprensa Nacional angolana? O Plano Estratégico da Imprensa Nacional
›› Estou em crer que
a próxima década vai ver surgir elevados investimentos no sector, quer em termos de equipamentos como em tecnologia e formação de recursos humanos. Esta dinâmica poderá mesmo induzir outros sectores, fundamentalmente o da produção do papel e da pasta de papel que são totalmente inexistentes no país.
2011-2015 revisto em 2013, traçou metas e objectivos a serem alcançados até 2015. A pouco menos de 2 anos para a sua conclusão, o balanço até aqui deu mostras da sua eficácia e perspectivam-se já novas acções para o período subsequente. Já em 2013 aquando do balanço, revisão e actualização, dadas as transformações organizacionais pela qual as organizações têm passado, foi necessário alinhar as acções tácticas e estratégicas a essas mudanças, mormente os objectivos estratégicos com o contexto interno da organização, as condições socioeconómicas e com as especificidades do mercado em que actuamos. A este propósito foram definidas novas iniciativas e orientações, para cada uma das áreas da Imprensa Nacional, alinhadas com as necessidades identificadas pelos responsáveis para o triénio 2013-2015. Pretendeu-se acima de tudo, reorientar o foco dos objectivos estratégicos afirmando a vantagem competitiva na diferenciação tecnológica. Em termos de capacidade técnica e tecnológica, o país está totalmente dependente do exterior, prejudicando sobremaneira a sua soberania. A Imprensa Nacional deverá afirmar-se como o garante do emprego de tecnologias avançadas, integrando a sua estratégia o movimento irreversível da oferta de bens e serviços adequados à realidade digital, tal como as suas congéneres em todo o mundo. Em termos de perspectivas para o futuro, à visão e valores da Imprensa Nacional há que acrescer e salientar a transparência, responsabilidade social e a inovação tecnológica, como função de pilares fundamentais para a organização. Esta tem que se afirmar para o desenvolvimento de novos serviços digitais, tendo em atenção que novas tendências, como sejam o aparecimento da cloud, as redes sociais, o uso intensivo dos telemóveis, ipads etc., tendo em atenção que actualmente, os estados, as empresas e os cidadãos estão directamente envolvidos neste movimento virtual. Uma outra ferramenta com destaque para o futuro, será a Imprensa Nacional desenvolver projectos associados a soluções de gestão documental para as organizações e arquivo digital desses documentos. A Imprensa Nacional deverá afirmar-se como um parceiro de referência da Administração Pública e de outras instituições, através do desenvolvimento e oferta de serviços electrónicos de impacto para os vários stakeholders, cidadãos, associações e empresas, com o fundamento em duas palavras-chave: CONFIANÇA E SEGURANÇA. InterGráficas / 25
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entrevista por Ana Paula Cecília
“A Inapa já está em velocidade cruzeiro!” Horácio Fonseca é director geral da Inapa Angola desde o início de actividade, em 2009. Nesta entrevista faz o ponto de situação da sua empresa.
A
distribuidora chegou ao mercado angolano incentivada pela existência de clientes gráficos que importavam os seus produtos e, por isso, decidiu oferecer um leque de substratos de grande qualidade e diversidade, conquistando já a confiança de muitas gráficas do país.
Como avalia a presença da Inapa em Angola? Tem sido muito positiva a presença da Inapa em Angola. Quando a Inapa chegou ao mercado angolano existiam, e existem, outros distribuidores mas nós somos especialistas, temos suporte técnico e uma estrutura vocacionada para apoiar o mercado gráfico. A Inapa sabe do negócio em que está inserida e tem provas dadas em Portugal e em outros mercados europeus. A entrada da Inapa em Angola deriva do facto de ter clientes que compravam directamente à Inapa Portugal com regularidade. Como decorreu esse processo de pesquisa sobre o mercado gráfico angolano? Na época em que foi colocada a hipóteses de entrada no mercado angolano, o administrador da Inapa, senhor Casimiro Silva Santos decidiu organizar uma espécie de “ embaixada” a Luanda, composta por mim, Filipe Vieira e o senhor Silva Santos . Durante três semanas falámos com potenciais clientes e outras entidades, para avaliar o potencial do mercado. Claro que a importação directa, já existia e ainda continua a existir, mas a ideia era trazer o papel e utilizar o mesmo modelo de negócio que a Inapa tinha e tem em outros países. Quando chegámos a Luanda percebemos que existia potencial e muitas oportunidades. Não se utilizavam papéis mate e mesmo quando os clientes directos ou alguma agência pedia um papel mate, os gráficos como não tinham acesso a esse produto, simplesmente diziam que não era possível. Foi difícil a entrada e divulgação da Inapa Angola? Sim, houve alguns momentos particularmente difíceis, sobretudo quando a Inapa chegou a Angola em 2009 e teve seu primeiro armazém no Cacuaco. A zona não era de fácil acesso e
com a época das chuvas houve alguns dias que não conseguimos ir ao armazém. Isso foi prejudicial pois queríamos trabalhar e dar resposta aos clientes e não conseguíamos sequer chegar às instalações. Depois mudámos para onde estamos agora e esta localização é boa porque os acesso permitem que estejamos numa linha de estrada em que facilmente chegamos a muitos clientes. Como foi o primeiro ano de actividade? O arranque efectivo foi em 2010 e começou com os contactos que tínhamos, com alguns clientes, que felizmente foram fazendo o “passa palavra”. A satisfação dos clientes foi sendo evidente e por isso, facilmente acabámos por ter uma divulgação no mercado. Um outro aspecto que considero importante e que ajudou muito foi o facto de, à semelhança de Portugal termos realizado fóruns técnicos anuais. Esses eventos permitiram que os clientes contactassem com especialistas como da Portucel Soporcel, empresas de autocopiativos e fornecedores de equipamentos e consumíveis e deste modo foram esclarecendo dúvidas sobre produtos, equipamentos, métodos, processos, etc.
