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LEITURA CATIVADA

Para envolver os alunos no mundo dos livros, a história de “O pequeno príncipe” tem sido apoio para despertar o gosto pela leitura e o envolvimento de quatro componentes curriculares; saiba quais são eles

POR RENATA BOMFIM

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Professora usa literatura para ensinar Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Ensino Religioso.

Tempo de leitura: 3 minutos

Cativar o gosto pela leitura de um livro físico pode ser um desafio encarado pelos professores no meio da disputa por conexões e telas. Mas na Escola Municipal Professor Sylvio Sniecikovski, o projeto da professora Mariana Bauer, desenvolvido com turmas de quinto ano, tem despertado o gosto da garotada pelo mundo das palavras. Por lá, a estratégia usada envolve uma sequência didática que une criatividade, protagonismo e aproximação do livro com a realidade.

Com o olhar para além da história contada em “O pequeno príncipe”, obra literária de Antoine de Saint-Exupéry, a professora Mariana engaja as turmas de quinto ano com propostas que vão desde a compreensão textual a estudo de fração na prática, com criação de jardim na escola, inspirado na rosa cultivada pelo personagem no livro. “Além de conseguirmos realizar uma sequência didática mais eficaz, não nos perdemos do foco, e as buscas para realizarmos as atividades são mais centradas e compreensivas no que se refere à aprendizagem”, descreve a professora.

Desde fevereiro, a proposta pedagógica ocorre todas as sextas-feiras na escola, que abre espaço para a fantasia com uma abordagem de ensino diferenciada. Com a parada programada para desenvolver atividades sobre o livro, a professora Mariana envolve, semanalmente, atividades de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Ensino Religioso por meio da famosa história de um piloto que cai com seu avião e encontra um garoto que diz ter vindo de um planeta distante.

Entre as atividades desenvolvidas nos últimos quatro meses, a tarefa surpresa, que envolve os componentes curriculares, tem sido a atração da garotada. Com perguntas sobre o livro trabalhado, os estudantes também são surpreendidos com frases motivacionais, de acolhimento, empatia e encorajamento. “Agora todos realizam a tarefa”, conta a professora.

Além de unir a teoria com a prática, a proposta pedagógica desenvolve habilidades manuais e orais dos alunos, realizando contação de história. Divididos em grupos, cada equipe foi desafiada a escolher uma pessoa para ser a narradora e contar sobre algo que mais gostou na leitura. “No teatro, a gente apresentou mais sobre a rosa e a raposa, com a parte de cativar”, relembra Emanuelli Rodrigues Carreta, 10. De tanto que a atividade foi desenvolvida em sala de aula, a estudante conseguiu decorar o texto e apresentá-lo com naturalidade para toda a turma.

Na proposta, a professora ainda conseguiu unir o estudo prático do Programa Caráter Conta, desenvolvido institucionalmente em todas as escolas da Rede Municipal. Baseado nos pilares que fazem parte do projeto, as turmas aprenderam, com a história do Pequeno Príncipe, sobre responsabilidade, senso de justiça, respeito, sinceridade, zelo e cidadania. “Desta forma, todo o processo de desenvolvimento e de construção das atividades são sobre o que os educandos estão sentindo, demonstrando, pois eles sempre serão o foco de construção dos saberes”, finaliza Mariana.

O que você vai encontrar por aqui:

Para desenvolver habilidades no audiovisual, 20 alunos participam do projeto Mídia Lab, desenvolvido na EM Professor Orestes Guimarães.

Por Reda O Its Teens

Tempo de leitura: 11 minutos

Na era marcada pelas evoluções tecnológicas, com a ascensão da inteligência artificial e aplicativos que facilitam e executam algumas obrigações do dia a dia, manter um bom relacionamento com a tecnologia passou a ser quase que uma obrigação. Com tantas opções, o primeiro passo é descobrir quais são as ferramentas e resultados. Entretanto, os ganhos podem ser ainda maiores quando a aproximação com o novo acontece na escola.

Motivados pelo desejo de fazer a diferença, é no convívio com os amigos que podem surgir ideias, incluindo na rotina escolar aplicativos e ferramentas que condizem com os projetos dentro e fora da sala de aula. Foi com esse objetivo que o Mídia Lab nasceu na Escola Municipal Professor Orestes Guimarães.

Por lá, os professores integradores de mídias e metodologias (PIMMs), Eliane Vicente Santos e Gustavo Schmitz Boettcher, são os responsáveis por conectar a turma com o que há de novo na tecnologia. Utilizando o espaço maker, às quintafeiras 20 estudantes testam conhecimentos e habilidades na produção e edição de vídeos, passando por todas as etapas do projeto — incluindo o roteiro e a aparição em frente às câmeras.

