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VOCÊ JÁ VIU O DNA DE UMA FRUTA?
Para aproximar o tema dos estudantes, fugindo dos livros, a solução foi ilustrar a sequência de moléculas utilizando kiwi, morango e banana alunos aprendem sobre DNA e biologia molecular em experiência com frutas.
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Seja na hora de conhecer os animais, a vida na natureza ou as inúmeras curiosidades do universo e do corpo humano, as aulas de Ciências são oportunidades de experimentar e observar o novo, na maioria das vezes. Entre os assuntos apresentados, o DNA e a biologia molecular são temas que instigam a curiosidade e aquela vontade de ver o desenho para além do livro didático. Com a função de armazenar e transmitir as informações genéticas, coordenando as ações celulares, você já pensou como seria se fosse possível acompanhar o processo de separação e observação das moléculas? Essa nova visão dos componentes que integram o organismo humano foi um experimento realizado na Escola Municipal Pastor Hans Müller, com os alunos do nono ano. A ideia foi do professor de Ciências Jackson Vicente João, que decidiu colocar como amostras as frutas kiwi, morango e banana para extração do DNA. “Que eles (alunos) entendam os conceitos básicos da genética e que possam visualizar apenas uma parte do DNA, alguns cromossomos extraídos”, pontua Jackson.
Mais do que trazer um exemplo da teoria para a realidade, abordando os conceitos básicos da genética, a ação contribuiu com o entendimento e a memorização dos conteúdos, além de ser uma oportunidade para trabalhar com outros profissionais, instigando abordagens transversais. “Conseguimos ver que eles (alunos) absorvem mais, acabam se envolvendo, porque nessa prática costumo fazer um relatório e tem questões relacionadas tanto com a prática quanto com a teoria. Eles acabam criando um vínculo, teoria mais a prática, e acabam observando bastante”, explica o professor, que estende a prática às aulas de Língua Portuguesa, em parceria com o outro educador.
E a nova forma de conhecer aquilo que antes estava apenas no livro é um ganho para aqueles que estão do outro lado. “Eu sabia que ia dar para ver, mas eu achei que ia ser bem diferente, achei que seria igual aqueles desenhos, mas parece um grão de arroz”, conta Gabriela Senderski, 15. O processo ganha um significado diferente, aproximando da rotina o que antes parecia estar distante. “Quando ele (professor) falava, eu não entendia. Na prática foi bem mais fácil”, explica Aimê Andriolli da Silva, 14, que comenta a mudança de perspectiva depois da prática, de colocar a mão na massa e observar o funcionamento do DNA.
Como extrair o DNA de uma fruta?
Para replicar a ideia do professor e aproveitar o laboratório de Ciências da sua escola, existem alguns passos que podem facilitar a experiência. Quer levar a sugestão e desenvolver aí na sua unidade?
Confira:
1. Transforme a fruta em uma mistura homogênea;
2. Faça uma extração com água quente;
3. Dê um choque térmico com álcool gelado;
4. O DNA estará entre a camada mucosa e a camada densa. Faça a extração com uma micropipeta;
5. Retire o DNA e coloque na lâmina para observação e análise no microscópio.
O que você vai encontrar por aqui: projeto incentiva a alimentação saudável com criação e arrecadação de moeda interna na escola.
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Tempo de leitura: 12 minutos
No café da manhã, almoço ou jantar, escolher os itens que vão estar no prato é uma decisão que vai além do sabor. Na hora de cada refeição, a prioridade deve ser a alimentação saudável, optando por produtos naturais — e aqui vale aquela regra clássica: prato colorido, com verduras e legumes. Para atingir o equilíbrio, existe uma atitude primordial: o desafio de conhecer novos sabores e opções. Na junção de provar aquilo que já é conhecido e o novo, surgem combinações inesperadas, mas que acabam criando um vínculo. Além de ser uma oportunidade para descobrir diferentes sabores, a ação é essencial para manter a saúde em dia. E na Escola Municipal Germano Lenschow, as turmas já estão aprendendo o valor do que é saudável.
Por lá, o projeto “Merenda Delícia” tem movimentado mais que o horário do recreio, trazendo para dentro da sala dois temas: a alimentação adequada e a educação financeira. Isso porque cada refeição com a merenda escolar rende germoneys, moeda criada para uso interno. A ideia de criar o próprio dinheiro também veio acompanhada do desejo de instigar a alimentação escolar, sendo um motivo a mais para os alunos escolherem aquilo que é servido na unidade.
E o que começou com o intuito de incentivar o saudável agora também rendeu uma poupança para os estudantes. Isso porque cada refeição feita com o que é servido na escola vale um germoney, montante que no fim do mês pode ser gasto no “Mercado do seu Germano” — os termos foram inspirados no nome da escola.
A ideia foi uma criação da diretora Geisa Simone da Rocha Borin e da auxiliar de direção Rossana Zablonsky Bergmann. “Um dia antes de fazer o mercadinho, nós vamos na sala e perguntamos se eles querem fazer o saque e quanto eles querem. Diante disso, colocamos cinco germoneys, dez germoneys (quantidade desejada pelo estudante)”, comenta Geisa.
Aqueles que não pensam em gastar o valor ou que desejam comprar algo mais caro, descobrem que deixar a moeda na poupança, com juros, também é uma forma de investimento. Aqui a fórmula é simples: continuar comendo a merenda da escola e deixar os germoneys na conta. “Aquele dinheiro que sobrou, que ele não gastou ou se ele não quiser gastar tudo, pode guardar no Banco GL. Anotamos, tem um controle nosso, e a criança também tem a cadernetinha de poupança dela, com o que ela ganha, pra saber quanto que ela tem”, explica a diretora. O mecanismo serve para controlar os valores de saque e depósito e o que ainda tem disponível.
Mais do que o incentivo para escolher a alimentação saudável, é na prática do dia a dia que eles aprendem sobre temas que fazem parte da vida adulta. “Temos uma taxa de juros pequena, até porque o valor deles, que eles poupam, é pequeno, então a gente tem um combinado que quando soma mês a mês, somamos um germoney, porque nós não temos centavos na nossa moeda. Assim a criança pode retirar os juros também”, comenta Geisa.
Para quem participa da iniciativa, a oportunidade é uma chance de unir a alimentação e o financeiro. “É porque muita gente que não comia agora pode comer para ganhar uma coisa legal”, finaliza o aluno Elias Baartz, 11, do 5º ano. Além do desafio de administrar o próprio dinheiro, a vivência também está sendo incluída em sala de aula, por meio de projetos desenvolvidos em diversos componentes curriculares.
No mercadinho do seu Germano
Além da alimentação saudável e da educação financeira, as compras mensais na escola estão servindo para mostrar como é a rotina na hora de administrar a grana, escolher um item e comprar – experiência conduzida de acordo com as escolhas de cada criança. “Tem bola, fone de ouvido, alguns jogos, tipo aquele cubo mágico, material escolar, revistinhas para colorir e quebra-cabeça”, diz a diretora.
O valor que cada estudante tem na poupança é calculado no tempo de fechamento do mês, período em que os profissionais levam em consideração o número de refeições e os germoneys, incluindo aqueles que são conquistados pelo bom comportamento e participação na rotina escolar – outra forma de receber a moeda. Antes de liberar a turma para a compra, a primeira responsabilidade é encontrar aquilo que vai ao encontro do que cada um procura, disponibilizando o item dentro da própria escola.