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A Inapa também deu seguimento a uma parceria com a Grafopel para a venda de consumíveis da marca Saphira. Foram feitas demonstrações por parte da Grafopel em gráficas angolanas de modo a fazer passar a mensagem de que é possível ser mais eficiente, reduzir custos e ser amigo do ambiente. Este último argumento de venda que propõe soluções mais ecológicas é mais forte do que o preço dos produtos. Como tem sido a evolução da empresa Inapa em Angola? Posso dizer que a Inapa tem registado taxas de crescimento simpáticas. Claro que os custos locais são elevados e os preços são voláteis, pelo que o valor de ontem de um produto pode não ser igual ao de hoje. Felizmente temos conseguido manter uma constância nos preços praticados . Ainda assim, por vezes há situações que escapam da normalidade mas a verdade é que a empresa tem vindo a adaptar-se e a nossa forma de trabalhar está hoje muito mais formatada para o mercado angolano.
suas necessidades e é por isso que só agora podemos dizer que a Inapa está já a funcionar com uma velocidade cruzeiro relevante. Quando diz que empresa está a funcionar em velocidade cruzeiro refere-se concretamente a que situações? Como se sabe e é muito evidente, o mercado angolano está hoje mais maduro no que respeita ao trabalho gráfico que está também muito dependente do trabalho comercial. Hoje o mercado angolano comporta já a existência de muitas, revistas, brochuras, flyers e outros produtos. Claro que uma grande parte do trabalho gráfico ainda é feito fora do país mas a tendência é para ser executado cá dentro. Como é constituída a equipa da Inapa Angola? A distribuidora conta actualmente com onze colaboradores e percebemos que os clientes gostam da empresa, que nos veem como parceiros de negócio e, sobretudo, vão passando a palavra boca a boca sobre a nossa postura e desempenho.
›› O mercado angolano está hoje mais maduro no que respeita ao trabalho gráfico que está também muito dependente do trabalho comercial. Hoje o mercado angolano comporta já a existência de muitas, revistas, brochuras, flyers e outros produtos.
A maioria dos nossos clientes são empresas gráficas e na minha opinião, e creio também na opinião de todos os especialistas nesta área, o mercado tem um potencial enorme, o que acaba por ser um forte incentivo para a Inapa, cujo seu core business é a indústria gráfica, e também para toda a equipa que serve as empresas gráficas deste país. Acaba por fazer uma gestão de muita proximidade por assumir sozinho a administração da empresa em Angola? Sim, estou muito próximo dos clientes. Estou sozinho na administração da Inapa aqui em Angola mas acho que isso acaba por ser positivo pois controlo os stocks e mesmo as reais necessidades das empresas. Quando existe algum tipo de ruptura de stocks tenho sempre a possibilidade de falar com os clientes e explicar-lhes que a situação e dar datas de entrega das suas encomendas. Há uma consolidação do negócio e uma continuidade na oferta dos produtos. O que queremos e temos feito, é mostrar que estamos muito atentos à gestão dos stocks, no caso do papel e agora dos consumíveis, e apoiar os clientes nas suas necessidades. Apesar de dizer que o negócio está consolidado, posso também dizer que este tem ainda muito por onde crescer. A nossa maior vitória até ao momento é saber que contamos com a confiança dos clientes para com a Inapa. Os clientes também sabem que o nosso apoio é fundamental para que também eles ajudem os seus próprios clientes.
Quando a Inapa entrou no mercado tinha objectivos concretos? Tínhamos um plano de negócio mas como não há estatísticas que nos dessem valores exactos e nos indicassem rumos possíveis, fizemos os nossos estudos, calculámos o custo de salários, viaturas... etc. Ainda assim, a todos esses custos que fizemos, é preciso juntar sempre valores de contingência e subjacentes à actividade e que por vezes não são controláveis, como a má qualidade de algumas estradas que tem influência directa no estado das viaturas, as oficinas, a burocracia, a energia, etc. Esta última questão, que respeita aos custos da energia da rede é complicada e por isso, é preciso ter sempre geradores e garantir a manutenção dos mesmos. Todos estes anos têm constituído um verdadeiro processo de adaptação, de pesquisa sobre o mercado, os clientes e as InterGráficas / 27
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SE SO PA
entrevista por Ana Paula Cecília
JETV
Impre e efei
Qual o valor de facturação atingido pela Inapa Angola? A Inapa Angola conseguiu atingir os três milhões de dólares de facturação em 2013. Este valor advém de clientes de diversas dimensões.
›› A Inapa sabe do negócio em que se insere e tem provas dadas em vários outros mercados. O motivo que levou a Inapa a entrar em Angola prende-se com o facto de que tinha clientes que compravam os seus produtos
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Quando olha para trás, que balanço faz destes cinco anos de actividade no mercado angolano? Pessoalmente posso dizer-lhe que fui muito bem recebido e aceite pelos angolanos. Felizmente para mim foi relativamente fácil adaptar-me ao país e às pessoas porque gosto muito de África e particularmente de Angola. O essencial, para quem chega, é perceber que não é possível impor regras exteriores e que por isso, é preciso adaptarmo nos e tentar melhorar as actividades em que estamos envolvidos. Posso falar de situações que são difíceis de contornar, como por exemplo a questão da distribuição e logística. Há alguns anos a Inapa ganhou um concurso de fornecimento de papel ao banco Millennium BCP e se não tivéssemos construído um modelo logístico de entregas, creio que seria muito difícil cumprir o contrato. Mas
para que se construa esse tal modelo de logística e distribuição, é preciso conhecer muito bem o terreno, as empresas, o mercado, de modo a que tudo seja mais fácil e exequível. Presumo então que não partilha da opinião de quem afirma que o mercado angolano é difícil e que não conseguirá mudar muito a breve prazo? De facto, não concordo nada com essa opinião. Penso que essas opiniões negativistas de que não se conseguirá mudar o mercado e torna-lo mais ágil e produtivo, são próprias de alguma inércia, de pessoas que não se empenham verdadeiramente em contribuir para a sua evolução. Se falarmos da área de embalagem, por exemplo, vemos que o mercado é ainda incipiente e que precisa de investimentos nessa área mas creio que é tudo uma questão de tempo para que vejamos nascer empresas de grande potencial. Até agora a área de embalagem é reduzida à produção de caixas para pastelarias e pouco mais, mas já estão a nascer projectos novos que farão a diferença no mercado!
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tema de capa por Ana Paula Cecília
50 ideias para melhorar o negócio gráfico angolano! ›› É possível melhorar o desempenho da sua empresa? É mesmo possível colocar a sua empresa a produzir mais, a ser mais moderna, a responder de forma mais atempada aos pedidos dos clientes? É possível tornar o negócio gráfico ainda mais rentável?
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›› Neste artigo encontra um resumo de ideias, de dicas, sugestões e tópicos que podem ser usados pelos empresários gráficos que querem, definitivamente colocar as suas empresas no pelotão da frente da indústria gráfica angolana.
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Quase todas as empresas gráficas são familiares. Isso é um problema?
Não! Os especialistas, consultores e académicos referem muitas vezes que algumas da melhores empresas do mundo continuam a ser familiares, a ser detidas por uma ou duas famílias. O que fazer? As gráficas devem ter uma gestão profissional. “O seu a seu dono” e na área da gestão, mesmo que uma empresa gráfica tenha sido fundada por uma família, que grande parte dos seus membros detenham funções nela, a verdade é que a gestão deve ser entregue a alguém competente, preparado(a) e apto para encontrar formas de impulsionar a empresa, agindo com os olhos postos no futuro. A remuneração de uma gestão profissional deve ser paga e funcionar por objectivos. Quanto mais longe o gestor conseguir colocar a empresa, maior devem ser os incentivos oferecidos.