A aproximação com o visual já era uma característica de Gustavo, até mesmo quando estava apenas em sala de aula. Com interações e projetos visuais, as turmas já conheciam o estilo dele, agregando as ilustrações com a parte teórica. O convite para se tornar um PIMM surgiu da identificação entre o professor, a arte e a tecnologia — e a aproximação com o digital foi essencial. “A gente começou a trazer mais próximo do Maker quando a tecnologia começou a ficar mais inserida. Até então ela ficava mais na sala de aula, no quadro. Foi o que me trouxe mais próximo aqui do Espaço Maker”, comenta Gustavo.

Para envolver os alunos no Mídia Lab, o processo foi feito por formulário, com inscrição, análise de perfil e escolha dos candidatos compatíveis — foram 100 inscritos para 20 escolhidos. “Ele (Gustavo) veio para atender os alunos, não só na parte de audiovisual, fotografia, mídias, mas trazer esse momento excepcional para eles (alunos), porque a escola já tem projetos de programação de robótica. Então, a gente queria abranger mais o conhecimento deles”, comenta Eliane.

Com experiências focadas em cores, criação de imagens, edição, produção de comerciais e até mesmo jornalismo, a turma já se aventurou em audiobook e edição no Canva. É no convívio no laboratório que eles aprendem com os testes, acertando e errando, tentando mais de um aplicativo, entendendo as necessidades de cada projeto e a melhor alternativa. Se antes os desafios eram mais simples, agora os professores fazem das propostas uma possibilidade para trabalhar autonomia, criatividade, escrita e socialização.

Os encontros começaram em março, mas já existem entregas de destaque. Uma delas é o vídeo que os estudantes produziram para o “Desafio Aulão de Basquete”, promovido pela Jr. NBA. Com o foco em premiar projetos de basquete, a turma foi responsável por gravar e editar o material que garantiu o terceiro lugar na competição nacional ao professor de educação física Fernando da Silva. A convite da Secretaria Municipal de Educação, os alunos também foram instigados a produzir o material do campeonato de robótica, que ocorreu no mês de junho e movimentou a rede.

Mais do que a proximidade com a tecnologia, a iniciativa também está servindo para incentivar a participação de outros professores, dando um novo significado para o espaço e os itens que ficam à disposição dos alunos. Agora o ambiente é uma alternativa para aqueles que desejam testar novos conhecimentos, entregando atividades que vão além do lápis e da folha.

Pensando no futuro, o Mídia Lab pode ser a oportunidade para descobrir novos talentos. “Desde o início, eu gostei muito da parte de cinematográfica e de edição que eu vi na internet, sempre vendo vídeos assim. Eu sempre via como que o cara fez aquilo especial, e eu sempre tentei, só que não tinha coragem de tentar sozinho porque eu achava que era muito complexo”, explica Erick Henrique Pedrini de Borba, 14. “Quando eu vi que tinha uma oportunidade de ter alguma coisa que eu gosto e estava ali, era só testar, me inscrevi, tentei e entrei. Com essa ajuda eu consegui destravar uma chave que estava na minha cabeça e consegui ir aprendendo de pouco em pouco.”

5 Aplicativos Para Voc Treinar Em Casa

1. CAPCUT: para quem busca editar vídeos de forma intuitiva e rápida, o Capcut é a melhor opção. No aplicativo é possível inserir trilhas sonoras, acelerar frames, adicionar legenda automática e também se divertir com os diversos filtros ali presentes.

2. PICSART: esse é o aplicativo ideal para explorar a criatividade. Nele você pode criar colagens, editar fotos, aplicar molduras, baixar stickers e muito mais.

3. LIGHTROOM: agora, se você deseja dar um visual mais profissional para suas edições de foto, o Lightroom é a pedida. Com as ferramentas e os presets, o tratamento das imagens fica mais bonito e com melhor qualidade.

4. IBIS PAINT X: se sua área for o desenho, o ibis Paint X permite criar ilustrações e pinturas diretamente do celular.

5. CANVA: um dos aplicativos mais usados recentemente, no Canva é possível criar apresentações e conteúdos para as redes sociais, editar vídeos e fotos, desenvolver gifs e diversos outros recursos.

3 Habilidades Desenvolvidas Com A Tecnologia

AUTONOMIA: ao colocar a mão na massa e testar por você mesmo, o senso de organização e responsabilidade é fortalecido. Com a prática, é possível se tornar mais produtivo sem precisar de alguém mais experiente por perto, desenvolver soluções para as resoluções de problemas e melhorar a persistência e as capacidades interpessoais.

CRIATIVIDADE: é explorando a imaginação e a liberdade de criar que a criatividade é estimulada. Com base nos testes e nos pensamentos fora da caixa, o conhecimento próprio também se torna protagonista deste processo, já que você pode aprender mais sobre seus gostos e personalidade.

TRABALHO EM EQUIPE: nos projetos maiores, como a criação de um vídeo, as funções são divididas em um time. Para que um trabalho em equipe dê certo e atinja o objetivo, é necessário que haja cooperação entre os integrantes – e para isso é importante manter a comunicação, expondo suas ideias e ouvindo as alheias.

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