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As gráficas angolanas podem atrair para si trabalho gráfico que é feito fora do país? Sim, podem e devem. Para que tal aconteça devem provar aos clientes e ao mercado em geral que hoje a generalidade das gráficas de angola responde com muita qualidade e eficiência aos solicitado.
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Como podem as gráficas angolanas provar que têm qualidade? Para começar, as gráficas devem mostrarse. Pense no seguinte “Quem não aparece esquece”. Se quer ser notado, tem de mostrarse aos seus potenciais clientes. Por um lado deve divulgar a sua empresa recorrendo a publicidade, participando em campanhas ou simplesmente apostando na área comercial.
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UmA gráfica deve ser uma fornecedora de serviços de impressão, ou deve especializar-se? Depende da estratégia definida pela administração. Se a gestão da empresa optar por especializar-se, deve certificar-se de que não existem muitas outras empresas a oferecer o mesmo tipo de serviços ou produtos. Se o caminho for a especialização, a empresa deve investir de forma a oferecer ao mercado e aos clientes, algo único, de valor acrescentado e dificilmente reproduzido por outros. Se a estratégia for pela oferta generalizada de serviços, a primeira ideia a reter, é que a gráfica não precisa de ter dentro de portas todos os equipamentos e soluções existentes no mercado. O importante é saber criar sinergias e parcerias com outras empresas que possam complementar os serviços que a gráfica não tem capacidade de executar. Sugestão : Para poder decidir o caminho que percorrerá no futuro, a empresa gráfica deve fazer uma avaliação sectorial, pedir ajuda a consultores, especialistas ou mesmo a fornecedores de modo a poder analisar as tendências dos tempos mais próximos. A obtenção de informação credível pode ser uma arma de defesa.
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por Ana Paula Cecília
Um empresário gráfico pode ser também um operário especializado, dentro da sua empresa? Poder pode, mas não é aconselhável. Um empresário gráfico deve focar-se no essencial, no importante, na gestão da empresa. Se tecnicamente for muito bem preparado, esse empresário deve delegar funções nos seus colaboradores, certificando-se que passa o “saber fazer”. Se se dividir entre a gestão da empresa e a parte técnica, o empresário acabará por ser meio gestor e meio operário, não fazendo bem nem uma coisa nem outra.
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Se uma empresa gráfica tiver uma facturação que dependa em mais de 80% de apenas dois ou três clientes, deve rever a sua forma de funcionamento? Sim, deve! Se a existência da sua empresa estiver “sentada” em cima de apenas dois ou três clientes que lhe garantem 80% da facturação, deve rever toda a área comercial e preparar o “desmame” desses mesmos clientes. Nada dura para sempre e sobretudo nos dias de hoje onde a fidelização é instável, deve procurar diminuir o peso desses clientes, encontrando outros novos, mesmo que esses sejam “muito pequenos”, já que muitos pequenos fazem um conjunto grande. Se esses dois ou três clientes que lhe garantem a quase totalidade da facturação da sua empresa forem organizações estatais ou entidades de administração central do estado, então é motivo para ficar de cabelos em pé, porque a sua empresa está mesmo em risco!
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Como devo escolher as feiras internacionais a visitar, tendo um orçamento relativamente reduzido para este efeito? Deve selecionar as feiras que mais lhe despertam atenção.
Por exemplo, a drupa só se realiza a cada quatro anos. Continua a ser a maior feira do mundo dedicada à indústria gráfica e da comunicação. A ida a Dusseldorf, cidade onde decorre a drupa é sempre dispendiosa, pelo que deve reservar viagem e hotel pelo menos um ano antes. Outra feira que considero importante para quem trabalha na área da serigrafia, grande formato digital, material de ponto de venda e outros segmentos, é a Fespa. Esta feira é itinerante, realizando-se todos os anos em locais diferentes. Este ano a Fespa realiza-se em Colónia, no mês de Maio, o que significa que para além de melhor tempo, poderá
encontrar preços mais acessíveis para visitar este evento, sendo até possível, em último caso, visitar Lisboa e depois Colónia. Em destaque está também a Graphispag que decorre a final de Maio em Barcelona e que tem a vaontagem de decorrer numa cidade fantástica. Com as companhias low cost, pode facilmente deslocar se à Catalunha desde qualquer cidade da Europa. Sobre outras áreas como embalagem, rotulagem e etiquetagem, existem eventos muito específicos que têm lugar na cidade de Paris. Há um portal que deve consultar para ver mais feiras, data e respectivos pacotes de viagens – www.querofeiras.com
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dependência de crédito bancário é um problema? Actualmente é um problema! Se puder, renegoceie esses créditos bancários e livre-se de equipamentos e material obsoleto. Ter a empesa cheia de monos velhos, desactualizados ou que apenas podem ser vendidos ao peso do ferro, não é bom. Se não conseguir ter acesso ao crédito para aquisição de equipamentos totalmente novos, fale com o seu fornecedor e procure uma solução que pode passar por um equipamento semi-novo ou mesmo um modelo de entrada por exemplo de impressão digital. Em muitos casos, há alterações muito positivas que podem ser feitas na estrutura das empresas que custam pouco ou quase nenhum investimento.
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Como é que uma gráfica pode decidir de que forma investir em que novos produtos e aplicações?
Pode escutar os clientes e olhar atentamente para o mercado externo. Viaje para qualquer país da Europa e “apalpe” o pulso ao sector gráfico. Veja que produtos estão a ser consumidos, que tendências se vêem em mercados de dimensão. Um conselho que deixo, é o seguinte: escolha uma feira que considere relevante para o seu negócio e estabeleça contacto com as marcas. Pergunte aos fornecedores qual a visão que têm da indústria gráfica e da comunicação em diferentes países. Peça ajuda. Não tenha vergonha de perguntar sobre tendências. Quem vende equipamentos, produtos, softwares e consumíveis sabe bem o que está mais “quente”.
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As gráficas tradicionais, que apenas oferecem impressão têm os dias contados?
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Como é que uma empresa gráfica pode reforçar a sua relação com os clientes? Para além de alguns argumentos referidos em respostas anteriores, a relação com os clientes deve ser inovadora e flexível. Não há nada melhor do que mostrar-se disponível para o seu cliente, mesmo que seja à meia noite!
Não! O que acontece é que hoje a impressão não é só feita no substrato papel. Hoje a impressão está em todo o lado e é possível imprimir em madeira, cerâmica, vidro, têxtil, etc. Ainda assim, depois de analisar os vários segmentos de mercado que podem ser uma porta aberta para o futuro, as empresas gráficas devem estudar também a possibilidade de oferecer novos serviços relacionados com cada uma das áreas onde pretendem investir. Por exemplo, se uma gráfica decidir focalizar se mais na produção de material para ponto de venda, deve também equacionar a integração de uma equipa de montagem na sua estrutura! Se possível, dedique algum tempo à sua empresa, “saia da caixa” e coloque-se na pele do seu cliente, perguntando-se, o que é que este pode precisar mais.
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É possível pensar em fazer uma fusão com uma empresa que esteja com problemas de tesouraria? Possível é, mas deve ser evitado! A menos que a sua empresa também tenha os mesmo problemas de tesouraria e enfrente dificuldades idênticas, o ideal é procurar unir-se a empresas que estejam saudáveis e tenham uma clara visão de futuro. Lembre-se que um mais um, nem sempre dá dois! Se não estiver em condições de juntar física e comercialmente as duas empresas, o ideal é criar parcerias informais que beneficiem as duas empresas. O mais básico sentido de uma parceria informal passa por ambas terem acesso aos equipamentos uma da outra e por partilharem clientes e oferecerem soluções conjuntas. InterGráficas / 33
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Resumo de 50 ideias para contornar a crise
por Ana Paula Cecília
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Os novos modelos de negócio podem ser adoptados por todas as empresas? Podem, mas atenção, antes de entrar em qualquer novo modelo, deve estudar bem a sua base, perceber como funciona, ficar a par das fragilidades e mais valias e ainda observar a concorrência.
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Uma empresa gráfica deve apostar na formação dos seus colaboradores? A formação dos colaboradores é muito importante, mas a formação dos gestores é essencial. Quem não sabe fazer, não sabe mandar, diz o ditado. E neste caso, para perceber como funcionam os meandros do negócio, os gestores devem investir na sua formação e informação. Não é bom que a formação seja evitada com o argumento de que depois o colaborador vai embora para a concorrência. Aqui existem muitas formas de aliciar e manter a fidelidade dos colaboradores. E não pense que estou apenas a falar de aumentos salariais. Muitas vezes o trazer o seu colaborador motivado passa apenas por dar-lhe melhores condições de trabalho e de organização da sua vida pessoal.
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Concentre-se em ser empresário e não outra coisa. Analise se pode investir mais na sua formação empresarial Veja como pode respeitar a ética empresarial Reivente a sua actividade, desenvolva-a. Melhore a gestão da sua empresa. Reoriente o seu segmento de actividade Obtenha maior e melhor informação sobre o mercado Premei os seus colaboradores em troca de ideias inovadoras Visite eventos feirais e verifique a evolução de produtos e tecnologias Renegoceie os créditos e livre-se de equipamentos obsoletos Preste atenção a novos modelos de negocio Procure aprender com os casos de sucesso da indústria mas também com os que correram mal. Estabeleça relações de confiança com outras empresas e celebre mesmo acordos de parceria, ainda que informais. Dê a palavra. Apoie os seus clientes em reuniões com os clientes deles. Seja consultor dos seus clientes. Ajude-os a poupar dinheiro, dando dicas sobre gramagens ou aplicações que lhe reduzam custos. Terá depois o retorno. Ofereça valor acrescentado aos produtos impressos Crie vouchers ou cupões de desconto para os seus clientes Aposte mais na personalização dos produtos Faça uma análise dos seus custos e reduza-os Se optar pela especialização numa determinada área, certifique-se que os seus colegas, empresários gráficos podem ser, em grande percentagem seus clientes Se quer manter-se como prestador de serviços gráficos, não precisa ter a casa cheia de todos os
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equipamentos existentes no mercado. Agregue um leque de serviços, produtos e equipamentos, criando parcerias com um conjunto de empresas que possam garantir-lhe essa ampla oferta Aposte na qualidade. Implemente medidas para poder ter um apertado controlo de qualidade. Mesmo que não esteja a pensar em investir agora, analise juntamente com o seu banco as condições que este lhe pode oferecer. Preste especial atenção à variedade de acabamentos especiais disponíveis no mercado. Aposte mais no marketing da sua empresa. O ditado português diz que “quem não aparece, esquece”. Reorganize a área comercial da sua empresa. Aposte em comerciais tecnicamente preparados e dê-lhes ferramentas úteis para que possam vender melhor. Certifique-se de que os comerciais que vendem impressão offset também conseguem vender impressão digital. Há diferenças a ser analisadas. Procure novos mercados. Se exporta de forma indirecta, tente perceber que outros clientes pode angariar para vender directamente. Pesquise entre os chamados “nichos de mercado” se há algum que possa ser servido pela sua empresa, inclusive com os equipamentos e a equipa que já dispõe. Não esteja dependente apenas de um fornecedor de equipamentos, serviços ou consumíveis. Trabalhe com pelo menos dois fornecedores de cada área. Procure ajuda profissional para que tenha um plano de competitividade nas suas mãos. Invista tempo e dedicação à sua empresa, e vai certamente encontrar pontos de desperdício, quer seja no processo ou nos tempos de resposta. Invista num programa de gestão gráfica. Se considerar demasiado elevado, procure junto do fabricante saber se pode adquirir apenas os módulos mais adequados à sua área de actividade. Alguns podem ser pagos apenas pela utilização.
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Marque uma reunião com alguns empresários que mantenham actividade em outros segmentos de mercado de modo a poderem ajudar-se mutuamente neste momento de crise. Não centre em grande escala a actividade da sua empresa nos concursos públicos. O preço é aqui o único factor determinante e as relações com o cliente são nulas ou inexistentes. Não trabalhe por preço. Ofereça um orçamento com o justo valor para o trabalho. Se possível converse com os clientes sobre este assunto. Considere o valor de 50% para a djudicação de trabalhos de novos clientes. Seis meses depois de estabelecida uma relação com esses mesmos clientes novos e caso não haja incidentes, dê-lhes um prazo de pagamento mais alargado. Não demore tempo a implementar medidas de redução de custos Aposte e tecnologias verdes ou limpas Faça uma aposta num plano de formação em novas tecnologias. Para a direcção da empresa e para os seus colaboradores. Compare a sua empresa com os principais concorrentes do mercado. Faça uma lista das fragilidades e pontos fortes da mesma e tire conclusões. Converta o seu fornecedor de tecnologia numa espécie de “sócio” tecnológico. Faça um curso sobre motivação para a área de vendas. Há bons coachs no mercado que o podem ajudar. Analise em conjunto com outros empresários gráficos a possibilidade de estabelecerem uma entidade tipo “central de compras”. Obtenha vantagens de compra em grupo. Se não puder ou quiser trabalhar para exportação, observe com atenção o mapa da cidade, da sua região e do país e veja se não pode expandir a área de actuação da sua empresa. A hipótese de trabalhar com um comercial que esteja em qualquer outra zona do país é muito fácil e pode trazer resultados a curto prazo. Marque uma reunião com alguns dos clientes que considera mais importantes para a sua empresa. Não lhes venda nada. Peça que lhe dêem opinião sobre a empresa, o que pode correr melhor e que serviços gostariam que lhes oferecesse mais. Peça a cada cliente que se mostre satisfeito que indique a sua empresa gráfica a algum outro potencial cliente. Peça contactos. Marque reuniões de apresentação. Invista no site da sua empresa. Crie um catálogo que seja o espelho do melhor que a gráfica oferece. Invista na divulgação do projecto gráfico. Ofereça um serviço de qualidade em termos de design gráfico. Se não tem designer na empresa estabeleça avença com algum que seja bom profissional.
há Oportunidades que não deve perder!
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entrevista por Ana Paula Cecília
Sopol
investe na qualidade e capacidade de resposta! A Sopol é uma das mais reconhecidas empresas gráficas angolanas. Além de ter entre os seus clientes alguns bancos de referência, a gráfica trabalha ainda as necessidades de impressão do partido MPLA.
E
va Santos é a actual administradora da SOPOL, cargo que ocupa há já três anos. Em entrevista, a gestora fala sobre o presente e futuro da empresa, e sublinha à aposta na inovação, no investimento em equipamentos de qualidade e na estratégia que visa uma maior capacidade de resposta às solicitações do mercado. Há quanto tempo está à frente da gráfica SOPOL? Estou à frente da SOPOL há sensivelmente três anos, após arreliante doença grave do PCA e director da empresa, Dr. José Fernandes.
Quais os objectivos que definiu para esta empresa gráfica? Queremos que a SOPOL possa competir em pé de igualdade, e até mesmo ultrapassar alguma da concorrência, apostando na inovação de todas as funções da empresa. Com quantos corpos de impressão conta a gráfica? Actualmente a empresa conta com oito corpos de impressão , traduzidos numa Speedmaster de grande formato com quarto corpos e duas Sormz de meio formato, com dois corpos cada uma. Possuimos ainda uma máquina de impressão digital no formato A3+. Quem são os principais clientes da gráfica? Temos entre os nossos clientes dois bancos credenciados no mercado, o Partido MPLA, várias igrejas e muitos clientes sazonais. A empresa tem feito investimentos recentes na área de impressão? Concerteza! Muito recentemente renovou-se totalmente a área de pré-impressão, adquiriu-se a
›› “ A aposta passa por colocar a empresa a
competir no mercado apostando na qualidade e capacidade de resposta à crescente procura do mercado.”
Objectivos que definiu para esta empresa gráfica Competir em pé de igualdade, e até mesmo ultrapassar algumas da concorrência, apostando na inovação de todas as funções da empresa
máquina de impressão digital bem como uma máquina de plastificação de grande formato. Além disto, está a chegar à empresa uma Speedmaster de meio formato a quatro cores. Como avalia o actual estado da indústria gráfica angolana? Realmente, embora ainda se note escassez de corpos de impressão no que diz respeito à quantidade dos mesmos, nota-se já uma oferta de qualidade elevada, rivalizando com os melhor es mercados do mundo. Como gestora, acredita que a sua empresa pode melhorar o processo produtivo? A aposta passa por colocar a empresa a
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Eva Santos: Perfil de uma destacada gestora! Eva Gonçalves da Costa Santos é administradora delegada da SOPOL SA, empresa onde entrou em 1995 e na qual também já desempenhou o cargo de directora financeira até 2012. Determinada por natureza, Eva Santos mostrou desde cedo que o saber faria sempre parte da sua vida e a prova é que se licenciou em Economia e está actualmente a frequentar o curso de Mestrado em Ciências empresariais, pela FAAG. Num questionário de perfil ficamos a saber mais sobre Eva Santos, uma mulher que lidera uma das mais destacadas gráficas angolanas e prova de que esta não é uma actividade exclusiva do sexo masculino! Eva Gonçalves da Costa Santos tem 52 anos, nasceu em Luanda onde hoje é a Maternidade Lucrécia Paim. O seu crescimento dividiu-se em duas etapas tendo morado até aos 13 anos no Bairro do Reordenamento do Rangel, na Rua 13 casa nº 6. Após a independência e até à altura do casamento Eva Santos morou em Vila Alice, numa rua com o nome do famoso escritor português, Fernando Pessoa. Na casa de então, ainda vive a sua mãe e por isso a gestora nunca cortou raízes com esse lugar. Quem a conhece sabe que sempre se mostrou empenhada nos estudos e por isso foi sem surpresa que se licenciou em Economia, na especialidade de Gestão de Empresas, pela Universidade Agostinho Neto em 1994. Mas o “bichinho” do saber sempre se manifestou no seu percurso e por isso, actualmente frequenta o curso de Mestrado em Ciências empresariais. Eva Santos fala com orgulho do seu percurso profissional referindo que de entre 1981 a 1991 trabalhou na Sede Nacional do Partido, no Departamento de Política Económica do Comité Central do MPLA; passando pelas secções do Comércio Interno, secção do Trabalho e por último pela secção do Plano. Já em
competir no mercado apostando na qualidade e capacidade de resposta à crescente procura do mercado. Para isso, desenhámos um plano ambicioso de reestruturação da empresa em todos as funções (Fabril, Administrativo, Recursos Humanos) e até na estrutura física do edifício. Actualmente a empresa conta com
1992 a exerceu as funções de contabilista na GEFI,SA – Sociedade de Gestão e Participações Financeiras onde esteve até 1995. Nesse mesmo ano a economista entrou na SOPOL SA, começando por assumir o cargo de Administradora Delegada e posteriormente as funções de Directora Financeira até ao ano de 2012. Mas desenganem-se todos os que pensam que uma mulher não pode ser brilhante em várias áreas profissionais. A prova é que Eva Santos, assume ainda como professora a cadeira de Economia
no Instituto Médio de Economia de Luanda desde 1992 e é também Coordenadora de Disciplina e do Grupo disciplinar da mesma cadeira. Cheia de uma força inquestionável e uma vivacidade contagiante, Eva Santos assume-se como uma mulher feliz, sobretudo quando fala dos seus quatro filhos, 3 rapazes e uma rapariga, com idades compreendidas entre os 13 e 32 anos. E porque um trabalho de grande responsabilidade e uma vida pessoal cheia nunca a impediram de usufruir do merecido “descanso dos guerreiros”, a economista confessa que gosta de viajar e por isso sempre que pode visita por exemplo Portugal, sobretudo por causa da língua comum e da coincidência de hábitos e costumes e também da gastronomia do país irmão.
70 colaboradores, sendo a maior parte deles operários da área fabril. Em que áreas sente que as empresas gráficas angolanas mais precisam de apoio? Sem sombra de dúvida, nos créditos que deveriam ser mais bonificados por se tratar
Ainda assim, aquela que foi outrora a Grande Metrópole não consegue rivalizar com o seu ideal de férias de sonho visto que por preferir a praia ao campo, é no Mussulo, que a economista gosta de “curtir o bom sol no mês de Março” e se a isso se seguir Mufete, o seu parto preferido, então é impossível arredá-la do paraíso! Quanto se pergunta pelo lema da sua vida, Eva Santos responde sem hesitar que “ se seguirmos a Deus, o omnipotente, o resto se completa” e é também por isso que o filme da sua vida é “O ódio que gerou o amor”, sem esquecer que foi com a película “ Pai rico, pai pobre” que alcançou uma outra perspectiva na orientação dos meus filhos. De gargalhada alegre e fácil, a mulher que comanda a SOPOL diz que não costuma arrepender-se de nada porque antes de tomar qualquer decisão reflecte com profundidade. Com uma fórmula simples e eficaz, Eva Santos considera que “ jamais posso arrepender-me do que faço do que deveria ou poderia ter feito e não fiz, porque acredito que se assim foi, é porque essas acções não estavam destinadas a ser feitas.” Diz que “o amanhã a Deus pertence e que devemos viver cada dia intensamente”, mas sem esquecer o próximo. E esta máxima de vida revela também a sua maior qualidade e pior defeito. Eva Santos diz abertamente que ajudar os outros a faz feliz e isso é um aspecto positivo da sua personalidade, no entanto, muitas vezes não consegue evitar envolver-se demais quando lhe solicitam ajuda e por isso transforma o problema dos outros nos seus próprios problemas. Com uma riqueza interior enorme, a gestora e economista da SOPOL não esconde que o seu maior sonho ou desejo da sua vida é algo tão simples e fantástico quanto ver os netos crescidos. “Quero poder contar aos meus netos algumas histórias dos seus pais, coisas que só quem educou e deu afecto sabe e incutir-lhes valores morais, algo que nos nossos dias se está a perder !”
de um ramo da indústria transformadora de enorme exigência para o crescimento e desenvolvimento do país. Relembro que a indústria gráfica consome mais de 20 itens de matérias primas, interrompendo a cadeia produtiva quando apenas um deles escasseia, exigindo uma competente gestão de stocks. InterGráficas / 37
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Novidades no Mundo da Serigrafia por David Zamith*
Retorno sobre o investimento Grande Formato Gráfico: Publicidade Exterior
O mundo da Gráfica, no “nicho” do segmento do Grande Formato, tem vindo a assistir a ajustes, e reajustes, ao longo dos últimos anos, nomeadamente em três pilares de destaque: Pré-Impressão - Impressão - Acabamento.
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a pré-impressão:
Assistimos a uma evolução lógica de passagem da preparação de fotolitos analógicos para a conceitos de tratamento digital da imagem e consequente imagiação digital (ex. CTP - Offset), resultando em normalização de processos (com muito menos passos de processo), melhoria de qualidade, productividade e controlo correcto do custeio. Passo a passo a tecnologia de Impressão Serigráfica, seguindo a lógica do Offset, evoluiu igualmente para a imagiação digital, com Exposição Digital Directa dos Quadros Serigráficos (CTS – Serigrafia), e o fim do “Fotolito”. Esta evolução foi constante, mas lenta, em termos de automação, soluções de RIP software e resoluções de tramas. Hoje, para o sector do Grande Formato, a Serigrafia só consegue sobreviver se a pré-impressão for na base da Tecnologia de Imagiação CTS, Automatizada e Em-Linha (com a alimentação dos quadros, exposição digital directa CTS com 1270 dpi´s, revelação, secagem e retiração dos quadros, em um só passo produtivo). Permitindo assim uma montagem às linhas de impressão multicor serigráficas, com elevada qualidade e rapidez! Interessante analisar que uma surpresa relevou o facto de o “Retorno sobre o Investimento” para esta área da pré-impressão CTS se tornar, em muitos casos, muito rápido!
Na impressão: A grande novidade surgiu pela tecnologia de impressão Digital, esta a acompanhar a tecnologia de Imagem Digital, normalização de processos, qualidade em crescendo, diversidade de formatos e novas tendências do mercado para séries produtivas mais pequenas e consequente rapidez na logística, absorvendo de imediato as pequenas e médias séries oriundas de um processo Serigráfico ao tempo lento, analógico, imprevisível no custeio! Como reportado na pré-impressão os factos hoje são diversos, a “industrialização” de processos atingiu um patamar tecnológico muito elevado com a digitalização da imagem, Pré-Impressão Digital CTP/CTS, linhas de impressão multicor (4-5 cores) com comando electrónico e servo motorizadas, registos de impressão electrónicos, tempos de arranque de máquina de impressão céleres, elevada resolução, transferindo o estrangulamento do processo produtivo para o tratamento de imagem e não mais para a manufactura dos quadros serigráficos (agora em rápida exposição digital directa CTS), permitindo um renascer tanto da tecnologia de impressão da Serigráfica como do Offset, lado a lado em partilha com a do Digital!
Diferentes tecnologias de impressão em partilha, como tendência futura de resposta às reais necessidades e exigências dos mercados? Ou seja, de acordo com as necessidades do cliente final, a requerer uma pequena, média ou grande série, exigências ao nível dos substractos (papel, vinil, acrílico, cartolina, cartão, lonas, plásticos, etc.), ao nível das resistências, UV e durabilidade de exposição da publicidade exterior (dias, semanas ou meses) e outras, como o envernizamento final, plastificação, ou de efeitos 3D, os trabalhos a serem canalizados para a tecnologia de impressão aconselhada, pelo seu nível produtivo, custos, etc., ou para a partilha de tecnologias no mesmo trabalho, tendo em conta uma cada vez maior necessidade de apresentar soluções de Diferenciação Inovadora! A Tecnologia de Impressão Serigráfica – pela sua diversidade de diferentes depósitos / espessura de tinta (cores especiais, SignTronic STM - Pré Impressão Automática CTS Serigráfico
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metalizados, fluorescentes, luminescentes, glitter´s, vernizes, médios, adesivos, pastas condutoras, etc.), aliada a pigmentação muito forte e resistente ao ultra violetas, é utilizada numa imensidão de aplicações, da Gráfica, Têxtil ao Funcional. Caracteriza-se ainda por ser um processo com uma alta reprodutibilidade, hoje com a pré-impressão e impressão com fluxogramas de produção industrial automatizada e principalmente por ser um “processo económico”.
No acabamento: Cada vez mais a procura, pelos Designers e Criativos, por soluções Inovadoras e Diferenciadoras ou, pelo cliente final com requisitos de exigências técnicas e especificações acrescidas, estão a levar o sector do Grande Formato Gráfico a ancorar a sua produção em partilha de diferentes sistemas de impressão no mesmo trabalho e em novas soluções, de maior valor acrescentado, para a área do Acabamento: Contracolagem, Plastificação, Envernizamento, etc.
No Retorno sobre o Investimento: Num mercado cada vez mais competitivo e agressivo, como o do Grande Formato Gráfico,
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com notória sobre capacidade instalada, nomeadamente na área da Impressão Digital, motivando a erosão de preços, a par de acréscimo de exigências do mercado (rapidez, qualidade, sustentabilidade financeira, etc.) a análise de custos em geral é um elemento da maior importância. Para tal os novos Investimentos (Tecnológicos e de Automação), são fundamentais para emergir do sector da “comodidade” do mercado e apresentar novas soluções de “fornecedor de sistemas gráficos”, onde uma análise do Retorno sobre o Investimento se torna paradigmática. Todos temos assistido a uma corrida generalizada em investimentos realizados para tecnologias de impressão, onde análise do Retorno sobre o Investimento não foi feita, ou elaborada sem um suporte técnico-industrial, originando colapsos desnecessários! A chave do sucesso está na análise do Retorno sobre o Investimento e, aqui, a Tecnologia de Impressão Serigráfica pode apresentar interessantes surpresas. Só com Investimentos em Tecnologias que apostem na Competitividade Inovadora, poderemos dar resposta a, uma: maior normalização e reprodutibilidade; melhoria de qualidade; maior rapidez de reacção e tempos de entrega mais curtos; maior competitividade; saber os seus custos reais; ter uma melhoria na eficiência de custos; poder diferenciar.
Na Tecnologia de Impressão Serigráfica:
Como parte de um processo produtivo no Grande Formato Gráfico, é fundamental um Fluxograma industrial na pré-impressão, pela automatização Em-Linha, com tecnologia de exposição digital directa CTS (Computer-To-Screen), com resolução 1270 x 1270 dpi´s / 20μm pixel, como suporte a linhas de impressão multicor dedicadas, como exemplo das THIEME XL com formatos de impressão standard até 3300 x 2000 mm, capacidades até 3000 m²/h (dependendo do formato de impressão), substractos até 10 mm de espessura, tempos de arranque ca. de 5 minutos, por módulo de impressão, e uma disponibilidade operacional superior a 95 %. A Tecnologia Serigráfica, no Grande Formato Gráfico, continua a “renascer” como tecnologia de impressão diferenciadora, económica e focada nas suas vantagens intrínsecas! Assim, seja na Alemanha, Áustria, Inglaterra, França, Espanha, Brasil, Austrália, Estados Unidos, etc., como em Portugal, torna-se uma vantagem competitiva oferecer impressão Serigráfica e Digital paralelamente, como também, para os grandes formatos, o Offset é frequentemente promovido, a um nível global! * Ruy de Lacerda & Cª., S.A. www.rdl.pt
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Feiras por Ana Paula Cecília
Vá a Barcelona visite a Graphispag 2015!
Barcelona acolhe no próximo mês de Março, entre 24 e 27 a feira Graphispag que promete trazer à indústria gráfica ideias e produtos inovadores para novos investimentos.
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ara além do programa de conferências, dos expositores que estarão presentes, a grande vantagem é que esta feira se realiza numa das mais bonitas e interessantes cidades europeias. Se procura conjugar negócios e lazer dê um salto a Barcelona! A próxima edição da feira Graphispag que decorre em Barcelona entre 24 e 27 de Março de 2015 tem como principal objectivo oferecer aos visitantes inspiração, tecnologia, conhecimento, histórias de sucesso e a chave certa para novos negócios gráficos. Se está à procura de motivação e impulso para a sua empresa gráfica, saiba que a cidade espanhola de Barcelona pode ser o lugar certo para encontrar tudo isso. Para além das tecnologias e partilha de experiências com outros profissionais gráficos, a feira permitirá ainda que assista a palestras, conferências, demonstrações e estabeleça uma rede de contactos com fornecedores. O objectivo da feira passa por encorajar os empresários a serem lutadores e optimistas, lembrando que tudo o que passa pelas nossas mãos é impresso. Esta edição da Graphispag ajudará as empresas a analisar o seu modelo de negócio e a encontrarem um rumo mais claro acerca do futuro. No caso da indústria gráfica angolana há um potencial enorme na área de fabrico e impressão de embalagens que vai estourar nos próximos tempos, pelo que os empresários gráficos deste país devem estar atentos a todas as possibilidades e a Graphispag é o lugar certo para tirar ideias.
Informações úteis para viajar até Barcelona e visitar a Graphispag! Para que os empresários gráficos angolanos possam visitar a feira Graphispag em Barcelona têm várias opções, que passam por apanhar um voo directo entre Luanda e Lisboa na semana de 23 a 28 de Março. Existem voos da TAAG com preços desde os 605 euros ida e volta. Com a TAP necessitam ficar até domingo 29 de Março e o preço já fica em 992 euros. Outra possibilidade é utilizar um voo directo da Ibéria até Madrid mas o seu custo é mais elevado (1075 euros) e isto apenas para as datas entre 23 e 29 de Março. Em classe executiva os voos mais económicos são da TAAG até Lisboa com o preço de 2.874 euros. De Lisboa para Barcelona há voos directos da TAP e Vueling com preços ida e volta que variam entre os 125 euros e 198 euros. Alguns destes voos conjugam bem com a chegada do voo TAAG (este voo chega às 06h40) e existe um voo TAP com saída à 08h50 e outro da Vueling as 08h30, o que permite seguir logo para a feira Graphispag. Em relação a hotéis recomendamos os hotéis perto da praça de Espanha. Por exemplo, para uma estadia de 24 a 27 de março num hotel de 4 estrelas com quarto duplo e pequeno almoço os valores são os seguintes: Expo Barcelona 269,07 € Ayre Gran Via 402,30 € Catalonia Barcelona Plaza 377,02 € Em hotéis de 5 estrelas recomendamos: Hesperia Tower (este fica muito perto do
recinto da Feira e do Aeroporto) - 372,15 € Eurostars BCN Design 396,95 € Fairmont Rey Juan Carlos I 464,75 € Clientes VIP de Angola
A organização da feira está preparada para fornecer um atendimento personalizado aos visitantes angolanos
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RECURSOS HUMANOS por João Botelho*
Formação em Artes Gráficas
A formação é fundamental para o sucesso empresarial e por isso, tanto funcionários como empregadores deverão ter esse tipo de preocupação.
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eficiente é por vezes necessário adaptar, não improvisar, ou seja se o publico alvo está a ter informação que lhe é desadequada porque o nível da informação é muito alto ou muito baixo, isso passa a ser um factor de desmotivação e o insucesso é garantido! Lembre-se deste pormenor.
3. FORMADORES INTERNOS E EXTERNOS
Em Angola onde a oferta formativa é limitada, é mais provável que os formadores sejam internos, e também comum que os formadores sejam estrageiros, profissionais experimentados mas pouco habituados a dar formação de modo mais formal e, se assim for, é importante preparar bem os formadores. O formador externo (mesmo que não tenha
m Angola este aspecto torna-se ainda mais importante, pois existem muitas empresas e trabalhadores a darem os primeiros passos. Todavia deverão existir algumas premissas que para que este factor seja determinante e para que não seja considerado uma perda de tempo.
1. PREDISPOSIÇÃO E CULTURA DE EMPRESA A organização deverá promover as acções de formação com todo o profissionalismo, sejam elas internas ou externas, incentivar a sua participação e actuar com entusiasmo sobre as mesmas. Por exemplo, a empresa deve marcar a formação em horários que não prejudiquem os formados, reunir as condições dignas para a sua realização (infraestruturas, projectores, conteúdos etc. etc.). O modo como os empregadores (Administração, Directores, Chefias) encaram estes momentos fará toda a diferença nos formandos.
2. CONTEÚDOS E PLANIFICAÇÃO É aconselhável formar um grupo de trabalho com diversas ambivalências e discutir previamente todas as acções a ter em prática (apresentações em sala, conteúdos, materiais, envolvência, trabalho administrativo etc. etc.). Se for necessário deve contratar-se alguém externo com experiência para ajudar nestas acções. Lembre-se que o conhecimento não é suficiente para existir uma boa formação Já que existem outras vertentes que não podem ser descuradas (saber falar, escrever, conseguir ser percebido, avaliar...etc.) A elaboração dos conteúdos deve ser bastante cuidada e objectiva, deve evitar-se generalidades e difusão de matérias. É importante promover também a formação prática, que normalmente motiva mais os formandos, que complemente com a formação teórica, que seja relevante para cimentar os conhecimentos, é muito comum o conhecimento empírico e é aí que a formação deve fazer a diferença. Deverá também ter em conta que público deve atingir, para tal deverá se necessário dividir os formandos para ser mais eficiente. Planear cuidadosamente os tempos de formação é um ponto delicado pois a actividade gráfica está sujeita a alterações constantes e poderão existir momentos em que se torna difícil encontrar disponibilidade. Assim , deve estudar-se bem o horário, mas provavelmente será mais aconselhado a existência de formações curtas (máximo uma hora) em horários mais adequados e evitar, por exemplo, o fim do dia ou as sextas feiras. Preveja também uma formação por módulos com objectivos e evite a todo o custo formações sem objectivos inatingíveis ou muito genéricas, difíceis de medir. Para a formação ser
experiência no ensino), tem várias vantagens. Os formados como não o conhecem, encaram a formação de modo mais sério e ele próprio também não os conhece, logo não há risco de parcialidade
4. AVALIAÇÃO E MEDIÇÃO Formação sem avaliação e medição é um esforço inacabado. É importante pensar em formas de medir, se a formação está a resultar, por exemplo fazendo exercícios semelhantes às acções do dia-a-dia e medindo a eficiência e os tempos de produção antes e depois, etc.. É importante também dar oportunidade ao formando de mostrar o que aprendeu e, este momento é muito significativo porque para ter sucesso é preciso que haja acompanhamento e dedicação de ambas as partes. Este é, normalmente, um processo demorado e existe a tendência para o formador inexperiente ser impaciente, o que causa embaraços e inibe o formando. * Director de Produção da Imprimarte. Ex Professor no curso de Design e Produção Gráfica no ISEC joao.botelho@imprimarte.net
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O mundo das Artes Gráficas por Henrique Silva
Coisas e loisas… Enquadramento histórico
Todos nós, no mundo das Artes Gráficas, somos diariamente confrontados com diversos e variados problemas e questões, sejam de ordem técnica, humana, ambiental etc. Muitas das vezes desconhecemos a sua origem, significado e mesmo a sua resolução.
Q Traço
Meios-Tons
uero com o inicio desta rubrica tentar dar a conhecer os mais correntes, e , de alguma forma desmistificar e tentar apresentar algumas das soluções possíveis para a sua resolução. Comecemos por um enquadramento histórico
Impressão offset, o inicio:
O contínuo aperfeiçoamento dos processos de impressão, a necessidade de reproduzir gravuras juntamente com textos, faz aumentar o desejo de reproduzir as ilustrações com a sua natural gradação de tons. No início da impressão estas intenções estavam limitadas na sua aplicação. Os processos existentes na época (gravuras em madeira) possibilitavam somente uma reprodução rude de linhas ou áreas a preto e branco. Com o desenvolvimento das gravuras em madeira, o aparecimento das gravuras em cobre, das pedras litográficas, collotypes (gravura com base de vidro e uma camada de gelatina) e ponta-seca (gravura com base de metal e uma camada de cera que era gravada com agulhas especiais, submetida posteriormente a “revelação” com ácido), o detalhe nas reproduções impressas aumenta, mas a um nível artístico, uma vez que numa perspectiva industrial das artes gráficas este processo era ainda inviável. Com o desenvolvimento da fotografia em meados
do séc. XIX, o desejo de reproduzir uma gradação contínua de tons aumenta, mas ainda não existia tecnologia suficiente para tal. Ao contrário da fotografia, as diferenças na luminosidade não podem ser reproduzidas directamente na impressão offset. O papel impresso ou tem, ou não tem cor, não existe uma meia cor. William Henry Fox Talbot (1852) e Max Jaffé (1877) foram pioneiros na tentativa de criar um método que possibilitasse a sua reprodução, mas só em 1881 Georg Meisenbach cria a base das tramas utilizadas actualmente, inventando o processo reprodutivo de meiostons. Usando uma grelha estruturada, Meisenbach cria uma repetição da trama em linha que rodada a 90° durante a exposição gerava a impressão visual da continuidade gradativa dos tons. O processo de desconstrução da imagem por si inventado e sua conversão em escala de meios-tons para possível reprodução pelo processo litográfico, foi seguido e aperfeiçoado pelo desenvolvimento industrial da tecnologia de impressão. Mais tarde, em 1886-1890, Frederick Ives e Max Levy descobriram uma forma fotográfica prática de reproduzir a escala de meios-tons. A técnica era fotografar o original através de um vidro que tinha gravado uma grelha uniforme e padronizada gerando assim uma imagem formada por uma série de pontos. Tinha assim aparecido a “rede”, abrindo caminhos nunca trilhados e que mudariam o mundo como o conhecemos de uma forma profunda e sem retrocesso.
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*Director executivo Sersilito. Doutorado em Artes Visuais e Mestrado em Tecnologias Gráficas na Univ. Évora e ISEC. hs@sersilito.pt
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